livro - legislação desportiva essencial

899
LEGISLAÇÃO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] 1

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Livro que trata da legislação esportiva no Brasil.

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  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !1

    !!!!

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !2

    !LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL !

    "!

    PAULO MARCOS SCHMITT

    Organizador

    !

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !3

    Legislao Desportiva Essencial. Edio Eletrnica 2014. Copyright 2014. Paulo Marcos Schmitt [Organizador]

    Email: [email protected]

    Todos os direitos reservados

    Capa: Natasha Sostag Meruvia

    !Paulo Marcos Schmitt. Legislao Desportiva Essencial. iBooks.

    Publicado originariamente na iBookstore em 16.04.2013. Disponvel em: https://itunes.apple.com/WebObjects/MZStore.woa/wa/viewBook?id=635733771

    !!

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !4

    PAULO MARCOS SCHMITT 1

    Membro Comisso Estudos Jurdicos Ministrio do Esporte CNE

    Procurador-Geral STJD do Futebol

    Assessor Jurdico da Confederao Brasileira de Basketball

    Assessor Jurdico Confederao Brasileira de Ciclismo

    Assessor Jurdico da Confederao Brasileira de Ginstica

    Consultor da Confederao Brasileira de Handebol

    Scio-administrador da Prxis Consultoria

    !! PAULO MARCOS SCHMITT!1Autor do Ibook Cdigo Brasileiro de Justia Desportiva. CBJD Notas e Legislao Complementar. Publicado em 01/04/2013. iBookstore: https://itunes.apple.com/br/book/codigo-brasileiro-justica/id628122074?mt=11; Autor do Ibook Direito & Justia Desportiva". Publicado em 10/04/2013. iBookstore: https://itunes.apple.com/br/book/direito-justica-desportiva/id634251949?mt=11; Autor da obra NOVO CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA Legislao Complementar e Notas Remissivas, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2010; Coordenador da obra LEGISLAO DE DIREITO DESPORTIVO (material de apoio ao I Frum Brasileiro de Direito Desportivo), ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2008; Autor da obra CURSO DE JUSTIA DESPORTIVA, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2007; Co-autor da obra CURSO DE DIREITO DESPORTIVO SISTMICO, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2007; Coordenador e autor da obra CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA COMENTADO, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2006; Co-autor do CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA - COMENTRIOS E LEGISLAO, Ass. Comunicao Social do Ministrio do Esporte, Braslia/DF, 2004; Co-autor do livro ENTENDENDO O PROJETO PEL - Londrina/Pr - ed.Lido, 1997; Co-autor do COJDD - GOVERNO DO PARAN (Curitiba, 1993-2006); Co-autor do CDIGO DE JUSTIA DESPORTIVA COMENTADO - Cascavel/Pr - 1996/1997 - ed.Unioeste; Co-autor de trabalhos e consultorias internacionais no 3. Congresso Latino-americano Esporte, Educao e Sade no Movimento Humano Ichper-SD (publicado); Palestrante e autor de trabalhos publicados nos 19, 21, 23 e 25 Congresso Internacional de Educao Fsica - Fdration Internationale dducation Physique FIEP, Foz do Iguau/Pr, e nos 1 a 7 Frum Internacional do Esporte. Autor do texto original do CNOJDD - Cdigo Nacional de Organizao da Justia e Disciplina Desportiva (Braslia, 2002); Co-autor da proposta do CBJD - MINISTRIO DO ESPORTE - Resoluo 01/2003 CNE; Co-autor da proposta de alteraes do CBJD - Resoluo 11/2006 CNE; Co-autor da proposta de alteraes do CBJD - Resoluo 29/2009 CNE; Autor de inmeros artigos e textos publicados em peridicos e em meio eletrnico na rea do Direito Desportivo; Ministrante de inmeros cursos de extenso e ps-graduao em Direito Desportivo; Organizador dos seguintes eventos: I FRUM NACIONAL DE LEGISLAO DESPORTIVA (Curitiba, Dez/1996); II FRUM NACIONAL DE LEGISLAO DESPORTIVA (Curitiba, Dez/1997); I CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO E JUSTIA DESPORTIVA (Curitiba, Dez/2003); I CONGRESSO NACIONAL DE JUSTIA DESPORTIVA (Curitiba, Nov/2005); II CONGRESSO NACIONAL DE JUSTIA DESPORTIVA (Florianpolis, Abr/2006); I FRUM BRASILEIRO DE DIREITO DESPORTIVO (So Paulo, Set/2008); Autor dos softwares - Sistema JOGOS para organizao de competies, PRMAX - Sistema de Gesto da Informao e Administrao Desportiva e JUSTIA DESPORTIVA DIGITAL.!

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !5

    CONSTITUIO FEDERAL" 9"................................................................................

    [CF/88] DESPORTO (Art. 217)" 10".........................................................................

    LEGISLAO FEDERAL - LEIS ORDINRIAS" 11"...............................................

    [TREINADOR DE FUTEBOL] LEI N 8.650/1993. Dispe sobre as relaes de trabalho do Treinador Profissional de Futebol." 12".......................................

    [LEI GERAL SOBRE DESPORTO - LEI PEL] LEI N 9.615/1998 - Institui normas gerais sobre desporto e d outras providncias. " 15"..........................

    [EDUCAO FSICA] LEI N 9.696/1998 - Dispe sobre a regulamentao da Profisso de Educao Fsica. " 79".................................................................

    [ESTATUTO DO TORCEDOR] LEI N 10.671/2003 - Dispe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e d outras providncias. " 81".......................................

    [BOLSA-ATLETA] LEI N 10.891/2004 - Institui a Bolsa-Atleta." 106"..................

    [TIMEMANIA] LEI N 11.345/2006 - Dispe sobre a instituio de concurso de prognstico destinado ao desenvolvimento da prtica desportiva." 114"...

    [INCENTIVO FISCAL] LEI N 11.438/2006 - Dispe sobre incentivos e benefcios para fomentar as atividades de carter desportivo e d outras providncias." 130"..................................................................................................

    [ATO OLMPICO] LEI N 12.035/2009. Institui o Ato Olmpico, no mbito da administrao pblica federal, com a finalidade de assegurar garantias candidatura da cidade do Rio de Janeiro a sede dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos de 2016." 138".................................................................................

    [DESONERAO TRIBUTRIA - EVENTOS FIFA] LEI N 12.350/2010. Dispe sobre medidas tributrias referentes realizao, no Brasil, da Copa das Confederaes Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014." 146"........

    [AUTORIDADE PBLICA OLMPICA]. LEI N 12.396/2011. Ratifica o Protocolo de Intenes firmado entre a Unio, o Estado do Rio de Janeiro e o Municpio do Rio de Janeiro, com a finalidade de constituir consrcio pblico, denominado Autoridade Pblica Olmpica APO." 198"......................

    [LEI GERAL DA COPA] LEI N 12.663/2012 - Dispe sobre as medidas relativas Copa das Confederaes FIFA 2013, Copa do Mundo FIFA 2014 e Jornada Mundial da Juventude - 2013, que sero realizadas no Brasil." 226"..............................................................................................................

    [PROFISSO DE RBITRO DE FUTEBOL] LEI No 12.867, de 10/10/2013. Regula a profisso de rbitro de futebol e d outras providncias" 260"..........

    LEGISLAO FEDERAL - DECRETOS-LEIS" 261"...............................................

    [CBDU] DECRETO-LEI N 3.617/ 1941. Estabelece as bases de organizao

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !6

    dos desportos universitrios" 262"........................................................................

    LEGISLAO FEDERAL - DECRETOS" 266"........................................................

    [BOLSA-ATLETA - REGULAMENTO] DECRETO N 5.342/2005 - Regulamenta a Lei N 10.891, de 9 de julho de 2004, que institui a Bolsa-Atleta." 267"..............................................................................................................

    [INCENTIVO FISCAL - REGULAMENTO] DECRETO N 6.180/2007 - Regulamenta a Lei no 11.438 / 2006, que trata dos incentivos e benefcios para fomentar as atividades de carter desportivo." 276"...................................

    [TIMEMANIA - REGULAMENTO] DECRETO N 6.187/2007 - Regulamenta a Lei no 11.345 / 2006, institui o concurso de prognstico denominado Timemania." 296".....................................................................................................

    [DOPING] DECRETO N 6.653/2008. Promulga a Conveno Internacional contra o Doping nos Esportes, celebrada em Paris, em 19 de outubro de 2005." 317"................................................................................................................

    [LAUDOS - REGULAMENTO] DECRETO N 6.795/2009. Regulamenta o art. 23 do Estatuto do Torcedor, que dispe sobre o controle das condies de segurana dos estdios desportivos." 347"...................................................

    [LEGADOS] DECRETO N 7.258/2010. Cria a Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A.-BRASIL 2016" 349".......................................................................

    [AUTORIDADE PBLICA OLMPICA - PROCEDIMENTOS] DECRETO N 7.560/2011. Dispe sobre os procedimentos a serem observados pelos rgos da Administrao Pblica federal quanto s aes do Poder Executivo federal no mbito da Autoridade Pblica Olmpica - APO." 352".....

    [LEI GERAL DA COPA - REGULAMENTO] DECRETO N 7.783/2012 - Regulamenta a Lei n 12.663 / 2012, que dispe sobre as medidas relativas Copa das Confederaes FIFA 2013, Copa do Mundo FIFA 2014 e Jornada Mundial da Juventude - 2013." 355"........................................................

    [LEI PEL - REGULAMENTO] DECRETO N 7.984/2013 -Regulamenta a Lei n 9.615 / 1998, que institui normas gerais sobre desporto." 361".....................

    NORMAS NACIONAIS COMPLEMENTARES" 403"...............................................

    [CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA - CBJD] Resoluo CNE n 01/2003 (Alterada pelas Resolues CNE 06/2006 e 29/2009)." 404"..............

    [EDUCAO FSICA - ESTATUTO] ESTATUTO DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAO FSICA - CONFEF" 525"...............................................................

    [EDUCAO FSICA - CDIGO DE TICA] RESOLUO CONFEF n 056/2003 - Dispe sobre o Cdigo de tica dos Profissionais de Educao Fsica registrados no Sistema CONFEF/CREFs." 596"........................................

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !7

    [RGC CBF] REGULAMENTO GERAL DAS COMPETIES DA CBF 2014"......614"

    [LAUDOS] PORTARIA No 238/2010 DO MINISTRIO DO ESPORTE. Consolida os requisitos mnimos a serem contemplados nos laudos tcnicos previstos no Decreto no 6.795/2009." 662"............................................

    [CDF-FIFA] CDIGO DISCIPLINAR DA FIFA 2011" 665".......................................

    [FIFA ANTIDOPING] REGULAMENTO ANTIDOPING DA FIFA" 721"....................

    [CBF REGRAS] REGRAS DE FUTEBOL" 794"......................................................

    REFERNCIAS - NORMAS Nacionais e Internacionais" 895"..............................

    NORMAS INTERNACIONAIS! 895!...........................

    [DOPING - CMA] CDIGO MUNDIAL ANTIDOPING. ! 895!........

    [DOPING - AMA] AGNCIA MUNDIAL ANTIDOPING - WADA. PROCEDIMENTOS E LISTA DE SUBSTNCIAS PROIBIDAS. ! 895!

    [FUTEBOL] ESTATUTOS DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIFA. ! 895!

    [FUTEBOL] CDIGO DISCIPLINAR DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIFA. ! 895!.................................................................

    [FUTEBOL] CDIGO DE TICA DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIFA. ! 895!...........................................................................

    [FUTEBOL] REGULAMENTO ANTIDOPING DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIFA. ! 895!.................................

    [FUTEBOL] REGULAMENTO DISCIPLINAR DA CONFEDERAO SULAMERICANA - CONMEBOL.! 895!......................

    [BASQUETEBOL] REGULAMENTO ANTIDOPING DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIBA. ! 895!................................

    [BASQUETEBOL] ESTATUTOS DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIBA. ! 896!...........................................................................

    [CICLISMO] REGULAMENTO ANTIDOPING DA UNIO CICLSTICA INTERNACIONAL - UCI. ! 896!..................................

    [CICLISMO] CDIGO DE TICA DA UNIO CICLSTICA INTERNACIONAL - UCI. ! 896!..................................................................

    [GINSTICA] REGRAS DE PRTICA DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIG.! 896!....................................................................

    [GINSTICA] CDIGO ANTIDOPING E CDIGO DISCIPLINAR DA FEDERAO INTERNACIONAL - FIG.! 896!............

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !8

    [HANDEBOL] ESTATUTOS E REGRAS DE PRTICA FEDERAO INTERNACIONAL - IHF.! 896!....................................

    [HANDEBOL] REGULAMENTOS ANTIDOPING DA FEDERAO INTERNACIONAL - IHF.! 896!....................................

    [JUD] ESTATUTOS DA FEDERAO INTERNACIONAL - IJF! 896!

    [JUD] REGRAS DE PRTICA - FEDERAO INTERNACIONAL - IJF! 897!

    [VOLEIBOL] REGRAS DE PRTICA - FEDERAO INTERNACIONAL - FIVB! 897!...........................................................................

    [VOLEIBOL] REGULAMENTOS ANTIDOPING - FEDERAO INTERNACIONAL - FIVB! 897!..................................

    NORMAS NACIONAIS! 897!......................................

    [DOPING] DECRETO N 6.653/2008 - Promulga a Conveno Internacional contra o Doping nos Esportes, celebrada em Paris, em 19 de outubro de 2005.! 897!...........................................................................

    [LEGISLAO GERAL] PRESIDNCIA DA REPBLICA. ! 897!.

    [COB] ESTATUTOS DO COMIT OLMPICO BRASILEIRO. ! 897!

    [MINISTRIO DO ESPORTE] LEGISLAO CNE. !897!

    [CBF] CONFEDERAO BRASILEIRA DE FUTEBOL. Estatutos, Regimentos STJD, CBJD, e Regulamento Geral de Competies. ! 897!........

    REGRAS DE PRTICA ! 898!....................................

    [BASQUETEBOL]! 898!..............................................

    [CICLISMO BMX]! 898!..............................................

    [CICLISMO ESTRADA PISTA MTB]! 898!..................

    [FUTEBOL]! 898!........................................................

    [GINSTICA]! 898!.....................................................

    [HANDEBOL]! 898!.....................................................

    [JUD]! 898!...............................................................

    [VOLEI DE QUADRA]! 898!........................................

    [VOLEI DE PRAIA]! 898!............................................

    ENTIDADES - LINKS TEIS! 899!.............................

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !9

    CONSTITUIO FEDERAL

    !A Constituio da Repblica Federativa do Brasil a Lei

    Fundamental do nosso pas e foi elaborada com base na soberania

    popular. Seus preceitos visam projetar o Brasil como Estado Democrtico,

    destinado a assegurar o exerccio dos direitos sociais e individuais, a

    liberdade, a segurana, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a

    justia como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e

    sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na

    ordem interna e internacional, com a soluo pacfica das controvrsias.

    !Todas as Leis, Cdigos, Medidas Provisrias ou Decretos

    devem refletir o que est estabelecido no documento promulgado em

    1988.

    !Fonte:

    !

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !10

    [CF/88] DESPORTO (Art. 217) !TTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL

    Captulo III - DA EDUCAO, DA CULTURA E DO

    DESPORTO

    Seo III - DO DESPORTO

    Art. 217. dever do Estado fomentar prticas desportivas

    formais e no-formais, como direito de cada um, observados:

    I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e

    associaes, quanto a sua organizao e funcionamento;

    II - a destinao de recursos pblicos para a promoo

    prioritria do desporto educacional e, em casos especficos, para a do

    desporto de alto rendimento;

    III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e

    no-profissional;

    IV - a proteo e o incentivo s manifestaes desportivas de

    criao nacional.

    1 O Poder Judicirio s admitir aes relativas

    disciplina e s competies desportivas aps esgotarem-se as instncias

    da justia desportiva, regulada em lei.

    2 A justia desportiva ter o prazo mximo de sessenta

    dias, contados da instaurao do processo, para proferir deciso final.

    3 O Poder Pblico incentivar o lazer, como forma de

    promoo social.

    !

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !11

    LEGISLAO FEDERAL - LEIS ORDINRIAS

    !So as leis tpicas, ou as mais comuns em matria de

    desporto, aprovadas pela maioria dos parlamentares da Cmara dos

    Deputados e do Senado Federal presentes durante a votao.

    Fonte:

    !

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !12

    [TREINADOR DE FUTEBOL] LEI N 8.650/1993. Dispe sobre as relaes de trabalho do Treinador Profissional de Futebol. !

    Presidncia da Repblica

    Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    !LEI N 8.650, DE 20 DE ABRIL DE 1993.

    !Dispe sobre as relaes de trabalho do Treinador

    Profissional de Futebol e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso

    Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    !Art. 1 A associao desportiva ou clube de futebol

    considerado empregador quando, mediante qualquer modalidade de

    remunerao, utiliza os servios de Treinador Profissional de Futebol, na

    forma definida nesta Lei.

    Art. 2 O Treinador Profissional de Futebol considerado

    empregado quando especificamente contratado por clube de futebol ou

    associao desportiva, com a finalidade de treinar atletas de futebol

    profissional ou amador, ministrando-lhes tcnicas e regras de futebol,

    com o objetivo de assegurar-lhes conhecimentos tticos e tcnicos

    suficientes para a prtica desse esporte.

    Art. 3 O exerccio da profisso de Treinador Profissional de

    Futebol ficar assegurado preferencialmente:

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !13

    I - aos portadores de diploma expedido por Escolas de

    Educao Fsica ou entidades anlogas, reconhecidas na forma da Lei;

    II - aos profissionais que, at a data do incio da vigncia

    desta Lei, hajam, comprovadamente, exercido cargos ou funes de

    treinador de futebol por prazo no inferior a seis meses, como

    empregado ou autnomo, em clubes ou associaes filiadas s Ligas ou

    Federaes, em todo o territrio nacional.

    Art. 4 So direitos do Treinador Profissional de Futebol:

    I - ampla e total liberdade na orientao tcnica e ttica da

    equipe de futebol;

    II - apoio e assistncia moral e material assegurada pelo

    empregador, para que possa bem desempenhar suas atividades;

    III - exigir do empregador o cumprimento das determinaes

    dos rgos desportivos atinentes ao futebol profissional.

    Art. 5 So deveres do Treinador Profissional de Futebol:

    I - zelar pela disciplina dos atletas sob sua orientao,

    acatando e fazendo acatar as determinaes dos rgos tcnicos do

    empregador;

    II - manter o sigilo profissional.

    Art. 6 Na anotao do contrato de trabalho na Carteira

    Profissional dever, obrigatoriamente, constar:

    I - o prazo de vigncia, em nenhuma hiptese, poder ser

    superior a dois anos;

    II - o salrio, as gratificaes, os prmios, as bonificaes, o

    valor das luvas, caso ajustadas, bem como a forma, tempo e lugar de

    pagamento.

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !14

    Pargrafo nico. O contrato de trabalho ser registrado, no

    prazo improrrogvel de dez dias, no Conselho Regional de Desportos e na

    Federao ou Liga qual o clube ou associao for filiado.

    Art. 7 Aplicam-se ao Treinador Profissional de Futebol as

    legislaes do trabalho e da previdncia social, ressalvadas as

    incompatibilidades com as disposies desta Lei.

    Art. 8 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 9 Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 22 de abril de 1993; 172 da Independncia e 105

    da Repblica.

    ITAMAR FRANCO

    Walter Barelli

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 22.4.1993

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !15

    [LEI GERAL SOBRE DESPORTO - LEI PEL] LEI N 9.615/1998 - Institui normas gerais sobre desporto e d outras providncias. !

    Presidncia da Repblica

    Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    !LEI N 9.615, DE 24 DE MARO DE 1998.

    !Institui normas gerais sobre desporto e d outras

    providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o

    Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    !CAPTULO I

    DISPOSIES INICIAIS

    Art. 1 O desporto brasileiro abrange prticas formais e no-

    formais e obedece s normas gerais desta Lei, inspirado nos fundamentos

    constitucionais do Estado Democrtico de Direito.

    1 A prtica desportiva formal regulada por normas

    nacionais e internacionais e pelas regras de prtica desportiva de cada

    modalidade, aceitas pelas respectivas entidades nacionais de

    administrao do desporto.

    2 A prtica desportiva no-formal caracterizada pela

    liberdade ldica de seus praticantes.

    CAPTULO II

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !16

    DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    Art. 2 O desporto, como direito individual, tem como base

    os princpios:

    I - da soberania, caracterizado pela supremacia nacional na

    organizao da prtica desportiva;

    II - da autonomia, definido pela faculdade e liberdade de

    pessoas fsicas e jurdicas organizarem-se para a prtica desportiva;

    III - da democratizao, garantido em condies de acesso

    s atividades desportivas sem quaisquer distines ou formas de

    discriminao;

    IV - da liberdade, expresso pela livre prtica do desporto, de

    acordo com a capacidade e interesse de cada um, associando-se ou no

    a entidade do setor;

    V - do direito social, caracterizado pelo dever do Estado em

    fomentar as prticas desportivas formais e no-formais;

    VI - da diferenciao, consubstanciado no tratamento

    especfico dado ao desporto profissional e no-profissional;

    VII - da identidade nacional, refletido na proteo e incentivo

    s manifestaes desportivas de criao nacional;

    VIII - da educao, voltado para o desenvolvimento integral

    do homem como ser autnomo e participante, e fomentado por meio da

    prioridade dos recursos pblicos ao desporto educacional;

    IX - da qualidade, assegurado pela valorizao dos resultados

    desportivos, educativos e dos relacionados cidadania e ao

    desenvolvimento fsico e moral;

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !17

    X - da descentralizao, consubstanciado na organizao e

    funcionamento harmnicos de sistemas desportivos diferenciados e

    autnomos para os nveis federal, estadual, distrital e municipal;

    XI - da segurana, propiciado ao praticante de qualquer

    modalidade desportiva, quanto a sua integridade fsica, mental ou

    sensorial;

    XII - da eficincia, obtido por meio do estmulo

    competncia desportiva e administrativa.

    Pargrafo nico. A explorao e a gesto do desporto

    profissional constituem exerccio de atividade econmica sujeitando-se,

    especificamente, observncia dos princpios: (Includo pela Lei n

    10.672, de 2003)

    I - da transparncia financeira e administrativa; (Includo

    pela Lei n 10.672, de 2003)

    II - da moralidade na gesto desportiva; (Includo pela Lei n

    10.672, de 2003)

    III - da responsabilidade social de seus dirigentes; (Includo

    pela Lei n 10.672, de 2003)

    IV - do tratamento diferenciado em relao ao desporto no

    profissional; e (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    V - da participao na organizao desportiva do Pas.

    (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    !CAPTULO III

    DA NATUREZA E DAS FINALIDADES DO DESPORTO

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !18

    Art. 3 O desporto pode ser reconhecido em qualquer das

    seguintes manifestaes:

    I - desporto educacional, praticado nos sistemas de ensino e

    em formas assistemticas de educao, evitando-se a seletividade, a

    hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcanar o

    desenvolvimento integral do indivduo e a sua formao para o exerccio

    da cidadania e a prtica do lazer;

    II - desporto de participao, de modo voluntrio,

    compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade

    de contribuir para a integrao dos praticantes na plenitude da vida

    social, na promoo da sade e educao e na preservao do meio

    ambiente;

    III - desporto de rendimento, praticado segundo normas

    gerais desta Lei e regras de prtica desportiva, nacionais e internacionais,

    com a finalidade de obter resultados e integrar pessoas e comunidades

    do Pas e estas com as de outras naes.

    Pargrafo nico. O desporto de rendimento pode ser

    organizado e praticado:

    I - de modo profissional, caracterizado pela remunerao

    pactuada em contrato formal de trabalho entre o atleta e a entidade de

    prtica desportiva;

    II - de modo no-profissional, identificado pela liberdade de

    prtica e pela inexistncia de contrato de trabalho, sendo permitido o

    recebimento de incentivos materiais e de patrocnio. (Redao dada pela

    Lei n 9.981, de 2000)

    a) (revogada); (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

    b) (revogada). (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !19

    CAPTULO IV

    DO SISTEMA BRASILEIRO DO DESPORTO

    Seo I

    Da composio e dos objetivos

    Art. 4 O Sistema Brasileiro do Desporto compreende:

    I - o Ministrio do Esporte; (Redao dada pela Lei n

    10.672, de 2003)

    II - (Revogado pela Lei n 10.672, de 2003)

    III - o Conselho Nacional do Esporte - CNE; (Redao dada

    pela Lei n 10.672, de 2003)

    IV - o sistema nacional do desporto e os sistemas de

    desporto dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, organizados

    de forma autnoma e em regime de colaborao, integrados por vnculos

    de natureza tcnica especficos de cada modalidade desportiva.

    1 O Sistema Brasileiro do Desporto tem por objetivo

    garantir a prtica desportiva regular e melhorar-lhe o padro de

    qualidade.

    2 A organizao desportiva do Pas, fundada na liberdade

    de associao, integra o patrimnio cultural brasileiro e considerada de

    elevado interesse social, inclusive para os fins do disposto nos incisos I e

    III do art. 5 da Lei Complementar no 75, de 20 de maio de 1993.

    (Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    3 Podero ser includas no Sistema Brasileiro de Desporto

    as pessoas jurdicas que desenvolvam prticas no-formais, promovam a

    cultura e as cincias do desporto e formem e aprimorem especialistas.

    Seo II

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !20

    Dos Recursos do Ministrio do Esporte

    (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 5 Os recursos do Ministrio do Esporte sero aplicados

    conforme dispuser o Plano Nacional do Desporto, observado o disposto

    nesta Seo. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    1 (Revogado pela Lei n 10.672, de 15.5.2003)

    2 (Revogado pela Lei n 10.672, de 15.5.2003)

    3 Caber ao Ministrio do Esporte, ouvido o CNE, nos

    termos do inciso II do art. 11, propor o Plano Nacional do Desporto,

    decenal, observado o disposto no art. 217 da Constituio

    Federal. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    4 (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 6 Constituem recursos do Ministrio do Esporte:

    (Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    I - receitas oriundas de concursos de prognsticos previstos

    em lei;

    II - adicional de quatro e meio por cento incidente sobre

    cada bilhete, permitido o arredondamento do seu valor feito nos

    concursos de prognsticos a que se refere o Decreto-Lei n 594, de 27 de

    maio de 1969, e a Lei no 6.717, de 12 de novembro de 1979, destinado

    ao cumprimento do disposto no art. 7;

    III - doaes, legados e patrocnios;

    IV - prmios de concursos de prognsticos da Loteria

    Esportiva Federal, no reclamados;

    V - outras fontes.

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !21

    1 O valor do adicional previsto no inciso II deste artigo

    no ser computado no montante da arrecadao das apostas para fins

    de clculo de prmios, rateios, tributos de qualquer natureza ou taxas de

    administrao.

    2 Do adicional de 4,5% (quatro e meio por cento) de que

    trata o inciso II deste artigo, 1/3 (um tero) ser repassado s

    Secretarias de Esporte dos Estados e do Distrito Federal ou, na

    inexistncia destas, a rgos que tenham atribuies semelhantes na

    rea do esporte, proporcionalmente ao montante das apostas efetuadas

    em cada unidade da Federao, para aplicao prioritria em jogos

    escolares de esportes olmpicos e paraolmpicos, admitida tambm sua

    aplicao nas destinaes previstas nos incisos I, VI e VIII do art. 7

    desta Lei. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    3 A parcela repassada aos Estados e ao Distrito Federal

    na forma do 2 ser aplicada integralmente em atividades finalsticas

    do esporte, sendo pelo menos 50% (cinquenta por cento) investidos em

    projetos apresentados pelos Municpios ou, na falta de projetos, em

    aes governamentais em benefcio dos Municpios. (Redao dada pela

    Lei n 12.395, de 2011).

    4 Trimestralmente, a Caixa Econmica Federal - CAIXA

    apresentar balancete ao Ministrio do Esporte, com o resultado da

    receita proveniente do adicional de que trata o inciso II deste artigo.

    (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 7 Os recursos do Ministrio do Esporte tero a

    seguinte destinao: (Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    I - desporto educacional;

    II - desporto de rendimento, nos casos de participao de

    entidades nacionais de administrao do desporto em competies

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !22

    internacionais, bem como as competies brasileiras dos desportos de

    criao nacional;

    III - desporto de criao nacional;

    IV - capacitao de recursos humanos:

    a) cientistas desportivos;

    b) professores de educao fsica; e

    c) tcnicos de desporto;

    V - apoio a projeto de pesquisa, documentao e

    informao;

    VI - construo, ampliao e recuperao de instalaes

    esportivas;

    VII - apoio supletivo ao sistema de assistncia ao atleta

    profissional com a finalidade de promover sua adaptao ao mercado de

    trabalho quando deixar a atividade;

    VIII - apoio ao desporto para pessoas portadoras de

    deficincia.

    Art. 8 A arrecadao obtida em cada teste da Loteria

    Esportiva ter a seguinte destinao:

    I - quarenta e cinco por cento para pagamento dos prmios,

    incluindo o valor correspondente ao imposto sobre a renda;

    II - vinte por cento para a Caixa Econmica Federal - CEF,

    destinados ao custeio total da administrao dos recursos e prognsticos

    desportivos;

    III - dez por cento para pagamento, em parcelas iguais, s

    entidades de prticas desportivas constantes do teste, pelo uso de suas

    denominaes, marcas e smbolos; (Vide Lei n 11.118, de 2005)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !23

    IV - quinze por cento para o Ministrio do Esporte. (Redao

    dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    V - 10% (dez por cento) para a Seguridade Social. (Includo

    pela Lei n 12.395, de 2011).

    Pargrafo nico. (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 9 Anualmente, a renda lquida total de um dos testes

    da Loteria Esportiva Federal ser destinada ao Comit Olmpico Brasileiro-

    COB, para treinamento e competies preparatrias das equipes

    olmpicas nacionais.

    1 Nos anos de realizao dos Jogos Olmpicos e dos Jogos

    Pan-Americanos, a renda lquida de um segundo teste da Loteria

    Esportiva Federal ser destinada ao Comit Olmpico Brasileiro-COB, para

    o atendimento da participao de delegaes nacionais nesses eventos.

    2 Ao Comit Paraolmpico Brasileiro sero concedidas as

    rendas lquidas de testes da Loteria Esportiva Federal nas mesmas

    condies estabelecidas neste artigo para o Comit Olmpico Brasileiro-

    COB.

    Art. 10. Os recursos financeiros correspondentes s

    destinaes previstas no inciso III do art. 8 e no caput do art. 9

    constituem receitas prprias dos beneficirios que lhes sero entregues

    diretamente pela CAIXA. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    1 O direito da entidade de prtica desportiva de resgatar

    os recursos de que trata o inciso III do art. 8 desta Lei decai em 90

    (noventa) dias, a contar da data de sua disponibilizao pela Caixa

    Econmica Federal CEF. (Includo pela Lei n 11.118, de 2005)

    2 Os recursos que no forem resgatados no prazo

    estipulado no 1 deste artigo sero repassados ao Ministrio do Esporte

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !24

    para aplicao em programas referentes poltica nacional de incentivo e

    desenvolvimento da prtica desportiva. (Includo pela Lei n 11.118, de

    2005)

    3 (VETADO) (Includo pela Lei n 11.118, de 2005)

    Seo III

    Do Conselho de Desenvolvimento do Desporto Brasileiro -

    CDDB

    Art. 11. O CNE rgo colegiado de normatizao,

    deliberao e assessoramento, diretamente vinculado ao Ministro de

    Estado do Esporte, cabendo-lhe: (Redao dada pela Lei n 10.672, de

    2003)

    I - zelar pela aplicao dos princpios e preceitos desta Lei;

    II - oferecer subsdios tcnicos elaborao do Plano

    Nacional do Desporto;

    III - emitir pareceres e recomendaes sobre questes

    desportivas nacionais;

    IV - propor prioridades para o plano de aplicao de recursos

    do Ministrio do Esporte; (Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    V - exercer outras atribuies previstas na legislao em

    vigor, relativas a questes de natureza desportiva; (Redao dada pela

    Lei n 9.981, de 2000)

    VI - aprovar os Cdigos de Justia Desportiva e suas

    alteraes, com as peculiaridades de cada modalidade; e (Redao dada

    pela Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !25

    VII - expedir diretrizes para o controle de substncias e

    mtodos proibidos na prtica desportiva. (Redao dada pela Lei n

    9.981, de 2000)

    Pargrafo nico. O Ministrio do Esporte dar apoio tcnico e

    administrativo ao CNE. (Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    Art. 12. (VETADO)

    Art. 12-A. O CNE ser composto por vinte e dois membros

    indicados pelo Ministro do Esporte, que o presidir. (Redao dada pela

    Lei n 10.672, de 2003)

    Pargrafo nico. Os membros do Conselho e seus suplentes

    sero indicados na forma da regulamentao desta Lei, para um mandato

    de dois anos, permitida uma reconduo. (Includo pela Lei n 9.981, de

    2000)

    Seo IV

    Do Sistema Nacional do Desporto

    Art. 13. O Sistema Nacional do Desporto tem por finalidade

    promover e aprimorar as prticas desportivas de rendimento.

    Pargrafo nico. O Sistema Nacional do Desporto congrega

    as pessoas fsicas e jurdicas de direito privado, com ou sem fins

    lucrativos, encarregadas da coordenao, administrao, normatizao,

    apoio e prtica do desporto, bem como as incumbidas da Justia

    Desportiva e, especialmente: (Redao dada pela Lei n 12.395, de

    2011).

    I - o Comit Olmpico Brasileiro-COB;

    II - o Comit Paraolmpico Brasileiro;

    III - as entidades nacionais de administrao do desporto;

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !26

    IV - as entidades regionais de administrao do desporto;

    V - as ligas regionais e nacionais;

    VI - as entidades de prtica desportiva filiadas ou no

    quelas referidas nos incisos anteriores.

    VII - a Confederao Brasileira de Clubes. (Includo pela Lei

    n 12.395, de 2011).

    Art. 14. O Comit Olmpico Brasileiro - COB, o Comit

    Paraolmpico Brasileiro - CPB e as entidades nacionais de administrao

    do desporto, que lhes so filiadas ou vinculadas, constituem subsistema

    especfico do Sistema Nacional do Desporto. (Redao dada pela Lei n

    12.395, de 2011).

    1 Aplica-se aos comits e s entidades referidas no caput

    o disposto no inciso II do art. 217 da Constituio Federal, desde que

    seus estatutos estejam plenamente de acordo com as disposies

    constitucionais e legais aplicveis. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    2 Compete ao Comit Olmpico Brasileiro - COB e ao

    Comit Paraolmpico Brasileiro - CPB o planejamento das atividades do

    esporte de seus subsistemas especficos. (Includo pela Lei n 12.395, de

    2011).

    Art. 15. Ao Comit Olmpico Brasileiro-COB, entidade jurdica

    de direito privado, compete representar o Pas nos eventos olmpicos,

    pan-americanos e outros de igual natureza, no Comit Olmpico

    Internacional e nos movimentos olmpicos internacionais, e fomentar o

    movimento olmpico no territrio nacional, em conformidade com as

    disposies da Constituio Federal, bem como com as disposies

    estatutrias e regulamentares do Comit Olmpico Internacional e da

    Carta Olmpica.

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !27

    1 Caber ao Comit Olmpico Brasileiro-COB representar o

    olimpismo brasileiro junto aos poderes pblicos.

    2 privativo do Comit Olmpico Brasileiro COB e do

    Comit Paraolmpico Brasileiro CPOB o uso das bandeiras, lemas, hinos

    e smbolos olmpicos e paraolmpicos, assim como das denominaes

    "jogos olmpicos", "olimpadas", "jogos paraolmpicos" e "paraolimpadas",

    permitida a utilizao destas ltimas quando se tratar de eventos

    vinculados ao desporto educacional e de participao. (Redao dada

    pela Lei n 9.981, de 2000)

    3 Ao Comit Olmpico Brasileiro-COB so concedidos os

    direitos e benefcios conferidos em lei s entidades nacionais de

    administrao do desporto.

    4 So vedados o registro e uso para qualquer fim de sinal

    que integre o smbolo olmpico ou que o contenha, bem como do hino e

    dos lemas olmpicos, exceto mediante prvia autorizao do Comit

    Olmpico Brasileiro-COB.

    5 Aplicam-se ao Comit Paraolmpico Brasileiro, no que

    couber, as disposies previstas neste artigo.

    Art. 16. As entidades de prtica desportiva e as entidades

    de administrao do desporto, bem como as ligas de que trata o art. 20,

    so pessoas jurdicas de direito privado, com organizao e

    funcionamento autnomo, e tero as competncias definidas em seus

    estatutos. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    1 As entidades nacionais de administrao do desporto

    podero filiar, nos termos de seus estatutos, entidades regionais de

    administrao e entidades de prtica desportiva.

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !28

    2 As ligas podero, a seu critrio, filiar-se ou vincular-se a

    entidades nacionais de administrao do desporto, vedado a estas, sob

    qualquer pretexto, exigir tal filiao ou vinculao.

    3 facultada a filiao direta de atletas nos termos

    previstos nos estatutos das respectivas entidades de administrao do

    desporto.

    Art. 17. (VETADO)

    Art. 18. Somente sero beneficiadas com isenes fiscais e

    repasses de recursos pblicos federais da administrao direta e indireta,

    nos termos do inciso II do art. 217 da Constituio Federal, as entidades

    do Sistema Nacional do Desporto que:

    I - possurem viabilidade e autonomia financeiras;

    II - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    III - atendam aos demais requisitos estabelecidos em lei;

    IV - estiverem em situao regular com suas obrigaes

    fiscais e trabalhistas; (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    V - demonstrem compatibi l idade entre as aes

    desenvolvidas para a melhoria das respectivas modalidades desportivas e

    o Plano Nacional do Desporto. (Redao dada pela Lei n 12.395, de

    2011).

    Pargrafo nico. A verificao do cumprimento das

    exigncias contidas nos incisos I a V deste artigo ser de

    responsabilidade do Ministrio do Esporte. (Redao dada pela Lei n

    12.395, de 2011).

    Art. 18-A. Sem prejuzo do disposto no art. 18, as entidades

    sem fins lucrativos componentes do Sistema Nacional do Desporto,

    referidas no pargrafo nico do art. 13, somente podero receber

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !29

    recursos da administrao pblica federal direta e indireta caso:

    (Produo de efeito) (Includo pela Lei n 12.868, de 2013)

    I - seu presidente ou dirigente mximo tenham o mandato

    de at 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) nica reconduo;

    II - atendam s disposies previstas nas alneas b a e do

    2o e no 3o do art. 12 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997;

    III - destinem integralmente os resultados financeiros

    manuteno e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais;

    IV - sejam transparentes na gesto, inclusive quanto aos

    dados econmicos e financeiros, contratos, patrocinadores, direitos de

    imagem, propriedade intelectual e quaisquer outros aspectos de gesto;

    V - garantam a representao da categoria de atletas das

    respectivas modalidades no mbito dos rgos e conselhos tcnicos

    incumbidos da aprovao de regulamentos das competies;

    VI - assegurem a existncia e a autonomia do seu conselho

    fiscal;

    VII - estabeleam em seus estatutos:

    a) princpios definidores de gesto democrtica;

    b) b) instrumentos de controle social;

    c) transparncia da gesto da movimentao de recursos;

    d) fiscalizao interna;

    e) alternncia no exerccio dos cargos de direo;

    f) aprovao das prestaes de contas anuais por conselho

    de direo, precedida por parecer do conselho fiscal; e

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !30

    g) participao de atletas nos colegiados de direo e na

    eleio para os cargos da entidade; e

    VIII - garantam a todos os associados e filiados acesso

    irrestrito aos documentos e informaes relativos prestao de contas,

    bem como queles relacionados gesto da respectiva entidade de

    administrao do desporto, os quais devero ser publicados na ntegra no

    stio eletrnico desta.

    1o As entidades de prtica desportiva esto dispensadas das

    condies previstas: (Includo pela Lei n 12.868, de 2013)

    I - no inciso V do caput;

    II - na alnea g do inciso VII do caput; e

    III - no inciso VIII do caput, quanto aos contratos comerciais

    celebrados com clusula de confidencialidade, ressalvadas, neste caso, a

    competncia de fiscalizao do conselho fiscal e a obrigao do correto

    registro contbil de receita e despesa deles decorrente.

    2o A verificao do cumprimento das exigncias contidas

    nos incisos I a VIII do capuz deste artigo ser de responsabilidade do

    Ministrio do Esporte. (Includo pela Lei n 12.868, de 2013)

    3o Para fins do disposto no inciso I do caput: (Includo pela

    Lei n 12.868, de 2013)

    I - ser respeitado o perodo de mandato do presidente ou

    dirigente mximo eleitos antes da vigncia desta Lei;

    II - so inelegveis o cnjuge e os parentes consanguneos

    ou afins at o 2o (segundo) grau ou por adoo.

    4o A partir do 6o (sexto) ms contado da publicao desta

    Lei, as entidades referidas no caput deste artigo somente faro jus ao

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !31

    disposto no art. 15 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e nos

    arts. 13 e 14 da Medida Provisria no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001,

    caso cumpram os requisitos dispostos nos incisos I a VIII do caput.

    (Includo pela Lei n 12.868, de 2013)

    Art. 19. (VETADO)

    Art. 20. As entidades de prtica desportiva participantes de

    competies do Sistema Nacional do Desporto podero organizar ligas

    regionais ou nacionais. (Regulamento)

    1 (VETADO)

    2 As entidades de prtica desportiva que organizarem

    ligas, na forma do caput deste artigo, comunicaro a criao destas s

    entidades nacionais de administrao do desporto das respectivas

    modalidades.

    3 As ligas integraro os sistemas das entidades nacionais

    de administrao do desporto que inclurem suas competies nos

    respectivos calendrios anuais de eventos oficiais.

    4 Na hiptese prevista no caput deste artigo, facultado

    s entidades de prtica desportiva participarem, tambm, de

    campeonatos nas entidades de administrao do desporto a que

    estiverem filiadas.

    5 vedada qualquer interveno das entidades de

    administrao do desporto nas ligas que se mantiverem independentes.

    6 As ligas formadas por entidades de prtica desportiva

    envolvidas em competies de atletas profissionais equiparam-se, para

    fins do cumprimento do disposto nesta Lei, s entidades de administrao

    do desporto. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !32

    7 As entidades nacionais de administrao de desporto

    sero responsveis pela organizao dos calendrios anuais de eventos

    oficiais das respectivas modalidades. (Includo pela Lei n 10.672, de

    2003)

    Art. 21. As entidades de prtica desportiva podero filiar-se,

    em cada modalidade, entidade de administrao do desporto do

    Sistema Nacional do Desporto, bem como correspondente entidade de

    administrao do desporto de um dos sistemas regionais.

    Art. 22. Os processos eleitorais asseguraro:

    I - colgio eleitoral constitudo de todos os filiados no gozo

    de seus direitos, admitida a diferenciao de valor dos seus votos;

    II - defesa prvia, em caso de impugnao, do direito de

    participar da eleio;

    III - eleio convocada mediante edital publicado em rgo

    da imprensa de grande circulao, por trs vezes;

    IV - sistema de recolhimento dos votos imune a fraude;

    V - acompanhamento da apurao pelos candidatos e meios

    de comunicao.

    Pargrafo nico. Na hiptese da adoo de critrio

    diferenciado de valorao dos votos, este no poder exceder

    proporo de um para seis entre o de menor e o de maior valor.

    Art. 23. Os estatutos das entidades de administrao do

    desporto, elaborados de conformidade com esta Lei, devero

    obrigatoriamente regulamentar, no mnimo:

    I - instituio do Tribunal de Justia Desportiva, nos termos

    desta Lei;

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !33

    II - inelegibilidade de seus dirigentes para desempenho de

    cargos e funes eletivas ou de livre nomeao de:

    a) condenados por crime doloso em sentena definitiva;

    b) inadimplentes na prestao de contas de recursos pblicos

    em deciso administrativa definitiva;

    c) inadimplentes na prestao de contas da prpria entidade;

    d) afastados de cargos eletivos ou de confiana de entidade

    desportiva ou em virtude de gesto patrimonial ou financeira irregular ou

    temerria da entidade;

    e) inadimplentes das contribuies previdencirias e

    trabalhistas;

    f) falidos.

    Pargrafo nico. Independentemente de previso estatutria

    obrigatrio o afastamento preventivo e imediato dos dirigentes, eleitos

    ou nomeados, caso incorram em qualquer das hipteses do inciso II,

    assegurado o processo regular e a ampla defesa para a destituio.

    (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    Art. 24. As prestaes de contas anuais de todas as

    entidades de administrao integrantes do Sistema Nacional do Desporto

    sero obrigatoriamente submetidas, com parecer dos Conselhos Fiscais,

    s respectivas assemblias-gerais, para a aprovao final.

    Pargrafo nico. Todos os integrantes das assemblias-gerais

    tero acesso irrestrito aos documentos, informaes e comprovantes de

    despesas de contas de que trata este artigo.

    Seo V

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !34

    Dos Sistemas do Desporto dos Estados, do Distrito Federal e

    dos Municpios

    (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 25. Os Estados e o Distrito Federal constituiro seus

    prprios sistemas, respeitadas as normas estabelecidas nesta Lei e a

    observncia do processo eleitoral.

    Pargrafo nico. Aos Municpios facultado constituir

    sistemas prprios de desporto, observado o disposto nesta Lei e, no que

    couber, na legislao do respectivo Estado. (Redao dada pela Lei n

    12.395, de 2011).

    CAPTULO V

    DA PRTICA DESPORTIVA PROFISSIONAL

    Art. 26. Atletas e entidades de prtica desportiva so livres

    para organizar a atividade profissional, qualquer que seja sua

    modalidade, respeitados os termos desta Lei.

    Pargrafo nico. Considera-se competio profissional para

    os efeitos desta Lei aquela promovida para obter renda e disputada por

    atletas profissionais cuja remunerao decorra de contrato de trabalho

    desportivo. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    Art. 27. As entidades de prtica desportiva participantes de

    competies profissionais e as entidades de administrao de desporto ou

    ligas em que se organizarem, independentemente da forma jurdica

    adotada, sujeitam os bens particulares de seus dirigentes ao disposto no

    art. 50 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, alm das sanes e

    responsabilidades previstas no caput do art. 1.017 da Lei no 10.406, de

    10 de janeiro de 2002, na hiptese de aplicarem crditos ou bens sociais

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !35

    da entidade desportiva em proveito prprio ou de terceiros. (Redao

    dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    1 (pargrafo nico original) (Revogado). (Redao dada

    pela Lei n 9.981, de 2000)

    2 A entidade a que se refere este artigo no poder

    utilizar seus bens patrimoniais, desportivos ou sociais para integralizar

    sua parcela de capital ou oferec-los como garantia, salvo com a

    concordncia da maioria absoluta da assemblia-geral dos associados e

    na conformidade do respectivo estatuto. (Includo pela Lei n 9.981, de

    2000)

    3 (Revogado pela Lei n 10.672, de 2003)

    4 (Revogado pela Lei n 10.672, de 2003)

    5 O disposto no art. 23 aplica-se, no que couber, s

    entidades a que se refere o caput deste artigo. (Includo pela Lei n

    10.672, de 2003)

    6 Sem prejuzo de outros requisitos previstos em lei, as

    entidades de que trata o caput deste artigo somente podero obter

    financiamento com recursos pblicos ou fazer jus a programas de

    recuperao econmico-financeiros se, cumulativamente, atenderem s

    seguintes condies: (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - realizar todos os atos necessrios para permitir a

    identificao exata de sua situao financeira; (Includo pela Lei n

    10.672, de 2003)

    II - apresentar plano de resgate e plano de investimento;

    (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !36

    III - garantir a independncia de seus conselhos de

    fiscalizao e administrao, quando houver; (Includo pela Lei n

    10.672, de 2003)

    IV - adotar modelo profissional e transparente; e (Includo

    pela Lei n 10.672, de 2003)

    V - apresentar suas demonstraes financeiras, juntamente

    com os respectivos relatrios de auditoria, nos termos definidos no inciso

    I do art. 46-A desta Lei. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    7 Os recursos do financiamento voltados implementao

    do plano de resgate sero utilizados: (Includo pela Lei n 10.672, de

    2003)

    I - prioritariamente, para quitao de dbitos fiscais,

    previdencirios e trabalhistas; e (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    II - subsidiariamente, para construo ou melhoria de estdio

    prprio ou de que se utilizam para mando de seus jogos, com a finalidade

    de atender a critrios de segurana, sade e bem estar do torcedor.

    (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    8 Na hiptese do inciso II do 7, a entidade de prtica

    desportiva dever apresentar instituio financiadora o oramento das

    obras pretendidas. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    9 facultado s entidades desportivas profissionais

    constiturem-se regularmente em sociedade empresria, segundo um dos

    tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092 da Lei no 10.406, de 10 de

    janeiro de 2002 - Cdigo Civil. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    10. Considera-se entidade desportiva profissional, para fins

    desta Lei, as entidades de prtica desportiva envolvidas em competies

    de atletas profissionais, as ligas em que se organizarem e as entidades de

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !37

    administrao de desporto profissional. (Includo pela Lei n 10.672, de

    2003)

    11. Os administradores de entidades desportivas

    profissionais respondem solidria e ilimitadamente pelos atos ilcitos

    praticados, de gesto temerria ou contrrios ao previsto no contrato

    social ou estatuto, nos termos da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de

    2002 - Cdigo Civil. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    12. (VETADO) (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

    13. Para os fins de fiscalizao e controle do disposto

    nesta Lei, as atividades profissionais das entidades de que trata o caput

    deste artigo, independentemente da forma jurdica sob a qual estejam

    constitudas, equiparam-se s das sociedades empresrias. (Redao

    dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 27-A. Nenhuma pessoa fsica ou jurdica que, direta ou

    indiretamente, seja detentora de parcela do capital com direito a voto ou,

    de qualquer forma, participe da administrao de qualquer entidade de

    prtica desportiva poder ter participao simultnea no capital social ou

    na gesto de outra entidade de prtica desportiva disputante da mesma

    competio profissional. (Includo pela Lei n 9.981, de 2000)

    1 vedado que duas ou mais entidades de prtica

    desportiva disputem a mesma competio profissional das primeiras

    sries ou divises das diversas modalidades desportivas quando:

    (Includo pela Lei n 9.981, de 2000)

    a) uma mesma pessoa fsica ou jurdica, direta ou

    indiretamente, atravs de relao contratual, explore, controle ou

    administre direitos que integrem seus patrimnios; ou, (Includo pela Lei

    n 9.981, de 2000)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !38

    b) uma mesma pessoa fsica ou jurdica, direta ou

    indiretamente, seja detentora de parcela do capital com direito a voto ou,

    de qualquer forma, participe da administrao de mais de uma sociedade

    ou associao que explore, controle ou administre direitos que integrem

    os seus patrimnios. (Includo pela Lei n 9.981, de 2000)

    2 A vedao de que trata este artigo aplica-se: (Includo

    pela Lei n 9.981, de 2000)

    a) ao cnjuge e aos parentes at o segundo grau das

    pessoas fsicas; e (Includo pela Lei n 9.981, de 2000)

    b) s sociedades controladoras, controladas e coligadas das

    mencionadas pessoas jurdicas, bem como a fundo de investimento,

    condomnio de investidores ou outra forma assemelhada que resulte na

    participao concomitante vedada neste artigo. (Includo pela Lei n

    9.981, de 2000)

    3 Excluem-se da vedao de que trata este artigo os

    contratos de administrao e investimentos em estdios, ginsios e

    praas desportivas, de patrocnio, de licenciamento de uso de marcas e

    smbolos, de publicidade e de propaganda, desde que no importem na

    administrao direta ou na co-gesto das atividades desportivas

    profissionais das entidades de prtica desportiva, assim como os

    contratos individuais ou coletivos que sejam celebrados entre as

    detentoras de concesso, permisso ou autorizao para explorao de

    servios de radiodifuso sonora e de sons e imagens, bem como de

    televiso por assinatura, e entidades de prtica desportiva para fins de

    transmisso de eventos desportivos. (Includo pela Lei n 9.981, de 2000)

    4 A infringncia a este artigo implicar a inabilitao da

    entidade de prtica desportiva para percepo dos benefcios de que

    trata o art. 18 desta Lei.(Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !39

    5 As empresas detentoras de concesso, permisso ou

    autorizao para explorao de servio de radiodifuso sonora e de sons

    e imagens, bem como de televiso por assinatura, ficam impedidas de

    patrocinar ou veicular sua prpria marca, bem como a de seus canais e

    dos ttulos de seus programas, nos uniformes de competies das

    entidades desportivas. (Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003)

    6 A violao do disposto no 5 implicar a eliminao da

    entidade de prtica desportiva que lhe deu causa da competio ou do

    torneio em que aquela se verificou, sem prejuzo das penalidades que

    venham a ser aplicadas pela Justia Desportiva. (Includo pela Lei n

    10.672, de 2003)

    Art. 27-B. So nulas de pleno direito as clusulas de

    contratos firmados entre as entidades de prtica desportiva e terceiros,

    ou entre estes e atletas, que possam intervir ou influenciar nas

    transferncias de atletas ou, ainda, que interfiram no desempenho do

    atleta ou da entidade de prtica desportiva, exceto quando objeto de

    acordo ou conveno coletiva de trabalho. (Includo pela Lei n 12.395,

    de 2011).

    Art. 27-C. So nulos de pleno direito os contratos firmados

    pelo atleta ou por seu representante legal com agente desportivo, pessoa

    fsica ou jurdica, bem como as clusulas contratuais ou de instrumentos

    procuratrios que: (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - resultem vnculo desportivo; (Includo pela Lei n 12.395,

    de 2011).

    II - impliquem vinculao ou exigncia de receita total ou

    parcial exclusiva da entidade de prtica desportiva, decorrente de

    transferncia nacional ou internacional de atleta, em vista da

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !40

    exclusividade de que trata o inciso I do art. 28; (Includo pela Lei n

    12.395, de 2011).

    III - restrinjam a liberdade de trabalho desportivo; (Includo

    pela Lei n 12.395, de 2011).

    IV - estabeleam obrigaes consideradas abusivas ou

    desproporcionais; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    V - infrinjam os princpios da boa-f objetiva ou do fim social

    do contrato; ou (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    VI - versem sobre o gerenciamento de carreira de atleta em

    formao com idade inferior a 18 (dezoito) anos. (Includo pela Lei n

    12.395, de 2011).

    Art. 28. A atividade do atleta profissional caracterizada

    por remunerao pactuada em contrato especial de trabalho desportivo,

    firmado com entidade de prtica desportiva, no qual dever constar,

    obrigatoriamente: (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - clusula indenizatria desportiva, devida exclusivamente

    entidade de prtica desportiva qual est vinculado o atleta, nas

    seguintes hipteses: (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    a) transferncia do atleta para outra entidade, nacional ou

    estrangeira, durante a vigncia do contrato especial de trabalho

    desportivo; ou (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    b) por ocasio do retorno do atleta s atividades profissionais

    em outra entidade de prtica desportiva, no prazo de at 30 (trinta)

    meses; e (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - clusula compensatria desportiva, devida pela entidade

    de prtica desportiva ao atleta, nas hipteses dos incisos III a V do

    5. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !41

    1 O valor da clusula indenizatria desportiva a que se

    refere o inciso I do caput deste artigo ser livremente pactuado pelas

    p a r t e s e e x p r e s s a m e n t e q u a n t i f i c a d o n o i n s t r u m e n t o

    contratual: (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - at o limite mximo de 2.000 (duas mil) vezes o valor

    mdio do salrio contratual, para as transferncias nacionais; e (Includo

    pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - sem qualquer limitao, para as transferncias

    internacionais. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    2 So solidariamente responsveis pelo pagamento da

    clusula indenizatria desportiva de que trata o inciso I do caput deste

    art igo o at leta e a nova ent idade de prt ica desport iva

    empregadora. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    III - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    3 O valor da clusula compensatria desportiva a que se

    refere o inciso II do caput deste artigo ser livremente pactuado entre as

    partes e formalizado no contrato especial de trabalho desportivo,

    observando-se, como limite mximo, 400 (quatrocentas) vezes o valor do

    salrio mensal no momento da resciso e, como limite mnimo, o valor

    total de salrios mensais a que teria direito o atleta at o trmino do

    referido contrato. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    4 Aplicam-se ao atleta profissional as normas gerais da

    legislao trabalhista e da Seguridade Social, ressalvadas as

    pe cu l i a r i d ade s cons t an t e s de s t a Le i , e spec i a lmen te a s

    seguintes: (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !42

    I - se conveniente entidade de prtica desportiva, a

    concentrao no poder ser superior a 3 (trs) dias consecutivos por

    semana, desde que esteja programada qualquer partida, prova ou

    equivalente, amistosa ou oficial, devendo o atleta ficar disposio do

    empregador por ocasio da realizao de competio fora da localidade

    onde tenha sua sede; (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - o prazo de concentrao poder ser ampliado,

    independentemente de qualquer pagamento adicional, quando o atleta

    estiver disposio da entidade de administrao do desporto; (Redao

    dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    III - acrscimos remuneratrios em razo de perodos de

    concentrao, viagens, pr-temporada e participao do atleta em

    partida, prova ou equivalente, conforme previso contratual; (Redao

    dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    IV - repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro)

    horas ininterruptas, preferentemente em dia subsequente participao

    do atleta na partida, prova ou equivalente, quando realizada no final de

    semana; (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    V - frias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, acrescidas

    do abono de frias, coincidentes com o recesso das atividades

    desportivas; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    VI - jornada de trabalho desportiva normal de 44 (quarenta e

    quatro) horas semanais. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    5 O vnculo desportivo do atleta com a entidade de prtica

    desportiva contratante constitui-se com o registro do contrato especial de

    trabalho desportivo na entidade de administrao do desporto, tendo

    natureza acessria ao respectivo vnculo empregatcio, dissolvendo-se,

    para todos os efeitos legais: (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !43

    I - com o trmino da vigncia do contrato ou o seu

    distrato; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - com o pagamento da clusula indenizatria desportiva ou

    da clusula compensatria desportiva; (Includo pela Lei n 12.395, de

    2011).

    III - com a resciso decorrente do inadimplemento salarial,

    de responsabilidade da entidade de prtica desportiva empregadora, nos

    termos desta Lei; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    IV - com a resciso indireta, nas demais hipteses previstas

    na legislao trabalhista; e (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    V - com a dispensa imotivada do atleta. (Includo pela Lei n

    12.395, de 2011).

    6 (Revogado pela Lei n 10.672, de 2003)

    7 A entidade de prtica desportiva poder suspender o

    contrato especial de trabalho desportivo do atleta profissional, ficando

    dispensada do pagamento da remunerao nesse perodo, quando o

    atleta for impedido de atuar, por prazo ininterrupto superior a 90

    (noventa) dias, em decorrncia de ato ou evento de sua exclusiva

    responsabilidade, desvinculado da atividade profissional, conforme

    previsto no referido contrato. (Redao dada pela Lei n 12.395, de

    2011).

    8 O contrato especial de trabalho desportivo dever

    conter clusula expressa reguladora de sua prorrogao automtica na

    ocorrncia da hiptese prevista no 7 deste artigo. (Includo pela Lei n

    12.395, de 2011).

    9 Quando o contrato especial de trabalho desportivo for

    por prazo inferior a 12 (doze) meses, o atleta profissional ter direito, por

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !44

    ocasio da resciso contratual por culpa da entidade de prtica

    desportiva empregadora, a tantos doze avos da remunerao mensal

    quantos forem os meses da vigncia do contrato, referentes a frias,

    abono de frias e 13 (dcimo terceiro) salrio. (Includo pela Lei n

    12.395, de 2011).

    10. No se aplicam ao contrato especial de trabalho

    desportivo os arts. 479 e 480 da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT,

    aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1 de maio de 1943. (Includo

    pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 28-A. Caracteriza-se como autnomo o atleta maior de

    16 (dezesseis) anos que no mantm relao empregatcia com entidade

    de prtica desportiva, auferindo rendimentos por conta e por meio de

    contrato de natureza civil. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    1 O vnculo desportivo do atleta autnomo com a

    entidade de prtica desportiva resulta de inscrio para participar de

    c o m p e t i o e n o i m p l i c a r e c o n h e c i m e n t o d e r e l a o

    empregatcia. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    2 A filiao ou a vinculao de atleta autnomo a entidade

    de administrao ou a sua integrao a delegaes brasileiras partcipes

    de c ompe t i e s i n t e r na c i ona i s no c a ra c t e r i z a v n cu l o

    empregatcio. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    3 O disposto neste artigo no se aplica s modalidades

    desportivas coletivas. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 29. A entidade de prtica desportiva formadora do

    atleta ter o direito de assinar com ele, a partir de 16 (dezesseis) anos de

    idade, o primeiro contrato especial de trabalho desportivo, cujo prazo no

    poder ser superior a 5 (cinco) anos. (Redao dada pela Lei n 12.395,

    de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !45

    Pargrafo nico. (VETADO)

    2 considerada formadora de atleta a entidade de prtica

    desportiva que: (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - fornea aos atletas programas de treinamento nas

    categorias de base e complementao educacional; e (Includo pela Lei

    n 12.395, de 2011).

    I I - s a t i s f a a c u m u l a t i v a m e n t e o s s e g u i n t e s

    requisitos: (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    a) estar o atleta em formao inscrito por ela na respectiva

    entidade regional de administrao do desporto h, pelo menos, 1 (um)

    ano; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    b) comprovar que, efetivamente, o atleta em formao est

    inscrito em competies oficiais; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    c) garantir assistncia educacional, psicolgica, mdica e

    odontolgica, assim como alimentao, transporte e convivncia

    familiar; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    d) manter alojamento e instalaes desportivas adequados,

    sobretudo em matria de alimentao, higiene, segurana e

    salubridade; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    e) manter corpo de profissionais especializados em formao

    tecnicodesportiva; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    f) ajustar o tempo destinado efetiva atividade de formao

    do atleta, no superior a 4 (quatro) horas por dia, aos horrios do

    currculo escolar ou de curso profissionalizante, alm de propiciar-lhe a

    matrcula escolar, com exigncia de frequncia e satisfatrio

    aproveitamento; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !46

    g) ser a formao do atleta gratuita e a expensas da

    entidade de prtica desportiva; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    h) comprovar que participa anualmente de competies

    organizadas por entidade de administrao do desporto em, pelo menos,

    2 (duas) categorias da respectiva modalidade desportiva; e (Includo pela

    Lei n 12.395, de 2011).

    i) garantir que o perodo de seleo no coincida com os

    horrios escolares. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    3 A entidade nacional de administrao do desporto

    certificar como entidade de prtica desportiva formadora aquela que

    comprovadamente preencha os requisitos estabelecidos nesta Lei.

    (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    4 O atleta no profissional em formao, maior de

    quatorze e menor de vinte anos de idade, poder receber auxlio

    financeiro da entidade de prtica desportiva formadora, sob a forma de

    bolsa de aprendizagem livremente pactuada mediante contrato formal,

    sem que seja gerado vnculo empregatcio entre as partes. (Includo pela

    Lei n 10.672, de 2003)

    5 A entidade de prtica desportiva formadora far jus a

    valor indenizatrio se ficar impossibilitada de assinar o primeiro contrato

    especial de trabalho desportivo por oposio do atleta, ou quando ele se

    vincular, sob qualquer forma, a outra entidade de prtica desportiva, sem

    autorizao expressa da entidade de prtica desportiva formadora,

    atendidas as seguintes condies: (Redao dada pela Lei n 12.395, de

    2011).

    I - o atleta dever estar regularmente registrado e no pode

    ter sido desligado da entidade de prtica desportiva formadora; (Includo

    pela Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !47

    II - a indenizao ser limitada ao montante correspondente

    a 200 (duzentas) vezes os gastos comprovadamente efetuados com a

    formao do atleta, especificados no contrato de que trata o 4 deste

    artigo; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    III - o pagamento do valor indenizatrio somente poder ser

    efetuado por outra entidade de prtica desportiva e dever ser efetivado

    diretamente entidade de prtica desportiva formadora no prazo mximo

    de 15 (quinze) dias, contados da data da vinculao do atleta nova

    entidade de prtica desportiva, para efeito de permitir novo registro em

    entidade de administrao do desporto. (Includo pela Lei n 12.395, de

    2011).

    6 O contrato de formao desportiva a que se refere o

    4 deste artigo dever incluir obrigatoriamente: (Redao dada pela Lei

    n 12.395, de 2011).

    I - identificao das partes e dos seus representantes

    legais; (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - durao do contrato; (Redao dada pela Lei n 12.395,

    de 2011).

    III - direitos e deveres das partes contratantes, inclusive

    garantia de seguro de vida e de acidentes pessoais para cobrir as

    atividades do atleta contratado; e (Redao dada pela Lei n 12.395, de

    2011).

    IV - especificao dos itens de gasto para fins de clculo da

    indenizao com a formao desportiva. (Redao dada pela Lei n

    12.395, de 2011).

    7 A entidade de prtica desportiva formadora e detentora

    do primeiro contrato especial de trabalho desportivo com o atleta por ela

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !48

    profissionalizado ter o direito de preferncia para a primeira renovao

    deste contrato, cujo prazo no poder ser superior a 3 (trs) anos, salvo

    se para equiparao de proposta de terceiro. (Redao dada pela Lei n

    12.395, de 2011).

    I - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    III - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    IV - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    V - (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    8 Para assegurar seu direito de preferncia, a entidade de

    prtica desportiva formadora e detentora do primeiro contrato especial de

    trabalho desportivo dever apresentar, at 45 (quarenta e cinco) dias

    antes do trmino do contrato em curso, proposta ao atleta, de cujo teor

    dever ser cientificada a correspondente entidade regional de

    administrao do desporto, indicando as novas condies contratuais e os

    salrios ofertados, devendo o atleta apresentar resposta entidade de

    prtica desportiva formadora, de cujo teor dever ser notificada a

    referida entidade de administrao, no prazo de 15 (quinze) dias

    contados da data do recebimento da proposta, sob pena de aceitao

    tcita. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    9 Na hiptese de outra entidade de prtica desportiva

    resolver oferecer proposta mais vantajosa a atleta vinculado entidade

    de prt ica desport iva que o formou, deve-se observar o

    seguinte: (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - a entidade proponente dever apresentar entidade de

    prtica desportiva formadora proposta, fazendo dela constar todas as

    condies remuneratrias; (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !49

    II - a entidade proponente dever dar conhecimento da

    proposta correspondente entidade regional de administrao;

    e (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    III - a entidade de prtica desportiva formadora poder, no

    prazo mximo de 15 (quinze) dias, a contar do recebimento da proposta,

    comunicar se exercer o direito de preferncia de que trata o 7, nas

    mesmas condies oferecidas. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    10. A entidade de administrao do desporto dever

    publicar o recebimento das propostas de que tratam os 7 e 8, nos

    seus meios oficiais de divulgao, no prazo de 5 (cinco) dias contados da

    data do recebimento. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    11. Caso a entidade de prtica desportiva formadora

    oferte as mesmas condies, e, ainda assim, o atleta se oponha

    renovao do primeiro contrato especial de trabalho desportivo, ela

    poder exigir da nova entidade de prtica desportiva contratante o valor

    indenizatrio correspondente a, no mximo, 200 (duzentas) vezes o valor

    do salrio mensal constante da proposta. (Includo pela Lei n 12.395, de

    2011).

    12. A contratao do atleta em formao ser feita

    diretamente pela entidade de prtica desportiva formadora, sendo

    vedada a sua realizao por meio de terceiros. (Includo pela Lei n

    12.395, de 2011).

    13. A entidade de prtica desportiva formadora dever

    registrar o contrato de formao desportiva do atleta em formao na

    entidade de administrao da respectiva modalidade desportiva. (Includo

    pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 29-A. Sempre que ocorrer transferncia nacional,

    definitiva ou temporria, de atleta profissional, at 5% (cinco por cento)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !50

    do valor pago pela nova entidade de prtica desportiva sero

    obrigatoriamente distribudos entre as entidades de prticas desportivas

    que contriburam para a formao do atleta, na proporo de: (Includo

    pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - 1% (um por cento) para cada ano de formao do atleta,

    dos 14 (quatorze) aos 17 (dezessete) anos de idade, inclusive;

    e (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - 0,5% (meio por cento) para cada ano de formao, dos

    18 (dezoito) aos 19 (dezenove) anos de idade, inclusive. (Includo pela

    Lei n 12.395, de 2011).

    1 Caber entidade de prtica desportiva cessionria do

    atleta reter do valor a ser pago entidade de prtica desportiva cedente

    5% (cinco por cento) do valor acordado para a transferncia,

    distribuindo-os s entidades de prtica desportiva que contriburam para

    a formao do atleta. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    2 Como exceo regra estabelecida no 1 deste

    artigo, caso o atleta se desvincule da entidade de prtica desportiva de

    forma unilateral, mediante pagamento da clusula indenizatria

    desportiva prevista no inciso I do art. 28 desta Lei, caber entidade de

    prtica desportiva que recebeu a clusula indenizatria desportiva

    distribuir 5% (cinco por cento) de tal montante s entidades de prtica

    desportiva responsveis pela formao do atleta. (Includo pela Lei n

    12.395, de 2011).

    3 O percentual devido s entidades de prtica desportiva

    formadoras do atleta dever ser calculado sempre de acordo com

    certido a ser fornecida pela entidade nacional de administrao do

    desporto, e os valores distribudos proporcionalmente em at 30 (trinta)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !51

    dias da efetiva transferncia, cabendo-lhe exigir o cumprimento do que

    dispe este pargrafo. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 30. O contrato de trabalho do atleta profissional ter

    prazo determinado, com vigncia nunca inferior a trs meses nem

    superior a cinco anos. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

    Pargrafo nico. No se aplica ao contrato especial de

    trabalho desportivo do atleta profissional o disposto nos arts. 445 e 451

    da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no

    5.452, de 1 de maio de 1943. (Redao dada pela Lei n 12.395, de

    2011).

    Art. 31. A entidade de prtica desportiva empregadora que

    estiver com pagamento de salrio de atleta profissional em atraso, no

    todo ou em parte, por perodo igual ou superior a 3 (trs) meses, ter o

    contrato especial de trabalho desportivo daquele atleta rescindido,

    ficando o atleta livre para se transferir para qualquer outra entidade de

    prtica desportiva de mesma modalidade, nacional ou internacional, e

    exigir a clusula compensatria desportiva e os haveres devidos.

    (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    1 So entendidos como salrio, para efeitos do previsto

    no caput, o abono de frias, o dcimo terceiro salrio, as gratificaes, os

    prmios e demais verbas inclusas no contrato de trabalho.

    2 A mora contumaz ser considerada tambm pelo no

    recolhimento do FGTS e das contribuies previdencirias.

    3 (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    4 (Includo e vetado pela Lei n 10.672, de 2003 )

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !52

    Art. 32. lcito ao atleta profissional recusar competir por

    entidade de prtica desportiva quando seus salrios, no todo ou em

    parte, estiverem atrasados em dois ou mais meses;

    Art. 33. (Revogado pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 34. So deveres da entidade de prtica desportiva

    empregadora, em especial: (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

    I - registrar o contrato especial de trabalho desportivo do

    atleta profissional na entidade de administrao da respectiva modalidade

    desportiva; (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    II - proporcionar aos atletas profissionais as condies

    necessrias participao nas competies desportivas, treinos e outras

    atividades preparatrias ou instrumentais; (Includo pela Lei n 9.981, de

    2000)

    III - submeter os atletas profissionais aos exames mdicos e

    clnicos necessrios prtica desportiva. (Includo pela Lei n 9.981, de

    2000)

    Art. 35. So deveres do atleta profissional, em especial:

    (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

    I - participar dos jogos, treinos, estgios e outras sesses

    preparatrias de competies com a aplicao e dedicao

    correspondentes s suas condies psicofsicas e tcnicas; (Includo pela

    Lei n 9.981, de 2000)

    II - preservar as condies fsicas que lhes permitam

    participar das competies desportivas, submetendo-se aos exames

    mdicos e tratamentos clnicos necessrios prtica desportiva; (Includo

    pela Lei n 9.981, de 2000)

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !53

    III - exercitar a atividade desportiva profissional de acordo

    com as regras da respectiva modalidade desportiva e as normas que

    regem a disciplina e a tica desportivas. (Includo pela Lei n 9.981, de

    2000)

    Art. 36.(Revogado pela Lei n 9.981, de 14.7.2000)

    1 (Revogado pela Lei n 9.981, de 14.7.2000)

    2 (Revogado pela Lei n 9.981, de 14.7.2000)

    3 (Revogado pela Lei n 9.981, de 14.7.2000)

    4 (Revogado pela Lei n 9.981, de 14.7.2000)

    5 (Revogado pela Lei n 9.981, de 14.7.2000)

    Art. 37. (Revogado pela Lei n 9.981, de 14.7.2000)

    Art. 38. Qualquer cesso ou transferncia de atleta

    profissional ou no-profissional depende de sua formal e expressa

    anuncia. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

    Art. 39. O atleta cedido temporariamente a outra entidade

    de prtica desportiva que tiver os salrios em atraso, no todo ou em

    parte, por mais de 2 (dois) meses, notificar a entidade de prtica

    desportiva cedente para, querendo, purgar a mora, no prazo de 15

    (quinze) dias, no se aplicando, nesse caso, o disposto no caput do art.

    31 desta Lei. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    1 O no pagamento ao atleta de salrio e contribuies

    previstas em lei por parte da entidade de prtica desportiva cessionria,

    por 2 (dois) meses, implicar a resciso do contrato de emprstimo e a

    incidncia da clusula compensatria desportiva nele prevista, a ser paga

    ao atleta pela entidade de prtica desportiva cessionria. (Includo pela

    Lei n 12.395, de 2011).

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !54

    2 Ocorrendo a resciso mencionada no 1 deste artigo,

    o atleta dever retornar entidade de prtica desportiva cedente para

    cumprir o antigo contrato especial de trabalho desportivo. (Includo pela

    Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 40. Na cesso ou transferncia de atleta profissional

    para entidade de prtica desportiva estrangeira observar-se-o as

    instrues expedidas pela entidade nacional de ttulo.

    1 As condies para transferncia do atleta profissional

    para o exterior devero integrar obrigatoriamente os contratos de

    trabalho entre o atleta e a entidade de prtica desportiva brasileira que o

    contratou. (Renumerado do Pargrafo nico para 1 pela Lei n

    10.672, de 2003)

    2 O valor da clusula indenizatria desportiva

    internacional originalmente pactuada entre o atleta e a entidade de

    prtica desportiva cedente, independentemente do pagamento da

    clusula indenizatria desportiva nacional, ser devido a esta pela

    entidade de prtica desportiva cessionria caso esta venha a concretizar

    transferncia internacional do mesmo atleta, em prazo inferior a 3 (trs)

    meses, caracterizando o conluio com a entidade de prtica desportiva

    estrangeira. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    Art. 41. A participao de atletas profissionais em selees

    ser estabelecida na forma como acordarem a entidade de administrao

    convocante e a entidade de prtica desportiva cedente.

    1 A entidade convocadora indenizar a cedente dos

    encargos previstos no contrato de trabalho, pelo perodo em que durar a

    convocao do atleta, sem prejuzo de eventuais ajustes celebrados entre

    este e a entidade convocadora.

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !55

    2 O perodo de convocao estender-se- at a

    reintegrao do atleta entidade que o cedeu, apto a exercer sua

    atividade.

    Art. 42. Pertence s entidades de prtica desportiva o

    direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva de negociar,

    autorizar ou proibir a captao, a fixao, a emisso, a transmisso, a

    retransmisso ou a reproduo de imagens, por qualquer meio ou

    processo, de espetculo desportivo de que participem. (Redao dada

    pela Lei n 12.395, de 2011).

    1 Salvo conveno coletiva de trabalho em contrrio, 5%

    (cinco por cento) da receita proveniente da explorao de direitos

    desportivos audiovisuais sero repassados aos sindicatos de atletas

    profissionais, e estes distribuiro, em partes iguais, aos atletas

    profissionais participantes do espetculo, como parcela de natureza

    civil. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    2 O disposto neste artigo no se aplica exibio de

    flagrantes de espetculo ou evento desportivo para fins exclusivamente

    jornalsticos, desportivos ou educativos, respeitadas as seguintes

    condies: (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011).

    I - a captao das imagens para a exibio de flagrante de

    espetculo ou evento desportivo dar-se- em locais reservados, nos

    estdios e ginsios, para no detentores de direitos ou, caso no

    disponveis, mediante o fornecimento das imagens pelo detentor de

    direitos locais para a respectiva mdia; (Includo pela Lei n 12.395, de

    2011).

    II - a durao de todas as imagens do flagrante do

    espetculo ou evento desportivo exibidas no poder exceder 3% (trs

  • LEGISLAO DESPORTIVA ESSENCIAL [Paulo M. Schmitt] !56

    por cento) do total do tempo de espetculo ou evento; (Includo pela Lei

    n 12.395, de 2011).

    III - proibida a associao das imagens exibidas com base

    neste artigo a qualquer forma de patrocnio, propaganda ou promoo

    comercial. (Includo pela Lei n 12.395, de 2011).

    3 O espectador pagante, por qualquer meio, de

    espetculo ou evento desportivo equipara-se, para todos os efeitos

    legais, ao consumidor, nos termos do art. 2 da Lei n 8.078, de 11 de

    setembro de 1990.

    Art. 43. vedada a participao em competies

    desportivas profissionais de atletas no-profissionais com idade superior a

    vinte anos. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

    Art. 44. vedada a prtica do profissionalismo, em qualquer

    modalidade, quando se tratar de:

    I - desporto educacional, seja nos estabelecimentos

    escolares de 1 e 2 graus ou superiores;

    II - desporto militar;

    III - menores at a idade de dezesseis anos completos.

    Art. 45. As entidades de prtica desportiva so obrigadas a

    contratar seguro de vida e de acidentes pessoais, vinculado atividade

    desportiva, para os atletas profissionais, com o objetivo de cobrir os

    riscos a que