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17 DE FEVEREIRO DE 1989 ' l't>P uLAR internacional ,,,,,, EMB AIXADOR DO IRAO NO VATICANO ACE IT A MATAR O ESCRITOR RUSHDIE O embaixador do Irão no Vaticano, Salman Ghaffari, manifestou-se ontem disposto a cumprir a ordem de liquidar o escritor britânico Salman Rushdie. A declaração foi feita pelo diplomata no final de uma audiência com o Papa João Paulo II, a quem pediu que usasse a sua influência para suspender a difusão do romance de Rushdie «Os Versos Satânicos». OBRIGAÇÕES DE UM MUÇULMANO Inquirido sobre se estaria na disposição de matar Rushdie, Ghaffari respon- deu: «Sou um muçulmano e todo o muçulmano é chama- do a levar a cabo a senten- ça», proferida por Kho- meini. Já é declarações a uma revista · italiana Ghaffari se mostrara determinado a cumprir a ordem. Começam, entretanto, a ser conhecidas reacções de dirigentes internacionais a esta campanha de fanatismo desencadeada pelo Irão con- tra Rushdie por motivo da publicação de «Os Versos Satânicos», um romance que os fundamentalistas conside- ram «blasfemo». O primeiro-ministro fran- cês, Michel Roccard, apelou para os dirigentes ocidentais a fim de que façam ouvir o seu protesto pelas ameaças de Khomeini contra o es- critor. «Gostaria - disse Rocard - que todos os dirigentes mundiais se unissem para condenar isto. Nós próprios lutamos, pelos direitos huma- nos ao juntarmo-nos a esta condenação Por seu turno, o ministro francês dos Negócios Estran- geiros, Roland Dumas, con- fessou-se «escandalizado», e asseverou que a França «não admite que se possa usar o respeito pelo sentimento re- O MINISTRO IRANIANO da Economia, Mohammad Javad, ao fazer um apelo para aue todas as n11çõ~s muçulmanas congreguem esforços contra o escritor Sulman R ushid ligioso para atacar liberda- des fundamentais». O Par l amento Europeu condenou as ameaças do «ayatollah» e pediu a adop- ção de severas sanções caso algum atentado venha a -ser perpetrado contra Rushdie. No Luxemburgo, o secre- tário de Estado norte-ameri- cano, James Baker, conside- rou «lamentável» a oferta iraniana de uma «recompen- sa» a quem matar o escritor e reafirmou o empenho do seu país no combate «a todas as formas de terrorismo». No mesmo tom, um porta- -voz da Secretaria de Estado disse, em Washington, se- rem «completamente irres- ponsáveis » as ameaças de Khomeini. «Não vejo como isto possa de alguma forma contribuir para melhorar as relações iraniano-norte- -americanas» - observou. O secretário-geral das Nações Unidas , Perez de Cuellar, recusou-se a co- mentar o apelo de Khomei- ni, frisando que, apenas, co- nhecia do assunto, por ago- ra, «o que foi noticiado pela Imprensa». Um jornalista perguntara a Cuellar como encarava o · facto de «um Estado mem- bro» apelar para o assassínio de Rushdie. Na fndia, as autoridades intensificaram as medidas de segurança na sequência de ameaças de bomba contra aviões das linhas afaeas bri- tânicas. A British Airways efectua 52 voos semanais de e para a índia. Livros proibidos e queimados Salman Rushie é o mais recente de uma longa fila de autores cujos livros desapa- receram em chamas ou fo- ram proibidos, incluindo clássicos como Charles Dar- win e James Joyce. Outros foram, também, ameaçados de morte , tal como Rushdie, condenado a morrer pelo líder iraniano «ayatollah» Khomeini. «Queimar livros é a mais poderosa forma de crítica li- terária » - disse Geofrey Stowe, decano da Faculdade de Direito da Universidade de Chicago. A acção dos muçulmanos que queimaram , na Inglater- ra, «os versos satânicos» de Rushdie foi «muito, muito mais do que uma expressão de desagrado. Ao queima- rem o livro, limparam-se de uma doença ». Muçulmanos de todo o Mundo condenaram «os ver- sos satânicos» por blasfêmia ao profeta Maomé, acusação repudiada pelo escritor bri- tânico nascido na índia. Um chefe religioso iraniano ofe- receu até três milhões de dôlares a quem matar Ru shcli e. {~ 1 . . MU~ICÍPIO - ~~GiJ~~:_Q:l!IU,lJlill~ 1 ~r , ..-=; COM A POPULAÇÃO PARA DEFENDER ABRIL ;- CONCURSO PÚBLICO PARA A EMPR- EITADA DE EXECUÇÃO DO GINÁSIO DO INDEPENDENTE FUTEBOL CLUBE TORRENSE, TORRE DA MARINHA, 1. ª FASE Deliberou a Câmara Municipal do Seixal, na sua reunião ordinária de 3 de Fevereiro de 1989, prorrogar o prazo para entrega de propostas e consequentemente a alteração da data da realização do acto público do Concurso, referentes ao concurso público indicado em epígrafe, publicado no Diário da República, Ili.a Série, em 19 de Janeiro de 1989, sob o número 16. Assim, o prazo para entrega das propostas, deixa de ter o seu terr.io no dia 20 de Fevereiro de 1989, passando este para o dia 13 de Março de 1989. O Acto público do concurso será na Reunião Ordinária de Câmara, de dia 17 de Março de 1989, tendo o seu início pelas 15.00 horas. NOTA: Seguiu para publicação na Ili Série do Diário da Repú- blica Paços do Município do Seixal, 3 de Fevereiro de 1989. zona livre de armas nucleares O Pesidente da Câmara, Eufrázio Filipe Garcêz José câmara municipal do seixal Ao longo da História, a religião foi, frequentemente motivo para proibição e queima de livros e mesmo dos seus autores. Escritores e os seus livros foram queimados pela Inqui- sião espanhola, no século XVI, para limpeza da here- sia e erradicação do judaís- mo e do protestanrismo. Na Itália medieval, autores cor- reram riscos por ofensa aos líderes religiosos. ~omente há vinte e quatro anos é que a Igreja Católica acabou com o seu «index dos livros proibidos», um índice dos títulos que seria pecado ler. Até 1984, quando Roma perdeu o seu estatuto oficial de Cidade Santa, poderiam ser proibidos livros, peças e filmes considerados -ofensi- vos do ponto de vista reli- gioso . Qin Shi Huangdi, o pri- meiro imperador chinês, proibiu as obras confucianas e outros textos que contesta- vam o seu regime. E, no ano 213 a. C., começou a «quei- ma dos livros». Guaradas Vermelhos des- truíram bibliotecas inteiras durante a revolução cultural chinesa do fim da década de 60 . A maior pira de livros de que há registo na História foi a do regime nazi de Hitler em 1933 . Foram queimados em pi- ras livros por toda a Alema- nha. Muitas obras hebraicas foram queimadas, tal como livros de autores de expres- são germânica que eram considerados «não ale- mães». Nos Estados Unidos, cris- tãos fundamentalistas das re- giões do Midwest e do Sul queimaram livros que pre- tendiam que fossem proibi- dos nas escolas e bibliotecas. Um dos seus alvos foi o livro de Charles Darwin sobre a teoria da evolução porque , na sua opinião, contradizia a «Bíblia». Outro autor muito censu- rado foi James Joyce, cujo épico «Ulisses» só surgiu nos Estados Unidos em 1933. Um dos casos mais recen- tes de queima oficial de li- vros foi em Novembro de 1986, quado o Governo chi- leno proibiu e mandou quei- mar 15 mil livros do laurea- do com o Nobel Gabriel Garcia Marquez . PETRO~-aL ALTERAÇÃO DOS NÚMERo·s DE TELEFO NE A PETROGA L infor ma que devido a alte- raçõ es da cen t ra l telefó nica dos T.L.P., a partir do d ia 18 do corre nte, os núm e ros dos Telefo- nes da Sede da Empresa ( Rua das Flores, 7) pas s am a se r os se guintes: 3474330 3461 2 81 346 31 31 Dissidên cia na China 17 Um grupo de 33 inte- lectuais chineses enviou uma carta aos dirigen- tes do Partido e do Es- tado, apoiando o apelo do astrofísico Fang Liz- hi a favor de uma am- nistia geral para os pre- sos políticos. Os signa- tários afirmam que a li- bertação de Wei Jings- heng, o mais conhecido dos promotores do mo- vimento democrático da Primavera em 1978 e dos restantes presos po- líticos, «beneficiará o processo de reformas e incrementará o respeito pelos direitos huma- nos». Fang Lizhi, um dissidente conhecido como o «Sakharov chi- nês», escreveu no pas- sado dia 6 de Janeiro ao líder Deng Xiao Ping, apelando para a liberta- ção de todos os presos políticos mas a única resposta que obteve foi um comentário de um porta-voz oficial que di- zia que não existe pre- sos políticos na China. Stroessner O ex-presidente pa- raguaio, general Alfre- do Stroessner, comen- tou poder regressar ao seu país depois das eleições de 1 de Maio. Stroessner disse aos funcionários que o apoiam que permanece- no Brasil até ao anúncio dos resultados eleitorais no Paraguai. Carlos nos EUA O príncipe Carlos, herdeiro do trono britâ- nico , seguiu , ontem , para Nova Iorque a fim de fazer uma digressão· de dez dias pelos Esta- dos Unidos, Caraíbas e América do Sul. Du - rante a sua visita priva- da a Nova Iorque , o príncipe, de 40 anos, irá oferecer um jantar aos norte-americanos que fizeram a sua pós-gra- duação na Grã-Breta- nha e destinou os di as de amanh ã e domingo pa ra jogar pólo na Florida. Explosão em Toulon Catorze cadáveres foram encontrados nas ruínas do edifício des- truído, na quinta-feira, por uma explosão na cidade francesa de Tou- Ion. As equipas de so- corro continuam a ten- tar localizar possíveis vítimas soterradas nos escombros do edifício, classificado como mo- numento histórico na- cional. Telexes das agências Lusa, EFE e AP

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17 DE FEVEREIRO DE 1989 'l't>PuLAR internacional ,,,,,,

EMBAIXADOR DO IRAO NO VATICANO ACEITA MATAR O ESCRITOR RUSHDIE O embaixador do Irão no Vaticano, Salman Ghaffari, manifestou-se ontem disposto a cumprir a ordem de liquidar o escritor britânico Salman Rushdie. A declaração foi feita pelo diplomata no final de uma audiência com o Papa João Paulo II, a quem pediu que usasse a sua influência para suspender a difusão do romance de Rushdie «Os Versos Satânicos».

OBRIGAÇÕES DE UM MUÇULMANO

Inquirido sobre se estaria na disposição de matar Rushdie , Ghaffari respon­deu: «Sou um muçulmano e todo o muçulmano é chama­do a levar a cabo a senten­ça», proferida por Kho­meini.

Já é declarações a uma revista · italiana Ghaffari se mostrara determinado a cumprir a ordem.

Começam, entretanto, a ser conhecidas reacções de dirigentes internacionais a esta campanha de fanatismo desencadeada pelo Irão con­tra Rushdie por motivo da publicação de «Os Versos Satânicos», um romance que

os fundamentalistas conside­ram «blasfemo».

O primeiro-ministro fran­cês, Michel Roccard, apelou para os dirigentes ocidentais a fim de que façam ouvir o seu protesto pelas ameaças de Khomeini contra o es­critor.

«Gostaria - disse Rocard - que todos os dirigentes mundiais se unissem para condenar isto. Nós próprios lutamos, pelos direitos huma­nos ao juntarmo-nos a esta condenação.»

Por seu turno, o ministro francês dos Negócios Estran­geiros, Roland Dumas, con­fessou-se «escandalizado», e asseverou que a França «não admite que se possa usar o respeito pelo sentimento re-

O MINISTRO IRANIANO da Economia, Mohammad Javad, ao fazer um apelo para aue todas as n11çõ~s muçulmanas congreguem esforços contra o escritor Sulman R ushid

ligioso para atacar liberda­des fundamentais».

O Parlamento Europeu condenou as ameaças do «ayatollah» e pediu a adop­ção de severas sanções caso

algum atentado venha a -ser perpetrado contra Rushdie.

No Luxemburgo, o secre­tário de Estado norte-ameri­cano, James Baker, conside­rou «lamentável» a oferta

iraniana de uma «recompen­sa» a quem matar o escritor e reafirmou o empenho do seu país no combate «a todas as formas de terrorismo».

No mesmo tom, um porta­-voz da Secretaria de Estado disse, em Washington, se­rem «completamente irres­ponsáveis» as ameaças de Khomeini. «Não vejo como isto possa de alguma forma contribuir para melhorar as relações iraniano-norte­-americanas» - observou.

O secretário-geral das Nações Unidas , Perez de Cuellar, recusou-se a co­mentar o apelo de Khomei­ni, frisando que, apenas, co­nhecia do assunto, por ago­ra, «o que foi noticiado pela Imprensa».

Um jornalista perguntara a Cuellar como encarava o

· facto de «um Estado mem­bro» apelar para o assassínio de Rushdie.

Na fndia, as autoridades intensificaram as medidas de segurança na sequência de ameaças de bomba contra aviões das linhas afaeas bri­tânicas.

A British Airways efectua 52 voos semanais de e para a índia.

Livros proibidos e queimados Salman Rushie é o mais

recente de uma longa fila de autores cujos livros desapa­receram em chamas ou fo­ram proibidos, incluindo clássicos como Charles Dar­win e James Joyce.

Outros foram, também, ameaçados de morte , tal como Rushdie, condenado a morrer pelo líder iraniano «ayatollah» Khomeini .

«Queimar livros é a mais poderosa forma de crítica li­terária» - disse Geofrey Stowe , decano da Faculdade de Direito da Universidade de Chicago.

A acção dos muçulmanos que queimaram , na Inglater­ra, «os versos satânicos» de Rushdie foi «muito, muito mais do que uma expressão de desagrado . Ao queima­rem o livro, limparam-se de uma doença».

Muçulmanos de todo o Mundo condenaram «os ver­sos satânicos» por blasfêmia ao profeta Maomé, acusação repudiada pelo escritor bri­tânico nascido na índia. Um chefe religioso iraniano ofe­receu até três milhões de dôlares a quem matar Rushclie .

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. . MU~ICÍPIO ~ • -

~~GiJ~~:_Q:l!IU,lJlill~ 1 ~r , ..-=; COM A POPULAÇÃO PARA DEFENDER ABRIL

;-

CONCURSO PÚBLICO PARA A EMPR-EITADA DE EXECUÇÃO DO GINÁSIO DO INDEPENDENTE FUTEBOL CLUBE TORRENSE, TORRE DA MARINHA, 1. ª FASE

Deliberou a Câmara Municipal do Seixal, na sua reunião ordinária de 3 de Fevereiro de 1989, prorrogar o prazo para entrega de propostas e consequentemente a alteração da data da realização do acto público do Concurso, referentes ao concurso público indicado em epígrafe, publicado no Diário da República, Ili.a Série, em 19 de Janeiro de 1989, sob o número 16.

Assim, o prazo para entrega das propostas, deixa de ter o seu terr.io no dia 20 de Fevereiro de 1989, passando este para o dia 13 de Março de 1989.

O Acto público do concurso será na Reunião Ordinária de Câmara, de dia 17 de Março de 1989, tendo o seu início pelas 15.00 horas.

NOTA: Seguiu para publicação na Ili Série do Diário da Repú­blica

Paços do Município do Seixal, 3 de Fevereiro de 1989.

zona livre de armas nucleares

O Pesidente da Câmara, Eufrázio Filipe Garcêz José

câmara municipal do seixal

Ao longo da História, a religião foi, freq uentemente motivo para proibição e queima de livros e mesmo dos seus autores.

Escritores e os seus livros foram queimados pela Inqui­sião espanhola, no século XVI, para limpeza da here­sia e erradicação do judaís­mo e do protestanrismo. Na Itália medieval, autores cor­reram riscos por ofensa aos líderes religiosos .

~omente há vinte e quatro anos é que a Igreja Católica acabou com o seu «index dos livros proibidos», um índice dos títulos que seria pecado ler.

Até 1984, quando Roma perdeu o seu estatuto oficial de Cidade Santa , poderiam ser proibidos livros, peças e

filmes considerados -ofensi­vos do ponto de vista reli­gioso .

Qin Shi Huangdi, o pri­meiro imperador chinês, proibiu as obras confucianas e outros textos que contesta­vam o seu regime. E, no ano 213 a . C., começou a «quei­ma dos livros».

Guaradas Vermelhos des­truíram bibliotecas inteiras durante a revolução cultural chinesa do fim da década de 60.

A maior pira de livros de que há registo na História foi a do regime nazi de Hitler em 1933.

Foram queimados em pi­ras livros por toda a Alema­nha . Muitas obras hebraicas foram queimadas , tal como livros de autores de expres­são germânica que eram

considerados «não ale­mães» .

Nos Estados Unidos, cris­tãos fundamentalistas das re­giões do Midwest e do Sul queimaram livros que pre­tendiam que fossem proibi­dos nas escolas e bibliotecas. Um dos seus alvos foi o livro de Charles Darwin sobre a teoria da evolução porque , na sua opinião, contradizia a «Bíblia».

Outro autor muito censu­rado foi James Joyce, cujo épico «Ulisses» só surgiu nos Estados Unidos em 1933.

Um dos casos mais recen­tes de queima oficial de li­vros foi em Novembro de 1986, quado o Governo chi­leno proibiu e mandou quei­mar 15 mil livros do laurea­do com o Nobel Gabriel Garcia Marquez.

PETRO~-aL ALTERAÇÃO DOS NÚMERo·s DE TELEFONE

A PETROGAL informa que devido a alte­rações da central telefónica dos T.L.P., a partir do d ia 18 do corrente, os números dos Telefo­nes da Sede da Empresa (Rua das Flo res, 7) passam a ser os seguintes:

3474330 3461 2 81 346 31 31

Dissidência

na China

17

Um grupo de 33 inte­lectuais chineses enviou uma carta aos dirigen­tes do Partido e do Es­tado, apoiando o apelo do astrofísico Fang Liz­hi a favor de uma am­nistia geral para os pre­sos políticos. Os signa­tários afirmam que a li­bertação de Wei Jings­heng, o mais conhecido dos promotores do mo­vimento democrático da Primavera em 1978 e dos restantes presos po­líticos, «beneficiará o processo de reformas e incrementará o respeito pelos direitos huma­nos». Fang Lizhi , um dissidente conhecido como o «Sakharov chi­nês», escreveu no pas­sado dia 6 de Janeiro ao líder Deng Xiao Ping, apelando para a liberta­ção de todos os presos políticos mas a única resposta que obteve foi um comentário de um porta-voz oficial que di­zia que não existe pre­sos políticos na China.

Stroessner O ex-presidente pa­

raguaio, general Alfre­do Stroessner, comen­tou poder regressar ao seu país depois das eleições de 1 de Maio. Stroessner disse aos funcionários que o apoiam que permanece­rá no Brasil até ao anúncio dos resultados eleitorais no Paraguai.

Carlos

nos EUA

O príncipe Carlos, herdeiro do trono britâ­nico , seguiu , ontem , para Nova Iorque a fim de fazer uma digressão · de dez dias pelos Esta­dos Unidos, Caraíbas e América do Sul. Du­rante a sua visita priva­da a Nova Iorque , o príncipe, de 40 anos , irá oferecer um jantar aos norte-americanos que fizeram a sua pós-gra­duação na Grã-Breta­nha e destinou os dias de amanhã e domingo p a ra jogar pólo na Florida .

Explosão

em Toulon Catorze cadáveres já

foram encontrados nas ruínas do edifício des­truído , na quinta-feira , por uma explosão na cidade francesa de Tou­Ion. As equipas de so­corro continuam a ten­tar localizar possíveis vítimas soterradas nos escombros do edifício, classificado como mo­numento histórico na­cional.

Telexes das agências Lusa, EFE e AP