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LOCALIZAÇÃO E CONCENTRAÇÃO DO EMPREGO FORMAL INDUSTRIAL NOSMUNICÍPIOS DA PARAÍBA NOS ANOS 1990, 2000 E 2010
Osmar Faustino de Oliveira1 Pollyanna Neves de Medeiros
2
Dr. William Eufrásio Nunes Pereira3
RESUMO: A década de 1990 caracterizou-se pela inserção do Brasil no processo demundialização do capital. A abertura comercial ampliou o nível de competividade daprodução brasileira ao forçar as empresas nacionais a competirem com as empresasinternacionais. O presente trabalho tem como objetivo revelar a localização econcentração do emprego formal industrial no estado da Paraíba nos anos 1990, 2000e 2010. Realizou-se uma revisão bibliográfica auxiliando à pesquisa. Os dadossecundários, que deram suporte ao cálculo do índice de Hoover são da Relação Anualde Informações Sociais (RAIS), disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego(MTE). Uma vez coletados os dados da RAIS, foi preciso buscar à classificação deSubsetores segundo a classificação do IBGE, mais especificamente aos 15 subsetoresque compõem o setor industrial. Os resultados mostraram que durante o períodoanalisado surgiram 32 novas aglomerações econômicas dos segmentos industriais.Portanto, o trabalho abordou o grau de especialização na indústria de materiais deprodutos não metálicos nos municípios da Paraíba em relação ao estado.
Palavras-chave: Quociente locacional; emprego formal; indústria
1 Aluno de graduação em economia da UFRN. E-mail: [email protected] 2 Aluno de graduação em economia da UFRN. E-mail: [email protected] 3 Professor do Departamento de Economia da UFRN. E-mail: [email protected]
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INTRODUÇÃO
A década de 1990 foi marcada por alguns fenômenos históricos, a exemplo da
Abertura Comercial, da Guerra Fiscal e da Reestruturação Produtiva, fase que introduz
novos métodos, tecnologias, técnicas de produção. A reestruturação é a fase de
metamorfose entre dois modos de regulação o Fordismo e a Acumulação Flexível. Dois
modelos de produção envolvendo um processo de transformação nos mecanismos de
produção da economia. (PEREIRA, 2008).
A década de 1990 caracterizou-se pela inserção do Brasil no processo de
mundialização do capital. A abertura comercial ampliou o nível de competividade da
produção brasileira com as empresas internacionais. No Brasil, a reestruturaçãoprodutiva implicou um processo de descentralização produtiva de alguns setores
importantes, principalmente os intensivos em trabalho. A descentralização produtiva
caracterizou-se muito mais por ser uma relocalização industrial do que, em sua
essência, descentralização de capitais. (PEREIRA, 2008).
Segundos os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a
Paraíba está situada a leste da região Nordeste e tem como limites o estado do Rio
Grande do Norte ao norte, o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco ao sul e Ceará a
oeste. Ocupa uma área de 56.439 km². A capital é João Pessoa e o relevo é modesto,
mas não muito baixo, em que 66% do território se encontra entre 300 e 900 metros de
altitude. Distribuída pelos 223 municípios, a população da Paraíba, segundo estimativas
do IBGE para 2010, conta com aproximadamente 3,85 milhões de pessoas, das quais
3,0 milhões vivem nos centros urbanos. Mudanças significativas estão ocorrendo em
sua dinâmica e estrutura, que devem ser consideradas nas mais diversas ações de
governo.
Segundo o censo de 2010 a população estimava 3.766.528 habitantes. O estado
possui 223 municípios, possuindo duas cidades médias, Campina Grande com uma
população de 385.213 habitantes e Patos com 100.674 habitantes.
O presente trabalho tem como objetivo, evidenciar o grau de especialização dos
municípios da Paraíba, em relação ao estado no setor da indústria. Para isso foi preciso
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utilizar o coeficiente locacional de Hoover, que mostra o índice de especialização dos
segmentos industriais.
As cidades que apresentaram um grau de concentração no setor da indústria de
produtos não metálicos no estado da Paraíba. Na qual se destacaram Boa Vista com
uma população estimada segundo dados do IBGE de 6.227 habitantes. Conde, com
uma população de 21.400 habitantes.
Caaporã com 20.362 habitantes, Esperança com 31.095 habitantes, Guarabira
55.326 habitantes. Itaporanga com uma população de 23.192, João Pessoa a capital do
estado com uma população de 723.515. Juazeirinho com 16.776, Junco do Seridó
6.643 habitantes, Mamanguape 42.303 moradores, Picuí 18.222 habitantes, Queimadas41.049 habitadores, Rio Tinto 22.976 habitantes, Santa Luzia com 14.719 habitantes e
Santa Rita 120.310 são os municípios paraibanos que concentraram um grau de
especialização da indústria de produtos minerais não metálicos.
Segundo a economia da Paraíba as cidades que apresenta maior destaque no
seu PIB, valores em R$ 1.000,00, são João Pessoa com 5.966.595, Campina Grande
com 2.718.189, Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com 739.280, Bayeux com
444.259, Patos com 413.028, Sousa com 309.528, Caaporã com 299.857, Cajazeiras
com 285.326 e Conde com 210.440. Já o maior PIB per capita fica com Cabedelo
desde 2003. A distribuição espacial do PIB da Paraíba segundo, cada Região
Geoadministrativa, comprova uma forte concentração da economia estadual em três
pontos: João Pessoa, Campina Grande e Guarabira, que conjuntamente,
representaram 75% do PIB estadual, em 2009. Da mesma forma, o município sede de
cada uma dessas regiões foi o centro dinâmico da economia local.
O cluster, segundo Lopes Neto (1998), são várias indústrias ou empresas
relacionadas, todas bem sucedidas no mesmo local. O cluster é uma rede de funções
conectadas, são atividades que tem ligação numa cadeia industrial, ou seja, são uma
aglomeração geográfica de diferentes atividades. O cluster ou como definidos por
alguns economistas como aglomerações econômicas, transmite uma união de esforços
entre os governos, empresários, agentes financeiros e outros segmentos
representativos da sociedade, com o objetivo de levar maior desenvolvimento para o
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Nordeste. Um tema bastante discutido na economia regional que enfatiza as políticas
de desenvolvimento para o Nordeste brasileiro.
O cluster é inerente a toda economia e indústria e oferece vários benefícios
competitivos para grandes e pequenas empresas. Definido por alguns economistas
como aglomerações econômicas, transmite uma união de esforços entre os governos,
empresários, agentes financeiros e outros segmentos representativos da sociedade,
com o objetivo de levar maior desenvolvimento para o Nordeste. Lopes Neto (1998).
As aglomerações de empresas, espacialmente concentradas e setorialmente
especializadas, tem mais chances de sucesso, em um ambiente competitivo e de
constantes mudanças tecnológicas, se elas fazem parte de um cluster, ao invés deoperarem isoladamente no mercado. Rezende (2012)
As políticas regionais têm o objetivo principal criar nas regiões um ambiente
favorável para atração de investimentos. Desenvolvendo e fortalecendo as instituições
para conduzir o aumento de sua capacidade de transformação e de aceitação de
inovações tecnológicas. Na qual favoreçam um maior grau de integração e coesão
espacial dentro da região e entre as demais regiões do país.
REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIA
Realizou-se uma revisão bibliográfica que deu suporte à pesquisa, e um
levantamento de dados subsidiários para obter os resultados. Os dados secundários
que deram base ao cálculo do índice de Hoover são da Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS), disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que é
uma das principais fontes de informações sobre o mercado de trabalho formal no Brasil.
Uma vez coletadas as informações da RAIS, foi preciso buscar à classificação de
Subsetores segundo a classificação do IBGE, mais especificamente aos 15 subsetores
que compõem o setor industrial. Depois que coletados os dados da RAIS, utilizou a
metodologia do índice de Hoover para obter o grau de especialização da indústria nos
municípios paraibano, em relação ao estado.
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Para visualizar a especialização do setor industrial no estado da Paraíba utilizou-
se o índice de localização de Hoover (1936), ou Quociente Locacional. Ele é uma
importante medida de especialização regional desenvolvida pela teoria econômica, e é
dado por:
Onde:
É o emprego da indústria i na região j;
É o emprego total na região j;É o emprego industrial na Região referência;Emprego total na região de referência.
Segundo Silveira Neto (2005) o coeficiente de Hoover tem a característica de ser
uma medida relativa, na qual traz a possibilidade de comparar a concentração dos
diferentes segmentos da indústria. Esse coeficiente mostra o quanto o setor i da
economia é mais (ou menos) importante para a região j , a região de referência.
Quanto maior for o índice, mais concentrada e especializada é a indústria para aregião. Se o valor do QL for superior igual ou superior a 1 (um), provavelmente o
segmento industrial possui uma especialização produtiva da região j no setor i da
economia, pois está acima da média da região de referência.
A região de referência é o estado da Paraíba, e a região de análise são os
municípios. Com isso, obtendo-se o grau de especialização de cada setor da indústria
nas cidades paraibanas.
Adotou-se como filtro para que possa ser feito o cálculo do Quociente
Locacional em determinado município, uma quantidade mínima e 10 estabelecimentos
industriais. E ao final do cálculo, serão considerados aglomerados econômicos, os
municípios que apresentarem QL igual ou superior a 3. Os demais não serão
considerados aglomerações econômicas devido à falta de especialização do Quociente
Locacional.
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RESULTADOS
O setor industrial é dividido em 15 subsetores, para saber o grau de
especialização do estado paraibano, foi preciso calcular o índice de Hoover. Na qual os
setores são; a indústria extrativa mineral; Indústria de produtos minerais não metálicos;
Indústria metalúrgica; Indústria mecânica; Indústria do material elétrico e de
comunicações; Indústria do material de transporte; Indústria da Madeira e do mobiliário;
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica; Ind. da Borracha, fumo, couros, peles,
similares, indústria Diversas; Indústria química de Produtos farmacêuticos, veterinários,
perfumaria; Indústria têxtil do vestuário e Artefatos de tecidos; Indústria de calçados;
Indústria de produtos alimentícios, Bebidas e álcool etílico; Serviços industriais de
utilidade pública; Construção Civil.
O grau de especialização do emprego formal no setor industrial no estado da
Paraíba vem aumentando nos últimos anos. Alguns setores industriais vêm
desenvolvendo mais do que outros.
Como mostra a tabela 1 no ano de 1990 foram identificados 26 aglomerados nos
segmentos da indústria que apresentam o Quociente Locacional igual ou superior a 3.Já em 2000 o número passou para 45, onde o segmento industrial que mais se
destacou foi a indústria de produtos minerais ou não metálicos com 7 aglomerados. Em
2010 a quantidade passou para 58 no total de aglomerados igual ou superior a três. Na
qual a indústria de produtos minerais não metálicos em 1990 a 2010 surgiu 9
aglomerações.
Durante o período analisado em 2010 em relação a 1990 surgiram 32 novos
aglomerados econômicos dos segmentos industriais. O estado paraibano vem
concentrando sua atividade no setor da indústria de produtos minerais não metálicos.
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Tabela 1.Número de municípios especializados no setor Industrial 1990, 2000 e2010.Indústria na Paraíba 1990 2000 2010 Saldo Evolução(%)
Extrativo mineral 2 6 6 4 200
Indústria de produtos minerais não metálicos 2 7 11 9 450Indústria metalúrgica 1 4 5 4 400
Indústria mecânica 2 2 0 -2 -100
Indústria do material elétrico e decomunicações 2 1 1 -1 -50
Indústria do material de transporte 1 5 4 3 300
Indústria da madeira e do mobiliário 4 2 3 -1 -25
Indústria do papel, papelão, editorial egráfica 0 1 1 1 100
Ind. da borracha, fumo, couros, peles,
similares, ind. Diversas 3 1 4 1 33,3Ind. química de produtos farmacêuticos,
veterinários, perfumaria, ... 2 4 5 3 150
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de
tecidos 3 3 6 3 100Indústria de calçados 2 6 4 2 100
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e
álcool etílico 2 3 5 3 150Serviços industriais de utilidade pública 0 0 0 0 0
Construção civil 0 0 3 3 300
Soma 26 45 58 32 123
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS – MTE. Banco de dados do GEPETIS
O estado paraibano, vem ao longo dos anos se especializando na indústria de
minerais não metálicos. Na qual a tabela 2 mostra as principais cidades que se
destacaram na quantidade de aglomerações em tal ramo da indústria. Observando a
tabela, no ano de 1990 apenas duas cidades possuíam especialização na indústria de
minerais, Queimadas e Santa Rita.
Em 2000, esse número de cidades especializadas sobe para sete. Na qual
Conde e Santa Luzia são os maiores concentradores do setor de produtos minerais nãometálicos. Junco do Seridó, Juazeirinho, Picuí, Rio Tinto e Esperança tem razoáveis
graus de especialização. Em 2010 o número de cidades com aglomerados sobe para
treze. Vale destacar que a cidade de Conde possui o maior índice de especialização em
tal setor. João Pessoa aparece com uma participação secundária.
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Tabela 2. Quociente Locacional da Indústria de produtos minerais não metálicos nos municípios daParaíba.Indústria de produtos minerais não metálicos 1990 2000 2010
Boa Vista 0 0 26,513
Caapora 0 0 4,25
Conde 0 15,661 56,554
Esperança 0 3,607 2,065
Guarabira 2,575 1,789 42,622
Itaporanga 0 1,085 3,762
Joao Pessoa 0 0,509 54,699
Juazeirinho 0,591 6,907 0,612
Junco do Seridó 0 9,629 1,199Mamanguape 1,329 0 8,659
Picuí 0 5,352 3,555
Queimadas 12,569 2,15 5,391
Rio Tinto 0 5,588 6,82
Santa Luzia 0 20,077 8,949
Santa Rita 3,506 2,737 18,818
Soledade 0 0 4,094Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS – MTE. Banco de dados do GEPETIS.
O QL mais elevado em números absolutos da indústria de Minerais não-
metálicos foi constatado no ano 2010 no município de Conde com 56,55. No mesmo
ano João Pessoa atingiu o QL de 54,69. Portanto no ano de 2010 surgiram novas
aglomerações para os estados da Paraíba.
A seguir o trabalho aborda três mapas do estado da Paraíba, mostrando a
localização dos municípios que apresentam concentração do emprego industrial de
produtos minerais não metálicos.
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Mapa 1 – Localização do emprego industrial na Paraíba em 1990
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS – MTE. Banco de dados do GEPETIS
Mapa 2 – localização do emprego industrial na Paraíba em 2000
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da RAIS – MTE. Banco de dados do GEPETIS
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Mapa 3 – localização do emprego industrial na Paraíba em 2010
Fonte:Elaboração própria a partir dos dados da RAIS – MTE. Banco de dados do GEPETIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos últimos anos os estados nordestinos vêm aumentando o número de
empresas e consequentemente, aumentando o número de empregos para seusrespectivos municípios. Um dos fatores que pode ser mencionado é a desconcentração
industrial ocorrida no Sudeste. Na qual as empresas migram para outras regiões,
devido ser atrativo possuir filiais em outras localidades. A Região Sudeste não perde
com isso, pelo contrário, é atrativo possuir filiais em outras regiões.
O Nordeste vem ganhando com esse processo, pois, novas firmas irmãs
migrando para seus respectivos municípios, principalmente nas regiões metropolitanas.
No estado da Paraíba, não é diferente, pois nos últimos anos, os números de empresas
vêm aumentando, e consequentemente o número de emprego formal no setor
industrial.
O referente artigo trouxe, o grau de especialização da indústria no estado
paraibano. Ficando perceptível por meio dos dados, que o estado é um forte
concentrador no ramo da indústria de produtos minerais não metálicos. Foram
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pesquisados os anos de 1990, 2000 e 2010, mostrando o grau de especialização e
concentração do emprego industrial.
Podemos considerar por meio dos dados analisados, que no estado da Paraíba
surgiram 32 novas aglomerações econômicas, ou seja, 32 novas especializações. O
estado paraibano vem com um alto grau de especialização na Indústria de produtos
minerais não metálicos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Relação Anual deInformações Sociais (RAIS). Brasília – DF; MTE.
Economia da Paraíba. Disponível em: http://www.paraibatotal.com.br/a-paraiba/economia
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