lona 860 - 31/10/2013

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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 Alunos de jornalismo da UP conquistam quatro primeiros lugares no 18º Prêmio Sangue Novo Foram 22 categorias no 18º Sangue Novo no Jornalismo Paranense com três finalistas cada. No total, foram 367 inscritos e dezenas de estudantes de jornalismo de todo o Paraná compareceram no Memorial de Curitiba ontem. Contudo, alunos constataram problemas na organização do evento e nas categorias. Segundo o aluno do 3º ano Angelo Sfair, “faltou organização, houve atrasos e o local não foi dos mais apropriado”. Página 3 Edição 860 Curitiba, 31 de outubro de 2013 Neste ano, a internet está com- pletando seu 44º aniversário. Nesse período a rede mundial mudou a forma como as pes- soas vivem, trabalhem e intera- gem, além de mudar a si pró- pria várias vezes. Para alguns a internet veio para ameçar as mídias tradicionais, para ou- tros os veículos podem coexis- tir. Página 4 O que mudou em 44 anos? “Os governos não sabem o que fazer com seu lixo. Re- dução no uso de materiais descartá- veis, reutilização de objetos que podem ainda ser utilizados ou a reciclagem.” “Mas será que toda essa revol- ta foi gerada pelo fato de que eram cães de raça? Os ratos de laborató- rio continuaram no Instituto!”, Mariane Moreira. O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Juliana Hasse de Rezende. “No nosso time de pastoras do Sam- ba do Sindicatis, uma voz belíssima, até então desconhecida, se confundia com as das outras. Porém, na semana em homenagem ao centenário de nas- cimento do poeta Vinícius de Moraes, uma roda de choro especial foi organi- zada para homenagear o mesmo”, Ha- lanna Aguiar. Editorial Maus-tratos Por onde anda? Música Halanna Aguiar Notícia Antiga No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita a primeira mulher pre- sidente do Brasil

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LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: Lona 860 - 31/10/2013

lona.redeteia.com

Opinião

Colunistas

Página 5

Alunos de jornalismo da UP conquistam quatro primeiros lugares no 18º Prêmio Sangue NovoForam 22 categorias no 18º Sangue Novo no Jornalismo Paranense com três finalistas cada. No total, foram 367 inscritos e dezenas de estudantes de jornalismo de todo o Paraná compareceram no Memorial de Curitiba ontem. Contudo, alunos constataram problemas na organização do evento e nas categorias. Segundo o aluno do 3º ano Angelo Sfair, “faltou organização, houve atrasos e o local não foi dos mais apropriado”.

Página 3

Edição 860 Curitiba, 31 de outubro de 2013

Neste ano, a internet está com-pletando seu 44º aniversário. Nesse período a rede mundial mudou a forma como as pes-soas vivem, trabalhem e intera-gem, além de mudar a si pró-pria várias vezes. Para alguns a internet veio para ameçar as mídias tradicionais, para ou-tros os veículos podem coexis-tir.

Página 4

O que mudou em 44 anos?

“Os governos não sabem o que fazer com seu lixo. Re-dução no uso de materiais descartá-veis, reutilização de objetos que podem ainda ser utilizados ou a reciclagem.”

“Mas será que toda essa revol-ta foi gerada pelo fato de que eram cães de raça? Os ratos de laborató-rio continuaram no Instituto!”, Mariane Moreira.

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Juliana Hasse de Rezende.

“No nosso time de pastoras do Sam-ba do Sindicatis, uma voz belíssima, até então desconhecida, se confundia com as das outras. Porém, na semana em homenagem ao centenário de nas-cimento do poeta Vinícius de Moraes, uma roda de choro especial foi organi-zada para homenagear o mesmo”, Ha-lanna Aguiar.

Editorial Maus-tratos Por onde anda? Música

Halanna Aguiar

Notícia AntigaNo dia 31 de outubro de 2010, Dilma

Rousseff foi eleita a primeira mulher pre-sidente do Brasil

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Expediente

Lendo uma matéria na Folha de Londri-na sobre “Até onde vão os direitos dos animais”, me indig-no ao pensar que existem pessoas que não defendem os bi-chanos e, além disso, são capazes de fazê-los algum mal.Há duas semanas, o Brasil se como-veu diante da notí-cia de que cães so-friam maus-tratos e serviam de cobaia

no Instituto Royal, em São Roque. Esse fato provocou a ação imediata de ativistas, que invadiram o lo-cal para resgatar os animais, e também gerou polêmica en-tre os defensores dos animais. Mas será que toda essa revolta foi gera-da pelo fato de que eram cães de raça? Os ratos de laborató-rio continuaram no Instituto!

Todo e qualquer ani-mal merece ter seus direitos; não po-demos esquecer de que nós, humanos, somos animais tam-bém. Não podemos nos colocar acima de cães e gatos (ou qualquer outro ani-mal) e deixar que so-fram em nosso lugar. Há quem diga que os direitos dos animais, muitas vezes, ultra-passam o dos huma-nos, mas discordo.

Nós, humanos, re-gemos nossas pró-prias leis e podemos agir em nossa defe-sa. Mas e eles? Não é justo deixar que pessoas sem cora-ção usem e abusem dos bichinhos inde-fesos, que não têm nada a fazer diante de nós. Nesse ponto, deveríamos pensar como no trânsito: se os maiores não cui-darem dos menores, quem o fará?

Matéria da Ga-zeta do Povo de hoje noticiou que a Região Metro-politana de Curi-tiba gastou R$ 172 milhões em 2012 com coleta e transporte de lixo. Foram con-sideradas 11 ci-dades das 21 que fazem parte do Consórcio Inter-municipal para Gestão dos Re-síduos Sólidos Urbanos (Conre-sol), responsáveis por 95% do lixo gerado neste ano.

O aumento de 2010 para 2012 foi de 32%.Há tempos, Curi-tiba e RMC não sabem mais o que fazer com a ques-tão do lixo. Com o fechamento do Aterro da Caxim-ba, f icou mais evidente ainda o problema que não só aqui existe, como em todo o Brasil : os gover-nos não sabem o que fazer com seu lixo. Redução no uso de materiais descartáveis, reu-

ti lização de ob-jetos que podem ainda ser utiliza-dos ou a recicla-gem. Ainda que isso seja possí-vel, são ações pontuais, muitas vezes feitas por cidadãos isola-damente ou por organizações não governamentais.No entanto, há outras atitudes que só podem ser tomadas pelo Es-tado. Isso inclui contratar servi-ços sustentáveis de reciclagem,

construir espa-ços adequados para destinação do lixo e inves-tir em campanhas que incentivem a população a fazer sua parte. Sem encampar essas três frentes, con-tinuará sendo gasto com lixo um dinheiro que poderia ir para outras áreas.

Lixo caro

Por Onde Anda? Juliana Hasse de RezendeEu me for-

mei na turma de 2006. Sem-pre atuei em assessoria de imprensa. A u n i v e r s i d a -de me ajudou com contatos, pois, ainda hoje, encontro muita gente em eventos e reda-

ções. Além dis-so, mantenho contato com vários colegas e isso ajuda sem-pre na coloca-ção de novas vagas e portu-nidades.

Hoje, estou em O Boticá-rio, na parte de assessoria

de impren-sa, atendendo 20 escritórios de imprensa no país. Pas-sei também pela NQM C o m u n i c a -ção, Secretaria Ant idrogas , Assembleia Le-gislativa e Lide Multimídia

Humanos, sim, mas nem todos Mariane Moreira

Reitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Da Redação

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Curso de jornalismo da UP conquista 14 prêmios no Sangue NovoForam 4 primeiros colocados, 5 em segundo e 3 em terceiro. Porém, alunos notam problemas na organização do evento e confusão nas categorias.

Cinco trabalhos da Universidade Posi-tivo ficaram com as primeiras coloca-ções durante o 18º Sangue Novo no Jor-nalismo Paranaense. A premiação acon-teceu ontem (30), no Memorial de Curiti-ba e teve a participa-ção de estudantes de jornalismo de todo o Paraná. As cate-gorias que o curso venceu em primeiro lugar foram: Jornal da Teia como Ra-diojornal Laborató-rio; Tela Un como Telejornal Labora-tório; Manifestações 16/06/2013 para Re-portagem para TV; Gestão das Mídias Sociais de Rede Teia de Jornalismo para Produto Jornalístico Web Gestão de Mí-dias Sociais; e Circo a Arte de Viver Fotos para Fotojornalismo. Em segundos luga-res da Universida-de Positivo ficaram: Carros de candida-tos são flagrados jo-

gando santinhos nas ruas como Reporta-gem Impressa; Curi-tiba Protesta como F o t o j o r n a l i s m o ; Portal de Notícias – Rede Teia – como Produto Jornalístico Web Portal de No-tícias; Portal Teia de Notícias como Jornal Laboratório On-line; e Caminhoneiras como Projeto Jorna-lístico Livre. Em ter-ceiro lugar ficaram Sem Liberdade Eu Não Vivo na cate-goria Projeto Livro Reportagem; Retra-tos de Curitiba: me-mórias da Ditadura como Videodocu-mentário; Paulo Le-minski como Repor-tagem para Rádio; e Crianças em perigo: as irregularidades dos hotéis paranaen-ses como Relevância Social. Contudo, o que não faltou foi críticas ao evento e contes-tações. O aluno do 3º ano Lucas Koto-wicz, ganhador de 2

prêmios, desabafa: “Não gostei que eles culpassem os alunos pelo erro de inscri-ção. Acho que foi um fato que me marcou muito porque é mais fácil para eles falar isso, o que melhora-ria seria no sistema, colocar a inscrição em um bom for-

mato”. Angelo Sfair, também do 3º ano, e vencedor de dois prêmios confirma que “faltou organi-zação, houve atrasos e o local não foi dos mais apropriados, além que tivemos prêmios que foram premiados naciona-cionalmente e não ficaram em primeiro lugar, isso é estra-nho.”Mesmo com todos os contratempos, houve o consenso de o evento hou-ve seu lado positivo considerável. “É um evento muito im-portante, no sentido de reconhecimento e incentivo a produ-ção jornalística pelos estudantes, além de ser bacana a integra-ção entre os estudan-tes de jornalismo de todo o Paraná” conta Sfair. “Eu acho que foi bem desorgani-zado. Fiquei muito irritado com o mate-rial do Tim Lopes e das Caminhoneiras por não ter levado o prêmio. Da próxima vez eles deveriam deixar mais claro o regulamento, por exemplo, pessoas

que inscreveram o mesmo projeto em duas categorias e que preencheram o ca-dastro errado”.Para o aluno Gusta-vo Panacioni do 3º ano, deveria ter mais esclarecimento nas categorias, além de mais organização no evento. “Esclarecer o que cada catego-ria abrange, não fi-cou muito claro para mim, por exemplo, a categoria que está-vamos concorrendo, não sei qual a defi-nição de relevância social para eles”. En-tretanto, Panacioni se mostra satisfeito por ter participado. “Eu fico muito feliz por ter participado, experiência baca-na para conhecer os trabalhos de outras universidades, e o que está tendo de produção por aí”.O professor Luiz Wi-tiuk foi vencedor, junto com a editora-chefe da Rádio Teia Ana Flávia Bello, na categoria Radiojor-nal Laboratório com o Jornal da Teia. Em noves anos que exis-te a Radio Teia, essa é a primeira vez que

há algum reconheci-mento. “É um reco-nhecimento impor-tante para o trabalho dos alunos, da pro-posta que nós faze-mos para eles”. O Jornal da Teia é feito ao vivo todos os dias das 17h às 18h, o que é motivo de mais or-gulho para o profes-sor: “Não sei como é feito o dos outros (jornais), mas o nos-so é feito ao vivo. Há a possibilidade de falha, de correção, é demonstrar que os alunos ‘apanham’ dentro da disciplina, é um autorreconhe-cimento da proposta que se tem da aplica-ção do radiojornalis-mo”. Os alunos que se ins-creveram no concur-so terão a oportuni-dade de conferir um retorno por parte dos avaliadores jus-tificando o porquê o trabalho foi ou não indicado como finalista. O resulta-do será disponibili-zado no e-mail dos participantes no dia 31/11.

O Jornal da Teia, radiojornal orientado pelo professor Luiz Witiuk, fica em pri-meiro lugar pela primeira vez em 10 anos

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Revolução da internet completa 44 anos

P o m b o - c o r r e i o , carta, telegrama, telex, telefone, fax. Alguém ainda se lembra dessas for-mas de comuni-cação? É possível recordar que um tempo atrás as pes-soas só se comuni-cavam através de cartas. As crianças na escola, os pa-rentes que mora-vam longe, os ca-sais de namorados, os documentos im-portantes, tudo era impresso e escrito no papel. Era mui-to desperdício. Mas, hoje, com essa onda de sus-tentabilidade, em que é um dever preocupar-se com a preservação do meio ambiente, apesar de ainda ha-ver muito desma-tamento de árvo-res, pode-se notar que o consumo de papel diminuiu. As pessoas quase não o utilizam mais. Poderia, inclusive, extinguir o papel do mundo, que tal-vez ele nem fizesse mais falta. Assim, acabaria ajudando o planeta!Porém, não será mais necessário extingui-lo, pois isso vai acontecer sem planejamento, já que o papel vem perdendo espaço e quem vem ocupan-do o “papel” do pa-pel é a internet. Bom, atualmente, nós vivemos como se a Internet exis-tisse desde que o mundo é mundo. Mas, na verdade, ela tem apenas 44 anos. E até os seus 19 aninhos, nin-guém a conhecia direito. Ela era tí-mida e não era essa garota popular que se tornou hoje. A partir dos seus 20

Mila Bastos

anos, a Net, como é chamada pelos mais íntimos, co-meçou a ser utili-zada para interes-ses comerciais. No inicio dos anos 90 ela explodiu nos Estados Unidos e teve o seu “boom” aqui no Brasil em 1995.Apesar de ter se popularizado aqui no país na déca-da de 90, ela ainda não tinha chega-do a todas as resi-dências brasileiras e não era tão fácil ter acesso à inter-net como é atual-mente. A conexão era bem mais lenta e o custo era muito maior. Por isso, as cartas ainda eram as garotas mais re-quisitadas. Mas, conforme a Net foi crescendo, ela foi entrando nas casas das pessoas e con-quistando espaço. Mas ela conquis-tou tanto espaço, que agora ninguém mais consegue vi-ver sem essa guria!Por causa dela, pessoas do mundo inteiro conseguem se relacionar. Quem mora no Brasil pode con-versar tranquila-mente com quem está no Japão. Ela possibilita en-contrar pessoas que não vemos há muito tempo ou colegas de quem estamos à procura e também permi-te a interação de pessoas que não se conhecem. É um meio que dá vida às relações e pode diminuir grandes distâncias. Como é o caso da inter-cambista Claris-sa Figueiró, que mora na Austrá-lia há mais de um ano e que utili-

za a internet para manter contato com a família e os amigos no Brasil. “Sem dúvidas, o maior valor da in-ternet, para quem está aqui do outro lado do mundo, é a facilidade para poder se comuni-car, é o que ajuda a amenizar a sau-dade muitas ve-zes.”Clarissa contou um dos momen-tos em que a in-ternet teve um papel muito im-portante nesse pe-ríodo em que ela está na Austrália. “Quando me ca-sei aqui, todos pu-deram assistir ao meu casamento ao vivo, através de uma transmissão on-line, que fize-mos a partir de um celular.” Segundo a intercambista, ao mesmo tempo em que a imagem era transmitida para o Brasil, as pessoas deixavam comen-tários e dessa for-ma eles consegui-ram manter uma aproximação com os que não estavam

presentes de fato. A mãe de Clarissa, a bancária Cândi-da Figueiró, que sempre utilizou a internet para estar atualizada, passou a usar a rede com mais frequência ainda após a par-tida da filha para outro país. Para ela, a web é o meio que encontra para poder saber o que a filha faz na Austrá-lia e também man-ter contato com os amigos . “Falo com a Clari pela con-versa de vídeo do Facebook, o que facilita muito para matarmos as sau-dades. Além disso, consegui resgatar re l a c i on a m e nt o s com amigos e co-nhecidos que há muito tempo não mantinha contato”.Já para Luciane Cordeiro, a inter-net tem outra im-portância. A jorna-lista utiliza o meio em grande parte do tempo de forma profissional, para encontrar fontes de informação para as suas matérias, o que também é uma

forma de se rela-cionar com outros indivíduos. Luciane contou que quando está fora do traba-lho quase não con-versa com ninguém através da web, pois ainda prefere utilizar o telefone para ligar para os amigos mais próxi-mos. Mas, a repór-ter confessou que já utilizou muito a rede para se comu-nicar com os paren-tes: “Eu moro longe de casa e no início, quando era muito caro ligar entre ce-lulares e não exis-tiam planos mais baratos de telefonia móvel como hoje, a principal forma de comunicação entre eu, meus pais e meu namorado era o Skype ou o MSN”. Entretanto, Lucia-ne acredita que a comunicação não pode ser restrita a esse meio, pois “as relações pes-soais, aquelas olho a olho, são muito mais enriquecedo-ras”. A pato-branquen-se, que mora em Curitiba, está há 8

meses sem compu-tador e afirma que agora não faz mais tanta falta e que prefere ficar sem o equipamento. Mas isso não se aplica-ria ao seu trabalho. Sem a internet, Lu-ciane diz que não conseguiria encon-trar fontes ou te-lefones de lugares. “Hoje as redações não possuem lista telefônica e como a apuração precisa ser rápida, talvez não teríamos tempo hábil para entregar os materiais”, expli-cou a jornalista. Agora, com o exem-plo da Luciane, o papel volta a ser protagonista da his-tória. Além dela de-pender da internet para exercer a sua função, ela também depende do papel. Caso ele fosse ex-tinto, os jornais impressos também seriam e, por conse-quência, a Luciane ficaria sem empre-go. Então, é melhor repensar essa ideia. Será mesmo que o papel é substituível?

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5Colunistas

Samba, choro e afins...

Elas cantam Vinícius

Halanna Aguiar

Depois de algum tempo frequen-tando o Samba do Sindicatis, comecei a prestar a atenção em tudo que es-tava acontecendo naquele momento dos quais eu pu-

desse com-parar com

as rodas de sam-bas anti-

gamente. Começan-do pelos

instrumen-tos, tínhamos prato e faca, cavaco, violão, pandeiro, sur-

do, tamborim e um coro be-líssimo. Além desses aspec-tos, percebi que nós tínha-mos um gru-po de meni-nas que eram consideradas as pastoras da

nossa

roda. Para quem sabe, as “pastoras” são as figuras fe-mininas nas rodas de samba que fi-cam encarregadas de cantar, dando aquele toque es-pecial aos vocais. Com o passar do tempo, as pastoras ganharam espaço e passaram a ser a primeira voz, co-mandando rodas de sambas. Voltando ao as-sunto, no nosso time de pastoras do Samba do Sin-dicatis, uma voz belíssima, até en-tão desconhecida, se confundia com as das outras. Po-rém, na semana em homenagem ao centenário de nas-cimento do poeta Vinícius de Mo-raes, uma roda de choro especial foi organizada para homenagear o mesmo, e a dona da voz belíssima e desconhecida, Luciane Alves, foi convidada para interpretar algu-mas das canções do poeta.Nesta roda de cho-ro especial, eu e os

meus colegas da prática de con-junto de cho-ro fizemos a abertura das homena-gens daque-le dia. Logo

após terminar

a nossa apresen-tação, lá estáva-mos nós, alunos, do lado de fora do auditório eufó-ricos com a nos-sa apresentação, até que todas pa-raram de falar e escutaram aten-tamente aquela belíssima voz que vinha lá de den-tro. Um de nós teve a audácia de interromper para elogiar a voz can-tora, sendo assim todos entraram no auditório de acompanharam a bela interpreta-ção de Luciane. Eu com a minha estranha mania de registrar tudo em vídeo peguei a minha e passei a filmar todo o espetáculo. Des-de então passei a editar os vídeos que fiz de todo o espetáculo e aca-bei viciando na voz dela, estou até pensando em con-vida-la para inter-pretar um samba meu, mas isso não vem ao caso. Pes-soas como ela, nos emocionam ape-nas com a voz, e o melhor de tudo é saber que po-demos encon-tra-la ali, em q u a l q u e r roda de s a m b a , de cho-ro.

Eu sei que vou te amarPor toda a minha vida eu vou te amar

Em cada despedida eu vou te amarDesesperadamente

Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será pra te dizerQue eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorarA cada ausência tua eu vou chorar,

Mas cada volta Tua há de apagarO que essa ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrerA eterna desventura de viver a espera

De viver ao lado teuPor Toda a minha vida.

Por toda minha vida, Vinícius de Moraes

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NOTÍCIANTIGAO ano de 2010 re-presentou, além da permanência do Partido dos Trabalhadores no alto poder do Brasil, um passo adiante na luta contra o machismo. Dil-ma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente (ou presidenta, como ela prefe-re) no país.Dilma deu con-

tinuidade ao go-verno do Partido dos Trabalhado-res, que chegou ao poder com Lula em 2002.Antes de ser elei-ta, Dilma já ha-via se destacado pela participa-ção em outras lutas, participou ativamente das revoltas contra a Ditadura Mili-tar, chegando até a ser torturada

Atualmente, Dil-ma Rousseff está iniciando a cam-panha pela ree-leição em 2014, e as pesquisas apontam que a presidenta é a fa-vorita dos eleito-res.

O que fazer em Curitiba?

Galeria Teix

De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Chapéu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, borda-das e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732.

Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Or-dem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da ar-tista plástica Nilva Rossi.

Memorial de Curitiba

Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a ex-posição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acom-panharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. In-formações: (41) 3321-3328.

UP.COM.BR

REFERÊNCIA PARA SEU FUTURO.

PÓS-GRADUAÇÃO UP.ONDE OS ALUNOS SÃO

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