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Logística empresarial

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Logística empresarial

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

• Unitizar uma carga significa agrupar vários volumes pequenos ou grandes em um maior, ou mesmo um único volume, com o objetivo de facilitar o seu manuseio, movimentação, armazenagem e transporte, fazendo com que

a sua transferência, do ponto de origem até o seu destino final, possa ser realizada tratando o total de volumes envolvidos em cada unitização como apenas um volume.

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

• Redução do número de volumes a manipular;• Menor número de manuseios de carga;• Menor utilização de mão-de-obra;• Possibilidade de mecanização das operações de carga e

descarga;• Diminuição do tempo de embarque e desembarque;• Redução dos custos de embarque e desembarque;• Redução do custo com embalagens;• Diminuição das avarias e roubos de mercadorias;• Redução dos custos de seguro das mercadorias.

Recipientes de unitização: Big Bag

• embalagem feita em polipropileno, com formato semelhante a uma grande sacola, que pode acondicionar até 2.000 kg de carga;

• boa aplicação para produtos à granel ou embalados em sacos, pois os mantém melhor acomodados e protegidos contra materiais pontiagudos, que podem furá-los ou rasgá-los;

• quando confeccionado com material impermeável, pode ser armazenado em pátios abertos, empilhado uniformemente e transportado em qualquer modal, sem que este tenha que sofrer adaptações de nenhuma espécie, em face de sua configuração e praticidade;

• é reutilizável e dobrável, por isso adequado para retorno vazio, já que não ocupa demasiado espaço.

Recipientes de unitização: Big Bag

Recipientes de unitização: tambores

• recipientes de formato cilíndrico, feitos em aço, alumínio ou polipropileno com capacidades que variam de 180 a 500 litros;

• podem ser descartáveis ou não;• indicado para o acondicionamento de granéis

líquidos e sólidos;• fornece boas condições de segurança ao

produto aí acondicionado;• manuseio mais fácil em locais desprovidos de

equipamentos para carga e descarga.

Recipientes de unitização: tambores e bombonas

Pallets: características gerais

• é uma unidade que, na sua forma, assemelha-se a um estrado, sendo plano;

• construído principalmente de madeira, podendo porém, ser de alumínio, aço, plástico, fibra, polipropileno;

• pode ser descartável, ou seja, construído para ser utilizado em apenas uma viagem, denominado one way, ou pode ser para uso constante, utilizado para diversas viagens;

• quanto a seu formato, o pallet pode ser quadrado ou retangular;

• Quanto às faces, para acomodação da carga, pode ser simples, com apenas uma face para utilização, servindo a outra apenas para suporte; ou ter duas faces iguais, isto é, ser um pallet reversível, podendo ser utilizado para carga em qualquer uma das duas faces.

Pallets: características gerais

Pallets: características gerais

Pallets: características gerais

• pode, também, ser construído em forma de caixa, que poderá acomodar pequenos volumes que não poderiam ser acondicionados num pallet comum, devido a seu pequeno tamanho e, às vezes, sua irregularidade;

• o pallet deverá ter uma altura livre entre as duas faces, para possibilitar a entrada dos garfos dos equipamentos mecânicos de movimentação (paleteiras e empilhadeiras). Preferencialmente, deverá ter aberturas nos quatro lados para permitir a entrada dos garfos dos equipamentos, agilizando assim sua movimentação;

• poderão ainda, ser utilizadas cantoneiras, de diversos materiais, para proteger a mercadoria paletizada, sendo colocadas nos quatro cantos da pilha montada sobre o pallet.

Pallets: características de resistência

• sustentar, em repouso ou quando movimentada, a carga que sobre ele é depositada;

• permitir a manipulação e a movimentação da carga unitizada por meio de equipamento mecânico apropriado, tanto em terra quanto nos veículos transportadores, e nos embarques e desembarques;

• permitir o empilhamento de várias unidades, devidamente unitizadas, caso isto seja necessário.

Pallets: peação dos volumes

• através do emprego de cintas: são passadas em volta dos pallets, tantas quantas necessárias de acordo com o tamanho dos volumes unitizados, de modo que nenhum volume possa ser retirado sem a sua violação. Estas cintas podem ser de nylon, polipropileno, poliéster, metálicas, etc, complementadas se necessário, por tábuas e sarrafos de madeira e folhas de papelão para proteção contra cintagem;

• emprego de filme shrink: saco termo-retrátil, de plástico ou de polietileno, que envolve a carga e o pallet, impermeabilizando-o, isto é, não permitindo a aproximação direta com os volumes. Este tipo de peação é adequado para cargas instáveis;

• utilização de stretch: filme esticável de polietileno, que envolve a carga e o pallet, tendo o mesmo efeito de impermeabilização que o shrink. É mais adequado a cargas estáveis.

Pallets: padronização da ISO

Planejamento da Armazenagem

Planejamento de pallets e embalagens

Problemas na armazenagem

Embalagens Planejadas

Amarração

Armazenagem Correta

Pallets Mistos

Pallets Mistos

Contêineres: características gerais

• consiste em uma caixa construída em aço, alumínio, ou fibra, criada para o transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso constante;

• a Sealand, uma empresa de navegação dos EUA, foi a pioneira na utilização deste tipo de equipamento, tendo sido a sua primeira experiência um transporte de cabotagem, realizado pela costa leste do país em 1956, no Ideal X, um navio tanque adaptado para transporte de contêineres em seu convés, com capacidade para 58 unidades. No ano seguinte, em 1957, foi posto em operação o primeiro navio porta-contêineres, o Gateway City, com capacidade para 226 contêineres;

• hoje os contêineres são utilizados em cerca de 200 milhões de unidades ao ano.

Contêineres: padronização

• A padronização dos contêineres foi iniciada pela ISO (International Standardization Organization), e pela ASA (Amercian Standart Association). Com o tempo, a maioria dos países acabou adotando como padrão as especificações e dimensões propostas pela ISO, o que veio facilitar, inclusive, a construção de navios, trens e caminhões para o seu transporte, bem como guindastes e equipamentos apropriados para seu embarque, desembarque e movimentação;

• a ISO desenvolveu a normatização necessária, sendo a ISO Recomendation R 668 – Dimensions and Ratings of Freight Container, a primeira recomendação publicada, em 1968. Muito embora a ISO seja o padrão utilizado, as medidas de altura têm variações e os contêineres acima de 8’ (oito pés) são padrões ASA;

• no Brasil, as normas ISO foram adotadas pela ABNT, que em 1971 emitiu as primeiras normas relativas ao contêiner, sua terminologia, classificação, dimensões, especificações, etc. O INMETRO é o órgão responsável pelas adaptações das normas da ISO, e emite os Certificados de Qualidade do Contêiner.

Contêineres: medidas

• as unidades de medida utilizadas para a padronização das dimensões dos contêineres são pés (‘), do inglês feet e polegadas (´´), do inglês inches (um pé é igual a 30,48cm ou 0,3048m e uma polegada é equivalente a 2,54cm);

• as medidas dos contêineres referem-se sempre a suas medidas externas, e o seu tamanho está associado sempre ao seu comprimento, que poderá ser de 20´ ou 40´;

• seja qual for tipo de contêiner ele será padronizado externamente, podendo suas dimensões internas serem diferentes de um contêiner para outro, já que diversas variáveis estarão sendo consideradas, como o material utilizado, espessura das paredes, das cabeceiras, do teto e do piso, isolamento térmico, etc;

• A largura é a única medida invariável do contêiner, tendo sempre 8´, uma vez que os navios são construídos com larguras padronizadas para encaixá-lo. Também os semi-reboques rodoviários e os vagões ferroviários são construídos de maneira padronizada para poderem transportá-los;

Contêineres: módulos

• módulos de 20´: denominados TEU – Twenty Equivalent Unit, sendo considerados o padrão para a definição de tamanho de navios porta-contêiner. Também são utilizados para definição da quantidade de contêineres movimentados ou em estoque pelos seus proprietários;

• módulos de 40´: denominados FEU – Forty Equivalent Unit, não são utilizados como medida para navios, quantidades ou movimentações.

Contêineres: tipos

Contêineres: tipos

Contêineres: tipos

Contêineres: dimensões

CONTAINERS

CONTAINERS

Contêineres: acondicionamento da carga

• Estufar / ovar: é o ato de encher o contêiner com mercadorias, podendo esta ser a granel, embalada ou paletizada

• Desovar: é o ato de retirar mercadorias do contêiner

Contêineres: acondicionamento da carga

• na estufagem não se deve deixar espaços vazios no contêiner, que precisa sempre estar totalmente ocupado;

• no caso, porém, da carga não ser suficiente para isso, ela precisa ser devidamente amarrada com cordas, cabos, extensores, ou ser escorada, ou ainda ter os espaços preenchidos, o que pode ser feito com madeiras cavaletes, pontaletes, estrados, bolsas de ar, ou qualquer estrutura ou objeto que impeça que a carga se movimente dentro do contêiner e seja avariada, bem como avarie o próprio contêiner;

Contêineres: acondicionamento da carga

• as mercadorias mais pesadas devem ser colocadas sob as mais leves, e se forem em pequena quantidade devem ser estivadas no meio do contêiner para preservar o centro de gravidade;

• não deve ser realizada a estufagem de mercadorias completamente diferentes entre si, como por exemplo, em relação à umidade, odor, peso específico, controles diferenciados de temperatura;

Contêineres: acondicionamento da carga

• a carga congelada deve ser estivada no contêiner, compactada, ou seja, todas as caixas ou pallets colocados lado a lado, sem deixar espaços para não permitir a circulação de ar em meio aos mesmos, mas fazendo com que eles sejam envolvidos, isto é, o ar deve passar sob a carga e retornar por cima para ser re-circulado pelo equipamento de refrigeração;

• já a carga refrigerada ou resfriada deve conter espaços que permitam a circulação de ar, pois mercadorias vivas respiram e provocam a elevação da temperatura, e a circulação do ar neutraliza este efeito

Contêineres: escolha do módulo

• um contêiner de 40´ não é o dobro de um de 20´ no tocante a capacidade, e nem esse é tampouco, metade do de 40´. Eles são equipamentos diferentes, sendo utilizados para diferentes tipos de cargas, dificilmente tendo uma utilização igual;

• a razão disto é que embora eles possam ser considerados assim, na questão do espaço, eles não o são no quesito peso e, os dois transportam, praticamente, o mesmo peso, com pouca vantagem para os de 40´;

• sendo assim, as mercadorias mais pesadas (densas) têm melhor aproveitamento nos contêineres de 20´, e as mais volumosas se adaptam melhor aos de 40´.