livro marketing politico menor -...

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FRANCA/SP • 2012

MARCO AURÉLIO UBIALI

SÉRGIO MOTTI TROMBELLI

MARKETING POLÍTICOCom a Campanha no Bolso

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© 2012 by MARCO AURÉLIO UBIALI e SÉRGIO MOTTI TROMBELLI

Todos os direitos reservados.

Ilustração eDesigner Gráfico: Halans Nicácio

Impressão: Ribeirão Gráfica e EditoraRua Estevam Marcolino, 56114405-333 – [email protected].: (16) 3722-8237

Ubiali, Marco AurélioMarketing político, com a campanha no bolso / Marco Aurélio

Ubiali e Sérgio Motti Trombelli. – Franca (SP) : Ribeirão Gráficae Editora, 2012. 100 p.

ISBN 978–85–7681–

1. Campanha política 2. Estratégias eleitorais

CDD 324

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

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Dedicamos este livro a todos aqueles que acham que apolítica saudável e honesta vale a pena, e por isso

continuam lutando para fazer deste país a terra de nossos sonhos.

DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus,a nossos familiares e a todos aqueles que,

de uma forma ou de outra,contribuíram com suas ideias e seu fazer político

para que esta obra fosse escrita.

Agradecemos aos companheiros de caminhada nestaestrada difícil que é a vida pública, ora incompreendida,ora enaltecida, ora criticada, mas que, creiam, é a única

estrada que poderá nos levar à maioridade social edemocrática que tanto almejamos.

Por isso, é preciso caminhar.

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SUMÁRIO

Prefácio .................................................................................................................................................. 11

Advertência ..................................................................................................................................... 17

I – Relembrando coisas importantes ..................................................... 19

II – Para quando for falar em público ............................................... 39

III – Para quando tiver que enfrentar objeções

de eleitores ..................................................................................................................... 61

IV – Para quando der entrevistas ................................................................ 63

V – Algumas dicas de campanha para o dia-a-dia ....... 65

VI – Para quando for sair em passeata ........................................... 75

VII – Para quando as coisas parecem não estar

dando certo ................................................................................................................ 78

VIII – Para quando for tirar fotos ............................................................ 83

IX – Para quando for participar de um debate ................... 86

X – Você já é um vencedor ............................................................................... 95

Anotações .......................................................................................................................................... 97

Bibliografia ....................................................................................................................................... 99

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PREFÁCIO

Com este livro, Marketing Político, com a campanhano bolso, Marco Aurélio Ubiali e Sérgio MottiTrombelli completam a trilogia sobre marketingpolítico iniciada em 2007.

Só que esta última obra é absolutamenteinovadora. Depois de falar sobre a campanha paraos iniciantes e a fidelização para os candidatos àreeleição, os autores trazem uma obra para o dia-a-dia de todos aqueles que querem ser candidatos.

Trata-se de um livro que, de fato, cabe no bolsopara que o candidato o carregue e o consulte nosmomentos cruciais do embate político. Nestas linhasestão soluções práticas para discursos, além de dicasde campanha, check-list para realinhamento dosrumos que o candidato está tomando na suatrajetória, organizando melhor a sua campanha ecom isso ele possa ter maiores possibilidades de

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vitória.Sem dúvida uma obra que não pode faltar aos

que pretendem ingressar na vida pública.Contudo, nesta oportunidade em que estamos

prefaciando este trabalho, é de mister importânciaque, sem sair do tema “política”, avancemos umpouco mais. A Unimed, em especial a Federaçãodas Unimeds do Estado de São Paulo, Fesp, éabsolutamente pioneira nesta seara de difícilpercurso, qual seja, a política corporativa nosegmento do cooperativismo médico.

Com a criação do NAE, Núcleo de AssuntosEstratégicos, em 2003, encarregado de buscarrepresentatividade política e institucional para osistema, a Fesp criou talvez o mais bem arquitetadoprojeto de política institucional que temos notícia.E eu me sinto particularmente honrado, e até comuma ponta de vaidade – que faço questão de nãoesconder – ao dizer que participei e participo destahistória que, sem dúvida, há de continuar sempresomando pontos positivos para a vitória final daempresa cooperativada.

O cooperativismo é sem dúvida, a meu ver, a

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via mais democrática e segura para odesenvolvimento de nosso país. Contudo, semprenos faltou voz em Brasília para que pudéssemosfazer valer nossas ideias, principalmente aquelas quedizem respeito ao cooperativismo de trabalhomédico. O NAE aos poucos está conseguindo isso.E mais, tem servido de modelo a inúmerasFederações e Singulares que querem entrar nestacorrente moderna que pode mudar para melhor osrumos do cooperativismo em todo o país.

Com a criação do Comitê Político, a Unimeddo Brasil entrou de vez nesta luta e as ações, a nívelnacional, passaram a ter uma coordenação maisintensa, principalmente no que tange aorelacionamento das Unimeds com os deputadosunimedianos e com a Organização das CooperativasBrasileiras, a OCB. Deste relacionamento, e com aação decisiva da Fesp, está sendo iniciado umtrabalho intenso e sério em busca dos pleitos queprecisamos para fazer desabrochar o cooperativismobrasileiro dentro de uma dinâmica mais moderna eque de fato atenda às necessidades de todos aquelesque exercitam o cooperativismo como forma de

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trabalho, criação e distribuição de riquezas.Conquistar mais espaço nas Câmaras

Municipais, nas Assembleias Legislativas e naCâmara Federal e Senado é o caminho mais eficientepara divulgar os ideais cooperativistas, e mais: mudara legislação atual, antiga e anacrônica, além desensibilizar órgãos públicos para que tenham umavisão mais atualizada do cooperativismo, seguindoos modelos internacionais, principalmente dospaíses onde as cooperativas têm mais apoio, e umalegislação mais moderna, o que proporciona àempresa cooperativada maior espaço de trabalho.

Por isso, é que atuamos de forma plena nasdisputas eleitorais: precisamos de voz, precisamosestar na sala de parto onde nascem as leis paraimplantar a filosofia cooperativista moderna quetodos esperam que o Brasil possua.

Este pensamento e esta ação se tornam maisrelevantes ainda quando consideramos que o anode 2012 será o Ano Internacional doCooperativismo, e a política será tema de debatesacalorados. Tenho cer teza de que a nossaexperiência será de grande valia aos que entendem

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que, através da ocupação de espaços políticos,podemos pular etapas e com isso fortalecer deforma significativa os caminhos que ocooperativismo deve trilhar para que realmente eleganhe a sua tão sonhada emancipação e ocupe olugar que merece na vida econômica e social denossa pátria.

Assim, 2012 é a oportunidade que temos defazer as mudanças necessárias que o cooperativismobrasileiro precisa. Mais ainda, nas eleiçõesmunicipais, devemos fazer esforços para ampliaçãode nosso espaço político, divulgando a filosofiacooperativista nas Frencoops, federal, estadual emunicipal, criando mecanismos que possam facilitaro surgimento de mais e mais cooperativas, semprerespeitando a qualidade dos cooperados, a ética e aoportunidade de sucesso empresarial.

Por isso, ao entregar esta obra aos queprocuram galgar degraus na vida pública, fizemosquestão de discorrer sobre nossos ideaiscooperativistas, mas sobretudo desejamos sucessoaos que querem militar nas casas de lei e noexecutivo de todos os municípios do país.

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Valorizem o cooperativismo, aproveitem assugestões dadas pelos autores deste livro, e não seesqueçam de carregá-lo no bolso. Talvez sejajustamente ele quem vá fazer a diferença entre avitória e a derrota para você no pleito que seavizinha.

Humberto Jorge IsaacDiretor-Presidente da Federação

das Unimeds do Estado de São Paulo

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ADVERTÊNCIA

Este material foifeito para andar nobolso do candidato, bemdo lado do coração, istoé, deve ser lido com arazão e vivenciado como coração. E mais, é umlivro pequeno, por issodeve encorajar a leitura a todos.

Com ele, aqueles que disputam poderão lançarmão de um auxílio em momentos difíceis dacampanha, quando um conselho, uma dica, umdiscurso são requeridos com urgência e salvam (estaé a palavra salvam) o candidato de viver um instanteembaraçoso e com isso se conquista o voto queprecisa.

É um livro para se levar no bolso quando seestá na rua, no ombro a ombro da disputa, naquelemomento em que tudo deve ser feito rapidamente enão se pode errar.

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Mais que isso, tem que ser feito na hora ecorretamente, porque erros são fatais e as disputaspolíticas a cada dia estão mais profissionalizadas.

A campanha é dinâmica e apresenta fatosnovos todos os dias. Assim, decisões precisam sertomadas na hora e corretamente.

O livro traz dicas, alguns lembretes sobrecoisas que o candidato provavelmente já deve terfeito, ou apenas para confirmar o que é preciso fazerse não o fez, ou lembrando que é bom fazer, além detrazer comportamentos de campanha, ações paramomentos em que os candidatos têm que enfrentaradversários e imprevistos comuns em campanhaspolíticas e, mais, o livro fala muito sobre a oratória.É bom destacar que hoje com as restrições da leieleitoral, voto se ganha no “gogó”, isto é, quemconvence, vence.

Numa campanha, pela dinâmica e avelocidade com que as coisas acontecem, é bom ternas mãos alguns caminhos que se possa seguir,porque raramente se tem tempo para retomar umaoportunidade perdida.

Não perca nenhuma delas!Os autores

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I – RELEMBRANDO COISAS

IMPORTANTES

No começo deste livreto, queremos recuperaralguns conceitos de Marketing Eleitoral, vistos nasobras anteriores: Marketing Eleitoral, para quem temos pés no chão e Marketing Eleitoral, fidelize seu eleitor evença sempre.

Vamos retomar afirmações, reafirmarcaminhos, mas sempre de forma simplificada e dememorização fácil para que o candidato não sedesvie do que traçou, e principalmente, para queele relembre o que já leu ou sabe, e assim erre menos,afinal não existe campanha com 100% de acerto,por isso quem errar menos tem chances de levarvantagem.

Daqui para frente vamos nos referir a vocêque está lendo esta obra sempre a segunda pessoa.Assim, as colocações serão mais incisivas.

Vamos lá!

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1) FamíliaAcerte os

ponteiros em casa. Se asua família não entrar nacampanha é ruim, e lheenfraquece, mas se ela forcontra, desista, a sua vidavai ser um inferno, mesmoque você ganhe.

O ideal, na campanha política, é que todosparticipem, começando com a família, os amigosda família e os amigos dos amigos da família.

Uma boa ideia para envolver a família é criarcomitês. – no partido e na campanha. O comitê dejuventude, onde os filhos pedem pelos paiscandidatos, o comitê das mulheres quando ocandidato for do sexo masculino. Mulher falandopara mulher tem força de convencimento. Lembre-se sempre disso: o primeiro passo é a família.

2) PartidoCuidado com o partido – sua organização

pode cometer erros. Não basta ele ser favorável aoseu nome, é preciso que a papelada de seu registro

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de candidatura esteja certa. Tem gente que ficousem candidatura por conta de erros involuntários (eaté voluntários), inclusive muitos entraram numaarmação e ficaram de fora da disputa eleitoral.

Um dos erros mais comuns de candidatos éver seus companheiros de partido como inimigoseleitorais. Eles são, no fundo, seus parceiros, pois écom o voto de todos que se ganha, apenas procureestar na ponta, mas não complique a candidaturade ninguém porque sua vitória depende da somados votos de todos.

3) Caixa de CampanhaEm uma campanha eleitoral se gasta dinheiro

até para perder. No começo, ninguém banca e o gastoserá todo seu. Aí é que está o caso. Com medo degastar, você segura o ritmo e justamente por não terido longe, na hora dos investimentos ninguéminveste em você. Ocusto / benefício dasações deve ser o melhorpossível sempre, mas nocomeço esta relação temque ser ainda melhor,

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afinal cada tostão investido tem que ter retorno certode voto amanhã. Um bom conselho é que, para fazersua campanha, inicie imediatamente uma poupança,a qual não pode ser menor do que 10% dos seusrendimentos. Lembre-se, se você não acreditar emvocê mesmo, quem acreditará?

4) Cuidado com o poderGeralmente quem entra na política pensando

apenas nas benesses do poder, acaba se dando mal.O poder é fogo que queima até a alma para quemnão sabe agir dentro dele. É preciso haver umahonestidade de propósitos, você precisa ter umabandeira capaz de conduzi-lo para as coisas corretasque a política pode fazer pela população. Essabandeira tem que ser específica e motivar seuseleitores

Não entre na política pelo portal glamorosoda eleição, pensando nas ações “políticas” de fundode quintal, todas inomináveis e feitas às escondidas.A sua campanha pode ser um jogo, mas seu mandatonão. O povo espera lideranças capazes de mudar ascoisas para melhor. E, cada dia mais, devido àvelocidade da comunicação, o povo percebe quando

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o candidato tem propostas sérias ou não. Lembre-se de que quando você vence, deixa de ser umcidadão comum e passa a ser um líder. Nãodecepcione as pessoas que votaram em você, porquea reconquista é 10 vezes mais difícil e trabalhosado que a conquista que você obteve.

5) Adeus aos magosCuidado: não acredite nos

mágicos de ocasião. MarketingPolítico não é feito por gurus, éfeito por gente que entende demarketing. Portanto, não se deixelevar pelas promessasmirabolantes de uns e outros.Ninguém tira a eleição da cartola.Procure se informar sobre quem você irácontratar, e lembre-se sempre de que uma campanhacomeça pelo planejamento, portanto, peça isso logode saída ao seu marqueteiro. Quem souber lhe fazerum bom planejamento e discutir cada etapa comvocê, pode merecer crédito.

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6) PesquisaSem pesquisa ninguém consegue achar o

caminho do sucesso. Não há vento favorável paraquem não sabe aonde quer ir. Isto é, sem saberqual o seu público alvo, os locais onde fazercampanha, o discurso que deve usar e quais ostemas relevantes que a população quer discutir,não dá para pôr a campanha na rua. A pesquisa,somente ela, lhe dá esta orientação. Se não feznenhuma, faça. Se seu partido tem uma em mãos,estude-a, mas jamais saia nas ruas sem saber o quedizer ao povo em cada lugar ou segmento socialno qual está buscando votos. Lembre-se de que,com a Internet, há inúmeras pesquisas disponíveis,principalmente as que falam sobre anseios de nossopovo. Aproveite!

7) PosicionamentoVocê já sabe: posicionamento é o espaço que

um candidato ocupa na mente do eleitor. Você vailutar a campanha toda para se posicionar na mentedos seus eleitores, por isso seja fiel às suas ideias,ao seu perfil, à sua plataforma de campanha. Quempula de galho em galho, querendo todo o eleitorado,

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acaba ficando sem ninguém. Mais ainda, oposicionamento não é privilégio seu. Muitos estarãose apresentando como candidatos da educação, doesporte, da ecologia, do seu bairro, enfim, você nãoestará só, por isso cuide da campanha, ela é que irádiferenciá-lo dos demais. E, esteja atento: bomdiscurso, boas ideias, simpatia com o eleitorado,presença constante junto ao seu público alvo sãofundamentais. Procure se fortalecer ao máximo ondevocê já é forte e melhorar o que puder onde é fraco,em suma, onde você está bom, fique ótimo; ondeestá mal, fique bem. Consulte sempre sua equipede trabalho, ela deve ajudar você no posicionamentoque escolheu para enfrentar a eleição.

8) PerfilSeu perfil praticamente,

já existe. É a somatóriadaquilo que você foi ao longode sua história na comunidade,mais o que a pesquisa disseque você deveria ser. Algumashistórias de vida podem atéser fabricadas em parte, mas

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não dá para fazer um “outro” você. Por isso, vejaonde você pode se encaixar, isto é, quem podequerer um candidato como você, e aí está seupúblico alvo. Não se desvie dele nunca. Não seesqueça: ressalte suas qualidades e esconda seusdefeitos se for possível e se não for, seja o primeiroa falar de seus defeitos, pois poderá colocá-losao eleitorado de uma maneira mais suave. Se vocênão fizer isso, seus adversários irão atacá-loatravés dos defeitos que você possui e tentaesconder.

9) PlataformaEla é a bandeira de um candidato, não dá para

ficar sem ela. Todo eleitor deseja saber por que vocêestá se candidatando, suas ideias, seus projetos paracada segmento social, cada localidade, e isto formaa sua plataforma de campanha. Estude bem osargumentos que irão pôr suas ideias em prática, vejacomo vai defender suas bandeiras, principalmenteas sociais, porque seu discurso nasce daí. Aparticipação da sua equipe de campanha nestemomento é de fundamental importância. Aconstrução conjunta de sua plataforma de

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campanha dará legitimação aos seus colaboradores,melhorando assim seu corpo de assessores.

10) O candidato é um sedutorAfinal, por que alguém vota num

determinado candidato? A resposta é a sedução. Sejapelas ideias, seja pela aparência, seja por interesse,mas o eleitor somente votará se ficar seduzido pelocandidato. Entram nesse jogo o candidato-produto,com a aparência, o discurso, a sua história pessoal,etc, e o candidato-vendedor com suas ideias,programas de governo, defesa de segmentos, grupos,localidades, etc, e desta mistura, um pouco maisaqui ou acolá, a fórmula está pronta para seduzir oeleitorado. Apenas, cuidado, você é responsável portudo aquilo que seduz...

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11) Começando a campanhaCampanha se começa em casa, na família. O

passo seguinte é criar a sua equipe número 1. Quemestiver com você nas primeiras horas, sentará à mesaem caso de vitória, por isso, escolha certo sua equipenº 1, pois provavelmente ela lhe acompanharádurante toda a sua vida política. Nada impede depoisem ampliá-la, melhorá-la, mas no começo a equipenúmero 1 é um “petit” comitê, preferencialmentecomposta por voluntários com ideais e bandeirassemelhantes às suas que lhe ajudar a pensar, e agirquando dos primeiros passos. Você precisa se reunircom esta equipe semanalmente, de preferência longedos demais membros da campanha, e procure ouvirseu time, discuta com eles soluções e estratégias,possíveis falhas e quando as estratégias chegarem aosdemais membros envolvidos, veja se todos ascompreendem e são capazes de realizá-las. Lembre-se: sua equipe número 1 tem que ser uma engrenagemde facilitação da campanha.

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12) AgendaEla organiza tudo, sem ela seria o caos. Deve

ser feita por uma só pessoa e de sua inteiraconfiança. Depois de feita a agenda, siga-a, as açõesde campanha estão nela. Quem tem agenda muitocheia ou muito vazia vai mal. É preciso dosar suasações, mas jamais fique parado sem nada a fazer:quem acorda pela manhã e pensa “hoje não tenhonenhum compromisso”, com certeza estácomeçando a perder a eleição

13) Visibilidade, voz e ecoDissemos que não existem magos, gurus, mas

este trinômio faz chover, é realmente um trinômiomágico: Candidato precisa ser visto (quem não évisto não é lembrado), precisa falar (quem não temnada a dizer não sabe por que quer ser candidato) eprecisa que falem dele, contem seus feitos em todosos lugares da cidade (quem não tem seguidores estásozinho, tem eco quem tem eleitores com ele). Quemtiver isso organizado e atuando sem parar, tem maischances de sucesso. Candidato é “arroz de festa”precisa estar onde o povo está para que o vejam.Mais ainda, precisa aproveitar todas as

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oportunidades que lhe aparecem para falar ao povosobre suas ideias, o eleitor precisa ser convencidode que você é o melhor. E por fim, é preciso queaquilo que você fez ecoe na comunidade. Eco é feitopelos cabos eleitorais, mas também pelas entrevistas,pelos noticiários e pelos sites e redes sociais quetodo candidato tem que ter. Crie o seu site, ou o seublog, isto leva você além de si mesmo; em outraspalavras, jogue sua foto e suas ideias na mídia, naweb e o eco começará as ser feito. Nesta eleição, asredes sociais poderão fazer a diferença, por issoparticipe delas, contrate especialistas para saber oque estão fazendo ou pensando, visite os sites deoutros candidatos, enfim, procure aprimorar este lado“web” de sua campanha - falaremos sobre isso maisà frente.

14) Cabo eleitoralCom as restrições de campanha impostas pela

legislação eleitoral (fim das camisetas, brindes,showmícios, etc) o cabo eleitoral ressuscitou epassou a assumir novamente uma funçãoimportante. Cabo eleitoral é aquela pessoa que gostae sabe fazer relacionamentos e deve ser contratado

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pela campanha. Depois da TV, hoje é o elementomais dispendioso da campanha, e está provado quequanto mais cabos eleitorais você tiver (inclua aí osvoluntários) maiores serão suas chances de vitória.O cabo eleitoral não é mais o dono dos votos comoantes (aliás, se um cabo eleitoral disser a você quetem 300 votos, saia fora dele, quem tem isso écandidato e não cabo eleitoral).

Atualmente, o cabo eleitoral é um “promoter”do candidato. Sua função é abrir portas, apresentarpessoas, fazer rádio-peão. Por isso precisa ter bomrelacionamento no pedaço onde atua e precisa sertreinado, precisa ter material constante e precisaestar atento a tudo para ser um grande informantedo que acontece na sua região de atuação. O caboeleitoral precisa ter tarefas explícitas, e se der, metasdiárias. A coordenação da campanha deve se reunirdiariamente com ele.

15) Cercar a boiadaCandidato interiorano me disse certa vez que

era preciso “cercar a boiada”, caso contrário, ao sairpara buscar mais bois, os que estavam por ali semcerco poderiam fugir.

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Na sua simplicidade, o que ele queria dizerera que é preciso re-visitar seus eleitores. Não bastaapenas uma visita, uma promessa, é preciso que oeleitor saiba que você pensa nele, tem interesse nelee por isso, não visite apenas, re-visite para não perdero que você já conseguiu. Não é fácil conseguir tempoe atenção de seu eleitor, mas a persistência, apaciência e visitá-los algumas vezes e não uma vezsó é que pode garantir o voto.

16) Check list mínimoNem tudo corre solto e às mil maravilhas na

campanha. Às vezes surgem os desacertos e sealgumas medidas rápidas e certeiras não foremtomadas, as coisas podem desandar e aí, para ajustartudo novamente é difícil.

Assim, constantemente, faça a checagemdesta lista de procedimentos para não afrouxar acorda e deixar as coisas soltas na sua campanha:

a) A equipe número 1 está atuante, precisoaumentá-la?

b) Minha equipe de rua está no tamanhoadequado, estão trabalhando bem?

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c) Tenho pessoas de vários locais e bairrosatuando como cabos eleitorais?

d) E mulheres, minha equipe tem pessoasdo sexo feminino, há um discurso paraelas?

e) Como está o caixa de campanha, vouconseguir manter um bom ritmo decampanha?

f) Tenho material suficiente para atender asnecessidades de propagação de meunome?

g) Minha propaganda ficou boa, as pessoastêm gostado, dá para mudar ou nãopreciso?

h) E o meu visual, tenho bandeiras, faixasde rua, elas estão dando certo?

i) As reuniões em casas de família estãoproduzindo efeito, o que está errado eprecisa ser corrigido?

j) Tenho veículos suficientes para a minhalocomoção e a locomoção da equipe?

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k) Meu comitê está organizado, ocomando está dando conta do queprecisa ser feito?

l) Minha agenda está bem coordenada,tenho eventos diários e os tenhocumprido?

m) Tenho re-visitado meus eleitores paranão perder o vínculo?

n) Minhas mensagens, jingle, estão prontose rondando o tempo todo?

o) Meus carros de som estão circulando noslocais corretos diariamente? O som é deboa qualidade?

p) Como estão os layouts dos novosmateriais a serem feitos: folder, jornais?

q) Tenho faixas de residências sendocolocadas em muitas casas?

r) Meu discurso tem sido aceito cominteresse, o que preciso mudar?

s) Meu site / blog tem tido acessos? Tenhoum esquema fluente de e-mails para falar

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com as pessoas? Como estão oscomentários sobre minha campanha nasredes sociais?

t) Como estão os adesivos de carro, tenhocarros em boa quantidade com eles?

u) Minha contabilidade, como está, tenhoseguido as normas para aprovação deminhas contas de campanha?

v) Estou preparando um esforço decampanha para os últimos 15 dias, comre-visitas, passeatas e novas ações paraconquistar mais votos?

x) Estou preparando a boca de urna emapeando os colégios e cabos eleitorais?

y) Vou fazer carreata separada ou participarda carreata do partido? Se for no partido,o que posso fazer para destacar minhapresença (carros diferentes, jingle,pessoas, etc)?

w) O que mais devo pensar para fazer o quedevo corretamente na campanha?

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z) Já marquei data para a reunião final decampanha para motivar a equipe toda paraa boca de urna?

z’) Como a imprensa especializada estávendo minha campanha? Como possomelhorar isso?

17) Por fim, as redes sociaisAlguns especialistas dizem que as redes sociais

farão a diferença nestas eleições. Talvez não sechegue a tanto, mas que elas serão importantes, issonão há como negar.

Mas, cuidado, estes espaços sãoprofundamente pessoais e se o pessoal da rede sesentir invadido, ou se o pessoal sentir que você estáusando a rede com segundas intenções, o tiro podesair pela culatra.

Por isso, é fundamental que você tenhapessoal especializado para fazer o trabalho demarketing nas redes sociais. E olha, vale a pena.

Não há custo de papel, nem de postagem, avelocidade de informação é muito grande, além deque você controla a fonte de informação e pode

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fazer as mudanças que quiser num piscar de olhos. Por isso, tenha cuidados especiais ao usá-las.

Ninguém gosta de ver o seu espaço invadido sempermissão, e mais que isso, ninguém gosta de sesentir enganado.

Mas, se você souber usar esta mídia e cair nasgraças do pessoal que lá está, tenha a certeza deque terá eleitores fieis, com grande capacidade demobilização e que ajudarão em muito a suacampanha. Por isso, atenção, faça o melhor e contratepessoas capazes que saibam trabalhar com estamídia nova e de grande importância na comunicaçãoglobalizada.

Por fim, comunicar-se com o eleitor éfundamental

A campanha toda será uma procura incessantede comunicação com o eleitorado.

Há técnicas de comunicação que auxiliamquando você for falar com seus eleitores. Quem secomunicar melhor, com propaganda certa paramostrar a si mesmo como alternativa viável, será oescolhido.

A tarefa não é fácil, mas é gratificante, afinala disputa política sai da disputa em si e entra no

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terreno do pessoal, é você que está no jogo, um serhumano que pode ser aprovado ou reprovado pelacomunidade. Quem quer uma disputa mais terrível?

Seja como for, não desista nunca, porque votoé patrimônio, quanto mais se consegue, maisimportância se tem nos meios políticos. Lembre-se,eleição é fila, e a fila anda. Fique colado nela.

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II - PARA QUANDO FOR FALAR EM

PÚBLICO

As pessoas têmreceio de falar em público,e é até justificável, masdepois de um certo tempo,isso tem que acabarporque um político quenão fala, que não conduz,

que não embala os ouvintes, terá dificuldades paravencer na vida pública.

Assim, relaxe, cuide do tom de voz, tenha emmente quase que decorado o texto escolhido e falecom naturalidade.

As pessoas querem ouvir você, querem sabersobre suas ideias, então dê o recado com confiança.

Ninguém gosta de discursos imensos. Épreferível um texto curto e direto. Dá a sensação deque poderia ser dito mais coisas, mas você optoupor ser direto, isto é bom, a oratória moderna é

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dinâmica.Ademais, existem questões que parecem

periféricas, mas não são, elas entram comocomponentes na oratória. Vamos ver:

a) Aparência – todo mundo está olhandopara você e, antes mesmo de começar afalar, o ouvinte faz uma imagem sua. Porisso, cuidado ao se vestir. Nada de serespalhafatoso. O jeans é usado por ricose pobres e é um bom caminho. A corbranca é sempre básica e todos aceitambem. Evite contrastes agressivos. Estejapróximo da aparência do grupo que estávisitando para mostrar que você é “gentedo mesmo time”.

b) Movimentação em cena – ao falar, nãofique parado. Locomova-se devagar e olhepara todos os lados da platéia. Nada deficar apertando as mãos no peito, pôr asmãos na cintura, nos bolsos e nas costas,ou desviar o olhar para um ponto fora dolocal onde todos estão.

c) A mímica ajuda – fazer gestos corretos

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complementa sua oratória. A cabeça podeconfirmar ou negar conforme seu texto.Use os braços para reforçar as frases ouideias que está expondo Além disso, oolhar contribui para fixar alguns pontos,use isso. Evite o gesto chulo.

d) A voz – a impostação já era, seja vocêmesmo. A entonação (aumentar o tom emalgumas palavras) ajuda no andamento dodiscurso. Treine isso.

e) O silêncio diz muito, não se esqueça, àsvezes deve-se calar para sugerir. Saber usaro silêncio é uma arte, fazer pausas quesignificam coisas, que criam suspense, éajudar sua oratória ser sempre melhor.

Por fim, um lembrete: conforme o seuinteresse, crie o cenário da sua fala. Se for criticar,crie um cenário negativo; se for elogiar, faça comque a introdução seja positiva. A massa de ouvintessegue o cenário que você criou no início. Depois decriado o cenário, os argumentos sairão normalmente.

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Treine na frente do espelho para melhor versua performance, é o que fazem os oradores, e nãosó eles, os comunicadores de TV. Se puder, filme eanalise sua aparência e seu discurso junto de suaequipe número 1 para corrigir os erros que estácometendo. No livro, Marketing Político, fidelize seueleitor e vença sempre, há todo um capítulo sobreoratória. Em caso de dúvida, consulte a obra.

O que falar? Se você estiver com dificuldadesem exercitar a oratória, observe atentamente umbom orador e imite-o. Existe um tipo de texto curto,geralmente laudatório que culmina sempre com umaposição de quem está falando sobre o assunto. Échamado de alocução.

Candidato quase sempre faz alocução e nãodiscursos, a não ser nos grandes comícios e apenaso candidato majoritário. Vereadores falam pouco eprecisam ser diretos para serem entendidos e nãocansarem a platéia. O eleitor não aceita mais o blá-blá-blá de antigamente e quer que o candidato vádireto ao ponto, que diga o que pensa fazer pelacomunidade e pelas pessoas individualmente.

É difícil dizer isso, mas as alocuções sãogeralmente superficiais, falam tudo sem se

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prenderem a nada especificamente. Contudo, elasatingem a consciência do ouvinte-eleitor e atendemao que se propõem as campanhas políticas, isto é,tratar dos temas de forma genérica, semdetalhamento, mas com endereço certo a cadapúblico.

Decorar algumas alocuções ajudará qualquercandidato a se sair bem de enrascadas quando forinstigado a falar. Não devem ser a tônica da oratóriado candidato, que deve buscar conteúdo maisaprimorado, mas elas ajudam em momentos deemergência durante a campanha.

As alocuções a seguir estão prontas, vocêpode usá-las do jeito que estão, embora possaocorrer que outro candidato também leia a obra ediga o mesmo. Por isso, seria interessante dar algunstoques pessoais à sua fala para ser diferente.

Entenda estes exemplos como modelos,aprimore-os se quiser, mas mantenha a unidade econcisão. Falta um final que depende de você.Terminar com “pensem nisto”, “farei isso se foreleito”, “confiem em mim e faremos isso juntos”,ou outro final de seu agrado é importante, emboraalguns textos, ao final, já sejam conclusivos.

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Separamos as alocuções mais necessárias para cadatipo de público a respeito do qual o candidato vaiprecisar se referir em suas falas e reuniões.

Vale a pena reforçar: os textos a seguir nãodevem engessar você, mas servem para “quebrar ogalho” em momentos em que não se sabe o que dizer.São falas curtas para usos emergenciais. Por isso, olivro foi feito para andar no bolso do candidato...

Para os jovens

Houve um tempo em que ser jovem era ficar na fila dos maisvelhos à espera de uma oportunidade. Este tempo acabou.

Hoje o jovem é dinâmico, competente, e, por seus própriosméritos, abre as portas do futuro e transforma o amanhã em agora.Ser jovem hoje é exatamente isso: antecipar, por esta razão é que omundo moderno é da juventude e graças a ela é que o progressocomeçou a caminhar, não a 20, mas a 100km por hora..

Entendo que devemos cada vez mais ampliar os canais deacessos e incentivar o jovem a ser o comandante de seu destino nabusca do sucesso. Por isso, quero democratizar as oportunidades,dando aos jovens condições de crescimento para que eles possamtransformar a sociedade, tornado-a cada vez mais humana,progressista e justa.

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Para os idosos

Não há maior injustiça do que seesquecer de quem fez o progresso que temos hoje.A terceira idade tem o mérito de ter trazidoaté aqui tudo aquilo que foi construído dentroda sociedade.

E mais: a experiência adquirida aolongo dos anos não pode ser esquecida em nomeda renovação, porque a sabedoria vem com aidade. Aqueles que sabem disso valorizam osidosos, cuja tarefa social já foi cumprida e hoje merecem o descanso,merecem as preferências, e sobretudo merecem ser ouvidos. Sou daquelesque acreditam que a fórmula correta do progresso é a força dajuventude somada à experiência dos mais velhos. Assim, valorizar aterceira idade com projetos sociais e de lazer, criar mecanismos parafacilitar a vida dos mais velhos com salários justos e espaços sociaisespecíficos de modo que eles possam interagir com a juventude é afórmula mais eficiente do progresso humano, saudável e justo.

Sobre a mulher

Não há desenvolvimento social e econômico sem a mulher.Diferentemente de antes, a mulher hoje conquistou seu espaço e eminúmeras tarefas superou o homem. Dotada de sensibilidade e capacidadede realização, a mulher é a incansável trabalhadora que administra olar, educa os filhos e hoje começa a sair para o trabalho, ou quandonão, trabalha em casa para aumentar o orçamento familiar.

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O resultado disso é que a vida melhorou depois que a mulherse tornou mais atuante. Hoje ela avança e começa a participar maisintensamente da vida pública. Sua capacidade tem ajudado na escolhade melhores representantes para as câmaras municipais e prefeituras,por isso sua voz deve ser sempre ouvida.

É imperativo que cada dia mais sejam criadas opções detrabalho para as mulheres, dotando-as de conhecimento para a vidaprofissional, através de cursos de capacitação, porque com aparticipação feminina, a sociedade pode avançar ainda mais na direçãodo progresso.

Sobre o esporte (jovens nas ruas)

O esporte é o meio maisseguro para tirar a juventudedo caminho das drogas, porqueo esporte cria novos centros deinteresses para o jovem,dotando-o de força de vontadepara crescer, vencer, bater recordes, enfim, o esporte se torna a vidado esportista, substituindo as drogas.

Mais do que isso, hoje o esporte é a chave para o sucesso e aconquista de uma vida melhor, abrindo reais perspectivas de futuro.Assim, cabe ao poder público criar mecanismos de descoberta deatletas em cada comunidade. Cabe ao poder público elaborar parceriassadias com a iniciativa privada para apoiar atletas, dando-lhescondições de treino e competição.

O poder público pode e deve entusiasmar os jovens para a

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prática desportiva, não se importando com a faixa etária ou condiçãosocial, porque o esporte é a mais democrática das opções dedesenvolvimento individual, pois prestigia a habilidade e o esforço decada um, igualando-os nas pistas e nos campos.

Incentivar o esporte, envolver o jovem, é meta prioritária dequalquer administração municipal. Vamos fazer isso juntos.

Sobre a educação

Ao contrário da indústria cultural importada, que manipulae condiciona as mentes dos jovens, a educação amplia os horizontes emostra o mundo como ele é. Mais que isso: o educador não só abre asportas do discernimento como ajuda a decidir para a escolha corretaentre o certo e o errado.

Por isso, não há como separar a educação do desenvolvimentoe do futuro das pessoas. Somente com o saber é que o jovem estarápreparado para o amanhã, pois todos afirmam sabiamente que amoeda do século XXI é o conhecimento e cabe à escola dar isso aosseus alunos. Assim sendo, a função do professor assume uma nobrezae importância sem par. São eles que alfabetizam, que abrem asmentes, que estabelecem rumos saudáveis para o adequadocomportamento social.

Com a vida difícil de hoje, as famílias delegaram aos professoresmuito do que os pais faziam antes. Por isso, o mestre deve ser vistonão com carinho, geralmente piegas, mas sobretudo como um agentetransformador da sociedade, que merece pagamento justo, dignidade,condições de trabalho para transformar o mundo para melhor. Semele, não há futuro.

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Contra a violência

Para tudo hálimites. A violência chegoua índices que não podemosmais tolerar. No fundo, nósestamos presos e limitados, enquanto os bandidos nos aprisionam emnossos próprios lares através do medo.

Se as autoridades não buscarem alternativas seguras paradar ao cidadão a tranqüilidade que ele precisa, nossa sociedade podecaminhar para o caos. A polícia e o judiciário precisam de maisenergia para fazer cumprir as penas contra os que infringem as leis,e ambos, polícia e judiciário precisam ser incorruptíveis para poderfazer prevalecer a justiça, a paz e a ordem. Assim, todos nós devemoscobrar dos governantes ações efetivas de proteção à família, aotrabalhador, de forma que possamos sair às ruas em segurançapara trazer para o nosso lar o sustento que precisamos. A segurançaé um direito que todos temos, resta apenas ao governo cumprir a suaparte, para que possamos desempenhar a parte que nos cabe deforma a construir um melhor futuro através do trabalho digno eprodutivo que conduz ao progresso.

Sobre o emprego

Nossa comunidade é competente – homens, mulheres, jovense idosos – o que precisam é de apenas uma oportunidade paramostrar que podem crescer e isso vem com o trabalho. Não setrata apenas de ganhar o pão de cada dia, mas ganhar dignidade

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para viver. Sem trabalho, o ser humano se vê à míngua, desesperadoe envergonhado perante à sociedade e à própria família. Por estarazão, é que a tarefa fundamental do poder público é abrir postosde trabalho, trazer indústrias, amparar o comércio e para aquelesque não acham colocação, facilitar ações que lhes permitam conseguirsustento para o seu lar. Isto se faz com cooperativas de mão deobra, se faz com facilidades para o comércio autônomo, se faz comcursos simples para funções importantes e complexas como eletricistasinstaladores, digitadores de computação, culinária para as mulheres,cursos de cabeleireira, manicure entre outros. Quando o poderpúblico vira as costas para as necessidades de abertura de empregospara seus munícipes, está abrindo a porta para a malandragem,o crime, o negócio fácil tão nocivo aos cidadãos, principalmente osjovens. Emprego, oportunidades de trabalho, eis a fórmula parauma cidade mais humana, feliz, onde as pessoas, com dignidade,podem viver melhor.

Sobre o lazer

Nem só de pão vive o homem. Além da palavra dosenhor, há a necessidade do lazer. Quem trabalha ou buscaemprego a semana toda; quem sofre as agruras da vida de hojeem dia que não está fácil, haja vista o custo da mesa, o custo doremédio, do transporte; para quem sua a camisa pelos seusfamiliares, tem que existir algo mais do que a TV nos finais desemana. O poder público pode e deve facilitar o lazer aosmoradores da sua cidade. As festas populares e religiosas, osshows em espaços públicos, a criação de mais praças com parquinho

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para as crianças, os passeios pela natureza são, sim senhor, deobrigação do governo municipal e estadual. Mais que isso, apaixão do brasileiro é o futebol. Valorizar os campeonatosamadores da cidade, melhorando os campos para que as famíliaspossam ir, esposas e filhos, e enxergar o morador da cidadecomo mais do que um votante apenas, é ver nosso povo comogente e não como máquina, como número de IPTU. Todosmerecem o lazer e o poder público não pode se furtar a isso.

Sobre voluntariado

O governo não pode fazer tudo, e às vezes nem competênciapossui para isso. A sociedade, então, cansada de ver as coisas porserem feitas, colocou a mão na massa. Hoje, ser voluntário e atuarna comunidade não é apenas importante para a sociedade, é umaquestão de realização pessoal. Dar de si para os necessitados, ajudaros que precisam mais do que você, é atender ao apelo divino depropagar a felicidade nesta vida. Mais ainda: é mostrar a todosaqueles que não se importam com o próximo que existe a fraternidadee ela veio para ficar desta vez. Estender a mão às vezes é mais doque curar uma ferida e todos aqueles que fazem isso em prol dosmiseráveis e desvalidos, melhoram a comunidade onde vivem e,principalmente, tornam viva entre nós a palavra do criador. Servoluntário é ampliar o senso de irmandade que todos temos dentrode nós. Basta olhar para trás para se ver que há os que precisam denossa mão amiga, de nossa palavra de consolo de nosso amparo. Aosque fazem isso, o meu obrigado e parabéns pela sua coragem edesprendimento.

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Sobre os deficientes

A vida está difícil para nós? Todosconcordamos que sim. Se nós que somosperfeitos, sentimos o peso da vida, imagineaqueles que possuem uma deficiência. Paraeles, o fardo é maior, é custoso, é suado, masmesmo assim, eles não desistem e provamcom sua dignidade e esforço que o queprecisam é apenas uma oportunidade demostrar que são capazes, igualmente a nós.

Por isso, abrir vagas para deficientes nas empresas como manda alei, é importantíssimo e cabe ao poder público fiscalizar se isto estásendo feito. Melhorar as vias de acesso para que os deficientes possamtransitar com segurança, é obrigação do poder público e precisamoscobrar para que isso também aconteça. Ter transporte coletivo aptoa acolher os que têm deficiência física é mais do que uma lei, éhumanitário. Criar uma legislação que possibilite aos cegos, aos surdos,aos cadeirantes terem acesso a tudo o que a vida pode lhes dar émissão dos homens públicos e aqueles que não o fizerem, não apenasestão sendo maus políticos, estão sendo maus cidadãos, egoístas esobretudo insensíveis a quem precisa de apenas uma oportunidadepara mostrar que é igual a todos nós.

Sobre ecologia (poluição)

A vida está em harmonia. O sol nasce, a noite vem, a chuva cai,o vento sopra, as flores encantam enquanto as frutas têm o seu tempo, os

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cereais também, na seqüência natural da vida Enfim, tudo aquilo quedepende da natureza, ela cumpre, e o faz bem. Mas e o que depende denós? Cuidamos dos rios, da terra, do ar, das matas ciliares? Se nãomantivermos a harmonia, o planeta um dia irá acabar por falta daquiloque ele nos deu e que nós destruímos. Por isso, a ecologia é importante,por isso poluir, mais do que uma violação da lei, é construir um futuropior para todos nós, nossos filhos e netos. Quando falamos que ahumanidade irá pagar, falamos que nossos filhos, nossos netos assumirãoa dívida que estamos fazendo. Quando destruímos a natureza, estamosdestruindo as oportunidades de vida futura para nossa família. Por isso,seja ecologicamente correto – reutilize, reduza, recicle. Não polua, preservea natureza, plante uma árvore, não estrague as águas porque a harmoniada vida depende de que estas ações sejam feitas agora, porque o amanhãde todos nós será o resultado das boas os más ações que praticamos hoje.

Sobre desenvolvimento econômico

Nenhum cidadãomelhora de vida se a cidade ondeele reside, trabalha, não sedesenvolver economicamente. Aspessoas pedem emprego, mascomo eles virão se não houverdesenvolvimento? Queremmoradia própria, mas como pagar o CDHU, ou a Caixa, se nãohouver um bom emprego? Desenvolvimento econômico se faz com criaçãode oportunidades de ganho para todos os cidadãos. O poder públicoprecisa cumprir a sua parte, facilitando o comércio e a indústria locais,

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além de ir buscar empresas de fora e facilitar para que elas geremtrabalho digno e riqueza. Na guerra fiscal, é preciso oferecer vantagenspara atrair mais investidores, enfim, a tarefa é exclusivamente do poderpúblico e não dos cidadãos. Quem dorme em berço esplêndido, perde asoportunidades de sucesso que a vida oferece. Desenvolvimento econômico,empreendedorismo, palavras mágicas, capazes de tornar a cidade maispróspera e a sua gente mais rica e feliz. Vamos acordar o poder municipale fazê-lo trabalhar pelo progresso de todos nós.

Sobre responsabilidade socialNenhuma empresa moderna pode se furtar da responsabilidade

social que possui frente à comunidade onde vive. O poder público estápraticamente falido, perdido entre a folha de pagamento dos funcionáriosmunicipais e as obrigações de investimento interpostas pela legislação.Com isso, pouco se tem feito para a melhoria da vida dos cidadãos.Neste caudal de dificuldades, os mais necessitados ficam à mercê dasorte por serem os mais vulneráveis. Se a empresa, fonte geradora derecursos, não assumir o papel social que lhe cabe, a miséria só tenderáa aumentar. Por isso, as empresas modernas são socialmente responsáveis,porque chamam para si a melhoria da qualidade de vida de seusfuncionários, da mesma forma que atuam no meio, com vigor, inteligênciae muita humanidade para minorar a dor daqueles que precisam deamparo e, por infortúnio do destino, vivem da caridade alheia. Aempresa moderna é parceira do poder público com um único objetivo,melhorar a vida da comunidade e dos cidadãos. E não há tamanhopara assumir esta responsabilidade, qualquer empresa pode fazê-lo,basta a prefeitura incentivar estas ações, buscar o diálogo e ajudar aexecutar projetos capazes de melhorar a qualidade de vida da população.

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Sobre saúde

Sem saúde nenhum serhumano pode se capacitar para aconquista de um futuro melhor. Os quepodem, pagam planos de saúde, os quenão podem, precisam do serviço público– o nosso SUS.

Nesta hora, quando o cidadão está doente e que mais precisade atenção e carinho, os postos de atendimento não podem ser insensíveisa isso e lhes fechar as portas. Os atendentes precisam ser mais humanos,os médicos precisam chegar na hora e cuidar com carinho daqueles queestão fragilizados pela doença. É neste momento que a mão doadministrador público tem que se fazer sentir. Humanizar os postosde saúde, dar remédios gratuitamente de verdade, sem falta constantedos mais caros no estoque, e oferecer tratamento digno e carinhoso aosdoentes é o que devemos exigir dos governantes. É o dinheiro públicoquem paga as contas e este mesmo público precisa receber o que procura.Saúde é um direito constitucional, por isso é preciso fazer valer estedireito, dando ao cidadão o atendimento e a cura que precisa, paraque, ele estando sadio, possa enfrentar o dia-a-dia, e com forças, trabalharpara seu bem e de sua família. Chega de falar em crise na saúde, chegade ver pessoas morrendo nas filas de atendimento, chega de esperaslongas para internações e exames. O administrador público, a prefeitura,precisam assumir esta responsabilidade que é dela, precisa ser maiscriativa e atender a nossa gente. Qualquer outra coisa que fale palavrassuaves para pedir paciência que a solução virá, é mentira, porque adoença não espera. Por isso, é tempo de agir e cuidar da saúde de nossagente.

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Sobre corrupção

Não dá mais! Chegamos ao limite da paciência: ou acabamoscom a corrupção, ou a corrupção acaba com a gente. O corrupto é umladrão altamente nocivo porque ele não rouba somente o dinheiro,rouba a saúde, o emprego, a educação, a segurança pública, a casaprópria, enfim, ele rouba a vida das pessoas. Aquilo pelo qual pagamosao governo para que este nos devolva com benefícios é a razão de serdo estado. Por isso, é preciso mobilização para que os corruptos sejamjulgados rapidamente, para que as leis sejam mais rígidas e que elespaguem pelo mal que nos fazem. A sociedade tem um dever com oscidadãos que é não permitir que uns poucos pilantras fiquem comaquilo que é de todos nós. Por isso, escolham certo seus representantes,coloquem no poder pessoas que têm história de vida confiável. Fazerisso hoje é cuidar de um melhor amanhã para todos nós.

Sobre habitação

O sonho do brasileiro é acasa própria. Não se trata apenasde um bem, ela é o porto seguro,seu castelo, onde a família seabriga e se protege das dificuldadesda vida. Ter onde morar é saberque temos um porto seguro que nosampara ao final de um dia detrabalho. Mais que isso: um chefe de família precisa ter o orgulho deter construído seu lar, sua casa. A casa própria é o marco de vitóriade todos aqueles que lutaram pelo pão de cada dia. Por isso, é que os

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programas habitacionais precisam sair do papel e mais, oferecermosoportunidade a todos para que tenham o seu próprio lar. O programaMinha Casa, Minha Vida tem procurado proporcionar a casaprópria, ou um apartamento, a um número imenso de famílias. Maspara isso, o governo federal precisa do apoio do poder público municipal,através da doação do terreno para a construção dos imóveis, além dainfraestrutura e o planejamento urbano. Somente assim teremos condiçõesde oferecer ao povo moradias com prestações que o povo pode pagar. Étempo de criarmos mecanismos capazes de possibilitar casas mais baratascom prestações que cabem no bolso dos que mais precisam. A casaprópria é um direito do cidadão que trabalha; ter moradia é terorgulho de sua função social, é a prova de que se venceu na vida.

Nossa cidade, nosso orgulho

Eu tenho um orgulho imenso desta terra. Minha cidade, comtodos os problemas que ela possui, ainda é muito melhor do que tantas etantas outras cidades que existem por aí. E este orgulho que eu trago nopeito se deve, sobretudo, à gente amiga que nela vive e com o suor dotrabalho diário luta pelo pão de cada dia. Esta terra tem riquezas históricas,belezas naturais, mas aqui é que vive esta gente companheira, os amigos dodia-a-dia, os familiares que formam um buquê de amizades que só nos dáorgulho. Por isso, eu penso que poderíamos crescer ainda mais, caminharpara um melhor futuro, abrir portas para o desenvolvimento, sustentável,minorar a dor dos que sofrem com uma saúde mais eficiente e, principalmente,distribuir o bem comum, democratizando as oportunidades de sucesso atodos. Somos bons no que fazemos, somos trabalhadores, somos irmãosnuma causa comum: fazer desta cidade a cidade de nossos sonhos. Neste

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momento de eleição devemos pensar principalmente nisso. Precisamos acertarna escolha para que os próximos quatro anos não sejam perdidos. É tempode aprimorar a reflexão para separar o joio do trigo; é tempo de analisaras opções que temos frente a nossos olhos; é tempo de avaliarmos o futuroque queremos. Tenho a certeza interior de que iremos acertar porque somospessoas do bem e buscamos o mesmo destino feliz e próspero capaz de dar anossa gente a felicidade que ela almeja, e aí sim, mais orgulhosos ainda denossa cidade, poderemos gritar a plenos pulmões que temos orgulho em serdaqui.

Novas ideias: oficinas comunitárias

Quantas pessoas dominam uma profissão, mas não podem exercê-la porque não possuem o que chamamos de meio de produção? Em outraspalavras: costureiras que não têm máquinas industriais de costuras,cozinheiras que não tem equipamento para produzir em grande escala,soldadores que não têm ferramentas, enfim, sabem fazer, mas não fazemporque não podem se equipar por falta de recursos. Estes empreendedoresprecisam ser ajudados, assim, seria interessante que o poder público criasseas oficinas comunitárias. Espaços abertos a todos os profissionais para queeles tivessem como fazer serviços e assim irem se tornando autônomos. Osespaços seriam agendados previamente de forma a atender o máximopossível de interessados. Os insumos seriam de responsabilidade do profissional.Uma doceira deveria trazer de casa todos os ingredientes para a feitura dobolo de casamento, a prefeitura cederia o espaço, o gás, o fogão, a luz. Comeste procedimento, democratizaríamos os meios de produção e com isso maise mais profissionais poderiam ganhar o sustento de suas famílias e aospoucos se tornando auto-suficientes. Isto é democratizar oportunidades, eassim tornar nossa gente mais produtiva e feliz.

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Novas ideias; comboio da economia

Todo produtor gostaria de vender diretamente ao consumidore é fácil entender o porquê. É que vendendo direto, elimina-se ointermediário e com isso o produtor ganha mais e o consumidor pagamenos. Em outras palavras, todos que merecem ganhar, ganham.Para os que acham que isto é um sonho oferecemos a ideia do comboioda economia. Caminhões com gêneros alimentícios de primeiranecessidade com preços reduzidos e contratados por um setorespecialmente criado nas prefeituras que organizariam uma vista semanaem bairros da cidade, oferecendo diretamente os produtos aos moradores.A economia disto seria inigualável. Mais ainda, obrigaria os demaiscomerciantes abaixar preços de modo a se tornarem mais competitivos.Por outro lado, o comboio não precisaria ser de venda apenas. Poderiamser criados comboios de prestação de serviços; sapateiros, costureiras,eletricistas, encanadores, enfim, profissionais que pudessem prestar serviçosespeciais aos moradores e com isso terem o sustendo de suas famíliasalém de oferecer comodidade aos moradores que, muitas vezes, nãosabem a quem recorrer em emergências caseiras. É uma ideia queprecisa ser aprimorada, mas vale a perna se pensar.

Sobre algumas datas

a) CasamentoA vida adquire sentido quando o ser humano constitui umafamília. Célula maior da sociedade, a família é o berço da

educação, o porto seguro do viajante, a proteção do desamparado,enfim, é no seio familiar que a vida começa a fazer sentido. Casar,portanto, é assumir um compromisso mútuo, embasado pelo amor, na

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busca da felicidade. Por isso, hoje quando um casal, perante Deus eperante os homens assume sua condição de esposo e esposa, nós sópodemos nos alegrar, e pedir a Deus que derrame suas bênçãos, protejae encaminhe esta família nova que surge entre nós. Daqui para frente,tudo será comum, a mesa, o quarto, as tristezas, as alegrias, enfim avida será projetada a dois e com isso os planos virão e muita felicidadepoderá cobrir este lar. Que a vida possa lhes sorrir, e que os frutosdeste matrimônio não tardem a chegar, porque os filhos são o coroamentode todo casal que cria uma nova família, esta é uma missão divina, epara isso pedimos que Deus os acompanhe.

b) Semana da PátriaSe hoje, neste sete de setembro, comemoramos o grito do

Ipiranga dado por D. Pedro, mais ainda devemos comemorar atrajetória de vida feita pelo nosso povo daquela data até aqui porquea independência somos nós. Nenhum país se faz independente com umgrito num tempo qualquer do passado, ao contrário, é a vontade dotrabalho, a produção, as alegrias e as tristezas de um povo que fazemsua independência. Por isso, neste sete desetembro, temos que fazer um voto de união efidelidade aos destinos de nossa pátria. Só como trabalho digno para todos, o fim da miséria,saúde e qualidade de vida, educação e aberturade oportunidades de sucesso, casa própria,segurança e perspectiva de futuro, só assim éque um povo será independente de verdade. Istorequer suor de nossa parte, esforço dos

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governantes, sensibilidade para tratar do dinheiro público e assim,com justiça, distribuir o bem comum. Um Brasil independente aindaestá por vir, por isso estejamos preparados, vamos cumprindo a nossaparte, vamos juntos nesta caminhada de desenvolvimento rumo a umamanhã melhor, mais justo e verdadeiramente independente.

c) Formaturas em geral

Finda o ano escolar e com ele mais uma etapa de vossas vidas.O diploma que ora recebem é o marco final de um longo caminhopercorrido. Mas é mais que isso: é a chave para o futuro que sedescortina frente a vossos olhos. Com esta chave, as portas do sucessoirão se abrir a todos aqueles que, com dedicação, ética, enfrentaremsem medo o amanhã. A vida e o futuro lhes pertencem e agora, maisaptos e preparados, vencerão. Formandos, nossa cidade, nosso estado,nosso país, esperam por vocês. Nossa sociedade quer vê-los triunfar.Precisamos de profissionais capazes, profissionais honrados e honestosque possam com o seu saber tornar melhor a vida das pessoas, que comsua capacidade possam fazer render mais a terra, produzir mais aindústria, comercializar com mais eficiência os produtos, profissionaisque possam prestar seus serviços de maneira honesta e eficiente. Idepois, desempenhar sua funções, com respeito e capacidade para fazerdesta terra um lugar mais digno e desta gente um povo mais feliz.

* Importante: não se esqueça de que as alocuçõesacima podem ficar assim, terminar do jeito que estão,mas seria interessante que você ampliasse a fala conformeas necessidades da sua campanha.

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III - PARA QUANDO TIVER QUE

ENFRENTAR OBJEÇÕES DE ELEITORES

Já vimos, voto se ganha com sedução econvencimento. Toda vez que você estiver frente afrente com o eleitor e ele fizer objeções ao voto, éporque ele está desafiando você, ele quer serconvencido, ser seduzido. Nesta hora, adote osprocedimentos:

a) Admita que ele tem razão logo de saída

b) Encare a objeção dada por ele como sefosse uma pergunta e responda

c) Transforme a objeção dada num desafioa ser vencido pelo bom político

d) Crie dúvidas para a objeção dada fazendoperguntas sobre o mesmo assunto aoeleitor

e) Concorde em parte com o eleitor e dê assuas ideias sobre o fato.

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f) Tenha uma atitude otimista para o futuroe se mostre capaz de fazer a mudança paramelhor.

É fundamental que você se lembre semprede que não está disputando com o eleitor, estáquerendo que ele se junte a você. Ele não é o seuadversário, por isso, enfrentamentos não levam anada. Brigar com o eleitor é caminho certo paraperder o voto dele, às vezes de toda a família e dosamigos.

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IV - PARA QUANDO DER ENTREVISTAS

Nas entrevistasestão as chances deexposição na mídia.Elas são importantesdemais para fazê-lasde qualquer jeito,portanto, prepare-sebem. O repórter quersempre uma história,um fato, umaexplicação, uma polêmica. Ele vive da notícia. Porisso, a novidade é sempre importante e o jornal, orádio, a TV que conseguir dar ao público estanovidade em primeira mão,tem vantagens sobre asdemais mídias.

Numa entrevista qualquer, é importante:

a) Não mentir, não exagerar, não pressionaro repórter

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b) Achar um gancho para ser notícia

c) Ter dados e fotos à mão para comprovarsua fala

d) Despertar confiabilidade

e) Procurar ser simpático, sem ser puxa-saco.

Normalmente um jornalista pauta as edições,é preciso descobrir quem é. Neste sentido suaassessoria de imprensa deve ser bem relacionadacom todas as mídias disponíveis para conseguirpautar você.

Por outro lado, se você conseguir a amizadedo jornalista, terá quase que sempre espaçodisponível, por isso, trate-o bem e comprofissionalismo; dê a ele a notícia que ele desejasaber.

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V - ALGUMAS DICAS DE CAMPANHA

PARA O DIA-A-DIA

Elas estão no livro Marketing Político, para quemtem os pés no chão, mas foram ampliadas e é semprebom tê-las à mão para leitura constante. Ademais,aqui explicamos com mais detalhes alguns conselhosque vão lhe ajudar bastante. Tenha cuidado com:

a) Encartar-se com a própria vozHá momentos que falamos tanto a nós

mesmos sobre nós mesmos que acabamos nosachando os melhores. Além disso, quando nos dizemque estamos bem, ou quando sai um índice depesquisa muito bom, ficamos encantados conoscoe fazemos a espiral para dentro, e aí só nos interessaaquilo que dizemos ou queremos ouvir. Isto é ruimdemais, espanta os amigos, torna a equipepreguiçosa, o ritmo do trabalho diminui e ocandidato se isola, achando que é o máximo.

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b) Não ligar demais para os boatos ou aciumeira

Boato e ciumeira são coisas que existem emdemasia nos comitês e entre as pessoas da campanha.Eles merecem atenção, mas se o candidato se envolvernisso, está perdido. Tente evitá-los e, se acontecer,procure esclarecer o boato e deixar claro à equipe quetodos são peças fundamentais para a vitória e que umaequipe só terá sucesso quando trabalhar e sonhar emharmonia.

c) Entrar na do “já ganhei” ou “já perdi”A campanha não acaba antes da contagem dos

votos. Achar que já venceu e descansar antes dotempo, ou achar que já perdeu e desistirantecipadamente é a pior coisa que um candidatopode fazer. A luta deve seguir até o final. Lute.Lembre-se de que uma eventual derrota hoje podeser o alicerce da vitória amanhã, desde que vocêacredite.

d) Confundir popularidade com intençãode votos

Não é a mesma coisa, nem sempre o popularé eleito, afinal o povo quer uma pessoa capaz e não

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apenas conhecida, por isso não fique imaginandoque, porque você é famoso, os votos serão seus.

e) Inimigo de verdade nunca esquece enunca perdoa

Ulisses Guimarães disse certa vez que napolítica devemos ciscar para dentro. Nada mais certo.Por isso, as portas sempre estão abertas aos acordospolíticos. Contudo, sem discordar do velho mestre,devemos dizer que em apenas um caso não dá parafazer isso. É ciscar para dentro inimigos de verdadeporque estes não esquecem e não perdoam. Por isso,cuidado, abra as portas, mas fique na soleira paraver de fato quem pode entrar.

f) Candidato nunca deve sair sozinho parafazer campanha

Candidato tem que ter comitiva porque elarevela força. Quem anda sozinho tem pouca gentea seu lado. Mas não é só isso. Sair sozinho é perigoso.Já ocorreram casos onde se “armou” uma confusãocom o candidato sozinho, fotografaram e jogaramno jornal. O resultado foi desastroso. Mas não bastasair com amigos, é preciso, no mínimo, um assessorde campanha sempre junto o tempo todo.

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g) Apesar de precisar de um pequenogrupo para decisões, cuidado para não criar o“clube do bolinha”

Sua equipe número 1 não precisa ser grande,mas não fique confinado. Se os demais membros dogrupo não se sentirem enturmados, o candidatopoderá perder a eficiência do pessoal. Todosprecisam ter a sensação de que fazem parte do“grande time”, ninguém quer ficar no banco...

h) Pesquise em outras eleiçõesFonte de boas informações, as pesquisas

antigas mostram tendências dos outros candidatos,o que é sempre bom. Pesquise as eleições passadas,você irá descobrir características de adversários ealiados que serão muito úteis na sua campanha.

i) Ache alguém para dizer NÃOGeralmente não é o candidato quem deve dizer

não aos pedidos que são feitos. Isso cabe à assessoria.O candidato deve ser honesto e transparente, nãodeve enganar o eleitor e nem levar “de barriga” ospedidos para lá na frente negar. O que pode ser feito,DEVE ser feito, mas o candidato não pode dizernão. Para ele, só as benesses, isto é, o sim...

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j) Escolha bem o motorista de campanhaAlém de precisar

ser bom de volante, eletem que ser de absolutaconfiança do candidato, emais, não pode serdispensado no meio dacampanha.

Motorista ouve tudo, sabe de tudo e se “dercom a língua nos dentes”, pode complicar, afinalmuito da campanha se decide no carro.

k) Cuide da saúdeTome um polivitamínico, evite excessos

gastronômicos e de álcool, e não fique doente. Sairda campanha por doença, nem que seja por algunsdias, pode ser irrecuperável. Isto sem contar osboatos que podem advir de qualquer resfriado...

l) Candidato não pode andar semchicletes e desodorante

Nem é preciso dizer por quê...

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m) Cuidado com o “porra-louca”Ele cria confusão, principalmente se “ama” o

candidato. Ele pode dar um soco em alguém e dizerque o candidato é quem mandou, ou perder ocontrole numa discussão simples em que o nomedo seu candidato foi dito de maneira desrespeitosa,e, de uma hora para outra, os jornais estampam queum cabo eleitoral do candidato é violento, e isso éduro de tirar de cena.

n) Cuidado com o “puxa-saco”Ele se importa com o saco, isto é, quer embalar

o saco do candidato na vitória, ou consolar o ditona derrota. Quase nunca se importa com o processode campanha, ele se importa mesmo é com o saco,quer agradar o candidato e não fazer fluir acampanha.

o) Candidato não pode fazer vítimasTudo o que o candidato não deve fazer é

machucar as pessoas, física, moral ouespiritualmente. Candidato perdoa, candidato émagnânimo, gentil, desprendido. Se na campanha,ele machucar alguém “imagine quando chegar lá”...

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p) Observe a regra do Duda MendonçaO Duda, em seu livro, deixa claro que ele

sempre pensa assim: numa campanha, 30% é do meucandidato; 30% está com o adversário mais forte; e40% é preciso buscar fora. Só que, a primeira açãoé com seus 30% (motivar, instrumentalizar, etc)caso contrário, ao buscar os 40% perde-se os 30%que já se tem. Em outras palavras: é preciso cuidarda boiada.

q) Re-visitar é misterNão basta uma visita para se ter certeza do

voto, é preciso re-visitar, ou pelo menos o caboeleitoral ir na casa das pessoas mais importantes,mostrando que o candidato não se esqueceu dele.Eleitor – como consumidor – quer atenção, e maisainda, é volúvel, qualquer coisinha e lá se foi aquiloque se conquistou. Mesmo se o candidato não puderir, o cabo eleitoral da região deve re-visitar oseleitores “em nome do candidato”, isto confereimportância a quem é visitado.

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r) Binômios equivocados na campanhaMuita opulência / muita pobreza; muita

razão/ muita emoção; muito homem / muitamulher; autoridade / autoritarismo. Não se esqueça,nem 8 nem 80.

s) Candidato não brigaOfender os outros, entrar em disputadas,

mesmo vencendo sempre se perde um pouco. Deixeos assessores, o vice, fazer isso. Numa campanha,só o lado pacífico, bondoso, generoso do candidatodeve estar à mostra.

t) Candidato não é estrelaA estrela é o eleitor, porque quando o candidato

quer as plumas e paetês, todos os holofotes, amassagem do ego, a coisa vai mal. Isto é coisa deartista, não de candidato. Candidato é simples,humilde, amigo.

u) Despertar credibilidade, ser humilde,ser competente, ou pelo menos parecer tudoisso

O povo quer pessoas humanas no poder, masque sejam capazes de realizar os sonhos da massa.

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Ter credibilidade, passar isso ao povo, da mesmaforma a competência, a humildade é ter um perfilaltamente aceitável.

v) Nunca se deve faltar a um compromissoQuem marca com o candidato espera a

presença dele. Não adianta mandar o cabo eleitoral,não é a mesma coisa. E tem mais: atrasos não sãovistos com bons olhos, parecem mais desrespeitodo que excesso de campanha.

x) Não faça promessas vaziasÉ preferível dizer que é difícil realizar um

favor do que mentir e ficar protelando. Isto semcontar que as promessas vazias, mirabolantes paraque o eleitor se empolgue com você não cabem maisnas campanhas modernas. O eleitor brasileiro éesperto demais para cair nestas mazelas.

y) Cuidado com os impulsosNão se guie pelo impulso, consulte a

assessoria. Por isso, anote seus impulsos e passe pelocrivo do seu pessoal mais direto.

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w) Não seja mal-humoradoO povo já está cheio de gente baixo astral,

imagine se o candidato for desse tipo também, porisso o otimismo em dias melhores, no futuro, é amelhor postura. Além disso, seja paciencioso, oeleitor quer ser ouvido, quer que suas ideias cheguematé o candidato, quer que o candidato goste de suasugestão. Não se irrite e ouça o eleitorado.

z) Nunca subestime a força alheiaÉ assim que os pequenos crescem, quando se

esquecem deles. Todo candidato adversário é umvitorioso em potencial, por isso não se iluda, jáaconteceu em muitas eleições últimos chegarem emprimeiro. Aliás, está até na Bíblia.

Por fim, não se deve colocar isto como dica,mas vale lembrar que durante o processo eleitoral,o candidato deve evitar ser o grande amante. Muitosacabaram sofrendo chantagem e outros gostaramtanto que se esqueceram da campanha. Aliás, nacampanha as coisas nesta seara são mais fáceis, temmuita mulher (e homem) à solta e é preciso ter acabeça no lugar, tanto os candidatos como ascandidatas.

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VI - PARA QUANDO FOR SAIR

EM PASSEATA

Toda vez que for sair,para passeatas, varrições debairro, fazer corpo a corpo,bater de porta em portaverifique a “checagem deprovidências”.

a) O local é necessárioser visitado?

b) Já estive aqui antes?

c) Quem são as pessoas que estarão à minhaespera lá?

d) Tenho minha equipe junto para fazer aaproximação com o povo?

e) Existe material meu disponível paradistribuição?

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f) Quais são as maiores dificuldades dobairro que eu preciso saber?

g) Quais são minhas plataformas decampanha para a população daquele lugar?

h) Quem são os meus concorrentes diretosno local?

i) Com que roupa devo ir?

Se o evento for maior do que uma simplesvarrição, além de estar preparado, é preciso aparatoe técnica, por isso observe:

a) O evento é só meu ou de todo o partido?

b) As bandeiras e faixas de mão estãodisponíveis e em quantidade?

c) Há som de rua com potência compatível?

d) Há som de palco para os candidatosusarem da palavra? O palco é coberto?

e) Existe contratado um gerador de energia(para mega-eventos)?

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f) Tenho bastante pessoal de rua paraanimação em frente ao palco?

g) Minha equipe de segurança estácompleta?

h) Já estudei os temas que são de relevânciapara o povo do local e preparei meudiscurso?

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VII - PARA QUANDO AS COISAS

PARECEM NÃO ESTAR DANDO CERTO

Quando tudo parece que está caindo no chão,volte ao princípio. Para isso, basta responderconscientemente o questionário estratégico queapresentamos como sugestão na primeira obraMarketing Político, para quem tem os pés no chão, e veronde que está o erro de campanha. O questionáriovai ajudar a corrigir sua rota de campanha.

Lembra-se das perguntas?

QUESTIONÁRIO ESTRATÉGICO DE CAMPANHA

Tema: Análises Preliminares1) Por que quero me candidatar a esse cargo?2) Quantos votos preciso para me eleger?3) Quantos votos tenho?4) Quantos votos me faltam?5) Onde posso obter os votos que me faltam?6) Quem são meus concorrentes mais fortes?

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Tema: Elaboração de Estratégias de Marketing7) O que devo fazer para obter os votos que me

faltam?8) Com quem devo fazer alianças?9) Qual a minha plataforma de campanha?10) Que imagem devo passar aos eleitores?11) Que tipo de discurso político devo desenvolver?

Tema: Estruturação Operacional da Campanha12) Qual o melhor esquema de trabalho?13) Quanto custará a campanha?14) De quanto disponho?15) Quem pode me auxiliar com o que falta?16) Quais as pessoas que podem trabalhar na

campanha?17) Que funções podem exercer essas pessoas?

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Tema: Avaliação Prévia do Candidato e da Equipe18) Qual o tempo que vou dedicar à campanha?19) Quais as qualidades que possuo e que serão boas

na campanha?20) Quais os meus maiores defeitos?21) Como corrigi-los?22) Quem pode me auxiliar na correção dos meus

defeitos?23) As qualidades das pessoas da equipe estão sendo

bem direcionadas?

Tema: Início da Campanha24) As ações do Comando estão sendo realizadas

dentro da programação?25) As ações dos Comitês estão sendo realizadas

dentro da programação?26) As ações de Campo estão sendo realizadas

dentro da programação?

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Tema: Desenvolvimento da Campanha27) Todos os recursos e elementos necessários para

desenvolver a campanha foram obtidos?28) Todas as ações previstas no cronograma estão

sendo desenvolvidas?

Tema: Avaliação Permanente do Candidato e daEquipe29) Estou consolidando minha posição na Base

Eleitoral Primária?30) Consegui penetrar em Bases Secundárias?31) Minha popularidade é maior do que no início

da campanha?32) Minha imagem tem melhorado?33) As qualidades das pessoas da equipe estão sendo

bem direcionadas?34) Quais os principais problemas e como corrigi-los?35) Como administrar os conflitos e potencializá-

los positivamente?36) Os objetivos estão sendo atingidos, ou estou

tendo problemas para chegar ao número devotos necessários?

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Responda para si mesmo as questões e vocêdescobrirá onde as falhas estão acontecendo.

Mas é fundamental que a sua equipe número1 ajude na análise das respostas. As pessoascostumam ser “bondosas” demais consigo mesmase deixam passar defeitos que podem estarprejudicando sua ação na campanha.

Ou então, acabam sendo “severas” demais edistorcem a verdade dos fatos.

Lembre-se: o questionário é um elementobalizador de correção de rumos e tem que produzirum resultado prático, isto é, promover novas açõespara otimizar os resultados a serem alcançados.

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VIII - PARA QUANDO FOR TIRAR FOTOS

Nas fotos deestúdio, busque a suamelhor aparência e tomecuidado com:

a) Barba feita

b) Cabelo penteado

c) Sorria moderadamente (gargalhar não éfotogênico)

d) Leve várias camisas de cores diferentes

e) Tire fotos com grava e sem ela

f) Busque sempre um fundo que contrastecom a camisa

g) Nunca fique de frente como foto dedocumento público.

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Alguns candidatos dão pouca importância àfoto de campanha, isto é um erro., Procure umestúdio sério e, se der, uma produtora, eles têm maisexperiência e serão os seus melhores conselheiros.

Por outro lado, as fotos na rua são instantâneosdo candidato com o público, por isso a pose não érequerida. Além do mais, o fundo deve tersignificado, isto é, tem que estar alinhado com acena.

a) Pessoas em volta sempre ajudam a fotoser mais densa.

b) Apesar da demagogia, crianças no colo,estar junto de idosos, estudantes, ou emcampo de futebol sempre dão boasimagens.

c) Esteja sempre em atividade, andando,falando, isto dá dinamismo na foto.

d) Tire fotos em locais que a maioria dapopulação conhece – marcos públicos,catedral, edifícios históricos, enfim,mostre que o fundo é da cidade.

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Importante: a equipe nunca deve sair semmáquina fotográfica. As oportunidades aparecemquando menos se espera e um instantâneo, às vezes,vale mais que mil palavras.

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IX - PARA QUANDO FOR PARTICIPAR

DE UM DEBATE

Geralmente,debates acontecemnas cidades comgrande número deeleitores. Cidadespequenas nãoadotam esta prática, mas sempre é possível acontecer.

Nesta hora, leve em consideração algumasdicas que são fundamentais:

1) Ganha o debate não aquele que é omelhor em ideias, mas aquele em quem opovo acreditou mais. Isto é, o debate nãoé uma disputa, é um show.

2) Assim sendo, é importante a roupaalinhada, a gravata combinando,aparência, enfim, fique o mais elegantepossível.

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3) Depois, a forma de falar. Se o candidatodemonstrar segurança no que diz, se tivernúmeros para provar seus argumentos ebuscar a emoção, é melhor. Não adiantafalar que a habitação será desenvolvidana cidade, é preciso dizer que “todo cidadãotem direito a um lar, um teto, um cantinho seuporque assim a família estará protegida”. Istoemociona mais e a emoção vale muito

4) O que o candidato vai fazer no seugoverno deve ter sempre o povo comobeneficiário maior. Falar em orçamentoda prefeitura, ajustar os cofres públicos ébesteira, porque isto não interessa aocontribuinte que paga os impostos e quero retorno de seu dinheiro. Por isso, épreciso falar que o adversário gastou mal,comparar gastos, coisas do tipo: “com oque se gastou naquela meia-ponte que temartesanato dava para construir uma escola, ounão sei quantas casas populares”, é melhordo que apenas falar das cifras.

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5) Todo debate tem regras. Estude-as.Geralmente na primeira pergunta cada umfala de si e o que pretende. Nestemomento, é preciso ter segurança eapelar para os valores que acomunidade defende. No legislativo, éimportante chamar pelo bairrismo dacidade, do bairro ter seu representante,fixar que a região precisa ser bemrepresentada para proporcionar maisempregos, segurança e assistência social.É importante dizer que o debate deveficar restrito aos projetos de governo,deixando de lado as ofensas pessoais.

6) Depois os jornalistas perguntam. Asrespostas devem ser sempre objetivas ecolocando o povo em primeiro lugar. Nãose esqueça de ver com sua equipe, ou empesquisas, quais são os problemas dacidade, ou região, e discuta possíveisrespostas. Se conseguir frases de efeitonessa hora, possivelmente elas serãonotícias.

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7) A seguir, um faz pergunta para o outro.NUNCA PERGUNTE a seu adversáriomais direto o que ele vai fazer pelaeducação, saúde ou qualquer coisa queseja, porque aí você está dando palanquepara ele. Estas questões devem ser feitasaos candidatos menos perigosos, porquena réplica você pode dar as ideias que temsobre o tema perguntado.

8) Para inimigos diretos, as questões devemsempre ser aquelas que possam mostraro desconhecimento ou fragilidade doadversário. Por exemplo, se o candidatofor apoiado pelo prefeito e existe umaguarda municipal na cidade que fazmuitas multas, pergunte a ele quanto estasmultas estão rendendo e o que é feito como dinheiro arrecadado. Se for muita grana,é ruim porque tirou do povo, se for poucagrana, para que, então, multar. E naréplica, dizer que é contra isso porque odesenvolvimento da cidade não deve serfeito com o sacrifício da população, etc.Se o candidato disser que vai acabar com

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isso, você na réplica deve perguntar se ele,então, acha que o prefeito, que o apóia,está errado.

9) Se o adversário não for candidato doprefeito, ou se for o próprio prefeito emreeleição, perguntar sempre o que ele jáfez pela cidade, ou o que falta. O que elefez é sempre pouco e se não ele não fezpor que votar nele? Ou se falta, por quenão foi feito, então.

10) Outra coisa importante: se um candidatoadversário está falando mal do outro, éinteressante fazer com que eles discutamno debate. Por exemplo, perguntar o queexiste de verdade na afirmação docandidato A na entrevista que ele deusobre o candidato B. Neste caso, quempergunta nem réplica faz, deixa os dois“quebrarem o pau” e fique fora.

11) O debate deve ser sempre bempreparado. O candidato deve levar ecolocar à sua frente os dados que possuisobre o que pretende fazer pela

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comunidade. Quando o adversário estiverfazendo a pergunta para você, ao percebero tema, abaixe os olhos para ler dados,etc, já que as atenções estão em quemfaz as perguntas. Seja sempre natural aoresponder e pareça ser o senhor dasituação já que você está preparado, paraisso Um debate sem preparação ésuicídio.

12) Responda sempre aquilo que gostariaque lhe tivessem perguntado e nãopropriamente o que perguntaram.Responda o que gosta de responder, ligueos assuntos para fazer isso ser possível.Se sua bandeira é segurança, falar semprede que vale a casa própria, escola, centrode saúde, etc, se o munícipe perde a vidapor falta de polícia nas ruas, etc.

13) Finalizando: se puder fazer algumacordo antes do debate com outrocandidato, cujo inimigo é comum, melhor.Neste caso, combine como embaraçar seuoponente mais sério. Aliás, as perguntas

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embaraçosas, as acusações devem serfeitas por outra pessoa e não você. Nahora H, deixe a briga para eles.

Em tempo: ao“enfrentar” umaplatéia, em discursosou debates, éf u n d a m e n t a lobservar que ela ésempre diferente, epoderá ser favorávelou hostil ao orador.

Assim, apresentamos os tipos mais comunsde plateias e o comportamento adequado que oorador deve ter em cada um dos tipos de público.

• Tipo e plateia: amamos você(amigável, cordata)Seu comportamento: caloroso, aberto,sorridente, generosoCaracterísticas da sua fala: Humor,exemplos pessoais, liberdade

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• Tipo de plateia: somos imparciais(analítica, objetiva, imparcial)Seu comportamento: controlado,austero, confiante, gestos comedidosCaracterísticas da sua fala: fatos reais,estatísticas, sem humor e piadinhas

• Tipo de plateia: não estou nem aí(presente sem vontade, indiferente)Seu comportamento: dinâmico, diverti-do, gesticulador, empático, muita movi-mentaçãoCaracterísticas da sua fala: humor,charges, envolvimento, citações famosas,fatos do momento

• Tipo de plateia: você não é bem-vindo(hostil, ataca, discorda, criaantagonismo).Seu comportamento: quadradão,cronológico, palestrante padrão preso aotemaCaracterísticas da sua fala:objetividade, opiniões de autoridades,sem brincadeiras, austero

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Preste sempre atenção ao seu público e nãofuja dos conselhos acima. Quando um candidatonão consegue encontrar empatia com a plateia,geralmente, situações desagradáveis acontecem,principalmente a gozação.

Há casos de discussões violentas e até brigasque vão parar nas páginas dos jornais ou nosnoticiários de TV e isto acaba denegrindo a imagemdo candidato. Muitas vezes, uma mancha como esta,acaba acompanhando a campanha toda e vira motivode piada. Cuidado.

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X - VOCÊ JÁ É UM VENCEDOR

Numa eleição, você podeganhar bem, pode ganhar mal epode perder bem, só não podeperder mal, por quê? Simples deentender, aqueles queparticipam de eleições acabamsendo donos dos votos queconseguiram, isto é, se você fez500, 1000 votos, você passa aser uma pessoa de 500 ou 1000 votos e isto vaicontar sempre nas futuras eleições. É como se fosseum patrimônio seu que ninguém pode tirar.

Isto notabiliza você dentro do meio, confererespeito, principalmente se sua personalidade nãose deixar levar pelas fanfarronices da politicagem.Desta forma, quando vierem novas eleições, seunome será sempre lembrado e seu valor políticodepende do volume de votos que conseguiu fazer.

Ademais, hoje os políticos se tornaram

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profissionais, isto é, estão trocando as suasprofissões (ou parte delas) pelo mandatoprofissionalizado. Por isso, você precisa cuidar dapolítica com muito carinho. Não é uma questão derepresentatividade popular apenas, é um projeto devida, uma vez que aqueles que entram geralmentenão saem por vontade própria, só quando perdem aeleição seguinte. E mais, mesmo após perderem, sepreparam para voltar porque ser político é bom,confere poder, abre portas, dá a chance de realizarcoisas para o povo e isto é gratificante.

Por isso, mantenha uma postura inatacável,faça muitos votos porque, mesmo se não der paraser desta vez, você estará na fila e será sempre umvencedor.

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ANOTAÇÕES

Nem tudo está aqui, por isso, anote o que vocêpercebeu nas suas andanças de campanha e váfazendo sua própria maneira de encarar situaçõesdentro do processo eleitoral.

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BIBLIOGRAFIA

O presente livreto é uma complementação deobras anteriores, assim a bibliografia está todaembasada em dois livros já consagrados e esgotados,publicados em 2007 e 2009, a saber:

• Trombelli, Sérgio Motti, Marketing Político,para quem tem os pés no chão, TórculoEditorial

• Trombelli, Sérgio Motti e Ubiali, MarcoAurélio, Marketing Político, fidelize seu eleitore vença sempre, Tórculo Editorial

• Além destas obras, a temática destelivreto está nas palestras para candidatosou partidos, feitas pelos autores.

Para mais informações seguem os e-mails:[email protected]

[email protected]

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