logística e infra-estrutura no brasil – desafios e...

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editorial editorial T José Augusto Valente é Secretário de Política Nacional de Transportes/MT José Augusto Valente is Secretary of National Transportation Policies O 01 swisscam nº44 03/2006 crescimento da economia e a conseqüente pressão na infra- estrutura de transportes deixaram à mostra as fragilidades existentes na logística de transporte no Brasil, fruto do insuficiente investimento realizado nos últimos 20 anos. O primeiro grande gargalo é a situação das rodovias federais. No início de 2003, tínhamos um quadro de degradação da malha rodoviária federal, além de dívida com empreiteiras. Graças à de- terminação do Governo Federal, os recursos do Ministério tiveram a seguinte evolução em bilhões: 2003 – R$ 1,7; 2004 – R$ 2,4; 2005 – R$ 5,7; 2006 – R$ 6,0 (ainda tramitando no Congresso). O que está permitindo realizar, em quatro anos, os seguintes investi- mentos em quilômetros, nas rodovias: restauração de 15 mil (6 mil até o final de 2005); construção e duplicação de mil; e a conser- vação de 26 mil. Atualmente, a parte da malha federal que exige recursos orçamentários tem 40 mil quilômetros. A política é reduzi-la a 28 mil, com a transferência de 12 mil quilômetros, via concessão e PPP. Com isso, serão exigidos muito menos recursos para que o Ministério dos Transportes cuide melhor de sua malha. Colaborará para isto a redução do desgaste da malha, através da retomada do con- trole de excesso de peso nas estradas, seu principal fator de degradação precoce. Encontramos, também, ineficiência nos modais ferroviário e aquaviário. Através das Agendas Portos e Ferrovias (programas de investimento), o Governo definiu um conjunto de ações que já permitem uma melhoria significativa da logística. As principais intervenções são: construção da ferrovia Nova Transnordestina, com 1.860 quilômetros; sub-con- cessão da ferrovia Norte-Sul, numa extensão de 720 quilômetros; ferroanel de São Paulo e variante Guarapuava-Ipiranga ou Guarapuava-Eng. Bley; e dragagens de aprofundamento e de manutenção nos onze principais portos brasileiros. No período 2003-2006, o DNIT contratou R$ 14 bilhões em obras e serviços de infra-estrutura, todos em andamento ou concluídos. Um dos nossos objetivos estratégicos é fazer com que parte da produção de grãos do Centro-Oeste seja transportada via calha do Rio Amazonas e portos do Nordeste, reduzindo custos de transportes e diminuindo a pressão nos portos do sul do país, incluindo suas vias de acesso. Exemplo disso: em Porto Velho/RO, anualmente, saem cerca de 3 milhões de ton. de grãos. Com a conclusão da pavimentação da BR 163, daqui a dois anos, sairão mais 5 milhões por Santarém e Miritituba, no Pará. O último desafio a ser vencido, que depende mais da iniciativa privada do que do governo, é a construção e operação de silos e armazéns suficientes para garantir que os produtos cheguem aos portos, no momento certo, evitando filas e excesso de tráfego de caminhões, no entorno dos mesmos, como em Paranaguá e Santos. Contamos com essas iniciativas, e constatamos que elas já vêm ocorrendo nas operações privadas das rodovias, ferrovias, portos e na logística como um todo. Logística e Infra-estrutura no Brasil – Desafios e Perspectivas Logistics and Infrastructure in Brazil – Challenges and Perspectives he improvement of the Brazilian economy and the resulting pressure on the transportation sector have both contributed to reveal existing gaps in the country’s logistics area caused by the lack of investments in the last 20 years. One of such gaps is the poor condition of the country’s federal roads. In the first months of 2003, our federal roads were in a very bad shape and the country’s indebtedness with road contractors was high. Thanks to the determination of the Federal Government, more resources were added to the Ministry of Transportation’s budget: In 2003, the Ministry’s resources amounted to R$ 1,7 billion; in 2005, R$ 2,4 billion; and in 2006, R$ 6,0 billion (to be approved by Congress). This has allowed the country to invest in maintenance of several kilometers of roads in four years, including: resurfacing of 15,000km (6,000km until late 2005’s); construction and dupli- cation of 1,000km, and maintenance of 26,000km. Presently, 40,000km of federal roads need revamping. The government’s plan is to take responsibility for only 28,000km and to grant concessions and set up PPPs to manage the remaining 12,000km. This way, fewer resources will be necessary for the Ministry of Transportation to maintain the roads under its responsibility. Of course, this will also depend on other measures, which include preserving existing roads by controlling the flow of heavy vehicles, a major road degradation factor. Brazilian railways and waterways also present prob- lems. By implementing Agendas Portos e Ferrovias (investment programs), the government has defined a set of actions that have already shown significant signs of improvement in the logistics sector. The program’s major actions include construction of the Nova Transnordestina Railway, comprising 1,860km; sub-concession of 720km of the Norte-Sul Railway; the Sao Paulo ring-railroad and the Guarapuava-Ipiranga or Guarapuava-Engineer Bley complex; dredging and maintenance of the eleven major Brazilian ports. Between 2003-2006, the National Department of Transportation Infrastructure (DNIT) paid R$ 14 billion for construction work and infrastructure services, all of which have been either started or completed. One of our strategic goals is to encourage transportation of part of the Central-West grain production via the Amazon River and the Northeastern ports, thus reducing transportation costs and the pres- sure on the country’s southern ports and their access roads. For instance, 3 million tons of grains leave Porto Velho RO, annually. After completion of the paving work of Highway BR 163, two years from now, 5 million tons more will leave the region through the cities of Santarém and Mirituba, in Pará. The last challenge, whose solution will depend more on the private sector than on the government, is the construction and operation of enough silos and warehouses to assure the products will reach the ports at the right time, avoiding lines and excess traffic of trucks around the ports, an existing problem in the ports of Paranaguá and Santos. We rely on such initiatives, which are already being imple- mented by the private sector on roads, railways, and ports, and in the logistics sector as a whole.

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José Augus to Va len te é

Secretário de Polít ica Nacional

de Transportes/MT

José Augus to Va len te

is Secretary of National

Transportation Policies

O

01sw isscam nº44 03 /2006

crescimento da economia e a conseqüente pressão na infra-estrutura de transportes deixaram à mostra as fragilidades

existentes na logística de transporte no Brasil, fruto do insuficienteinvestimento realizado nos últimos 20 anos.

O primeiro grande gargalo é a situação das rodovias federais.No início de 2003, tínhamos um quadro de degradação da malharodoviária federal, além de dívida com empreiteiras. Graças à de-terminação do Governo Federal, os recursos do Ministério tiverama seguinte evolução em bilhões: 2003 – R$ 1,7; 2004 – R$ 2,4;2005 – R$ 5,7; 2006 – R$ 6,0 (ainda tramitando no Congresso). Oque está permitindo realizar, em quatro anos, os seguintes investi-mentos em quilômetros, nas rodovias: restauração de 15 mil (6 milaté o final de 2005); construção e duplicação de mil; e a conser-vação de 26 mil.

Atualmente, a parte da malha federal que exigerecursos orçamentários tem 40 mil quilômetros.A política é reduzi-la a 28 mil, com a transferênciade 12 mil quilômetros, via concessão e PPP. Comisso, serão exigidos muito menos recursos paraque o Ministério dos Transportes cuide melhorde sua malha. Colaborará para isto a redução dodesgaste da malha, através da retomada do con-trole de excesso de peso nas estradas, seuprincipal fator de degradação precoce.

Encontramos, também, ineficiência nos modaisferroviário e aquaviário. Através das AgendasPortos e Ferrovias (programas de investimento),o Governo definiu um conjunto de ações que jápermitem uma melhoria significativa da logística.As principais intervenções são: construção daferrovia Nova Transnordestina, com 1.860 quilômetros; sub-con-cessão da ferrovia Norte-Sul, numa extensão de 720 quilômetros;ferroanel de São Paulo e variante Guarapuava-Ipiranga ouGuarapuava-Eng. Bley; e dragagens de aprofundamento e demanutenção nos onze principais portos brasileiros. No período2003-2006, o DNIT contratou R$ 14 bilhões em obras e serviçosde infra-estrutura, todos em andamento ou concluídos.

Um dos nossos objetivos estratégicos é fazer com que parte daprodução de grãos do Centro-Oeste seja transportada via calhado Rio Amazonas e portos do Nordeste, reduzindo custos detransportes e diminuindo a pressão nos portos do sul do país,incluindo suas vias de acesso. Exemplo disso: em Porto Velho/RO,anualmente, saem cerca de 3 milhões de ton. de grãos. Com aconclusão da pavimentação da BR 163, daqui a dois anos, sairãomais 5 milhões por Santarém e Miritituba, no Pará.

O último desafio a ser vencido, que depende mais da iniciativaprivada do que do governo, é a construção e operação de silos earmazéns suficientes para garantir que os produtos cheguem aosportos, no momento certo, evitando filas e excesso de tráfego decaminhões, no entorno dos mesmos, como em Paranaguá e Santos.Contamos com essas iniciativas, e constatamos que elas já vêmocorrendo nas operações privadas das rodovias, ferrovias, portose na logística como um todo.

Logística e Infra-estrutura no Brasil – Desafios e PerspectivasLogistics and Infrastructure in Brazil – Challenges and Perspectives

he improvement of the Brazilian economy and the resultingpressure on the transportation sector have both contributed

to reveal existing gaps in the country’s logistics area caused by thelack of investments in the last 20 years.

One of such gaps is the poor condition of the country’s federal roads.In the first months of 2003, our federal roads were in a very bad shapeand the country’s indebtedness with road contractors was high. Thanksto the determination of the Federal Government, more resourceswere added to the Ministry of Transportation’s budget: In 2003, theMinistry’s resources amounted to R$ 1,7 billion; in 2005, R$ 2,4billion; and in 2006, R$ 6,0 billion (to be approved by Congress).This has allowed the country to invest in maintenance of severalkilometers of roads in four years, including: resurfacing of 15,000km

(6,000km until late 2005’s); construction and dupli-cation of 1,000km, and maintenance of 26,000km.

Presently, 40,000km of federal roads need revamping.The government’s plan is to take responsibility foronly 28,000km and to grant concessions and set upPPPs to manage the remaining 12,000km. This way,fewer resources will be necessary for the Ministry ofTransportation to maintain the roads under itsresponsibility. Of course, this will also depend onother measures, which include preserving existingroads by controlling the flow of heavy vehicles, amajor road degradation factor.

Brazilian railways and waterways also present prob-lems. By implementing Agendas Portos e Ferrovias(investment programs), the government has defineda set of actions that have already shown significantsigns of improvement in the logistics sector. Theprogram’s major actions include construction of the

Nova Transnordestina Railway, comprising 1,860km; sub-concessionof 720km of the Norte-Sul Railway; the Sao Paulo ring-railroad andthe Guarapuava-Ipiranga or Guarapuava-Engineer Bley complex;dredging and maintenance of the eleven major Brazilian ports. Between2003-2006, the National Department of Transportation Infrastructure(DNIT) paid R$ 14 billion for construction work and infrastructureservices, all of which have been either started or completed.

One of our strategic goals is to encourage transportation of part ofthe Central-West grain production via the Amazon River and theNortheastern ports, thus reducing transportation costs and the pres-sure on the country’s southern ports and their access roads. Forinstance, 3 million tons of grains leave Porto Velho RO, annually.After completion of the paving work of Highway BR 163, two yearsfrom now, 5 million tons more will leave the region through the citiesof Santarém and Mirituba, in Pará.

The last challenge, whose solution will depend more on the privatesector than on the government, is the construction and operation ofenough silos and warehouses to assure the products will reach theports at the right time, avoiding lines and excess traffic of trucksaround the ports, an existing problem in the ports of Paranaguá andSantos. We rely on such initiatives, which are already being imple-mented by the private sector on roads, railways, and ports, and inthe logistics sector as a whole.

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03sw isscam nº44 03 /2006

economia brasileira Brazilian economy04 Falta ímpeto na economia brasileira - A economia é freada pela burocracia,

pela carga tributária, pelo protecionismo e por juros altos - Brazilian economyneeds a boost - Brazilian economy is hindered by bureaucracy, the heavy taxload, protectionism and the exorbitant interest rates

foco focus11 Mudança de paradigma no cenário logístico - A redução do custo logístico

é uma das metas da Secretaria de Transportes - A change in the logisticsscenario - One of the goals set up by the Transportation Department of the Stateof Sao Paulo is to reduce logistics costs

15 A logística é um elemento importante da cadeia de fornecimentointerna - A composição ideal das técnicas de logística possibilita procedimentosestruturados e eficientes - Logistics is an important element of a company’sinternal supply chain - An ideal combination of logistics techniques allowsimplementation of organized and efficient procedures

19 Os entraves burocráticos para o desenvolvimento do comércioexterior brasileiro - Os trâmites de comércio exterior são caracterizados por umaburocracia exagerada, lentidão, greves e prejuízos - The bureaucratic obstaclesthat holds back Brazilian foreign trade - Foreign trade operations in Brazilare marked by excessive bureaucracy, slowness, strikes and losses

jurídico legal08 Promover a marca é essencial para garantir cotas de share of

mind - O objetivo de um comercial é gravar a marca no subconsciente - Shareof mind comes essentially from the promotion of a trademarkThe goal of a commercial is to engrave the trademark on the public’s mind

cultura culture23 ‘A Pane’ de Friedrich Dürrenmatt

está em cartaz no Teatro Villa-Lobos,Rio - O autor suíço é admirado pelos artistasbrasileiros pela criação de personagens quesão um verdadeiro presente para os seus intér-pretes - Friedrich Dürrenmatt’s play‘The Breakdown’ at Villa-LobosTheatre in Rio - The Swiss playwright iscelebrated among Brazilian actors for creatingcharacters every actor would love to play

notícias da SWISSCAM25 Presidents’ Club – festa de final de ano – CIOSP – seminário Mercado de

Resseguros - seminário Protocolo de Madri - Presidents’ Club – End-of-yearparty – CIOSP – Reinsurance Market Seminar – Madrid Protocol Seminar

business class31 Evite que a sua rotina profissional seja tão intrínseca que chegue ao ponto de inva-

dir a sua vida particular - Prevent your profissional life from invading your private life

Foto capa: Ulisses Matandos

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Few promises for 2006

Brazilian president, Luiz Inácio Lula da Silva,was a little too audacious in his forecast for2006. He said the Brazilian economy wouldgrow as much as in 2004, reaching around5%. He added that was not a forecast; itwas a guarantee. Actually, such significantgrowth would be theoretically possible. Theeconomic growth potential, that is, growththat can be achieved using the country’sexisting capacity, is at most 5%.

Chain of favorable conditions

However, it is not realistic to speculate thatthe country’s GDP will grow as much as in2004. That year, Brazil was blessed by aseries of favorable circumstances: the weakReal and the strong foreign demand for rawmaterials and agricultural products stimu-lated exports, climatic conditions allowed forrecord harvests, and, because the countrywas on the verge of a recession in 2003(GDP +0,5%), the statistics ended up over-valuing the growth rate.

In 2005, however, the tenth largest economyin the world grew below the expectations. Inits recent inflation report, the Brazilian Cen-tral Bank changed its 3.4% projection to 2.6%.The agricultural sector was hurt by climaticand sanitary problems; the industrial sectorand exports slowed down because of thehigh interest rates and the appreciated Real.The UN Economic Commission for LatinAmerica (ECLAC) estimates the Brazilianeconomy will grow only 2.5%. In that case,the country’s growth rate would be far belowthe region’s average rate of 4.3%. However,a strong growth in a country in Latin

04 sw isscam nº44 03 /2006

by Christ iane Henkel

Brazilian economyneeds a boost

America is not necessarily a decisive factorto determine how solid its economy is. Let usconsider the countries ranking at the top ofthe Eclac’s list: Venezuela (9%) and Argentina(8.6%), countries whose economies areincreasingly unstable and whose growthrates are unsustainable.

Sustainability over short-termsuccess

Brazil is going the opposite way: it is ce-menting its economic foundation, withoutprioritizing growth. Brazilian growth ratesare timid because, among other reasons,the country is working towards achievingsustainable growth and assuring a stablemacroeconomic structure. The government’scentral-left coalition is conducting its stricteconomic policy. The priority in 2005 wasto assure continuing low inflation rates bykeeping interest rates high: Brazilian real

this way surpassing the 4.5% target. Unfor-tunately, not everything is rosy: achievingthese results was only possible throughreducing investment and raising taxes. Evenso, they are extremely important, since theyallow the country to pay the biggest portionof its foreign debt interests without borrow-ing new money. Consequently, new indebt-edness is low and, thanks to the economicgrowth, public debt, as a percentage of theGDP, is even decreasing.

The government’s efforts in the compositionof public debt are also an attempt to lowerthe level of indebtedness. A team of experttechnocrats of the Ministry of Economyhave succeeded in partially consolidatingthe previously unstable “debt mountain”.Above all, the country is not so dependenton exchange rate fluctuations anymore.Today, only about 3% of all governmentbonds are directly linked to the dollar-realvariation; in October 2001, the percentagewas 33%. This means drastic exchange ratevariations, which punished Brazil in the past,will not have such high impact on thecountry’s level of indebtedness any more.

Long-term growth consolidation

The government continues its efforts to-wards stabilization, initiated in 1994 with themonetary reform, and has succeeded insecuring what has been achieved so far.Simultaneously, Brazil has taken a historicturn in record time, turning from aneconomy focused on the domestic marketinto an exporting economy. The volume ofexports is expected to increase two-foldcompared to three years ago, and reach

Brazil has taken a historicturn in record time, turningfrom an economy focused onthe domestic market into anexporting economy

interest rates are among the highest in theworld. However, the effort has paid off: forthe first time in many years, the BrazilianCentral Bank has lowered inflation to thepre-established level.

The economic strategy in 2005 also suc-ceeded in lowering the country’s foreigndebt. The country will probably achieve aprimary surplus (before payment of interestrates) of 4.8% of the GDP, or R$ 95 billion,

Thanks to the responsible economicpolicy maintained in 2005, the Brazilianeconomy stands on a reasonably solidbasis. However, expectations for 2006are not so rosy. The country needs aboost to prevent bureaucracy, the heavytax load, protectionism and the exorbitantinterest rates from hindering economicgrowth

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05sw isscam nº44 03 /2006

Poucas previsões promissoraspara o ano 2006

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula daSilva, atreveu-se ao fazer o seu prognósti-co conjuntural para 2006. O crescimentoda economia brasileira retomaria a veloci-dade de 2004 e cresceria em torno de 5%.E isto não seria somente um prognóstico,mas sim uma garantia, disse ele. Um cres-cimento nesta velocidade até seria teorica-mente possível. O potencial de crescimento,ou seja, aquele crescimento que seria

possível ser realizado com as capacidadesdisponíveis, é de no máximo 5%.

Efeito em cadeia de circunstânciasfavoráveis

Porém, a suposição de que o PIB cresçasobremaneira como em 2004 não é realista.Naquele ano o Brasil beneficiou-se decircunstâncias favoráveis em cadeia: a fracamoeda nacional Real e a forte demandado exterior por matéria-prima e produtosagrícolas incrementaram as exportações,

Falta ímpetona economiabrasileira

por Christ iane Henkel

US$ 120 billion in 2005, despite the 15%appreciation of the Real in relation to thedollar. The export boom and the resultingtrade-balance surplus are major factors ingenerating the solid positive current accountand, over the country’s increasing foreigncurrency reserves, are leading to lower in-debtedness. Another important victory wasthe early repayment of the US$ 15.5 billionthe country owned to the IMF.

Although it lagged behind its neighbors inLatin America and other developing coun-tries in terms of growth in 2005, Brazil’sefforts towards stability have paid off. BothLula and his Minister of Economy, AntonioPalocci, see the stabilization of the macro-economic environment as a determinantfactor for reaching a 5% growth in 2006.However, although most observers considerstabilization a necessary step, they argue itis not enough by itself: it is necessary to putthe growth engine into movement. The de-mand for agricultural products and rawmaterials is expected to keep exports going,but it will not generate significant growth.

Consumers and businesses are cautious;the political scandal, dominating the sce-nario since May, has tainted the government’sreputation, ending any hopes for reform.Thus, a reform process to stimulate theeconomy is not very likely to be implementedin 2006. The presidential and parliamentaryelections will take place in October, withLula likely to run for reelection. Consideringthe singularity of the political regime, reach-ing the necessary consensus for approvingthe reforms, a difficult task even in “normal”times, will become an almost impossiblemission in an election year. That is why Lula’sforecast is audacious; the only factor stimu-lating growth is the slightly decreasing inter-est rates. However, the president knows hisreelection depends on two actions: increasewages and generate new jobs.

Dr. Chr i s t i ane Henke l is correspondent

for the Swiss Neue Zürcher Zeitung.

This art icle was published in the Neue

Zürcher Zeitung.

Graças à continuidade de uma política econômica sé-ria em 2005, a economia brasileira se encontra hojecom fundamentos razoavelmente sólidos. Porém, asprevisões para 2006 não são tão cor-de-rosa. Faltaímpeto no país, porque a economia é freada pela bu-rocracia, pela carga tributária, pelo protecionismo epor juros altos

Fonte - Source: Credit Suisse First Boston

2004 20051 20061

PIB 3 4,9 2,3 3,0GDP

Inflação (IPCA) 3 7,6 5,7 4,2Inflation (IPCA)

Câmbio Real/Dólar 4 2.93 2.43 2.25Exchange Rate Real/Dollar

Juros (SELIC) 4 16,8 19,1 15,4Interest Rates (SELIC)

Superávit Primário 2 4,6 4,8 4,4Primary Surplus

Superávit Nominal 2 –2,5 –3,0 –2,3Nominal Surplus

Dívida Pública 2 51,7 51,4 50,0Public Debt

Dívida Pública externa 2 33,3 22,8 17,9Foreign Public Debt

Balanço Comercial 33,7 44,5 39,0Trade Balance

Balanço em 1,9 1,9 1,6Conta Corrente 2

Current Account

Dívida Externa / Exp. (em %) 208,7 153,7 133,8Foreign Debt / Exports (in %)

Reservas Internacionais 5 27,5 54,9 74,4Foreign Exchange Reserves

1 Previsão - Forecast2 Previsão em % do PIB - Forecast in % of GDP3 Alteração referente ano anterior em %

Change related do previous year in %4 Média anual - Annual average5 Sem créditos do FMI - Without IMF credits

Dados Econômicos Brasilem bi de USDBrazil Economic Datain billions of USD

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07sw isscam nº44 03 /2006

as condições climáticas geraram safrasrecordes, e, pelo fato de que o país em2003 estava à beira de uma recessão (PIB+0,5%), o efeito básico da estatística ati-rou a taxa de crescimento lá para o alto.

Já em 2005 o crescimento da décimamaior economia mundial ficou muito atrásdo esperado. O Banco Central corrigiu oprognóstico, no seu mais atual relatóriosobre inflação, de 3,4% para 2,6%. Pro-blemas climáticos e sanitários atacaram osetor agrícola; os juros altos e a valorizaçãodo Real frearam a indústria e as exporta-ções. A comissão de economia da ONUpara América Latina (Cepal) prevê para oBrasil um crescimento de somente 2,5%.Com isto, o país se tornaria o ‘lanterninha’e ficaria bem abaixo do crescimento médioda região, que é de 4,3%. Mas a intensi-dade do crescimento de um país latino-americano não é necessariamente o indi-cador decisivo para a condição da suaeconomia. Isto mostra um olhar para osprimeiros colocados do ranking da listaCepal. Nela constam Venezuela (9%) e Ar-gentina (8,6%), dois países cujas economiasdemonstram um crescente desequilíbrioe cujas taxas de crescimento não sãosustentáveis.

Outro feito da política econômica de 2005foi a redução da dívida externa. O orça-mento terá provavelmente um superávitprimário (antes do pagamento dos juros)de 4,8% do PIB, ou seja, de R$ 95bi. Comisto, estará acima da meta de 4,5%. Porém,há uma mácula neste resultado aparente-mente bom: por parte, foi alcançado a custo

contribuem significativamente para o fortesaldo positivo da conta corrente e, atravésdas crescentes reservas internacionais,para mais uma amenização da situaçãode endividamento. O fato de que o Brasilé capaz de reembolsar o crédito do FMIno valor de US$ 15,5bi por inteiro e aindaantecipadamente é somente um dosindícios.

Mesmo ficando, em 2005, muito longe damaioria dos seus vizinhos na AméricaLatina e comparado com o crescimentomédio dos países em desenvolvimento, oBrasil ganhou em estabilidade. Tanto o Lulaquanto o ministro da economia AntonioPalocci enxergam, na estabilização doambiente macroeconômico, uma condiçãosuficiente para um crescimento de 5% em2006. A maioria dos observadores consideraa estabilização certamente uma condiçãonecessária, porém insuficiente: o que faltasão os motores do crescimento. A demandapor produtos agrários e matéria-primadeve manter as exportações no atual nível,porém, não trará taxas significativas decrescimento. O clima entre os consumido-res e empresas é contido; o escândalopolítico, latente desde maio, prejudicoumuito a reputação do governo e acaboucom as esperanças por reformas. Sendoassim, é pouco provável que um eventualprocesso de reformas para fomentar asforças econômicas se inicie em 2006. Emoutubro haverá as eleições presidenciaise parlamentares, e tudo indica que Lulacandidatar-se-á para a reeleição. Peranteas particularidades do sistema político,um consenso da legislativa, necessáriopara a aprovação de reformas e já difícilde ser alcançado em tempos ‘normais’,ficará a anos-luz de distância em ano elei-toral. O prognóstico conjuntural de Lula,portanto, é bem arriscado; apenas os jurosem leve queda permitem esperar umadiscreta estimulação. Mas o presidentesabe que a sua reeleição depende muitode duas condições: salários mais altos ecriação de novos empregos.

Dra . Chr i s t iane

Henke l

é correspondente do

jornal suíço Neue

Zürcher Zeitung

Este art igo foi publ icado

no jornal Neue Zürcher

Zeitung.

O Brasil realizou, em tempodelirante, uma fundamentalmudança de curso, transfor-mando-se de uma economiafocada no mercado nacionalem uma economia exporta-dora

A maioria dos observadoresconsidera a estabilizaçãocertamente uma condiçãonecessária, porém insufici-ente: o que falta são osmotores do crescimento

Sustentabilidade em lugarde sucessos a curto prazo

No momento, o Brasil faz o caminho inver-so: o fundamento está sendo reforçado,sem que se considere muito o crescimento.As taxas do crescimento brasileiro sãobaixas – claro que há também outras razões– porque o país aposta em sustentabilidadee investe na estabilidade do cenário macro-econômico. A coalizão centro-esquerdistado governo obedece rigorosamente àreceita de uma política econômica séria. Oingrediente mais importante para isto foi,em 2005, o combate à inflação através dapolítica dos juros altos. Os juros reaisbrasileiros são dos mais altos do mundo.Mas o resultado é inegável: pela primeiravez em muitos anos o Banco Central baixoua inflação para o nível pré-determinado.

de cortes de investimentos e aumento detributos. Mesmo assim, o resultado temgrande relevância, porque permite à Uniãopagar a maior parte dos juros sem ter quefazer novas dívidas. Com isto o reendivida-mento é baixo e, graças ao crescimentoeconômico, a dívida pública até diminuiem relação ao PIB.

O contínuo trabalho na composição dadívida pública também fez parte do esforçopara diminuir o endividamento. Graças aum grupo de excelentes tecnocratas noministério da economia, a grande ‘montanhade dívidas’, até agora inerentemente instá-vel, ficou um pouco mais compacta. Acimade tudo, a dependência do desenvolvimentodo câmbio foi diminuída. Hoje, apenascerca de 3% dos títulos públicos aindaestão diretamente acoplados ao desenvol-vimento do Real em relação ao Dólar; emoutubro de 2001, esta cota era de 33%.Desta forma, mudanças drásticas do câm-bio, às quais o Brasil esteve bem maisexposto em outras épocas, não terão maistanta influência na situação de endividamentodo país.

Consolidação de progressoa longo prazo

O governo continuou com o processo deestabilização, iniciado em 1994 com areforma cambial, e estabilizou o progressoalcançado até agora. Paralelamente, oBrasil realizou, em tempo delirante, umafundamental mudança de curso, transfor-mando-se de uma economia focada nomercado nacional em uma economia expor-tadora. As exportações de 2005 deverãoalcançar, com US$ 120bi, o dobro dovolume de três anos atrás – e isto apesarde uma valorização de 15% do Real peranteo Dólar. O boom das exportações, e osuperávit comercial alcançado com isto,

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A The law seeks to privilege “arbitrary” trade-marks, those original marks that hold minorsemantic relation to the product or service.When free to be used, their protection isusually more defensible.

The protection granted by the State throughtrademark registration also benefits theconsumer, since it provides safety to chooseand an atmosphere of healthy competition,where only the best services and productsprevail. In theory, the trademark protectionsystem in effect should prevent competitorsfrom taking unfair advantages over thirdparties’ competencies.

curious fact, unknown by many, is thata beer commercial, for instance, does

not intend mainly to lead the consumer todrink the beer immediately. The commongoal is to engrave the trademark on thepublic’s mind so that when they feel likedrinking, they will remember the brand andlook for it.

It would be an illusion, however, to think thatconsumers’ loyalty will be obtained simplyby promoting the trademark. Although suchpromotion is essential, people’s loyalty re-sults from the sum of a company’s “qualifiedproducts/services and trademark”, both ofwhich affect the consumer in a especial way.

Among its main purposes, a trademarkshould distinguish a company’s products/services from similar ones on the market.

According to Brazilian law, a trademark is amovable property of exclusive use. There-fore, when choosing one, it is important tomake sure it is free to be used and evaluatehow it can be protected.

The Brazilian Industrial Property Act 9,279/96, stipulates those signs that cannot beregistered.

Entrepreneurs and advertising professionalsmust pay attention to Capter 124, VI, whichbars the registration of signs of generic,necessary, common, vulgar or simply de-scriptive nature, when related to the productor service to be distinguished, or commonlyused to designate a characteristic of theproduct or service regarding its nature,nationality, weight, value, quality and time ofproduction or provision of services, except ifpresented in a sufficiently distinctive form.

“Share of mind” comes essentiallyfrom the promotion of a trademark.But is that all it takes?

by Otávio Saraiva Padi lha Velascoand Paula Bezerra de Menezes

According to Brazilian law, a trademarkis a movable property of exclusive use.Therefore, when choosing one, it isnecessary to make sure it is free to be usedand evaluate how it can be protected

be used in other segments of the market,since the perception that a quality good/service will always be behind them remains.

Less original trademarks are technicallyknown as “weak” and bear limited legalprotection. Even though some trademarkcases do not follow this rule, practice showsthat protecting them demands more invest-ment and expenses with lawyers. Protectingthem is only possible through adding asecondary meaning to a descriptive orsuggestive word, but it might still be legallycontroversial.

The professionals involved should, when-ever possible, seek to innovate and go for anauthentic trademark, even when the budgetis low.

The theory, observed in practice, is that thesemantic distance between the trademarkand the product/service increases thechances of protection, success and marketshare gain. Probably due to the lack of enough capital

to promote an adequate campaign, someentrepreneurs believe that words directlyrelated to their products/services are ideal,under the explanation that people will rap-idly associate and memorize such words.Nonetheless, famous marks do not usuallyhave a direct relation to their product orservice.

As time goes by, consumers do relate thearbitrary trademarks to a company’s prod-ucts/services, but such relation has beencreated by the companies themselves. Theirefforts towards producing quality goods/services is what made them earn their marketshare. Such trademarks, following a worldtrend, already “speak on their own” and may

Otávio Saraiva

Padilha Velasco and

Paula Bezerra de

Menezes are lawyers

at Di Blasi, Parente,

Soerensen Garcia

& Associados S/C,

special ized in

Intel lectual Property

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The trademark protectionsystem in effect should pre-vent competitors from takingunfair advantages over thirdparties’ competencies

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C urioso e desconhecido para muitosé que um comercial, de cerveja, por

exemplo, na maioria das vezes, não pre-tende levar o consumidor a bebê-la imedi-atamente. O objetivo freqüente é gravara marca no subconsciente para, quando avontade de beber surgir, ele lembrar eprocurar aquela marca.

Ilusão, contudo, pensar que a fidelidadedo consumidor virá só com investimentona marca. Embora esse investimento sejafundamental, a conquista do público de-corre do conjunto “produto/serviço dequalidade e marca” que atingir sentidosdo consumidor de forma especial.

Uma das funções principais da marca édistinguir produto/serviço daqueles domesmo gênero no mercado.

No direito brasileiro a marca é um bemmóvel e pode ser exclusiva. Ao escolheruma, é preciso verificar se ela está livre,bem como avaliar a real condição de amarca ser protegida.

por Otávio Saraiva Padi lha Velascoe Paula Bezerra de Menezes

No direito brasileiro amarca é um bem móvele pode ser exclusiva. Aoescolher uma, é precisoverificar se ela está livre,bem como avaliar a realcondição de a marca serprotegida

Promover a marca é essencialpara garantir cotas de share ofmind. Mas será que isso basta?

Otáv io Sara i va Pad i lha Ve lasco e

Pau la Bezer ra de Menezes são

advogados do escritório Di Blasi, Parente,

Soerensen Garcia & Associados S/C,

especial izado em Propriedade Intelectual

Hoje, o consumidor associa as marcasacima aos devidos produtos, mas tal relaçãofoi criada pelas próprias empresas e foi oesforço em produzir serviços/produtos dequalidade que conquistou suas fatias nomercado. Aliás, algumas dessas marcas,numa tendência mundial, já têm vida pró-pria e podem ser utilizadas em outrossegmentos de mercado, pois prevalece asensação de que por trás delas há sempreum produto/serviço de qualidade.

Marcas pouco originais são denominadastecnicamente como “fracas” e têm prote-ção legal limitada. Alguns casos de marcasfogem a essa regra, mas a realidade é queprotegê-las requer mais investimento egasto no âmbito jurídico, pois há de secunhar um significado secundário a umsinal sugestivo ou mesmo descritivo, aindasob o ônus de enfrentar discussões legais.

Sempre que possível, deve-se buscarinovar, optar por uma marca autêntica,mesmo que inicialmente o empresáriotenha um orçamento limitado.

A teoria, observada na prática, é quequanto maior for a distância semânticaentre a marca (incluindo seus aspectosfigurativos) e seu produto ou serviço, maiorserá o âmbito de proteção, chances desucesso e conquista de mercado.

Para empresários e profissionais de publi-cidade destaca-se o inciso VI do artigo124, da lei, que veda o registro de sinalgenérico, necessário, comum, vulgar ousimplesmente descritivo, quando tiver rela-ção com o produto ou serviço a distinguir,ou empregado comumente para designarcaracterística do produto ou serviço,quanto à natureza, nacionalidade, peso,valor, qualidade e época de produção oude prestação do serviço, salvo quandorevestidos de suficiente forma distintiva.

O sistema de proteçãovigente deveria eliminar osmenos éticos, interessadosem obter vantagens à custade competência alheia

A lei visa privilegiar a marca “arbitrária”,ou seja, aquela original que guarda menorrelação semântica com o produto/serviçoque cobre. Se disponível, essa costuma sera marca cuja proteção é mais defensável.

A proteção, por registro de marca outor-gado pelo Estado, gera, ainda, benefíciosao consumidor, pois proporciona segurançana escolha e uma atmosfera de competiçãosadia onde têm êxito os melhores serviçose produtos. Na teoria, o sistema de prote-ção vigente deveria eliminar os menoséticos, interessados em obter vantagensà custa de competência alheia.

Alguns empresários, talvez sem verbasuficiente para desenvolverem campanhasadequadas, acreditam, equivocadamente,que palavras relacionadas diretamente aoproduto/serviço são ideais, sob a justifica-tiva de que o público irá logo associá-lase gravá-las. No entanto, marcas famosasem geral não guardam relação direta como produto/serviço que cobrem.

Sempre que possível,deve-se buscar inovar,optar por uma marcaautêntica, mesmo queinicialmente o empresá-rio tenha um orçamentolimitado.

A Lei da Propriedade Industrial, nº. 9.279/96, prevê quais sinais não poderão serregistrados.

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s A ccording to recent data, expenditurewith logistics represents 12.6% of the

Brazilian GDP. Transportation costs accountfor 60% of the overall expenses. In theUnited States, the logistics cost represents8.2% of the country’s GDP. These numbersindicate the long way we still have to go tobecome more competitive. In times of glo-balization, this issue is of great relevance. Thedrastic changes brought about by technologyin the global productive system are forcingcompanies to waste no time in building up acompetitive advantage that will allow themto keep up with the market, or better, withthe future.

One of the goals set up by the TransportationDepartment of the State of Sao Paulo is toreduce logistics costs in the region. A simplestatement; a huge and complicated chal-lenge. Managing the logistics strategy im-plies looking to the future and setting up thesteps from the beginning. It involves facingday-to-day issues to generate gradual im-

A paradigm changein the logistics scenario

by Dario Rais Lopes

In order to keep up with the market and buildup a competitive advantage, transportationcompanies must waste no time in reacting tothe fast changes brought about by technologyin the global productive system

provements and work out critical problemswhile preparing to change the paradigm thatcharacterizes the transportation system inSao Paulo.

This strategic vision has been consolidated inthe PDDT - Plano Diretor de Desenvolvimentode Transportes (Transportation System De-velopment Plan). To establish policies thatwill result in a reduction of logistics costs,one must understand that over 80% of allgoods transported in the state are general

of the metropolitan region. This will be ac-celerated through the Integrated LogisticsCenters (CLI), to be set up as public-privatepartnerships. The CLIs will allow to imple-ment a new, more rational, efficient andenvironmentally friendly logistics model inits urban area.

The state is also working to free up trans-portation routes used for exports, especiallythe roads that link the Port of Santos to thestate’s “hinterland”. Simultaneously, theproject to grant the concession of the Portof Sao Sebastiao is under way, togetherwith the project to build a second road net-work connecting the port to the Campinasregion.

To successfully complete this plan andstreamline its different ends, the state gov-ernment is planning to launch an intermodaltransportation project for domestic trafficaimed at increasing the amount of generalcargo transported by train. To do so, it isworking towards setting up intermodal truck-train terminals in the area around the ringroad complex and the ring rail road and nearthe remote areas around the railways wherethe express trains will run.

These initiatives of strategic importancemust be supported by other measures suchas promoting the necessary improvementsand eliminating the bottlenecks currentlysuffocating our roads. Between 2003 and2005, this program assured recovery of1,450 km of roads. In 2006, some 1,300 kmmore will be revamped. Simultaneously, the

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high value-added products. It is also importantto remember that 50% of all regional trafficgo to or come from the area surroundingSao Paulo’s metropolitan region, and that itis essential for an international integration tohave open and efficient airports and ports,well linked to the regions that need them.

Following the steps mentioned above, SaoPaulo is implementing the strategy. By com-pleting both the ring road complex and thering rail road and connecting them to ex-press freight train systems and modernroads, companies will be able to relocateproduct distribution centers to the periphery

Some important measures toimprove cargo transportationinclude completing both thering road complex and the ringrail road and connecting themto express freight train systemsand modern roads

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O custo logístico no Brasil

é um dos mais altos do mundo

Logistic costs in Brazil are among

the highest in the world

A redução de custos logísticos é prioridade

Reducing logistic costs is a priority

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egundo as mais recentes análises,as despesas com logística no Brasil

situam-se em 12,6 % do PIB. Nada menosque 60% desse total é custo de transporte.Nos Estados Unidos, o custo logístico totalalcança 8,2% do PIB. Essas cifras sãoindicativas do muito que temos a fazerpara aumentar a nossa competitividade.Em uma época de mundialização de trocascomerciais, essa não é uma questão trivial.Foram tão abruptas as relocações interna-cionais no sistema produtivo, ensejadaspela tecnologia, que estará fora de cena –ou seja, do futuro – quem não agir rápidopara construir a sua vantagem competitiva.

Mudançade paradigmano cenáriologístico

por Dario Rais Lopes

Para não ficar fora de cena e para construira sua vantagem competitiva, as empresas detransporte têm que agir rápido às abruptasrelocações internacionais no sistema produ-tivo, ensejadas pela tecnologia

D a r i o R a i s L o p e s

is Secretary of Transportation

in the State of Sao Paulo.

A redução do custo logísticona região polarizada peloEstado de São Paulo é umadas metas da Secretaria deTransportes

state’s road concessionaries built 800 kmof trunk roads. Total investments in road,waterway, ports and airports improvementsamounted to R$ 4.6 billion between 2003and 2005.

One can realize the magnitude of the chal-lenge proposed by the PDDT only by under-standing the new system adopted by thetransportation sector to delimit some stake-holders’ roles. While the state is responsiblefor setting up the rules of the game andsupplying the necessary infrastructure, privatecompanies are in charge of operating theservices and exploring correlated businesses.

The strategy must be sup-ported by other measuressuch as promoting the nec-essary improvements andeliminating the bottleneckscurrently suffocating ourroads

Nowadays, the interfaces are more numer-ous and refined. The modern public sectormanager, who must cope with financial andinstitutional restrictions, focuses on designingpublic policies, planning and structuringstrategic projects, and articulating the ex-pectations and proposals of increasinglydemanding operators. The TransportationDepartment in Sao Paulo coordinates theinteraction between the state’s public andprivate sectors, communicates with thepublic, and facilitates intergovernmentalrelations (part of the services falls under thestate’s jurisdiction), always seeking to over-come the obstacles and implement the plansthat Sao Paulo demands and deserves.

A redução do custo logístico na regiãopolarizada pelo Estado de São Paulo é umadas metas da Secretaria de Transportes.Um enunciado bastante simples, mas umenorme e intrincado desafio. Gerir a estra-tégia da competitividade logística significa

mirar o ponto futuro e discernir a trajetóriadesde os passos iniciais. Envolve enfrentaros problemas do dia-a-dia, obtendomelhorias incrementais para dar prontasolução aos problemas emergentes, en-quanto em paralelo se prepara a mudançade paradigma no sistema de transportesde São Paulo.

A visão estratégica está consubstanciadano PDDT – Plano Diretor de Desenvolvi-mento de Transportes. Para formular aspolíticas que levarão à redução do custologístico é necessário entender que maisde 80% do fluxo de bens no Estado éconstituído por carga geral que incorporamaior nível de agregação de valor; que50% das correntes regionais de tráfegotêm origem ou destino na macro-metrópo-le que se desenvolve em torno da RMSP;

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O novo padrão de logística urbana será

mais racional e eficiente - The new logistics

model will be more rational and efficient

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e que aeroportos e portos abertos, eficien-tes e bem conectados com suas áreas deinfluência, são essenciais para a inserçãointernacional.

Sobre esse quadro de referência, SãoPaulo empreende a implementação daestratégia. Rodoanel e Ferroanel, com-pletos, conectados a linhas expressasde trens de carga e a eixos rodoviáriosmodernizados, apoiados por sistemas detelecomunicação, ensejarão o gradativoreposicionamento das centrais de distri-buição do sistema produtivo para o anel

Dario Rais Lopes

é Secretário de Transportes

do Estado de São Paulo

transporte que liga o Porto de Santos aoseu “hinterland”. Em paralelo, prepara-seo processo de concessão do Porto de SãoSebastião e a estruturação do projeto de umsegundo corredor, que interliga esse ter-minal marítimo com a região de Campinas.

Rodoanel e Ferroanel, com-pletos, conectados a linhasexpressas de trens de cargae a eixos rodoviários moder-nizados são componentesimportantes para a melhoriado fluxo de carga

periférico da metrópole. Esse processoserá catalisado pelos CLIs – CentrosLogísticos Integrados, multiusuários, queserão empreendidos como parcerias pú-blico-privadas. Desse complexo nasceráum novo padrão de logística urbana nametrópole, mais racional, eficiente eambientalmente amigável.

O Estado estimula o desimpedimento dasconexões de transporte com o exterior,especialmente no corredor central de

Para se apreciar o desafio representadopela proposta do PDDT, deve-se lembrarque se cristalizou nos últimos anos umanova delimitação de papéis no setor detransportes. Enquanto o Estado estabeleceas regras do jogo e supre grande partedas infra-estruturas, as empresas privadasoperam todos os serviços e exploram osnegócios correlatos.

Aumentou o número e o refinamento dasinterfaces. A energia do gestor públicomoderno - sujeita a um quadro de restriçõesfinanceiras e institucionais - concentra-seagora na formulação da política pública,expressa no planejamento, na estruturaçãodos projetos estratégicos e na articulaçãodas expectativas e propostas dos opera-dores, hoje muito mais exigentes. Assim,a administração de transportes em SãoPaulo coordena a interação entre os setorespúblico e privado, dialoga com a socieda-de civil e articula as relações intergover-namentais (parte dos serviços estão soboutras jurisdições), procurando vencer osobstáculos e implementar a agenda queSão Paulo reclama e merece.

As iniciativas de alcanceestratégico são acompanhadaspelas medidas necessáriaspara introduzir melhoramentoscríticos e desafogar gargalosno sistema rodoviário

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Para coroar esse complexo e amalgamarsuas partes, o governo estadual lançaamplo projeto de transporte intermodal notráfego doméstico, procurando estimular acaptação de carga geral no modo ferroviá-rio. Para tanto, induzirá a implementaçãode terminais intermodais caminhão-tremnas proximidades do Rodoanel e do Ferro-anel e nas extremidades remotas dos tre-chos ferroviários que sediarão o serviçoexpresso.

Essas iniciativas de alcance estratégico sãoacompanhadas pelas medidas necessáriaspara introduzir melhoramentos críticos edesafogar gargalos no sistema rodoviário.Entre 2003 e 2005 esse programa benefi-ciou uma extensão de 1.450 km. Em 2006serão recuperados 1.300 km. Em paralelo,as concessionárias rodoviárias investiramem 800 km de estradas tronco. O conjunto,complementado por intervenções nasáreas hidroviária e aeroportuária sob con-trole estadual, totalizou investimentos deR$ 4,6 bilhões entre 2003 e 2005.

A administração de transportes coordena

a interação entre setor público e privado

The Transportation Department in Sao Paulo

coordinates the interaction between public

and private sectors

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upply Chain Management comprisesdifferent activities in three different

levels: the strategic level, which includeslong-term demand planning; the tacticallevel, including production planning; andthe operational level. Due to this complexity,internal logistics is becoming increasinglyimportant in global distribution. The majorconditions for an efficient internal logisticssystem include maintaining high-qualitysupply, assuring short delivery time, lowproduct turnover costs, and few inventorydays.

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Logistics is an importantelement of a company’sinternal supply chain

by Peter Riesterer

Internal logistics, including warehousing,distribution, order processing control, andsupply, is only a small part of the supplychain system

An internal logistics systemmust include some vital andbasic elements, such as flex-ible and customized ware-housing and transportationsolutions

An ideal combination oflogistics techniques allowsimplementation of organizedand efficient procedures,safe storage of products,easy access, and low costs

An internal logistics system must also includea number of vital and basic elements, suchas flexible and customized storage andtransportation solutions that include compo-nents of material handling technologies andcomplex integrated data exchange systems- all adaptable to future demands. Thus,suppliers of logistics systems will have anincreasingly important role and responsibilityin the future, ranging from planning to imple-mentation of storage and handling systems.

The techniques used in these systems includeusing simple transportation facilities and

P i e t e r R i e s t e r e r is an engineer

and head of Stöcklin Logistics’ Brazi l ian

and Mexican subsidiaries. www.sld.ch

manual equipment for handling materialsstacked in racks to high-performance auto-mated equipment for transportation andstorage of pallets, containers, and cartons.By combining the logistics techniques avail-able today, logistics suppliers can implementorganized and efficient procedures, assuringsafe storage of products, easy access, andlow costs. The return on investment is rela-tively fast. This is also the case in countries

with cheap labor, as attested by StöcklinLogistics, a Swiss company specialized ininternal logistics, present in countries all overthe world, and which has installed over 20such systems for different market segmentsin Brazil and Mexico alone. As a supplier ofsystems and a manufacturer of handling andstorage equipment, Stöcklin provides sys-tems of all levels of complexity, comprisingwarehouse management, material handlingand transportation systems, and racks,among others.

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A logística é um elementoimportante da cadeia defornecimento interna

por Peter Riesterer

A logística interna e, com isto, armazenamentode produtos, distribuição, controle da transaçãode pedidos e fornecimento, é somente umapequena parte de uma cadeia logística

P e t e r R i e s t e r e r

é engenheiro responsável

por Brasi l e México da

empresa suíça Stöcklin

Logistics - www.sld.ch

Soluções flexíveis e sobmedida para sistemas dearmazenamento e trans-porte são hoje elementosimprescindíveis e básicospara qualquer sistema delogística interna

S upply Chain Management (gerenci-amento da cadeia de fornecimento)

reúne atividades em diferentes níveis, doplanejamento estratégico, incluindo o plane-jamento de demanda a longo prazo, até onível tático do planejamento de produção eo nível operacional. Por causa desta com-plexidade, a logística interna é cada vezmais determinante na competição global.Manter a alta qualidade de fornecimentointerno, garantir curtos prazos de entrega

A composição ideal das téc-nicas de logística possibilitaprocedimentos estruturadose eficientes, armazenamentoseguro de produtos, acessorápido e baixos custos

com tempo mínimo de armazenamento emanter os custos para a movimentaçãomais baixos possíveis são hoje as condi-ções mais relevantes para a logística interna.

Soluções flexíveis e sob medida para sis-temas de armazenamento e transporte,desde qualquer componente singular datecnologia de manejo de materiais até atroca complexa de dados integrados –tudo com potencial de adaptação a novasexigências futuras – são hoje elementosimprescindíveis e básicos para qualquer

sistema de logística interna. Sendo assim,os fornecedores de sistemas de logísticaterão um papel cada vez mais importante,e mais responsabilidade, desde o planeja-mento até a realização de sistemas dearmazenamento e manejo.

A técnica usada nestes procedimentosabrange tanto instalações de transportesimples e máquinas para manuseio manualde material em estandes quanto sistemascomplexos e equipamentos automáticosde máximo empenho para o transporte eo armazenamento de paletas, recipientese embalagens de papelão. A composiçãoideal das técnicas que hoje estão à dispo-sição dos mantenedores de instalaçõesde logística possibilita procedimentosestruturados e eficientes, armazenamentoseguro de produtos, acesso rápido ebaixos custos. O tempo de reembolsodo respectivo investimento é relativamentecurto. Isto também é o caso em países

com baixo custo da mão-de-obra, comomostra o fato de que a Stöcklin Logistics,uma empresa suíça especializada emlogística interna com atuação mundial,realizou nos últimos anos mais de 20 ins-talações somente no Brasil e no México,nos mais diversos setores industriais.Como fornecedora de sistemas e produto-ra de instalações de manuseio earmazenamento, a Stöcklin oferece siste-mas integrais e parciais em todos os ní-veis de complexidade, inclusive na admi-nistração de estoque, em equipamentosde manuseio de material em estan-des,instalações de transporte, estandes eoutros equipamentos.

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The bureaucraticobstacles that hinderBrazilian foreign trade

by Crist iano Koga

Brazil is seen as one of the most inefficientcountries in terms of foreign trade operations.Comparing to global standards, twice as muchtime is necessary to transport a product fromone point to another

customs authorities, generating high addi-tional costs. Panalpina has 500 employees inBrazil, 70 of which work at the Port of Santos,and approximately 50 at the Viracopos andGuarulhos airports.

Customs offices have been unable to keepup with the new standards and to provideclear information about importation proce-dures to users. In addition, Brazilian lawscannot deal with the large number of productscrossing our borders, and the SISCOMEXsupport system, which should make theprocess easier, still has gaps. Moreover, theclearing system is obsolete, import taxes arehigh, and there are additional fees chargedunder different names, besides port andairport expenses. Also worth mentioning arethe import/export barriers, especially in thetextile and shoe sectors, in which productsare classified as belonging to the “greychannel”, a class of goods that are meticu-lously controlled by customs officials.

SMEs are not ready to engage in exportoperations. They are not familiar with export

procedures, feel insecure to start exporting,know very little about international qualitystandards, and resist the idea of having tochange their products to meet the require-ments of the global market. To make thingsworse for these SMEs, there is a lack ofincentives and support in terms of, for ex-ample, access to credit and commercialmissions abroad. In general, the governmentmakes this kind of support available only tolarge companies. Institutions like SEBRAE,FIESP, and APEX assume partially this pa-per, but the result is not yet significant. Allthese bottlenecks and unnecessary compli-cations affect Brazil’s ability to increase itsexports and become a big global player.Besides not yet being familiar with the exportculture, companies, especially small andmedium-sized enterprises, additionally haveto face high freight and port costs. Further-more the unfavorable exchange rates do nothelp exportations. Companies lose competi-tiveness in the global markets and a largenumber of contracts are cancelled due to thehigher prices in dollar, a fact that diminishes

Brazil has been slow toadjust to the new scenario,and the procedures set bygovernmental agencies forforeign trade transactionsare still too complex

Often custom officials them-selves do not have enoughknowledge to evaluate thevarious kinds of productsbeen imported or exported

As a company dedicated to handling importedand exported goods all the way betweenBrazil and the rest of the world, Panalpina,present in the country for 29 years, has thenecessary experience and a long-standingrelationship with agents and techniciansfrom various governmental agencies. Asthere are different and complex rules, suchas those established by ANVISA for thechemical, medical, pharmaceutical, andagricultural sectors, logistics solutions mustmeet each sector’s specific needs. Oftencustom officials themselves do not haveenough knowledge to evaluate the largenumber of products entering or leaving thecountry. Consequently, companies mustsend their own engineers and specialists toexplain and answer the questions asked by

exportations and can create a lack of vesselsand containers, as it happened in 2004, dueto the lack of profitability of operations inports with few freight turnover.

Other problems include the lack of infra-structure characterized by inefficient ports,deficient roads, and underused railways andwaterways. The high interest rates alsocontribute to put off entrepreneurs who would

I mport and export operations in Brazilare marked by excessive bureaucracy,

slowness, strikes, and losses for companies.Brazil is seen as one of the most inefficientcountries in terms of foreign trade opera-tions. Comparing to global standards, twiceas much time is necessary to transport aproduct from one point to another. As Brazilstarted eliminating its trade barriers only inthe early 90’s and engaged in exportingtransactions only in the mid 80’s, the countryhas been slow to adjust to the new scenario.Besides that, the procedures set by govern-mental agencies for foreign trade transactionsare still too complex, and entrepreneurshave a hard time to understand the gobble-dygook.

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s trâmites de importação e exportaçãosão caracterizados por uma burocra-

cia exagerada, lentidão nos procedimentos,greves e prejuízos para as empresas. OBrasil é considerado um dos países queenfrentam mais dificuldades nas operaçõesde comércio exterior. Na comparação inter-nacional, precisa-se do dobro de tempopara levar um produto de A para B. Comoo país “abriu” as suas fronteiras às impor-tações somente no começo dos anos 90,e se entende como nação exportadorasomente em meados dos anos 80, o Brasil

Os entraves burocráticospara o desenvolvimento docomércio exterior brasileiro

por Crist iano Koga

O Brasil é considerado um dos países queenfrentam mais dificuldades nas operaçõesde comércio exterior. Na comparação inter-nacional, precisa-se do dobro de tempopara levar um produto de A para B

ainda não conseguiu se adaptar aos novospapéis e até hoje os seus órgãos governa-mentais permanecem num estado de exa-gerada complexidade e de procedimentosincompreensíveis para o empresariado.

Cuidar de bens importados e exportadosno seu longo caminho entre o resto domundo e o Brasil, trabalho que a Panalpinaexerce no Brasil há 29 anos, requer expe-riência e relacionamento permanente comos diversos agentes e técnicos dos dife-rentes orgãos governamentais. Como há

otherwise invest in new technologies anddevelop products that are more competitive.

What can be done? Mr. Furlan, minister ofDevelopment, Industry, and Foreign Trade,has had some good ideas and implementedeffective actions to improve the exportsvolume, making significant progress in takingBrazilian products to markets abroad. Thegovernmental machine, however, has notkept up with these advances in the exportssector. That is why exporting companiesmust take a step ahead and demand moreflexible rules, easier access to credit, realincentives, and a more efficient system.Through permanent actions, such as work-shops and seminars, SMEs can come torealize the benefits brought by exports tothe country.

C r i s t i a n o K o g a ,

Panalpina’s country

sales manager, is

27 years old and was

chosen ‘CEO of the

Future’ by magazine

Você S/A in its

February issue.

www.panalpina.com

Custom offices seemunable both to keep upwith the new standardsand to provide users withclear information aboutimportation procedures

While Chile, for instance, shows very posi-tive numbers, Brazil comes last in terms ofexports volume and seems to lack long-termvision. Multinational companies could play amajor role in the consolidation of the exportsplatform in Brazil. Although there are manyobstacles to overcome, Panalpina believesthe country has a great potential; so muchso that the company has transferred itsregional Latin American office from Miamito Sao Paulo. The company is confident thatthe situation will improve, although slowly,but still in time to catch the global exportstrain.

A infra-estrutura é caracterizada por

portos ineficientes, estradas mal

conservadas e uso incipiente das

ferrovias e hidrovias

Infrastructure is still characterized by

inefficient ports, deficient roads, and

underused railways and waterways

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Muitas vezes, os própriostécnicos aduaneiros nãodispõem de conhecimentossuficientes para avaliar osdiferentes produtos

O Brasil ainda não conseguiuse adaptar aos novos papéise até hoje os seus órgãosgovernamentais permanecemnum estado de exageradacomplexidade para o comér-cio exterior

de apoio SISCOMEX que deveria facilitar oprocesso, ainda apresenta lacunas, sendoque o sistema de desembaraço continuaengessado. Falta ainda citar os altíssimosimpostos de cálculo aditivo, as taxas adi-cionais com os mais variados nomes e asdespesas adicionais em portos e aeropor-tos. Além disto, ainda há proteção demercados, sobretudo nos setores têxtil ede calçadistas, sendo que estes produtosentram no assim chamado ‘canal cinza’,caracterizado por controle minucioso denossa alfândega.

de navios e contêineres como já aconteceuem 2004 devido a falta de rentabilidadedas operações das companhias marítimasem portos com pouca oferta de carga.

É necessário também mencionar as debili-dades em infra-estrutura caracterizadaspor portos ineficentes, estradas mal con-servadas e uso incipiente das ferrovias ehidrovias. Além disso, as altas taxas dejuros aplicadas no mercado brasileiro inibemos empresários a investirem em novastecnologias e desenvolverem produtosmais competitivos.

O que fazer? O ministro Furlan do MDIC(Ministério do Desenvolvimento , Indústriae Comércio Exterior) tem boas idéias edesenvolve ações de como aumentar asexportações e tem feito muitos avançosna abertura de diversos mercados aosprodutos brasileiros, porém, o aparelhoainda não se movimentou o suficientepara acompanhar a evolução da nossapauta de exportações. Por isto, é muitoimportante que as entidades de classeestejam mobilizadas e não parem de exigirprocedimentos facilitados, acesso maisfácil a financiamentos, incentivos verda-deiros e um aparato mais flexível. Comações permanentes, workshops, encontros,as PMEs poderão enxergar os benefíciosque a exportação traz ao país inteiro.

Mas de certa forma as próprias PMEs(Pequenas e Médias Empresas) ainda nãoestão preparadas para ser exportadoras.Desconhecem os procedimentos de ex-portação, demonstram insegurança perantea primeira exportação, sabem pouco sobreexigências internacionais referente à quali-dade e ainda são inflexíveis em adaptar osseus produtos ao mercado externo. Paraagravar a situação destas PMEs, existempoucos incentivos e pouco apoio, porexemplo, acesso à crédito e missões co-merciais a outros países. Geralmente ogoverno restringe este tipo de apoio àsgrandes empresas. As organizações comoSEBRAE, FIESP e APEX cumprem parcial-mente este objetivo, mas ainda é poucoexpressiva. O Brasil seria capaz de exportarmuito mais e ter uma posição de maiordestaque se não fossem todos estes gar-galos e complicações desnecessárias.Falta ainda uma cultura de exportação eos custos envolvidos de fretes, taxas decapatazias para usar o terminal do portosão muito altos principalmente para as

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regras diferentes e complexas, entre asestabelecidas, por exemplo, pela ANVISAnos setores químico, médico, farmacêuticoe de agricultura, as soluções logísticas têmque ser adaptadas às necessidades decada indústria. Muitas vezes, os própriostécnicos aduaneiros não dispõem de co-nhecimentos suficientes para avaliar os

diferentes produtos. Sendo assim, as empre-sas são obrigadas a enviar os seus própriosengenheiros e especialistas para dar expli-cações e responder aos questionamentosdas autoridades. Isto significa altos custosadicionais. Dos 500 funcionários daPanalpina no Brasil, 70 trabalham no Portode Santos e aproximadamente 50 no aero-porto de Viracopos e Guarulhos.

Os órgãos aduaneiros ainda não acompa-nharam a evolução e, para entender osprocedimentos de importação, devem serconsultados verdadeiros manuais. A legis-lação ainda não está apta a lidar com aentrada de muitos produtos e o sistema

Enquanto por exemplo o Chile apresentaíndices muito positivos, o Brasil torna-secada vez mais o lanterninha das exporta-ções e parece não ter uma visão a longoprazo. As multinacionais poderiam muitobem se consolidar como a plataforma deexportação do Brasil. Mesmo com muitosempecilhos a serem removidos, a Panalpinacontinua acreditando no potencial do Brasile transferiu o seu escritório regional Amé-rica Latina de Miami para São Paulo. Estáconvicta que a tendência é de melhoras,mesmo que a ritmo mais lento, mas aindahá tempo para não perder o trem globalda exportação.

Os órgãos aduaneiros aindanão acompanharam a evolu-ção e, para entender os pro-cedimentos de importação,devem ser consultados ver-dadeiros manuais

Cr is t iano Koga , 27 anos, é gerente

nacional de vendas da Panalpina e foi

considerado ‘CEO do Futuro’ pela revista

Você S/A de fevereiro de 2006.

www.panalpina.com

As PMEs ainda não estão pre-paradas para ser exportadoras.Desconhecem os procedimentosde exportação e demonstraminsegurança perante a primeiraexportação

PMEs. No momento a taxa cambial tambémnão é favorável à exportação. As empresasperdem competitividade no mercado globale muitos contratos são cancelados devidoaos preços em dólares estarem mais ele-vados, fato que diminui o volume de ex-portação e que pode gerar outra escassez

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riedrich Dürrenmatt is arenowned Swiss playwright.

Is he also known in Brazil? Howimportant is his work in thecontext of the Brazilian theater?

JH: Although “The Breakdown” (Die Panne)has not been seen in Brazil, some ofDürrenmatt’s plays have already beenstaged in the country, including his world-famous plays “The Visit of the Old Woman”and “The Physicist”. Fernanda Montenegro,for instance, was critically acclaimed in“Play Strindbergh” in the 70’s. The Swissplaywright is celebrated among Brazilianactors, especially for creating charactersevery actor would love to play, characterslike those in “The Breakdown”.

What made you choose his work“The Breakdown” and turn it intoa theater play?

JH: Originally, it was the story argumentthat attracted me. As part of the “Teatro naJustiça” project of the Cultural Departmentof the Magistrates’ School in Rio de Janeiro,I have directed, since 1999, a number ofplays that focus on Law and Justice. Wewere fortunate to come across both “TheBreakdown” and its adaptation to the the-ater, written by Dr. Nilo Batista, a renownedcriminal lawyer from Rio de Janeiro. There-fore, in addition to Dürrenmatt ingenious

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success at any cost, neglecting even themost fundamental human values. “The Break-down” is about all “Alfredos” out there, whoknow how to make a fortune, but knownothing about themselves. The joke is onthem.

The Brazilian media focus onephemeral glamour, and on TV,music, and fashion celebrities.Besides not receiving the sameattention, the theater has adifferent and smaller audience.How do you explain this fact andwhat’s your strategy to stimulatepeople to come and watch “TheBreakdown”?

JH: The “celebrity culture” is a global phe-nomenon, but the problem is even moreserious in our country, which doesn’t have aquality educational system, leaving spacefor mass communication, especially television,to predominate. As I said before, Brazil is an“Alfredos” assembly line, and these “Alfredos”think they’re consuming things of their ownchoice, but they’re actually swallowing downwhat the media wants them to. Neither thegovernment nor the media is interested inoffering people a sophisticated, thought-provoking artistic alternative. Brazilian artproduction is stimulated as long it sticks towhat is mainstream, which is, actually, very

Interview with José Henrique,theater director, who brought

Dürrenmatt’s work to Rioplot, we could rely on the expertise of aprofessional with great knowledge of theCriminal Court environment and the areajargon. The result is a fantastic comedy thatcombines entertainment and wit.

The plot involves a staged trial, inwhich the defendant proudly admitsto having murdered his boss. Aspunishment, he is sentenced todeath by a jury that “had one toomuch”. Well, in real life, defendantsnever admit to having committed acrime. What are your personal viewson this and how do Braziliantheatergoers see the “absurdity”of Dürrenmatt’s play?

JH: “The Breakdown” doesn’t intend tocriticize criminal behavior, which is alreadymorally punished by present law and thecorrectional system. Everybody expects adefendant to try to defend himself, no matterwhere or when. The “absurd” reaction ofAlfredo Traps, the leading role, can beviewed as coherent, considering he findsout, during the funny “banquet-trial” that heis capable of a great feat - committing thecrime of the century. Brazil used to be the‘land of opportunities” for immigrants fromall over the world, including Switzerland.Today it’s the “land of opportunists”, suchas Alfredo Traps, who seeks material

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low-quality entertainment disguised as “art”.It is up to the theater to be different, takingadvantage of its artisan quality and itsstrong persuasive capacity. There’s nothingmore esthetically or intellectually excitingthan watching a theater presentation. We relyon the audience’s intelligence to turn “TheBreakdown” into a success, since we alreadyhave all “market” elements we need: a greatscript, an experienced and talented cast, acomfortable and conveniently located the-ater, and reasonably priced tickets. As anartistic director, I’ll be happy if I don’t standon people’s way...

How did you get financingfor the project?

JH: Although our project enjoys the benefitsof the Cultural Incentive Act, both in thefederal and state (RJ) sphere, we’ve beenworking since 2005 to present it to compa-nies interested in sponsoring it. We’ve con-tacted dozens of companies, many of whichhave traditionally invested in the cultural area.We haven’t received any kind of sponsorship,but we’re aware that last year was a verydifficult year for getting sponsorship in gen-eral. We finally decided not to postpone thepremiere anymore, and made all possibleefforts to make it happen. So we premieredin Rio using our own resources, collectedamong friends and relatives, who’ll probablynever have their savings back. Theater inBrazil today is not financially viable, unlessyou have sponsors. As we believe in our workwith “The Breakdown”, we’re confident we’llfind some corporate sponsors to underwritethe cost of staging the play in Sao Pauloand in other parts of the country.

In addition to the theaterpresentations, “The Breakdown”will be shown at the “Casa daSuíça” restaurant. Why’s that?

JH: It’s not just because it’s something new.In the play, retired lawyers play “court” whilethey enjoy a five-star banquet. Hence the ideato have an event that’d allow the audienceto participate in the characters’ gastronomicorgy, where they could enjoy the gourmetinventions of Mademoiselle Simone, thejesters’ cook. “Casa da Suíça” joined thisartistic adventure by becoming our partner.The menu chosen for the play, especially forthe theater presentations (where the actorsreally eat), is supervised by VolkmarWendlinger, the restaurant’s chef. If it werenot for “The Breakdown”, this restaurantevent wouldn’t make any sense.

Play: The BreakdownPlaywright: Friedrich DürrenmattTranslation: Marcelo Rondinelli

Adaptation Script: Nilo BatistaDirector: José Henrique Moreira

Cast: Antonio Pedro, HenriqueCésar, Cláudio Tovar,Henrique Pagnoncelli, SílviaMonte, Antonio Alves andCezar Conze

Shows: March 9 to May 7Time: Thursday through Saturday,

9pm; Sunday, 8pm.Where: Teatro Villa-Lobos

Address: Av. Princesa Isabel, 440Copacabana, Rio de Janeiro

Special presentations:Casa da SuíçaRestaurant

Shows: March 15 to May 3Time: Wednesday, 8pm

Address: Rua Cândido Mendes, 157Glória, Rio de Janeiro

To see the play in therestaurant, call:Caravana Produções(21) 2227-0208

Espetáculo: A PaneAutor: Friedrich Dürrenmatt

Tradução: Marcelo RondinelliAdaptação: Nilo Batista

Direção: José Henrique MoreiraElenco: Antonio Pedro, Henrique César,

Cláudio Tovar, Henrique Pagnoncelli,Sílvia Monte, Antonio Alvese Cezar Conze

Temporada: de 9 de março a 7 de maioHorário: quinta-feira a sábado, às 21h;

domingo, às 20hLocal: Teatro Villa-Lobos

Endereço: Av. Princesa Isabel, 440Copacabana, Rio de Janeiro

Temporada especial:RestauranteCasa da Suíça

de 15 de marçoa 3 de maio

Horário: quarta-feira, às 20hEndereço: Rua Cândido Mendes, 157

Glória, Rio de Janeiro

Contatos para compra deapresentações no restaurante:Caravana Produções(21) 2227-0208

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Entrevista como diretor teatralJosé Henrique,que traz obrade Dürrenmattao Rio

riedrich Dürrenmatt é um es-critor suíço muito conhecido.

E no Brasil? Qual é o grau de im-portância que as obras dele têmno teatro brasileiro?

JH: Embora “A Pane” seja inédita em nos-sos palcos, o teatro brasileiro já produziudiversas montagens das obras mais co-nhecidas de Dürrenmatt, como “A Visita daVelha Senhora” e “Os Físicos”. FernandaMontenegro, por exemplo, atuou comgrande sucesso em “Seria Cômico se nãoFosse Sério”, na década de 70. O autorsuíço é muito admirado pelos artistas brasi-leiros, especialmente pela criação de per-sonagens que são um verdadeiro presentepara os seus intérpretes, como tambémocorre em “A Pane”.

O que o levou a escolher o conto‘A Pane’ e ainda transformá-lo empeça de teatro?

JH: A escolha decorreu, inicialmente, dotema do conto. O projeto “Teatro na Justi-ça”, do Departamento Cultural da Escolada Magistratura do Rio de Janeiro, levaao palco desde 1999, sob minha direção,peças que falam do mundo do Direito e daJustiça. Com “A Pane” ocorreu uma felizcoincidência, pois descobrimos, ao mesmotempo, o conto e sua adaptação para oteatro, feita por ninguém menos do queum grande advogado criminalista carioca,o Dr. Nilo Batista. Então, além da genialtrama de Dürrenmatt, contamos com aexperiência de um profissional com abso-luto domínio do métier e do vocabuláriodos tribunais criminais. O resultado é umaextraordinária comédia, que alia diversãoe inteligência.

Na peça, que consiste em um jul-gamento encenado, o réu admite, ecom orgulho, ter assassinado o seuchefe. Por isto, ele é condenado,por um juiz já bastante bêbado, àpena de morte. Na nossa realidade,o réu normalmente nunca assume ocrime. Qual é a sua reflexão pessoalsobre esta diferença e de que formao público brasileiro vai interpretaro ‘absurdo’ da peça de Dürrenmatt?

JH: “A Pane” não é uma crítica ao compor-tamento criminoso, que já tem a sua con-denação moral suficientemente registradaem leis e instalações carcerárias. Ninguémpode esperar outra atitude de um réu, emqualquer lugar e a qualquer tempo, senãoa sua tentativa de defesa. A reação “ab-surda” de Alfredo Traps, protagonista dapeça, é coerente na medida em que ele sedescobre, durante aquele divertido “ban-quete-julgamento”, um homem capaz depraticar uma ação grandiosa, o crime doséculo. O Brasil, que já foi um “país deoportunidades” para imigrantes de todasas partes do mundo, inclusive da Suíça,hoje é um “país de oportunistas”, comoAlfredo Traps, que buscam o sucessomaterial a qualquer preço e não se importamcom valores humanos mais essenciais. “APane” é a história de tantos “Alfredos” poraí, que aprenderam a fazer fortuna, masnão sabem nada sobre si mesmos. É delesque estamos rindo.

No Brasil, a mídia está muito focadaem glamour passageiro e em pes-soas famosas da TV, da música e damoda. O teatro não desperta o mes-mo interesse e atende a um públicodiferente e menos numeroso.Como você explica este fato e qualé a sua estratégia para chamar aatenção do público para assistirà peça ‘A Pane’?

JH: A “cultura de celebridades” é um fe-nômeno do mundo inteiro, mas em nossopaís ganha contornos graves pela ausênciade um sistema educacional de qualidade,que acaba substituído pelos meios de

José Henr ique More i ra ,

diretor de teatro - director

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comunicação de massa, sobretudo a tele-visão. O Brasil, como eu já disse antes, éuma fábrica de “Alfredos”, que pensamser do seu gosto, em termos de cultura,aquilo que na verdade é o que a grandemídia lhes permite consumir. Não há inte-resse, nem da parte do governo, nem dosmeios de comunicação, em propiciar aopovo uma produção artística sofisticada,que faça pensar. O que se incentiva e pro-duz é apenas a confirmação do mainstream,vendido como “Arte”, mas que não passade entretenimento de baixíssima qualida-de. Cabe ao teatro fazer a diferença exata-mente porque é artesanal em sua produção,mas violento em sua capacidade persuasi-va. Não existe experiência estética ouintelectual mais forte do que assistir a umapeça de teatro. É nessa inteligência dopúblico que estamos confiando para fazerde “A Pane” um sucesso, porque já temostodos os outros elementos “de mercado”:ótimo texto, elenco experiente e talentoso,teatro confortável e bem localizado, preçoacessível. Como diretor artístico, se eunão atrapalhar muito já fiz a minha parte...

Como você conseguiu realizaro financiamento do projeto?

JH: Apesar de integralmente aprovado nasleis de incentivo à cultura, tanto na esferafederal quanto na estadual (RJ), passamostodo o ano de 2005, e continuamos agoraem 2006, apresentando o nosso projeto adezenas de empresas, dentre as quaisvárias com tradição em investimento cul-tural. Não conseguimos nem um tostão,mas todos consideram que o ano passadofoi muito difícil para o mercado de patrocí-nios. Afinal, decidimos que não era maispossível adiar a estréia do espetáculo, eque essa realização valeria qualquer sacri-fício. Então tocamos a temporada no Riocom recursos próprios, levantados comamigos e parentes que provavelmentenunca verão de volta suas economias. Oteatro no Brasil, hoje, é uma atividadedeficitária e não sobrevive sem patrocínios.Como “A Pane” é um projeto que temtoda a nossa confiança, acreditamos queapareçam, para uma temporada em SãoPaulo e viagem pelo país, empresas inte-ressadas.

Além da temporada no teatro,“A Pane” será também representadanum restaurante, a “Casa da Suíça”.Por que essa novidade?

JH: Não é pela “novidade” em si. Em “APane”, juristas aposentados brincam detribunal enquanto saboreiam o que há demelhor em comidas e vinhos. Daí surgiu aidéia de um evento que incluísse o públicona orgia gastronômica dos personagens,saboreando as deliciosas invenções deMademoiselle Simone, a cozinheira dosbrincalhões. A “Casa da Suíça” adotouessa aventura artística e se tornou nossaparceira. O cardápio desenvolvido para apeça, mesmo nas apresentações no teatro(em que os atores comem de verdade),tem o aval do chef do restaurante, VolkmarWendlinger. Se não fosse “A Pane”, essa“novidade” não faria nenhum sentido.

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his year, SWISSCAM organized its firstcollective stand at CIOSP – Congresso

Internacional de Odontologia in Sao Paulo,the sector’s most important event in LatinAmerica and the second largest event in theworld in number of visitors. Six Swiss com-panies showed their products in the 96 sqmeter stand, including new launches for theBrazilian market.

The exhibiting companies were:

Bien Air: Dental and surgeryequipment - www.bienair.chCuraden: Expertise and efficiencyin oral hygiene. Interdental brushes,toothbrushes, dental floss and flosstapes – www.curaden.chEMS: Specialized in prophylaxis,endodontics, periodonty, and teethwhitening – www.ems.dent.chFKG: Nickel-titanium instruments forpreparation of root canals, matrixes,and other products – www.fkg.chJota: Carbide and diamond rotaryinstruments – www.jota.chTornos: Machines for manufacturingdental and medical implants –www.tornos.ch

The event, which lasted five days, metthe expectations of the Swiss exhibitors,who showed interest in coming backnext year.

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TP ela primeira vez a SWISSCAM orga-nizou um estande coletivo no CIOSP,

Congresso Internacional de Odontologiade São Paulo, o evento mais importantedo setor na América Latina e o segundomaior do mundo em visitação. Seis em-presas suíças expuseram seus produtosnum espaço de 96m2, trazendo uma sériede novidades para o mercado brasileiro.

As empresas representadas foram:

Bien Air: Instrumentação e aparelhosdentais - www.bienair.chCuraden: Competência e eficiênciaem higiene bucal. Escovasinterdentais, escovas dentais, fios efitas dentais - www.curaden.chEMS: Especializada em profilaxia,endodontia, periodontia e clareamentodental - www.ems-dent.chFKG: Instrumentos em NiTi para pre-paro de condutos radiculares, matri-zes, e outros - www.fkg.chJota: Instrumentos rotativos decarbide e diamante - www.jota.chTornos: Máquinas para produção deimplantes dentais e médicos -www.tornos.ch

Os expositores suíços ficaram satisfeitoscom o evento, que durou cinco dias, emostraram interesse em voltar novamenteno ano que vem.

Estande coletivo no CIOSP, CongressoInternacional de Odontologia de São Paulo

Collective stand at CIOSP – Congresso Internacionalde Odontologia in Sao Paulo

Como atrativo especial foi sorteada entre os

congressistas uma passagem para a Suíça com

hospedagem de cinco noites. O sorteio trouxe ao

estande suíço 3.500 pessoas que vieram depositar

seu cupom na urna. A feliz vencedora é Ana

Paula Della Barba de Oliveira.

The visitors to the event had the chance to win a

trip to Switzerland with accommodation in a five-

star hotel. This way, the Swiss stand attracted

3,500 people, who wanted to enter the draw to

win the trip. The happy winner was Ana Paula

Della Barba de Oliveira.

Tecnologia suíça para o mercado brasileiro

Swiss technology for the Brazilian market

Estande coletivo da SWISSCAM no CIOSP

SWISSCAM’s pavilion at CIOSP

Atendimento simpático no estande

Friendly reception at the stand

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IA SWISSCAM Rio optou no mês denovembro por promover um mini-

seminário sob o título “A abertura do mer-cado de resseguros no Brasil”.

Essa questão vem sendo discutida apósdeclarações de algumas autoridadesfederais e pode representar um relevantefator de desenvolvimento da economiabrasileira.

O encontro, que reuniu quase 80 pessoase a imprensa, aconteceu no Salão Fênixdo tradicional Clube Americano do Rio deJaneiro. Contamos com os abalizadosconhecimentos profissionais dos Srs.Henrique de Oliveira, Swiss Re; HiltonAquino, Net Premium; Roberto RochaAzevedo, Mex Brit e Roberto de Castro,IRB – Re Brasil, como nossospalestrantes.

Agradecemos a todos aqueles que, dealguma forma, contribuem e participam denossas atividades no Rio de Janeiro.

n November, SWISSCAM Rio organizedthe mini-seminar “Opening the Reinsur-

ance Market in Brazil”.

This issue has been debated since it wasbrought up by federal authorities, and it canplay a significant role in the development ofthe Brazilian economy.

The event, which gathered about 80 guestsand the press, was held at the Salão Fenixof the traditional American Club in Rio deJaneiro. Our guest speakers were Mr.Henrique de Oliveira from Swiss Re, HiltonAquino from Net Premium, Roberto RochaAzevedo from Mex Britt, and Roberto deCastro from IRB-Re Brazil, who shared theirprofessional knowledge with the audience.

We would like to thank all the people whohave contributed in any way and/or partici-pated in our events in Rio de Janeiro.

Seminário “A abertura do mercado de resseguros no Brasil”Seminar “Opening the Reinsurance Market in Brazil”

Baker & McKenzieAdvocacia e consultoria jurídicaLegal and legal consultingAssociado na Suíça - Swiss Member

Di Blasi, Parente, SoerensenGarcia e Associados S/CAdvocacia e consultoria jurídicaLegal and legal consultingInstitucional I

Gusto DistribuidoraAlimentício e Agrícola - Food and AgriculturalInstitucional I

Maag, Patrik StephanPessoa Física - IndividualAssociado na Suíça - Swiss Member

O PontoAgrícola - AgriculturalInstitucional I

Sanasoft Tecnologiae Informática Ltda.Telecomunicações e Tecnologia de InformáticaTelecommunication and ITInstitutional I

Novos associadosNew Members

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Comemoração de final de anoe 60 anos da SWISSCAM

End of yearcelebration and

SWISSCAM’s60th anniversary

N obody regretted coming ... those whocould not make it do not know what

they missed.

Last year, we decided to do something originalto celebrate the end of the year; we invitedour members to a dance and cocktail partyat Casa da Suíça, one of the most sophisti-cated and traditional restaurants in Rio deJaneiro, giving those present the chance towin a trip to Switzerland.

There were plenty of reasons to make uswant to guarantee a successful event withlots of energy and amusement. In additionto the Chamber’s performance in providingits members with institutional support fortaking advantage of business opportunities,which amounted to many thousands ofdollars in 2005, we were also celebrating theinstitution’s 60th anniversary and its dedica-tion to entrepreneurs of different segmentsand nationalities.

As the restaurant’s tasty food was served,our guests had a great time on the dancefloor, dancing and singing to the sound ofgreat international songs, performed live bytalented singer Marco Vivan.

Finally, the most expected moment arrivedwith one of our guests winning a trip to Switzer-land, offered by Swiss International Air Lines.

Our project was successful thanks to thecompanies that provided us with the neces-sary support and shared this important mo-ment with us.

We would like to express our sincere thanksto Amelzônia (Mr. Rudolf Steiger and Mr.José Neto), Chamma da Amazônia (Mrs.Maria Consuelo Bernardes and Mrs. ArésiaCristina Montesco), Colortronic (Mr. DanielFolly), Copa Sul Hotel (Mr. AlexandreSampaio), Lidador (Mr. Cabral), Luiz FerreiraFlower Designer (Mr. Luiz Ferreira and Mr.Eduardo de Oliveira), Gate Gourmet (Mr.Carlos Bittar), and Swiss International AirLines (Nádia Kardous) for their sponsorship.

Our wishes of success to all SWISSCAM’Smembers and sponsors. We also wish agreat trip to Mr. Mario Magalhães, winnerof the trip to Switzerland.

SWISSCAM Rio

uem esteve presente, não se arre-pendeu. Aquele que não compareceu,

não sabe o que perdeu.

Decidimos encerrar as atividades SWISS-CAM Rio de uma maneira original, reali-zando um coquetel dançante, com sorteiode uma passagem aérea para a Suíça, emum dos mais requintados e tradicionaisrestaurantes da cidade do Rio de Janeiro,a Casa da Suíça.

Não faltaram motivos para que nossoprojeto fosse um sucesso absoluto nosquesitos de animação e de descontração.Além de nossa performance quanto aoapoio institucional na geração de negócios,que ultrapassaram a casa dos milhares de

dólares no ano de 2005, esta instituiçãocomemorava o aniversário de sessenta anosde fundação e de dedicação aos empresá-rios dos mais diversos segmentos e nacio-nalidades.

Na medida em que delícias gastronômicasiam sendo servidas, os convidados dança-vam e cantavam ao som dos melhores emais consagrados títulos da música inter-nacional, interpretados ao vivo, pelotalentoso cantor Marco Vivan.

Ao término da noite e chegado o momentomais esperado da reunião, foi sorteado obilhete aéreo oferecido pela Swiss Inter-national Air Lines.

Para que fosse possível concretizar esseprojeto, foi imprescindível o apoio dasempresas que se interessaram em partici-par deste importante momento conosco.

Agradecemos imensamente à Amelzônia(Srs. Rudolf Steiger e José Neto), àChamma da Amazônia (Sras. Ma.Consuelo Bernardes e Arésia CristinaMontesco), à Colortronic (Sr. DanielFolly), ao Copa Sul Hotel (Sr. AlexandreSampaio), à Lidador (Sr. Cabral), a LuizFerreira Flowers Designer (Srs. LuizFerreira e Eduardo de Oliveira), à GateGourmet (Sr. Carlos Bittar) e à SwissInternational Air Lines (Nádia Kardous)pelos patrocínios oferecidos.

Desejamos muito sucesso a todos osassociados e patrocinadores SWISSCAMe ao feliz ganhador do sorteio, Sr. MárioMagalhães, uma ótima viagem àSuíça.

O feliz vencedor

da passagem

para a Suíça é

Sr. Mário Magalhães

The happy winner

of the trip was

Mr. Mário Magalhães

O evento contou com o apoio de diversos

patrocinadores - The event was sponsored

by different companies

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Fernanda Falcão from Innova, a Braziliancompany, called the audience’s attention tothe high cost involved in trademark registra-tion in the countries that have not signed theprotocol, and admitted that the cost/benefitratio is not always favorable. Marcelo Peviani,from Editora Abril, which ranks fourth in theglobal ranking of weekly magazine publish-ing, also defends adhesion to the protocoland agrees it is necessary to facilitate theregistration process and improve the inter-national perception of our country.

Luiz Henrique do Amaral and GabrielLeonardos, from Dannemann, Bigler, andMomsen, Leonardos, respectively, mentionedthe fact that Brazil might not be ready tosign the protocol due to the slow and morecomplex political procedures that will haveto be followed to meet the terms of theprotocol. They also pointed out to the sixyears it takes to register a trademark withthe INPI (National Institute of IntellectualProperty) as a critical factor.

Jorge Ávila, vice-president of INPI and mod-erator in the first panel, stated that the insti-tute would soon begin using the new com-

puterized trademark registration system.He highlighted the possibility of requestingregistration online, thus eliminating paper re-gistration. As the team of reviewers willtriple, the situation is expected to get undercontrol by the end of 2007. He is confidentthat the country and its agencies will be ableto deal with the consequences resultingfrom signature of the Madrid Protocol.

FIRJAN was represented in the meeting byDr. Amaury Temporal, who performed hisrole as moderator of the second panel withbrilliance and wit.

Also present was Dr. Eduardo Machado,from Montaury Pimenta, Machado & Lioce,who was kind enough to provide us withsupport to organize the event.

Madrid Protocol Seminar

O n March 13, following the suggestionof NetPremium Seguros, one of our

member companies, SWISSCAM Rio held ameeting at the National Trade Confederation(CNC), where eleven guests representingdifferent entities and companies discussedthe various economic aspects related toBrazil’s eventual signature of the MadridProtocol. The protocol is a legal documentthat regulates international trademark andpatent registration, and has already beensigned by 78 countries.

The seminar was opened by Dr. AndréiaGomes, a lawyer with Tozzini, Freire, Teixeira& Silva Advogados, who introduced to theaudience Brazilian and foreign subject-matterspecialists on this topic of great relevancefor international trade.

Jane Collins (Syngenta, Switzerland) andGerhard Bauer (DaimlerChrysler, Germany)explained the simplicity, the savings, and thesafety provided by trademark registrationunder the Madrid Protocol, and their remarkswere in line with the views of Dr. José GraçaAranha, director of WIPO (World IntellectualProperty Organization).

SWISSCAM Rio

Palestrantes - Speakers: Bauer, Peviani,Machado, Collins, Falcão, Gomes, Aranha,Amaral, Ávila, Leonardos, Temporal

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om um evento nas instalações daprópria SWISSCAM, realizamos a já

conhecida festa de confraternização dosnossos associados. Tivemos um jantar coma famosa raclette suíça preparada peloRestaurante Helvetia e em um clima de des-

Festa em São PauloEnd-of-year Party

O nce more, SWISSCAM has organizedits traditional end-of-year celebration

for our members. With an attendance of over60 guests, the event was held at the Chamber’sfacilities, where our members could enjoy arelaxing and festive atmosphere while savor-ing the famous Swiss raclette prepared bythe Helvetia Restaurant. Live music bright-ened the event, which also celebrateSWISSCAM’s 60th anniversary.

SWISSCAM Rio reuniu, no dia 13/03,na Confederação Nacional de Co-

mércio, por sugestão do nosso associadoNetPremium Seguros, onze representantesde entidades e empresas para abordar osdiversos aspectos econômicos da eventualadesão do Brasil ao Protocolo de Madri, odocumento jurídico internacional que regulao registro de marcas e patentes e que jáfoi subscrito por 78 países ao redor domundo.

O seminário, cujo discurso de abertura foiproferido pela Dra. Andréia Gomes, advo-gada da Tozzini, Freire, Teixeira & SilvaAdvogados, proporcionou aos ouvintes aoportunidade de conhecer a opinião deespecialistas brasileiros e estrangeiros destesegmento tão relevante para o comérciointernacional.

Jane Collins (Syngenta, Suíça) e GerhardBauer (DaimlerChrysler, Alemanha) de-

monstraram a simplicidade, a economia ea segurança que advêm do registro demarcas através do Protocolo de Madri econtaram com a abalizada e indiscutívelanuência do Dr. José Graça Aranha, diretorda OMPI (Organização Mundial da Propri-edade Intelectual).

A representante da empresa brasileiraInnova, Fernanda Falcão, mencionou oelevado custo para o registro de marcasnos países não-signatários e concluiu quea relação custo/benefício nem sempre éfavorável. Marcelo Peviani da Editora Abril,a quarta empresa de publicação semanalno ranking internacional, também é adeptoà adesão e acredita na facilitação do pro-cesso de registro e na melhoria da per-cepção internacional relativa à imagemnacional a partir de então.

Luiz Henrique do Amaral e GabrielLeonardos, representantes da Dannemann,

SeminárioProtocolo de Madri

Festa na SWISSCAM

com música ao vivo do

saxofonista Waldir Balleiras

Party at SWISSCAM and

live music with saxophonist

Waldir Balleiras

Bigler e da Momsen, Leonardos, respecti-vamente, alertaram que o Brasil pode nãoestar preparado para assinar o Protocolodevido à lentidão e à complexidade doprocedimento político decorrente da subs-crição do Protocolo de Madri. Pontuaram,ainda, a demora de seis anos para registraruma marca no INPI (Instituto Nacional daPropriedade Intelectual) como fator com-plicador.

Jorge Ávila, vice-presidente do INPI emoderador do primeiro painel, afirmou queo sistema informatizado para registro demarcas deve entrar em funcionamento embreve, enfatizou a possibilidade de se fazero registro on-line e a conseqüente elimina-ção dos processos impressos. O quadrode examinadores será triplicado e, até ofinal de 2007, a situação estará controlada.Ele está confiante que o país e seus ór-gãos estão preparados para suportar asconseqüências oriundas da adesão aoProtocolo de Madri.

A FIRJAN esteve presente através daparticipação do conceituado Dr. AmauryTemporal, que exerceu com maestria emuito bom humor seu papel de moderadordo segundo painel.

Integrou a mesa o Dr. Eduardo Machado,do escritório Montaury Pimenta, Machado& Lioce que nos apoiou gentilmente durantea organização deste evento.

contração e confraternização entre os maisde 60 participantes. Com agradável músicaao vivo e muita diversão, a SWISSCAMcomemorou em grande estilo também osseus 60 anos desde a sua fundação.

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ais um ano se encerrou e como já étradição, a SWISSCAM realizou o

Presidents’ Club, um evento exclusivo parapresidentes e convidados especiais dasempresas associadas à SWISSCAM. Destavez pudemos contar com a presença doilustre jornalista e comentarista econômicoJoelmir Beting que ministrou uma excelentepalestra a respeito de suas projeções parao ano de 2006. Fez também uma análise

Presidents’ Club

ollowing the Chamber’s tradition,SWISSCAM hosted, at the end of an-

other year of activities, the President’s Club,a yearly event exclusively organized for thepresidents of our member companies andsome special guests. This year, our guestspeaker was Joelmir Beting, the renownedjournalist and economic columnist, whopresented his forecast for 2006, and madea review of the major facts of 2005. Amongother subjects, Mr. Beting talked about thepolitical scenario and the economy. The eventwas held at the Bar des Arts restaurant, andwas sponsored by some of SWISSCAM’scorporate members, including ABB, Bühler,Centroprojekt, Holcim, Novartis, Serono,T-Systems and Zurich. The event hadaround 90 participants, the highest numberever recorded in similar events, a factwhich made us proud.

dos acontecimentos de 2005. Falou depolítica e economia, entre outros assuntos.O evento, realizado no restaurante ‘Bardes Arts’, foi patrocinado por empresasassociadas à SWISSCAM: ABB, Bühler,Centroprojekt, Holcim, Novartis, Serono,T-Systems e Zurich. Recebemos aproxi-madamente 90 participantes, batendotodos os recordes nesse evento, o quenos deixou ainda mais satisfeitos.

30 sw isscam nº44 03 /2006

Impressões do Presidents’ Club com Joelmir Beting

Impressions of the Presidents’ Club with Joelmir Beting

Na Assembléia Geral Ordinária éapresentado o Relatório Anual 2005com a Lista de Associados 2006.A capa é ilustrada com a obra ‘lalettera N’ de 1973, do artista suíçoMax Bill. - The work ‘la lettera N’,1973, by the Swiss artist Max Bill

O Relatório Anual pode sersolicitado na SWISSCAM:Preço R$ 100,00.The Annual Report can beordered from SWISSCAMfor R$ 100,00.

[email protected]

Comitê de RH

25 de novembro | “Organizações de Aprendizagem”,ministrada por Maria Thereza R.C. Soares, Mestreem Administração de Empresas e Docente daUniversidade Mackenzie23 de janeiro | Definição de temas e palestrantespara o ano de 200622 de fevereiro | Palestra “Investir em pessoas eacreditar no seu potencial, oferecendo trabalhopara presos e aprendizes”, ministrada por SolangeSenese, FUNAP (Fundação de Amparo ao Preso) eMarcello Cunha, representante do Rotary Clube SãoPaulo e do IPP (Instituto Profissionalizante Paulista)

Comitê de Meio Ambientee Sustentabilidade

8 de novembro | “Aumentando a rentabilidade deprojetos industriais por meio da geração e vendade créditos de carbono”, com o Sr. Rodrigo Weiss,Factor Consulting + Management AG23 de fevereiro | Definição de temas e palestrantespara o ano de 2006

Comitê Jurídico

24 de fevereiro | Definição de temas e palestrantespara o ano de 2006

Comitê de Marketing

22 de fevereiro | Definição de temas e palestrantespara o ano de 2006

HR CommitteeNovember 25 | Presentation “Learning Organizations”by Maria Thereza R. C. Soares, Master in BusinessAdministration and Professor at Mackenzie UniversityJanuary 23 | Meeting to define topics and speakersfor 2006February 22 | Presentation “Investing in people andbelieving in their potential, offering jobs to prisonersand apprentices”, by Solange Senese, from FUNAP(Fundação de Amparo ao Preso), and MarcelloCunha, from Sao Paulo Rotary Club and IPP(Instituto Profissionalizante Paulista)

Environment andSustainability CommitteeNovember 8 | Presentation ‘Increasing profitability ofindustrial projects through generating and sellingcarbon credits”, by Mr. Rodrigo Weiss, from FactorConsulting + Management AGFebruary 23 | Meeting to define topics and speakersfor 2006

Legal CommitteeFebruary 24 | Meeting to define topics and speakersfor 2006

Marketing CommitteeFebruary 22 | Meeting to define topics and speakersfor 2006

Novembro 2005 a Fevereiro de 2006

Committee activitiesfrom November 2005

to February 2006

Atividadesdos comitês

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Copyright © Diogenes Verlag AG Zürich

Alle Rechte vorbehalten

Mart in Suter nasceu em 1948 em Zurique

e mora com sua esposa na Espanha e

Guatemala. Foi editor, repórter e roteir ista

de cinema e TV. Desde 1991 é escritor

freelancer. Além de romances e roteiros,

escreve colunas para as publicações

suíças Das Magazin e NZZ-Folio

Vícios da profissão

31sw isscam nº44 03 /2006

nnelise Behringer de fato só tem32 anos, todavia, de um estilo con-

servador e tradicionalista. Ela é a mãodireita - e esquerda - de Imbach, é a suamemória, seus álibis e sua impenetrávelante-sala.

A Sra. Behringer está sempre bem arruma-da, é pontual, consciente de seus deveres,educada, disciplinada e competente, ouseja: é tudo que o chefe dela, Imbach, nãoé. E na mesma medida em que ele apreciaas qualidades dela, ela admira nele a totalfalta das mesmas. Neste fundamento de-senvolveu-se, ao longo dos anos, uma felizparceria de trabalho, mesmo sendo ela umpouco unilateral.

A Sra. Behringer começa o seu expedientepontualmente às oito horas, porque, a partirdeste horário, o Imbach, teoricamente,está presente. Na prática ele raramentechega antes das nove horas, mas a Sra.Behringer é responsável pelo preenchimentoda lacuna entre a teoria e a prática.

“Oh, que azar, ele esteve aqui por meiahora, mas já está no primeiro compromisso”diz ela ao primeiro interlocutor que ligacinco minutos após oito horas.

“Acabei de transferir uma chamada paraele. Receio que vá demorar. Você queresperar?”

Quando Imbach chega de fato, ele já tevedez conversas virtuais e realizou meia dúziade compromissos inventados. Ele se sentana sua mesa de trabalho, com o seu cafée os seus jornais, e começa a se atualizar.

“O Sr. Imbach esperava a sua chamadabem antes, agora ele acabou de entrar emreunião”, é uma das respostas-padrão nestafase do dia. Um pouco mais tarde: “Entreas dez e as onze horas é um péssimomomento para falar com ele, porque nestehorário sempre ligam todos os ingleses.”

Annelise Behringer já mentiu tantas vezespor Imbach que, freqüentemente, as res-postas honestas nem vêm mais à suacabeça. “Com certeza absoluta”, ela écapaz de responder ao remetente de umacarta ainda não respondida, “eu mesmadigitei o documento e o enviei por correio.O erro deve estar na sua triagem interna”.

Quando Imbach esquece um compromisso,ela jura de pés juntos: “Nove horas! Nãoonze horas! Assim está marcado na agendadele e isto confere com a minha. Ele espe-rou você uma hora e meia.”

Mesmo quando o gentil Sr. Mahler (trinta ecinco anos, um metro e noventa, esportivo,charmoso, inocentemente divorciado) com-parece pela segunda vez para conversarcom Imbach sobre um relatório, elaboradocinco semanas atrás, que ainda nem foi

tirado do envelope, ela diz: “O Sr. Imbachacabou de ligar do carro dele. Está presono trânsito e, infelizmente, terá que pos-tergar o encontro com você.”

Eles marcam um novo horário para a se-mana que vem. O Sr. Mahler tem mãosbonitas, um lindo corte de cabelo e umdiscreto perfume levemente amargo.

Debruçados sobre as agendas, com o rostodela perto do dele, a Sra. Behringer derepente sente a proximidade do Sr. Mahlerde outra maneira do que, digamos, mera-mente profissional. Parece que ele senteo mesmo porque eles levantam os seusolhares no mesmo segundo. Os seus olhosse encontram e ele gagueja: “Você teriatempo nesta semana para almoçar comi-go?”

“Esta semana é ruim” ela ouve a sua própriavoz dizendo, “mas talvez possamosremanejar para daqui a duas semanas.”

por Mart in Suter

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ARCO - AssociaçãoBeneficente(atende crianças e adolescentes)Presidente: Monica F. AllainRua Licínio Felini, 97 - Chácara Flórida04949-170 São Paulo - SPEndereço para correspondência:Caixa Postal 28.70704905-991 São Paulo - SPTel/Fax (11) 5517 [email protected]

Associação Filantrópica SuíçaRua Cândido Mendes, 15720241-220 Rio de Janeiro - RJTel (21) 2242 6922(terça-feira das 9:00 às 12:00h)

Associação Filantrópica Suíçado Rio de Janeiro (AFS)Presidente: Urs BucherRua Cândido Mendes, 15720241-220 Rio de Janeiro - RJTel (21) 2242 6922(terça-feira das 9:00 às 12:00 h)

Associação Valesanado BrasilPresidente: Daniel DenicolRua Clóvis Bevilaqua, 1556Cristo Redentor95082-320 Caxias do Sul - RSTel (54) 3222 7190Cel (54) 9972 [email protected]

CAS (Clube dos Amigosda Suíça), Rio de JaneiroPresidente: André StukerRua Barão de Ipanema, 56Sala 501 - Copacabana22050-030 Rio de Janeiro - RJTel (21) 2256 5657Fax (21) 2256 [email protected]/cas

Círculo das SenhorasSuíças, Rio de JaneiroPresidente: Maria Louise RostockRua Cândido Mendes, 15720241-220 Rio de Janeiro - RJTel (21) 2242 6922(terça-feira das 9:00 às 12:00h)

Clube Esportivo Helvetia,São PauloPresidente: Odair MentonePresidente do Conselho Deliberativo:Carlos Edison StrasburgAv. Indianópolis, 314504063-006 São Paulo - SPTel (11) 5072 4515Fax (11) 2275 [email protected]

Colônia HelvetiaPresidente: José MingCaixa Postal 167Rodovia Santos Dumont, saída km 62Bairro Helvetia13330-270 Indaiatuba - SPTel (19) 3875 [email protected]

Commune Valaisanne,CuritibaAssociação dos DescendentesValaisanos do ParanáDiretor: Dr. José Celso de AlmeidaRua Major Franco Gomes, 40180310-000 Curitiba - PRTel (41) 3274 4095

Commune Valaisanne,São PauloPresidente: Brigitte GoffauxRua Willi Aureli, 27704789-090 São Paulo - SPTel (11) 5667 [email protected]

Escola de PanificaçãoSuíça de JoinvilleProf. Arnoldo NehlsPresidente: Alodir Alves de CristoRua XV de Novembro, 1383Cidadela Antártica - Bairro América89201-602 Joinville - SCTel (47) 3423 1565Fax (47) 3436 [email protected]

Armbrustschützen,São PauloPresidente: Doris JanssenRua Luis Prieto Roque, 22504783-030 São Paulo - SPTel (11) 5667 4459Fax (11) 5667 [email protected]

Associação Escola Suíço-Brasileira de São PauloMantenedora de Estabelecimentosde ensino sem fins lucrativosPresidente do Conselho deAdministração: Bernd SchusterDiretor Geral: David LinggTel (11) 5548 6672Fax (11) 5548 [email protected]

Escola Suíço-Brasileirade São PauloDiretor Executivo: David LinggRua Visconde de Porto Seguro, 39104642-000 São Paulo - SPTel (11) 5548 6672Fax (11) 5548 [email protected]

Colégio Suíço-Brasileirode CuritibaDiretor Executivo: Bernhard BeutlerRua Wanda dos Santos Mallmann, 53783323-400 Pinhais - PRTel/Fax (41) 3667 [email protected]

Associação Filantrópica“Criança Feliz”Presidente: Dr. Paul Gottfried LedergerberRua Urbano Mendes da Silva, 48Caucaia do Alto06725-115 Cotia - SPTel (11) 4611 1129Fax (11) 4611 [email protected]

Associação FilantrópicaSuíça do Rio de JaneiroRua Cândido Mendes, 15720241-220 Rio de Janeiro - RJTel (21) 2242 6922(terça-feira das 9:00 às 12:00h)

Associação LuzernerHinterland – InteriorRio de JaneiroPresidente: Alberto L. AbibWermelinger MonneratSede Social: Duas Barras (RJ)Praça Getúlio Vargas, 176/20828610-170 Nova Friburgo - RJTel (22) 2523 6426Cel (22) 8116 [email protected]

Associação Suíça deBeneficência Helvetia,São PauloPresidente: Doris JanssenTel (11) 5667 4459Vice-Presidente: Philipp WalserTel (11) 3064 5338Av. Indianópolis, 314504063-006 São Paulo - [email protected]@sociedade-helvetia.com.brwww.beneficencia-suica.com.br

Associação Suíço-Brasileirade Ajuda à CriançaBRASCRI, São PauloPresidente: Susanna LemannRua Dr. Armando da Silva Prado, 191Santo Amaro04672-040 São Paulo - SPTel (11) 5548 1646Fax (11) 5548 [email protected]

Comunidade suíça no BrasilSwiss community in Brazil

Embaixada da SuíçaEmbaixador: Rudolf BärfussSES - Avenida das Naçõesquadra 811 - lote 4170448-900 Brasília - DFTel (61) 3443 5500Fax (61) 3443 [email protected]

Consulado Geral da Suíçaem São PauloCônsul Geral: Giambattista MondadaAvenida Paulista, 1754 - 4° andar01310-920 São Paulo - SPTel (11) 3372 8200Fax (11) 3253 [email protected]

Consulado Geral da Suíçano Rio de JaneiroCônsul Geral: Klaus BucherConsulesa: Claudia Fontana TobiassenRua Cândido Mendes, 157 - 11° andar20241-220 Rio de Janeiro - RJTel (21) 2221 1867Fax (21) 2252 [email protected]

Consulado da Suíça emBelo HorizonteCônsul Honorário: Dieter Max PfeifferRua Paraiba 476 / sala 1002Funcionários30130-140 Belo Horizonte - MGTel (31) 3261 7732Fax (31) 3262 [email protected]

Consulado da Suíçaem CuritibaCônsul Honorário: André LarsenRua Ladislau Gembaroski, 115Tomaz Coelho83707-090 Araucária - PRTel (41) 3643 1395Fax (41) 3643 [email protected]

Consulado da Suíçaem FortalezaCônsul Honorário: Marco CoreccoRua Dona Leopoldina, 697 - Centro60110-000 Fortaleza - CETel (85) 3226 9444Cel (85) 9987 3342Fax (85) 3253 [email protected]

Consulado da Suíçaem JoinvilleCônsul Honorário: Alberto HoldereggerRua Albert Einstein, 119 - Bairro América89204-310 Joinville - SCTel/Fax (47) 3433 [email protected]

Consulado da Suíçaem ManausCônsul Honorário: Duno GerberRua Monsenhor Coutinho, 688 - Centro69010-110 Manaus - AMTel (92) 3233 4422Fax (92) 3233 [email protected]

Consulado da Suíçaem Porto AlegreCônsul Honorário: Gernot HaeberlinAv. Viena, 279 - São Geraldo90240-020 Porto Alegre - RSTel (51) 3222 2025Fax (51) 3222 [email protected]

Consulado da Suíçaem RecifeCônsul Honorário: Rudolf Fehr JúniorAv. Presidente Kennedy, 694APeixinhos53230-630 Olinda - PETel/Fax (81) 3439 [email protected]

Consulado da Suíçaem SalvadorCônsul Honorário: Adriano Vaz NeeserAv. Tancredo Neves, 3343 - Sala 506 B41820-020 Salvador - BATel (71) 3341 5827Fax (71) 3341 [email protected]

Escola Suíço-BrasileiraRio de JaneiroDiretora Geral: Ana CezarPresidente: Christian StaufferRua Almirante Alexandrino, 2495Santa Teresa20241-261 Rio de Janeiro - RJTel (21) 2556 5746Fax (21) 2285 [email protected]

Rua Correa de Araújo, 8122611-060 Barra da Tijuca - RJTel/Fax (21) 2493 [email protected]

Grupo Suíço deBeneficência, RolândiaPresidente: Annelise Furrer RühmannRua São Francisco de Assis, 234apto. 70386020-420 Londrina - PRTel/Fax (43) 3323 0534

Instituto Pró-Memória Suíçade JoinvillePresidente: Alberto HoldereggerRua Albert Einstein, 119 - Bairro América89204-310 Joinville - SCTel/Fax (47) 3433 1957

Igreja Evangélica Suíça,São PauloPastor: Valdeci dos SantosPresidente: Theodor SchüeppRua Gabriele d’Annunzio, 952Campo Belo04619-003 São Paulo - SPTel (11) 5044 5802Fax (11) 5044 [email protected]

Retiro SuíçoRua dos Coqueiros, s/n - Figueira Branca13233-512 Campo Limpo Paulista - SPTel (11) 4033 7033retiro@beneficencia-suica.com.brwww.beneficencia-suica.com.br

Sociedade Escolar SãoNicolau de Flüe deIndaiatubaPresidente: Dr. José MingAlameda Antonio Abiel, 895Colônia Helvécia13330-000 Indaiatuba - SPTel (19) 3875 7436

Sociedade Filantrópica“Lar Feliz”, São PauloPresidente: Helene RothCoordenador: Mario QuentinoRua Conde de Porto Alegre, 944Campo Belo04608-001 São Paulo - SPTel (11) 5543 [email protected]

Sociedade Filantrópica doEstado do Rio Grande do SulPresidente: Irmberto Rodolfo HaagRua Joaquim Caetano da Silva, 55Esq. Santo Inácio90570-130 Porto Alegre - RSTel/Fax (51) 3222 [email protected]

Sociedade Helvetiade CuritibaPresidente: Nelson GloorRua Ubaldino do Amaral, 119180060-190 Curitiba - PRTel (41) 3244 1782

Yonic OrganizaçãoNão-GovernamentalPresidente: Geraldine BelmontPraia da Tiririca, 23 - Caixa Postal 2345530-000 Itacaré - BATel (73) 3251 [email protected]

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DestaqueFoto: Divulgação

Fundada em 1980, a AASP(Associação ArmbrustschützenSão Paulo) é uma associaçãoesportiva, dedicada à prática detiro ao alvo com o Armbrust, atradicional arma suíça, conhecidapor todos através da lenda de Guilherme Tell. Atualmente, é umequipamento esportivo de alta tecnologia e precisão, permitindoum excelente desempenho aos atiradores. Nosso clube tem suasede e seu stand de tiro na Colônia Suíça de Helvetia, emIndaiatuba, SP.

A AASP participa ativamente doscampeonatos da EASV, a FederaçãoSuíça de Armbrust, e mantém viva estatradição aqui no Brasil.

Para conhecer as atividades da associação,acesse o website www.armbrust.com.br

Founded in 1980, AASP (Associação Armbrust-schützen SaoPaulo) is a sports association established to promote targetshooting using the “armbrust”, the traditional Swiss crossbow,made famous by William Tell. The armbrust has evolved and isnowadays a high-tech, highly accurate piece of sportsequipment, which enhances shooters’ performance. The cluband its shooting range are located in Helvetia, a village foundedby Swiss immigrants in the city of Indaiatuba, Sao Paulo.

AASP has regularly competed in all championships sponsoredby EASV, the Swiss Armbrust Federation, and work towardspreserving this sports tradition in Brazil.

To know more about AASP’s activities, visit our websitewww.armbrust.com.br.