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Rio de Janeiro, segunda-feira, 30 de março de 2020 www.jornalcorreiodamanha.com.br Presidente: Cláudio Magnavita Ano CXVIII Nº 23.467

Fundado em15 de junho de 1901

Fundador:Edmundo Bittencourt

E D I Ç Ã O E X P R E S S A

Edição Finalizada:

19h36

Estados recebem 14,2 milhões de máscaras

Morte na Tijuca merece punição dos culpados

Pandemia de coronavírus nas favelas do Brasil

Déficit do setor público vai a R$ 400 bilhões

Coronavírus obriga ‘nova’ vida dos adolescentes

Trump volta atrás e defende quarentena

Descaso hospitalar de bombeiro do Rio e da PM

Rio reforça medidas por isolamento social

O Senado aprovou nesta segunda-feira (30) o projeto que prevê conces-são de auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais e de R$ 1.200 para mães responsáveis pelo sustento da família. O chamado “coronavou-cher” será pago em três prestações mensais, confor-me texto votado no Senado. O projeto foi aprovado por unanimidade, com 79 votos a favor. Agora, só depende de sanção do pre-sidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O Tesouro Nacional estima que o déficit do setor público chegará à casa dos R$ 400 bi-lhões este ano em função das medidas econômicas de miti-gação da crise do coronavírus e da queda arrecadação.

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Mães que sustentam família poderão receber apoio de até R$ 1.200Agência Senado

Senado aprova renda mínima de R$ 600 para os informais

Em nova votação virtual, Senado aprovou ajuda que agora vai para sanção da Presidência

Crédito

ÚLTIMA HORA

2 Segunda-feira, 30 de março de 2020OPINIÃO

Direção Executiva: Cláudio Magnavita (Editor Chefe) Fernando Vale Nogueira (Editor Executivo) [email protected]ção Edição Expressa: José Aparecido Miguel Redação: Affonso Nunes, Gabriel Moses, Guilherme Cosenza, Ive Ribeiro, Marcelo Perillier, Marcio Corrêa e Pedro Sobreiro. Estagiários: João Victor Ferreira e Willian Cobian. Serviço noticioso: Folhapress e Agência BrasilOperações: Bruno Portella. Projeto Gráfico e Arte: Leo Delfino (Designer)

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Fundado em 15 de junho de 1901

Edmundo Bittencourt (1901-1929)Paulo Bittencourt (1929-1963)Niomar Moniz Sodré Bittencourt (1963-1969)

Os artigos publicados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não necessariamente refletem a opinião da direção do jornal.

Descaso históricoEDITORIAL

Com o Covid-19 atacando países pobres e ricos sem distin-ção, muita gente estranhou que a África estivesse registrando pou-cos casos do coronavírus. Já não é mais assim. Pelo menos 42 dos 54 países africanos estão afetados pela pandemia, com cerca de cinco mil casos e 150 mortos. É só o começo.

As seculares crises sociais, econômicas e políticas da África moldaram um continente pobre e corrupção endêmica. Esse histó-rico se reflete no precário sistema de saúde disponível para a maioria dos 1,2 bilhão de africanos.

Não foi por acaso que, nas últimas décadas, a África foi a re-gião do planeta que mais desper-tou campanhas de ajuda humani-tária, com apoio de astros pop e outras figuras midiáticas.

Mas haverá ajuda humanitá-

ria agora, com todos os países do mundo profundamente mobili-zados com suas próprias maze-las? Difícil dizer, mas uma coisa é certa: a África ainda vai sofrer muito até que surjam programas efetivos em seu socorro.

Essa lamentável previsão nos remete, inevitavelmente, a mi-lhões de comunidades pobres que resistem Brasil adentro. O sistema de saúde público do país foi vergonhosamente sucateado nas últimas décadas. Mesmo as iniciativas bem-sucedidas perde-ram o vigor. Agora, milhões de brasileiros de baixa renda terão que lidar com improviso – e fé – para fugir do coronavírus.

Assim como na África, mui-tos aqui vão pagar caro por tanta incompetência e corrupção, e to-dos irão sofrer.

NANI

A disposição das forças políticas, no tabuleiro do Po-der, avançou em alterações importantes, nos últimos dias. Ainda que confundindo bo-tinas com luvas, mulheres e furos, Bolsa e humanidade, o bolsonarismo oficial não foi contrastado pela oposição desde a sua posse. Dominou para nada que prestasse, aceito pela passividade proveitosa ou atemorizada diante da inép-cia amalucada e regressiva. O contraste apareceu. Incipien-te, mas já capaz de empurrar Bolsonaro e o bolsonarismo para mais próximos do seu lu-gar legítimo.

É o aparecimento quase si-multâneo da lucidez indepen-dente no Congresso, há algum tempo puxada por Rodrigo Maia e, em algumas ocasiões, por Davi Alcolumbre; tam-bém da consciência ativada em muitos governadores, qua-se todos, tanto da sua respon-sabilidade como do seu poder; e, ainda, da marselhesa das pa-nelas, som da opinião pública desalentada.

Essa combinação é uma força real, em condições de atenuar o estado caótico geral e o regressismo social e legal comum aos atos e projetos do governo. Não em condições, porém, de diminuir a alie-nação mental de Bolsonaro e dos seus três orientadores. Dotados de meios de resis-tência, como recusa a sanções, incidentes internacionais, mobilização de agitações com PMs, caminhoneiros, milícias. O cardápio é farto. E, sim ou não, com os militares.

Nosso falar, a propósito, precisa corrigir-se. A usu-al menção a militares inclui, além do Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Assim tem sido imprecisa e injusta. Marinha e

Aeronáutica têm praticado um profissionalismo exemplar. Há muito tempo, e com mais ra-zão nestes tempos, não se vê um almirante ou brigadeiro fazendo considerações públi-cas de fundo político, nem di-retas nem disfarçadas.

Organização Mundial da Saú-de, em nome da ciência, para evitar o contágio e diminuir as mortes. Bolsonaro propug-nando a atividade econômica que seu governo, em 15 meses, jamais promoveu.

Bolsonaro, no entanto, em sua fala não fez mais do que ser Bolsonaro. Admite não conhecer estudo nem caso prático que apoie sua pregação contra o isolamento.

Trata-se, pois, de uma in-tuição sua, um impulso ins-tintual, algo vindo de suas profundezas mais recônditas. Da natureza do homem que tem como seu herói o chefe de crimes coronel Ustra; que fez e levou os filhos a ligação com milicianos homicidas; adepto do método “bandido bom é bandido morto”; que preferi-ria ver um filho morto a sabê--lo homossexual.

Que instiga o aumento de tragédias rodoviárias, quer a população armada e libera arma até para menores de ida-de; defendeu e prestou home-nagens parlamentares a assassi-nos, retira a proteção às tribos indígenas assediadas por ma-tadores, propôs encerrar um confronto de traficantes na Rocinha com o lançamento aéreo de uma bomba na favela, ameaçou explodir bombas nos quartéis de seus companheiros no Exército: a morte alheia é indiferente a esse ser funesto, quando não é desejada.

A proposta de prioridade à economia, sobre a vida expos-ta das crianças escolares e dos adultos ativos, está na lógica e na natureza sinistra de Jair Bolsonaro. Já bem conhecida. Por que agora, ou só agora, causou indignação consequen-te, tanto pode dizer bem como dizer mal dos brasileiros. À sua escolha.

Janio de Freitas

Nova cara para o caos

As especulações de divisão e preocupações diversas nos comandos do Exército, ou di-vergências da tropa de generais entre si ou com Bolsonaro, em geral não têm indícios aceitá-veis. Escalado ou voluntário para remendar falas de Bolso-naro, o general-vice Hamilton Mourão vem, sempre, com um “não se expressou bem” que, no máximo, traz vaguidão. É o suficiente, porém, para mos-trar que a corrente do Exército no governo, representada por Mourão, não se opõe ao dito ou feito por Bolsonaro. Ape-nas procura não ser atingida, também, pela repercussão ne-gativa do feito bolsonárico.

Como a já exausta última gota, o episódio que alterou a distribuição dos pesos po-líticos foi, na noite de terça (24), a fala de Bolsonaro em rede de TV. O contrassenso da alienação: uma leitura de mau texto para atacar a estratégia do seu governo no combate ao coronavírus. Mais contras-senso: fala em rede nacional para convocar os brasileiros a não cumprir o isolamento, na residência, recomendado pela

Bolsonaro, no

entanto, em sua fala

não fez mais do que

ser Bolsonaro

Segunda-feira, 30 de março de 2020 3

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POLÍTICA

Hospitais esquecidos...Dois hospitais no Rio merecem cuidado e serem incluídos no plano de emergência para reequipamentos, principalmente em leitos da UTI. n O Hospital Geral do Corpo de Bombeiros e o Hospital da Polícia Militar precisam estar prontos para funcionar para o atendimento do Covid-19.n O caso mais grave é o dos Bombeiros, sofrendo há anos com a falta de equipamentos e sem dispor recursos para agir plenamente no cenário da pandemia.n Estas duas unidades hospitalares são dedicadas a atender servidores militares que estão na linha de frente desta guerra e precisam de uma retaguarda segura para eles e seus familiares.n O governo do estado tem a obrigação moral de deixar os hospitais dos Bombeiros e da Polícia Militar para funcionar plenamente neste cenário de guerra que enfrentamos.

Tempestade perfeita A queda do preço de petróleo a US$ 22 o barril coloca o Estado do Rio em um quadro de penúria assustador.n As projeções indicam que já em maio começará a faltar recursos para o pagamento da folha de pessoal e dos inativos.n Aliada à queda do petróleo, a redução da arrecadação de ICMS tem sido brutal com a paralisação da economia. n Alguns fornecedores já estão se recusando a vender para o governo, com receio da inadimplência.

No vermelho Os lojistas do Galeão e do Santos Dumont, que dependem do fluxo de passageiros, estão pedindo anistia dos valores a serem pagos nestas semanas de quarentena.n As lojas no setor internacionais são as mais atingidas, inclusive gigantes com a Duty Free.

Fotos/divulgação

DEPUTADO OTONI DE PAULA: “A PANDEMIA NÃO ME IMPEDE DE CONTINUAR FAZENDO CAMPANHA ELEITORAL”

Conhece bem Em Piraí, o ex-governador Luiz Fernando Pezão, que conhece profundamente os números do Rio, não tem escondido a sua preocupação com o quadro de tempestade perfeita que ser formou sobre o estado.

n “Nem nos piores dias do meu governo tive cenários tão terríveis como o que se desenham agora”, tem dito Pezão aos amigos.n Muita gente ligada ao governador tem recomendado

que Witzel troque ideias com Pezão sobre a conjura de gerir o Rio sem dinheiro e sem poder pagar os servidores. Se ele ligar, Pezão atenderá de forma cortês.

PERGUNTA DA SEMANA: DE QUAL IGREJA EVANGÉLICA O DEPUTADO OTONI DE PAULA É PASTOR?

Voo próprio O ministro da Justiça, Sérgio Mouro, e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, editam medida provisória regulamentando a campanha do “Remarque e não cancele”.n Resolveram tirar esta agenda do pacote que estava na economia.

Zona de guerraA falta de material de proteção individual nos hospitais já está afastando profissionais da área da saúde, especialmente médicos, de se candidatarem para as vagas que estão sendo oferecidas.n Está difícil achar candidatos para os hospitais de campanha que estão sendo montados em todo o país. Corre o risco de termos um paradoxo: ter leitos e não termos médicos.

O Hospital Central Aristarcho do Corpo de Bombeiros do Rio merece ser reequipado para o combate do Covid-19

4 Segunda-feira, 30 de março de 2020

CORREIO NACIONAL

Brasil tem 159 mortes por Covid-19 e 4.579 casos da doença

Barcos liberados

Relatos online

Prisão domiciliar

Bônus médico

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda (30) que subiu para 159 o número de mortes em de-corrência do coronavírus no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 23 novos óbitos pela doença.

O país registra 4.579 casos oficiais de Covid-19, um aumento de 323 infec-tados em relação ao últi-

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou hoje (30) que o TRF-1 anulou a decisão da Justiça do Amazonas que suspendeu o transporte fluvial de pas-sageiros no estado como medida preventiva à pan-demia ao coronavírus.

O Conselho Federal de Medicina criou uma plata-forma online para que mé-dicos que têm atuado em casos de Covid-19 denun-ciem a falta de equipamen-tos de proteção e falhas nas unidades de saúde, públicas ou privadas.

A Justiça de São Paulo atendeu um pedido da De-fensoria Pública do Estado e concedeu direito à pri-são domiciliar aos presos no Centro de Progressão Penitenciária de Tremem-bé que estão no grupo de risco ao Covid-19.

Uma portaria publicada pelo Ministério da Saúde nesta segunda (30) prevê bônus de R$ 667, por seis meses, para profissionais que estejam cursando re-sidência na área da saúde, e que atuem no combate ao coronavírus.

mo levantamento, e 3,5% de letalidade pelo vírus.

Segundo o governo, o Norte conta com 254 casos; Nordeste com 790; Centro--Oeste com 435; Sudeste com 2507; e Sul com 593.

São Paulo segue como o estado com maior nú-mero de casos, 1.451, se-guindo por Rio (600) e Ce-ará (372).

Josué Damacena/Divulgação/iOC/Fiocruz

São Paulo é o estado com o maior número de casos da doença: 1.451

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu autorização do STF para que sejam flexibi-lizadas, durante o período de enfrentamento ao coronavírus, as exigências previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei de Diretrizes Orçamentárias. A liminar foi concedida pelo mi-nistro Alexandre de Moraes nes-te domingo (29).

Na decisão, Moraes diz que “o excepcional afastamento da incidência dos artigos 14, 16, 17 e 24 da LRF e 114, caput, in fine, e § 14, da LDO/2020, durante o estado de calamidade pública e para fins exclusivos de combate integral da pandemia de Covid-19, não conflita com a prudência fiscal e o equilíbrio orçamentário intertemporal consagrados pela LRF”.

Na última quinta (26), a AGU havia entrado no STF com uma ação, pedindo a flexibilização das leis, excepcionalmente no caso

STF libera reajuste fiscalMinistro Alexandre de Moraes foi quem concedeu liminar

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

André Mendonça (AGU) entrou com ação no STF para flexibilizar lei fiscal

NACIONAL

das políticas de combate ao Co-vid-19, para que não fosse exigida a comprovação de que as medidas estavam de acordo com a compen-sação orçamentária prevista, já que as normas obrigam a União a indi-car como custeará os aumentos de despesas, prevendo que projetos sejam acompanhados da previsão do aumento de receitas.

A AGU argumentou, tam-bém, que a excepcionalidade sanitária, econômica e fiscal cau-sada pela pandemia “impede que medidas sejam acompanhadas do aumento da carga tributária – solução viável em cenários de normalidade, motivo pelo qual seria necessário flexibilizar os condicionantes fiscais”.

A Justiça Federal decidiu, em caráter liminar, no domingo (29) que a Autoridade Portuária de Santos impeça o desembarque de tripulantes do transatlântico Costa Fascinosa, que atracou no sábado (28) no porto.

A pedido da Procuradoria Ge-ral do município, o juiz Alexandre Berzosa Saliba decidiu o desem-barque de tripulantes que necessi-tarem de assistência médica e que estiverem em conexão no Brasil.

Antes de permitir a saída da tripulação, a Autoridade Portuá-ria deverá comunicar previamen-te a Anvisa, além de oficiar as secretarias estadual e municipal de Saúde para que adotem as me-didas previstas no plano estadual de enfrentamento a pandemia.

Justiça não autoriza desembarque

Um balanço do Ministério da Saúde mostra que 84% das mortes no Brasil por corona-vírus são de pessoas com ao menos um fator de risco, como doenças preexistentes.

Doenças cardíacas e diabe-tes foram as mais frequentes – estavam presentes em 71 e 50 pessoas que morreram, respec-tivamente. Em seguida, apare-cem as pneumopatias (22) e doença neurológica (12).

Os dados da Saúde levam em conta 120 dos 136 óbitos regis-trados no país. Os 16 casos não analisados ainda estão em inves-tigação dos técnicos da pasta.

O número de mortes de Co-vid-19 associados a quadro de doenças pré-existentes é de 100

dentro do universo observado.A análise foi feita com base

no boletim divulgado pelo Ministério no domingo (29), quando o país registrou 4.256 casos da doença.

O balanço mostra ainda que nove em cada dez pessoas que morreram por coronaví-rus no país tinham mais de 60 anos. Não há registro de óbitos de pessoas com menos de 20 anos. Além disso, 60,8 % das mortes ocorreram em homens e 39,2 % em mulheres.

O número de hospitaliza-ções relacionadas a problemas respiratórios chegou a 15.630 casos desde janeiro. Desses, 625 (4%) são ligados ao novo coronavírus.

Dados da Saúde alertam grupo de risco do Covid-19


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Uptur molupti atisto is sum, ute dolesed qui od mo to volorem aut ut et acienih iliquae rupta-tu rerovid ucilibus, venia nonserunt inimos modi-tia volupta teceatur?

Oditem. Itatinc imagnatistin earunt am, ommos acias eicid mo-dignis apit arci nempos dolore quis core autem fugia volorum core maio blanda corernatiam, con et ariti con ped est eum dolectatium aliquiatumet que prestrum autesedi volorae ctassitis re quam, ipsaepr epudam eum vo-lenimus, comnimus.

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Menia simeni ut quo

O Ministério da Saúde divul-gou hoje (30) balanço dos equi-pamentos de proteção individu-al destinados aos profissionais de saúde enviados aos estados. No total, foram direcionadas 14,2 milhões de máscaras cirúrgicas, recurso fundamental para evitar o contágio de profissionais por pacientes infectados.

Além disso, o Executivo Fe-deral encaminhou 24 milhões de luvas para procedimento não cirúrgico, 742 mil aventais, 290 mil toucas hospitalares, 168 mil frascos de álcool etílico 100 mil sapatilhas e 60 mil óculos de proteção.

São Paulo, epicentro da pan-demia no país, recebeu o maior estoque de suprimentos. Ao esta-do foram enviadas 3,1 milhão de máscara cirúrgicas, 3,5 milhões de luva para procedimentos não

cirúrgicos, 164 mil aventais e 63,4 mil toucas hospitalares.

Estados com grande popula-ção e alto número de casos, como Rio, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia, também receberam parte do estoque.

O ministério também afir-mou que está adquirindo mais 200 milhões de máscaras cirúr-gicas, 120 milhões de toucas, 80 milhões de aventais imper-meáveis, 40 milhões de aventais, 40 milhões de máscaras N95, 2

milhões de frascos de álcool, 1 milhão de óculos de proteção e 1 milhão de sapatilhas.

A Associação Médica Brasi-leira abriu um canal para receber denúncias de profissionais sobre a falta de equipamentos e o Con-selho Federal de Medicina, em nota publicada na semana passa-da, cobrou dos governos os equi-pamentos básicos necessários para os médicos combaterem a doença.

A proteção de profissionais de saúde tem sido uma preocu-pação manifestada pelas entida-des representativas dessas cate-gorias. A Organização Mundial de Saúde expressou na semana passada receio de um desabas-tecimento desses equipamentos e do consequente risco que essa situação pode gerar aos trabalha-dores da área.

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O hospital Rio Mar, localizado na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, abriu um inquérito admi-nistrativo para apurar se houve ou não negligência médica na morte do cônsul honorário do Suriname Jorge José González Sebá.

Em nota divulgada à impren-sa, a administração do hospital afirma que “diante fatos denuncia-dos pela família do Sr. Jorge José González Sebá, o Hospital infor-ma que abriu inquérito adminis-trativo para apurar responsabili-dades no atendimento e adotar as medidas cabíveis. O Hospital não compactua com eventos desta na-tureza e reafirma seu compromis-so com o correto acolhimento de seus pacientes. O Hospital desde logo lamenta profundamente os transtornos causados e se solida-riza com a família do paciente,

colocando-se à disposição para o que se fizer necessário”.

A Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar a morte do cônsul e familiares serão ouvi-dos na 16ª DP, lotada na Barra.

ENTENDA O CASOJorge José González Sebá, de

60 anos, foi internado no hos-pital no dia 21 de março, com suspeitas de coronavírus, já que se queixava de febre e falta de ar. Ele, que era diabético, foi diag-nosticado com pneumonia dupla e isolado por quatro dias na UTI.

Em um vídeo publicado na internet, o cônsul disse que mé-dicos e enfermeiros evitavam contato com ele, com medo de contraírem o Covid-19 “Me dei-xaram aqui sem informação, iso-lado, como se fosse um bicho. Eu

me esgoelo, eu grito, eu chamo as pessoas, ninguém atende. Te-nho dificuldade até para urinar”.

González contou que per-maneceu mais de 48 horas aban-donado, sem limpeza e troca de fraldas. “Tive que implorar um dia inteiro para que alguém pu-desse trazer um copo para eu be-ber água. Nunca pensei que num hospital desse porte eu pudesse ser tratado desta maneira”.

O paciente disse compreen-der o medo de médicos e enfer-meiros, mas reclamou de falta de respeito a sua pessoa.

Jorge, que além de cônsul ho-norário do Suriname era capitão reformado do Exército, morreu na última quarta (25) e a família pretende processar o hospital, que é controlado pela Rede D’Or, por negligência e omissão de socorro.

Morte em investigaçãoHospital Rio Mar vai apurar óbito do cônsul do Suriname

Ministro Mandetta e presidente Bolsonaro na luta contra o vírus no país

NACIONAL

pós criar um comi-tê para enfrentar o Co-vid-19, o prefeito de Marília, Daniel Alonso (PSDB), anunciou a re-tomada gradativa das ati-vidades comerciais e de serviços na cidade.

De acordo com a de-cisão, ficam autorizadas a partir desta segunda (30) o funcionamento de agên-cias bancárias, lotéricas e cooperativas de créditos.

A partir de quarta (1º) a prefeitura autorizou a volta de academias, sho-ppings, bares, restauran-tes, comércio em geral, hotéis, construção civil e prestação de serviços em geral.

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confir-mou a primeira morte por coronavírus no esta-do, no boletim divulgado nesta segunda (30).

A paciente era uma mulher de 82 anos que vivia em Belo Horizonte. Ela morreu no domingo (29). Ela estava internada no Hospital Biocor, em Nova Lima, desde o dia 21 de março, com febre, tosse e desconforto respiratório.

Minas tem 261 casos confirmados de Covid-19 e mais de 29 mil em in-vestigação. O estado tam-bém investiga outras 23 mortes por suspeita de infecção.

A Marinha informou que foi concluída a opera-ção de retirada do óleo dos tanques do navio Stellar Banner, que está encalha-do desde 24 de fevereiro no litoral do Maranhão. A próxima etapa do processo de resgate será retirar parte da carga.

A retirada do combus-tível era fundamental para evitar o risco de desastre ambiental, em caso de no-vas fissuras durante a ope-ração de resgate.

O comandante enca-lhou o navio em um banco de areia para evitar o nau-frágio. Logo após o aciden-te, o Ibama identificou uma mancha de óleo de 800 me-tros ao redor do navio.

Prefeito libera comércio em Marília

MG atesta primeira morte por vírus

Marinha retira óleo de navio no Maranhão

Saúde envia máscaras a estadosEpicentro da doença no país, São Paulo foi quem mais recebeu equipamentos

Isac Nóbrega/Presidência da República


CORREIO CARIOCA

O governador Wilson Witzel sancionou nesta se-gunda-feira (30) uma lei que regulamenta o cancelamento ou a reagendamento de pas-sagens aéreas e pacotes de via-gens adquiridos no estado do Rio, em razão das políticas de isolamento social por conta da pandemia do novo coro-navírus.

De acordo com a Lei 8767, os contratantes de passagens aéreas e pacotes de viagem podem remarcar ou cancelar o serviço, sem que tenham de pagar multas ou taxa extra. E no caso do consumidor optar pelo ressarcimento, o pedido deverá ser feito no valor inte-gral que foi pago no momento da aquisição do pacote.

As alterações deverão ser feitas no prazo estabelecido pela agência reguladora - no caso a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - que estabeleceu o período de até 12 meses, contados a partir da data do voo contratado pelo cliente.

Ainda de acordo com o texto, o descumprimento da lei vai acarretar uma multa à empresa no valor de seis mil UFIR-RJ (R$ 3,555) - que so-mam mais de R$ 21 mil - por cada autuação.

A decisão do governador prevê que o valor arrecadado com essas multas será desti-nado ao Fundo Especial para Programa de Proteção e Defe-sa do Consumidor.

O prefeito do Rio Marcelo Crivella anunciou que um novo hospital de campanha para tra-tar o coronavírus será construído com mais 100 vagas. Inicialmen-te, o terreno escolhido seria em Santa Cruz, na Zona Oeste.

- Para o caso de lotarmos o hospital de Acari, que tem 280 vagas; lotarmos o Riocentro, que tem 500, teremos esse novo hos-pital, que tem 100 vagas, que pos-sivelmente está para ser do lado do Pedro II, que fica lá em Santa Cruz - disse o prefeito.

O hospital de campanha do Rio-centro só vai abrir quando o Hospi-tal Ronaldo Gazolla, em Acari, que é referência na rede municipal para o tratamento da Covid-19, chegar a 70% da ocupação dos leitos.

Sancionada lei para remarcação de viagens aéreas

Hospital de campanha em Santa Cruz

Pessoas em situação de rua que apresentarem sintomas graves de Covid-19 serão internados invo-luntariamente. A medida, prevista em decreto, foi lembrada pelo pre-feito Marcelo Crivella nesta segun-da (30).

- Se ele tiver problema de res-piração, alta febre, nós podemos fazer a internação involuntária.

Crivella esteve hoje (30) no Sambódromo, preparado para re-ceber sem-teto durante o período de afastamento social devido ao coronavírus. O local recebe 60 ho-mens nesta segunda.

O prefeito anunciou que o Exército vai ajudar nos abrigos, in-clusive no processo de descontami-nação. Cada quarto tem até seis ca-mas, para que os hóspedes tenham espaço de um metro entre elas.

- Essa ala que nós temos hoje já vamos receber 60 homens. Nós também receberemos ido-sos em um hotel popular e mu-lheres com crianças - afirmou

Internação involuntáriaMedida serve para moradores de rua com sintomas graves

Rovena Rosa - Agência Brasil

O prefeito Marcelo Crivella esteve no sambódromo para receber 60 sem-teto

Tia Ju, secretária municipal de Assistência Social.

Outras 55 vagas estarão abertas para mulheres na Central do Bra-sil, em abrigo ainda sem data para acolhê-las. O acolhimento, em ca-sos leves, não é obrigatório. Tia Ju explica que a secretaria vai traba-lhar com “convencimento”.

- Vamos trabalhar com conven-

cimento. Nas ruas, eles não estão protegidos. Aqui será um espaço de proteção. A casa temporária de-les será aqui no Sambódromo e em outros espaços que estamos provi-denciando – disse.

Tia Ju ainda pediu que família convençam os idosos moradores de comunidades a ocupar os hotéis da prefeitura.

Crivella pede ajuda ao Governo para salvar transporte no Rio

Kits de higiene

Aumento proibido

40 mil testes

Drive-thru

As medidas restritivas de isolamento impostas pelo município e pelo esta-do do Rio, visando o com-bate à disseminação do Covid-19, resultaram em uma queda drástica do nú-mero de passageiros nos ônibus da capital e no BRT.

Na semana passada, a Rio Ônibus, entidade que reúne as empresas que

A Prefeitura de Niterói fez, nesta segunda (30), a entrega de três mil kits de higiene que serão dis-tribuídos na cidade como estratégia de combate ao coronavírus. No total, se-rão distribuídos 80 mil kits de higiene.

Decreto publicado nes-ta segunda no Diário Ofi-cial do Estado proíbe o aumento de preços “sem justa causa” de produtos e serviços enquanto estive-rem em vigor as medidas restritivas do estado con-tra o coronavírus.

A cidade de Niterói re-ceberá também mais de 40 mil testes para diagnós-tico de Covid-19 vindos dos Estados Unidos nesta semana e será o primeiro município brasileiro a fazer a testagem em massa na rede pública.

Mais postos do Detran começam a ser utilizados para a campanha de va-cinação contra a gripe. Nesta segunda entram no esquema de vacinação drive-thru nos postos de Valença, Duque de Caxias e São João de Meriti.

operam os ônibus do mu-nicípio e o BRT, chegou a ameaçar parar a circulação.

Crivella enviou um ofí-cio ao ministro Paulo Gue-des, solicitando um subsí-dio emergencial de R$ 90 milhões, que permitirá a manutenção do transpor-te durante o isolamento e preservará 26 mil postos de trabalho.

Fernando Frazão Agência Brasil

Prefeito solicita ao ministro Paulo Guedes subsídio de R$ 90 milhões

RIO

8 Segunda-feira, 30 de março de 2020RIO

A Prefeitura de Rio das Ostras confirmou, na noite de sábado (28), que duas pessoas estão com o Covid-19 no município. Os pacientes são mãe e fi-lho e estão em isolamento domiciliar sob as orienta-ções de equipes da vigi-lância epidemiológica.

Casos ainda não fo-ram confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde.

Os testes foram reali-zados nos pacientes após o resultado positivo no exame de uma idosa de 70 anos, moradora de Itabo-raí, que é mãe e avó deles e que ficou com a família durante uma semana.

As mães das crianças que estudam nos Espa-ços de Desenvolvimento Infantil (EDI) poderão pegar leite nas unidades escolares. A distribuição começa nesta terça-feira (31), e a mãe deve agen-dar um horário para ir à escola a fim de evitar aglomerações.

O prefeito anunciou também que estuda re-abrir as escolas para as crianças com deficiência, que estejam sentindo fal-ta do professor e tendo comportamento agres-sivo em casa. Mas, para isso, será necessário ter autorização da comuni-dade médico-científica.

A Prefeitura do Rio vai disponibilizar suas pla-taformas na internet para os microempreendedores. Serão publicados vídeos desses comerciantes para estimular o consumo da vendinha do bairro, da boleira, do vendedor de brigadeiro, entre outros. Para participar basta en-viar um vídeo na vertical de até 15 segundos fa-lando da importância de comprar do pequeno co-merciante para o número de WhatsApp da Prefei-tura (99253-8538), com o endereço de redes sociais do comerciante. Todos os vídeos serão publicados nos stories do Instagram @prefeitura_rio.

O governador Wilson Wit-zel, prorrogou por 15 dias as me-didas de isolamento social, com determinações para evitar a con-taminação pelo novo coronaví-rus, que terminariam amanhã (31), com base no decreto publi-cado no dia 17 de março. Con-forme tinha prometido na sexta (27), Witzel publicou hoje (30) no Diário Oficial outro decreto com a prorrogação das medidas para reduzir a aglomeração.

As aulas continuam suspen-sas nas escolas das redes pública e privada de ensino e nas univer-sidades.

Já a circulação de transpor-tes intermunicipais de passa-geiros que liga a Região Me-tropolitana e a cidade do Rio, continua proibida. A exceção é para trens e barcas, que operam sob restrições

Nos transportes interesta-duais ainda não foi permitida a circulação para os que foram anotados casos confirmados de contaminação pelo coronavírus. Da mesma forma para os voos internacionais ou nacionais com

origem nesses estados. Continua proibida também a atracação de navios de cruzeiro.

Todos os servidores e empre-gados públicos ou contratados por empresas que prestam serviço passam a ser considerados casos

suspeitos, caso apresentem sinto-mas como febre ou sintomas res-piratórios como tosse seca, dor de garganta, cefaleia, dificuldade de respirar e prostração.

Permanecem proibidos com presença de público, mesmo que tenham sido autorizados ante-riormente. Aí estão incluídos os esportivos, shows, encontros em salões de festas e em casas de fes-tas e visitas a pontos turísticos.

Também permanecem fecha-dos os cinemas, teatros e foram mantidas as proibições de visitas às unidades prisionais, inclusive as íntimas. A entrada dos ad-vogados deve seguir orientação da Secretaria de Administração Penitenciária. Estão proibidas ainda as visitas a pacientes diag-nosticados com o Covid-19, internados em rede pública ou privada.

Primeiros casos em Rio das Ostras

Leite para crianças nas escolas

Divulgação de pequenos negócios

Prefeitura do Rio criou um canal exclusivo para denúncias de violações às medidas restritivas contra o coronavírus, chamado de “Disk-Aglomeração”. Grupos de dez pessoas ou mais em praças ou em bares e festas serão os alvos.

O prefeito Marcelo Crivella publicou um decreto nesta segun-da (30), oficializando a instalação do serviço. O texto prevê ainda que todo estabelecimento tem que afixar um cartaz com o núme-ro do serviço (Central 1746).

As denúncias serão encami-nhadas ao gabinete de crise, que conta com representantes de todas as secretarias, incluindo um grupa-mento da Guarda Municipal e um apoio da PM. Uma equipe multi-disciplinar será avaliará os casos.

Se houver desobediência ou reincidência, o proprietário pode

ser multado ou ter o alvará cassado.No sábado (28), a Secreta-

ria Municipal de Ordem Pública (Seop) interditou duas lojas na Praça Seca que abriram sem per-missão. Uma de utilidades domés-ticas e a outra de produtos naturais.

Já na sexta (27), 16 estabeleci-mentos foram fechados em Campo Grande e no Centro por não serem serviços essenciais previstos pelo decreto municipal, e sete se ade-quaram às novas normas de fun-cionamento (como restaurantes limitando-se ao serviço de delivery e padarias sem serviço de balcão).

Em uma semana, foram fis-calizados 911 estabelecimentos e 657 foram fechados pelos agentes.

FUNCIONAMENTO LIBERADO:

Mercados, supermercados e

hortifrútis. Vedada a comercia-lização de bebidas alcoólicas em condições de consumo imediato; Padarias e confeitarias, vedado o consumo no local; Açougues, aviários e peixarias; Depósitos, distribuidoras e transportado-ras, vedada a comercialização de bebidas alcoólicas em condições de consumo imediato; Postos de combustível, inclusive para pres-tação de serviços relacionados com a atividade principal, além de suas lojas de conveniência, vedada a comercialização de be-bidas alcoólicas em condições de consumo imediato; Comércio de insumos agrícolas e de medica-mentos veterinários, alimentos e produtos de uso animal;Comér-cio de materiais de construção; Comércio de gás liquefeito de petróleo – GLP.

Witzel prorroga quarentena

‘Disk-Aglomeração’

Medida iria até dia 31 e foi expandida por mais 15 dias em todo o estado

Por isolamento, prefeitura cria central para denúncias

Tania Regô/Agência Brasil

Publicação foi feita no Diário Oficial para manter o isolamento social


CORREIO NO MUNDO

Um número crescente de casos de coronavírus impor-tados na China pode provo-car uma segunda onda de in-fecções no momento em que transmissões domésticas “ba-sicamente foram interrom-pidas”, disse uma autoridade sênior de saúde nesta domin-go (29), ao mesmo tempo em que o alívio nas restrições de viagens também pode levar a mais riscos dentro do país.

A China, onde a doença surgiu pela primeira vez na cidade central de Wuhan, acumulou um total de 693 casos vindos do exterior, o que significa que “a possibili-dade de uma nova rodada de infecções permanece relativa-mente grande”, declarou Mi

Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde (NHC).

Quase um quarto deles chegou a Pequim. “Pequim, a capital, ainda suporta os ris-cos”, disse Xu Hejian, porta--voz do governo de Pequim, a repórteres.

“Não há razão para des-cansar e relaxar ainda. Não é momento em que possamos dizer que tudo está indo bem.”

A maioria dos casos im-portados envolveu chineses voltando do exterior.

Um total de 3,3 mil pes-soas morreram na China continental, e 81.439 infec-ções foram relatadas. Autori-dades chinesas buscam evitar o pior: a volta de um novo vírus em seu território.

As autoridades de saúde francesas registraram 292 novas mortes por coronavírus nas últi-mas horas, alta de 13% em rela-ção ao sábado (28), o que eleva o total para 2.606 desde 1º de mar-ço. Agora, o governo atua para aliviar a pressão nos hospitais sobrecarregados do leste do país.

A contagem diária responde apenas pelos que morrem em hospitais, mas as autoridades di-zem que vão conseguir compilar dados sobre mortes em casas de repouso, o que provavelmente resultará em um grande aumen-to nas mortes registradas.

O número de casos conheci-dos de infecção aumentou para 40.174 no domingo (29), contra 37.575 no dia anterior, disse Je-rome Salomon, chefe da agência de saúde pública do país.

China na defensiva contra segunda onda de Covid-19

Número de vítimas não para na França

INTERNACIONAL

#Nãotemgraça, decretou a hashtag da Guarda Civil espanho-la numa rede social. Mas muita gente riu.

Tantas vezes o primeiro-mi-nistro da Espanha, Pedro Sán-chez, repetiu que passear com o cachorro “ou o animal de esti-mação” pode, que a população se animou.

O anúncio oficial da quaren-tena foi em 14 de março, e logo saíram a passear com cabras, na Catalunha, galinhas, nas ilhas Ca-nárias, e, na Gran Via de Bilbao, um cidadão levava pela coleira um... “caranguejo”.

No Reino Unido, o protocolo tem quatro passos para convencer os “coronacéticos”, que não são poucos.

Pesquisa feita na semana pas-sada pelo J.L.Partners mostrou que 6% da população ainda estava apertando as mãos e se abraçando

O humor em meio à pandemiaAções bem-humoradas pelo mundo divertem confinados

Reprodução

Esperança e alegria são vistas como solução para superar quarentena no mundo

e 8%, saindo de casa sem necessi-dade.

São 5,8 milhões de britânicos que os policiais pretendem abor-dar primeiro com uma conversa amigável.

Na índia, país com 22 idiomas oficiais, tropas coreografaram li-ções em malaiala (de Kerala, no sul), em punjabi (de Punjab, no noroeste do país), em telugo (de Andra Pradexe, no sudeste) e em tamil (de Pudukkottai, no sul) .

A pandemia foi a deixa para policiais revelarem seus dotes ar-tísticos.

Agentes turcos fizeram dan-çar nas sacadas os moradores de Adana, e não faltou “Mariachi Loco” no México nem “Gracias a la Vida” na Colômbia.

O fato é que moradores e po-liciais põem em prática conselho da astronauta italiana Samantha Cristoforetti “Humor ajuda mui-to. Seja capaz de rir das coisas”.

Novo embaixador dos Estados Unidos chega ao Brasil

Turismo despenca

Quarentena na Páscoa

Apoio santo

Prejuízos crescem

O novo embaixador dos Estados Unidos chegou ao Brasil. Todd Chapman foi indicado pelo presidente Donald Trump, em outu-bro de 2019 e teve o nome confirmado pelo Senado em fevereiro deste ano.

“Meu foco imediato será ajudar o governo brasileiro, o povo brasileiro e os 260 mil norte-americanos resi-

Em 2019 houve 1,5 bi-lhão de desembarques de turistas internacionais pelo mundo, mas, com as restri-ções provocadas pela Co-vid-19, esse número deve cair entre 20% e 30%, se-gundo relatório da Organi-zação Mundial do Turismo.

Em reunião feita com ministros, governadores e equipes da saúde e eco-nomia, o presidente argen-tino Alberto Fernández dis-se que a quarentena para conter o avanço do coro-navírus será ampliada até a Páscoa, em 12 de abril.

O papa Francisco apoiou nesse domingo (29) apelo feito pelo secretário--geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, por um cessar-fo-go global para que o mundo se concentre no combate à pandemia de coronavírus.

As ações na Bolsa de Va-lores de Tóquio tiveram forte queda no pregão matutino desta segunda (30). Ordens de venda atingiram o mer-cado após a sua abertura. Ao mesmo tempo, crescem as preocupações do alastra-mento do coronavírus.

dentes no Brasil em sua resposta à emergência de saúde causada pela covid-19. Há muito o que fazer e estou ansioso para começar a trabalhar”, des-tacou Chapman, segundo informações divulgadas pela Embaixada dos Esta-dos Unidos no Brasil. Ele atuava como embaixador dos EUA no Equador.

Reprodução

Todd Chapman diz que foco imediato está no combate ao coronavírus

10 Segunda-feira, 30 de março de 2020INTERNACIONAL

A Espanha registrou, nas últimas 24 horas, 6.398 novos casos confirmados de coronavírus, segundo o Mi-nistério da Saúde local di-vulgou nesta segunda (24).

Agora, o país chega a 85.195 testes com resul-tado positivo, ultrapas-sando a China, que tem pouco mais de 81 mil.

O país europeu tam-bém registrou, no perío-do, 812 novas mortes. O número representa uma queda de 12,44% no ín-dice diário.

No total, 7.340 pes-soas já morreram por co-ronavírus na Espanha. O país é o segundo mais afe-tado pelo vírus na Europa.

O número de mortos por um surto de coronaví-rus na Itália subiu em 756, para 10.779, informou a Agência de Proteção Civil neste domingo (29). É a segunda queda consecuti-va na taxa diária.

O total de óbitos representa mais de um terço de todas as mortes pelo vírus no planeta.

O maior número diá-rio de óbitos na Itália foi registrado na sexta-feira (27), quando 919 pessoas morreram.

O número total de ca-sos confirmados na Itália aumentou no domingo para 97.689 em relação aos 92.472 anteriores.

O diretor do Cen-tro de Coordenação de Alertas e Emergências em Saúde da Espanha, Fer-nando Simón, que lidera a resposta ao surto de co-ronavírus e mantém con-tato regular com o premiê Pedro Sánchez, testou po-sitivo para covid-19, disse uma autoridade de saúde nesta segunda-feira (30).

Em coletiva de im-prensa em que substituiu Simón, Maria José Sierra disse que a tendência das infecções diárias havia mu-dado desde a introdução de medidas de confinamento, com novos casos crescendo cerca de 12% por dia, com-parado aos 20% registra-dos antes de 25 de março.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorro-gou as diretrizes de permanência em casa até o fim de abril, aban-donando um plano duramente criticado para reativar a economia até meados de abril depois que um conselheiro médico graduado disse que mais de 100 mil nor-te-americanos poderiam morrer com o surto de coronavírus.

O recuo de Trump, que ele dis-se que será explicado com mais de-talhes amanhã (31), veio no mo-mento em que o total de mortes causadas pela doença respiratória no país superou 2.460 e os casos passaram de 141 mil, a maior cifra do mundo. Esses dados são válidos até a data de hoje (30)

“O pico, o ponto mais alto da taxa de mortalidade, provavelmen-te acontecerá em duas semanas”, disse o presidente. “Nada seria pior

do que cantar vitória antes de a vi-tória ser conquistada,” comentou.

Ele disse à população: “Quanto melhor vocês se saírem, mas rápido este pesadelo todo terminará.”

Mais cedo, o médico An-

thony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, disse que a pande-mia poderia chegar a matar entre 100 mil e 200 mil pessoas nos Estados Unidos se a redução de casos não tiver sucesso.

Desde 2010, a gripe matou entre 12 mil e 61 mil norte-a-mericanos por ano, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A pandemia de gripe de 1918-1919 matou 675 mil pessoas no país, segundo o CDC.

A insinuação inesperada de Trump de que poderia ordenar a reativação da economia até a Páscoa (12 de abril) foi recebida com críticas intensas e imedia-tas de governadores que ainda lidam com números crescentes de pacientes e sistemas de saúde sobrecarregados.

Governadores de ao menos 21 estados que representam mais da metade dos 330 milhões de habitantes dos EUA fecharam “negócios não essenciais” e ins-truíram os moradores para que fiquem em casa.

Espanha deixa China para trás

Número diário de vítimas cai na Itália

Influente médico infectado na Espanha

O primeiro-ministro da Hun-gria, Vikton Orbán, garantiu nesta segunda (30) o direito de governar por decreto, por tempo indeterminado, num movimen-to que tem sido criticado como atentado à democracia por polí-ticos e entidades de direitos civis.

Lei que prorroga o estado de emergência no país para comba-ter a pandemia de coronavírus foi aprovada por 137 votos con-tra 52 na Assembleia Nacional, na qual o partido do premiê, o nacionalista Fidesz, tem maioria. Eram necessários 133 votos, ou dois terços do total.

O texto permite a Orbán sus-pender sessões parlamentares e elei-ções e estabelece prisão de oito anos para quem desrespeitar as regras de quarentena, e de cinco anos para quem divulgar informação consi-

derada incorreta pelo governo.Embora não seja específica para

jornalistas, a norma é considerada por entidades internacionais uma ameaça à liberdade de imprensa.

“Este é o dia em que um país da União Europeia se tornou uma ditadura total”, afirmou Andrew Stroehlein, diretor de comunicação para a Europa da Human Rights Watch.

Até as 11h (horário do Bra-sil) desta segunda, o país regis-trava 447 casos confirmados de coronavírus e 15 mortos. Esco-las, restaurantes e a maioria das lojas foram fechados e eventos foram proibidos no dia 13. A entrada na Hungria está fechada para estrangeiros desde o dia 17.

A lei dá “carta branca ao go-verno húngaro para restringir direitos humanos”, segundo a

Anistia Internacional.O país já era o único europeu

a não ser considerado totalmen-te livre no ranking da Freedom House, centro de estudos de di-reitos políticos e liberdade civil.

No relatório divulgado no co-meço deste mês, a Hungria rece-beu 70 pontos de 100 possíveis, uma queda de 20 pontos desde as eleições de 2010, quando Orbán virou primeiro-ministro.

Segundo a Freedom Hou-se, o partido governista, Fidesz, encampou mudanças legais e constitucionais que retiraram o poder de instituições indepen-dentes e cercearam a liberdade de grupos de oposição, jornalis-tas, universidades e ONGs.

Orbán, 56, havia tentando aprovar o estado de emergência na última segunda (23).

O recuo norte-americano no comércio

Poder ilimitado na Hungria?

Trump desiste de reativar a economia até meados de abril por causa do Covid-19

Primeiro-ministro garante o direito de governar por decreto

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Presidente norte-americano recua em decisão e opta pela quarentena no país

Segunda-feira, 30 de março de 2020 11ECONOMIA

CORREIO ECONÔMICO

Devido à pandemia, o mer-cado financeiro espera por re-tração da economia brasileira este ano. De acordo com o bo-letim Focus, do Banco Central (BC), a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) é de 0,48%. Na semana passada, a estimativa era de crescimento de 1,48%. Essa foi a sétima re-dução seguida na projeção.

O boletim semanal do BC traz as projeções de instituições financeiras para os principais in-dicadores econômicos nos próxi-mos anos. As previsões do mer-cado para o PIB de 2021, 2022 e 2023 continuam em 2,50%.

Já a cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 4,50, a mesma previsão da semana passada. Para 2021, a expecta-tiva é que a moeda americana fique em R$ 4,30.

As instituições financeiras

consultadas pelo BC também reduziram a previsão de infla-ção de 2020. A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu, pela terceira vez seguida, ao passar de 3,04% para 2,94%.

Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,60% para 3,57%. A pre-visão para os anos seguintes, 2022 e 2023, não teve altera-ções e permanece em 3,50%.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser persegui-da pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Na-cional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no rea-juste dos contratos de aluguel, teve inflação de 1,24% em março deste ano. Com a taxa, o índice acumula taxas de 1,69% no ano e de 6,81% em 12 meses, segundo dados di-vulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em fevereiro, o IGP-M regis-trou deflação de 0,04%. A alta da taxa foi puxada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, que teve inflação de 1,76% em março ante uma deflação de 0,19% em fevereiro.

O Índice Nacional de Custo da Construção também teve alta, mas mais moderada, ao passar de 0,35% em fevereiro para 0,38% em março. Por outro lado, a inflação do Índi-ce de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, caiu de 0,21% em fevereiro para 0,12% em março.

BC revisa queda do PIB pela sétima vez na crise

IGP-M teve inflação de 1,24% em março

O Tesouro Nacional estima que o déficit do setor público con-solidado, que inclui estados e muni-cípios, vai se aproximar de R$ 400 bilhões neste ano se consideradas as medidas econômicas de mitigação da crise do novo coronavírus e a queda prevista na arrecadação.

Considerando apenas o go-verno central (que reúne Tesouro, Banco Central e Previdência), o rombo previsto está ao redor de R$ 350 bilhões. “Ao que tudo indica, pelo conjunto de medidas já anun-ciadas e de perda de arrecadação que poderá ser ainda maior do que aquela já projetada no primeiro re-latório bimestral, o déficit primário do Governo Central, em 2020, po-derá alcançar ou superar a cifra de R$ 350 bilhões”, afirma o Tesouro em nota.

O órgão demonstra preocupa-ção em relação aos riscos provoca-

Vírus nas contas públicasTesouro prevê déficit de R$ 400 bi e recomenda controle maior

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A expansão dos gastos do governo durante a crise preocupa o Tesouro

dos pela expansão de gastos do go-verno e defende que essas despesas não sejam prolongadas para além de 2020. “Enquanto a expansão da despesa para combater os efeitos da crise do Coronavírus ficar restrito a programas temporários, ou seja, despesas que começam e terminam neste ano, não deverá haver proble-mas para a retomada do ajuste fiscal

estrutural”, diz o comunicado.De acordo com o Tesouro, os

próximos três meses terão maior concentração de crescimento dos gastos públicos, com a implemen-tação de programas como o auxílio de R$ 600 a informais, a antecipa-ção de benefícios a aposentados e trabalhadores e o reforço no pro-grama Bolsa Família.

Ações do setor de serviços despencam no Ibovespa

Bombando Bombando 2

De olho no pós-crise

Nas últimas semanas, o setor de serviços tem sido um dos mais prejudi-cados na Bolsa brasileira. Enquanto o Ibovespa ini-ciou uma recuperação das fortes quedas em março, empresas de energia, sa-neamento e telefonia acu-mulam desvalorização ex-pressivas. A Sabesp, por

exemplo, recuou cerca de 20% nas duas últimas se-manas, quase o dobro do Ibovespa, que caiu 11%.

Segundo analistas, o movimento reflete a isenção e concessão de descontos nas cobranças desses ser-viços e a queda no consu-mo, pela indústria, durante a crise do coronavírus.

O isolamento impos-to pelo coronavírus tem alterado o comportamen-to de diversas redes no mundo. No Brasil, o IX.br (Brasil Internet Exchange) –responsável pelos pon-tos públicos de troca de tráfego entre operadoras – divulgou que São Paulo, o pico de uso subiu 25% em relação ao nível de três semanas atrás. Apesar de ser atribuído a serviços de streaming, a novidade é a enxurrada de chamadas de voz no celular ou video-conferências.

Os operadores não es-tavam preparados para um pico de demanda do tipo, algo improvável antes da pandemia, quando as pes-soas não usavam a totalida-de da banda contratada em seus pacotes de internet. O risco de colapso, entretan-to, não é uma preocupa-ção. “O risco é a lentidão. A operadora faz estatísticas contando que ninguém vai pedir 200 mega ao mesmo tempo, mas se todo mundo pede, fica lento”, diz Tadeu Viana, diretor da Corning, fornecedora de fibra ótica.

Divulgação

Prestadoras de serviço têm registrado queda maior que o índice geral

O ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) garante que o programa de concessões do governo federal continua a avançar, apesar da crise sa-nitária, mas que as restrições de circulação têm gerado

pedidos para adiamento em algumas licitações. Afirma que o ministério trabalha no Pró-Brasil, um pacote pós--crise, para alavancar investi-mentos e pisar no acelerador tão logo a crise passe.

12 Segunda-feira, 30 de março de 2020CULTURA

CORREIO CULTURAL

Os jornalistas Mari Palma e Phelipe Siani foram afastados da apresentação do programa Live CNN após Mari sentir sintomas do coronavírus. Com isso, ela e Phelipe, que são na-morados, ficarão em quarente-na na casa em que moram em São Paulo.

A CNN Brasil divulgou um comunicado na manhã desta segunda-feira (30) afirmando que Mari sentiu sintomas de gripe na noite da última sexta--feira (27) e, após consulta com os médicos, concluiu-se diag-nóstico de infecção pelo coro-navírus. Siani, no entanto, não teve sintomas.

Durante isolamento do-miciliar, os dois jornalistas deverão fazer participações

especiais de casa. Na manhã desta segunda, Siani já apare-ceu ao vivo falando que Mari teve perda de olfato e paladar como sintomas da doença. Por enquanto, eles estão sendo substituídos por Diego Sarza e por Elisa Weeck no programa.

Segundo a emissora, que entrou no ar no último dia 15, cerca de 40% de seus profissio-nais estão trabalhando em sis-tema home office por conta da pandemia do coronavírus.

O canal anunciou os advoga-dos Gisele Soares e Thiago Anas-tácio como novos integrantes do programa O Grande Debate. A mudança foi resultado do pe-dido de demissão da advogada Gabriela Prioli, que comunicou a saída pelas redes sociais.

O tenor espanhol Plácido Do-mingo, conhecido como rei da ópera, foi internado em um hospi-tal de Acapulco, no México, após ter sido diagnosticado com o co-ronavírus. “Sinto que é meu dever moral anunciar que testei positivo para o Covid-19, o coronavírus”, escreveu Domingo em seu perfil no Facebook no última semana. Por precaução, os médicos opta-ram pela internação.

“Peço que sejam todos extre-mamente cuidadosos, sigam as re-comendaçãoes básicas lavando as mãos com freqüência, mantendo pelo menos seis pés de distância uns dos outros, fazendo o possível para impedir a propagação do vírus e, aci-ma de tudo, ficando em casa, se pu-derem”, apelou o cantor lírico, para agradecer às mensagens de apoio

Vírus leva CNN Brasil a afastar casal de apresentadores

Infectado, Plácido Domingo é internado

Pioneira banda do rock se-tentista brasileiro, a Casa das Má-quinas se prepara para lançar um novo trabalho 44 anos depois de seu terceiro disco de estúdio. Tra-ta-se de “Brilho nos Olhos”, que traz dois integrantes da formação clássica e mais três recém-chega-dos. O primeiro single, “A Rua”, já está nas plataformas de streaming e a sonoridade segue sendo aquela mesma de quase meio século atrás, com um passeio entre o rock mais puro do primeiro álbum, “Casas das Máquinas” (1974), e o som mais viajandão progressivo dos dois seguintes, “Lar de maravilhas” (1975) e “Casa de rock” (1976).

- A preocupação nessa volta aos estúdios era a de não perder a identidade - conta o tecladista Mario Testoni, tecladista do grupo desde o segundo álbum.

O grupo fez parte de um mo-mento em que o rock brasileiro mergulhou fundo no som pro-gressivo ditado por Pink Floyd,

O rock não morre jamaisCasa das Máquinas ressurge e lança álbum 44 anos depois

Dilvugação

Com nova formação, a Casa das Máquina aposta na mesma sonoridade que consagrou nos anos 1970

Emerson Lake & Palmer, Yes, Genesis e King Crimson. Além da Casa das Máquinas, a década ouviu Os Mutantes, O Terço, Pholhas, O Som Nosso de Cada Dia e Vímana, entre outros.Ape-sar de não fugir das letras lisér-gicas, o single da volta traz uma preocupação mais urbana.

- É uma canção escrita há 25 anos pelo Aroldo Binda, ex-gui-tarrista da banda. Fala das crianças de rua, algo que começou ainda lá nos anos 1960. E piorou muito.

O disco completo, lançado em uma parceria com a Monstro

Discos, tinha data de lançamento no dia 13 de junho, em CD e vinil, mas a quarentena adiou os planos.

Além de Testoni, o baterista Mario Thomaz é sobrevivente da formação setentista. Aos dois, juntam-se agora Cadu Moreira (guitarra), Geraldo Vieira (bai-xo) e Ivan Gonçalves (vocal). A parceria com a Monstro Discos revela um novo modelo de negó-cio em que a banda produz o dis-co por conta própria e a empresa, por sua vez, banca a prensagem, a divulgação e o trato com as plata-formas, entre outros.

Brian May ensina técnicas de guitarra durante quarentena

RadiografiaCarnavalesco

Com uma de suas gui-tarras customizadas, um amplificador e um iphone, Brian May aproveitou o pe-ríodo de quarentena para ensinar aos fãs algumas técnicas do instrumento. Num quadro batizado de MicroConcerto, ele apre-senta em seu perfil de Ins-tragram (@brianmayforre-al), de forma detalhada, os acordes das principais me-lodias do Queen. No último episódio, exibido semana

passada, ele atendeu pedi-dos dos internautas e dis-secou o solo de “Bohemian Rhapsody”, a canção que fez a banda inglesa atingir sucesso mundial, tocan-do o trecho de forma bem pausada e com a câmera em close sobre suas mãos. “Esse amplificar é bem pe-queno, mas faz muita coi-sa. Tem um seletor adorá-vel que meio que te leva da década de 1970 até os dias de hoje”, contou.

A Associação de Pro-dutores de Teatro (APTR) iniciou um levantamento para compilar as medidas anunciadas pela União e governos estaduais para socorrer a cultura duran-te a crise. Foram identifi-cadas ações no governo federal e em 14 estados, incluído o Distrito Fede-ral. “O relatório focou as medidas que se aplicam às artes cênicas. O au-diovisual, por exemplo, não faz parte deste tra-balho”, explica Eduardo Barata, presidente da entidade.

Após compor o samba enredo de 2020 da escola de samba carioca São Clemen-te, Marcelo Adnet se prepara para um novo desafio. O humorista será o carnavalesco da agremiação Bo-tafogo Samba Clube ao lado de Marcelo Hessez. “Por amor ao samba estaremos na Intendente Magalhães fazendo carnaval”, pu-blicou o ator em seu perfil no Instagram.

Reprodução

Em seu canal, Brian May desvenda detalhes das canções do Queen

Segunda-feira, 30 de março de 2020 13COMPORTAMENTO

Quarentena melhora o ar em São Paulo

Médicos passam dicas para evitar problemas musculares

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Jogar videogame online é uma das válvulas de escape dos jovens na quarentena

Nesta quarentena, adoles-centes estão obviamente ab-sorvidos pela tecnologia, e ela tem as tendências paradoxais de ora amainar o isolamento, ora amplificar a ansiedade. Diante de uma infinidade de tempo, no entanto, até os ele-trônicos enjoam, e, como as cartas do casal de namorados, outras atividades “retrô” aju-dam a preencher a rotina.

Rodrigo Cunha, 15, por exemplo, quando não está es-tudando, divide o tempo livre entre o videogame online e as lives no Instagram com os ami-gos, jogos de tabuleiro com os pais e a irmã mais nova, e a montagem de quebra-cabeças. Na sexta-feira (19), logo na fase inicial do isolamento, ba-teu seu recorde: terminou um

de 750 peças em um dia. Em tempos normais, levaria uma semana. Ironia do destino, a imagem do quebra-cabeças é uma da Times Square, em Nova York, lotada, num mun-do sem coronavírus.

Dois dias depois, foi o ani-versário de Rodrigo, e ele co-memorou com a família em um churrasco no apartamen-to, na Vila Clementino, e com outros familiares online.

A versão eletrônica de jo-gos das antigas está distrain-do o pré-adolescente Miguel Kuntz, 12, que joga stop e car-tas com os amigos por meio de aplicativos. Seu irmão mais velho, Lucas, 19, também re-solveu se lembrar dos “velhos tempos” e brincar de stop com amigos à distância. Até a mãe

Leões presos em caixas de sapatosIsolamento impõe novo tipo de rotina a adolescentes. ‘Velhos hábitos’ em família são registrados

dos meninos, Mariana, se ani-mou com a ideia e baixou o aplicativo para jogar com as vizinhas do prédio.

Na casa de Letícia Correia Guariglia, 13, na Vila Maria-na, os eletrônicos estão di-vidindo espaço com o tricô. Ela e a irmã, Mariana, 6, estão

aprendendo a tricotar com a mãe, Kely, e o desafio é ter paciência para entender esse mundo de tantos pontos e nós.

A adolescente sente muita falta da escola.

- Da aula de educação físi-ca, de ciências, de matemática, de todas – enumera a meni-

na, que ainda faz inglês, jazz, curso de astronomia e terapia. Como a psicóloga está doente, com sinusite, nem a terapia pôde prosseguir online.

Em casa, entediada, Letícia tem que lidar com os interesses da irmã, que, cheia de energia, fala alto e corre pela casa toda, até o cachorro está cansado de tanta correria. A mãe tem liga-do no YouTube, na TV, o Just Dance, competição de dança, para cansar a pequena e apro-veitar para se alimentar de en-dorfina. Também está fazendo oficina de maquiagem com as meninas. E faz uma bela metá-fora de toda essa situação:

- É como segurar um leão em uma caixa de sapatos, mas vamos em frente – diverte-se. Vamos, sim.

As medidas de isolamento adotadas em São Paulo prati-camente paralisaram São Paulo nos últimos dias e trouxeram uma significativa melhora na qualidade do ar da maior cida-de do país. Os níveis de dióxido de nitrogênio, um gás poluente causado pelo transporte e ati-vidade industrial, tiveram re-dução considerável, de acordo com números da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

De acordo com técnicos do órgão ambiental, o índice de zero a 40 significa que o nível de contaminação do ar é bai-xo; a partir de 40 até 80 passa a ser considerado razoável. Na Marginal Tietê, por exemplo, a média nos últimos três anos foi de 48,3. Na última terça-feira (24), o número chegou a oito. Na Avenida Paulista, a redução foi de 34 para 5.

A redução da frota circu-lante é apontada como a maior responsável pela mudança de cenário. Altas concentrações de dióxido de nitrogênio podem levar ao aumento de interna-ções hospitalares, por causa de problemas respiratórios. Crian-ças e idosos costumam ser os mais atingidos.

Essa melhora na qualidade do ar não ocorre apenas no Brasil. Na Itália, imagens de satélite registravam a alta con-centração de dióxido de nitro-gênio no norte do país, entre janeiro e fevereiro. Em março, no pico da doença, a coloração do mapa mudou de vermelho para amarelo. A China tam-bém apresentou melhoras na qualidade do ar. O país re-gistrou queda de até 30% de poluição em todo país após o governo adotar medidas rigo-rosas de isolamento social.

Alerta contra lesõesPor Marcelo Perillier

Trabalhar horas e horas em pé pode levar a dores e até le-sões por todo o corpo, especial-mente nos membros inferiores e coluna. Isso porque, nessa si-tuação, há o esforço dos ossos, articulações, tendões, músculos e ligamentos, causando proble-mas circulatórios, lombalgias, alterações posturais, artrose, fascite plantar, câimbras e fa-diga muscular. Especialistas alertam para a importância de pausas durante o expediente, uso de sapatos adequados, além de outras dicas para evitar dores e lesões.

– É importante sentar-se, usar meias de compressão, pois ajuda na circulação e diminui a estafa nos membros inferiores ou, se possível, até deitar um pouco para diminuir a pressão

nos membros inferiores. Ficar muito tempo em pé ajuda a desenvolver problemas circula-tórios, além de forçar, quadril, joelhos e coluna lombar, pro-vocando dores – explica o or-topedista do Into, André Perin Shecaira.

Já a fisioterapeuta Paula To-lussi, especialista em anatomia humana e palmilhas posturais, alerta para a necessidade do uso de um calçado adequado e até mesmo a necessidade de palmi-lhas especiais.

- Os pés sustentam todo o peso do nosso corpo, por isso, precisam de atenção. Nesse caso, os tênis são bastante indi-cados, principalmente os mo-delos que têm a palmilha bem macia e a frente ampla, para que os dedos tenham o máximo de espaço possível - ressalta Paula.

Sempre que possível, faça

alongamento antes, durante e depois do expediente, pois isso evita doenças como LER e DORT, cujos sintomas vão de sensação de cansaço persisten-te a distúrbios do sono. Junto a isso, use meias de compressão, pois elas melhoram o funcio-namento dos vasos sanguíneos, reduzindo o inchaço nas per-nas.

Outra dica dos especialistas é manter os pés afastados e o abdômen contraído, se estiver em pé por muito tempo. Con-forme for passando o tempo, transfira o peso de uma perna para outra, mantendo a coluna ereta e o abdômen contraído. Além disso, mantenha os om-bros para trás, o abdome para dentro e a coluna ereta. Sabe-mos que nem sempre isso é possível, mas corrigir a postura alivia dores na lombar.


OUTRAS PÁGINAS NO BRASIL E NO MUNDOJOSÉ APARECIDO MIGUEL (*)

1- Mercado financeiro proje-ta queda de 0,48% na economia este ano. Devido à pandemia de covid-19, o mercado financeiro espera por retração da economia brasileira este ano, reporta Kelly Oliveira. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) é de 0,48%. Na semana passada, a estimativa era de crescimento de 1,48%. (...) Agência Brasil) Brasil tem fuga de US$ 7 bilhões e ONU prevê crise profunda para emergentes, reporta Jamil Chade (UOL).

2- Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente?’, diz Bolsonaro. Presidente diz que é necessário se preocupar com o desemprego e que sabe da respon-sabilidade que tem, escreve Gus-tavo Maia. Jair Bolsonaro criticou quem, segundo ele, está tirando proveito da situação para assumir o poder.— Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente? Tem que trocar de presidente e re-solve tudo? — perguntou Bolso-naro. Uma mulher que estava no espaço reservado aos seus simpa-tizantes respondeu que não, mas pediu em seguida que ele man-tenha o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com quem o presidente tem divergido sobre a estratégia de enfrentamento à Co-vid-19. (...) (O Globo)

3- Mourão ‘bombeiro’ ganha es-paço na ala militar. Com aval de in-tegrantes das Forças Armadas, vice se dissocia, em público, do discurso de Bolsonaro pelo fim da quaren-tena, escreve Tânia Monteiro. “A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só: o isolamento e o distanciamento social”, afir-mou. Ao Estado, Mourão disse ser necessário um “equilíbrio” entre

medidas de combate ao avanço da doença e a situação da economia. (...) (O Estado de S. Paulo)

4- Governadores prometem re-agir a eventual decreto de Bolso-naro, escrevem Renato Onofre e Talita Fernandes. Governadores estudam acionar a Justiça se o pre-sidente Jair Bolsonaro cumprir a sua vontade e assinar um decreto para liberar setores da economia a voltarem a funcionar. (...) (Folha de S. Paulo)

5- Brasil está sendo salvo pelas qualidades de deputados e senado-res. Tudo o que foi feito no país do ano passado para resolver proble-mas foi feito no Congresso, opina Celso Rocha de Barros. Por essa, realmente, ninguém esperava. Mas é verdade. (...) (Folha de S. Paulo

6- Coronavírus: no primeiro mês, Brasil teve crescimento diá-rio de casos semelhante ao da Itá-lia. País sustenta taxa de aumento de casos por dia de cerca de 30%, índice que levou nação europeia ao colapso no segundo mês com Covid-19, escrevem Rafael Garcia e Renato Grandelle. O receio de que o Brasil possa trilhar o mesmo

caminho da Itália com a Covid-19, com uma explosão da epidemia nas primeiras semanas, já não é mais algo que precise ser baseado em projeções. A taxa de aumento diário no número de casos brasilei-ros está efetivamente em torno dos 30% — nível preocupante, e simi-lar ao que o país europeu viu nas primeiras semanas. (...) (O Globo)

7- Risco na pandemia: no país, 17 estados têm mais de 70% dos leitos de UTI ocupados. Terapia intensiva é necessária para tratar pacientes graves com Covid-19; o levantamento é do Ministério da Saúde, escrevem Renata Mariz e André de Souza. É preciso ainda criar mais de 1,6 mil leitos de UTI e mais de 22 mil leitos de enferma-ria. (...) (O Globo)

8- Só ação rápida do governo evitará convulsão social, diz cien-tista política. Para Marta Arretche, estratégia de Bolsonaro aumenta riscos ao contrariar experiência internacional, informa Ricardo Balthazar. “Não temos ideia do que milhões de pessoas poderão fazer quando houver um súbito crescimento da pobreza absoluta e não houver alternativa de renda à

vista.”(...) (Folha de S. Paulo)

9- Ronaldo Caiado, governador de Goiás e ex-aliado de Jair Bolso-naro, afirma que ‘urgência urgen-tíssima’ é garantir alimentação e que se Jair Bolsonaro não agir rapi-damente nesse sentido haverá de-sobediência civil e quebra-quebra, segundo a coluna Painel da Folha de S. Paulo. (...) (Brasil247)

10- Pandemia nas favelas - Como conter o vírus em casas superlotadas, sem saneamento e coleta de lixo? A pandemia de Co-vid-19 impõe desafios diferentes para cada país. Aqui, 11,5 milhões de brasileiros moram em casas su-perlotadas, com mais de três pes-soas por dormitório, e 31 milhões não têm acesso a uma rede geral de distribuição de água. Popula-ções pobres do Brasil sofrem de doenças infecciosas como malária e dengue, agravadas pela urbani-zação desordenada. (...) (Editorial--Folha de S. Paulo)

11- Os circuitos dos ricos e fa-mosos que disseminaram coro-navírus no Brasil. De Aspen a Itacaré, viajantes que trouxeram vírus do exterior estão na mira

das autoridades sanitárias, re-porta Eliane Trindade. É VIP o circuito que conta a chegada do coronavírus ao Brasil por meio de viajantes a bordo de jatinhos ou em voos internacionais de primeira classe ou executiva. “O vírus foi trazido por uma elite viajada, veio de fora e se propa-gou muito rápido em nossos cír-culos”, diz uma sócia do Counn-try Club do Rio. Entrou para o rol dos estimados 60 associados do clube que receberam resulta-do positivo do teste para corona-vírus nas últimas duas semanas. (...) (Folha de S. Paulo)

12- Metade das grandes em-presas do País tem caixa para até 3 meses sem faturar. Levanta-mento tem como base o balanço de dezembro de 2019; analistas apontam que mesmo as empre-sas com folga financeira serão afetadas mais tarde, escreve Re-née Pereira. Paradas, pequenas não têm fôlego nem para um mês. (...) (O Estado de S. Paulo)

13- Olimpíada de Tóquio já tem nova data: de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. COI anuncia oficialmente o novo calendário dos Jogos, muito semelhante ao previsto para 2020, reporta Carlos Arribas. O COI respeita assim os desejos do Governo japonês e do comitê organizador local, assim como os da televisão NHK. (...) (El País Brasil)

Brasil teve crescimento diário de casos semelhante ao da Itália

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais

Comunicação-SP (http://www.maiscom.com), trabalhou

em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias. Foi editor-executivo do Jornal do

Brasil, no Rio, de 2007 a 2009. (http://www.outraspaginas.com.

br) E-mail - [email protected]

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