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LNéste número -no i Festival de Curitiba • Marinho Piacentini • Paulo Betti Eleições na Cooperativa • Encargos e direitos do ator

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LNéste número- n o i

Festival de Curitiba • Marinho Piacentini • Paulo Betti Eleições na Cooperativa • Encargos e direitos do ator

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zE sp e t á c u l o s em cartaz

Bar D'Hotelf Bar da Noite...de Antonio Netto direção de Jair Aguiar com a Cia das Artessextas, sábados e domingos às 21 h - até 24/06Cambridge Hotel - American BarAv. Nove de Julho 216 - Tel: 3104.8297/3337.1489

Corda Bambade Lygia Bojunga

direção de Johana Albuquerque com a Bendita Trupe

sábados e domingos às 16h - até 29/04 TBC - Sala Assobradado

Rua Major Diogo 315 - Tel: 3115.4622

Esta Noite Ouvirei Chopindireção de Rodolfo David com Cia. Teatro no Piresde quinta a sábado às 21 h30 e domingos às 20h30 - a partir de 12/04 Centro Cultural São Paulo Rua Vergueiro 1000 - Tel: 3277.3611 r. 250

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DESTAQUES.... ......... .........■■ '-V

EntrevistaV ....................... ,, , , VDireitos do cooperado

A visão de Paulo Betti sobre trabalho de grupo, política e cooperativismo.

Estréia de coluna da Dra. Martha Macruz de Sá. 12

Festival de Curitiba Mordida' — - - -

Painel sobre o festival e os grupos da Cooperativa selecionados.

Mais explicações sobre tributação. 13"X

Política Cultural 0 ator J

Resumo da assembléia que discutiu encargos e tributos do ator.

Pincelada de Marinho Piacentini sobre a identidade do ator. 18

CAMARIMI N o próximo dia 2 de abril estaremos realizando eleições para a

Diretoria da Cooperativa. Alguns textos publicados nesta edição nos dão uma pequena idéia do tamanho e complexidade da responsabilidade a ser assumida pelos eleitos. Não só em relação à administração em si, mas na postura a ser adotada. Para que possamos continuar crescendo, trabalhar coletivamente é fator primordial. Por envolver fatores muitas vezes fora de nossa alçada, nossas conquistas como classe geralmente são lentas. Já as perdas, rapidíssimas. Esperamos que o crescente interesse em torno de nossa empresa, assim como a cobrança cada vez maior dos cooperados, estimulem o aparecimento de várias chapas, que poderão ser inscritas até o dia da eleição. O ideal é que os candidatos arregacem as mangas, comparecendo e familiarizando-se mais à Cooperativa antes da eleição, porque o trabalho não é pouco. E não seria desejável que uma eventual transição de Diretoria provocasse transtornos ou retrocesso num momento como o atual. Não podemos perder o renovado respeito conquistado junto à classe e à sociedade como um todo. Não tem saido barato.

Camarim é uma publicação da Cooperativa Paulista de Teatro - Ano IV - Número 18 - Março/Abril de 2001

Conselho Editorial: Débora Dubois e Luiz Amorim. Edição: Zernesto Pessoa (MTb 19.868/SP). Reportagem: André Corrêa e Luciana Azevedo. Diagramação: Vania Melo. Fotolito: Spassus. Impressão: Type Laser. Colaboraram nesta edição: Débora Dubois, Luiz Amorim, Marinho Piacentini, Martha Macruz de Sá, Vicente Latorre e Ubirajara Veneziane. Capa: Fotos de montagens cooperadas presentes no Festival de Curitiba. Tiragem: 5000 exemplares. Distribuição gratuita.

Correspondência para a Camarim deverá ser enviada aos cuidados da Redação, incluindo remetente e telefone para contato. Material de divulgação deverá incluir release e fotos. A publicação estará sujeita à disponibilidade de espaço e obedecerá à ordem de entrega do material.

Cooperativa Paulista de Teatro - R. Treze de Maio 240 - Bela Vista - CEP 01327-000 - São Paulo - SP. (11) 258.7457 [email protected]

A POLÍTICA DO TRABA HODepois de um longo período à frente de

campanhas políticas partidárias, o ator e diretor Paulo Betti concluiu que a grande atitude política do ator deve ser o seu trabalho. Dirigindo o espetáculo Feliz Ano Velho, atuando na minissérie Os Maias e produzindo o filme Cafundó, que será rodado em agosto e tem argumento seu,Paulo ainda participa da direção do teatro Casa da Gávea, no Rio de Janeiro, onde é um dos sócios. Há dez anos oferecendo um amplo leque de opções culturais que, além dos espetáculos, abriga cursos, exposições, leituras e palestras, o espaço é a forma de atuação política a que o ator pretende se dedicar daqui em diante. Leia entrevista a seguir.

Camarim: Paulo, como foi o início da sua carreira? Paulo Betti: Fiz minha primeira peça, O Rapto das C eholinhas, de Maria Clara M achado, em Sorocaba, no teatro amador da Juventude Salesiana. Isso foi em 1968. Depois, continuei no teatro amador fazendo peças com o diretor Roberto Gil Camargo. Fiz O Pagador de Promessas, de Dias Gomes e, com a peça, ganhei o prêmio Governador do Estado como melhor ator amador de 1971. Esse prêmio dava direito a uma bolsa de estudos na Escola de Arte Dramática, em São Paulo. Fui então para a EAD. Encerrando o curso fiz uma peça chamada Vítor ou As Crianças no

Poder, dirigida pelo Celso Nunes e que deu origem ao grupo Pessoal do Vítor. Foi mais ou menos esse o caminho.

C: Qual a importância do trabalho de grupo hoje?PB: Eu acho que o teatro sempre é uma coisa de grupo. Às vezes tem um produtor mas, mesmo tendo esse produtor, a relação humana é tão intensa que o produtor acaba fazendo parte do grupo. Agora, na questão do teatro de grupo mesmo, que é o teatro onde todos opinam , todos dão palpites, todos são responsáveis, eu acho que esse é o trabalho mais estimulante. Acho o mais criativo, mais difícil, mais des­gastante. E o trabalho que transforma. É o

que consegue fazer alguma coisa nova. Ele leva a atividade essencialm ente coletiva à sua verticalidade, à sua máxima conseqüência. Acho que é o mais forte. E hoje vejo muitos bons grupos aparecendo por aí. Eu não canso de ver novos grupos aparecendo.

C: O que você acha das políticas culturais para teatro e cinema vigentes no país?PB: Eu acho que a Lei Rouanet e a lei do Áudio Visual são positivas. Porque elas envolvem a sociedade do ponto de vista das empresas nas produções. Mas elas são falhas. Elas têm que ser

corrigidas para não permitirem que as empresas invistam apenas nelas próprias. O Estado não pode se eximir de uma participação efetiva no fomento da atividade cultural. Esse fom ento pode acontecer através de infraestrutura, através de bolsas... Não é porque temos o Alpha Real que a coisa está indo bem do ponto de vista cultural. No m om ento em que salas são fechadas, companhias não têm patrocínio do Estado para pesquisa, para fazer trabalho de grupo, alguma coisa está errada. Eu sinto que há uma preocupação muito grande para que isso seja mudado. O estado precisa parar de deixar que a iniciativa privada seja responsável pela condução do processo. Na medida em que uma empresa coloca dinheiro numa produção e ela só pensa no retorno, não está favorecendo a atividade de pesquisa em nada, está só apostando no marketing. O Estado deveria centralizar mais essa questão de responsabilidade pelo aspecto cultural.

C: Que atitude deve ter o ator frente a esta situação?PB: Vejo uma boa perspectiva quando você encontra grupos se juntando, como os do movimento Arte contra a Barbárie, em São Paulo, e do Atitude de Classe, no Rio de Janeiro. Como o ator é a figura principal do teatro, quanto mais fortalecido ele estiver, melhor. As leis existem para que o ator esteja diante da platéia, para que ele se comunique com o público. Acho que é muito importante que a Cooperativa Paulista de Teatro se fortaleça e que possa efetivamente representar os grupos.

C: Em que medida o cooperativismo pode ajudar o teatro atualmente?PB: Nada mais próximo do teatro do que o cooperativismo. O teatro é o lugar onde a essência da palavra tem que aparecer da forma mais coordenada e mais efetiva para que as coisas dêem certo. No teatro, o cooperativismo tem que deixar de ser um conceito para se transformar numa coisa real, numa prática. É no teatro que podemos exercer o cooperativismo de uma forma mais vital. E é só você ver o número de grupos associados à Cooperativa e a quantidade de grupos novos que

aparecem. Você percebe que essa atividade está viva.

C: Quais seus projetos artísticos e sua participação política atuais?PB: Na área artística continuarei com a temporada de Feliz Ano Velho e estou produzindo um filme que deve ser rodado no segundo semestre de 2001. É um filme que me faz retomar, de certa maneira, ao tema da peça Na Carreira do Divino, que fiz com o Pessoal do Vítor. O filme chama-se Cafundó, tem argumento meu e o roteiro é do Clóvis Bueno. Nós vamos dirigir juntos. Na área política o projeto é a Casa da Gávea. Minha atuação política está direcionada à política cultural. Independentemente de partido, o ator vai estar sempre dependendo de uma política cultural e, às vezes, o melhor partido dele é a cooperativa, é a atitude de classe, é o sindicato, é a união com seus pares. Às vezes, a política partidária não é a melhor política para o ator. Eu fui, durante alguns momentos, uma espécie de ator carimbado do PT. Mas isso não me dava nenhum poder efetivo junto ao PT que justificasse carregar aquele carimbo.

C: Que conselhos você daria para quem está começando?PB: O negócio é estudar, trabalhar, ficar atento, se informar, ler. Não me lembro se foi Stanislavsky que disse isso, mas eu acho que o ator deve saber se o teatro é a atividade principal que ele quer fazer. Se você tem outra alternativa, deve pensar seriamente em fazer essa outra coisa. O teatro, a atividade de ator, só se você não tiver outra escolha. O teatro é quase que uma imposição. Se você pensar que sem essa atividade você não vive, aí sim. Existe todo um mundo de glamour que nos é vendido em relação ao teatro que não é verdade. A verdade é o trabalho. Se você pensa em fazer teatro objetivando ser uma grande estrela poderá se dar mal. Você tem que pensar na maneira pela qual a arte se expressa através de você. Se for uma expressão genuína, irremediável e necessária, o k .^

por André Corrêa

Festival

D éc im o fes tiv a l de te a tr o DE CURITIBA

No ano de 1992, em meio a turbulência política e recessão, nascia um dos principais eventos culturais país, que em pouco tempo se transformaria no mais importante e estruturado festival de teatro nacional.

Em nove anos de sucesso, o Festival de Teatro de Curitiba foi capaz de reunir 225 peças e 480 mil espectadores. Os números provam que além de ser um acontecimento de grande porte, o Festival é considerado hoje o melhor acesso à elite teatral do Brasil. Durante aproximadamente duas semanas, a cidade de Curitiba respira cultura e é ocupada de forma plena, reafirman- do-se cada vez mais como um pólo tu rístico- artístico. O Festi­val proporciona ainda diversas atividades para­lelas, voltadas ao aprendizado e à reciclagem de atores, diretores e técnicos.

Neste ano, o FTC está comemorando uma década de existência. Para celebrar, promete grandes emoções, a começar pela intenção de bater seus próprios recordes. Ao longo de onze dias, das 12h à meia-noite, nas ruas e teatros da cidade, a arte pulsará em 133 espetáculos, o maior número até hoje. No ano passado foram 65 espetáculos em 311 apresentações, que reuniram 80 mil pessoas. Para este ano espera-se 100 mil.

Tal expansão deu-se principalmente pela força de seu caráter inovador. Somente para ilustrar, em 97 foi criada a Mostra de Teatro Infantil, passando a atender um público até então não participante; muitas daquelas crianças hoje são adolescentes que acompanham ativamente a programação do Festival. Outra novidade que teve crescimento constante desde a sua instituição, em 98, foi o Fringe (borda, em inglês). Nos moldes do Festival de Edimburgo, na Escócia, um dos maiores

do mundo, o Fringe, somente neste ano, rece­beu cerca de 300 projetos.

O Festival, grande vitrine para os artistas, produtores e investidores en­volvidos, está assim estrutu­rado: Mostra de Teatro Contem­porâneo (da qual faz parte a

Mostra de Teatro Infantil), Fringe e Eventos Especiais (lançamentos de livros, exposições e oficinas). Em 2001, a grande surpresa foi a transformação do centro histórico de Curitiba - o Largo da Ordem - em Rua do Festival, com espaço para performances ao ar livre.

Dos espetáculos selecionados para festejar esta décima edição, 18 deles estão na Mostra Oficial, 5 na Infantil e 110 no Fringe. 18 são as oficinas confirmadas.

A importância adquirida pelo Festival faz

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com que muitas peças que saiam de Curitiba com oportunidades únicas. A projeção nacional e até internacional é uma grande possibilidade. Â Vida é Feita de Som e Fúria, produção paranaense dirigida por Felipe Hirsch, por exemplo, que teve sua estréia no Fringe do ano passado, obteve um dos maiores números de indicações para o Prêmio Shell e em setembro estará em Buenos Aires. O desta­que rendeu muitos convites ao diretor, que agora estréia no Teatro Guaíra A Memória da Água, com texto da inglesa Shelagh Stephenson e Andréa Beltrão e Eliane %Giardini no elenco. >

O Opera de Arame, com capacidade para 1676 pessoas, mais uma vez sedia a abertura do evento. O teatro, cartão postal da cidade por sua estrutura singular, é muito bonito mas de difícil utilização. Construído ao lado de uma pedreira, favorece a dispersão visual e tem uma acústica imperfeita. Para manter ali a tradicional estréia, a organização convidou o diretor da Cia. Circo Mínimo da Cooperativa, Rodrigo Matheus, para criar um espetáculo que levasse em conta as dificuldades do lugar.Fantasmas abre oficial­mente o evento, con­tando com a partici­pação de 20 atores/ acrobatas.

Em 20 0 1 não houve mudança radi­cal na linha do Festi­val. Do orçamento de R$ 1,5 m ilhão (o mesmo já há quatro s anos), 70% foi captado S junto à iniciativa privada. A organização continua investindo em estréias ou em espetáculos ainda pouco vistos. Esse é o caso de Um Trem Chamado Desejo, do grupo mineiro Galpão, participante em Curitiba pela quinta vez. Com texto de Luís Alberto de Abreu e

direção de C hico Pelúcio, a trama é uma homenagem aos artistas que travam todos os dias uma acirrada luta pela sobrevivência: o amor pelo teatro indo além das dificuldades. Entre vários outro lançamentos de livros e discos, o Galpão está ainda comemorando seus 15 anos com o livro

15 Anos de Risco e Rito, de Carlos Antônio Leite Brandão e Eduardo Moreira. A vasta programação inclui

ainda as oficinas, cujos temas deste ano são: máscaras, maquiagem e caracteriza­ção, dança, música como elemento essencial de for­mação do intérprete, teatro de bonecos, fotografia e dram atização do contar

histórias. A Companhia dos Estranhos, por exemplo, trabalha o treinamento físico do ator. O resultado das pesquisas do grupo pode ser visto no espetáculo Em Lugar Algum, de Oliver Sacks, dirigido por Beth Lopes.

Uma curiosidade é a tentativa do ator paranaense Marco Zenni de entrar para o Guiness Book, o livro dos recordes. Zenni vai apresentar o monólogo Lá, de Sérgio Jockymann, 24 vezes

em 24 horas.Entre as estréias,

algumas chegam a Curitiba cercadas de expectativas. E o caso de Copenhagen, texto bastante premiado do inglês Michael Frayn. A montagem brasi­leira tem Marco An­tônio Rodrigues na direção. Outro traba­lho que chega atiçan- do a curiosidade é a montagem polonesa

Um Réquiem para Tadeusz Kantor, com texto e direção de Zofia Kalinska.

Outros nomes de peso lançam espetáculos. Antônio Abujamra volta com O Provocador@, uma comédia contra os PHDs da mediocridade; Sérgio

Ferrara enfrenta o universo de Plínio Marcos em Abajur Lilás; Andréa Jabor dirige Arq-Móvel, uma obra viven- ciada dentro e fora de um automóvel.

Mas o que é afinal esse evento, capaz de agrupar tantos interessados pelo mesmo tema, dispostos a ver, discutir e refletir? O teatro estará real­m ente em deca­dência como pregam algumas vertentes de críticos, artistas e intelectuais? Por que as maiores capitais do país enfrentam tamanha falta de público e de recursos? Algumas peças fazem sucesso. Por quê? Para onde estará indo o interesse das pessoas que lotam as platéias de festivais? Como um evento consegue romper as correntes financeiras e tomar-se uma das poucas opções para empresas interessadas em Marketing Cultural, sem falar nos principais veículos de imprensa do país?

Para Victor Aronis, um dos diretores da Calvin Entretenimento, produtora do FTC, o Festival é tão somente um evento, por isso tem um público diferenciado do teatro em geral. Pessoas que normalmente não freqüentam casas de espetáculos animam-se com o burburinho causado pelas Mostras. Localizando os principais problemas do teatro em tomo da questão financeira, Aronis ressalta ser importante oferecer fácil acesso à arte teatral, para que o círculo vicioso gerado pela engrenagem nomes famosos-dinheiro-altas produções- público garantido seja quebrado: “Nossos ingressos variam entre R$ 5 e R$ 20. Uma coisa que tentamos reforçar nas campanhas publicitárias é a imagem do teatro como um produto de consumo, assim como qualquer outro, o futebol, por exemplo. É necessário que as pessoas o vejam como algo normal e não como um ritual especial. É maravilhoso perceber,

ao longo dessas duas semanas, o interesse despertado em todas as classes sociais; as pessoas param, vêem e, o que é melhor, gostam.”

Seja como for, se tomarmos por base os números oferecidos pelo Festival de Curitiba e seu crescente sucesso, essas questões conti­nuarão merecendo reflexões mais aprofundadas de todos os interessados pela arte teatral.

A Cooperativa no Festival

Dos cerca de 250 núcleos da Cooperativa, 15 estavam confirmados para a décima edição do Festival de Curitiba até o fechamento desta edição.

Atualmente, a Mostra de Teatro Contem­porâneo e o Fringe, há pouco tempo visto como uma categoria paralela, estão em pé de igualdade em relação à sua importância. E participar tomou- se motivo de orgulho para todos os envolvidos.

“É uma oportunidade única”, declara a cooperada Lena Roque, neste ano se aventurando no Fringe com Impressões, texto e direção seus. Lena, também em cena, optou por um trabalho experimental, resultado de cinco meses de estudo intenso.

Inovação e experimentação também fazem parte do cam inho de outros grupos da

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Cooperativa. É o caso de M.C.C.R.E.2 (Movimentos Comuns Cotidianos Repetidos ao Extremo e ao Quadrado), criação de Victor Seixas com direção de Vânia Leite. Apesar do nome, o espetáculo, que nasceu de uma pesquisa sobre as tensões físicas, é curto e dinâmico. Mesclando texto, gestos e mímica, discute os valores humanos. Pie Mc no Armagedon, texto de Décio Filho dirigido por Geraldo Fernandes, lida com situações absurdas e atemporais.

Já a com panhia Elevador de Teatro Panorâmico leva ao Paraná a comédia Uma Peça Por Outra, dirigida por Marcelo Lazzaratto, uma sátira aos diversos estilos teatrais. E uma tragicomédia foi a opção da Cia Pandora: Caixa de Pandora trata da solidão feminina e da vida nas grandes cidades.

Dentro da categoria teatro de rua, a Cooperativa está representada por A Quadratura do Circulo, texto e direção de Reinaldo Maia. “Tentamos enfocar a realidade brasileira através de uma conotação política, mesclando humor e irreverência”, diz Neto de Oliveira, ator do espetáculo.

No polêmico espetáculo A Modelo, Nora Prado, dirigida por Angela Santangelo, retrata o universo das mulheres que trabalham como modelos vivos, passando 70% do tempo nua.

Mais espetáculos da Cooperativa no Fringe:2 ou + Corpos no Mesmo Espaço, com texto de

Arnaldo Antunes e direção de Geraldo Filet e Daniele do Rosário, Beckett em Dois Atos, com direção de Lenerson Polonini e Cau Soares, Deus e os Outros Eus, de Tereza Monteiro, dirigido por Inês Aranha de Carvalho e o portátil Por Água Abaixo, com texto e atuação de Ângela Dip e direção de Vivien Buckup.

Dentro da Mostra Oficial, os espetáculos cooperados são Subúrbia, texto de Eric Bogosian e direção de Francisco Medeiros e Sacromaquia, texto de Antônio Rogério Toscano e direção de Maria Thaís.

Depois de excelente temporada em São Paulo, S acrom aqu ia ficou sem um espaço adequado ao seu formato original. De acordo com Maria Thaís, com o evento novas oportunidades podem ser abertas fora da capital. “Estou feliz por estar na Mostra. O melhor espaço para nós são os festivais, onde podem os redimensionar o espetáculo e afinar a nossa linguagem”, revela.

Na categoria infantil está o premiado Papais e Ovos, com texto da holandesa Heleen Verburg. Segundo os realizadores Bebê de Soares e Amo Kleinofen, a montagem vai além da classificação por faixa etária, já que abre um mundo de possibilidades através de um belo jogo drama túrgico.

Assim, uma relação sem-fim de novidades e surpresas novamente traz oxigênio ao teatro

brasileiro. Ao completar sua prim eira década de existência, o Festival de Teatro de Curitiba consolida sua condição de veículo eficiente para todo um m osaico nacional de trabalhos teatrais de alto nível, integrando produções e estimulando carreiras. De lá, fortalecidos, seus participantes se lançam a outros vôos. Um grande serviço ç

por Luciana Azevedo

Política Cultural

D estr in ch an d o ...

Nossa últim a Assem bléia Geral Extraordinária, realizada em 30 de janeiro, contou com a presença de cerca de 150 cooperados. Este núm ero dem onstra um crescimento do interesse pela Cooperativa enquanto centro de discussões e conhecimento, e lutaremos para que siga aumentando. Na pauta inicial, Encargos Tributários, Regimento Interno e Prestação de Contas. Devido à complexidade e extensão das discussões tributárias, porém, decidiu-se ao final pela abordagem do Regimento Interno em assembléia futura. A seguir, os pontos principais do que foi discutido.

Na prim eira parte, inform es sobre a auditoria em processo na Cooperativa, o andamento do convênio para Plano de Saúde, a proximidade de nossas eleições e as contribuições sindical e assistencial (veja texto na página 13), além do eterno lembrete para que os grupos enviem material para o site e a Cam arim . Questionada sobre os problemas havidos com o antigo escritório responsável por nossa

contabilidade, a Diretoria explicou que entrou com representação junto ao Conselho Regional de Contabilidade (CRC) para conseguir reaver os documentos não entregues por aquele escritório e que, após a visita de um fiscal do CRC, o processo encontra-se em fase de conclusão.

Em seguida, o contador Francisco Montagner falou a respeito de todos os encargos oriundos de uma contratação feita através de uma cooperativa. Em primeiro lugar está a inscrição com o autônom o no INSS e Prefeitura. A Cooperativa exige esta condição e fornece orientação para a regularização de seus associados. Trabalhadores autônom os sem vínculo empregatlcio têm que ser contribuintes do INSS, a inscrição é simples, pode ser feita até pela Internet, com pagamento através de carnê. Lembramos que a Cooperativa não fiscaliza se o cooperado paga ou não, apenas exige o número de inscrição.

O Imposto de Renda é regido por uma tabela da Receita Federal. Até o rendimento mensal de

R$ 900, o contribuinte é isento; recebendo até R$ 1800 por mês, recolhe 15% menos R$ 135; mais de R$ 1800 mensais, o recolhimento salta para 27,5% menos R$ 360. Contabilizados os repasses de todo um mês, a Cooperativa retém o imposto devido pelo cooperado, segundo esta tabela.

Parênteses, relembrando nosso sistema de emissão de fatura/duplicatas: O valor lançado pode (mas não precisa) ser dividido entre cachê e despesas (comprovadas), havendo algumas diferenças de procedimento para grupos e indivíduos. Grupos podem lançar como despesa até 50% do valor, a menos que conste em contrato outro valor acima disso. Para faturas individuais, o valor máximo para despesas cai a 20%, sendo possível um valor superior se estiver igualmente previsto em contrato.

Pagamentos: o contratante retém, ao pagar, 1,5% do valor da fatura a título de antecipação do IR, reembolsados pela Cooperativa já no repasse ao cooperado. Além disso, o contratante ainda recolhe sobre o valor lançado como cachê 15% referentes ao INSS, não descontados do cooperado, e sim somados ao custo do tomador (veja nota na pagina 13). Assim, a discriminação da fatura em cachê e despesas favorece ao tomador, não alterando a situação do cooperado.

Concluindo: Como sempre, nossa orientação é no sentido de que o cooperado regularize sua

situação, esteja dentro da lei, para não ter que fugir como camelô de fiscal, ou que, por exemplo, comprar notas frias, que significa pagar para continuar na ilegalidade. Mesmo com medidas governamentais eliminando alguns benefícios constitucionais inerentes ao cooperativismo, ele ainda é altamente compensatório. A alternativa, recomendada até, dependendo do volume de recursos movimentados, seria realizar todas as transações através de empresa própria, arcando com os custos e a burocracia que isso acarreta.

O m om ento por que passamos é de crescimento e saneamento, com o desconforto que isso pode provocar em alguns casos. Estando nossa organização mais forte e visível, é natural que até boatos aconteçam. Por isso, o cooperado deve esclarecer ao m áxim o suas dúvidas, participando mais da entidade, pois tudo é decidido em assembléias. Sem querer transformar a todos em contadores ou juristas, a Diretoria e a Administração, como sempre, encontram-se à disposição para qualquer encaminhamento. Lutando dentro de nossas prerrogativas legais contra medidas injustas, estamos aprendendo a administrar mais eficiente e eticamente nossos recursos. Se não souber fazer isso, o artista brasileiro colecionará problemas ainda piores.(|j

Cooperativa Paulista de Teatro

Direitos do cooperado

A partir desta edição, estaremos esclarecendo as dúvidas jurídicas e trabalhistas mais freqüentes de nossos cooperados, coletadas a partir dos atendimentos realizados pelo nosso Departamento Jurídico.

R e s c is ã o d e c o n t r a t o d e p r e s t a ç ã o d e s e r v iç o s

Consultam-nos alguns cooperados sobre os direitos a serem exigidos dos tomadores de serviços quando estes rescindem contrato de prestação de serviços. Consultam-nos ainda sobre os direitos de que são titulares, decorrentes de prestação de serviços.

Inicialmente cumpre esclarecer que, por força da legislação trabalhista, o profissional cooperado não mantém vinculo de emprego com o tomador de serviços da Cooperativa e nem mesmo com a Cooperativa da qual é associado

O cooperado é considerado prestador de serviços autônomo, razão pela qual é necessário que seja inscrito na Prefeitura e no INSS e que faça o recolhimento dos tributos e contribuições previdenciárieas para, inclusive, ter direito à aposentadoria, por tempo de serviço ou invalidez.

Vale dizer, o cooperado, nessa qualidade, não tem os direitos decorrentes de vínculo empregatício, tais como aviso prévio, férias, 132 salário, FGTS, recolhimento de contribuição ao INSS, entre outras.

Com relação à rescisão do contrato de prestação de serviços, o tomador somente será penalizado se houver previsão no contrato firmado com a Cooperativa.

por Martha Macruz de Sáadvogada da Cooperativa

Contribuições sindical e assistência!Apesar de não ser obrigado por lei a sindicalizar-se, todo trabalhador brasileiro está

obrigado a pagar uma contribuição sindical, um tributo federal, que não tem nada a ver com as taxas cobradas pelos sindicatos de seus filiados. Deve ser paga todos os anos até março, podendo ser recolhida diretamente em agências bancárias através de impressos oficiais à venda em qualquer papelaria, ou descontadas diretamente pelo empregador. Se não for paga, pode acarretar multa e impedimento do exercício da profissão. Segundo a CLT, o trabalhador assalariado deve pagar, a título de contribuição sindical, o equivalente ao rendimento de um dia de seu trabalho por ano. Para os não-assalariados, como é o caso de cooperados, este valor foi estabelecido por lei em 30% de um certo “valor de referência”, hoje extinto: uma lacuna legal. Ocorre que o SATED, sindicato da categoria em São Paulo, fixou em R$ 100 o valor mínimo desta contribuição para os não sindicalizados (R$ 50 para os sindicalizados). A Cooperativa enviou então, em 5 de fevereiro, uma carta ao SATED, solicitando explicação sobre a base de cálculo utilizada para se chegar a esse valor. Esta base só poderia ser especificada por lei de mesma hierarquia da CLT, não existente hoje.

Já a contribuição assistencial é um tributo não obrigatório para quem não é sindicalizado. Foi, porém, fixado pelo SATED também em R$ 100 como mínimo (R$ 50 para os sindicalizados), provocando confusão ao sugerir ser esta contribuição obrigatória para todos.

De maneira geral, o mais angustiante para os atores é a pressão de contratantes que, igualmente confusos sobre obrigatoriedade e valores, respaldam-se no que foi estipulado pelo SATED, de quem, até o fechamento desta edição, não havíamos recebido qualquer resposta a nosso pedido de explicações. Diante disso, enquanto a solução definitiva não vem (e sua participação como cooperado é essencial para isso), passamos a recomendar que o contratos de Participação Mútua entre cooperados deixem de ser visados pelo SATED, sem prejuízo de sua legalidade.

15% de INSSConforme publicado em nossa última edição, desde março

do ano passado uma lei vem obrigando os tomadores de serviços de cooperativas a recolherem ao INSS 15% do valor total das faturas por nós emitidas. Devido aos transtornos ocasionados por um governo que não respeita a própria Constituição Federal no que diz respeito ao incentivo e fom ento que o Poder Público deve proporcionar ao cooperativismo, sugerimos a nossos tomadores que entrem com um Mandado de Segurança contra esta medida arbitrária. Apesar de a Cooperativa não poder fazer o mesmo, já que este recolhim ento obriga apenas os tom adores, nosso Departamento Jurídico já se encontra à disposição dos interessados para orientá-los neste procedimento.çp

Serviços

Sua carteira de associado dá direito a descontos e promoções nos locais e serviços relacionados na página ao lado. Se você ainda não tem a sua, entre em contato conosco. Novos convênios continuam sendo firmados.

\

O convênio para Plano de Saúde para cooperados encontra-se em fase final de definição do fornecedor. O cadastro continua sendo feito em nossa sede, onde poderão ser obtidos maiores detalhes.

V____________________________________________________________________________ J

fASSESSORIA JUR ÍD ICA_______________________Todas as 3as e 5as das 14h às 17h, com a Dra. Martha Macruz de Sá. Para cooperados

e-mail: [email protected]

Não deixe de visitar nosso site. Lá você poderá encontrar informações dos núcleos e seus espetáculos, lista completa de associados, edição virtual da revista Camarim, fórum de discussões e links especiais.

Os grupos que não enviaram material para o site da Cooperativa devem fazê-lo pelo e-mail [email protected] (deverão constar histórico, repertório, dados para contato e fotos).

Envie seu e-mail para nosso cadastro: [email protected]

Convênio entre a Cooperativa e o SIMPRO - Sindicato dos Professores de São Paulo permite divulgação de peças de cooperados no roteiro de teatro do Jornal do Professor, distribuído a 20 mil filiados, m ediante desconto de 50% aos sócios do sindicato. M aterial para a Cooperativa, aos cuidados de Fatão.

CONVÊNIO ODONTOLÓGICO

Dra. Adriana Pêcego M. Romano Dra. Emília M ioko Yokote Dra. Maria Lúcia Rocha de Morais R. Capote Valente 747 - Pinheiros TeL: 3081 .0484

Dra. Andréa Cristina Aroni C hristofoletti Todas as especialidadesAv. Vital Brasil Filho 404 / sobreloja - São Caetano TeL: 4226 .3696 / 4229.5872

Dr. Edson Y. Assakawa - prótese e estética R. M iguel Rodrigues 237 - Pinheiros TeL: 3097 .0109 / 9777 .2639

Dr. Eduardo Ruiz Pesse Av. São G ualter 433 - A lto de Pinheiros TeL: 3022 .4800 / 3022. 3549

Dr. Flávio Barreto Paiva - clínica geral/endodontía Dra. M ilene Lisboa Merlo - clínica geral Outros: periodontia, prótese, o rtodontia e cirurgia.Rua Frei Caneca 33 / cj. 62 - Consolação TeL: 214.4366 / Fax.: 258.9007 - fbpaiva@ apcd.org.br

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Notícias

Bambu na China

Com os espetáculos Terra dos Papagaios e Auto do Homem, de Bado Todão, o Grupo Bambu de Ifezda Cooperativa de Teatro participou em dezembro último do The BraziUan Festival Island East, em Hong Kong. Foram milhares de espectadores em 85 apresentações.

As questões trabalhistas foram o foco dos debates no início deste ano dentro do fórum permanente organizado pelo movimento Caras do Reclame. Estiveram presentes o Sr. Décio de Toledo, especialista em contabilidade, membros da diretoria e administração Cooperativa Paulista de Teatro e, encerrando este ciclo, o Presidente do Sindicine, Sr. Antonio Ferreira. A partir de março, os debates serão sobre direitos conexos em publicidade. Compareçam! As reuniões acontecem toda segunda-feira, a partir das 19h30, na rua Jacurici 81, Itaim (travessa da Rua Mário Ferraz).

Dramaturgos vencedores

Os cooperados Paulo Faria e Simone Boer foram os primeiros colocados em teatro adulto e infantil, respectivamente, com os textos A Mulher- Macaco e A Ilha de Ouro, no Concurso Nacional de Dramaturgia da Secretaria de Estado da Cultura. Entre os finalistas, mais cooperados: Paulo Jordão (A C laque-3° colocado adulto) e Gustavo Machado (Baby Princesa e o Sapo Beleza - 3o colocado infantil).

Notícias

Theatron Fanzine

Foi lançado em fevereiro o Theatron Fanzine, publicação mensal independente voltada ao público de teatro e profissionais teatrais. 0 fanzine oferece reportagens sobre grupos de teatro, espetáculos, divulgação de espaços culturais, entrevistas e artigos. Com tiragem inicial de 5 mil exemplares, é distribuído gratuitamente em teatros, escolas de artes, restaurantes e via mala direta. Sua versão on­line (www.theatron.hpg.com.br) contém ainda divulgação de cursos de artes, links e material exclusivo. Informações e vendas de espaço publicitário pelo theatron@ ieg.com.br.

Premiações

Veja as datas e locais de entrega dos prêmios para a produção artística de 2000 em São Paulo já confirmados: APCA - 3 de abril às 19h no Teatro Municipal; Panamco - 9 de abril às 20h30 no Live Nite Club. Até nosso fechamento a Apetesp e a Shell ainda não haviam confirmado data e local de suas premiações.

EnCena Brasil

Serão recebidas até 30 de março as inscrições para o Projeto EnCena Brasil da Funarte para Teatro e Dança, nas categorias Montagem e Circulação Nacional de Espetáculos. Os prêmios variam entre R$ 10 mil e R$ 60 mil. Regulamento na Cooperativa ou no www.m inc.gov.br.

www.teatrochik.com.brAgora com atualização diária e sistema de busca, este site parceiro da Cooperativa, de Francisco Carlos Vieira de Souza, o Chiquinho, traz espetáculos, estréias, grupos, história do teatro universal e brasileiro, dicas e reportagens, tudo ilustrado, além de plantas, mapas, fotos e programação de teatros em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O ator

UM PÉ NO SISTEMA, OUTRO NA VIDA

Muitos acham que para ser um bom ator basta ter talento, dominar técnicas de expressão vocal e corporal, conhecer técnicas de interpretação e trabalhar com um diretor de sucesso. Outros acreditam que é preciso ter uma cara bonita, um corpo sarado.

Sempre achei que o que se vê num personagem teatral é, basicam ente, o ator. Dizendo Shakespeare ou Plínio Marcos, ele é o mesmo. O texto, a direção, cacoetes, micagens, posturas, maquiagem e outros recursos conduzem o público a perceber uma determ­inada face do ator que condiz com o persona­gem, mas a platéia não deixa de percebê-lo como um todo. Na televisão, que coloca o espectador muito pró­xim o, isto se torna mais evidente. As eternas reclamações - “ele não mudou nada da última novela pra essa!” - são chuva no molhado.

Quando vou ver De N ir o, vou ver De Niro, não importa qual seja o filme. Para mim, mudam os papéis sociais que ele representa, as funções que ele exerce dentro da trama, parte de sua imagem, mas o personagem é sempre o mesmo: Robert De Niro.

Grosso m odo, diz-se que o ator representa, incorpora, revive ou recria personagens - exemplos de tipos humanos. Mas,

na verdade, o que ele constrói são papéis, funções, imagens, tonalidades vocais...

O personagem, a persona básica, é inata, nasce com o ator.

Mas se o ator é um ser humano medíocre, fará personagens medíocres.

Tive a sorte de conviver com Jerzy Grotowski na primeira metade dos anos setenta, época em que abandonou todo o arsenal de

técnicas de perform ance, brilhantemente desenvol­

vido por ele e seus colaboradores no

Teatro Laboratório em Warsaw, Polônia.

Naquela época, todos os anos, ele tirava dois

meses de férias e ia conhecer um país que fosse estranho à sua cultura. Viajava com passaporte falso, maltra­pilho, com uma mochila nas costas, e com uma determinação: viajar sempre de carona, por

mais perigosa que fosse a situação. Por quê?

Para entender o ser humano e poder representá-lo bem é preciso conhecer-se. E a m elhor forma de conhecer-se, segundo o Grotowski daquela época, seria expor-se, correr riscos, ampliar horizontes, escapar do sistema sempre que possível, e mergulhar de cabeça na vida.ç

por Marinho Piacentinidiretor teatral, dramaturgo e escritor

- lu ip o rta n te "

AssembléiaGeral Ordtoána

2 de abruBleições

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p a t ú c i p e -

Cooperativapau lista

D£ TE ATRO

D iretoria : P re s id e n te -Luiz Amorim ; Vice-Presidente- Cristiani Zonzini; S ec re tá r io -Neto de Oliveira; Segundo S ecre tá rio -Alexandre Roit; T esoure iro-José Eduardo Petean; Segunda T esoure ira-Débora Dubois. Conselho Fiscal: Hugo Possolo, Sérgio Santiago e Beto Andreatta. Suplentes d o Conselho Fiscal: Luciano Draetta, Flávio Faustinoni e Luis André Cherubini.

No Front: Adm inistradora- Maricene Gregorut; Auxiliares Administrativos - André Araújo e Dener Nery da Silva; Auxiliares de Escritório - Alex Aureliano Nogueira e Ricardo Pereira Barroso; Relações Públicas - Fátima Ribeiro; Recepcionista - Luana Kavanji; Faxineira- Maria das Montanhas; Contabilidade - Âncora Assessoria Contábil.

LzzLk J C o o perativaPAULISTA

L rA y J DEUATRQGRUPOS QUE FAZEM O TEATRO ACONTEClR

A LlRlCO CIA. PAULISTA OA DE TEATRO OS VENDEDORES DE MÁSCARAS EUGENIOSLÃVIA CIA. DE TEATRO NÚCLEO IMPRENSAA PALAVRA E 0 GESTO CIA. DE TEATRO PANDORGA ENCENAÇÃO NÚCLEO "OS LUZlADAS"ABACIRCO CIA. DELIRIUM TREMENS EXPRESSO ART NÚCLEO SÃO PAULO DE TÉCNICOSACORDES CELESTINOS CIA. DO ACASO FÁBRICA CÊNICA nudeodeatores.brACROBÁTICO FRATELLI CIA. DO DIVINO FABRICA CIA. DE TEATRO OLHAR IMAGINÁRIOANDALUZ- TEATRO DE ANIMAÇÃO CIA. DO FEIJÃO FARANDOLA TROUPE OMSTRABARARAMA CIA. DO LATÃO FIM DOS CONFINS ÓPERA SECAARS Teatro CIA. DOS CONTRÁRIOS FINA AÇÃO CIA. DE ARTE OS CHARLES E CIA.A SANTA PALAVRA CIA. DOS INSIGTHS FRACTONS OS DE TRAPPOLAAS MENINAS DO CONTO CIA. DOS LOBOS FOLIAS DRAMÁTICAS OS DOISATELIÊ TEATRO CIA. DOS SETE GIOCONDA CRIAÇÃO TEATRAL OS EXTRADIVÁRIOSATMOSFERA MÁGICA CIA. ELEVADOR DE TEATRO PANORÂMICO GIRA CIA. TEATRAL OS HERMENEUTASAVES DE ARRIBAÇAO CIA. FALBALÃ GIRASONHOS OS PESSOASBAMBU DE VEZ CIA.FRATERNAL DE ARTES E MALAS ARTES GRUPO ABAPORU OS SATYROSBALANGANDAÇA CIA. CIA. LETRAS EM CENA GRUPO A JACA EST p a r c er ia .c o m .brBALEIA AZUL CIA. DRAMÁTICA g r u p o Ag o r a de ato r es PARLAPATÕES, PATIFES E PASPALHÕESBARRACÃO TEATRO CIA. LIVRE GRUPO ARLEQUINS DO TEATRO PERSONABENDITA TROUPE CIA. LÚDICA GRUPO AS GRAÇAS PESSOAL DO FAROESTEBICICLETAS VOADORAS CIA. MARIA BONITA GRUPO ASFALTO SELVAGEM PIA FRAUSBONECOS URBANOS CIA. MULUNGO GRUPO BARATA ALBINA PIC E NICBOTO VERMELHO CIA. NOVA DE TEATRO MODERNO GRUPO CÃO DE TEATRO PIMENTAS ATÔNITOSCADERNO COR DE ROSA CIA. ONÍRICA DA ARTE GRUPO CIRCO BRANCO PINUS PLOFTCAIXA DE FUXICO CIA. DOS IMPOSSÍVEIS GRUPO DE TEATRO BENDITOS E MALDITOS PROJETO CENAS E LETRASCAIXA DE IMAGENS CIA. PAULICEA GRUPO DE TEATRO ESTAÇÃO CIÊNCIA PROJETO NÚCLEO OCACALIBAN CIA. PAULISTA DE TEATRO GRUPO DETEATRO FILHOS DE PRÓSPEROS RAMA-KRYACAIXA PRETA CIA. PAULISTA DE PANTOMINA GRUPO DE TEATRO X RAY LUARCAMBAIO CIA. PANTURRILHA DE TEATRO GRUPO ESTRANGEIRO RENATA JESIONCANTOS E ATOS CIA. PATÉTICA GRUPO FORÇA TAREFA ROLETA RUSSACAOS CIA. PAVANELLI GRUPO GIOCO SAIA JUSTACENAS IN CANTO CIA. PIC E NIC 2 GRUPO JÃ SHERAZADECENTRO DE ARTES CÊNICAS DO TUCA CIA. POMPA CÔMICA GRUPO KAUTA DE TEATRO SOBREVENTOCIDADE MUDA CIA. PRAZENTEIRA DE TEATRO GRUPO LÉ COM CRÉ STÚDIO ARTE VIVAClRCULO DOS COMEDIANTES CIA. RASO DA CATARINA GRUPO MANIFESTA DE ARTE CÔMICA STULTlFERAS NAVISCHIQUITITAS CIA. S. JORGE DE VARIEDADES GRUPO MANGARA SUCO DE LÓTUSCLY CIA. SOLITÁRIA GRUPO MOMA TEATRO CARTELCIA. A CASA DO SOL CIA. STROMBOLI GRUPO 0 CACHORRO DA CACILDA TEATRO DIADOKAICIA. ALÉM TEMPO CIA. TATALIS GRUPO PASARGADA TEATRO AQUATRO-NÚQ-EO DOGRUFOTBCTONSCIA. ANJOS VOADORES DECIRCO-TEATRO CIA. TEATRAL ARTE & VIDA GRUPO TEATRAL CÊNICOS E ClNICOS TEATRO DE MAMULENGO MESTRE VA1DECKCIA. ARTHUR ARNALDO CIA. TEATRAL ARTEIROS GRUPO TEATRO DE RISCO TEATRO DO MITOCIA. ARTICULARTE DE TEATRO CIA. TEATRAL TERRA BRASILEIRA GRUPO TEMPO TEATRO DOS QUINTOCIAJffURARTE CIA. TEATRO DE PAPEL IMA CIA. TEATRAL TEATRO GRAFITTICIA. AUTO FALANTE CIA. TEATRO NO PIRES IMAGO t e a t r o In t im oCIA. BANDO CIA. TEIA DE REPERTÓRIO IRMÃOS NICOLAU TEATRO POR UM TRIZCIA BRASILEIRA DE MYSTÍRIOSENOVIDADES CIA. TRIPTAL DECISUS KAPAFICUS TEATRO 4GAR0UPASCIA. BURLANTIM CIA.TRUKS-TEATRO DE BONECOS KYO TEATRO SEM NOMECIA CAFÉ POESIA CIA. VANDENRIZZO DE TEATRO LADRÕES DE METÁFORA TEATRO VENTO FORTECIA. CARICATURAS CIA. VIRAMUNDO LA MamaNina TEATRO VIAJANTECIA. CASCA DE ARROZ CIA. ZAGREU DE TEATRO LA MlNIMA TEATRO VIVOCIA. CÊNICA NAU DE ÍCAROS CINCOINCENA LE PLAT DU JOUR TEATRO XCIA.CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS CIRANDAR LINHAS AÉREAS TEATRO DO INCÊNDIOCIA. CIRCENSE VARIETE ETECETERA CIRCO E CIA. LUARNOAR THE SOLITARY GOATSCIA. DA MALUQU1NHA CIRCODÉLICO LUX IN TENEBRIS TRAGÉDIA POUCA É BOCAGECIA. DE TEATRO FURUNFUNFUN CIRCO MlNIMO LUZ E RIBALTA TRAQUEJOS E ALENTOSCIA. CIRCO NAVEGADOR CLIPS E CLOPS MÃE CORAGEM TRECOS E CACARECOSCIA. CLÁSSICA COAN E CIA. MAMULENGO TREINADORES DA ALEGRIACIA. COISA E TRECO CONFRARIA DA CRIAÇÃO MARZIPAN TREINART "IN COMPANY"CIA. CONCEIÇÃO ACIOLI CONFRARIA DE PEQUENAS MENTIRAS MEGAMINI TRIMITRACO TEATRO E COMPANHIACIA. CORES VIVAS CONFRARIA DE TEATRO NIHIL METAMORFACES TRIO PIRATINYCIA. DA GINA CONTANDO FLORES MOVIMENTO AR TROUPE DE ATMOSFERA NÔMADECIA. DA TRIBO COROPOSTA NA CIA. DO SOL TRUPE TRUZCIA. DAS ARTES DELlRIO URBANO NATT- NÚCLEO DE ARTE DOSTÍCNICOS DETEATRO TRUPE VERMELHACIA. DE ARTE OSTENSIVA DESESPERADA NT2AM VAGALUM TUM-TUMCIA. DE ROCOCÓZ DRAGÃO 7 NÚCLEO ABACARÔ VILA SÉSAMOCIA. DE TEATRO BALAGAN DRAMARAMA NÚCLEO AANGATU WLAPCIA. DE TEATRO ERA UMA VEZ DUO MARC E FERRAN n ú c l e o Ag o r a XPTOCIA. DE TEATRO FÁBRICA SÃO PAULO DUO TEATRAL NÚCLEO BARTOLOMEU ZIRKUSCIA DE TEATRO KOLONDRIA ESCOLA LIVRE DE TEATRO NÚCLEO DE P. LATINO AMERICANACIA. DE TEATRO ÓPERA NA MALA ESCRITÓRIO FANTASIA NÚCLEO DO CASTELOCIA. DE TEATRO MEVITEVENDO EUREKA NÚCLEO ELENKO