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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável
SUPRAM SUL DE MINAS - Diretoria Regional de RegularizaçãoAmbiental
Parecer nº 130/SEMAD/SUPRAM SUL - DRRA/2021
PROCESSO Nº 1370.01.0039620/2020-55
PARECER ÚNICO Nº 130/2021
Nº Documento do Parecer Único vinculado ao SEI: 28494175
INDEXADO AO PROCESSO:Licenciamento Ambiental
PA COPAM:4320/2020
SITUAÇÃO:Sugestão pelo Deferimento
FASE DO LICENCIAMENTO: LP+LI+LO ampliação - LAC1 VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos
PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:
LAS/RAS 1772/2020 Deferido
Certidão de Uso Insignificante 0000244021/2021 Emitida
Certidão de Uso Insignificante 0000244023/2021 Emitida
Intervenção ambiental 1370.01.0039620/2020-55 Parecer pelo deferimento
EMPREENDEDOR: RAMOS E MORAIS LTDA - ME CNPJ: 03.881.300/0001-15
EMPREENDIMENTO: RAMOS E MORAIS LTDA - ME CNPJ: 03.881.300/0001-15
MUNICÍPIO: Cordislândia, Machado e Turvolândia- MG ZONA: Rural
COORDENADAS GEOGRÁFICAS(DATUM): WGS 84
LAT/Y 21°46'38.58"S LONG/X 45°42'41.53"O
LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:
( ) INTEGRAL ( ) ZONA DE AMORTECIMENTO ( ) USO SUSTENTÁVEL ( x ) NÃO
BACIA FEDERAL: Rio ParanáUPGRH: GD 5
BACIA ESTADUAL: Rio SapucaíSUB-BACIA: Baixo Sapucaí
CÓDIGO:A-03-01-8CÓDIGO:
A-02-10-0
A-05-05-3
PARÂMETROProdução bruta:30.000 m3/anoPARÂMETRO
Prod bruta: 12.000m3/ano
Extensão: 4,3km
ATIVIDADE PRINCIPAL DO EMPREENDIMENTO(DN COPAM 217/17): Extração de areia e cascalho para utilizaçãoimediata na construção civilDEMAIS ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO(DN COPAM 217/17):
Lavra em aluvião, exceto areia e cascalho
Estrada para transporte de minério/estéril externaaos limites de empreendimentos minerários
CLASSE DOEMPREENDIMENTO
3PORTEMÉDIO
CRITÉRIO LOCACIONAL INCIDENTE:
Localização prevista em Reserva da Biosfera, excluídas as áreas urbanas.
Parecer 130 (28494175) SEI 1370.01.0039620/2020-55 / pg. 1
CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO:
Projetar - Serviços Ambientais e Const. Civil LTDA
Ricardo Barros Pereira
REGISTRO:CREA-SP 5061922446/D
AUTO DE FISCALIZAÇÃO: id SLA 33444 DATA: 03/03/2021
EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA
Natália Cristina Nogueira Silva – Gestora Ambiental 1.365.414-0
Larissa Marques Cazelato Bernardes – Gestora Ambiental 1.364.213-7
De acordo: Renata Fabiane Alves Dutra – Diretora Regional de RegularizaçãoAmbiental 1.372.419-0
De acordo: Frederico Augusto Massote Bonifácio – Diretor Regional de ControleProcessual 1.364.259-0
Documento assinado eletronicamente por Natalia Cristina Nogueira Silva,Servidor(a) Público(a), em 23/04/2021, às 17:55, conforme horário oficialde Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 dejulho de 2017.Documento assinado eletronicamente por Renata Fabiane Alves Dutra,Diretor(a), em 23/04/2021, às 17:59, conforme horário oficial de Brasília,com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de2017.Documento assinado eletronicamente por Frederico Augusto MassoteBonifacio, Diretor(a), em 26/04/2021, às 09:48, conforme horário oficial deBrasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 dejulho de 2017.Documento assinado eletronicamente por Larissa Marques Cazelato,Servidor(a) Público(a), em 26/04/2021, às 09:54, conforme horário oficialde Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 dejulho de 2017.
A autenticidade deste documento pode ser conferida no sitehttp://sei.mg.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o códigoverificador 28494175 e o código CRC A56D580F.
Referência: Processo nº 1370.01.0039620/2020-55 SEI nº 28494175
Parecer 130 (28494175) SEI 1370.01.0039620/2020-55 / pg. 2
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1. Resumo
A RAMOS E MORAIS LTDA - ME é uma empresa de mineração que exerce suas atividades no leito
do Rio Sapucaí, no interior do processo minerário ANM nº 830.725/1983, na divisa dos municípios de
Cordislândia, Machado e Turvolândia - MG. Em 08/10/2020 formalizou via SLA o processo
administrativo nº 4320/2020, na modalidade de Licenciamento Ambiental Concomitante - LAC1, para
ampliar suas atividades de lavra. Por localizar-se em Zona de Transição – ZT da Reserva da Biosfera
foi considerada a incidência de critério locacional, o que justifica a adoção do licenciamento
concomitante.
O processo ANM encontra-se ativo, em fase de Concessão de Lavra, e dá direito às extrações de
areia, ilmenita, ouro e monazita. É detentor da Licença Ambiental Simplificada – LAS/RAS nº
1772/2020, válida até 17/06/2030.
Atualmente possui um porto na propriedade Fazenda Monte Alegre e formalizou o presente processo
visando implantar um novo porto na fazenda Fortaleza, há cerca de 2,8km do primeiro, ambos no
município de Cordislândia.
Após a ampliação, o empreendimento terá a capacidade de extração de 30.000m3/ano de areia e
12.000 t/ano de lavra em aluvião, operando com 6 funcionários.
Apesar do empreendimento não ter sido vistoriado presencialmente, o Relatório Técnico de Situação
apresentado sob responsabilidade do empreendedor e do profissional, as informações prestadas nos
estudos, os relatórios fotográficos apresentados, as imagens do Google Earth e informações obtidas
a partir da Infraestrutura de Dados Espaciais – IDE Sisema foram utilizados para avaliar as medidas
de controle ambiental instaladas e sua conformidade ambiental.
O uso de recurso hídrico no Rio Sapucaí é de competência da Agência Nacional de Águas – ANA e
encontra-se regularizado através das Resoluções nº 757, de 10 de maio de 2017, e nº 758, de 10 de
maio de 2017, e outorga nº 2429, de 31 de outubro de 2019. O recurso hídrico utilizado para consumo
humano é oriundo de captação em cisterna e curso d’água, regularizados através de Certidão de
Registro de Uso Insignificante junto ao IGAM nº 00244021/2021 e 00244023/2021.
As intervenções em Área de Preservação Permanente do porto da Fazenda Monte Alegre foram
regularizadas através do DAIA nº 0032119-D. As intervenções na Fazenda Fortaleza, para rampa de
acesso e tubulações de adução e de retorno, foram requeridas através do processo SEI n°
1370.01.0039620/2020-55 e são discutidas neste parecer.
Os efluentes líquidos de origem sanitária são destinados ao sistema de fossa séptica com lançamento
em sumidouro. O efluente industrial, proveniente da água de retorno, passa inicialmente por uma
bacia de contenção e posteriormente será direcionada para caixa de decantação tricompartimentada,
de onde alcança o leito do rio pela tubulação de PVC.
A principal fonte de emissão atmosférica está relacionada com aquelas provenientes de veículos e
equipamentos.
Desta forma, a Supram SM sugere o deferimento do pedido de Licença de Operação - Ampliação do
empreendimento RAMOS E MORAIS LTDA - ME.
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2. Introdução.
A RAMOS E MORAIS LTDA - ME é uma empresa de mineração que exerce
suas atividades no leito do Rio Sapucaí, no interior do processo minerário ANM nº
830.725/1983, na divisa dos municípios de Cordislândia, Machado e Turvolândia -
MG. Atualmente possui um porto na propriedade Fazenda Monte Alegre e formalizou
o presente processo visando implantar um novo porto na fazenda Fortaleza, ambos
no município de Cordislândia.
2.1 Contexto histórico.
A empresa RAMOS E MORAIS LTDA - ME formalizou em 08/10/2020 o
processo administrativo n°4320/2020 buscando regularizar a ampliação da área
diretamente afetada – ADA e da capacidade produtiva da atividade de “Extração
de areia e cascalho para utilização imediata na construção civil” e “Estrada para
transporte de minério/estéril externa aos limites do empreendimento”, códigos A-03-
01-8 e A-05-05-3, respectivamente.
O empreendimento opera amparado pelo LAS-RAS de nº 1772/2020, válida até
17/06/2030, para extração de areia e cascalho (25.000 m3/ano), lavra em aluvião
(12.000 m3/ano) e estrada para transporte de minério/estéril externa aos limites de
empreendimentos minerário (1,8 km), na Fazenda Monte Alegre, no município de
Cordislândia, MG, estando implantado desde 2016.
O empreendimento possui um DAIA - Documento Autorizativo para Intervenção
Ambiental nº 32119/D para a Fazenda Monte Alegre, para intervenção ambiental em
0,1658 ha de APP sem supressão de vegetação nativa.
A ampliação pleiteada visa regularizar a implantação de mais um porto, há
cerca de 2,8km do primeiro, na fazenda Fortaleza. Após a ampliação, o
empreendimento atingirá uma produção bruta de 30.000 m3/ano de extração de
areia, operando com 6 funcionários. A atividade de lavra em aluvião não terá sua
produção alterada.
A ampliação isoladamente se enquadraria como LAS. Porém, como o
empreendimento já é detentor de uma LAS, a caracterização do empreendimento
considerou os impactos cumulativamente, e este licenciamento se enquadrou na
modalidade LAC1, conforme o estabelecido no parágrafo único do artigo 11 da DN
COPAM n° 217.
“Parágrafo único – Para os empreendimentos detentores de
Licença Ambiental Simplificado – LAS, as ampliações serão
enquadradas de acordo com as características de tais ampliações e
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das atividades já existentes, cumulativamente, e a licença a ser emitida
englobará todas as atividades exercidas.”
As atividades de extração de areia e lavra em aluvião são consideradas,
conforme DN 217/2017 como médio potencial poluidor/degradador. Com uma
extração de areia e cascalho de 30.000m3/ano, é considerada médio porte,
enquadrando-se na classe 3.
Por localizar-se em Zona de Transição – ZT da Reserva da Biosfera há
incidência de critério locacional, justificando a adoção da modalidade de
licenciamento ambiental concomitante LAC1 (LP+LI+LO).
Vinculada ao licenciamento, foi protocolada a solicitação de intervenção
Ambiental, sem supressão de cobertura vegetal nativa, em áreas de preservação
permanente – APP através do protocolo SEI 1370.01.0039620/2020-55, no qual sua
viabilidade ambiental é avaliada por este parecer.
Não foi realizada vistoria técnica ao empreendimento, sendo as questões
ambientais avaliadas mediante os estudos, relatório técnico/fotográfico, informações
obtidas no SICAR, IDE e imagens de satélite disponíveis no Google Earth, conforme
previsto no § 2º do art. 2º da Resolução Conjunta Semad, IEF, IGAM e FEAM nº
2.959, de 16 de abril de 2020. O relatório técnico de fiscalização foi elaborado sob
responsabilidade técnica do Eng. Civil e Ambiental Ricardo Barros Pereira.
Os estudos ambientais Relatório de Controle Ambiental – RCA, Plano de
Controle Ambiental – PCA, Plano de Utilização Pretendida – PUP e Projeto Técnico
de Reconstituição de Flora - PTRF foram elaborados sob responsabilidade técnica
do Eng. Civil e Ambiental Ricardo Barros Pereira.
A equipe interdisciplinar da SUPRAM SM, após avaliar os referidos estudos
ambientais, considerou os mesmos satisfatórios para avaliar a viabilidade ambiental
da ampliação do empreendimento.
2.2 Caracterização do empreendimento.
Atualmente o empreendimento opera em um porto localizado na Fazenda
Monte Alegre, em uma área de 0,1658m2 com 4 empregados, e produção bruta
anual de 25.000 m3 para extração de areia.
Ocorre que após avaliação do curso d'água em questão no trecho abrangido
pela poligonal minerária autorizada pela Agência Nacional de Mineração, verificou-se
grande volume de areia em locais inacessíveis pelo conjunto draga móvel e batelão
pelo porto regularizado junto a Fazenda Monte Alegre, devido a ocorrência de
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rochas no leito, sendo prospectada uma nova área para instalação de um novo porto
que possibilitasse o acesso, a extração deste minério e o descarregamento.
Assim, a ampliação visa a implantação de mais um porto, há cerca de 2,8km do
primeiro, na fazenda Fortaleza. Após a ampliação, o empreendimento atingirá uma
produção bruta de 30.000m3/ano, operando com 6 funcionários. O regime de
operação é de 8h/dia, 5 dias/semana.
A propriedade em questão apresentou viabilidade técnica para exploração pois
está a jusante das duas barreiras de rochas no leito do Rio Sapucaí, sendo possível
realizar a mobilidade em um trecho de aproximadamente 1,5km, e este local
apresenta grandes depósitos de areia e possibilidade de recarga do minério,
conforme a prospecção realizada.
Consta nos estudos que foi realizada avaliação de alternativa locacional,
buscando um local que possibilitasse menor impacto sobre vegetação nativa, e onde
a barranca do rio fosse mais baixa para evitar possíveis impactos de carreamento e
assoreamento do curso d'água. Portanto, após a avaliação citada, definiu-se o local
requerido como o de menor impacto para instalação das estruturas, sem supressão
de vegetação nativa.
Imagem 1: Em vermelho, poligonal ANM 830.725/1983; em branco, Fazenda Monte Alegre no qual encontra-se instalado e operando o Porto 1; em amarelo, Fazenda Fortaleza, onde pretende-se instalar o porto 2, objeto de análise do presente parecer.
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A poligonal ANM 830.725/1983 abrange os municípios de Cordislândia,
Machado e Turvolândia, ao longo do Rio Sapucaí, mas os portos localizam-se no
município de Cordislândia, próximo à Rodovia BR267. O empreendedor apresentou
as respectivas declarações de conformidade municipais.
O processo ANM encontra-se ativo, em fase de Concessão de Lavra, e dá
direito às extrações de areia, ilmenita, ouro e monazita.
As propriedades são de fácil acesso, através de estrada não pavimentada, mas
em bom estado de conservação, próximo à Rodovia BR267.
Extração de areia:
O método de lavra é o de dragagem por sucção no leito do rio Sapucaí a partir
da utilização de dois conjuntos de draga, sendo: a primeira, uma draga fixa aportada
defronte ao porto de areia, e a segunda composta por um conjunto móvel de draga
com rebocador, a qual terá acesso por todo o leito do rio.
A extração é realizada em diferentes pontos do trecho do rio compreendendo
todo o direito minerário, de acordo com as sedimentações e acumulações de areia
que são variáveis durante os períodos sazonais do ano.
O processo produtivo a partir de dragas móveis consiste no posicionamento da
draga móvel até o trecho do rio que apresenta depósito mineral, sendo então
imobilizada por meio de cordas e cabos que são amarrados em estacas nas
margens do rio. A areia dragada nesses locais é direcionada para o compartimento
de carga do tipo batelão, que no caso do empreendimento possui capacidade de
10m³.
A extração se dá a partir do rebaixamento da haste de sucção no leito do rio e
o funcionamento do conjunto motobomba.
Quando o batelão está completamente carregado, é rebocado até a draga fixa
localizada no porto de areia, onde ocorrerá o descarregamento no pátio. Esta draga
fixa irá dragar a polpa armazenada no batelão para a caixa classificadora localizada
no porto. Neste pátio está localizada a extremidade da linha de adução interligada à
bomba de sucção que direciona a polpa para o classificador. Neste momento, é
realizada a separação das frações de areia grossa, média e fina, bem como antes do
classificador existem peneiras que separam os resíduos compostos por galhos, lixos
e o cascalho.
A areia é disposta em pilhas não superiores a três metros de altura, onde
ocorrerá o carregamento em caminhões para venda.
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A água e finos resultantes do processo de desaguagem passa pela bacia de
decantação e posteriormente é destinada para a caixa de decantação e a água
retorna ao rio através de uma tubulação de PVC, com afastamento mínimo de 3
metros do talude do rio.
O porto de areia da Fazenda Monte Alegre está totalmente implantado. Quanto
às unidades de apoio e infra-estrutura necessária para o porto da propriedade
Fortaleza será necessário realizar a delimitação do porto com paliçadas em forma de
barricadas, instalação do classificador, acesso ao porto e rampa de acesso da balsa.
Para os controles ambientais, será necessário instalar a caixa de decantação
idêntica à existente no porto em operação, bem como as tubulações de adução e
retorno.
Lavra em aluvião de minerais
A extração é executada por dragagem efetuada por mergulhador no fundo do
rio em depósitos aluvionares previamente avaliados, assim como para a extração da
areia. A principal diferença neste processo é que a própria draga está dotada de
uma pequena planta de lavagem que possui uma calha concentradora, onde os
sedimentos dragados são lançados pela tubulação de adução, ocorrendo o processo
de levigação.
A levigação se resume em manter a substância mineral mais densa no fundo
da calha enquanto as substâncias menos densas são levadas pela corrente de água.
A calha concentradora possui pequenos orifícios e barreiras onde os minérios mais
pesados se acumulam.
Este processo é simples e toda a água utilizada na dragagem da polpa retorna
imediatamente ao curso d’água.
3. Diagnóstico Ambiental.
De acordo com informações obtidas através da Infraestrutura de Dados
Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-
Sisema), a região onde o empreendimento encontra-se instalado possui alta
prioridade para conservação segundo a Fundação Biodiversitas. O mapa Síntese
das áreas prioritárias de MG indica que a Várzea do Rio Sapucaí possui espécies
migratórias de peixes e, portanto, é recomendada a criação de Unidade de
Conservação nesta região.
A região possui fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual Montana e é
considerada uma região com prioridade para recuperação muito alta, uma vez que o
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grau de conservação da vegetação nativa é muito baixa. Conforme o ZEE, é uma
região que possui baixa qualidade ambiental e da água.
Por localizar-se em Zona de Transição – ZT da Reserva da Biosfera, foi
apresentado os estudos de critério locacional, conforme termo de referência.
Conforme referido estudo, no caso do rio Sapucaí, a ZT foi delimitada devido a
interligação de sua bacia hidrográfica com as Zonas Núcleos -ZN’s contempladas
pelas Unidades de Conservação, bem como com as Zonas de Amortecimentos -
ZA's no entorno destas, sendo um corredor natural para o fluxo gênico da flora e da
fauna, interligando as cabeceiras preservadas com as áreas baixas das bacias,
especialmente o corpo hídrico formado pela represa de Furnas.
Apesar de localizado no interior do zoneamento de transição da RBMA, o
empreendimento está inserido em local fortemente alterado por atividades antrópicas
diversas, como a proximidade com a zona urbana do município de Cordislândia,
agricultura, pecuária e rodovia.
O empreendimento requer este Licenciamento pela necessidade de instalação
de um novo porto de areia, visto que o atual conjunto draga móvel e batelão não
consegue acesso ao trecho abrangido por esta ampliação, devido a ocorrência de
rochas no leito do rio.
Conforme informado nos estudos, foi realizada uma análise de toda a
propriedade prospectada e as margens do Rio Sapucaí, buscando um local que
possibilitasse menor impacto sobre vegetação nativa e onde a barranca do rio fosse
mais baixa para evitar possíveis impactos de carreamento e assoreamento do curso
d'água. Após a avaliação citada, definiu-se o local requerido como o de menor
impacto para instalação das estruturas, sem supressão de vegetação nativa.
3.1 Unidades de conservação.
De acordo com a IDE-Sisema e informações prestadas nos estudos
ambientais, o empreendimento não está situado dentro de unidade de conservação
ou dentro de zona de amortecimento de unidade de conservação (§ 2° do art. 25 da
Lei Federal 9.985/2000) ou ainda em raio de 10 km de área circundante de UC (art.
2° da Resolução CONAMA 13/90).
3.2 Recursos Hídricos.
Na área do empreendimento, o Rio Sapucaí está enquadrado como Classe 02
e possui as extensões aproximadas de 12.000,00 metros de comprimento dentro do
polígono minerário em questão, profundidade média de 5,0 metros e em média
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70,00 metros de largura, e grande volume hídrico em escoamento por sua calha em
todo o ano.
O trecho passível de extração mineral é limitado pela poligonal ANM
830725/1983 e encontra-se entre as coordenadas UTM: início 7.587.095m S,
424.712m E e final 7.592.543m S, 425.503m E.
O uso de recurso hídrico no Rio Sapucaí é de competência da Agência
Nacional de Águas – ANA e encontra-se regularizado através das Resoluções nº
757, de 10 de maio de 2017, e nº 758, de 10 de maio de 2017, e outorga nº 2429, de
31 de outubro de 2019.
O recurso hídrico utilizado para consumo humano é oriundo de captação em
cisterna, regularizado através de Certidão de Registro de Uso Insignificante junto ao
IGAM, com nº 00244021/2021, Processo 008817/2021, com captação máxima de
0,100 m³/h, durante 8:00 horas/dia, totalizando 0,800 m³/dia. A finalidade deste uso é
para consumo humano diverso nas estruturas de apoio de ambos os portos de areia,
sendo captada por bomba submersa, armazenada e transportada quando
necessário em galões de 50 litros.
Para o uso nos sanitários, higienização de estrutura de apoio e outros usos
menos nobres, a captação de água é oriunda de curso d’água, conforme
regularizado pela Certidão de Registro de Uso Insignificante junto ao IGAM, com nº
00244023/2021, Processo 008820/2021, com captação máxima de 0,100 l/s, durante
8:00 horas/dia, totalizando 2.880 litros/dia. A água é captada por gravidade,
armazenada e será transportada para o porto do imóvel Fortaleza, quando
necessário, em galões de 50 litros.
Tabela 1 – Uso de água
3.3. Fauna.
A biodiversidade existente é composta em sua maioria por espécies
generalistas, que são capazes de se adaptar à vida em paisagens fragmentadas. A
variabilidade de habitats é restrita, portanto são observadas espécies comuns como,
por exemplo: (1) Répteis (nome popular): cascavel, urutu, jararaca, coral, lagartos;
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(2) Aves (nome popular): canários, maritacas, jacus, codorna, inhambu, seriema,
carcará, tiziu, urubu, pardal, coruja, garça branca, etc.; (3) Mamíferos (nome
popular): tatus, roedores silvestres, cachorro do mato, preá, lontra, capivara, ouriço
cacheiro; (4) Peixes: lambari, mandi, bagre, piau, traíra, dourado e etc.; entre outros
comumente encontrados na região.
O afugentamento da fauna, por sua vez, ocorrerá devido às emissões dos
equipamentos utilizados para realização da atividade extrativa, sendo o aumento do
ruído e emissões atmosféricas, e movimentação de pessoas. Além da fauna
terrestre, a draga causará ainda o afugentamento da ictiofauna, que durante as
atividades operacionais em um depósito aluvionar tenderá a migrar para locais não
perturbados pela atividade.
Este afugentamento será cíclico, uma vez que ao fim da jornada de trabalho
diurna todas as emissões são paralisadas.
3.4. Flora
O município de Cordislândia, no qual estão localizadas as estruturas físicas
do empreendimento, está totalmente inserido no Bioma Mata Atlântica, tendo como
fitofisionomias presentes a floresta estacional semidecidual montana.
O empreendimento está localizado em áreas planas e aluvionares às margens
do rio Sapucaí, com características de várzeas. Conforme informado nos estudos, os
fragmentos de floresta estacional semidecidual localizados às margens do rio
Sapucaí apresentam-se bastante descaracterizados, com baixa variação de
espécies e largura média de 20 metros, demonstrando forte pressão antrópica das
pastagens. A vegetação com melhores características de preservação está
localizada apenas na barranca do rio, ou seja, a mata ciliar cumpre a função de
proteção do talude.
Foi verificada a presença de espécies arbóreas cujo dossel chega a seis
metros. Em maioria, os espécimes arbóreos apresentam valores de circunferência à
altura do peito (CAP) entre 20 e 60 cm. O sub-bosque é formado por poucas
espécies herbáceas e algumas arbustivas, sendo observados muitos indivíduos de
canelas (Ocotea sp. e Nectandra sp.), bem como a sangra-d’água (Croton
urucurana), jatobás (Hymenaea sp.) e jacarandás (Machaerium sp.). No sub-bosque
verifica-se grande quantidade de cipós e lianas entremeados às arbóreas.
3.5 Intervenção Ambiental
As intervenções em Área de Preservação Permanente do porto da Fazenda
Monte Alegre foram regularizadas através do DAIA nº 0032119-D, no qual autorizou-
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se 0,1658ha de intervenção ambiental em APP sem supressão de vegetação nativa,
emitido em 17/01/2017, válido até 17/09/2020.
Como condicionantes do DAIA, foram estabelecidas medidas mitigadoras
como a manutenção periódica dos equipamentos, maquinários e da caixa de
passagem, destinação adequada dos resíduos sólidos, observância do afastamento
da margem visando a conservação da borda da calha, dentre outros. Destaca-se
aqui a compensação ambiental, no qual foi definida a recuperação de uma área de
0,3889ha sob as coordenadas UTM (7592640.39 m S; 428082.53 m E) através do
plantio de espécies nativas, conforme PTRF apresentado.
Destacamos que, conforme Decreto nº 47.749, de 11 de novembro de 2019,
não cabe renovação de autorizações para intervenção em APP e, findada a
atividade mineral, a APP deverá ser regenerada.
“Art. 9º – O prazo de validade da autorização para intervenção ambiental em APP corresponde ao prazo necessário à realização da intervenção, respeitados os prazos determinados nos arts. 7º e 8º. § 1º – O término da vigência da autorização para intervenção ambiental em APP não impede a permanência ou continuidade da atividade, não cabendo sua renovação em qualquer hipótese. § 2º – Caso cesse a atividade autorizada em APP ou haja abandono da área autorizada, a APP deverá ser regenerada, sendo necessário o requerimento de autorização se pretendida nova intervenção.”
A solicitação de intervenção ambiental a fim de autorizar a implantação do
novo porto na Fazenda Fortaleza foi requerida através do processo SEI n°
1370.01.0039620/2020-55 e será discutida e avaliada a seguir.
Inicialmente, cabe informar que para ampliação requerida não será
necessária supressão de vegetação nativa, conforme Plano de Utilização
Pretendida apresentado no âmbito do processo de licenciamento.
Como trata-se de empreendimento de extração de areia e lavra em aluvião é
impossível desempenhar a atividade sem que haja intervenção em APP. Os portos,
tanto o existente quanto o requerido, apresentam-se com suas estruturas inseridas
dentro da APP, pelo fato deste trecho do rio possuir cerca de 75m de largura, com
delimitação de APP com 100 metros. Essa distância impossibilita que os
equipamentos possuam potência para lançar a polpa. Além disso, os estudos de
alternativa técnica locacional buscaram áreas prioritariamente com ocupação
antrópica consolidada com pastagem.
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O local selecionado para passagem das tubulações de adução e de retorno
apresenta uma faixa de vegetação nativa ciliar na barranca do rio, porém, para as
tubulações não será necessária supressão, visto que as mesmas apresentam
diâmetro máximo de 200mm, sendo prevista suas instalações no nível do solo sem
escavações e retirada de vegetação.
A rampa de acesso ao leito do rio que possui finalidade de lançamento e
retirada da draga e do batelão, bem como manutenções necessárias nos
equipamentos, cuja função é essencial para desenvolvimento da atividade, foi
projetada para um local sem vegetação nativa em um trecho mais baixo da barranca
do rio a uma distância de aproximadamente 200 metros do local do porto. Este local
não possui viabilidade técnica para instalação do porto de areia porque está em uma
parte mais baixa do terreno, suscetível aos impactos das cheias e inundações.
Portanto, o empreendedor requer a autorização para intervenção em APP
para as estruturas necessárias para ampliação do empreendimento minerário na
propriedade Sítio Fortaleza, conforme descrito a seguir:
Intervenção em APP sem supressão de vegetação: caracterizada pelas
intervenções requeridas em área de pastagem, ausente de vegetação nativa. Sendo:
0,0263ha de estrada de acesso ao porto; 0,1009ha para o pátio e depósito de areia,
incluindo a caixa de decantação e classificadores; 0,0015ha para o canal de retorno;
0,0009ha para a linha de adução e 0,0349ha para a rampa de acesso, totalizando
0,1645ha.
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Imagem 2: Localização da área requerida para intervenção na cor magenta. A seta vermelha indica a área do porto e as tubulações. A seta preta indica a área requerida para rampa de acesso. Fonte: Google Earth.
3.6. Socioeconomia.
As fontes de areia nos municípios da região são os leitos de cursos d'água
que apresentam variável volume de areia, sendo o leito do Rio Sapucaí a principal
fonte de extração para a região.
Através da execução da atividade é fomentado o desenvolvimento regional da
construção civil, o aquecimento da economia através da geração de empregos
diretos e indiretos, impostos como ICMS, PIS, COFINS, e geração de CFEM -
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, que retorna ao
município origem da extração.
3.7. Reserva Legal e Área de Preservação Permanente
A reserva legal da propriedade Sítio Fortaleza está localizada no imóvel Água
Clara (matricula 20.381), de mesmo proprietário, pelo fato de que ambas as
propriedades são originadas da mesma matricula nº 710, que possui um grande
fragmento de floresta destinado a reserva legal do imóvel como um todo antes dos
desmembramentos por sucessão. Conforme descrito nos estudos, esta reserva legal
possui características da fitofisionomia de Floresta Estacional Semidecidual, em
estágio sucessional médio a avançado de regeneração natural.
O sitio Fortaleza encontra-se devidamente declarado no SICAR sob registro
n° MG-3119005-B1FA6B402C3A40EEB3B4DE48B8AD8018 no qual consta imóvel
de 45,6489ha (1,5289 módulos fiscais), matrícula 20.382, de propriedade de
Lisanias Pereira Maciel.
A Fazenda Monte Alegre encontra-se devidamente declarado no SICAR sob
registro n° MG-3119005-FFAC.9C7D.8297.4E68.A553.2315.23AE.F1D1 no qual
consta imóvel de 158,4736ha (5,2934 módulos fiscais), matrícula 22.730, de
propriedade de Helvécio Cezarini Maciel. Conforme dados prestados no referido
cadastro, a propriedade possui 56,57ha de remanescente de vegetação nativa, dos
quais 35,619ha são destinados à Reserva Legal, não abrangendo áreas de
Preservação Permanente.
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Imagem 3: Em branco, limite das propriedades Fazenda Monte Alegre e Fazenda Fortaleza, e em verde, limite das Reservas Legais, conforme declarado em seus respectivos CAR.
4. Compensações
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4.1 Compensação por intervenção em áreas de preservação permanentes – Resolução Conama nº 369/2006;
A área proposta para implantação do Projeto Técnico de
Reconstituição de Flora - PTRF apresenta-se descaracterizada ou degradada
(ausência total de cobertura florestal nativa), em decorrência de sua utilização
para criação pecuária com pastagem, atividade antrópica exercida no local em
questão.
A área total selecionada para compensação perfaz uma gleba única
com 0,1645ha, mesmas dimensões da área requerida para intervenção e
contígua à esta.
Foi proposto a recomposição e enriquecimento da área através do
plantio de mudas de essências nativas de porte arbóreo ou arbustivo, com a
introdução de indivíduos escolhidos de acordo com suas características
ecológicas e fitossociológicas, visando reintroduzir espécies que ocorrem
naturalmente em ambientes semelhantes.
Esta área proposta a Compensação Florestal deverá ser isolada
imediatamente à aprovação deste PTRF e autorização para intervenção em
APP.
Imagem 4: Em branco, limite da propriedade Fazenda Fortaleza; em verde, proposta de compensação por intervenção em APP; em rosa, intervenções autorizadas.
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5. Aspectos/Impactos ambientais e medidas mitigadoras.
5.1. Efluentes líquidos
Os efluentes líquidos gerados no empreendimento são provenientes tanto do
processo (água de retorno) quanto dos sanitários, e eventuais resíduos oleosos
provenientes das trocas de óleo dos maquinários.
Medida(s) mitigadora(s):
Para controle da possível erosão do solo devido à exposição deste às
intempéries nas áreas do porto, rampa de acesso ao rio e retorno da água, algumas
medidas de controle e mitigação devem ser adotadas, tais como:
Instalação de sistema de drenagem em toda a área do porto de areia e na
rampa de acesso, visando ao direcionamento das águas pluviais que interfiram
nestas áreas para a bacia de contenção principal para evitar que ocorra escoamento
deste pelo talude do rio ou próximo aos taludes, evitando encharcamento e
consequentes deslizamentos e desbarrancamentos.
Este sistema deve ser dotado de delimitação com leiras de proteção no porto
(paliçadas), e terraços na rampa de acesso, os quais devem sempre que possível
direcionar a água pluvial e do processo de dragagem para a bacia de contenção de
finos principal, onde ocorrerá a retenção da água, decantação da areia e
posteriormente será direcionada para caixa de decantação tricompartimentada, de
onde alcança o leito do rio pela tubulação de PVC.
Nos abastecimentos, trocas de óleo ou pequenas manutenções nas dragas no
leito do rio ou equipamentos no solo, o empreendedor propõe utilizar bandejas ou
bacias coletoras amplas para receber possíveis parcelas fugitivas destes elementos.
Destacamos ainda que o empreendedor informa que as manutenções e trocas de
óleo dos veículos são realizadas por empresas especializadas na cidade.
Todos os galões de óleos (lubrificantes e combustíveis) bem como peças e
acessórios são armazenados em tambores no interior do container (coberto, cercado
e impermeabilizado) existente no empreendimento, tanto antes quanto após o uso,
conforme fotografias reproduzidas neste parecer.
Quanto ao efluente sanitário, o empreendimento possui fossa e deve adequar
a fossa séptica para 6 usuários, visando ao tratamento do efluente gerado no
sanitário do porto. O lançamento do efluente tratado ocorre em sumidouro.
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5.2. Resíduos Sólidos
Consta no processo um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos a ser
implementado no empreendimento, com objetivo de definir os procedimentos
adequados no acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos gerados nesta unidade geradora e de um
processo de educação ambiental e de coleta seletiva de materiais recicláveis.
Salientamos aqui a necessidade de adequação do depósito temporário de
resíduos e produtos perigosos, para que seja dimensionado adequadamente para
comportar esses resíduos até sua destinação final.
A comprovação da destinação adequada de resíduos será monitorada através
do sistema MTR.
Tabela 2 - Estimativa dos resíduos sólidos gerados no empreendimento, sua taxa de geração e forma de destinação final.
5.3. Emissões atmosféricas
A emissão de poeira pelo empreendimento será apenas nas estradas para
transporte de minério/estéril, uma vez que na área do porto de areia, devido a
dragagem da polpa de minério junto com a água, os locais permanecem sempre
umidificados, diminuindo significativamente a possibilidade de emissão de poeira.
Os motores à combustão dos equipamentos utilizados no processo de
extração de areia causam emissões atmosféricas
Medida(s) mitigadora(s):
Estas emissões atmosféricas provenientes da combustão dos veículos e
equipamentos são difusas, pontuais e ocorrem em ambiente aberto, sendo
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impossíveis de serem confinadas e tratadas. O empreendedor propõe a avaliação
periódica das emissões, demonstrando a necessidade de se aplicar manutenções
nos equipamentos.
5.4. Ruídos e Vibrações
O processo produtivo do empreendimento se configura como uma atividade
que apresenta um potencial elevado de emissão de ruídos decorrentes do
funcionamento dos motores das dragas e movimentação de máquinas.
É importante ressaltar que os agentes causadores deste impacto estão em
funcionamento apenas no período diurno dos dias úteis, com máxima emissão diária
de 7 horas/dia. Ou seja, o afugentamento da fauna ocorrerá em menos de 1/3 terço
do dia, em um raio médio de 200 metros do equipamento emissor de ruído e gases,
tendo a fauna possibilidade de permanecer no local devido ao equilíbrio ambiental
do período de 17 horas/dia totalmente livre de emissões de ruído ou atmosféricas.
Medida(s) mitigadora(s):
A medida mitigadora principal para emissões de ruídos é a manutenção
frequente dos motores e equipamentos, com lubrificação de peças e acessórios,
com a possibilidade de instalação de silenciadores.
5.5 Intervenção em APP
Como trata-se de empreendimento de extração de areia e lavra em aluvião é
impossível desempenhar a atividade sem que haja intervenção em APP. Os portos,
tanto o existente quanto o requerido, apresentam-se com suas estruturas inseridas
dentro da APP, pelo fato da largura do curso d’água ser aproximadamente 70
metros, com delimitação de APP com 100 metros, o que impossibilita que os
equipamentos possuam potência para lançar a polpa a uma distância superior.
Medida(s) mitigadora(s):
Promover a recuperação da área indicada para compensação pela
intervenção, referente a 0,1645ha, dentro da propriedade, em área de preservação
permanente.
Realizar o cercamento de toda a extensão do empreendimento para limitar as
intervenções às áreas autorizadas, e evitar o acesso de pessoas e maquinários em
área não regularizada.
Cercar o plantio compensatório de forma a impedir o acesso de animais que
possam comprometer o sucesso do plantio.
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Realizar a sucção sempre afastado da margem, visando a conservação da
borda da calha.
Posicionar a tubulação de retorno afastada da borda da calha, visando sua
conservação.
Construção de paliçadas ao redor dos depósitos e ao longo do porto.
Manutenção periódica do sistema de decantação, das bacias de contenção e
das caixas de decantação tricompartimentada.
5.6 Cumprimento de condicionantes.
Conforme Parece Técnico de LAS/RAS nº 129/2020, as seguintes condicionantes foram definidas na concessão da Licença Ambiental Simplificada n° 1772/2020:
1. Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo
II, demonstrando o atendimento aos padrões definidos nas normas vigentes.
Anexo II.
1. Resíduos Sólidos
Apresentar, semestralmente, a Declaração de Movimentação de
Resíduo – DMR, emitida via Sistema MTR-MG, referente às operações
realizadas com resíduos sólidos e rejeitos gerados pelo
empreendimento durante aquele semestre.
2. Apresentar relatório técnico-fotográfico que comprove a implantação do
sistema de drenagem de águas superficiais, incluindo canaletas escavadas no
terreno, caixa tricompartimentada e bacias de sedimentação.
Foi ainda estabelecida como medida compensatória do DAIA 0032119-D a
“Recuperação de uma área de 0,3889ha dentro da mesma propriedade, em área de
preservação permanente, conforme projeto técnico de reconstituição da flora (PTRF)
anexo ao processo.”
Do cumprimento:
As condicionantes definidas no LAS/RAS 1772/2020 foram cumpridas em
22/09/2020 através do protocolo eletrônico SEI, processo n° 1370.01.0040529/2020-
53, documentos 19682788 e 19682789.
Em consulta ao Sistema MTR, identificamos a DMR n° 42933 no qual não
consta nenhum MTR declarado no segundo semestre de 2020.
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A implantação da medida compensatória estabelecida no DAIA vigente foi
comprovada através do relatório de informações complementares apresentado no
sistema SLA em 03/03/2021.
Como o plantio compensatório ainda está na fase inicial, e demanda ainda
sua condução, permanecerá como condicionante do presente parecer.
6. Controle Processual
Este processo foi devidamente formalizado e contém um requerimento de Licença
Ambiental concomitante - LAC 1 (LP+LI+LO ampliação). O empreendimento já é
licenciado através do LAS-RAS de nº 1772/2020, com validade até 17/06/2030, que
será abarcado por este processo.
A regularização ambiental, por intermédio do licenciamento, tem início, se for
preventiva, com a análise da licença prévia – LP, seguida pela licença de instalação
- LI e licença de operação – LO.
Será avaliado então se estão reunidas as características necessárias para se atestar
a viabilidade ambiental da empresa.
Passa-se, portanto, a verificação da viabilidade ambiental de cada uma das fases
que estão compreendidas neste processo, LP, LI e LO.
Com a licença prévia - LP atesta-se a viabilidade ambiental da atividade ou do
empreendimento quanto à sua concepção e localização, com o estabelecimento dos
requisitos básicos e das condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de
sua implementação, de acordo com o inciso I, art. 13 do Decreto Estadual nº 47.383
de 2018 – que estabelece normas para licenciamento ambiental.
A viabilidade ambiental, na fase de LP, se constitui na viabilidade locacional, ou seja,
verifica-se se na concepção do projeto, que resultou no empreendimento, foram
observadas as restrições quanto a sua localização, ou seja, se o local onde a
empreendimento está é viável, propício ao desenvolvimento da sua atividade; se não
existe impedimento quanto a sua localização como: estar localizada em área restrita,
destinada a conservação da natureza ou de interesse ambiental que possa
inviabilizar a sua manutenção no local.
Nenhuma restrição ambiental foi apontada no item 3 do parecer, que tratou do
diagnóstico ambiental.
As Certidões das Prefeituras Municipais de Turvolândia, Cordilândia e Machado,
conforme documentos anexados ao processo no Sistema de Licenciamento
Ambiental, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão
em conformidade com a lei e regulamento administrativo do município.
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A apresentação da Certidão da Prefeitura é uma obrigação expressa no artigo 18 do
Decreto Estadual nº 47.383 de 2018.
Foi verificada a publicação do pedido de Licença publicado no Diário Oficial do
Estado.
Conclui-se que NÃO há restrição ambiental que inviabilize a localização do
empreendimento e sua ampliação. Portanto, a viabilidade ambiental, no que diz
respeito a localização está demonstrada.
Passa-se para a análise da instalação.
A licença de instalação autoriza a instalação da atividade ou do empreendimento, de
acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, de
acordo com o inciso II do artigo 13 do Decreto Estadual nº 47.383 de 2018.
Inexiste manifestação contrária à instalação e a viabilidade locacional foi atestada
anteriormente.
Opina-se pela aprovação da instalação da ampliação do empreendimento, bem
como das medidas de controle ambiental já existentes.
Foi solicitada intervenção ambiental em área de preservação permanente, para
ampliação do empreendimento. Esta intervenção foi tratada no item 3.5 deste
parecer e ocorrerá sem a supressão de vegetação.
Passa-se para a análise da operação do empreendimento.
A licença de operação em caráter corretivo autoriza a operação da atividade, desde
que demonstrada a viabilidade ambiental.
Nos itens anteriores deste parecer foram explicitados os impactos ambientais
negativos que o empreendimento ocasiona no meio ambiente.
A operação do empreendimento está condicionada a demonstração de que, para os
impactos negativos, foram adotadas medidas de controle ambiental, capazes de
diminuir os impactos negativos da sua atividade.
A implantação efetiva de medidas de controle ambiental, bem como a demonstração
da eficácia destas medidas, por intermédio de laudos de monitoramento, possibilita a
demonstração da viabilidade ambiental, entendida a viabilidade ambiental como a
aptidão de operar uma atividade, potencialmente poluidora, sem causar poluição ou
degradação e, se o fizer, que seja nos níveis permitidos pela legislação.
Confrontando-se os impactos negativos com as medidas de controle ambiental
informadas nos itens anteriores, verifica-se que a empresa conta com as medidas de
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controle ambiental para proporcionar a mitigação dos impactos negativos da
ampliação de suas atividades ao meio ambiente.
A empresa faz jus a licença requerida e pelo prazo de dez anos, conforme previsão
constante no artigo 15 do Decreto Estadual nº47.383/2018.
7. Conclusão
A equipe interdisciplinar da Supram Sul de Minas sugere o deferimento desta
Licença Ambiental na fase de LP+LI+LO concomitantes - ampliação, para o
empreendimento “RAMOS E MORAIS LTDA - ME” da “RAMOS E MORAIS LTDA -
ME” para a atividade de “Extração de areia e cascalho para utilização imediata na
construção civil”, código A-03-01-8, “Lavra em aluvião, exceto areia e cascalho”,
código A-02-10-0, e “Estrada para transporte de minério/estéril externa aos limites de
empreendimentos minerários”, código A-05-05-3, nos municípios de “Cordislândia,
Machado e Turvolândia - MG”, pelo prazo de “dez anos”, vinculada ao cumprimento
das condicionantes e programas propostos.
Oportuno advertir ao empreendedor que a análise negativa quanto ao cumprimento
das condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I), bem como
qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a
Supram Sul de Minas, tornam o empreendimento em questão passível de ser objeto
das sanções previstas na legislação vigente.
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa, nem substitui, a
obtenção, pelo requerente, de outros atos autorizativos legalmente exigíveis.
A análise dos estudos ambientais pela Superintendência Regional de Regularização
Ambiental do Sul de Minas, não exime o empreendedor de sua responsabilidade
técnica e jurídica sobre estes, assim como da comprovação quanto à eficiência das
medidas de mitigação adotadas.
Quadro-resumo das Intervenções Ambientais avaliadas no presente parecer
Município Cordislândia
Imóvel Fortaleza (matrícula 20.382)
Responsável pela intervenção Ramos e Morais LTDA - ME
CPF/CNPJ 03.881.300/0001-15
Modalidade principal Intervenção sem supressão de cobertura vegetal nativa em áreas de preservação permanente – APP
Protocolo 1370.01.0039620/2020-55
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Bioma Mata Atlântica
Área Total Autorizada (ha) 0,1645ha
Longitude, Latitude e Fuso UTM: 426435.50 m E, 7591641.65 m S, 23K
Data de entrada (formalização) 08/10/2020
Decisão Deferido
Fitofisionomia Floresta estacional semidecidual montana
Validade/Prazo para Execução Vinculada à validade da licença
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Anexos
Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação - Ampliação da “RAMOS E
MORAIS LTDA - ME”;
Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação - Ampliação da
“RAMOS E MORAIS LTDA - ME”;
Anexo III. Relatório Fotográfico da “RAMOS E MORAIS LTDA - ME”
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ANEXO I
Condicionantes para Licença de Operação – Ampliação da “RAMOS E MORAIS
LTDA - ME”
Item Descrição da Condicionante Prazo*
01
Executar o Programa de Automonitoramento,
conforme definido no Anexo II, demonstrando o
atendimento aos padrões definidos nas normas
vigentes.
Durante a vigência
da licença
02
Apresentar relatório técnico-fotográfico que
comprove a implantação das medidas de controle
ambiental propostas, das quais destaca-se:
Sistema de drenagem de águas superficiais,
caixa tricompartimentada, bacias de
sedimentação, sistema de tratamento de
efluentes sanitários, depósito temporário de
resíduos (classe 1 e 2).
Previamente a
operação da
ampliação do
empreendimento
03
Comprovar, através de relatório técnico e
fotográfico, a execução e manutenção dos
plantios compensatórios pela intervenção em
APP, conforme proposto nos respectivos PTRFs
(ambos os portos).
Semestralmente**
04
Comprovar, através de relatórios técnicos e
fotográficos mensais, com apresentação
semestral à SUPRAM-SM, a manutenção
periódica das bacias e caixas de decantação de
cada um dos portos.
Mensal**
* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na
Imprensa Oficial do Estado.
** Enviar semestralmente à Supram SM, até o dia 10 do mês subsequente, os relatórios solicitados
nos itens 3 e 4.
IMPORTANTE
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Os parâmetros e frequências especificadas para o Programa de Automonitoramento
poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram-SM, face ao
desempenho apresentado;
Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição
original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser
previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental.
A análise ambiental constante neste Parecer Único referente à etapa de vistoria de
campo foi subsidiada pelo Relatório Técnico de Situação apresentado sob
responsabilidade do empreendedor e do profissional, conforme ART - Anotação de
Responsabilidade Técnica nº MG20210118387 do profissional Ricardo Barros
Pereira, com registro no respectivo Conselho de Classe (CREA-MG) em substituição
à vistoria técnica, considerando o estabelecido no §2º do art. 2º da Resolução
Conjunta Semad, IEF, IGAM e FEAM nº 2.959, de 16 de abril de 2020. Caso
verificada a apresentação de informações inverídicas, falsas ou omissões
relacionadas ao processo, serão aplicadas as sanções cabíveis ou até a suspensão
da licença
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ANEXO II
Programa de Automonitoramento da Licença de Operação - Ampliação
da “RAMOS E MORAIS LTDA - ME”
1. Efluentes Líquidos
Local de amostragem Parâmetro Frequência de
Análise
Saída dos sistemas de
decantação de cada
um dos portos
Óleos e graxas minerais, sólidos
sedimentáveis e sólidos em
suspensão total.
Semestral
Relatórios: Enviar semestralmente à Supram-SM até o dia 10 do mês subsequente, os resultados
das análises efetuadas. O relatório deverá especificar o tipo de amostragem e conter a identificação,
registro profissional e a assinatura do responsável técnico pela amostragem, além da produção
industrial e do número de empregados no período. Deverá ser anexado ao relatório o laudo de
análise do laboratório responsável pelas determinações.
Constatada alguma inconformidade, o empreendedor deverá apresentar justificativa, nos termos do
§2º do art. 3º da Deliberação Normativa nº 165/2011, que poderá ser acompanhada de projeto de
adequação do sistema de controle em acompanhamento.
Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados das análises realizadas durante o ano, o
órgão ambiental deverá ser imediatamente informado, inclusive das medidas de mitigação adotadas.
Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas no Standard Methods
for Examination of Water and Wastewater, APHA-AWWA, última edição.
2. Resíduos sólidos e rejeitos
2.1 Resíduos sólidos e rejeitos abrangidos pelo Sistema MTR-MG
Apresentar, semestralmente, a Declaração de Movimentação de Resíduo –
DMR, emitida via Sistema MTR-MG, referente às operações realizadas com
resíduos sólidos e rejeitos gerados pelo empreendimento durante aquele semestre,
conforme determinações e prazos previstos na Deliberação Normativa Copam
232/2019.
Prazo: seguir os prazos dispostos na Deliberação Normativa Copam nº
232/2019.
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2.2 Resíduos sólidos e rejeitos não abrangidos pelo Sistema MTR-MG
Apresentar, semestralmente, relatório de controle e destinação dos resíduos sólidos
gerados conforme quadro a seguir ou, alternativamente, a DMR, emitida via Sistema
MTR-MG.
Prazo: seguir os prazos dispostos na DN Copam 232/2019.
RESÍDUO
TRANSPORT
A DOR
DESTINAÇÃO FINAL
QUANTITATIVO TOTAL DO SEMESTRE
(tonelada/semestre)
OBS.
Denomina ção e
código da lista IN IBAMA 13/2012
Orige
m
Class
e
Taxa de
geraçã o
(kg/mê s)
Ra- zão social
Endere- ço
comple- to
Tecnolo
- gia (*)
Destinador / Empresa responsável
Quanti- dade
Destina da
Quanti- dade Gerad
a
Quanti- dade
Armaze nada
Razão social
Endereço completo
(*)1- Reutilização 6 - Co-processamento
1 – Reciclagem 7 - Aplicação no solo
2 - Aterro sanitário
8 - Armazenamento temporário (informar quantidade armazenada)
3 - Aterro industrial 9 - Outras (especificar)
4 - Incineração
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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Sul de Minas
PU no XXX/2018 Data: XX/XX/XXX
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Av. Manoel Diniz, nº145, Bloco III SISEMA, Varginha - MG, CEP: 37062-480 Telefax: (35) 3229-1816
Observações
● O programa de automonitoramento dos resíduos sólidos e rejeitos não abrangidos pelo Sistema MTR-MG, que são aqueles elencados no art. 2º da DN 232/2019, deverá ser apresentado, semestralmente, em apenas uma das formas supracitadas, a fim de não gerar duplicidade de documentos.
● O relatório de resíduos e rejeitos deverá conter, no mínimo, os dados do quadro supracitado, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.
● As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendedor.
● As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor, para fins de fiscalização.
ANEXO III
Relatório Fotográfico da “RAMOS E MORAIS LTDA - ME”
Foto 01. Área para instalação do porto 2: Fazenda Fortaleza
Foto 02. APP onde será instalada a rampa de acesso do porto 2
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PU no XXX/2018 Data: XX/XX/XXX
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Av. Manoel Diniz, nº145, Bloco III SISEMA, Varginha - MG, CEP: 37062-480 Telefax: (35) 3229-1816
Foto 03. Depósito de produtos e resíduos perigosos
Foto 04. Plantio compensatório do Porto 1.
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