livro virtual de poesias

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ESCOLA ESTADUAL ANGELINA JAIME TEBET-2010 LIVRO VIRTUAL DE POESIAS PARA ALUNOS DO 1º AO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL. http://www.poesiasescolaangelinatebet.blogspot.com/ http://angelinatebet.wikispaces.com/Projetos+STE+2010 Alessandra Lopes Nunes- Coordenadora do projeto “Além das Palavras”- Língua Portuguesa. Carlos Roberto das Virgens- Professor da Sala de Tecnologia Educacional

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Projeto desenvolvido pelo professor da Sala de Tecnologia Educacional Carlos Roberto das Virgens - em parceria com o “Projeto além das Palavras, Coordenadora de língua portuguesa Alessandra Lopes Nunes. Este projeto foi desenvolvido com parcerias entre a Sala de Tecnologia Educacional e o Projeto “Além das Palavras”, com os professores regentes Alessandra Nery (1ºB), Márcia (2ºB), Eliana (2ºC), Valmir (4ºB), Amanda (5ºB), Luiza (5ºC), além das professoras de produção Interativa Daine e artes Izabel. Dentro das ações do projeto visa utilizar os recursos do PDE (livros), além de recursos tecnológicos + material do projeto “Além das Palavras”, para que docentes e discentes tenham mais opções e ferramentas de aprendizagem. O projeto teve como objetivo principal a elaboração de um “livro de poesias virtual”, através do site www.issuu.com. Ações: • Oficina entre docentes participantes do projeto para acessar o site

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Page 1: livro virtual de poesias

ESCOLA ESTADUAL ANGELINA JAIME TEBET-2010

LIVRO VIRTUAL DE POESIAS PARA ALUNOS DO 1º AO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL.

http://www.poesiasescolaangelinatebet.blogspot.com/

http://angelinatebet.wikispaces.com/Projetos+STE+2010

Alessandra Lopes Nunes- Coordenadora do projeto “Além das Palavras”- Língua Portuguesa.

Carlos Roberto das Virgens- Professor da Sala de Tecnologia Educacional

Page 2: livro virtual de poesias

Projeto desenvolvido pelo professor da Sala de Tecnologia Educacional

Carlos Roberto das Virgens - em parceria com o “Projeto além das Palavras,

Coordenadora de língua portuguesa Alessandra Lopes Nunes.

Este projeto foi desenvolvido com parcerias entre a Sala de Tecnologia

Educacional e o Projeto “Além das Palavras”, com os professores regentes

Alessandra Nery (1ºB), Márcia (2ºB), Eliana (2ºC), Valmir (4ºB), Amanda

(5ºB), Luiza (5ºC), além das professoras de produção Interativa Daine e

artes Izabel. Dentro das ações do projeto visa utilizar os recursos do PDE

(livros), além de recursos tecnológicos + material do projeto “Além das

Palavras”, para que docentes e discentes tenham mais opções e ferramentas

de aprendizagem. O projeto teve como objetivo principal a elaboração de um

“livro de poesias virtual”, através do site www.issuu.com.

Ações:

• Oficina entre docentes participantes do projeto para acessar o site

http://issuu.com/ , onde será elaborado o livro virtual;

• Foi elaborado um blog da escola para postar as poesias do projeto em

forma de livro digital, http://www.poesiasescolaangelinatebet.blogspot.com/

• Os alunos leram os livros de poesias em sala de aulas adquiridos com

recursos do PDE, e livros e textos do projeto “Além das palavras”;

• Os alunos pesquisarem textos de poesias, e vídeos na Internet sobre o

tema “Consciência Negra”;

• Finalizando o projeto houve no dia 29 de novembro (dia alusivo da data

de 20 de novembro consciência negra) um Sarau com as poesias

elaboradas pelos alunos do projeto “livro de poesias virtual”.

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Poesias declamadas pelos alunos do 1º ao 5º do ensino fundamental – na 1ª mostra cultural de talentos da Escola Estadual Angelina Jaime Tebet - Orientados pela coordenadora de língua portuguesa, Alessandra Nunes Lopes, do “projeto além das palavras” e professor da Sala de Tecnologia Educacional Carlos Roberto das virgens.

Aluna: Letícia Gouveia - 4ªA Professora Regente: Eliana

CONSCIÊNCIAS NEGRA

Porque não custa nada sonhar

Porque essa realidade deve ser vista

E vivida por nós negros que Construímos a história do

Brasil Se hoje saio dos porões, saio

De cabeça erguida, mesmo Sabendo que lá fora vai ser

bem pior Se caminho para a vida, é

porque Chegou o momento de dizer

chega. E se entrei na história,

É porque eles reconheceram, nossa importância.

E agora irmãos, quando nos oferecem

Correntes, eu lhes mostrarei a liberdade

As minhas mãos sem calos, meu coração sem mágoas

E minha mente sem preconceitos.

Aluna: Daniela Rodrigues Mendes 4ª A

Professora Regente: Eliana-

A ÁFRICA ESTÁ EM NÓS

A discriminação racial Existe de todos os lados:

De pardos, negros e escravos. Por que tanta desumanidade

Se a África está em nós? O Brasil, segundo país

Que a discriminação racial traz.

Por que tanto preconceito? Vivemos num país

Em que a tecnologia predomina.

Por que tanta escravidão Se somos uma miscigenação?

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Aluna: Beatriz Buiz Sposito 4ªA Professora: Eliana

FILHOS D´ÁFRICA

Criaturas nobres da mãe

África, Jogados nos imundos porões,

Dos tumbeiros para a América,

Como animais sem corações... Nos desumanos e fétidos

porões, Vivia-se com a cor da dor e

horror, Na promessa de outras

civilizações, Identificados pelo racismo da

cor... Uns agonizantes na triste

travessia, Ainda vivos eram lançados ao

mar, Muitos se iam na diabólica

fantasia... Ao chegarem na terra santa e

prometida, Sob a égide marcada pela cruz

e espada, Produziam para a aristocracia

abastada... de Everaldo da Silva

Aluna: Cryslayne Teixeira 4º B Professor: Valmir Verza

ALFORRIA

Ouviu-se distante

Um som estridente Sem dúvida, um grito,

Angustiado e reverente... Uma voz de súplica,

De desespero e terror Cuja intenção na noite Era demonstrar a dor!

Chegando a ser sinistro Aquele grito ecoou

E na noite vazia de nuvens Como um bicho noturno voou. Estremecendo as estrelas,

Em meio à agonia, No tronco, uma negra escrava

implorava Pela carta de alforria!

de Fernanda Lisboa Candiba - BA - por carta

Page 5: livro virtual de poesias

Aluna: Julia Maria Bois 4º B Professor: Valmir Verza

TODAS AS CORES

Todas as cores refletem

A beleza dos seres, das coisas Paisagens, personagens,

animados, inanimados Fundamentais na construção

do mundo Como um imenso mosaico

multicor Que esbanja graça,

luz,essência do amor Negra, negro, raça e liberdade

Consciência de lutar do desigual pra igualdade

Sem se prender ao medo, ao mito, aos ismos

A vida é muito mais, o ser bem mais ainda

A cor é um detalhe, o ser é uma escolha

O importante é se integrar no universo

E se revelar como artesão da vida

Manufatura de esperança, arte viva

Espelho interior, brilho transcendente

Passado que quase beira o futuro

Mas não sai do presente Salve a luta e a dignidade

Salvem as riquezas das cores Os ancestrais,os que já se

foram ... Engrandeçam os valores

Luz, cor, sonho, poesia Axé da vida, benção da alegria

A música mais bela sempre terá Notas que cantam a

liberdade Porque a vida baila no palco

onde brilha o sol... E a primavera é sempre

esperada.

Page 6: livro virtual de poesias

Aluna: Maria Júlia Pegorário 5ªA Professora: Dirce Leite

MINHA DOR E VIDA

Sou negro Sou gente

Que dá jeito e que constrói. Fizeram de mim

Injustiças migrações que não pude caminhar E sim, apanhar.

Amor de mãe, que tive. Sendo escrava, ela me disse.

Amamentou o filho do branco. Fraca, sofrida e dando a vida.

Lá vou eu... Derramando o meu sangue por

toda essa terra Que eu ajudei.

Tiraram nossas vidas. Espancaram-me de dor

Com essa violenta burguesia Somos sem valor.

Hoje sou discriminado, Não sou aceito,

Não tenho valor no cargo, E sou marginalizado.

Vivo sofrendo, Sempre escutando e sem

alegria No dia-a-dia.

Quero romper. Criar asas e voar.

Unidos iremos formar Liberdade irá conquistar. Formaremos a vida pura

Formando a nossa cultura, Nossa organização e nosso futuro.

Meu corpo cansado e torturado,

Mas não fracassado Pra lutar e se unir

Sempre ao teu lado. Tenho tanto amor. Como tenho valor,

O sistema é contra nós porque nos deve favor.

Vamos levantar as mãos Dando grito para libertação De dentro e fora do coração

Formamos essa nação. É muito bonito quando a gente

vai à luta Pra esse povo humilde que

sofre escravidão. Hoje, multiplicaremos a união,

Para que haja libertação Dessa raça negra que sofre

escravidão.

Page 7: livro virtual de poesias

Aluna: Izabella Carolina Alves 5º B Professora: Amanda Nery

NEGRO É ISSO AÍ

Negro, semente africana jogada em terras brasileiras! Negro, germinou força, fez crescer a união e produziu

trabalho! Negro, marcado em brasa,

maltratado na senzala, sedento e faminto!

Negro, acorrentado, chicoteado, derramando suor e

sangue! Negro, fugindo para o

quilombo por não suportar tanta dor!

Negro, homem de fé e esperança, sonhando com

justiça e liberdade! Negro: monumento de

fortaleza, retrato da beleza,

inspiração da nostalgia, morada da saudade,

espelho da fraternidade, voz que implora por

igualdade, cor destaque da humanidade!

Aluna: Rita Karoline da Silva 3ªA Professora: Luiza

LÁ NA MÃE ÁFRICA

Éramos reis, rainha, gente. Como com rolo compressor, Definiram-nos diferentes. E como animais ou sacos de

batatas. Dos porões para o mundo,

Imundo, desmundo... Comeram fogo, feito ratos,

baratas... Aqui no país tropical

Dos porões para o canavial. E do torrão, cada vez mais

distante, Arrancaram tudo,

Sua terra, sua gente... Arrancaram, separaram,

Pisaram, humilharam, exploraram...

Por mais de 300 anos, Foram infinitos os danos, Gente forte, gente brava,

Não se entrega, dá às mãos. Forma cordão, não fica no

chão. Salve Zumbi, Martin Luter

King, Mandela...

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Aluna: Vitória Apª Ferreira 3ªA Professora: Luiza

FILHOS DA ÁFRICA

Tu, que do ventre da mãe África,

Nasceste forte e liberto Tornando fecundas, as terras

do deserto Tinhas a liberdade como tua

meta. Por que te roubaram esta

liberdade? Que lei criaram com esse

direito? Por que ainda hoje há

preconceito Da tua cor na sociedade?

Por que os meios de comunicação,

Nos seus filmes e novelas, Fazem da mulher negra:

gerente de panela E do homem, motorista e

guarda de portão? A Constituição, em um dos

seus artigos, Garante a ti, direito de

igualdade. Mas ainda existe na sociedade, Discriminações, desde os mais

antigos. Vamos levar a todos, a

conscientização De que, da tua cor (este

pigmento) Não interfere no teu

sentimento Nem nos teus direitos perante

a nação.

Aluna: Luana Farias Rios Professora: Luiza

ANJOS NEGROS

As “pragas devastadoras” invadiram a Diáspora,

E embranqueceram nossa cultura.

Transformaram em vovós e vovôs,

Nossas iaiás e ioiôs. Instituíram um “bem” branco

E um “mal” negro... Uma “paz” branca, E um “luto” negro...

Almas brancas que vão pro céu, Almas negras, pro inferno.

Deuses brancos que são benéficos,

Deuses negros que são maléficos...

Anjos brancos que são “cristos”,

Anjos negros que são demônios. Chega!!!

A negritude dá seu grito de desabafo!

As crianças negras querem anjos da guarda negros. O povo negro quer magia

negra. O povo negro quer cultura

negra! Repudiamos sua prepotência,

Repudiamos sua divisão racial,

Repudiamos sua aquarela racista.

Queremos anjos negros!

Page 9: livro virtual de poesias

Faremos um “bem negro”. Somos povo N E G R O!!!

Aluna: Antônio 3ªA Professora: Luiza

SONHO DE DEUS

Querem calar o poeta Que canta a libertação Que resgata a memória

De resistência à escravidão. Querem silenciar os atabaques

A dança da negra gente, Que na força do Axé

Sonha um Brasil diferente. Querem emudecer nosso grito

De denúncia e indignação Contra o sistema corrupto

Que gera miséria e opressão. Querem nos negar a terra,

O pão, a dignidade, O direito de marchar

Em busca de liberdade. Mas o sonho, a dança e o

canto, Calados não serão,

Pois é sonho de Olorum, O Deus da Libertação!

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Outros temas:

Poesias recitadas em sala de aula pelos alunos do 2ªA, 2ºB e 2ºC .

Xadrez

“É branca a gata gatinha

É branca como farinha.

É preto o gato gatão

É preto como o carvão.

E os filhos, gatos gatinhos,

São todos aos quadradinhos.

Os quadradinhos branquinhos

Fazem lembrar mãe gatinha

Que é branca como a farinha.

Os quadradinhos pretinhos

Fazem lembrar pai gatão

Que é preto como carvão

Se é branca a gata gatinha

E é preto o gato gatão,

Como é que são os gatinhos?

Os gatinhos eles são,

São todos aos quadradinhos.

Relógio

“Passa tempo, tic-tac

Tic-tac, passa, hora

Chega logo tic-tac

Tic-tac, e vai-te embora

Passa, tempo

Bem depressa

Não atrasa

Não demora

Que já estou

Muito cansado

Já perdi

Toda a alegria

De fazer

Meu tic-tac

Dia e noite

Noite e dia

Tic-tac

Tic-tac

Tic-tac.”

Page 11: livro virtual de poesias

Cemitério

“Aqui jaz um leão

chamado Augusto.

Deu um urro tão forte,

mas um urro tão forte,

que morreu de susto.

Aqui jaz uma pulga

chamada Cida

Desgostosa da vida,

tomou inseticida:

era uma pulga suiCida.

Aqui jaz um morcego

que morreu de amor

por outro morcego.

Desse amor arrenego:

amor cego, o de morcego!

Neste túmulo vazio

jaz um bicho sem nome.

Bicho mais impróprio!

Tinha tanta fome

que comeu-se a si próprio”.

“O Rato

Roeu

A Roda

Do Carro

Do Rei

Da Rússia.

O Rato

Morreu

De dor

De barriga”.

A galinha cor-de-rosa

“Era uma galinha cor-de-rosa,

Metida a chique, toda orgulhosa,

Que detestava pisar no chão

Cheio de lama do galinheiro.

Ficava no alto do poleiro

E quando saía do lugar,

Batia as asas para voar.

Mas seus pés acabavam na lama.

Aí armava o maior chilique,

Cacarejava, bicava o galo,

E depois, com ar de rainha,

Lavava os pés numa pocinha”.

Page 12: livro virtual de poesias

Canção

“De borco

no barco.

(De bruços

no berço...)

O braço é o barco.

O barco é o berço.

Abarco e abraço

o berço

e o barco.

Com desembaraço

embarco

e desembarco.

De borco

no berço...

(De bruços

no barco...)”.

Page 13: livro virtual de poesias

Bibliografia

BEE, H. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas,

1996.

BIAGGIO, Â. M. Brasil. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes,

2001.

BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1949.

BOCHECO, E. E. Poesia infantil: O abraço mágico. Chapecó: Argos,

2002. p. 33-35.

BORDINI, M. da G. Poesia infantil. São Paulo: Ática, 1986. p. 40.

COELHO, N. N. A literatura infantil. São Paulo: Quíron, 1984. p. 158.

CUNHA, M. A. A. C. Literatura infantil: Teoria e prática. São Paulo: Ática,

1999, p. 121.

GEBARA, A. E. L. A poesia na escola: leitura e análise de poesia para

crianças. São Paulo: Cortez, 2002. p. 27.

LUFT, C. P. Língua e Liberdade: O gigolô das palavras - Por uma nova

concepção da língua materna. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 29.

Page 14: livro virtual de poesias

MACHADO, D. Histórias com Poesia: Alguns bichos & Cia. São Paulo:

34 Letras, 1997.