lona 748 - 20/09/2012

8
[email protected] @jornallona Ano XIII - Número 748 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012 O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil lona.redeteia.com Banda Test Drive, de Cambaré, ganha espaço na capital p.4 Feira em Campo Largo acontece todo sábado de manhã há 25 anos p. 8 Livro de ex-dona de casa ultrapas- sa J.K. Rolling no Reino Unido pág. 6 ENTREVISTA ENSAIO “O maior VMB de todos os tempos” terá quatro horas de duração e dez shows. A 18ª edição do prêmio tem 12 categorias e acontece hoje às 21h p.4 e 5 “O maior VMB de todos os tempos” Chocolate e doces em geral podem causar Aquela vontade de comer um doce todo dia pode ser considerada vício. A quantidade ideal de açúcar por dia é de 120 gramas, equivalente a dez colheres de sopa, aponta nutricionista Gilza Vianna da Costa p.7

Upload: lona-2012

Post on 30-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

TRANSCRIPT

Page 1: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012

[email protected] @jornallona

Ano XIII - Número 748Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade PositivoCuritiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

lona.redeteia.com

Banda Test

Drive, de Cambaré,

ganha espaço na

capital

p.4

Feira em Campo

Largo acontece todo

sábado de manhã

há 25 anos

p. 8

Livro de ex-dona de casa ultrapas-sa J.K. Rolling no Reino Unido

pág. 6

ENTREVISTA

ENSAIO

“O maior VMB de todos os tempos” terá quatro horas de duração e dez shows. A 18ª edição do prêmio tem 12 categorias e acontece hoje às 21h p.4 e 5

“O maior VMB de todos os tempos”

Chocolate e doces em geral podem causar

Aquela vontade de comer um doce todo dia pode ser considerada vício. A quantidade ideal de açúcar por dia é de 120 gramas, equivalente a dez colheres de sopa, aponta nutricionista Gilza Vianna da Costa p.7

Page 2: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 20122

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coorde-nação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editores-chefes: Gustavo Panacioni, Renata Silva Pinto e Vitória Peluso | Editorial: Tatiana Michaud

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Opinião Editorial

Lis Claudia Ferreira

Cidade modelo?

A cidade de Curitiba parece ser a cidade com maior núme-ro de “títulos” do Brasil: Capital Social, Capital Ecológica, Cidade Europeia e etc. Todos os curitibanos – grupo no qual me incluo - têm um orgulho coletivo ao denonimar a cidade dessa forma. Porém, se deixarmos de lado nossa “curitibani-dade” e avaliarmos essas informações a fundo, veremos que tudo isso não passa de fumaça e engano.

O transporte coletivo curitibano – que se alega um dos melhores do país - é realmente um dos mais baratos no qua-dro nacional e possui uma frota de qualidade. Acredito, po-rém, que não adianta muito usufruirmos de passagem de baixo custo e ônibus bonitos se para isso é preciso esperar quarenta e cinco minutos no ponto e passar mais meia hora expremendo-se entre todos os que precisam chegar ao mesmo destino. Outro exemplo de engano coletivo é a ideia de que não existem “favelas” ou comunidades carentes em Curitiba. Basta dirigir cerca de quinze minutos e independentemente do ponto da cidade em que você se encontre, com certeza po-derá observar a triste realidade que toma conta dos subúrbios curitibanos.

Como curitibanos legítimos, poderíamos agora começar a chorar: Curitiba não é exemplo de ecologia. Uma cidade ecológica deveria – perdoem-me os que discordam – possuir rios com água limpa, esgoto encanado em todos os pontos da cidade e um sistema de coleta de lixo reciclável que ofereça o mínimo de incentivo e dignidade aos que trabalham na coleta informal, os famosos “catadores”. Não vejo nada disso na minha cidade.

Por esses e outros exemplos, sou obrigada a admitir: fui enganada. Sou enganada todos os dias ao ter minha mente bombardeada com a ideia da “cidade modelo”. Essas ideias parecem já fazer parte da cultura curitibana. Nós ouvimos e acreditamos. Não paramos para pensar que tudo isso é produ-to da mídia “politiqueira” e o pior: Não observamos que toda essa falsa imagem é um tipo de dominação e nos impede de pensar na cidade que temos, na cidade que queremos ter e no que é preciso para que alcancemos esse objetivo.

Não somos exemplo de cidade, mas podemos vir a ser exemplo de população consciente, que sabe onde está e onde quer chegar.

O governo vem anunciando, nos últimos meses, uma série de medidas que visam ga-rantir a sustentabilidade da economia do país numa época de crise mundial. Depois da prorrogação do prazo de vigência do IPI para os produtos industrializados, as decisões acenam para uma medida bastante esperada pelo empresariado, a desoneração de encar-gos que incidem sobre salários.

A Associação Comercial e várias entidades empresariais têm alertado para a grande quantidade de imposto que os cidadãos pagam. Dados do Instituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea), do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econô-micos (Dieese) apontam que o Brasil tem uma estrutura tributária muito complexa, com diversos tributos incidentes sobre a mesma base. Principalmente tributos indiretos, ou seja, os impostos que incidem sobre bens e serviços.

Isso tudo quer dizer que o Brasil é um país caro, tanto para a população quanto para as empresas nacionais e internacionais. O custo de vida brasileiro é alto e a cobrança de impostos e taxas tributárias é muito elevada. Economistas e empresários sempre pres-sionaram o governo para que as taxas tributárias diminuíssem. E foi exatamente o que aconteceu na última terça-feira, quando a Presidente Dilma Rousseff aprovou a lei que desonera a folha de pagamento de 24 setores.

Isso significa que a empresa vai pagar menos para manter o funcionário contratado. É muito comum falar sobre emprego, e até mesmo sobre a falta do mesmo, mas não é usual apontar quanto custa para uma empresa manter um funcionário. Além dos benefí-cios que o trabalhador recebe, o empresário precisa pagar taxas tributárias sobre a folha de pagamento.

Essa medida pode proporcionar um aquecimento na economia brasileira, pois se o funcionário custa menos para a empresa, os empresários podem contratar mais ou até mesmo melhorar a proposta salarial. Outra consequência possível seria tornar a econo-mia do país mais competitiva – um dos fatores seria uma maior abertura para o Mercado Internacional com um custo menor para manter funcionários, ou seja, empresários inter-nacionais podem investir mais no Brasil, o que pode gerar emprego e um crescimento econômico. Outro fator positivo pode ser a redução nos custos de determinado produto, pois as taxas tributárias estão embutidas no preço final de um serviço ou bem de consu-mo. Porém, essas consequências positivas dependem do setor desonerado.

A princípio, a medida parece louvável e promissora. No entanto, existem algumas possibilidades um pouco menos positivas. No setor de TI, por exemplo, é muito inte-ressante, pois grande parte do custo de uma empresa deste tipo é com funcionário, o que implica em uma redução no valor final de um produto. Por outro lado, no setor da indústria, onde a maior parte do custo é com maquinário e matéria-prima, a redução das taxas tributárias não afeta em grande escala o valor final de uma compra.

A maior parte dos brasileiros sonha com um Brasil sustentável economicamente e desenvolvido. Medidas como esta sem dúvida abrem caminho para um país melhor, mas o Brasil ainda tem uma longa caminhada pela frente para atingir um cenário ideal.

Menos imposto, mais produção

Page 3: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012 3

Entrevista

Banda independente ganha espaço em Curitiba

Eles são de Cambé (395 qui-lômetros de Curitiba), norte do estado do Paraná, e, com apenas três anos de banda, já carregam algumas conquistas importantes na bagagem. No começo do ano, tocaram no maior festival de mú-sica do estado, o LupaLuna. Esta-mos falando da banda Test Drive! O grupo é formado pelo vocalista Decio Luis, o baterista Chris Hie-ra, o guitarrista Bruno Novaseck, o guitarrista Plinio Neto e o baixista Mario Moreira. Conversamos com eles para saber um pouco mais so-bre a banda. Confira:

Como surgiu a ideia de mon-tar a banda?

Chris: A ideia surgiu comigo em 2009, quando eu tocava em ou-tra banda, mas não fazíamos mú-sicas próprias, apenas covers e era outro estilo, não tinha nada a ver com a Test Drive. Justamente por isso que eu quis montar uma banda com o estilo que eu curto e assim chamei uns amigos que curtiam o mesmo estilo que eu.

Vocês participaram do concur-so do Gaz+ (concurso de bandas do caderno jovem da Gazeta do Povo) para tocar no LupaLuna e venceram. Como foi?

Plinio: Não foi fácil! Passamos muito tempo votando e nossos amigos e familiares nos ajudaram muito (risos). Muita gente colabo-rou. Para a banda foi muito impor-tante, pois conseguimos espaço em jornais, emissoras de televisão e, o mais importante, tocar no Lupa-Luna. Até hoje colhemos os frutos dessa conquista!

Como foi tocar no LupaLu-na?

Bruno: Foi a realização de um sonho tocar em um dos maiores festivais de música do país. Creio que foi um grande passo na nossa

Para escutar a banda Test Drive acesse http://www.test-driverock.com.br

Para ajudar a financiar e comprar o CD acesse http://movere.me/projeto/173-cd-como-a-gente-quer/

Conheça a banda Test Drive, que veio de Cambé para realizar um sonho e já tocou até no LupaLuna

carreira dividir o palco com artis-tas de nível nacional, sem contar a super divulgação do nosso traba-lho.

Vocês saíram da cidade natal para vir até a capital realizar um sonho. Como está sendo?

Plinio: No início não foi fácil, deixamos tudo para correr atrás do nosso sonho. Deixamos família, amigos, emprego, estudo, tudo pra estar aqui. Mas hoje vemos que está valendo a pena todo esse sa-crifício e já estamos até nos acos-tumando com o frio (risos).

Como vocês conciliam a ban-da com outras atividades?

Decio: Depois que nos mu-damos para Curitiba nosso foco principal é a banda. Outros com-promissos como trabalho, namoro e família, são sim muito importan-tes, porém temos que conciliar isso fora dos horários dos compromis-sos da banda.

Quem compõe as músicas? Como é esse processo?

Decio: Eu sou compositor, as músicas da banda Test Drive são de minha autoria. São músicas ins-piradas no dia a dia e em fatos que aconteceram na minha vida. Músi-ca é inspiração e muitas vezes eu crio quando menos espero.

Onde acontecem os ensaios? Com que frequência?

Mario: Nós temos um estúdio de ensaio em casa e ensaiamos pelo menos quatro vezes na sema-na! Gostamos de ensaiar porque para nós todo ensaio é um show e aprendemos muito neles.

Se pudessem tocar com qual-quer outra banda, qual seria? Por quê?

Mario: Bom, nós alcançamos muitos objetivos sem dúvidas, mas ainda temos um grande sonho que é tocar junto com Charlie Brown Jr., que é uma banda que nos in-

fluencia muito.

Como é a relação de vocês com os fãs? O que eles significam para vocês?

Chris: Não consideramos nin-guém FÃ, pois não gostamos dessa palavra. Todos que curtem nos-so trabalho, que nos ajudam, que comparecem nos shows chamamos de família, pois é assim que vemos eles. Para pessoas que acreditam no nosso sonho, que somam com a gente, que lutam ao nosso lado, não existe palavra mais certa do que família. São eles que sempre estão ao nosso lado quando mais precisamos. Nossa relação com eles é sempre muito próxima, pro-curamos sempre estar junto, con-versando e fortalecendo a família.

Vocês moram juntos? Divi-dem tarefas? Como é?

Plinio: Sim, moramos todos na mesma casa. Somos nove no total: os cinco da banda e mais quatro da produção. Nós nos organizamos

para manter tudo no lugar, mesmo sendo muita gente e somente ho-mens, nossa casa ainda é limpinha e organizada (risos). Pelo menos uma vez na semana tem uma super faxina.

Como está sendo a experiên-cia de morar em Curitiba?

Mario: Está sendo diferente de qualquer coisa que já passamos antes. Moramos em nove, dando risada, brigando, conversando, tra-balhando... Realmente, isso é mui-to bom!

Quais são os projetos futu-ros?

Chris: Queremos fazer a pren-sagem do nosso CD “Como a Gente Quer” e, por isso, estamos fazendo nosso financiamento cole-tivo no site www.movere.me, que é totalmente confiável. Precisamos dos CD’s para continuar nosso tra-balho. Após a prensagem do disco queremos fazer nosso primeiro cli-pe. Para ser sincero gostaríamos de

fazer uns três clipes, mas o custo é alto. Temos mais projetos em men-te, como o “School Rock Solidá-rio”, onde tocamos em escolas em troca de alimentos para entidades de crianças carentes.

E os próximos shows? Plinio: O próximo show que

estamos ansiosos para fazer é dia 14 de outubro, junto com a banda Hevo84 no Hangar Bar em Curiti-ba. Têm mais coisas por vir, mas ainda não podemos contar (risos). Nossa agenda de shows completa está em nosso site oficial: http://www.testdriverock.com.br

Serviço

Da esquerda para a direita: Chris Hiera, Plinio Neto, Decio Luis, Bruno Novaseck e Mario Moreira

Camila TebetStephany Guebur

Page 4: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 20124

Rap soma 19 indicações no VMB de 4 horas

Acontece nesta quinta à noite, a partir das 21 horas, o 18º prêmio Vídeo Music Brasil (VMB), premiação mu-sical que é organizado pela MTV Brasil. A cerimônia des-se ano está sendo chamada de “o maior VMB de todos os tempos”. A previsão é de quatro horas de duração com os 10 shows e a entrega dos prêmios. O rap nacional tem grandes chances de ser o des-taque desta edição. Emicida, Criolo, Projota, Rashid, Co-neCrewDiretoria, Racionais MC’s, Edi Rock, BNegão & Seletores de Frequência, RA-Padura Xique Chico represen-tam esse gênero musical em 2012. Ao todo, eles somam 19 indicações.

O tema da premiação será a “Cultura de rua”. Os cario-cas do Planet Hemp, que após quase 10 anos do fim da banda reuniram-se novamente para uma pequena turnê nacional, abrem os trabalhos no palco do Espaço das Américas para mais de 4 mil pessoas. O en-

Flavio Martins dos SantosRodrigo SchieveninTiago Francisco Pereira

cerramento da festa fica por conta dos Racionais MC’s. Além de muita música, tam-bém estão previstas perfor-mances de skatistas, B-boys, patinadores e ciclistas.

Pela primeira vez na histó-ria, o VMB não terá um apre-

sentador principal. A festa vai ser comanda coletivamente pelos VJs da MTV e convida-dos como: Eduardo Sterblitch (Pânico na Band), Neymar, Val Marchiori, entre outras fi-guras populares.

Além de transmitir todo o evento pela televisão, também será possível acompanhar o

evento pelo site da emissora e nas redes sociais do canal. Juntando o Twitter de todos os programas da casa, o número de seguidores passa dos 3 mi-lhões.

A 18ª edição do prêmio tem 12 categorias. A catego-

ria “Hit do Ano” e “Artista Internacional” são escolhidas pelo voto do público e ficam abertas para votação até mi-nutos antes da revelação dos vencedores. Nas categorias restantes, foram escolhidos alguns candidatos que ficaram para votação popular duran-te 45 dias. Os mais votados

Com 19 indicações na premiação da MTV, rap confirma a força que ganhou nos últimos anos. O VMB deste ano está sendo divulgado como “o maior VMB de todos os tempos”. O evento nunca teve 4 horas de duração

foram para o julgamento da Academia VMB que decidi-rá os grandes vencedores. A Academia é formada por jor-nalistas, críticos e formadores de opinião, como por exem-plo, Wagner Moura e Sergi-nho Groisman, que incorpo-

ram um time de jurados com 70 nomes.

Entre as indicações, outro destaque além do rap vai para a banda Vanguart que disputa seis troféus: Melhor Banda, Artista do Ano, Melhor Disco, Clipe do Ano, Melhor Capa e Melhor Música. A banda ma-to-grossense passou pelo voto

do público em todas as cate-gorias que disputava.

A banda curitibana CW7 tenta novamente o prêmio de “Hit do Ano” com a música “Tudo Que Eu Sinto”. Em 2011, levaram o troféu com a música “Me Acorde pra Vida”.

Mia Wicthoff, vocalista da banda CW7, está com esperan-ça na vitória. Já que, segundo ela, os fãs estão fazendo uma grande movimentação nas re-des sociais para ajudar na vo-tação. Para ela, a presença de uma banda curitibana em um evento de tanta visibilidade fortalece o cenário musical da capital paranaense. “A gente sempre dá uma força para as bandas, já que Curitiba ainda não é um espaço bom para a música”, afirma Mia. Sobre participar do VMB e receber as indicações, ela percebe dar um “destaque enorme para a banda”. Ela acredita que os rappers vêm com muita força na noite de hoje. Mas Wictho-ff também lembrou da canto-ra Gaby Amarantos que briga pelo prêmio em quatro cate-gorias.

Cena do clipe “Não Se Perca Por Aí”, da banda Garotas Suecas, que concorre na categoria Clipe do Ano do VMB 2012

divulgação

Page 5: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012 5Outra banda curitibana

na cerimônia vai ser o Bon-de do Rolê. Eles irão partici-par realizando um show, que segundo Pedro D’eyrot, um dos integrantes da banda, terá participação especial que tam-bém vem de Curitiba. “É uma puta vitrine”, afirma D’eyrot sobre participar do VMB. Ele acredita que estar lá é ter o seu reconhecimento como artista.

Como destaque, ele aposta na banda Vanguart. “Gosto muito deles e acho que eles merecem ganhar”, revelou o músico.

Segundo o repórter do Gaz+, Marcelo Furtado, com o passar dos anos a premiação saiu do âmbito MTV, como apenas mais um programa da emissora, e ganhou âmbito nacional com relevância para a música brasileira. “O VMB

se tornou um dos prêmios mais importantes do Brasil”, afirma ele. “Os artistas que-rem ganhar um prêmio do VMB”, acrescenta Furtado. O repórter do caderno jovem da Gazeta do Povo aposta no rap nacional como o grande des-taque da noite. Confirmando a força que o gênero tem ga-nhado no país, principalmente quando Criolo e Emicida so-

maram cinco prêmios nesse mesmo evento ano passado. “Um exemplo disso é que a abertura do VMB vai ser do Planet Hemp e o fechamento será com os Racionais MC’s”, argumenta Furtado sobre o rap estar em evidência. Sobre os efeitos pós-VMB para as bandas, ele acredita que não dá para dizer que esse efeito é sempre consistente. Talvez a

banda ganhe mais notoriedade no momento, mas isso pode não se perpetuar. O jornalista citou a banda curitibana CW7, que ganhou o prêmio de Hit do Ano em 2011, porém em sua opinião o grupo ainda não se consolidou no cenário mu-sical nacional.

Confira abaixo os finalistas desta edição do Vídeo Music Brasil.

* as categorias “Hit do Ano” e “Artista Internacional”, serão escolhidas pelo público e a votação se encerra minutos antes do resultado ser divulgado.

ARTISTA DO ANO Rita Lee Emicida Agridoce Vanguart Gaby Amarantos

MELHOR ARTISTA MASCULINO Projota Dinho Ouro Preto Emicida Criolo Lenine

MELHOR ARTISTA FEMININO Maria Gadú Mallu Magalhães Gal Costa Rita Lee Gaby Amarantos

REVELAÇÃO Rancore Projota ConeCrewDiretoria

APOSTA RAPadura Xique Chico Soulstripper O Terno Lemoskine Selvagens à Procura de Lei

MELHOR BANDA ConeCrewDiretoria Restart Forfun Gloria Vanguart

ARTISTA INTERNACIONAL

Demi Lovato Jay-Z & Kanye West Justin Bieber Katy Perry Lana Del Rey Maroon 5 Nicki Minaj One Direction Rihanna Taylor Swift

MELHOR DISCO Vivendo do Ócio - O Pensamento é um Imã Vanguart - Boa Parte de Mim Vai Embora Cascadura - Aleluia Agridoce - Agridoce BNegão & Seletores de Frequência - Sintoniza Lá

MELHOR CAPA Autoramas - Música Crocante Zeca Baleiro - O Disco do Ano Vanguart - Boa Parte de Mim Vai Embora Agridoce - Agridoce Gaby Amarantos - Treme

MELHOR MÚSICA Vivendo do Ócio – “Nostalgia” (Jajá Cardoso/David Bori/Luca Bori/Dieguito Reis/Pablo Dominguez) Emicida – “Dedo na Ferida” (Emicida) Rita Lee – “Reza” (Rita Lee/Roberto de Carvalho) Vanguart – “Mi Vida Eres Tu” (Helio Flanders/Reginaldo Lincoln) Wado – “Com a Ponta dos Dedos” (Wado/Glauber Xavier)

CLIPE DO ANO Fresno – “Infinito” ConeCrewDiretoria – “Chama os Mulekes” Edi Rock part. Seu Jorge – “That's My Way” Gaby Amarantos – “Xirley” Vanguart – “Mi Vida Eres Tu” Racionais MC's – “Mil Faces De Um Homem Leal (Marighella)” Emicida – “Zica, Vai Lá” Mallu Magalhães – “Velha e Louca” Criolo – “Mariô” Garotas Suecas – “Não Se Perca Por Aí”

HIT DO ANO Agridoce - Dançando ConeCrewDiretoria - Chama os Mulekes CW7 - Tudo Que Eu Sinto Emicida - Zica, Vai Lá Forfun - Largo dos Leões O Teatro Mágico - Nosso Pequeno Castelo Projota - Desci a Ladeira / Pode se Envolver Rashid - Quero Ver Segurar Restart - Menina Estranha Strike - Fluxo Perfeito

Gaby Amarantos em cena do clipe “Xirley”, que concorre na categoria Clipe do Ano do VMB 2012 divulgação

Page 6: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 20126

BiografismosLiteratura

O mercado de biografias é um dos mais fortes do meio literário brasileiro. Desde o assombroso resgate histórico de Nelson Ro-drigues, realizado em 1992 pelo jornalista Ruy Castro, em O Anjo Pornográfico, passando por Olga, de Fernando Morais, reeditado em 1994, contundente relato da vida (e morte) de Olga Benário Prestes, co-munista alemã de origem judaica, podendo também citar o sucesso da biografia do cantor Tim Maia, de Nelson Motta, de 2007, um novo segmento de consumo se abriu e cava a cada dia espaços significa-tivos nas prateleiras das livrarias.

No ano do centenário de Nel-son Rodrigues, um dos lançamen-tos mais marcantes da temporada foi a suntuosa biografia de Getúlio

Daniel Zanelladanielaugustozanella@hotmail.

com

Literatura

Ana Elisa Cris Cristina [email protected]

Cinquentas tons de cinza

Seria muita falta de honestida-de comigo escrever sobre outro li-vro que não este. Sempre descon-fio desses recordistas de vendas, e com este não foi diferente, duvidei da sua qualidade mas a curiosida-de me venceu. Em uma passada despretensiosa numa livraria saí com ele debaixo dos meus braços, deixei ele ali no cantinho da estan-te durante uma semana, e só então decidi dar ao Sr. Grey a oportuni-dade de me encantar, e ele assim o fez.

O Sr. Grey é um multimilionário carregado de mistérios, escondido atrás de olhos acinzentados que hipnotizam, dono de um compor-tamento extremamente reservado num corpo escultural. Anastasia, uma jovem que está terminando a faculdade de literatura e nunca teve se quer um namorado, e muito

menos tem ideia do que seja uma paixão. Essa é a base do romance, esse casal formado de maneira ex-tremamente inusitada.

É um daqueles romances que vai consumir os amantes do gêne-ro, daqueles que é impossível pa-rar de ler. É uma leitura fácil mas que te prende, que te faz esquecer que existe um mundo real, e naque-le momento tudo o que você quer saber é o que acontecerá no pró-ximo capítulo. Tenho a impressão de que os capítulos não terminam no final, quando deveriam acabar realmente. Eles acabam com uma carga intensa de sentimento que provoca uma curiosidade enorme, que não te deixa fechar o livro.

O jornal “O Globo” refere-se ao romance como fenômeno mundial de vendas, que de fato é, no Reino Unido é considerado o

maior best-seller de todos os tem-pos, desbancando J. K. Rowling. Poucas pessoas imaginariam que uma ex-dona de casa se tornaria uma autora de sucesso. Tudo co-meçou com uma brincadeira como o também fenômeno de vendas, O Crepúsculo. E.L. James foi ape-nas mais uma das fãs da obra que criou uma fanfic da sua obra favo-rita, mas que acabou encantando o mundo todo. Fanfics são narrati-vas criadas por fãs da obra que in-serem algumas variações, ou seja deixam a narrativa da maneira que mais lhe agrada, e certamente Cin-qüenta Tons representa a Fanfic de maior sucesso mundial.

Cinquenta tons de cinza é o pri-meiro de uma trilogia composta pelo “Cinquenta tons mais escu-ros” e pelo “Cinquenta tons de li-berdade”, o segundo volume acaba

de ser lançado e eu já o adquiri, e da mesma forma deixei ele ali ao lado, me esperando. Pois sei que no instante em que eu me encontrar com ele não consegui-rei deixa-lo de lado.

Fato é que não se pode igno-rar a presença desta narrativa tão intensa. De uma forma ou de outra E. L. James conseguirá despertar as emoções do leitor, de forma que divide o público entre aqueles que amam e aque-les que odeiam a obra.

Vargas, escrita em três tomos por Lira Neto, jornalista, duas vezes vencedor do Prêmio Jabuti na ca-tegoria biografia, autor de Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Ser-tão (Companhia das Letras, 2009); Maysa: Só numa Multidão de Amores (Globo, 2007), O Inimigo do Rei: Uma biografia de José de Alencar (Globo, 2006) e Castello: A Marcha para a Ditadura (Contex-to, 2004).

Não é para os fracos. O primei-ro tomo, intitulado Getúlio: 1882-1930, tem 624 páginas e 1773 no-tas ao final do volume, e abrange o percurso do biografado desde o nascimento — e seus anteceden-tes familiares — até a chegada ao poder, em 1930. O segundo (com lançamento previsto para 2013) re-

tratará até 1945, cobrindo o primeiro período da chamada Era Vargas e a ditadura do Estado Novo. O tercei-ro e último volume, que será lançado somente em 2014, abordará o exílio de Getúlio em São Borja após sua derrubada pelos militares e a volta à presidência pelo voto popular, che-gando ao trágico desfecho de agosto de 1954.

É um ambicioso estudo com a mis-são pouco simplória de reposicionar o legado de Getúlio Vargas, retiran-do provisoriamente um dos maiores, controversos e polêmicos estadistas nacionais de seu olimpo e colocá-lo ao rês-do-chão.

[Ruy Castro sempre comenta que precisaria de mais cem anos para mergulhar em toda a obra de Nelson Rodrigues.]

Page 7: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012 7

Chegou da aula, sentou-se à mesa para almoçar e pediu: “O que é que tem de doce?” Silêncio. Movida pelo desejo de comer, ela então corre para o balcão da cozinha, vasculha os po-tes e encontra entre as latas de alimento uma que dizia “Ovomaltine”. Satisfação. Agora era preciso uma co-lher daquele doce e a refei-ção ficaria completa.

Vício? Eliane Ramos, de 19 anos e estudante de engenharia, diz que sim. “Eu não vivia sem doce. Era como se o meu cérebro enviasse uma mensagem dizendo: chegou a hora de comer chocolate”.

A jovem de 19 anos con-ta que, há um ano, o consu-mo de doces, principalmen-te após as refeições, era um hábito diário, ou então, era como se faltasse algo.

“Eu me lembro quando comemorei o aniversário de onze meses com meu an-tigo namorado. Era setem-bro de 2009, e eu ganhei dele onze caixas de Bis. Eu nunca me esqueço, pois eu comi todas elas em uma se-

Comportamento

Açúcar em excesso causa vício, dizem especialistas

Juliane Fladzinski mana”, relembra Elaine.Mesmo depois dessa ex-

periência, em que ela co-meu 220 Bis em sete dias, Eliane explica que não se considerava uma vicia-da. “Eu não tinha noção de como era ter um vício. Acho que é mais coisa da nossa cabeça, sabe? E isso vai se tornando um hábito”.

Segundo Gilza Vianna da Costa, nutricionista há 25 anos, o chocolate e do-ces no geral viciam porque atuam na região límbica do cérebro responsável pelo comportamento e funções afetivas.

Nessa região encontra-se a leptina, hormônio que também controla nosso apetite, e que, quando afe-tada pelo açúcar em exces-so, é inibido de exercer a sua função.

“Quanto mais você come, menos você tem o alerta dessa substância au-mentando a sua vontade de comer. Ou seja, você não fica satisfeito, por isso está sempre querendo comer mais”, declara.

Era o caso de Eliane. A jovem só se deu conta do vício em 2010, quando seus amigos brincando, a cha-mavam de “chocólatra”. “Eles me zoavam porque

achavam engraçado eu gos-tar tanto de chocolate. Mas depois eu comecei a pensar: ‘puts’, eu como muito cho-colate mesmo”, confessa.

No ano passado, Eliane resolveu mudar seus hábi-tos com o próprio desafio de passar um mês sem cho-colate. Segundo a estudan-te, a primeira semana foi horrível, porque ela sentia muita vontade de comer.

Para não ingerir mais chocolate, ela achava ou-tras maneiras de fazer a vontade passar: “Eu procu-rava suprir com outra coisa no lugar, como frutas, água ou ir dormir.” Passado os trinta dias, a jovem já sen-tiu mudanças no organismo e conseguiu, a partir de en-tão, manter o controle.

“E quando terminei, foi como se eu descobrisse que

não precisava comer todo o dia. Foi bom ter ficado sem, porque isso não era uma necessidade era um hábito, um vício”, conta Eliane sa-tisfeita com resultados.

“O cérebro tem o co-mando do corpo e o doce dá uma turbinada”, explica a psicóloga Sandra Silva. Ela exemplifica que o vício pelo açúcar pode interferir no humor, pois ele é altera-do por químicas cerebrais quando recebe o alimento doce. Segundo a psicóloga, essa sensação de bem-estar causado pelo consumo de açúcar perde força com o passar do tempo criando um desgaste cerebral que pode levar à perda de neurônios.

“Toda vez que você con-some o açúcar para essa fi-nalidade, assim como uma droga, ele causa um vácuo

depois da sensação de bem-estar o que pode caracteri-zar uma depressão”, diz.

No entanto, para que se tenha uma sensação de bem-estar sem depender dos efeitos do açúcar, é re-comendável, segundo a psi-cóloga, fazer atividade fí-sica regularmente, ter uma boa alimentação e beber bastante água.

A nutricionista também orienta que a quantidade ideal de açúcar por dia é de 120 gramas, o equivalen-te a dez colheres de sopa. “Quem quer parar com o chocolate precisa fazer um desafio consigo mesmo, porque não podemos ficar dependente de uma comida, algum doce para sentirmos bem. Devemos sentir bem por nós mesmos”, aconse-lha Eliane Ramos.

Consumo excessivo de doce faz mal à saúde

Diego Henrique da Silva

Page 8: LONA 748 - 20/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 20128

Campo Largo promove feira há 25 anos

Há 25 anos, a Secretaria da Agricultura de Campo Largo, em parceria com a prefeitura, promove uma feira todos os sábados, das 6 h às 11 h. A feira começou na Rua Xavier da Silva e depois passou por vários lugares da cidade. At-ualmente, acontece no antigo terminal urbano, no centro do município.

Entre os produtos com-ercializados estão verduras, produto defumado suíno, pão, bolacha, pastel, bolo, queijo, requeijão e até mesmo comida japonesa. Todos os produtos são produzidos pelos próp-rios feirantes, moradores dos bairros do interior de Campo Largo, como Bateias, Fa-zendinha, Miqueleto, Colônia Mariana e Colônia Cristina.

Albino Biernesk, 59, mo-rador do bairro Colônia Cris-tina, há 15 anos participa da feira comercializando seus produtos. Entre eles pão, bol-acha, queijo e requeijão casei-ros. Massaco Maruo da Silva, 63, há 15 anos vende alimen-tos da culinária japonesa na feira. Massaco morou por seis anos no Japão.

Os produtos da feira são vendidos a preço inferior ao do mercado. Sem contar que as verduras são orgânicas, ou seja, não possuem agrotóxi-cos. A manhã é movimen-tada na feira. Muitos campo-larguenses aproveitam para tomar o café da manhã lá, com direito a pão e pastel caseiros. Edson Leucz, 57, é um dos visitantes assíduos da feira: “Estou todos os sábados aqui comprando pão ou alguma outra coisa.”

Jaqueline Baumel

O feirante Albino Biernesk (59) Terezinha Valenga (42) e seu esposo. Tereza está há mais de 20 anos na feira.

Edoni Lopez (61) está há sete anos na feira vendendo produto defumado suíno.

Massaco Maruo da Silva (63), feirante há dois anos.Feirante Silvestre Surek (56) e sua esposa, moradores do bairro Nossa Senhora do Pilar.