lona 683 - 26/03/2012

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[email protected] @jornallona lona.up.com.br O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil Ano XIII - Número 683 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, 26 de março de 2012 Sindicato do Condomínio pede reajuste salarial entre 12 e 15% Gustavo Ribas Festival de teatro Idealizador do Festival de Teatro de Curitiba fala so- bre o evento Pág. 5 Política Assembleia Legislativa do Paraná usa muito tempo das sessões para homenagens Pág. 4 Óbito Humorista Chico Anysio morre aos 80 anos de idade Pág. 5 Hoje acontece a pri- meira reunião após o voto pela paralisação da greve dos condo- mínios, ogranizada pelo Sindicon. O Pa- raná tem cerca de 12 mil trabalhadores em condomínio. O piso de um servente é de R$ 617 e o piso de um porteiro é de R$ 681. Os trabalhadores que- rem reajuste e a unifi- cação da database.

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: LONA 683 - 26/03/2012

Curitiba, segunda-feira, 26 de março de 2012

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lona.up.com.br

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 683Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, 26 de março de 2012

Sindicato do Condomínio pede reajuste salarial entre 12 e 15%

Gustavo Ribas

Festival de teatro

Idealizador do Festival de Teatro de Curitiba fala so-bre o evento

Pág. 5

Política

Assembleia Legislativa do Paraná usa muito tempo das sessões para homenagens

Pág. 4

Óbito

Humorista Chico Anysio morre aos 80 anos de idade

Pág. 5

Hoje acontece a pri-meira reunião após o voto pela paralisação da greve dos condo-mínios, ogranizada

pelo Sindicon. O Pa-raná tem cerca de 12 mil trabalhadores em

condomínio. O piso de um servente é de

R$ 617 e o piso de um porteiro é de R$ 681.

Os trabalhadores que-rem reajuste e a unifi-

cação da database.

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Curitiba, segunda-feira, 26 de março de 2012 2 2 2 2

Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coor-denação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consen-tino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso | Editorial: Matheus KlockerO LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universi-dade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

A liberdade de expressão nunca foi tão grande como a que temos graças à internet. Sem ela, a internet nunca teria alcançado os parâ-metros que vemos hoje, pelo menos não tão rapidamente. A quantidade de informação disponível é tão grande e de tão mais fácil acesso do que qualquer outro meio de comunicação existente. Sendo assim, não podemos dizer que a internet não veio para um bem maior. Mas também é inegável dizer que o bem e o mal sempre andam lado a lado. Na última quinta-feira, duas pessoas foram presas em Curitiba com a suspeita de usarem um site para publicar incitações à violência a mulheres, negros, judeus, nordestinos e homossexuais e abuso sexual de menores. Com esse exemplo, percebemos que a liberdade tem, sim, seus limites.

A autonomia virtual deve ser defendida, mas há restrições. Em um mundo onde todos estão conectados como um, a intimidade de cada indivíduo diminui e a ideia de que a internet é uma terra de ninguém só aumenta.

Também recentemente uma grande controvérsia foi gerada com a criação de dois projetos de lei nos EUA – SOPA (definição) e PIPA (definição). Esses dois projetos visam à limitação de práticas de downloads e reprodução de produtos sem a autorização legal. Rapidamen-te milhões de pessoas se mobilizaram contra esses projetos de leis, criando protestos e fazendo muito barulho.

Mais uma vez caímos nas mesmas questões: Liberdade para todos? Sim. Liberdade sem fronteiras? Não! Mas até que ponto essa liberda-de é permitida? A resposta é simples: essa fronteira começa a partir do momento em que o direito do outro é violado. Nos dois casos aqui mostrados, a liberdade de expressão ultrapassou os limites do bom senso e começou a funcionar diretamente como liberdade de opressão.

No primeiro caso, os suspeitos de abrir o site que continham incitações à violência também respondem por possivelmente apoiarem um massacre que aconteceu em uma escola no Rio de Janeiro no ano passado, onde 12 estudantes foram assassinados. Já no caso da SOPA e PIPA, fica difícil dizer quem ultrapassou os limites: o governo por censurar uma grande parte do conteúdo ao público ou o público por fazer e divulgar conteúdo sem devida autorização.

Em um meio de comunicação tão grande e livre como a internet, fica difícil alguém ter controle sobre tudo que acontece, mas isso não significa que a anarquia deve dominar. Infelizmente o bom senso não está presente na consciência de todos os usuários dessa indispensável ferramenta do século 21.

Editorial

Opinião

Expressão ou opressão?

Acompanho diariamente as edições virtuais do Lona. Con-fesso que ainda tenho algumas ressalvas ao formato, mais por in-adequação pessoal do que por questões técnicas. Tem sido inte-ressante acompanhar o desenvolvimento da diagramação edição após edição, com infográficos, box e legendas mais apuradas.

Ainda me incomoda um bom tanto a questão dos créditos das fotografias, embora saiba das dificuldades de conseguir material interno para pautas tão amplas e heterogêneas.

A página dois vem sendo o espaço mais bacana do Lona 2012. É louvável a tentativa de produzir um jornal antenado em assuntos nacionais de repercussão direta em nosso cotidiano, embora sinta falta de um tom menos genérico e mais próximo dos estudantes.

A edição 681, com a matéria de capa sobre a Síndrome de Down e editoriais sobre os militares e seu reacionarismo é, a meu ver, a melhor desde que comecei a ler o Lona neste ano.

O desafio é mesmo grande: habituar o leitor ao novo formato e promover a discussão de temas abrangentes.

Expediente

Carta do Leitor

Daniel Zanella - estudante do 5 º periodo do curso de jornalismo

E a saudade, ó!

Era um domingo, 12 de abril de 1931, quando a pequena Mararan-guape assistiu ao nascimento de Francisco Anysio de Oliveira, que, anos mais tarde, na Rádio Mayrink Veiga seria conhecido simples-mente por Chico Anysio.

Pioneiro no humor brasileiro, Chico foi o responsável pela criação de mais de 200 personagens, eternizados na memória dos brasileiros. Professor Raimundo, dona Salomé de Passo Fundo, o bem brasileiro Painho, o vampiro Bento Carneiro, Alberto Roberto e tantos outros. Passou pelas rádios nos anos 50, e chegou à televisão logo depois, em 1957, com o programa Aí Vem Dona Isaura na TV Rio. Após o surgimento da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então vice-presidente de operações da emissora, foi o responsável por levar Chico ao canal 4 do Rio de Janeiro e conceder-lhe inúmeros pro-gramas: Chico City, Chico Anysio Show, Estados Anysios de Chico e Escolinha do Professor Raimundo. Com seus personagens, o mestre do humor fazia uma síntese do Brasil. Ainda sob a censura da ditadura militar, nos anos 80, Chico criou a personagem Salomé, que conver-sava com o presidente e falava de temas “cabulosos” com bom humor. Anysio dedicou mais de 60 anos da sua vida a fazer as pessoas rirem. Mas rirem com sabedoria. Com emoção. E sem precisar apelar jamais.

Em um tempo em que as pessoas se divertem com programas como Pânico na TV, que apelam para corpos desnudos e piadas chulas, além das ironias sem graça (e sem respeito) de Rafinha Bastos, a presença de Chico, embora um tanto já apagada nos últimos tempos, será de uma falta incomparável.

A cortina da vida se fechou para Chico Anysio, mas o seu humor e seus personagens não deixarão nunca as lembranças e os corações dos brasileiros que tiveram a honra de conhecer o mestre do humor. Parafraseando um bordão muito conhecido de Anysio, só me resta dizer: “e a saudade, ó!”.

Willian Bressan

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Curitiba, segunda-feira, 26 de março de 2012 3

Associados do Sindicato doCondomínio entram em greve hojeSindicon quer um aumento entre 12 e 15%; Secovi recusa-se a oferecer mais do que 8%

Angelo SfairCamila CassinsGustavo Ribas

Nesta segunda-feira, 26, acontece a primeira reunião após o voto pela paralisação da greve dos condomínios, organizada pelo Sindicato do Con-domínio (Sindicon). A reunião ocorre às 18 ho-ras na sede do Sindicon.

No encontro, serão ex-plicados os direitos dos trabalhadores. Segundo a legislação, os funcio-nários não podem ser demi t i dos , s u b s t i t u í -dos ou ter valores des-contados de sua folha de p a g a m e n -to enquan-to durar a greve. Após essa etapa inicial de explicação aos funcio-nários, a paralisação terá início amanhã, dia 27, e não tem previsão para terminar.

A mobilização ocor-reu devido à discordân-cia entre este sindicato, que representa os traba-lhadores, e o Sindicato

da Habilitação e Condo-mínios do Paraná (Se-covi) quanto ao reajuste salarial e a data base. En-quanto o primeiro deseja entre 12 e 15% de reajus-te, o segundo se recusa a oferecer mais de 8%. Além disso, segundo o Sindicon, a data base não estaria sendo cumprida.

De acordo com Ali-ne, uma das secretárias do Sindicato, que pediu para que seu sobrenome não fosse revelado devi-do a orientações da polí-cia, “o pedido inicial do reajuste está entre 12 e 15%. Podemos fechar em 10% também, mas não

temos condições de acei-tar os 8% propostos pelo Secovi.” Foram realiza-das 17 reuniões entre os dois sindicatos antes de ser tomada a decisão da greve. Segundo a secre-tária do Sindicon, a ten-são era tanta que, antes da decisão, foi contabi-lizada uma média de 300

ligações ao dia, origina-das de empregados insa-tisfeitos pela ausência de reajuste salarial. A decisão de entrar em greve veio do presi-dente do Sindicon, Hé-lio Rodrigues da Silva. Segundo o sindicato, a intenção da greve não é para prejudicar os mo-radores, mas sensibili-zar síndicos.

A principal instru-ção que o Secovi está dando aos síndicos é de negociar o reajuste dire-tamente com os funcio-nários e, assim, evitar a ausência deles no perí-odo de greve. Lindamir

Panacione, síndica do Condomínio Ana Maria, seguiu essa orientação e acredi-ta que não deve ter grandes problemas com a greve. “Con-versei com as zela-doras aqui do prédio e todos concorda-mos em aplicar o re-

ajuste de 10%. Não há motivo para entrar em greve, mas concordo com a ida delas à reunião de instrução, no Sindicon.”

Valacir Pontes, ze-ladora do Condomínio Ana Maria, recebeu a visita de um funcionário do Sindicato do Condo-mínio convidando para

comparecer até a reunião de hoje. Para Valacir, o

reajuste já devia ter sido contabilizado antes. “Já tinha que ter acontecido [o reajuste]. Vou lá ver como que é. Nunca parti-cipei, mas a gente vai lá na segunda ver o que que eles vão dizer para ver se precisaremos entrar em greve ou não, mesmo tendo feito o acordo.”

A resposta do Sindi-cato dos Condomínios para essa dúvida entra em conflito com a orien-tação dos advogados do Secovi. “Pode gerar confusões para o fun-cionário. O pessoal quer parar e não vai aceitar funcionários trabalhando mesmo com o acordo”, afirmou Aline. A gre-ve deve paralisar todos os setores. Isso envolve porteiros, faxineiros, ze-ladores, vigias, serventes e garagistas de residên-cias, condomínios, entre outros, o que significa a

“O pedido inicial do rea-juste está entre 12 e 15%. Podemos fechar em 10% também, mas não temos

condições de aceitar os 8% propostos pelo Secovi.”

pausa em todos os servi-ços prestados por estes profissionais.

O Sindicon promo-veu um forte trabalho de divulgação para en-trar em contato com to-dos os contribuintes. Os panfletos explicativos distribuídos, de porta em porta, nos principais condomínios de Curi-

tiba, como o que a zela-dora Valacir recebeu, de-fende que o pedido não é um absurdo. “Queremos um piso salarial mínimo para faxineiras, serven-tes e demais funções de R$ 750,00; para portei-ros, vigias e garagistas, um piso salarial mínimo de R$ 800,00; para os ze-ladores um piso salarial mínimo de R$ 880,00.”

O Secovi alega que o Sindicon deve passar as reivindicações com 48 horas de antecedên-cia ao início da parali-sação. Na sexta-feira, dia 23, em conversa com a equipe do Lona, a secretária do Sindicon afirmou que não havia previsão do envio das reivindicações e conta-gem dos votos. A aber-tura da urna está previs-ta para hoje, sendo que a contagem dos votos é necessária para a con-dução da greve.

A intenção da greve não é para

prejudicar os moradores, mas sensibilizar sín-

dicos.

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Curitiba, segunda-feira, 26 de março de 2012 4 Política

32,5% dos projetos aprovados na Alep envolvem solenidades e homenagensDesde o início de março deste ano, 110 projetos passaram pela Alep. 14 deles foram cerimônias de homenagem aprovados por unanimidade

Na próxima sexta-feira, dia 29 de março, é aniver-sário de Curitiba e a Assem-bleia Legislativa do Paraná (Alep) vai promover uma solenidade em homenagem aos 319 anos da cidade. A sessão solene acontece no dia 28, quinta-feira, e além de comemorar o aniversário pretende também homena-gear “diversas personalida-des que, pelo destaque em suas respectivas áreas de atuação, muito contribuem para o desenvolvimento da cidade”, segundo nota ofi-cial publicada no site da As-sembleia.

Nos últimos 30 dias, aproximadamente 13% das propostas apresentadas pelos deputados são ceri-moniais ou homenagens. Enquanto isso, 67 projetos

Angelo SfairCamila CassinsGustavo Ribas

tiveram suas discussões ou votações adiadas. Dos 110 projetos apresentados, ape-nas 26 foram aprovados, isso sem contabilizar os pro-jetos que envolvem home-nagens. Todos os projetos cerimoniais geralmente são apresentados e aprovados por unanimidade no mesmo dia. Já os outros projetos têm um trâmite mais com-plexo. A proposta de lei de incentivo ao esporte, por exemplo, deve chegar ao le-gislativo apenas em 40 dias.

A homenagem ao aniver-sário de Curitiba foi apre-sentada pelo deputado Ney Leprevost (PSD) e aprova-do por unanimidade pelo Plenário da Assembleia, no dia 15 de fevereiro. De acordo com Adriana Silva, assessora de Leprevost, a solenidade é estritamente festiva e busca homenagear personalidades paranaen-ses, pessoas com um grande histórico de trabalho e fun-

cionários públicos.Segundo Juliana Bessa,

Coordenadora dos Cerimo-niais da Alep, as sessões solenes são marcadas pre-ferencialmente no período da manhã (no contraturno do horário de funcionamen-to do Plenário), mas muitas delas acabam sendo reali-zadas durante a tarde, con-frontando com os horários de trabalho dos deputados. Nestas sessões solenes, cada homenageado recebe um certificado com uma menção honrosa, assinado pelo Deputado que propôs a homenagem, pelo presiden-te da mesa diretora (Valdir Rossoni, PSDB), pelo 1º se-cretário (Plauto Miró Gui-marães Filho, DEM) e pelo 2º secretário (Reni Pereira, PSB).

“Cada sessão solene dura em torno de 1h30, mas va-ria bastante. Quanto mais homenageados, mais tempo demanda. No caso do ceri-

monial em comemoração ao aniversário de Curitiba, mais de 300 pessoas serão homenageadas”, explica Ju-liana. Assim como qualquer outra proposta, as sessões solenes também passam por aprovação em plenário. Segundo a coordenadora, as homenagens geralmente são votadas e aprovadas por unanimidade no mesmo dia em que o deputado as pro-põe.

Em contrapartida, proje-tos de extrema importância para toda a população per-dem a sua prioridade nas discussões da Casa. Exem-plos disso são dois projetos que buscam regulamentar a lei que proíbe o forneci-mento de bebidas alcoólicas e cigarros para pessoas com idade inferior a 18 anos – um proposto por Ney Lepre-vost e outro por Mara Lima (PSDB) –, que aguardam um parecer desde agosto do ano passado. Muitos são

discutidos exaustivamente por meses até que haja uma aprovação e os eventos de homenagem podem contri-buir para essa demora nas decisões.

Para a deputada Mara Lima (PSDB), os cerimo-niais têm sua importância, mas o número excessivo de solenidades prejudica o andamento das discussões e votações de outros pro-jetos. Embora a deputada tenha essa convicção, no dia 7 de março, às 14h30, a Alep promoveu uma home-nagem ao Dia Internacional das Mulheres: uma proposta da própria Mara Lima. “A intenção dessa homenagem é dar a devida importância a essas heroínas anônimas. Se pudéssemos lotaríamos a Casa com todas as guerrei-ras paranaenses”, argumen-ta ela. Nesta solenidade em questão, 54 mulheres foram homenageadas, sendo que cada representante da Co-missão de Direitos Huma-nos da Assembleia indicou uma delas.

O tempo que cada ceri-monial demanda - desde a apresentação até a sua apro-vação e realização - também preocupa. “Propostas de cerimoniais tomam muito tempo. A solenidade do Dia Internacional das Mulheres, por exemplo, começou a ser pensada ainda no ano pas-sado”, comenta Mara Lima. “Temos que usar o tempo com sabedoria, já que há certo exagero no número de solenidades. As sessões deveriam ser mais bem se-lecionadas, já que se usa um espaço desnecessário, em que deveríamos estar discu-tindo projetos com um grau de importância maior”, fina-liza.Infografia: Gustavo Ribas

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Curitiba, segunda-feira, 26 de março de 2012

O humorista Chico Anysio morreu às 14h52, desta sexta-feira (23), aos 80 anos. O artista, que estava internado desde 22 de dezembro de 2011, apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal na última quarta-feira (21). Chico estava internado no Hospital Sa-maritano, na Zona Sul do Rio.

Chico Anysio foi sub-metido a diversas inter-nações nos últimos dois

Morre aos 80 anos o humorista Chico Anysio

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) fez, neste mês, uma pesquisa para constatar se ha-via diferença de peso em ovos de Páscoa de mesmo número, e chegou à conclusão de que essa diferença pode equivaler a uma barra de chocolate de 75g.

O Idec fez o levantamen-to com o objetivo de alertar o consumidor na hora da com-pra dos ovos, e também orien-tar aqueles que não sabem o

que significa a numeração dos ovos – conforme comprova-do em outra pesquisa, na qual 48% de 1.400 entrevistados de uma enquete lançada no site do Idec.

Segundo a assessoria de imprensa Idec, já foi feito o pedido de critério de padro-nização às empresas junto ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e a ABIA (Asso-ciação das Indústrias da Ali-mentação).

Em outras pesquisas, o

Idec chegou a constatar tam-bém que os ovos de Páscoa chegam a ser quatro vezes mais caros do que as barras de chocolates da mesma marca, qualidade e quantidade. Um fator importante que aumen-ta significativamente o preço dos ovos é o uso de persona-gens, e os brindes dentro de-les.

Também foi feita uma aná-lise nutricional dos ovos pes-quisados, que contêm grandes quantidades de gorduras sa-turadas. Embora atendam as

exigências estabelecidas pela ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), os

dados são baseados em fra-ções do produto e são difíceis de serem avaliados.

Tamanho igual, preço diferente

Guilherme Dias

Guilherme Dias

anos. Em novembro de 2011, o comediante deu entrada no mesmo hospi-tal, devido a uma infecção urinária. Após receber um tratamento de diversos antibióticos, pode voltar para casa para passar o Natal com sua família. No dia seguinte precisou retornar ao hospital com uma hemorragia diges-tiva. Passando por duas cirurgias, Chico Anysio teve um segmento de seu intestino grosso retirado e se recuperou rápido. Pos-teriormente apresentou uma infecção pulmonar

e retornou à internação. Sua situação se agravou e precisou de auxílio de aparelhos para respira-ção.

Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu em 12 de abril de 1931, na cidade de Ma-ranguape, no Ceará. Ao longo de seus 65 anos de carreira, Chico ainda era pintor, compositor e es-critor, tendo publicado 17 livros. Na televisão dentre suas principais atuações, estava o per-sonagem “professor Rai-mundo”, que teve a maior

repercussão de sua car-reira. Como comediante atuou mais de 200 per-

sonagens e é considerado um dos maiores humoris-tas do Brasil.

Folhapress (Leonardo Wen)

Elana SouzaIsadora NicastroMarina Solon

Criador do Festival de Curitiba fala das relações do evento com a cidade

O fundador do Festival de Teatro de Curitiba, Le-andro Knopfholz, esteve na Universidade Positivo para uma entrevista exclusiva a todos os veículos da Rede Teia de Jornalismo.

A entrevista aconteceu na tarde de sexta-feira (23) quando o idealizador do evento falou a respeito de vários aspectos do maior evento cultural da capital paranaense.

Segundo Leandro Knop-

fholz, a primeira edição do festival aconteceu em 1992 e o evento acontece no mês do aniversário de Curitiba justamente para homenagear a cidade. “A ideia do festi-val surgiu da percepção de que Curitiba tinha espaço, mas não tinha oferta para o teatro”, conta. De acordo com ele, a cidade é a 3° capi-tal que mais produz eventos culturais no Brasil, por isso ela faz parte de uma história e possui uma cena cultural.

Para o empresário, o Festival de Teatro tem uma

grande importância para as artes cênicas no meio nacio-nal, por isso, o evento é uma vitrine para o teatro no país, um ponto de encontro para quem fazer teatro. “O festi-val cria histórias um vínculo com as pessoas, devido a sua trajetória”, declara.

Entretanto, o evento não tem a função de determinar o que será cartaz nos teatros do cenário nacional. Knop-fholz diz que para as peças teatrais ficarem mais tempo em cartaz, assim como nos teatros do eixo Rio-São Pau-

lo, é preciso haver um mer-cado para estes espetáculos. Para ele a ideia que muitas pessoas têm de que o teatro é feito para a elite não é vá-lida.

“O acesso ao teatro não é exatamente uma questão fi-nanceira, mas uma questão cultura”, explica.

A falta de iniciativa das pessoas de sair de casa para ir ao teatro é o verdadeiro empecilho. Segundo ele, o fato de algumas pessoas não se costumarem a ir ao teatro, mas assistirem a peças de

teatro de rua mostra a falta de iniciativa do público. “A falta de preparo das pessoas faz com que o teatro precise ir até elas ao invés do públi-co ir ao teatro”, afirma.

Em relação à divulgação do festival, Leandro diz que ela é suficiente e que a mídia no país faz uma boa cober-tura das manifestações cult-urais. “A mídia dá bastante atenção para a cultura, tanto que nos jornais há sempre um caderno apenas para cul-tura e com um nome espe-cial”.

Vitoria Peluso

Leandro Knopfholz, idealizador do evento revela suas opiniões a respeito da cidade e do público curitibano

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