lona-468 14/04/2009

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Curitiba, terça-feira, 14 de abril de 2009 - Ano X - Número 468 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Apresentações teatrais da Paixão e Morte de Jesus Cristo estiveram entre as opções do último feriado No último final de semana, várias produções fo- ram apresentadas para rememorar a paixão da figu- ra de Jesus Cristo. Algumas mais bem produzidas, outras com características mais amadoras. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Cerca de 800 pessoas assistiram à peça montada pelos grupos de adolescentes e de jovens da capela católica do bairro Orleans Diego Henrique Programa do governo federal quer criar 3,5 milhões de empregos Começaram ontem as operações do programa habitacional “Minha Casa. Minha Vida”. A oposição criticou o programa e alegou que é uma estratégia para melhorar a imagem da atual administração para as eleições de 2010. Marketing político ou não, R$60 bilhões estarão disponíveis às famílias brasileiras e, segundo estimati- vas, 3,5 milhões de novas vagas estarão no mercado de trabalho até 2011. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Animais ajudam seres humanos a aliviar tensão Bichos Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Coluna A história dos grandes seriados da televisão Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 O Lona estreia hoje uma pá- gina de colunas. Serão vários assuntos, sempre na página 6, sendo que cada um deles será determinado por dia da sema- na. Hoje, por exemplo, o tema da coluna é televisão. Confira nas próximas edições os textos dos colunistas. Profissão Especialistas dizem que para desenhar bem não é preciso ter “dom” Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: LONA-468 14/04/2009

Curitiba, terça-feira, 14 de abril de 2009 - Ano X - Número 468Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Apresentações teatrais da Paixão e Morte de JesusCristo estiveram entre as opções do último feriado

No último final de semana, várias produções fo-ram apresentadas para rememorar a paixão da figu-

ra de Jesus Cristo. Algumas mais bem produzidas,outras com características mais amadoras.

Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Cerca de 800 pessoas assistiram à peça montada pelos grupos de adolescentes e de jovens da capela católica do bairro Orleans

Die

go H

enri

que

Programa do governofederal quer criar 3,5milhões de empregosComeçaram ontem as operações do programa habitacional “Minha Casa. Minha Vida”. A oposição criticou oprograma e alegou que é uma estratégia para melhorar a imagem da atual administração para as eleições de2010. Marketing político ou não, R$60 bilhões estarão disponíveis às famílias brasileiras e, segundo estimati-vas, 3,5 milhões de novas vagas estarão no mercado de trabalho até 2011.

Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Animais ajudamseres humanosa aliviar tensão

Bichos

Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5

Coluna

A história dosgrandes seriadosda televisão

Página 6Página 6Página 6Página 6Página 6

O Lona estreia hoje uma pá-gina de colunas. Serão váriosassuntos, sempre na página 6,sendo que cada um deles serádeterminado por dia da sema-na. Hoje, por exemplo, o temada coluna é televisão. Confiranas próximas edições os textosdos colunistas.

Profissão

Especialistasdizem que paradesenhar bemnão é precisoter “dom”

Página 7Página 7Página 7Página 7Página 7

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Curitiba, terça-feira , 14 de abril de 20092

Opinião

Expediente

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins.Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão:Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesqui-sa: Luiz Hamilton Berton; Pró-Reitor de Planejamento e Ava-liação Institucional: Renato Casagrande; Coordenador do Cur-so de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Profes-sores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida e Mar-celo Lima; Editores-chefes: Antonio Carlos Senkovski, Cami-la Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

Política

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimentosgerais e humanísticos, capa-citação técnica, espírito cria-tivo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsa-bilidade social que contribu-am com seu trabalho para oenriquecimento cultural, so-cial, político e econômico dasociedade”.

Missão do cursode Jornalismo

Camila Scheffer Franklin

Este é o segundo pactoproposto e assinado pelos pre-sidentes da República LuizInácio Lula da Silva; do Supre-mo Tribunal Federal (STF),Gilmar Mendes; da Câmarados Deputados, Michel Temer;e do Senado, José Sarney. As-sim como o primeiro, assina-do em 2004, a proposta prevêmedidas de proteção aos Di-reitos Humanos, aceleraçãodos trabalhos da Justiça e au-mento do acesso da popula-ção ao Judiciário. Com a assi-natura, os presidentes dos trêsPoderes vão coibir o “Estadopolicialesco”.

Com sua farda e armas empunho, os policiais, com des-taque para os federais, sãoabusivos ao “cumprir a lei”.Exageram no uso de algemas,

O PactoRepublicano

MelanieZettel

Em tempos em queos jovens passam as tardesvagando pela internet em si-tes de relacionamento, asfontes das relações e conta-tos sociais estão se esgotan-do cada vez mais. Segundodados do IBGE, hoje só noBrasil existem 32 milhões deinternautas, um milhão amais que o total de usuáriosno Orkut.

De acordo com pesquisas,o segundo motivo pelo qualos brasileiros se conectam àinternet é porque podem, as-sim, se comunicar mais rapi-damente com as pessoas, in-dependentemente da distân-cia. O motivo líder na pes-quisa é a busca pelo apren-dizado, porém muitos jovens

A cultura do

— e principalmente estudantes— estão esquecendo o verda-deiro valor da internet comofonte de pesquisa.

O uso caiu na futilidade. Achamada "geração coca-cola"evoluiu para a geração ciberné-tica. Assim, verificar se tem umrecado novo no Orkut ou fuçarem perfis alheios, às vezes, émais importante do que pesqui-sar algo sobre o novo plano dopresidente Luiz Inácio Lula daSilva contra a crise mundial.

Comunidades virtuaiscomo "No aula, yes bar" e "Euodeio estudar" estão entre asmaiores quanto ao número de

não encontram necessidadepara se identificarem, expõeo suspeito, grampeiam tele-fones sem autorização daJustiça e são “cães” ferozesao mostrar seu poder. Nãohá qualquer consideraçãopelo acusado. Os cidadãosque se sentirem prejudicadospelas autoridades, após opacto, poderão recorrer dire-tamente à Justiça, sem pas-sar pelo Ministério Público.

Espanta saber que um uni-forme e distintivo garantemtanto poder. O respeito tem dese tornar lei para fazer senti-do e ser (pasmem!) respeitado.Quem sabe a solução para ga-rantir que aqueles que pres-tam concurso para a Políciainiciem sua profissão maisconscientes e humanos sejaincluir como matéria de pro-va Ética e Cidadania.

membros noOrkut. O que é

mais próximo e oque tem mais valor para a

sociedade num todo foi erro-neamente trocado pelo querende uma boa fofoca com osamigos ou até uma piadinhade mau gosto sobre a vidaalheia, o cabelo feio de um ouas roupas estranhas de outro.

O que é mais importante?Como diria o pregador batistabritânico Charles HaddonSpurgeon: "Não deixe aquiloque é mais urgente tomar o lu-gar daquilo que é importantena sua vida". Quem sabe oOrkut não seja uma oportuni-dade única de se curar de ummal que assola nossos tempos:a falta do que fazer como umsinônimo para o ócio.

Comportamento

“ócio”ócio

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GeralPolítica

Marisa Rodrigues

A Caixa Econômica Federaldeu início ontem às operaçõesdo programa habitacional “Mi-nha Casa. Minha Vida”. Aprimeira medida foi divulgaros números de geração de em-prego com a implantação doprograma.

A estimativa é de que 3,5 mi-lhões de pessoas sejam contrata-das nos próximos três anos. Osprazos das obras ainda não fo-ram definidos, mas a meta dogoverno federal é a construçãode um milhão de moradias.

Para o segundo semestredeste ano, a perspectiva do go-verno é de que 800 mil novas va-gas de trabalho sejam ofereci-das. Em 2010, a expectativa é deque esses números dobrem, e em2011, mesmo com uma reduçãona oferta de postos de trabalho,elas ultrapassem um milhão.

O ministro do Planejamen-to, Paulo Bernardo, declarouem palestra realizada no mêspassado na Universidade Posi-tivo, que o programa é uma dasestratégias do governo no com-bate à crise, além de se enqua-drar nos planos de medida dasdesigualdades sociais, como oBolsa Família, Programa Saúdeda Família e o Prouni.

“Pretendemos diminuir em14% o déficit habitacional, e issovai gerar um impacto em toda aeconomia, pois, para construir,há a contratação de mão-de-

Governo prevê 3,5milhões de novasvagas até 2011O Programa “Minha Casa. Minha Vida” é uma das estratégias do governofederal para combater a crise; projeto pretende construir um milhão de casas

obra, compra de materiais deconstrução e outros serviços”.

De acordo com a Caixa, ocusto total estimado para o pro-grama é de R$ 60 bilhões. Me-tade desse valor é de subsídios.Além do programa, o banco pre-tende aplicar, ainda neste ano,R$ 27 bilhões em financiamen-tos habitacionais. Desde o co-meço do ano já foram R$ 7 bi-lhões de empréstimos, valor su-ficiente para beneficiar 645 milfamílias, e que obteve um au-mento de 119% se comparadoao mesmo período de 2008.

O banco vai começar a dis-ponibilizar aos estados e muni-cípios o termo de adesão ao pla-no e as instruções para a doa-ção de terrenos onde serãoconstruídas as habitações.

O programaO Minha Casa. Minha Vida

vai contar com a parceria dosestados, municípios, empresas eorganizações sociais para aconstrução de novas residências.O programa vai beneficiar famí-lias com renda de até 10 salári-os mínimos que residam nas ci-dades escolhidas pelo projeto.

Poderão participar do pro-grama apenas pessoas que nãopossuam casa própria, quenunca foram beneficiadas porprojetos habitacionais do go-verno federal e com financia-mento ativo. Pessoas portado-ras de deficiência e idosos te-rão prioridade na seleção.

As famílias com renda deaté três salários devem fazerum cadastro no posto de cre-denciamento de sua cidade. Asinscrições são gratuitas, nãoexiste análise de crédito e taxade pagamento de seguro, alémda isenção da taxa de registrodo imóvel no cartório. As par-celas do financiamento vão terum valor mínimo de R$ 50 e deno máximo 10% da rendamensal. O pagamento poderáser quitado em até dez anos.

As famílias com renda en-tre três e dez salários míni-mos não precisam fazer o ca-dastro, basta apenas dar a en-trada no financiamento emuma das agências da CaixaEconômica Federal. As parce-las serão reguladas de acor-do com a renda, além de des-contos nas taxas de seguro ede registro do imóvel.

O programa também vaicontar com um fundo que irágarantir o pagamento das pres-tações no caso de inadimplên-cia do mutuário. O recurso, queserá disponibilizado pelo go-verno federal com valor de RS1 bilhão, atualmente varia en-tre 4,13% e 35,9% do valor daprestação. Com o fundo o valorvai ficar entre 1,5% e 6,64%.Isso garante ao mutuário que játiver até seis prestações quita-das e comprovar a inadimplên-cia por falta de emprego, o can-celamento temporário de nomáximo 36 prestações.

Diego Henrique

Na última sexta-feira (10), ogrupo de jovens Anjos de umaasa, em parceria com o grupo deadolescentes Atitude e um con-junto de pessoas que não inte-gram nenhum dos dois grupos,apresentou a peça de teatro Pai-xão de Cristo, no pátio da Igre-ja matriz Santo Antonio de Or-leans. O espetáculo contou comum público de aproximadamen-te 800 pessoas e um elenco de45 integrantes.

O responsável pelo planeja-mento do espetáculo, RafaelBloom, de 17 anos, começou apensar e organizar os preparati-vos em dezembro do ano passa-do. Apesar de ser o produtor ge-ral da peça, ele esclarece que to-dos os integrantes ajudaram noprocesso de execução. “O figuri-no, por exemplo, foi todo costu-rado com a ajuda da avó da mi-nha namorada”, exemplifica.

Para Luciana Mueller Seger,madrinha do grupo Atitude,desde quando foi idealizada,há três anos, a encenação é mo-tivo de muita alegria. “Me dei-xa emocionada como, com opassar do tempo, os jovens eadolescentes da paróquia vãosendo conquistados, pois acada ano o número de integran-tes aumenta e a qualidade doteatro também”.

O jovem Júlio Gustavo Bollinterpretou o papel principal edisse que ficou surpreso por serescolhido. “Pensei que escolhe-riam algum dos dois garotosque já fizeram o papel de Jesusnos outros anos. Não esperavaque fosse eu”, confessa o ator.

O processo de preparaçãotambém incluiu decorar o textono “balanço do buzão”, seraçoitado de verdade por umchicote de barbante, ter de seequilibrar para não cair da cruze agüentar o cansaço de ficarcom os braços abertos por al-guns minutos.

Um estudo realizado em2006, por Carolina Ávila Galloe Cleuza Kazue Sakamoto, dafaculdade de psicologia daUniversidade Presbiteriana Ma-ckenzie, confirmou a importân-cia do teatro como esfera devida saudável, indicando-ocomo autêntico espaço de valo-rização e enriquecimento da ex-pressão e convivência humana.Com base em entrevistas indivi-duais e coletivas a pessoas for-temente ligadas ao teatro, obser-vou-se que sua inserção nas pe-ças traz benefícios psicológicosque vão além do simples fato deapresentar o espetáculo.

O produtor Rafael Bloomacredita que o espetáculo nãoserve apenas para incentivar osjovens às artes cênicas, mastambém para atuar como instru-mento de evangelização, pro-movendo os valores cristãos. Ointegrante do grupo, EversonCezar Seger de 17 anos, parececoncordar com essa afirmação.“Acredito que a peça pode au-mentar a estrutura a cada anoe que o público também sejamaior cada vez maior”. Ele acre-dita que apesar do tempo paraensaio do teatro ter sido relati-vamente pequeno, os grupos(de jovens e o de adolescentes)conseguiram se integrar e fazerum bom trabalho.

Sexta-feira Santa alternativa

Diego Henrique

Sexta-feira Santa alternativa

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GeralBichos

Ele é um bomcompanheiroAnimais de estimação conquistam espaço e melhoram vida das pessoas

Camila da Luz

Parece que o dia corre e nãodeu tempo para fazer nada, ho-ras de lazer e descanso são pri-vilégios de poucos. Nessa ânsiapara conseguir uma melhor con-dição de vida, saúde, filhos e ido-sos acabam muitas vezes fican-do esquecidos. Os animais de es-timação se tornaram os gran-des companheiros de quem ficasolitário; pesquisas revelam quesuas companhias trazem benefí-cios à saúde. Pode ser pássaro,coelho, hamster, gato ou cachor-ro. Os animais fazem bem e le-vam tranquilidade aos donos.

Geralmente o animal escolhi-do pelas famílias é o cachorro, jáque, por seu comportamento, éindicado para ser o companhei-ro das crianças. Estas os veemcomo membros da família, prote-tores e colegas até para “confi-dências”. A ligação entre os doisé difícil de ser quebrada, pois éfiel e será sempre lembrada.

Segundo o médico veteri-nário americano Marty Becker,os cães estabelecem com as cri-anças uma comunicação recí-proca, que possibilita um de-senvolvimento da autoestima,do respeito, companheirismo evisão do futuro. Substânciascomo endorfina — responsá-vel pelo prazer e bem-estar —e a adrenalina, que pode serconsiderada um estimulantenatural do nosso corpo, são li-

beradas enquanto se brincacom os animais.

CriançasOs pais que passam o dia fora

de casa presenteiam os filhoscom um animal porque acredi-tam que a criança vai se sentirmenos solitária. E segundo espe-cialistas eles não estão errados.Com os animais pequenos ascrianças aprendem a decodificara linguagem do corpo e a enten-der intenções e vontades dos ou-tros. Crescer sozinha dificulta oenvolvimento social até mesmoentre familiares. Então, essa rela-ção ensina a importância do vín-culo, além de ajudar a descobrirum mundo de novas possibilida-des e as tornam independentes.

A desestruturação familiar,por exemplo, é um problema re-corrente, e pode causar danosna formação do indivíduo. Aoinvés de dar respeito e afetouns aos outros, a pessoa acabase isolando.

Em sua pesquisa, realizadaem 2003, Becker afirmou que cri-anças do mundo inteiro recorrema seus bichos de estimação emmomentos de tensão emocional.Elas destacam a capacidade doanimal de escutar, tranquilizar,demonstrar aprovação e propor-cionar companheirismo.

Foram essas qualidades dacachorrinha Lilica que a empre-sária Maria Lúcia Simão afirmaque conseguiram conquistar sua

filha Gabriela Simão. Maria e omarido trabalhavam e passavampouco tempo com a garota. Quemfazia companhia a Grabiela eraa cachorrinha da família. “Quan-do estava triste, tinha problemase até mesmo para contar sobre‘coisas de menina’, Gabriela re-corria a Lilica”, diz Maria.

Na separação dos pais nãofoi diferente para a menina. “Eusempre via minha filha choran-do baixinho abraçada à cachor-rinha. Tenho grande gratidão portudo que ela fez pela Gabi”, con-ta a mãe. O favorecimento da co-municação entre os membros deuma família é comprovado por76% dos entrevistados por umapesquisa francesa. Sessenta cri-anças foram observadas e 63%delas possuíam animais.

A interação com os animaisde companhia contribui para aautoestima e popularidade dacriança. Sem contar o desenvol-vimento da responsabilidade, jáque precisam alimentar, passeare cuidar dos bichinhos. Interpre-tando as suas necessidades, ospequenos desenvolvem a capaci-dade de se colocarem no lugar dooutro, ficando menos egoístas.

O animalzinho serve tambémcomo um modelo para a criançapraticar habilidades sociais,comportamentos aceitáveis ounão, pois dentro da relação have-rá limites. Hiran Kenji, com noveanos, algumas vezes “não mediasua força”. Orientada por umapsicóloga, a mãe, Lúcia CristinaKenji, comprou para ele um cão-zinho da raça yorkshire, Gugu. Amãe conta que por ser delicado,Gugu sofria e se debatia quandoo dono o apertava. Com o tempo,o garoto foi aprendendo que nãodeveria agir dessa maneira, e aospoucos se tornou mais cuidado-

so, até nas atitudes que tomavacom as pessoas.

Mas a vantagem em se terum animal mais inesperada éque as crianças que convivemcom seus cachorros, gatos ou ou-tros animais têm o sistema imu-nológico muito mais forte. O mé-dico Roberto Eiji explica que osistema de defesa, além de lutarcontra doenças, pode perder o re-conhecimento do próprio corpo eatacar células ou tecidos saudá-veis, as chamadas doenças auto-imunes. “A mais famosa delas éa alergia, muito comum entre cri-anças. O animal, além do psico-lógico, ajuda desafiando o orga-nismo persistentemente, assim osistema imunológico funcionamelhor e fica mais resistente”.

Adultos e idososMas não são só as crianças

que tiram proveito da relaçãocom os animais de estimação.Com todos os avanços da ciên-cia, pesquisas desenvolvidaspor Becker e Shawn Goldenmostram que o convívio com osanimais é considerado um dosmelhores recursos terapêuticos.Os animais domésticos passa-ram a ser considerados impor-tantes na sociedade por ofere-cer apoio emocional.

“Na minha casa não impor-ta: meus pais, eu e meu irmão, to-dos mimam demais o Pig, meucachorrinho da raça bulldog

francês. Meu pai até brincava quepagava alguém para levar o Pigembora, mas sei que ele não con-segue ficar sem”, revela AmorinaSpinard Amorim.

A cardiologista da Universi-dade de Nova Iorque Karen Al-len fez uma experiência com 48corretores do mercado financeiroque apresentavam níveis depressão arterial e estresse altos.Metade do grupo recebeu cães ougatos. Este grupo, após seis me-ses, passou a ter pressão arterialnormal e o estresse reduzido. Ou-tra pesquisa interessante tevecomo resultado: quem possuianimais tem 94% de chance desobreviver a um infarto.

A ação de cuidar de outroser vivo tende a ser autocurati-va. “Não pensar só na própriadoença e dedicar-se ao outroauxiliam no tratamento de do-enças. Sempre que percebo queé possível o paciente ter umanimal eu indico, pois, além dedistrair, há uma melhora maisrápida”, revela Eiji.

A afinidade que o ser huma-no possui com animais tem aver com a cultura também. Des-de criança os animais são he-róis em filmes, desenhos e li-vros, o que acaba encantandoe levando essa paixão por todaa vida. O biólogo Sávio Sensacredita que crianças educa-das em meio a animais serãopessoas mais preocupadas

companheiro

“Além do psicológico, o animalajuda desafiando o organismo demodo persistente, assim o sistemaimunológico fica mais resistente”ROBERTO EIJI, MÉDICO

Fotos: Camila Luz

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com as outras e mais responsá-veis com o meio ambiente.

Na terceira idade, é comum fi-car mais solitário. Alguns che-gam a não receber o carinho e aatenção necessária dos familia-res. Aquele companheirinho dequatro patas acaba sendo o mai-or parceiro que eles podem ter.

O convívio com os animais éreconfortante, traz boas lembran-ças, e estimula os idosos a esta-rem sempre em movimento. Al-guns estudos indicam que a qua-lidade de vida do idoso aumen-ta, ampliando assim a longevi-dade.

“Quando minha bisavó fale-ceu, meu bisavô se sentiu muitosozinho, pois eram casados amais de 60 anos. Quem faziacompanhia era a cachorrinha de-les, que também não era novinhanão. Depois a cachorra morreue, pouco depois, da morte da ca-chorrinha ele também se foi”,conta com saudades Renata Vi-eira do Pinho.

TerapiasNão é recente o fato de apro-

veitar os benefícios trazidos pe-los animais. Na Inglaterra, em1792, a Terapia Assistida porAnimais (TAA) ou Pet Terapy foiaplicada em uma instituição detratamento de doentes mentais.Porém, só na década de 1960 oamericano Boris Levison intro-duziu o uso da terapia facilitadapor cães, a cinoterapia. Ele per-cebeu a melhor integração deuma criança reservada ao ser dei-xada acidentalmente em contatocom o seu próprio cão, Jingles.

Desde então, animais de dife-rentes raças e tipos são utilizados

para desenvolver o psicológico,social e a qualidade de vida daspessoas. Das quais, se percebemníveis de solidão, depressão eansiedade mais baixos. Em con-tato com os animais as pessoastiram o foco de seus problemas,dores, insatisfações. O fato denão ser julgado faz com que seabram e falem com o bichinho,que retribuirá com um olhar ca-rinhoso.

Com as crianças o vínculo es-tabelecido com o animal geral-mente é o primeiro passo para osucesso da terapia, ficando mui-to mais fácil o caminho para o te-rapeuta. Muitos utilizam o ani-mal para conversar. A criança,vendo como o terapeuta trata obichinho, acaba percebendo quepode confiar no adulto e assimtem mais disposição para falarou fazer exercícios.

Na Escola Especial 29 demarço, as crianças são “visita-das” por animais. A professoraLúcia da Silva Nicolin avalia po-sitivamente estas visitas. “As cri-anças se soltam e ficam mais dis-postas a fazer exercícios. Como acoordenação deles é fraca, prin-cipalmente de lado, os animaissão colocados nessa posição, fa-zendo com que os especiais fa-çam o máximo de esforço paramexer neles”. Algumas sentemreceio, então os animais são co-locados em contato por estágios,até as crianças se acostumarem.“Quando os animais sentam, la-tem, pulam é a maior alegria”,acrescenta a professora.

Para Marty Becker a esponta-neidade de interação faz com queas crianças tentem ficar mexendono animal, pois eles são sensíveis

e macios ao toque, e nenhum pro-grama de televisão ou brinquedooferecerá essa sensação. O toqueajuda a liberar as energias, poisos pêlos servem como conduto-res, e o animal não é afetado ne-gativamente.

Nas escolas são percebidasvantagens: crianças que desen-volvem acompanhadas por umcão ou gato têm um desenvolvi-mento intelectual maior. Há pro-gramas em que as crianças leempara animais, e para que prestematenção, leem em voz alta. Comonão serão corrigidas, eles ficammais confiantes.

No lar de descanso Recantodo Tarumã, os idosos recebem osanimais a cada 15 dias, e voltama ser criança. “Mesmo ficandomuito animados e agitados, a fre-quência cardíaca e a pressão ar-terial diminuem. Durante essa re-creação eles fazem exercícios de

alongamento sem perceber e re-clamar. O estímulo à memória éfantástico, pois eles se esforçampara lembrar do que o animalgosta e qual é o seu nome; cadapaciente tem o seu bichinho pre-ferido. Eles também relembram opassado, os momentos bons, osanimais que tiveram na infân-cia”, conta o coordenador de tra-balho voluntário Rodrigo LuizNoering.

Neuza, uma pianista, tevegrandes avanços com TAA. Elafoi diagnosticada com doença deAlzheimer e está hospedada emuma instituição psiquiátrica e ge-riátrica há 18 anos. Ela foi sub-metida a algumas avaliaçõesacompanhadas por animais.“Por cerca de dois meses, quatromúsicas foram executadas pelapaciente, e ela perseverava sempossuir consciência do fato.Após essa estimulação, feita se-manalmente e de forma ininter-rupta, a paciente chegou a tocar39 músicas e possuía consciên-cia das que havia executado, nãocometendo mais repetições. Ajustificativa dada por ela para ofato de tocar mais músicas quan-do está na presença dos cachor-ros foi deles não a criticaremquando erra”, conta o neuropsi-cólogo Alexandre Monteiro.

Monteiro coordena o ProjetoAnimallis, no qual profissionaisda área de saúde são voluntári-os e utilizam animais de estima-ção. O público atendido é espe-cífico: é composto de idosos quesofrem de Alzheimer. O neurop-sicólogo tem observado melhorassignificativas na linguagem, me-mória, soluções de problemas,comportamento e aumento da in-teração social entre os idosos e

também com a equipe de volun-tários.

Para doenças psiquiátricas osanimais servem como um pontoestável no mundo externo, poisgeralmente quem sofre dessasdoenças fica obcecado. Fábio Ja-ensch considera que a melhorcoisa que fez pela mãe foi dar aela sua própria cachorrinhaMinnie. Ela foi diagnosticadacom síndrome do pânico e psico-se. “Quando teve a companhiada cachorra, a doença teve umagrande melhora. Ela nunca vai securar, apenas se estabilizar, e aMinnie conseguiu ajudar nisso”,conta Fábio.

Cães, gatos, cavalos, peixes,tartarugas, coelhos são usadostambém na reabilitação de deten-tos, crianças hiperativas, pacien-tes terminais de aids, criançasobesas, etc. Mas os animais nãosão escolhidos ao acaso: passampor diversas avaliações. Latir,rosnar, morder e até ter muito tár-taro nos dentes resultam em re-jeição.

Em Curitiba há o projeto CãoAmigo & Cia, um instituto inte-grado por voluntários que levamseus animais de estimação paravisitar asilos, escolas especiais,hospitais e crianças em situaçãode risco. A voluntária e estudan-te de biologia Caroline Maderrevela que é muito engraçado versua cachorra Nutella “traba-lhando”. “Ela tem muita sensi-bilidade. Em casa é toda brinca-lhona, e durante as visitas ela setransforma: podem puxar a ore-lha que, mesmo assim, ela ficatranquila”. Caroline assume queela e Nutella são beneficiadascom o voluntariado, não apenasos atendidos.

“Quando minha bisavó faleceu, meu bisavô se sentiu muitosozinho, pois eram mais de 60 anos de casados. Quem faziacompanhia era a cachorrinha deles”RENATA VIEIRA DO PINHO

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Curitiba, terça-feira , 14 de abril de 20096

ColunaTelevisão e seriados

Texto: Camila PichethFotos: Divulgação

Estamos no século XXI - erada tecnologia e dos efeitos es-peciais. Atualmente, há regis-tros de mais de mil seriados jáproduzidos (sejam bons ou ru-ins, longos ou curtos), diver-sos diretores e produtores emuitos atores e atrizes mundoafora. Seja comédia, drama oususpense, há sempre uma sé-rie que agrada alguém.

Tudo começa em 1939,quando foram feitas as primei-ras transmissões televisivasnos Estados Unidos. A técni-ca foi sendo desenvolvida,ideias começaram a surgir e,finalmente em 1947, estreia naTV norte-americana o primei-ro sitcom (seri- a d od e

comédia), chamado “MaryKay and Johnny”. A partir deentão foram criadas as maisdiversas séries de TV.

A história dos seriadosguarda grandes ícones, como“I Love Lucy”, que mais fezsucesso nas décadas de 50 e60; o espião mais atrapalhado,em “Agente 86”; o homem queconstrói uma bomba a partirde um guardachuva, um ca-darço e meio chiclete, com Ma-cGyver ; as galáxias sendo ex-ploradas (e uma geração deobcecados sendo criada), com“Jornada nas Estrelas”; o seri-ado mais “Yada Yada Yada”,com “Seinfeld” e um bando degente que não sabe onde estáou o que quer, em “Lost”.

As séries (normalmente)transformam os telespectado-res em pessoas mais felizes,no entanto, aqueles que esco-lhem tal caminho sabem que,com a alegria, vem o desampa-ro. Toda semana a curi-osidade chega aoseu extremo

para saber o que irá ocorrercom seus personagens favori-tos, o sufoco quando certa per-sonagem está com problemase a angústia de querer saber oque acontecerá depois do finalde temporada. Coitados da-queles que assistiam “Dallas”e viram JR levar dois tiros, in-feliz do indivíduo que acom-panhava “ER” quando o ex-marido da enfermeira Sam,que estava preso, resolve fugirsequestrando-a e começandoum tiroteio que coloca em ris-co a vida de Abby e seu bebê,e miserável seja aquele quedescobriu, junto com a agenteSydney Bristow, que ela nãose lembrava do que aconteceunos últimos dois anos, em“Alias’. Sem contar as lágri-mas que rolaram nos rostosdos fãs quando perceberamque personagens como MarkGreene, (ER), Prue Halliwell(Charmed), Bill McNeal(Newsradio) e Warrick Brown(CSI) passaram dessa para ou-tra e que não voltariam mais.

Sim, a vida de telespectador édura, mas com certeza vale apena. Desde adolescentes tentan-do resolver seus próprios proble-mas até pessoas tendo suas per-sonalidades apagadas e substitu-ídas por outras. Esse é o mundodos seriados. Então sejam bem-vindos, e espero que aproveitem a

viagem.

Faz parte do showHá pelo menos 60 anos seriados contagiam telespectadores; cerca de mil deles já foram produzidos até agora

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Curitiba, terça-feira , 14 de abril de 2009 7

ProfissãoDesenhista

Quadrinhos,caricaturas e afinsSuellen Cristiane Ferreira

Há quem acredite que paraser desenhista é preciso nascercom um dom. Outros acreditamque desenhistas são seres ilu-minados. Será isso verdade?Crenças à parte, ao que tudoindica, não.

Enquanto a escrita precisaser ensinada, o desenho vemespontaneamente. Basta largarum lápis na mão de uma crian-ça, e, apesar de saírem somentealguns rabiscos, isso já pode serconsiderado uma forma de de-senho.

A história do desenho é inte-ressante, já que começou comoum meio de sobrevivência dopovo primitivo, que ilustravanas rochas seres humanos, plan-tas e animais. Essa era forma ex-pressiva de marcar sua vivência.Com o passar do tempo, as cul-turas começaram a mudar e aforma de desenhar também. Issofez com que a arte tivesse uma

var ia -

ção entre os indivíduos, caracte-rizando a sensibilidade, perso-nalidade e capacidade de repre-sentação de cada um.

Entretanto, o que era o meiode sobrevivência ou arte agoraficou mais profissional. Segun-do o dicionário Aurélio, dese-nhista é aquele que sabe exercera arte do desenho ao expressarfiguras sobre uma superfície pormeio de traços, pontos ou man-chas, com a finalidade de pro-vocar uma impressão lúdica, ci-entífica ou técnica. Cabe ao de-senhista a capacidade de traba-lhar representações visuais, sobos valores da luz e da sombra,delineando os contornos deuma imagem.

Histórias em quadrinhosAs histórias em quadrinhos,

ou HQs, surgiram no século 19e até hoje encantam crianças eadultos. Com o sucesso dessastirinhas, surgiu o gibi, que setornou um importante meio decomunicação de massa.

Desde criança, a designer demóveis Tatiany Alencar, 22anos, lê histórias em quadri-nhos, principalmente as da

Turma da Mônica. “Leio nocarro, no ônibus, na

hora do almo-ço, em todo

lugar” .A

paixão por histórias em quadri-nhos é tanta que além dos gibis,Tatiany lê as histórias da Tur-ma da Mônica também pela in-ternet. “É um vício que eu amo.Às vezes não leio tudo para dei-xar para o outro dia, ou leio his-tórias repetidas”. O amor da de-signer pelo gibi acaba se trans-formando em boa ação, poisquando termina de ler as histó-rias, doa as revistinhas paracrianças carentes.

A Turma da Mônica, ideali-zada por Mauricio de Souza,existe há mais de 30 anos. Atrajetória de Mauricio como de-senhista não foi fácil. No iníciode sua carreira, ele trabalhoucomo repórter policial no jornalFolha da Manhã e, somente cin-co anos depois, resolveu mergu-lhar no mundo dos quadrinhos.Seu primeiro personagem foi ocachorro Bidu, que até hoje ésímbolo de sua produtora. Suastirinhas de quadrinhos até en-tão eram colocadas na Folha daManhã. A partir de 1970, como surgimento da Mônica, osquadrinhos foram transforma-dos em revistas. Sucesso garan-tido em diversos idiomas.

Além de Mauricio de Sousa,existem muitos quadrinistas fa-mosos no país. O curitibano JoséAguiar é um deles. Foi na capi-tal paranaense que sua carreiracomeçou. Roteirista, desenhistade quadrinhos, ilustrador e es-critor, José desenha desde crian-ça. Sua carreira como artistaprofissional começou aos 16anos no Jornal do Estado. Alémdisso, ele trabalhou por 14 anosna Gazetinha.

Aguiar, junto com outros de-senhistas curitibanos, criou ashistórias do maior super-heróicuritibano: “O Gralha”. O qua-drinho conseguiu atingir em

média 80 mil leitores por sema-na e foi a criação local mais pro-missora dos últimos tempos. Oilustre herói desconhecido sur-giu em comemoração ao aniver-sário de 15 anos da Gibiteca deCuritiba. O Gralha ganhou es-paço no caderno Fun da Gaze-ta do Povo durante dois anos.Além disso, o personagem foiadaptado para o teatro e doiscurtas-metragens.

Mas a carreira do quadrinis-ta não ficou só na capital para-naense. Passou uma temporadana Europa, onde fez ilustraçõese participou de concursos. Ga-nhou o segundo lugar em umconcurso de Jovens TalentosBD, em Portugal.

A esposa de Aguiar preci-sou ir para a Alemanha a tra-balho. “Fui junto e resolvi fazeruma reciclagem nos meus qua-drinhos”, diz. Essa reciclagemrendeu o livro que o desenhistaestá criando. Seu trabalho giraem torno da exposição Reiseta-gebuch que retrata esse períodoque morou na Alemanha.

Atualmente, o artista traba-lha na Gibiteca como professorde quadrinhos. “Não precisasaber desenhar para fazer ocurso. Se souber fazer um bone-

co de palitinho, já vale”, diz.Além disso, tem uma publica-ção com o nome Quadrinhofiliaque recebeu o troféu HQMix, nacategoria de melhor exposição.

Profissão: desenhistaSer desenhista não é apenas

fazer arte. Já existe há muitotempo curso técnico ou superi-or na área de desenho. Comprancheta ou computador, es-ses profissionais executam pro-dutos idealizados e calculadospor engenheiros, arquitetos, es-pecificando de forma detalhadaaquilo que foi proposto.

Há também o curso de dese-nho industrial, que tem dura-ção de quatro anos e duas ha-bilitações: programação visualou projeto de produto. A primei-ra se concentra na concepção demarcas, logotipos ou a melhorforma gráfica de transmitir umaideia. A segunda é mais focadana criação de objetos, dando ên-fase a sua utilização, funciona-lidade e beleza.

No Brasil, há cerca de 70universidades que oferecem ocurso. O mercado é competitivo,então vale a pena investir emcursos de especialização, idio-mas e computação gráfica.

Dia mundial do desenhista: todo mundo sabe desenhar, mas nem todo mundo sabe disso

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EnsaioSurfe

A nova onda

Texto: Betina DiasFotos: Ana Letícia Pie

Para alguns o verão é mais que sol, mar e areia: verão é adre-nalina e muito surfe. Neste verão de 2009, foi o momento de al-guns curitibanos se aventurarem nas ondas do litoral catarinen-se. Além de deixar o corpo mais saudável, o surfe é um esportedivertido, e o ambiente em que é praticado atrai muitas pessoas.

Ficar em pé em uma prancha é um desafio, e para alguns pra-ticantes pode ser uma das melhores sensações da vida. Porém, paraquem está começando, não é fácil. O surfe é um esporte que exigemuita dedicação, equilíbrio, condicionamento físico e perseveran-ça. O surfista Bruno Barbosa conta que o esforço vale a pena. “Éuma sensação muito boa quando você consegue pegar uma onda”,afirma.

onda