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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

1. SUBSTANTIVO

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam:

-lugares: Alemanha, Porto Alegre...-sentimentos: raiva, amor...-estados: alegria, tristeza...-qualidades: honestidade, sinceridade...-ações: corrida, pescaria...

Morfossintaxe do substantivo

Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do com-plemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encon-tramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de ad-juntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras.

1.2 Substantivos Comuns e Próprios

Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica.

Ex.: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.

Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular.Ex.: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.

1.3 - Substantivos Concretos e Abstratos

Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres; designa seres que apressentam im-agem.

Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.

Ex.: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, saci, fantasma, Deus, etc.

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e senti-mentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir.Ex.: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sen-timento).

1.4 - Substantivos Coletivos

Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie.Academia De artistas, cientistas, escritores

Acervo De bens matérias, de obras de arte

Álbum De fotografias, selos

Alcatéia De lobos

Antologia De trechos literários em prosa ou em verso

Armada De navios de guerra

Arquipélago De ilhas

Arsenal De armas e munições

Assembléia De membros de corporações, parlamentares

Atilho De espigas

Atlas De mapas

Auditório De ouvintes

Bagagem De objetos de viagem

Baixela De objetos de mesa

Banca De examinadores, advogados

Banda De músicos

Bando De aves, malfeitores

Batalhão De soldados

Biblioteca De livros

Boiada De bois

Braçada De capim, flores

Cacho De bananas, cabelos, uvas

Cáfila De camelos

Câmara De deputados, vereadores

Cambada De malfeitores, vadios

Cancioneiro De canções, poesias

Canzoada De cães

Caravana De peregrinos, viajantes

Cardume De peixes

Catálogo De nomes, geralmente em ordem alfabética

Chusma De pessoas, coisas em geral

Clientela De clientes de médicos, lojas, etc

Código De leis

Colméia /Colmeia De abelhas

Comboio De caminhões, navios, trens

Conciliábulo De conspiradores

Concílio De prelados católicos

Conclave De cardeais para eleição do Papa

Congregação De professores, religiosos

Congresso De cientistas, senadores e deputados

Conselho De ministros, professores

Constelação De estrelas

Cordilheira De serras

Cordoalha De cordas

Corja De vadios

Correição De formigas trabalhando

Década De um período de dez anos

Discoteca De discos

Elenco De artistas, atores

Enxame De abelhas

Enxoval De roupas

Esquadra De navios de guerra

Esquadrilha De aviões

Exército De soldados

Falange De anjos, soldados

Fato De cabras

Fauna De animais de uma região ou país

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Feixe De flores, capim, gravetos

Filmoteca De filmes

Flora De plantas de uma região ou país

Folclore De canções e contos populares

Fornada De pães, tijolos, etc

Frota De navios, caminhões, ônibus

Galeria De objetos de arte em exposição

Girândola De foguetes, fogos de artifício

Grêmio De artistas, alunos, escritores

Hemeroteca De revistas, jornais

Hinário De hinos

Horda De bandidos, salteadores, invasores, aventureiros

Irmandade De religiosos

Junta De bois, examinadores, médicos

Júri De jurados

Legião De anjos, demônios, soldados

Leva De presos, recrutas

Lustro De um período de cinco anos

Madeixa De cabelos

Malta De vagabundos, vadios

Manada De bois, búfalos

Matilha De cães de caça

Milênio De um período de mil anos

Miríade De grande quantidade de coisas: estrelas, insetos

Molho De chaves, capim, etc

Multidão De pessoas

Nuvem De gafanhotos, mosquitos

Orquestra De músicos

Patrulha De guardas, soldados

Penca De frutas, chaves

Pinacoteca De pinturas, telas

Piquete De grevistas, soldados

Plêiade De poetas, escritores, jornalistas, etc

Quadrilha De ladrões

Ramalhete De flores

Rebanho De gado, ovelhas

Repertório De peças teatrais ou músicas interpretadas por artistas

Resma De quinhentas folhas de papel

Réstia De alho, cebola

Revoada De pássaros

Século De um período de cem anos

Sínodo De párocos de uma diocese

Súcia De malandros

Taba De casas de índios

Tertúlia De amigos, parentes, intelectuais reunidos

Triênio De um período de três anos

Turma De pessoas reunidas com um objetivo comum

Vara De porcos

Viveiro De pássaros, plantas

Vocabulário De palavras

1.5 Formação dos Substantivos

SUBSTANTIVOS SIMPLES E COMPOSTOS

Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento.Ex.: tempo, sol, sofá, etc.

Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos.Ex.: beija-flor, passatempo.

SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS E DERIVADOS

Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa.Ex.: limão, pedra

Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.Ex.: limoeiro, pedregulho

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOSO substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sof-re flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer var-iações para indicar:

Plural: meninosFeminino: meninaAumentativo: meninãoDiminutivo: menininho

FLEXÃO DE GÊNERO

Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e femini-no.Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir prece-didos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:

- O velho e o mar.- Um Natal inesquecível.- Os reis da praia.

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedi-dos dos artigos a, as, uma, umas:

A história sem fim.Uma cidade sem passado.As tartarugas ninjas.

SUBSTANTIVOS BIFORMES E SUBSTANTIVOS UNIFORMES

Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe:gato - gatahomem - mulherpoeta - poetisaprefeito – prefeita

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FORMAÇÃO DO FEMININO DOS SUBSTANTIVOS BIFORMES

a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.Ex.:aluno - aluna

b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino.Ex.: freguês - freguesa

c)Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas:

- troca-se -ão por -oa.Ex.:patrão - patroa- troca-se -ão por -ã.Ex.:campeão - campeã-troca-se -ão por ona.Ex.:solteirão - solteirona

Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana

d) Substantivos terminados em -or:- acrescenta-se -a ao masculino.Ex.: doutor - doutora- troca-se -or por -triz:imperador – imperatriz

e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:

-esa - -essa- -isa-cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisaduque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa

f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a:Ex.: elefante - elefanta

g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino:Ex.: bode – cabra homem - mulher

h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:czar – czarinaréu - ré

1.6 Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes

EPICENOS:Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de especificar o sexo, uti-lizam-se palavras macho e fêmea.

Ex.: a cobra, o jacaré

SOBRECOMUNS:A palavra refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino.Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:A criança chorona chamava-se João.A criança chorona chamava-se Maria.

Ex.: testemunha, criatura, cônjuge, etc.

COMUNS DE DOIS GÊNEROS:A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.Ex.: o colega - a colega o imigrante - a imigrante um jovem - uma jovem artista famoso - artista famosa repórter francês - repórter francesa

1.7 Particularidades de gênero GÊNERO DE ALGUNS SUBSTANTIVOS

Quanto ao gênero, alguns substantivos costumam causar dúvidas. Por isso, merecem destaque.

São masculinos:

apêndice champanha dóguaraná clã gengibreeclipse sósia decalquegrama (peso) Eczema telefonema

São femininos:

alface dinamite comichãogênese apendicite ênfasedecalcomania matinê calentorse derme omoplatalibido sentinela mascote

Admitem os dois gêneros:

ágape caudal personagemavestruz aluvião laringe

Gênero e Mudança de Sentido

Um substantivo pode ter significados diferentes dependendo do gênero. Por exemplo:

Pedro é o cabeça da turma. líderMariana caiu e machucou a cabeça. parte do corpo

Os mais comuns são:

o cabeça – chefe, lídera cabeça – parte do corpoo capital – dinheiroa capital – cidadeo cisma – separação religiosaa cisma – receioo crisma – óleo sagradoa crisma – sacramentoo cura – párocoa cura – ato ou efeito de curaro estepe – pneu sobressalentea estepe – planície de vegetação herbáceao grama – medida de massaa grama – relvao guia – pessoa que guia outrasa guia – documentoo moral – estado de espírito

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a moral – conjunto de regras de condutao rádio – aparelhoa rádio – estação

FLEXÃO DE NÚMERO DO SUBSTANTIVO

Em português, há dois números gramaticais:O singular, que indica um ser ou um grupo de seres;O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.

A característica do plural é o s final.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES

a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plu-ral pelo acréscimo de s. pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no plural).Exceção: cânon - cânones.

b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. homem - homens.

c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. revólver – revólveres, raiz – raízes

Atenção: O plural de caráter é caracteres.

d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is.

quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis

Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.

e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxítonos, em is. canil - canis - Quando paroxítonos, em eis. míssil - mísseis.

Obs.: as palavras réptil e projétil pode formar seu plural de duas ma-neiras (de acordo com a pronúncia):réptil – répteis projétil – projéteis (paroxítonas)reptil – reptis projetil – projetis (oxítonas)

f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras: - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es.ás – asesretrós – retroses

- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis.o lápis - os lápiso ônibus - os ônibus.

g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras.

- substituindo o -ão por -ões:ação - ações- substituindo o -ão por -ães:cão - cães- substituindo o -ão por -ãos:

grão - grãos

h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis.o látex - os látex.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:

aguardente e aguardentes girassol e girassóispontapé e pontapés malmequer e malmequeres

O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orien-tações são dadas a seguir:

a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras

b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recosObs.: se forem dois verbos, pode flexionar apenas a última ou am-bas: corre-corres / cores-corres.

c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colôniasubstantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cava-los-vapor

Atenção:Na formação substantivo + substantivo, quando o segundo termo limita o significado do primeiro, indicando função, tipo, semelhança, flexion-am ambos os termos ou PODE flexionar apenas o primeiro.

palavra-chave - palavras-chave/palavras-chaves bomba-relógio - bombas-relógio/bombas-relógios notícia-bomba - notícias-bomba/notícias-bombas homem-rã - homens-rã/homens-rãs peixe-espada - peixes-espada/ peixes-espadassalário-família - salários-família/ salários-famíliasnavio-escola - navios-escola/ navios-escolascaneta-tinteiro - canetas-tinteiro/ canetas-tinteiros

d) Permanecem invariáveis, quando formados de: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-foraverbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas

e) Casos Especiais

o ano-luz – os anos-luzo arco-íris – os arco-írisa ave-maria – as ave-mariaso banho-maria – os banhos-mariao bem-estar – os bem-estareso bem-me-quer – os bem-me-queres

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a extrema-unção – as extremas-unçõeso louva-a-deus – os louva-a-deuso mal-estar – os mal-estareso mapa-múndi – os mapas-múndio pai-nosso – os pai-nossosa pouca-vergonha – as poucas-vergonhaso xeque-mate – os xeques-mateso zé-ninguém – os zés-ninguém

Obs.:Nos compostos em que entra a palavra guarda, esta pode ser verbo ou substantivo. Será verbo se o segundo elemento for substantivo, permanecendo o verbo invariável (guarda-comida verbo + substantivo guarda-comidas). Nos casos em que a palavra guarda for substantivo, haverá flexão (guarda-noturno substantivo + adjetivo guardas-noturnos)

PLURAL COM MUDANÇA DE TIMBRE

Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado metafonia.

Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado me-tafonia.

Singular Plural Singular Plural

corpo (ô) esforço fogo forno fosso imposto olho

corpos (ó) esforços fogos fornos fossos impostos olhos

osso (ô) ovo poço porto posto rogo tijolo

ossos (ó) ovos poços portos postos rogos tijolos

Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho de carne), de molho (ó), feixe (molho de lenha).

PARTICULARIDADES SOBRE O NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS

a) Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.b) Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes, os óculos, as cócegas, os anais, os parabéns, as algemas, as olheiras, as condolências, os idos, as bodas.

c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: bem (vir-tude) e bens (riquezas)honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos)

d) Usamos às vezes, os substantivos no singular mas com sentido de plural: Aqui morreu muito soldado.Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas improvisa-das.Juntou-se ali uma população de retirantes que, entre homem, mul-her e menino, ia bem cinquenta mil.”

FLEXÃO DE GRAU DO SUBSTANTIVO

Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:

Grau Normal- Indica um ser de tamanho considerado normal. Por ex-emplo: casa

Grau Aumentativo- Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:

Analítico= o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.

casa grande.

Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento.

casarão.

Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser:

Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pe-quenez.

casa pequena.

Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de di-minuição: casinha.

Grau Aumentativo

Na forma analítica recebe o auxílio de palavras que dão ideia de ampli-ação de tamanho:

parede – grande, enormefogo – imenso, colossal

Na forma sintética recebe o auxílio de sufixos:

paredão (pared + ão) fogaréu (fog + aréu)

Relação de alguns sufixos com sentido aumentativo

ão – dentão, carrão,pezão, livrãoaço – balaço, volumaço, animalaço, corpaço, porcaço, unhaçoaça – barcaça, colheraça, mulheraçaalhão – dramalhão, facalhão (de faca), vagalhão (de vaga)ona – mocetona, mulheronaarrão – homenzarrão, canzarrão, insetarrãoorra – beiçorra, cabeçorra, manzorraarra – bocarra, naviarraaréu – fogaréueirão – vozeirão, boqueirãoázio – copázio, balázio, pratázioaz – cartaz, facalhaz (de faca), lobazalha – muralha, fornalha

Obs.:Nem sempre os sufixos usados para formar o aumentativo expressam sentido de aumentativo: cartão, portão, ferrão, caldeirão.

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Sufixos que indicam aumentativo podem também expressar desprezo ou caçoada, tomando, assim, sentido pejorativo ou depreciativo: gentalha, beiçorra.

Grau Diminutivo

Na forma analítica recebe o auxílio de palavras que dão ideia de di-minuição de tamanho:menino pequeno, cão minúsculo

Na forma sintética recebe o auxílio de sufixos:menininho (menin + inho) cãozito (cão + zito)

Relação de alguns sufixos com sentido diminutivoinho – sapatinho, carrinho, dentinhozinho – irmãozinho, mulherzinha, colherzinha, florzinhaito – mosquito, casitazito – cãozito, florzitaacho – riacho, penacho, populachoculo – febrícula, montículo, partículaejo – lugarejo, vilarejo, animalejoelho – rapazelho, artiguelhoela – viela, ruelaete – filete, corpeteeto – folheto, poemeto, maletaicho – canicho, barbichaico – burrico, namoricoilho – vidrilho, esquadrilhaim – espadim, flautimola – sacola, aldeola, bandeirolaota – ilhotaote – meninoteucho – papeluchoúnculo – homúnculoulo – glóbulo, fórmula, célula

Obs.:Nem sempre os sufixos usados para formar o diminutivo expressam sentido de diminutivo: carpete, cavalete, cartilha.

Sufixos que indicam diminutivo podem também expressar carinho, afetividade: mãezinha, filhinho, irmãozinho. Podem também aparecer com sentido pejorativo ou depreciativo: gentinha, livreco.

Plural dos Diminutivos em –zinho e –zito

Flexiona-se o substantivo no seu grau normal:

limão – limões cão - cães

Depois retira-se o s, acrescentando os sufixos zinhos e zitos.

limõe + zinhos limõezinhos cãe + zitos cãezitos

Substantivos terminados em r: florzinha, florezinhas; colherzinha, colherezinhas, etc.

Outros exemplos:

pão pãe(s) pãezinhospapel papei(s) papeizinhosfarol farói(s) faroizinhos

animal animai(s) animaizinhospé pé(s) pezinhosnuvem nuven(s) nuvenzinhasfunil funi(s) funizinhostúnel túnei(s) tuneizinhos

ATENÇÃO:Segundo Cegalla, a escolha entre os prefixos –inho (a) e zinho (a) é condicionada pela acentuação tônica e a terminação dos vocábulos. Os proparoxítonos, por exemplo, e os terminados em sílaba nasal, diton-go, hiato ou vogal tônica, recebem o sufixo - zinho (a): lampadazinha, irmãozinho, heroizinho, bauzinho. As palavras terminadas em –s ou -z ou por uma dessas consoantes seguidas de vogal terão o sufixo –inho (a): paisinho (pequeno país), rapazinho, princesinha.

2. ARTIGO

Na frase, há muitas palavras que se relacionam com o substantivo. Uma delas é o artigo.

Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo.Ex.:

A amiga chegou. Uma amiga chegou. ARTIGO ARTIGO

2.1 Classificação do artigo

O artigo se classifica de acordo com a idéia que atribui ao ser em relação a outros de mesma espécie.Ex.: Um homem tocou a campainha. Era o técnico chamado para consertar a televisão.

O artigo um que se refere ao substantivo homem indica o ser de ma-neira imprecisa, indefinida: trata-se de um homem qualquer entre os demais. O artigo o que se refere ao substantivo técnico indica o ser de maneira precisa, definida: trata-se de um ser específico (que já era esperado).

Portanto, o artigo classifica-se em:

Definido – é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida (precisa): o, a, os, as.Ex.: De repente as crianças chegaram.

Indefinido – é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida (vaga): um, uma, uns, umas.Ex.: De repente umas crianças chegaram.

A ausência de artigo denota generalização.

Emprega-se os artigos definidos:

Depois da palavra ambos ou ambas.Ambos os escritores são regionalistas.

Antes do indefinido outro usado em sentido determinado.Vamos ao outro supermercado.

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Depois da palavra todos ou todas, quando esta vier acompanhada de numeral seguido de substantivo. Todos os três candidatos a prefeito são incompetentes.

Atenção: se o numeral não vier seguido de substantivo, não se deve usar o artigo.Todos três são incompetentes.

Depois da palavra todo ou toda, se tiver significado de “inteiro” ou “inteira”.Toda cidade se agita com a chegada de presidente da República.

Não se emprega os artigos definidos:

Antes de pronomes de tratamento.V. Ex.ª já encerrou o seu mandato?

Depois de cujo, cuja, cujos, cujas.Gostei muito do livro cujo autor é Bernardo Guimarães.

É facultativo o emprego do artigo:

Antes de pronomes adjetivos possessivos.Eu quero, murmurou ela, voltar para o meu quarto.Eu quero, murmurou ela, voltar para meu quarto.

Antes de nomes de pessoas no singular.Isaura não vem. A Isaura não vem.

3. ADJETIVO

Adjetivo é a classe de palavras encarregada de atribuir características aos substantivos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados.

Os adjetivos são termos que variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau (comparativo e superlativo), sendo classificados em: simples, composto, primitivo e derivado.

Morfossintaxe do Adjetivo:O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

3.2 Classificação do Adjetivo

Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria.Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura.

3.3 Formação do Adjetivo

Quanto à formação, o adjetivo pode ser:

A D J E T I V O SIMPLES

Formado por um só radical.

Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico.

A D J E T I V O COMPOSTO

Formado por mais de um radical.

Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.

A D J E T I V O PRIMITIVO

É aquele que dá origem a outros adjetivos.

Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.

A D J E T I V O DERIVADO

É aquele que deriva de substantivos ou verbos.

Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.

ADJETIVO PÁTRIO COMPOSTO

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:

África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana

Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: Competições teuto-inglesas

América américo- / Por exemplo: Companhia américo-africanaÁsia ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-europeusÁustria austro- / Por exemplo: Peças austro-búlgarasBélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-francesesChina sino- / Por exemplo: Acordos sino-japonesesEspanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-portuguêsEuropa euro- / Por exemplo: Negociações euro-americanas

França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões franco-italianas

Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanosÍndia indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesasInglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-portuguesasItália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-portuguesaJapão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-brasileirasPortugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros

LOCUÇÃO ADJETIVALocução = reunião de palavras. Sempre que são necessári-as duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe outros exemplos:

de águia aquilinode aluno discentede anjo angelicalde ano anualde aranha aracnídeode asno asininode baço esplênicode bispo episcopalde bode hircino

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de boi bovinode bronze brônzeo ou êneode cabelo capilarde cabra caprinode campo campestre ou ruralde cão caninode carneiro arietinode cavalo cavalar, equino, equídio ou hípicode chumbo plúmbeode chuva pluvialde cinza cinéreode coelho cunicularde cobre cúpricode couro coriáceode criança puerilde dedo digitalde diamante diamantino ou adamantinode elefante elefantinode enxofre sulfúricode esmeralda esmeraldinode estômago estomacal ou gástricode falcão falconídeode farinha farináceode fera ferinode ferro férreode fígado figadal ou hepáticode fogo ígneode garganta guturalde gelo glacialde gesso gípseode guerra bélicode homem viril ou humanode ilha insularde intestino celíaco ou entéricode inverno hibernal ou invernalde lago lacustrede laringe laríngeode leão leoninode lebre leporinode lobo lupinode lua lunar ou selênicode macaco simiesco, símio ou macacalde madeira lígneode marfim ebúrneo ou ebóreode mestre magistralde monge monacalde neve níveo ou nivalde nuca occipital

de orelha auricularde ouro áureode ovelha ovinode paixão passionalde pâncreas pancreático

de pato anserinode peixe písceo ou ictíacode pombo columbinode porco suíno ou porcinode prata argênteo ou argíricodos quadris ciáticode raposa vulpinode rio fluvialde serpente viperinode sonho oníricode terra telúrico, terrestre ou terrenode trigo tritíciode urso ursinode vaca vacumde velho senilde vento eólicode verão estivalde vidro vítreo ou hialinode virilha inguinalde visão óptico ou ótico

Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspon-dente, com o mesmo significado.

Vi as alunas da 5ª série.O muro de tijolos caiu.

É necessário critério!

Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não significa que a substituição da locução pelo adjetivo seja sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível. Colar de marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contrato leonino é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em outros casos, a substituição é perfeitamente possível, transformando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibilidades de variação vocabular.Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso problema.

3.4 Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

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GÊNERO DOS ADJETIVOS

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em:

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.

Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento.o moço norte-americano, a moça norte-americana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino.homem feliz e mulher feliz.Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino.conflito político-social e desavença político-social.

NÚMERO DOS ADJETIVOS

PLURAL DOS ADJETIVOS SIMPLES

Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples.

Ex.:mau e mausfeliz e felizesruim e ruinsboa e boas

A palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo e ficará, então in-variável. Ex.: Camisas cinza, ternos cinza.

Motos vinho (mas: motos verdes)

Paredes musgo (mas: paredes brancas).

Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

ADJETIVO COMPOSTO

Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último el-emento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo com-posto ficará invariável.

Ex.:Olhos verde-clarosCalças azul-escurasBlusas vermelho-alaranjadas.Paredes verde-claras.

Camisas rosa-claro.Camisas verde-mar.

Telhados marrom-café

Exceções: são sempre invariáveis: Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... Os dois elementos flexionam:surdo-mudo – surdos-mudossurda-muda – surdas-mudaspele-vermelha – peles-vermelhas

3.5 GRAU DO ADJETIVO

Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qual-idade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o super-lativo.

COMPARATIVO

Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferiori-dade. Observe os exemplos abaixo: 1) Comparativo De Igualdade

No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é intro-duzido pelas palavras como, quanto ou quão.Ex.: Sou tão alto como você.

2) Comparativo De Superioridade AnalíticoNo comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”.Ex.: Sou mais alto (do) que você.

3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, for-mas sintéticas, herdadas do latim. São eles:

bom-melhor pequeno-menormau-pior alto-superiorgrande-maior baixo-inferior

Observe que: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno.

Ex.:Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos.Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.

4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade Sou menos passivo (do) que tolerante.

SUPERLATIVO O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:

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Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensifi-cada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas formas:

Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).O secretário é muito inteligente.

Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos.O secretário é inteligentíssimo.

Observe alguns superlativos sintéticos:

ágil – agílimo/agilíssimoagradável –agradabilíssimoamargo – amaríssimoamigo – amicíssimoáspero – aspérrimoaudaz – audacíssimobenéfico-beneficentíssimobenévolo-benevolentíssimocapaz – capacíssimocélebre – celebérrimocélere – celérrimocruel – crudelíssimocru – cruíssimodifícil – dificílimodoce – dulcíssimodócil – docílimoeficaz – eficacíssimofácil – facílimofeliz – felicíssimoferoz – ferocíssimofiel – fidelíssimofrágil – fragílimofrio – frigidíssimogeral – generalíssimohumilde – humílimojovem – juveníssimolivre – libérrimo

magro – macérrimomaléfico – maleficentíssimomiserável – miserabilíssimomiúdo – minutíssimonegro – nigérrimonobre – nobilíssimonotável – notabilíssimopessoal – personalíssimopobre – paupérrimopossível – possibilíssimoprovável – probabilíssimorespeitável-respeitabilíssimosábio – sapientíssimosagrado – sacratíssimosão – saníssimosemelhante – simílimosensível – sensibilíssimosério – seriíssimosimpático – simpaticíssimosimples – simplíssimotenaz – tenacíssimoterrível – terribilíssimoveloz – velocíssimovisível – visibilíssimovoraz - voracíssimo

Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensifi-cada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser:

De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.

De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. Note bem:O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios mui-to, extremamente, excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo.

2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufix-os -íssimo, -imo ou érrimo.

Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o su-fixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.

3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessar-iíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas seríssimo, precarís-simo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í.

4. PRONOME

PRONOMES PESSOAIS

São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.

PRONOME RETO

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.Nós lhe ofertamos flores.

Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular: eu- 2ª pessoa do singular: tu- 3ª pessoa do singular: ele, ela- 1ª pessoa do plural: nós- 2ª pessoa do plural: vós- 3ª pessoa do plural: eles, elas

Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como com-plementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi ele na rua” , “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pro-nomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.

PRONOME OBLÍQUO

Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou comple-mento nominal.Entregaram-me o documento. (objeto indireto)Sou-lhe grato. (complemento nominal)

Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.

PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS

Pessoas do Discurso Retos Oblíquos

Sing

ular

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

eutuele/ela

me, mim, comigote, ti, contigose, si, consigo, o, a, lhe

Plural

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

nósvóse l e s /elas

nos, conoscovos, convoscose, si, consigo, os, as, lhes

Observações:O pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.

Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.

Os pronomes o, as, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.

Atenção:

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Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas ter-minações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo em que a terminação verbal é suprimida.Ex.:fiz + o = fi-lofazeis + o = fazei-lodizer + a = dizê-la

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as for-mas no, nos, na, nas.Ex.:viram + o: viram-norepõe + os = repõe-nosretém + a: retém-natem + as = tem-nas

- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocu-tivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:

Não há mais nada entre mim e ti.Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.Não há nenhuma acusação contra mim.Não vá sem mim.

Atenção:Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto.

Trouxeram vários vestidos para EU experimentar.Não vá sem EU mandar.

- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de ad-junto adverbial de companhia.

Ele carregava o documento consigo.- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, pronome relativo ou algum numeral.

Você terá de viajar com nós todos.Ele disse que iria com nós três.

PRONOME REFLEXIVO

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujei-to pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.Eu não me vanglorio disso.Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.Por exemplo:-Assim tu te prejudicas.

-Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.Por exemplo:-Guilherme já se preparou.-Ela deu a si um presente.-Antônio conversou consigo mesmo.

- 1ª pessoa do plural (nós): nos.Por exemplo:-Lavamo-nos no rio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.Por exemplo:-Vós vos beneficiastes com a esta conquista.Por exemplo:

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.Por exemplo:-Eles se conheceram.-Elas deram a si um dia de folga.

A SEGUNDA PESSOA INDIRETA

A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizam-os pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quad-ro seguinte:

PRONOMES DE TRATAMENTO

Singular Plural

Você v. vv. pessoas familiares, íntimas

S e n h o r , Senhora Sr., Srª. Srs., Sras.

pessoas com as quais se mantém um certo distanciamento respeitoso

V o s s a Senhoria V. Sª. V. Sas.

pessoas de cerimônia, principalmente em textos escritos como correspondências comerciais, ofícios, requerimentos etc.

V o s s a Excelência V. Exª. V. Ex as.

altas autoridades: presidentes da República, senadores, deputados, embaixadores etc.

V o s s a Eminência V. Emª. V. Em as. cardeais

Vossa Alteza V. A. VV. AA. príncipes e duques

Vossa Santidade V. S. — o Papa

V o s s a Reverendíssima V. Revma. V. Revmas. sacerdotes e religiosos em

geral

V o s s a Paternidade V. P. VV. PP. superiores de ordens

religiosas

V o s s a Magnificência V. Magª. V V .

Magas. reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. VV. MM. reis e rainhas

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você. “O senhor” e “a senhora” são empregados no tratamento cerimonio-so; “você”, no tratamento familiar.

Observações:

Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem”Vossa (s)” são empregados em relação à pessoa com

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quem falamos.-Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.-Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.-Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

Uniformidade de Tratamento: se começamos a chamar alguém de “você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.:Ex.:Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (ERRADO)Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (cor-reto)Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (corrreto)

PRONOMES POSSESSIVOS

Pronomes Possessivos

Sing

ular 1ª pessoa

2ª pessoa3ª pessoa

meu, minha, meus, minhasteu, tua, teus, tuasseu, sua, seus, suas

Plur

al

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

nosso, nossa, nossos, nossasvosso, vossa, vossos, vossasseu, sua, seus, suas

A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído.Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

Observações:

1 - A forma seu NÃO é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.- Muito obrigado, seu José.

2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:a) indicar afetividade.- Não faça isso, minha filha.

b) indicar cálculo aproximado.Ele já deve ter seus 40 anos.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo.Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

3- Em frases nas quais se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.Vossa Excelência trouxe sua mensagem?

4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo.Trouxe-me seus livros e anotações.

5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos as-sumem valor de possessivo.Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

ATENÇÃO

AMBIGUIDADE DE PRONOMES SEU, SUA, SEUS E SUAS

O policial prendeu o ladrão em sua casa.O jovem foi com a namorada para o seu colégio.

Corrigem-se, substituindo o pronome por outro ou aproximando a coisa possuída do possuidor.

O policial prendeu o ladrão na casa deste.O jovem foi para o seu colégio.com a namorada

Não se usam os possessivos em relação às partes do corpo às faculdades de espírito.

Devemos, pois, dizer:

Machuquei a mão. (e não “a minha mão”)Ele bateu a cabeça. (e não “a sua cabeça”)Perdeste a razão. (e não “a tua razão”)

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Pronomes DemonstrativosVariáveis Invariáveiseste, esta, estes, estasesse, essa, esses, essasaquele, aquela, aqueles, aquelas

istoissoaquilo

Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

NO ESPAÇO:

Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afas-tado da pessoa que fala e daquela com quem falo. Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particu-larmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.

Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária).

Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem).

NO TEMPO:

Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um pas-sado próximo. (passado ou futuro)Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.

O, A, OS, AS:

Também aparecem como pronomes demonstrativos:o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser sub-

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stituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)

MESMO (S), MESMA (S):

Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.

PRÓPRIO (S), PRÓPRIA (S):

Os próprios alunos resolveram o problema.

SEMELHANTE (S):

Não compre semelhante livro. (esse, este)

TAL, TAIS:

Desconheço tal teoria. (essa, esta)

PRONOMES INDEFINIDOS

São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dan-do-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade in-determinada.

Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.

Pronomes IndefinidosVariáveis Invariáveisalgum, alguma, alguns, algumasnenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumastodo, toda, todos, todasmuito, muita, muitos, muitaspouco, pouca, poucos, poucascerto, certa, certos, certasoutro, outra, outros, outrasquanto, quanta, quantos, quantastanto, tanta, tantos, tantas vários, váriasdiverso, diversa, diversos, diversasum, uma, uns, umasqual, quaisbastante, bastantes

algoalguémnadaninguémtudocadaoutremquemmaismenosdemais

EMPREGO DE ALGUNS PRONOMES INDEFINIDOS

Todo / toda (singular)quando tiver ideia de qualquer:Todo homem mente, mas toda mentira tem pernas curtas.

Todo o / toda aquando tiver ideia de inteiro:Estudou durante todo o dia e toda a noite.

No plural, Sempre virão seguidos de artigos, se houver substantivos depois.

Todos os homens mentem, mas todas as mentiras têm pernas curtas.

Cada – é sempre pronome adjetivo.Os abacaxis custaram R$2,00 cada um.

Alguns exemplos com pronomes indefinidos:

Certas pessoas não sabem o que dizem.Muitos trabalham, poucos, porém, recebem bom salário.Uns chegam, outros saem.Quaisquer perguntas serão válidas.Quantos são os que sofrem!Algo o atrapalha?Nós já fizemos bastantes coisas.

Locuções Pronominais Indefinidas

São locuções pronominais indefinidas duas ou mais pala-vras que equivalem a um pronome indefinido.

Quem quer que seja o responsável pagará por isso.Apenas uma ou outra pessoa parava para ver o espetáculo.

Qualquer um poderá participar do concurso.Seja quem for o visitante será bem recebido

Algumas Locuções Pronominais Indefinidascada qual qualquer umcada um todo aquele quequem quer que seja Seja qual fortodo o mundo Um ou outroseja quem for etc.

PRONOMES INTERROGATIVOS

Pronomes interrogativos são aqueles usados na formulação de uma per-gunta direta ou indireta. Assim como os indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso.

Que dia é hoje?Diga-me que dia é hoje.Quem fez isso?Não sei quem fez isso.

Pronomes Interrogativosque, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas

PRONOMES RELATIVOSSão pronomes relativos aqueles que representam nomes já menciona-dos anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.Ex.:O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.

O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema” é antecedente do pronome relativo que.

Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.

O futebol é um esporte. O povo gosta muito deste esporte.

O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

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O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.Ex.:Não sei o que você está querendo dizer.

Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.Ex.:Quem casa, quer casa.

Observe o quadro abaixo:

Quadro dos Pronomes RelativosVariáveis

InvariáveisMasculino Feminino

o qual cujo quanto

os quais cujos quantos

a qual cuja quanta

as quais cujas quantas

quem que onde

a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.

O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)

A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)

Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)

As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pro-nomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para ver-ificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos.

Cuidado!Os pronomes relativos que e quem podem causar ambiguidade:

Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de que neste caso geraria ambiguidade.)

Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar que depois de sobre.)

d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.Ex.:

Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. (antecedente) (consequente)

e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pro-nome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:Ex.:

Emprestei tantos quantos foram necessários. (antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado. (antecedente)

f) O pronome “quem” refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.Ex.:

É um professor a quem muito devemos. (preposição)

g) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.Ex.:A casa onde morava foi assaltada.

h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:- como (= pelo qual)Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.- quando (= em que)Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

j) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que.A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.

PRONOMES SUBSTANTIVOS E PRONOMES ADJETIVOS

Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem.

Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão per-didos.)

Aquilo me deixou alegre.

Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pro-nome seguirá todas as demais concordâncias (gênero - número - pes-soa do discurso - marca de sujeito inanimado - marca de situação no espaço).

Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica.

Este moço é meu irmão.

Alguma coisa me deixou alegre.

Obs.: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua classificação específica.

Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome substantivo possessivo).

5. VERBO

Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:

ação (correr);estado (ficar);fenômeno (chover);ocorrência (nascer);desejo (querer).

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ESTRUTURA DAS FORMAS VERBAIS

Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:

a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo.fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)

b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo.fala-r

São três as conjugações:

1ª - Vogal Temática - A - (falar)2ª - Vogal Temática - E - (vender)3ª - Vogal Temática - I - (partir)

c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo.

falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.)

falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)

d) Desinência número-pesssoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural).

falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)

Obs.: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver desaparecido do infinitivo, reve-la-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.

FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS

Nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: canto, vendo, parto

Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no rad-ical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.

Flexão do verboPESSOA –São três pessoas do discurso:

a) primeira pessoa: a que fala.

Eu aprecio a natureza.Não apreciamos a natureza.

b) segunda pessoa: com quem se fala.Tu aprecias a natureza.

c) terceira pessoa: de quem ou do que se fala.Ele aprecia a natureza.A natureza é bela.

NÚMERO –O verbo pode se apresentar no singular ou no plural, con-cordando com o sujeito da oração.Joaquim aprecia a natureza. sujeito verbo(singular) (singular)

Joaquim e Pedro apreciam a natureza. sujeito verbo(plural) (plural))

O verbo sempre concorda em pessoa e número com o sujeito da oração.

TEMPO –Sabemos que o verbo indica um processo localizado no tem-po; precisamos, no entanto, reconhecer três situações básicas:

se o processo está ocorrendo no momento da fala, temos o tempo pre-sente.Aprecio a natureza

se o processo já ocorreu, temos o tempo pretérito (ou passado).Apreciei a natureza

se o processo ainda vai ocorrer, temos o tempo futuro.Apreciarei a natureza.

O presente é único. Já o pretérito e o futuro apresentam subdivisões. O pretérito pode ser perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito. O futuro pode ser do presente ou do pretérito.

MODO –Entende-se por modo a atitude que o falante assume em relação ao processo verbal (de certeza, dúvida, ordem, etc.). São três os modos verbais:

Modo Indicativo: apresenta o fato como certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.

Respeitamos a natureza.

Modo Subjuntivo: apresenta o fato como incerto, duvidoso.

Se respeitássemos a natureza, o mundo ficaria melhor.

Modo Imperativo: exprime uma ordem, um pedido.

Respeite a natureza.

VOZ –A flexão de voz indica a relação estabelecida entre o verbo e o seu sujeito. Podem ocorrer três situações:

Voz Ativa: o sujeito é o agente, ou seja, aquele que executa a ação ex-pressa pelo verbo.

O gorila comeu a banana. sujeito verbo na voz ativa

OBS.:O conceito de voz ativa é um conceito gramatical. Na oração O menino apanhou, gramaticalmente temos um sujeito que sofre a ação do verbo, porém, quando o verbo é intransitivo, transitivo indireto, ou de ligação, não se faz referência à voz

Voz Passiva: o sujeito é o paciente, ou seja, o receptor da ação expressa pelo verbo. Há dois tipos de voz passiva:

Voz passiva analítica: formada por verbo auxiliar mais particípio.

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

A banana foi comida pelo gorila. sujeito verbo verbo auxiliar principal

Voz passiva sintética (ou pronominal): formada pelo verbo na 3a pessoa + a partícula apassivadora se:

Come-se banana. sujeito

Voz Reflexiva: o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, ou seja, executor e receptor da ação expressa pelo verbo. A voz reflexiva apre-senta sempre a seguinte construção sujeito + verbo na voz ativa + pro-nome oblíquo reflexivo.

O gorila cortou-se sujeito pronome reflexivo

TEMPOS VERBAIS E ASPECTOS VERBAIS

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expres-sa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.

1. TEMPOS DO INDICATIVO Presente - Expressa um fato atual.Eu estudo neste colégio.

Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento ante-rior ao atual, mas que não foi completamente terminado.

Ele estudava as lições quando foi interrompido.

Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momen-to anterior ao atual e que foi totalmente terminado.Ele estudou as lições ontem à noite.

Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.Tenho estudado muito para os exames.

Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta)Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)

Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.Ele estudará as lições amanhã.

Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro.Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.

Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer pos-teriormente a um determinado fato passado.

Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.

Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado.Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria viajado nas férias.

2. TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.É conveniente que estudes para o exame.

Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.Eu esperava que ele vencesse o jogo.Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo.Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente termina-do num momento passado.

Por exemplo:Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.

Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.

Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual.Quando ele vier à loja, levará as encomendas.Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam pos-sibilidade ou desejo.Se ele vier à loja, levará as encomendas.

Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

Quanto à flexão, os verbos classificam-se em:

REGULARES – seguem o paradigma, ou seja, o modelo da conju-gação. Quando o verbo é regular, o radical se mantém em todas as for-mas, e as terminações são as mesmas do paradigma.

OBSERVAÇÃO:

Em alguns casos, podemos encontrar alterações nos radicais de ver-bos regulares; é necessário observar se essa alteração é apenas um caso de acomodação gráfica para manter a identidade fonética. É o que ocorre, por exemplo, com os verbos ficar (fico, fiquei), fingir (finjo, finges) e vencer (venço, vences).

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IRREGULARES –afastam-se do modelo da conjugação, apresentando alterações ou no radical ou nas desinências.

eu peço eu estoutu pedes tu estás

dar, caber, crer, precaver, prover, querer, requerer, ter, aprazer, valer, agredir, cobrir, ferir, cair , atribuir, frigir, parir, polir, remir, rir, etc.

Conjugação do verbo pôr

MODO INDICATIVOPresentesimples Pretérito perfeitosimplesPonhoPõesPõePomosPondesPõem

PusPusestePôsPusemosPusestespuseram

Pretérito imperfeito simples

Pretérito mais-que-perfeito simples

PunhaPunhasPunhaPúnhamosPúnheispunham

PuseraPuserasPuseraPuséramosPuséreispuseram

Futuro do presente simples Futuro do pretérito simplesPoreiPorásPoráPoremosPoreisporão

PoriaPoriasPoriaPoríamosPoríeisPoriam

MODO SUBJUNTIVOPresente Pretérito imperfeitoPonhaPonhasPonhaPonhamosPonhaisponham

PusessePusessesPusessePuséssemosPusésseisPusessem

Futuro simplesPuserPuseresPuserPusermosPuserdesPuseremMODO IMPERATIVOAfirmativo Negativo---------Põe (tu)Ponha (você)Ponhamos (nós)Ponde (vós)Ponham (vocês)

---------Não ponhas (tu)Não ponha (você)Não ponhamos (nós)Não ponhais (vós)Não ponham (vocês)

INFINITIVOPessoal ImpessoalPôrPoresPôrPormosPordesporem

Pôr

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GERÚNDIO PondoPARTICÍPIO Posto

ANÔMALOS – são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação.

Ir Servou vais ides fui

foste

sou és fui

foste seja

DEFECTIVOS –são verbos de conjugação incompleta, ou seja, que não apresentam algumas formas (normalmente, não apresentam todas as pessoas).

Adequar e precaver – só se conjuga nas formas arrizotônicas;

Computar;Viger;Feder e soer não possuem a 1° pessoa do plural do presente do indicativo e, consequentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo;Reaver só se conjuga nas formas em que este conserva a letra v;Abolir; falir e uma série de outros da 3° conjugação.

falir abolirEu - -Tu - AbolesEle - AboleNós Falimos AbolimosVós falis AbolisEles - Abolem

PRECAVER

Modo indicativoPresente Pretérito perfeito P r e t é r i t o

imperfeito---precavemosprecaveis-

precaviprecavesteprecaveuprecavemosprecavestesprecaveram

precaviaprecaviasprecaviaprecavíamosprecavíeisprecaviam

Pretérito mais que perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

precaveraprecaverasprecaveraprecavêramosprecavêreisprecaveram

precavereiprecaverásprecaveráprecaveremosprecavereisprecaverão

precaveriaprecaveriasprecaveriaprecaveríamosprecaveríeisprecaveriam

Modo subjuntivoPresente Pret. imperfeito Futuro

------

precavesseprecavessesprecavesseprecavêssemosprecavêsseisprecavessem

precaverprecaveresprecaverprecavermosprecaverdesprecaverem

Modo imperativoAfirmativo Negativo---precavei-

-----

Formas nominaisINFINITIVO PESSOAL → PRECAVER

precaveresprecaverprecavermosprecaverdesprecaverem

Infinitivo impessoal → precaverGERÚNDIO → precavendoParticípio → precavido

REAVER

Modo indicativoPresente Pretérito perfeito P r e t é r i t o

imperfeito---reavemosreaveis-

reouvereouvestereouvereouvemosreouvestesreouveram

reaviareaviasreaviareavíamosreavíeisreaviam

Pretérito mais que perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

reouverareouverasreouverareouvéramosreouvéreisreouveram

reavereireaverásreaveráreaveremosreavereisreaverão

reaveriareaveriasreaveriareaveríamosreaveríeisreaveriam

Modo subjuntivoPresente Pret. imperfeito Futuro------

reouvessereouvessesreouvessereouvéssemosreouvésseisreouvessem

reouverreouveresreouverreouvermosreouverdesreouverem

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Modo imperativoAfirmativo Negativo---reavei-

-----

Formas nominaisGERÚNDIO → reavendoParticípio → reavido

*Este verbo só é conjugado nas formas em que aparece a letra v, seguindo a conjugação do verbo haver. As formas inexistentes são substituídas pelos sinônimos: recuperar, readquirir e recobrar.

Consideram-se defectivos os verbos impessoais, como chover, ventar, anoitecer etc.

ABUNDANTES –são aqueles que apresentam duplo particípio. Com os auxiliares ter e haver usa-se a forma regular e com o ser e estar, a forma irregular. O rapaz se deve casar hoje.

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR

PARTICÍPIO IRREGULAR

Anexar Anexado AnexoDispersar Dispersado Disperso

Eleger Elegido EleitoEnvolver Envolvido EnvoltoImprimir Imprimido Impresso

Matar Matado MortoMorrer Morrido MortoPegar Pegado PegoSoltar Soltado Solto

O ladrão foi preso.Os livros foram impressos.O assaltante foi morto.O pedido estava aceito.

Tinham prendido o ladrão.Tinham imprimido os livros.Haviam matado o assaltante.Haviam aceitado o pedido.

AUXILIARES – são aqueles que entram na formação dos tempos com-postos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanha-do de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Vou espantar as moscas. (verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate. (verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio) Os noivos foram cumprimentados pelo padre. (verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

TEMPO COMPOSTO

FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS

LOCUÇÕES VERBAISOutro tipo de conjugação composta - também chamada conju-gação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares.

Estou lendo o jornal.Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados matizes de sig-nificado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e de-ver são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não.

Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo.Quero ver você hoje.

Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vire estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.

Formas NominaisAlém desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.

a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo.

Viver é lutar. (= vida é luta)É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta).

É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.

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b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:

2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)

Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio.Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída.Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.

d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau.Terminados os exames, os candidatos saíram.Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo ver-bal).Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.

Formação do imperativo

Imperativo negativo

Presente do subjuntivo

I m p e r a t i v o negativo

Cante -Cantes Não cantes (tu)Cante Não cante (você)Cantemos Não cantemos (nós)Canteis Não canteis (vós)cantem Não cantem (vocês)

Imperativo afirmativo

Presente do indicativo

I m p e r a t i v o afirmativo

Presente do subjuntivo

canto - cantecantas Canta (tu) cantescanta Cante (você) cantecantamos Cantemos (nós) cantemoscantais Cantai (vós) canteiscantam Cantem (vocês cantem

Aspecto Verbal

No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças entre o pretérito perfeito e o pretérito im-perfeito do indicativo. A diferença entre esses tempos é uma diferença de aspecto, pois está ligada à duração do processo verbal.

- Quando o vi, cumprimentei-o.

O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído.

- Quando o via cumprimentava-o.

O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolon-gando-se por período impreciso de tempo.

O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem precisos ao processo verbal:

- Faço isso sempre.

- É provável que ele faça isso sempre.

Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos:

- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois dias antes.

- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame.

Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfei-to pode fornecer diz respeito à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos localizados num ponto preciso do tempo:- No momento em que o vi, acenei-lhe.- Tinha-o cumprimentado logo que o vira.

Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repeti-dos:- Sempre que saía, trancava todas as portas. O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal. - Tenho encontrado problemas em meu trabalho.

Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicati-vo, indica um processo repetido ou frequente, que se prolonga até o presente.

- Estou almoçando.A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas também em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).

- Tudo estará resolvido quando ele chegar. Tudo estaria resolvi-do quando ele chegasse.As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conheci-das como futuro do presente e futuro do pretérito compostos do indic-ativo, exprimem processo concluído - é a ideia do aspecto perfeito - ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma vez realizada a ação.

- Os animais noturnos terminaram de se recolher mal começou a raiar o dia.Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto ver-bal: a indicação do término e do início do processo verbal.

- Eles vinham chegando à proporção que nós íamos saindo. As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem processos que se prolongam.

- Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar projetos irreal-izáveis.As locuções destacadas exprimem o início de um processo interrompi-do e a interrupção de outro, respectivamente.

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CORRELAÇÃO VERBAL Os tempos verbais em geral estabelecem uma correlação, o que obriga a certa harmonização entre as ações e o tempo em que foram realizadas. Observe os principais casos:

I- futuro do presente do indicativo e futuro do subjuntivo (em orações com valor condicional) Entregarei o presente quando ele estiver aqui. Estudaremos mais se houver silêncio ao lado II- futuro do pretérito do indicativo e pretérito imperfeito do subjuntivo Entregaria o presente se ele estivesse aqui. Estudaríamos mais caso houvesse silêncio ao lado III- usa-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo para fato concluído que aconteceu antes de outro fato (ambos ocorridos no passado): Quando você chegou, ele já partira. Ele comprara o novo livro e depois o leu nas férias.

IV- no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, a forma sim-ples e a forma composta têm uso e valor equivalentes: Quando você chegou, ele já partira. (ou) Quando você chegou, ele já tinha partido / havia partido.

V- usa-se o futuro do presente do indicativo, tempo composto para indicar fato ocorrido antes de outro (ambos no futuro): Quando ele chegar aqui, eu já terei partido. Terei voltado com o livro antes que vocês iniciem o estudo.

VERBOS PRONOMINAIS

São verbos pronominais aqueles se só se conjugam com os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) na mesma pessoa gramatical do sujeito. Tais pronomes não exercem nenhuma função sintática. Ex.:

Ele se arrependeu do que fez.Eu me queixei do professor.Tu te atreves a dizer isso?

São verbos pronominais: abster-se, apiedar-se, ater-se, atrever-se, dig-nar-se, arrepender-se, lembrar-se, compadecer-se, condoer-se, esforçar--se, suicidar-se, zangar-se etc.

Os verbos terminados em IAR são regulares.

variar premiar agenciarvario premio agenciovarias premias agenciasvaria premia agenciavariamos premiamos agenciamosvariais premiais agenciaisvariam premiam agenciam

OS VERBOS TERMINADOS EM -EAR SÃO IRREGULARES, TROCAM O “E” POR “EI” NAS FORMAS RIZOTÔNICAS.

passeiopasseiaspasseiapasseamospasseaispasseiam

A turma do MARIOObs.: os verbos terminados em –IAR são regulares, exceto a tur-

minha do MARIO.

MediarAnsiarRemediarIncendiarOdiar

ATENÇÃO: Os verbos da turma do MARIO (terminação – IAR) têm a conjugação semelhante a dos verbos terminados em –EAR.

Freio Medeio Freias Medeias

Freia MedeiaFreamos MediamosFreais MediaisFreiam Medeiam

VERBOS DERIVADOS

Os verbos primitivos fornecem o paradigma para a conjugação dos verbos derivados. Quando tiver dúvida, conjugue primeiramente o verbo primitivo.

Deter – obter – intervir – prever – compor – reaver – etc.

Observe os exemplos – é só seguir o modelo do verbo primitivo.

Ele teve = ele DETEVE (=obteve, manteve…) Eles tiveram = eles DETIVERAM (=mantiveram, retiveram…) Se ele tivesse = ele DETIVESSE (=contivesse, mantivesse…) Quando eu tiver = eu DETIVER (=obtiver, retiver…)

Eu ponho = Eu EXPONHO (disponho, suponho, deponho…) Eu pus = Eu EXPUS (compus, impus, propus, supus…) Eles puseram = Eles EXPUSERAM (compuseram, propuseram…) Se ele pusesse = Se ele EXPUSESSE (dispusesse, impusesse…) Se eu PUSER = Se eu EXPUSER (compuser, depuser, propuser…) Eu punha = Eu EXPUNHA (dispunha, supunha, propunha…)

VAMOS EXERCITAR?

01.Passe para o imperativo afirmativo.

a) Não cantes aquela canção.______________________________________b) Não saias de casa hoje.______________________________________c) Não voltes tarde.______________________________________d) Não leia este livro.______________________________________e) Não escreva neste papel.______________________________________

02.Passe para o imperativo negativo.

a) Volte imediatamente para o seu lugar.

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______________________________________b) Receba este presente.______________________________________c) Saia de casa imediatamente.______________________________________

d) Tranca aquela porta.______________________________________e) Põe o livro no armário.______________________________________

03.Passe para a 3ª pessoa do singular.

a) Não emprestes o teu livro.______________________________________b) Foge do mal e não te arrependerás._______________________________________c) Põe a tua confiança em Deus._______________________________________d) Não desprezes o pobre._______________________________________e) Não reclames da visita inesperada: recebe-a sempre bem.______________________________________________________________________________________

GABARITO

01.a) cantab) saic) voltad) leiae) escreva

02.a) Não volteb) Não recebac) Não saiad) Não tranquese) Não ponhas

03. a) Não empreste o seu livro.b) Fuja do mal e não se arrependerá.c) Ponha a sua confiança em Deus.d) Não despreze o pobre.e) Não reclame da visita inesperada. Receba-a sempre bem.

6. ADVÉRBIO

Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.

O ônibus chegou ontem.Marcos jogou muito bem.A criança é muito linda.

Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa sit-uação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração.As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.

- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos:“ Isso é simplesmente futebol” - disse o jogador.

“Orgulhosamente Brasil” é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.

FLEXÃO DO ADVÉRBIOOutra característica dos advérbios se refere a sua organização mor-fológica. Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe:

GRAU COMPARATIVO

Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o com-parativo do adjetivo:

de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)Renato fala tão alto quanto João.

de inferioridade: menos + advérbio + que (do que)Renato fala menos alto do que João.

de superioridade:

Analítico: mais + advérbio + que (do que)Renato fala mais alto do que João.Sintético: melhor ou pior que (do que)Renato fala melhor que João.

GRAU SUPERLATIVO

O superlativo pode ser analítico ou sintético:

Analítico: acompanhado de outro advérbio.Renato fala muito alto.muito = advérbio de intensidadealto = advérbio de modo

Sintético: formado com sufixos.Renato fala altíssimo.

Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Maria mora pertinho daqui. (muito perto) A criança levantou cedinho. (muito cedo)

CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:

Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, de-baixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constan-temente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debal-de, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escon-

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didas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em “-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondos-amente, generosamente.

Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.

Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhu-ma, tampouco, de jeito nenhum.

Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.

Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de mui-to, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem.

Obs.: Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último:

O aluno respondeu calma e respeitosamente.

DISTINÇÃO ENTRE ADVÉRBIO E PRONOME INDEFINIDO

Há palavras como muito, bastante, etc. que podem apare-cer como advérbio e como pronome indefinido.

Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro ad-vérbio e não sofre flexões.Ex.: Eu corri muito.

Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões.Ex.: Eu corri muitos quilômetros.

ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

São as palavras:onde? aonde? donde? quando? como? por que? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.

Interrogação Direta Interrogação Indireta

Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.Onde mora? Indaguei onde morava.Por que choras? Não sei por que riem.Aonde vai? Perguntei aonde ia.Donde vens? Pergunto donde vens.Quando voltas? Pergunto quando voltas.

LOCUÇÃO ADVERBIAL

Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente por uma preposição.

lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui,

etc.afirmação: por certo, sem dúvida, etc.modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc.tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc.

Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outro advérbio. Ex.:Chegou muito cedo. (advérbio) Joana é muito bela. (adjetivo) De repente correram para a rua. (verbo)Ele é ansioso em excesso.(adjetivo)

RELAÇÃO DE ALGUMAS LOCUÇÕES ADVERBIAIS

às vezes às claras às cegasà esquerda à direita à distânciaao lado ao fundo ao longoa cavalo a pé às pressasao vivo a esmo à toade repente de súbito de vez em quandopor fora por dentro por pertopor trás por ali por oracom certeza sem dúvida de propósitolado a lado passo a passo o mais das vezes

7. PREPOSIÇÃO

Preposição é a palavra invariável que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração.

Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposiçãode: preposiçãoEla esperou com entusiasmo aquele breve passeio.esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposiçãocom: preposição

Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conec-tivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência.Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.

Ex.:A hora das refeições é sagrada.hora das refeições: elementos ligados por preposiçãode + as = das: preposiçãohora: termo antecedente = rege a construção “das refeições”refeições: termo consequente = é regido pela construção “hora da”Alguém passou por aqui.passou por aqui: elementos ligados por preposiçãopor: preposiçãopassou: termo antecedente = rege a construção “por aqui”aqui: termo consequente = é regido pela construção “passou por”

As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de

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gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da lín-gua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde.de + o = do por + a = pela em + um = num

As preposições podem introduzir:

a) Complementos VerbaisEu obedeço “aos meus pais”.b) Complementos NominaisContinuo obediente “aos meus pais”.c) Locuções AdjetivasÉ uma pessoa «de valor”.d) Locuções AdverbiaisTive de agir “com cautela”.e) Orações Reduzidas“Ao chegar”, comentou sobre o fato ocorrido. Classificação das Preposições

As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas preposições essenciais.

a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, per-ante, por, sem, sob, sobre, trás

Observações:1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a signifi-cação de atrás, depois.Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após.2) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositi-vas: por trás, para trás, para trás de.Como preposição simples, apa-rece, por exemplo, no antigo ditado: Trás mim virá quem bom me fará.3) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra.Bianca, alcance aqueles livros pra mim.4) Até pode ser palavra denotativa de inclusão.Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo.

Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situ-ações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas prep-osições acidentais:

como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= con-forme),durante, salvo, fora, mediante, exceto, se-não, visto (=por).

As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais:Não vá sem mim à escola.As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mes-mos pronomes:Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate.

LOCUÇÃO PREPOSITIVA

É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.

PRINCIPAIS LOCUÇÕES PREPOSITIVAS:

abaixo de acima de acerca dea fim de além de a par deapesar de antes de depois deao invés de diante de em fase deem vez de graças a junto ajunto com junto de à custa dedefronte de através de em via dede encontro a em frente de em frente asob pena de a respeito de ao encontro de

COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO DA PREPOSIÇÃOQuando as preposições a, de, em e per unem-se a certas palavras, for-mando um só vocábulo, essa união pode ser por:

Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas.preposição a + artigo masculino o = ao preposição a + artigo masculino os = aos

Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua es-trutura fonológica ao unir-se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pro-nomes.

do dos da dasnum nuns numa numasdisto disso daquilonaquele naqueles naquela naquelas

Observe outros exemplos:em + a = na em + aquilo = naquilode + aquela = daquela de + onde = donde

Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição per com os artigos definidos.per + o = pelo

ENCONTROS ESPECIAIS

A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstra-tivos a, as ou com o “a” inicial dos pronomes aquele, aqueles, aque-la, aquelas, aquilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave.a + a = àExemplos:às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo

PRINCIPAIS RELAÇÕES ESTABELECIDAS PELAS PREPOSIÇÕES

• Autoria - Esta música é de Roberto Carlos.

• Lugar - Estou em casa.

• Tempo -Eu viajei durante as férias.

• Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio.

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• Causa - Estou tremendo de frio

• Assunto - Não gosto de falar sobre política.

• Fim ou finalidade - Eu vim para ficar

• Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.

• Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.

• Meio - Voltarei a andar a cavalo.

• Matéria - Devolva-me meu anel de prata.

• Posse - Este é o carro de João.

• Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.

• Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho.

• Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300, 00.

• Origem - Você descende de família humilde.

• Especialidade - João formou-se em Medicina.

• Destino ou direção - Olhe para frente!

DISTINÇÃO ENTRE PREPOSIÇÃO, PRONOME PESSOAL OBLÍQUO E ARTIGO

Preposição: ao ligar dois termos, estabelecendo entre eles relação de dependência, o “a” permanece invariável, exercendo função de prep-osição.Fui a Brasília.

Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substantivo na frase.Eu levei Júlia a Brasília. Eu a levei a Brasília.

Artigo: ao anteceder um substantivo, determinando-o.A professora foi a Brasília.

7. CONJUNÇÃO

Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como ele-mento de ligação: a conjunção.A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.

Desse exemplo podem ser retiradas três informações:segurou a bonecaa menina mostrouviu as amiguinhas

Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:1ª oração: A menina segurou a boneca2ª oração: e mostrou3ª oração: quando viu as amiguinhas.

A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.

Observe:Gosto de natação e de futebol.Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está ligando termos de uma

mesma oração.

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

MORFOSSINTAXE DA CONJUNÇÃO

As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.

CLASSIFICAÇÃO DA CONJUNÇÃO

De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções po-dem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescen-tamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só...como também, bem como, não só...mas ainda .A sua pesquisa é clara e objetiva.Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas:mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de al-ternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez.Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto.Não demore, que o filme já vai começar.

Saiba que:

a) As conjunções “e”,” antes”, “agora”,” quando”são adversativas quando equivalem a “mas”.Carlos fala, e não faz. O bom educador não proíbe, antes orienta. Sou muito bom; agora, bobo não sou. Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

b) “Senão” é conjunção adversativa quando equivale a “mas sim”.Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

c) Das conjunções adversativas, “mas” deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.

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Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

d) A palavra “pois”, quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.

Quando é conjunção explicativa,” pois” vem, geralmente, após um ver-bo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence.Não tenha receio, pois eu a protegerei.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVASSão aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinati-vas, recebe o nome de oração subordinada.O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa ela chegou: oração subordinada

As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adver-biais:

1. IntegrantesIndicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a sub-stantivos. São elas: que, se.Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)

2. AdverbiaisIndicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em:

a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

b) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.A dor era tanta que a moça desmaiou.

c) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embo-ra, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.

d) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente.

e) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a con-formidade de um fato com outro. São elas:conforme, como (= con-forme), segundo, consoante, etc.O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor.

f) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o obje-tivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.

g) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato rela-cionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à me-dida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quan-to mais...(mais), quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc.O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Quanto mais reclamava menos atenção recebia.

h) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstân-cia de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc.A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

i) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de com-paração com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que(combinado com menos ou mais), etc.O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é preguiçoso tal como o irmão.

LOCUÇÃO CONJUNTIVARecebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que at-uam como conjunção. Essas locuções geralmente terminam em “que”.

visto que desde que ainda que por mais que à medida que à proporção que logo que a fim de que

8. COLOCAÇÃO PRONOMINAL

É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase. Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigor-osamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita. Dicas: Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso, ênclise. PRÓCLISE É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: 1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.

Ex.: Não se esqueça de mim.b) Advérbios. Ex.: Agora se negam a depor.

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c) Conjunções subordinativas. Ex.: Soube que me negariam. d) Pronomes relativos.

Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

e) Pronomes indefinidos. Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. Ex.: Quem te fez a encomenda? 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. Ex.: Quanto se ofendem por nada!

4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). Ex.: Que Deus o ajude.

MESÓCLISE É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada: 1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-turo do pretérito, contanto que esses verbos não es-tejam precedidos de palavras que exijam a próclise. Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. ÊNCLISE É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Não era minha intenção machucar-te.

3) Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Vou-me embora agora mesmo.

4) Quando houver pausa antes do verbo. Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

5- Quando o verbo estiver no gerúndio. Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.

ATENÇÃO:O pronome poderá vir proclítico quando o infiniti-vo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.: É preciso encontrar um meio de não o magoar. É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. Ex.: Haviam-me convidado para a festa.

b) Se antes da locução verbal houver palavra atrati-va, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. Ex.: Não me haviam convidado para a festa.

Dicas:Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.

2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:

a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido. Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante. b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocor-rido.Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando. Observações importantes:Emprego de o, a, os, as

1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram. Chame-o agora. Deixei-a mais tranquila.

2) Em verbos terminados em r, s ou z, es-tas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa.

4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)

PREPOSIÇÃO + INFINITIVO PALAVRA ATRATIVA + PREPOSIÇÃO + INFINITIVO

Quando se tem um infinitivo precedido de preposição, a colocação do pronome átono não se faz em próclise necessária, mas constitui caso de colocação facultativa, a saber, antes do verbo (em próclise) ou depois dele (em ênclise).“Até chegou a me dar casa...” (Machado de Assis) “... obriga o procurador a respeitar-lhe as cláusulas” (Rui Barbosa) “... era bastante para sacudir-me da Tijuca” (Machado de Assis)Chamou-me um escravo para me servir o doce” (Machado de Assis)“Ficou Maria Henriqueta livre por se ver livre do suborno da mãe” (Camilo Castelo Branco)“Senhor, morro por unir-me convosco” (Padre Manuel Bernardes)“Gastei pouco tempo em dizer-lhe...” (Machado de Assis)“... não faltaria Deus em lhe dar um bom dia” (Padre Antônio Vieira).

OBSERVAÇÃO:

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INFINITIVO E PRONOME OBLÍQUO

Podemos ser tentados a colocar o pronome oblíquo em orações em que aparece o infinitivo não-flexionado, como em “Esta receita é muito fácil de se fazer”. Isto porque o “se” poderia aí ser classificado como pronome apassivador, já que a oração equivale à construção passiva analítica “Esta receita é muito fácil de ser feita”. Realmente, essa equivalência existe, mas na verdade o emprego do pronome, além de desnecessário, é de fato incorreto. Tal fato se passa porque alguns ver-bos ativos adquirem força passiva quando, no infinitivo, são antecedi-dos das preposições a, de, para e por, principalmente quando funcio-nam como complemento de certos adjetivos. Como exemplos, temos “Há diversas contas a pagar (a serem pagas)”, “Esta parede foi acabada de pintar (de ser pintada)”, “Ele é duro de aguentar (de ser aguentado)”, “João é osso duro de roer (de ser roído)”, “O xarope é difícil de engolir (de ser engolido)”, “A regra é fácil de aprender (de ser aprendida)”, “É exemplo para imitar (para ser imitado)”, “Estas bolsas são para ven-der (para serem vendidas)”, “Todos estes textos estão por revisar” (por serem revisados)”, “O trabalho ainda está por terminar (por ser termi-nado)”, etc. Observe que em “duro de aguentar”, “difícil de engolir” e “fácil de aprender”, por exemplo, de aguentar, de engolir e de aprender funcionam como complementos nominais dos adjetivos “duro”, “difí-cil” e “fácil”. Entretanto, há quem discorde da passividade da construção alegando que o infinitivo, ao complementar o sentido de certos adjetivos, tem emprego “geral” e não, passivo, caso em que a voz ativa ou passiva neutralizam-se, conforme se pode ler em CUNHA, 2000 (veja abaixo). De uma forma ou de outra, o uso do pronome oblíquo nessas con-struções não é autorizado por nenhum autor.

8. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

TEXTO E TEXTUALIDADE

TEXTO

“... qualquer passagem falada ou escrita que forma um todo significati-vo independente de sua extensão.” (FÁVERO, 2001, p. 7)

TEXTUALIDADEQualidade daquilo que é texto. Conjunto de características que fazem de uma ocorrência linguística um texto e não, por exemplo, um emara-nhado de frases. São vários os fatores que caracterizam a textualidade. Fávero (2001, p.7) cita, entre outros, os seguintes: coesão, coerência, intencion-alidade, situacionalidade e intertextualidade.

COESÃO E COERÊNCIA

COESÃO = conexão linguística que corrobora para a concatenação das ideias, manifestando-se na superfície do texto principalmente através de retomadas de informações e do uso de conectivos sequenciais.

COERÊNCIA = encadeamento de ideias em que não deve haver con-tradição entre os diversos segmentos textuais. “...É a relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido.” (FIORIN e SAVIOLI, 2003, p. 396.) Exemplo de argumentação incoerente: A inflação, problema mais grave do país, é causada princi-palmente pelo descontrole orçamentário. O governo deve, portanto, aumentar os gastos públicos para aquecer a economia.

Até então definimos a coerência intratextual - a ausência de contradição entre enunciados do texto. Mas a coerência pode dizer res-peito também a uma relação entre o que é dito e o mundo real: é a cham-ada coerência extratextual. Neste sentido, um exemplo de incoerência

seria a existência da seguinte descrição de Portugal:Portugal, jardim plantado à beira do Pacífico. (Exemplo de Fiorin e Savioli, 2003, p. 402)

COESÃO

Os dois principais tipos de coesão são:

I- REFERENCIAL: faz o texto progredir através da retomada de pa-lavras, expressões ou frases (ou da antecipação, no lugar da retomada, embora seja um processo menos utilizado).Retomada: Meu irmão vai viajar. Ele está de férias.Antecipação: Ele é careca e desdentado, mas é lindo... O meu bebê.

No primeiro exemplo, “meu irmão” e “ele” são elementos correferenci-ais (possuem o mesmo referente). No segundo exemplo, a correferência é estabelecida entre “o meu bebê” e “ele”.

II- SEQUENCIAL: faz o texto progredir através do uso de palavras ou expressões que estabelecem relações semânticas (conclusão, condição, causa, etc.) entre orações ou conjunto de orações.Exemplos:Condição: Se chover, não vai haver desfile. Causa: Não houve desfile porque choveu. Conclusão: Choveu bastante; portanto, não houve desfile.

LEITURA COMPLEMENTAR

Coesão e coerência constituem fenômenos distintos pelo fato de poder haver um sequenciamento coesivo de fatos isolados que não têm condição de formar um texto (a coesão não é condição nem sufi-ciente nem necessária para formar um texto).No exemploMeu filho não estuda nesta Universidade.Ele não sabe que a primeira Universidade do mundo românico foi a de Bolonha.Esta Universidade possui imensos viveiros de plantas.A Universidade possui imensos laboratórios de línguas.

O item lexical “Universidade” vem constantemente retomado e o sin-tagma nominal “meu filho” vem pronomonalizado. Todavia isto não é suficiente para conferir coerência a estes quatro enunciados. Não temos um texto, apesar de termos uma coesão relativamente forte no encadeamento das sentenças, mas as relações de sentido não unificam essa sequência. O mesmo ocorre em Maria está na cozinha. A cozinha tem as paredes com azulejos. Os azu-lejos são brancos. Também o leite é branco.

Outro fator que implica distinção entre coesão e coerência é o de poder haver textos destituídos de coesão mas cuja textualidade se dá ao nível da coerência:

Luiz Paulo estuda na Cultura Inglesa.Fernanda vai todas as tardes ao laboratório de física do colégio.Mariana fez 75 pontos na FUVEST.Todos os meus filhos são estudiosos.

COESÃO REFERENCIAL

O referente de uma palavra ou expressão é aquilo a que ela se refere (entidade, fato, processo, etc.). Este referente pode estar dentro ou fora do texto:Fora do texto: referência EXOFÓRICA ou SITUACIONAL. Ex. Al-guém fala enquanto aponta para um lápis:Pega isso que deixei cair, por favor.

Pega = o verbo no imperativo remete à segunda pessoa do singular (com

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quem se fala)Isso = refere-se ao lápis para o qual o falante aponta.Deixei = o uso da primeira pessoa do singular aponta para o próprio falante.

Dentro do texto: referência ENDOFÓRICA ou TEXTUAL.José viajou ontem. Ele foi visitar uns parentes.

A referência textual pode ser anafórica ou catafórica:

Anafórica: o item de referência retoma um item já expresso no texto (v. exemplo anterior);

Catafórica: o item de referência antecipa um signo ainda não expres-so no texto.Só desejo isto: que você não se esqueça de mim.

ESTRATÉGIAS DE COESÃO REFERENCIAL

O objetivo da coesão referencial é evitar a repetição de pala-vras. Para tanto, várias estratégias podem ser usadas.

A) Uso de pronomes, verbos, numerais e advérbios Já vimos exemplos de coesão referencial através do uso de pronome pessoal (“ele”). O exemplo a seguir ilustra o uso de pronomes demon-strativos. Ricardo e Carlos adoram carnaval. Este é portelense; aque-le é louco pela Mangueira. Uso de verbo: Pedro, Ana e Carolina trabalham muito, André quase não o faz. De fato, ele ficou muito constrangido com a situação; mas não foi [=ficou] tanto quanto se poderia esperar. (Exemplos de Fiorin e Savioli, 2003, p. 372) Uso de numeral: Ricardo e Carlos adoram carnaval. Ambos (ou “Os dois”) sempre desfilam. Uso de advérbio: Nunca vou à França em janeiro porque lá faz muito frio.

B) Uso de sinônimos e hiperônimos

Podemos usar um sinônimo (sinonímia é a relação que se es-tabelece entre palavras de conteúdos bastante aproximados) para evitar a repetição do mesmo termo: Tem menina que diz amém pra tudo. Mas existe garota que não sosse-ga enquanto não dá a última palavra. E você? Faz parte da turma que comanda ou é comandada?(Revista Carícia - Público-alvo: adolescentes - Teste de comportamen-to)

Numa relação ente todo/parte ou classe/elemento, o hiperôn-imo é a expressão que representa o “todo” ou a “classe”. Portanto, “elet-rodoméstico” é hiperônimo de “batedeira” e “animal” é hiperônimo de “cão”. O governo estadual adquiriu cem ambulâncias. Há suspeita de superfat-uramento na venda dos veículos.

C) Uso da elipse

A elipse é a omissão de um termo que pode ser recuperado pelo contexto.No exemplo a seguir há elipse do sujeito. O “zero” entre colchetes mar-ca o ponto do texto onde houve a omissão.José viajou ontem. [0] Foi visitar uns parentes. Exemplo de elipse do verbo:

Meu colega de trabalho ganha muito, mas eu, muito pouco.

D) Uso de expressão nominal definida Podemos usar uma expressão que define o elemento retoma-do. Muitas vezes, quem lê ou ouve tal expressão precisa ter um conhe-cimento prévio para interpretar o fenômeno da retomada.Por exemplo, pode-se retomar “Sting” por “o ex-líder da banda Police”, “Machado de Assis” por “o bruxo de Cosme Velho” e assim por diante.

COESÃO SEQUENCIAL

Já vimos que a coesão pode se estabelecer pela relação entre os referentes de um texto (coesão referencial).Agora veremos que um texto bem produzido também precisa apresentar uma coesão sequencial, isto é, devemos usar conectivos que ajudam a delinear as ideias contidas nos enunciados.Muitas vezes, não convém que passemos de uma frase a outra, ou de um parágrafo a outro, de modo estanque, sem uma palavra/expressão de ligação; faz-se necessária a presença de um elemento sequenciador no discurso. Veja a diferença: O funcionário saiu de casa cedo. Chegou atrasado ao tra-balho. O funcionário saiu de casa cedo, mas chegou atrasado ao tra-balho.

Os elementos de ligação entre os enunciados são chamados de conec-tores ou conectivos sequenciais (alguns estudiosos chamam de “opera-dores discursivos”).Vejamos algumas estratégias de conexão:

A) Condição (‘se’, ‘caso’): Se houver ponto facultativo, vamos viajar.

B) Causa (‘porque’, ‘já que’, ‘como’): Viajamos porque houve ponto facultativo.

C) Mediação/ finalidade: Saiu cedo para pegar o metrô menos cheio.

D) Conjunção [soma] (‘e’, ‘não somente... mas também’, ‘ainda’, ‘também’, ‘além disso’):Há dois motivos para eu não sair de casa hoje: chove e faz muito frio.

E) Disjunção: (‘ou’, ‘ou então’):Estude bastante para os exames, ou você já esqueceu que foi reprovado antes?

É preciso manter o plano de estabilização econômica, ou então, será inevitável a volta da inflação.

F) Explicação /justificativa (‘pois’, ‘porque’):Deve ter havido um acidente, pois eu vi uma ambulância parada na esquina.

G) Gradação argumentativa (‘até’, ‘até mesmo’, ‘nem mesmo’) O conectivo introduz o argumento mais importante de um conjunto:(...) “Basta lembrar que a cidade de São Paulo tem 56% de sua população vivendo em favelas, cortiços, habitações precárias e até mesmo sob viadutos e nos cemitérios, para que nos convençamos de que a oitava economia do mundo é um grande desastre social.” (BRANCO, Adriano. Desenvolver o país é preciso. O Estado de São Paulo. 16 dez. 1989. [Artigo])

H) Conclusão (‘portanto’, ‘logo’, ‘por conseguinte’, ‘por isso’) Meu vizinho decidiu parar de fumar. Portanto, tem estado bem melhor de saúde.

Obs. O conectivo ‘pois’ só funciona acompanhando uma sentença con-clusiva se não vier no início desta sentença: Meu vizinho decidiu parar de fumar. Tem estado, pois, bem

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melhor de saúde.

I) Amplificação/ generalização (‘de fato’, ‘aliás’, ‘realmente’) Faz muito calor neste verão. Aliás, o verão no Rio é sempre muito quente.

J) Exemplificação (‘por exemplo’, ‘como’) Diversos setores cresceram com a estabilização econômica, como o da alimentação, que vive fase bastante otimista.

K) Correção/ esclarecimento (‘quer dizer’, ‘isto é’, ‘ou seja’, ‘melhor dizendo’, ‘em outras palavras’)Nosso país vai sair rapidamente da crise. Ou seja, é o que queremos.

L) Confirmação (‘assim’, ‘desse modo’, ‘dessa maneira’)O país sairá rapidamente da crise; assim, o povo voltará a consumir sem medo.

M) Contrajunção (‘mas’, ‘porém’, ‘contudo’ ‘no entanto’ - ‘embora’, ‘ainda que’)Do ponto de vista semântico, estruturas do tipo MAS e do tipo EMBO-RA têm funcionamento semelhante: contrapõem argumentos ou ideias.A diferença está na estratégia argumentativa. No caso do MAS, em-pregamos a “estratégia de suspense”. Quando usamos o EMBORA, realizamos uma “estratégia de antecipação”, ou seja, anunciamos de antemão que a ideia introduzida por EMBORA vai ser descartada.Veja os esquemas:Argumento possível MAS argumento decisivoEMBORA argumento possível argumento decisivo

Exemplos:O meu time jogou bem, mas o adversário jogou melhor e ganhou.Embora meu time tenha jogado bem, o adversário jogou melhor e gan-hou.

COERÊNCIA TEXTUAL

ASPECTOS ATRELADOS À COERÊNCIA

CONHECIMENTO DE MUNDO

Conjunto de conhecimentos vivenciais, culturais e enciclopédicos ar-mazenados em nossa memória. Podem ser adquiridos:Assistematicamente: nascem da experiência.Sistematicamente: são os conhecimentos enciclopédicos, adquiridos pela ação da escola ou através da leitura.Para captar a coerência de um texto, não basta conhecermos o vocab-ulário e as estruturas coesivas ali presentes. Precisamos ir além daquilo que está dito, recorrendo a nossos conhecimentos prévios. Isto é exemplificado claramente na anedota a seguir:Duas turistas em Paris trocam ideias sobre generalidades da viagem:_ Você acredita que estou há três dias em Paris e ainda não consegui ir ao Louvre?_ Pois eu também. Deve ser a comida.

SITUACIONALIDADE

As frases, isoladamente, carregam um sentido bem definido?Observe os exemplos. Que vários sentidos poderiam comunicar estas frases?“A grama está alta demais!”“Eu fiz uma boa prova.”“Que sala abafada!”

Segundo Beugrande & Dressler (1981; apud KOCH & TRAVAGLIA, 2003, p. 76), “a situacionalidade refere-se ao conjunto de fatores que tornam um texto relevante para dada situação de comu-nicação corrente ou passível de ser reconstituída”. Os fatores da situacionalidade são, entre outros, a época

histórica em que foi produzido o discurso, o espaço, quem é o emissor (qual sua posição social) e quem é o destinatário. Exemplo:

“Hoje, eu, o rei, convido todos a comparecer ao massacre de Israel.”Primeira situação: Imperador Tito, Jerusalém, ano 70 d.C.Segunda situação: Pelé, Rio de Janeiro, 1995.

Concluindo, podemos dizer que a mesma frase pode ganhar diversos sentidos dependo da situação comunicativa da qual faça parte (quem fala/escreve, para quem, que elementos estão presentes na situ-ação).

INTENCIONALIDADE

Nossa vida em sociedade nos ensina que certas frases não podem ser interpretadas ao pé da letra. Por exemplo, ao imaginarmos certas sit-uações para contextualizar os exemplos que iniciam o tópico anterior (‘situacionalidade’), podemos perceber que algumas vezes fazemos um pedido, ou damos uma ordem, de uma maneira indireta, ou seja, através de comentários (‘A grama está alta.’; ‘Que sala abafada!’). Também é muito comum fazermos perguntas para, na verdade, pedir algo:“Você tem um cigarro?”“Pode passar o sal?” Isto significa que todo emissor tem a intenção de produzir um enun-ciado coerente e coeso; por vezes, não o faz por falta de atenção ao escolher inadequadamente uma palavra ou uma estrutura sintática. Mas também existe o outro lado da moeda: há casos em que “o emissor afrouxa deliberadamente a coerência com o intuito de produzir efei-tos específicos” (BEUGRANDE & DRESSLER 1981; apud KOCH & TRAVAGLIA, 2003: 79).Em que ocasiões alguém é incoerente deliberadamente? Em anedotas, programas humorísticos, no uso de frases feitas do tipo “Não sou con-tra nem a favor; muito pelo contrário”. Em todos esses casos a intenção é clara: causar graça.No entanto, nem sempre os casos de incoerência deliberada são ligados ao humor. Na literatura, há o exemplo clássico de Alice no país das maravilhas, em que a personagem principal é transportada para uma dimensão sem lógica, sem racionalidade. A intenção do escritor, neste caso, é justamente “discutir os paradoxos do sentido, subverter o princí-pio da realidade” (FIORIN; SAVIOLI, 2003, p. 405).Em suma, a coerência de um texto está, entre outros aspectos, na in-tenção com que foi produzido; um texto é adequado a uma determinada intenção.

INTERTEXTUALIDADE

“Na televisão nada se cria, tudo de copia.” (Chacrinha)Muitas vezes, a interpretação de um texto que ouvimos ou lemos de-pende do conhecimento de um texto previamente existente. É comum que um texto se relacione explicitamente ou im-plicitamente a outro anterior a ele. Esta relação é conhecida como ‘in-tertextualidade’. Por isso, quem lê muito capta com mais facilidade o “diálogo” que há entre os textos. O nome que se dá ao texto original é intertexto. No exemplo acima, o intertexto é a “lei de Lavoisier”, que aprendemos nas aulas de Química.

LEITURA COMPLEMENTAR – INTERTEXTUALIDADE

A intertextualidade, “relação de um texto com outros textos previamente existentes, isto é, efetivamente produzidos (KOCH, 2002, p. 62)”, apresenta várias características:Pode ser explícita ou implícita:Explícita. Por exemplo, um texto científico geralmente é repleto de citações e a fonte do intertexto deve ser mencionada.Implícita. O autor pressupõe que o leitor compartilhe com ele as infor-

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mações sobre o intertexto.“Quem vê cara não vê AIDS” (Campanha do Ministério da Saúde) Pode ser somente de conteúdo ou de forma/conteúdo:De conteúdo. Por exemplo, vários jornais noticiam um mesmo assunto em voga em dada época. Várias matérias de um mesmo jornal/revista comentam o mesmo assunto.De forma/conteúdo. Um autor imita o estilo, registro ou variedade lin-guística de um texto já conhecido.“Bem-aventurados os inocentes em Gramática: nada têm se inter-pondo entre eles e a intimidade com seu meio de expressão.” (LUFT, Celso. Língua e liberdade)Pode ser feita para ratificar ou divergir:Para ratificar. O autor do texto concorda com o intertexto citado, aliás, muitas vezes, ele o cita justamente para construir e validar uma argu-mentação ou explicação.Para divergir. Neste caso, o autor simplesmente cita o intertexto para mostrar um ponto de vista diferente do seu. Há casos também em que o intertexto é ironizado ou parodiado.Exemplos:Trechos de um poema de Gonçalves Dias são reconhecidos em (pelo menos) duas outras obras, ora sendo ironizados, ora reforçando uma ideia romântica de patriotismo.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores. (DIAS, Gonçalves. Canção do exílio)

Teus risonhos lindos campos têm mais flores;“Nossos bosques têm mais vida”“Nossa vida”, no teu seio, “mais amores”. (Hino Nacional Brasileiro)

Nossas flores são mais bonitasNossas frutas mais gostosasMas custam cem mil réis a dúzia. (MENDES, Murilo. Canção do exílio)Outra característica da intertextualidade:

Pode ser feita a partir de um intertexto alheio, próprio ou atribuído a um enunciador genérico.Observação:Intertexto atribuído a um enunciador genérico:A origem do texto faz parte do repertório cultural de um povo: são frases feitas, provérbios etc. Exemplo: “Aqui a pressa é amiga da perfeição” (Site de busca - Inter-net)

Referências:KOCH, Ingedore. O texto e a construção dos sentidos. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2002.FIORIN, J.L.; SAVIOLI, F. Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 17 ed. São Paulo: Ática, 2007.

9. HORA DOS EXERCÍCIOS

9.2 SUBSTANTIVO

01. Dentre as frases abaixo, escolha aquela em que há, de fato, flexão de grau para o substantivo.

a) O advogado deu-me seu cartão.b) Deparei-me com um portão, imenso e suntuoso.c) Moravam num casebre, à beira do rio.d) A abelha, ao picar a vítima, perde seu ferrão.e) A professora distribuiu as cartilhas a todos os alunos.

02. Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substan-

tivos compostos casa-grande, flor-de-cuba, arco-íris, beija-flor.

a) casa-grandes, flor-de-cubas, arco-íris, beijas-flor.b) casas-grandes, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas-floresc) casas-grande, as flores-de-cubas, arcos-íris, os beija-flord) casas-grande, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas-flores.e) casas-grandes, flores-de-cuba, arco-íris, beija-flores.

03. O plural de fogãozinho e cidadão é:

a) fogãozinhos e cidadãosb) fogãosinhos e cidadãosc) fogõezinhos e cidadãosd) fogõezinhos e cidadõese) fogõesinhos e cidadões

04. Viam-se ___ junto aos ___ do jardim.

a) papelsinhos, meios-fiob) papeizinhos, meios-fiosc) papeisinhos, meio-fiosd) papelzinhos, meio-fiose) papeizinhos, meio-fios

05. Assinale a única alternativa em que há erro no que diz respeito ao gênero das palavras.

a) O gerente deverá depor como testemunha única do crime.b) A personagem principal do conto é o Seu Rodrigues.c) Ele foi apontado como a cabeça do motim.d) O telefonema deixou a anfitriã perplexa.e) A parte superior da traquéia é a faringe.

06. Numa das frases seguintes, há uma flexão de plural totalmente er-rada. Assinale-a.

a) Os escrivães serão beneficiados por essa lei.b) O número mais importante é o dos anõezinhos.c) Faltam os hifens nesta relação de palavras.d) Fulano e Beltrano são dois grandes caráteres.e) Os reptis são animais ovíparos.

07. Dentre os plurais de nomes compostos aqui relacionados, há um que está errado. Qual?

a) escolas-modelob) quebra-nozesc) chefes de sessõesd) guardas-noturnose) redatores-chefes

08. A alternativa em que o plural dos nomes compostos está empregado corretamente é:

a) pé de moleques, beija-flores, obras-primas, navios-escolasb) pés de moleques, beija-flores, obras-primas, navios-escolasc) pés de moleque, beija-flores, obras-primas, navios-escolad) pé de moleques, beija-flores, obras-primas, navios-escolae) pés de moleques, beija-flores, obras-prima, navios-escolas

09. O plural dos substantivos couve-flor, pão de ló e amor-perfeito é:

a) couves-flores, pães de ló, amores-perfeitosb) couves-flor, pão de lós, amores-perfeitosc) couves-flores, pão de lós, amores-perfeitosd) couves-flores, pão de lós, amor-perfeito.e) couves-flores, pães de lós, amor-perfeitos

10. Os femininos de monge, duque, papa e profeta são:

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a) monja, duqueza, papisa, profetisab) freira, duqueza, papiza, profetisac) freira, duquesa, papisa, profetisad) monja, duquesa, papiza, profetizae) monja, duquesa, papisa, profetisa

11. Assinale a alternativa que contém erro no plural do substantivo composto é:

a) O parque contava sempre com seus guardas-noturnos.b) Os reco-recos soaram durante toda a noite.c) As roda-gigantes giravam tristes e vazias. d) Como esquecer os pores do sol românticos naquela praia?

12. Nas palavras abaixo, há uma alternativa com erro de flexão, assi-nale-a.

a) irmãozinhosb) papeizinhosc) heroizinhosd) lençolzinhos

13. Indique o substantivo que tem apenas um gênero.

a) estudanteb) vítimac) jornalistad) indígena

14. Indique a frase correta:

a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes. b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas. c) O ladrão forçou a porta com dois pés de cabra. d) Godofredo almoçou duas couves-flor. e) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens.

15. Dentre os plurais de nomes compostos aqui relacionados, há um que está errado. Qual?

a) guarda-roupasb) quebra-nozesc) mulas sem cabeçad) guarda-noturnos

16. O desagradável da questão era vê-lo de mau humor depois da tro-ca de turno. Na frase acima, as palavras destacadas comportam-se, respectivamente, como:

a) substantivo, adjetivo, substantivo.b) adjetivo, advérbio, verbo.c) substantivo, adjetivo, verbo.d) substantivo, advérbio, substantivo.e) adjetivo, adjetivo, verbo.

17. Das alternativas abaixo, uma está incorreta quanto à flexão do sub-stantivo. Assinale-a.

a) João era o único testemunha do acidente.b) Para a garota, o dó era o pior dos sentimentos.c) Na festa, o champanha era a bebida preferida.d) O marajá e a marani eram muito queridos pelos súditos.

18. Assinale a alternativa que contém erro no plural do substantivo composto é:

a) O Presidente contava sempre com seus guardas-costas.b) Houve corre-corres no protesto de rua.

c) As rodas-gigantes giravam tristes e vazias.d) Como esquecer os pores-do-sol românticos naquela praia?

19. Das alternativas abaixo, uma está incorreta quanto à flexão do sub-stantivo. Assinale-a.

a) Paulo era a única personagem da peça.b) A pintura com o cal protege as árvores.c) Aquele champanha era a bebida preferida.d) A atriz era o ídolo da jornalista.

20. Aponte a frase que não contenha um substantivo empregado no grau diminutivo:

Coleciono corpúsculos significativos por princípios óbvios da minha natureza. Faça questiúnculas somente se forem suficientes para a formação de idéias essenciais. Os silvícolas optaram pelo uso da linguagem fundamental em gestos e expressões. O chuvisco contínuo de gracejos sentimentais perturba-me a mente cansada. Esses versículos poderão complicar sua relação com os visitantes de má política.

GABARITO

01 C 09 A 17 A02 E 10 E 18 A03 C 11 C 19 B04 B 12 D 20 C05 C 13 B06 D 14 C07 C 15 D08 C 16 A

9.3 ARTIGO

01. Procure e assinale a única alternativa em que há erro, quanto ao problema do emprego do artigo:

a) Nem todas opiniões são valiosas. b) Disse-me que conhece todo o Brasil. c) Leu todos os dez romances do escritor. d) Andou por todo Portugal. e) Todas cinco, menos uma, estão corretas.

02. Assinale a alternativa em que há erro:

a) Li a notícia no Estado de São Paulo. b) Li a notícia em O Estado de São Paulo. c) Esta notícia, eu a vi em A Gazeta. d) Vi essa notícia em A Gazeta e) Foi em O Estado de São Paulo que li a notícia.

03. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade:

a) O Amazonas é um rio imenso. b) D. Manoel, o Venturoso, era bastante esperto. c) O Antônio comunicou-se com o João. d) O professor João Ribeiro está doente.

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e) Os Lusíadas são um poema épico.

04. Determine o caso em que o artigo tem valor de qualificativo:

a) Estes são os candidatos de que lhe falei. b) Procure-o, ele é o médico. c) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. d) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado. e) Muita é a procura; pouca a oferta.

05. Em uma das frases, o artigo definido está empregado erradamente. Em qual?

a) A velha Roma está sendo modernizada. b) A “Paraíba” é uma bela fragata. c) Não reconheço agora a Lisboa do meu tempo. d) O gato escaldado tem medo de água fria. e) O Havre é um porto de muito movimento.

06. Assinale a alternativa em que o termo grifado é artigo in-definido:

a) As amigas não puderam ajudá-la. b) Anime-se, meu amigo, a garrafa ainda não está cheia. c) Uma árvore caiu na estrada. d) Por favor, abra a porta. e) O pobre homem entregou-se ao vício.

GABARITO

01 A 03 C 05 D02 A 04 B 06 C

9.4 ADJETIVO

01. “Os homens são os melhores fregueses” – os melhores encontra-se no grau:

a) comparativo de superioridade.b) superlativo relativo de superioridade.c) superlativo absoluto sintéticod) superlativo absoluto analítico de superioridade.

02. Observe:

I) cidade de lagos (lacustre)II) céu de chumbo (plúmbeo)III) atitude de criança (pueril)IV) bola de fogo (ígnea)

A equivalência entre as locuções adjetivas e seus respectivos adjetivos está(ão) correta(s) em:

a) I, II e IIIb) I, III e IVc) apenas I e IId) apenas IVe) I, II, III, IV

03. Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definido como sendo “a palavra que modifica o substantivo”. Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado contraria a definição.

a) Li um livro lindo.b) Beber água é saudável.c) Cerveja gelada faz mal.d) Gente fina é outra coisa!e) Ele parece uma pessoa simpática.

04. Indique a alternativa em que não é atribuída a ideia de super-lativo a um adjetivo.

a) É uma ideia agradabilíssima.b) Era um rapaz alto, alto, alto.c) Saí de lá hipersatisfeito.d) Almocei tremendamente bem.e) É uma moça assustadoramente alta.

05. Aponte a alternativa incorreta quanto à correspondência entre a lo-cução e o adjetivo.

a) glacial (de gelo); ósseo (de osso)b) fraternal (de irmão); argênteo (de prata)c) farináceo (de farinha); pétreo (de pedra)d) viperino (de vespa); ocular (de olho)e) ebúrneo (de marfim); insípida (sem sabor)

06. O plural de terno azul-claro, terno verde-mar é, respectivamente:

a) ternos azuis-claros, ternos verdes-maresb) ternos azuis-claros, ternos verde-maresc) ternos azul-claro, ternos verde-mard) ternos azul-claros, ternos verde-mare) ternos azuis-claro, ternos verde-mar

07. Marque:

“...Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor...”I. No primeiro caso , autor é substantivo; defunto é adjetivoII. No segundo caso, defunto é substantivo; autor é adjetivo.III. Em ambos os casos, tem-se um substantivo composto.

a) Se I e II forem verdadeirasb) Se I e III forem verdadeirasc) Se II e III forem verdadeirasd) Se todas forem verdadeirase) Se todas forem falsas

08. Assinale a alternativa em que o termo cego(s) é um adjetivo.

a) “Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem aon-de ir...”b) “O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma...”c) “Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.”d) “Naquele instante era só um pobre cego.”e) “...da Terra que é um globo cego girando no caos.”

09. O adjetivo está mal flexionado em grau em:

a) livre: libérrimob) magro: macérrimoc) doce: docílimod) triste: tristíssimoe) fácil: facílimo

10. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes alternativas, está errada. Qual?

a) saia amarelo-ourob) papel amarelo-ouroc) caixa vermelho-sangued) caixa vermelha-sanguee) caixas vermelho-sangue

11. Assinale a alternativa que contém todas as locuções adjetivas do

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seguinte texto:

“Tênue luz fria da manhãperpassa a janelae reflete auréolas na cabeça dos meninos,feérico momento.Eterniza-se espaço/tempo da memória,Cria-se o texto.”

a) da manhã, dos meninosb) na cabeça, da memóriac) da manhã, dos meninos, da memóriad) na cabeça, da manhã, dos meninos

12. Dos adjetivos compostos abaixo, qual o único que pode ser flexio-nado como em “sapato marrom-café”?

a) sapato verde-escuro.b) carro azul-claro.c) casaco vermelho-alaranjado.d) boné vermelho-sangue.

13. Observe:

I – No verão foge o verde e domina o seco.II – Houve um caloroso comício antes da eleição.III – Devemos colaborar para que não tenhamos um mar poluído.IV – Na palestra pediram-lhe que falasse alto.

Em quais orações os adjetivos destacados adquirem um outro valor?

a) I e IV b) II e IIIc) I e IIId) II e IV

14. Assinale a alternativa correta:

As borboletas azuis-claras enfeitavam o jardim.As esquadras luso-brasileiras conquistaram o mundo há 500 anos. O vendedor ambulante oferecia gravatas amarelo-palhas aos transe-untes.Os casacos abóboras eram ridículos.

15. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor adjetivo:

a) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a utilizar com re-ceio.” b) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos.” c) “Pediu-me com voz baixa cinqüenta mil réis.” d) “Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras...” e) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem escrúpulos não se apoderassem do que era delas.»

16. Assinale a alternativa em que é incorreta a correspondência entre a locução adjetiva e o adjetivo equivalente:

a) investimento de vulto: investimento vultuoso. b) azul do céu: azul celeste. c) calor de verão: calor estival. d) ilha de gelo: ilha glacial. e) empréstimo com usura: empréstimo usurário.

17. Adjetivo no grau superlativo relativo ocorre em:

a) Acrescento que nada mais bonito existe do que um barco a vela. b) E havia também as casas dos pobres do outro lado, construções muito admiráveis no ar. c) O milagre da pobreza é sempre o mais novo e o mais cálido de todos os milagres.

d) O maior barco a vela seguia o caminho invisível do vento. e) O domingo se aquietara, quando passou zunindo um automóvel ver-melho.

18. Assinale a alternativa que contém o superlativo dos seguintes adje-tivos: nobre, pobre, doce, amável, sagrado:

a) nobérrimo, paupérrimo, docíssimo, amabilíssimo, sagradíssimo b) nobilíssimo, paupérrimo, dulcíssimo, amabilíssimo, sacratíssimo c) nobilíssimo, pobréssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo d) nobérrimo, paupérrimo, docérrimo, amabilíssimo, sagradíssimo e) nobilíssimo, pobríssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo

19. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do que verdade”, temos grau:

a) comparativo de superioridade b) superlativo absoluto sintético c) comparativo de igualdade d) superlativo relativo e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo

20. Nas orações: “Este livro é melhor do que aquele”; “Este livro é mais lido que aquele”, há os graus comparativos:

a) de superioridade, respectivamente sintético e analítico b) de superioridade, ambos analíticos c) de superioridade, ambos sintéticos d) relativos e) superlativos

21. Assinale a opção em que ambos os termos não admitem flexão de gênero:

a) inglesa pálida b) jovem leitor c) alguns mestres d) semelhante criaturae) moça ideal

22. O plural de blusa verde-limão, calça azul-pavão e blusão vermel-ho-cereja é:

a) blusas verde-limões, calças azul-pavões, blusões vermelho-cerejas b) blusas verde-limões, calças azul-pavões, blusões vermelhos-cerejas c) blusas verde-limão, calças azul-pavão, blusões vermelho-cereja d) blusas verde-limão, calças azuis-pavão, blusões vermelhas-cereja e) blusas verde-limão, calças azuis-pavão, blusões vermelho-cereja

23. As crianças colhiam .......... e .......... no jardim.

a) amor-perfeitos - sempres-vivas b) amor-perfeitos - sempre-vivas c) amores-perfeitos - sempre-vivas d) amores-perfeitos - sempres-vivas e) amor-perfeitos - sempres-viva

24. “... o tupi-guarani, língua originalíssima, aglutinante, é verdade, mas a que o polissintetismo dá muitas feições de riqueza...”. Originalís-sima é adjetivo no grau:

a)absoluto analíticob)absoluto sintético c)relativo de superioridade d) comparativo de superioridade e) comparativo de igualdade

25. O item em que a locução adjetiva não corresponde ao adjetivo dado é:

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a) hibernal de invernob) filatélico de folhasc) discente de alunod) docente de professore) onír ico de sonho

26. A frase em que o adjetivo está no grau superlativo relativo de supe-rioridade é:

a) Estes operários são capacíssimos.b) O quarto estava escuro como a noite!c) Não sou menos digno que meus pais.d) Aquela mulher é podre de rica. Você foi o amigo mais sincero que eu tive.

27. Assinale o item em que houve erro na flexão do nome composto.

a) As touceiras verde-amarelas enfeitavam a campina.b) Os guarda-roupas são de boa qualidade.c) Na fazenda, havia muitos tatus-bola.d) No jogo de contra-ataques, vence a melhor equipe física.e) Os livros iberos-americanos são de fácil importação.

28. Assinale a opção em que todos os adjetivos não se flexionam em gênero.

a) delgado, móbil, forteb) oval, preto, simplesc) feroz, exterior, enormed) brilhante, agradável, esbeltoe) imóvel, curto, superior

GABARITO

01 B 12 D 23 C02 E 13 A 24 B03 B 14 B 25 B04 D 15 E 26 E05 D 16 A 27 E06 D 17 C 28 C07 A 18 B08 E 19 A09 C 20 A10 D 21 D11 C 22 C

9.5 PRONOME

01. Nos trechos:

“...aquelas cores todas não existem na pena do pavão...”“...este é o luxo do grande artista...” e “Ele me cobre de glórias...”

sob o ponto de vista morfológico, as palavras destacadas são, respec-tivamente:

a) pronome demonstrativo, pronome demonstrativo, pronome pessoal.b) pronome indefinido, pronome indefinido, pronome pessoal.c) pronome demonstrativo, pronome demonstrativo, pronome relativo.

d) pronome indefinido, pronome demonstrativo, pronome relativo.e) pronome relativo, pronome demonstrativo, pronome possessivo.

02. Das alternativas abaixo, apenas uma preenche de modo correto as lacunas das frases. Assinale-a.

Quando saíres, avisa-nos que iremos ... Meu pai deu um livro para ... ler.Não se ponha entre ... e ela.Mandou um recado para você e ...

a) contigo, eu, eu, eub) com você, mim, mim, mimc) consigo, mim, mim, eud) consigo, eu, mim, mime) contigo, eu, mim, mim

03. Conheci que (1) Madalena era boa em demasia...A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste.Procuro recordar o que (3) dizíamos.Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos?Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.

Nas frases acima, o que aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais?a) 1-2-4b) 2-4-6c) 3-4-5d) 2-3-4e) 2-3-5

04. Assinale a alternativa que preencha, pela ordem, corretamente as lacunas abaixo.

1. A espécie nova ___ se referia Meyer era uma borboleta.2. A espécie nova ___ Meyer tratava era uma borboleta.3. A espécie nova ___ Meyer se maravilhara era uma borboleta.A espécie nova ___ Meyer descobriu era uma borboleta.

a) que, de que, com que, queb) a que, de que, que, de quec) a que, que, com que, a qued) a que, de que, com que, quee) de que, a que, que, a que.

05. “Eu não ... vi na festa do clube ontem. Os diretores não ... convidar-am? Não ... disseram que era ontem? Eu ... avisei de que não podia confiar neles!”

a) o,o,o,o b) o, lhe, lhe, oc) o,o, lhe, od) lhe, lhe, lhe, lhee) lhe, lhe, o, o

06. Observe:

I. Este é Renato.II. Eu posso contar com a ajuda de Renato.

Se juntarmos as duas orações num só período, usando um pronome rel-ativo, teremos:

a) Este é Renato, com quem eu posso contar com a ajuda dele.b) Este é Renato, que eu posso contar com a ajuda dele.c) Este é Renato, o qual eu posso contar com sua ajuda.d) Este é Renato, com cuja ajuda eu posso contar.e) Este é Renato, cuja ajuda eu posso contar.

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07. “A exposição ___ inauguração assisti mostrou os lindos quadros ___ me referi na nossa conversa do outro dia. Amanhã, haverá um leilão na mesma sala ___ estão expostos. ” A alternativa que preenche corre-tamente as lacunas é:

a) a cuja, aos quais, em queb) a cuja, os quais, na qualc) cuja, a que, em qued) a qual, aos quais, na quale) à qual, que, que

08. “Este é um assunto entre ___. Não tem nada a ver ___ ” Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

a) eu e ele, contigob) eu e ele, consigoc) mim e ele, com vocêd) mim e ele, consigoe) mim e ti, consigo

09. Complete com “eu” ou “mim”:

- eles chegaram antes de ____ . - há algum trabalho para _____ fazer? - há algum trabalho para _____ ? - ele pediu para _____ elaborar alguns exercícios; - para _____, viajar de trem é uma aventura deliciosa;

a) mim – mim – mim – mim – mim; b) mim – eu – eu – eu – mim; c) eu – eu – mim –mim – eu; d) eu – mim –eu – mim – eu; e) mim – eu – mim – eu – mim.

10. Foram divididos _______ próprios os trabalhos que ______________ em equipe.

a) conosco, se devem realizarb) com nós, devem-se realizarc) conosco, devem realizar-sed) com nós, se devem realizare) conosco, devem-se realizar

11. Para _________ poder terminar a arrumação da sala, guar-dem ___________ material em outro lugar até que eu volte a falar __________ dizendo que já podem entrar.

a) eu, seu, com vocêsb) eu, vosso, convoscoc) eu, vosso, consigod) mim, seu, com vocêse) mim, vosso, consigo

12. “Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é realidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceiteis sem provas.”

Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões destacadas passam a ser:

a) lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem.b) lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitemc) lhe disser; acreditem-no; podem crer-lhe;duvidam; não a aceitamd) lhe disserem; acreditam-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceiteis

e) lhes disser; acreditem-o; podem crê-lo; duvidem;não lhe aceitem.

13. Dadas as sentenças:1. Ela comprou um livro para mim ler.2. Nada há entre mim e ti.3. Alvimar, gostaria de falar consigo.

Verificamos que está (estão) correta(s):

a) apenas a sentença 1.b) apenas a sentença 2.c) apenas a sentença 3.d) apenas as sentenças 1 e 2.e) todas as sentenças.

14. A carta vinha endereçada para ___ e para ___ ; ___é que a abri.

a) mim, tu, por issob) mim, ti, porissoc) mim, ti, por issod) eu, ti, porissoe) eu, tu, por isso

15. São excelentes técnicos, ___ colaboração não podemos prescindir.

a) cujab) de cujac) que ad) de que ae) dos quais a

16. (FCMSCSP) Por favor, passe ___ caneta que está aí perto de você; ___ aqui não serve para ___ desenhar.

a) aquela, esta, mimb) esta, esta, mimc) essa, esta, eud) essa, essa, mime) aquela, essa, eu

17. Dadas as sentenças:

1. Confesso que fiquei fora de si quando recebi o telefonema2. O nome do sinal em forma de estrela (*) é asterístico.3. Ela é uma pessoa bastante arvoada.

Deduzimos que:

a) Apenas a sentença 1 esta correta.b) Apenas a sentença 2 esta correta.c) Apenas a sentença 3 esta correta.d) Todas estão corretase) n.d.a.

18. (UFJF-MG) Marque:

a) se I e II forem verdadeirasb) se I e III forem verdadeirasc) se II e III forem verdadeirasd) se todas forem verdadeirase) se todas forem falsas

Somente pronomes estão destacados em:

I. “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias...”II. “... duas considerações me levaram a adotar diferentes métodos: a primeira é que eu não sou...”III. “Moisés, que também contou a sua morte.”

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19. Assinale a única frase correta quanto ao uso dos pronomes pessoais:

a) você não pode ir sem eu; b) meu amigo, o diretor quer falar consigo; c) entre eu e tu não pode haver romance; d) era para mim encontrar a solução do problema; e) para mim, jogador de futebol tem que ter raça.

20. Há erro na classificação do pronome destacado na alternativa:

a) “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (pronome pessoal oblíquo)b) “Sejamos gratos às mães a quem tudo devemos.” (pronome relativo)c) “Um de nós. O Quincas Borba, esse então era cruel com o pobre homem.” (pronome possessivo)d) “Tudo que sei é que nada sei.” (pronome indefinido)

21. Observe:

I – Este é o livro.II – Escrevi seu nome nas páginas do livro.

Juntando as duas orações num só período, usando um pronome relativo, teremos, de acordo com a Norma Culta.

a) Este é o livro em cujas as páginas escrevi seu nome.b) Este é o livro sobre cujas as páginas escrevi seu nome.c) Este é o livro em cujas páginas escrevi seu nome.d) Este é o livro no qual, em suas páginas, escrevi seu nome.

22. Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pes-soal em relação ao uso culto da língua:

a) Ele entregou um texto para mim corrigir. b) Para mim, a leitura está fácil. c) Isto é para eu fazer agora. d) Não saia sem mim. e) Entre mim e ele há uma grande diferença.

23. Há pronome empregado incorretamente em:

a) Nada existe entre eu e você. b) Deixaram-me fazer o serviço. c) Fez tudo para eu viajar. d) Hoje, Maria irá sem mim. e) Meus conselhos fizeram-no refletir.

24. Encontramos pronome indefinido em:

a) “Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado.” b) “Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las.” c) “A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ati-va.” d) “Havia necessidade de que tais idéias ficassem sepultadas.” e) “Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa.”

25. Identifique a oração em que a palavra certo é pronome indefinido:

a) Certo perdeste o juízo. b) Certo rapaz te procurou. c) Escolheste o rapaz certo. d) Marque o conceito certo. e) Não deixe o certo pelo errado.

26. Assinale a alternativa em que a seqüência completa corretamente as lacunas em: “Quando saíres, leva-me ______ , pois nosso pai deixou

uma grande quantia para ______ depositar. Será que não é melhor o motorista ir ______ dois?”.

a) consigo, eu, conoscob) contigo, mim, com nósc) consigo, mim, conoscod) contigo, eu, com nós

27. Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado cor-retamente:

a) Este é um problema para mim resolver. b) Entre eu e tu não há mais nada. c) A questão deve ser resolvida por eu e você. d) Para mim, viajar de avião é um suplício. e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.

28. Assinale o item em que há erro quanto ao emprego dos pronomes se, si ou consigo:

a) Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si. b) Ele só cuidava de si. c) Quando V. Sa vier, traga consigo a informação pedida. d) Ele se arroga o direito de vetar tais artigos. e) Espere um momento, pois tenho de falar consigo.

29. Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materi-ais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência. Os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como:

a) indefinido - demonstrativo - relativo - demonstrativo b) indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido c) de tratamento - demonstrativo - indefinido - demonstrativo d) de tratamento - pessoal oblíquo - indefinido - demonstrativo e) demonstrativo - demonstrativo - relativo - demonstrativo

30. “Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos.” A palavra destacada é:

a) pronome adjetivo indefinido b) pronome substantivo indefinido c) pronome adjetivo demonstrativo d) pronome substantivo demonstrativo e) nenhuma das alternativas acima é correta

31. Assinale a opção que completa as lacunas da seguinte frase: “Ao comparar os diversos rios do mundo, defendia com azedume e paixão a proeminência .................. sobre cada um ................. . “

a) desse, daquele b) daquele, destes c) deste, daqueles d) deste, dessee) deste, desses

32. Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pro-nome relativo:

a) Não sei onde eles estão. b) “Onde estás que não respondes?” c) A instituição onde estudo é a UEPG. d) Ele me deixou onde está a catedral. e) Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

33. Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do tre-cho: A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; .........., porém, estavam mais gastos que .......... .

a) esses, aquela

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b) estes, aquela c) estes, esses d) aqueles, estae) estes, esses

34. Assinale a alternativa em que o pronome em negrito foi empregado corretamente:a) aguarde um instante. Quero falar consigo. b) é lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois; c) o processo está aí para mim examinar. d) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução foge a vossa alçada; e) Já se tornou impossível haver novos entendimentos entre eu e você

35. Assinale o par de frases em que as palavras sublinhadas são substan-tivo e pronome, respectivamente:

a) A imigração tornou-se necessária. / É dever cristão praticar o bem. b) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia muito movi-mento na praça. c) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de drogas é conde-nável. d) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. / Pesca-se muito em Angra dos Reis. e) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / Não entendi o que você disse.

GABARITO

01 A 12 A 23 A 34 B02 E 13 B 24 A 35 E03 D 14 C 25 B04 D 15 B 26 D05 C 16 C 27 D06 D 17 C 28 E07 A 18 D 29 A08 C 19 E 30 A09 E 20 C 31 C10 D 21 C 32 C11 A 22 A 33 B

10. MAIS QUESTÕES

01. No período: “Luíza e Maria estudaram na Europa: esta em Paris, aquela em Roma”, entende-se:Luíza estudou em Roma.Maria estudou em Roma.Luíza estudou em Paris.Luíza e Maria estudaram em Roma.Luíza e Maria estudaram em Paris.

02. Passa-me ........ livro que tens aí na mão para ........ consultar o índice.este; euesse; euesse; mimeste; mimaquele; eu

03. Complete as lacunas com o pronome adequado:1) “_____ documento que tens à mão é importante, Pedrinho?2) “A estrada do mar, larga e oscilante _______ sim, o tentava.”

3) “Na traseira do caminhão lia-se ________ frase:Tristeza não paga dívida”.4) “Cuidado, mergulhador, ________ animais são venenosos: a arraia miúda, o peixe-escorpião, a medusa, o mangangá.”Esse – essa – esta – estes;Este – esta – esta – estes;Este – esta – essa – esses;Esse – essa – essa – esses;Este – esta – essa – estes.

04. Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas da frase seguinte:Os pesquisadores e o Governo frequentemente assumem posições dis-tintas ante os problemas nacionais: _______________ se preocupam com a fundamentação científica, enquanto ____________ se guia mais pelos interesses políticos.aqueles, esteesses, aqueleestes, esseestes, aqueleaqueles, aquele

05. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:Pegue ______ cadeiras que estão ______ bem perto de você e leve-as para ______ canto à esquerda, onde Maria trabalha.estas - lá - este;essas - aí - aquele;aquelas - aí - esse;essas - lá - aquele;estas - aí - este.

06. Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª e assinale a alternativa que indica a sequência correta:1ª Coluna( 1 ) esse menino( 2 ) este menino( 3 ) menino( 4 ) o menino( 5 ) um menino2ª Coluna( ) particularizado e ligado à 1ª pessoa( ) não determinado( ) determinado de modo vago( ) particularizado e ligado à pessoa com quem se fala( ) determinado de modo particular2 - 3 - 5 - 4 - 1;3 - 2 - 5 - 1 -4;5 - 2 - 3 - 1 - 4;2 - 3 - 5 - 1 - 4;5 - 2 - 1 - 3 – 4.

07. “Um relatório da Associação Nacional de Jornais (ANJ) revelou que, nos últimos doze meses, foram registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a:relatórios.jornais.mesescasos.atentados.

08. (CERTA / ERRADA) No trecho “o tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio conceito” , o acento grave indica crase da preposição a, exigida pela regência de “contrária”, com o pronome demonstrativo A.

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09. Em que casos o vocábulo em destaque está ambíguo?01. Paulo contou a Pedro que ele ganhou o prêmio.02. Os coelhos não poderão ficar com os filhotes até que eles se-jam vacinados.04. Maria estava brincando com Joana quando esta desmaiou.08. O maestro executou para Antônio um trecho da Nona Sinfo-nia, que é a sua preferida.16. Retirei a estátua da sala e pintei-a.32. Tem muitas dívidas; é por isso que está tão preocupado.64. Mudou-se de Morretes para Castro porque aquela cidade não lhe oferecia condições de trabalho.

10. Assinale o período em que as palavras “o” e “os” são sempre pronomes demonstrativos.Os dias perfeitos são aqueles em que a meteorologia se confirma, não os outros.Relógios, conhecidos são os da cozinha, o da sala, os de pulso e os da cidade.Dias perfeitos são esses em que os pneus não amanhecem vazios.Os motoristas da direita buzinam como doidos, e os da esquerda tam-bém.Dias perfeitíssimos são ainda os que nos trazem tranquilidade.O item com a resposta CORRETA:1 e 52 e 32 e 53 e 41 e 311. A tu corresponde teu;a Vós corresponde __________;a Senhor corresponde __________;a Vossa Excelência corresponde _________;a Sua Excelência corresponde __________;a Você corresponde __________:Qual a ordem correta de preenchimento das lacunas?vosso, seu, vosso, seu, seu;vosso, vosso, vosso, teu, seu;vosso, seu, seu, seu, seu;vosso, seu, vosso, seu, teu;vosso, vosso, vosso, seu, seu.

GABARITO01 A 07 D02 B 08 C03 A 09 2704 A 10 C05 B 11 C06 D

10.2 VERBO

01. Mesmo que nós ____ , não conseguiríamos que eles ____ os papéis que os chefes _____ em segredo.

interviéssemos, requeressem, mantêm.intervíssemos, requeressem, mantém.Interviéssemos requisessem, mantêm.Intervíssemos, requisessem, mantém. Interviéssemos requeressem, mantêem.

02. Assinale a alternativa que contém a forma correta dos verbos medir, valer, caber e datilografar, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, pela ordem.

a) meço, valo, cabo, datilógrafob) meço, valho, caibo, datilografoc) mido, valo, caibo, datilógrafod) mido, valho, caibo, datilografoe) meço, valho, caibo, datilógrafo

03. Eles não _____em bancos e nós sabemos que vocês não _____ din-heiro para que eles lhes _____ o aval exigido.a) crêem, têm, dêemb) crêem, têem, dêemc) creem, têm, deem d) crêm, têm, dême) creêm, têem, dêem

04. Assinale o item em que as formas dos verbos trazer, ser, pôr e ir correspondam ao seguinte exemplo: “preferir, prefere!”a) Tragas!, sejas!, ponhas!, vás!b) Trazei!, sede!, pondes!, ides!c) Traga!, se!, ponha!, vá!d) Traze!, sê!, Põe!, vai!e) Traga!, seja!, ponha!, vai!

05. Assinale a alternativa em que os verbos estejam correta e adequad-amente empregados.a) Quando você o vir, dize-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.b) Quando você o ver, dize-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.c) Quando você o ver, diga-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.d) Quando você o vir, diga-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.e) Quando você o vir, dize-lhe que já demos nossa contribuição, para que servimos de exemplo a todos.

06. Assinale a alternativa em que os verbos estão correta e adequada-mente empregados.

a) Para que possamos discutir tudo com calma, pretendo vir às cinco horas, a não ser que não dê para sair em tempo e tenha de deixar nosso encontro para mais tarde.b) Quero que vocês tentam novamente e progridam nesses estudos, para que comprovamos a validade dessa nova teoria.c) Se supormos que eles desistem do empreendimento na hora da de-cisão final, talvez devêssemos providenciar outros profissionais que es-tejam realmente interessados.d) Será que existem cientistas que retêm o segredo que fará com que, numa bela manhã, acordamos sem a ameaça da guerra atômica.e) Quando eles proporem o acordo que tanto aguardamos, é necessário que nos comprometemos a cumprir nossa parte.

07. Conjugue os verbos conforme se pede nos parênteses e assinale a alternativa que preencha, pela ordem, corretamente as lacunas a baixo.

Todos _______ sangue no ar. (verbo ver – presente do indicativo)Quando você _______ um desastre como este, ficará aterrorizado. (ver-bo ver – futuro do subjuntivo)As moças, adormecidas na cabine, _______ dormindo. (verbo vir – pre-sente do indicativo)Quando você _______ aqui, ainda encontrará marcas do desastre. (ver-bo vir – futuro do subjuntivo)vêem, ver, vêm, viervêm, ver, vem, virvêem, vir vêm, virvêm, ver, virão, virveem, vir, vêm, vier

08. Os ouvintes _______-se de opinar, temendo que se _______ as críti-

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cas e os ânimos não se _______.

a) absteram, mantivessem, refazessemb) absteram, mantessem, refizessemc) abstiveram, mantivessem, refizessemd) absteram, mantessem, refazesseme) abstiveram, mantessem, refizessem

09. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:Não _______ cerimônia, _______ que a casa é _______, e _______ à vontade.

a) faças, entre, tua, fiqueb) faça, entre, sua, fiquec) faças, entra, sua, ficad) faz, entra, tua, ficae) faça, entra, tua, fique

10. Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada in-corretamente.O superior interveio na discussão, evitando a briga.Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.Quando você vir Campinas, ficará extasiado.Ele trará o filho, se vier a São Paulo.

11. Não te _______ com essas mentiras que _______ da ignorância.

a) aborreces, provêemb) aborreça, provémc) aborreças, provêmd) aborreça, provêeme) aborreças, provém

12. Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos ver-bos.Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse meu estado.Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção.O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te.Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias.Não se premiam os fracos que só obteram derrotas.

13. Caso _______ realmente interessado, ele não _______ de faltar.estiver, hajaesteja, houveestivesse, houvesseestivesse, haveriaestiver, houver

14. Quem ___ o Pedro, ou pelo menos ____ falar com ele, ___-o em meu nome.ver, poder, advirtavir, puder, advertavir, puder, advirtaver, puder, advertavir, poder, adverta

15. (F.C. Chagas-SP) Sem que ninguém tivesse _______, o próprio menino _______-se contra os falsos amigos.intervindo, precaviuintervindo, precaveiointervido, precaveuintervido, precaveioe) intervindo, precaveu

16. Todos se .......... à espera dos resultados que .......... em breve. Preenche corretamente as lacunas da frase acima a opção:

a) detêem - viriam b) detêm - virão c) detém - vêem d) detiveram – vêeme) deteram – vêm

17. Preencha as lacunas com as formas adequadas dos verbos entre pa-rênteses e assinale a seqüência correta:

Quando eles ....I.... (refazer) o relatório, II.... (receber) a primeira parcela do pagamento. Se você ....III.... (poder) cumprir os prazos, IV.... (ficar) liberado mais cedo. I II III V

a) refazerem, receberiam, puder, ficara b) refazerem, receberão, pode, ficou c) refizerem, receberão, pudesse, ficaria d) refizerem, receberiam, pôde, ficava e) refizessem, receberão, podia, ficará

18. “Pensemos no avião, pensemos no caminhão, pensemos no navio, mas não esqueçamos o trem.” Das alterações feitas no final da frase acima, a inaceitável, por apresentar a forma verbal em modo ou tempo diferente do da forma em negrito, é:

a) mas não receemos o trem b) mas não nos riamos do trem c) mas não renunciemos ao trem d) mas não descreiamos do trem e) mas não nos olvidamos do trem

19. A forma verbal correta é:

a) interviu b) reavenha c) precavesse d) entretessee) manteram

20. “se a queremos legítima.” Das alterações feitas na passagem ao lado, a que tem erro de flexão verbal é:

a) se virmos sua legitimidade b) se propormos sua legitimidade c) se reouvermos sua legitimidade d) se mantivermos sua legitimidade e) se requerermos sua legitimidade

21. Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada em relação à norma culta da língua:

a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante. b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que us-ava. c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte. d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos. e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho.

22. Assinale a opção que não completa corretamente as lacunas da frase abaixo:

Quando os convidados da comadre ....... Leonardo ....... para dançar o minuete da corte.

a) chegarem - teve de chamá-los b) tivessem chegado - teve de chamá-los c) chegaram - foi chamá-los d) chegassem - haveria de chamá-los

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e) tiverem chegado - deverá chamá-los

23. ....... em ti; mas nem sempre ....... dos outros.

a) Creias - duvidas b) Crê - duvidas c) Creias - duvida d) Creia – duvidee) Crê – duvides

24. Os mesários .......-se de votar, mas não ....... dispensa. Se você os ......., peça que venham aqui imediatamente.

a) absteram - requereram - vir b) absteram - requiseram - ver c) abstiveram - requereram - vir d) abstiveram - requereram - ver e) abstiveram - requiseram - ver

25. Uma das alternativas abaixo está errada quando à correspondência no emprego dos tempos verbais. Assinale qual é esta alternativa:

a) Porque arrumara carona, chegou cedo à cidade. b) Se tivesse arrumado carona, chegaria cedo à cidade. c) Embora arrume carona, chegará tarde. d) Embora tenha arrumado carona, chegou tarde. e) Se arrumar carona, chegaria cedo à cidade.

26. “Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como este sorriso.” (Fernando Sabino) Assinale a série em que estão devida-mente classificadas as formas verbais em destaque:

a) futuro do pretérito, presente do subjuntivo b) pretérito mais-que-perfeito, pretérito imperfeito do subjuntivo c) pretérito mais-que-perfeito, presente do subjuntivo d) futuro do pretérito, pretérito imperfeito do subjuntivo e) pretérito perfeito, futuro do pretérito

27. Se você ......., e o seu amigo ......., talvez você ....... esses bens.

a) requisesse - intervisse - reavesse b) requeresse - intervisse - reavesse c) requeresse - interviesse - reouvesse d) requeresse - interviesse - reavesse e) requisesse - interviesse - reouvesse

28. Aponte a frase correta:

a) Avançaram sobre ele, não se conteram. b) Não repilais quem de vós se aproxima. c) Se você não prever a ocasião, como agarrá-la? d) Requiseram inutilmente, não lhe deferiram o pedido. e) Busquei por muito tempo, mas não reavi o que perdera.

29. Assinale o item que contém as formas verbais corretas:

a) reouve - intervi b) reouve - intervim c) rehouve - intervim d) reavi – intervie) rehavi – intervim

30. Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal:

a) Os esportes entretêm a quem os pratica. b) Ele antevira o desastre. c) Só ficarei tranqüilo, quando vir o resultado. d) Eles se desavinham freqüentemente. e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes.

31. Assinale o caso em que o verbo sublinhado estiver correto:

a) Eu me precavo deve ser substituído por eu me precavejo. b) Eu me precavenho contra os dias de chuva. c) Eu reavi o que perdera há dois anos. d) Problemas graves me reteram no escritório. e) Nenhuma das frases acima.

32. Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:

I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério. II - ....... o televisor ligado, para te informares dos últimos aconteci-mentos. III - Não havia programa que ....... o povo, após o último noticiário.

a) propormos - Mantenha - entretesse b) propusermos - Mantém - entretesse c) propormos - Mantém - entretivesse d) propormos - Mantém - entretesse e) propusermos - Mantém - entretivesse

33. Que alternativa contém as palavras adequadas para o preenchimento das lacunas? “Ao lugar de onde eles ......., ....... diversas romarias.”

a) provém, afluem b) provém, aflue c) provém, afluid) provêem, aflueme) provêm, afluem

34. Se ............ que não sabes, ............ outra questão.

a) vires, faz b) veres, faças c) ver, faça d) vir, faze) vires, faze

35. Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativo afirmativo para o imperativo negativo:

a) parti vós - não partais vós b) amai vós - não ameis vós c) sede vós - não sejais vós d) ide vós - não vais vós

36. Soldado! ......................... a cabeça, ..................... teu fuzil, ............... o que lá vês. Mas não te ......................!

a) Levanta, ergue, destrua, firas b) Levante, ergue, destrua, fira c) Levanta, ergue, destrói, firas d) Levantai, erguei, destruí, firais e) Levanteis, ergueis, destruais, firais

37. Assinale a frase correta:

a) Busque e acharás, peça e receberás. b) Busque e achará, peça e receberá. c) Busca e acharás, pede e receberá. d) Busque e achará, peça e receberás. e) Busca e achareis, pede e receberás.

38. Indique a sequência abaixo que preenche corretamente as lacunas das orações abaixo:

1. .......... o que te mandou o diretor. 2. .......... à festa assim que você estiver pronta.

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3. .......... alguma coisa em sua própria defesa. 4. .......... alguma coisa, em tua própria vantagem.5........... . Todos nós vos pedimos.

a) Faça, Venha, Dize, Diga, Partai b) Faze, Vem, Diga, Dize, Parti c) Faze, Vinde, Dize, Diga, Parti d) Faça, Vem, Diga, Dizei, Parta e) Faze, Venha, Diga, Dize, Parti

GABARITO

01 A 12 E 23 E 34 E02 B 13 D 24 C 35 D03 C 14 C 25 E 36 C04 D 15 E 26 D 37 B05 D 16 B 27 C 38 E06 A 17 C 28 B07 E 18 E 29 B08 C 19 C 30 E09 B 20 B 31 E10 B 21 B 32 E11 C 22 A 33 E

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1. SINTAXE DA ORAÇÃO

1.2 Frase, Oração e Período

FRASEFrase é todo enunciado de sentido completo. A frase exprime, através da fala ou da escrita:

ideias emoções ordens apelos

Ex.: Espantoso! Silêncio! Não vá embora. O Brasil possui um grande potencial turístico. O telefone está tocando. Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsív-el, de acordo com o sentido que transmitem. São elas:

a) Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. A interrogação pode ser direta ou indireta.Ex.:Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta)Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta)

b) Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma or-dem, um conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo im-perativo. Podem ser afirmativas ou negativas.Ex.:Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) Não faça isso. (Negativa) Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa)

c) Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente prolongada.Ex.:Que prova difícil! É uma delícia esse bolo!

d) Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Podem ser afirmativas ou negativas.Ex.:Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) Ela não está em casa. (Negativa)

e) Optativas: são usadas para exprimir um desejo bom.Ex.:Deus te acompanhe! Bons ventos o levem! f) Imprecativas: é aquela que exprime um mau desejo, ou corresponde a uma praga rogada.Ex.:Vá para o inferno!Quero é que você morra!Obs.: a maioria das gramáticas não apresenta essa classificação.

De acordo com a construção, as frases classificam-se em:

Nominal: é a frase construída sem verbos, ou verbos de ligação.Ex.:Fogo! Cuidado! Belo serviço o seu! Nossa vitória foi justa.

Verbal: é a frase construída com verbo.

Ex.:Saímos.O sol ilumina a cidade e aquece os dias. Os casais saíram para jantar. A bola rolou escada abaixo.

ORAÇÃOUma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:- que o enunciado tenha sentido completo;- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).

Camila terminou a leitura do livro.

Fica ligado!

Nem toda frase é oração. Estes enunciados não são ora-ções, pois não possuem verbo:

Que dia lindo!Socorro! Com Licença! Que rapaz ignorante!

A frase pode conter uma ou mais orações.

Brinquei no parque. (uma oração) Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) Cheguei, vi, venci. (três orações)

PERÍODO

Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.

Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.

O amor é eterno. As plantas necessitam de cuidados especiais. Quero aquelas rosas. O tempo é o melhor remédio.

Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.

Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. Quero aquelas flores para presentear minha mãe. Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que aconte-ce ao anoitecer. Cheguei, jantei e fui dormir.

Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais.

TERMOS DA ORAÇÃO

ESSENCIAIS

Também conhecidos como termos “fundamentais”, são representados pelo sujeito e predicado nas orações.

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INTEGRANTES

Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por:complemento verbal - objeto direto e indireto; complemento nominal; agente da passiva.

ACESSÓRIOS

Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expres-sam circunstância). São representados por:adjunto adnominal; adjunto adverbial; aposto.

Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração.

TERMOS ESSENCIAIS

SUJEITO E PREDICADO

Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.

Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo. Termo que age no verbo, dá forma a ele.

As praias estão cada vez mais poluídas.Sujeito verbo

A praia está cada vez mais poluídas.Sujeito verbo

Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o su-jeito.

As praias estão cada vez mais poluídas.Predicado

POSIÇÃO DO SUJEITO NA ORAÇÃO

Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.

As crianças brincavam despreocupadas.Sujeito Predicado

a) Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.

Brincavam despreocupadas as crianças.Predicado Sujeito

b) Sujeito no Meio do Predicado:

Despreocupadas, as crianças brincavam.

Predicado Sujeito Predicado

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser:

a) Simples - Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. Ex.:A rua estava deserta.Os meninos estão gripados. Todos cantaram durante o passeio.

b) Composto - Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.Ex.:Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

c) Implícito – oculto - desinencial - Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, está na desinência do verbo.Ex.: Dispensamos todos os funcionários.

2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração):

Procuraram você por todos os lugares. Estão pedindo seu documento na entrada da festa.

b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:

O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.Ex.:Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)

c) Com o verbo no infinitivo impessoal:

Era penoso estudar todo aquele conteúdo.É triste assistir a estas cenas tão trágicas.

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Fique ligado!

Quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.

Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.

Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.

3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal.

Sujeito Predicado

- Havia formigas na casa.

- Nevou muito este ano em Nova Iorque.

Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portu-guesa ocorrem com:

a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:

Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.

Ex.:

Choveu muito no inverno passado. Amanheceu antes do horário previsto.

Obs.: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.

Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito) Já amanheci cansado. (eu=sujeito)

b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:

Ser:É noite. (Período do dia) Eram duas horas da manhã. (Hora)

Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a ex-pressão numérica que o acompanha.

É uma hora.

Hoje são 15 de março. (Data)

Estar:Está tarde. (Tempo) Está muito quente.(Temperatura)

Fazer:Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) Fez 39° C ontem. (Temperatura)Deve fazer dias quentes na Bahia. (situação meteorológica)

Haver:Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) Havia muitos alunos naquela aula. (existir)Houve muitos conflitos na equipe. (ocorrer)Deve ter havido muitas pessoas interessadas na mercadoria.

PREDICADOPredicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujei-to de uma oração, identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado.

Durante o ano, muitos alunos desistem do curso. Predicado Predicado

A natureza é bela.Predicado

OS VERBOS NO PREDICADO

Para analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos: os verbos significativos e os não significativos.

Os verbos significativos são os que exprimem processos; em outras pa-lavras, indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, ativi-dade mental:Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr – fazer – nascer – pretender – raciocinarEsses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem.

Os verbos não significativos exprimem estado; são mais conhecidos como verbos de ligação.Fazem parte desse grupo, entre outros:Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se - acabar – tornar-se – passar (a)

Os verbos não significativos sempre fazem parte do predicado, mas não atuam como núcleos.

Para perceber se um verbo é significativo ou não significativo, é necessário considerar o contexto em que é usado. Assim, na oração:

Ela anda muito rápido.

O verbo andar exprime uma ação (caminhar), atuando como um verbo significativo. Já na oração:

Ela anda triste.

O verbo exprime um estado, atuando como verbo não significativo (de ligação).

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PREDICAÇÃO VERBAL (TRANSITIVIDADE VERBAL)

1) Verbo IntransitivoÉ aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita entre o sujeito e um complemento.Ex.:O avião caiu.

Se desejar, o falante pode acrescentar outras informações (adjuntos ad-verbiais), como:

local: O avião caiu sobre as casas da periferia.modo: O avião caiu lentamente.tempo: O avião caiu no mês passado.

2) Verbo TransitivoÉ o verbo que vem acompanhado por complemento, que o faz adquirir sentido completo. Ex.:

S. Simples Predicado

As crianças precisam de carinho.

V. transitivo Complemento verbal

O verbo transitivo pode ser:

a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória.

Ex.:

Eu comprei meu doce favorito. V. Transitivo Di-reto

b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição obrigatória.Ex.:

Nós precisamos de dinheiro.

Verbo Transitivo Indireto preposição

c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita para o complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo.

Maria contou tudo ao diretor.

Verbo Transitivo Direto preposição e Indireto

3) Verbo de LigaçãoÉ aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, esta-belecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações.

O verbo e ligação pode expressar:

a) estado permanente: ser, viver.Sandra é alegre. Sandra vive alegre.

b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-seMamãe está bem. Mamãe encontra-se bem.

c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-seJúlia ficou brava. Júlia fez-se brava.

d) continuidade de estado: continuar, permanecerRenato continua mal. Renato permanece mal.

e) estado aparente: parecerMarta parece melhor.

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO

Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.

Predicado Verbal

Apresenta as seguintes características:

a) Tem um verbo significativo como núcleo;b) Não possui predicativo do sujeito;c) Indica ação.Eles revelaram toda a verdade para a filha.

PREDICADO VERBAL

O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)O antigo prédio foi demolido. (núcleo do predicado verbal = demoli-do) locução verbal – foi demolido.

PREDICADO NOMINAL

Apresenta as seguintes características:

a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;c) Indica estado ou qualidade.

Leonardo é competente. No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um ter-mo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação. Ex.:Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação)Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predic-ativo do sujeito, virou = verbo de ligação)

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Predicativo do Sujeito

É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Pode ser representado por:

a) Adjetivo ou locução adjetiva:O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo)Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)

b) Substantivo ou palavra substantivada:Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo)Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado)

c) Pronome Substantivo:Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo)

d) Numeral:Nós somos dez ao todo. (dez = numeral)

Predicado Verbo-Nominal

Apresenta as seguintes características:

a) Possui dois núcleos: um verbo significativo e um nome;b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.

Os alunos saíram da aula alegres.Predicado Verbo-Nominal

O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um ver-bo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É impor-tante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal.

Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.

ESTRUTURA DO PREDICADO VERBO-NOMINAL

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:

1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito

Joana partiu contente.

Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto

A despedida deixou a mãe aflita.

Sujeito Verbo Transitivo

Objeto Direto

Predicativo do Objeto

3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito

Os alunos cantaram emocionados aquela canção.

Sujeito Verbo Transitivo

Predicativo do Sujeito

Objeto Direto

Obs.: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.

Todos o chamam de irresponsável.Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sen-tido completo em si mesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles:

complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);complemento nominal;agente da passiva.

COMPLEMENTOS VERBAIS

Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indire-tos. São eles:

1) Objeto Direto

É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.

Abri os braços ao vê-lo.

Objeto Direto

O objeto direto pode ser constituído:

a) Por um substantivo ou expressão substantivada.

O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.

b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

Espero-o na minha festa. / Ela me ama.

c) Por qualquer pronome substantivo. O menino que conheci está lá fora. / Onde você leu isso?

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Atenção:Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer:a) quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus.

b) quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele.

c) quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefini-do: O diretor elogiou a todos.

d) para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega.

Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como ver-bos transitivos diretos.

A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe. Objeto Direto

2) Objeto IndiretoÉ o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me, te, se, nos, vos.

Não desobedeço a meus pais.

Objeto Indireto

Preciso de ajuda. (Preposição clara “de”)

Objeto Indireto

Enviei-lhe um recado. (Enviei a alguém)

Objeto Indireto

Objeto pleonástico

Consiste na retomada do objeto por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque.Ex.:As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto)A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto)

Observações:

a) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.

Eu a encontrei no quarto. (OD)Vou avisá-lo.(OD)Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)

b) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar sua função sintática, podemos substituir esses

pronomes por um substantivo: se o uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto.Roberto me viu na escola.(OD)Substituindo-se “me” por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: «Roberto viu o amigo na escola.» Veja que a preposição não foi usada. Portanto, “me” é objeto direto.

João me telefonou.(OI)Substituindo-se “me” por um substantivo qualquer (amigo, por exem-plo), tem-se: “João telefonou ao amigo”. A preposição foi usada. Por-tanto, “me” é objeto indireto.

Predicativo do objeto

O predicativo do objeto é o termo da oração que complementa e caracteriza, principalmente, o objeto direto, atribuindo-lhe uma qualidade. Pode caracterizar também o objeto indireto; sendo, contudo, mais raro, apenas utilizado com o verbo chamar. Aparece apenas com o predicado verbo-nominal.A função de predicativo do objeto pode ser desempenhada:a) Por um adjetivo ou uma locução adjetiva: Ex.:Ele a viu sorridente.Todos acusaram-no de desmotivado.

b) Por um substantivoEx.:A direção elegeu-o presidente.Todos chamam-lhe mãe.

3) Complemento Nominal É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sem-pre por meio de preposição.Ex.:Cecília tem orgulho da filha. substantivo complemento nominal

Ricardo estava consciente de tudo. adjetivo complemento nominal

A professora agiu favoravelmente aos alunos. advérbio complemento nominal

Atenção! O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome.

4) Agente da Passiva É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição “por” e eventualmente da preposição “de”. A vencedora foi escolhida pelos jurados. Sujeito Verbo Agente da Paciente Voz Passiva Passiva

Obs.: ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito.

Os jurados escolheram a vencedora. Sujeito Verbo Objeto Direto Voz Ativa

1.3 Termos acessórios da oração

Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado.

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São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto ad-nominal e o aposto.Ex.:Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto.Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português.

ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tem-po, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:

Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:amanhã indica tempo;de bicicleta indica meio;àquela velha praça indica lugar.

O adjunto adverbial pode ser expresso por:

1) Advérbio: O balão caiu longe.2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.

Obs.: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial.

Entreguei-me calorosamente àquela causa.

É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias.

CLASSIFICAÇÃO DO ADJUNTO ADVERBIAL

Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os exemplos.

AcréscimoAlém da tristeza, sentia profundo cansaço.

AfirmaçãoSim, realmente irei partir. Ele irá com certeza.

AssuntoFalávamos sobre futebol. (ou de futebol, ou a respeito de futebol).

CausaCom o calor, o poço secou. Não comentamos nada por discrição. O menor trabalha por necessidade.

CompanhiaFui ao cinema com sua prima. Com quem você saiu? Sempre contigo irei estar.

ConcessãoApesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo.

CondiçãoSem minha autorização, você não irá. Sem erros, não há acertos.

Conformidade Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado)

DúvidaTalvez seja melhor irmos mais tarde. Porventura, encontrariam a solução da crise? Quiçá acertemos desta vez.

Fim, finalidade

Ela vive para o amor.Daniel estudou para o exame.Trabalho para o meu sustento. Viajei a negócio.

FrequênciaSempre aparecia por lá. Havia reuniões todos os dias.

InstrumentoRodrigo fez o corte com a faca. O artista criava seus desenhos a lápis.

IntensidadeA atleta corria bastante. O remédio é muito caro.LimiteA menina andava correndo do quarto à sala.

LugarNasci em Porto Alegre. Estou em casa. Vive nas montanhas. Viajou para o litoral. “Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente.” (Álvaro de Campos)

MatériaCompunha-se de substâncias estranhas. Era feito de aço.

MeioFui de avião. Viajei de trem. Enriqueceram mediante fraude.

ModoForam recrutados a dedo. Fiquem à vontade. Esperava tranquilamente o momento decisivo.

NegaçãoNão há erros em seu trabalho. Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.

PreçoAs casas estão sendo vendidas a preços muito altos.

Substituição ou trocaAbandonou suas convicções por privilégios econômicos.

TempoO escritório permanece aberto das 8h às 18h. Beto e Mara se casarão em junho. Ontem à tarde encontrou um velho amigo.

ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O

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adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes ad-jetivos e numerais adjetivos.

O poeta inovador enviou dois longos

trabalhosao seu amigo de

infância.

SujeitoNúcleo do Predicado

VerbalObjeto Direto Objeto Indireto

Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos eamigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:

o artigo» o» e o adjetivo “inovador” referem-se a “poeta”;o numeral “dois” e o adjetivo “longos” referem-se ao substantivo “tra-balhos”;o artigo «o” (em ao), o pronome adjetivo “seu” e a locução adjetiva “de infância” são adjuntos adnominais de “amigo”.

DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E PREDICATIVO DO OBJETO

Os professores consideraram-na difícil. Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). As-sim, mesmo havendo tal substituição, o termo “difí-cil” continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, mas sim um termo que a ele está relacionado. Considera-se, dessa forma, tratar-se de um predicativo do objeto direto. Os alunos resolveram uma questão difícil.

Realizando o mesmo processo, o de substituir o objeto direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se somente: Os alunos resolveram-na (difícil). Não caberia deixar “difícil” na frase, ele faz parte do obje-to (uma questão difícil), portanto está dentro do pronome “na”.

DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL

É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:

Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnom-inais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos ab-stratos, adjetivos e advérbios.

b) O valor do complemento nominal é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:

Camila tem muito amor à mãe.

(mãe é paciente de amor, recebe o amor – complemento nominal)

O amor de mãe é incondicional.(mãe é agente de amor, ela é a possuidora do amor – adjunto adnominal).

APOSTO

Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronom-inal para explicá-lo ou especificá-lo melhor.

Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

Aprecio música: rock, blues, samba.

Objeto Direto Aposto do Objeto Direto

Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada.

pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.menina levada = aposto de Marina. Classificação do ApostoDe acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:

a) Explicativo:A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.

b) Enumerativo:A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

c) Resumidor ou Recapitulativo:Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

d) Comparativo:Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

e) Distributivo:Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.

f) Aposto de Oração:Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula, travessão ou dois-pontos). g) Aposto especificativo: Individualiza um substantivo de sentido genérico.O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda. A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

Atenção:Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase:A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal.

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Obs.:1) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc.Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o recreio.

2) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.Código universal, a música não tem fronteiras.

3) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de preposição.Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso na universidade, com as felicitações.

VOCATIVO

É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:

Não fale tão alto, Rita! Vocativo

Senhor presidente, queremos nossos direitos! VocativoA vida, minha amada, é feita de escolhas. Vocativo

2. VOZES DO VERBO

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o su-jeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais:

a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.

Ele fez o trabalho.sujeito agente ação objeto (paciente)

b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.

O trabalho foi feito por ele.sujeito paciente ação agente da passiva

c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.O menino feriu-se.

Há dois tipos de voz reflexiva:

ReflexivaSerá chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.

Carla machucou-se.Osbirvânio cortou-se com a faca.Roberto matou-se.

Reflexiva recíprocaSerá chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.

Paula e Renato amam-se.Os jovens agrediram-se durante a festa.Os ônibus chocaram-se violentamente.

Formação da Voz PassivaA voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sinté-tico.

1- Voz Passiva AnalíticaConstrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo prin-cipal.A escola será pintada. O trabalho é feito por ele.

Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposi-ção por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de.

A casa ficou cercada de soldados.

a) Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.A exposição será aberta amanhã. (por quem?)

A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar, pois o particípio é invariável. A manutenção do tempo e do modo verbal é imprescindível para a correta transposição.

a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

Nas locuções:d) O vento ia levando as folhas. (gerúndio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares.A moça ficou marcada pela doença.

2- Voz Passiva SintéticaA voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.Abriram-se as inscrições para o concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola.

Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA VOZ PASSIVA

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.

Gutenberg inventou a imprensa

Sujeito da Ativa Objeto Direto

A imprensa foi inventada por Gutenberg

Sujeito da Passiva Agente da Passiva

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.

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3. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem in-troduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).

Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interroga-tivos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos:

Classificação das Orações Subordinadas Substantivas

De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:

a) Subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal.

É fundamental o seu comparecimento à reunião. Sujeito

É fundamental que você compareça à reunião.Oração Principal O. S. Substantiva Subjetiva

Olha o BIZU!Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um período simples:

É fundamental isso. ou Isso é fundamental.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:

1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:

É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado

É bom que você compareça à minha festa.

2- Expressões na voz passiva, como:

Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado

Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.

3- Verbos como:

convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer

Convém que não se atrase na entrevista.

Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.

b) Objetiva Direta

A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.

Todos querem sua aprovação no vestibular. Objeto Direto

Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)Oração Principal O. S. Substantiva Objetiva Direta

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desen-volvidas são iniciadas por:

1- Conjunções integrantes “que” e “se”:A professora verificou se todos alunos estavam presentes.

2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.

3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:

Eu não sei por que ela fez isso.

c) Objetiva Indireta

A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.

Meu pai insiste em meu estudo. Objeto Indireto Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) O. S. Substantiva Objetiva Indireta

Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.

Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. O. S. Substantiva Objetiva Indireta

d) Completiva Nominal

A oração subordinada substantiva completiva nominal com-pleta um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.

Sentimos orgulho de seu comportamento. Complemento Nominal Sentimos orgulho de que você se com-portou. (Sentimos orgulho disso.) O. S. Substantiva Completiva Nominal

e) Predicativa

A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predic-ativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.

Nosso desejo era sua desistência. Predicativo do Sujeito Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) O. S. Substantiva Predicativa

f) Apositiva

A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.

Fernanda tinha um grande son-ho: a chegada do dia de seu casamento. Aposto (Fernanda tinha um grande sonho: isso.)

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Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. O. S. Substantiva Apositiva

4. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjun-to adnominal do antecedente.

Esta foi uma redação bem-sucedida.

Esta foi uma redação que fez sucesso. Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva

Atenção!O pronome relativo “que” sempre pode ser substituído por:o qual - a qual - os quais -as quais Refiro-me ao aluno que é estudioso.Refiro-me ao aluno o qual estuda.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

ExplicativasSeparada por vírgulas, as orações subordinadas explicativas, como o próprio nome já indica, explicam melhor ou esclarecem o termo ao qual se referem.Ex.::O exame final, que estava muito difícil, deixou todos apreensivos.

Oração Principal: O exame final deixou todos apreensivos.Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que estava muito difícil

RestritivaAo contrário das orações explicativas, as orações restritivas, como o nome já indica, são orações que restringem ou delimitam o significado de seu antecedente, de forma que não são separadas por vírgulas. Ex.:As pessoas que são racistas merecem ser punidas

Oração Principal: As pessoas merecem ser punidasOração Subordinada Adjetiva Restritiva: que são racistas

Note que no exemplo acima, as pessoas que merecem ser punidas compõem um grupo restrito, ou seja, apenas os racistas.

Obs.: Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.

Minha irmã que mora em São Paulo vem visitar-me.

No período acima, podemos afirmar que a pessoa que escreve tem, no mínimo, duas irmãs, uma que mora em São Paulo e uma que mora em outro lugar.

Minha irmã, que mora em São Paulo, vem visitar-me.

Nesse período, é possível afirmar que a pessoa que escreve tem apenas uma irmã, a qual mora em São Paulo.

5. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

a) Causal

A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do que se declara na oração prin-cipal.

Conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à oração principal), porque, como, já que, uma vez que, visto que, etc.

As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.

Como ninguém se interessou pelo proje-to, não houve alternativa a não ser cancelá-lo.

b) Consecutiva

As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que é consequência, que é efeito do que se declara na ora-ção principal.

Conjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.

É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.)

A chuva foi tão forte que as ruas ficaram alagadas.

c) Condicional

Conjunções e locuções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).

Se o regulamento do campeonato for bem elaborado,certa-mente o melhor time será campeão.

Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o con-trato.

d) Concessiva

A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa.

Conjunções e locuções concessivas: conquanto, embora, ain-da que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.

Irei mesmo que ele não vá.

Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da população continua à

e) Comparativa

Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau comparativo dos adjetivos e dos advérbios: tão...como (quanto),mais (do) que, menos (do) que. Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência.

O orador foi mais brilhante do que profundo.

f) Conformativa

Conjunções conformativas: como, consoante, segundo e con-forme.

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Fiz o bolo conforme ensina a receita.

Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais.

g) Final

Conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução con-juntiva para que.

Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.

Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse.

h) Proporcional

Locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao pas-so que. Há ainda as estruturas:quanto maior...(maior), quan-to maior...(menor), quanto menor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos).

À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões.

Quanto maior for a altura, maior será o tombo.

i) Temporal

Conjunções e locuções temporais: quando, enquanto, mal, as-sim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.

Quando você foi embora, chegaram outros convidados.

Mal você saiu, ela chegou.

6. ORAÇÕES COORDENADAS

As orações não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas.

Obs.: A conjunção coordenativa se chama síndeto.

As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo.

O período é composto de três orações:

As luzes apagam-se; (assindética)abrem-se as cortinas; (assindética)e começa o espetáculo. (sindética)

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas

De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coor-denadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

a) Aditivas

Conjunções: e, nem (=e não) não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes são usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração.

Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.

Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) com-põe muito bem.

b) Adversativas

Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. Conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. “O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade.” (Fer-reira Gullar)O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.

A oração adversativa pode ser introduzida pela conjunção “e”, que se classifica, nesse caso, como adversativa.

Fui à casa de Paula, e não a encontrei.

Atenção!A conjunção “mas” pode aparecer com valor aditivo.

Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.

c) Alternativas

Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normal-mente é usada a conjunção “ou”. Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja, etc.

Diga agora, ou cale-se para sempre.

Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.

Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

d) Conclusivas

Exprimem conclusão referente à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc.

Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.

A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidados-amente.

e) Explicativas

Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expres-so na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são:

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que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo).

Vou embora, que cansei de esperá-lo.

Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.

Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.

Atenção:Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.

A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)

Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.

Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique (relação de causa e consequência.)

7. PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem es-crita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da lin-guagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:

1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz(entoação) na leitura;

2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;

3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.

VÍRGULA

Vírgula no período simples

Na ordem direta da oração, normalmente, não se usa vírgula.

S V O ASujeito Verbo Objetos Adj. Adv.

VÍRGULA PROIBIDA:

Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sin-

tático, ligam-se diretamente entre si:

a) entre sujeito e predicado.

Todos os alunos da sala foram advertidos. Sujeito predicado

b) entre o verbo e seus objetos.

O trabalho custou sacrifício aos realizadores. V.T.D.I. O.D. O.I.

c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.

A surpreendente reação do governo contra os sonegadores Adj. adnominais nome Adj. Adn. Complemento Nominaldespertou reações entre os empresários.

Usa-se a vírgula: 1- para marcar intercalação:a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.

b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, to-davia, altas quantidades de alimentos.

c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

2- para marcar inversão:a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.

b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.

c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. 3- para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enu-meração):

Era um garoto de 15 anos, alto, magro.A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. 4- para marcar elipse (omissão) do verbo:

Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

5- para isolar:

- o aposto: São Paulo, considerada a metró-pole brasileira, possui um trânsito caótico. - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.

6- para separar adjetivos que exercem função predicativa

Sereno e tranquilo, caminhou o condenado à forca.

Não esperava que ele, inteligente e culto, dissesse tamanha asneira!

A mulher saiu em desabalada carreira, desesperada.

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Vírgula no período composto

7- para separar orações coordenadas assindéticas:

“O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera nin-guém.”

8- Antes de todas as conjunções coordenativas

Nas aditivas: quando o sujeito for diferente, para evitar ambiguidade:José cumprimentou Paulo, e Maria trouxe o café.

Quando há repetição da conjunção (polissíndeto)“Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (“A um poeta” de Olavo Bilac)

Nas adversativas: “A beleza empolga a vista, mas o mérito conquista a alma.”Todo político promete, e não cumpre.

Nas alternativas, nas explicativas e nas conclusivas:

Maria ora prendia o cabelo, ora o soltava.Termine isso logo, que já é tarde.Ela é bastante educada, por isso todos a admiram.

9- para separar termos ou orações que, deslocadas, quebram uma sequência sintática.

Comunico-lhes que, a partir desta data, atenderemos em novo endereço.“As viúvas inconsoláveis, quando são jovens, acham sempre alguém que as console.”

10- para separar orações adverbiais e substantivas quando antepostas à principal

Embora estivesse muito cansado, compareci à reunião.Que venham todos, é preciso: estou muito doente!

11- para separar orações reduzidas de gerúndio, de particí-pio e de infinitivo

Chegando o diretor, avise-me imediatamente!Terminada a conferência, foi nos oferecido um jantar.“Deus, antes de ser homem, era sol sem sombra.” (Vieira)

12- para isolar orações adjetivas explicativas

Brasília, que é a capital do Brasil, foi fundada em 1960.

Ponto Final ( . )

O ponto final representa a pausa máxima da voz. A melodia da frase indica que o tom é descendente. Emprega-se, principalmente:

Para fechar o período de frases declarativas e imperativas.Hoje vamos almoçar com a vovó.Resolva o exercício em silêncio.

Nas abreviaturas.etc. (et cetera)séc. (século)

PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )

O ponto de interrogação é usado ao final de qualquer interrogação dire-ta, ainda que a pergunta não exija resposta. A entoação ocorre de forma

ascendente.

Onde Maria comprou este livro?Maria telefonou?Quanto custa este relógio?

Obs.: não se usa ponto interrogativo nas perguntas indiretas.Gostaria de saber quanto custa este relógio.

Atenção:O ponto de interrogação pode ser utilizado com outros sinais de pon-tuação, como as reticências e o ponto de exclamação para realçar a ex-pressividade do discurso.

Quando utilizado com reticências, indica dúvida e incerteza. Quando utilizado com ponto de exclamação, indica surpresa e indignação.

E agora?... Que poderemos fazer?... (dúvida)O quê?! Como foi isto acontecer?! (surpresa)

No caso da utilização simultânea do ponto de interrogação e de ex-clamação, a ordem deles é indicativa de uma sentença com caráter mais interrogativo (?!) ou mais exclamativo (!?).

O ponto de interrogação pode aparecer duplicado ou triplicado, quando enfatiza e intensifica o sentimento que está sendo expresso.

O quê??? – perguntaram, cheios de espanto.Posso??? Já é a terceira vez que peço isso!

PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclama-tivas e imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc. Possui entoação descendente.

Que belo dia de sol!Pare, por favor!Ufa! Que alívio!Pare imediatamente com esse barulho!

Atenção: o ponto de exclamação substitui o uso da vírgula de um voc-ativo enfático.

Maria! Está na hora de dormir!

PONTO E VÍRGULA (;)

O ponto e vírgula é um sinal de pontuação intermediário entre o ponto e a vírgula. Indica uma pausa ao mesmo tempo que indica que o período ainda não acabou. Emprega-se nos seguintes casos:Para separar itens de uma enumeração

O ponto e vírgula é usado na separação de itens enumerados, sendo frequente sua utilização em leis.

Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta Lei.

Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais:a) as locações:1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;3. de espaços destinados à publicidade.

Deveremos tratar, nesta reunião, dos seguintes assuntos:a) cursos a serem oferecidos, no próximo ano, a nossos empregados;b) objetivos a serem atingidos;

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c) metodologia de ensino e recursos audiovisuais;d) verba necessária.

* Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.

O rio está poluído; os peixes estão mortos.

*Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados por vírgula.

Se dirigir, não beba; se beber, não dirija.

*Para alongar a pausa de conjunções adversativas ou conclusivas, sub-stituindo, assim, a vírgula.

Maria terminou a prova; porém, não assinou a lista de presença.

Sempre acreditei em você; portanto, esperava que você cumprisse o combinado.

*Para separar orações coordenadas adversativas ou conclusivas quando a conjunção aparecer no meio da oração.

Maria terminou a prova; não assinou, porém, a lista de presença.

Sempre acreditei em você; esperava, portanto, que você cumprisse o combinado.

*Para separa orações extensas e relacionadas entre si, principalmente quando já subdivididas com vírgulas.

Dos autores brasileiros, homenagearam Cecília Meireles; dos portu-gueses, Eugênio de Andrade; dos moçambicanos, Mia Couto.

DOIS PONTOS (:)

O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, geralmente:Para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção.“Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz :– Podemos avisar sua tia, não?” (Graciliano Ramos)Maria perguntou: – Por que você não viaja comigo?

Para anunciar uma citação.Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Para anunciar uma enumeração:Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos.

Para introduzir orações apositivas:Só aceito com uma condição: irás ao cinema comigo.

Para introduzir um aposto:Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.

Para anunciar uma explicação ou esclarecimento:Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.

RETICÊNCIAS ( ... )

As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se:

Para indicar continuidade de uma ação ou fato.

E a vida passa...

Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.Vim até aqui achando que...

Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. “- Não... quero dizer... é verdade... Ah!”Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.Não há motivo para tanto...mistério.

Para realizar citações incompletas.O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasilei-ro:“Deitado eternamente em berço esplêndido...”

Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor.“Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vo-cação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano...” (Machado de Assis)

8. CONCORDÂNCIA VERBAL

SUJEITO SIMPLES

Regra GeralCom o sujeito concordará o verbo em número e pessoa.

A orquestra tocou uma valsa longa. 3ª p. Singular 3ª p. Singular

Sujeito anteposto:Dois alunos faltaram naquela ocasião.

Sujeito posposto:Faltaram naquela ocasião dois alunos.

CASOS PARTICULARES

1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.Ex.:A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhu-ma proposta interessante.

Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos cole-tivos, quando especificados:Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.

2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de nu-meral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Ex.:Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.Mais de um jogador teve contusões.

Obs.: quando a expressão “mais de um” se associar a verbos que expri-mem reciprocidade, o plural é obrigatório:Ex.:Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro)

3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordân-

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cia deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de ar-tigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural.Ex.:Os Estados Unidos determinam o fluxo da atividade econômica do mundo. As Minas Gerais são inesquecíveis. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.

4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plu-ral (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Ex.:Quais de nós são / somos capazes? Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?

Obs.: nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singu-lar, o verbo ficará no singular.Qual de nós é capaz? Algum de vós fez isso.

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo pode concordar com o substantivo ou com o numeral.Ex.:25% do orçamento do país deve / devem destinar-se à Educação. 1% dos entrevistados não aprovou / aprovam a administração do prefeito.

Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substan-tivo, o verbo deve concordar com o número. Ex.:25% querem a mudança. 1% conhece o assunto.

Com artigo, o verbo concorda, obrigatoriamente, com o numeral.Ex.:Os 20% do eleitorado querem mudança.

6) Quando o sujeito é o pronome relativo «que», a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome.Ex.:Fui eu que paguei a conta. Fomos nós que pintamos o muro. És tu que me fazes ver o sentido da vida. Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.

7) Quando o sujeito é o pronome relativo “quem”, pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antece-dente do pronome.

Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta. Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.

8) Com a expressão «um dos que”, o verbo pode ir para o plural ou singular.

Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram / en-cantou os poetas. Se você é um dos que admiram / admira o escritor, certamente lerá seu novo romance.

9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.

Vossa Excelência é diabético? Vossas Excelências vão renunciar?

10) Verbos Pornôs: dar, bater e soar

A concordância dos verbos se dá com o sujeito (numeral ou substantivo).

Deu uma hora no relógio da sala. sujeito Adjunto adverbial

Deram cinco horas no relógio da sala. sujeito Adjunto adverbial

O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. sujeito

11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usa-dos sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais: Haver no sentido de existir e de ocorrer; Fazer indicando tempo; aqueles que indicam fenômenos da natureza.

Havia muitas garotas na festa. Devia haver muitas garotas na festa Faz dois meses que não vejo meu pai. Vai fazer dois meses que não vejo meu pai. Chovia ontem à tarde.

SUJEITO COMPOSTO

1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:Ex.:Pai e filho conversavam longamente. Sujeito

2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Ex.:Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. (Nós) Tu e teus irmãos tomareis / tomarão a decisão. (Vós) (Vocês) Pais e filhos precisam respeitar-se. (Eles)

3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Ex.: Faltaram coragem e competência. Faltou coragem e competência.

4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural. Ex.:Abraçaram-se vencedor e vencido.Ofenderam-se o jogador e o árbitro. Casos Particulares

1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular.Ex.:Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.

2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação ou núcleos sinônimos o verbo pode ficar no plural ou con-

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cordar com o último núcleo do sujeito.Ex.:Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satis-fazem / satisfaz.

A coragem e o destemor fizeram / fez dele um herói.

3) Quando o sujeito composto é formado por verbos no infinitivo:a) antônimos ou acompanhados de determinante, o verbo fica no plural.Ex.:Discordar e apoiar são próprios da democracia.O andar e o nadar fazem bem à saúde.

b) não são antônimos ou não vêm acompanhados de determinantes, o verbo fica no singular.Ex.:Andar e nadar faz bem à saúde.

4) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por “ou”, o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.Ex.:Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira.

Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o ver-bo deverá ficar no singular.Ex.:Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada. Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um)

5) Com as expressões “um e outro” e “nem um nem outro” ou nú-cleos unidos por “nem”, a concordância pode ser feita no singular ou plural.Ex.:Um e outro compareceu / compareceram à festa. Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.Nem o professor nem o aluno acertaram / acertou a resposta.

6) Com a expressão “um ou outro” o verbo deve ficar no singular.Ex.:Um ou outro convidado não confirmou a presença.

7) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”, o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido muito próximo ao de “e”. Ex.:O pai com o filho montaram o brinquedo.O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre.

Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.

Ex.:O pai com o filho montou o brinquedo.O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo se-mestre.

8) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlati-vas como: “não só...mas ainda”, “não somente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o verbo concorda de preferência no plural.Ex.:Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.

9) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resu-midor.

Ex.:Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia. Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pes-soas.

10) Quando aparecem entre os sujeitos as palavras como, exceto, in-clusive ou as expressões bem como, assim como, tanto quanto ou equivalente, o verbo concorda com o primeiro elemento.Ex.:Vocês, como eu , gostam de praia.Juçara e o marido, assim como nós, vivem uma fase difícil.

11) Quando os núcleos do sujeito têm como adjunto o pronome cada ou nenhum, o verbo fica no singular.Ex.:Cada professor, cada aluno, naquela escola, fazia o que bem enten-dia.

OUTROS CASOS

1) O Verbo e a Palavra “SE”Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas de particular interesse para a concordância verbal:

a) quando é índice de indeterminação do sujeito; b) quando é partícula apassivadora.

Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se” acompanha os ver-bos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoria-mente são conjugados na terceira pessoa do singular.

Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país. Confia-se em teses absurdas. Era-se mais feliz no passado.

Quando pronome apassivador, o “se” acompanha verbos transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.

Construiu-se um posto de saúde. Construíram-se novos postos de saúde. Não se pouparam esforços para despoluir o rio. Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.

2) O Verbo “Ser”

A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito.O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito embora com o sujeito também seja praticado:

a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aqui-lo, tudo, o - e o predicativo estiver no plural.

Isso é /são lembranças inesquecíveis.

b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predic-ativo for um substantivo no plural.

Nosso piquenique foi / foram só guloseimas. Sujeito Predicativo do Sujeito Se o sujeito ou o predicativo indicar pessoa, o verbo concorda com ele.

Gustavo era só decepções. Minhas alegrias é esta criança.

c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem.

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Que são esses papéis? Quem são aquelas crianças?

d) Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o ver-bo ser concorda com o numeral.

É uma hora. São três da manhã. Eram 25 de julho quando partimos. Daqui até a padaria são dois quarteirões.

Atenção:Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias:1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia.Hoje é dia quatro de março.

2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia.Hoje são quatro de março.

e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como é pouco, é muito, é bastante, é suficien-te, menos de, mais de, o verbo ser fica no singular.

Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Duas semanas de férias é muito para mim.

f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o verbo.No meu setor, eu sou a única mulher. Aqui os adultos somos nós.

Obs.: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito.

Eu não sou ela. Ela não é eu.

g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coleti-vo e o predicativo estiver no plural, o verbo ser concordará com o pre-dicativo.

A maioria no protesto eram jovens. O resto foram atitudes imaturas.

3) O Verbo “Parecer”

O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordân-cias:

a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo (período simples).

Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.

b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão (período composto).

Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.

4) Sujeito oracionalConcorda no singular o verbo cujo sujeito é uma oração.Ainda falta comprar os cartões. Sujeito oracional

5) A Expressão “Haja Vista”

A expressão haja vista admite as seguintes construções:

A expressão fica invariável ou o verbo haver pode variar:

Haja vista as lições dadas por ele. Hajam vista os exemplos de sua dedicação.

9. CONCORDÂNCIA NOMINAL

1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.

As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar:

a) adjetivo adjunto adnominal anteposto aos substantivos:O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próx-imo.

Comi delicioso almoço e sobremesa.Provei deliciosa fruta e suco.

Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.

Os adoráveis Paula e Maurício vieram me visitar.

b) adjetivo adjunto adnominal posposto aos substantivos:O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).

Comi almoço e sobremesa deliciosa.Provei fruta e suco delicioso.

Comi almoço e sobremesa deliciosos.Provei fruta e suco deliciosos.

d) adjetivo predicativo do objeto anteposto concorda com o substanti-vo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).

É preciso que se mantenham limpos as ruas e os jardins.É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins.

e) adjetivo predicativo do objeto posposto concorda em gênero e número com os nomes ou pronomes pessoais a que se refere.

Juliana viu Maria e José ontem muito felizes.Juliana as viu ontem muito felizes.

f) adjetivo predicativo do sujeito com sujeito anteposto concorda com o substantivo mais próximo.

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As cortinas e os tapetes estavam molhados.

g) adjetivo predicativo do sujeito com sujeito posposto concorda com o substantivo mais próximo (em gênero e número) ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).

Estavam molhados as cortinas e os tapetes.Estavam molhadas as cortinas e os tapetes.

Estava molhada a cortina e os tapetes.

4) Um(a) e outro(a), Num(a) e noutro(a), nem uma(a) nem outro(a)Após essas expressões, o substantivo fica sempre no singular.

Um e outro aspecto.Nem um nem outro argumento.De um e outro lado.

Se houver adjetivo, este vai para o plural.

Renato advogou um e outro caso fáceis.Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.Uma e outra causa juntas.

5) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere.

Cristina saiu só. Cristina e Débora saíram sós.Estes idosos não caminham por si sós.

Obs.: quando a palavra “só” equivale a “somente” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto, invariável.

Eles só desejam ganhar presentes.

6) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adje-tivos no singular, podem ser usadas as construções:

Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.Admiro as culturas espanhola e portuguesa.

Obs.: Evite construções deste tipo:

Estudo a cultura espanhola e portuguesa.Trata-se de duas culturas distintas ou de uma única, espano-portuguesa?

Casos Particulares

Concordância ideológica

* Silepse de gênero – Manifesta-se pela concordância que se faz com o gênero gramatical subentendido.

Vossa Excelência sentiu-se incomodado com a falta de receptividade por parte dos empresários. (homem)

Vossa Excelência sentiu-se incomodada com a falta de receptividade por parte dos empresários. (mulher) São José do Rio Preto é linda.

É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido

a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).

É proibido entrada de crianças. Em certos momentos, é necessário atenção. No verão, melancia é bom.Água é bom para saúde. É preciso cidadania. Não é permitido saída pelas portas laterais.

b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.

É proibida a entrada de crianças. Esta salada é ótima.Esta água é boa para saúde. A educação é necessária.Seriam precisas outras três etapas.

Anexo - Incluso - Obrigado - Mesmo - Próprio - Quite

Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem. Observe:

Seguem anexas as documentações requeridas.Seguem inclusos os papéis solicitados.Enviei anexas aos contratos as notas fiscais.

A menina agradeceu: - Muito obrigada.As senhoras disseram muito obrigadas, elas mesmas / próprias fariam a entrega.

Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.

Bastante - Caro - Barato - LongeEssas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais.

As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo)

As casas estão caras. (adjetivo)Achei barato este casaco.(advérbio)Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)

“Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas.” (Cecília Meireles) (advérbio)“Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!» (Cecília Meireles). (adjetivo)

Meio - MeiaA palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere.Pedi meia cerveja e meia porção de polentas. (metade)

Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável.A noiva está meio nervosa. (um pouco)

Alerta - MenosEssas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis.

Os escoteiros estão sempre alerta.

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Carolina tem menos bonecas que sua amiga.

Atenção!Cegalla considera “alerta” variável:“Nossos chefes estão alertas.”

10. REGÊNCIA VERBAL

VERBOS INTRANSITIVOS

Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.

a) Chegar, Ir

Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou dire-ção são: a, para.

Fui ao teatro. Adjunto Adverbial de Lugar Ricardo foi para a Espanha. Adjunto Adverbial de Lugar

Obs.: “Ir para algum lugar” enfatiza a direção, a partida. “ Ir a al-gum lugar” sugere também o retorno.

Chegamos no trem das dez. Adjunto Adverbial de Meio

b) Comparecer

O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.

Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS

Os verbos transitivos diretos são complementados por obje-tos diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais)

a) Amar

Ele deve amar aquela mulher.

Ele deve amá-la

b) Convidar

Convidamos João para a festa.

Convidamo-lo para a festa.

c) Julgar

Julguei José incapaz disso.

Julguei-o incapaz disso.

Julgaram José incapaz disso.

Julgaram-no incapaz disso.

d) Namorar

Marcelo namora Cláudia.

Marcelo namora-a.

e) Ouvir

Não vamos ouvir esta música.

Não vamos ouvi-la.

f) Pisar

Não pise a grama.

Não a pise.

g) Respeitar

Marcelo respeita o regulamento.

Marcelo respeita-o.

Atenção!

Os pronomes lhe, lhes só acompanham verbos transitivos dire-tos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adno-minais).

Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)

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Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:

a) Consistir

Tem complemento introduzido pela preposição “em”.

A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.

b) Obedecer e Desobedecer:

Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”.

Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Eles desobedeceram às leis do trânsito.

c) Responder

Tem complemento introduzido pela preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem” ou “ao que” se responde.

Respondi ao meu patrão. Respondemos às perguntas. Respondeu-lhe à altura.

Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica.

O questionário foi respondido corretamente.Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

d) Simpatizar e Antipatizar

Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”.

Antipatizo com aquela apresentadora. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.

Obs.: Estes verbos não são pronominais: Eu me antipatizo com ele.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS

Agradecer, Perdoar e Pagar

São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.

Agradeço aos ouvintes a audiência.

Objeto Indireto Objeto Direto

É preciso perdoar o pecado ao pecador. Objeto Direto Objeto Indireto

Paguei o débito ao cobrador. Objeto Direto Objeto Indireto

O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado.

Agradeci o presente. / Agradeci-o. Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. Paguei minhas contas. / Paguei-as. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

InformarApresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.

Informe os novos preços aos clientes.Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)

Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções:

Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles)

Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.CompararQuando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento indireto.

Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.

PedirEsse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.

Pedi-lhe favores. Objeto Indireto Objeto Direto Pedi-lhe que mantivesse em silêncio. Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

PreferirNa língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição “a”.

Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Prefiro trem a ônibus.

Obs.: Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).

Esquecer e LembrarQuando transitivo indireto, esses verbos são pronominais. Observe as formas corretas de usá-los: Esqueci o livro. / Esqueci-me do livro.

Lembrar, no sentido de “advertir, notar, fazer recordar”. É usado com objeto indireto de pessoa e objeto direto que indica a coisa a ser lembrada.

Lembrei a todos que tudo ainda estava por fazer.

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Atender, TD ou TI, indiferentemente, quando o complemento é pessoa:O presidente não atendeu o/ao banqueiro.

Como complemento pronominal, só aceita o (ou variações)O presidente não o atendeu.

TI quando o complemento é coisa (atender a):A secretária atendeu ao telefone e me chamou.

MUDANÇA DE TRANSITIVIDADE COM MUDANÇA DE SIGNIFICADO

Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresen-tam mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibi-lidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:

Agradar

1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.

Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê.

2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição “a”.

O cantor não agradou aos presentes.O cantor não lhes agradou.

Aspirar

1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.

Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)

2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição.

Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas)

Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” e sim as for-mas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”.

Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)

Assistir

1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar.

As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.As empresas de saúde negam-se a assisti-los.

2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.

Assistimos ao documentário.Não assisti às últimas sessões.Essa lei assiste ao inquilino. (cabe)

Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição «em”.

Assistimos numa conturbada cidade.

Chamar

1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a aten-ção ou a presença de.

Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.

2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não.

A torcida chamou o jogador mercenário. A torcida chamou ao jogador mercenário. A torcida chamou o jogador de mercenário. A torcida chamou ao jogador de mercenário.

Custar

1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.

Frutas e verduras não deveriam custar muito.

2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto.

Muito custa viver tão longe da família. Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Intransitivo Reduzida de Infinitivo Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude. Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Indireto Reduzida de Infinitivo

Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa.

Custei para entender o problema.

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Forma correta: Custou-me entender o problema.

Implicar

1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:

a) dar a entender, fazer supor, pressupor

Suas atitudes implicavam um firme propósito.

b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, pro-vocar

Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo.

2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver

Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.

Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição “com”.

Implicava com quem não trabalhasse arduamente.

Proceder

1) Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo.

As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las. Você procede muito mal.

2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se de algum lugar (rege a prepo-sição” de”) é intransitivo.

O avião procede de Maceió. (adjunto adverbial)

3) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição” de”) é transitivo indireto.

Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próxi-mo. (objeto indireto)

4) Nos sentidos de fazer, executar (rege complemento introduzido pela preposição “a”) é transitivo indireto.

Procedeu-se aos exames. O delegado procederá ao inquérito.

Querer

1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, co-biçar.

Queremos um país melhor.

2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar.

Quero muito aos meus amigos. Ele quer bem à linda menina. Despede-se o filho que muito lhe quer.

Visar

1) Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.

O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque.

2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição «a».

O ensino deve sempre visar ao progresso social. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.

Verbos transitivos diretos ou indiretos

Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos:

a) AbdicarAbdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.

b) AlmejarAlmejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.

c) Ansiar (desejar muito)

Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas.Obs.: na acepção de causar mal-estar, angustiar, é transitivo direto:O calor ansiava-o.

d) RenunciarNão renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta

e) Satisfazer

Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe.

11. REGÊNCIA NOMINAL

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por

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esse nome.

Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem.

Acessível a Falho de, emAfável com, para com Feliz com, de, em, porAfeição a ,por Fértil de, emAflito com, por Hostil a, para comAlheio a, de Imune a, deAliado a, com Indulgente com, para comAnálogo a Indulgente com, para comAntipatia a, contra, por Inerente aApto a, para Junto a, deAtencioso com, para com Lento emAtentatório a, de Pasmado deAversão a, para, por Passível deAvesso aÁvido de, por

Peculiar a

Coerente com Pendente deCompaixão de, para com, por

Preferível a

Compatível com Propício aConforme a Próximo a, deConstituído com, de, por Rente aContente com, de, em, por Residente emContíguo a Respeito a, com, de, para

com, porCruel com, para, para com Simpatia a, para com, porCurioso de, por Situado a, em, entreDesgosto com, de Solidário comDesprezo a, de, por Suspeito a, deDevoção a, para com, por Vizinho a, com, deDevoto a, de Último a, de, emDúvida acerca de, de, em, sobre

União a, com, entre

Empenho de, em, por Versado emFácil a, de, para

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Exemplo de regência de alguns nomes:

AmorTenha amor a seus livros.Meu amor pelos animais me conforta.Cultivemos o amor da família.O amor para com a Pátria.

Ansioso de/por/paraOlhos ansiosos de novas paisagens.Estava ansioso por vê-la.Estou ansioso para ler o livro.

Acessível aIsto é acessível a todos.

Acostumado a, com

Estou acostumado a comer pouco.Estamos acostumados com as novas ferramentas.

Afável com, para comEle é afável com sua filha.O professor tem sido afável para com seus alunos.

Agradável aIsso é agradável ao visitantes.

Alheio a, deEle vive alheio a tudo.Era um poeta alheio de tudo que não fosse poesia.

Apto a, paraEstou apto a trabalhar.Joana está apta para desenvolver suas funções.

Aversão a, porEle tem aversão a pessoas.Paula tem aversão por itens supérfluos.

Benefício aPilates é um grande benefício à saúde.

Capacidade de, paraLaura tem excepcional capacidade de comunicação.Joaquim tem capacidade para o trabalho.

Capaz de, para:Ele é capaz de tudo.A empresa é capaz para trabalhar com projetos.

Compatível comSeu computador é compatível com este.

Contrário aEsse modo de vida é contrário à saúde.

Curioso de, porLuís é curioso de tudo.A Joana quer satisfazer a sua curiosidade por viagens espaciais.

12. CRASE

A palavra crase é de origem grega e significa «fusão», «mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção» de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o pronome demonstrativo «a» (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais).

Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino “a” (s) ou de um pronome demonstrativo “a” (s) após uma preposição “a”:

1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.

Conheço “a” aluna. / Conheço o aluno. Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.

Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição “a” ou do artigo “a”, é preciso provar que existem os dois.

Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino “a” (s), não haverá crase.

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ALGUNS CASOS EM QUE A CRASE NÃO OCORRE:

1. diante de substantivos masculinos:

Andamos a cavalo. Fomos a pé.

2. diante de verbos no infinitivo:

A criança começou a falar. Ela não tem nada a dizer.

Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

3. diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:

Diga a ela que não estarei em casa amanhã. Entreguei a todos os documentos necessários. Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.

Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surja a forma ao, ocorrerá crase.

Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)

Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

Peça à outra funcionária. (Peça ao outro funcionário.)

Entreguei à senhora o documento.(Entreguei ao senhor...)

4. diante de numerais cardinais:

Chegou a duzentos o número de feridos. Daqui a uma semana começa o campeonato.

5. diante de nomes no plural se o “a” estiver no singular.Na verdade, as histórias de bruxas pertenciam a fantasias infantis. (Há apenas preposição)

Casos em que a crase ocorre:

- diante de palavras femininas:Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Sempre vamos à praia no verão.

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):

O jogador fez um gol à Pelé. (à moda de) Usava sapatos à Luís XV.Fiz arroz à grega.Comemos bife à milanesa. (à moda de Milão)

Não ocorre crase em:

Comemos bife a cavalo.Ela preparou um leitão a pururuca.

Obs.: Não é bife à moda do cavalo nem leitão à moda da pururuca!

- na indicação de horas (para testar, é só substituir por meio-dia.)Acordei às sete horas da manhã. Elas chegaram às dez horas.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.

à tarde às ocultas às pressas à medida queà noite às claras às escondidas à forçaà vontade à beça à larga à escutaàs avessas à revelia à exceção de à imitação deà esquerda às turras às vezes à chaveà direita à procura à deriva à toa

à luz à sombra de à frente de à proporção que

à semelhança de às ordens à beira de

CRASE DIANTE DE NOMES DE LUGAR

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”.

Vou à França. (Volto da França. Estou na França.) Vou a Porto Alegre. (Volto de Porto Alegre.) Estou em Porto Alegre.)

BIZU:Quem vai a e volta da, crase há. Quem vai a e volta de, crase por quê?

ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase.

Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. Irei à Salvador de Jorge Amado.

CRASE DIANTE DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS AQUELE (S), AQUELA (S), AQUILO

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”.

Refiro-me a aquele atentado.

Preposição Pronome

Refiro-me àquele atentado.Àquela altura, todos já haviam saído.

CRASE COM OS PRONOMES RELATIVOS A QUAL, AS QUAIS

A ocorrência da crase com os pronomes relativos que, a qual e as quais.

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A igreja a que me refiro fica no centro da cidade. O monumento a que me refiro fica no centro da cidade. (somente preposição)

Esta igreja é semelhante à que visitamos ontem.

Este monumento é semelhante ao que visitamos ontem.

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.

CRASE COM O PRONOME DEMONSTRATIVO “A”

A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” também pode ser detectada através da substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino.

Minha revolta é ligada à do meu país. Meu luto é ligado ao do meu país. Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa. Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa.

A PALAVRA TERRA

Não ocorre crase antes da palavra terra quando esta se opõe a “bor-do, chão, mar”, quando designa “terra firme”:Logo que o navio aportou, os marinheiros descerram a terra. (firme)Os pilotos retornaram a terra. (firme)Depois de tantos dias no mar chegamos a terra.Se houver determinante, ocorre crase:Vou à terra dos meus avós.Cheguei à terra natal.Voltou à terra onde nascera.

* Ele retornou à Terra. (planeta)* As aves voavam rente à terra. (locução adverbial feminina)

A PALAVRA CASA

Não ocorre crase antes da palavra casa quando ela tiver o sentido de “lar, domicílio, morada. Nessa acepção, a palavra casa não admite artigo, há apenas preposição.Chegou cedo a casa.Chegavam a casa quase sempre à tardinha.Fui a casa apanhar os documentos do carro.

Porém, se ela vier acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva (termo modificador), use a crase:Fiz uma visita à casa verde.Fui à casa de meu colega.

Observe:O presidente americano regressou à Casa Branca.Chegou à casa dos sessenta esbelto.Fui à Casa dos Quadros comprar um presente.

A PALAVRA DISTÂNCIA

Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer.

Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está determinada.)

Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocor-rer.

Os militares ficaram a distância.

CRASE FACULTATIVA

a) Antes de Pronomes Possessivos Femininos O uso do acento indicativo de crase dependerá da preferência do es-critor: Referiu-se a minha viagem. Referiu-se à minha viagem.

Obs.: No plural, a crase é obrigatória:Fiz um apelo às nossas colegas.

Obs.:Pronomes possessivos antecedidos de nomes de parentescos rejeitam o acento indicativo de crase. Há apenas a preposição.Refiro-me a minha mãe.

b) Antes de Nomes de MulheresEscrevi a Joana.Escrevi à Joana.Mandamos um convite a Marília.Mandamos um convite à Marília.

c) Com a Locução “até a” – A preposição “até” possui como variante a locução “até a” e seu emprego é facultativo; mesmo quando “até” for seguido dos demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo:Foi até a porta.Foi até à porta. Vou até a farmácia. Vou até à farmácia.

13. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Denotação: É o uso da palavra com o seu significado usual, literal.

Em pleno século XXI, pessoas ainda morrem de fome.Após 56 anos, a bomba que explodiu sobre Hiroxima ainda continua matando pessoas.

Conotação: É o uso de uma palavra com um sentido que não é próprio dela (figurado). Ao anoitecer, chegou em casa morto de fome.Após o gol, a torcida explodiu de alegria.

14. FIGURAS DE LINGUAGEM

São desvios das normas gerais de linguagem que o emissor cria para dar maior expressividade à sua mensagem.A vida é uma nuvem passageira.

METÁFORA

É comparação implícita de uma similaridade existente entre os dois se-res.Nesta época do ano, as ruas são um formigueiro.Achamos a chave do problema.

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METONÍMIA

É a substituição de palavras que guardam uma relação de sentido entre si.Marca pelo produto: Maria sempre usa bombril.Parte pelo todo: Ele possuía inúmeras cabeças de gado.Causa pelo efeito: Pago minhas contas com o meu suor.Continente pelo conteúdo: Comi um prato de macarrão.Singular pelo plural: A mulher conquistou seu lugar.Autor pela obra: Gosto de ler Luís Fernando Veríssimo.

ANTÍTESE

Consiste na aproximação de palavras que expressam ideias opostas.Ele estava entre a vida e a morte.“A vida é mesmo assimDia e noite, não e sim”.

PLEONASMO

Intensifica o significado de um termo através da repetição da própria palavra ou da ideia contida nela. “Chovia uma triste chuva de resignação” (Manuel Bandeira)“E rir meu riso e derramar meu pranto” (Vinicius de Moraes)

PROSOPOPEIA (PERSONIFICAÇÃO)

Atribui a seres inanimados características de seres animados ou irra-cionais. As folhas bailavam alegremente quando o vento passava por elas.Naquela noite, a lua beijava o céu.

15. EXERCÍCIOS

SESSÃO INSÔNIA

15.1 SINTAXE DA ORAÇÃO

01. “Como se sabe, a teoria da relatividade geral afirma que nem o tem-po nem a distância são valores absolutos, dependendo do movimento relativo dos observadores, e que o único valor absoluto e constante é a velocidade da luz.” (Isaac Asimov)

Indique a alternativa que classifica corretamente a função sintática e a classe morfológica dos termos grifados.

a) objeto indireto – substantivob) sujeito – substantivoc) sujeito – adjetivod) objeto direto – adjetivo

02. “Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci: oh! Quem cuidara Que entre penhas tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza!” (C.M.Costa)

Quanto à função sintática dos termos abaixo, coloque, nos parênteses,

F(falso) ou V(verdadeiro) para as afirmativas e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) a natureza – objeto direto( ) o berço – sujeito( ) entre penhas tão duras – adjunto adverbial( ) sem dureza – adjunto adnominal

a) V – F – V – Fb) V – V – F – Fc) F – V – F – Vd) F – F – V – V

03. Nas frases abaixo,

I – O político nomeou seu filho secretário de finanças.II – Mário, sua prova está exemplar!III – Valdirene ficou em Brasília, nas férias do ano passado.

Os predicados classificam-se; respectivamente, como

a) verbo-nominal, verbal e nominal.b) verbo-nominal, nominal e verbal.c) nominal, verbo-nominal e verbal.d) verbal, nominal e verbo-nominal.

04. Assinale a alternativa incorreta quanto à classificação do predicado.

a) Atônitos, encontrei os alunos à porta da sala. (predicado verbo-nom-inal)b) Os alunos vivem preocupados com a redação na escola. (predicado verbo-nominal)c) “Marcela amou-me durante onze meses e quinze contos de réis.” (predicado verbal)d) Trabalho honesto produz riqueza honrada. (predicado verbal)

05. “A vida celibata podia ter certas vantagens próprias, mas seriam tênues, e compradas a troco da solidão.”

Quanto à função sintática, a expressão grifada, no trecho acima, clas-sifica-se como

a) adjunto adverbialb) adjunto adnominalc) objeto indiretod) complemento nominal

06. Observe:

Era o que eu faria, se ele me preferisse a você.Aqui tem já Vossa Excelência três pessoas que lhe querem muito.“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.”

Quanto à transitividade, os verbos sublinhados nos trechos acima clas-sificam-se, respectivamente, como

a) transitivo indireto; transitivo indireto; e intransitivo.b) transitivo direto e indireto; transitivo indireto; e intransitivo.c) transitivo direto e indireto; transitivo direto; e transitivo direto.d) transitivo indireto; intransitivo; e transitivo direto e indireto.

07. “Os novos colegas julgaram o candidato incapaz para o cargo.”

Assinale a alternativa cujo termo exerce função de predicativo do ob-jeto.

novos candidatoincapazcolegas

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08. Classifique o sujeito das orações: 1 (simples), 2 (composto), 3 (in-determinado) na sequência em que aparecem e, a seguir, assinale a alternativa correta.

( ) Naquele momento, ficaram sobressaltados os cães da vizin-hança( ) Choveram discussões durante a reunião.( ) Os sons da música e o perfume das acácias chegavam até os convidados.( ) Contaram histórias horripilantes naquela noite.

a) 1 –1 – 2 – 3b) 1 – 2 – 3 – 1c) 2 – 2 – 1 – 3d) 3 – 1 – 2 – 2

09. Assinale a alternativa em que há predicado verbo-nominal.

a) Comprou-te um anel na joalheria da praça.b) As meninas queriam um autógrafo daquele ator.c) Eu sonho sempre com o mesmo poema.d) O homem desmoronou fatigado sobre a cama.

10. Assinale a alternativa em que os dois termos destacados classificam--se como objetos indiretos.

a) Necessitamos de terras produtivas; não queremos terras devolu-tas.b) Quem te disse tanta asneira?c) Entregou-se à leitura por simpatizar com o escritor.d) Você quis ajudar o garoto, mas ele não lhe deu ouvidos!

11. Classifique os predicados das frases abaixo em Verbal (1), Nominal (2) e Verbo-nominal (3). Em seguida, assinale a alternativa que contém a sequência correta.

( ) A cozinheira virou a carne no forno.( ) Os alunos continuavam indiferentes à advertência do professor.( ) Alice chegou do novo serviço maravilhada.( ) Os funcionários consideram as condições de trabalho impraticáveis.

a) 1 – 3 – 1 - 2 c) 2 – 1 – 3 - 1b) 3 – 2 – 2 - 3 d) 1 – 2 – 3 – 3

12. Assinale a alternativa que contém predicativo do sujeito.

a) “Naquela tarde, ele se desprendeu esborrachando-se no chão: estava maduro.”b) “Em situação de poço, a água equivale a uma palavra em situação dicionária.”c) “Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa...”d) “A reação da namorada deixou o rapaz boquiaberto.”

13. Observe os períodos e, em seguida, assinale a alternativa que contém, correta e respectivamente, a classificação sintática dos termos destacados.

I- O exame deixou o aluno preocupado.II- Não posso entregar aquela falsa resposta.III- O soldado foi considerado corajoso pelos oficiais.

a) adjunto adnominal – predicativo do objeto – predicativo do sujeitob) adjunto adnominal – predicativo do objeto – adjunto adnominalc) predicativo do objeto – adjunto adnominal – adjunto adnominald) predicativo do objeto – adjunto adnominal – predicativo do sujeito

14. Assinale a alternativa em que o termo destacado é um complemento

nominal.

a) Sua dedicação aos estudos era uma de suas virtudes.b) O Governo precisa intervir mais na economia.c) Os anõezinhos trabalhavam nas minas de diamante.d) Foi socorrido pelos médicos daquele hospital.

15. No texto “Na verdade, todo tipo de texto, em maior ou menor grau, contém o elemento persuasivo, mas é na dissertação que ele aparece explicitamente.”, o sujeito destacado classifica-se como

a) composto.b) indeterminado.c) simples.d) inexistente.

16. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo destacado exerce função sintática de objeto indireto.

a) Minhas ideias revolucionárias te incomodam bastante.b) Ele passou a enxergar-se como o culpado de tudo.c) Faltou-nos seriedade no momento em que fazíamos o trabalho.d) Ouçam-me com atenção, que tenho informações importantes a dar.

17. O termo destacado em “O empresário julgou inadequadas as propostas dos funcionários.” classifica-se sintaticamente como

a) adjunto adnominal.b) predicativo do sujeito.c) predicativo do objeto.d) complemento nominal.

18. Assinale a alternativa em que há vocativo.

a) “Uniu-se à melhor das noivas, a Igreja, e oxalá vocês se amem tanto.”b) Um dia, meu caro colega, não serás mais injustiçado.c) Continuam sendo lidos os poemas de Carlos Drummond de Andrade, ilustre poeta brasileiro.d) Meu maior sonho, uma casa nas montanhas, evaporou-se com a crise econômica.

19. “Mas, de penitência em penitência, a vida passou. Nesse amontoar de tempo, muita coisa teve fim na Rua das Flores.”

No texto acima, os sujeitos das duas orações são, respectivamente,

a) penitência / fimb) a vida / amontoar de tempoc) a vida / muita coisad) penitência / Rua das Flores

20. Em qual alternativa o termo destacado não exerce função de objeto indireto?

a) “Tira-me o pão, se queres,tira-me o ar, porém nuncame tires o teu sorriso.” (Pablo Neruda)b) “O céu estava na rua?A rua estava no céu?Mas o olhar mais azul,Foi só ela quem me deu! (Mário Quintana)c) “Cumplicemente,as folhas contam-te um segredovelho como o mundo:adolescente, olha! A vida é nova...” (Mário Quintana)d) “Ai! Se eu te visse no calor da sesta,A mão tremente no calor das tuasAmarrotado o teu vestido branco,Soltos cabelos nas espáduas nuas!...

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21. Assinale a alternativa em que não há vocativo.

a) “Olha, Marília, as flautas dos pastoresQue bem que soam, como estão cadentes!”b) “O guerreiro parou, caiu nos braçosDo velho pai, que o cinge contra o peito.”c) “Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,Da vossa alta clemência me despido.”d) “Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondesEmbuçado nos céus?”

22. Assinale a alternativa que contém aposto.

a) Já anotou o pedido, garçom?b) O escritor Aluísio Azevedo nasceu em São Luís doMaranhão.c) Noel Rosa deixou-nos belas canções.d) Minha primeira namorada foi a Mariazinha.

23. Assinale a alternativa em que o predicado se classifica como ver-bo-nominal.

a) “Quero antes o lirismo dos loucosO lirismo dos bêbedos”b) “Sou bem-nascido. Menino,Fui, como os demais, feliz.”c) “Hoje, entre ramos, a canção sonoraSoltam festivamente os passarinhos.”d) “Um grito de amor pulou, no ar, sorridente.E eu... só sofrimento!”

24. Coloque V (vocativo) e A (aposto) para as expressões em destaque. A seguir, indique a alternativa que contém a sequência correta.

( ) Bibi Ferreira, a grande dama do teatro brasileiro, continua bril-hando nos palcos.( )“Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados.”( ) “Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais.” ( ) “Acorda, amor.Eu tive um pesadelo agora.Sonhei que tinha gente lá fora...”a) V – V –A – Ab) A – V – V – Ac) A – A – V – Vd) V – A – V – A

25. Classifique os sujeitos dos verbos destacados em simples (1), com-posto (2) e indeterminado (3). Em seguida, indique a alternativa que contém a sequência correta.

( ) Necessita-se de pessoas honestas para governar este país.( ) Estão na sala o diretor e o pai do aluno.( ) À noite, brilham os astros no céu.( ) A produção literária portuguesa da segunda época medieval foi muito rica.

a) 3 – 2 – 1 – 1b) 3 – 1 – 1 – 2c) 2 – 1 – 2 – 3d) 1 – 2 – 3 – 1

26. Os pronomes pessoais oblíquos destacados nas frases:

O diretor nomeou-o presidente da associação.Eu instruí os alunos, mas ninguém me obedeceu.Se você me vir na rua, mude de calçada.

desempenham, respectivamente, a função sintática de objeto:

a) indireto – direto – diretob) direto – direto – indiretoc) indireto – indireto – diretod) direto – indireto – direto

27. Quando assistir tem sentido de “favorecer”, “caber”, constrói-se a oração com objeto indireto, como se vê em

a) Qual razão lhe assistia de agir criminosamente?b) O pai só permitia que assistisse a desenhos animados construtivos.c) Hoje de manhã, o doutor Nícolas veio assistir à filha de D. Mariana.d) Três dos amigos assistem naquele bairro distante.

28. Em “Tratava-se de um assunto importantíssimo, e os sócios não podiam ignorar o problema.”, o sujeito da oração em destaque recebe a classificação sintática de

a) simples.b) composto.c) indeterminado. d) inexistente.

29. O termo destacado em todas as alternativas tem função de adjunto adnominal, exceto em:

a) Havia insetos suficientes para as rãs do lagob) Todas as tardes, visitávamos os museus da cidade.c) Aquele famoso ator vem de uma família tradicional d) O clima de Salvador é ótimo para as férias de verão.30. Classifique o termo sintático destacado em “Quando minha irmã era garotinha, meu pai a chamava minha princesa.”

a) predicativo do objetob) complemento nominalc) adjunto adverbiald) predicativo do sujeito

31. No texto “Só é pobre, meu filho,quem não trabalha. E você, rapaz sadio e forte, já pode procurar um emprego. Pedro lnácio, meu compa-nheiro de infância,é um homem rico porque trabalha desde garoto. E começou com a pesca no rio Paraná.”,

os termos destacados classificam-se. respectivamente. em:

a) aposto, vocativo, apostob) vocativo, aposto, vocativoc) aposto, vocativo, vocativod) vocativo, aposto, aposto

32. Assinale a alternativa com a sequência correta da classificação sintática dos termos destacados em:

“A aeronave um mistério encerra e vai pelo espaço acompanhando o mundo.”

a) sujeito – complemento nominalb) objeto direto – objeto diretoc) objeto direto – objeto indiretod) sujeito – adjunto adverbial

33. Observe as sentenças:

I. A criança pediu um presente à mãe.II. Sou fiel a meus princípios.III. Tinha nojo de toda aquela sujeira.IV. Ele confessou tudo ao delegado.

As expressões acima destacadas exercem a função sintática de comple-

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mento nominal apenas em:

a) I e IVb) II e IIIc) I, II e IIId) II e IV

34. Observe:

“Eu podia mesmo contar-lhe agora a minha vida inteira, pois nela existem várias experiências interessantes, mas para isso seria preciso tempo, e eu não o tenho.”

Os termos grifados classificam-se, respectivamente, como

objeto direto, sujeito, objeto diretoobjeto indireto, sujeito, objeto indiretoobjeto indireto, objeto direto, sujeitoobjeto direto, objeto indireto, sujeito

35. O agente da passiva está presente em:

A obra “Lira dos vinte anos” foi preparada por Álvares de Azevedo.“O navio negreiro” é um dos mais belos poemas da literatura brasileira.A Cavalaria de São Benedito passou por toda a cidade.Muitos historiadores consideram o Naturalismo um Realismo avança-do.

36. Assinale a frase em que há aposto e vocativo.

Álvares de Azevedo, o poeta da solidão, destacou-se, prezado leitor, como legítimo representante do Romantismo.“Meus Deus! Meu Deus! mas que bandeira é esta, que impunemente na gávea tripudia?!”“Voltem para suas casas, seus briguentos, seus maldosos! O castigo tar-da, mas não falha!”A Bolívia e o Paraguai, dois países sul-americanos, não são banhados pelo mar.

37. Em qual das alternativas o predicativo se refere ao objeto?

Virou uma famosa artista aquela garota.Julguei aceitável a explicação do candidato.Aos primeiros raios do sol, o campo parecia uma nuvem macia.Os acertadores da loteria ficaram riquíssimos.

38. Leia as frases abaixo e, a seguir, responda em quais delas os termos destacados classificam-se como complemento nominal.

1. O pagamento pelo trabalho foi proporcional ao nosso empenho.2. A necessidade de amor impedia seu sucesso.3. As brincadeiras das crianças alegravam todo o bairro.4. Os militares daquele Destacamento eram pessoas de confiança.

1 e 22 e 33 e 41 e 4

39. Assinale a alternativa em que há predicativo do sujeito.

a) Faz dez anos que não vou a Salvador.b) Os alunos ficaram alegres após saberem o resultado das provas. c) Os diretores fizeram muitas críticas ao projeto apresentado.d) No inverno, mamãe fazia bolinhos de chuva para tomarmoscafé.

40. Em que período não há complemento nominal?

a) No almoço, a empregada comeu todo o doce de leite que mamãe fizera. b) A casa estava cheia de flores para receber a doce Júlia.c) Minha filha tinha gosto às leituras de contos de fadas.d) A crença em Deus nos liberta do egoísmo.

41. A alternativa que contém aposto é:

a) Tenho notado, professora, uma certa desesperança em suas palavras.b) Prezados alunos, este romance deve ser lido por todos.c) Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile. d) Eu não ofendi o senhor, seu canoeiro!

42. Em qual oração o predicado se classifica apenas como verbal?

a) Minha irmã está sempre feliz.b) Os motoqueiros são muito unidos.c) O cantor Daniel olhava a plateia emocionado.d) Muitas pessoas ainda acreditam em fantasmas.

43. Observe:

“Estela deu ao marido vinte filhos. Desses só conheci seis. Os outros morreram cedo. Aquela era uma mulher de fibra. Só a conheci em sua velhice. Lembro-me de um fato marcante: Estela e o marido comendo um delicioso mingau no mesmo prato como se fossem namorados. “

Assinale a alternativa cujo termo funciona, no texto acima, como objeto direto.

a) maridob) mulher de fibrac) um fato marcanted) um delicioso mingau

44. Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito.

a) Trabalha-se demais no Japão.b) Pescam-se dourados nos grandes rios.c) Faz invernos rigorosos na Alemanha. d) Ninguém encontrou os objetos perdidos.

45. Leia:

“Chovia.Chovia uma triste chuva de resignaçãoComo contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. “

A expressão destacada no texto acima tem função sintática de

a) objeto indireto.b) adjunto adverbial.c) adjunto adnominal. d) complemento nominal.

46. Leia:

I- O mundo é filho da desobediência.II- O país necessita de grandes investimentos.III- Gato escaldado até de água fria tem medo.IV-O inferno é pavimentado de boas intenções.

Que frase (s) apresenta (m) complemento nominal?.

a) I e IIb) III e IVc) Apenas Id) Apenas III

47. Leia:

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“Subitamentena esquina do poema, duas rimasolham-se, atônitas, comovidas,como duas irmãs desconhecidas. “

o termo destacado exerce função sintática de:

a) objeto diretob) adjunto adverbialc) adjunto adnominald) predicativo do sujeito

48. Assinalar a alternativa em que há um adjunto adverbial de modo.

a) Entre nós reina a paz.b) O médico não virá hoje.c) O menino tremia de medo.d) Na rua, todos andavam depressa.

49. Assinalar a alternativa que apresenta um aposto e um vocativo, re-spectivamente.

a) Mestre Ananias, o professor, pode repetir a lição?b)Manoel, presidente do Clube, está chegando, queridos sócios!c) Espere, homem, não vá brigando assim! Não vale a pena, amigo!d) Olá, amigo! Espero que Nhô João, seu avô, apareça em nossa festa.

50. “Os copos eram de cristal.”. O termo sublinhado é.

a) predicativo do sujeitob) complemento nominal.c) adjunto adnominal.d) objeto indireto.

51. Assinalar a alternativa que corresponde sintaticamente aos termos grifados da oração: “Deus criou o Céu e a Terra.”

a) sujeitob) predicativoc) objeto diretod) Objeto indireto

52. Completar o período com um objeto indireto.“a professora ofereceu flores ______________.”

a) à tardeb) às pressasc) de plásticod) à aniversariante

53. Em “...admite-se que os homens fiquem nus (é, diz-se, “a tradição”), que se alojem em cabanas...”, o verbo alojem está no plural porque

a) concorda com o sujeito “cabanas”.b) concorda, por atração, com “cabanas”.c) o pronome “se” exige o verbo no plural.d) concorda com o sujeito oculto “os homens”.

54. “Antigamente o homem tinha a impressão de que os recursos da natureza eram infinitos.” Quanto a esse período, é INCORRETO afir-mar que

a) contém um adjunto adverbial de tempo.b) “homem” é o sujeito da primeira oração.c) “recursos” é núcleo do sujeito da segunda oração.d) “infinitos” é predicativo do sujeito da segunda oração.

55. Assinale a alternativa que contém sujeito inexistente.

a) “Lá em casa a grana dá pra comprar um pão.”b) “Que você espera de melhoras?”c) “Lá em casa venta muito.”d) “Você tem as migalhas.”

56. Assinale a alternativa em que o termo grifado tem a mesma função sintática do que está destacado nesta passagem do Hino à Bandeira Na-cional:

“Salve lindo pendão da esperança,Salve símbolo augusto da paz!Tua nobre presença à lembrançaA grandeza da Pátria nos traz.”

a) “... que se alojem em cabanas...”b) “... choca a opinião dos países ricos.”c) “Resulta de todo um conjunto de causas...”d) “... a fome caracteriza a totalidade dos países subdesenvolvidos.”

57. Assinale a alternativa em que o termo grifado tem a mesma função sintática do que está destacado nesta passagem do Hino Nacional Bra-sileiro:

“Ouviram do Ipiranga às margens plácidasDe um povo heroico o brado retumbante...”

a) “O homem não conhecia a natureza.”b) “... o caçador de mamutes via tantos deles...”c) “... os recursos materiais da terra têm fim...”d) “... em poucos anos o planeta não será capaz de assimilar...”

58. Atena, a deusa da guerra e da sabedoria, gostava de um jovem chamado Perseu. Ela costumava observá-lo do alto do Olimpo.”

No texto acima, os sujeitos são, respectivamente,a) a deusa da guerra e da sabedoria – Olimpob) Atena – Perseuc) Atena – Elad) a guerra e a sabedoria – um jovem

59. O termo destacado no período – “Nunca fui preguiçoso; não será agora que o serei.” Classifica-se como

a) núcleo do sujeitob) predicativo do sujeitoc) adjunto adnominald) objeto direto

60. A cidade de São Paulo, nos dias de hoje, lembra-se com saudade do rio Tietê: antigo ganha-pão de muitos pescadores.

Nesse período há ........... aposto (s).

a) 1b) 3c) 2d) 4

61. Coloque (1) sujeito simples, (2) sujeito indeterminado, (3) sujeito composto e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Trata-se de notícias recentes.( ) Faltaram ao evento naquele dia.( ) Ambição e coragem sobravam ao rapaz.( ) Nova crise na economia do país explodiu de repente.

a) 3,1,2,1b) 1,3,2,2c) 2,2,3,1

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d) 1,2,1,3

62. Observe:

“ Ficou moderno o milagreFicou moderno o BrasilA água não vira vinhoVira direto vinagre.”

É correto afirmar que, no texto acima, há

a) dois predicados nominais e dois verbais.b) apenas predicados nominais.c) dois predicados verbais e dois verbo-nominais.d) apenas predicados verbais.

63. Assinale a alternativa em que o termo destacado se classifica como predicativo do objeto.

a) Que tristes são aqueles caminhos.b) Ao beijar-lhe a testa, achou-o febril.c) É longe sua escola?d) A mãe dedicada olha o caderno do garoto.

64. Em qual alternativa a palavra vida se classifica como núcleo do objeto indireto?

a) A vida é um presente de Deus.b) Eça de Queirós escreveu a vida de alguns santos.c) A leitura era sua vida.d) Eu gosto da vida; ela é que não gosta de mim.

65. Assinale a alternativa em que há complemento nominal.

a) Sua dedicação aos idosos comoveu os moradores.b) O novo contrato de locação será assinado à tarde.c) Não me adaptei ao ambiente de trabalho.d) A cidade estava cercada de soldados corajosos.

66. Nos versos

“Cabocla, seu olhar está me dizendoQue você está me querendo,Que você gosta de mim.”

O termo destacado classifica-se comoa) sujeitob) objeto diretoc) apostod) vocativo

67. Em “Quando calculamos o amor, amamos pouco”, o termo desta-cado funciona sintaticamente como

a) adjunto adverbialb) adjunto adnominalc) predicativo d sujeitod) núcleo do objeto indireto

68. Assinale a alternativa em que haja sujeito indeterminado.

a) Com aquela atitude, evitou-se uma tragédia.b) “para ter meus chinelos (...) / dependo de meu crédito (...)”c) Houve momentos em que tudo parecia perfeito.d) Era-se muito feliz naqueles dias.

69. Observe o verbo grifado no texto “(I) Quando a chuva passou, ini-ciou-se a corrida. (II) Nos últimos segundo, o corredor queniano passou seu concorrente norte-americano. (III) O jornalista passou essa vitória ao povo com tal vibração (IV) que jamais será esquecido o que se pas-

sou depois.

I – Quando a chuva passou, iniciou-se a corrida.II –Nos últimos segundos, o corredor queniano passou seu concorrente norte-americano.III – O jornalista passou essa vitória ao povo com tal vibraçãoIV – que jamais será esquecido o que se passou depois.

Assinale a oração que contém objeto direto e indireto.

I IIIIIIV

70. Assinale a alternativa em que o termo sublinhado não exerce a função de complemento nominal.

a) Emília mora perto de uma grande área industrial.b) Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa.c) O governador Mario Covas sempre foi leal aos princípios de seu partido.d) “Continental 2001 Gran Prix II: nossa homenagem ao bom gosto da mulher brasileira.”

71. Todas as alternativas abaixo apresentam aposto, porém apenas uma traz um aposto relativo a todo o período. Marque-a.

a) O Brasil, nossa terra, vive um momento de grande euforia.b) O menino, fonte das maiores alegrias da casa, completava dez anos naquele dia.c) Trabalho, casa, marido, filhos, tudo a consumia dolorosamente.d) Existe um ideal que não morre, que ninguém no mundo pode destru-ir: o amor.

72. Observe:

“O governo discutia a necessidade de verbas extras. A região tinha sido duramente atingida pela enchente.”

A seguir, assinale a alternativa em que o termo classifica-se como com-plemento nominal.

a) necessidadeb) de verbas extrasc) duramented) pela enchente

73. Assinale a alternativa que apresenta os sujeitos dos verbos destaca-dos abaixo:

“Não morrerá sem poetas nem soldadosA língua em que cantaste rudementeAs armas e os barões assinalados.” (Manuel Bandeira)

a) soldados / poetas; a língua.b) tu; língua.c) armas / barões; tud) soldados / poetas; armas / barões.

74. Observe a frase abaixo, de A. Herculano:

1 2“Pois se o sabes, cumpre o teu dever, alcaide do Castelo de Faria!”

Assinale a alternativa que aponta a correta classificação morfológica do termo 1 e sintática do termo 2, respectivamente:

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a) pronome indefinido / sujeito simples.b) pronome indefinido / aposto.c) pronome demonstrativo / vocativo.d) pronome pessoal / sujeito composto.

75. Analise as orações abaixo quanto à classificação do sujeito e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I – Jamais se precisou de tantas precauções como atualmente.II – Comentam coisas inacreditáveis a respeito daquele jogador.III – Choviam sobre o indesejado visitante tomates e ovos.IV – Durante a madrugada, esfriou bastante.

a) Classifica-se como indeterminado o sujeito das orações I e III.b) Na oração II o sujeito é simples, elíptico.c) O sujeito da oração IV é inexistente, assim como ocorre na oração III.d) Na oração III, o sujeito é composto, pois apresenta mais de um nú-cleo.

76. Analise as orações abaixo:

I – Não o encontrei no escritório.II – Gosto de viajar em dias de chuva.III – Coisas estranhas acontecem por lá.IV – Todos estavam confiantes no veredicto.

Os termos em destaque exercem, respectivamente, a função sintática de

a) objeto direto / complemento nominal / sujeito / adjunto adnominal.b) sujeito / complemento nominal / objeto direto / objeto indireto.c) objeto direto / adjunto adnominal / sujeito / complemento nominal.d) sujeito / objeto direto / objeto direto / objeto indireto.

77. Observe o período abaixo:

“Peço a V.Exa. que não associe o fato a nenhum episódio anterior.”

O termo em destaque

a) exerce a função de objeto direto.b) não tem valor sintático.c) é partícula anunciadora de oração adjetiva.d) exerce a função de objeto direto pleonástico.

78. Leia o fragmento do poema “Tabacaria”, de Fernando Pessoa.

“Não sou nada.Nunca serei nadaNão posso querer ser nada.À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Os termos destacados são, respectivamente, classificados morfológica e sintaticamente, como:

a) advérbio / objeto direto ; adjetivo / núcleo do predicativo do sujeito.b) pronome / objeto direto ; substantivo / núcleo do predicativo do su-jeito.c) advérbio / predicativo do sujeito ; substantivo / núcleo do objeto di-reto.d) pronome / predicativo do sujeito ; substantivo / núcleo do objeto direto.

79. Leia as orações abaixo e, em seguida, assinale a opção correta, em relação aos termos destacados.

I – Reverenciai o amor de mãe.II – Ele tinha muito respeito ao pai.III – Contei uma história emocionante.IV – Considero a história emocionante.

a) I – complemento nominal;II – adjunto adnominal;III – adjunto adnominal;IV – adjunto adnominal.

b) I – complemento nominal; II – complemento nominal; III – predica-tivo do objeto; IV – predicativo do objeto.

c) I – adjunto adnominal; II – complemento nominal; III – adjunto adnominal; IV – predicativo do objeto.

d) I – adjunto adnominal; II – complemento nominal;III – predicativo do objeto; IV – adjunto adnominal.

80. Leia as orações abaixo:

I – Tristeza, desilusão, ingratidão, nada o derrubava.II – A cidade de Belo Horizonte é a mais populosa de Minas Gerais.III – O clima de Porto Seguro é sempre muito agradável.

Os termos destacados devem ser sintaticamente classificados, respecti-vamente, como:

a) aposto, aposto, adjunto adnominal.b) aposto, aposto, apostoc) sujeito, adjunto adnominal, adjunto adnominal.d) aposto, adjunto adnominal, adjunto adnominal.

81. Observe:

I) O guarda-chuva tem resistido.II) O freguês vulgar e ocasional o irrita.III) Há mil pequenos objetos diferentes.

Os sujeitos das orações acima classificam-se, respectivamente, como:

simples, composto e composto.composto, composto e indeterminado.composto, composto e inexistente.simples, simples e indeterminado.simples, simples e inexistente.

82. Relacione as colunas:

( ) Tenho confiança em você (1)Complemento nominal( ) Comprou carne de porco (2) Adjunto Adnominal.( ) Gostamos de chocolate. (3) Objeto Indireto.( ) Trabalha na produção de café.( ) Quebraram a xícara de porcelana.

3-2-3-1-22-2-1-2-31-2-3-1-2.1-2-3-3-23-2-3-2-1.

83. Marque a opção em que o sujeito da frase é indeterminado:

Alugam-se casas na praiaAnoiteceu rapidamente Nas férias, mataram meu papagaioRevelou-se a identidade do ladrão.Vende-se um carro de boi

84. Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito:

Chamava-se Jesus Cristo.Houve um homem de fato bom.São muito mentirosos.Tudo uma cambada só.

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Precisa de operários.

85. Existe objeto direto preposicionado em:

Tu morrerás morte vil.Eu me penteio todas as manhãs.Todos viram o desastre.A quem você procura’?Assistimos a um bom filme.

86. O termo sublinhado está corretamente identificado em:

Quantos anos você tem, Teresa? (sujeito)Inclinei-me sobre o banco, abaixando o vidro. (objeto indireto)Mas não te dão comida lá? (objeto indireto) ... um engasgo na garganta me afogava. (objeto indireto)Ela mencionara uma importância ridícula. (compl. nominal)

87. “Por um instante, o rugido manteve suspensos os macaquinhos (...)” O termo destacado funciona sintaticamente como:

adjunto adnominal;sujeito;adjunto adverbial;predicativo do objeto; objeto direto.

88. Leia:

“O que é que eu vou fazer agoraSe o teu sol não brilhar por mim?Num céu de estrelas multicoloridasExiste uma que eu não colori. “

O pronome relativo destacado no texto acima se classifica sintatica-mente como

sujeito.objeto direto. objeto indireto.predicativo do sujeito.

89. Leia este trecho de crônica:

“A verdade é que não ( ) se escreve mais como antigamente, pois naquele tempo não ( ) havia computadores e, por incrível que pareça, nem mesmo canetas esferográficas. Porém, se ( ) fossemos registrar em papel todos os absurdos do ser humano, não () sobraria uma resma para cartões de Natal. “

Preencha os parênteses acima com os códigos referentes à classificação do sujeito das formas verbais em destaque e, em seguida, marque a alternativa com a sequência correta.

(1) Simples(2) Composto(3) lndeterminado(4) Oração sem sujeito(5) Oculto (implícito na desinência verbal)

a) 3 – 4 – 5 – 1 b) 1 – 3 – 4 – 2 c) 2 – 4 – 5 – 1 d) 3 – 1 – 2 – 5

90. Leia:

“Após a decisão do júri, a juíza considerou o réu culpado.”

O termo em negrito deve ser classificado sintaticamente como

a) aposto.b) adjunto adnominal.c) predicativo do objeto. d) complemento nominal.

91. Assinale a alternativa em que há ocorrência de predicado nominal.

a) Os convites foram deixados na portaria.b) Pela madrugada fui até a delegacia do bairro.c) Os operários foram para suas casas carcomidas.d) Aquela distinta senhora já foi até Miss Primavera na juventude.

92. Qual a função sintática do termo em destaque na estrofe abaixo?

“Musa ensina-me o cantoVenerável e antigoO canto para todosPor todos entendido” (Sophia Andresen)

a) apostob) sujeitoc) vocativod) predicativo do sujeito

93. Leia:

Toda a sua vida depende das máquinas. Desde o reloginho de pilha, no pulso, até tudo que o cerca dentro de casa.

Assinale a alternativa correta com relação à classificação sintática dos termos em destaque.

a) de pilha - objeto indiretob) de casa - adjunto adnominalc) no pulso - adjunto adverbial d) das máquinas - complemento nominal

94. Leia:

I - Deteve-se olhando os quadros apenas por poucos instantes.II - A medida foi adotada pelos empresários paraenses para evitar transtornos maiores à população .III - Seu desprezo pelos bens materiais é admirável, senhor.IV - O prazer pela música foi despertado pela voz dos pássaros.

Classifica-se sintaticamente como agente da passiva o termo destacado apenas em

a) I e lI.b) l e III.c) III e IV.d) II e IV.

95. Em qual das alternativas o termo destacado é complemento nom-inal?

a) Emília apaixonou-se pelos livros ainda na infância.b) Sua paixão pelos livros a tornou uma grande escritora. c) A paixão daquela linda jovem não durou duas primaveras.d) Minha grande paixão, meus filhos, enche-me de alegria todos os dias.

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GABARITO

01 B 25 A 49 B 73 B02 D 26 D 50 A 74 C03 B 27 A 51 C 75 D04 B 28 C 52 D 76 C05 A 29 C 53 D 77 B06 B 30 A 54 B 78 C07 C 31 D 55 C 79 C08 A 32 B 56 B 80 A09 D 33 B 57 D 81 E10 C 34 C 58 C 82 C11 D 35 A 59 B 83 C12 A 36 A 60 B 84 B13 D 37 B 61 C 85 D14 A 38 A 62 B 86 C15 C 39 B 63 B 87 D16 C 40 A 64 D 88 B17 C 41 C 65 A 89 A18 B 42 D 66 D 90 C19 C 43 D 67 A 91 D20 D 44 C 68 D 92 C21 B 45 C 69 C 93 C22 B 46 D 70 D 94 D23 D 47 D 71 D 95 B24 C 48 D 72 B

15.2 VOZES VERBAIS

01. Colocando-se o verbo da oração “Criara em troca algo enfim com-preensível” na voz passiva analítica, obtém-se a forma verbal

fora criada foi criadoseria criadoera criado

02. Transpondo para a voz passiva a frase ”Bandos de Pintassilgos tagarelas invadem a floresta.”, obtém-se a forma verbal:

a) foi invadidab) fora invadidac) era invadidad) é invadida

03. Assinale a alternativa que corresponde à correta transformação da voz ativa do período abaixo para a voz passiva, sem alterar o sentido do texto.

“Os candidatos apresentaram muitas propostas de mudança.”

a) Muitas propostas de mudança os candidatos apresentaram.b) Apresentaram-se muitas propostas de mudança.c) Muitos candidatos apresentaram propostas de mudança.d) Os candidatos tinham apresentado muitas propostas de mudança.

04. Em qual das alternativas o verbo está empregado na voz passiva analítica?

a) Chegamos ao final da estrada às dez horas.b) Meu país possui um clima agradável.c) Finalmente, explicou-se o problema.d) O cachorrinho era sempre conduzido pela linda mocinha.

05. Nos períodos seguintes, assinale a alternativa em que o verbo está na voz passiva.

a) Antes do término do expediente, o mecânico tinha consertado todos os defeitos daquele carro.b) A guerra, depois de muitos anos, havia terminado para aquele povo sofrido.c) O desfile do fim de ano daquela loja foi comentado positivamente pela imprensa local. d) Com a cestinha de doces no braço, Chapeuzinho ia cantando pela estrada afora.

06. Na oração “Meu vizinho, ao ligar sua moto, feriu-se e foi carrega-do, às pressas, ao hospital mais próximo.”, os verbos em destaque estão empregados, respectivamente, na voz

passiva sintética e reflexivareflexiva e passiva analítica passiva sintética e passiva analíticareflexiva e passiva sintética

07. Assinale a alternativa em que o verbo está na voz passiva sintética.

Os marinheiros viram a lua no céu e no mar.As estrelas desabrocham nos faustosos brocados do firmamento.O culto à forma perfeita foi praticado pelos parnasianos.Organizou-se o campeonato, e a cidade ficou bastante movimentada.

08. Em que oração o verbo se encontra na voz ativa?

a) Roubaram todos os documentos de João.b) Ouviram-se muitos gemidos à noite.c) O material será posto no lugar.d) José feriu-se com o canivete.

09. Assinalar o erro quanto ao emprego da voz passiva sintética.

a) Não se admitiram todas as respostas.b) Elaboraram-se novos planejamentos.c) Vendeu-se o terreno.d) Faça-se as apostas.

10. Observe o texto:“Aquela cozinheira distraía-se muito. Ela se machucava a todo instante, esquecia as panelas no fogão, mas sua comida sempre era elogiada.”

Assinale a alternativa correta quando à voz dos verbos, obser-vando sua seqüência no texto.a) passiva – ativa – ativa – reflexivab) ativa – reflexiva – ativa – passivac) ativa – passiva – passiva – reflexivad) reflexiva – reflexiva – ativa – passiva

11. Quanto à voz verbal das orações, numere 1 (ativa), 2 (pas-siva) e 3 (reflexiva). Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Pedro trancou-se no quarto sozinho.( ) O aluno tinha feito todos os exercícios da tarefa.( ) Serão feitos novos investimentos.

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( ) A tropa obedeceu aos comandos do capitão.

a) 3 – 2 – 2 – 1 b) 1 – 2 – 3 – 2 c) 3 – 1 – 2 – 1 d) 2 – 2 – 1 – 3

12. Escreva A (voz ativa), P (voz passiva) e R (voz reflexiva). Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Mariana se machucou durante o treino de basquete.( ) O professor elogiou o trabalho dos alunos.( ) Este quadro foi dependurado por quem?( ) A comunidade organizou uma grande festa junina.

a) P, A, P, Rb) R, A, P, Ac) A, P, A, Rd) R, A, A, P

13. Qual das alternativas abaixo contém uma oração que, ao ser ree-scrita na voz passiva, não apresenta agente da passiva determinado e expresso?

a) Mandaram-lhe flores.b) Dizeres populares compõem o poema.c) Visitei todas as capitais no Nordeste brasileiro.d) O prefeito entregou aos atletas as medalhas.

14. Transpondo para a voz ativa a frase: “O relatório deve ser redigido diariamente pelos encarregados”, obtém-se a forma verbal:

a) deve-se redigirb) será redigidoc) devem redigird) redigirão

15. Identifique, nas orações abaixo, a voz ativa (1), a passiva (2) e a reflexiva (3) dos verbos e assinale a sequência correta.

( ) Os escravos eram maltratados por seus senhores.( ) Getúlio Vargas se matou no mês de agosto de 1954.( ) Os bandidos trancaram os reféns no menor quarto da casa.

a) 1 – 3 – 2 b) 2 – 3 – 1 c) 3 – 2 – 1 d) 2 – 1 – 3

GABARITO01 A 09 D02 D 10 D03 B 11 C04 D 12 B05 C 13 D06 B 14 C07 D 15 B08 A

15.3 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

01. Existe oração subordinada substantiva objetiva direta no período:

a) Urge que você volte para casa.b) É provável que ele chegue ainda hoje.c) Comenta-se que muitos foram aprovados.d) Dizem que naquele campo corria mula-sem-cabeça.

02 . Assinale a alternativa em que há oração subordinada substantiva completiva nominal.

Descobriu-se logo onde ele se escondera. Perguntaram-me, ontem, se eu aceitaria o cargo. Nossa vitória dependerá de que todos cumpram seu dever. A esperança de que a prova fosse fácil nos dava coragem.

03. Assinale a alternativa que contém oração subordinada substantiva.

a) As pernas tremiam porque ele tinha medo.b) É esta a verdade que ninguém contestou.c) É necessário que você compareça à reunião.d) A cobra é um animal que se arrasta.

04. “ A Terra é uma paisagem imensa que Deus nos deu. Temos que olhar para ela de tal modo que ela chegue até nós sem defor-mação. Ninguém duvida de que a essência das coisas não seja a realidade exterior. A realidade tem que ser criada por nós. A sig-nificação do assunto deve ser sentida.” (Domício Proença Filho)

Em relação às orações subordinadas do texto acima, é incorreto afirmar que

a) “que Deus nos deu” é adjetiva restritiva e tem valor de adjunto adnominal, visto que qualifica “paisagem”.b) “de que a essência das coisas não seja a sua realidade exterior” é substantiva objetiva indireta, que pode ser substituída por “disso”, sem prejuízo da função sintática.c) “que ela chegue a nós sem deformação” é adverbial consecutiva, pois, ao aprendermos a olhar para a Terra de maneira especial, ela nos parecerá, consequentemente, sem deformação.d) “que olhar” e “que ser criada” são substantivas objetivas diretas e equivalem aos substantivos olhos e criação, respectivamente.

05. Preencha as lacunas e, depois, assinale a alternativa correta.

O período “Eu sei que é verdade tudo quanto dizes” é composto de _____oração e classifica-se como _____.

a) três – subordinado b) três – coordenadoc) duas – coordenado d) duas – subordinado

06. Das orações destacadas, verifica-se a presença de subordinada sub-stantiva em:

a) O jornal que mais se lê no Brasil traz as notícias do esporte.b) O garoto pedia ao pai que comprasse aquele brinquedo maravil-hoso.c) Tamanha era sua saudade, que não se concentrava em nada.d) O rei enviou-lhe tropas para que mantivessem seus postos intactos.

07. A oração destacada em “Eu não sei se resolverei esse problema.” Apresenta valor morfológico de e função sintática de

a) adjetivo sujeitob) substantivo objeto diretoc) advérbio adjunto adverbiald) substantivo complemento nominal

08. No texto

“O samba é a força da raça

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Mostrando para a massaA certeza de que, para realizar,Todos devem começar.”

a oração destacada classifica-se sintaticamente como subordinada

adverbial finaladjetiva restritivasubstantiva objetiva diretasubstantiva completiva nominal

09. Coloque C (certo) ou E (errado) para a classificação das orações subordinadas substantivas destacadas. A seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

I. ( ) O historiador convenceu as autoridades de que nossas escolas precisam de melhorias. – completiva nominalII. ( ) Tínhamos dúvida de que daria certo o acampamento naquele lugar. – objetiva indiretaIII. ( ) Nossa esperança é que a violência acabe. – predicativaIV. ( ) A população espera que os políticos olhem com respeito para ela. – objetiva direta

C, E, C, CC, C, E, EE, C, C, EE, E, C, C

10 - (CFC 2000)“...admite-se que os homens fiquem nus (...), que se alojem em cabanas (...), que sejam doentios (...), que não tenham tra-balho (...) etc., mas não é possível admitir a fome.” Assinale a alternati-va INCORRETA em relação a essa passagem.

a) A oração “admitir a fome” é adjetiva restritiva.b) As orações introduzidas pela palavra “que” estão coordenadas entre si.c) As orações introduzidas pela palavra “que” são substantivas subje-tivas.d) Tal como consta nesta questão, a passagem apresentada contém sete orações.

11. A classificação da oração subordinada substantiva está incorreta em:

a) É preciso que haja uma nova ordem mundial. (subjetiva)b) Dizem que sou um burguês muito privilegiado. (objetiva direta)c) Afinal me convenci de que tudo eram sonhos. (objetiva indireta)d) Estávamos certos de que todos aplaudiriam sua decisão. (apositiva)

12 . Observe:

“Encostei-me a ti, sabendo que eras somente onda. Sabendo bem que eras nuvem. Depus a minha vida em ti.”

A oração destacada, no texto acima, classifica-se como subordi-nada substantiva

a) subjetivab) objetiva indiretac) objetiva diretad) predicativa

13. Em qual alternativa, a oração subordinada substantiva destacada classifica-se em objetiva direta?

a) Ninguém sabe se ele conseguiu a aprovação.b) É importante que você venha à festa.c) Tive a impressão de que ele saiu aborrecido.

d) Meu desejo é não voltar mais aqui.

14. “Ainda não se sabe quais serão as melhorias do novo gov-erno, mas tem-se certeza de que as intenções são muito boas.”

Analisando sintaticamente o trecho acima, assinale a oração classifica-da como subordinada substantiva completiva nominal.

a) Ainda não se sabeb) quais serão as melhorias do novo governo.c) mas tem-se certeza ded) que as intenções são muito boas.

15. Observe o período abaixo:

“A verdade é que todos os cidadãos anseiam por mais segurança.”

Segundo a classificação das orações, o trecho em destaque é uma

a) oração subordinada substantiva subjetiva.b) oração subordinada substantiva predicativa.c) oração subordinativa completiva nominal.d) oração subordinativa objetiva direta.

16. Assinale a alternativa que contém uma oração substantiva apositiva.

O homem, que tem todas as condições de melhorar o mundo, age olhan-do para o próprio umbigo.Infelizmente aqueles alunos nada sabiam comentar a respeito de Cala-bar, peça teatral de Chico Buarque.Só uma notícia foi motivo de festa: que veriam novamente a avó.Desejando voltar, dizia o pai comovido ao filho, não hesite: estaremos aqui.

17. Assinale a alternativa em que a oração em destaque classifica-se como subordinada substantiva objetiva direta.

a) O pedido do pai, que fosse à casa da avó, foi logo atendido pelo filho.b) Fez a seguinte afirmação: que todos estavam convidados para o even-to.c) Considerei, até então, que tudo havia acabado bem.d) É desejo de todos nós reacender no país a chama do desenvolvimen-to, que é tão esperado.

“Por outro lado, considerava se não errara em não delatá-lo.”Assinale a alternativa que apresenta uma oração com a mesma classifi-cação sintática da oração sublinhada acima.

a) “Caso alguém se referisse a ele, o que passou a acontecer, ...”b) “Sempre que o rumo de uma conversa levava às grandes decepções, ...”c) “E com a mão de gato se apoderando de meu livro.”d) “Chegando em casa, minha mãe estranhou que eu não estivesse mui-to feliz.”e) “Parecia estar segurando as lágrimas.”

19. No período “Lembro-me de ter visto naquela janela uma jovem mulata de vermelho, sempre a cantarolar e a espiar a rua”, ocorrem as seguintes orações subordinadas reduzidas:

a)Uma substantiva objetiva indireta e duas adjetivas.b)Uma substantiva objetiva direta e duas adverbiais.c)Uma substantiva completiva nominal e duas adverbiais.d)Uma substantiva completiva nominal e duas objetivas indiretas.e)Uma substantiva objetiva indireta e duas adverbiais.

20. Assinale classificação correta da oração em destaque: “Repetiu que não havia acontecido nada e tentou pensar nas estrelas que se acendiam

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na serra”.

a) subordinada substantiva subjetivab) subordinada substantiva predicativac) subordinada adjetiva.d) subordinada adverbial temporale) subordinada substantiva objetiva direta.

21. “Se ele confessou, não sei”. A estrutura destacada é:

a) subordinada adverbial condicional.b) subordinada substantiva objetiva direta.c) subordinada substantiva objetiva indireta.d) subordinada substantiva subjetiva.e) subordinada condicional temporal.

Texto para a questão 22

“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas coisas me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o Penta-teuco.” (obs.: os grifos são nossos) (Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas)22 - As orações destacadas no texto classificam-se, respectivamente, como

a) oração principal, oração subordinada adverbial condicional, oração subordinada substantiva predicativa. b) oração principal, oração subordinada substantiva objetiva direta, oração subordinada substantiva predicativa. c) oração coordenada assindética, oração subordinada substantiva obje-tiva direta, oração subordinada adjetiva restritiva. d) oração subordinada adverbial temporal, oração subordinada substan-tiva predicativa, oração subordinada adjetiva restritiva.

23. Assinale a alternativa incorreta quanto à classificação do período e da oração destacada.

a) Tenho certeza de que vou viajar nas férias. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva completiva nominal)b) Parece que vai chover novamente. (Período composto por subordi-nação; oração subordinada substantiva objetiva direta.)c) O fato é que a escola mudou bastante. (Período composto por sub-ordinação; oração subordinada substantiva predicativa.)d) Antônio saiu cedo e voltou no fim da tarde. (Período composto por coordenação; oração coordenada sindética aditiva.)

24. As orações destacadas dos versos de Bocage podem ter a função de substantivo (1) ou adjetivo (2). Assinale a alternativa que apresenta a correlação INCORRETA.

“À cândida Filena estar unidoJulgastes que um pastor não merecia: (2)A mais doce prisão de Amor partistes.”“Que doçura! Que encanto!Este som faz que em êxtase me sinta!... (1)É verdade, é verdade: os anjos ouço...”“Na mente vos observo: ei-lo a teu ladoimplorando ao Senhor, que os maus flagela, (2)Perdão para o seu povo alucinado:”“Envergonha-te ao menosDe seres só feliz quando o permite (1)O teu rival soberbo,”

25. Assinale a alternativa correta em relação à seguinte men-sagem:

“Dizem que a primeira e maior invenção foi o fogo.”

Identifica-se a presença de sujeito indeterminado e oração substantiva.Está evidenciada a presença de oração subordinada adjetiva restritiva.Pode-se vislumbrar claramente um caso de complemento nominal.O período é simples, e a oração absoluta tem como sujeito a palavra fogo.

26. Nos trechos “...não é impossível que a notícia da morte me deixasse alguma tranquilidade, alívio, e um ou dois minutos de prazer” e “Di-go-vos que as lágrimas eram verdadeiras”, a palavra ‘que’ está intro-duzindo, respectivamente, orações:

Subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva objetiva direta.Subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva obje-tiva direta.Subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva subjetiva.Subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva ex-plicativa.

27. “Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo”.

No período acima, tem-se

oração principal e oração subordinada adjetiva restritiva.oração principal e oração subordinada adverbial causal.oração coordenada assindética e coordenada sindética consecutiva.oração principal e oração subordinada substantiva objetiva direta.

28. Identifique a alternativa em que a oração subordinada tenha a mes-ma classificação da oração sublinhada na seguinte manchete:

Livro mostra comoa noção de cidadaniaevoluiu da Antiguidadeaos tempos atuais.

É necessário que se extinga a violência no mundo.O turista queria que lhe indicassem o hotel mais próximo.A Mongólia tem 30% da população vivendo como nômade.Todos agiram como o diretor mandou.

29. Assinale a alternativa em que a oração subordinada substantiva em destaque está corretamente classificada.

a) Tive a impressão, por um momento, de que tudo era uma grande farsa. – objetiva indiretab) O líder sabe que toda aquela euforia um dia terá fim. – objetiva diretac) Devo lembrá-los de que não ficarão eternamente impunes. – comple-tiva nominald) É importante que cada um dê sua contribuição para o bem comum. – predicativa

GABARITO01 D 11 D 21 B02 D 12 C 22 B03 C 13 A 23 B04 D 14 D 24 A05 A 15 B 25 A

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06 B 16 C 26 A07 B 17 C 27 D08 D 18 D 28 B09 D 19 A 29 B10 A 20 E

01. Observe:

“Até a água do rio que a tua pele banhou também secou com a sau-dade que a tua ausência deixou.”

A oração destacada, no texto acima, classifica-se como subordinada

a) substantiva objetiva direta.b) adjetiva restritiva.c) adverbial consecutiva.d) adverbial causal.

02. Assinale a alternativa em que a classificação dada às orações subor-dinadas substantivas está correta.

a) Na vida, o essencial é que saibamos amar. (completiva nominal)b) “Só uma coisa sabemos: que não sabemos nada.” (objetiva direta)c) Não é segredo que os dois não se entendem. (subjetiva)d) Avisei-o de que o novo diretor irá se apresentar amanhã. (predicativa)

03. No período “Mesmo na Argentina, onde o regime alimentar médio é contudo copioso, uma importante fração da população sofre de uma nítida insuficiência alimentar.”, a oração “onde o regime alimentar médio é contudo copioso” está entre vírgulas porque

a) é um adjunto adverbial extenso.b)pretende-se destacar o motivo pelo qual a população argentina passa fome.c) é uma oração adjetiva restritiva e está limitando o sentido da palavra Argentina.d) é uma oração adjetiva explicativa, pois só existe uma Argentina e é exatamente a ela que a oração está referindo-se.

04. A oração destacada em “O projeto cinematográfico pelo qual Fer-nando Amorim tanto se empenhou não foi patrocinado.” Classifica-se como

a) principalb) subordinada substantivac) subordinada adjetivad) subordinada adverbial

05. Em “O Brasil que come ajudando o Brasil que tem fome.”, as orações grifadas classificam-se como subordinadas

a) substantivosb) adverbiaisc) adjetivasd) reduzidas

06. Marque a alternativa cuja oração em destaque desempenha a mesma função sintática da seguinte oração destacada: “O Brasil é o país onde a natureza é abundante”.

a) A natureza no Brasil é tão exuberante que encanta pessoas do mundo inteiro.b) Queremos que haja as mesmas oportunidades para todos.c) Muitas pessoas não conhecem onde fica a sede do governo.d) É desenvolvido o país cujas leis são rigorosamente respeitadas.

07. Assinale a alternativa cujo período contém oração subordinada ad-jetiva.

a) O homem que Graciliano retrata em Vidas Secas é quase um bicho.b) Caso você encontre sua irmã, dê-lhe meu recado.c) O diretor do colégio informou os alunos de que a palestra seria adi-ada.d) Não corra desse jeito, porque você pode machucar-se.

08. ”Essa foi a razão por que dedicou sua vida aos livros”. A classificação da oração destacada é:

a) subordinada adjetiva restritiva. b) subordinada adjetiva explicativa.c) coordenada sindética explicativa.d) subordinada adverbial causal.e) subordinada adverbial consecutiva.

09. “Existe uma arte em ser tímido, não é algo que deve ser evitado a qualquer custo”.

A oração destacada no período é

subordinada substantiva subjetiva.coordenada sindética explicativa.subordinada adverbial consecutiva.subordinada adjetiva restritiva.

GABARITOA)01.sujeito 02.objeto direto 03.objeto indireto 04.complemento nominal 05. agente da passiva 06.adjunto adverbial 07.predicativo do sujeito 08.objeto indireto 09.sujeito 10.objeto indireto 11.adjunto adnominal 12.complemento nominal 13.objeto indireto 14.objeto indireto 15.com-plemento nominal

01 B 06 D02 C 07 A03 D 08 A04 C 09 D05 C 10

15.4 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

01. No período “Ainda que fosse bom jogador, não ganharia a partida”, a oração sublinhada encerra ideia de

a) causab) concessãoc) condição d) fim

02. Assinale a alternativa que contém oração subordinada comparativa.

a) O coração tem razões que a razão não conhece.b) No conflito entre razão e coração, geralmente o coração es-maga a razão.c) Muita gente considera mais valiosos os inteligentes pés de Pelé do que a gloriosa cabeça de Rui Barbosa.d) Já não haveria guerras, fome e crimes, se os homens tivessem aprendido algo em 6.000 anos de história trágica.03. Em qual alternativa a oração subordinada se classifica como adver-bial causal?

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a) Já que José não vai, eu vou.b) Não saia sem que o chefe permita.c) Embora fizesse frio, não usei agasalho.d) Uma vez que você aceite a proposta, assinaremos o documento.

04. Atribua F (Falso) ou V (Verdadeiro) para a classificação das orações subordinadas adverbiais e, a seguir, assinale a alternativa correta.

“Nevou tanto, que as ruas da cidade ficaram intransitáveis – consecuti-va ( ). Os garis trabalhavam sem descanso, visto tratar-se de verdadeira calamidade – causal ( ). À medida que o tempo passava – proporcional ( ), o branco da neve tornava-se escuro. O resultado, segundo se espera-va – condicional ( ), finalmente foi alcançado.”

a) V – F – V – Fb) V – V – V – Fc) F – V – F – Vd) F – F – V – V

05. Assinale o período em que a oração subordinada tem a mesma função sintática da que se destaca em “Eu tinha oito anos quando tio Baltazar chegou da primeira vez.”

a) Macunaíma desceu o rio Araguaia, a fim de recuperar o amuleto.b) “Apesar de ter boa ponta de língua, sentia um aperto na garganta e não poderia explicar-se.”c) “Se ficasse calada, seria como um pé de mandacaru.”d) Terminada a reunião, os funcionários foram dispensados.

06. Assinale a alternativa em que a classificação da oração subordinada adverbial destacada não está correta.

a) Se você não vier, tudo ficará como está. (condicional)b) Conquanto fizesse frio, não levei o agasalho.( concessiva)c) Seu esforço foi tão grande que ele obteve a vitória. (proporcional) d) Como estava doente, faltei à aula de Matemática. (causal)

07. Classifica-se como adverbial temporal a oração destacada na alter-nativa:

Já que você fez questão de resolver o problema sozinho, respeitarei sua vontade.Amanhã à noite, irei contigo à festa, desde que não me deixes sozinho com aquelas pessoas.Francisco, quando estava retornando do trabalho, percebeu que al-guém o observava.Choveu tanto que tivemos de adiar a nossa ida à praia.

08. Nas frases:

O bairro estava tão bem-iluminado que os traficantes não o frequenta-vam.O bairro estava bem-iluminado para que os traficantes não o frequen-tassem.Se o bairro estivesse bem-iluminado, os traficantes não o frequentariam.

as orações subordinadas adverbiais exprimem respectivamente circun-stância de

consequência, finalidade, condição consequência, concessão, finalidadeproporção, causa, condiçãocausa, concessão, finalidade

09. Em “Quanto mais você ficar nervoso, mais erros cometerá”, há uma oração

coordenada conclusiva

coordenada adversativasubordinada adverbial consecutivasubordinada adverbial proporcional

10. “Sendo a alimentação a necessidade primeira do homem e a busca da alimentação tendo sido, durante milênios, uma preocupação quase obsessiva, a fome é,entre as características do subdesenvolvimento ,aquela que mais profundamente choca a opinião pública dos países ricos.” As orações grifadas nesse período expressam, em relação à prin-cipal, uma circunstância de

a) causab) tempoc) condiçãod) consequência

11. Em qual oração a conjunção subordinativa está incorretamente empregada?

a) Tal foi o susto, que desmaiou.b) Quando não podia mais com a fera, lembrou-se do punhal.c) As dúvidas aumentam, à medida que estudamos.d) Vesti minha capa de chuva, embora estivesse chovendo.

12. A alternativa que preenche a lacuna do período “Haveria protestos ____ que o diretor saísse.” Para que a segunda oração se classifique em subordinada adverbial temporal é:

a) parab) logoc) ainda d) a menos

13. Assinale a alternativa em que a oração subordinada adverbial desta-cada está incorretamente classificada.

a) Á medida que os convidados chegavam, a festa se animava. (pro-porcional)b) Ela escreve tão bem quanto fala. (comparativa)c) Só venderei a casa se me oferecerem um bom dinheiro. (condicional)d) Quando você quiser, iremos ao teatro. (causal)

14. No texto

“Era uma vez um homem tão covardetão covarde, tão covardeque chagava cedoporque tinha medo de chegar tarde.”

A oração destacada classifica-se como subordinada adverbial

a) temporalb) causalc) consecutivad) concessiva

15. Assinale a alternativa que contém oração subordinada com valor de advérbio de tempo.

a) Os lábios de Marlyn Monroe são menos famosos que as pernas de Marlene Dietrich.b) Nunca te despeças de mim sem pelo menos um “até logo”.c) Logo as plantas estarão viçosas e alegres, pois as chuvas estão che-gando.d) Logo que chover, voltará o viço às plantas, hoje ressequidas e tristes.

16. “Achou o vale-brinde, ganhou.”

A relação estabelecida entre as duas orações é de

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a) consequência.b) concessão.c) condição.d) conformidade.

17. Em “Meu caro amigo me perdoe, por favor / Se eu não lhe faço uma visita”, a oração destacada classifica-se como subordinada adver-bial

condicionalcausalconsecutivaconcessiva

18. Em “Mal pude retribuir, meus braços se recusavam a apertar o cínico.”, a primeira oração é, no aspecto semântico, equiva-lente à seguinte oração sublinhada:

a) Mal terminou de pagar as contas, comprou outro carro. b) Abatidíssimo, mal conseguia dar alguns passos.c) Mal chegaram, tiveram de partir.d) Mal pensavaque o doente escapasse.e) Mal chego perto dela, as emoções vibram.

19. Observe:

“Como dois e dois são quatrosei que a vida vale a penaembora o pão seja caroe a liberdade pequena.”

A oração subordinada adverbial destacada no texto acima clas-sifica-se em:

a) condicionalb) concessivac) comparativad) consecutiva

GABARITO

01 B 11 D02 C 12 A03 A 13 D04 B 14 C05 D 15 D06 C 16 A07 C 17 B08 A 18 B09 D 19 B10 A

15.5 ORAÇÕES COORDENADAS

01. Assinale a alternativa em que não haja coordenação.

a) “Levanto-me, procuro uma vela, que a luz vai apagar-se.”b) “Sou um trem Um navio Um aeroplano (...)”(Luís Aranha)

c) “ O artista canta agora a realidade total: a do corpo e a do espírito, a da natureza e a do sonho, a do homem e a de Deus...”( Cecília Meireles)d) “Os meus lábios são brancos como lagos. Os meus braços são leves como afagos (...)”(Florbela Espanca)

02. Observe as orações coordenadas sindéticas destacadas:

1- Ela sempre acende um cigarro, e não fuma.2- Dormirei com dois cobertores, pois a temperatura diminuirá ainda mais esta noite.

A seguir, assinale a alternativa correta quanto a sua classificação, re-spectivamente.

a) adversativa – conclusiva b) aditiva – conclusiva c) aditiva – explicativad) adversativa – explicativa

03. Em “A sala estava muito lotada, por isso não conseguimos lugar.”, a oração destacada classifica-se sintaticamente como

a) subordinada adverbial consecutiva.b) coordenada sindética explicativa.c) subordinada adverbial temporal.d) coordenada sindética conclusiva.

04. Complete as frases com as conjunções adequadas, conforme o sen-tido indicado. A seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

I- Há muito tempo não viajo ______ vou ao teatro. (adição)II- Você se preparou dedicadamente, ______ será bem-sucedido nesta prova. (conclusão)III- A maior parte do povo brasileiro é muito pobre, ________ este país é rico. (adversidade)IV- Fique descansado, ________ as providências já foram tomadas. (explicação)

a) e, por isso, pois, portantob) nem, portanto, porém, quec) mas, porém, por isso, porqued) contudo, logo, pois, mas

05. Observe:

“Ler na camaé uma difícil operaçãoviro e me reviro,e não encontro solução.”

A oração destacada, no texto acima, classifica-se em coordenada sindética

adversativa aditiva alternativa conclusiva

06. Assinale a alternativa em cujo grupo há orações coordenadas sindéticas conclusivas.

1. Ora se ouviam os gritos, ora se ouviam risadas naquele lugar.

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2. Ou você estuda, ou assiste ao programa de televisão.1. Estudei bastante, portanto irei bem na prova.2. Está chovendo; pegue, pois, sua sombrinha.1. Ouço a música, porém não gosto dela.2. A opinião de José estava correta, todavia ninguém a aceitava.1. Não maltrate os animais, pois são nossos amigos. 2. Vou sair, que aqui está muito abafado.

07. Coloque C (certo) ou E (errado) para a classificação das ora-ções coordenadas sindéticas destacadas e assinale, a seguir, a sequência correta.

( ) Ela me ajudou muito, por isso receberá umarecompensa. (conclusiva)( ) O rapaz caiu da moto, todavia não se machucou.(alternativa)( ) O time não só agradou aos torcedores, como também venceu o jogo. (aditiva)

a) C – E – Cb) E – C – Ec) C – E – Ed) E – C – C

08. Classifique as orações

coordenadas destacadas de acordo com o código abaixo e, em seguida, marque a alternativa com a sequência correta.

sindética aditivasindética adversativasindética explicativasindética conclusivaassindética

“As horas passam, os homens caem, a poesia fica.”Nosso amigo não veio, nem mandou notícias.Camarões, Hungria e Turquia não têm tradição no futebol, no entanto brilharam na última Copa.Informação, descoberta, critica, morte ... tudo em altíssima velocidade - a um ritmo de “stress” - portanto, o nosso século é o do enfarte.Não facilite com esse cão que ele é muito traiçoeiro.

V, I, II, IV, IIII, V, IV, III, IIV, III, III, IV, II, II, III, IV, V

09. Assinale a alternativa que classifica corretamente a oração: “O pro-gresso material desordenado está destruindo o planeta.”

a) Absolutab) Coordenada sindéticac) Coordenada assindéticad) Subordinada adverbial

10. Observe:

“precisam de um descansoprecisam de um remansoprecisam de um sono que os torne refeitos”

No trecho acima, há, respectivamente

três orações coordenadas assindéticas.quatro orações coordenadas assindéticas.três orações coordenadas assindéticas e uma oração subordinada adje-tiva.três orações coordenadas assindéticas e uma oração coordenada sindéti-ca.

11. “Eu fico com as migalhas, mas lá em casa venta muito.” Nesse período, as orações coordenadas classificam-se, respectivamente, como

a) Assindética e assindéticab) Assindética e sindética adversativac) Sindética adversativa e assindéticad) Sindética aditiva e sindética adversativa

12. Assinale o período que contém, oração coordenada sindética con-clusiva.

a) Fiquem calmos, pois o perigo já passou.b) Meu time venceu; está, portanto, classificado.c) Na festa, as pessoas não comiam nem bebiam.d) O atleta esforçou-se, mas não venceu a competição.

13. Observe:

1. “Todo dia o sol levanta, e a gente canta ao sol de todo dia.”

2. “Deve haver alegria dentro do peito ou nas ondas do ar.”

3. “Uma parte de mim pesa, pondera, mas a outra parte delira.”

Nos textos acima, as orações coordenadas em destaque classifi-cam-se, respectivamente, em

a) aditiva, alternativa, adversativab) aditiva, adversativa, alternativac) adversativa, alternativa, adversativad) adversativa, adversativa, alternativa

14. Em “Ele assistiu ao jogo; sabe, pois, o resultado da partida”, a oração coordenada sindética destacada classifica-se em

a) aditivab) conclusivac) explicativad) adversativa

15. Assinale a oração sublinhada que encerra ideia de contraste.

a) Os operários protestam, reclamam e exigem explicações.b) Abriu o livro, e as lágrimas não lhe permitiram a leitura.c) A civilização se mede não só pelo aperfeiçoamento material, mas também pela elevação moral.d) O rio ora se estreitava, ora se alargava caprichosamente.

16. “O orador falou pouco, todavia disse muitas verdades;os deputa-dos não só se defenderam como também ficaram amedrontados.” As orações destacadas classificam-se, respectivamente, como

assindética e sindética alternativasindética explicativa e assindéticasindética adversativa e sindética aditivasindética conclusiva e sindética explicativa

17. Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.

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a) Tem olhos, e não vê. Tem boca, e não fala.b) – Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana.c) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder!d) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável.

18 . Colocando-se um ponto final no fragmento “Fecho a casa e saio devagar”, tem-se

a)um período composto por coordenação, uma oração sindética, outra assindética, um verbo transitivo e outro intransitivo;b)um período composto por subordinação e dois verbos transitivos;c)um período composto por coordenação, duas orações assindéticas, um verbo transitivo e outro intransitivo;d)um período simples, uma oração absoluta e dois verbos intransitivos;e)um período misto, com duas orações, um verbo transitivo direto e outro indireto.

19. Em “Cláudia, participe do concurso, pois você é realmente lin-da. Não fique triste, entretanto, se você não for a vencedora”, as conjunções coordenativas destacadas classificam-se, respectivamente, como:

a) aditiva - adversativab) conclusiva - conclusivac) explicativa - adversativad) adversativa - alternativa

GABARITO

01 D 11 B02 D 12 B03 D 13 A04 B 14 B05 A 15 B06 B 16 C07 A 17 D08 A 18 A09 A 19 C10 C

15.6 PONTUAÇÃO

01. Assinale a alternativa em que o emprego da vírgula está incorreto.

Caso minha mãe permitisse, eu participaria da festa.Aos falsos colegas de escola, dediquei-lhes apenas indiferença.A vida é um presente de Deus; saibamos, portanto, merecê-la.O presidente do clube afirmou, que se o regulamento estivesse incoer-ente, ele renunciaria.

02. Nos períodos abaixo, a pontuação mudou a classificação sintática dos termos grifados. Assinale a alternativa que contém a afirmação correta.

I – Quando amamentava Hércules, Juno derramou leite no céu e formou a Via Láctea. (objeto direto)II - Quando amamentava, Hércules, Juno derramou leite no céu e for-mou a Via Láctea. (vocativo)

a) Apenas a I está correta.b) Apenas a II está correta.

c) As duas classificações estão corretas. d) Nenhuma das classificações está correta.

03. Dos períodos abaixo, apenas um não está pontuado corretamente, assinale-o.

a) Há povos que anseiam pela guerra; outros, pela paz.b) É já que faço minhas malas e vou pra...pra...Conchinchina.c) Até Antônio, que é mais inteligente da turma, não participou do con-curso.d) Roberto venceu o campeonato, e seu irmão, porém é quem ficou com o prêmio.

04. Assinale a alternativa que contém a justificativa incorreta quanto à pontuação.

a) “A mocinha do caixa, tão loirinha, tão branquinha, tão magrinha, era uma fera.” (texto adaptado) – as vírgulas foram usadas para separar elementos de valor explicativo.b) “ A Genilda? Bom... não sei...acho que ela nem chegou ainda...” – as reticências foram usadas para indicar que houve dúvida, hesitação ou surpresa.c) “ Dona Diva era muito piedosa (que Deus a tenha!), mas muito cha-ta.” – os parênteses foram usados por causa da oração intercalada no texto.d) “ O dono da loja seria o chefe do comércio, e o prestígio do vendedor era grande em Taitara.” – a vírgula foi usada antes do e para separar termos da mesma função sintática.

05. Observe:

“- Ó sonho desprendido, ó luar errado,Nunca em meus versos poderei cantarToda essa beleza inatingível. “

Em relação às vírgulas empregadas no texto acima, é correto afirmar que

estão corretas, pois separam apostos.estão corretas, pois separam vocativos. a primeira vírgula é facultativa, pois separa elementos de mesma clas-sificação sintática.a segunda vírgula está incorreta, pois separa o sujeito de seu predicado.

06. No texto abaixo, há dois períodos incorretos quanto à pontuação. Assinale a alternativa que os contém.

O poema “Meus oito anos” pertence a Casimiro de Abreu, um dos mais populares poetas brasileiros (1). Por ter de trabalhar no comércio não chegou a concluir seus estudos (2). Apesar de estar ligado à segunda geração romântica, o amor na poesia de Casimiro, apesar do medo, associa-se sempre à vida e à sensualidade (3). Casimiro não ampliou nem modificou os horizontes do Romantismo brasileiro, mas sua poe-sia, contribuiu para a consolidação e para a popularização definitiva do Romantismo entre nós (4).

1 e 32 e 31 e 42 e 4

07. Em qual das alternativas a vírgula foi empregada incorretamente?

a) “Aqui está o nosso fim, Simão! Olha as nossas esperanças!” b) “No cumprimento desta obra de misericórdia, atravessou o reitor quase toda a aldeia.”c) “Os melhores jogadores, daquele time de futebol foram recebidos pelo Presidente.”d) “Nas praias do Recife, por exemplo, o número de acidentes causados pelos tubarões vem aumentando.”

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08. Assinale a alternativa em que não há erro quanto à pontuação.

a) Chegando os participantes começará, a reunião.b) Menina não chore, que será pior.c) No céu azul, fiapos de nuvens. d) Nós cidadãos brasileiros, precisamos ficar atentos às ações dos políticos.

09. “Uma vírgula esquecida (...) altera o sentido da frase.” (Sérgio N. Duarte).

Assinale a alternativa em que o esquecimento da(s) vírgula(s) altera o sentido do que se lê.

a) “Subitamente, por uma inspiração inexplicável, por um impulso sem cálculo, lembrou-me... Se forem capazes de adivinhar qual foi minha ideia...” (Machado de Assis)b) “Algum dia, a ciência há de ter a existência da humanidade em seu poder, e a raça humana cometerá suicídio explodindo o planeta.” (J. G. Feinberg)c) “A humanidade que estava dispersa está voltando à casa comum, o planeta Terra. Descobre-se como humanidade, com a mesma origem e o mesmo destino de todos os outros seres.” (Leonardo Boff)d) “... voltou-se para o cocheiro; mas a escuridão que se ia, (...) quase perfeita, só lhe permitiu ver os olhos do guia da carruagem, a brilhar um brilho brejeiro...” (Lima Barreto)

10. Assinale a alternativa em que se deve usar a vírgula após os traves-sões duplos.

a) “A opção por essa maneira de narrar – a fábula – dá ao leitor possibi-lidades de interpretação que vão depender de sua formação.”b) “A predisposição psicológica do observador – sua simpatia ou anti-patia antecipada – pode dar como resultado imagens muito diversas do mesmo objeto.”c) “Na comunicação diária, por exemplo, além da referencialidade da linguagem – o que torna a mensagem oral imediatamente compreendida – há pinceladas de função conativa (...)” d) “A evolução das ciências e dos meios de comunicação – imprensa, telefone, rádio, cinema, televisão, computador – teve grande influência nas mudanças linguísticas (...)”

11. Assinale a alternativa em que o emprego da vírgula está incorreto em uma das frases do grupo.

a) 1. Quando eu canto, ainda sinto alegria.2. Alguns jornalistas da imprensa moderna, ainda chocam o leitor. b) 1. Antes de sair de casa, telefone-me. 2. As mulheres, quando choram, atingem o coração dos homens.c) 1. Ontem, tudo era alegria 2. Encontrei um velho amigo, abraçamo-nos, conversamos e matamos a saudade.d) 1. Você é o melhor aluno da classe, e eu fico feliz. 2. Joãozinho, o filho do diretor, é muito arteiro.

12. Assinale a alternativa em que não há erro quanto ao uso da vírgula.

Meu Deus, o que está acontecendo com os homens?O site traz, imagens de satélite em movimento.Eu na época da adolescência, não passei por crises de identidade.Durante a madrugada quando, todos estão dormindo, assisto a filmes na TV.

13. Assinale a alternativa em que a justificativa do emprego da(s) vír-gula(s) está incorreta.

a) Ao anoitecer, todos saíram rápido. (separar a oração subordinada an-teposta à principal)b) Os alunos deixaram a sala, desesperados. (separar termos da mesma função sintática)c) Vencemos; não fique, portanto, triste. (separar a conjunção conclu-siva posposta)d) “O tempo não é, meu amigo, aquilo que você pensou.” (separar o vocativo)

14. Observe as frases:

Deus do céu, será possível tanta desgraça?Tudo não passou de um mal-entendido; façamos, pois, as pazes!Depois que a monarquia caiu, os festejos perderam o elemento aris-tocráticoEle foi no meu lugar, portanto eu não fui.

Assinale a afirmação correta:

Em I, a vírgula é facultativa.Em IV, há erro de pontuação.Em III, a vírgula é obrigatória. Em II, podem-se tirar as vírgulas sem que haja erro de pontuação.

15. Assinalar a alternativa de pontuação correta.

a) o jornal, publicou notícias falsas.b) o jornal publicou, notícias falsas.c) o jornal publicou notícias, falsas.d) o jornal publicou notícias falsas.

16. Assinale a alternativa em que há erro de pontuação.

a) Dorival, meu filho está acamado.b) Dorival, meu filho, está acamado.c) Meu filho Dorival está acamado.d) Meu filho Dorival, está acamado.

17. A alternativa que justifica corretamente o uso da vírgula é:

a) “Sem muita pressa, aparta-se dos companheiros cochilando à mar-gem.” – a vírgula separa a coordenaçãob) “Um dinheirinho aí, compadre? “– a vírgula separa o apostoc) “Depois foi a Lica, irmã caçula, que ficou noiva.” – a vírgula separa o vocativod) “Poeta sou; pai, pouco; irmão, mais.” – a vírgula marca a omissão do verbo

18. Em qual das alternativas a vírgula foi empregada incorretamente?

a) Ele só pensava em uma coisa, que ficaria rico.b) Se tudo der certo, voltaremos amanhã mesmo.c) Aquele tenista joga bem, mas quase sempre é derrotado.d) Minha namoradinha de infância, ainda se lembra de mim.

19. Assinale a alternativa em que o período está incorretamente pon-tuado.

a) Juliane, no início da tarde de ontem, encontrou, sua velha amiga.b) Juliane, ontem, encontrou sua velha amiga e conversaram bastante.c) Juliane encontrou sua velha amiga; não conseguiu, porém, conversar com ela.d) Juliane, moça simples e educada, encontrou ontem sua velha amiga.

20. Observe:“Alguns jovens trabalham, estudam; outros, entretanto, só vivem à cus-ta dos pais.”.

A frase acima poderia ser redigida de modo diferente, sem desobedecer

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à regra da pontuação em:

a) Alguns jovens, trabalham. Estudam. Outros, entretanto, só vivem à custa dos pais.b) Alguns jovens trabalham, estudam. Outros entretanto, só vivem à custa dos pais.c) Alguns jovens trabalham estudam. Outros, entretanto, só vivem à custa dos pais.d) Alguns jovens trabalham, estudam. Outros, entretanto, só vivem à custa dos pais.

21. “Todo o ajuntamento, uma vez que o comandante se aproxima, se pôs de pé.”

Assinale a opção em que as vírgulas intercalam termos que desempen-ham a mesma função sintática da que se verifica no período acima sub-linhado.

O discurso, para ser eficaz, deve adaptar-se ao auditório ao qual é des-tinado.A poluição ambiental, disse o prefeito, é responsabilidade de toda a população.O juiz, cuja decisão deve ser imparcial, decidiu prorrogar o prazo para anunciar a sentença.As tropas de choque, que se aproximavam rapidamente, apresentavam um contingente bastante superior ao do adversário.

22. O uso da vírgula está incorreto em

a) No Oriente Médio, aeroportos entraram em pane.b) Outra novidade, atendendo aos pedidos dos participantes, é a Galeria Pádua.c) O material da Campanha de Vacinação contra a febre amarela, está completamente deteriorado. d) A exposição, que mostra obras variadas, tem recebido muitos visi-tantes.

23. Assinale a alternativa em que a pontuação esteja correta.

“Pela sua origem, sósia é substantivo masculino. Alguns dicionários, porém o incluem entre os comuns de dois gêneros.” (texto modificado)“Aos 18 anos, muitos jovens, frequentemente do interior saem das casas dos pais em busca da autonomia para o seu comportamento...” . (texto modificado)“A vida em sociedade traz evidentes benefícios ao homem, mas, por outro lado, favorece uma série de limitações!”. (texto modificado)“Basta um minuto para fazer um herói; mas como dizia o velho sábio, é necessária uma vida inteira para fazer um homem de bem.”. (texto modificado)

24. Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.

a) O sol já se despedia, e a lua despontava no céu.b) As viúvas inconsoláveis, quando são jovens acham sempre alguém que as console.c) Ele disse tudo ou melhor, tudo o que sabia.d) Logo cedo as crianças, foram ao parque.

25. As vírgulas que aparecem em “Na hora da separação, ou devolve-mos a aliança, os livros e os discos, ou mantemos o casamento.”(Jaime Lerner) justificam-se porque há

coordenação e inversão.coordenação e intercalação.coordenação de palavras.coordenação de orações.

26. Em qual alternativa a pontuação está correta?

a) Tela de cinema; imagem de cinema; som de cinema. Você já pode dizer que, a sua casa é cinematográfica.b) Tela de cinema; imagem de cinema; som de cinema. Você já pode dizer que a sua casa é cinematográfica.c) Tela de cinema, imagem de cinema, som de cinema. Você já pode, dizer que a sua casa é cinematográfica.d) Tela de cinema, imagem de cinema, som de cinema. Você já pode dizer que a sua casa, é cinematográfica.

27. Leia

I - Por trás dos atletas de carne e osso, são dois os heróis alegóricos de toda Olimpíada: a força da juventude e o triunfo do corpo humano.II - (....) - o mundo inteiro sabe que, nas pistas ou quadras, não existe meia-vitória.III - Além de ganhar, o néctar mais sublime para um atleta está em der-rotar o adversário em grande estilo, com um arabesco de arroubo, em vez de eliminá-lo de forma “burocrática” e previsível.IV - Se conseguir, entrará não apenas para a história olímpica dos medalhados - 0,00018% da população mundial - mas para o panteão dos atletas mais sublimes, cujos nomes são invocados de geração a geração.

Assinale a alternativa correta quanto à pontuação:

a) Em I, os dois pontos podem ser eliminados, para que não separem o predicativo do verbo ser.b) Em I e em II, as vírgulas foram empregadas com a mesma finalidade: separas adjuntos adverbiais deslocados.c) Em III, são opcionais as vírgulas em “com um arabesco de arroubo”.d) As vírgulas após ganhar (III) e conseguir (IV) separam orações com função explicativa em início de período.Em IV, os travessões não podem ser substituídos por parênteses.

28. Marque a frase de pontuação incorreta:

a) Se houvesse tempo, iríamos viajar.b) Encerradas as aulas, os alunos festejaram.c) Os professores, os alunos e o diretor saíram.d) Paulo o mais moço, é o mais esperto.e) Ele foi, logo eu não fui.29. Está corretamente pontuada a frase:

a) Venha aqui Pedro!b) Alexandre, amigo de meu amigo, está hospedado em minha casa.c) Crianças acabou a brincadeira!d) Compramos, bandeiras, flores e balões coloridos.e) Todos estavam, alegres, animados, preparados.

30. Assinale a alternativa correta quanto ao emprego da vírgula

a) Adilson, você chegou atrasado!b) As crianças ganharam, presentes.c) Ela trouxe os livros e, os cadernos.d) Aqueles atletas, são esforçados.

31. A vírgula foi empregada incorretamente em:

a) Pelé, rei do futebol, é nosso orgulho.b) Logo de manhã, o pão era vendido quentinho.c) As crianças daquela escola, ficaram felizes no parque.d) Ela ganhou, ou melhor, todas as meninas ganharam prêmios.

32. Assinale a alternativa em que, de acordo com as normas gramaticais vigentes, o emprego das vírgulas está correto.

a) “Antes de dormir, você procura o meu retrato, mas na moldura, não sou eu quem lhe sorri.”b) “Eu sou, o seu apaixonado de alma transparente, louco, alucinado,

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meio inconsequente.”c) “Seu egoísmo me libertou; não deve mais, me procurar.”d) “Seja o que, vier, qualquer dia, amigo, eu volto.”

GABARITO

01 D 12 A 23 C02 C 13 B 24 A03 D 14 C 25 A04 D 15 D 26 B05 B 16 D 27 E06 D 17 D 28 D07 C 18 D 29 B08 C 19 A 30 A09 C 20 D 31 C10 C 21 A 32 A11 A 22 C

15.7 CONCORDÂNCIA VERBAL

01. Observe:

I – Mais de dez candidatos _____ a prova ontem. (perder)II – “A segurança e firmeza com que lhes respondi _____ as pessoas perplexas. “ (deixar)III – A inveja, o ódio, a maldade humana, tudo ______ ciladas em teu caminho. (armar)IV – Nem um nem outro ______ com os festejos populares. (andar pre-ocupado[s])As frases em que a concordância pode ser feita tanto no singular como no plural são

a) II e III apenas.b) II e IV apenas c) I e II apenasd) III e IV apenas

02. Assinale a alternativa em que a forma verbal PARECIA preenche corretamente a lacuna.

a) As árvores _______ tremer.b) As crianças _______ estudar seriamente.c) As nuvens _______ desvanecerem-se ao vento forte. d) Nervos _______ arrebentar logo após a grande explosão.

03. Observe as frases seguintes:

I – Nem acreditei quando começou as férias.II – Um bilhão de reais foi gasto na construção daquele edifício.III – Como chovem promessas durante as campanhas eleitorais!IV – Os estudantes universitários pareceram gostarem da palestra.

Segundo a norma culta, a concordância verbal está correta nas frases

a) I e II b) II e III c) III e IV d) I e IV

04. Quanto à concordância verbal, preencha as lacunas do texto seguin-te e, a seguir, assinale a sequência correta.

“Metade dos convidados não ___________ à cerimônia, porém perto de quarenta familiares ___________ a ausência. Vários de nós também

não ___________ o convite, devido ao incidente ocorrido dias atrás.”

a) compareceu – justificaram – aceitamos b) compareceu – justificou – aceitouc) compareceram – justificaram – aceitoud) compareceram – justificou – aceitamos

05. Observe as orações abaixo:

I- As palmeiras parece tocarem o firmamento.II- As palmeiras parecem tocarem o firmamento.III- As palmeiras parece tocar o firmamento.IV- As palmeiras parecem tocar o firmamento.

A concordância verbal está correta apenas em

a) II.b) III.c) I e IV. d) II e III.

06. A concordância verbal está empregada incorretamente em:

a) Todos os participantes do concurso, menos o diretor, estava feliz. b) Chegou o livro e a apostila que encomendamos.c) Discutem sempre meu vizinho e sua sogra.d) Nem eu nem você somos donos da verdade.

07. Observe:

I - Abraçaram-se o jogador e o árbitro no final da competição.II - Choveram pontapés durante aquela partida.III - Um e outro descendiam dos antigos atletas gregos.IV - Esperou-se com tristeza os jogadores da Copa 2006.

Há erro de concordância verbal em:

a) I e IIb) III e IVc) II apenasd) IV apenas

08. Indique a alternativa em que a concordância verbal está correta.

Aluga-se automóveis naquela agência de turismo.Mariana ou Simone casarão com Gabriel.Os Estados Unidos se recusou a fazer qualquer acordo que comprometa sua economia.Uma alimentação balanceada e a redução de alimentos gordurosos ajudarão no funcionamento do organismo.

09. Observe as frases abaixo:

Haverá muitas festas se ele vencer a eleição para presidente do clube.Haverão duas festas neste salão na próxima semana.Haviam poucos convites para a festa.

Considerando a concordância verbal, está(ão) correta(s):

a) I e IIb) I e IIIc) Apenas I d) Apenas III

10. Coloque C (certo) ou E (errado) quanto à concordância verbal das frases e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A maioria dos candidatos obterão bons resultados no concurso.( ) Fomos nós que pagamos a conta do restaurante.

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( ) Hoje fazem dez anos que me mudei para cá.( ) Ainda cabe dez litros de gasolina no tanque do carro.

a) C,E,C,Eb) E,C,E,Ec) E,E,C,Cd) C,C,E,E

11. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância verbal.

a) Faltam dois minutos para início da competição.b) Fazem invernos rigorosos no Sul do Brasil.c) Vossa Excelência acordou cedo hoje!d) Pai e filho conversaram longamente.

12. A alternativa em que a concordância verbal está correta é:

a) O número de pessoas com febre maculosa aumentaram vertiginosa-mente.b) Mais de um deputado se ofenderam durante a sessão;c) Fazem 40 minutos que o jogo começou.d) Qual de vós conheceis “Arte Retórica”, de Aristóteles?

13. Assinale a frase correta.

a) Aluga-se casas.b) Notam-se sinais de recuperação na economia.c) No passado, não se recorriam aos processos como agora.d) Precisam-se de vendedores.e) Nenhuma das respostas

14. Observe a concordância verbal nos períodos abaixo.

I – Trovejaram de raiva os alunos ao receberem as notas.II – Alagoas possui praias belíssimas.III – Serão eles que farão os trabalhos, e nós quem cuidaremos de tudo.IV – Devem haver invernos rigorosos este ano em campos do Jordão.

Estão corretas, quanto à norma culta, apenas os períodos

a) I, II e III. b) III e IV.c) II e IV. d) I e II.

15. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo.

Quatro quintos da população infantil __________ no Sábado passado, nos postos de saúde públicos. __________ tal mobilização à campanha veiculada diariamente pelos meios de comunicação. Dessa vez, não __________ esforços para que o povo tivesse certeza da qualidade das vacinas a __________.

a) foi vacinada / Atribui-se / se mediu / serem aplicadasb) foram vacinados / Atribui-se / se mediram / serem aplicadasc) foi vacinada / Atribuem-se / se mediram / ser aplicadad) foi vacinada / Atribuem / mediram / ser aplicadae) foram vacinados / Atribuem / mediram / ser aplicada

16. Assinale a alternativa que aceita outra forma de concordância ver-bal.

a) Os Andes percorrem a costa do Pacífico na América do Sul.b) Mais de um aluno faltou à aula.c) Os Sertões de Euclides da Cunha marcam o início do Pré-Modern-ismo.d) Não adianta discutir esses problemas.e) João ou Décio será eleito governador.

17. Está correta a frase:

a) Faz muito tempo não se vêm trabalhos assim.b) Há muito tempo não se vem trabalhos assim.c) Há muito tempo não se veem trabalhos assim.d) A muito tempo não se vêem trabalhos assim.e) Faz muito tempo não se vê trabalhos assim.

18. Assinale a frase incorreta quanto à concordância verbal:

a) Fui eu quem lhe explicou o motivo de sua demissão.b) Não hão de faltar motivos que expliquem suas atitudes.c) No fundo do vale viam-se vultos de animais.d) Hoje faz dois anos que os alunos se foram.e) Qual de nós sabem a direção a tomar?

19. Marque a opção que deve ser preenchida com o verbo ser na 1ª pessoa do plural:

a) A felicidade _________ momentos alegres com os filhos.b) A Pátria ____________ nós.c) O Brasil _______________ vocês todos.d) Progresso ____________ as exportações.e) A Escola ________ os ensinamentos e sobretudo a educação que nela recebemos.

20. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas das frases que seguem:

I) “______sete e meia da noite, quando avistamos as luzes de Benfica.” (Fernando Sabino).II) _______ 130 quilômetros daqui até lá.III) Hoje _______ dia 25 de novembro.IV) “0 26 de dezembro de 1986 _____ uma noite de glória para Manaus.”(Revista Isto E).V) Ainda _______ meio-dia e meia.VI) Quinze minutos ________ pouco para realizar a prova.

a) eram – é – é – foi – é – éb) era – são – é – foram – são – sãoc) eram – são – é – foi – é – éd) eram – são – são – foram – são – ée) eram – são – é – foi – são – é

21. Marque a alternativa em que ambas as frases estão corretas quanto ao emprego do verbo haver.

a) Há de haver carros mais baratos.Haviam alguns meses que o navegante partira.b) Podem haver alguns casos de dengue na periferia.Há de haver pessoas de bom senso entre os rebelados.c) É possível que hajam alguns obstáculos para a sua inscrição no con-gresso.Durante a cerimônia religiosa, as crianças se houveram com surpreen-dente discrição.d) O policial perguntou aos suspeitos onde houveram eles tantos dólares.Ainda que houvesse alguns candidatos inconformados, o resultado do concurso foi mantido.

22. Assinale a alternativa que contém todas as frases corretas da relação abaixo.

Proíbem-se vender tais remédios.Fui eu que lhe pediu que não viesse.As pacientes mesmas fizeram a faxina da enfermaria.A maior parte dos conferencistas faltaram ao debate.A minha nota da prova poderá subir se o professor se dispor a rever a

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questão duvidosa.A sociedade não pode continuar a assistir e ser vítima de tão brutais crimes que desfilam pelo noticiário. Quando ofereceram-lhe o cargo, por que você não o aceitou? Fique com nós, que somos os seus verdadeiros amigos!

a) II, V e VIb) I, V e VIIc) III, IV e VIIId) I, II, III e VI

23. Assinale a alternativa que apresenta concordância verbal correta.

a) Falam-se entre 4000 e 6800 idiomas na Terra. Poderão haver menos de 1000 em 100 anos. Em 300 anos não mais do que 24.b) É possível que se faça implantes de células humanas no cérebro de animais para que a comunicação entre estes e os seres humanos mel-hore.c) No português existe sons anasalados, e o final das palavras não é pronunciado por completo. Quem fala espanhol fica completamente perdido com essas peculiaridades.d) A influência do inglês em nosso idioma está cada vez maior, haja vista os programas de televisão e os milhares de filmes e músicas que invadem nossas fronteiras desde o final da II Guerra.

24. Assinale a alternativa em que a concordância verbal está correta nas duas orações.

a) I - A submissão e a dependência caracteriza a mulher da sociedade patriarcal.Ana Neri foi uma das que atuaram em conflitos caracterizados pela presença masculina.

b) I - Procura-se mulheres corajosas, que queiram super-ar os limites impostos à condição feminina.Não se atenderão a reclamações daquelas que optaram pela vida de caserna.

c) I - Devem haver muitas mulheres que procuram as Forças Armadas e disputam uma vaga que lhes garanta aperfeiçoamen-to profissional e independência financeira.Antes da II Guerra, havia muitas enfermeiras brasileiras que embarca-vam para a Europa sem conhecer as condições das mulheres dos países que se encontravam em Guerra.

d) I - Em Leningrado, em 1941, dos 250.000 candidatos mobiliza-dos para a construção de diques ao redor da cidade, 75% pertencia ao sexo feminino. II -A maioria das mulheres que seguiam o exército não tinham medo de coisa alguma. Elas iam às avançadas mais perigosas para levar co-mida aos maridos.

25. Assinale a alternativa INCORRETA considerando a concordância verbal.

A União das Nações Unidas mandou invadir o Iraque.As Minas Gerais atraem os consumidores de minério.Fala-se de festas em que se assiste a filmes beneficentes.Vossa Eminência já tivestes o ensejo de examinar a situação da diocese.

26. “Não há tempo consumidonem tempo a economizar.O tempo é todo vestidode amor e tempo de amar”. (Carlos Drummond de Andrade, Amar se aprende amando)

Assinale a alternativa em que o verbo HAVER possui o mesmo sentido e a mesma concordância que nos versos acima.

“Não havia vizinhos naquele deserto”.“Há dez minutos que ele partiu”.Haviam comparecido à cerimônia.Os jogadores houveram-se com dignidade.

27. Quanto à concordância verbal, coloque C (certo) ou E (errado) e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Há vinte funcionários na sala.( ) Chegou todos os convidados.( ) Pai e filhos entendiam-se muito bem.

a) C, C, E c) E, E, Cb) E, C, E d) C, E, C

28. Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto à concordância verbal.

a) A maioria das crianças adoram presentes natalinos.b) Aceitamos os desafios; então, que venha as mudanças.c) Faltavam poucos dias para a virada do ano.d) Metade das mulheres emagreceu quase cinco quilos com o novo remédio.

GABARITO

01 B 11 B 21 D02 C 12 B 22 C03 B 13 B 23 D04 A 14 D 24 A05 C 15 B 25 D06 A 16 C 26 A07 D 17 C 27 D08 D 18 E 28 B09 C 19 B10 D 20 C

15.8 CONCORDÂNCIA NOMINAL

01. Examine as orações abaixo e assinale a alternativa que contém con-cordância ideológica.

I - São José dos Campos é bonita.II – “V.Sª. é operoso – disse o velho cidadão.”III – “É um crime de lesa-majestade”, disse-lhe a anciã.IV – “Um e outro rapazote maltrapilho, sem vintém, sem nin-guém.”

a) Somente a II.b) I e II apenas c) I e III apenasd) Todas

02. Observe:

I - “Os Estado Unidos e o Reino Unido lançaram ontem à tarde (17/12/98) nova série de ataques contra o Iraque. A segunda em menos de 24 horas. Já não há problemas bastante no mundo árabe?” II - “Os americanos mesmo estão discutindo a validade da guerra contra o Iraque no momento em que Clinton está sendo julgado. Essa história de bombardear um país para estar quites com o próprio exército é muito estranha.

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III - “O ex-prefeito Celso Pitta afundou-se um pouco mais no escândalo dos precatórios esta semana. O Tribunal de Justiça rejeitou o discurso dos advogados do prefeito e manteve indisponível os seus bens.”

Quanto à concordância nominal nos textos acima, pode-se afirmar que

I, II e III contêm erros.somente I não apresenta erros.Há um erro na I, dois na II e nenhum na III.I e III estão corretas.

03. Observe:

I – Outeiro das Brisas é um lugar exótico, onde o sol, o sossego e a sensualidade baianas se misturam.II – “Vossa Excelência foi injusto em sua sentença, Doutor Promotor.”III – Confiança, na dose certa, é sempre bom para conservar as amiza-des.

Assinale a alternativa que contém a (s) frase (s) correta (s) quanto à concordância nominal.

a) I apenasb) II e III apenasc) I e III apenasd) II apenas

04. Assinale a alternativa em que a concordância nominal está incor-reta.

a) A rua, meio deserta, despertava certo pavor no jovem estudante.b) Elas mesmas enviaram os documentos anexo às declarações. c) Era preciso muita paciência com aqueles moleques.d) Finalmente estou quite com o Banco.

05. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal.

a) Velhas revistas e livros enchiam as prateleiras.b) Revistas e livros velhos enchiam as prateleiras.c) Alimenta-se de frutas e carne bovinas. d) Alimenta-se de carnes e frutas frescas.

06. Quanto à concordância nominal, está correta a alternativa.

a) É proibida matrícula de menores de dezoito anos.b) Esta empresa remete-lhe inclusas as faturas. c) É necessário a documentação completa para a inscrição.d) Conforme o combinado, seguem anexo os recibos.

07. Quanto à concordância nominal, assinale a alternativa correta, se-gundo a norma culta.

a) Ela descreveu-se: “Sou alta, magra, tenho cabelos castanhos-claros e meus olhos são verdes-mares”.b) Elas mesmas se serviram e disseram: “Muito obrigadas!” c) A fé consciente, sem fanatismo, é necessário para se viver melhor.d) Aquela garota é meia inocente ainda.

08. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal.

a) Ao meio-dia e meia, Alice entrou meio tonta na sala de cirurgia.b) Ele conhece bem as línguas grega e latina.c) Para uma vida agradável, considero necessários a leveza e o otimis-mo.d) Anexo ao documento estarão as fotos 3x4.

09. A concordância nominal está correta em

a) Era meio-dia e meio no relógio da igreja.b) A paciência é necessário em muitos casos.

c) O hotel proporciona adequada acomodação e conforto. d) Eram castanhos-claros os olhos de sua amada.

10. Observe os termos destacados nas orações seguintes.

I- Pesquiso sobre o povo e a cultura indianos.II- O compreensivo Davi e João Roberto conquistaram a paz.III- Naquelas ocasiões, Helena sempre usava blusa e colar branco.IV- Tenho ótimo emprego e remuneração.

Quanto à concordância nominal, está incorreto

a) I.b) II. c) III.d) IV.

11. (2007-2) Assinale a alternativa em que o período 2 não corresponde à correta pluralização do período 1.

a) 1. “Muito obrigada, disse ela, eu própria dou o recado.” 2. “Muito obrigadas, disseram elas, nós próprias damos o recado”

b) 1. Ela ficou meio decepcionada quando ouviu aquilo. 2. Elas ficaram meio decepcionadas quando ouviram aquilo.c) 1. A jovem perdeu bastante oportunidades. 2. As jovens perderam bastante oportunidades.d) 1. Segue anexo o documento solicitado. 2. Seguem anexos os documentos solicitados.

12. Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal.

Os idosos precisam de o ajudem a enfrentar seus problemas.São pequenas atitudes que tornam grandes o bem-estar das crianças.É necessário a criação de projetos que visem à qualidade de vida da população carente.Bastantes providências já foram tomadas a fim de amenizar o problema das enchentes na cidade.

13. Dadas as frases:

I - Anexo às provas seguem os relatórios.II - Seus olhos verde-claros brilham quando ele ouveaqueles versos.III - Feitos todos os exames, o médico marcou a cirurgia.

Está(ão) correta(s) quanto à concordância nominal

a) II e III.b) I e III.c) I e II.d) II apenas.

14. Assinale a alternativa que encerra concordância errada (verbal ou nominal)

a) Faltam ainda catorze dias para o natal.b) José e Maria estavam lá, mas não os vimos.c) Vai fazer uns oito anos que ele foi acidentado.d) Vossa Excelência conseguiu aprovar vosso projeto?

15. Complete as lacunas de acordo com a concordância nominal e assi-nale a alternativa correta.

Mariana foi à padaria e pediu ______ gramas de muçarela.Ela _______ prepararia o lanche para as amigas que chegariam meio-dia e _______.

a) quinhentas, mesma, meio

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b) quinhentos, mesma, meiac) quinhentos, mesmo, meiod) quinhentas, mesma, meia

16. Observe o código abaixo quanto à concordância nominal. A seguir, preencha as lacunas dos períodos e assinale a alternativa correta.

I – caro II – carosIII – anexosIV – anexasV – meio VI – meia VII – bastante VIII – bastantes() “Estes quadros estão _______ .”( ) “ _______ seguem as certidões.”( ) ”As garotas estavam _____ envergonhadas.”( ) ”Proferia injúrias ______ para escandalizar os mais arrojados.”

I – III – V – VIIII – IV – VI – VIIII – IV – V – VIII II – III – VI – VII

17. Em todas as frases, a concordância nominal se fez corretamente, exceto em:

a) Muito obrigadas, disseram elas à professora.b) Bastantes vezes fui à França nas férias.c) É precaríssima as condições da sala de cirurgia. d) Os livros que ele comprou custaram caro.

18. Assinale a alternativa que apresenta oração e explicação corretas quanto à concordância nominal.

a) No jogo de futebol, havia menos homens do que no de basquete.⇒ “Menos”, palavra invariável em número (singular e plural), varia em gênero (masculino e feminino).b) As frutas do supermercado estão meio caras.⇒ Na frase, “meio” permanece invariável, por seu numeral.c) Renato ganhou paletó, blusa e gravatas bonitos.⇒ O adjetivo “bonitos” somente pode ficar no masculino plural, não havendo outra concordância gramatical correta.d) Observou suas vacas e achou-as magras e acanhadas.⇒ O adjetivo concorda em gênero e número com o objeto.e) Achastes a garota e o namorado muito simpáticos.⇒ O predicativo “simpáticos” está concordando com o sujeito.

19. Assinale a alternativa que apresenta concordância nominal con-forme a norma culta da língua.

a) A menina continuava meia aflita, depois da confusão.b) Encontrei estragadas a carne e o melão.c) Depois da luta, o atleta apresentava o nariz e as orelhas muito mar-cados.d) Nem um nem outro alunos me entregaram o trabalho.e) Seguem anexo as folhas das redações.

20. Observe a concordância:

1) Entrada Proibida..2) É proibido entrada..3) A entrada é proibida.4) Entrada é proibido.5) Para quem a entrada é proibido?a) a número 5 está erradab) a 2 está erradac) a 2 e a 5 estão erradas

d) a 4 e a 5 estão erradase) todas estão certas

21. Assinale a alternativa em que ocorra algum erro de concordância nominal:

a) Saiba que você cometeu um crime de lesa-majestade.b) Estejam alerta, pois o inimigo não manda aviso.c) Há menos indecisão do que parece.d) Permitam-me que as deixe só.e) Ele sentiu que precisava ficar a sós.

22. A expressão sublinhada está errada na alternativa:

a) Haja vista os fatos relacionados.b) Haja vista os argumentos apresentados.c) Haja vista as notícias publicadas.d) Hajam vista os projetos realizados.e) Haja visto os papéis guardados.

23. Leia com atenção as frases abaixo.

I - Com opinião e propostas claras, desfez as dúvidas que pairavam sobre a questão.II - Os empresários solicitaram tecnologia e financiamento estrangeiro.III - O soldado era dotado de talento e coragem extraordinárias.IV - Todos os presentes manifestaram profundo pesar e dor.V - Permaneciam silenciosos o juiz, a advogada e o réu.

Com relação à concordância nominal, estão corretas as frasesa) II e V.b) III e IV.c) I, II, IV e V.d) I, II, III e IV.

24. Atente para a concordância das frases abaixo, assinalando o par inatacável.

a) I – Provavelmente haveriam crimes no passado de Casimiro Lopes. II – Em criança, Brás Cubas era as alegrias da casa. b) I – Era necessário novas máquinas para o descaroçador e para a ser-raria. II – Vão fazer dois anos que Madalena morreu, dois anos difíceis. c) I – Mais de um jagunço manifestaram-se a favor de Riobaldo e contra Zé Bebelo.II – Mais de um oficial, mais de um soldado recebeu ferimentos na batalha. d) I – A ofensiva da atual primavera na Caxemira veio com força inusita-da, e o resultado foram os bombardeios iniciados na quarta-feira passada. II – Verificam-se bastantes erros metodológicos no trabalho.

25. Leia com atenção as frases abaixo.

Os maridos partiram para lutar contra os espanhóis, deixando-as sós.As empresárias solicitaram tecnologia e financiamento estrangeiros.Com opinião e propostas claras, a assessora desfez as dúvidas que pairavam sobre a questão.Moara Sacilotti, a primeira competidora profissional de rali no Brasil, é dotada de talento e coragem extraordinárias.

Com relação à concordância nominal, estão corretas as frases

a) I e IV apenas. c) I, II e III.b) III e IV apenas. d) I, II, III e IV.

26. Assinale a alternativa INCORRETA quanto à concordância nomi-nal.

Os vestidos custaram barato, mas as saias custaram caro.Eu já lhes pedi, bastantes vezes, que não fizessem mais isso.

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Eles caminhavam sós pela noite escura.Apesar de famoso, não são artistas de talento.

27. Em todas as frases abaixo, a concordância nominal está correta, EXCETO em:

a) “Desde que se confirmaram as ameaças anteriores, os soldados estão alertas.”b) “Passara a cuidar do jardim depois de muito sofrer e aprender por longes terras.”c) “O governador do estado conversa a sós com o secretário de edu-cação.”d) “Eis teu romance: fantástico enredo e personagens, mas estilo pobre e imaturo.”

28. Qual alternativa apresenta erro de concordância nominal?

a) Os juros estão inclusos nas prestações. b) Os operários daquela indústria fazem horas extras.c) Os dedicados Carlos e Fernando conseguiram finalmente a vitória.d) Bastante meninas participaram do coral escolar.

29. Assinale a alternativa que apresenta a concordância nominal correta nos períodos 1 e 2.

a) 1. Seguem anexas as cópias requeridas. 2. Seguem anexo ao contrato os recibos.b) 1. Visitei um bairro e uma rua exótica. 2. Visitei um vilarejo e uma cidade exóticos.c) 1. É proibido a entrada de animais de grande porte. 2. É proibida a entrada de crianças menores de sete anos.d) 1. “Muito obrigado”, disse Carolina, “adorei o presente.” 2. “Muito obrigado”, disse o rapaz, “você nos ajudoumuito.”

GABARITO01 B 11 C 21 D02 A 12 D 22 E03 B 13 A 23 C04 B 14 D 24 D05 C 15 B 25 C06 B 16 C 26 D07 B 17 C 27 A08 D 18 D 28 D09 C 19 C 2910 B 20 A

15.9 REGÊNCIA

01. De acordo com a norma culta, quanto à regência verbal, assinale a alternativa em que uma das orações está incorreta.

a) “João reparou o carro.” “João reparou no carro.”b) “Mandei-o comprar um livro.” “Mandei-lhe comprar um livro.”c) “Ouvi-o dizer isto de você.” “Ouvi-lhe dizer isto de você.”d) “A atitude dele implicará consequências graves.” “A atitude dele implicará em consequências graves.”

02. Quanto à regência, assinale a alternativa incorreta.

Informe-lhes as mudanças ocorridas.

Informo aos professores o novo currículo.Informe os interessados sobre o próximo concurso.Informo-os que o novo currículo entrará hoje mesmo em vigor.

03. Dos pares abaixo, assinale a alternativa que apresenta mudança de transitividade do verbo, sem alteração de sentido.

a) 1 – A mãe agradava os filhos constantemente. 2 – “Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar.”b) 1 – Desesperado, chamava pelos santos. 2 – A professora chamou os alunos para a recreação.c) 1 – A humanidade anseia por dias melhores no novo milênio que se inicia. 2 – “Ressuscitava-me (...) Porque sou poeta / E ansiava um futuro.d) 1 – O médico assistiu à morte do paciente. 2 – O médico assistiu o paciente que morria.

04. Assinale a alternativa que completa corretamente a frase abaixo.

Carência ____ amor, recursos e orientação fazem os menores abandonados revoltarem-se ____ a sociedade.

a) de – contra b) com – parac) de – sob d) sob – com

05. De acordo com a norma culta da língua, quais dos períodos abaixo apresentam regência correta?

I – Preferia mil vezes estar em casa do que ir ao estádio.II – Chamaram o pobre homem de ladrão.III – Informe o delegado sobre o acidente.

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III.

06. Observando a regência dos verbos em destaque no trecho a seguir, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:

“Excesso de leis atrapalha _____vida do País e impede _____ popu-lação _____saber_____ que as normas deve obedecer.”

Obs.: Ø significa que não há preposição ou artigo.

a) a- a- de- ab) à- a- para- àc) a- à- Ø- Ød) Ø- à- Ø- sobre

07. Assinale a alternativa cuja regência nominal não está de acordo com a norma culta.

a) Seus olhos andavam saturados de ódio das pessoas que o atormen-tavam.b) Era maravilhoso ficar ali, olhinhos brilhando, boca aberta, prestando atenção às estórias que vovô contava.c) A mãe andava atarefada em preparar os festejos de fim de ano. Era preciso entendê-la.d) Ela andava a lançar olhares lânguidos aos rapazes; fazia-o de modo propositalmente ofensivo para a época.

08. Assinale a alternativa cuja regência contraria a norma culta da lín-gua.

a) Renunciou ao cargo de diretor.b) Assistia ao desfile todos os anos.

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c) Teria de ir à casa daquele corrupto!d) Prefiro muito mais cerveja do que vinho.

09. Preencha as lacunas adequadamente e assinale a alternativa correta.

A pobre vítima era querida _______ todos, leal ______ os amigos e útil _______ a empresa em que trabalhava.

de – com – parapor – para – comde – para com – entrepor – com – sobre

10. Observe:

“Os funcionários antigos implicavam com os novos, pois estes, segundo comentários, aspiravam os cargos de chefia. Mas pre-cisaram de seu trabalho e acabaram aceitando-os. “No texto acima, há um verbo cuja regência está INCORRETA.

Identifique-o.

implicaraspirar precisaraceitar

11. Assinale a alternativa incorreta quanto à regência verbal.

a) Ronaldinho, conhecido como o Fenômeno, respeita seus adversários.b) Simpatizo sempre com os que têm uma posição conciliadora.c) Como as penas são leves, muitos desobedecem os regulamentos de trânsito.d) Preciso informar aos clientes os novos preços das embalagens.

12. Assinale a alternativa em que a regência verbal está incorreta.

a) “A beleza de seu sorriso eu já me esqueci.” b) “Pra você eu guardei um amor infinito.”c) “Todo dia ela faz tudo sempre igual.”d) “Eu só peço a Deus um pouco de malandragem.”

13. Assinale a alternativa que apresenta regência nominal incorreta em relação aos termos destacados.

a) “Este filme é impróprio para menores de quatorze anos.”b) “Você me deixou mal-acostumado com o seu amor.”c) “Concurso para bacharel em Direito.”d) “Fumar é prejudicial para a saúde.”

14. Observe as sentenças:É possível viver em sociedade sem respeito aos direitos humanos?Não estamos acostumados a tantos palavrões.Tenho devoção por futebol.Estou curioso de saber o resultado da prova.

Em relação à regência nominal, pode-se afirmar que estão corretas

a) I, II, III e IV. b) I e II apenas.c) II e III apenas.d) III e IV apenas.

15. A regência nominal está incorreta em:

Minha admiração por ele é muito grande.Mário de Andrade é contemporâneo de Santos Dumont.Sou-lhe grato por tudo que ele fez por mim.Ela estava acostumada por joias caras.

16. Substitua os verbos destacados pelos verbos entre parênteses, fazen-do as modificações necessárias quanto à regência.

I. Todos os candidatos desejam a aprovação no concurso. (aspirar)II. O atendente assinou a minha documentação rapidamente. (visar)III. Tanta corrupção e desperdício acarretam a falência da empresa. (im-plicar)

Assinale a alternativa que indica a correta regência verbal, conforme a norma culta.

aspiram à, visou a, implicam aaspiram a, visou a, implicam aaspiram a, visou à, implicam naaspiram à, visou à, implicam na

17. Assinale a alternativa em que há erro de regência verbal.

a) Torci por todos os atletas brasileiros no Pan-americano.b) O gerente do Banco visou o cheque do empresário.c) Alguns pais castigam aos filhos sem motivo.d) O galã da TV não agradou aos espectadores.

18. Qual par de frases não apresenta erro de regência verbal?

a) I - A mãe agradou ao filho choroso no colo. II - As palavras do orador agradaram ao público.b) I - A professora chamou-o de inteligente. II - O técnico chamou ao jogador de indisciplinado.c) I - O garoto queria muito bem ao pai. II - “Não lhe quero mais aqui”, bradou a moça enfurecida.d) I - Ela sempre o perdoa as palavras rudes. II - Perdoamos aos empregados todas as dívidas.

19. Segundo a norma culta, há erro quanto à regência do verbo aspirar em:

a) Ao chegar à fazenda, Iolanda aspirou o ar puro do campo.b) Joana aspirava um bom emprego há anos.c) Qual moça não aspira a um casamento sólido?d) De manhã, o raio de sol já aspirara o perfume das flores.

20. Coloque C (certo) ou E (errado) quanto à regência verbal. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Prefiro jogar vôlei do que futebol.( ) Ela não obedeceu ao regulamento.( ) Chegamos ao ponto desejado.( ) Lembrou do aniversário do irmão.

a) E, E, C, Eb) C, C, E, Cc) E, C, C, Ed) C, E, E, C

21. Coloque C (certo) ou E (errado) quanto à regência verbal, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Você não deve prejudicar os amigos.( ) Notificaram-lhe sobre o aluguel do apartamento.( ) Quero muito aos meus irmãos.( ) Informe aos clientes dos novos preços.a) C – E – C – E b) C – E – E – C c) E – C – E – C d) E – C – C – E

22. Assinale a alternativa em que NÃO ocorre erro de regência.

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a) Não tenho nenhuma simpatia com ela.b) Ele não tem capacidade por fazer o trabalho.c) Com antipatia pelas pessoas, nada se consegue. d) A decisão do juiz foi favorável para com o réu.

23. Observe:

I – Ele contou uma história análoga à de seu antigo professor.II – As ideias dela eram incompatíveis com as minhas.III – Contar a verdade é sempre preferível do que mentir.IV – Residente na cidade, nunca visitou o campo.V – Ninguém está imune por explosões de temperamento.

A sequência que contém somente frases corretas quanto à regência nominal é

a) I, II, e IIIb) III, IV e Vc) II, III e IVd) I, II e IV

24. Assinale a alternativa cuja sequência completa corretamente as frases.

Aquele político foi afável .......... meu pai.Permanecia imóvel, alheio ..........tudo ao redor.Estavam todos ávidos .......... solucionar o problema.Imbuído .......... boas intenções, procurou professores.

com, a, por, depor, de, para, coma, com, de, porde, por, com, para

25. Assinale a alternativa que substitui correta e respectivamente as palavras destacadas.

I – Ele esqueceu-se do compromisso e não pagou ao médico.II – Ele aspirava a um cargo mais elevado.III – O governo assiste os flagelados.IV – Lincoln namora Eduarda há anos.

a) lhe – a ele – os – a b) a ele – a ele – lhes – ac) lhe – lhe – lhes – a elad) a ele – lhe – a eles – a ela

26. Assinale a alternativa em que a regência verbal contraria a Norma Culta.

a) Perdoo-lhe os erros, pois são humanos.b) Aspiro a um cargo na empresa de meu pai.c) Informe aos alunos as notas.d) O banco não paga os empregados desde janeiro.

27. Assinale a alternativa em que a regência verbal da frase corresponde ao que se especifica entre parênteses, obedecendo à norma padrão.

A menina tem o costume de agradar ao cachorro quando chega da esco-la. (A menina sempre faz carinho em seu cachorro)O traidor implicou o inocente no crime. (O inocente foi envolvido no crime pelo traidor.)Há anos aspiramos uma mudança significativa no governo. (Nós dese-jamos uma mudança no governo)A namorada fez-lhe uma chocante declaração: “Na verdade, nunca lhe quis.”. (A namorada confessou ao rapaz que nunca sentiu desejo por ele.)

28. Marque a alternativa em que o uso do pronome oblíquo em destaque não corresponde à regência pedida pelo verbo.

a) Que saudade! Há quanto tempo não lhe vejo!b) O meu ódio a ela crescia e me sufocava.c) A voz potente dominava os frascos, vencia-os.d) Só o amor nos pode trazer a superação das

29. Assinale a alternativa correta quanto à regência nominal.

a) A vida, mesmo difícil, é preferível do que a morte.b) O aluno estava ansioso em fazer logo as provas finais.c) O diretor tinha imensa capacidade em dirigir o educandário.d) Os soldados devem obediência para o oficial.e) Os residentes em ruas isoladas sofrem com medo de ladrões.

30. Ocorreu erro de regência em:

a) O candidato custou para aceitar o resultado.b) Prefiro futebol a basquete.c) Ela não simpatizou com o menino.d) Lembrou—me o assunto.Quero a meu irmão.

31. Para completar a frase “Prefiro ler ___ assistir a um progra-ma de TV”, usaríamos:

a) mais do queb) àc) ad) do quee) que

32. As orações abaixo podem apresentar erros de concordância nomi-nal, regência verbal ou colocação de pronomes. Apenas uma alternativa contempla uma oração gramaticalmente correta. Assinale-a.

a) Um laudo duvidoso de uma pseuda-perita não pode ser lavado em consideração.b) Por ser esta uma decisão difícil, oxalá o momento encontre-vos preparados.c) Embora meio cansada pela longa noite de vigília, a juíza encontrava forças bastantes para conduzir a audiência.d) Enquanto seguia a audiência, permaneciam silenciosas a juíza, as partes, as testemunhas e os advogados.

33. Segundo a norma culta, há erro de regência verbal em:

a) Preciso aspirar seu perfume de flores.b) Adélia visava ao cargo de diretora do clube.c) Esqueci-me de minha pasta sobre a mesa.d) Ele sempre obedece os sinais de trânsito.

GABARITO01 D 12 A 23 D02 D 13 D 24 A03 C 14 A 25 A04 A 15 D 26 D05 C 16 A 27 B06 A 17 C 28 A07 C 18 A 29 E08 D 19 B 30 A09 B 20 C 31 C10 B 21 A 32 C

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

11 C 22 C 33 D

15.10 CRASE

01. Assinale a alternativa em que o acento indicador de crase está em-pregado corretamente.

O paciente, quase sem forças, tomou o remédio gota à gota.Dirijo-me à Vossa Senhoria a fim de solicitar-lhe ajuda.Foi servido aos convidados delicioso arroz à grega.Ao receber o presente, começou à sorrir.

02. Complete as lacunas das frases 1 com as devidas prep-osições, observando a ocorrência de contrações. Após, assinale a alternativa em que a frase 2 correspondente não apresenta o fenômeno da crase.

a) 1 – Esteve _____ praia no domingo. 2 – Foi _____ praia no domingo.b) 1 – Esteve _____ Argentina no último dia 15. 2 – Foi _____ Argentina no último dia 15.c) 1 – Esteve _____ Guaratinguetá hoje de manhã. 2 – Foi _____ Guaratinguetá hoje de manhã.d) 1 – Esteve _____ aquela igreja no Natal passado. 2 – Foi _____ aquela igreja no Natal passado.

03. “ (...) Nós não podemos dar continuidade à sua candidatura.” Com relação ao acento indicativo da crase, no trecho grifado, é correto afirmar que

a) é opcional porque está diante de pronome possessivo.b) é obrigatório porque está diante de pronome feminino.c) é obrigatório porque o substantivo exige a preposição a .d) é opcional por estar posterior a um substantivo.

04. Observe:

“Marina nunca ia à(1) festas. Preferia ficar em casa à (2) noite, lendo ou ouvindo música. Algumas vezes, porém, ficava à (3)janela à (4) con-templar a natureza.”

No texto acima, o acento indicador de crase foi empregado INCOR-RETAMENTE em

a) 1 e 2.b) 2 e 3.c) 1 e 4. d) 3 e 4.

05. Coloque C (Certo) ou E (Errado) para o emprego do sinal indicador de crase e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

I- “Seixas trabalha arduamente até conseguir a quantia que recebera como sinal pelo “acordo”. Depois devolve os cem mil réis à esposa ( ) e se despede.”II- Considerando às ( ) vantagens do cargo, ele o ofereceu à ( ) seu amigo.III- “Tudo, daí em diante, foi burburinho que depressa passou à gritaria ( ).”

a) C – E – E – C b) C – E – C – Cc) E – C – C – Ed) E – C – E – E

06. Complete as lacunas com a ou à e assinale a alternativa com a se-quência correta.

“O crime aconteceu _____ cem metros do seu nariz, e nada _____ fez mover-se em direção _____ delegacia; preferiu calar-se _____ compro-meter-se.”

a) a, a, à, a b) à, à, a, àc) à, a, a, a,d) a, à, à, a

07. Observe as orações seguintes.

I- A pobre louca punha-se à gritar com a chegada da noite.II- “Parabéns à você nesta data querida.”III- Refiro-me às vendedoras de lojas.IV- Certos políticos agem às ocultas.

Quanto ao emprego do sinal indicador de crase, estão corretas apenas as frases

a) I e II.b) III e IV.c) I e III.d) II e IV.

08. Assinale a alternativa em que o acento indicador de crase está em-pregado corretamente.

a) Ele sempre preferiu dirigir à noite.b) Meus pais evitam fazer compras à prazo.c) A população está disposta à colaborar com os agentes de saúde.d) Não tive coragem de revelar o segredo à ninguém.

09. Leia:

“Pediu a ela que fizesse silêncio. Em seguida, disse: ‘Atendendo a pedi-dos e disposto a falar, vou contar o fato a senhora. Não me obrigue a dizer aquilo que não quero. Só revelarei o possível.’’

No texto acima, apenas um a deve receber o acento grave. Assinale, portanto, alternativa que apresenta o segmento com a devida ocorrência da crase.

“Pediu à ela que fizesse silêncio.”“Atendendo à pedidos e disposto a falar.”“vou contar o fato à senhora.” “não me obrigue à dizer.”

10. O acento indicador de crase foi empregado incorretamente em:

“Quando Ismália enlouqueceu, pôs-se na torre à sonhar.“Às vezes sobe os ramos das árvores e de lá chama a virgem pelo nome.”“Às onze horas da noite, o comandante recolhera-se num beliche de passageiro.”“Mas o homem não permitia que ele abandonasse o trabalho e se diri-gisse àquele sítio.”

11. Assinale a alternativa em que o acento indicador de crase foi empre-gado incorretamente.

a) À beira da piscina estava invadida de lodo e insetos. b) Fui inúmeras vezes à casa de Luísa, mas não a encontrei.c) Não quis ir àquela festa com receio de encontrar o ex-marido.d) À distância de duzentos metros, o atirador conseguiu acertar o alvo.

12. Quanto ao uso da crase, assinalar a alternativa correta.

a) Fui a uma exposição de quadros à óleo.b) Corria à cem quilômetros por hora.c) Retirou-se às tontas da reunião.

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d) Prefiro doces à salgados.

13. Assinale a alternativa errada quanto a acento de crase.

a) À ela não devo nada.b) Às vezes vou ao cinema.c) O marginal fugiu às pressas.d) Muitos vivem à toa nas ruas.

14. Complete corretamente as lacunas, observando a ocorrência ou não da crase.

.......... ideia de guerreiro liga-se .......... ideia de pessoas fortes e frias

.......... quais não há obstáculos. Tal ideia não corresponde .......... rea-lidade das dores, dos medos, da vida .......... ser vencida diariamente.

A - à - às - à - aÀ - à - as - a - aÀ - a - às - à - àA - a - às - a - à

15. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas do texto abaixo.

Existe uma ideia ...... ser explorada e colocada .... disposição dos alunos que chegam defasados .... escola, sem preparo para .... provas.

a) à, à, a, asb) a, à, à, as c) à, a, à, àsd) a, a, a, às

16. Quanto ao acento indicador de crase, coloque (1) uso obrigatório, (2) uso facultativo e (3) sem ocorrência. A seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Todos se referiam a invasão dos tubarões.( ) Saíram os dois correndo as gargalhadas.( ) Convido-vos agora a voltar aos vossos lugares.( ) Fui até a loja, mas não estava aberta.

a) 1, 3, 3, 1b) 3, 2, 2, 3c) 2, 3, 1, 1d) 1, 1, 3, 2

17. Assinale a alternativa em que o segmento destacado está incorreto quanto ao acento indicador da crase:

“Às sete horas, o calor era insuportável. Às moscas denunciavam a sujeira do local. À medida que o tempo passava a situação tornava-se insuportável. Às vezes, temos a impressão de que somos sufocados pelo ambiente.”

a) ”Às sete horas...”b) “Às moscas...”c) “À medida que...”d) “Às vezes...”

18. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase abaixo.

“.......... alpinista ninguém desobedecia, todos escalavam .......... passos firmes, pois aquilo era o sonho .......... qual aspiravam.

A - a - aoÀ - a - ao

À - à - oA - à - a

19. Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas abaixo.

I – O comandante enviou dinheiro __ instituições beneficentes.II – A pessoa __ que fiz referência não esteve presente ao debate.III – Esta casa é igual __ que meu pai construiu no interior.IV – A loja estava __ moscas quando o gerente chegou.

a) a – a – à – às b) à – a – à – àsc) às – à – a – asd) à – à – à – às

20. Assinale a alternativa em que não ocorre a crase.

a) Usava sapatos à Luís XV.b) Gostava de andar à cavalo.c) Elaborou um texto à Machado de Assis.d) Chegamos à uma hora.

21. Assinale a alternativa em que a modificação gramatical, quanto à ocorrência da crase, feita no título não muda o objetivo do texto.

Ode a Lord Byron/ Ode à Lord ByronA descoberta da natureza/ À descoberta da natureza.Um canto a Marília/ Um canto à Marília.A bela da tarde/ À bela da tarde.

22. Marque a alternativa em que, ao se colocar o sinal indicativo de crase, o sentido do que se quer dizer é alterado.

a) Vamos até as últimas consequências para atingir nosso objetivo.b) Bateu a porta, gritando por socorro.c) Não direi a minha amiga o segredo que me foi revelado.d) Agradeço a Marilda, minha mãe, pelas minhas conquistas.

23. Assinale o único item incorreto quanto ao emprego do acen-to indicativo da crase:

a) Os alunos assistiram à aula em silêncio.b) Ele correu às cegas pelo campo.c) Sentou-se à máquina e pôs-se a escrever.d) Prefiro esta oferta àquela.A decisão fica à critério da banca.

24. A sentença em que a palavra sublinhada deveria receber o acento grave indicativo de crase é:

a) A melhor maneira de se conversar é frente a frente.b) Nunca se assistiu a tanta penúria como agora.c) Ainda voltarei a essa cidade.d) Todos se sentiram a vontade para a missão.e) Tenho horror a discussões inúteis.

25. Assinale a alternativa onde não há erro:

a) À medida que falava, à plateia ficava inquieta.b) Chegamos a tarde e saímos às pressas.c) Os lutadores ficaram frente à frente.d) Todos começaram à falar alto.Ele comprou um sapato à Luís XV.

26. Houve erro no uso do acento grave em:

a) Voltei à casa de meu pai.b) Assiste àquele jogo em casa.

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c) O caminhão está à frente.d) A praia a qual iremos é linda.e) Sua camisa é igual à que ganhei.

27. Marque a alternativa que preenche corretamente as lacunas em relação ao uso do sinal indicativo de crase:

___ noite fui __ pé __ casa de meu amigo.

à – a – à;a – a – a;a – à – a;à – à – à;à – à – a

28. Assinale a alternativa em que o emprego da crase é facultativo.

Os estudos mostram também que mesmo o casamento pode representar para as mulheres uma forte limitação às suas ambições profissionais.O depoimento da voluntária deve ser visto à luz do processo de emanci-pação da mulher ocidental, fortemente impulsionado pelas campanhas desenvolvidas na América do Norte, a partir da década de 60.Essas mulheres que vão ficar face à face com o perigo trabalham, têm família, mas, por livre escolha, sua vida inclui um item que não consta da rotina das outras mortais: a aventura.Elas estiveram em um dos teatros de operação da II Grande Guerra e voltaram à terra natal conscientes de que haviam cumprido uma nobre missão.

29. A utilização do acento grave que indica a crase depende do conheci-mento de determinadas regras. Em relação ao emprego ou não da crase, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Antes que chegassem à casa, apertou-a nos braços.b) Calçava sapatos à Luís XV.c) Os alunos permaneceram indiferentes àquele evento.d) O avô fechou a porta a chave.

30. Assinale a série que completa correta e respectivamente o perío-do: “Limpei _______ cozinha, pois o camarão ______ baiana sujou bastante o fogão, e arrumei-me ______ pressas para namorar.”

a) à – a – asb) a – a – àsc) à – à – asd) a – à – às

31. Coloque C (Certo) ou E (Errado) para o uso do acento indi-cador de crase e, a seguir, assinale a sequência correta.

Se o empresário desse à ( ) ela aquela joia, certamente Maria começaria à ( ) chorar de felicidade, pois seu maior desejo era tornar-se igual às ( ) pessoas distintas.

a) C – E – C b) E – C – E c) E – E – C d) C – C – E

GABARITO

01 C 12 C 22 B02 C 13 A 23 E03 A 14 A 24 D04 C 15 B 25 E

05 A 16 D 26 D06 A 17 B 27 A07 B 18 B 28 A08 A 19 A 29 A09 C 20 B 30 D10 A 21 C 31 C11 A

15.11 CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO

01. Assinale a alternativa em que não há conotação.

a) “...Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica ; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor...”b) “Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Eu não sabia o que era oblíqua, mas dis-simulada sabia...”c) “Por ser ignorante, era obrigada na datilografia a copiar letra por letra (...) ela era incompetente. (...) Faltava-lhe o jeito de se ajeitar.” d) “Na verdade, humor é uma análise crítica do homem e da vida. Uma análise não obrigatoriamente comprometida com o riso, uma análise desmistificada, reveladora, cáustica...”

02 .Leia as frases abaixo.

I – “Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias.” ( Marina Colasanti)II – “Deixaram o crânio na janela da aposentada e voltaram de manhã para observar.” (Moacyr Scliar)III – “Essas pessoas são farinha do mesmo saco.”

Há conotação apenas ema) I. b) II e III.c) I e III. d) I e II.

03. Não há conotação em:

a) Aquela serra nua foi cenário de muitos filmes.b) As almas sensíveis são pandeiros nas mãos dos grandes escritores.c) Tudo pronto para o espetáculo: os dois times já estão no tapete verde.d) O gesto feito pelo homem foi reconhecido mundialmente.

04. Nas alternativas abaixo, assinale aquela em que não há conotação.

a) “O Justo não me consagrou Pão de Vida, nem lugar me foi dado nos altares.”b) “ É mais estranho do que todas as estranhezas que as cousas sejam realmente o que parecem ser.”c) “...e muita fonte, posta à beira das veredas, jorrava por uma bica, beneficamente, à espera dos homens e dos gados...”d) “Mareiam a sua obra poemas sem relevo nem músculo, versalhada que escorre desprovida de necessidade artística.”

05. Todas as alternativas apresentam conotação, exceto:

a) “Mostra-lhe o tambor de salitre e brisa que rufa sozinha entre os arquipélagos se sua pobreza.” (Ivo Lêdo)

b) “Bendito sejas tu, a quem certo, devemos

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a grandeza real de tudo quanto temos! Sonha em paz! Sê feliz! E eu que fique de joelhos”(Ciro Costa)c) “Ave Maria – lento o bronze soa Com voz que ecoa na longínqua serra”

d) “No tronco mais verde, Que no prado houvesse, Amor me mandou Seu nome escrevesse” (Tomás A. Gonzaga)

06. Assinale a alternativa em que o emprego das palavras está no sen-tido denotativo.

“Entre para uma sociedade com fins lucrativos: os seus.”“Um olhar diz muito: tecnologia e um som impressionante.”“Os vilões descem a rua, misturando a música e os passos nas pedras.”“Lama escorrega. Pedra escorrega. Melhor não escorregar na escolha do tênis.”

07. Em qual das alternativas NÃO ocorre conotação?

a) “Você não sai da minha cabeça E minha mente voa.”b) “Deixe que as mãos cálidas da noite encontrem o olhar extático da aurora.”c) “E quando um homem já está de partida, a curva da vida ele vê.”d) “Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água.”

08. Assinale a alternativa em que não há conotação.

“Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,Assim é que são:Às vezes luzindo, serenos, tranquilos,Às vezes vulcão!”“Sinto que nós somos noite,que palpitamos no escuroe em noite nos dissolvemos.”“Junto do leito, meus poetas dormemNa mesa confundidos. Junto delesMeu velho candeeiro se espreguiçaE parece pedir a formatura.”“O sol despontaLá no horizonte,Iluminando a fonte,E o prado e o monteE o céu e o mar.”

09. Assinale a alternativa em que as palavras foram usadas no sentido denotativo.

a) Enquanto o córrego chorava, a natureza se vestia de verde.b) O vento varria os telhados e as ruas naquela tarde fria.c) Os barracos pedem socorro à cidade a seus pés.d) No fundo do poço, aquele homem encontrou um tesouro.

10. Em “O fogo do meu isqueiro é praticamente frio diante do fogo da minha paixão por aquela mulher.”, a palavra destacada apresenta-se, respectivamente, no sentido

a) denotativo – denotativo.b) conotativo – conotativo.c) denotativo – conotativo.d) conotativo – denotativo.

GABARITO01 C 06 A02 C 07 D03 D 08 D04 D 09 D05 C 10 C

15.12 FIGURAS DE LINGUAGEM

01. “As árvores gesticulavam alegres diante da estação colorida que se aproximava.”

O texto acima apresenta a seguinte figura de linguagem:

a) antítese b) metáforac) pleonasmod) prosopopeia

02. No período: “Hoje o samba saiu procurando você/ Quem te viu/ Quem te vê/ Quem não a conhece não pode mais ver pra crer...” a figura de linguagem encontrada no texto acima é a

a) pleonasmob) prosopopeia. c) metonímia.d) metáfora

03. Assinale a alternativa em que não ocorre metáfora.

a) “Que há entre a vida e a morte? Uma curta ponte.” (Machado de Assis)b) “Viver é muito difícil. A maioria das pessoas apenas existe.” (Oscar Wilde) c) “A vida não consiste em ter boas cartas nas mãos, mas em jogar bem as que temos.” (Josh Billings)d) “A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforma o material de que somos feitos.” (G.B Shaw)

04. Observe:

“Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaídoNum baixo mar enganador de espumaE o grande sonho despertado em bruma,O grande sonho - ó dor - quase vivido. “

No texto acima, há antítese em

a) assombro / paz.b) mar / dor.c) espuma / bruma.d) sonho / mar.

05. Observe as frases:

1- Os riachos pareciam sussurrar palavras de amor.2- No horizonte, espreita-nos o caos.3- Abriram todas as janelas que havia no mundo.4- Após a tempestade, calaram-se finalmente os céus.

Pode-se afirmar que a figura de linguagem Prosopopeia aparece apenas nas seguintes frases:

a) 1, 2 e 3.

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b) 1, 2 e 4.c) 3 e 4.d) 1 e 2.

06. Em “As chaminés deveriam ir para fora das metrópoles.”, ocorre a figura de linguagem denominada

a) hipérbole.b) catacrese.c) antítese.d) metonímia.

07. Em“No verde à beira das estradas,maliciosas em tentação,riem amoras orvalhadas.”

Ocorre, na expressão em destaque, a figura de linguagem denominada

a) antíteseb) hipérbolec) prosopopeiad) eufemismo

08. Assinale a alternativa em que a expressão grifada não está emprega-da com sentido metafórico.

a) “O céu azulado, um manto azulado.”b) “Amigo! O campo é o ninho do poeta.”c) “Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor...”d) “O uivo rouco dava-nos a ideia do enorme porte do animal sel-vagem.”

09. Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está classificada corretamente.

a) Antítese – O coração de Teresa estava mentindo.b) Metáfora – “Incêndio – leão ruivo ensanguentado.”c) Pleonasmo – Ele riu frouxamente um riso sem alegria.d) Eufemismo – Com a alma purificada, ele partiu para a eternidade.

10. Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem entre parênteses.

a)“Eu, praia linda e nua Ventando de paixão.” (pleonasmo)b) “As nuvens são cabelos crescendo como rios.” (prosopopeia)c) “O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca retornou.” (metonímia)d) “Nós somos medo e desejo somos feitos de silêncio e som tem certas coisas que eu não sei direito.” (antítese)

11. Assinale a alternativa em que não ocorre metáfora.

a) “Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta.”b) “São pedaços de marfim os seus dentes delicados.”c) “Eram aqueles antigos livros consultados diariamente.”d) “O rio para mim era um cinema.”

12. Relacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.

(1) Metonímia(2) Prosopopeia(3) Antítese(4) Metáfora

( ) Um frio inteligente percorria o jardim.

( ) Onde queres prazer eu sou o que dói.( ) Ele sempre lê Machado de Assis.( ) Teu corpo é brasa do lume.

a) 3 – 2 – 1 – 4b) 3 – 1 – 2 – 4c) 2 – 3 – 4 – 1d) 2 – 3 – 1 – 4

13. Nos versos abaixo, uma figura se ergue garças ao conflito de duas visões antagônicas:“Saio do hotel com quatro olhos,Dois do presente,Dois do passado.”

Essa figura de linguagem recebe o nome de:

a) metonímiab) prosopopeiac) metáforad) antítese

14. Qual das alternativas abaixo não corresponde à figura entre parên-teses?

a) Enriqueceu por meios ilícitos. (eufemismo)b) Adora macarrão, por isso comeu três pratos”. (metáfora)c) “Palmeiras se abraçavam fortemente.Suspiram, dão gemidos, soltam ais.” (prosopopeia)d) Apaixonado pela literatura, conhecia Camões a fundo. (metonímia)

15. Indique a alternativa em que o exemplo dado não corresponde à figura de linguagem pedida:

a) Metáfora: Incêndio – leão ruivo ensanguentado.b) Prosopopeia: As ondas do mar gritam e gemem ao encontro das pe-dras.c) Antítese: Guerra nas estrelas é o maior filme de todos os tempos!d) Metonímia: Ler Machado de Assis é conhecer um dos maiores de nossa literatura.

16. Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.

a) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dis-solvem…” (Drummond)c) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)d) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)

GABARITO01 D 05 B 09 A 13 D02 B 06 D 10 D 14 B03 B 07 C 11 C 15 C04 A 08 D 12 D 16 E

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

16. QUESTÕES EXTRAS BANCA INCAB

01) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Delegado de Polícia Assunto Interpretação de Textos

Não raro as palavras “moral” e “ética” aparecem num mesmo contexto e, às vezes, são erroneamente entendidas como sinônimos. A primeira tem caráter prático, relativo e restrito a determinada circunstância. Já a segunda é a reflexão filosófica sobre a moral, busca compreender sua ló-gica e justificá-la. É necessário reconhecer que a própria etimologia dos termos favorece dúvidas. [...] Podemos pensar que moral são as normas que devem ser seguidas e tem como objetivo regular o comportamento [...]. Já a ética expressa um conjunto de valores que orientam as ações com o fim de preservar o bem-estar coletivo.É possível dizer que, enquanto a ética é teórica, “filosófica”, a moral está associada à prática, ao cotidiano, à maneira como vivemos os princípios éticos. Subjacente aos dois conceitos há uma questão básica: a oposição entre o bem e o mal. Para a psiquiatria, a psicanálise e a maioria das abordagens psicológicas, porém , a visão maniqueísta é in-suficiente diante da complexidade humana. Muitas vezes, as supostas maldades - ou o que a priori seriam considerados gestos de bondade - surgem como sintomas de alguma patologia ou emergem de quadros psíquicos alterados. Além disso, se levarmos em conta a existência de uma instância psíquica inconsciente, que constantemente sabota nossas boas intenções (e quanto menos nos conhecemos mais o faz), fica ainda mais difícil estabelecer uma separação objetiva entre bons e maus.Friedrich Nietzsche (1844-1900), por exemplo, propõe pensarmos “para além do bem e do mal”. Escreve: “Pergunte aos escravos ‘quem é o mau’, e eles apontarão o personagem que a moral aristocrática considera ‘bom’, isto é, o poderoso, o dominador”. O filósofo alemão faz uma colocação muito pertinente: há sempre a perspectiva de quem julga, suas experiências e seus interesses. Como então lidar com essa multiplicidade de olhares possíveis sobre um mesmo objeto? Uma saí-da talvez seja lançar mão de um recurso bastante simples, a empatia, e fazermos o exercício (nem sempre cômodo ou fácil) de nos colocarmos no lugar do outro, procurando compreender seu ponto de vista - e sua dor. Buscando esse ponto que nos coloca em contato com o outro, tão diferente e ao mesmo tempo tão próximo, talvez seja mais fácil buscar em nós mesmos espaços psíquicos que comportem escolhas menos no-civas.(Rev. mentecérebro. Abril de 2011, p. 22.)A argumentação desenvolvida no texto está orientada no sentido de per-suadir o leitor a chegar à conclusão de que: a) a distinção entre ética e moral, em virtude da própria etimologia dos termos, não se faz sem muitas dúvidas. b) moral e ética mantêm em comum entre si o fato de apoiarem-se na oposição entre o bem e o mal. c) psiquiatria, psicanálise e psicologia, dada a complexidade humana, condenam uma visão maniqueísta da moral.d) a empatia, implicando a visão de alteridade, é talvez a saída para uma moral não contaminada de maniqueísmo.e) a perspectiva moral dos escravos vislumbrará sempre naqueles que os dominam a personificação do mal.

02) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Delegado de PolíciaAssunto Pontuação

Releia-se a seguinte passagem:

Não raro as palavras “moral” e “ética” aparecem num mesmo contexto e, às vezes, são erroneamente entendidas como sinônimos. A primeira tem caráter prático, relativo e restrito a determinada circunstância. Já a segunda é a reflexão filosófica sobre a moral, busca compreender sua lógica e justificá-la. (§1)Dentre as instruções de mudança de pontuação sugeridas a seguir, aque-la que a gramática condena é: a) usar o sinal de dois-pontos, em vez de vírgula, após “sobre a moral”.

b) usar vírgula entre “a segunda” e “é a reflexão filosófica sobre a mo-ral”.c) suprimir as vírgulas que sinalizam pausa antes e depois de “às vezes”.d) destacar, com o uso de travessões, o advérbio “erroneamente”.e) substituir por ponto e vírgula o ponto após “circunstância”.

03) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Delegado de PolíciaAssunto Interpretação de Textos

Texto para responder à questão.

Não são só ladrões os que roubam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões, que mais própria ou dig-namente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados; estes furtam e enforcam. Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos...” Ditosa a Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, um dita-dor por ter roubado uma província! E quantos ladrões teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes? De um chamado Seronato disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: Non cessat simul furta, vel punire, vel facere. Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer. Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só.(VIEIRA, Antônio. Sermões. In: MOTTA, Dantas. Primeira epistola de Jm. Jzé. da Sva. Xer. - o Tiradentes - aos ladrões ricos. Rio: Civilização Brasileira, 1967, p. s/n°)

Para persuadir o ouvinte a chegar a determinada conclusão, o falante, ao argumentar, recorre comumente a estratégias como as seguintes:1. justificara tese esposada.2. apoiar-se em fatos históricos.3. especificar, com exemplo, fato genérico.4. apelar para argumento de autoridade.

No texto apresentado, o autor recorre a:a) apenas 1 e 2.b) 1,2,3 e 4c) penas 3 e 4.d) apenas 1, 3 e 4.e) apenas 2.

04) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Delegado de PolíciaAssunto Sintaxe

Releia-se a seguinte passagem:

Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, VIU que uma grande tropa de varas e ministros de justiça LEVAVAM a ENFORCAR uns ladrões, e COMEÇOU a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos...” Ditosa a Grécia, que tinha tal pre-gador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não PADECERA a justiça as mesmas afrontas.

Em relação às formas verbais em destaque, carece de sustentação o co-mentário feito em:a) padecera/forma de mais-que-perfeito usada por “padecesse”.b) enforcar/ forma com valor de voz passiva = ser enforcados.c) começou / forma empregada como auxiliar de “bradar”d) viu / forma semanticamente equivalente a “tinha visto”.

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e) levavam/ forma substituível por levava”, sem erro de concordância.

05) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Investiga-dor de Polícia CivilAssunto Interpretação de Textos

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do ob-servador e do observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquia-tria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objeti-vamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já acontece-ram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas ca-racterísticas comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta.Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, pre-meditado, com ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% se-guras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a ima-gem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada.Em suma, a forma como as coisas fo-ram feitas revela muito da pessoa que as fez.(PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed.comemorativa), p. 82)

Para persuadir o ouvinte a chegar a determinada conclusão, em qual-quer matéria polêmica, recorre o falante a estratégias argumentativas variadas, tais como:1. deduções lógicas ou racionais2. comparações esclarecedoras3. ilustrações com passagens literárias4. exemplificação com dados reais

No texto apresentado, vale-se o autor de:

a) 1,2,3e4. b) apenas 3 e 4.c) apenas 1.2 e 4. d) apenas 1 e 2. e) apenas 3.

06) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Investiga-dor de Polícia CivilAssunto Interpretação de Textos

Na argumentação desenvolvida, a expressão “Claro que...”(§4) tem como fim introduzir: a) argumento em favor da tese que está sendo defendida. b) concessão a ponto de vista divergente da tese defendida. c) ponto de vista alternativo orientado para a mesma conclusão do texto.d) justificativa ou explicação de ponto de vista anterior.e) conclusão relativa a argumentos apresentados anteriormente.

07) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Investiga-dor de Polícia CivilAssunto Interpretação de Textos

Considere-se o seguinte período:

Mas, por outro lado, é na maneira como o delito FOI PRATICADO que SE ENCONTRAM características 100% seguras da mente de quem o praticou, A EVIDENCIAR fatos, tal qual a imagem fotográfica REVE-LA-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que FOI REGISTRADA.

Feitos eventuais ajustes indispensáveis, a substituição da forma verbal (em destaque) que altera fundamentalmente o sentido do enunciado está registrada em: a) a evidenciar/evidenciando. b) foi praticado/praticou-se. c) revela/tem revelado.d) foi registrada/se registrou.e) se encontram / são encontradas.

08) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Investiga-dor de Polícia CivilAssunto Interpretação de Textos

Em: “O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, QUE não admite variáveis?”, a oração introduzida pela conjunção “que” (em destaque) pode ser reescrita, sem alteração de sentido, como: a) de sorte a não admitir variáveis. b) ao não admitir variáveis.c) visto não admitir variáveisd) em virtude de não admitir variáveis. e) até não admitir variáveis.

09) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Investiga-dor de Polícia CivilAssunto Sintaxe

Ao substituir-se “um fato” por “fatos”, em: “existe um fato na Psicolo-gia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza”, preserva-se a norma de concordância verbal com a seguinte construção modalizadora: a) devem haver fatos.b) deve haver fatos. c) deve existir fatos. d) deve haverem fatose) devem existirem fatos.

10) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Investiga-dor de Polícia CivilAssunto Crase

Mantém-se o acento grave no “a” que se lê em: “portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral” com a substituição do com-plemento de “ligado” por: a) a possíveis disritmias psicocerebraís. b) a tal ou qual disritmia psicocerebral.c) a quaisquer disritmias psicocerebrais.d) a uma disritmia psicocerebral. e) a disritmia psicocerebral em pauta

11) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Escrivão de Polícia CivilAssunto Interpretação de Textos

O pronome (em destaque) empregado para fazer referência a elemento que se encontra, não no texto, mas fora dele é:a) revela-NOS exatamente algo.b) ISSO porque ha áreas.c) de quem O praticou.

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d) entendia o QUE fazia.e) ESSES dados.

12) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Escrivão de Polícia CivilAssunto Morfologia

Altera-se o sentido fundamental de: “algum estreitamento de consciên-cia, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a con-duta” com a substituição da preposição “em”, que rege o relativo “o qual”, por:a) no espaço de.b) no limiar de.c) na esfera de.d) no âmbito de.e) no domínio de.

13) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Escrivão de Polícia CivilAssunto Morfologia

No período: “E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte, temos em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, ele-mentos objetivos da mente de quem os praticou”, a conjunção “como” está empregada com o mesmo valor relacional que em:a) COMO estava ferido, pediu socorro.b) Procedia sempre COMO manda a lei.c) COMO’ um cão. vivia farejando pistas.d) Eis o modo COMO o delito foi praticado.e) Era um psiquiatra tão bom COMO o pai

14) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Escrivão de Polícia CivilAssunto Morfologia

Em: “O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, QUE não admite variáveis?”, a oração introduzida pela conjunção “que” (em destaque) pode ser reescrita, sem alteração de sentido, como:a) visto não admitir variáveis.b) até não admitir variáveis.c) em virtude de não admitir variáveis.d) ao não admitir variáveis.e) de sorte a não admitir variáveis.

15) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-PA | Prova: Papilos-copista Assunto Morfologia

No período: “E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte, temos em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, ele-mentos objetivos da mente de quem os praticou”, a conjunção “como” está empregada com o mesmo valor relacionai que em:a) COMO um cão. vivia farejando pistas.b) Eis o modo COMO o delito foi praticado.c) Procedia sempre COMO manda a lei.d) Era um psiquiatra tão bom COMO o paie) COMO estava ferido, pediu socorro.

16) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: SEGEP-MA | Prova: Agente Penitenciário (Médio)Assunto Interpretação de Textos

A Repartição dos Pães

Era sábado e estávamos convidados para o almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos. Cada um fora alguma vez feliz e ficara com a marca do desejo. Eu, eu queria tudo. E nós ali presos, como se nosso trem tivesse descarrilado e fôssemos obrigados a pousar entre estranhos. Ninguém ali me queria, eu não queria a ninguém. Quanto a meu sábado - que fora

da janela se balançava em acácias e sombras - eu preferia, a gastá-lo mal, fechá-la na mão dura, onde eu o amarfanhava como a um lenço. À espera do almoço, bebíamos sem prazer, à saúde do ressentimento: amanhã já seria domingo. Não é com você que eu quero, dizia nosso olhar sem umidade, e soprávamos devagar a fumaça do cigarro seco. A avareza de não repartir o sábado, ia pouco a pouco roendo e avançan-do como ferrugem, até que qualquer alegria seria um insulto à alegria maior.Só a dona da casa não parecia economizar o sábado para usá-lo numa quinta de noite. Ela, no entanto, cujo coração já conhecera outros sába-dos. Como pudera esquecer que se quer mais e mais? Não se impacien-tava sequer com o grupo heterogêneo, sonhador e resignado que na sua casa só esperava como pela hora do primeiro trem partir, qualquer trem - menos ficar naquela estação vazia, menos ter que refrear o cavalo que correria de coração batendo para outros, outros cavalos.Passamos afinal à sala para um almoço que não tinha a bênção da fome. E foi quando surpreendidos deparamos com a mesa. Não podia ser para nós...Era uma mesa para homens de boa-vontade. Quem seria o conviva real-mente esperado e que não viera? Mas éramos nós mesmos. Então aque-la mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos.A mesa fora coberta por uma solene abundância. Sobre a toalha branca amontoavam-se espigas de trigo. E maçãs vermelhas, enormes cenouras amarelas [...]. Os tomates eram redondos para ninguém: para o ar, para o redondo ar. Sábado era de quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem primeiro chegasse.Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher que lavava pés de est-ranhos pusera - mesmo sem nos eleger, mesmo sem nos amar - um ramo de trigo ou um cacho de rabanetes ardentes ou uma talhada vermelha de melancia com seus alegres caroços. Tudo cortado pela acidez espanhola que se adivinhava nos limões verdes. Nas bilhas estava o leite, como se tivesse atravessado com as cabras o deserto dos penhascos. Vinho, quase negro de tão pisado, estremecia em vasilhas de barro. Tudo diante de nós. Tudo limpo do retorcido desejo humano. Tudo como é, não como quiséramos. Só existindo, e todo. Assim como existe um campo. Assim como as montanhas. Assim como homens e mulheres, e não nós, os ávidos. Assim como um sábado. Assim como apenas existe. Existe.Em nome de nada, era hora de comer. Em nome de ninguém, era bom. Sem nenhum sonho. E nós pouco a pouco a par do dia, pouco a pou-co anonimizados, crescendo, maiores, à altura da vida possível. Então, como fidalgos camponeses, aceitamos a mesa.Não havia holocausto: aquilo tudo queria tanto ser comido quanto nós queríamos comê-lo. Nada guardando para o dia seguinte, ali mesmo ofereci o que eu sentia àquilo que me fazia sentir. Era um viver que eu não pagara de antemão com o sofrimento da espera, fome que nasce quando a boca já está perto da comida. Porque agora estávamos com fome, fome inteira que abrigava o todo e as migalhas. [...]E não quero formar a vida porque a existência já existe. Existe como um chão onde nós todos avançamos. Sem uma palavra de amor. Sem uma palavra. Mas teu prazer entende o meu. Nós somos fortes e nós comemos.Pão é amor entre estranhos.(LISPECTOR, Clarice. A legião estrangeira. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. O conto começa em tom de mistério sem apontar sentimentos dos personagens acerca da ação que realizam.II. Os convidados, além de seguirem o que manda a tradição, estabe-lecem uma relação de solicitude e aproximação entre si.III. O sábado para a narradora é um dia de obrigação, que encerra em si, tudo que é peso, amarras e prisão. Além disso, o almoço não passa de um ritual que acarreta desconforto.IV. Em meio a sentimentos negativos, ligados ao encontro da partilha efetuado ritualmente no sábado, apenas uma pessoa concebe-o de forma diferente, sacralizada: a dona da casa.

Está correto apenas o que se afirma em:

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a) I, III e IV. b) III e IV. c) II, III e IV.d) I, II e III. e) IV.

17) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: SEGEP-MA | Prova: Agente Penitenciário (Médio)Interpretação de Textos

No sentido literário, epifania é a percepção de uma realidade atordoante quando os objetos mais simples, os gestos mais banais e as situações mais cotidianas comportam iluminação súbita na consciência das per-sonagens.

No texto, o objeto que funciona dessa forma para a narradora é a(o): a) cigarro seco. b) sábado. c) mesa. d) dona da casa. e) cavalo.

18) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: SEGEP-MA | Prova: Agente Penitenciário (Médio)Assunto Interpretação de Textos

“ELA, no entanto, cujo coração já conhecera outros sábados.”

No contexto, o uso da forma destacada se justifica em razão de: a) trava um diálogo entre locutor e interlocutor, possibilitando a des-construção do que foi dito antes.b) fazer referência a um termo presente nas entrelinhas.c) faz referência a ideias que serão introduzidas no texto.d) estabelecer referência dependente com um termo antecedente, esta-belecendo coesão e evitando repetição.e) referir-se aos termos de fora do texto para dentro, em claro valor exofórico.

19) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: SEGEP-MA | Prova: Agente Penitenciário (Médio)Assunto Interpretação de Textos

Do ponto de vista da norma culta, a única substituição/mudança que poderia ser feita, sem alteração de valor semântico e linguístico, seria: a) ali mesmo ofereci o que eu sentia àquilo que me fazia sentir.” = ali mesmo ofereci o que eu sentia àquilo que fazia-me sentir.b) “Tudo cortado pela acidez espanhola que se adivinhava nos limões verdes.” = Tudo cortado pela acidez espanhola que adivinhava-se nos limões verdes.c) “Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos.” = Mas cada um de nós gostava demais de sábado para o gastar com quem não queríamos.d) “Só a dona casa não parecia economizar o sábado para usá-lo numa quinta de noite.” = Só a dona da casa não parecia economizar o sábado para usar-lhe numa quinta de noite.e) “Quanto a meu sábado - que fora da janela se balançava em acácias e sombras - eu preferia, a gastá-lo mal.” = Quanto a meu sábado - que fora da janela se balançava em acácias e sombras - eu preferia, do que gastá-lo mal.

20) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: SEGEP-MA | Prova: Agente Penitenciário (Médio)Assunto Interpretação de Textos

Em “Sábado era de quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem primeiro chegasse./ Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher que lavava pés de estranhos pusera - mesmo sem nos eleger, mesmo sem nos amar - um ramo de trigo ou um cacho de rabanetes arden-tes ou uma talhada vermelha de melancia com seus alegres caroços.” os elementos não possuem significação literal. Um ramo de trigo, por

exemplo, contextualmente, traduz a ideia de: a) materialidade.b) o dom da vida. c) enraizamento.d) alimento do corpo.e) permanência interior.

21) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: SEGEP-MA | Prova: Agente Penitenciário (Médio)Assunto Morfologia - Verbos

Sobre as formas verbais destacadas em “A avareza de não (1) REPAR-TIR o sábado, (2) A pouco a pouco roendo e avançando como ferrugem, até que qualquer alegria (3) SERIA um insulto à alegria maior.” a) duas formas situam um fato totalmente terminado em um momento passado.b) duas formas se desenvolvem ao momento que se fala.c) forma 3 enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um de-terminado fato passado.d) forma 1 aponta um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual; o 2 expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.e) três formas indicam um fato ocorrido antes de outro fato já termi-nado.

22) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: SEGEP-MA | Prova: Agente Penitenciário (Médio)Assunto Interpretação de Textos

O sentido contextuai da palavra destacada em “Não se impacientava SEQUER com o grupo heterogêneo.” é equivalente ao de: a) a priori.b) nem mesmo.c) quando menos. d) em tese.e) pelo menos.

23) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Téc-nico em radiologiaAssunto Interpretação de Textos

Como seremos amanhã?

Estar aberto às novidades é estar vivo. Fechar-se a elas é morrer estando vivo. Um certo equilíbrio entre as duas atitudes ajuda a nem ser antiqua-do demais nem ser superavançadinho, correndo o perigo de confusões ou ridículo.Sempre me fascinaram as mudanças - às vezes avanço, às vezes re-torno à caverna. Hoje andam incrivelmente rápidas, atingindo usos e costumes, ciência e tecnologia, com reflexos nas mais sofisticadas e nas menores coisas com que lidamos. Nossa visão de mundo se transforma, mas penso que não no mesmo ritmo; então, de vez em quando nos pega-mos dizendo, como nossas mães ou avós tanto tempo atrás: “Nossa! Como tudo mudou!”Nos usos e costumes a coisa é séria e nos afeta a todos: crianças muito precocemente sexualizadas pela moda, pela televisão, muitas vezes por mães alienadas. [...]Na saúde, acho que melhorou. Sou de uma infância sem antibióticos. A gente sobrevivia sob os cuidados de mãe, pai, avó, médico de família, aquele que atendia do parto à cirurgia mais complexa para aqueles dias. Dieta, que hoje se tornou obsessão, era impensável, sobretudo para cri-anças, e eu pré- adolescente gordinha, não podia nem falar em “regime” que minha mãe arrancava os cabelos e o médico sacudia a cabeça: “Nem pensar”.Em breve estaremos menos doentes: células-tronco e chips vão nos con-sertar de imediato, ou evitar os males. Teremos de descobrir o que fazer com tanto tempo de vida a mais que nos será concedido... [...]Quem sabe nos mataremos menos, se as drogas forem controladas e a miséria extinta. Não creio em igualdade, mas em dignidade para todos. Talvez haja menos guerras, porque de alguma forma seremos menos

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violentos. [...]As crianças terão outras memórias, outras brincadeiras, outras alegrias; os adultos, novas sensações e possibilidades. Mas as emoções humanas, estas eu penso que vão demorar a mudar. Todos vão continuar querendo mais ou menos o mesmo: afeto, presença, sentido para a vida, alegria. Desta, por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis, não podemos esquecer. Ou não valerá a pena nem um só ano a mais, saúde a mais, brinquedinhos a mais. Seremos uns robôs cinzentos e sem graça!( Lya Luft, Veja. São Paulo, 2 de março, 2011, p.24) Pela leitura do texto, compreende-se que: a) a descoberta das células-tronco e o uso dos chips poderão controlar as nossas emoções. b) as novas tecnologias são o maior desafio que o ser humano enfrenta no momento. c) sem antibióticos na infância, as crianças apresentavam menos doen-ças, como a obesidade.d) a obesidade infantil era vista como problema facilmente solucionado pelo médico de família. e) por mais que surjam novidades, o ser humano continuará desejando as mesmas coisas.

24) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Téc-nico em radiologiaAssunto Interpretação de Textos

Se no trecho “Hoje andam incrivelmente rápidas, atingindo usos e cos-tumes, ciência e tecnologia, com reflexos nas mais sofisticadas e nas menores coisas COM QUE lidamos.” for trocado o verbo lidar pelo ver-bo conversar, também será necessário trocar as palavras destacadas por: a) sobre as quais. b) pela qual.c) em que.d) cujas as.e) deque.

25) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Técni-co em radiologiaAssunto Sintaxe

Em uma das opções a seguir o termo destacado funciona como sujeito. Identifique-a.a) “Fechar-se a ELAS é morrer estando vivo.”b) “Sempre me fascinaram AS MUDANÇAS”c) “de vez em quando NOS pegamos dizendo”d) “Talvez haja menos GUERRAS”e) “ESTAS eu penso que vão demorar a mudar.”

26) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Técni-co em radiologiaAssunto Interpretação de Textos

“às vezes retorno à caverna.”, a autora faz uso de uma figura de lingua-gem chamada: a) metáfora. b) personificação.c) antítese.d) hipérbole.e) eufemismo.27) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Técni-co em radiologiaAssunto Pontuação

A última vírgula do trecho: “As crianças terão outras memórias, outras brincadeiras, outras alegrias; os adultos, novas sensações e possibilida-des.” foi empregada para: a) marcar o aposto.b) separar o vocativo.

c) separar elementos de mesma função sintática.d) indicara omissão de uma palavra. e) separar orações coordenadas.

28) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Auxi-liar administrativoAssunto Sintaxe

A conjunção destacada em: “Quem sabe nos mataremos menos, SE as drogas forem controladas e a miséria extinta.” introduz uma oração que expressa ideia de:a) causa. b) comparação. c) condição.d) conformidade e) consequência.

29) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Auxi-liar administrativoAssunto Interpretação de Textos

A conjunção destacada em “Nossa visão de mundo se transforma, MAS penso que não no mesmo ritmo”, pode ser substituída sem alteração de sentido, por: a) portanto.b) no entanto.c) por isso. d) logoe) por conseguinte.

30) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Psi-cólogoAssunto Interpretação de Textos

Texto para responder a questão.

O embondeiro que sonhava pássaros

Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bas-tante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve ma-terial que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas: – Mãe, olha o homem dos passarinheiros! E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava. Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensina-vam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Al-guém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés des-calços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito. Mas aquele ordem pouco seria desempenhada.[...] O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. O remédio, enfim, se haveria de pensar. No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em hu-

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milde desaparecimento de si: – Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora. Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravil-hosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos? O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receav-am as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces can-tos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inqui-etavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...] As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras fe-lizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...] Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Sur-giu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.(COUTO, Mia. / Cada Homem é uma raça:contos/Mia Couto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 – 71. (Fragmento). )

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. Mia Couto apresenta uma crítica ao estereótipo do negro, segregado pelos valores culturais que valorizam a cultura do colonizador.II. O passarinheiro não é bem-vindo no espaço porque explora os pássa-ros, vendendo-os às crianças que se enganam com sua bondade.III. A primeira vista, tem-se um passarinheiro, um homem que vende pássaros, um exilado no próprio território.IV. O primeiro drama exposto no conto é o paradoxo da falta de identi-dade do vendedor de pássaros.

Está correto apenas o que se afirma em: a) I e IVb) I, II e IV.c) I, II e III. d) II e IIIe) II, III e IV.

31) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Psi-cólogoAssunto Interpretação de Textos

Ao mesmo tempo em que o narrador apresenta, através do discurso in-direto livre, a reprovação dos moradores acerca da liberdade de o pas-sarinheiro circular pelas ruas do bairro, também mostra o encantamen-to causado pela presença do passarinheiro e seus pássaros na vida das crianças da comunidade. Nessa perspectiva, esse contraste de opiniões, reprovação e encantamento, está marcado, no texto, pela palavra/ex-pressão: a) Por trásb) Em verdade.c) Contudo. d) Afinal.e) Nem aquilo.

32) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Psi-cólogoAssunto Interpretação de Textos

Na frase “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam”, ao com-parar os seres humanos com bichos silvestres, o autor estabelece uma crítica. No contexto, essa crítica pode ser sintetizada pelo seguinte:

a) racionalismo dos colonos.b) pragmatismo narrativo. c) reiteração do discurso.d) animalização das pessoas. e) realismo discursivo.

33) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Psi-cólogoAssunto Morfologia - Pronomes

Do ponto de vista da norma culta, a única substituição pronominal rea-lizada que feriu a regra de colocação foi: a) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o passarinheiro.b) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabulava-se. c) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles igualam-se aos bichos silvestres, concluíam.d) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” = Os bran-cos inquietavam-se com aquela desobediência.e) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, enfim, ha-ver-se-ia de pensar.

34) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Psi-cólogoAssunto Interpretação de Textos

As figuras de estilo podem atuar na área da semântica lexical, da cons-trução gramatical, da associação cognitiva do pensamento ou da cama-da fônica da língua. Nessa perspectiva, pode-se afirmar corretamente que a frase “Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos.”, como efeito expressivo: a) supre a falta de um termo expressivo no vocabulário corrente.b) transporta para a cena enunciativa ser que logicamente não pode par-ticipar, tornando-o instância interlocutiva.c) consiste na quebra da estrutura lógicogramatical, isentando de função os componentes oracionais.d) relaciona duas unidades de significados que expressam conteúdos opostos e) atribui exagero – quase sempre inverossímil – do sentido para con-ferir especial relevo à informação.

35) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Psi-cólogoAssunto Sintaxe

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, leia as afirmações sobre os verbos destacados em “Os senhores RECEAVAM as suas próprias suspeições - TERIA aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles CARECIAM de acesso?”

I. Como o verbo é transitivo indireto, é obrigatório o uso do acento indi-cativo da crase em AS, que compõe o complemento da primeira oração.II. Na segunda oração, o verbo TERIA constitui por si só o predicado de uma oração.III. O verbo CARECIAM, como é transitivo indireto, está ligado a seu complemento por meio de uma preposição.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I e III. b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

36) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Psi-cólogoAssunto Fonologia

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção lin-guísticas:

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I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado.II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.”/“desdobran-do-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destacadas são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafórica, ex-primindo relação coesiva referencial.

Está correto apenas o que se afirma em: a) I.b) IIc) IIId) I e IIIe) II e III

37) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Assis-tente socialAssunto Morfologia

Sobre os elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas.

I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem alteração de sentido por COM EFEITO.II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração.III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.

Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II.b) I e III. c) II e III. d) I. e) III.

38) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Auxi-liar OperacionalAssunto Interpretação de Textos

A carta de amor

No momento em que Malvina ia por a frigideira no fogo, entrou a co-zinheira com um envelope na mão. Isso bastou para que ela se tornasse nervosa. Seu coração pôs-se a bater precipitadamente e seu rosto se afo-gueou. Abriu-o com gesto decisivo e extraiu um papel verde-mar, sobre o qual se liam, em caracteres energéticos, masculinos, estas palavras: “Você será amada...”.Malvina empalideceu, apesar de já conhecer o conteúdo dessa carta verde-mar, que recebia todos os dias, havia já uma semana. Malvina estava apaixonada por um ente invisível, por um papel verde-mar, por três palavras e três pontos de reticências: “Você será amada...”. Há uma semana que vivia como ébria.Olhava para a rua e qualquer olhar de homem que se cruzasse com o seu, lhe fazia palpitar tumultuosamente o coração. Se o telefone tilinta-va, seu pensamento corria célere: talvez fosse “ele”. Se não conhecesse a causa desse transtorno, por certo Malvina já teria ido consultar um médico de doenças nervosas. Mandara examinar por um grafólogo a letra dessa carta. Fora em todas as papelarias à procura desse papel verde-mar e, inconscientemente, fora até o correio ver se descobria o remetente no ato de atirar o envelope na caixa.Tudo em vão. Quem escrevia conseguia manter-se incógnito. Malvina teria feito tudo quanto ele quisesse. Nenhum empecilho para com o des-conhecido. Mas para que ela pudesse realizar o seu sonho, era preciso que ele se tornasse homem de carne e osso. Malvina imaginava-o alto, moreno, com grandes olhos negros, forte e espadaúdo.O seu cérebro trabalhava: seria ele casado? Não, não o era. Seria pobre? Não podia ser. Seria um grande industrial? Quem sabe?As cartas de amor, verde-mar, haviam surgido na vida de Malvina como

o dilúvio, transformando-lhe o cérebro.Afinal, no décimo dia, chegou a explicação do enigma. Foi uma coisa tão dramática, tão original, tão crível, que Malvina não teve nem um ataque de histerismo, nem uma crise de cólera. Ficou apenas petrificada. “Você será amada... se usar, pela manhã, o creme de beleza Lua Cheia. O creme Lua Cheia é vendido em todas as farmácias e drogarias. Nin-guém resistirá a você, se usar o creme Lua Cheia.Era o que continha o papel verde-mar, escrito em enérgicos caracteres masculinos.Ao voltar a si, Malvina arrastou-se até o telefone:-Alô! É Jorge quem está falando? Já pensei e resolvi casar-me com você. Sim, Jorge, amo-o! Ora, que pergunta! Pode vir. A voz de Jorge estava rouca de felicidade!E nunca soube a que devia tanta sorte!(André Sinoldi)

Em: “E nunca soube a que devia tanta sorte!”, a sorte de Jorge se deve ao(à): a) fato de Malvina ser amada.b) desilusão sofrida por Malvina.c) entusiasmo de Malvina com Jorge.d) fato de Jorge estar rouco de felicidade. e) fato de Malvina não querer se casar. 39) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Auxi-liar Operacional Assunto Interpretação de Textos

A opção que pode substituir, no texto, o trecho destacado em “Malvina empalideceu, APESAR DE JÁ CONHECER O CONTEÚDO DESSA CARTA VERDE-MAR” sem alteração de sentido é: a) por isso já conhecia o conteúdo dessa carta verde-mar. b) caso já conhecesse o conteúdo dessa carta verde-mar.c) embora já conhecesse o conteúdo dessa carta verde-mar.d) ainda que já conheceria o conteúdo dessa carta verde-mar.e) conforme já conhecia o conteúdo dessa carta verde-mar.

40) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH |Prova: Auxi-liar OperacionalAssunto Sintaxe

Se a oração escrita na carta estivesse completa, como em “Você será amada POR MIM”, o termo destacado funcionaria como: a) complemento nominal. b) objeto direto. c) agente da passiva.d) objeto indireto. e) adjunto nominal.

41) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Auxi-liar OperacionalAssunto Interpretação de Textos

Em “Se não conhecesse a causa desse transtorno, por certo Malvina já teria ido consultar um médico de doenças nervosas.”, o transtorno ao qual o narrador se refere é: a) a carta estar escrita em papel de cor especial. b) ao fato de o coração de Malvina bater rapidamente.c) a dificuldade de descobrir o remetente da carta.d) ao fato de Malvina consultar um médico. e) a personagem estar apaixonada por um ente invisível.

42) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: EMSERH | Prova: Auxi-liar OperacionalAssunto Morfologia - Verbos

A frase: “O creme Lua Cheia É VENDIDO em todas as farmácias” apresenta verbo na voz passiva analítica. Ao ser passada para a passiva sintética, a forma verbal deve apresentar a forma: a) vendera-se

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b) vender-se. c) vendeu-se. d) vendia-se.e) vende-se.

43) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB |Órgão: EMSERH | Prova: Auxi-liar OperacionalAssunto Pontuação

Os “três pontos de reticências” na frase escrita no papel verde-mar in-dicam: a) introdução à fala de um personagem.b) realce da palavra anterior ao sinal.c) indicação de uma transcrição. d) interrupção da frase. e) fim da ação verbal.

44) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Interpretação de Textos

Texto para responder a questão.

A nova Califórnia (Fragmento)

Tubiacanga era uma pequena cidade de três ou quatro mil habitantes, muito pacífica, em cuja estação, de onde em onde, os expressos davam a honra de parar. Há cinco anos não se registrava nela um furto ou roubo. As portas e janelas só eram usadas... porque o Rio as usava. [...]Mas, qual não foi a surpresa dos seus habitantes quando se veio a ve-rificar nela um dos repugnantes crimes de que se tem memória! [...] violavam-se as sepulturas do “Sossego”, do seu cemitério, do seu cam-po-santo. [...]A indignação na cidade tomou todas as feições e todas as vontades. [...] A própria filha do engenheiro residente da estrada de ferro, que vivia desdenhando aquele lugarejo [...] não pôde deixar de compartilhar da indignação e do horror que tal ato provocara em todos do lugarejo. Que tinha ela com o túmulo de antigos escravos e humildes roceiros? Em que podia interessar aos seus lindos olhos pardos o destino de tão hu-mildes ossos? Porventura o furto deles perturbaria o seu sonho de fazer radiar a beleza de sua boca, dos seus olhos e do seu busto nas calçadas do Rio?Decerto, não; mas era a Morte, a Morte implacável e onipotente, de que ela também se sentia escrava, e que não deixaria um dia de levar a sua linda caveirinha para a paz eterna do cemitério. [...]Organizaram então uma guarda. Dez homens decididos juraram perante o subdelegado vigiar durante a noite a mansão dos mortos.Nada houve de anormal na primeira noite, na segunda e na terceira; mas, na quarta, quando os vigias já se dispunham a cochilar, um deles julgou lobrigar um vulto esgueirando-se por entre a quadra dos carnei-ros. Correram e conseguiram apanhar dois dos vampiros. [...]A notícia correu logo de casa em casa e, quando, de manhã, se tratou de estabelecer a identidade dos dois malfeitores, foi diante da população inteira que foram neles reconhecidos o Coletor Carvalhais e o Coronel Bentes, rico fazendeiro e presidente da Câmara. Este último [...] a per-guntas repetidas que lhe fizeram, pôde dizer que juntava os ossos para fazer ouro e o companheiro que fugira era o farmacêutico.Houve espanto e houve esperanças. Como fazer ouro com ossos? Seria possível? Mas aquele homem rico, respeitado, como desceria ao papel de ladrão de mortos se a coisa não fosse verdade!Se fosse possível fazer, se daqueles míseros despojos fúnebres se pu-desse fazer alguns contos de réis, como não seria bom para todos eles!O carteiro, cujo velho sonho era a formatura do filho, viu logo ali meios de consegui-la Castrioto, o escrivão do juiz de paz, que no ano passado conseguiu comprar uma casa, mas ainda não a pudera cercar, pensou no muro, que lhe devia proteger a horta e a criação. Pelos olhos do sitiante Marques, que andava desde anos atrapalhado para arranjar um pasto, pensou logo no prado verde do Costa, onde os seus bois engordariam e ganhariam forças...Às necessidades de cada um, aqueles ossos que eram ouro viriam

atender, satisfazer e felicitá-los; e aqueles dois ou três milhares de pessoas, homens, crianças, mulheres, moços e velhos, como se fossem uma só pessoa, correram à casa do farmacêutico.(BARRETO, Lima. A nova Califórnia. In: SALES, Herberto (Org.). Contos brasileiros. Rio de Janeiro: Ediouro. p. 25-27.)

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. Uma cidade de cotidiano tão tranquilo, com habitantes supostamente pacíficos, só poderia reagir com indignação e imediata ambição diante da profanação dos túmulos.II. O que determina a indignação da filha do engenheiro não é a profa-nação dos túmulos das pessoas simples de Tubiacanga, mas a possibi-lidade de que também seu túmulo pudesse ser profanado depois de sua morte.III. O texto critica o preconceito e o elitismo da sociedade, revelado pelo desprezo que a moça, filha do engenheiro, tinha pelo lugarejo sim-ples e pela origem das pessoas.

Está correto o que se afirma em:a) I, apenas.b) I e III, apenas.c) II e III, apenas.d) I, II e III.e) I e II, apenas.

45) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Interpretação de Textos

Na construção do texto em prosa, Lima Barreto:a) monta um cenário em que, além de fazer uma crítica exclusiva ao comportamento do brasileiro, ressalta a pobreza de imaginação e falta de criatividade do homem que vive na cidade.b) elabora uma narrativa satírica em que a cupidez e o ridículo do com-portamento nacional andam lado a lado.c) denuncia o pensamento masculino de que a riqueza fácil resolveria, de imediato, os problemas e atenderia à fantasia de luxo e bem-estar econômico.d) revela que, na realidade, Castrioto era um anjo, que trazia mensagem de paz para os habitantes da cidade.e) elogia a ciência experimental, que consegue produzir ouro por meio das experiências em laboratórios e o comportamento humano.

46) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Interpretação de Textos

Sobre o segmento “As portas e janelas só eram usadas... porque o Rio as usava.”, é correto afirmar que:a) as categorias sintáticas presentes nas orações são formas independen-tes entre si e do conteúdo expresso no texto.b) através da análise do segmento, pode-se depreender as várias uni-dades menores do período, isto é, as três orações (ou sentenças) nela existentes.c) a partir da análise do fragmento, é possível verificar um problema de concordância verbal existente na segunda oração.d) ao se decompor o segmento em unidades sintáticas, a fim de com-preender a maneira pela qual os elementos sintáticos são organizados na sentença, percebe-se que foi omitida uma dessas unidades na primeira oração: o agente da passiva.e) o verbo na voz ativa, na primeira oração, permite a com preensão dos vários mecanismos inerentes às unidades menores da língua.

47) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Morfologia - Pronomes

Do ponto de vista da norma culta, a única substituição que poderia ser feita, sem alteração de valor semântico e linguístico, seria:

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a) “Decerto, não; mas era a Morte, a Morte implacável e onipotente, de que ela também se sentia escrava.” = Decerto, não; mas era a Morte, a Morte implacável e onipotente, de que ela também sentia-se escrava.b) “Há cinco anos não se registrava nela um furto ou roubo.” = Há cinco anos não registrava-se nela um furto ou roubo.c) “quando os vigias já se dispunham a cochilar” = quando os vigias já dispunham-se a cochilar.d) ![...] a perguntas repetidas que lhe fizeram” = [...] a perguntas repe-tidas que fizeram-lhe.e) “mas ainda não a pudera cercar” = mas ainda não pudera-lhe cercar.

48) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Interpretação de Textos

Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento em:a) “quando SE VEIO A VERIFICAR nela um dos repugnantes crimes” = quando iriam verificar nela um dos repugnantes crimes.b) “os expressos DAVAM A HONRA de parar” = os expressos doavam dignamente as paradas.c) “A indignação na cidade tomou todas as FEIÇÕES e todas as von-tades.” = A indignação na cidade tomou todos os formatos e todas as vontades.d) “A notícia correu logo de CASA EM CASA” = A notícia correu logo pela grande extensão da cidade.e) “quando os vigias já se DISPUNHAM A COCHILAR” = quando os vigias já dormitavam.49) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Interpretação de Textos

O segundo parágrafo do texto de Lima Barreto ancora-se na sugestão de duplo sentido da palavra SOSSEGO - apoiado pelas aspas - tomada ora com ideia abstrata, ora concreta. Esses sentidos são, respectivamente:a) sentimentos individuais/ cidade de Tubiacanga.b) referência à tranquilidade da cidade/ nome do cemitério.c) expectativa da população/referência ao campo-santo.d) eufemismo/cidade pacífica.e) ênfase na hipérbole inicial/amenização da morte.

50) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Interpretação de Textos

“Houve espanto e houve esperanças. Como fazer ouro com ossos? Seria possível?” A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.

I. O verbo do último período pertence a um tempo associado à incerte-za, à relação de um fato futuro e um fato passado.II. Não há referente, no texto, que justifique o uso de OSSOS plurali-zado.III. ESPANTO e ESPERANÇAS, nas respectivas orações a que perten-cem, assumem papel de objeto direto.

Está correto apenas o que se afirma em:a) I e III.b) I e II.c) II e III.d) II.e) III.

51) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Morfologia - Verbos

A transposição da segunda oração da frase “Há cinco anos não se regis-trava nela um furto ou roubo.” para a voz passiva analítica implicará:a) a utilização de UM FURTO OU ROUBO como sujeito.

b) em que se use a forma verbal REGISTRAVA-SE.c) a utilização de NELA como sujeito.d)em que o sujeito de HAVER passe a ser CINCO ANOS.e) a utilização da forma verbal HAVIA REGISTRADO.

52) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Sintaxe

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos do texto:

I. Na frase “Se fosse possível fazer, se daqueles míseros despojos fúne-bres se pudesse fazer alguns contos de réis, como não seria bom para todos eles !” as palavras MÍSERO S e FÚNEBRES concordam com DESPOJOS.II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, em todas as ocorrências no segmento “Mas, qual não foi a surpresa dos seus ha-bitantes quando se veio a verificar nela um dos repugnantes crimes”, deveria ser acentuado.III. Na frase “Às necessidades de cada um, aqueles ossos que eram ouro viriam atender, satisfazer e felicitá-LOS”, o elemento destacado substi-tui, no contexto, o vocábulo OSSOS.

Está correto apenas o que se afirma em:a) I e II.b) II e III.c) III.d) II.e) I.

53) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CREA-AC | Prova: Ana-lista de SistemasAssunto Interpretação de Textos

“Se fosse possível fazer, se daqueles míseros despojos fúnebres se pu-desse fazer alguns contos de réis, como não seria bom para todos eles!” O efeito de sentido que a frase exclamativa provoca é:a) corresponde a um sentimento do interlocutor/leitor em relação ao fato narrado.b) confere contemplação à situação vivida em relação ao desapareci-mento dos ossos.c) introduz uma hipótese a averiguar a respeito do fazendeiro e do pre-sidente da Câmara.d) exprime estado psicológico do locutor relativamente ao interlocutor e a um estado de coisas especificado.e) expressa estímulo para que se comece a investigação sobre os roubos dos ossos para verificar a veracidade a denúncia narrativa.

54) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Interpretação de Textos

O encontro

Maria da Piedade Lourenço era uma mulher miúda e nervosa, com uma cabeleira pardacenta, malcuidada, erguida, como uma crista, no alto da cabeça. Ludo não conseguia distinguir-lhe os pormenores do rosto. To-davia, deu pela crista. Parece uma galinha, pensou, e logo se arrepende por ter pensado aquilo. Andara nervosíssima nos dias que antecederam a chegada da filha. Quando esta lhe surgiu à frente, porém, veio-lhe uma grande calma. Mandou-a entrar. A sala estava agora pintada e arranja-da, soalho novo, portas novas, tudo isso às custas do vizinho, Arnaldo Cruz, que também fizera questão de oferecer as mobílias. Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-lhe o usufruto vitalício do mesmo, e comprometendo-se a pagar os estudos de Sabalu até este concluir a universidade. A mulher entrou. Sentou-se numa das cadeiras, tensa, agarrada à bolsa como a uma boia de salvação. Sabalu foi buscar chá e biscoitos.Não sei como a hei de chamar. Pode chamar-me Ludovica, é o meu nome.

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Um dia poderei chamá-la mãe?Ludo apertou as mãos de encontro ao ventre. Podia ver, através das janelas, os ramos mais altos da mulemba. Nenhuma brisa os inquietava.Sei que não tenho desculpa, murmurou: Era muito nova, e estava assus-tada. Isso não justifica o que fiz. Maria da Piedade arrastou a cadeira para junto dela. Pousou a mão direita no seu joelho: Não vim a Luanda para cobrar nada. Vim para a conhecer. Quero levá-la de volta para a nossa terra.Ludo segurou-lhe a mão:Filha, esta é a minha terra. Já não me resta outra.Apontou para a mulemba:Tenho visto crescer aquela árvore. Ela viu-me envelhecer a mim.Conversamos muito.A senhora há de ter família em Aveiro.Família?!Família, amigos, eu sei lá.Ludo sorriu para Sabalu, que assistia a tudo, muito atento, enterrado num dos sofás:A minha família é esse menino, a mulemba lá fora, o fantasma de um cão. Vejo cada vez pior. Um oftalmologista, amigo do meu vizinho, esteve aqui em casa, a observar-me. Disse-me que nunca perderei a vista por completo. Resta-me a visão periférica. Hei de sempre distinguir a luz, e a luz neste país é uma festa. Em todo o caso, não pretendo mais: A luz, Sabalu a ler para mim, e a alegria de uma romã todos os dias.(AGUALUSA, José Eduardo.Teoria Geral do Esquecimento. Rio de Janeiro: Foz, 2012.)

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. A inevitabilidade do encontro com o passado se dá quando Maria da Piedade Lourenço, filha de Ludo, a conhece pessoalmente.II. O primeiro momento é de estranhamento. Depois, há a tentativa de fuga de Ludo para evitar o reconhecimento dos fatos.III. Por fim, a aceitação de que, sem o reconhecimento de lembranças, só há esquecimento.IV. Em sua memória, Ludo se recupera de seu lugar primeiro com uma facilidade indiscutível. Seu corpo para ela é uma realidade próxima ao mundo e aos outros corpos.

Está correto apenas o que se afirma em: a) I e IV.b) II, III e IV.c) I, II e III. d) II e III.e) I, III e IV.

55) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá – ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Morfologia

Sobre os elementos destacados do fragmento “Andara nervosíssima nos dias que antecederam a chegada da filha.”, leia as afirmativas.

I. A palavra CHEGADA foi formada por derivação parassintética.II. ANDARA é um verbo no pretérito mais-que-perfeito.III. NOS DIAS é uma locução adverbial.

Está correto apenas o que se afirma em: a) I.b) I e III. c) I e II. d) II.e) II e III.

56) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá – ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Interpretação de Textos

A frase “Ela viu-me envelhecer a mim.”, como efeito expressivo, é

exemplo de: a) hipérbole.b) pleonasmo.c) prosopopeia. d) eufemismo. e) anáfora.

57) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá – ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Morfologia - Verbos

Sobre as formas verbais destacadas em “(1) HEI de sempre distinguir a luz, e a luz neste país (2) É uma festa.”, é correto afirmar que a(s): a) duas formas indicam situação provável.b) forma 1 está no futuro do pretérito e a forma 2, no presente do indi-cativo.c) forma 2 estabelece expectativa futura.d) duas formas estão na terceira pessoa do singular. e) duas formas estão no presente do indicativo.

58) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá – ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Interpretação de Textos

No contexto do último período do texto, o sentido da expressão desta-cada em “EM TODO O CASO, não pretendo mais” é equivalente ao de: a) apesar disso. b) de outra forma. c) uma vez que. d) de qualquer modo.e) provavelmente.

59) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá – ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Sintaxe

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, leia as afirmações sobre os verbos destacados em “ANDARA nervosíssima nos dias que ANTECEDERAM a chegada da filha.”.

I. As duas formas verbais compõem o predicado verbo-nominal.II. A primeira forma destacada indica basicamente estado.III. As duas flexões indicam que o verbo é núcleo do predicado a que pertencem.

Está correto apenas o que se afirma em: a) I. b) II.c) I e III.d) I e II.e) II e III.

60) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá – ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Crase

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do tex-to:

I. No fragmento “A sala estava agora pintada e arranjada, soalho novo, portas novas, tudo isso às custas do vizinho.”, os adjetivos concordam adequadamente em gênero e número com os substantivos aos quais se referem.II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, em todas as ocorrências no segmento “A sala estava agora pintada e arranjada, soa-lho novo, portas novas, tudo isso às custas do vizinho, Arnaldo Cruz, que também fizera questão de oferecer as mobílias.”, poderia ser acen-tuado.III. Na frase “Quero levá-LA de volta para a nossa terra.”, o elemento destacado substitui Maria da Piedade.

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Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II.b) II e III. c) I. d) II.e) III.

61) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Santa Maria de Jetibá – ES | Prova: Arquiteto urbanistaAssunto Morfologia - Verbos

Ao se passar o verbo destacado em “COMPRARA o apartamento a Ludo” para a voz passiva analítica, a forma correta na transposição se-ria: a) Comprara-se.b) Será comprado. c) Seria comprado. d) Fora comprado. e) Foi comprado.

62) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CODESA | Prova: Guar-da PortuárioAssunto Interpretação de Textos

Surpresa: venda de livros impressos supera a de e-books

Não é incomum ainda se ouvir que a tendência do mercado editorial é que os livros digitais superem e, em um futuro não muito distante, até substituam os impressos. As expectativas não parecem se confirmar na prática. Segundo pesquisa do Financial Times, as vendas de livros em papel têm crescido e superado a de e-books, especialmente entre os jo-vens, e a previsão é de que continue assim. Uma agradável notícia para aqueles leitores que gostam de ter às mãos suas obras preferidas, para tocá-las, cheirá-las e marcá-las à vontade.De acordo com Paul Lee, analista da empresa editorial Deloitte: “Jor-nais impressos são resistentes entre aqueles que cresceram com jornais impressos. Livros impressos são resistentes entre todas as idades”. Por que será?Apesar das vantagens de ter um leitor de ebook, como o peso, o espaço de armazenamento e a praticidade, os leitores continuam apegados à versão física do livro. Os motivos parecem ser de ordem emocional, e nem tanto racional. A capa, a diagramação, o irresistível cheiro de livro novo, a facilidade de manipulação e de troca entre leitores, conquistam mesmo as novas gerações, imersas na tecnologia desde cedo.A verdade é que não precisa haver competição tão acirrada entre livros digitais e impressos. Ambos possuem suas vantagens e desvantagens. Não é preciso abandonar completamente os manuscritos para aderir ao mundo literário digital, nem é preciso ser tão inflexível em relação à nova possibilidade de leitura. Por que não aproveitar os benefícios de ambos os tipos? A literatura só tem a ganhar com a variedade. E o leitor também.(Nicole Ayres Luz. Disponível em homoliteratus.com/surpresavenda--de-livros-impressos-supera-de-ebooks. Acesso em 2/1/16)

A autora marca sua posição em defesa da ideia de que:a) o apego emocional dos leitores ao papel anunciaria, paulatinamente, a extinção do e-book.b) tanto o livro digital quanto o livro impresso apresentam vantagens e desvantagens; portanto, a concorrência entre ambos não faz sentido.c) é cada vez mais fácil confirmar que o mercado de livros digitais supera o de livros impressos devido à facilidade de manipulação.d) o e-book traz vantagens como menor peso, maior capacidade de ar-mazenamento e é mais prático, portanto continua à frente no mercado.e) é necessário que o leitor escolha entre a leitura de livros impressos ou digitais, pois não é possível beneficiar-se dos dois formatos.

63) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CODESA | Prova: Guar-da PortuárioAssunto Interpretação de Textos

Pela leitura do texto percebe-se que no trecho “Jornais impressos são resistentes entre AQUELES que cresceram com jornais impressos.”, a palavra destacada remete a:a) leitoresb) vendas de livrosc) jornaisd) livros impressose) analistas de empresas

64) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CODESA | Prova: Guar-da PortuárioAssunto Morfologia - Verbos

O verbo TER assume, na terceira pessoa do plural do presente do in-dicativo, a forma TÊM, como em “livros em papel têm crescido”. As-sinale a opção em que, no mesmo tempo e pessoa, a forma verbal está correta.a) crer-crêm b) vir-vêmc) ler-lêmd) ver-vême) dar-dêm

65) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CODESA | Prova: Guar-da PortuárioAssunto Pontuação

No trecho “De acordo com Paul Lee, analista da empresa editorial De-loitte” a vírgula foi corretamente empregada para:a) indicar a supressão de uma palavra.b) isolar o adjunto adverbial antecipado.c) separar o aposto.d) separar orações coordenadas.e) separar o vocativo.

66) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: CODESA | Prova: Guar-da PortuárioAssunto Morfologia - Pronomes

Assinale a opção em que o pronome entre parênteses deve ser colocado após o verbo, como em “ter às mãos suas obras preferidas, para tocá--LAS”.a) Importava com a opinião alheia, (se)b) Não procurei para pedirfavores. (o)c) Este é um lugar onde sinto bem. (me)d) Isso deixa transtornado. (me)e) Venderão muitos livros. (se)

67) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico Administrativo Assunto Interpretação de Textos

O espelhoEsboço de uma nova teoria da alma humana

Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos votos trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a cidade, com as suas agitações e aventu-ras, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, através de uma atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo amigavelmente os mais árduos pro-blemas do universo.Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto personagem, calado, pensan-do, cochilando, cuja espórtula no debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação. Esse homem tinha a mesma idade dos compa-nheiros, entre quarenta e cinquenta anos, era provinciano, capitalista,

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inteligente, não sem instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizen-do que a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que os serafins e os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a perfeição espiritual e eterna.[...]Vai senão quando, no meio da noite, sucedeu que este casmurro usou da palavra, e não dois ou três minutos, mas trinta ou quarenta. A conversa, em seus meandros, veio a cair na natureza da alma, ponto que dividiu radicalmente os quatro amigos. Cada cabeça, cada sentença; não só o acordo, mas a mesma discussão tornou-se difícil, senão impossível, pela multiplicidade das questões que se deduziram do tronco principal e um pouco, talvez, pela inconsistência dos pareceres. Um dos argumen-tadores pediu ao Jacobina alguma opinião, - uma conjetura, ao menos.- Nem conjetura, nem opinião, redarguiu ele; uma ou outra pode dar lugar a dissentimento, e, como sabem, eu não discuto. Mas, se querem ouvir-me calados, posso contar-lhes um caso de minha vida, em que ressalta a mais clara demonstraçãoacerca da matéria de que se trata. Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...- Duas?- Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro... Espantem-se à vontade, podem ficar de boca aberta, dar de om-bros, tudo; não admito réplica. Se me replicarem, acabo o charuto e vou dormir. A alma exterior pode ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma operação. Há casos, por exemplo, em que um simples botão de camisa é a alma exterior de uma pessoa; - e assim também a polca, o voltarete, um livro, uma máquina, um par de botas, uma cavatina, um tambor, etc. Está claro que o ofício dessa se-gunda alma é transmitir a vida, como a primeira; as duas completam o homem, que é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência; e casos há, não raros, em que a perda da alma exterior implica a da existência inteira. Shylock, por exemplo. A alma exterior daquele judeu eram os seus du-cados; perdê-los equivalia a morrer. ‘‘Nunca mais verei o meu ouro, diz ele a Tubal; é um punhal que me enterras no coração.” Vejam bem esta frase; a perda dos ducados, alma exterior, era a morte para ele. Agora, é preciso saber que a alma exterior não é sempre a mesma...[...](ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. v. II. (fragmento).)

Com relação ao fragmento do conto de Machado de Assis, é correto afirmar que:a) o conto trata da dualidade da alma, da alma externa e da alma interna, do homem como um ser controvertido.b) no início do texto, revela-se um tom de incerteza e volubilidade das coisas e, no desenvolvimento, percebe-se segurança sobre a crítica feita à sociedade cristã e capitalista da época.c) na caracterização do ambiente, assim como da progressão, cria-se uma atmosfera clara na descrição da casa do morro de Santa Tereza e no temperamento casmurro do protagonista.d) para esclarecer sobre a alma exterior das pessoas, o autor utiliza ex-pressões cotidianas típicas do texto argumentativo, a fim de atribuir va-lidade a seus argumentos.e) Jacobina estabelece o tipo de diálogo que irá usar para discursar so-bre a imutável e metafísica alma exterior.

68) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

O subtítulo, “esboço de uma nova teoria da alma humana”, a afirmação do narrador no primeiro parágrafo de que os personagens “debatiam questões de alta transcendência” e eram “investigadores de coisas me-tafísicas [...] resolvendo amigavelmente os mais árduos problemas do universo” colocam diante do leitora:a) verdadeira universalidade que se fortalece em uma perspectiva teoló-

gica, subjetiva e prática do homem.b) astúcia dos ouvintes, reafirmada toda uma visão de homem arraigada na cultura ocidental no microcosmo da sociedade humana.c) universalidade da temática do conto: não abordará as mazelas de uma cidade ou classe social, mas sim a questão posta pela seguinte pergunta: o que é o homem?d) interioridade que confere à figura humana um papel na estruturação das particularidades deflagradas de cada indivíduo.e) individualidade do assunto tão intricado como o da natureza da alma humana que aponta a importância de se dar menos atenção às exigên-cias do mundo social.

69) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

O desenvolvimento do tema do conto pode ser atravessado pela expe-riência particular do protagonista, em que o eu-narrado passa a ser o eu--narrante. Essa característica, no texto em análise, é inquestionável em:a) “Esse homem tinha a mesma idade dos companheiros, entre quarenta e cinquenta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não sem ins-trução, e, ao que parece, astuto e cáustico.”b) “Mas, se querem ouvir-me calados, posso contar-lhes um caso de mi-nha vida, em que ressalta a mais clara demonstração acerca da matéria de que se trata.”c) “A conversa, em seus meandros, veio a cair na natureza da alma, ponto que dividiu radicalmente os quatro amigos.”d) “Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias questões de alta transcendência.”e) “Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo.”

70) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico AdministrativoAssunto Ortografia

Uma nova pontuação de trechos e/ou alteração ortográfica, retirados do texto, foi (foram) feita(s) de forma correta, sem inadequações gramati-cais e sem alterar o sentido, em:a) Este homem tinha a mesma idade dos companheiros, entre quarenta e cinquenta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não, sem ins-trução, e, ao que parece, astuto e cáustico.b) Quatro ou cinco cavalheiros, debatiam, uma noite, várias questões de alta transcendência sem que a disparidade dos votos trouxesse a menor alteração aos espíritos.c) A casa ficava no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz se fundia, misteriosamente, com o luar que vinha de fora.d) Nunca mais verei, o meu ouro, diz ele a Tubal, é um punhal que me enterras no coração.e) Cada cabeça...cada sentença... não só o acordo, mas a mesma dis-cussão tornou-se difícil, se não impossível, pela multiplicidade das questões que se deduziram do tronco principal e um pouco talvez, pela inconsistência dos pareceres.

71) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

Tipo textual é amplamente tomado como uma categoria que se presta a pensar e caracterizar o funcionamento de um dos planos constitutivos do texto - a estrutura interna da configuração textual.Nessa perspectiva, é correto afirmar que o modo predominante de or-ganização do texto e sua respectiva função de base estão em qual alter-nativa?a) Injuntivo - Emprego de formas de linguagem com que o enunciador explicita sua intenção de levar o destinatário, ouvinte ou leitor, a prati-car atos e atitudes determinadas.b) Enunciativo - Relação de influência, relato sobre o mundo e ponto de vista situacional.c) Argumentativo - explicação de uma verdade, em uma visão racional,

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para influenciar o interlocutor, convencê-lo ou persuadi-lo.d) Narrativo - Construção de uma sucessão de ações de uma história no tempo em torno de uma busca e de um conflito.e) Descritivo - Identificação de seres, objetos do mundo de maneira objetiva ou subjetiva.

72) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

Em situação hipotética, se Machado de Assis resolvesse escrever uma redação oficial em vez de um conto, o texto deveria:a) apresentar-se extenso e coeso.b) usar o padrão coloquial da língua.c) manter a impessoalidade e a formalidade.d) ser marcado pelas subjetividades.e) dar preferência a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão.

73) Assunto Sintaxe | Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico AdministrativoAssunto Sintaxe

Tendo em vista os acontecimentos morfossintáticos e de significação do texto, analise as afirmativas a seguir.

I. Se o verbo da frase “estavam os nossos quatro ou cinco investigado-res de coisas metafísicas” fosse trocado pelo verbo haver (com sentido de existir), a concordância da palavra em análise deveria manter o sin-gular, mas o mesmo tempo e modo verbal.II. A omissão da vírgula em “Rigorosamente eram quatro os que fala-vam” é necessária e obrigatória para isolar o adjunto adverbial da ora-ção adjetiva explicativa, ferindo a norma- padrão da língua.III. A palavra destacada em “resolvendo amigavelmente os mais ÁR-DUOS problemas do universo.” está no plural, pois concorda com pro-blemas.

Está correto apenas o que se afirma em:a) II e III.b) I e II.c) III.d) I.e) I e III.

74) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico em Regulação de Saúde SuplementarAssunto Interpretação de Textos

Só! Achava-se outra vez só! Outra vez no meio do silêncio, em frente do nada!...[...]A ideia do suicídio, repelida pelo amigo, afastada pela sua presença, veio então erguer-se outra vez como um fantasma ao pé do cadáver de Faria. [...]-Morrer!... oh! não, não!-exclamou!;-não valia a pena ter vivido tanto tempo, padecido tanto, para morrer agora! Morrer era bom, quando o revolvi em outro tempo, há muitos anos; mas hoje seria realmente aux-iliar muito o meu miserável destino. Não, quero viver; quero lutar até ao fim; quero reconquistar a ventura que me foi roubada. Antes de morrer esquecia-me que tenho de vingar-me dos meus algozes, e talvez, quem sabe? de recompensar alguns amigos. [...]Puseram o suposto morto na padiola. Edmundo entesou-se para melhor figurar de defunto. O cortejo, alumiado pelo homem da lanterna, que ia adiante, subiu a escada.De súbito, o ar frio e forte da noite banhou o prisioneiro, que logo reconheceu o vento do nordeste. Foi uma repentina sensação, repassada de angústias e de delícias. [...]E logo Dantès sentiu-se atirado para um enorme vácuo, atravessando os ares como um pássaro ferido, caindo, sempre com um terror indescritív-el que lhe gelava o coração. Embora puxado para baixo por algum obje-to que lhe acelerava o rápido voo, pareceu-lhe, contudo, que essa queda

durava um século. Por fim, com pavoroso ruído, entrou como uma seta na água gelada, que lhe fez dar um grito, sufocado imediatamente pela imersão.Dantès tinha caído ao mar, para o fundo do qual o puxava uma bala de 36, presa aos pés.O mar era o cemitério da fortaleza de lf. [...]Dantès, atordoado, quase sufocado, teve, entretanto, a presença de es-pírito de conter a respiração; e como na mão direita, preparado, como dissemos que estava, para todas as eventualidades, levava a faca, rasgou rapidamente o saco, tirou o braço e depois a cabeça; apesar, porém, dos seus movimentos para levantar a bala, continuou a sentir-se puxado para baixo; então vergou o corpo, procurando a corda que lhe amarrava as pernas, e com um esforço supremo conseguiu cortála no momento em que se sentia asfixiar. Depois, dando-lhe um pontapé, subiu livre à tona da água, enquanto a bala levava para desconhecidos abismos a serapilheira que ia sendo a sua mortalha.(DUMAS, Alexandre. O conde de Monte Cristo. Porto: Lello & Irmão, s/d. p.178-182; p. 183. (Fragmento).)

Os heróis são “predestinados” a cumprir uma determinada missão. O trecho em que o herói explicita sua missão individual está localizado no parágrafo:a) 6.b) 3.c) 2.d) 4.e) 5.

75) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico em Regulação de Saúde SuplementarAssunto Interpretação de Textos

O fato de Dantès desistir de cometer suicídio revela sua dimensão tanto heroica quanto humana. Sobre isso leia as afirmativas.

I. A desistência delineia que ao herói só cabe uma atitude: recusar a tal saída e enfrentar as adversidades, superando todos os obstáculos que se apresentarem no seu caminho.II. A decisão apenas mostra um ser fraco que se distancia de sua di-mensão heroica, que deveria ser protagonista de cenas espetaculares em defesa da honra e da justiça.III. A decisão simboliza, no contexto da história, que o maior desafio enfrentado pelo herói não estava nos obstáculos a serem enfrentados, mas na luta que travaria consigo mesmo.IV. Na narrativa em análise, o que qualifica o protagonista como herói é a força de seu caráter, elemento que determina sua nobreza interior.

Está correto apenas o que se afirma em:a) I e II.b) II, III e IV.c) I, II e III.d) I, II e IV.e) I, III e IV.

76) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico em Regulação de Saúde SuplementarAssunto Interpretação de Textos

Sobre a tipologia, no texto em análise, pode-se afirmar corretamente que:a) seu objetivo é passar conhecimento para o leitor, sem , no entanto defesa de uma ideia.b) fornece informações sobre o tempo e espaço do fato narrado, com começo meio e fim.c) é utilizada para predizer acontecimentos e comportamentos, através de linguagem objetiva e simples.d) desenvolve e explica um assunto, discorrendo sobre ele, a fim de influenciar um público.e) faz uma descrição minuciosa do objetivo e da personagem a que o texto se refere.

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77) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico em Regulação de Saúde SuplementarAssunto Interpretação de Textos

A respeito do texto, quanto aos aspectos gramatical, sintático e de sen-tido, assinale a alternativa correta.a) No trecho “Depois, dando-lhe um pontapé, subiu livre à tona da água”, a posição do adjetivo provoca ambiguidade estrutural.b) O elemento destacado em “Antes de morrer esquecia-me que tenho de vingar-me dos meus ALGOZES, e talvez, quem sabe?” poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por CARRASCOS.c) Em “Por fim, com pavoroso ruído, entrou como uma seta na água ge-lada” a palavra COMO introduz uma oração subordinada que expressa a causa do pavoroso ruído.d) Na frase “ -Morrer!...oh! não, não! - exclamou!” o verbo no infinitivo aponta um fato simultâneo ao do verbo.e) Em “ A ideia DO SUICÍDIO, repelida pelo amigo, afastada PELA SUA PRESENÇA” as palavras destacadas mantêm o mesmo tipo de relação sintática com os termos a que os precedem.

78) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico em Regulação de Saúde SuplementarAssunto Interpretação de Textos

No que concerne aos aspectos gramaticais de segmentos do texto, leia as afirmativas.I. Depreende-se das ideias do texto que a repetição do verbo em “Não, quero viver; quero lutar até o fim; quero reconquistar a ventura que me foi roubada.” foi motivada pela atitude resoluta do protagonista de não ajudar o destino.II. No trecho “e talvez, quem sabe? de recompensar alguns amigos.”, mesmo que presente o advérbio TALVEZ, que no contexto exige o em-prego do subjuntivo, o autor optou pelo uso da forma verbal no indica-tivo, privilegiando, assim, a linguagem cotidiana.III. Em “Antes de morrer esquecia-me que tenho de vingar-me dos meus algozes.” a forma preposicional contraída ‘dos’ introduz um com-plemento da forma verbal VINGAR.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativas:a) I, apenas.b) l e II, apenas.c) I e III, apenas.d) I, II e III.e) II, apenas.

79) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico em Regulação de Saúde SuplementarAssunto Sintaxe

Em qual alternativa produz-se evidente equívoco de regência?a) “Antes de morrer esquecia-me que tenho de vingar-me dos meus algozes.”b) “levava a faca, rasgou rapidamente o saco, tirou o braço e depois a cabeça”c) “Depois, dando-lhe um pontapé, subiu livre à tona da água”d) “A ideia do suicídio, repelida pelo amigo, afastada pela sua presença, veio então erguer-se outra vez”e) “para o fundo do qual o puxava uma bala de 36, presa aos pés.”

80) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Técnico em Regulação de Saúde SuplementarAssunto Morfologia

Tendo em vista o enunciado “Embora puxado para baixo por algum objeto que lhe acelerava o rápido voo, pareceu-lhe, contudo, que essa queda durava um século.’’, pode-se afirmar que, de acordo com a norma culta:a) palavra QUE, nas duas ocorrências, é conjunção integrante.b) Se a frase fosse passada para o plural, o segmento Um SÉCULO

poderia ser mantido no singular, sem que com isso fosse cometida qual-quer inadequação de sentido ou gramatical.c) EMBORA introduz uma oração coordenada adversativa.d) A conjunção CONTUDO, no contexto, tem valor conclusivo e pode ser substituída por PORTANTO.e) O deslocamento do LHE, na segunda ocorrência, para antes do verbo, manteria a correção gramatical.

81) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologista Assunto Interpretação de Textos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uni-forme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Pa-recia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da man-gueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e ba-tizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava. Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pe-scoço.A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chama-da de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés des-calços e braços nus”. [...] Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córre-go, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeit-ando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brin-car com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro. [...] Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.(BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.)

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Vocabuláriodestramelar: destrancarembornal: sacolapeçonhenta: venenosa

A delimitação dos espaços da narrativa é muito importante. Nesse texto, esses espaços são percebidos pelo(a): a) percurso do menino, que se desloca entre dois pontos.b) pesar do estrangeiro e pelo desmazelo da mãe.c) rua e pela escola.d) sala de aula e pelo trabalho do pai.e) rua e pelo barulho do chocalho.

82) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Interpretação de Textos

Considere as seguintes afirmativas:

I. É possível identificar a presença de um personagem-narrador, que relata memórias de sua infância.II. O garoto demonstra muito afeto à professora e admira sua capacida-de de ler cada aluno.III. O título aponta a interferência da passagem do tempo na narrativa de memórias.

Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas.b) I, II e III.c) I e III, apenas.d) II e III, apenas.e) III, apenas.

83) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB |Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Interpretação de Textos

O narrador, além de contar sua história, posiciona-se em relação a ela, emitindo sua maneira de apreciar o assunto.

Um fragmento em que se confirma a afirmação é:a) “Tudo isso me encantava.” b) “Eu vivia como a canção: ‘camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus.’” c) “e de início enredei ser carinho.” d) “Vi meu pai cochichar com minha mãe”e) “eu andava devagarinho, pisando certo, aprumado e manso”

84) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Interpretação de Textos

“Então eu andava devagarinho, pisando certo, aprumado”

Este trecho estabelece com o período anterior sentido de: a) oposição. b) finalidade. c) concessão. d) conclusão. e) conformidade. 85) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Interpretação de Textos

A expressão destacada em “LIA A GENTE como se fosse um livro.” é um exemplo de um recurso expressivo, denominado: a) eufemismo. b) metonímia.

c) sinestesia. d) catacrese. e) pleonasmo.

86) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Sintaxe

Sintaticamente, o termo destacado está corretamente analisado em: a) “O resto, dizia ELE.” / objeto direto.b) “Eu carregava comigo UM CHOCALHO DE CASCAVEL amarrado em um cordão encardido” / adjunto adverbial.c) “Parecia muito PEQUENO o ideal de meu pai.” / predicativo do su-jeito. d) “A gola ENGOMADA de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta.” / complemento nominal. e) “Eu corria pelos matos cheio DE CARRAPICHOS E CARRAPA-TOS” / agente da passiva.

87) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Morfologia - Verbos

A forma dos verbos pode indicar a duração prolongada de acontecimen-tos, que exprime o fato habitual, rotineiro como se observa em muitos exemplos no texto. Um desses exemplos encontra-se em: a) “E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada”.b) “Vi meu pai cochichar com minha mãe”.c) “Cascavel anda em dupla”.d) “Eu vivia como a canção”.e) “Vontade de chamar outra cascavel”.

88) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Interpretação de Textos

“Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, LÁ.”. A palavra destacada, no contexto, caracteriza-se pela: a) referência a um sentido ambíguo, duplo.b) alusão a um valor polissêmico.c) ausência de uma localização específica. d) indicação de local determinado pelo referente. e) retomada de um antecedente.

89) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Morfologia - Verbos

Reescrevendo apenas o que se destacou no fragmento “Eu CARRE-GAVA comigo um chocalho de cascavel.” na voz passiva analítica sem alterar o sentido, ter-se-ia: a) foi carregado. b) era carregado.c) é carregado.d) fosse carregado. e) for carregado.

90) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Pontuação

Tendo em vista o enunciado “Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tor-nando assim as palavras cuidadosas.”, analise as afirmativas a seguir.

I. O deslocamento do termo CUIDADOSAS para antes de PALAVRAS não provocaria alteração morfológica nem semântica.II. Poderia ser colocada uma vírgula antes e outra depois de ASSIM sem prejuízo para o sentido da frase.III. A forma verbal DIZIA é impessoal, dentro do contexto.

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):a) II.b) I.c) III.d) I e III.e) II e III.

91) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Pontuação

“Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e sopra-va.” O uso dos dois-pontos no fragmento se justifica por introduzir uma: a) restrição de informação.b) apresentação de uma causa . c) concessão de informação.d) ênfase argumentativa. e) explicitação de um fato.

92) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Interpretação de Textos

A conotação é um componente suplementar de significado por meio do qual ecoam as experiências culturais da comunidade, respondendo pelo efeito de sentido causado pela possível associação entre uma palavra e uma experiência cultural que matiza sua significação. O segmento transcrito do texto que contraria essa definição é: a) “Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo.” b) “Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos.”c) “Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para cha-mar o outro.”d) “Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento.” e) “A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença pe-çonhenta.”

93) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Médico nutrologistaAssunto Interpretação de Textos

Observe os fragmentos.

1. “era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites.”2. “Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra”

Sobre eles leia as afirmações.

I. OUTROS e OUTRA são pronomes adjetivos indefinidos.II. A forma verbal ERA é, conforme a regência, transitivo direto.III. SÓ pode ser substituído por APENAS.

Está correto apenas o que se afirma em: a) l e ll.b) l e lll.c) l.d) ll.e) lll.

94) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Técnico de enfermagemAssunto Interpretação de Textos

Viver ou juntar dinheiro?

Recebi uma mensagem muito interessante de um ouvinte da CBN e peço licença para lê-la na íntegra, porque ela nem precisa dos meus comentários. Lá vai: “Prezado Max, meu nome é Sérgio. Tenho 61 anos e pertenço a uma

geração azarada. Quando eu era jovem, as pessoas me diziam pra eu escutar os mais velhos que eram mais sábios; agora eles dizem pra eu escutar os mais jovens porque eles são mais inteligentes.Na semana passada, li em uma revista um artigo no qual jovens exe-cutivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muitas coisas. Aprendi, por exemplo, que se tivesse sim-plesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas.E descobri pra minha surpresa que hoje poderia estar milionário. Basta-va não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das via-gens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis. Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 1 milhão de reais na conta bancária. É claro que eu não tenho esse dinheiro! Mas, se tivesse, sabe o que esse dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso, acho que me sinto feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.” (transcrição de uma coluna de Max Gehringer, na rádio CBN. Disponí-vel em http.<www.recantodasletras.com.br>. Acesso em 26 nov. 2015)

De acordo com a leitura, o personagem Sérgio: a) deveria ter dado mais atenção à opinião dos mais velhos. b) se ainda fosse jovem, estaria se lamentando pelo fato de não haver acumulado bens materiais. c) assume um certo sentimento de inveja dos jovens executivos. d) se ressente pelo modo como passou os últimos anos de sua vida. e) não se arrepende das escolhas que fez durante a vida.

95) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Técnico de enfermagemAssunto Sintaxe

Assinale a opção que apresenta a função sintática que exerce o termo destacado em: “IMPRESSIONADO, peguei um papel e comecei a fazer contas.”. a) complemento nominal b) adjunto adnominalc) predicativo do objetod) adjunto adverbial e) predicativo do sujeito

96) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Técnico de enfermagemAssunto Crase

Assinale a opção em que a modificação feita na frase original exige o acento indicativo de crase: a) “chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro.” Chegarão à idade de 61 anos com um monte de dinheiro. b) “E recomendo aos jovens e brilhantes executivos.” E recomendo à esses jovens executivos.c) pertenço a uma geração azarada.” Pertenço à um grupo de pessoas azaradas. d) “eles dizem pra eu escutar os mais jovens.” Eles dizem pra eu escutar às pessoas mais jovens.e) “Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas.” Impres-sionado, peguei à caderneta e comecei a fazer umas contas.

97) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Técnico de enfermagemAssunto Pontuação

Assinale a opção em que a vírgula foi corretamente empregada para

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

separar o vocativo. a) “Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas.” b) “Prezado Max, meu nome é Sérgio.”c) “Na semana passada, li em uma revista um artigo” d) “se tivesse, sabe o que esse dinheiro me permitiria fazer?” e) “Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro”

98) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Técnico de enfermagemAssunto Interpretação de Textos

No trecho: “mas sem ter vivido a vida.” Identifica-se uma figura de linguagem. Aponte-a. a) Catacrese b) Metonímia c) Pleonasmo d) Eufemismo e) Hipérbole

99) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Técnico de enfermagemAssunto Pontuação

Assinale a opção em que, pelo contexto, observa-se que a vírgula marca a omissão de um termo.a) “Por isso, acho que me sinto feliz em ser pobre.” b) “Quando eu era jovem, as pessoas me diziam pra eu escutar os mais velhos” c) “Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.”d) “Prezado Max, meu nome é Sérgio.”e) “Na semana passada, li em uma revista um artigo no qual jovens”

100) Ano: 2016 | Banca: FUNCAB | Órgão: Prefeitura de Anápolis – GO | Prova: Técnico de enfermagemAssunto Morfologia

Se o adjetivo do trecho: “eram mais sábios” fosse empregado na forma erudita do grau superlativo absoluto sintético, ter-se ia: a) mais sábios. b) bastante sábios. c) sabidíssimos. d) muitíssimo sábios. e) sapientíssimos.

101) Ano: 2014 | Banca: FUNCAB | Órgão: SUPEL-RO | Prova: En-genheiro civilAssunto Interpretação de Textos

Notícia de jornal

Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome. Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma am-bulância do Pronto-Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome. Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome. O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Ana-tômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bi-cho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu des-tino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos

passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Pas-sam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão. Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome. E o homem morre de fome. De 30 anos presumíveis. Pobremente ves-tido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comer-ciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autori-dades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome. Morreu de fome.Com relação à crônica de Fernando Sabino é correto afirmar que:a) expressa a sensatez dos órgãos públicos que não cumprem o seu pa-pel.b) retrata uma cena comum nas ruas das grandes cidades.c) denuncia a indiferença dos transeuntes que passam pelo homem dei-tado na calçada e nada fazem.d) apresenta o responsável pela morte do homem: a Delegacia de Men-dicância, especialista em homens que morrem de fome.e) aponta a resignação e omissão do narrador diante do fato corriqueiro, que banaliza a morte causada pela fome. 102) Ano: 2014 | Banca: FUNCAB | Órgão: SUPEL-RO | Prova: En-genheiro civilAssunto Sintaxe

A gramática da língua portuguesa diz que Regência é a parte da Gra-mática que estuda a relação entre dois termos, verificando se um termo serve de complemento ao outro.(A BAURRE, Maria Luiza & PONTARA, Marcela. Gramática – Texto: Análise e Construção de Sentido. São Paulo, Moderna, 2007.)

A alternativa que contém exemplo de frase, formada a partir de ideias do texto, em que a regência atende corretamente a esse conceito é:

a) O narrador tornou as ideias acessíveis com as de todos.b) Todos agiram de modo desfavorável com a situação.c) O narrador sentiu compaixão a ele.d) Alguns passantes preferiam não olhar a tomar alguma iniciativa.e) O comissário de plantão tinha certeza que não era o responsável pelo fato.

103) Ano: 2014 | Banca: FUNCAB| Órgão: SUPEL-RO | Prova: En-genheiro civilAssunto Interpretação de Textos

Em “Um homem de cor branca, trinta anos PRESUMÍVEIS [...]” (§ 1), / “Depois de INSISTENTES pedidos e comentários [...]” (§ 2) os ele-mentos destacados podem ser substituídos, sem prejuízo para o sentido original do texto, por, respectivamente:a) pressupostos, insipientes.b) prováveis, reiterados.c) presuntivos, maçantes.d) diligentes, incômodos.e) presunçosos, insípidos.

104) Ano: 2014 | Banca: FUNCAB | Órgão: SUPEL-RO | Prova: En-genheiro civilAssunto Interpretação de Textos

Assinale a alternativa que apresenta a forma de reescrita do segmento “Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome.” (§ 1) que gera problemas de sentido.a) Leio a notícia de que um homem morreu de fome no jornal.

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

b) Leio a notícia, no jornal, de que um homem morreu de fome.c) A notícia no jornal de que um homem morreu de fome é lida por mim.d) Leio a notícia no jornal de que um homem morreu de fome.e) No jornal, leio a notícia de que um homem morreu de fome.

105) Ano: 2014 | Banca: FUNCAB | Órgão: SUPEL-RO | Prova: En-genheiro civilAssunto Interpretação de Textos

A figura de linguagem presente em “Louve-se a insistência dos comer-ciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autori-dades.” (§ 7) é:a) comparação.b) sinestesia.c) prosopopeia.d) ironia.e) metonímia.

106) Ano: 2014 | Banca: FUNCAB | Órgão: SUPEL-RO | Prova: En-genheiro civilAssunto SintaxeEm uma das alternativas a seguir, o termo destacado do primeiro pa-rágrafo funciona como objeto direto da oração a qual pertence. Assi-nale-o.a) “de fome”b) “a notícia”c) “sem socorros”d) “em pleno centro da cidade”e) “Um homem de cor branca”

107) Ano: 2014 | Banca: FUNCAB | Órgão: SUPEL-RO | Prova: En-genheiro civilAssunto Morfologia - Verbos

Ao se transpor a frase “Louve-se a insistência dos comerciantes [...]” (§ 7) para a voz passiva analítica, como ficaria a forma verbal?a) Foi louvadob) Seria louvadac) É louvadad) Será louvadae) Seja louvada

108) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Interpretação de Textos

Uma velhinha

Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze ho-ras), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito val-or”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espe-táculo está agradando. Pede um filet e recomenda que seja mais bem do

que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mul-her que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua co-modidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lava-dos por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Edit-ora Paz e Terra, 1964, p. 262.)

A respeito do texto são feitas as seguintes afirmações. I. A partir do momento em que, toda manhã, a velhinha, de cerca de setenta anos, chega ao restaurante Westfália, tudo começa a girar em torno dela.II. A resposta do garçom a quem não conhece a velhinha e quer saber a respeito dela é que se trata de uma pessoa consentânea, pois, não ob-stante sua qualificação como professora de línguas estrangeiras, é dada a hábitos incomuns.III. Ao abrir sua mala, estilo James Bond, e dela retirar copo e talheres de prata e começar a limpá-los cuidadosamente com um guardanapo, a velhinha demonstra aos presentes no restaurante em que consistem os casos que cria.IV. O gesto de solicitar ao garçom que recolha os talheres e louça do restaurante, enquanto limpa as peças com que vai comer, vai de encon-tro à sua arrogante aversão aos talheres e pratos do restaurante. V. Depois de impedir que o garçom tente dizer-lhe um agrado, humil-hando-o por causa da pronúncia, pelo olhar e sorriso mostra-se con-sciente de que suas atitudes são de agrado geral.VI. Em vista do que foi descrito, a despeito da suposição de ser uma criatura abominável, a velhinha é uma graça, haja vista ser uma mulher que preza seus gostos e que não negocia seu bem-estar.

Das afirmações acima, estão de acordo com o texto apenas: a) I, III, V e VIb) I, II,V e VIc) II, III, IV e Vd) I, II, V e VI

109) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Interpretação de Textos

O texto permite o entendimento de que poesia e simplicidade são ne-cessárias para a descrição da velhinha em decorrência, principalmente:a) de seus valiosos hábitos de cuidado e limpeza, bem como do apurado e exigente paladar.b) de sua inteligência que a tornou capacitada para ensinar várias lín-guas estrangeiras, como autêntica poliglota.c) de ser ela uma pessoa encantadora, pela firmeza dos princípios sub-jacentes ao seu caráter.d) do fato de suas feições serem extremamente belas, um a beleza com-parável à da atriz e princesa Grace Kelly.

110) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Pontuação

“Por último o prato, a única peça que não é de prata.”( § 2)

A vírgula empregada no período acima se justifica pela mesma regra da que se emprega no seguinte fragmento do texto:a) “Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral.”

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(§3)b) “... que se trata de uma velhinha de muito valor , professora de in-glês...” (§ 1)c) “Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável.” (§ 4)d) “Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando.” (§ 3)

111) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Interpretação de Textos

“Pede um filet e recomenda que seja mais bem do que mal passado.” (§3)

A construção comparativa acima permite o entendimento de que a reco-mendação da velhinha foi feita no sentido de que o filet fosse servido: a) o mais possível bem malpassado.b) ao ponto, todavia um pouco mais para bem passado.c) bem passado tanto quanto possível .d) ao ponto, contudo um pouco menos para malpassado.

112) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Pontuação

Considere o emprego das aspas nos fragmentos transcritos a seguir.

I. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, profes-sora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”. ( § 1)II. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer... ( § 2)

Explicam-se as aspas empregadas nos dois fragmentos, respectivamen-te, por: a) reprodução de fala de personagem / destaque a sentido figurado de palavra.b) intenção do conferir destaque a expressões empregadas fora de con-texto habitual / destaque a termo de gíria.c) intenção de exprimir ironia /destaque a sentido conotativo dado à palavra.d) destaque a sentido denotativo dado às expressões / intenção de realce a termo em hipérbole.

113) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Sintaxe

“... em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata...” (§ 2)

Das alterações feitas na redação da oração adjetiva do fragmento acima, constitui um desvio de regência em relação à norma culta da língua a seguinte: a) em seguida, um guardanapo, no qual resolve fazer um desenho de uma figura curiosa.b) em seguida. um guardanapo. a que se refere como uma preciosidade especial.c) em seguida. um guardanapo, para o qual atrai os olhares dos presen-tes com atenção.d) em seguida, um guardanapo, onde dá início a um discurso de alto teor persuasivo.

114) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Morfologia - Verbos

“... traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata.” (§ 4)

Caso a oração expressa na voz passiva do fragmento acima seja redigida na forma composta da voz ativa, uma forma de redação possível será: a) .. traz de sua casa a louça. os talheres e o copo de prata que eram lavados por ela.b) .. traz de sua casa a louça, os talheres e o copo de prata que por ela tinham sido lavados.c) .. traz de sua casa a louça, os talheres e o copo de prata que foram lavados por ela.d) .. traz de sua casa a louça, os talheres e o copo de prata que ela havia lavado.115) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Psi-cologiaAssunto Crase

“Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca...” (§ 2)

No fragmento acima, o acento indicativo da crase é de emprego obri-gatório, pelas normas da língua culta. Das alterações feitas na redação do fragmento, é facultativo empregar o acento indicativo da crase em: a) Volta àquela mala que estava sobre a mesa o sai lá de dentro com uma faca.b) Volta outra vez à própria mala e sai lá de dentro com uma faca.c) Volta até à mala e sai lá de dentro com uma faca.d) Volta novamente à mesma mala o sai lá de dentro com uma faca.

116) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Médico veterinárioAssunto Pontuação

Considere o emprego das aspas nos fragmentos transcritos a seguir.I. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, profes-sora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”. ( § 1)II. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer... ( § 2)

Explicam-se as aspas empregadas nos dois fragmentos, respectivamen-te, por: a) intenção de exprimir ironia / destaque a sentido conotativo dado à palavra. b) reprodução de fala de personagem / destaque a sentido figurado de palavra. c) destaque a sentido denotativo dado as expressões / intenção de realce a termo em hipérbole. d) intenção de conferir destaque a expressões empregadas fora de con-texto habitual / destaque a termo de gíria.

117) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Médico veterinárioAssunto Morfologia

“A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é...” (§4)

No fragmento acima, os nomes “velhinha” e “magrinha” foram em-pregados com o sufixo -inha. Este sufixo é usado em português para exprimir o diminutivo sintético nos nomes substantivos. Assim, pode-se depreender que em ambos os nomes o sufixo tem valor semântico cono-tativo, exprimindo, respectivamente:a) carinho e depreciaçãob) elegância e superiorieadec) afeto e intensidaded) arroubo e consternação

118) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Médico veterinárioAssunto Sintaxe

“... em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata...” (§ 2)Das alterações feitas na redação da oração adjetiva do fragmento acima, constitui um desvio de regência em relação à norma culta da língua a

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

seguinte: a) em seguida, um guardanapo, para o qual atrai os olhares dos presen-tes com atenção.b) em seguida, um guardanapo, a que se refere como uma preciosidade especial. c) em seguida, um guardanapo, no qual resolve fazer um desenho de uma figura curiosa.d) em seguida, um guardanapo, onde da início a um discurso de alto teor persuasivo.

119) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: SES-MG | Prova: Médico veterinárioAssunto Morfologia - Verbos

“Não NEGOCIA sua comodidade...” (§ 4)O verbo em maiúsculas acima faz parte de um modelo de flexão com possibilidade de ditongação no radical: são os verbos terminados no infinitivo em -iar e -ear. Assim, pode-se afirmar que está em desacordo com o padrão culto de flexão o verbo em destaque na seguinte frase: a) A velhinha sempre CEIA por volta das 18 horas. b) Dizia o garçom para a velhinha: ‘Não ARREIE seus talheres sobre a mesa, minha senhora!”.c) A velinha recomendava ao garçom: “PRONUNCIA com correção tuas palavras!”d) A velhinha REMEDEIA seus problemas de saúde com uma alimen-tação saudável. 120) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade Técnica de SuporteAssunto Interpretação de Textos

Arquimedes, o bom repórter

Faz parte do meu ofício inventar. Mentir, sem qualquer consideração teológica. Preencher as páginas em branco, esforçando-me por criar heróis mesquinhos e sublimes. Um ofício que se funde com as adversi-dades do cotidiano e que, pautado por uma estética insubordinada, com-porta todas as escalas morais, afugenta os ideários uniformizadores.A literatura brota de todos os homens, de todas as épocas. Sua ambígua natureza determina que os escritores integrem uma raça fadada a exce-der-se. Seus membros, como uma seita, vivem na franja e no âmago da realidade, que constrange e ilumina ao mesmo tempo. E sem a qual a criação fenece. A arte dos escritores arregimenta a sucata e o sublime, o que se oxida em meio aos horrores, o que se regenera sob o impulso dos suspiros de amor. Apalpa a matéria secreta que sangra e aloja-se nos porões da alma.Há muito sei que a escrita não poupa o escritor. E que, ao ser um mar-tírio diário, coloca-o a serviço do real. E enquanto este mero exercício de acumular palavras, de dar-lhes sentido, for um ato de fé no humano, a literatura seguirá sendo protagonista do enigma que envolve vida e morte. Uma arte que geme, emite sinais, desenha signos, e que constitui uma salvaguarda civilizadora perante a barbárie. Em cujas páginas ba-talha-se pelo provável entendimento entre seres e situações intoleráveis. Como se por meio de certos recursos estéticos fosse possível conciliar antagonismos, praticar a tolerância, ativar sentimentos, testar os limites da linguagem e da ambiguidade da solidão humana. Salvar, enfim, os seres trágicos que somos.Não sei ser outra coisa que escritora. Já pelas manhãs, enquanto crio, apalpo emoções benfazejas, sentimentos instáveis, a substância sob o abrigo do sinistro e da esperança. Tudo o que a realidade abusiva refuta. É mister, contudo, combater os expurgos estéticos para narrara história jamais contada.A criação literária, porém, que se faz à sombra da comunidade humana, aproximou-me sempre daqueles cujas experiências pessoais eram vizi-nhas no ato de escrever. Por isso, desde a infância, senti-me irmanada aos jornalistas no uso das palavras e na maneira de captar o mundo. E a tal ponto vinculada aos jornais que nos vinham a casa, já pelas manhãs, que disputava com o pai o privilégio de lê-los antes dele. De aproximar--me destas páginas vivazes que, arrancando-me da sonolência, procla-mavam que a vida despertara antes de mim. O drama humano não tinha

instante para começar, precedera-me há horas, há milênios.(PINON, Nélida. Aprendiz de Homero. Rio de Janeiro: Editora Recor-d,2008,p.81-82,fragmento.)

O texto contém uma série de afirmações sobre a arte da criação literária. Da leitura atenta, pode-se depreender que está em desacordo com o texto a seguinte afirmação:

a) a escrita não poupa o escritor, e sendo um martírio diário, coloca-o a serviço do real.b) a literatura é uma ocupação que se funde com as tribulações do co-tidiano e que não só comporta todas as escalas morais, mas também rejeita os planos de ideias uniformizadoras, por estar regulada por uma estética sem qualquer disciplina.c) a literatura, cuja dúbia natureza determina que os escritores com-ponham uma espécie predestinada a exceder-se, é inerente a todos os homens e a todas as épocas.d) a literatura é uma arte que sofre, que produz sinais, que se utiliza de signos, além de constituir uma garantia de civilização para impedir a selvageria.e) o ofício do escritor é inventar, é mentir, com o objetivo de ofender a Deus, preenchendo páginas em branco e esforçando-se para criar tanto heróis medíocres, quanto sobrenaturais.

121) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade Técnica de SuporteAssunto Interpretação de Textos

“O drama humano não tinha instante para começar, precedera-me há horas, há milênios.”

A frase transcrita, no texto, está em referência:

a) às páginas ativas dos jornais.b) à ambiguidade da natureza da criação literária.c) a uma salvaguarda civilizadora perante a barbárie.d) às histórias jamais contadas.e) à criação literária.

122) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade Técnica de SuporteAssunto Interpretação de Textos

Quanto à tipologia textual, o texto pode ser classificado como:a) basicamente injuntivo ou instrucional, por ensinar as normas do fazer literário.b) predominantemente dissertativo, com argumentação voltada para o fazer literário. c) totalmente dissertativo expositivo, por demonstrar como se realiza a criação literária. d) essencialmente descritivo, pelas inúmeras imagens poéticas presen-tes.e) simplesmente narrativo, enunciado personagem narrador.

123) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade Técnica de SuporteAssunto Interpretação de Textos

Nos fragmentos transcritos a seguir foram dadas informações a respeito da coesão referencial entre partes do texto. Está INADEQUADA, de acordo com texto, a referência do termo destacado feita em: a) “que disputava com o pai o privilégio de lê-LOS antes dele.” /jornais. b) “ e QUE, pautado por uma estética insubordinada” / ofício. c) “SEUS membros, como uma seita, vivem na franja e no âmago da realidade” / da literatura. d) “E sem A QUAL a criação fenece.” / realidade. e) “Em CUJAS páginas batalha-se pelo provável entendimento entre seres e situações intoleráveis.” / salvaguarda civilizadora.

124) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Técnica de SuporteAssunto Morfologia

“vinculado aos jornais que nos vinham A casa, já pelas manhãs”

A respeito do vocábulo em caixa alta no trecho transcrito, pode-se afir-mar que está grafado:

a) corretamente, pois antes da palavra “casa” nunca se usa crase.b) incorretamente, pois deveria receber o acento da crase, por se tratar de preposição mais artigo definido feminino.c) corretamente, pois não é resultado de crase, mas apenas preposição, porquanto não se usa artigo antes do vocábulo “casa” no sentido de “lar”, domicílio”: no texto, a casa é da enunciadora.d) incorretamente, pois a crase é obrigatória antes da palavra “casa”, em qualquer sentido que seja usada.e) corretamente, sem o acento da crase, por se tratar apenas de artigo definido feminino.

125) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade Técnica de SuporteAssunto Pontuação

Nos fragmentos do texto transcritos a seguir, foram feitas alterações no em prego dos sinais de pontuação. A alteração foi feita em consonância com as normas de pontuação em: a) É mister contudo, com bater os expurgos estéticos, para narrar a his-tória jamais contada. b) Salvar enfim os seres trágicos, que somos.c) A arte dos escritores, arregimenta a sucata e o sublime: o que se oxida em meio aos horrores; o que se regenera sob o impulso dos suspiros de amor. d) E que: ao ser um martírio diário coloca-o a serviço do real. e) O drama humano não tinha instante para começar: precedera-me há horas, há milênios.

126) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

Peste Alada

Mosquitos são criaturas terríveis. Estima-se que eles tenham sido res-ponsáveis por metade de todas as mortes de seres humanos ao longo da história. Ou seja, mataram mais gente do que qualquer outra coisa. Isso acontece porque, como se multiplicam rápido e em enormes quan-tidades, são excelentes transmissores de doenças - como a dengue, que é causada por um vírus chamado DENV. O mosquito pica uma pessoa infectada, adquire o vírus, e o espalha para outras pessoas ao picá-las também. A dengue é uma doença séria, que pode matar, e um grande problema no Brasil: em 2013, o Ministério da Saúde registrou 1,4 mi-lhão de casos, mais que o dobro do ano anterior. Tudo culpa do Aedes aegypti. Ele é um mosquito de origem africana, que chegou ao Brasil via navios negreiros, na época do comércio de escravos. E hoje, impul-sionado pelaglobalização, levou a dengue a mais de cem países (na década de 1970, apenas nove tinham epidemias da doença). Os números mostram que, mesmo com todos os esforços de combate e campanhas de educação e prevenção, o mosquito está ganhando a guerra. Entra em cena o 0X513A, que foi criado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Ele é idêntico ao Aedes aegypti - exceto por dois genes modificados, colocados pelo homem. Um deles faz as larvas do mos-quito brilharem sob uma luz especial (para que elas possam ser identi-ficadas pelos cientistas). O outro é uma espécie de bomba-relógio, que mata os filhotes do mosquito. A ideia é que ele seja solto na natureza, se reproduza com as fêmeas de Aedes e tenha filhotes defeituosos - que morrem muito rápido, antes de chegar à idade adulta, e por isso não conseguem se reproduzir. Com o tempo, esse processo vai reduzindo a população da espécie, até extingui-la. Recentemente, a Comissão Téc-nica Nacional de Biossegurança, um órgão do Ministério da Ciência e

Tecnologia, aprovou o mosquito. E o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a permitir a produção em grande escala do 0X513A- que agora só depende de uma última liberação da Anvisa. A Oxitec, empresa criada pela Universidade de Oxford para explorar a tecnologia, acredita que isso vai ocorrer. Tanto que acaba de inaugurar uma fábrica em Cam-pinas para produzir o mosquito. O 0X513A já foi utilizado em testes na Malásia, nas Ilhas Cayman (no Caribe) e em duas cidades brasileiras: Jacobina e Juazeiro, ambas na Bahia. Deu certo. Em Juazeiro, a população de Aedes aegypti caiu 94% após alguns meses de tratamento com os mosquitos transgênicos. Em Jacobina, 92%. As outras formas de combate, como mutirões de limpe-za, campanhas educativas e visitas de agentes de saúde, continuaram sendo realizadas. “Nós não paramos nenhuma ação de controle. Adi-cionamos mais uma técnica”, diz a bióloga Margareth Capurro, da USP, coordenadora técnica das experiências. Há indícios de que o mosquito transgênico funciona. Mas ele também tem seu lado polêmico.[...]Mas, e se o mosquito 0X513A sofresse uma mutação, e se tornasse imu-ne ao gene letal? Afinal, é assim que a evolução funciona. Mutações são inevitáveis. [...] A Oxitec diz que não há risco. Ela estima que até 5% dos filhotes transgênicos poderão sobreviver ao gene letal, e chegar à idade adulta. Mas eles serão menores e mais fracos do que os mosquitos “selvagens”, e por isso não conseguirão se reproduzir. Mesmo se con-seguirem, em tese não terão nenhuma característica que os torne mais perigosos que o Aedes comum. Além disso, como eles são criados em laboratório, seu DNA pode ser monitorado. “Os dois genes [que foram] inseridos são muito estáveis. A linhagem 0X513A foi criada em 2002, e até agora teve mais de cem gerações em laboratório, sem nenhuma mudança nos genes inseridos”, afirmou a empresa em nota enviada à SUPER.(Revista Superinteressante, edição 337, set de 2014)

Assinale a opção correta com relação ao texto.a) Desde que foi comprovado o aumento do número de pessoas infecta-das pelo vírus, o mosquito transgênico tornou-se um problema no país.b) A fábrica para produção do mosquito transgênico foi inaugurada an-tes mesmo da aprovação da nova tecnologia pela Anvisa.c) A nova tecnologia que produz os mosquitos transgênicos inviabilizou os outros métodos para controle da dengue.d) A certeza de que os mosquitos transgênicos transgênicos inviabilizou os outros métodos para controle da dengue.e) Na época do comércio de escravos, os brasileiros conseguiram disse-minar a doença pelo mundo inteiro.

127) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

No fim do segundo parágrafo, o pronome destacado em: “A Oxitec, empresa criada pela Universidade de Oxford para explorar a tecnologia, acredita que ISSO vai ocorrer.” se refere ao termo:a) empresa.b) liberação.c) país.d) mosquito.e) tecnologia.

128) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Pontuação

No trecho: “Ou seja, mataram mais gente do que qualquer outra coisa.”, a vírgula foi empregada para:a) separar uma expressão explicativa.b) separar o vocativo.c) separar o aposto.d) indicar a omissão de um terreno.e) separar o sujeito do predicado.

129) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

tente AdministrativoAssunto Sintaxe

O pronome relativo destacado em: “Ele é um mosquito de origem afri-cana, QUE chegou ao Brasil via navios negreiros, na época do comércio de escravos.” funciona como elemento de coesão que, no texto, retoma o termo:a) africana.b) escravos.c) navios.d) mosquito.e) origem.

130) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Morfologia - Verbos

De acordo com a norma culta da língua, a frase: “(para que elas possam ser identificadas pelos cientistas).” na voz ativa, deve assumir a seguin-te forma:a) para que elas identificassem os cientistas.b) para que os cientistas identifiquem elas.c) para que os cientistas possam identificá-las.d) para que elas identifiquem os cientistas.e) para que elas possam identificá-los.

131) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Sintaxe

As palavras destacadas em: “a Comissão Técnica Nacional de Biosse-gurança, um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, aprovou O MOSQUITO.” Exercem, juntas, a função sintática de:a) objeto indireto.b) predicativo.c) complemento nominal.d) objeto direto.e) adjunto adverbial.

132) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

Assinale o trecho em que a palavra destacada foi empregada no sentido conotativo.a) “como a dengue, que é causada por um VÍRUS”b) “na época do COMÉRCIO de escravos.”c) “o mosquito está ganhando a GUERRA.”d) “exceto por dois GENES modificados”e) “Um deles faz as LARVAS do mosquito brilharem”

133) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

Assinale a figura de linguagem que se identifica em: “Entra em cena o 0X513A, que foi criado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra.”a) metonímiab) eufemismoc) metáforad) antítesee) catacrese

134) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Crase

Assinale a opção em que o A deve receber acento grave como em: “che-gar à idade adulta.”a) É preferível criar o mosquito a contrair dengue.

b) Entregamos a eles o protótipo do mosquito.c) Os cientistas procuram combater a nova doença.d) Os ecologistas temem danos a natureza.e) Eles se referiam a esta doença.

135) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO |Prova: Assis-tente AdministrativoAssunto Interpretação de Textos

No contexto da charge, percebe-se uma crítica:a) à saúde pública.b) aos planos de saúde.c) ao fato de uma paciente gostar de dançar.d) à incompetência de alguns médicos.e) a um gênero musical.

136) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade Técnica de SuporteAssunto Pontuação

Nos fragmentos do texto transcritos a seguir, foram feitas alterações no emprego dos sinais de pontuação. A alteração foi feita em consonância com as normas de pontuação em:a) É mister contudo, combater os expurgos estéticos, para narrar a his-tória jamais contada.b) A arte dos escritores, arregimenta a sucata e o sublime: o que se oxida em meio aos horrores; o que se regenera sob o impulso dos suspiros de amor.c) Salvar enfim os seres trágicos, que somos.d) O drama humano não tinha instante para começar: precedera-me há horas, há milênios.e) E que: ao ser um martírio diário coloca-o a serviço do real.

137) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade de Complexidade IntelectualAssunto Interpretação de Textos

Os segredos da narrativa

Acumulo uma casa abarrotada, um palácio falsamente reluzente e uma miséria envergonhada. Tenho, entre os dentes, um repertório caótico frente ao qual capitulo entregue à desordem do meu instinto narrativo.A seleção que faço da vida é arbitrária. Faltam-me critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros. Como selecionar o que seja, se a própria existência é uma apologia ao banal?Aguardo, pois, um tempo futuro que me facilite alcançar o cerne da matéria onde a paixão soçobra e ilumina-se ao mesmo tempo.Sou um ser comprometido com o enigma da criação. Aarteé a minha razão de ser. Sua substância é inicialmente desconfortável, mas meu ofício não conhece expurgo. Desconfio que escrevo para alargar o sen-tido da vida. E que, ao criar à revelia certas metáforas, sirvo ao mistério que reina na minha terra, privo com a intimidade do meu corpo. E cedo entendi que, entre uma história e outra, o ideal é esgotar o que inicial-mente se encontra sob o meu domínio, até dar caça de novo ao singular.Mal defino, contudo, este enigma a que sirvo, apesar do longo convívio com o fazer literário. Sempre que tentei esclarecer os postulados da arte narrativa, falhei em apreender sua vasta relação com o mundo e os se-res. Sei, no entanto, que a escritura é a residência secreta do escritor na terra. E que, confrontado com o mito da criação, seu maior segredo, ele vive e morre em meio às palavras. Sob este mito aloja-se a sua estética, assim como a consciência da arte. Razão de o escritor tentar conceituar a natureza da linguagem, decifrar a escritura que deriva da imaginação e da ilusão. Pretender saber por que ilusão e imaginação, ambas de rea-lidade evanescente, são sanguíneas e apaixonadas, ainda que pairem acima do concreto e do palpável. E apresentem, além do mais, marcas persuasivas, eloquentes, insidiosas, e estejam em todas as partes, aten-dendo aos ditames coletivos, tornando a arte crédula.Mas, graças à arte literária, que convive fundamentalmente com a es-perança do inefável e do poético, aceitamos a ilusão do mundo, e dos sentimentos que nos habitam, como premissas para a existência da pró-

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

pria obra de arte. Para, deste modo, acolhermos a existência anímica de Aquiles, de Karamasoff, de Don Quijote, estes seres ilusórios que nos surgem revestidos de carne.(PINON, Nélida. Aprendiz de Homero. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008, p. 23-24, fragmento.)

De acordo com o texto, o escritor depara-se com muitos desafios na arte da criação narrativa, os quais ele denomina como “os segredos da narrativa”.O fragmento abaixo em que o enunciador exprime com maior clareza a sua dificuldade de enfrentar esses desafios é:a) “Faltam-me critérios para saber o que vale guardar para os anos vin-douros.”b) “ Sempre que tentei em apreender os postulados arte narrativa, falhei em apreender sua vasta relação com o mundo e os seres.”c) “Desconfio que escrevo para alargar o sentido da vida.”d) “ Acumulo uma casa abarrotada, um palácio falsamente reluzente e uma miséria envergonhada. “e) “Sob este mito aloja-se a sua estética , assim como a consciência da arte. “

138) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade de Complexidade IntelectualAssunto Interpretação de Textos

Ao discorrer sobre os anseios que lhe provocam “os segredos da narra-tiva”, o enunciador o faz muitas vezes por meio de discurso em que usa construções contrastivas. Dentre os fragmentos abaixo, aquele em que foi usado esse recurso expressivo é:a) “Sei, no entanto, que a escritura é a residência secreta do escritor na terra. “b) “Aguardo, pois, um tempo futuro que me facilite alcançar o cerne da matéria onde a paixão soçobra e ilumina-se ao mesmo tempo.”c) “Razão de o escritor tentar conceituar a natureza da linguagem, deci-frar a escritura que deriva da imaginação e da ilusão.”d) “Sou um ser comprometido com o enigma da criação. A arte é a minha razão de ser.”e) “Mas, graças à arte literária, que convive fundamentalmente com a esperança do inefável e do poético, aceitamos a ilusão do mundo.”

139) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade de Complexidade IntelectualAssunto Interpretação de Textos

“A seleção que faço da vida é arbitrária. Faltam-me critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros.”

Redigindo-se as duas frases acima em um único período e mantendo-se o sentido do texto, a redação será:a) A seleção que faço da vida é arbitrária, por conseguinte faltam-me critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros.b) A seleção que faço da vida é arbitrária, ainda que me faltem critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros.c) A seleção que faço da vida é arbitrária, porquanto me faltam critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros.d) A seleção que faço da vida é arbitrária, de modo que me faltam crité-rios para saber o que vale guardar para os anos vindouros.e) A seleção que faço da vida é arbitrária, conquanto me faltem critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros.

140) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade de Complexidade IntelectualAssunto Interpretação de Textos

“E cedo entendi que, entre uma história e outra, o ideal é esgotar o que inicialmente se encontra sob o meu domínio, até dar caça de novo ao singular.”

A redação que corresponde a uma paráfrase do período transcrito é:a) Para não se confundir no processo criativo, o escritor deve ter o

cuidado de concluir uma narrativa mesmo que já tenha matéria para iniciar outra.b) Logo cheguei ao entendimento de que, entre uma narrativa e outra, devo completar o que já conheço, para depois procurar elementos ainda não explorados.c) E logo entendi que, ao passar de uma história para a outra, é impor-tante que, antes de completar totalmente a primeira, eu busque elemen-tos novos para servir de enredo à próxima.d) Tendo completamente uma narrativa, o escritor deve buscar com urgência matéria para novo livro para não ter sua imaginação criativa inibida.e) Todo escritor tem em conta que para atender ao seu constante proces-so criativo é ideal que esteja em busca permanente de matéria para um novo livro, mesmo ainda no processo de criação do que está em curso.

141) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade de Complexidade IntelectualAssunto Interpretação de Textos

“entregue à desordem do meu instinto narrativo.”

No fragmento transcrito, do ponto de vista da regência, o emprego do acento indicativo da crase é obrigatório. Das alterações feitas no refe-rido fragmento, o emprego do acento indicativo da crase está em desa-cordo com as normas de regência em:a) entregue à total desordem do meu instinto narrativo.b) entregue à idêntica desordem do meu instinto narrativo.c) entregue à essa desordem do meu instinto narrativo.d) entregue àquela desordem do meu instinto narrativo.e) entregue à que foi considerada a desordem do meu instinto narrativo.

142) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade de Complexidade IntelectualAssunto Pontuação

“Acumulo uma casa abarrotada, um palácio falsamente reluzente e uma miséria envergonhada.”A vírgula empregada no fragmento transcrito justifica- se pela mesma norma que justifica a(s) vírgula(s) em:a) “Aguardo, pois, um tempo futuro que me facilite alcançar o cerne da matéria”b) “Tenho, entre os dentes, um repertório caótico frente ao qual capitulo entregue à desordem do meu instinto narrativo.”c) “Pretender saber por que ilusão e imaginação, ambas de realidade evanescente, são sanguíneas e apaixonadas”d) “Sob este mito aloja-se a sua estética, assim como a consciência da arte.”e) “Razão de o escritor tentar conceituar a natureza da linguagem, deci-frar a escritura que deriva da imaginação e da ilusão.”

143) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: ANS | Prova: Atividade de Complexidade IntelectualAssunto Interpretação de Textos

“Mas, graças à arte literária, que convive fundamentalmente com a es-perança do inefável e do poético, aceitamos a ilusão do mundo, e dos sentimentos que nos habitam, como premissas para a existência da pró-pria obra de arte.”

Com base na significação contextual dos vocábulos, a opção em que es-tão relacionados, respectivamente, os significados dos vocábulos INE-FÁVEL e PREMISSAS, no fragmento transcrito, é:a) indizível/proposições.b) indescritível/incentivos.c) desalentador/asserções.d) desorientador/previsões.e) inebriante/providências.

144) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços gerais

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Assunto Morfologia - Verbos

Os desastres de Sofia

Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele.O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto de-mais, óculos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:— Cale-se ou expulso a senhora da sala. Ferida, triunfante, eu respon-dia em desafio: pode me mandar! Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornava doloroso para mim ser o objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta desastradamente proteger um adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê um homem de ombros tão curvos. [...](LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina, [trecho])

Na primeira frase do texto, encontram-se os seguintes pretéritos:a) imperfeito do indicativo, mais-que-perfeito do indicativo e imperfei-to do subjuntivo.b) imperfeito do indicativo, mais-que-perfeito indicativo e mais-que--perfeito do subjuntivo.c) perfeito do indicativo, mais-que-perfeito do indicativo e imperfeito do subjuntivo.d) perfeito do indicativo, imperfeito do indicativo e imperfeito do sub-juntivo.e) imperfeito do indicativo e imperfeito do subjuntivo.

145) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Interpretação de Textos

A característica do professor, enfatizada no texto, de ter “ombros con-traídos” só não pode ser relacionada à(aos): a) nervosismo.b) timidez.c) insegurança.d) medo.e) tranquilidade.

146) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Interpretação de Textos

A frase “Cale-se ou expulso a senhora da sala.” Só pode ser reescrita, com manutenção de sentido, como:a) Caso se cale, expulso a senhora de sala.b) Se não se calar, expulso a senhora de sala.c) Senhora, cale-se e a expulsarei da sala.d) Embora eu a expulse da sala, senhora, cale-se.e) Cale-se, senhora, portanto a expulsarei da sala.147) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços gerais Assunto Morfologia - Verbos

Em “Qualquer que TIVESSE sido o seu trabalho anterior”, substituindo a forma em destaque por TENHA, obtém-se, como mudança de sentido:a) Tenha, imprimindo tom mais hipotético à afirmação.b) Tenha, imprimindo tom menos hipotético à afirmação.c) Tenha, retirando a afirmação do campo da suposição e lhe dando arde certeza.d) nenhuma, pois as duas formas verbais são sinônimas.e) Tenha, acrescentado maior tom de dúvida a respeito da afirmação.

148) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Interpretação de Textos

Em “Ferida, triunfante, eu respondia”, observa-se.a) uma contradição presente no estado de espírito da narradora.b) um simples desabafo que não permite maiores observações sobre a narradora e seu estado.c) um exagero da narradora, sem qualquer sentido.d) um sentimento lógico e enfático da narradora.e) um lamento ressentido da narradora, totalmente carregado de sentido negativo.

149) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Interpretação de Textos

Em “era tudo o que sabíamos DELE.”, a palavra destacada poderia ser reescrita, com manutenção de sentido como:a) era tudo o que sabíamos próximo a ele.b) era tudo o que sabíamos sob ele.c) era tudo o que sabíamos a respeito dele.d) era tudo o que sabíamos nele.e) era tudo o que sabíamos além dele.

150) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Morfologia - Verbos

Passando para a voz passiva a oração “interrompia a lição com piadi-nhas”, obtém-se:a) A lição com piadinhas eu interrompia.b) A lição interrompia com piadinhas.c) A lição era interrompida por mim com piadinhas.d) Era a lição com piadinhas de mim interrompida.e) A lição com piadinhas interrompida por mim.

151) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Morfologia - Verbos

Considerando o trecho final “e VÊ um homem de ombros tão curvos.”, observa-se em destaque o verbo VER. Tal verbo está conjugado corre-tamente em:a) Se vir um homem de ombros tão curvos.b) Se ver um homem de ombros tão curvos.c) Se vim um homem de ombros tão curvos.d) Se vêm um homem de ombros tão curvos.e) Se vem um homem de ombros tão curvos.

152) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Morfologia - Pronomes

Sobre as possibilidades de reescrita de “tanto que SE tornava doloroso” e “Não O amava como a mulher...”, do ponto de vista das colocações pronominais em destaque, é correto dizer que: a) o primeiro trecho poderia ser reescrito “tanto que tornava-SE doloro-so” e o segundo “O não amava como a mulher”.b) o primeiro trecho poderia ser reescrito “tanto que tornava-SE doloro-so”, não podendo o segundo ser modificado.c) o primeiro trecho poderia ser reescrito “tanto que tornava-SE doloro-so” e o segundo “Não amava-O como a mulher”.d) ambos os pronomes não podem ocupar nenhuma outra posição que não a aí realizada.e) o segundo trecho poderia ser reescrito “Não amava-0 como a mu-lher”, já o primeiro não pode ser modificado.

153) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

liar de serviços geraisAssunto Interpretação de Textos

Em “passara PESADAMENTE a ensinar no curso primário.”, a palavra em destaque só pode ser substituída, mantendo o sentido original, por:a) penosamente.b) profundamente.c) subitamente.d) normalmente.e) persistente.

154) Sintaxe | Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-ROAssunto Sintaxe

Prova: Auxiliar de serviços geraisA concordância encontra-se correta em:a) Grande e silenciosos eram a diretora e o professor.b) Grandes e silenciosas eram o professor e a diretora.c) Grandes e silenciosos era o professor e a diretora.d) Grandes e silenciosos eram o professor e a diretora.e) Grande e silencioso eram o professor e a diretora.

155) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Morfologia - Verbos

No último parágrafo, encontram-se “senão ESTARIA me obedecendo.” e “Não o amava como a mulher que eu SERIA um dia”. Sobre as formas verbais em destaque é correto dizer que ambas:a) são formas de futuro do subjuntivo.b) representam o futuro do presente do indicativo.c) referem-se ao imperfeito do subjuntivo.d) correspondem ao pretérito imperfeito do indic tivo.e) se enquadram no futuro do pretérito, do indicativo.

156) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Auxi-liar de serviços geraisAssunto Pontuação

O trecho que poderia ser separado por pontos em lugar de vírgulas é:a) “Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas”b) “Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos.”c) “interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho.”d) “e que, ofendida, eu adivinhara.”e) “Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara”

157) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Interpretação de Textos

Você sabe com quem está falando?

Não nos parece uma tarefa fácil conciliar desejos (que geralmente são ilimitados e odeiam controles) e a questão fundamental de cumprir re-gras, seguir leis e construir espaços públicos seguros e igualitários, váli-dos para todos, numa sociedade que também tem o seu lado claramente aristocrático e hierárquico. Um sistema que ama a democracia, mas também gosta de usar o “Você sabe com quem está falando?”. O nosso amor simultâneo pela igualdade e, a seu lado, o nosso afeto pelo fami-lismo e pelo partidarismo governados pela ética de condescendência tão nossa conhecida, que diz: nós somos diferentes e temos biografia; para os amigos tudo, aos inimigos (e estranhos, os que não conhecemos) a lei!O resultado dessa tomada de posição, básica numa democracia, é sim-ples, mas muitas vezes ignorado entre nós: a minha liberdade teorica-mente ilimitada tem de se ajustar à sua, e as duas acabam promovendo uma conformidade voluntária com limites, com fronteiras cívicas que não podem ser ultrapassadas, como a de furar a fila ou a de dar uma carteirada.

Na sua simplicidade, a fila é um dos melhores, se não for o melhor, exemplos de como operam os limites numa democracia. Seus princípios são simples e reveladores: quem chega primeiro é atendido em primeiro lugar. Numa fila, portanto, não vale o oculto. Ou temos uma clara linha de pessoas, umas atrás das outras, ou a vaca vai para o brejo. Quando eu era menino, lembro-me bem de como era impossível ter uma fila no Brasil.As velhas senhoras e as pessoas importantes (sobretudo os polí-ticos) não se conformavam com suas regras e traziam como argumento para serem atendidos, passando na frente dos outros, ou a idade, ou o cargo, ou conhecimento com quem estava atendendo, ou algum laço de família. Hoje, sabemos que idosos e deficientes não entram em fila. Mas estamos igualmente alertas para o fato de que um cargo ou um laço de amizade não faz de alguém um supercidadão com poderes ilimitados junto aos que estão penando numa fila por algumas horas. Do mesmo modo e pela mesma lógica, ninguém pode ser sempre o primeiro da fila (e nem o último), como ninguém pode ser campeão para sempre. Se isso acontece, ou seja, se um time campeão mudar as regras para ser campeão para sempre, então o futebol vai pros quintos dos infernos. Ele simplesmente acaba com o jogo como uma disputa. Na disputa, o adversário não é um inimigo; numa fila, quem está na frente não é um superior. O poder ilimitado e congelado ou fixo em pessoas ou partidos, como ocorre nas ditaduras, liquida a democracia justamente porque ele usurpa os limites nos quais se baseia a fila.(DA MATTA, Roberto) (Adaptado de revistatrip.uol.com.br.)

Sobre o texto, é correto afirmar que o autor aborda hábito recorrente no Brasil, relacionado à pergunta feita no título que pode ser comprovado pelo seguinte fragmento:a) “a minha liberdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à sua”.b) “nós somos diferentes e temos biografia”.c) “a questão fundamental de cumprir regras, seguir leis e construir espaços públicos seguros e igualitários”.d) “quem chega primeiro é atendido em primeiro lugar”.e) “um laço de amizade não faz de alguém um supercidadão”.

158) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Interpretação de Textos

Considerando o conjunto do texto, é correto afirmar que o autor:a) faz uma reflexão sobre como usufruir da liberdade e da igualdade sem ofender os outros e sem levar o sistema a uma anarquia.b) defende a ideia de que, embora o cidadão seja livre, é fundamental manter a hierarquia, marca de “modernidade”.c) estimula a hierarquia e o enriquecimento dos poderosos por meio daquilo que é o teste mais claro do limite e da igualdade.d) impulsiona a transformação democrática que mantém o argumento dos laços superando a ordem.e) difunde a ética de condescendência e do poder ilimitado.

159) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Interpretação de Textos

A alternativa em que a expressão ou a palavra destacada pode ser subs-tituída corretamente pela que se encontra entre os parênteses sem alterar o sentido original do texto é:a) “Não nos parece uma tarefa fácil CONCILIAR desejos” (contestar)b) “seguir leis e construir espaços públicos seguros e IGUALITÁRIOS” (oponentes)c) “O nosso amor SIMULTÂNEO pela igualdade.” (coincidente)d) O resultado dessa TOMADA DE POSIÇÃO, básica numa democra-cia” (dúvida)e) “as duas acabam promovendo uma conformidade VOLUNTÁRIA com limites” (imposta)

160) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Morfologia

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

A importância deste processo reside no fato de ele possibilitar a criação dos chamados substantivos pós-verbais, em que há supressão de ele-mento. O trecho reproduzido que traz exemplo desse processo é:a) “(que geralmente são ilimitados e odeiam controles)”b) “nós somos diferentes e temos biografia”c) “lembro-me bem de como era impossível”d) “Numa fila, portanto, não vale o oculto.”e) “ninguém pode ser sempre o primeiro da fila”

161) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Interpretação de Textos

Em “nós somos diferentes e temos biografia”, o autor utiliza um recur-so expressivo que consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido, denomi-nado:a) eufemismo.b) hipérbole.c) sinestesia.d) silepse.e) metonímia.

162) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Morfologia

Considerando o contexto, como se justifica a concordância do termo em destaque feita em: “Mas estamos igualmente ALERTAS para o fato de que um cargo.”?a) Como funciona como advérbio, modifica o sentido do verbo, modi-ficando-o.b) Funciona como adjetivo, atribuindo característica ao sujeito, concor-dando com ele.c) Essa palavra concorda com o verbo que está no plural e com o subs-tantivo ao qual se refere.d) A regra afirma que, quando a palavra alerta for procedida por prepo-sições tanto o verbo quanto o adjetivo concordam com ela.e) Assume a mesma função que o sintagma verbal é capaz de exercer e, consequentemente, concorda com o advérbio.

163) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Morfologia

Em “a questão fundamental de cumprir regras, seguir leis e construir espaços públicos seguros e igualitários, válidos para todos” ocorre uma enumeração marcada por um núcleo substantivo, seguido por termos que cumprem, respectivamente, papel de:a) conjunção.b) pronomes.c) adjetivos.d) advérbios.e) substantivos.

164) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa em que, obedecendo-se, à colocação adequada, substituiu-se corretamente por um pronome oblíquo, o termo destacado em “Não nos parece uma tarefa fácil conciliar DESEJOS”.a) Não nos parece uma tarefa fácil conciliá-los.b) Não nos parece uma tarefa fácil conciliar-lhes.c) Não nos parece uma tarefa fácil a conciliar.d) Não nos parece uma tarefa fácil conciliar-los.e) Não nos parece uma tarefa fácil lhes conciliar.

165) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogado

Assunto Pontuação

No primeiro e no segundo parágrafos, o autor empregou dois pontos:

1. “que diz: nós somos diferentes e temos biografia”;2. “muitas vezes ignorado entre nós: a minha liberdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à sua”.

Sobre as duas ocorrências desse sinal de pontuação, é correto afirmar que: a) precedem enumerações.b) só a primeira introduz exemplificação.c) as duas ocorrências introduzem discursos diretos.d) introduzem explicitações.e) só a segunda ocorrência prepara uma enumeração.

166) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Morfologia - Verbos

Na passagem para a passiva analítica do verbo destacado em “O poder ilimitado e congelado ou fixo em pessoas ou partidos [...] LIQUIDA a democracia”, a correspondência correta de flexão verbal está expressa em:a) foi liquidada.b) é liquidada.c) fora liquidada.d) fosse liquidada.e) será liquidada.

167) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Ad-vogadoAssunto Sintaxe

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, o verbo em destaque em “Seus princípios SÃO simples e reveladores” é:a) transitivo direto.b) intransitivo.c) transitivo indireto.d) de ligação.e) transitivo direto e indireto.

168) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: CRF-RO | Prova: Técni-co em InformáticaAssunto Morfologia - Verbos

De acordo com a norma culta da língua, a frase: “(para que elas possam ser identificadas pelos cientistas).” na voz ativa, deve assumir a seguin-te forma:a) para que elas identifiquem os cientistas.b) para que os cientistas identifiquem elas.c) para que elas identificassem os cientistas.d) para que os cientistas possam identificá-las.e)para que elas possam identificá-los.

169) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Pontuação

Desenredo

Do narrador seus ouvinte:

- Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, con-forme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, minuciosamente. Esperar é reconhecer-se incompleto. De-pendiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apan-hara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo. [...]Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso. [...]Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.[...]Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria reto-maram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.E pôs-se a fábula em ata.(ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967,p.38-40.)

Vocabuláriofrágio: neologismo criado a partir de naufrágio,ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. A pontuação dá ao conto uma característica de lentidão, detalhamento com intenção de prender a atenção do leitor sobre o que se conta.II. O narrador acumula duas funções: contador de estórias e a de co-mentarista que analisa as situações, filosofa sobre o assunto, trazendo o leitor para o presente, o tempo da enunciação.III. A abordagem do nome da personagem pouco acrescenta na com-preensão do texto.

Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II.b) I e III.c) I.d) lI e III.e) III.

170) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Interpretação de Textos

Em relação à personagem feminina apresentada no início do conto com uma indefinição de nome Livíria, Rivília ou Irlívia e no final com um único nome, Vilíria, é correto afirmar que:a) no princípio da estória ela é uma personagem multifacetada, dissimu-lada, enigmática que provoca espanto ao próprio Jó Joaquim.b) os três nomes iniciais podem significar que ela usava um nome para cada estado de espírito do dia.c) a beleza da mulher fascina e atrai Jó, que resiste com receio do ciúme do marido.d) a última e definitiva nominação, Vilíria, é a reconstrução do passado, e consequentemente, a recriação das ambiguidades.e) a personagem é constante e mantém-se a mesma em sua essência.

171) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Interpretação de Textos

A reviravolta na trama é antecipada pela instância narrante, que prenun-cia a tragédia, mostrada no seguinte fragmento do texto:a) “Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.”b) “O trágico não vem a conta-gotas.”c) “Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.”d) “Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível?”e) “Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela evento.”

172) Ano: 2015 |Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminal Assunto Interpretação de Textos

A comparação do amor com a nau tangida à vela e a vento sugere, si-multânea e respectivamente, uma relação:a) fria (a vela) e que direciona (o vento).b) desgastante (a vela) e que traça o caminho (ao vento).c) movida à paixão (a vela) e que vagueia à deriva (ao vento).d) crítica (a vela) e que redime e liberta (o vento).e) célebre (a vela) e que norteia o navegante (ao vento).

173) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Interpretação de Textos

“Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas”.

Esse segmento final do terceiro parágrafo poderia ser reescrito, manten-do-se o seu sentido original, da seguinte forma:a) Portanto, tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.b) No entanto, tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.c) Se tivesse tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.d) Porquanto tinha tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.e) Apesar de tudo ter sido secreto, claro, coberto de sete capas.

174) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Morfologia - Pronomes

Na frase, “Até que deu-se o desmastreio.” há, de acordo com a norma culta, um problema de:a) mau emprego do artigo definido.b) falta de concordância adequada.c) emprego incorreto de forma verbal.d) ausência de pontuação correta.e) colocação pronominal inadequada.

175) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminal

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Assunto Interpretação de Textos

A frase “Suas lágrimas corriam atrás dela”, como efeito expressivo, mostra o(a):a) presença de eufemismo.b) ênfase na ação de viver.c) tendência ao exagero.d) presença de personificação.e) uso de linguagem denotativa.

176) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Morfologia

Sobre o valor semântico da preposição destacada em “Porque o marido se fazia notório, na valentia COM ciúme”, pode-se afirmar corretamen-te que, no contexto produzido:a) assinala ideia de modo.b) assinala limite no espaço-temporal.c) introduz relação de companhia.d) insere relação de instrumento.e) indica estabelecimento de ideia causal.

177) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Pontuação

Na estruturação do texto, a função dos dois-pontos no primeiro pará-grafo é:a) representar a intercalação da fala de uma pessoa.b) comunicar que se aproxima um enunciado.c) mostrar uma enumeração linear das ideias do texto.d) indicar uma crítica ao que vai ser dito cataforicamente.e) separar frases explicativas e intercaladas.

178) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Sintaxe

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, o verbo em “Dependiam eles de milagre,” é:a) transitivo direto.b) transitivo indireto.c) transitivo direto e indireto.d) intransitivo.e) de ligação.

179) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Interpretação de Textos

O “ Ou: os tempos se seguem e PARAFRASEIAM-SE.” poderia ser explicado com o seguinte adágio popular:a) “Cada um sabe o sapato onde aperta.”b) “Na natureza, no homem e na sociedade nada se cria, nada se trans-forma... tudo se repete.”c) “Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos.”d) “Coração de homem é terra que ninguém mora.”e) “Formiga quando quer se perder cria asa.”

180) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB |Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Interpretação de Textos

“- Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja.”

A comparação feita confere ao fragmento um caráter: a) hiperbólico.b) metafórico.

c) onomatopaico.d) pleonástico.e) comparativo.

181) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito criminalAssunto Interpretação de Textos

Sobre o valor semântico da palavra destacada em “Era INFINITAMEN-TE maio.”, pode-se afirmar corretamente que :a) atribui uma noção de atemporalidade e eternidade a este momento.b) indica que o tempo condensa-se, comprime-se, restringe-se ao mo-mento.c) o tempo transcorre rapidamente, vorazmente, contra ele.d) insere a ideia de que o tempo é marca de tristeza em relação à vida.e) assinala o momento que deve ser calculado e premeditado.

182) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB |Órgão: PC-AC | Prova: Perito Criminal - Ciências ContábeisAssunto Interpretação de Textos

A comparação do amor com a nau tangida à vela e a vento sugere, si-multânea e respectivamente, uma relação: a) célebre (a vela) e que norteia o navegante (ao vento).b) desgastante (a vela) e que traça o caminho (ao vento).c) fria (a vela) e que direciona (o vento).d) movida à paixão (a vela) e que vagueia à deriva (ao vento).e) crítica (a vela) e que redime e liberta (o vento).

183) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito Criminal - Ciências ContábeisAssunto Interpretação de Textos

“Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.”

Esse segmento final do terceiro parágrafo poderia ser reescrito, manten-do se o seu sentido original, da seguinte forma: a) No entanto, tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. b) Portanto, tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.c) Se tivesse tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. d) Porquanto tinha tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. e) Apesar de tudo ter sido secreto, claro, coberto de sete capas.

184) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC| Prova: Perito Criminal - Ciências ContábeisAssunto Sintaxe

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, o verbo em “Dependiam eles de milagre.” é:a) intransitivo.b) transitivo indireto. c) transitivo direto.d) de ligação.e) transitivo direto e indireto.

185) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito Criminal - Ciências ContábeisAssunto Interpretação de Textos

O “ Ou : os tempos se seguem e PARAFRASEIAM-SE.” poderia ser explicado com o seguinte adágio popular:a) “Na natureza, no homem e na sociedade nada se cria, nada se trans-forma... tudo se repete.”b) “Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos.”c) “Cada um sabe o sapato onde aperta.”d) “Formiga quando quer se perder cria asa.”e) “Coração de homem é terra que ninguém mora.”

186) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito Criminal - Análise de Sistemas

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

Assunto Interpretação de Textos

A comparação do amor com a nau tangida à vela e a vento sugere, si-multânea e respectivamente, uma relação:a) desgastante (a vela) e que traça o caminho (ao vento).b) célebre (a vela) e que norteia o navegante (ao vento).c) crítica (a vela) e que redime e liberta (o vento).d) movida à paixão (a vela) eque vagueia à deriva (ao vento)e) fria (a vela) e que direciona (o vento).

187) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito Criminal - Análise de SistemasAssunto Sintaxe

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, o verbo em “Dependiam eles de milagre.” é: a) transitivo indireto.b) transitivo direto.c) transitivo direto e indireto.d) de ligação.e) intransitivo.

188) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito Criminal - Análise de SistemasAssunto Interpretação de Textos

O “ Ou: os temp os se seguem e PARAFRASEIAM-SE.” poderia ser explicado com o seguinte adágio popular: a) “Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos.”b) “Na natureza, no homem e na sociedade nade se cria, nada se trans-forma... tudo se repete.”c) “Cada um sabe o sapato onde aperta.” d) “Coração de homem é terra que ninguém mora.” e) “Formiga quando quer se perder cria asa.”

189) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: PC-AC | Prova: Perito Criminal - Análise de SistemasAssunto Sintaxe

“Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar - e qualquer causa se irrefuta.” Sobre as formas verbais desse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.a) A forma verbal TENDO está no particípio passado.b) A forma verbal SE IRREFUTA exemplifica o que se denomina su-jeito inexistente.c) A frase “Celebrava-a, ufanático” está na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “Era celebrada”.d) A forma verbal HAJA não tem sujeito expresso e equivale a “Exis-tiam.”e) A flexão da forma destacada em “com convicção MANIFESTA.” corresponde à manifestada.

190) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: MPOG | Prova: Ativi-dade Téc. de Complexidade Intelectual - Administração - Ciências ContábeisAssunto Interpretação de Textos

Os laços de família

A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas malas tentando convencer--se de que ambas estavam no carro. Afilha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia. - Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez a mãe- Não, não, não esqueceu de nada, respondia a filha divertida, com paciência.Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre sua mãe e seu marido, na hora da despedida. Durante as duas semanas da visita da ve-lha, os dois mal se haviam suportado; os bons-dias e as boas-tardes soa-

vam a cada momento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer rir. Mas eis que na hora da despedida, antes de entrarem no táxi, a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido se tornara o bom genro. “Perdoe alguma palavra mal dita”, dissera a velha senhora, e Catarina, com alguma alegria, vira Antônio não saber o que fazer das malas nas mãos, a gaguejar - perturbado em ser o bom genro. “Se eu rio, eles pensam que estou louca”, pensara Catarina franzindo as sobrancelhas. “Quem casa um filho perde um filho, quem casa uma filha ganha mais um”, acrescentara a mãe, e Antônio aproveitara sua gripe para tossir. Catarina, de pé, observava com malícia o marido, cuja segurança se desvanecera para dar lugar a um homem moreno e miúdo, forçado a ser filho daquela mulherzinha grisalha... Foi então que a vontade de rir tor-nou-se mais forte. Felizmente nunca precisava rir de fato quando tinha vontade de rir: seus olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais estrábicos - e o riso saía pelos olhos. Sempre doía um pouco ser capaz de rir. Mas nada podia fazer contra: desde pequena rira pelos olhos, desde sempre fora estrábica.[...]- Não esqueci de nada..., recomeçou a mãe, quando uma freada súbita do carro lançou-as uma contra a outra e fez despencarem as malas. — Ah! ah! - exclamou a mãe como a um desastre irremediável, ah! dizia balançando a cabeça em surpresa, de repente envelhecida e pobre. E Catarina?Catarina olhava a mãe, e a mãe olhava a filha, e também a Catarina acontecera um desastre? seus olhos piscaram surpreendidos, ela ajeita-va depressa as malas, a bolsa, procurando o mais rapidamente possível remediar a catástrofe. Porque de fato sucedera alguma coisa, seria inútil esconder:Catarina fora lançada contra Severina, numa intimidade de corpo há muito esquecida, vinda do tempo em que se tem pai e mãe. Apesar de que nunca se haviam realmente abraçado ou beijado. Do pai, sim. Ca-tarina sempre fora mais amiga. Quando a mãe enchia-lhes os pratos obrigando-os a comer demais, os dois se olhavam piscando em cum-plicidade e a mãe nem notava. Mas depois do choque no táxi e depois de se ajeitarem, não tinham o que falar - por que não chegavam logo à Estação?- Não esqueci de nada, perguntou a mãe com voz resignada.Catarina não queria mais fitá-la nem responder-lheTome suas luvas! disse-lhe, recolhendo-as do chão- Ah! ah! minhas luvas! exclamava a mãe perplexa. Só se espiaram real-mente quando as malas foram dispostas no trem, depois de trocados os beijos: a cabeça da mãe apareceu na janela.Catarina viu então que sua mãe estava envelhecida e tinha os olhos brilhantes.O trem não partia e ambas esperavam sem ter o que dizer. A mãe tirou o espelho da bolsa e examinou-se no seu chapéu novo, comprado no mesmo chapeleiro da filha. Olhava-se compondo um ar excessivamente severo onde não faltava alguma admiração por si mesma. A filha obser-vava divertida. Ninguém mais pode te amar senão eu, pensou a mulher rindo pelos olhos ; e o peso da responsabilidade deu-lhe à boca um gos-to de sangue. Como se “mãe e filha” fosse vida e repugnância. Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso. A velha guardara o espelho na bolsa, e fitava-a sorrindo.(LISPECTOR, Clarice. In: Os melhores contos de Clarice Lispector. Seleção de Walnice Nogueira Galvão. São Paulo:Global,1996.p 70-7.)

Severina passara quinze dias na casa da filha. Durante esse tempo, a sogra e o genro mantiveram uma relaçãoa) agradável, como mostra o trecho “Quem casa um filho perde um filho, quem casa uma filha ganha mais um”.b) respeitosa, como comprova a passagem “os bons-dias e as boas-tar-des soavam a cada momento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer rir.”.c) de felicidade, conforme a passagem “Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre sua mãe e seu marido, na hora da despedi-da.”.d) de tolerância e falsidade, conforme explicita o trecho “Durante as duas semanas da visita da velha, os dois mal se haviam suportado”.e) de ódio e egoísmo, como aponta o segmento “cuja segurança se des-vanecera para dar lugar a um homem moreno e miúdo, forçado a ser

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LÍNGUA PORTUGUESAWILSON ROCHENBACH

filho daquela mulherzinha grisalha...”. 191) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: MPOG | Prova: Ativi-dade Téc. de Complexidade Intelectual - Administração - Ciências ContábeisAssunto Interpretação de Textos

Nos contos de Clarice Lispector, é comum um fato banal do cotidiano desencadear um processo de epifania, isto é, de revelação, de tomada de consciência da personagem. O fato que desencadeia um processo epifânico no relacionamento entre mãe e filha é:a) a freada brusca do carro que as aproxima fisicamente.b) a viagem de táxi que as levaria à estação.c) a insistência da mãe em perguntar se não havia esquecido nada.d) a imagem da cena cômica entre sua mãe e seu marido.e) a expressão esperta e contida nos olhos de Catarina.

192) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: MPOG | Prova: Ativi-dade Téc. de Complexidade Intelectual - Administração - Ciências ContábeisAssunto Interpretação de Textos

Releia o fragmento a seguir.

A mãe tirou o espelho da bolsa e examinou-se no seu chapéu novo, comprado no mesmo chapeleiro da filha. Olhava-se compondo um ar excessivamente severo onde não faltava alguma admiração por si mes-ma. A filha observava divertida. Ninguém mais pode te amar senão eu, pensou a mulher rindo pelos olhos; e o peso da responsabilidade deu--lhe à boca um gosto de sangue. Como se “mãe e filha” fosse vida e repugnância. Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso.”

Há diferentes formas de o narrador inserir os pensamentos das perso-nagens na narrativa. No trecho em análise, a autora usa a seguinte es-tratégia:

a) mistura a fala do narrador, confundida com a própria voz da autora, onipresente, com a fala das personagens.b) emprega o discurso direto livre em que as falas das personagens estão direta e integralmente inseridas dentro do discurso do narrador.c) delimita nitidamente, de forma linear, a voz do narrado e o pensa-mento das personagens.d) emprega o discurso indireto em que a reprodução da fala das perso-nagens é feita fielmente e sem interferência do narrador.e) introduz o diálogo simultaneamente ao acontecimento dos fatos.

193) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: MPOG | Prova: Ativi-dade Téc. de Complexidade Intelectual – Administração - Ciências ContábeisAssunto Pontuação

Uma nova pontuação de “ Felizm ente nunca precisava rir de fato quan-do tinha vontade de rir: seus olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais estrábicos - e o riso saía pelos olhos.” foi feita de forma correta e sem alterar o sentido em:a) Felizmente, nunca precisava rir de fato quando tinha vontade de rir: seus olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais estrábicos - e o riso saía pelos olhos.b) Felizmente nunca precisava rir: de fato, quando tinha vontade de rir seus olhos, tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais estrábicos - e o riso saía pelos olhos.c) Felizmente nunca, precisava rir de fato quando tinha, vontade de rir, seus olhos, tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais, estrábicos - e o riso saía pelos olhos.d) Felizmente nunca, precisava rir de fato, quando tinha vontade de rir seus olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais estrábicos - e o riso saía pelos olhos.e) Felizmente, nunca precisava rir, de fato, quando tinha vontade de rir, seus olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais

estrábicos - e o riso saía pelos olhos.

194) Ano: 2015 | Banca: FUNCAB | Órgão: MPOG | Prova: Ativi-dade Téc. de Complexidade Intelectual - Administração - Ciências ContábeisAssunto Interpretação de Textos

Travaglia define tipologia textual como aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar.

Nessa perspectiva, sobre as característica s marcantes referentes à ti-pologia textual a que pertence Os laços de família, leia as afirmativas.

I. No texto, há o predomínio de relações e progressões lógicas de ideias, impessoalidade, objetividade, apresentando o posicionamento do falan-te de forma explícita, argumentos, e/ou contra-argumentos.II. A tipologia a qual o texto representa possui predomínio de expres-sões de sentido imperativo, de formas verbais também no imperativo, no infinitivo ou no futuro do presente, além de formas adverbiais, obje-tivando informar e recriar a realidade.III. O texto apresenta sequenciação própria da enunciação de fatos que envolvem personagens movidos por certos propósitos e respectivas ações encadeadas na linha do tempo.

Está (ão) correta(s) somente a(s) afirmativas:a) II e IIIb) I e II.c) III.d) II.e) I.

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GABARITO

01) D 02) B 03) B 04) D 05) C 06) B 07) C 08) A 09) B 10) E 11) A 12) B

13) A 14) E 15) E 16) B 17) C 18) D 19) C 20) B 21) C 22) B 23) E 24) A

25) B 26) A 27) D 28) C 29) B 30) B 31) C 32) D 33) A 34) B 35) A 36) E

37) B 38) B 39) C 40) C 41) B 42) E 43) D 44) C 45) B 46) D 47) A 48) C

49) B 50) A 51) A 52) E 53) D 54) C 55) E 56) B 57) E 58) D 59) B 60) C

61) D 62) B 63) A 64) B 65) C 66) A 67) A 68) C 69) B 70) C 71) D 72) C

73) E 74) B 75) E 76) B 77) B 78) C 79) A 80) B 81) A 82) B 83) C 84) D

85) B 86) C 87) D 88) C 89) B 90) A 91) E 92) C 93) B 94) E 95) E 96) A

97) B 98) C 99) C 100) E 101) C 102) D 103) B 104) A 105) D 106) B 107) E 108) A

109) C 110) B 111) B 112) A 113) D 114) D 115) C 116) B 117) C 118) D 119) B 120) E

121) A 122) B 123) E 124) C 125) E 126) B 127) B 128) A 129) D 130) C 131) D 132) C

133) C 134) D 135) E 136) D 137) B 138) B 139) C 140) B 141) C 142) E 143) A 144) B

145) E 146) B 147) B 148) A 149) C 150) C 151) A 152) D 153) A 154) D 155) E 156) A

157) B 158) A 159) C 160) D 161) E 162) B 163) C 164) A 165) D 166) B 167) D 168) D

169) A 170) A 171) B 172) C 173) B 174) E 175) D 176) A 177) B 178) B 179) B 180) E

181) A 182) D 183) A 184) B 185) A 186) D 187) A 188) B 189) E 190) D 191) A 192) E

193) A 194) C

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