lista de músicas da mpb com tema africano
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ORIXÁS NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRADiretório de 761 letras da MPB com referências a orixás e outroselementos das religiões afro-brasileirasPeríodo de 1902 a 2000
Reginaldo Prandi (USP e CNPq)
Ver texto explicativo em:Reginaldo Prandi — Segredos guardados: Orixás na alma brasileira.São Paulo, Companhia da Letras, 2005, Capítulo 9: “Nas canções do rádio”.
[Por ordem alfabética de título]
A Bahia te esperade: Herivelto Martins, Chianca Garciaintérprete: Trio de Ourodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1950
A Bahia da magiaDos feitiços e da féBahia que tem tanta igrejaE tem tanto candomblé
Pára de buscarNossos saveiros já partiram para o marIaiá Eufrásia na beira do SobradãoEstá formando seu candombléVelha Damásia na ladeira do MamãoEstá preparando acarajé
Nossas morenasRoupas novas vão botarSe tu vieres irásProvar o meu vatapáSe tu vieresViverás nos braçosA festa de Iemanjá
Vem, vem, vemVem, vem, vemVem em busca da BahiaCidade da tentaçãoOnde o teu feitiço imperaVem e me trazes o teu coraçãoVem, a Bahia te esperaBahia, BahiaBahia, Bahia
A baiana chegou de: J. B. de Carvalho e João Dias: intérprete: J. B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
A Baiana chegou da BahiaTodo mundo comeu vatapáA Baiana chegou da BahiaTodo mundo comeu vatapá
Com dendê e fubáE acarajéComida-de-santoQuem é que não quer?
P’rá fazer cangerêSó a baiana que sabe fazerTem, tem pembaTem, tem diaEm seu congaTem, tem, temTem também feitiço no olhar
A baiana temde: Sátiro de Melo, Jararaca: intérprete: Jararacadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1940
A baiana tem, tem, tem,O que ninguém tem, tem, tem,Ela sabe que é boa,Ela sabe o que temMas não diz a ninguém
A baiana quando sambaNão me sai mais da idéiaRebola como jibóiaE treme como geléia.
Uma vez lá na BahiaEu passei por macumbeiro,Sambando com uma baiana,Ôi, na baixa do sapateiro.
A benção, Bahiade: Toquinho, Vinícius de Moraes: intérprete: Toquinho, Vinícius de Moraes e Marília Medalhadisco: Como dizia o poeta, gravadora: ano: 1971
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Olorô, BahiaNós viemos pedir sua bênção, saravá!Hepa hê, meu guiaNós viemos dormir no colinho de Iemanjá
Nanã Bororô fazer um bulandêEfó, cururu e aluáPimenta bastante pra fazer sofrerBastante mulata pra amar
Fazer juntóMeu guia, hêSeu guia, hêBahia!Sarvá, SenhoraNossa mãe foi-se emboraPra sempre do AfojáA rainha agoraÉ Oxum, é a Mãe Menininha do Gantois
Pedir à Mãe Olga do Alakêto, hêChamar Inhansam pra dançarXangô, rei Xangô, kabueci-elêMeu pai Oxalá, hepa babá!
A bênção, MãeSenhora mãeMenina mãeRainha
Olorô, BahiaNós viemos pedir sua bênção, saravá!Hepa hê, meu guiaNós viemos dormir no colinho de Iemanjá
A deusa dos orixásde: Romildo S. Bastos, Toninho Nascimento: intérprete: Clara Nunesdisco: Claridade, gravadora: ano: 1975
Iansã cadê Ogum?Foi pro marMas Iansã penteia seus cabelos maciosQuando a luz da lua cheia Clareia as águas do rioOgum sonhavaCom a filha de NanãE pensava que as estrelasEram os olhos de IansãMas Iansã, cadê Ogum?Foi pro marNa terra dos orixás
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O mar se dividiaEntre um Deus que era de pazE outro Deus que combatiaComo a luta só terminaQuando existe um vencedorIansã virou rainhaDa coroa de XangôMas Iansã, cadê Ogum?Foi pro mar
A Encruzilhadade: Sônia Amaral, Bentana: intérprete: Lincoln, João Roberto Kelly, convidadosdisco: Rio dá samba, gravadora: ano: 1973
Eu vou botar seu nome na encruzilhadaUma dúzia de vela, marafu e dendêEu vou botar seu nome na encruzilhadaE uma galinha preta eu vou dar pra você
Lê, lê, lêLê, lê, lêO feitiço que você fez pra mimEu mando de volta pra você
Meu santo é forteSou filho de Pai XangôE na minha AruandaSó tem paz e muito amor
A encruzilhadade: Sônia Amaral, Bentana: intérprete: Lincolndisco: A encruzilhada, gravadora: ano: 1976
Eu vou botar seu nomeNa encruzilhadaUma dúzia de velas , (marafo) e dendêEu vou botar seu nomeNa encruzilhadaE uma galinha preta Eu vou dar pra você
Lê lê lê lê lê lêO feitiço que você fez pra mimEu mando de volta pra vocêMeu santo é forteSou filho de pai XangôE na minha AruandaSó tem paz e muito amor
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A estrelade: Raul Travassos e Silva Ferreira: intérprete: Marisadisco: Leopardo, gravadora: ano:
Vem, estrela da manhã acordando o diaVem, estrela da noite, quando principiaVem, menina princesa, lua de belezaPelo céu sem fim, pra mimIaiá Oxum, Iaiá Oxum, ora ieiê ô ora ieiê ô
Vem, senhora dos palácios, cheios de riquezaVem, senhora do dengo e da realezaVem, de pedras e ouros, donados tesouros cheiro de jasmim, pra mimIaiá Oxum, Iaiá Oxum, ora ieiê ô ora ieiê ô
Vem, carinho de riacho chorando na mataVem, vestida de renda, feita de cascataVem, abelha doçura, lira formosura tanto encanto assim pra mimIaiá Oxum, Iaiá Oxum, ora ieiê ô ora ieiê ô
Vem, no espelho que reflete tua face amadaVem, rosa entreaberta, minha adoradaVem, leque do disfarce, esconder e dar-seEntre não e sim, pra mimIáiá Oxum
A fé do Pelôde: Paulinho do Camafeu: intérprete: Carlinhos Axé e Banda Odaradisco: Pra vadiar, gravadora: ano: 1989
Do Pelô, a fé do PelôUm é meu, dois é seu, axéPaulinho do Camafeu
Descendo a ladeira do PelôEncontrei com OlodumSou filho de GandhyComponente, sou mais umTodo de branco representando Oxalá Sou cabeça feita joga pra cima do mar
Axé filho de GandhiAxé Babá, quem é cabeça feitaJoga pra cima do mar
A fonte de Paulus Vde: Jorge Ben: intérprete: Jorge Ben
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disco: Jorge Ben Brasil, gravadora: ano: 1986
Aguam munificientia suaIn summin iani culumPer ductam citra tiberin totiosUrbes usui ano dominim
Naquela Praça TrelussaNaquela Praça romanaOnde a coruja dormeE a águia vigiaA fonte Pont MaxÉ lá que o arco-írisDescansa e bebe águaPor lá passa cavalariaCavalaria marinhaConduzindo o machadoO machado de OxóssiEparrei
É lá que a lua e o solDe brilho nas estrelasÉ lá que a lua e o solTraçam a rota dos planetasÉ lá que a lua e o solFizeram a aurora boreal, boreal
Humildemente contenteComo se fosse um príncipeBebi da água da fonteQue sai da boca do leãoHumildemente contenteComo se fosse um príncipeA nave vai, vai, vai, vai, vaiA nave vem, vem, vem, vem, vem
A força dos deusesde: Elói Estrela, Mário Xember: intérprete: Olodumdisco: A Música do Olodum (Banda Reagge), gravadora: ano: 1992
Futuro eu não posso preverMistérios eu não vou desvendarBondades eu vou lhes prometerPassado a história vai contar(bis)
Níger Kaô KabiesilêOh meu Deus OlodumMy Je Kaô KabiesilêChama os orixásMy Je Kaô Kabiesilê
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Saudação a XangôSalve o rastafarianismoSalve a nossa culturaSalve o mundo poéticoE o mundo da literaturaOrayê, orayê ôSalve o Olodum mero lutadorOrayê, orayê ôSalve Olodum historiador
Orayê Olodum orayê OlodumOrayê Olodum(bis)
Hoje eu só quero lutarPela vida do negro e do índio Do branco que vive a explorarA força de um peregrinoOrayê orayê ôSalve o Olodum mero lutadorOrayê, orayê ôSalve Olodum historiadorOrayê Olodum
A gente é sem-vergonhade: Genival Lacerda, Acioli Neto: intérprete: Marcelo Novadisco: Marcelo Nova e a envergadura moral, gravadora: ano: 1988
A gente é sem-vergonhaA gente é que não prestaO mundo pegando fogoE nós aqui na festa
É bomba, é bomba, é bomba, é fogueteÉ pau, é pedra, é bala, é cacete
E a gente aqui encangado que Nem dois “siri”E a gente aqui macumbando proSanto “subi”
A lenda do Abaetéde: Dorival Caymmi: intérprete: Dorival Caymmidisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1948
No Abaeté tem uma lagoa escuraNo Abaeté tem uma lagoa escuraArrodeada de areia brancaArrodeada de areia branca
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Ô de areia brancaÔ de areia branca
De manhã cedo se uma lavadeiraVai lavar roupa no AbaetéVai se benzendo porque diz que ouveOuve a zuada do batucajéDo batucajéÔ do batucajé
No Abaeté tem uma lagoa escuraNo Abaeté tem uma lagoa escuraArrodeada de areia brancaArrodeada de areia brancaÔ de areia brancaÔ de areia branca
A noite tá que é um diaDiz alguém olhando a luaPela praia as criancinhasBrincam à luz do luarO luar prateia tudoCoqueiral, areia e marA gente imagina quantoA lagoa linda éA lua se namorandoNas águas do Abaeté
No Abaeté tem uma lagoa escuraNo Abaeté tem uma lagoa escuraArrodeada de areia brancaArrodeada de areia brancaÔ de areia brancaÔ de areia branca
De manhã cedo se uma lavadeiraVai lavar roupa no AbaetéVai se benzendo porque diz que ouveOuve a zuada do batucajéDo batucajéÔ do batucajé
O pescador deixa que seu filhinhoTome jangada, faça o que quiserMas dá pancada se o filhinho brincaPerto da lagoa do AbaetéÔ do Abaeté
A verdadeira baianade: Caetano Veloso: intérprete: Gal Costadisco: Plural, gravadora: ano: 1989
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A verdadeira baiana sabe ser falsaSalsa, valsa e samba quando querA verdadeira baiana é transafricanaÉ pós americana, Rum, Pi, drum machine, LéRum, Pi, drum machine, LéRum, Pi, drum machine, LéA verdadeira baiana A verdadeira baiana éA verdadeira baiana A verdadeira baiana éA verdadeira é baiana, a outra é falsaÉ a falsa falsa, falta pedigree e axéA verdadeira baiana é a matriarcaA menina-homem, o Deus-mulherRum, Pi, drum machine, LéRum, Pi, drum machine, LéA verdadeira baiana A verdadeira baiana éA verdadeira baiana A verdadeira baiana éA verdadeira baiana não marca o sambaCom a cocaína da vinheta de tevêSabe fazê-lo, mas segue atrás do mais beloO trieletrikitch som não se vêRum, Pi, drum machine, LéRum, Pi, drum machine, LéA verdadeira baianaA verdadeira baiana éA verdadeira baiana A verdadeira baiana éA verdadeira baiana transmuda o mundo Com seu gingado de ceticismo e féNeo-asiática, ela é supra lusitanaÉ verdadeira e falsa quando querRum, Pi, drum machine, LéRum, Pi, drum machine, LéA verdadeira baianaA verdadeira baiana éA verdadeira baiana A verdadeira baiana é
Abaluaiê de: Waldemar Henrique: intérprete: Jorge Fernandes com Léo Peracchidisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1950
Perdão Abaluaiê, perdãoPerdão a Orixalá, perdãoPerdão, oh meu Deus do céu, perdãoAbaluaiê, perdão
Oh, rei do mundo, perdão
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Abaluaiê, ele veio do marAbaluaiê, ele é forteEle veio, AbaluaiêSalvar
A tô tô no Abaluaiê(Cambone sala namoxilá(?)Asolo-êBença meu pai
Abaluaiêde: Waldemar Henrique: intérprete: José Tobiasdisco: Música Popular do Norte 1, gravadora: ano: 1976
Perdão, Abaluaiê, perdãoPerdão a Orixalá, perdãoPerdão, ó meu Deus do céu, perdãoAbaluaiê, perdão
Ô, Rei do mundo, perdãoAbaluaiê, ele veio do marAbaluaiê, ele é forte, ele veioAbaluaiê, salvar
Adotolú AbaluaiêCambonissá lana muxila agolo, êCambonissá lana muxila agolo, ô
A bença, meu pai
Abaluaiêde: Waldemar Henrique: intérprete: Clementinadisco: Marinheiro só, gravadora: ano: 1973
Perdão AbaluaiêPerdãoPerdão a OrixaláPerdãoPerdão a meu Deus do céuPerdãoAbaluaiê perdãoAbaluaiê perdãoÓ rei do mundoÓ rei do mundoPerdão AbaluaiêEle veio do marAbaluaiêEle é forte
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Ele veio AbaluaiêSalvarAtotôAbaluaiê(palavras em iorubá,falta completar)A benção meu pai
Abebêde: Vevé Calazans, André Santana, Sibele: intérprete: Bragadádisco: Bragadá, gravadora: ano: 1996
Jabaculê barraqueiroDe lá da RibeiraFoi tocar rumpiléLeve bajara IaraDe cara faceiraDeu à luz a um bebêO balafon fez um somPara um conto de fadasCom o ucalelêBateu no tempo de BloqueO rei das espadasMuita paz abebêAbebê abebê abebê abebêNo tique taqueDo toque do batuqueSom do atabaque que bateBate bate pra valerJabaculê bajaraFoi tocar rumpiléJabaculê bajaraCom o ucalelêAbebê abebê abebê abebê
Abebêde: Vevé Calazans, André Santana e Sibele: intérprete: Bragadádisco: Bragadá, gravadora: ano: 1996
Jabaculê barraqueiroDe lá da RibeiraFoi tocar rumpiléLeve bajara IaraDe cara faceiraDeu à luz a um bebêO balafon fez um somPara um cnto de fadasCom o ucalelê
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Bateu no tempo de bloqueO rei das espadasMuita paz abebêAbebê abebê abebê abebêNo tique taqueDo toque do batuqueSom do atabaque que bateBate bate pra valerJabaculê bajara]Foi tocar rumpiléJabaculê bajaraCom o ucalelêAbebê abebê abebê abebê
Abracei o marde: Vevé Calazans, Gerônimo: intérprete: Vevé Calazansdisco: Vevé Calazans, gravadora: ano: 1986
Abracei o mar na lua cheia, abraceiAbracei o marAbracei o mar na lua cheia, abraceiAbracei o mar
Escolhi o melhor dos pensamentos, penseiAbracei o mar Tem festa no céu é lua cheia, sonheiAbracei o mar
E na hora marcada Dona AlvoradaChegou pra se banhar Mas nada pediuCantou pro mar Mas nada pediuConversou com o marMas nada pediuE o dia sorriu
Uma dúzia de rosasCheiro de alfazema, presentes eu fui levarMas nada pediJoguei no marMas nada pediMe molhei no marMas nada pediSó agradeci...Mamado iyê iyê ôOrumilá, orumilauó, orumilayó
Acontece que eu sou baianode: Dorival Caymmi: intérprete: Anjos do Inferno
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disco: 78 RPM, gravadora: ano: 1944
Acontece que eu sou baiano,Acontece que ela não é,Mas... tem um requebrado pro lado,Minha Nossa Senhora!Meu senhor São José!Tem um requebrado pro lado,Minha Nossa Senhora!E ninguém sabe o que é!
Há tanta mulher no mundo,Só não casa quem não quer, Porque é que eu vim de longePra gostar dessa mulher?Essa que tem um requebrado pro lado,Minha Nossa Senhora!Meu senhor São José!Essa que tem um requebrado pro lado,Minha Nossa Senhora!E ninguém sabe o que é!
Já plantei na minha portaUm pezinho de guiné,Já chamei um pai-de-santoPra benzê essa mulhé,Essa que tem um requebrado pro lado,Minha Nossa Senhora!Meu senhor São José!Essa que tem um requebrado pro lado,Minha Nossa Senhora!E ninguém sabe o que é!
Adarrumde: Moraes Moreira, Béu Machado: intérprete: Moraes Moreiradisco: Mancha de dendê não sai, gravadora: ano: 1984
Atabaque batucaSino noturnoDe uma negra catedralAlabê dá no couroReza e agouroDe um negro ritualBate rumBate léO céu agora é aquiDesce OxaláAbaloaê IansãDesce XangôLogum-Edé e NanãSom de atabaque
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Convocou a legiãoSanto baixouO céu agora é no chão
Adelodê Yalonãde: Benito de Paula: intérprete: Benito de Pauladisco: Benito de Paula, gravadora: ano: 1987
Ê “suncê”Reflete no rio o luarAdelodêÊ “suncê”Se “ocê” fala bem de mim pra YalonãE me fala de um povo Que só tem amor pra viverQue faz festa, faz rezaPra enfeitar meu amanhecer“Suncê” sabe o que eu quero ser“Suncê” sempre vem me ensinarQue as águas vão sempre pro rioE o rio vai pro mar“Suncê” sempre tem oraçãoE eu “tô” querendo rezar“Suncê” rezaEu faço oração pra coisa“miorá”Ê “suncê”
Afoxéde: Álvaro Peterson: intérprete: Bebetodisco: Vem me amar, gravadora: ano: 1986
Afoxé é lindoAfoxé é límpido e cristalÉ um jeito de cubir um degrauNo seu ritmo espiritual
Aqui tem salPra salgar seu alimentoAqui tem luzPra iluminar o pensamento
E tem um ritmo Que bate o pé no chãoE tem um ritmoQue bate o pé
Afoxé éde: Gilberto Gil:
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intérprete: Gilberto Gildisco: Banda um, gravadora: ano: 1981
Ê-ô, ê-ôÊ-ô, ê-ôÉ bom pra ioiôÉ bom pra iaiá
O afoxé é da genteFoi de quem quisÉ de quem quiserSair do Pé do CabocloAté a Praça da Sé
O afoxé é sementePlantou quem quisPlanta quem quiserTem que botar fé no blocoTem que gostar de andar a pé
Tem que agüentar sol a pinoTem que passar no terreiroE carregar o menino, oh, oh
Tem que tomar aguaceiroTem que saber cada hinoE cantar o tempo inteiro, oh
O afoxé, seu caminhoSempre se fezSempre se faráPor onde estiver o povoEsperando pra dançar
O afoxé vai seguindoSempre seguiuSempre seguiráCom a devoção do negroE a bênção de Oxalá
Afoxé pra Logumde: Nei Lopes: intérprete: Clara Nunesdisco: Nação , gravadora: ano: 1932
Menino caçadorFlecha no mato bravoMenino pescadorPedra no fundo do rioCoroa reluzenteTodo ouro sobre azulMenino onipotente
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Meio Oxóssi, meio Oxum
É é é é éQuem é que ele é?Á á á á áOnde é que ele está?Axé, menino, axéFará Logum, fará Logum, fará
Menino meu amorMinha mãe, meu pai, meu filhoToma teu axoxôTeu onjé de côco e milhoMe dá do teu axéQue eu te dou teu mulucumMenino doce melMeio Oxóssi, meio Oxum
Afoxésde: Paulinho Camafeu, Almir do Apache, Charles: intérprete: Paulinho Bocadisco: Paulinho Boca de Cantor, gravadora: ano: 1979
Afoxé lê iLei lê ôTinga malacumbêTinga malakeôÔ lalai ô lalaiÔ lailá ô lelêÔ lelaí ô lalaíÔ lailáQuem de lá vem vindoQuem de lá vem sóFoi nesse passoQue eu saí do TororóÉ de babá babá okeÉ de babá babá okáEu sou filho das águasSou neto de OmolúSarava, Xangô, OxossiMinha mãe se chama OxumÉ auê Filhos de Gandhi auêÉ auê Filhos de Gandhi obaAfoxé leiLei leô
Afoxés de Olindade: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
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Nas ruas de OlindaTem afoxé, tem afoxé, tem afoxéE a luz que te iluminaÉ o meu axé, é o meu axé, É o meu axé
Mamãe Oxum mandou, eu vim fazerÉ minha missão, é o meu prazerCantar a beleza da raça negraMostrar seu valorQuero o fim do preconceitoÉ linda minha corSou negro, sou
Sou AlafimSou Ilê de EgbáSou Ara OdéSou Oxum Pandá
Áfricade: Lourenço, Santana: intérprete: Grupo Raçadisco: Grupo Raça, gravadora: ano: 1993
Que força divinaQue vem do coraçãoA todos iluminaE explode de emoção
E com fé quebra quebrantosDo amor faz seu canto Pelo mundo ecoarÉ odara, é rei, é bantoÉ um mar de acalantoÉ África...
Ôôô é alegriaÔôô é magia
Mesmo sem secar o prantoFaz do mundo um encantoTem na vida OxaláE na arte um manto santoPra cobrir todos os cantosÉ África
Ôôô é alegriaÔôô é magia
África chamada Bahiade: Moraes Moreira, Davi Moraes, Zé Ricardo:
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intérprete: Moraes Moreiradisco: Cidadão, gravadora: ano: 1991
Oh! ÁfricaChamada Bahia
Neguinho é do sambaTá na cara carambaCoração também éÉ triste, é alegreNeguinho é do reggaeÉ de rocha, é de fé
Da Bahia ele é umDos seus filhos legítimosÉ ilê OlodumInventor desses ritmos
Já contou a históriaHoje canta vitóriaVai além do terreiroToque misteriosoJá deixou curiosoQuase o mundo inteiro
África Morenade: Daniel Moreno: intérprete: Daniel Morenodisco: Daniel Moreno, gravadora: ano: 1995
África, África, ÁfricaFábrica da América do SulÁfrica, África, ÁfricaFábrica da América do SulEssa pele morenaDo sol de IpanemaEsse jeito gostoso de amarVeio lá da África Esse fogo acesoDe amor e desejoQue eu não consigo apagarVeio lá da África A delícia da pingaA malícia da línguaEssa ginga sacana no olharVeio lá da África África, África, ÁfricaFábrica da América do SulÁfrica, África, ÁfricaFábrica da América do SulMinha reza, meu cantoA vela pro santo
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Essa fé que me faz resistirVeio lá da África Minha mãe MenininhaEstrela rainhaQue embala essa gente daquiVeio lá da África Tudo o que eu sei da vidaQue aqui nesse mundo eu viviVeio lá da África Pra ser mais coerenteA força da menteQue nunca me deixa cairVeio lá da África
Agiborêde: Tom, Dito: intérprete: MPB4disco: Cicatrizes, gravadora: ano: 1972
Agiborê moji baôIlê
Odudu o-rê-rê-rêOque i elegibôUba ujuá
Ilá lá iláIlá lá ilá o laiIlá lá ilá
Agô do péde: Paulinho Camafeu, Pepeu Gomes: intérprete: Pepeu Gomesdisco: Pepeu Gomes, gravadora: ano: 1981
Ê filho de GandhiÊ filha de GandhiÊ neto de GandhiÊ neta de Gandhi
Baba baba oniVenha me salvar que eu sou filho de Gandhi
Agô do pé meu agôAgô do pé meu pai XangôAgô do pé meu agôAgô do pé obaketôFilho de Gandhi
Agô-Abô
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de: Zelitágua: intérprete: Banda Meldisco: Força Interior, gravadora: ano: 1987
Bate o compasso com o péBate o compasso com a mão (bis)
Agô-abô é energiaAgô-abô é emoção (bis)
Sustenta a raçaCabeça feita ou por fazerAgita a massa carente da força dessa união (bis)
Olha lá quem vem, Agô-abôOlha quem vem lá, Agô-abô (bis)
Axé é dança bonita, de índio, negro, mulatoEsse som pira a cabeça, de indio, negro, mulatoA força da raça na dançaO negro lá na senzala solfejava essa canção:Ê ê ê ô, êê ô ê ô…
Água bentade: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Quanta, gravadora: ano: 1997
A água benta que batizouContaminou o bebêA medicina e o seu doutorNada puderam fazerO desespero se apoderouDo padre, do pai, da mãeFoi quando então alguém se lembrouDe um feiticeiro de Ossain Um simples banho de folhas fezO que não se esperava maisDepois, depois muitos muitos anos depoisRapaz, aquele menino já então rapazSe fez, um rei entre os grandes BabalaôsDos tais, dos tais como já não se fazem maisA água benta que ao bel prazer, se desmagnetizou Desconectada do seu poder Por um capricho do amorAmor condutor do elan vitalQue o chinês chama de chiQue Don Juan chama de nagualQue não circulava aliAli na grã pia batismalO amor deixara de fluirTalvez, por mero defeito na ligação
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Sutil, entre a essência e a representaçãoVerbal, que tem fazer todo coraçãoMortal, ao balbuciar sua oração A água benta que o bomContaminou sem quererA fonte suja que o sacristão Utilizou sem saberA força neutra que move a mãoDo assassino o punhalE o bisturi do cirurgiãoO todo total do TaoLâmina quântica do quererQue o feiticeiro sabe lerFractal, de olho na fresta da imensidãoSinal, do mistério na cauda do pavãoIgual, ao mistério na juba do leãoIgual, ao mistério na presa do narval
Águasde: : intérprete: Dudu Tuccidisco: , gravadora: ano: 1995
Águas de OxaláMar de IemanjáChuvas de NanãLagos de OxumÁguas do viverMovimento para o serÁguas que virão Águas do nascerLevo a vida inteiraNesta feiraMas RibeiraEu vou voltarSeja para o anoUm oceano Não me impede de voar!Águas do vivierSão águas de OxaláÁguas que virão São águas do meu serÁguas do viver...Levo a vida inteira...
Águasde: : intérprete: Dudu Tuccidisco: , gravadora: ano: 1995
Águas de Oxalá
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Mar de IemanjáChuvas de NanãLagos de OxumÁguas do viverMovimento para o serÁguas que virão Águas do nascerLevo a vida inteiraNesta feiraMas RibeiraEu vou voltarSeja para o anoUm oceano Não me impede de voar!Águas do vivierSão águas de OxaláÁguas que virão São águas do meu serÁguas do viver...Levo a vida inteira...
Aguemarina (louvor a Ossain)de: Emilia Biancardi: intérprete: Grupo Zambodisco: Bahia, Grupo Zambo, gravadora: ano: 1976
AguemarinaParadaAguemarinaParadaô
Quando Ossanha deu seu gritoToda a mata se aquentouEra triste o seu lamentoQuando o sabiá chorou
Não faço feitiço pro fatoQue eu tô com mandinga de amorEu nunca usei nada dissoPor isso eu sou quem eu sou
Sá orê kotu, OssanhaIrê kotu oriSá orê kotu, OssanhaIre kotu ori
Ai de mimde: Alcebiades Barcellos (Bides): intérprete: Alcebiades Barcellosdisco: 78RPM, gravadora: ano: 1937
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Acordei de manhã cedoFui falar ao feiticeiroEle pra me dar um banho Me pediu muito dinheiro.
Aldeia de Okariméde: Aloysio, César Veneno, Naval: intérprete: Neguinho da Beija-Flordisco: A voz da massa, gravadora: ano: 1986
A Inaê, Inaê, Inaê
Canta negro da aldeiaMuita fé, amor, esperançaTem batuque a noite inteiraE todos entram na dançaOferendas e magiaRei dos reis, ObataláE também feitiçariaPara o mal se afastar
Odopiô OlorumPara conservar minha vidaQui zambi tiberoléA felicidade sentidaNa aldeia okarimbéQue é lugar pra negro viver
Alô Filhos de Gandhyde: Armandinho, André Costa Macedo: intérprete: Dodô e Osmar, Armandinhodisco: Folia Elétrica, gravadora: ano: 1982
Um canto soou da massaAstral que nos elevou ôôAlô Filhos de GandhyOra iê iê ôSaudamos sua belezaPura nobreza da cor ôôAxé Filhos de GandhyOra iê iê ôAh! Estrela guiaBranca magiaPronunciouAh! Trilha brilhanteClaro semblanteMe iluminouVamos seguindo caminhoCantando do som do agogô ôô
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Valeu pomba sagradaOra iê iê ô
Alto das Pombasde: Edson Conceição, Aloísio: intérprete: Edson Conceiçãodisco: Aí é que você se engana, gravadora: ano: 1978
Pedrinha miudinhaMiudinha de aruandêLagedo tão grandeTão grande de aruandê
Pedrinha miudinhaMiudinha de aruandêUma maior outra menorA mais pequena “é quem nos” alumeia
Vem do “Alto das Pombas”Candomblé da BahiaEste ponto pra santo “baixar” Atabaques batendoEste ponto me acalmaComo uma doce canção de ninar
Pedrinha miudinhaMiudinha de aruandêLagedo tão grandeTão grande de aruandê
Minha mãe entre os santosMe deu papa nos dedosIansã, Omulu, OxaláPomba gira vaidosaCaruru de São cosmeDia dois, fevereiro, Iemanjá
Pedrinha miudinhaMiudinha de aruandêUma maior outra menorA mais pequena “é quem nos” alumeia
Doce cheiro de incensoPerfumando as esquinasFiz de “Palha da Costa” um colarEste incenso e esta palhaVêm do “Alto das Pombas”Como uma doce canção de ninar
Pedrinha miudinhaMiudinha de aruandêLagedo tão grandeTão grande de aruandê
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Pedrinha miudinhaMiudinha de aruandêUma maior outra menorA mais pequena “é quem nos” alumeia
Aluandêde: Raquel da Bahia: intérprete: Geogettedisco: A moça do mar, gravadora: ano: 1975 c
Mistério e lenda tão antigaTraz Iara nas águas do marAuê, auê, auê , aruá minha mãe Orixá
Aluandê
Com seu cavalo branco é Ogum O rei dos feiticeirosIansã ObaluaêPovo de Aruanda AluandêE olha o patuá que eu trouxe da BahiaFiga de guiné da tia MariaArerê e madrugadaEle vai descer na encruzilhadaAluandê
Amalá de Xangôde: João da Baiana: intérprete: João da Baiana e seu Terreirodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1955
Caboque loquêCaboque lê eciVamos lá na (penera) ver vovôAqui fala o terreiro de AgandôÉbomina énina ébô
Oberi meu obé que levouOberi meu obé que levouFosse Ogum, fosse OgumQue apanhôPrá matá de cóCocorocô
E cadê o aquicoqueQue o matôE cadê meu garapaDe ebôVai no mato apanháMais quibmbo
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Vou fazê um AmaláBotá Xangô
Você vai lá no mato BiguiruVocê vai lá no mato BiguiruOlha o toco nunca me levantô féOlha o toco nunca me levantô fé
Viva Xangô, meu pai
Amaralinade: Oldemar Magalhães, Alberto Costa: intérprete: Anjos do Infernodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1951
Quem foi à BahiaQue não conheceu Amaralina,Não sabe que lindo sonho perdeu, menina.Se não viu os pescadores darem presente a Mãe D'água,Vai ter sua vida carregadinha de mágoa.Não viu as morenas dizerem - Como é bom sonharÀ sombra desses coqueiros vendo jangadas ao mar,E de noite a lua cheia, prateando tudo, tudo,E as morenas exibindo suas tranças de veludo.
Amor de Matarde: Roberto Mende, Jorge Portugal: intérprete: Paulinho Boca de Cantordisco: Todos os Sambas, gravadora: ano: 1996
Ô do lado de láDonde sejaDê cá lá um beijoQue eu quero provarDessa coisa, (bis)
Que verEu não vejoMas dá um molejoDe arrepiarÉ um frenesiSem freioÉ um amor de matarÉ um samba balanceiaSom que semeiaSem meio de errarÉ um a umMeio a meioÉ um, pra lá e pra cáÉ um amor sem rodeio
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Na roda do meioNo meio do mar
Yê, Yê Odoyá (bis)Yê, Yê Yá
Amor e Festançade: Adalto Magalha, Toninho Gerais: intérprete: Beth Carvalhodisco: Pagode de Mesa - ao vivo, gravadora: ano: 1999
Pior que um facão de pontaSão as contas do teu olharQuando o amor desponta e encantaQual brilho do luarChegou feito ondas brancasTrazendo o cheiro do marMeu coração balança, meninoVocê me faz sonharMeu corpo já traçou seu destinoVem, pode navegarO navio apitouTem festa, pode aportarBatuque, samba de rodaO meu dengo vai estarJá preparei a saia rendadaPra saracotearFicar a noite inteira sambandoAté o sol raiarDodô cantou para NanãNa ribeira, ô, ôVovó foi lá perfumar A ladeira, ô, ôEu quero ver mô jogarCapoeira, ô, ôNa festa do beira-mar, êBeira-Mar
Amor, Amorde: Itamar Tropicália: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu de Periperi, gravadora: ano: 1993
Ê, ê ê ê ôA lenda do amorÊ, ê ê ê ôSou Ara ketuIlexá, amor, amorIlexá, cidade lendáriaQue o mundo encantouFoi lá que nasceu o amor
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A rainha das águas profundasEstava a banhar-se nas margens do rioO menino cupido lançou sua flecha encantadaO homem, a criança, o ancião do amor,O sol se apaixonouPor água doce e sumiuO lago prometeu destruir esse amor envolventeMandou seu soldado atrás do casal varonilA água doce se asilou Em seu palácio e sumiuFazendo cair uma cortina de chuva ao redorDestruindo o lugar onde os dois se encontraram a amarEla abriu a flor do seu sexoConvidando a mais e maisE nasceu uma criança herdando os poderes dos pais
Andar de Caboclode: Domínio Público (canto de pescadores): intérprete: Os Tápes disco: Música Popular do Sul 3, gravadora: ano: 1975
Como é bonito O andar do cabocloQue pisa na areiaNo rastro dos astros
Salve sereiaE salve IemanjáAjude o cabocloDa beira do mar
Como é bonitoA choupana de palhaQue abriga o cabocloCansado da praia
Aquarela brasileirade: Silas de Oliveira: intérprete: Martinho da Viladisco: Canta, canta minha gente, gravadora: ano: 1989
Vejam esta maravilha de cenárioÉ um episódio relicárioQue o artista num sonho genial Escolheu para este carnavalE o asfalto como passarelaSerá a tela do Brasil em forma de aquarelaPasseando pelas cercanias do AmazonasConheci vastos seringaisNo Pará, a ilha dos MarajósE a velha cabana Timbó
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Caminhando ainda um pouco maisDeparei com lindos coqueiraisEstava no Ceará, na terra do IrapuãDe Iracema e upãFiquei radiante de alegria Quando eu cheguei na BahiaBahia de Castro AlvesDo acarajé, das noites de magia do candombléDepois de atravessar as matas do IpuAssisti em Pernambuco à festaDo frevo e do maracatuBrasília tem o seu destaqueNa arte, na beleza e arquiteturaFeitiço de garoa pela serraSão Paulo engrandece a nossa terraDo leste por todo o centro-oesteTudo é belo e tem lindo matizE o Rio de sambas e batucadasDos malandros e mulatasDe requebros febrisBrasil, estas nossas verdes matasCachoeiras e cascatas de colorido sutilE este lindo céu de azul anilEmolduram aquarela o meu Brasil
Aquarela brasileirade: Silas de Oliveira: intérprete: Elza Soaresdisco: História da MPB – Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e D. Ivone Lara, gravadora: ano: 1983
Vejam esta maravilha de cenárioÉ um espisódio relicárioQue o artista num sonho genial Escolheu para esse carnavalE o asfalto como passarelaSerá a tela do Brasil em forma de aquarela
Passeando pelas cercanias do AmazonasConheci vastos seringaisNo Pará, a ilha de MarajóE a velha cabana do Timbó
Caminhando ainda um pouco maisDeparei com lindos coqueiraisEstava no Ceará, terra de IrapuãDe Iracema e Tupã
Fiquei radiante de alegriaQuando eu cheguei na BahiaBahia de Castro AlvesDo acarajéDas noites de magiaE do Candomblé
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Depois de atravessar as matas do IpuAssisti em PernambucoÀ festa do frevo e do maracatu
Brasília tem o seu destaqueNa arte, na beleza e arquiteturaFeitiço de garoa pela serraSão Paulo engrndece a nossa terra
Do leste por todo centro-oesteTudo é belo e tem lindo matizO Rio do samba e das batucadasDos malandros e das mulatasDe rquqebros febris
BrasilEstas nossas verdes matasCachoeiras e cascatasDe colorido sutilE este lindo céu azul de anilEmolduram a aquarela do meu Brasil
Aquarela brasileirade: Silas de Oliveira: intérprete: Neguinho da Beija-Flordisco: Felicidade, gravadora: ano: 1990
Vejam esta maravilha de cenárioÉ um episódio relicárioQue o artista num sonho genialEscolheu para este carnavalE o asfalto como passarelaSerá a tela do Brasil em forma de aquarelaPasseando pelas cercanias do AmazonasConheci vastos seringaisNo Pará, a ilha de MarajóE a velha cabana do TimbóCaminhanndo ainda um pouco maisDeparei com lindos coqueiraisEstava no Ceará, terra de IrapuãDe Iracema e TupãFiquei radiante de alegriaQuando cheguei na BahiaBahia de Castro AlvesDo acarajéDas noites de magia do CandombléDepois de atravessar as matas do IpuAssisti em Pernambuco a festaDo frevo e o maracatuBrasília tem o seu destaqueNa arte, na beleza e arquiteturaFeitiço de garoa pela serraSão Paulo engrnadece a nossa terra
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Do leste por todo centro-oesteTudo é belo e tem lindo matizE o Rio dos sambas e batucadasDos malandros e mulatasDe requebros febrisBrasil, estas nossas verdes matasCachoeiras e cascatasDe colorido sutilEste lindo céu de azul de anilEmolduram a aquarela do meu Brasil
Ara-Ketode: Edil Pacheco, Paulo Cesar Pinheiro: intérprete: Alcionedisco: Fogo da Vida, gravadora: ano: 1985
Ara-Keto é meuÉ seu, é de nósÉ de DeusÉ de lá sua voz
Ara-keto vai dar pra esse povo sofredor O mesmo alento que dá forças aos fiéisE ele vai lembrar de Zumbi libertadorLivrando o povo dos grilhões e das falésVai retumbar todo o chão de SalvadorCom seus tambores, atabaques e afoxés
Coro
Batam palmas que o Ara-keto vai passarCom suas alas de Sinhôs e de SinhásE ele chega no balanço do IfexáTrazendo a força e a proteção dos Orixás
Arco-íris de Madágascarde: Tonho Matéria: intérprete: Olodumdisco: Olodum Egito Madágascar, gravadora: ano: 1987
Acredito no Deus dos Deuses OlodumDe seus dialetos, reflexos e mistériosQue é uma natureza maiorQue dá lustre a vidaDe uma deusa negraE os homens que sofrem horroresNo espaço de sua grandezaCom a singeleza, ilumina OlodumComo as estrelas que brilhamEm torno do caminho da luaCom uma certeza divina
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Que o sol na colina renasceráNo horizonte da ilha de MadásgascarÊi êi êi á á áDe Madágascar a ê ê ê ô ô ôAbrange Olodum uma cultura miscigenadaMostrando origens, fatores e a revoluçãoFalando bem forte em Ranavalona, RadamaE o sobrepujamento de uma naçãoNatureza é OlodumPelourinho e SalvadorMistério que o negroMergulha no encanto do amorQuem baila, quem baila é OlodumOh! Divino OlodumaréTornai-vos o nosso destino a pura belezaE a natureza no infinito mostrarEm cores tu és o Arco-Íris de Madágascar Êi êi êi á á áDe Madágascar
Arrastãode: Edu Lobo, Vinícius de Moraes: intérprete: Elis Reginadisco: Dois na bossa, gravadora: ano: 1965
Ê tem jangada no marÊ eiê hoje tem arrastãoÊ todo mundo pescarChega de sombra JoãoJ'ouviu Olha o arrastão entrando no mar sem fimÊ meu irmão me traz Iemanjá pra mimNha Santa Bárbara me abençoaiQuero me casar com JanaínaÊ puxa bem devagarÊ iê já vem vindo o arrastãoÊ é a Rainha do MarVem vem na rede João pra mimValha meu Nosso Senhor do BonfimNunca jamais se viu tanto peixe assimValha meu Nosso Senhor do BonfimNunca jamais se viu tanto peixe assim
Arrudade: Carlinhos Brown: intérprete: Sarajanedisco: História do Brasil, gravadora: ano: 1987
Arruda pra se cheirarTem muda para se plantar Não muda a visão
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Do velho Buda
Meu canto ainda tá de péMeu santo tem muito axéÉ hora de plantar pra mudar
É hora de se saberQue o dedo que aperta o botãoTambém pode apontar uma boa ação
É hora de se saber Que o som de uma cançãoExplode bem mais alto e um canhão
É horaDe plantar a nossa pazÉ horaDe viver um pouco mais
Aruandade: Jorge Fernandes, Léo Peracchi: intérprete: Jorge Fernandes com Léo Peracchi e corodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1950
Ê...N’Aruanda ê
N’Aruanda tem OxumN’Aruanda tem ?N’Aruanda tem OxumN’Aruanda ê
(Arriou) nos seus (dias)A mamãe d’AruandaTá bulindo, tá mechendoTá bulindo no terreiro de Umbanda
Eles têm alegriaEles têm alegriaEles têm alegriaSalve Mãe JoanaSalve nossos dias
Eles têm alegriaEles têm alegriaEles têm alegriaEles têm alegria no dia de hojeEles têm alegria
As ayabásde: Caetano Veloso, Gilberto Gil: intérprete: Maria Bethânia
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disco: Pássaro proibido, gravadora: ano: 1976
Nem um outro som no ar
Pra que todo mundo ouçaEu agora vou cantar para todas as moçasEu agora vou bater Para todas as moçasEu agora vou dançar Para todas as moçasPara todas AyabásPara todas elas (bis)
Yansã comanda os ventosE a força dos elementosNa ponta do seu florimÉ uma menina bonitaQuando o céu se precipitaSempre o princípio e o fim (bis)
ObáNão tem homem que enfrente ObáA guerreira mais valente ObáNão sei se me deixo mudo ObáNuma mão rédeas e escudo ObáA espada na outraNão sei se ...canto ou se calo ObáDe pé sobre o seu cavalo De pé sobre o seu cavalo (8x)
Ewá Ewá É uma moça cismadaQue se esconde na mata e Não tem medo de nada
Ewá EwáNão tem medo de nadaO chão, o bichos, as folhasO céuEwá EwáVirgem da mataVirgem da mata Virgem dos lábios de mel (bis)
Oxum Oxum Doce mãe dessa gente morenaOxum hum Oxum hum Água dourada, lagoa serenaOxum hum Oxum humBeleza da força da beleza da força da belezaOxum hum Oxum hum Oxum hum
As forças de Olorum
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de: Itamar Tropicália, Valmir Brito, Gibi, Bira: intérprete: Banda Reflexu'sdisco: Kabiêssele, gravadora: ano: 1989
Êa oké mogumê a ê alajóÊa êa êa êaEró eró eró eró eró
Êa oké mogum êaÊa ê alajóAfreketê foi verdadeiroFundador do reino de Oyó
Senhores seriam Deus dos negrosMas havia Deus onipotenteQue lutava pelos negrosE previa o futuro da genteDesde o princípio do mundoQue os homens muitas coisas criaramE para a plantação do progressoEscravizaram esse negro nagôE o império do mundoSe excediam em todos os países
O negro é nativo é guerreiroPadecera coisas que Zambi não quisEu trago a força das negras raízesO grito do escravo acorrentadoO seu passado negro não envolveO presenteE o Afreketê é filho dos de Deus abençoado
Pom tchaPom tchaTcha PomÊ ahê ahê Afreketê
É significante ZambiAs forças de Olorum
Olowo rei de EgbáOnisavé rei de SavéOragun reinou em IláOni soberano de IféAgerô rei de AgerôAlakêto reinou em KêtoXangô de Xangô de CaôôôOranian Kabiesilé
Pom tchaPom tchaTcha PomÊ ahê ahê Afreketê
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As mil e uma aldeiasde: João Bosco, Francisco Bosco: intérprete: João Boscodisco: As mil e uma aldeias, gravadora: ano: 1997
Pra MadagáscarVou rumarNo sertão do CearáVou passarEu levo um mundoSem fundo, repletoDe enredos, estradasPra gente explorarCafarnaumJericó, JequiéDiga pra NazaréQue eu não tardo em chegarLá em BagdáVou morarE se Alá me acostumarVou ficarEu ouço os ventosAlísios que sopramAs vozes dos mourosA me sussurarE trago a cobraDo cesto pra pertoPra ver se ela sabeMe ouvindo sambar, sambar...Sou navegadorSou de meu tempo capitão, eu sou...Não preciso mais do marTenho meu motorLigado aonde quer que eu váVou sem sair do meu lugarEstar aqui, viver aqui,Que mais isso dirá?Sou de um paísChamado qualquer lugarOfertai obiDianbauaiMe seduzirAlcárcer-quibirIfé obáSonhei assimVentres, dunas de areiaCarnaval na poeiraSob as constelaçõesSimbá vem dizerQue a terra é o marÔ, que sopre pra mimQualquer direçãoQue eu tope embarcar
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(fui...)Numa vida anterior fui um xeique opulentoE nobre, tinha damas e safiras a contentoLá, Sherazade me abrandava a noite escuraCom mil e uma doses de ternuraVinde a mim, oh poderoso ventoQue sopra a vida de um outro momentoJá posso ver, nessa ardente loucuraAs areias na terra, as estrelas na altura
As quatro fases do amorde: Mú, Bernardo Vilhena: intérprete: A cor do somdisco: As quatro fases do amor, gravadora: ano: 1983
Todo amor é feito a lua crescenteTodo amor é feito a lua novaTodo amor é feito a lua minguanteTodo amor é feito a lua cheiaMeu amor
Todo amor é feito a luaTodo amor é feito a féTodo amor é feito a faseTodo amor é feito a maré
Com a bênção de São JorgeOgum, oh, ohTodo amor é feito a lua crescenteTodo amor é feito a lua novaTodo amor é feito a lua minguanteTodo amor é feito a lua cheiaMeu amor
Nosso amor é feito a lua Nosso amor é feito a féNosso amor é feito a faseNosso amor dá pé
A bênção de São Jorge OgumO nosso amor é fogo, é brasaBrasa da boca do dragão
Até parece que eu sou da Bahiade: Roberto Martins, José Batista: intérprete: Déodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1942
Depois da briga,Ela fez um canjerê pra mim,Meu santo é forte,
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E o feitiço não pegou.
Até parece que eu sou da BahiaAté parece que eu sou de São Salvador.
Eu trago um brevePendurado no pescoço,E uma medalha do meu santo protetor.
Tenho uma figa,Pra livrar do mau olhado,E um patuá,Que tem pra mim muito valor.
Mas o feitiço,Virou contra o feiticeiro,Tenho dinheiro,Tenho sorte,Tenho amor.
Até Sahngri-lade: Pepeu Gomes, Gerônimo: intérprete: Pepeu Gomesdisco: Pepeu Gomes, gravadora: ano: 1988
Andar a péAté Sangri-laE um BonfimNegralizarO culto do amorE nunca negarÔ ô ô será, será?Ô ô ô que existe o amor?RenunciarA pé ao BonfimE nunca negarAndar a péAté Shangri-laE viver na féÔ ô ô negralizar o amorOká Aro Ode que na voz do caçadorNa luz vai procurarCadê meu amor?O afoxéIjê ijê ijexá nagôNa luz vai procurarCadê meu amor?
Atlântidade: Carlos Scorpião:
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intérprete: Olodumdisco: Da Atlântida à Bahia o Mar é o Caminho, gravadora: ano: 1991
Atlântida,O elo que nos ligaSão as águas de IemanjáRainha e mãe, como as AmazonasTem o seu reino sob o marFaz emergir ideais de homens negrosNegreiros que um dia o mar tragouDe África, orixás e inquicesAportam no cais de Salvador
Odoiá, OdoiáPoesia e religiãoOlodum, OlodumMitologia e cançãoPelourinho, PelourinhoGuetos, Sweto, InsurreiçãoMandela, o negroA luta e a libertação (bis)
Atraca, atracade: Domínio popular: intérprete: Clementinadisco: Marinheiro só, gravadora: ano: 1973
Atraca atraca que vem Nanã - ê êAtraca atraca que vem Nanã - ê aAtraca atraca que vem Nanã - ê êAtraca atraca que vem Nanã - ê a
É Nanã rainha do marÉ Nanã mamãe IemanjáÉ Nanã que eu vou saravá - ê a
Atraca atraca que vem Nanã - ê êAtraca atraca que vem Nanã - ê aAtraca atraca que vem Nanã - ê êAtraca atraca que vem Nanã - ê a
É Nanã rainha do marÉ Nanã mamãe IemanjáÉ Nanã que eu vou saravá - ê a
Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreude: David Corrêa, Paulinho Carvalho, Carlos Sena, Bira do Ponto: intérprete: Caetano Velosodisco: Prenda Minha (ao vivo), gravadora: ano: 1998
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Me leva que eu vouSonho meuAtrás da verde-e-rosaSó não vai quem já morreuBahia é luzDe poeta ao luarSalve todos orixásQuem me mandouEstrelas de láFoi são salvadorPra noite brilharMangueira!Jogando flores pelo marSe encantou com a musaQue a Bahia dáObá, berimbau, ganzáÔ, capoeiraJoga um verso pra iáiáCaetano e Gil, ôCom a tropicália no olharDoces bárbaros ensinandoA brisa a bailarA meiguice de uma vozUma canção No teatro opiniãoBethânia explode coraçãoDomingo no parque, amorAlegria, alegria, eu vouA flor na festa do interiorSeu nome é GalAplausos ao cancioneiroÉ carnaval, é Rio de Janeiro
Auêde: “Amor” Getúlio Marinho da Silva: intérprete: (Antônio) Moreira da Silva com Gente do Amordisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1932
Ararauê caôAuê-caô, auê-caô, auê-caôMas Xangô veio de longeSaravá meu (calcutá)Ele ficou bem satisfeitoDo seu ponto nós louvar
Vamos saravá OgumNo terreiro de XangôE tomar a vez de OxumQue há muito tempo chegou
Mas Xangô pediu licençaPara seu ponto louvar
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E foi a minha valezaAtrás de mais pra eu lhe dar
No terreiro de AngolaQuando eu chego a esfoliarAfricano ou mujolaPasse não pode tomar
Mas Xangô veio de longeSavará meu (calcutá)Mas ficou bem satisfeitoDo seu ponto nós louvar
Awôde: Domínio público: intérprete: Maria Bethâniadisco: Maria Bethânia 25 anos, gravadora: ano: 1990
Tawê dê í awôÊ awô dô rô jan janTawê dê í awôÊ awô do ki jan jan
Axéde: Bernardo Pellegrini: intérprete: Bernardo Pellegrini & o Bando do Cão Sem Donodisco: Dinamite Pura, gravadora: ano: 1994
Tudo o que você achar que é axéÉ axéAxé é tudo o que você achaTudo o que você deixar serÉ axéAxé é tudo que você deixaAxé ninguém vêAxé é reflexoAxé ninguém ouveAxé é só fluxoAxé ninguém pegaAxé não se fixaAxé não tem nexoAxé é paradoxoTudo o que você achar que éÉ axéAxé é tudo o que você achaTudo o que você deixar serÉ axéAxé é tudo o que você deixaEntrar na roda virar bichoÉ axéChutar lata de lixo
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O maior axéSanto que baixaPara despacharÉ axéBeber cachaçaO maior axéFumar um cháSoltar fumaçaÉ axéCafé na xícaraO maior axéHai-kai di bashôPra fazer a cabeça Banho de bucha pra relaxarTudo o que você achar que é É axéAxé é tudo o que você deixaAxé é pó complexoAxé é pó prolixoAxé é pó puroCaprichoFoi Xangô que soprouTudo o que você achar que é É axéAxé é tudo o que você achaTudo o que você deixar serÉ axéAxé é tudo o que você deixaAxé é tudo o que você chamarPra vocêAxé é tudo o que você chama Axé
Axé Babáde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Luar, gravadora: ano: 1981
Meu pai OxaláDá-nos a luz do teu diaDe noite e tua estrela guiaDa tua paz Dentro de nósMeu pai OxaláDá-nos a felicidadeO pão da vitalidadeDo teu axé, do teu amorDo teu axé, do teu amor
Ô ô ô ô ô ô ô Axé Babá
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Axé em Olorumde: Wellington Epiderme Negra, Tico, Nego do Barbalho: intérprete: Ilê Aiyêdisco: llê Aiyê, gravadora: ano: 1996
Toda primazia que Deus lhe deuPara expandir pelo mundo um fruto seuQuando falar de Azânia não vai hesitarÁfrica do Sul, África AustralSomos negros de cáShaka, um lendário jovem militarDo povo nagoni da história de láShaka, fundador da nação Zulu
llê sim ilê vou axé em Olorumllê contempla o negro com muita emoçãollê paz ilê fé ilê meu coração
Khoikhois somente podiam sobreviverTrabalhando para os brancos para não morrerE desde os tempos passados que os negros sofremMas reivindicam os direitos até a morteIlê Mandela, Ilê Aiyê Mandela, Iiê MandelaA felicidade lhe espera
Axé pra vocêde: Carlinhos Axé: intérprete: Banda Energia Baianadisco: Vol. 2 Baby, gravadora: ano: 1994
Pelourinho Pelô ô Pelourinho(3x)
Pelourinho coração da raça negraViva a liberdade que Mandela conquistouPelourinho me inspirou essa cançãoHoje canto a liberdadeSou muzenza sou negão
Pelourinho Pelô ô Pelourinho(3x)
Coração de SalvadorEsse é o refrão que a galera cantouVou subir com fé a ladeira do PelôTocando afoxé com agogô, axé SalvadorVou subir com féA ladeira no PelôSwing suor mistura de corTocando afoxé com agogô, axéAiê axé pra você aiê axé pra vocêEu disse aiê
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Aiê axé pra vocêOlodum Filhos de Gandhy Ilê AyêEu disse aiêAiê axé pra vocêOlodum Filhos de Gandhy Ilê AyêOlodum Badauê, Filhos de Gandhy Ilê AyêOlodum Badauê
Axé Xangôde: Bernardo Pellegrini: intérprete: Bernardo Pellegrini & o Bando do Cão Sem Donodisco: Dinamite Pura, gravadora: ano: 1994
Xangô encheuSua caixa torácicaXangô soprou Axé na galáxia
Babá Alapaláde: Gilberto Gil: intérprete: Zezé Mottadisco: Zezé Motta, gravadora: ano: 1978
AganjuXangôAlapalá, AlapaláAlapaláXangôAganju
O filho perguntou pro paiOnde é que tá o meu avôO meu bisavô onde é que tá
Avô perguntou bisavôOnde é que tá meu tataravôTataravô onde é que táTataravô BisavôAvôPai Xangô, AganjuVivaEgumBabáAlapalá
AganjuXangôAlapalá, AlapaláXangôAganju
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Alapalá egumEspírito elevado ao céuMachado aladoAsas de anjo AganjuAlapalá egum
Espírito elevado ao céuMachado astralAncestral do metalDo ferro naturalDo corpo embalsamadoPreservado em bálsamo sagradoCorpo eterno e nobreDe um rei nagôXangô
Babá Alapaláde: Gilberto Passos, Gil Moreira: intérprete: Gilberto Gildisco: Refavela, gravadora: ano: 1977
AganjúXangôAlapalá, AlapaláAlapaláXangôAganjú
O filho perguntou pro paiOnde é que tá o meu avôO meu avôOnde é que tá
O pai perguntou pra avóOnde é que tá minha bisavôMeu bisavô onde é que tá
Avô perguntou bisavôOnde é que tá tataravôTataravô onde é que táTataravôBisavôAvôPai Xangô , aganjúVivaEgumBabáAlapaláAlapalá egumEspírito elevado ao céuMachado aladoAsas do anjo aganjú
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Alapalá egum
Espírito elevado ao céuMachado astralAncestral do metalDo ferro naturalDo corpo embalsamadoPreservado bembálsamo sagradoCorpo eterno e nobreDe um rei nagôXangô
Babalude: Margarita Lecuona: intérprete: Ângela Mariadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1951
Babalu, BabaluBabalu, aie, Babalu aie
Ta empezando lo velorioQue le hacemo a BabaluDame diecisiete velasPa’ ponerla en cruzDame un cabo de tabaco mañengueY un jarrito de aguardienteDame un poco de dinero mañenguePa’ que me dé la suerteYo quiero pedirQue mi negro me quieraQue tenga dineroY que no se mueraAy yo lo quiero pedir a BabaluUn negrito muy santoAy como tuQue no tenga outra negraPa’ que no se fuera
Badauêde: Moa do Catendê: intérprete: Caetano Velosodisco: Cinema transcendental, gravadora: ano: 1979
MisteriosamenteO Badauê surgiuSua expressão cultural O povo aplaudiu
Bahiade: Ary Barroso:
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intérprete: Sílvio Caldasdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1931
Bahia,Terra do côco babaçú,Bahia,Que tem muqueca e umbu,Baiana tem mandinga,Baiana tem feitiço,Eu sou da Bahia,E mereço um sacrifício.
Quem da Bahia,Tiver saudade,E pegue o pandeiro,E cai no choro,Roda o samba,Bate a chinela,Cai no desafio,Enfezando com...
Terra de jongoE do batuque,Ao batucar nas noites de rei,Eu pra Bahia hei de voltar,Juro por Deus,E não tem talvez.
Bahia de todas as contasde: Gilberto Gil: intérprete: Gal Costadisco: Baby Gal, gravadora: ano: 1983
Rompeu-se a guia de todos os santosFoi BahiaPra todos os cantosFoi Bahia
Pra cada canto uma contaPra nação de ponta a pontaO sentimento bateu(Ai, bateu)
Daquela terra provinhaTudo o que esse povo tinhaDe mais puro, de mais seu
Hoje já ninguém duvidaEstá na almaEstá na vidaEstá na boca do país
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É o gosto da comidaÉ a praça coloridaÉ assim porque Deus quis
Olorum se mexeurompeu-se a guia...
Pra cada canto uma contaPra cada santo uma mataUma estrela, um rio, um marE onde quer que houvesse genteBrotavam como sementesAs contas desse colarHoje a raça está formadaNossa aventura está formadaNossa aventura plantadaNossa cultura é raiz
É ternura nossa folhaÉ doçura nossa frutaÉ assim por que Deus quis
Olorum se mexeurompeu-se a guia...
Bahia minha pretade: Caetano Veloso: intérprete: Gal Costadisco: O sorriso do gato de Alice, gravadora: ano: 1993
Bahia minha pretaComo seráSe tua seta acerta o caminho e chega lá?E a curva linha retaSe ultrapassarEsse negro azul que te mura,O mar, o mar?Cozinha esse cânticoComprar o equipamento E saber usarVender o talento e saber cobrar, lucrarInsiste no que é lindoE o mundo veráTu voltares rindo ao lugar que teu globo azulRainha do Atlântico sulE ô Bahia, fonte mítica encantadaE ô expande teu axé, não esconde nadaE ô teu canto de alegria ecoa longe, tempo e espaçoE ô rainha do AtlânticoTe chamo de Senhora Opô AfonjáEros, dona Lina, Agostinho e EdgardTe chamo Menininha do Gantois
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Candolina, Marta, Didi, Dodô e OsmarNa linha romântico Teu novo mundoO mundo conheceráE o que está escondido no fundo emergiráA voz mediterrânica e florestalLança muito além a civilização ora em tom borealRainha do Atlântico australE ô... Bahia minha preta,Como será?
Bahia morenade: João Nogueira, Edil Pacheco: intérprete: João Nogueiradisco: João Nogueira, gravadora: ano: 1986
BahiaQuando o poeta falava eu já sentiaQue haviaUm doce encanto no ar, uma magiaUm diaO senhor do Bonfim me chamou pra lhe verBahiaMeu coração não sei porqueAnda apaixonado por você
A morena me beijou, me abraçouMe tirou pra dançarMe deu a mão e fomos passearFui pedir licença a meu pai OxaláCantei um afoxé para o meu povo dançar
Chupei siringuela, umbu, caju e cajáDei um cheiro nela, e como é bom iáiáNa sexta-feira eu fui à ConceiçãoDancei um samba de roda batido na mãoDe avião, caminhãoOu mesmo pelo marJuro, meu amor, que sempre vou voltar
Bahia queridaEu devo lhe dizerMinha querida Bahia, a morena é você
Bahia, terra santade: Henricão, Rubens Campos: intérprete: Carmen Costadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1946
Bahia, ôi Bahia,Terra santa,
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Terra boa,Terra onde Cristo nasceu,Todas as baianas têm seu guia,Têm seu corpo fechado,Só quem não tem sou eu.
Lá na Bahia,Quando começa o samba,Ai, meu Deus!Quantas baianas faceiras,Com suas sandálias,Com seu casá de fita,Cada qual a mais bonita (É por isso que eu digo!).
Bahie (Nga Buila)de: Felipe Mukenga, vs. Dito: intérprete: Banda Meldisco: Prefixo de Verão, gravadora: ano: 1990
Na vidaNão brilha, não brilha, não brilhaQuem não tem fé
Na vida só brilha Só brilha, só brilha, só brilhaSó brilha, só brilha, só brilhaQuem tem axé
Quando o sol raiouSe desencantouE brilhouNo arDa cama da manhã? foi deitarNo divã azul do mar(bis)
Bate coração na palma da mãoNasceu o luarVamos nos abraçarE deixar rolarEsse amor que é som e marNa vida não brilha, não brilha, não brilhaNão brilha, não brilha, não brilhaQuem não tem fé na vida, só brilha, só brilha, só brilha, só brilha, só brilha, só brilhaQuem tem axé
Baiana bonitade: Benedito Lacerda, Gastão Viana: intérprete: Quatro Ases e um Coringadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1943
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Baiana bonita, me leva contigo,Pra tua terra natalBaiana bonita, tu és um perigo,Sem teu amor vivo mal.
Baiana,Ô que baiana bonita ela é,Baiana bonita do corpo delgadoQue vive zombando fazendo pecado,Tu tens um corpinho que samba, que ginga,Que maltrata a gente fazendo mandinga.
Baiana das miçangasde: Aurélio Dias de Oliveira: intérprete: Marita Luizidisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1958
Bahia, terra do Salvador,Salve o povo de umbanda-a,Salve o povo de aruanda,Salve o povo de quimbanda,Salve Deus Nosso Senhor,Minha terra igrejeira,Minha santa padroeira,Ai, meu Senhor do Bonfim.
Bahia, terra do Salvador,Sou baiana das miçangas,Gosto de tecer demandaPra ioiô, pra iaiá,Gosto de requebrar.
Sou baiana justiceira,Eu não sou feiticeira,Eu não sei fazer má,Pra ioiô, pra iaiá,Gosto de requebrar.Bahia!Bahia!Bahia!Bahia!Bahia, terra de Salvador.
Baiana de nagôde: Alcebíades Barcelos e Armando Marçal: intérprete: Moreira da Silvadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1932
Sonhei que estava na BahiaNum candomblé brincando noite e dia,
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No meio das baianas de Nagô,Isto é aviso de meu pai Xangô (sonhei meu bem!)
E acordei chorandoPra meu pai me perdoarOh, meu Deus! Juro que a promessa irei pagar,Estou sofrendo e sou culpado,Estou cansado meu pai,De ser castigado. (sonhei meu bem!)
Pai Xangô me ajudandoDe minha vida endireitarOh, meu Deus! peço que me livre deste azar,Serei bom filho de coração,Antes da morte para em mim a obrigação. (sonhei meu bem!)
Baiana de Nazaréde: Ari Moreno: intérprete: Belinha Silvadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1952
Ioiô, você não me quer,Porque sou baiana lá de Nazaré,Ioiô, você não me quer,Vou fazer feitiço, fazer candomblé,Eu sou baianinha lá de Nazaré,Ai, ai, ai,No meu Pai de Santo tenho muita fé,Ai, ai, ai,No meu Pai de Santo tenho muita féAi, ai, ai,Juro pelo Senhor do Bonfim,Meu querido ioiô, tem que gostar de mim.
Baiana dengosade: Paraguassu: intérprete: Paraguassu e Nhá Zefadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1937
Ele- Minha linda baianinha, serás minha só, meu bem?Ela- Ah! meu lindo cabrochinho, pois meu amor você já temEle- Minha linda baianinha, gosto muito de vancêEla- Eu também seu frajolinha, sei amar e querer bemEle- Baiana dengosa do meu bem querer Ela- Eu sou perigosa no meu canjerêEle- No tempo de frio me chamas dengoso, me abraças, me aperta, me beijas gostoso, e quando longe me vê, grita logo: ApugelêEla- Vem cá, tinhoso vem cá, dá um beijinho, apubabáEle- ApujelêEla- Apubabá
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ÔiEle- Seus quitutes baianinha são gostosos como quê Ela- Pois eu fiz sob medida meu amor, só pra vancê.
Baiana dengosade: Elias Salomé, Lopes Rodrigues: intérprete: Irmãs Medinadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1945
Ah! baiana dengosa, cabeça bonita,Que reza na missa, que reza Xangô,Cabocla bonita que adora Iemanjá,Que cheira luar, que cheira luar.
De pernas redondas enfeita as cadeiras,A curva das ondas do mar que se agita,Baiana dengosa de pele porosa,Que cheira resina do pau de arueira,Cabocla trigueira que é moça e menina.
Baiana de luxo que sabe pisar,Baiana de fogo que é mesmo vintém,Baiana letrada que fala tão bem,Que fala tão bem da arte de amar.
Bailarina do arde: Suely Costa, Paulo Sérgio Feital: intérprete: Selma Reisdisco: Selma Reis, gravadora: ano: 1990
Quando ela vem e incendeiaMeu coraçãoNasceu pra bailarTeu corpo todo é candeiaFogo e paixãoNasceu pra dançarEla tem o perfume das matasE o balanço do marSapatilhas aladasQue dançam lambadasComo um orixáRodopia toda anluaradaBailarina do arFicam as garças paradasAs deusas caladasPra vê-la dançarÉ JuremaÉ alma que lançaE seu corpo é seu parE a vida balançaE o espírito cansa
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De tanto dançarDizem mesmoQue até Deus se lançaFica a terra a bailarCom JuremaEle dançaEle vira criançaNão quer mais voltar
Balafonde: Gil Passos, Gil Moreira: intérprete: Gilberto Gildisco: Refavela, gravadora: ano: 1994
Isso que tocaIsso que tocaChama-se balafonEm cada lugar tem o nomeDeve ser outro qualquer no CamerumIsso que a gente chama marimbaTem na África toda o mesmo somIsso que toca bem, bemNum lugar, não lembro bemChama-se balafonMarim bajéIré, xiréBalafonjáOrin Axé
Banda Umde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Um banda Um, gravadora: ano: 1990
Banda Um, banda Um, banda Um, banda ô, iéBanda Um, banda Um, banda Um, banda ô, ô Banda Um que tocaUm balanço parecendo polkaUm banda Um banda UmBanda Um que tocaUm balanço parecendo rumbaUm banda Um banda Um
Banda Um que é ÁfricaQue é Báltica, que é CélticaUmbanda América do SulBanda Um que evocaUm bailado de todo o planetaUm banda Um banda UmUm banda Um banda Um banda Um banda ô, iéUmbanda Umbanda Um banda Um banda ô ô
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Banda pra tocar por aíNo ZanzibarPro negro zanzibárbaro dançarPra agitar o Baixo LeblonO CaririPra loura blumenáutica dançarUm bandaUm bandaUm banda UmBanda UmBanda ô iê
Banda Um que soaUm barato pra qualquer pessoaUm banda pessoa afinsBanda Um que voaUma asa delta sobre o mundoUm banda sobre patinsBanda Um surfísticaNas ondas da manhã nascenteUm banda, banda felizBanda Um que ecoa Uma cachoeira desabandoUm bandaUmbandas misBanda Um, banda Um, banda Um, banda ô, iéBanda Um, banda Um, banda Um, banda ô, ô
Banho Cheirosode: Antônio Vieira: intérprete: Rita Ribeirodisco: Rita Ribeiro, gravadora: ano: 1999
Você deve tomar banho cheirosoPra acabar com essa mofinaE o corpo ficar jeitosoVocê sente uma molezaSem ter doença nenhumaTem a vida atrapalhadaNão consegue coisa algumaEntão ouça o meu conselhoEle é muito valorosoPois não perca mais seu tempoE to banho cheirosoVocê tomarBanho cheirosoPra acabar com essa mofinaEo corpo ficar jeitosoEle é feito de fipyPau de angola e puxuriLeva ? de mulataE também patchouli
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Jardineira, pataqueiraE também manjericãoLeva rosa todo anoAmoníaco e açafrãoVocê deve tomar banho cheirosoPra acabar com essa mofinaE o corpo ficar jeitoso
Banho de manjericãode: João Nogueira, Paulo César Pinheiro: intérprete: Clara Nunesdisco: Clara Esperança, gravadora: ano: 1979
Eu vou me banhar de manjericãoVou sacudir a poeira do corpo batendo com a mãoE vou voltar lá pro meu congáPra pedir pro santopra rezar quebrantoCortar mau-olhado
E eu vou bater na madeira três vezes com o dedo cruzadoVou pendurar uma figa no aço do meu cordãoEm casa um galho de arruda é que cortaUm copo d'água no canto da portaVela acesa, e uma pimenteira no portão
É com vovó Maria que tem simpatia pra corpo fechadoÉ com pai Benedito que benze os aflitos com um toque de mãoE pai Antônio cura desenganoE tem a reza de S. CiprianoE tem as ervas que abrem os caminhos pro cristão
Barraventode: Sérgio Ricardo: intérprete: Sérgio Ricardodisco: Um senhor talento, gravadora: ano: 1963
Noite de breu sem luarLá vai saveiro pelo marLevando Bento e ChicãoNa praia um pranto, uma oraçãoBarraventoSe barravento chegarNão vai ter peixe pra venderFilho sem pai pra criarMulher viúva pra sofrerSalve Mãe IemanjáBarraventoNão deixe ele chegarNão leve o bom ChicãoBarravento
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Salve Mãe IemanjáNão quero mais viver, JanaínaSe Bento não voltarMeu coração vai ser barraventoSalve mãe Iemanjá
Bat macumbade: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Tropicália, gravadora: ano: 1967
Bate macumba obáBate macumba iê iêBate macumba obáBate macumba iê iêBate macumba obáBate macumba iê iêBate macumba obáBate macumba iê iêBate macumba obáBate macumba iê iêBate macumba obá.
Batuque de Salvadorde: Grande Otelo, Black-out: intérprete: Leny Eversongdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1955
Há, há, há, háEu sou o garoto das ruas da Bahia,Igrejas, ladeiras e candomblés,He! he! Salvador!Salve a Bahia, Senhor!Ê, ê, ê, ê, ê,Ô, ô, ô, ô, ô, Salvador! Salvador, Salvador, Salvador,Eu não sou baiana, mas te amo com fervor.
A Bahia é terra de santo,Quem falou foi branco,Eu não disse nada,Quero morrer na Bahia,No entanto eu não sou baiana nem nada.Ê, ê, ê, ê, ê,Ô, ô, ô, ô, ô, Salvador!
Bebeco e Docade: Ari Barroso, Luiz Peixoto: intérprete: Elizeth Cardoso
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disco: Outra vez Elizeth, gravadora: ano: 1983
Doca chegou E logo abafouPegando fogo a batucadaNo terreiro eh ehPôs Bebeco pra sambarAté não se aguentarBatendo seu pandeiroVejem só que perigoEsta mulataTem mais do que ninguém no mundoUm sorriso desgraçadoTem um sabor gostoso de pecadoQue é veneno de matarJá de manhãO sol espantado pôde verEntranro na fresta do barraco, eh ehDuro no chão como um boneco, ai aiO corpo inanimado fr BebecoVejam só que perigoEsta mulata deu de lambujaA outra bamabaSeu sorriso enfeitiçadoBebeco entrou legalMas no finalFoi pra lá pra cá pra láA polícia foi pra lá pra cá pra láE Bebeco se acabouQue tá bom tá, táNão pode parar tá táMeu santo baixou, aiVou me acabar, é pra já, orixáQue tá bom, tá, táNão pode parar, táMeu samba ferveu, vamos sambar eh
Beija-florde: Moby: intérprete: Banda Meldisco: Banda Mel, gravadora: ano: 1992
No morro me apego na féE seguro a cabeçaNo samba levanto meu corpoE me abraço com a vida
Amei como ama um beija florBeijei a flor do amorE acordei na despedidaChorei como chora um perdedorRasguei do peito a dor
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Já era hora da partida
No mar eu vou lavar a almaEu vou lavar a almaSobre as ondas do marEu vou lavar a almaCom Iemanjá
Beira-marde: Folclore: intérprete: Clementina de Jesusdisco: Clementina cadê você?, gravadora: ano: 1970
Beira-mar auê Beira-mar (4x)Ogum já jurou bandeiraNa porta do maitáOgum já jurou bandeiraVamos saravarBeira-mar auê Beira-mar (4x)Ogum já jurou bandeiraNa porta do maitáOgum já venceu demandaVamos todos saravarBeira-mar auê Beira-mar (4x))
Bem que eu queriade: Marcelo Quintanilha: intérprete: Marcelo Quintanilhadisco: Metamorfosicamente, gravadora: ano: 1996
Onde dominga a alegriaOnde se esquece a dorE se enquartafeira o diaE carnaval em SalvadorOnde suinga a magiaQue desce lá do EquadorE que incendeia em poesiaA bahia com seu calorViva a folia, viva a folia (bis)Como acompanha essa dançaPelo bloco do afoxéComo o cabelo não trançaComo essa trança dos pésEsse jogo de cinturaQeum não é baiano não temVida mansa e vida duraMistura do mal e do bemSalve a cultura, salve a cultura (bis)Eu confesso que bem que eu queriaMas não foi de lá que eu vimEu não sou da Bahia
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Mas é da Bahia esse melhor pedaço de mimQuando o negro não podiaRezar pra seus orixásNa imagem de MariaImaginava IemanjáHoje o negro vai-se emboraTentando um outro lugarPedindo a Nossa SenhoraAlforria pra um dia voltarSem mais demora, sem mais demora (bis)
Bem que eu queriade: Marcelo Quintanilha: intérprete: Marcelo Quintanilhadisco: Metamorfosicamente, gravadora: ano: 1996
Onde dominga a alegriaOnde se esquece a dorE se enquartafeira o diaE carnaval em SalvadorOnde suinga a magiaQue desce lá do EquadorE que incendeia em poesiaA bahia com seu calorViva a folia, viva a folia (bis)Como acompanha essa dançaPelo bloco do afoxéComo o cabelo não trançaComo essa trança dos pésEsse jogo de cinturaQeum não é baiano não temVida mansa e vida duraMistura do mal e do bemSalve a cultura, salve a cultura (bis)Eu confesso que bem que eu queriaMas não foi de lá que eu vimEu não sou da BahiaMas é da Bahia esse melhor pedaço de mimQuando o negro não podiaRezar pra seus orixásNa imagem de MariaImaginava IemanjáHoje o negro vai-se emboraTentando um outro lugarPedindo a Nossa SenhoraAlforria pra um dia voltarSem mais demora, sem mais demora (bis)
Bença, negrode: Márcio Proença, Paulo César Pinheiro: intérprete: Agepê
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disco: Cultura Popular, gravadora: ano: 1989
Toque de conga, atabaque, tamborBatuque de rythmetronTumbaa, marimba, bambu, balafonPalma, cabaça, moringaBerimbau, sorongoNa gira do somRainha Ging chamando rei Congo
Toque de surdo, matracaGonguê, prato e facaMaraca e bongôGuizo, pandeiro, cuíca e tambor Caixa, chocalho, afoxéCaxixi, xequerêTamborim e agogôRainha Bantu mandando chamar rei Nagô
Samba, lambada, umbigada, jongo e caxambuXiba, congada, marujada e maculelêCoco, maxixe e lunduBoi, frevo e maracatuChula, calango, catira e cateretê
Povo de Angola, Guiné, Moçambique e ZuluSangue de kêto, de jêje, cabinda e malêDa terra de AganjuDa língua de ptreto tuNegro, o moleque Brasil pede a bença a você
A bença, paiÔ ritmoA bença, mãeÔ África
Bênçãode: Carlos Pita: intérprete: Banda Cheiro de Amordisco: É o ouro, gravadora: ano: 1991
Ele passouNa cabeça uma toca com as cores da JamaicaE me chamouPra passar lá na bênção e tomar meu axéSe a magia tem nome de JesusEu vou que vouTerça-feira pro ensaio do OlodumDançar reggae, samba reggae, eu sou mais umCapoeira foi quem me ensinou lê lê ô, lê lê ô
Toda cor é a mesma diante da luz
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Nem sempre o ouro na terra reluzA cidade também tem seu dia de se abençoarCom cravos e danças quem sabe você se iluminaPra salvar Salvador é preciso cantarAntes que o Pelô seja só ruínasEu vou que vou
Terça-feira pro ensaio do Olodum
Benguelêde: (domínio público)- Lundu africano: intérprete: Clementina de Jesus, Grupo Rosa de Ourodisco: Rosa de Ouro, volume 1, gravadora: ano: 1965
Benguelê, BenguelêBenguelê, ó mamãe ZimbaBenguelê
Benguelê, BenguelêBenguelê, ó mamãe ZimbaBenguelê
Tréca, trécaIombi NanãTatárecô
Tréca, trécaIombi NanãTatárecô
Ô, quizumba, quizumba, quizumbaVamo saravá, quem tá no reinoVamo sarava, vamo saraváVamo sarava, vamo sarava
Mamãe ZimbaChegou, ta no reinoMamãe Zimba veio saravaVamo sarava, vamo saravaVamo sarava, uôBenguelê
Benguelô / Metamorfosesde: João Bosco, Francisco Bosco: intérprete: João Boscodisco: As mil e uma aldeias, gravadora: ano: 1997
Oxalá ôBenguela ôAngola oluô jogouFoi que lá de Jesus, sagrado pizindin
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Saca! Saca! AquicóCacarecô cantouCacarecô cantouNanã-terra dançouXequerê chacoalhou!Logo no início da festaA rajada de ventoIaô barrouSem barra pra segurarNa falta de orixáIaô se arriscouBabalaô de morim e chitãoFala ao meu coraçãoSe a natureza dá sem cobrarBabá Egun baixouColorindo o agogôDe onde há de vir para dançarRessuscitando o amorDesde quando AbraãoChico-rei desde entãoNo batuque da casa ordenouReis na folia, agô benguelêE São João falouÉ preciso renascer uma vezQuem me batizouSe esqueceu de dar um nome pra mimPedra que parouVem o musgo e toma conta da luzQuem será que souAs metarmofoses nunca terão fim
Bluesde: Péricles Cavalcanti: intérprete: Caetano Velosodisco: Outras palavras, gravadora: ano: 1981
Tem muito azul em torno deleAzul no céu azul no marAzul no sangue à flor da peleOs pés de Lotus de KrishnaO pé na Índia e a mão na ÁfricaO pé no céu a mão no marAzul no sangue a flor da peleAs mãos de rosa de IemanjáO pé no céu a mão no mar
Boca de sapode: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: Zezé Mottadisco: Negritude, gravadora: ano: 1979
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Costurou na boca do sapo um resto de anguA sobra do prato que o pato deixouDepois de rir feito Exu CaveiraMarido infiel vai levar rasteira
E amarrouAs pernas do sapoCom a guia de vidroQue ele pensava que tinha perdido
Tu tá branco, HonoratoQue nem calMurcho feito o sapo, HonoratoDo quintalDo teu riso, HonoratoNem sinal
Se o sapo dança, HonoratoTu, BabauDefinhouE acordou com um sonhoCantando a mandingaE falou pra doidaMeu santo me vingarMas ela se riu feito Exu CaveiraMarido infiel vai levar rasteiraImplorouPatroa perdoa que eu quero viverAfasta teus olhos do ObaluaêMas ela se riu feito Exu CaveiraMarido infiel vai levar rasteiraImplorouPatroa perdoa que eu quero viverAfasta teus olhos do ObaluaêMas ela se riu feito Exu CaveiraMarido infiel vai levar rasteiraTás virando HonoratoVarapauSeco feito o sapo, HonoratoDo quintalFiga, reza, Honorato, o escambauNada salva o sapoDesse mal
Bocochêde: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Baden Powell, Vinícius de Moraesdisco: Os afro-sambas, gravadora: ano: 1966
Menina bonitaPr'onde é que ocê vai?Vou procurar o meu lindo amor
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No fundo do mar
Menina bonitaNão vá para o marVou me casar com meu lindo amorNo fundo do mar
nhem nhem nhem - é a onda que vemnhem nhem nhem - é a onda que vem nhem nhem nhem - é a vida que vainhem nhem nhem - não volta ninguém
Foi e nunca mais voltouE... triste me deixouMenina bonita que foi para o marDorme, meu bemQue você também é Iemanjá
Bocochêde: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Titianedisco: Verão de 2001, gravadora: ano: 1990
Menina bonita pra onde é q’ocê vaiVou procurar o meu lindo amorNo fundo do mar
Menina bonita não vá para o marVou me casar com meu lindo amorNo fundo do mar
Nhem nhem nhem é onda que vaiNhem nhem nhem é onda que vemNhem nhem nhem é vida que vaiNhem nhem nhem não volta ninguém
Foi e nunca mais voltouNunca mais nunca maisTriste me deixou
Menina bonita não vá para o marDorme meu bem que você tambémÉ Iemanjá
Boi não bérrade: (domínio público)- Jongo: intérprete: Clementina de Jesus, Grupo Rosa de Ourodisco: Rosa de Ouro, volume 1, gravadora: ano: 1965
Boi num berra, pirimáBoi num berra, pirimá
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No campo de MinaBoi num berra, pirimá
Boi num berra, pirimáBoi num berra, pirimáNo campo de MinaBoi num berra, pirimáÔ, ô, ô
Brasil é o país do swinguede: Fernanda Abreu, Fausto Fawcett, Laufer, Hermano Vianna: intérprete: Fernanda Abreudisco: Da lata, gravadora: ano: 1995
Vamo lá rapaziadaTodo mundo dançandoTodo mundo pulandoVamo lá rapaziadaTodo mundo dançandoTodo mundo pulando Vamo lá rapaziadaTodo mundo dançando Dançando sem pararO brasileiro é do suingueO brasileiro é do baile O brasileiro é da festaO brasileiro tem carnaval no sangueEu digoDeixa solta essa bundinhaDeixa solto esse quadril e gritaBrasil, BrasilBrasil é o país do suingueVem comigo dançarEm Belém do ParáNa festa aparelhagem tupinambáVem comigo vem dançarO reaggae do MaranhãoNos tambores da crioulaÀ toa rebolarVem comigo dançarO forró bem cearenseO reaggae do surfista catarinenseVem comigo pra São PauloVem dançar na LiberdadeSe acabar na festa funk-japonesa,Que belezaVamo pra Bahia se acabar na ruaNo esculacho da delíciaDe vontade de festaÉ timbalada, Ilê Aiê, Candomblé de umbandance Vem dançar em PernambucoO mangue-beat recifense
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Vem dançar em Porto AlegreO rock-funk do ocidenteVem comigo, Vem pro Rio de JaneiroCidade do suingue sensual demaisToda esquina é samba-funkVem pro Rio de JaneiroTerra de Malboro,Rei dos bailes big mixBig mix total big mix totalHomoluluEu digoDeixa solta essa budinhaDeixa solto esse quadril e gritaBrasil, BrasilBrasil é o país do suingueVamos lá rapaziadaTodo mundo dançando Dançando sem pararFunk nordesteFunk noroesteFunk centro-oesteNo sudeste, norte-sulMato Grosso, PernambucoMaranhão e GoiásRondônia, Paraíba, ParanáMinas GeraisBrasília, Roraima,Piauí, Espírito Santo,São Paulo, Ceará, Acre e Tocantins,Amazonas, Sergipe, Alagoas, AmapáSanta Catarina, Bahia e ParáRio Grande do NorteRio Grande do SulGrande Rio de JaneiroEu digoDeixa solta essa bundinhaDeixa solto esse quadril e gritaBrasil, BrasilBrasil é o país do suingueHonolulu...
Brasil é o país do swinguede: Fernanda Abreu, Fausto Fawcett, Laufer, Hermano Vianna: intérprete: Fernanda Abreudisco: Da lata, gravadora: ano: 1995
Vamo lá rapaziadaTodo mundo dançandoTodo mundo pulandoVamo lá rapaziadaTodo mundo dançandoTodo mundo pulando Vamo lá rapaziada
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Todo mundo dançando Dançando sem pararO brasileiro é do suingueO brasileiro é do baile O brasileiro é da festaO brasileiro tem carnaval no sangueEu digoDeixa solta essa bundinhaDeixa solto esse quadril e gritaBrasil, BrasilBrasil é o país do suingueVem comigo dançarEm Belém do ParáNa festa aparelhagem tupinambáVem comigo vem dançarO reaggae do MaranhãoNos tambores da crioulaÀ toa rebolarVem comigo dançarO forró bem cearenseO reaggae do surfista catarinenseVem comigo pra São PauloVem dançar na LiberdadeSe acabar na festa funk-jpaonesa,Que belezaVamo pra Bahia se acabar na ruaNo esculacho da delíciaDe vontade de festaÉ timbalada, Ilê Aiê, Candomblé de umbandance Vem dançar em PernambucoO mangue-beat recifenseVem dançar em Porto AlegreO rock-funk do ocidenteVem comigo, Vem pro Rio de JaneiroCidade do suingue sensual demaisToda esquina é samba-funkVem pro Rio de JaneiroTerra de Malboro,Rei dos bailes big mixBig mix total big mix totalHomoluluEu digoDeixa solta essa budinhaDeixa solto esse quadril e gritaBrasil, BrasilBrasil é o país do suingueVamos lá rapaziadaTodo mundo dançando Dançando sem pararFunk nordesteFunk noroesteFunk centro-oesteNo sudeste, norte-sulMato Grosso, PPernambucoMaranhão e Goiás
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Rondônia, Paraíba, ParanáMinas GeraisBrasília, Roraima,Piauí, Espírito Santo,São Paulo, Ceará, Acre e Tocantins,Amazonas, Sergipe, Alagoas, AmapáSanta Catarina, Bahia e ParáRio Grande do NorteRio Grande do SulGrande Rio de JaneiroEu digoDeixa solta essa bundinhaDeixa solto esse quadril e gritaBrasil, BrasilBrasil é o país do suingueHonolulu...
Brasileiro em Tóquiode: Pedro Luís, Miyasawa Kazufumi: intérprete: Miyasawa Kasufumidisco: Miyazawa Afrosick, gravadora: ano: 1997
Eu ska-peiPro JapãoDaqui láMuito chão viMuito marMuito arÉ melhor ir de avião, meuDeixei cairEm plena ilha um dicionário daquiE espalhei muita "parada" localQue resultou numa salada geralVeja só no que deuCeci, kiwiPeri, harikiriSayonara (tem, tem, lá)Anissei, sanseiTokio, obrigadoPau-de-arara (tem, tem, lá)Tupã, TupiNum sei que maisJá me esqueci de ondeu souBuda XangôSe me xingaram nem viSe elogiaram O elogio passouE eu nem percebiMandei (fui) chamar Um tradutor que é do nippon pra ajudarAí então ele me aconselhouDeixar prá lá e ir pular carnavalNum clube nippo-tropical
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Brasumede: Bruno Alison, Elza Tatiane: intérprete: Eva Marinhodisco: Maracatu Atômico, gravadora: ano: 2000
Eu sou brasumeSou do RecifeSou da Nação Erê
Recife é a minha cidade, a terra dos maracatusAs loas bonitas eu canto, pra Nação Erê e pros maracatusTem a escola do CEPOMA, ali foi que aprendi a lerDanças do coco de roda, ciranda, xaxado e maracatu
O Erê, cortejo da NaçãoSomos Nação ErêSomos uma Nação
Maracatu, capoeira, afoxé, o ErêSomos uma NaçãoSomos Nação Erê
Tocar pros maracatusÉ querer mostrar que a nossa culturaVai dar o que falar
Recife é cidade bonita e maravilhosaQue meu Deus criouÉ a terra formosa do toque Nagô
Olorum criou a terra e o mar – odataláOlorum criou a terra e o ar – orunmilá
Deu poderes para eles criaremUma NaçãoHarmonia é o que a gente se dá ao coração Conversavam e faziam oferta para os OrixásPediam proteção, descendência para continuar a lutaE dessa maneira, eles fortaleciam
Apesar dos castigos, senhorNação Erê chegouCandomblé era nagôEles eram negros na cor
Buda Nagôde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Parabolicamará, gravadora: ano: 1991
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Dorival é ímparDorival é parDorival é terra Dorival é mar
Dorival tá no péDorival tá na mãoDorival tá no céuDorival tá no chão
Dorival é belo Dorival é bomDorival é tudo Que estiver no tom
Dorival vai cantar Dorival em CDDorival vai sambarDorival na TV
Dorival é um Buda nagôFilho da casa real da inspiraçãoComo príncipe principiouA nova idade de ouro da cançãoMas um dia Xangô Deu-lhe a inspiraçãoLá na beira do mar (foi)Na praia de armação (não foi)Lá no jardim de AláLá no alto sertão ( foi não)Lá na mesa de um bar (foi)Dentro do coração
Dorival é EvaDorival é AdãoDorival é limaDorival limão
Dorival é a mãeDorival é paiDorival é o peão Balança mas não cai
Dorival é um monge chinêsNascido na Roma negra, SalvadorSe é que ele fez fortuna ele a fezApostando tudo na carta do amorAzes, damas e reisEle teve, e passouTeve o mundo aos seus pésEle viu nem ligouSeguidores fiéisE ele se adiantouSó levou seus pincéisA viola é uma flor
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Dorival é índioDesse que anda nu Que bebe garapaQue come beiju
Dorival no Japão Dorival samuraiDorival é a naçãoBalança mas não cai
Bumba my boyde: Nico Resende, May East: intérprete: May Eastdisco: Remota Batucada, gravadora: ano: 1985
Atravessei as Tordesilhas para encontrarO Tico-tico no fubáO Lampião de GásO bumba meu boiE o cruzeiro do sul
Fui convidada para uma festa brasileiraOnde o ritmo marcava toda a situaçãoEra para todos bandeirantes da naçãoEntro na roda onde tantos já se embalamTrazendo comigo uma nova sensação
E a roda a rodarRespiro fundoDou um gritoTomo meu lugar A cabeça a rodar e a cobra a m’enroscarSolto o corpo e a marambaia a me tomar
Atravessei as Tordesilhas...Trouxe comigo uma nova sensação A marambaiaPareça febre, sonho, ilusãoVocê quer sentir a marambaiaEspantar as saúvas Convoca a saúdeLevanta a cortinaSacode as lembrançasLembra do passadoDe perfeito e do futuroFui convidada para uma festa brasileira.Onde o ritmo marcava toda a situaçãoEra para todos bandeirantes da naçãoEntro na roda onde tantos já se embalamTrazendo comigo uma nova sensaçãoA marambaiaFebre, sonho, ilusão
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Visto a tanga e me lembro do lampiãoTomo um gole de cacau rascante m’emaranho no cipóMe perfumo, me imagino Yemanjá
Buzigim Folodóde: Dito: intérprete: Avatardisco: Avatar Lambadas, gravadora: ano: 1990
Buziguim Folodó é qualquer diabo que você disserBuziguim Folodó é qualquer diabo que você disser
Farofa de dendêGamela de abaráÉ malê de balêLevada de IjexáÉ coisa de comerÉ coisa de pensar
É coisa de beberÉ coisa de mexerÉ coisa de chorar
Buziguim FolodóÉ massa, é raça, é tanga, é muléBuziguim Folodó é pó, é poeira
É rapa, é rapé
É gozo, é bem quererÉ jeito de tocarÉ beijo e dá prazerManeira de amarÉ fogo pra queimarO peito de quem tem
É brasa, é asa, é dona da casaÉ pinga, é ginga, é bunda, é mandinga, é mangueÉ muzenza, é dengo, é neném
Bye bye Brasilde: Chico Buarque: intérprete: Chico Buarquedisco: Vida, gravadora: ano: 1980
Oi ,coraçãoNão dá pra falar muito nãoEspera passar o avião Assim que o inverno passar Eu acho que vou te buscar Aqui tá fazendo calor
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Deu pane no ventiladorJá tem fliperama em MacauTomei a costeira em Belém do ParáPuseram uma usina no marTalvez fique ruim pra pescarMeu amorNo Tocantins o chefe dos Parintintinsvidrou na minha calça Lee Eu vi uns patins prá você Eu vi um Brasil na tevêCapaz de cair um toró Estou me sentindo tão sóOh! tenha dó de mimPintou uma chance legal um lance lá na capital Nem tem que ter ginasialMeu amor No Tabaris o som é que nem os Bee Gees Dancei com uma dona infelizque tem um tufão nos quadris Tem um japonês atrás de mimEu vou dar um pulo em Manaus Aqui tá quarenta e dois graus O sol nunca mais vai se pôrEu tenho saudades da nossa cançãoSaudades de roça e sertãoBom mesmo é ter um caminhão Meu amor Baby bye, byeAbraços na mãe e no paiEu acho que vou desligarAs fichas já vão terminar Eu vou me mandar de trenó pra Rua do Sol, Maceió Peguei uma doença em IlhéusMas já estou quase bom Em março vou pro CearáCom a bênção do meu Orixá Eu acho bauxita por lá Meu amor Bye,bye BrasilA última ficha caiuEu penso em vocês night and day Explica que tá tudo OKEu só ando dentro da Lei Eu quero voltar podes crer Eu vi um Brasil na TVPeguei uma doença em BelémAgora já tá tudo bem Mas a ligação está no fimTem um japonês atrás de mim Aquela aquarela mudou Na estrada peguei uma corCapaz de cair um toró
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Estou me sentindo um jiló Eu tenho tesão é no marAssim que o inverno passar Bateu uma saudade de ti Estou a fim de encarar um siriCom a bênção do Nosso SenhorO sol nunca mais vai se pôr
Bye bye Brasilde: Roberto Menescal e Chico Buarque de Holanda: intérprete: Chico Buarque de Holandadisco: Vida, gravadora: ano: 1980
Oi ,coração Não dá pra falar muito não Espera passar o avião Assim que o inverno passar Eu acho que vou te buscar Aqui tá fazendo calor Deu pane no ventilador Já tem fliperama em Macau Tomei a costeira em Belém do Pará Puseram uma usina no mar Talvez fique ruim pra pescar Meu amor No Tocantins o chefe dos Parintintins vidrou na minha calça Lee Eu vi uns patins prá você Eu vi um Brasil na tevê Capaz de cair um toró Estou me sentindo tão só Oh! tenha dó de mim Pintou uma chance legal um lance lá na capital Nem tem que ter ginasial Meu amor No Tabaris o som é que nem os Bee Gees Dancei com uma dona infeliz que tem um tufão nos quadris Tem um japonês atrás de mim Eu vou dar um pulo em Manaus Aqui tá quarenta e dois graus O sol nunca mais vai se pôr Eu tenho saudades da nossa canção Saudades de roça e sertão Bom mesmo é ter um caminhão Meu amor Baby bye, bye Abraços na mãe e no pai Eu acho que vou desligar As fichas já vão terminar
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Eu vou me mandar de trenó pra Rua do Sol, Maceió Peguei uma doença em Ilhéus Mas já estou quase bom Em março vou pro Ceará Com a bênção do meu Orixá Eu acho bauxita por lá Meu amor Bye,bye Brasil A última ficha caiu Eu penso em vocês night and day Explica que tá tudo OK Eu só ando dentro da Lei eu quero voltar podes crer eu vi um Brasil na TV Peguei uma doença em Belém Agora já tá tudo bem Mas a ligação está no fim Tem um japonês atrás de mim Aquela aquarela mudou Na estrada peguei uma cor Capaz de cair um toró estou me sentindo um jiló Eu tenho tesão é no mar Assim que o inverno passar Bateu uma saudade de ti Estou a fim de encarar um siri Com a bênção do Nosso Senhor O sol nunca mais vai se pôr
Cabocla Juremade: Osny Silva, Clenilda Souza: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Cabocla, Cabocla JuremaVenha me protegerEu sofro tanto, guerreiraVenha me socorrer
Com sua força, JuremaEnfrento qualquer perigoNão tenho medo do abismoNem do maior inimigo
Eu terei penaEu terei penaCabocla JuremaQuando sua flecha for atirarE o inimigo você acertar
Cabocla Jurema/Xangô
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de: Arranjo e adaptação de Rosinha de Valença: intérprete: Rosinha de Valença, Miúchadisco: Cheiro de Mato, gravadora: ano: 1976
Cabocla seu penacho é verdeSeu penacho é verde da cor do marÉ a cor da cabocla JuremaÉ a cor da cabocla JuremaQuem rola pedra na pedreira é XangôQuem rola pedra na pedreira é Xangô
Caboclo do matode: João da Baiana, “Amor” Getúlio Marinho da Silva: intérprete: J. B. de Carvalho e Conjunto Gente de Casadisco: 78RPM, gravadora: ano: 1955
Caboclo do mato você come folha(Dindindim Aruanda)Caboclo do mato você não tem roupa(Dindindim Aruanda)Caboclo do mato você joga flecha(Dindindim Aruanda)Caboclo do mato olha nossa gente(Dindindim Aruanda)Caboclo do mato você come folha...
Caboclo do Matode: Ferdinando Jujuba: intérprete: Banda Coração Tribaldisco: , gravadora: ano: 1997
Caboclo no meio do matoCaboclo batendo tamborCaboclo bebendo na fonteNa beira do rio mergulhoSete Flechas como vaiVocê como vai?Não esquecereiDo caboclo da cor lilásNa América um cacique,Um negro rapazGritava aos deusesPedindo pela pazCaravela, caravela lilásCaravela, caravela !O carteiro entrega cartaToda semanaA madame respondeO meu telegrama
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Lavadeira lava roupaDo rei do sambaO delegado entoca A sua muamba Olha o bamba!Motorista leva o povoPro cajueiroCobrador cobraA passagem do passageiroPreto velhoBota fogo no fogareiroA bailarina se jogaPro garimpeiro No bar do grego,No bar do gregoDa janelaDo mocambo amaraNão dá bandeiraQue tu solta pipaSe teu pai sabeQue tu né moça maisÉ tanto pau,Tanto bater de ripaDjê rê rê rê rê patê lamberDjê rê rê rê rê BelémNas ladeiras do ParáBeba leite de moçaCaboclo do mato Feitiço do sapoFarinha do mesmo sacoCidade do caboO ano do ratoSorte pra todo ladoSegura o sopapoSegura o sopapo, iô iôSegura o sopapo,Segura o sopapoCaboclo chegouNa metrópoleCaboclo subiu no metrôCaboclo invadiu o cinemaE pela tela escapou
Cacuriáde: Domínio popular, Dona Teté: intérprete: Rosa Reisdisco: Rosa Reis, gravadora: ano: 1997
Sou eu rosa meninaDa folha da jussareiraDa folha do jussaralFui na praia pegar siriSiri me mordeu eu sacudi
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E os peixinhos da CamboaComeçaram a rirAtirei mas não mateiPassarinho de AngolaLá foi meu tiro perdidoGavião avoou e foi emboraAvoou, avoou avoou deixa voarNo galho da imbaúbaGavião totoriáSe eu soubesse que era assimAqui eu não tinha vindoEu tinha ficado em casaNa minha rede dormindoÔ manda bola rirÔ ribolaÔ mulata bonita, aiCadê teu varão, aiMe pega me beija, aiMe bota no chãoQuando eu tô com Dona TetéEu já tô com quem eu gostoTiro o côro de marotoMaroto não tira o nossoOlha lá Mestre FelipeMandai molhar minha gargantaEu sou como passarinhoQuanto mais bebo mais cantoEu sou, eu sô, eu sô,Eu sô jacaré poiôSacode o rabo jacaréEu sou jacaré poiô
Cada irmão (Raça e credo)de: Bob Marley (versão José Alexandre) : intérprete: Oswaldo Montenegrodisco: Vida de artista, gravadora: ano: 1991
Cada irmãoTodo irmãoDe cada credo e corDespertai!
Se cada irmãoSe todo irmãoSem preconceito de credo e corDespertar
Ganha clareza e força dos ElementosA força da chuva do vento e do solDiz o ditadoPior cego é aqueleQue não quer ver a um palmo esse Farol Eu digo pra vocês
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(refrão)Xangô, Oxossi, Santa Bárbara Valei-me com a sua cruz
Meu pai Oxalá, Jesus fora da cruzO negro no branco do olhoA pérola guiaE o mundo sem fronteiraComo Lennon nos diriaEu digo para vocês
Cadê vira-mundode: J. B. de Carvalho: intérprete: Conjunto Tupydisco: 78RPM, gravadora: ano:
Oh! Cadê vira-mundo, PembaTá na terreira. PembaCom seu (caboni/cambon/tamboni), PembaCriado no mato (coredô)Cadê meu mano catadôCadê esse caboclo ventaniaEsse caboclo é na folia
Carinha de preza na encruzilhada? de madrugada?, dendê, garapa amarela? ? numa panela
Cafiotode: “Amor” Getúlio Marinho da Silva: intérprete: (Antônio) Moreira da Silva com Gente do Amordisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1932
Gente, quando eu chego no ?Todo mundo quer saberMeu nomeÉ que no ?
Meu nome eu quero saraváNa minha CafiotoQuando quiserMinha Angola ma chama
????????????????????
Calungade: Perillo, C. Ribeiro, Brandão, Chaul: intérprete: Fernando Perillo
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disco: O outro lado da lua, gravadora: ano: 1987
A ilê lecoriôEsse canto d’AngolaVem da sede de viverVem das terras de além mar
Morena nagô andeiAndei na beira do marProcurando por vocêNessa África de cáA ilê
Aldeia de calungaDá licença de chegarMorena não resmungaQue é noite de luarO amor é brincadeiraNão me canso de brincarRemexe as cadeirasTira, põe, deixa ficar
No ceú de sua bocaQuero morrer de prazerFlor afro-brasileiraSeu perfume quero TerMostra o seu feitiçoE me diz cundarêMorena
Canção de Nanãde: Dorival Caymmi: intérprete: MPB4disco: Cicatrizes, gravadora: ano: 1972
Ê de noite éDe noite até de manhã iêOuvi cantar pra Nanã
Candeeiro encantadode: Lenine, Paulo César Pinheiro: intérprete: Leninedisco: O dia em que faremos contato, gravadora: ano: 1997
Lá no sertão cabra macho não ajoelha, Nem faz parelha com quem é de traição, Puxa o facão, risca o chão que sai centelha, Porque tem vez que só mesmo a lei do cão. É Lamp, é Lamp, é Lamp... É Lampião
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Meu candeeiro encantado... Enquanto a faca não sai toda vermelha, A cabroeira não dá sossego não, Revira bucho, estripa corno, corta orelha, Que nem já fez Virgulino, o Capitão. É Lamp, é Lamp, é Lamp...É Lampião Já foi-se o tempo do fuzil papo amarelo, Pra se bater com o poder lá do sertão, Mas Lampião disse que contra o flagelo, Tem que lutar de parableo na mão. É Lamp, é Lamp, é Lamp...É Lampião Falta o cristão Aprender com São Francisco, Falta tratar O Nordeste como o Sul, Falta outra vez Lampião, Trovão, Corisco, Falta feijão Invés de mandacaru, falei? Falta a nação Acender seu candeeiro, Faltam chegar Mais Gonzagas lá de Exu, Falta o Brasil De Jackson do Pandeiro, Maculêlê, Carimbó, Maracatu. É Lamp, é Lamp, é Lamp...É Lampião
Candidato Caô Caôde: Walter Meninão, Pedro Butina: intérprete: Bezerra da Silvadisco: Violência Gera Violência, gravadora: ano: 1988
Ele subiu o morro sem gravata dizendo que gostava da raçaFoi lá na vendinha bebeu cachaça, até bagulho fumouJantou no meu barracão, e lá usou lata de goiabada como pratoEu logo percebi: é mais um candidato para a próxima eleição(bis)
É, ele fez questão de beber água da chuvaFoi lá no terreiro pedir ajuda, e bateu cabeça no congáMas ele não se deu bem porque o guia que estava incorporado disse:"Esse político é safado. Cuidado na hora de votar!"Também disse:"Meu irmão se liga no que eu vou lhe dizer, hoje ele pede seu voto, amanhã manda a polícia lhe bater" (bis)
Canjiquinha quentede: Sinhô: intérprete: Rumo
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disco: Rumo aos antigos, gravadora: ano: 1981
Ioiô vai provarUm pinguinho só certo vai gostar desse meu ebó
É um pratinhoBem suculentoQue faz babarCanjiquinha quente, Ioiô(Tá quentinha)
E temperadaCom a simpatiaQue foi JesusQue ensinouSanta Bahia
(Prova Ioiô, uh... tá gostoso)Ioiô vai provarUm pinguinho sóCerto vai gostarDesse meu ebó
Ai deixa loucoSó de vontadeDe acabarCanjiquinha quente, Ioiô(Ai, tá quentinha)
Depois de provarIoiô vai dizerViva JasusQue ensinouSanta Bahia
(Quer vatapá? He, heTambém tem)
Cantiga de rodade: Nazareno, Aloísio, Pena Brnaca: intérprete: Nazarenodisco: Nazareno, gravadora: ano: 1978
Nessa roda quero ver sambarNesse embalo que Iôiô mandouCapoeira quero ver irscarPeito aberto pra cantar...Muita areia pra Iáiá pisarFaixa branca de luarMil estrelas pra te enfeitarNessa festa de IemanjáSalvando os Saravas
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Terreiro de Orixás...
Canto à Iemanjáde: Marquinhos, Jurandir: intérprete: Olodumdisco: Da Atlântida à Bahia o Mar é o Caminho, gravadora: ano: 1991
A lendária mãe das águas, mãeNos revela que fugiuAs suas histórias e divindadesVem de Cuba a Brasil (bis)
Fugindo de Olofim, Ifé, IféLevada para Okum, o mar, o marNas águas de um rio que surgiu (bis)
E chega janeiro e fevereiroÉ dia de festa no marOh! reme o barco pescadorO teu axé vamos levar (bis)
OdoiáOdo, OdoiáO meu canto maiorPra rainha do mar (bis)
Canto ao Pescadorde: Jaupery, Pierre Onassis: intérprete: Olodumdisco: Da Atlântida à Bahia o Mar é o Caminho, gravadora: ano: 1991
Jogou sua rede, oh pescadorSe encantou com a beleza desse lindo marÉ dois de fevereiro, dia de IemanjáLevo-te oferendas para lhe ofertarSem idolatria o Olodum seguiráComo dizia Caymmi, insigne o homem cantando a encantar:
"Minha jangada vai sair pro marVou trabalhar meu bem querer"
Sei que o mar da história é agitadoÉ o Olodum a onda que viráEm forma de dilúvio vem me despertar... amorEm forma de dilúvio vem exterminarCom seqüelas racistas e trazendo ideais de amor e paz (bis)
Oloxum, Inaê, JanaínaMarabô, laiala, SobáViaja... viaja e se baila e me leva OlodumEm sua onda que eu quero ir
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Olodum, navio negreiro atracou em SalvadorTrouxe música emitindo ideais da negra cor (bis)E hoje exalta o mar condutor da embarcação (bis)
Canto ao pescadorde: Jauperi, Pierre Onássis: intérprete: Banda Cheiro de Amordisco: É o ouro, gravadora: ano: 1991
Jogou sua rede ô pescadorSe encantou com a beleza desse lindo marÉ dois de fevereiro, dia de YemanjáLevo-te oferendas para lhe ofertarE sem idolatria o Olodum seguiráComo dizia Caymmi, insigne o hoeme cantando a encantar
“Minha jangada vai sair pro marvou trabalhar, meu bem querer”
sei que o mar da história é agitadoé o Olodum a onda que viráem forma de dilúvio vem me despertar... amorem forma de dilúvio vem exterminarcom seqüelas racistas e trazendo ideais de amor e pazcom seqüelas racistas e trazendo ideaisOloxum, Inaê, JanaínaMarabô, Caiala, SobaViaja... viaja e se baila, me leva OlodumEm sua onda eu quero irOlodum, navio negrieo, atracou em Salvadortrouxe a música emitindo ideais da negra core hoje exalta o mar condutor da embarcação
Canto das Três Raçasde: Mauro Duarte, Paulo César Pinheiro: intérprete: Clara Nunesdisco: Canto das Três Raças, gravadora: ano: 1976
Ninguém ouviuUm soluçar de dorNo canto do BrasilUm lamento triste sempre ecoou
Desde que o índio guerreiroFoi pro cativeiroE de lá cantouNegro entoouUm canto de revolta pelos aresDo Quilombo dos PalmaresOnde se refugiou
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Fora a luta dos InconfidentesPela quebra das correntesNada adiantouE de guerra em paz, de paz em guerraTodo o povo dessa terraQuando pode cantar, canta de dorE ecoa noite e dia É ensurdecedorAi, mas que agoniaO canto do trabalhadorEsse canto que deviaSer um canto de alegriaSoa apenas como um soluçar de dor
Canto de Iemanjáde: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Baden Powell, Vinícius de Moraesdisco: Os afro-sambas, gravadora: ano: 1966
Iemanjá...Iemanjá é dona Janaína que vem Iemanjá é muita tristeza que vem
Vem do luar do céu E no luar do mar Coberto de flor É o templo de Iemanjá
Iemanjá a cantarE assim me dáNa lua triste no céuE alguém triste no mar
Se você quiser amar Se você quiser amorVem comigo a SalvadorPara ouvir Iemanjá a cantar
A cantar na maré que vaiE na maré que vemDo fim mais no fim O fim bem mais alémDo que o fim do marBem mais além
Canto de Nanãde: Dorival Caymmi: intérprete: MPB4disco: Songbook Dorival Caymmi, gravadora: ano: 1993
É de noite, ê
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De noite, até de manhãIêOuvir cantar pra Nanã
Canto de Obáde: Dorival Caymmi, Jorge Amado: intérprete: Alcionedisco: Songbook Dorival Caymmi, gravadora: ano: 1993
Meu pai XangôÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu pai
Protege teu filho Obá de XangôSeu Obá OtumOnikoyiQue tanto precisaPrecisa de tiPro canto comporPra canto cantarO canto em louvorDas graças da florDa terra, do povo e do mar da Bahia
Meu pai XangôÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu pai
Protege teu filhoTeu filho CaymmiDorival ObáOnikoyiE Stella CaymmiA mãe de DoriDe Nana e DaniloÉ musa e mulherÉ amor e amigaStella estrelaDa minha cantiga amor recebi, ai!
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Por ser teu ObáOnikoyiPor não merecer, ser merecedorDe tanta Stella, estrela de amor, ai
Meu pai XangôÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu paiÉ meu pai XangôÉ meu pai
Canto de Ogumde: Gutto Guitar: intérprete: Banda Meldisco: Negra, gravadora: ano: 1991
Ogum levantou sua espada de fogo na beira da estradaÉ festa de reggae, lá no PelourinhoEu vim te chamar pra cair no swingue dessa levadaSambando no reggae, fazendo denguinho (bis)
Eu sou nativo da ilha, de Gameleira, sem eira nem beira, não há bobeiraSegura na saia menina, pra não dar bandeira (bis)
Caia na gandaia, caia na garoaVou fazer seu batizado lá na praia da GamboaCapoeira de angola não se ginga à toa
Quem mergulha no mar, no mar da BahiaLeva o axé de Iemanjá, sua estrela guia (bis)
Canto de Ossanhade: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Elis Reginadisco: Dois na bossa número dois, gravadora: ano: 1966
O homem que diz dou não dáPorque quem dá mesmo não dizO homem que diz vou não vaiPorque quando foi já não quisO homem que diz sou não éPorque quem é mesmo é não souCoitado do homem que caiNo canto de Ossanha traidorCoitado do homem que vaiAtrás de mandinga de amorVai vai vai, não vou
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Vai vai vai, não vouNão vou, eu não sou ninguém de irEm conversa de esquecerA tristeza de um amor que passouNão, eu só vou se for pra verUma estrela aparecerNa manhã de um novo amorAmigo, senhor saravá!Xangô me mandou lhe dizerSe é canto de Ossanha não váQue muito vai se arrependerPergunte ao seu orixáAmor só é bom se doerVai vai
Canto de Oxalufãde: Toquinho, Vinícius de Moraes: intérprete: Toquinho, Vinícius de Moraes, Marília Medalhadisco: São demais os perigos desta vida, gravadora: ano: 1972
Você que sabe demaisMeu Pai mandou lhe dizerQue o tempo tudo desfazA morte nunca estudouE a vida não sabe lerVocê quem sabe demaisMas que não sabe viverResponda, se for capazNa vida, quem sabe mais?Na morte, quem quer saber?
Canto de Xangôde: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Baden Powell, Vinícius de Moraesdisco: Os afro-sambas, gravadora: ano: 1966
Eu vim de bem longeEu vim, nem sei mais de onde é que eu vimSou filho de rei, muito luteiPra ser o que eu souEu sou negro de corMas tudo é só amorEm mimTudo é só amor pra mimXangô Agodô
Hoje é tempo de amorHoje é tempo de dor em mimXangô Agodô
Salve Xangô meu rei, senhor
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Salve meu orixáEm 7 cores do amor7 dias para a gente amar
Mas amar é sofrerMas amar é morrer de dorXangô meu senhor, saraváMe faça sofrer, mas me faça morrer Mas me faça morrer de amarXangô meu senhor, saravá!Xangô Agodô
Canto do Caboclo Pedra Pretade: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Baden Powell, Vinícius de Moraesdisco: Os afro-sambas, gravadora: ano: 1966
Alô pandeiroAlô viola
Pandeiro não quer que eu sambe aquiViola não quer que eu vá me embora
Alô pandeiroAlô viola
Pandeiro quando toca faz Pedra Preta chegarViola quando toca faz Pedra Preta sambar
O pandeiro diz Pedra Preta não sambe aqui nãoA viola diz Pedra Preta não sai daqui não
Pedra Preta diz pandeiro tem que pandeirarPedra Preta diz viola tem que violar
O galo no terreiro fora de hora cantouPandeiro foi simbora e Pedra Preta gritou
Alô pandeiroAlô viola...
Canto e danço pra curarde: Mateus, Dadinho: intérprete: Os Tincoãsdisco: O Africanto dos Tincoãs, gravadora: ano: 1975
Eu estou aquiVocê mandou chamarAgora vai ouvirEu cantando pra curar
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Eu sou juremeia, só bebo jureimarSou forte curandeiroAruanda eu vim cá
Meu canto é forçaMeu dançar, magiaVocê me confiaNinguém pode derrubar
Canto pro marde: Carlinhos Brown: intérprete: Timbaladadisco: Dance, gravadora: ano: 1995
Vou na Timbalada, OyáCanto pro mar, mar, mar, marEu canto pra luaPorque amo a luaAi que lua, ai que luaEu canto pra terraPorque amo a terraAi que terra, ai que terra
Vou na Timbalada, OyáCanto pro ar, ar, ar, arEu canto pro ventoPorque amo o ventoAi, que vento, ai, que ventoEu canto pra elaPorque amo elaAi, que ela, ai que elaEu canto pra ruaPorque amo a ruaAi, que rua, ai, que rua
Trago flor no jarro pra saudarDepois eu vou jamaisAgora eu vou lavarAgora eu vou levar
Cantos d`Oxaláde: Pedro Barroso: intérprete: Pedro Barrosodisco: Cantos d`Oxalá, gravadora: ano: 1996
Tem dias que nem seiSe vale a pena verPra lá do que acontecePra lá do querer saberE o canto já lá vemE arrisca-se um poema
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Que a motra de cantarÀs vezes é uma algemaE vem o vento e dáE vem a sorte e tiraSão cantos de OxaláLutando com a mentiraHouvera que encontrarUm mundo de mudançaMas não sei em que marNavega tal distânciaHouvera que encontrarUm mundo de lonjuraMas não sei em que marNavega tal ?E vem o vento e dáE vem a sorte e tiraSão cantos de OxaláLutando com a mentiraE um dia inda há de haverSentido vulto e grandeO povo que se querE bailaremos ambosE os ídolos do tempoO tempo apodreceQuem vive para o futuroNão cansa e nunca esqueceE vem o vento e dáE vem a sorte e tiraSão cantos de OxaláLutando com a mentira
Capaxá de umbandade: Sussu: intérprete: Conjunto Stardisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1950
Quem rola pedraNa pedreira é Xangô
Vivô, o capaxá de umbandaVivô, o dono da pedreiraVivô, o rei de AruandaVivô
Vivô, o capaxá de umbandaVivôVivô pra saraváNosso pai Xangô
Quem é o rei de umbanda?Quem é que pensa e demanda?Quem é o dono da pedra?É Xangô
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Capoeirade: Walter Tourinho, Guará, J.B. de Carvalho: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, Canjerê, Candomblé, gravadora: ano: 1961
Capoeira toma sentidoCapoeira toma sentidoQue eu vou lhe derrubarQue eu vou lhe derrubar
Pus é de freguesiaE acabei com a valentiaDo malandro do lugarVocê veste calça brancaMas vou lhe desenganarVocê veste calça brancaMas vou lhe desenganar
Eu sou filho de umbandaMeu avô era pajéTenho sangue de guerreiroNem você não pode sequerVou dar um rabo-de-arraiaPra você ver comjo éVou dar um rabo-de-arraiaPra você ver como é
Capoeirade: Walter Tourinho, Guará e J.B. de Carvalho: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
Capoeira, toma sentidoCapoeira, toma sentidoQue eu vou lhe derrubarQue eu vou lhe derrubar
Pus é de freguesiaE acabei com a valentiaDo malandro do lugarVocê veste calça brancaMas vou lhe desenganarVocê veste calça brancaMas vou lhe desenganar
Eu sou filho de umbandaMeu avô era pajéTenho sangue de guerreiroNem você não pode sequerVou dar um rabo de arraia
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Pra você ver como é Vou dar um rabo de arraiaPra você ver como é
Cara Caramba (Sou Camaleão)de: Bell Marques, Wadinho Marques, Marquinhos, Pierre Onássis, Germano Meneguel: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Chiclete com Banana, gravadora: ano: 1992
Cara, caramba cara caraôCara, caramba cara caraôVem viver o verãoVem curtir SalvadorEu sou camaleãoHoje eu sou seu amorNão tem cara metadeCaramba que dengo de amorÉs dona da minha vontadeEu mudo de jeito e de corTe toco, te abraço, te prendoNos raios do solMisturo o futuro e o presenteAgora eu vou lá prá o FarolSem essa de cara ou coroaCaramba sou camaleãoO amor Oxalá abençôaTá combinado entãoTeu corpo é mar eu navegoNo jeito do coraçãoAs ondas percorrem teu viçoNo brilho desse verãoCara, caramba, cara carãoCara, caramba, cara carãoVem viver o verãoVem curtir SalvadorEu sou camaleão Hoje eu sou seu amorÉ de cama camáÉ de camaleô aiaiaiÉ de camaleô aiaiaiÉ de camaleão
Cara caramba sou camaleãode: Bell Marques, Waldinho Marques, Marquinhos, Pierre Onásis, Germano Meneguel: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Chiclete com Banana, gravadora: ano: 1992
Cara caramba, cara caraôCara caramba, cara caraô
Vem viver o verão vem curtir Salvador
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Eu sou camaleãoHoje eu sou seu amor
Não tem cara metadeCaramba que dengo de amorÉs dona da minha vontadeEu mudo de jeito e de cor
Te toco, te abraço, te prendo,Nos raios de solMisturo o futuro e o presenteAgora vou lá pra o Farol
Sem essa cara ou coroaCaramba sou camaleãoO amor Oxalá abençoaTá combinado então
Teu corpo é mar eu navegoNo jeito do coraçãoAs ondas percorrem teu viçoNo brilho desse verão
Cara caramba, cara carão
Vem viver o verão...
É de cama camáÉ de camaleô aiaiaiÉ de camaleô aiaiaiÉ do camaleão
Carga de Burrode: J. B. da Silva: intérprete: J. B. da Silvadisco: 78RPM, gravadora: ano: 1929
Eu tenho um burroQue me deram na BahiaNum candombléQue se rezava noite e dia
Deus fez o homemE disse num sussurro:"Tu serás burro de cargaE a mulher carga de burro"
Não adiantaO homem se esconderQuando a hora é chegadaO burro cansa sem querer
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Carga de Burrode: : intérprete: J. B. da Silvadisco: , gravadora: ano: 1929
Eu tenho um burroQue me deram na BahiaNum candombléQue se rezava noite e dia
Deus fez o homemE disse num sussurro:"Tu serás burro de cargaE a mulher carga de burro"
Não adiantaO homem se esconderQuando a hora é chegadaO burro cansa sem querer
Cargueirode: Mário Gil, Paulo César Pinheiro: intérprete: Mário Gildisco: Cantos do Mar, gravadora: ano: 1997
Leva amarela, veleiro, flutua no marPano de velas de estrelas, lanternas do marLança do bico da proa um cordão de luarE amarra a minha canoa que eu quero embarcarCasco de veleiroVento vai riscarO meu nome inteiroSou mais marinheiroDo céu que do marBarco de São JorgeQuero navegarE que Ogum me forgeCom a prata do alforgeO meu patuáLua que traz na maré que Deus dáOs versos do meu cantarLua que leva a dor do meu olharCargueiro do meu penar
Caruru com vatapáde: Paulinho do Reggae, Gilberto Timbaleiro: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu Dez, gravadora: ano: 1995
Eu peguei uma carona
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Numa trilha cheia de amorEu pensei que era mesmoUma viagem a SalvadorTerra de Todos os SantosQue o Senhor abençoouA levada deuCaruru com vatapáE água de cheiroDe presente a IemajáEu subo e desçoViajando sem pararVou de caronaAté onde te encontrarMeu santo é forteMe ajuda a navegarSó Deus quem sabeOnde é que eu vou parar
Casa de bambade: Martinho da Vila: intérprete: Martinho da Viladisco: Martinho da Vila, gravadora: ano: 1969
Na minha casa todo mundo é bambaTodo mundo bebe, todo mundo sambaNa minha casa não tem bola pra vizinhaNão se fala do alheio nem se liga pra Candinha
Na minha casa ninguém liga pra intrigaTodo mundo xinga, todo mundo brigaMacumba lá na minha casaTem galinha preta azeite de dendêUma ladainha, lá na minha casaTem reza bonitinha e canjiquinha pra comer
Se tem alguém aflitoTodo mundo chora , todo mundo sofreMas logo se reza pra São BeneditoPra Nossa senhora e pra Santo OnofreMas se tem alguém cantandoTodo mundo canta, todo mundo dançaTodo mundo samba e ninguém se cansaOi, minha casa é casa de bamba
Casa de bambade: Martinho da Vila: intérprete: Martinho da Viladisco: História da MPB: Martinho da Vila, gravadora: ano: 1983
Na minha casa todo mundo é bambaTodo mundo bebe, todo mundo samba
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Não se fala do alheio nem se liga pra Candinha
Na minha casa ninguém liga pra intrigaTodo mundo xinga, todo mundo brigaMacumba lá na minha casaTem galinha preta, azeite de dendêUma ladainha lá na minha casaTem reza bonitinhaE canjiquinha pra comerSe tem alguém aflitoTodo mundo chora, todo mundo sofreMas logo se reza pra São BeneditoPra Nossa SenhoraE pra STAnto OnofreMas se tem alguém cantandoTodo mundo canta, todo mundo dançaTodo mundo samba E ninguém se cansaOi, minha casa é casa de bamba
Macumba lá na minha casa
Catendêde: Jocafi, Onias Camardelli, Ildazio Tavares: intérprete: Grupo Zambodisco: Bahia, Grupo Zambo, gravadora: ano: 1976
Ê luandê, catendê (ladejina)
Ei lá, ei láMaré brava, maré mansaEi lá, ei láFoi na quilha da esperança
Ê luandê, catendê (ladejina)
Catendê (louvação à Ossain)de: Jocafi, Ildazio Tavares, Onias Camardelli: intérprete: Maria Creuza, Toquinho, Vinícius de Moraisdisco: Maria Creuza, Toquinho e Vinícius, gravadora: ano: 1972
Meu Catendê dilá diginaLuandê, meu Catendê
Varre a voz o vendavalPerdido no céu de espantoE o barco fere a distânciaNo disparo da inconstânciaMe encontrei sem esperar
Quanto mais o tempo avança
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Mais me perco neste marE no rumo do segredo Caminhei todo o caminho
Hei lá, hei láMaré brava, maré mansaHei lá, hei lá, hei láVou na trilha da esperançaHei lá, hei láVou no passo da alvoradaHei lá, hei lá, hei láMar, amor e namorada
De segredo e de procuraFiz do medo meu amigoE de força sempre puraO meu canto se encontrouHei lá, hei lá
E no fim da jornadaHei lá, hei láVi meu canto crescerHá tanto escuro na estradaEsperando o sol nascerHei lá, hei lá
Vou cantar pela vidaHei lá, hei láO meu canto de amorHá tanta dor escondidaTanto canto sem cantor
Cavaleiro de Aruandade: Tony Osanah: intérprete: Ronnie Vondisco: A popularidade de Ronnie Von, gravadora: ano: 1970c
Quem é o cavaleiro Que vem lá de AruandaÉ Oxóssi em seu cavalo Com seu chapéu de banda
Quem é esse caciqueGlorioso e guerreiroVem montado em seu cavaloDescer no meu terreiro
Vem de Aruanda uêVem de Aruanda uáVem de Aruanda uêVem de Aruanda auê
Ele é filho do verde
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Ele é filho da mataSaravá Nossa SenhoraA sua flecha mata
Vem de Aruanda uêVem de Aruanda uáVem de Aruanda uêVem de Aruanda auê
Quem é o cavaleiro Que vem lá de AruandaÉ Oxóssi em seu cavalo Com seu chapéu de banda
Vem de Aruanda uêVem de Aruanda uáVem de Aruanda uêVem de Aruanda auê
Cavaleiro de Jorgede: Caetano Veloso: intérprete: Caetano Velosodisco: Cores, nomes, gravadora: ano: 1982
Cavaleiro de Jorge seu chapéu azulCruzeiro do sul no peitoCavaleiro de Jorge sem medo nenhumO número umDireitoSempre firme sobre o cavalo impávido-turquesaEstrada ou mesa de barSempre mil pavões-forças de beleza pura e simplesComo uma onda no marCavaleiro de JorgePotência de amarSenhor do lugar inteiro
Caxambu IIde: Bidubi do Tuiti, Jorge Neguinho, Elcio do Pazote, Zé Lobo: intérprete: Beth Carvalhodisco: Beth, gravadora: ano: 1986
Jongo é caxambuDesengoma e vem pra rodaDançam velhos e meninosCaxambu agora é modaNa palma da mão até o dia clarearOs tambores estão batendoSaravá, saravá, saravá
Genipapo caiu de maduro
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Sete juntas de boi sumiramNo clarão da noite Eu vi, o vento soprouLá se foi meu candieiroFoi jongo quem mandou
Jongo é caxambu...
A vovó sempre diziaMeu filho, traz “que incha” pra mimPra rodar a noite inteiraHoje o jongo vai levantar poeiraEu quebrei o pauNa chácara da Tia MariaCasca de pau choravaMiolo de pau gemia
Caymmi mostra ao mundo o que a Bahia e a Mangueira têmde: Ivo Meirelles, Paulinho, Leila: intérprete: Agepêdisco: Agepê, gravadora: ano: 1990
Mangueira vê no céu dos orixásO horizonte rosa no verde do marA alvorada veste a fantasiaPra exaltar Caymmi e a velhaBahia – ô ô ô
Quanto esplendorNas igrejas soam hinos de louvorE pelos terreiros de magiaO ecoar anuncia o novo dia
Nessa terra fascinanteA capoeira foi morarO mundo se encantaCom as cantigas que fazem sonhar! (lua cheia)
Lua cheia, leva as jangadas pro marOh! Sereia como é belo o seu cantarDas estrelas, a mais lindaa tá no Gantois
Mangueira berço do sambaCaymmi a inspiraçãoQue mora no meu coração
Bahia terra sagradaIemanjá e IansãMangueira super-campeã
Tem xinxim e acarajáTamborim e samba no pé
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Celacanto e Lerfamude: Gereba, Capenga, Patinhas: intérprete: Bendegodisco: Bendego, gravadora: ano: 1979
Celacanto e o alucinante LerfamuPerdigoto e o gostoso AndarjuSe juntaram pois sacaram que Cocrátes‘Tava doido e queria destruir o país do Uirapurunem de longe foram lá nas faculdadesnem quiseram bater papo com os mongesse picaram pra mais alto que o planaltodonde a fera do futuro inda preparava o saltoCocrátes já tinha um belo escreteonze bombas de megatons de chicletesjá roubara todo o ar da Amazôniatodo dinheiro paulista e a força fome dos nortistasAcalanto partiu lá do Nordesteda taba dos índios mais agrestesarmou-se com os achés dos candomblése com loucos capoeiras que nem usavam os pésLermafu com o furor de um tufãofoi levado por mulheres em legiãoque faziam amor e guerra com amore noite após noite, davam luz a um novo lampiãopor milagre, por azar ou que quiserfoi de novo igual a Itararépois Cocrátes, megatons e comilõesMorreram de medo e sede lá nos confins do Sertão
Cenário da Culturade: João Limoeiro: intérprete: João Limoeirodisco: Maracatu Atômico, gravadora: ano: 2000
Eu num sou Zé GaldinoNem sou um Roque Vieira
Não sou um João BananeiraPoeta bom se controlaSou Pelé jogando bolaNa seleção brasileira
Sou poeta encantadoLá no nosso interior
Eu também sou criadorCom bengala, com apitoÉ tanto samba bonitoQue o tempo muda de cor
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Mestre tem que respeitarO grande João Limoeiro
Tem nome de pioneiroNunca gostou de façanhaOu canta muito ou apanhaOu desocupa o terreiro
Mestre fraco em minha frente Para mim não dá um olho
Eu vou deixá-lo zanolhoEu vou batê-lo uma cunhaEu vou matá-lo na unhaComo quem mata piolho
Fazendo verso bonitoNum tá como eu quero ainda
A minha voz é infindaCantando MaracatuEu só respeito SalúDa cidade de Olinda
Chamas ardentesde: Ademário: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu, gravadora: ano: 1987
No fogo que queimaDefine-se um bravo guerreiroQue na históriaFoi o quarto rei de OyóSupremo AlafimUm homem forte e justiceiroQue em Oyó estabeleceu seu reinoAra são povosQue de Ketu vêm saudarComo a chama ardenteA justiça vem mostrarChamas que de um simples canto entoouE o fogo da justiça se inflamouE meu povo cantou Ara Ketu é o fogo da justiça Ê aê aêÉ como a chama ardente justificaAra Ketu é o fogo da justiçaAra KetuPovo da justiçaAra KetuPovo da justiça
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Chame gentede: Armandinho, Moraes Moreira: intérprete: Dodô e Osmar, Armandinhodisco: Chame Gente, gravadora: ano: 1985
Ah! Imagina sóQue loucura, essa misturaAlegria é um estado Que chamamos BahiaDe todos os santosEncantos e axéSagrado e profanoO baiano é carnaval!No corredor da históriaVitória, LapinhaCaminho de areiaPelas vias, pelas veiasEscorre o sangue e o vinhoPelo mangue e PelourinhoÀ pé ou de caminhãoNão pode faltar a féO carnaval vai passarNa Sé ou no Campo GrandeSomos os Filhos de GandhyDe Dodô e OsmarPor isso chame-chame-chameChame genteE a gente se completaEnchendo de alegriaA praça e o poeta
Chão mineirode: Oswaldinho da Cuíca, Elisbão Penteado: intérprete: Tobiasdisco: Tobias, gravadora: ano: 1989
Calango, calango ê ê êCalango aNo balnço do calangoPoeira vai levantar
No ponteio da violaNo grito do calangueiroEntra a morena na dançaNa batida o candongueiroOi, lá vem o boi malhadoEsse boi é mandingueiroVou tirar o couro deleE mandar pro curimbeiro
O calango é som rural Ta no sangue é vrasileiro
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No compasso do calangoVou cantar pro mundo inteiroCalangueia em São PauloE no Rio de JaneiroÉ semente é raizQue brotou no chão mineiro
Charéude: Celso Bahia: intérprete: Celso Bahiadisco: Dois neguinhos, gravadora: ano: 1988
Quando eu vim da BahiaEu trouxe um presente de láO meu patuá, êO meu patuá, ê
Fui pra magia, pedir uma guiaPra meu orixá, êPra meu orixá, êPra meu orixá, ê
Ele falouCheréu tá no marCheréu tá no marCheréu pescadorCheréu pescador
Mãe Menininha é moçaBonita lá do Gantois, êLá do Gantois, ê lá do Gantois, êOxum com bondade te mostreA verdade te faça brilhar êTe faça brilhar, êTe faça brilhar, ê
Cheréu tá no marCheréu tá no marCheréu pescador
Chiclete Chopp Com Banana (Guns N` Roses)de: Bell Marques, Thiago da Bahia: intérprete: Chiclete com Bananadisco: É Festa, gravadora: ano: 1990
Entre o vai e vem que rolaMuita pedra vai rolarFaço samba com teu cheiroE me calo pra te amarDe janeiro a janeiroQuebra côco quebra mar
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Vou rezar lá no terreiroE fevereiro te encontrarVocê gosta do Guns N`RosesEu gosto do Ilê AyêChiclete chopp com bananaEm copacabana vou amar vocêVocê gosta do CaetanoEu gosto do Gilberto GilVocê gosta da TimbaladaMas eu pego um baba na Boca do RioVambora imbora que a carona já chegaVem nesse toque que é de felicidadeVamos simbora, vem comigo, vem agoraEntão vem, depois é muito tardeÊ ê ê, dança aíQue eu quero verFaço samba com teu cheiroE me calo pra te amarVou rezar lá no terreiroPra fevereiro te encontrarVocê gosta do Elvis PresleyEu gosto mesmo é do FalcãoVira volta, volta vira e mexePega, deita e rola no camaleãoO rock do Barão é popPop mesmo é eu te amarSe você gosta do Filhos de GandhyEu gosto de Armandinho, Dodô e Osmar
Ciranda do marde: Roberto Andrade, Waltinho: intérprete: Banda de pau e cordadisco: Vivência, gravadora: ano: 1973
Uma ciranda de marEu vou fazer contigoOh pescadorA vela que longe passaNo horizonte a barcaçaConvidou-me a cantarEsta canção
Pescador das praias do nortePescador tão forteSegue a velejarManhãs tão clarasE noites escuras Risos, amargurasTens pra contar
Quando a lua é cheiaTodo o mar prateiaE as ondas quebram
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Na branca areiaOh! Pescador que estáEm alto marReza a tua precePara Iemanjá
Boa pescariaRiso alegriaVento bom p’rá velaCalma p’rá sonharNa praia amenaO espera MariaA bela morenaFeita para amar
Clareoude: Ivan Lins, Vitor Martins: intérprete: Banda Meldisco: Negra, gravadora: ano: 1991
Clareou, relampejavaO tambor anunciava, por raios e trovões, pro jovem rei nagô
Xequerê e atabaques, e o xerê que bate e bate Pro, pro irmão mais novo de Obaluaiê
O semblante do guerreiro era o desespero de IansãAlma, berrante, linda, negra(3x)
Clementina, cadê você?de: Elton Medeiros: intérprete: Clementina de Jesus, Grupo Rosa de Ourodisco: Rosa de Ouro, volume 1, gravadora: ano: 1965
Clementina, cadê você?Cadê você, cadê você?
Foi peixeira ela na rodaDo famoso CartolinhasJá brilhou nos CaxambusE hoje, aqui, ela é rainha
Clementina, cadê você?Cadê você, cadê você?
Estrela D’Alva no céuParece estar anunciandoClementina de Jesus Nesta roda vem chegando
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Clementina, cadê você?Cadê você, cadê você?
Suas vendas e brantadosJá viraram tradiçãoOs seus banzus e quebrantosQuero ver todos no chão
Clementina, cadê você?Cadê você, cadê você?
O partido é de fatoUma grande epopéiaDaqui a pouco ClementinaVai fazer prosopopéia
Clementina, cadê você?Cadê você, cadê você?
Clementina de JesusÉ de fato partideiraTira verso improvisadoNuma roda de primeira
Clementina, cadê você?Cadê você, cadê você?
Coisa de coraçãode: Jonny, Rubinho: intérprete: Guadalupedisco: Me faz bem, gravadora: ano: 1989
Seguindo esse caminhoCumprindo esse destinoAndando por aí eu vouPor entre pedras e espinhosEm busca de carinhoCantando por um novo amor
Que seja sensualAmante e coisa e talNo peito um bouquet em florQue tenha a paz dos orixásCoisas transcedentaisUm universo de amor
São essas coisas da vidaQue não têm explicaçõAmar é uma coisa tão simples Que pinta sem motivação apenas o estalo aconteceE vira coisa de coração
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Coisa feitade: João Bosco, Aldir Blanc, Paulo Emílio: intérprete: João Boscodisco: Comissão de frente, gravadora: ano: 1982
Sou bem mulherDe pegar macho pelo péReencarnação da princesa do DaoméEu sou marfimLá das minas do SalomãoMe esparramo em mimLua cheia sobre o carvão
Um mulherão balagandão,Cerâmica e sisalLíngua assimA conta certa entre a baunilha e o salFogão de lenhaGarrafa de areia coloridaPedra sabãoPeneira e água boa de moringa
Sou de arrancar couroDe farejar duroPrincesa do DaoméSou coisa feitaSe o malandro se aconchegarVai morrer na esteiraMaré sonsa de PaquetáSou coisa bentaSe provar do meu aluáBebe o Pólo NorteBem tirado do samovar
Neguinho assim, ó!Já escreveu atrás do caminhão"A mulher que não se esqueceÉ lá do Daomé"Faço mandingaCom as cinzasDeixo birutaLélé da cuca, zuretão, ranzinza
Pra não ficar boboMelhor fugir logoSou de pegar pelo péSou avatar, VuduSou de botar fogoPrincesa de Daomé
Coisa feitade: João Bosco, Aldir Blanc, Paulo Emílio: intérprete: Simone
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disco: Delírios delícias, gravadora: ano: 1983
Sou bem mulherDe pegar macho pelo péReencarnaçãoDa princesa do DaoméEu sou marfimLá das minas do SalomãoMe esparramo em mimLua cheia sobre o carvão
Um mulherãoBalangandãsCerâmica e sisalLíngua assimA conta certa entreA baunilha e o salFogão de lenhaGarrafa de areia coloridaPedra sabãoPeneira e água boaDe moringaSou de arrancar couroDe farejar duroPrincesa do DaoméSou coisa feitaSo o malandro se aconchegarVai morrer na esteiraMaré sonsa de PaquetáSou coisa bentaSe provar do meu aluáBebe o Pólo NorteBem tirado do damovar
Neguinho assim ó!Já escreveu atrásDo caminhãoÄ mulher que nãoSe esqueceÉ lá do DaoméFaço mandingaFecho os caminhosCom as cinzasDeixo birutaLelé da cuca, zuretãoRanzinza
Pra não ficar boboMelhor fugir logoSou de pegar pelo péSou avatar, vudúSou de botar fogoPrincesa do Daomé
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Coisas da Portelade: Agepê, Canarinho: intérprete: Agepêdisco: Mistura Brasileira, gravadora: ano: 1984
Ê saruê, ehê saruêObadalá, dilê aiêAuê
Auê de fantasiaSolidão de areia desse marLi no livro ? da alegriaCoisas da Portela E vou contar
Oh, BahiaBahia foi OraniãQuem ?Tem Paulo da PortelaA mão negra na tramelaNosso samba começouE a lua cheiaFez candeiaOxóssi meu terreiro iluminouNa roda dos 25Nanã foi reiSe é pra brincar eu brincoMeu amor, brinquei
Estrela brancaOh, estrela brancaVem, semeiaSeu brilho na manhãClara guerreira clareiaCom a claridade de IansãE com seus balangandansOh, bela OyáMeu ? de areia dizOyáOh, belaQue a Portela é meu sambaÉ meu cantarFaz meu povo mais feliz
Coisas do marde: Mauro Diniz, Ratinho: intérprete: Agepêdisco: Cultura Popular, gravadora: ano: 1989
Ê camarãoPeixe vivo vem do marÊ camará
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Pega a rede, vai pescar (camarão)
Barco a vela leva o ventoPras correntezas do marNoite fria de tormentoReza prece à IemanjáNuvem escura forma um véuEscondendo o luarMas existe alguém no céuQue também pode ajudar
Vai pescadorLeva teu barco pro mar
Ê camarãoPeixe vivo vem do marÊ camaráPega a rede, vai pescar
Horizonte sol chegandoAs gaivotas sobre o marLindo dia anunciandoPescador já vai voltarPeixe bom quem vai quererVem correndo pra comprarNão demora pra venderMeio cesto vende jáA maré não estava boaAmanhã vai melhorar
Com fé em Inhansãde: Osny Silva, J. Neves: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Venha no meu barcoVamos navegarCom fé em InhansãNós chegaremos lá
Inhansã, me acalme o ventoNão deixe o barco afundarA barra está pesadaMas eu vou passar
Na minha InhansãEu tenho confiançaDepois da tempestadeSei que vem bonança
Inhansã, com vossa forçaDai-me proteçãoLimpai a violência
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Da nossa nação
Compositores de verdadede: Romildo, Edson Show, Nara: intérprete: Bezerra da Silvadisco: Alô malandragem, maloca o flagrante, gravadora: ano: 1986
A razão do meu sucessoNão sou eu nem minha versatilidadeÉ que eu gravo pra uma pá de pagodeirosQue são compositores de verdadeEu sou do pico da colina malditaE se Deus deu asa a cobra,A um punhado de bambasJá mandei minha nega pro infernoE também viajei na Apolo do SambaSou produto do morroSou malandro rife nesse mundo cãoGatuno que entra na casa de pobreToma tapa da minha sogra sapatãoE depois sai gritando pela rua: "pega eu que eu sou ladrão"O Chico também não deu sortePara o bicho feroz tenho a planta maneiraLiberdade é um lindo samba de quadraFruto da minha querida MangueiraVeja bem que o malandro era forteMas cipó caboclo foi quem lhe amarrouE virou comida de piranhaPorque não aprendeu a ser um bom sofredorEle se diz da pesadaPorém é um Judas traidorQuis bagunçar o meu coretoFez a cabeça sozinho, esquecendo de vocêsVeja bem que o mané só fez graçaE o que fez o pai véio 171Ele vendeu a bota do vovôPro tal de Zé Fofinho de OgumSou federal, já falei com vocêCrocodilo comigo acaba no PinelDefunto caguete foi barrado no infernoComo é que ele pode ter vez lá no céuÉ por isso que eu vou contar até trêsPra tu sair da aba do meu chapéuAqueles morros que eu exalteiÉ do Pedro Butina, eu posso provarJoel da Silva diz que não tem culpaSe ele não tem onde morarSaudações às favelas é do Sérgio FernandesTodos do Morro do Galo, que é o meu lugar
Conceição da Praiade: Dilu Melo, Oldemar Magalhães:
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intérprete: Marlenedisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1949
Na Conceição da Praia tudo é bonito,Tem samba, tem batuque, tem candomblé,Tem capoeira meu bem, abará e acarajé.
Tem baiana formosa de bata rendada,De brincos de ouro e sandália enfeitada,Como requebra bem,Quem me dera,Ai, se eu pudesse ir à Conceição também.
Ver jogar capoeira,Ver roda de samba,E a nega do acarajé,Eu não perco meu bem esta fé,De um dia ir a Conceição,Ver na roda de samba,Nego se embolando na areia, no chão.
Conto de areiade: Romildo S. Bastos, Toninho Nascimento: intérprete: Clara Nunesdisco: Alvorecer, gravadora: ano: 1974
É água no mar, é maré cheia ôi,Mareia ôiÉ água no mar, é maré cheia ôi,Mareia ôi, mareia
Contam que toda a tristeza que tem Na Bahia nasceu de uns olhos morenos Molhados de marNão sei se é conto de areia ou se é fantasiaQue a luz da candeia Alumia pra gente contarUm dia a morena Enfeitada de rosas e rendasAbriu seu sorriso de moça e pediu pra dançarA noite emprestou as estrelas bordadas de prataAs águas de Amaralina eram gotas de luarEra o peito sóCheio de promessas, era sóEra o peito só,Cheio de promessas, era sóEra o peito só,Cheio de promessas, era sóEra o peito só,Cheio de promessas, era sóQuem foi,Quem mandou o seu amor
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Se fazer de canoeiroO vento que rola nas palmas Arrasta um veleiroE lá vai pro meioDas águas de IemanjáE o mestre valente vagueiaOlhando pra areia Sem poder chegarAdeus amorAdeus meu amorNão me esperaQue eu já vou emboraPro reino que esconde os tesouros De minha senhoraDesfia colares de conchas Pra vida passarE deixa de olhar pros veleirosAdeus meu amor Eu não vou mais voltarFoi Beira-Mar, Foi Beira-Mar quem chamouFoi Beira-Mar, foi Beira-Mar, É água no mar É água no mar , é maré cheia ôi,Mareia ôi, mareia, É água do marÉ água no mar, é maré cheia ôi,Mareia ôi, mareia...
Conto de areiade: Romildo, Toninho: intérprete: Simonedisco: Raio de luz, gravadora: ano: 1991
É água no mar, é maré cheia, oiMareia, oi, MarieaContam que toda tristezaQue tem na BahiaNasceu de uns olhos morenosMolhados de marNão sei se é conto de areiaOu se é fantasiaQue a luz da candeia alumiaPra gente contarUm dia a morena enfeitadaDe rosas e rendasAbriu seu sorriso de moçaE pediu pra dançarA noite emprestou as estrelasBordadas de prataE as águas de AmaralinaEram gotas de luarEra um peito só
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Cheio de promessas, era sóQuem foi que mandou o seu amorSe fazer de canoeiroO vento que rola nas palmasArrasta no veleiroE leva pro meio das águas De IemanjáE o mestre valente vagueiaOlhando pra areia sem poder chegarAdeus, meu amor, não me esperaPorque eu já vou-me emboraPro reino que esconde os tesourosDa minha senhoraDesfia colares e conchasPra vida passarE deixa de olhar pros veleirosAdeus, meu amor, eu não vou mais voltarFoi beira-mar é é é beira-mar quem chamou
Cora, minha vidade: João Bosco, Francisco Bosco: intérprete: João Boscodisco: As mil e uma aldeias, gravadora: ano: 1997
Macumbaô, macumbaôMacumbaô, boriO que me aprazOs dedosAo samba induzSegredosAcenda a luzQue é pra ver melhorAs curvas que bemAo requebrado convémAtrásA Cora vem Com o seu balaioForno e fogãoSenegalizandoSeus fios tocandoTudo do mesmo geneEra cada um por siE a mocidade por nós doisÉ a hora de refletirQuando o baticum me chamarE você não quiser que eu váÉ melhor você capitularQue tem baú,sabeQue tem baú, abrePego pra usarAs roupas que tem láDe fantasia eu saio por aíImbaúba, oco
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Pelas ruas,loucoParangolizando eu passoColorido de cetimCorando até o fim
Coração Coroadode: Sandro Leão: intérprete: Sandro Leãodisco: Maracatu Atômico, gravadora: ano: 2000
Esse Maracatu foi fundadoEm 1863Condinome Leão CoroadoPassado de glória nunca se desfezÉ o maracatu mais antigoPois nenhum museu nunca lhe acolheuNós somos de nação GermanSemente africana Xangô pai nos deu
Coração Nagôde: Paulo Debétio, Paulinho Rezende: intérprete: Agepêdisco: Agepê, gravadora: ano: 1990
É malê-debalêQue gente linda, gente negra tão felizComo é bonito o canto santo de OloriQue soa forte feito grito de Zumbi
A terra da vida é no ilê-ayiêQuem abre os caminhos do mundo é AfreketêOju-obá! Salve os olhos de XangôLá nem muzenza rodopia iaô
Iô, iô, iô, iô, iô
Zambi abençoou povo de além-marSangue de malê, iê, iê, iêCoração nagô, iô, iô, iô, iô
Salve esse negro bonito mais velho que o tempoQue dia treze de maio dá no Badauê
Povo de kêto, Arakêto, Ijexá, filhos de GhandiAah! Como é grande esse afoxé-lorumNada é mais forte que o poder de Olorum
Cordeiro de Nanãde: Mateus, Dadinho: intérprete: João Gilberto, Gil, Caetano, Bethânia
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disco: Brasil, gravadora: ano: 1981
Sou de Nanã, eu sou de Nana
Coroa de Areiade: Mauro Duarte, Paulo César Pinheiro: intérprete: Clara Nunesdisco: Clara, gravadora: ano: 1981
Mamãe mandou que eu fosse na beira da praia rezarMamãe mandou que eu fosse na beira da praia rezarMamãe mandou e eu faço o que mamãe mandarMamãe mandou e eu faço o que mamãe mandar
A reza é boa na beira do marA reza é boa na beira do marA reza é boa na beira do mar
Mamãe mandou e eu faço o que mamãe mandarA coroa é de areiaMas é de areia de ouro
Pedra de ouro, sereiaA coroa de areiaSereia do marPedra de ouro de areiaDe ouro, sereiaA coroa do mar
Sereia, sereiaDona da areiaCoroa de ouro sereia
Cowboy Jorgede: Jorge Ben Jor: intérprete: Jorge Ben Jordisco: Ben Jor, gravadora: ano: 1989
Toca cowboy toca cowboy JorgeOgum, Ogum, OgumDia 23 continua sendoO dia de cowboy JorgeNa terra no ar na terra no marJorge toca com 23 tamboresJorge toca com 23 amoresJorge toca com 23 batuqueirosJorge toca com 23 terreirosNa terra, no ar, na terra, no marJorge toca para Deus e para os santosToca para as crianças e para os anjos
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Toca para seu amigo que sofre do coraçãoToca para o bem geral da naçãoToca para alegria dominicalToca para o homem e o animalToca para para um gol de placaPara a sensualidade de sua amadaNa terra no ar na terra no marJorge toca para a lua e para o solToca para chuva e para o ventoToca para o acontecimento do nascimentoDessa criança, dessa esperançaDessa bonança, salve essa criançaNa terra, no ar, na terra, no marOgum, Ogum, OgumOgum, Ogum, Ogum
Dança de Shivade: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Quanta, gravadora: ano: 1996
Dança de ShivaRepare a dança de ShivaEnquanto a reta se curvaCai chuva da nuvem de póFraude do ThomasRepare a fraude do ThomasOs deuses todos em comaEnquanto Exu não dá o nóNó se dá um sóSe dói de dóSe mói na móPulverizarSe foi na avó No neto irá
De ouro e marfimde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Quanta, gravadora: ano: 1996
Aqui estamos reunidosÀ beira-marNessa noite de Ano NovoNessa festa de IemanjáPra prestar nossa homenagemDe coraçãoAo patrono dessa ordemVenerável da cançãoCurumim da mata virgemDe ouro e marfim
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Brasileiro de AlmeidaAntonio Carlos JobimÊ babá, ê, babá, êAntonio Carlos JobimÊ, babá, ê, babá êAntonio Carlos Jobim
Debochede: Paulinho Camafeu: intérprete: Paulinho Bocsdisco: Brincar pra valer, gravadora: ano: 1985
Me debocheiMe debocheiNo debocheMe debochei no debocheMe debochei lá no Orumilá
Me iluminarMe iluminarMe iluminaLá no Orumilá
Pega ela aí – pra quê?Pra passar batom – pra quê?Pra ficar bonitaLá em Itaparica
Deixa o bichode: Nei Lisboa, Humberto Gessinger: intérprete: Nei Lisboadisco: Carecas da Jamaica, gravadora: ano: 1987
Tudo é caminho, deixa o bichoTudo é vontade de acertarQuem sobe sempre vem de baixoQuem desce um dia vai voltarA noite chega, o santo baixaE o dia volta pra contarTudo é caminho, deixa o bichoDá tudo no mesmo lugar
Não ando do lado da leiE a lei não foi idéia minhaMas mesmo que o mundo não gireNa velocidade que eu queriaAlguns edifícios por diaDesabam dentro da avenidaE salva-se a filosofia
Minha gata, não insista
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Disneylândias não vão te levar pro céuNem o céu dessas revistasIlumina o teu barquinho de papel
Minha gata, não insistaDisneylândias não vão te levar pro céuTodo céu que ainda existeVive no encanto dos atores sem papel
Dente de alhode: Antônio Carlos, Jocafi, Julio Cesar: intérprete: Antônio Carlos, Jocafidisco: Feitiço moleque, gravadora: ano: 1986
Um dente de alhoArruda de galhoÉ bom patuáE pra brochadeiraToma catuaba que faz levantarEspinhela caídaÉ mel com mastruchoQue é bom pra curarMas se é mal de buchoChamar o delegadoQue o jeito é casar
Pó de pegá hômiPra juntarUm chá de limãoQue é bom pra suarTomar camomilaPra acalmarCachaça de chifrePra amansar
Depois que o Ilê passarde: Miltão: intérprete: Caetano Velosodisco: Caetano, gravadora: ano: 1987
RebentouIlê Aiê curuzuPapo de angola ijexáVamos pra cama meu bemMe pegue agoraMe dê um beijo gostosoPode até me amassarMas me solte quando o Ilê passarQuero ver você, Ilê AiêPassar por aquiNão me pegue, não me toque
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Por favor não me provoqueEu só quero ver o Ilê passarQuero ver você, llê AiêPassar por aqui
Depois que o Ilê passarde: Miltão: intérprete: Caetano Velososdisco: Caetano Veloso, gravadora: ano: 1987
RebentouIlê aiê curuzuPapo de angola ijexáVamos pra cama meu bemMe peque agoraMe dê um beijo gostosoPode até me amassarMas ma solta quando o Ilê passarQuero ver você, ilê aiêPassar por aquiNão me pegue, não me toquePor favor não me provoqueEu só quero ver o ilê passarQuero ver você, ilê aiêPassar por aqui
Deus do fogo e da justiçade: Brown: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu, gravadora: ano: 1987
Ôci, o nome desse orixáEstá gravado na históriaEu não posso mencionarGerado, foi criadoEstá esculpido na menteMuito além da minha consciênciaGerado, vou cantar no meu ifé a palavra mais justa de um reiNo culto candombléÔci O nome desse orixáSe você ainda não sabeAgora eu vou revelarFalará no Ara KetuKetu, Ketu, falará, lará, láQue arê, rêKaô, que arê, rêOh, Deus que arê, rêDa justiçaKaô, ô, ôMe valha sou Ketu
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A nação mais odaraFalará no Ara Ketu
Deuses Afro Baianosde: Waldir Brito, Ythamar Tropicália: intérprete: Banda Reflexu’sdisco: Serpente negra, gravadora: ano: 1988
Que mistério tem os negrosSó a malícia dos olhos podem verNa igualdade de uma raça ara-ketuNa harmonia de cantar o Ilê-ayiêA deusa negra tem o cabelo duroSuas tranças são primitivas ao IjecháComo dizia mãe pretaE o nosso pai gangazumbaEssa canção que vem dos babalorixásÁ á á á abadeló oriôAbadeló temi corajê babáIaô ebomim no pedido pra XangôLembra que o mundo tá no fimPois Exu já avisouIansã e Oxumaré com agogô e dois ganzaisSaúdam Iemanjá a Menininha do GantoisOxóssi chama Oxalá pra ninar nos braços OxumE a Menininha do Gantois babalorixásIansã EgumAi Omolu ZaratempoAi pai de todos os orixásPede para mãe Oxum, guardar Menininha do GantoisÁ á á á abadeló oriôAbadeló temi corajê babá
Dezessete anosde: Maria Aparecida Martins: intérprete: Maria Aparecidadisco: Foram 17 anos, gravadora: ano: 1980c
Foram 17 anos, 17, 7, 7Foram 17 anos, 17, 7, 7Se o destino não engano17 naufraguei, 17 esperei, 17Desesperei
Eu joguei no dezessete, meu dinheiro EnterreiAté pelos sete lados, 17 eu cerquei
Foram 17 anos, 17, 7, 7Foram 17 anos, 17, 7, 7
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17, 7, 7, 17Por causa do 17Quase fui pra cadeia
Foram 17, 7, 7Foram 17, 7, 7
Após 17 anosAgradeço a OxaláAcabou-se o desenganoHoje vivo a cantar
Dia de festade: Moacyr Santos, Geraldo Vandré: intérprete: Geraldo Vandrédisco: Hora de lutar, gravadora: ano: 1969
Hoje é dia de festaTodos vão se encontrarToda dor todo prantoHoje vai se acabar(bis)
Vai sentir a belezaJoga as flores no marDeixa toda tristezano seio de Iemanjá (bis)
Vai que nossa senhora Pode nos protejerVai e não te demora Que já vai amanhecer (bis)
Vai e Volta contenteTodos vão te esperarTraz amor pra essa genteLá na beira do mar
Dialetode: Onias Camardelli: intérprete: Grupo Zambodisco: Bahia, Grupo Zambo, gravadora: ano: 1976
Iêgum MussataIê, iê, iê, iê
Kekê afriquelêInaôEuá
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Dialeto negrode: Almir Brito, Gibi: intérprete: Banda Reflexu'sdisco: Kabiêssele, gravadora: ano: 1989
Mamêto KavisôDe umbanda umbanda gira, giraAzuêlê no abantoUngagá zara TempoSambangola de mucaiáSequê sequê DandalundaAgorigê meu atôtô
Agôlônan godemá nagôAgonilê agonilêÊ ara ára mogibiMogibi macualê babáAra vá ara váMogibi macualê babá
Diga que eu voude: Itamar Tropicália, Tutuca Crença e Fé, Itamar Santos, Antonio José: intérprete: Banda Meldisco: Mãe Preta, gravadora: ano: 1993
Diga que eu vou,Diga que eu vou, diga,Diga que eu vou,Pro llê AiyêEsse negro balança, ê, ê, êCom cabelos de trança, á, á, áDiga que eu vou...Bahia, terra da magiaLenda dos orixás,Estado de candomblé,No dia dois de fevereiroFesta do Rio VermelhoCom a minha mãe Iemanjá, iá, iá, iá, iáNa Conceição da PraiaOito de dezembroIlê Aiyê vai se apresentarCantando com essa filosofiaQue faz parte da magiaDe Angola e IjexáDiga que eu vou...
Divina Malíciade: Roque Ferreira: intérprete: Alcione
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disco: Emoções reais, gravadora: ano: 1990
Orixá do meu amorEpa babáQuero ser teu XangôMeu OrumiláNos barajás do seu colo tem um quê Coito, cadangue, cassangue, canjerêNo seu colo, essa divina malícia, me dáEssa coisa, essa leseira, preguiça, me dá
Quero ver você bailar, bailarCatendeNo seu colo me ninarMambembe
Quando seu colo coleia me calo, odoiôPorque me bole esse bolimbolado nagô
Baixa um santo sensual, que me pegaMe retesa como um arco, na miraMe amolece como doces quadris, no merengueNo merengue, no merengue
Orixá do meu amorEpa babáQuero ser o teu XangôMeu Orumilá
Doce esperançade: Roberto Mendes, J.Velloso: intérprete: Daniela Mercurydisco: Daniela Mercury, gravadora: ano: 1992
Estou aqui pra viver a procura de amorPor onde for ouvindo ora iê iêQuero pertencer a uma filha de Oxum
Olorum, me diz o que fazerPra encontrar esse amor que seja doce prazerQue cheire a jasmim ou a macaçáQue cace em mim o meu quererCom a mesma constância das águas do mar
Olorum, eu sempre vou crerQue vou encontrar uma gueixa formosaLoura cor de rosa ou uma preta quase azulQue goste de Itapuã e vai se arrepiar na festa do Gantois
Olorum, como é bom saber que vai me ajudarVou guardar oh, Olorum numa noite de luar
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Rival de IansãPaixão de XangôO, minha filha d'Oxum
Doce esperançade: Roberto Mendes e J. Veloso: intérprete: Daniela Mercurydisco: Daniela Mercury, gravadora: ano:
Estou aqui pra viverA procura de amorPor onde forOuvindo ora iê iêQuero pertencerA uma filha D’Oxum
Olorum, me diz o que fazerPra encontrar esse amorQue seja doce prazerQue cheire jasmimOu a macaçaQue cace em mim meu quererCom a mesma constânciaDas ondas do mar
Olorum, eu sempre vou crerQue vou encontrarUma gueixa formosaLoura cor de rosaOu uma preta quase azulQue goste de ItapuãE vai se arrepiarNas festas do Gantois
Olorum, como é bom saberQue vai me ajudarVou aguardar oh, OlorumNuma noite de luar
Rival de IansãPaixão de XangôO, minha filha D’Oxum
Dois de fevereirode: Dorival Caymmi: intérprete: Maria Bethâneadisco: Nada além, gravadora: ano: 1968
Dia dois de fevereiroDia de festa no marEu quero ser o primeiro
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A saudar Iemanjá (bis)
Eu mandei um bilhete pra elaPedindo pra ela me ajudarEla então me respondeuQue eu tivesse paciência de esperarO presente que eu mandei pra elaDe cravos e rosas vingou
Chegou chegou chegouAfinal que o dia dela chegou (Bis)
Droba a língua! (Boto Cor-de-rosa em Ramos)de: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Cabeça de nego, gravadora: ano: 1986
É lá de Ramos a tal morenaQue fez Zé Zuza zuretaZé Zuza era filho de MariaE debochava dos orixás – mais dos exus!
Diante da tentaçãoSacava do rosárioE arripiava em trote de avestruz...
Pois foi em Ramos que a tal morenaFez o Zé Zuza zuretaA moça era bamba dos CaciqueIniciada de Iemanjá – má leme, Yaô!
Mexia um balaio grandeMuito mais macioQue o boto cor-de-rosa do Custô
Vejam sóO Zé Zuza cismou de ser pesquisadorE se mandou de gravadorPro terreiro onde se desenvolvia aí a YaôÔ, laroiê!...
Deu umbigada na moçaBebeuAcendeu pito, fungouZoiando Yaô o Zé Zuza zuretôYô, yô, yô, yô…!
Drume Negrinhade: Eliseo Grenet, versão: Caetano Veloso: intérprete: Caetano Velosodisco: Qualquer coisa, gravadora: ano: 1975
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Drume Negrinha Que eu te transoUma nova caminhaQue venha ter muito axéQue tenha gosto d’ocê
Drome PretinhaQue eu te tragoDe toda a BahiaTudo que der pra trazerOu quase todo o prazer
Se tu drumeEu te descoloUm araçáCor do céu de lá
Se não drumeSe mando de carnavalNão vai pegar
Duetode: Chico Buarque de Holanda: intérprete: Chico Buarque de Holanda e Nara Leãodisco: Chico Buarque de Holanda e Nara Leão, gravadora: ano: 1980c
Consta nos astros, nos signos, nos búziosEu li num anúncioEu vi no espelhoTá lá no evangelhoGarantem os orixásSerás o meu amorSerás a minha pazConsta nos autos, nas bulas; nos dogmasEu fiz uma teseEu li num tratadoEstá computadoNos dados oficiaisSerás o meu amorSerás a minha pazMas se a ciência provar o contrárioE se o calendário nos contrariarMas se o destino insistir Em nos separarDanem-se os astros, os autos, os signosOs dogmas, os búzios, as bulas, anúnciosTratados, ciganas, projetos, profetas, SinopsesEspelhos, conselhosSe o evangelho e todos os orixásSerás o meu amorSerás a minha paz
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Consta na pauta, no karma, na carnePassou na novela Está no seguro Picharam no muroPassou na novelaEstá no seguroPicharam no muroMandei fazer um cartazSerás o meu amorSerás a minha pazMas se a ciência provar o contrárioE se o calendário nos contrariarMas se o destino insistir em nos separarDanem-se os astros, os autos, os signosOs dogmas, os búzios, as bulas, anúnciosTratados, ciganas, projetos, profetas, SinopsesEspelhos, conselhosSe o evangelho e todos os orixásSerás o meu amorSerás amor a minha pazConsta nos mapas, nos lábios, no lápisConsta nos ovnis, no Pravda, na vodka
É assimde: Lula Carvalho: intérprete: Banda Cheiro de Amordisco: Cheiro de Amor, gravadora: ano: 1992
Sou de Angola, meu negoKetu Zimbabuê e BahiaGuardo comigo um segredoQuem save eu lhe ensino algum dia
Sem batuque não pode haver festaSem terreiro não vem cá meu santoSem um toque de uma mão mestraNão se faz baticum no meu canto
Dim, dim, dim, DomDim, dim, domDim, dim, domDom, dom,dim
Quando junta o pessoal de láCom o pessoal daquiÉ assim, é assim, é assimMeu DeusKetu Zimbanuê e Bahia
E assim pintou Moçambiquede: Moraes Moreira, Risério:
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intérprete: Moraes Moreiradisco: Tem um pé no pé no Pelô, gravadora: ano: 1996
De dia não tem luaDe noite aluáDe dia não tem luaDe noite aluá
De Arembepe a ItagipeDa Ribeira a JacuípeTudo é limpezaEstrela de quinta grandezaFilha de mãe sudanesaTudo é belezaFazendo um som no atabaqueTrazendo axé pro batuqueCantando um samba de blackAssim pintou MoçambiqueNesse tique, nesse taqueNesse toque, nesse pique
É doce morrer no marde: Dorival Caymmi, Jorge Amado: intérprete: Dorival Caymmidisco: , gravadora: ano: 1941
É doce morrer no marNas ondas verdes do mar
A noite que ele não veio, foiFoi de tristeza pra mimSaveiro voltou sozinhoTriste noite para mim
É doce morrer no marNas ondas verdes do mar
Saveiro partiu de noite, foiMadrugada não voltouO marinheiro bonitoSereia do mar levou
É doce morrer no marNas ondas verdes do mar
Nas ondas verdes do mar, meu bem Ele se foi afogarFez sua cama de noivoNo colo de Iemanjá
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É doce morrer no marNas ondas verdes do mar
É d'Oxumde: Gerônimo e Vavá Calazans: intérprete: Gal Costadisco: Gal, gravadora: ano: 1992
Nessa cidade todo mundo é d'OxumHomem, menino, menina e mulherToda a cidade irradia magiaPresente na água docePresente na água salgadaE toda cidade brilhaSeja tenente ou filho de pescadorOu importante desembargadorSe der presente é tudo uma coisa sóA força que mora n'águaNão faz distinção de corE toda cidade é d' OxumÉ d' OxumÉ d' OxumEu vou navegarEu vou navegar nas ondas do marEu vou navegar nas ondas do mar
Iá aguibá Oxum aurá olu adupé
Ê meninade: João Donato, Gutemberg Guarabira: intérprete: Gilberto Gildisco: Um banda um, gravadora: ano: 1982
Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Oxum ora iê iê
Ê menina, ê meninaÊ ê Oxum da MinaÊ menina, ê meninaOra iê iê Oxum da Mina
Menina, menina, menina, meninaOxum da MinaÊ menina, ê menina ora iê iê Oxum da Mina
Dia, dia, diaÊ meninêVem meninaDia, dia, dia
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Menina
É meninê meninaÉ meninê meninaÉ meninê meninaOh ê o mamãe Oxum
E não sou baianode: Waldemar Ressurreição: intérprete: Trio de Ourodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1945
Bahia,Quem pintou sua aquarela,Só viu farofa amarela,Vatapá e canjerê.Ai, ai, ai,Não viu vocêAi, ai, ai,Não viu,Foi pena não ver.
Não viu sua cidade iluminada,Feira do Sete, Calçada,Nem subiu a Conceição,Seus lindos coqueirais em cada palma,Vão falar mais alto à almaQue prendeu meu coraçãoNão quero dar exemplo,Só contemplo a verdade, não minto,Falo somente o que sinto,E não sou baiano, não.
Cantei também no Jandaia,E fui com trinta ao Bonfim,Fostes à Conceição da Praia,Fiz uma prece por mim,Também da cidade alta,No meu peito o que não falta é recordação,Ai, ai e não sou baiano, não.
É o ourode: Lula Carvalho: intérprete: Banda Cheiro de Amordisco: É o ouro, gravadora: ano: 1991
Viver a minha vida é o ouroQue ouro é minha vidaQue ouro é minha vidaQue ouro
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Nessa leva leva euFé pra todos os quintaisTodos atabaques meusBatem para os orixás
Viver a minha vida é ouro...
Festa sempre faço euPra salvar meu orixáE a Bahia quem me deuContas para o meu colar
Salve, salve essa casa, moçoSalve, esse ganzuá
Viver a minha vida é o ouro...
É ou não é?de: Nizan Guanaes: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu Dez, gravadora: ano: 1995
Deixe eu te mostrar minha cidadeCom prazer, com vaidadeTe mostrar como ela éAlva nascendo ao fim de tardeO Farol, a LiberdadeA Ribeira e o AbaetéÉ ou não é privilégioTer nascido aqui, Bahia?Por isso olhe pro céuE agradeça a Olorum, sorriaPor ter lhe dado esse marPor ter lhe dado esse axéPor ter lhe dado a BahiaPedaço de céuE de acarajéPor ter lhe dado grandezaIrmã DulceMãe CreuzaFoi Deus quem mandouQue diferença faráO apelido que damosPra o Nosso SenhorPorque viver na BahiaÉ um sonhar acordadoTodo baiano é um serFalante e apaixonado
É ouro sóde: Mussum, Almir: intérprete: Os Batuqueiros
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disco: Os Batuqueiros, gravadora: ano: 1976
Quem sabe fazer sorrir também sabe fazer chorarSe ajoelhou no Bonfim tem que rezar (bis)
Na Bahia, na Bahia tem uma igreja que é ouro só, é ouro só, é ouro sóÉ de ouro também a coroa do rei maior, do rei maior, do rei maior (bis)
Quando a saudade invade o meu peito e explode de nostalgiaLembro o camafeu de Oxóssi e o Mercado Modelo da velha BahiaTião Motori - xirê! xirê! - Mãe Menininha - a babalaô - Amaralina no Abaeté que Caymmi cantou (bis)
Elétricade: Daniela Mercury: intérprete: Daniela Mercurydisco: Elétrica (ao vivo), gravadora: ano: 1998
Boitatá, Papai NoelLondon, london, london, london, london, lunduDo filho pródigoQue códigosDo filho pródigoQue códigos são meus?O código de microO livre arbítrio, o livre euO código de microO livre arbítrio, o clone e DeusE eu e DeusE Deus e euElétrica, elétrica, elétricaAlzate le braccia in altoVou seguindo o asfaltoMachen die hãnde hochOraieiê, meu pai XangôBitte, please, por favorMove your bodyE eu e DeusE Deus e euElétrica, elétrica, elétrica
Elke Maravilhade: Itamar Assumpção: intérprete: Itamar Assumpçãodisco: pretobrás, gravadora: ano: 1998
Elke mulher maravilhaUma negra alemã um radarUm mar uma pilhaElke mulher maravilhaUma branca maçã avatar
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Um luar uma ilhaElke mulher maravilhaUma deusa pagã um sonarUm altar uma trilhaElke mulher maravilhaUma prenda Ogã um pilarO ar mãe e filha
Emboléde: Negro do surdo, Nem Marsau, Bobôco: intérprete: Ara Ketudisco: Bom demais, gravadora: ano: 1994
Ô desembola mingauÔ minha nêgaÔ desembola que eu tambémQuero embolarUô, ô, eu emboléUô, ô diga aí, eu emboláPor mais que eu tenhaA chama ardente O Ara Ketu traz Oxóssi em sua frenteUô, ô, eu embaléUô, diga aí, eu embolá
Emoriôde: Gilberto Gil, João Donato: intérprete: Sérgio Mendesdisco: Home cooking, gravadora: ano: 1976
Emorio, Emorio, Emori PaoEmorio, Emorio, Emori PaoEmorio, Emorio, Emorio PaoEmorio, EmorioI'll bet you are trying to knowWhat I'm trying to sayI'm teaching you how to prayEmorioI'll let you into the soundThat is the best I can doIoruba is the glueEmorio, Emorio, Emorio Pao
Encanto do Gantoisde: Moraes Moreira, Edil Pacheco: intérprete: Beth Carvalhodisco: Das Bênção que virão com os novos amanhãs, gravadora: ano: 1985
O axé do afoxé
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Vem lá de Menininha ôDe Menininha ô, de MenininhaNo seu batucajé, no toque do agogôEu vou, eu vou, eu vou, eu vou, eu vou
Em todo lugar há um cantoMas nem todo canto é lugarPor isso é que eu canto tantoO encanto do teu Gantois Contemplo o teu templo, a BahiaDe todos os santos que háPra sempre serás MenininhaOh! Minha mãe vem me ninar
Vem minha mãe MenininhaVem minha mãe me ninar
Encantos de Iemanjáde: Jackson Dantas: intérprete: Banda Meldisco: Força Interior, gravadora: ano: 1987
Encantos de IemanjáRainha das ondas do marProtegei ô, protegei ô, ô ô ô (bis)
Protege seu filho pescadorUm homem que sempre te amouQue faz do mar seu próprio larSeu pão e vinho e Iemanjá
Um homem que sempre te amou (4x)Protegei ô, protegei ô, ô ô ô
Encontro dos orixásde: Tonho Matéria: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu, gravadora: ano: 1987
Eu canto, uma mensagemQue vem das portas do alémEm cores traz o Ara KetuEm alas o brilho e seu esplendorMatas virgens é a natureza, ê, aê, aêLua Negra é uma beleza ê, aê, aêMar azul, o céu um amor, ê, aê, aêRei das matas é o caçadorVem nos mostrarHá, há, há ... Ara KetuQue diz?Nas matas eu vi Ossaim
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Nas matas eu vi OssaimVenho contar a história de um caçadorQue na floresta se perdeuPor causa de uma poção mágicaA sua mãe preocupada com a sua demoraMandou seu irmão "o guerreiro" Invencível procurá-loCom muito esforçoAchavam e uniam os coraçõesCom conversa e mais conversaBuscavam a paz e a uniãoE a história se formouTão linda demaisQue o elo é o talentoDa lenda "o encontro dos orixás"A galera vem mostrarHá, há, há ... Ara Ketu
Eparrê Babáde: Leonardo Reis, Rose Alvaya: intérprete: Banda Evadisco: Você e Eu, gravadora: ano: 1998
Vela pra acenderPra te iluminarPra te protegerNo seu ganzuáCanto pra OxaláAzul é do marVerde pescadorVermelho de fé
Eparrê babá, eparrê babáEparrê babá, eparrê babáEparrê babá, eparrê babáEparrê babá, eparrê babá
Era tardede: Saul Barbosa, J. Velloso: intérprete: Banda Meldisco: Banda Mel, gravadora: ano: 1992
Era tarde demais pra ter voltaAinda mais com a benção de IemanjáQue me abraça com o mar e não me afogaMe sufoca por tanto gostarDos contos de fada ela não acordaMais eu sou filho do GantoisQue me ajuda e traz sempre de voltaMinha força que vem de Oxalá
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Levei para ver como anda a verdadeNo centro do patrimônio da humanidadeOlodum ensinando dança para toda a cidadeAlfazema de Gandy tirai toda a maldade
Ô, ô OdoiáÔ, ô babáÔ, ô Odoiá
Olhos rasgados, triste franquezaParedes com riscos pra desabarPele turmalina tanta belezaTurma linda com o dom de encantarMostrei para ela o que é nobrezaPros seus olhos virgens de tristeza constatarQue mesmo no canto temido da pobrezaÉ onde nasce alegria para ela cantar
Erêde: Michael Sullivan, Paulo Massadas: intérprete: Fafá de Belémdisco: Atrevida, gravadora: ano: 1986
Menino, menino, erêDanado e doce como o quêA lua cheia vai chegarOlha que eu faço mirongaPra você ficarNa tua pele mel queimarNão quero nem imaginarMenino, olhar selvagem e quenteFaz a cabeça da gente, faz rodopiarMania de enfeitiçarTesouro, ouro, o céu e o marRemexe o coração da genteE não há santo que agüenteQuero é mais te amarMenino, menino, erêTranse e cheiro de amor no arMe embolar com você ficarQuero é maisQuero é maisTe amar
Escorregadorde: Marcus Flexa: intérprete: Marcus Flexadisco: Cavalos brancos, gravadora: ano: 1992
Ogum Beira MarOgum Malei, Naruê
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Ogum Megê, Iansã, Oxum, OrixásOgum rompe mata,Mãe D’Água, Oxóssi, XangôOndinas, ofereço a Oxalá caridade
Toda festa é IaraToda festa é OdaraToda festa é Babalaô, Babalaô...Toda festa é iraToda festa é giraPisca-pisca escorregadorPro nosso Xangô
Manda descer os orixásQue trabalhando da jazzSapaimPaim, ZumbiZimbo Trio baixou aquiNa Bela Cintra sentoO Zé Pelintra aquiNão dá mais pra resistir esse gás
CançõesOfereço a Oxalá
Escurinhode: Geraldo Pereira: intérprete: Aracy Côrtes, Clementina de Jesus, Conjunto Rosa de Ourodisco: Rosa de Ouro, volume 1, gravadora: ano: 1965
O Escurinho era um escuro direitinhoAgora está com uma mania de brigãoParece praga de madrinhaOu macumba de alguma Escurinha que lhe fez ingratidão
Saiu de casa ainda não faz uma semanaJá a mulher do Zé Pretinho carregouBotou embaixo o tabuleiro da bahianaPor que pediu fiado e ela não fiou
Já foi no Morro do Formiga procurar intrigaJá foi no Morro do Macaco e já bateu num bambaJá foi no Morro dos Cabritos procurar conflitoJá foi no Morro do Pinho pra acabar com o samba
Escurinhode: Geraldo Pereira: intérprete: Dolores Durandisco: Dolores Duran, gravadora: ano: 1979
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O escurinho era um escuro direitinhoAgora está com a mania de brigãoParece praga de madrinha ou macumba deAlguma escurinha que lhe deu seu coraçãoSaiu de cana ainda não faz uma semanaJá a mulher do Zé Pretinho carregouBotou abaixo o tabuleiro da baianaPorque pediu fiado e ela não fiou
Já foi no morro da Formiga pra fazer intrigaJá foi no morro do Macaco já bateu Num bamba Já foi no Morro do Cabrito provocar conflitoJá foi no Morro do Pinto pra acabar com o samba
Esse mundo é meude: Sérgio Ricardo, Ruy Guerra: intérprete: Nara Leãodisco: Nara, gravadora: ano: 1963
Esse mundo é meuEsse mundo é meuEscravo do reino estouEscravo do mundo em que estouMas acorrentado ninguém pode amarMas acorrentado ninguém pode amar
Saravá, OgumMandinga da gente continuaCadê o despacho pra acabar?Santo Guerreiro da floresta,Se você não vem eu mesmo vou brigarSe você não vem eu mesmo vou brigar
Esse mundo é meude: Sérgio Ricardo: intérprete: Nara Leãodisco: A arte de Nara Leão, gravadora: ano: 1976
Esse mundo é meuEsse mundo é meuFui escravo no reinoE souEscravo no mundo em que estouMas acorrentado ninguém pode Amar
Sarava OgumMandinga da gente continuaCadê o despacho pra acabar
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Santo guerreiro na florestaSe você não vem eu mesmo vouBrigar
Esse mundo é meuEsse mundo é meu
Estado de graçade: Moraes Moreira, Armandinho: intérprete: Moraes Moreiradisco: Cidadão, gravadora: ano: 1991
Ouve o baticumDestes coraçõesOuve a nossa vozOnde bate rumTambém bate léRumpi somos nósDeus e o demônioNave um patrimônioO real e o sonho, carnavalIlusão, vendavalNo sobe e desce da ladeira, ahO nosso estado é de graça, amorDescendo a Chile ou o São Bento, ôEu arrebento aqui na praça e vou
Tomando banho de mangueira, ahVem o prazer e pacifica a dorJá é manhã de quarta-feira, ôE a festa cinzas ainda não virouComo se faz na boaEm outra terra não se fazPra cada um querendo guerraTem mais de mil fazendo amor e paz
Estrela D’alvade: J.B. de Carvalho: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, Canjerê, Candomblé, gravadora: ano: 1961
Saravá CabocloÊ Caboclinho!Firma ponto
Estrela D’alva é minha guia Que corre mundo sem pararEstrela d’alva é minha guia Que corre mundo sem pararAlumeia a mata virgem E o terreiro de além-mar
142
Alumeia a mata virgem E o terreiro de além-mar
Okêi CabocloChamar Seu Cobra CoráOkêi CabocloChamar Seu Cobra CoráAbrir trabalho na mata virgemChamar Seu Cobra CoráAbrir trabalho na mata virgem Chamar Seu Cobra Corá
Estrela d’Dlvade: J.B. de Carvalho: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
Saravá CabocloÊ Caboclinho!Firma ponto!
Estrela D’Alva é minha guiaQue corre mundo sem pararEstrela D’Alva é minha guiaQue corre mundo sem pararAlumeia a mata virgemE o terreiro de além-marAlumeia a mata virgem E o terreiro de além-mar
Okêi, CabocloChama Seu Cobra CoráOkêi, CabocloChama Seu Cobra CoráAbrir trabalho na mata virgemChama Seu Cobra CoraAbrir trabalho na mata virgemChama Seu Cobra Corá
Etc...de: Assis Valente: intérprete: Carmen Mirandadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1933
Bahia, que é terra do meu sambaQuem nasce na Bahia é bamba, é bamba,Bahia terra do poetaTerra de doutor e "etecetra"
Eu tenho também o meu valor (ora se tenho)E vivo com muita alegria,
143
O samba é o meu avô, macumba é a minha tia,Sou prima do grande violão,Sou bamba no batuque e no pandeiro,Meu pai é o homem das moambaO grande e conhecido candomblé (Bahia)
Eu gosto muito da viola,A moça feita só de pinho,Parenta do grande interventor,O bamba e respeitado cavaquinho,O delgado tamborim, com jeito e com diplomaciaNa batucada diz assim:Que o samba tem também delegacia (Bahia)-Entra na linha de frente, ôpa!Encerra gente!
Eu também querode: Raul Sampaio: intérprete: Trio de Ourodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1951
Eu também quero conhecer a Bahia,A velha Bahia de São Salvador,Quero conhecer a baiana,De saia rodada,Sandália enfeitada,Comer vatapá,E conhecer os candomblésQue tem por lá.
Eu também quero conhecer a BahiaA velha Bahia de São Salvador,E também ver os lindos coqueirais,Depois vou dar um jeito de viver em paz.
Se na Bahia me namorar,Talvez eu volte, talvez eu fique por láSem a ioiô, quando encontrar a iaiá,Iaiá!Mas se ela não for sincera,Eu não vou querer,Deixo de lado a nega feiticeira,E volto cá pro Rio de qualquer maneira.
Eu vi Oxum na beira do mar de: Osny silva, J. Neves, Carlos Santal: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Eu vi Oxum na beira do marRecebendo presente
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Que você foi levar
Era madrugadaEu estava pescandoQuando ao longe avisteiAlguém mergulhandoFui chegando pra pertoTestar minha féEra a dona do ouroQuando ela me viuSumiu na maré
Fiquei encantado Com a beleza que viNão tive coragem De pescar mais aliFui correndo pra casa Feliz pra contarQue na beira do mar Eu tinha avistadoAquele orixá
Eu vim da Bahiade: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Gilberto Gil em concerto, gravadora: ano: 1987
Eu vim, eu vim da Bahia cantarEu vim da Bahia contarTanta coisa bonita que temNa Bahia que é meu lugarTem meu chão, tem meu céu, tem meu marA Bahia que vive pra dizerComo é que se faz pra viverOnde a gente não tem pra comerMas de fome não morre porqueNa Bahia tem Mãe IemanjáDe outro lado o Senhor do BonfimQue ajuda o baiano a viverPra sambar pra cantar pra valerPra morrer de alegria na festa de ruaNo samba de roda,Na noite de lua,No canto do marEu vim da BahiaMas eu volto pra láEu vim da BahiaMas algum dia eu volto pra lá
Eu vou lá no Candombléde: Antônio de Almeida: intérprete: Aracy de Almeida com Regional
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disco: 78 RPM, gravadora: ano: 1941
Todo mundo tem inveja de mimQue culpa eu tenho de ter nascido assim?Vou ver se arranjo uma Figa de GuinéEu vou lá no CandombléEu vou lá no Candomblé
Vou implorar ao meu santo protetorPra me livrar do mal-olhadoDessa gente que só quer me ver penarEu não aguento maisPois já estou na quebradeiraAi, ai, meu DeusJá não posso mais viver dessa meneira
Exaltação à Bahiade: Vicente Paiva, Chianca de Garcia: intérprete: Heleninha Costadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1943
Ôi, Bahia,Umbu, vatapá,Azeite de dendê,E tem moamba,Pra nego bamba fazer canjerê.
Um nome na história vou buscar,Sargento Camarão herói foi da Bahia,Castro Alves nos faz relembrarTempos da abolição, poeta da Bahia,Rui Barbosa fogo triunfal,Voz da raça e do bem, o gênio da Bahia,E há neste todo natural,O que a baiana tem, a graça da Bahia.
A Bahia tem conventos,Tem macumba e tem moamba,Mas onde ela é mais Bahia,É no batuque, no sambaFoi na Bahia das igrejas todas de ouro,Onde valem as morenas um tesouro como nenhum,Como nenhum pode haver,Onde as baianas com sandália e balangandã,Vão mostrar ao mundo inteiro,Nosso samba brasileiroE de auri-verde,Bahia, ôh!Alegria, ôi, do Brasil.
Extra
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de: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Extra, gravadora: ano: 1983
BaixaSanto SalvadorSeja como forAchaNossa direçãoFlechaNosso coraçãoPuxa Pelo nosso amorRachaOs muros da prisão
ExtraResta uma ilusãoExtraResta uma ilusãoExtraAbra-se cadabra-se a prisão
BaixaCristo ou OxaláBaixaSanto ou OrixáRochaChuva, laser, gásBichoPlanta, tanto fazBrechaFaça-se abrirDeixaNossa dor fugir
ExtraEntra por favorExtraEntra por favorExtraAbra-se cadabra-se o temor
Eu, tu e todos no mundoNo fundo, tememos por nosso futuroET e todos os santos, valei-nosLivrai-nos desse tempo escuro
Exu (deixa pra lá)de: Álvaro Mattos, Othon do Nascimento: intérprete: Jorge Goulartdisco: Carnaval 82 - As marchinhas estão de volta, gravadora: ano: 1982
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Deixa pra lá ê êDeixa pra lá ê êQue eu não me chamo SaraivaNem me chamo Alencar(bis)Exu, Exu, ExuSe eu fosse o João agoraTrocava, trocava esse nome Por Nossa Senhora(bis)
Falando de cadeirade: Maurício Tapajós, Cacaso: intérprete: Maurício Tapajósdisco: Olha aí!, gravadora: ano: 1980
Que dor que dáFaço o bobo pra viverFaço o torto pra acertarFaço samba mas não sei sambar
Que dor no péÉ por mim que eu sei tirarQuem não tem parangoléBom sujeito eu sei que ele não éQuero cantarPelos versos mais ateusNo batuque mais perversoVou cantar-te pelos versos meus
Quero cantarPra quem cantouVou cantar-te nos meus versos
Pega nas cadeiras delaMexe nela, deita e rolaDesembola esse cordão
Quero um breque de iô iôUma ginga de ia iaUma guia de Xangô ô ô ô ô
E reboouNo céu vazioO meu amor foi logo aliE não voltouSe ele não vemEntão já vouE desde então(ninguém mexe com as cadeiras)Ninguém tem meu coração
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Faz uma festade: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Todo filho de XangôÉ grande conquistador ô ô ôTodo filho de XangôÉ forte, dominador ô ô ôÉ giganteÉ guerreiroTem um fogo que o atiçaÉ vibranteÉ sem meddoSeu clamorPede justiça
Amalá, quero ofertar XangôMeu cantar no pique do agogôFaz uma festa em tu louvorVermelho e branco, com amor
Filhos de XangôFilhos de XangôFilhos de Xangô, kaô
Fé afoxéde: Rick Maggia, Pedrin Gomes: intérprete: Central Africanadisco: Central Africana, gravadora: ano: 1988
A África brasileira é a BahiaSeu chão é puro céu de magiaKêto, umbanda e candombléO toque do atabaque chama a féFé afoxé arô, berimbauO povo canta pra afastar o malO povo dança pra afastar o mal
Arô, agô, axé, nagô
Feiticeirade: João Roberto Kelly: intérprete: Jair Rodriguesdisco: Jair de todos os sambas, gravadora: ano: 1969
Ela faz patuáPra vender na feiraEla é do feitiço
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Ela é feiticeira
Saravá sua bandaMeu Pai OrixáEla ontem na feiraMe deu um patuá
Eu não sei Se ela vai me ajudarOu vai quererO meu fim
Saravá meu guiaBom de fé, não sei se o marDessa mulherVai dar pé
Eu vou pedir proteção Ao meu santo de féE acender uma vela; feiticeiraPode amarrar o meu samba nela.
Feitiçode: André Filho: intérprete: Aurora Mirandadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1937
Fui a Bahia pra fazer um canjerê,Mulher bonita comigo tem que ferver,Com meu feitiço vou fazer uma revolução,Meu santo é forte e ninguém me mete medo não.
Não tenho nada nem tampouco tenho pretensãoSou da folia e a ninguém eu dou meu coração.
Feitiço do Tiãode: Gil de Carvalho, Márcio Pintinho: intérprete: Bezerra da Silvadisco: Violência Gera Violência, gravadora: ano: 1988
Nossa Senhora! É feitiço no terreiro do Tião amizade.
"Vou jogar chá de mijo de gambá de angola, com sete coruja caolha e nanica em cima dele."
Tá pra existir feitiço igual a esse que fui conhecerEra o feitiço do Tião, e juro, fiquei bolado sem nada entenderAo invés dos médiuns bater a cabeça, fazia a cabeça pro santo descer
Na gira de preto-velho falei com Vovó Joaninha, também com Vovô Camisolão, Vovô Sentinela e Vovó Corujinha, Vovó Maria-Braço-de-Homem, Vovô Come-Quieto e Vovó Leva-e-Traz. Foi aí que eu conheci um tal de Preto-Velho Alcatraz
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Ih!, mas quando deu meia-noite sujou, o bicho pegou de verdadeA trigésima nona baixou no feitiço, descendo a lenha em toda a entidadeExu-Macaco saiu de fininho, Seu Ogum-Ventarola selou seu cavalo.Iansã-do-Brejo se arrancou pro morro, Vovô Tanajura ficou grampeadoE o coitado do Tião foi prestar conta na delegaciaApanhava igual a tambor de macumba, de longe os seus gritos o povo ouvia Desesperado ele gritava: "doutor sou um membro da sociedade, o dinheiro que arrecado no feitiço é só pra prestar caridade"
Feitiço Goradode: : intérprete: J. B. da Silvadisco: , gravadora: ano: 1932
Tu amarraste num santoCom minha roupa suadaJogaste n'água atrasadaEm vez de na encruzilhada
Foste infelizEm dormires demaisTudo eu bem viFina flor de meus aisFoi a sonharQue me deste a saberQue teu prazerEra ver-me a sofrer
Embaixo do teu colchãopeguei meu lenço suadoCom três nozinho apertadoE o meu retrato amarrado
Mas eu que sou de OgumA filha do coraçãoJá despachei com ExuEsta maldita paixão
Feliz ano novode: Roberto Menescal, Aldir Blanc: intérprete: Leila Pinheirodisco: Outras Caras, gravadora: ano: 1991
Num reveillonNo Leblon ao luarFui jogar flores pra IemanjáE a morena surgiu nem sei comoBrincando que era mal de amor...Eu sorri: olha só. Você adivinhou.De mãos dadas seguimos pro Arpoador
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Os foguetes no céu, meia-noite, entãoHouve um beijo infinito na beira do marLinda mulher, o seu nome, qual é?Ela disse: é melhor deixar pra láSomos a noite do Rio, a paixão,O mistério da lua passional...Respondi: então ta. Sei que não foi normalA ternura e o tesão no maior carnavalO luar se escondeu, e a estrela mais sóDespsncou desejando um romance banalQuando amanheceuEla se despediuE entrou pelo marAntes de mergulhar disse:Eu ando emotiva demaisUm beijão,Meu nome é Iemanjá da SilvaFica em paz,Meu nome é Iemanjá da SilvaHoje e para sempreIemanjá da Silva
Ferimãde: Sussú: intérprete: Sussúdisco: Preto velho, gravadora: ano: 1972
Ferimã, FerimãÔ Ferimã, o baeçôÔ Ferimão baeçôFerimã boajô
Aerê UaeráFirma ponto pra XangôMeus (cafio) batem palmaE (Sim Orodam) bate tambor
Vamos todos curimbáVamos todos dar louvorSalve o povo de AruandaDono de umbanda e Xangô
Festa da Conceiçãode: Osny Silva, J. Neves: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Vou pagar minha promessaVirgem da ConceiçãoEm dezembro é na festaVou seguir a procissão
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Iemanjá é o seu nomeNa lenda dos orixásÉ a santa menssageiraDo amor e da pazÉ a santa menssageiraDo amor e da paz
Convido a todos irmãosDesse meu paísPara comigo cantarEssa canção que eu fizE nesse diaRosas brancas ofertarÀ querida virgem santaRainha do marÀ querida virgem santaRainha do mar
Festa de Ogumde: Babi de Oliveira: intérprete: Inezita Barrosos e Orquestra, Coral e Regional de Caçulinhadisco: Vamos falar de Brasil novamente, gravadora: ano: 1966
Hoje é dia de OgumVamos todos festejarCom a bênção de OlorumOgum vem pra nos salvar
Ogum tava de rondaOgum veio rondar
Auê, auêRompi mato, ogum egêOgum egê, Ogum egê
Festa de ruade: Dorival Caymmi: intérprete: Carlos Lyradisco: Songbook Dorival Caymmi, gravadora: ano: 1993
Cem barquinhos brancosNas ondas do marUma galeota A Jesus levar
Meu Senhor dos Navegantes vem me valerMeu Senhor dos Navegantes vem me valer
A Conceição da PraiaEstá embandeirada
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De tudo o quanto é cantoMuita gente vemDe toda parte vem um baticum de sambaBatuque, capoeira e também candombléO sol está queimando Mas ninguém dá fé
Meu Senhor dos Navegantes vem me valerMeu Senhor dos Navegantes vem me valer
Oh, venha me valerOh, venha me valer
Festa de umbandade: Martinho da Vila (adaptação): intérprete: Martinho da Viladisco: Canta canta, minha gente, gravadora: ano: 1974
O sino da igrejinhaFaz Belém blem blamO galo já cantouSeu tranca ruaQue é dono da GiraOi corre GiraQue Ogum mandou
Tem pena deleBenedito tenha dóEle é filho de ZambiÔ São Benedito tenha dó
Tenha pena deleNanã tenha dóEle é filho de ZambiTenha pena deleÔ Zambi tenha dó
Foi numa tarde serenaLá nas matas da JuremaQue eu vi o caboclo bradarQuiôQuiô Quiô Quiô quieraSua mata está em festaSaravá seu Sete FlechasQue ele é rei da floresta
Quiô Quiô Quiô quieraSua mata está em festaSaravá seu mata virgemQue ele é rei da floresta
QuiôQuiô Quiô Quiô quiera
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Sua mata está em festaSaravá seu cachoeira Que ele é rei da floresta
Vestimenta de cabocloÉ samambaiaÉ samambaia, é samambaiaSaia cabocloNão me atrapalhaSaia do meioDa samambaia
Festa na matade: Alceu Anselmo: intérprete: Ara Ketudisco: Bom demais, gravadora: ano: 1994
Esse é o sinal da florestaQue todos os povos se unam às flechasCom tochas de fogo nas mãosPintadas no rosto e na testaUm canto de inspiração Ara KetuQuerido em nome da pazDo mundo uma grande festaBate tambor que o Ara KetuQuerido chegouVem fazer hoje a festa na mataQue o rei Oxóssi criouBate tambor que o Ara KetuQuerido chegouVeio pra agitar, pra fazerSorrir e fazer lê, lê, ôÔ, ô, ê, ôLê, lê, lêLê, lê, lê, lêLê, lê, ôÔ, ô, ê, ôLê, lê, lêO Ara Ketu chegou
Festa nagôde: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Quando você ouvir m tamborVenha depressaÉ festa nagôFesta de ritmo e de saborBalanço de corpo é festa nagô
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É festa nagô! É festa nagô!É festa de negroÉ festa nagô
Vim pra vadiarVim pra vadiarDance comigo, meu bem, o ijexá
Um toque de agogôÉ luz na escuridão O som do meu tamborDescompassa um coração Olinda se iluminaAxé pra multidãoNo passo do afoxé
Gira o mundo inteiro, irmão
Figuraçade: Cristóvão Bastos, Paulo César Pinheiro: intérprete: João Nogueiradisco: João Nogueira, gravadora: ano: 1986
É, lá vem o bon-vivantTodo tranchan com seu carrão PolaraPosa de doutorDiz que é amigo do CastorDiz que não é bajuladorMas tá na cara, tá na cara
É, lá vem o Don JuanFeito um galã tradicional do ManguePinta de cantorFilho de prevaricadorDiz que jámais foi gigolôMas tá no sangue, tá no sangue
Tem no pescoço uma guia de XangôNo congá de vovô ele é OgãMas é freqüentador habitual de show pornôRei da boate Bataclã
E lá vem o bambambam...Primeiro dan de caratê... nem conto!É levantador de copo lá no ArpoadorJámais brigou com brigadorMas tá no ponto, tá no pontoÉ lá vem o Xá do IrãCom seu rayban e um camisão pra foraTipo tentadorPra ir pra mão de um gozadorNinguém ainda lhe sacouMas tá na cara, tá na cara
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Filha de Xangôde: Bira Paim: intérprete: Novos Bárbarosdisco: Guerrilheiros Bárbaros, gravadora: ano: 1987
Estrela da ÁfricaBrilhante mágica, filha de XangôBeleza eleganteDos filhos de GandhiPor ela esqueço do mundoVou profundoNessa transaçãoMais ainda bate No medo coração
E todo esse medo, IaiáÉ que eu to pra decidirSe vou sumir com vocêE se você me assumirMeu bem quererEu sou mais de ficarCom vocêDispenso a lua lá foraQue pinta e que é doce de chuparPor uma estrela luadaTão lindaSustento do lado esquerdo do peitoBatendo um coraçãoVestido de medo por uma decisão
Filho da terrade: Lazzo: intérprete: Lazzodisco: Filho da terra, gravadora: ano: 1985
Essa é pra quem não sabeEu também sou da terra e estou cheio de amor
Axezando o caminhoQue pra mim foi traçado por Olorum Nosso SenhorTrado o negro da noiteDa noite enluarada, sou forte na corMisterioso jingadoPois também sou filho de SlvadorÔ ô ô, ô ô ô
Vamos balançarQue a vida foi feita só pra gente amarBem juntinho colado ao ladoTrocando carícias num jeito de acariciar
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Balançando suingandoAgarrando-se aos bons fluidosQue bailam soltos pelo ar
Filhos de Gandhyde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Gilberto Gil em concerto, gravadora: ano: 1987
Omolu, Ogum, Oxum, OxumaréTodo o pessoal Manda descer pra verFilhos de GandhyIansã, Iemanjá, chama XangôOxóssi tambémManda descer pra verFilhos de GandhyMercador, cavaleiro de BagdáOh, filho de ObáManda descer pra verFilhos de GandhySenhor do Bonfim, faz um favor pra mimChama o pessoalManda descer pra verFilhos de GandhyOh, meu Deus do céu, na terra e no carnavalChama o pessoalManda descer pra verFilhos de Gandhy
Fiquei na Bahiade: João Melo, Codó: intérprete: Gilvan Chavesdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1958
Saí do Norte num pau de araraCom destino ao Rio de Janeiro,Passei na Bahia, gostei,Fiquei, fiquei, fiquei, fiquei.
Senti cheiro de dendê,Gosto bom de abará,Vi terreiro de Nagô,E vi a baiana sambar,Requebrando, requebrando,No bater do canzuá.
Firma o batuquede: Jairo Braulio, Mario Carabuna: intérprete: Grupo Pirraça
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disco: Força maior, gravadora: ano: 1989
Firma o batuque meninoQue isso é samba de rodaSamba de rodaSamba de rodaIsso não é novidadeLá na Bahia é modaSamba de rodaSamba de roda
Sarava sua giraSarava sua bandaEu não quero conversaMoleque atrevido eu não quero ondaÉ bonito vêA onda do mar balançarMas o mar é tenebroso você tem que respeitarFirma o batuque
Fizeram moambade: Jorge Veiga, Paulo Gracindo: intérprete: Jorge Veiga e Paulo Gracindodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1950
Fizeram moamba,Fizeram magia,Tanta bruxaria para me matarMas eu estou aqui vivo e são,Graças à proteção do meu orixá,Até minha nêga, é ficou maluca,E eu em sinuca sem jeito a dar,Fui então num Pai-de-Santo,Pra quebrar o encanto,Pra tirar o azar.
Flor de Muçambêde: Manoel Alves, João Biano: intérprete: Banda de Pífanos de Caruarudisco: Banda de Pífanos de Caruaru, gravadora: ano: 1976
Teus olhos são Duas bolas de ouroTeu corpo é um tesouroQue eu vou botar num baú
Morena belaMinha flor de MuçambêA minha felicidadeDepende do seu querer
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Sou cirandeiroDo nordeste brasileiroDo velho Leão do NorteDo Pernambuco guerreiro
Dos GuararapesPedaço de JaboatãoQue ao Brasil encheu de glóriaForte eterno da HistóriaQue despertou a Nação
Seu JoséVá chamar Dona MariaQue hoje vai ter cirandaAté o raiar do dia
À beira-marVamos todos cirandarDando bença à Pai EduLouvando Iemanjá
Fogo da Justiçade: Ademário: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu, gravadora: ano: 1987
Eu sou luzSou oju ObáSão os olhos de XangôAra Ketu em forma de festa Vem apresentarEu sou quem souFogo da justiça que não me queimouE nem vai queimarÊ, ê, fogo de OyóVamos na linha diretaCantar pra Xangô, KaôKaô, kabiesi Agô YáEu trago rosas, eu trago cravoAberto em florPlantei a pazColhi o amorAo divino eu vou pedirPerdão geralPor essa falta de crença do mundo atualE numa prece infinitaEu peço simMuita paz, nesta festa de reiPra meu pai AlafimÊ, ê, fogo de Oyó
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Fogo, Justiça e Amorde: Bacalhau, Vadu da Ribeira: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu, gravadora: ano: 1987
Fazer o bem sem olhar a quemÉ o nosso lemaEmbora houvesse alguémPra garfar nosso temaSou Ara KetuE aqui estouDando a volta por cimaEmpunhando a bandeiraCom muita féE levando bem altoA força e a benção de XangôKaô, kaô kabiesilêIluminado pelos raios da estrela maiorConquistou uma coroa de reiDa cidade de OyóDetentor do poderDo fogo, justiça e amorEm unir o infiel e julgar o infratorNesse mundo quem ama É porque tem amor pra darEntra no jogo da sortePra perder ou ganharJusticeiro é XangôNosso grande orixáKaô, kaô kabiesile
Fogueira novade: Moraes Moreira, Armandinho, Fausto Nilo: intérprete: Moraes Moreiradisco: República da música, gravadora: ano: 1988
Fogueira vivaFogo de XangôVai fazer justiçaCom o nosso amorDe lá do céuQue o machado venhaPra cortar a lenhaDesse fogaréuDe dá do céuNo teu olhar meu amor desenhaUm corpo de sereiaSereia na areia do marAi, ai, ai, ai, ai, o amorQue bom, que bom que táFogueira novaFogo de Xangô
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Você nem precisaMe chamar que eu vouEu vou à lutaPor esse desejoQuando eu não te vejoPosso imaginarImaginar
Frumulungade: Sussú, Cicica: intérprete: Sussúdisco: Preto velho, gravadora: ano: 1972
Aiê Baba de umbandaAiê Frumulugamba, gamba
Ô, dizem que umbanda é tataÔ dizem que tata á bandaÔ dizem que umbanda é tataMeu paiFrumulunga Cuzambé
Fuzuêde: Romildo, Toninho: intérprete: Clara Nunesdisco: Canto das Três Raças, gravadora: ano: 1976
Berimbau BatiaCabaça gemiaMoeda comiaEu queria pular, Rah!, Rah!Escrevi o meu nomeNum fio de arameE quem quer que me chame vai ter que gritarEh! Camará, Eh! CamaráEh! FuzuêParede de barro não vai me prender
Maria MacambaPerdeu a caçamba num cateretêSambou noite e diaQue até parecia que ía morrerNasceu num QuilomboAprendeu a levar tombo num CanjerêFoi de cesta no lomboCom água e pitomboTrocar por dendê, FuzuêEh, FuzuêParede de barro não vai me prender
Tinha um pé de coqueiro
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Cobrindo o terreiroDe onde eu nasciEu vi que o côco era ôcoE valia tão poucoPara se subirMas eu com um taco de tôcoTocava no côcoPro côco cairE pegava no côco sôcoQuebrava com um sôco,Sem repetir, Fuzuê
Eh, FuzuêParede de barro não vai me prender
Gênesis (parto)de: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Tiro de misericórdia, gravadora: ano: 1977
Quando ele nasceu foi no sufoco...Tinha uma vaca, um burro e um loucoQue recebeu seu 7...
Quando ele nasceu foi de teimosoCom a manha e a baba do tinhosoChovia canivete...
Quando ele nasceu, nasceu de birra:Barro ao invés de incenso e mirra,Cordão cortado com gilete...
Quando ele nasceu sacaram o berro,Meteram fac, ergueram ferro...Exu falou: ninguém se mete!
Quando ele nasceu tomaram cana,Um partideiro puxou samba...Oxum falou: esse promete
Guerra Santade: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Quanta, gravadora: ano: 1996
Ele diz que tem, que tem como abrir o portão do céuEle promete a salvaçãoEle chuta a imagem da santa, fica louco-pinelMas não rasga dinheiro, nãoEle diz que faz, que faz tudo isso em nome de DeusComo um Papa da Inquisição
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Nem se lembra do horror na noite de São BartolomeuNão, não lembra de nada nãoNão lembra de nada, é loucoMas não rasga dinheiroPromete a mansão no paraísoContanto que você primeiro pague Que você primeiro pague o dinheiroDê sua doação, e entre no céuLevado pelo ladrãoEle pensa que faz do amor profissão de féSó que faz da fé profissãoAliás em matéria de vender paz, amor e axéEle não está sozinho nãoEu até compreendo os salvadores profissionaisSua feira de ilusõesSó que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em pazDeixa o outro vender limõesUm vende limões, o outro Vende o peixe que querO nome de Deus pode ser Oxalá Jeová, Tupã, Jesus, MaoméMaomé, Jesus, Tupã, JeováOxalá e tantos maisSons diferentes, sim, para sonhos iguais
Guerreirade: João Nogueira, Paulo César Pinheiro: intérprete: Clara Nunesdisco: Guerreira, gravadora: ano: 1978
Se vocês querem saber quem eu souEu sou a tal mineira,Filha de Angola, de Keto e NagôNão sou de brincadeiraCanto pelos sete cantosNão temo quebrantosPorque eu sou guerreiraDentro do samba eu nasciMe criei, me convertiE ninguém vai tombar a minha bandeira
Bole com o samba que eu caioE balanço o balaioNo som dos tantãsRebolo que deito e que roloMe embalo e me emboloNos balangandãsBambeia de lá que eu bambeioNesse bamboleioQue eu sou BambambãQue o samba não tem cambalachoVai de cima em baixoPra quem é seu fã
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E eu sambo pela noite inteiraAté amanhã de manhãSou a mineira guerreiraFilha de Ogum com Iansã
Salve Nosso Senhor Jesus Cristo - Epa-Babá, OxaláSalve São Jorge Guerreiro - Ogunhê, Ogum, meu paiSalve Santa Bárbara - Eparrei, minha mãe IansãSalve São Pedro - Kaô-Kabecile, XangôSalve São Sebastião - Okê-Arô, OxóssiSalve Nossa Senhora da Conceição - Odô-Fiaba, IemanjáSalve Nossa Senhora da Glória - Ora-le-le-ô, OxumSalve Nossa Senhora de Santana - Nanã-Buruquê, Saluba, VovóSalve S. Lázaro - Atotô, Abaluai-êSalve S. Bartolomeu - Arrobobô, OxumarêSalve o povo da ruaSalve as criançasSalve os preto Velho - Pai Antônio, Pai Joaquim D'angolaVovó Maria Conga, Saravá
Homem nagôde: Mateus, Dadinho: intérprete: Os Tincoãsdisco: O Africanto dos Tincoãs, gravadora: ano: 1975
Eu vi ele vir de longeEle é nagôEu vi ele falar de IfáEle é babalaô
Veste branco, simE só pensa bemOlhar misteriosoEle me mantem
Iê iê iê iê...Agodilê babalodêTala de logun miçóTemi maiogáVuala di ArunadaLavo doiroçuCangazumbaNagô zumbiçaOritié gogáAxé, OlorumAxé, meu pai
Iá omin bumde: Anônimo: intérprete: Caetano Velosodisco: Caetano Veloso, gravadora: ano: 1987
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Iá omin bumOmirô Dorixá Olelê
Iá Omin Bunde: Domínio público: intérprete: Caetano Velosodisco: Caetano, gravadora: ano: 1987
Iá omin bumOmirô Dorixá Olelê
Iaiá da Bahia chegoude: Clodoaldo Brito, João Melo: intérprete: Araci Costadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1954
Iaiá da Bahia chegou,Batuque não pode pararLevanta a poeira do chão,Bate surdo, o pandeiro e o ganzá.
Macumba, ê, ê, ê,Macumba, ô, ô, ô,Foi batucar também,Iaiá me enfeitiçou,Ô, ô, Xangô,Ô, ô, iaiá me enfeitiçou.
Iaiá do cais douradode: Martinho da Vila, Rodolfo: intérprete: MPB 4disco: História da MPB – Martinho da Vila, gravadora: ano: 1983
No cais dourado da velha BahiaOnde estava o capoeiraA Iaiá também vivaJuntos na feira ou na romariaNo banho de cachoeiraE também na pescariaDançavam juntos em todos fandangos e festinhasE no reisado, contra-mestre e pastorinhasCantavam Iaiá la la la Ia IaiáNa festa do alto do GantoisMas loucamente a Iaiá do cais douradoTrocou seu amor ardentePor um moço requintadoE foi-se emboraPassear em barco a vela
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Já não era mais aquelaE o capoeira que era valente chorouAté que um dia a mulataLá no cais apareceuAo ver seu capoeira, pra ele logo correuPediu guarida, mas o capoeira não deuDesesperada saiu no mundo a vagarE o capoeira ficou com seu povo a cantar
Iansãde: Gilberto Gil, Caetano Veloso: intérprete: Maria Bethâniadisco: Drama, gravadora: ano: 1972
Iansã comanda os ventosE a força dos elementosNa ponta do seu florimÉ uma menina bonitaQuando o céu se precipitaSempre o princípio e o fim
Iansãde: Gilberto Gil, Caetano Veloso: intérprete: Maria Bethâniadisco: Maria Bethânia 25 anos, gravadora: ano: 1990
Senhora das nuvens de chumboSenhora do mundoDentro de mimRainha dos raios, rainha dosRaios, rainha dos raiosTempo bom, tempo ruimSenhora das chuvas de junhoSenhora de tudoDentro de mimRainha dos raios, rainha dosRaios, rainha dos raiosTempo bom, tempo ruimEu sou um céuPara as tuas tempestadesUm céu partido ao meio No meio da tardeEu sou um céuPara as tuas tempestadesDeusa pagã dos relâmpagosDas chuvas de todo o amorDentro de mimRainha dos raios, rainha dosRaios, rainha dos raiosTempo bom, tempo ruim
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Iaôde: Pixinguinha, Gastão Viana: intérprete: Pixinguinhadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1950
Akicó no terreiro não tem adiéEu tenho dó dessa gente Que não tem mulher
No jacutá do preto velhoHá uma festa de IaôÔ tem nega de OgumE Oxalá e IemanjáO cabra de Oxóssi é caçadorOra viva NanãNanã BorocôNo terreiro do preto velhoVamos saraváA quem meu pai?Xangô
Iemanjáde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Caetano, Gal, Gil e Bethânia, gravadora: ano: 1990
Iemanjá só se ver marIemanjá só se ver marIemanjá só se ver marIemanjá só se ver mar
Mulher tá na praia Homem tá no marMulher tá rezando pro homem voltarMané foi pra pescaPescar pra viver
Peixe bom pra comidaPeixe bom pra venderPeixe bom pra comidaPeixe bom pra vender
Iemanjá só se ver marIemanjá só se ver marIemanjá só se ver marIemanjá só se ver mar
Mulher tá rezandoJá passou da horaMulher tá chorando Meu Deus que demora
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Iemanjá tá querendo ficar com ManéIemanjá é rainhaÉ bonita, é mulherIemanjá é rainha, é bonita, é mulher
Iemanjá só se ver marIemanjá só se ver marIemanjá só se ver marIemanjá só se ver mar
Não foi desta vezDesta vez não seráLá vem a jangadaChegando do marTrouxe pouco peixeMas Mané voltou
Salve Nossa SenhoraSalve Nosso SenhorSalve Nossa SenhoraSalve Nosso SenhorSalve Nossa SenhoraSalve Nosso Senhor
Iemanjá só se ver marIemanjá só se ver marSó se ver marSó se ver marSó se ver marSó se ver mar
Iemanjáde: Marquinhos: intérprete: Olodumdisco: Da Atlântida à Bahia o Mar é o Caminho, gravadora: ano: 1991
O velho pescador segue seu rumo ao marE ouve o canto da sereia em plena lua cheiaIemanjá seu pranto me faz inspirarDeitou seu amor pra nunca mais voltarTransformou-se num rio em lágrimas de dorE no ventre de mãe os seus filhos gerouNascendo de repente, Oxumaré, XangôE na flor do mar já se fez emergir vestida de amor e só pra mim sorrirE o pescador irmão lhe pede pra guiarEntão porque viver e não viver no marOlodum, ô, ô, ô, OlodumMe chama de amor, me chama de amorDo mar...Atlântida existia no centro do marEu sei que o mar é o caminho para todo lugarPlatão o grande sábio em filosofia
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Mas tudo que acontecia ele descreviaToda a inteligência que o povo continhaRiquezas e luxúrias pois lá existiaMas onde há o homem existe a ambiçãoE o grande Zeus irado ao ver ficouEnviando água e fogo, ele a devastou
Iemanjáde: : intérprete: Dudu Tuccidisco: , gravadora: ano: 1995
Eu vou te encontrarCommil batuquesEntão contarUma história de amorUma história de dorA história do despertarBrasil chegouCom o mar de IemanjáTrazendo o sambaNo ar de IansãTodo mundo se pôsA sambar, a cantarCom calor e vibraçãoEu vou te chamarCom meus tamboresTe transformarQuero ser o sonharQuero ser o dançarQuero ser o amarPra sambarEste ritmo é um Bom coraçãoBatida puraVibraçãoQue vem da alma Esta canção que euVou cantarUm batuqueUm toqueUm repiniqueUm surdoA caixa e acuícaTamborins e agogôsChamando a vida oh
Iemanjáde: : intérprete: Dudu Tuccidisco: , gravadora: ano: 1995
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Eu vou te encontrarCom mil batuquesEntão contarUma história de amorUma história de dorA história do despertarBrasil chegouCom o mar de IemanjáTrazendo o sambaNo ar de IansãTodo mundo se pôsA sambar, a cantarCom calor e vibraçãoEu vou te chamarCom meus tamboresTe transformarQuero ser o sonharQuero ser o dançarQuero ser o amarPra sambarEste ritmo é um Bom coraçãoBatida puraVibraçãoQue vem da alma Esta canção que euVou cantarUm batuqueUm toqueUm repiniqueUm surdoA caixa e acuícaTamborins e agogôsChamando a vida oh
Iemanjá, rainha do marde: Osny Silva, Sebastião Ferreira da Silva: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Iemanjá, IemanjáMe dê licençaPara nessas águasPoder me banhar
Na fé que eu tenho em DeusE meu Pai OxaláEu tenho a certezaQue existe IemanjáPois tudo nessa vidaTem uma razão de serPor isso Deus, Nosso Pai
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Ne Terra nos fez nascer
Ifá, canto pra subirde: Vevé Calasans, Walter Queiroz: intérprete: Maria Creuzadisco: Pura Magia, gravadora: ano: 1987
Se é baticum de fé (e é )Ijexá canto pra subir Pra casa do SenhorRumpi, ele é agogô
Sim, sim, sim eu vouEu vou, eu vou
Sim eu vouCaminhando, andando sem pararEu sei de onde vimPra mim todo mato é caminho
Se questão de adivinhar( E é )Clarear a vida de KeléUm homem e a mulher
E fé, é féE só jogar, jogo do Ifá
Jogo do IfáEu farei a parte que me cabeE merecereiTim, tim, por tim, timÉ lei, é lei, é leiEu chego no BonfimE fé é só jogarJogo do IfáÉ Ijexá XangôCanto pra subirPra casa do SenhorIlê pá pá páÉ rumpi, ele é agogôBaticum de féE fé é só jogarJogo do IfáÉ Ijexá, XangôCanto pra subirPra casa do SenhorSenhor do Bonfim
Ifá, um canto pra subirde: Vevé Calasans, Walter Queiroz: intérprete: Margareth Menezes
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disco: Um canto pra subir, gravadora: ano: 1990
Se é baticum de fé (e é)Ijexá é canto pra subirPra casa do SenhorRumpi, ele é agogô
Sim, sim, sim eu vouEu vou, eu vou
Sim eu vouCaminhando andando sem pararEu sei de onde vimPra mim todo mato é caminho
Se é questão de adivinhar(E é)clarear a vida de Keléum homem e a mulher
É fé, é féÉ só jogar, jogo do Ifá
Jogo do IfáEu farei a parte que me cabeE merecerei Tim, tim por tim, timÉ lei, é lei, é leiEu chego no BonfimE fé é só jogarJogo do IfáÉ Ijexá XangôCanto pra subirPra casa do SenhorIlê pá pá páÉ rumpi, ele é agogôBaticum de féE fé é só jogarJogo do IfáÉ Ijexá XangôCanto pra subirSenhor do Bonfim
Igexá, pra quem tem féde: Vevé Calazans, Dito: intérprete: Vevé Calazansdisco: Vevé Calazans, gravadora: ano: 1986
Pero Vaz, Tacacá, Curumim, Carcará, JaburuSarará, Urubu, Saravá, Guaxinim, AbaráSurubim, Igexá, Rin-Tin-Tin, Xaxaxá, MucuriJererê, Mussuri, Catulé, Caxixi, Jaconé
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Canguru, Cangapé, SururuChimpanzé, Calundu, MacalêPererê, Cantará, Cururu, PirajáGravatá, Catendê, Afoxé, RadauêTem axé, na dança do sol de XangôAbebê Igexá pra quem tem féYê Agogô na dança do sol de XangôAbebê Igexá pra quem tem fé
Carajá, Mucugê, Titiu-Trelelê, AtotôCandomblé, Caribe, Bandolê, Marica, GuaranáSamburá, Arirê, Pão-de-ló, Matatu, ParanáBem me querBem viver – bem quererPra cantar afoxé
Ijexáde: Edil Pacheco: intérprete: Clara Nunesdisco: Nação, gravadora: ano: 1982
Filhos de GandhiBadauêIlê ayêMalê de balêOgum obáTem um mistérioQue bate no coraçãoForça de uma cançãoQue tem o dom de encantarTem um mistérioQue bate no coraçãoForça de uma cançãoQue tem o dom de encantar
Seu brilho parece um sol derramadoUm céu prateadoUm mar de estrelasRevela a leveza de um povo sofridoDe rara beleza que vive cantandoProfunda grandezaA sua riqueza vem lá do passadoDe lá do Congado eu tenho certezaFilhos de GandhiÊ povo grandeOjulabê catendê babá obáNetos de GandhiPovo de ZambiTraz pra você um novo somIjexá
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Ilê Ayêde: Edil Pacheco, Paulo César Pinheiro: intérprete: Agepêdisco: Agepê, gravadora: ano: 1987
Ilê, ilê, ilê ayêTeu canto vem do povo de AruandaIlê, ilê, ilê ayêA tua força vem do teu cantar
Zambi mandou dizer Que o Ilê é o torrão da vidaIremosCom tosa a raça unidaÀ terra prometidaLugar da promissãoZambi mandou seguirA luz da estrela da partidaIlê ayê vai se acender feito um clarãoNa terra mãe do nosso coraçãoIlê ayê é que vai ser o nosso chãoPra se funda de novo uma nação
Salvador, magiaCuruzú, BahiaQue felicidade!É a festa do IlêEu vou junto com vocêO Ilê é liberdade
Ilê é ímparde: Aloísio Menezes, Alberto Pita: intérprete: Ilê Aiyêdisco: Ilê Aiyê, gravadora: ano: 1996
Minha naçao é IlêMinha epiderme é negraTenho vinte um, sou maior de idade
Lindo é subir o CuruzuDifícil é chegar na cidadeSensual feminina da pele divina.Bem faz ao ditado merecerAquela moça da praça, ainda espera pelo IlêE continua com graça até o dia amanhecer
Três vezes sete, de glória, seu nome sua históriaResultado ímpar vinte e umÍmpar é o llê, vinte um fundamento de OgumNão quero nem saberSe o fogo do dragãoAcendeu o cachimbo do saci
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Eu estou pro llê, como a costa está pro Marfimllê, vinte umllê, fundamento de Ogumllê, vinte e umllê, quilombo é o Curuzu
Ilê Farolde: Carlinhos Brown: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Jambo, gravadora: ano: 1990
Orunmilá, aloja forteO vulgo de My GodBrother, brother, brotherPara arriba badala somTimbrado no batuquePara arriba badala somTimbrado no batuque, Pop, PopVai o rei na rua cuarTan-tan que dengosoTan-tan que dengosoA moça da cura coraEle é o FarolPra minha alma de berços,E lábios carnudosTan-tan que dengosoTan-tan que dengosoYlê FarolNa linha áurea de GuetoSoweto do CuruzuUm tem um, outro outro,Outro um temos todosTan-tan que dengosoTan-tan que dengoso 1,2,3 YlêAyê Aleluia nossaTan-tan que dengosoTan-tan que dengosoMe amarrei na sua corda,Ela é o Farol
Ilu Ayê (Terra da Vida)de: Cabana, Norival Reis: intérprete: Mestre Marçaldisco: Sambas-enredo de todos os tempos, gravadora: ano: 1993
Ilu, Ayê, Ilu Ayê OdaraNegro cantava na nação nagôDepois chorou lamento de senzalaTão longe estava da sua Ilu AyêTempo passou ô ô
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E no terreiro da Casa GrandeNegro diz tudo que pode dizerÉ samba, é batuque, é rezaÉ dança, é ladainhaNegro joga capoeiraE faz louvação à RainhaHoje Negro é terra, negro é vidaNa mutação do tempoDesfilando na avenidaNegro é sensacionalÉ todo a festa de um povoÉ dono do carnaval(Ilu Ayê)
Ilú ayê (terra da vida)de: Cabana, Norival Reis: intérprete: MPB4disco: Cicatrizes, gravadora: ano: 1972
Ilú ayê, ilú ayêOdaraNegro cantava na nação Nagô
Depois chorou lamento de senzalaTão longe estavaDe sua ilú ayêTempo passouE no terreirão da casa grandeNegro diz tudo que pode dizer
É samba, é batuque, é rezaÉ dança, é latariaNegro joga capoeiraE faz louvação à Rainha
Hoje negro é temaNegro é vidaNa duração do tempoDesfilando na avenidaNegro é sensasionalÉ toda festa do povoÉ dono do carnaval
Incompatibilidade de Gêniosde: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Galos de Briga, gravadora: ano: 1976
DoutorJogava o FlamengoE eu queria escutar
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Mudou de estação,Começou a cantar
Tem maisUm cisco no olhoEla invés de assoprarSem dóFalou que por ela eu podia cegar
Se eu douUm pulo, um pulinho, um instantinho no barBastouDurante dez noites me fez jejuarLevouAs minhas cuecas pro bruxo rezarCoouMeu café na calça para me segurarSe eu tou, ai se eu touDevendo dinheiro e vem um me cobrarDoutor, ai doutorA peste abre a porta e ainda manda sentarAinda manda sentarDepoisSe eu mudo de emprego queÉ pra melhorarVê sóConvida a mãe dela pra ir morar cá
Doutor, ai DoutorSe eu peço feijão ela deixa salgarCalorMas veste casaco pra me atazanarE hojeSonhando comigo mandou eu jogar no burroE deu na cabeça centena e milhar(Quero me separar)
Ingenade: Cantiga de candomblé: intérprete: Gal Costadisco: Gal, gravadora: ano: 1992
Ê ingenaAgô ingenaAcalo ingena
Injuriadode: Eduardo Dusek: intérprete: Céu da Bocadisco: Céu da Boca, gravadora: ano: 1981
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Mas!...Não é que eu tava numa mais ou menosAndando com a rapaziada catita e legalMas de repente detalhes pequenosMe fizeram entre outras coisas sair do normalEu fui ficando pouco a pouco injuriadoMal humorado, abandonadoSem até poder amarA tal da crise deixou minha vida malucaCom vontade na TijucaDe voltar lá pra Copacabana!Fui à macumba, pedi baixa no empregoMe botaram numa clínicaE depois fui viajarFoi só depois então que pude constatarQue não adianta fazer nada pra essa coisa melhorar
Inspiraçãode: Evanyr, Márcia, Jailton: intérprete: Banda Meldisco: Banda Mel, gravadora: ano: 1992
Olha o swing da neguinha aquiOlha o swing da Bahia aíOlha o swing do negão alíOlha o swing da Bahia aí
Vem dos tambores e orixásEssa força que nos fazSubir a sagrada colinaAo encontro do paiVem de Dulce a santa luzDe um sorriso que seduz A esperança no amanhã
Vem da capoeira a tradiçãoDe Itapoã a inspiraçãoA nossa ginga e culturaMeu irmãoVem dessa terra todo amorTerra santa que o SenhorDo Bonfim abençoou
Já não demora Do sol levantarDo santo subirE eu confessar Que amo você
Inspiraçãode: Ná Ozzetti, Itamar Assumpção:
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intérprete: Ná Ozzettidisco: Ná Ozzetti, gravadora: ano: 1994
Essa cançãoEu fiz pra vocêNão foi assimFazer por fazerSem quererEntão Deu pra perceberQue mar é marE eu sereiaAqui na terra dos marujos lobosBobosEssa cançãoEu fiz po prazerTem mais que eu queria dizerAntes da meia noiteAntes que você váDormir e não dêEu fiz pensando em vocêEssa canção É para encantar vocêE quem acaso ouvi-la tambémEntão deu pra entenderQue sol é solE eu sereiaAqui na Terra azulComo lá no céu, azulEssa cançãoÉ pra navegarQuero que sejaAgora meu parParceiro nessa ondaParceiro nesse marDe maré brabaQuero singrar com vocêCantar comigo e irmos aíPelo mundo aforaVasto mundo de meu DeusEnquanto existirmosOh meus saisOh OxumaréAmor, calorAreia nos pésNossos pésEntãoDeu pra aprenderQue céu é céuE eu IansãNeste planeta blueSolto, redondo, tortoEssa cançãoEu fiz por quererTem mais que eu
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Queria dizerQue eu já disse tudoQue tinha pra dizerNessa cantigaQue fiz pensando em você
Inspiraçãode: Ná Ozzetti e Itamar Assumpção: intérprete: Ná Ozzettidisco: Ná Ozzetti, gravadora: ano: 1994
Essa cançãoEu fiz pra vocêNão foi assimFazer por fazerSem quererEntão Deu pra perceberQue mar é marE eu sereiaAqui na terra dos marujos lobosBobosEssa cançãoEu fiz po prazerTem mais que eu queria dizerAntes da meia noiteAntes que você váDormir e não dêEu fiz pensando em vocêEssa canção É para encantar vocêE quem acaso ouvi-la tambémEntão deu pra entenderQue sol é solE eu sereiaAqui na Terra azulComo lá no céu, azulEssa cançãoÉ pra navegarQuero que sejaAgora meu parParceiro nessa ondaParceiro nesse marDe maré brabaQuero singrar com vocêCantar comigo e irmos aíPelo mundo aforaVasto mundo de meu DeusEnquanto existirmosOh meus saisOh OxumaréAmor, calorAreia nos pés
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Nossos pésEntãoDeu pra aprenderQue céu é céuE eu IansãNeste planeta blueSolto, redondo, tortoEssa cançãoEu fiz por quererTem mais que euQueria dizerQue eu já disse tudoQue tinha pra dizerNessa cantigaQue fiz pensando em você
Ioiô você quer?de: Cícero de Almeida: intérprete: Idelfonso Noratdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1930
Ioiô você quer comer vatapá,Gostoso e bem feito por mão de Iaiá,Se já provou o acarajé meu bem,Muqueca de peixe, gostoso aberê.
É lá na Bahia que tem tudo isso,Morenas dengosas que fazem feitiço,Tem os olhinhos pretinhos, virados,Que botam na gente o tal de olhado.
Que saudade que tenho lá da Bahia,Terra boa pra gente fazer folia,Tem um santo muito forte, milagroso,Do Brasil um santo velho e poderosoE no samba as baianas tem que irCom sandálias de veludo e marroquim,Pois na Penha vão fazer as omelitaE rezarem na Igreja do Bonfim.
Irerêde: Cesar Costa Filho, Paulo Cesar Pinheiro: intérprete: Cesar Costa Filhodisco: Cesar Costa Filho, gravadora: ano: 1978
Irerê pássaro cativoIrerê braço de galéIrerê negro fugitivoIrerê príncipe Guiné
Ferro quente faz sinal
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Marca de senhor qualquerIrerê parte o grilhãoMata um montãoCai do porão na maré
Irerê pássaro proscritoIrerê revolta a raléIrerê chamado malditoIrerê do Abaeté
Mato virgem, palmeralNegro malho finca o peIrerê cerca um rençãoChama os irmãosFunda a naçãoDo povo Aché
Irerê pássaro caçadoIrerê pelos coronéIrerê com seus comandadosIrerê do Abarté
Luta armada marcialLuta quem ser livre querMas é mil contra um milhãoSoa o canhãoTomba no chão o rei Guiné
Irerê passarinho mortoIrerê filho do QueléIrerê... mas Guiné tem outroIrerê, seu filho Irerê
Já andeide: Pinxinguinha, Donga, João da Baiana: intérprete: Zaira e Sennadisco: 78RPM, gravadora: ano: 1930 d
Já andei pelo mundo afora - já andeiJá andei, ê , ê, ê, ê, - já andeiJá andei pelo mundo afora....
Dei um tiro de garucha - já andeiRespondeu o bacamarte - já andeiMas não poude te falhar - já andei
Quem não pode não intima - já andeiDeixa quem pode intimá - já andeiQuem não pode com mandinga - já andei.Não carrega patuá - já andei
Já andei
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de: Pinxinguinha, Donga, João da Bahiana: intérprete: Zaira e Sennadisco: 78RPM, gravadora: ano: 1930 d
Já andei pelo mundo afora - já andeiJá andei, ê , ê, ê, ê, - já andeiJá andei pelo mundo afora....
Dei um tiro de garucha - já andeiRespondeu o bacamarte - já andeiMas não poude te falhar - já andei
Quem não pode não intima - já andeiDeixa quem pode intimá - já andeiQuem não pode com mandinga - já andei.Não carrega patuá - já andei
Já voltei da Bahiade: Henrique Almeida, Estanislau Silva: intérprete: Odete Amaraldisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1942
Eu já voltei da Bahia, nêgo,Cheia de felicidade,Melhorei minha vida,Melhorei de verdade.
Eu sou bem feliz cantando assim:Me salvei lá no Bonfim, eh!Se eu não fosse o que seria de mim.
Eu estava enfeitiçada,Dava um azar sem ter fimDesmanchei o tal feitiço, Agora a sorte é pra mim.
Se não fosse o nego velho,Eu até hoje sofria,Se eu soubesse a mais tempo,Já tinha ido à Bahia, eh!
Jardim de Alahde: Rita Lee, Mathilda Kovack: intérprete: Rita Leedisco: Santa Rita de Sampa, gravadora: ano: 1997
Dizímo com quem andasE eu te direi quem ésEm terra de bom ladrãoVão-se os dedos, ficam os anéis
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Jeová a luta pastor alemãoHeaven's gate está em liquidaçãoUm lixo na boca do céuA César o que é de DeusAdeus, mundo cruelSerpente ou não serpenteEis a tentaçãoCompre coração de EvaPor costela de AdãoSerpente ou não serpenteEis a tentaçãoDalila cortou os cabelosE o pau de SansãoCrente que estou abafandoDaime Santo para vomitarMata Hare Krishna espionandoTestemunhas de IemanjáToma chocolate, paga lo que devesAté aí morreu Tancredo NevesHaja guerra santa pra tanta pazAté aí já foi de retro Barrabás
João do Pulode: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Cabeça de nego, gravadora: ano: 1986
Pulou o Brasil do triPulou e tremeu de dorAo ver o pulo do gato cortadoCortada a perna de luz, cortadaA claridade do raio de XangôFechou o Brasil do triTristetritrovejouDe dor o povo pulou pra frenteSemente o sangue do herói, sementeÔ, pula João! Ô, kauô Xangô!
João como um João qualquerJoão de sangue Afro-TupiDe príncipe a escravo a preto-fôrroDe operário a novamente herói do morroAprendeu a resistirNa favela, a tribo passa fome de cachorroÉ um osso duro de roerMas toda a resistência corre em meu socorro
Valoriza, herói, todo sangue derramado Afro-Tupi!Combate, Malê! Dá três pulos aí Saci!Se atira no espaço por nós Zumbi!Joga a chibata, João, no mar que te ampliou!Ah, olha o raio de luz: Kauô Xangô!Nosso país infeliz também pulou
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Jogando Caxangáde: Tadeu de Obatalá, Bola de Brilhante, Carlos Gomes: intérprete: Rosa Reisdisco: Rosa Reis, gravadora: ano: 1997
Partiu o navio negreiroLevado pelo balanço do marLá vai o meu povo de UgandaRegido pela banda do luarVelhas poesias de porõesA noite foi feita pra cantarJogando jogando a paciênciaUganda vai jogando caxangáÔ ô ô jogando caxangáÔ ô UgandaMostrando a cultura de uma raçaEm frente meu povo vamos láCorrentes não amarram quem faz sambaE o bumba boi quem gosta de cantarAo som do Akomabu Filhos de GandhyDeboche quem não gosta de dançarJogando jogando a paciênciaUganda vai jogando caxangáÔ ô ô jogando caxangáÔ ô UgandaAxé para o meu povo de UgandaO mundo vem ao Rio para ver seu CarnavalAxé para o meu povo de UgandaFaz hino da Bahia um Gantois
Joséde: Siba: intérprete: Mestre Ambrósiodisco: Mestre Ambrósio, gravadora: ano: 2000
Não fique de boca aberta, ZéEm cidade que for chegandoZé...
Zé...Tem que tomar cuidado, Zé!Tem casa amarelaTem casa vermelhaTem casa com fomeTem casa na ceiaTem casa com florzinha na janelaTem cabra que eu não seiQue malvadeza é aquelaNa rua do Marmeleiro
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Na frente da casa do coveiroTão te esperando, Zé!
Zé...Tem que tomar cuidado, Zé!Tem arma de bala,Cacete, bengala,Tem faca e serrote,Punhal, cravinote,Soldado sem farda,Revóve, espingardaNo meio da cidadeVão te deixar nuE nesse lunduSem querer razãoAté com a mão Vão querer dar em tu
Zé...Tem que tomar cuidado, Zé!
Entrou pela frenteSaiu por detrásPuxou por um ladoMexeu e lá-vaiJosé não tem medoNem do Satanás
Não fique de boca aberta, ZéEm cidade que for chegandoTerra alheia, pisa no chão devagar
Jubiabáde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Soy loco por ti América, gravadora: ano: 1986
Negro Balduíno, belo negro baldoFilho malcriado de uma velha tiaVia com seus olhos de menino espertoLuzes onde luzes não havia
Cresce, vira um forte, evita a morte breveLeve, gira o pé na capoeira, lutaBruta como a pedra, sua vida inteiraCheira a manga espada e maresia
Tinha a guia que lhe deu JubiabáQue lhe deu JubiabáA guia
Trava com o destino uma batalha cegaPega da navalha e retalha a barriga
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Fofa, tão inchada e cheia de lombrigaDa monstra miséria da Bahia
Leva uma trombada do amor ciganoEntra pelo cano do esgoto e pulaChula na quadrilha da festa juninaTodo santo de vida vadia
Tinha a guia que lhe deu JubiabáQue lhe deu JubiabáA guia
Alva como algodão e tão maciaComo algo bom pra lhe estancar o sangueComo álcool para desinfetar-lhe o corteComo cura para a hemorragia
Moça Lindinalva, morta, vira fardoCarga para os ombros, suor para o rostoLuta no labor, novo sabor, labutaFeito a mão e não mais por magia
Tinha a guia que lhe deu JubiabáQue lhe deu JubiabáA guia
Negro Balduíno, belo negro baldoSaldo de uma conta da história cruaRua, pé descalço, liberdade nuaUm rei para o reino da alegria
Tinha a guia que lhe deu JubiabáQue lhe deu JubiabáA guia
Jubiabáde: Martinho da Vila: intérprete: Martinho da Viladisco: Batuque na cozinha, gravadora: ano: 1972
O homem tem dois olharesUm encherga e outro vê
Tem o olho da maldadeE o olho daqui é tardeTem que ter olho bem grandePra poder sobreviver
Jubiabá, ô JubiabáFaz o feitiço bem feito Pra minha nega voltar
Jubiabá, ô Jubiabá
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Numa odu capanegoQuero lhe (incamboriá/camboriá)
Se seca o olho da maldadeO homem vai sofrerSe entender a ruindade do mundoQue seu lado bom vai ver
E sem seu olho da bondadeVai fazer gente sofrerMagoar ferirSem refletirE bem mais cedo vaiDesencarnar subir
É a lei de Jubiabá, ô JubiabáFaz o feitiço bem feitoJubiabá, ô JubiabáNuma odu capanegoQuero lhe (incamboriá)
Quero meus olhos bem abertosQuero bem longe enchergarVendo o errado e o certoPosso diferenciar
Jurema, Jureminhade: J. B. de Carvalho (adaptação Fernando Mendes): intérprete: Fernando Mendesdisco: Fernando Mendes, gravadora: ano: 1977
Eu vi mamãe Oxum na cachoeiraSentada na beira do rioColhendo lírio, lírio-êColhendo lírio, lírio-áColhendo lírioPra enfeitar nosso gongá
Jureminha, juremáSuas folhas cairam-seOh, JuremaDentro deste gongá
Passei numa encruzilhadaE frango, charuto e velaSerá que fizeram aquiloPra me ver distante dela
Na beira do mar eu viOs passos de IemanjáSerá que ela pitou aquiSerá que voltou pro mar
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Eu sou tão pequenininhaMas posso te ajudarSó quero ganhar depois Bala, doce e guaraná
O meu galo cantouNa rompida da auroraO Pai Miguel chegouO Pai Miguel foi embora
Justiça de Xangôde: Osny Silva e J. Neves: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Preta velha avisouQue eu precisava me cuidarSendo filho de XangôA cabeça eu tinha que raspar
Meu Pai é guerreiroÉ santo forteNa batalha ele é o vencedorQuem comigo demandarVai enfrentar a justiça de Xangô
Caô, caô, salve XangôCaô cabecilêA justiça do meu Pai Xangô
Kaôde: Rodolfo Sroete, Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: O sol de Oslo, gravadora: ano: 1998
KaôObá obá obá obá obáObá obá obá obá obáObá obá obá obáXangô baobá obá XangôKaôObá obá obá obá obáObá obá obá obá obáObá obá obá obáXangô baobá obá XangôKaôKabi êci léKabi êci léKabi êci léKabi êci léKaô kaô kaô
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BaobáObá obá obá obá XangôObá obá obá obá obá XangôObá obá obá obá XangôObá obá obá obá obá
Kiningé (louvação à Rainha do mar)de: Onias Camardelli: intérprete: Grupo Zambodisco: Bahia, Grupo Zambo, gravadora: ano: 1976
Kiningé, Kiningé OduÉ Dimanjá, ôAcô CabeessêIá Omirô
OdoiáManjabôMãe do MarIá OiôInaêVirgem SantaAgô, IêRainha do Mar
Ê ô, ê ô, ê ô...
Lá vem pedrade: Sergio Ricardo: intérprete: Sergio Ricardodisco: Do lago à cachoeira, gravadora: ano: 1979
Que lugar é esseBato ninguém abre a portaChamo ninguém respondeGrito mas ninguém vem me escutarCanto ninguém me acompanhaBatuco e não vejo ninguém sambarOpa que lá vem pedraSe abaixe ou pule na fofueira
Bate que bate vela chamandoO vento jangadeiroBate que bate roupa na tinaA sina lavadeira
Bate o pandeiro e o berimbauNo toque da capoeiraBate que cheiro é esse que bateÉ incenso de macumbeira
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Oi que medo é esseNa boca desse silêncioNa atrofia dos sentidosNa batida do teu coraçãoNunca vi tanto perigoRondando o sorrisoOu uma sensaçãoOpa que lá vem pedra Se abaixe ou pule na fogueiraQue saber é esseQue cala o entendimentoGira em torno de si mesmoComo se só ele fosse bamba Na verdadePra que batucada se não tem samba
Brilha a estrela em noite de orixásOi lá vem pedraAcabando com a batucadaQue não tem sambaQue saber é esseQue mundo é esseQue lugar é esse
Ladeira do Pelôde: Betão: intérprete: Gal Costadisco: Plural, gravadora: ano: 1989
Olodum, negro eliteÉ negritudeDeslumbrante por ter magnitudeIntegra no canto toda a massaQue vem para a praça se agitarSalvador se mostrou mais alertaCom o bloco Olodum a cantarLê lê oLê lê lê ôLê lê lê ôÊ aê aÊ aê aLê lê lê ôÊ aê aÊ aê a
Aganju, alujá, muito axéCanta o povo de origem nagôO seu corpo não fica mais inerteQue o bloco Olodum já pintouLê lê oLê lê lê ôLê lê lê ôÊ aê a
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Ê aê aE eu vouE eu vouE eu vou
Vou subindo a ladeira do PelôBalançando a banda pra láBalançando a banda pra cáBalançando a banda pra láBalançando a banda pra cáEu falei OlodumOlodumSalvador, minha Bahia, capitalEu falei OlodumOlodumSalvador, minha Bahia, capitalMe leva que eu vouSou Olodum, Deus dos DeusesVulcão africano do PelôEu vouNa sexta-feira eu vouVou subindo a ladeira do PelôAganju, alujá, muito axéCanta o povo de origem nagôO seu corpo não fica mais inerteQue o bloco Olodum já pintou
Lágrima do sulde: Milton Nascimento, Marco Antônio Guimarães: intérprete: Milton Nascimentodisco: Encontros e despedidas, gravadora: ano: 1985
ReviverTudo o que sofreuPorto de desesperança e lágrimaDor de solidãoReza pra teus orixásGuarda o toque do tamborPra saudar tua belezaNa volta da razãoPele negra, quente e meigaTeu corpo e o suorPara a dança da alegriaE mil asas pra voarQue haverão de vir um diaE que chegue já, não demore, nãoHora de humildade, de acordarContinente e maisA canção segue a pedir por ti
África, berço de meus paisOuço a voz de teu lamentoDe multidão
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Grade e escravidãoA vergonha dia a diaE o vento do teu sul é semente de outra históriaQue já se repetiuA aurora que esperamosE o homem não sentiuQue o fim dessa meldadeÉ o gás que gera o caosÉ a marca da loucuraÁfrica em nome de DeusCala a boca desse mundoE caminha, até nunca maisA canção segue a torcer por nós
Lagrimãede: Luis Dillah: intérprete: Luis Dillahdisco: Que nem eu, gravadora: ano: 1993
Mãe de minha carneGuardiã do meu espíritoQue salta dos meus olhosEm direção à vidaPulsa no meu sangue o teu sangueSempre a força bossa guiaMãe do meu coraçãoSe me pego aqui vivendoEssa existênciaÉ porque me desteA chance de crescerAos olhos do paiYemanjá mãe d’águaProteja seu sorriso, sua lágrimaMãe do meu coraçãoQue a luz da divindadeEsteja em seu caminho,Sua estradaMãe da cançãoVou seguindo meu destinoMinha voz, meu instrumentoMinha fé, minha vontade de viverYemanjá mãe d’águaProteja meu caminho, sua estradaMãe de meu coraçãoQue a luz da divindadeEsteja em seu sorriso, sua lágrimaMãe da canção
Lágrimas de Oxumde: João Ricardo Xavier, Evaldevino Ponciano Xavier: intérprete: Maria Aparecida
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disco: Foram 17 anos, gravadora: ano: 1980c
A água nasce nos rochedosAtravés das matas, onde os caboclosVão beberOnde Oxum chorou, chorou, chorouPra teus filhos proteger
A água cai na cachoeiraE depois rola pro marRola pro mar
Salve a senhora das águas do rioOh! mi-ie-ieu minha mãe OxumVamos saraváSaravá - é vamos saraváSalve Oxum, MenenseOxum Torquense e Apará
Lambuzada de dendêde: Itamar Assumpção: intérprete: Itamar Assumpçãodisco: Bicho de Sete Cabeças Vol. II, gravadora: ano: 1994
Quero tê-la quero você quero verQuero vê-la lambuzada de dendêQuero tê-la quero quero quero verQuero vê-la lambuzada de dendêQuero vê-la lambuzada de dendêQuero vê-la lambuzada de dendêDa cabeça para baixo mexerDançar samba lambada ilê iê iêUmbigada merengue reggae e baléUmbigada merengue reggae e baléQuero tê-la quero ter o seu axéQuero tê-la comigo no BadauêMinha estrela minha guia minha féQuero tê-la quero você quero verQuero tê-la quero você quero verQuero tê-la quero você quero verQuero vê-la lambuzada de dendêQuero tê-la quero quero quero verQuero vê-la lambuzada de dendêQuero vê-la lambuzada de dendêQuero vê-la lambuzada de dendêDançar batucada e maculelêDesde a noite até o sol nascerDançar sobre as águas minha Oxum MaréDançar sobre as águas minha Oxum MaréQuero tê-la para sempre na Guiné
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Em Panamaribo Jamaica ou QuebecQuero vê-la num vídeo numa TVQuero vê-la na tela do CaribéQuero vê-la na tela do Caribé
Lavagem do Bonfimde: Gilberto Gil: intérprete: Gal Costadisco: O sorriso do gato de Alice, gravadora: ano: 1993
Lavagem do Bonfim na quinta-feiraSai da Conceição da praia a primeiraTalagada de batida na praça do cairoLevanta a pista ao alto LacerdaMais parece um corredor que enveredaUma pista de corrida, correr pro céu azulOlha a vertigem virgem MariaTe segura criatura que o diaInda tá menino moço, o almoço inda tá cruSegura bem na mão da meninaPoupa teu coração que é só na colinaQue o santo serve o caruruTimbau, pandeiro, som de guitarraTanta roupa branca, tanta algazarraZona franca de folia, de fé, de devoçãoFoto de lambe-lambe alegriaVai passar pelo moinho da BahiaMais de trinta graus de calor, amor e emoçãoLembra bem dos degraus da igrejaGuarda um pouco de suor pra que sejaMisturado às águas e as mágoas de lavar o chãoFaz tempo que passou da calçadaSegura os joelhos nessa chegadaQue o peito arde de paixão
Lavandade: Carlinhos Brown: intérprete: Daúdedisco: Daúde#2, gravadora: ano: 1997
Anjo chama baía na porta de tia E parte pro mato cortar lenhaCom machado de prata Xangô que a guiaDadá chama Oxóssi mata lembraUm barco de banda corta laser, kicongo, kimbombo é linguajarMulando refogando jembéXequerê vara mata adentrarAi ai ai ui ui ui ai ai ai ui ui ui
Guarda um feixe de lenhaNa porta do dia
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Na volta na certa me diráMamãe zela esteira que noite dormirPapai zela alça de miraEnche mar para conta de um erêPassará fora a trouxa do iraráCeifará algodão por um milênioDepois de caiar casa descansar
Ensaboei, ensaboei, ensaboei toda roupa de vezE assim a sina canta pra santa Da mina que mora na mata do AngoráQualquer olho é manteiga se vê nas ruelasUm coro à capela quizilaNé demais de minha conta lhe dizerNé demais de minha conta lhe falarO ministro do canto é o mistérioE o mistério é dono do encantarEnsaboei, ensaboei, ensaboei toda roupa de vez........... ai ai ai ui ui ui ...........
Le foud’es vousde: Dito: intérprete: Marco Monteirodisco: Delírios e luzes, gravadora: ano: 1991
Chá de alumã, iô, iôCachaça tem todo diaCaboco que vem d’AngolaTem a cara da Bahia, ê
É jambo, jambo, jambôÉ lá mandingaRemexe, mexe, bunda lê lêEsfrega, esfrega êNa nossa gingaÉ rendez vous, lá sicieté
E só quem tem mãe no mangueÉ que não dançaCom medo de revelarA sua herança, ê
No rala, ralaQue aprendi na FrançaAlons enfantDe la patrieBalança a pança
Lê foud’es vousPetit-poisBumbum lolóArmário de mulher-damaTem gravata e paletó ê
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Tem mixetêSamussum, maculelêTem pó de ExuQue é pra acabar seu calundu ê
É de doerQuando não tem o que comerÉ de lembrarQuando só tem amor pra dar
Le fudez vouzde: Dito: intérprete: Banda Meldisco: Prefixo de Verão, gravadora: ano: 1990
Chá ce Alumã io ioCachaça tem todo diaCaboclo que vem de AngolaTem a cara da BahiaÉ jambo jambo jamboDe lá mandingaRemexe mexeBunda le lêEsfrega, esfregaNa nossa gingaRendez vouzLa societéSó quem tem mãe no mangueÉ que não dançaCom medo de revelarA sua herançaO rala rala caPrende na FrançaAlons ensantDe lá patrieBalança a pançaLe fudez vouzPetit pouiBum bum xoxóArmário de mulher damaTem gravata e paletóTem mixeté saramussumMaculelêTem pó de ExuQue é pra acabarSeu calunduÉ de doer quando não tem o que comerÉ de lenharQuando só tem amor pra dar
Leguria
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de: Zé Duda: intérprete: Zé Dudadisco: Maracatu Atômico, gravadora: ano: 2000
Muito obrigado, meu povoFiz coisa que admireiFoi chegar no estúdioHoje, a primeira vez
Eu inda era criançaJá apitava bonitoQuanto mais eu fico velhoMais o peito é bom no grito
O meu Mestre CabocloTá aqui, em minha frenteEle é quem mata a saudadeQue meu peito velho sente
Leo, meu caboquinho novoMas já faz tudo que mandoSe eu não falasse em vocêIa terminar chorando
Leilãode: Heikel Tavares, Juracy Camargo: intérprete: Pena Branca e Xavantinhodisco: Coração Matuto, gravadora: ano: 1998
De manhã cedoNum lugar todo enfeitadoNóis ficava amontoadoPra esperar o comprador
Depois passavaPela frente do palanqueAfincado ao pé do tanqueQue chamava bebedô,E nesse diaMinha véia foi compradaNuma leva separadaDe um sinhô mocinho ainda
Minha veinhaEra a frôr dos cativeirosFoi inté mãe do terreiroDa famia dos kambinda
No mesmo diaQue levaram minha pretaMe botaram nas griêtaQue é pra mode eu não fugir
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E desde então o preto véio a percurôFicou véio como tôMas como é grande este Brasil
E quando veioDe Izabé as alforriaPercurei mais quinze diasMais a vista me fartou
Só peço agoraQue me leves a Sinhá IzabéQuero vê se tá no céuMinha véia meu amor.
Lembadilêde: Wando: intérprete: Wandodisco: Gazela, gravadora: ano: 1979
Oxalá, OxaláOxaguiã, OxaguiãOxalufã, OxalufãOnissasá, OnissasáLembadilê
Senhor da noiteLembadilêSenhor do diaLembadilêSenhor de JoséLembadilêSenhor de MariaSenhor de mimLembadilêSenhor de tiLembadilêSenhor da BahiaLembadilêSenhor do Bonfim
Êpa ê babá ba êLembadilêÊ kekê babá ê báLembadilê
Oxalá, OxaláOxaguiã, OxaguiãOxalufã, OxalufãOnissasá, OnissasáLembadilê
Êpa ê babá ba êLembadilê
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Ê kekê babá ê báLembadilê
Lembrando Zé Pereirade: Zuzuca: intérprete: Jair Rodriguesdisco: Minha hora e vez, gravadora: ano: 1976
Meu samba é fato, É uma história que temSeu passado de glóriaE é um motivo infernal.Oh gente!Estou lembrando Zé PereiraQue durante a vida inteiraComandou o carnaval.
Tum, tum, tum, na PavunaNão marcou bobeiraTum, tum, tumSaravá, viva Zé Pereira Gente da PavunaGente da Central, gente de MadureiraSem citar a Praça OnzeEstácio de SáSalgueiro e MangueiraImpério e Portela tambémFizeram zueiraNo compasso do tamancoEra samba a noite inteira
Lenda das sereias, Rainha do marde: Vicente Mattos, Dinoel, Arlindo Velloso: intérprete: Marisa Montedisco: MM, gravadora: ano: 1988
Ogunté, MarabôCaiala e SobáOloxum, InaêJanaína e Iemanjá
O mar, misterioso marQue vem do horizonteÉ o berço das sereiasLendário e fascinante
Olha o canto da sereiaIalaô, Oquê, IaloáEm noite de lua cheiaOuço a sereia cantar
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E o luar sorrindoEntão se encantaCom a doce melodiaOs madrigais vão despertar
Ela mora no marEla brinca na areiaNo balanço das ondasA paz ela semeiaE que é?
Ogunté, MarabôCaiala e SobáOloxum, InaêJanaína e Iemanjá
Lenda Nagôde: Joel Menezes, Noca da Portela: intérprete: Agepêdisco: Agepê, gravadora: ano: 1977
Êh! Inaê Quem te magoou, InaêVou pedir malembe a XangôAgô- iê
Inaê se apaixonouPelos olhos de OpeléQue só desengano deixouRemando contra a maré Ayacô, deusa da noiteQuem roubou o seu amorFerindo mais que um açoiteBulindo mais que uma dor
Êh! Inaê Quem te magoou, Inaê Vou pedir malembe a XangôAgô-iê
Opelé negro corisco Mensageiro de IfáSe seu braço fez um riscoAyacô se fez luarMas no rosto de NanãReside um resto de fé Pegou o seu TalismãE chamou Oxumaré
Êh! Inaê Quem te magoou, Inaê Vou pedir malembe a Xangô
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Agô-iê
Oxumarê que sabia De Inaê bebe a dorO céu até pareciaPintado à lápis de corNo risco claro do dia Na mansidão da manhãA vida prá sempre sorriaNo olhar de amor de Nanã
Lendas do Abaetéde: Jajá, Preto Rico, Manoel: intérprete: Jair Rodriguesdisco: Orgulho de um sambista, gravadora: ano: 1973
Iaiá mandou, eu ir à BahiaNo Abaeté para ver sua magiaSua lagoa, sua história sobrenaturalQue a mangueira, traz pra esse carnaval
Janaína agô agóiaJanaína agô agóiaSamba curimã Com a força de Iemanjá
Oh! que linda noite de luarOh! que poesia e seduçãoBrancas areias, água escuraTanta ternura no batuque e na cançãoLá no fundo da lagoaNo seu rito e sua comemoraçãoFoi assim que eu vi Iara cantarEu vi alguém mergulharPara nunca mais voltar
Lendas e mistérios de Zanzibáde: Elymar Santos, Tony Bahia: intérprete: Elymar Santosdisco: Missão, gravadora: ano: 1989
Uma princesa iralaio lunduSe casou com um rei nagô em ZanzibáPara os festejos vieram iabás, oxóssi, afoxésPra celebrarQuerubins, curumins com atabásAfrodite, deusa do amos, e maisTodo povo de ZanCantava abençoando o matrimônioÔ ô ô uma canção nagôEm Zan
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Em Zan
Esse enlace um filho concebeuNegro forte de nome Nossi-bé!E pelas matas de ZanEle cresceu e se fez um homem bom
Caçadores de negros no localO capturaram e em correntes o amarrouEm navio negreiro veio pro BrasilE aqui escravo se tornouLeva o senhor que paga maisQuem levou foi por dois mil réis a maisNossi-bé sentiu no corpo a dorMas como um grnade guerreiro ele enfrrentou
E o povo cantouÔ ô ô uma canção de amorÔ ô ô uma canção nagôEm ZanEm Zan
Linda situaçãode: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Oh linda situaçãoPara o negro vim dançarE cantar sua tradição
Eu vim de AngolaSenegal, BenimMoçanbique, CongoCosta do MarfimMeu pai é o rei do maracatuLutei nos PalmaresCom a lança de Ogum
Oh linda situaçãoPara o negro vim dançarE cantar sua tradição
Já faz tantos anosE eu não esqueciContra a lei do açoiteLutava ZumbiMas hoje eu sei que de norte a sulBatucam tambores os filhos de Oxum
Linha de passede: João Bosco, Aldir Blanc, Paulo Emílio:
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intérprete: João Boscodisco: Linha de passe, gravadora: ano: 1979
Toca de tatu, lingüiça e paioE boi zebuRabada com angu, rabo de saiaNaco de peru, lombo de porco com tutuE bolo de fubá, barriga d'águaHá um diz que tem e no balaio tem tambémUm som bordão bordando o som,Dedão, violaçãoDiz um que viu e no balaio viu tambémUm pega lá no toma lá dá cá do sambaUm caldo de feijão, um vatapá e coraçãoBoca de siri, um namorado e um mexilhãoÁgua de benzer, linha de passe e chimarrãoBabaluaê, rabo de arraia e confusão
Cana e cafuné, fandango e cassulêSereno e pé no chão, bala, candombléE meu café, cadê? Não tem, vai pão com pãoJá era a Tirolesa, o Garrincha, a GaleriaA Marylin Veiga, o vai-da-valsa, e hoje em diaRola a bola, é sola, esfola, cola pau a pauE lá vem Portelas que nem Marquês de PombalMal, isso é que vai mal, mas viva o carnavalLights e sarongues, bondes, louras, king-kongsMeu pirão primeiro é muita marmeladaPuxa-saco, cata resto, pato, jogo de cabrestoE a pedalada quebra outro narizNa cara do juizAi, e há quem faça uma cachorradaE fique na banheira, ou jogue pra torcidaFeliz da vidaToca de tatu, lingüiça e paioE boi zebu...
Logun-Edéde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Realce, gravadora: ano: 1979
É de Logun-Edé a doçuraFilho de Oxum Logun-EdéMimo de Oxum Logun-Edé Edé Edé Edé tanta ternuraÉ de Logun-Edé a riquezaFilho de Oxum Logun-EdéMimo de Oxum Logun-Edé Edé Edé Edé tanta ternura Logun-Edé é demais, Sabido puxou aos paisAstúcia de caçador, paciência de caçadorLogun-Edé é demais
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Logun-Edé é depois que Oxóssi encontra mulherE a mulher decide ser a mãe de todo o prazerLogun-Edé é depoisÉ pra Logun-Edé acariciarFilho de Oxum Logun-EdéMimo de Oxum Logun-Edé Edé EdéEdé é delícia
Louvação à Oxumde: Ordep Serra, Roberto Mendes: intérprete: Maria Bethâniadisco: Olho d'agua, gravadora: ano: 1992
Karê ô declaroAos de casa que estou chegandoQuem sabe venha buscar-me em festaOrarei a Oxum, sei que simXinguinxi comigo
Oxum que cura com água frescaSem gota de sangueDona do oculto, a que sabe e calaNo puro frescor de sua moradaOh! minha Mãe, Rainha dos RiosÁgua que faz crescer as criançasDona da brisa de lagosCorpo divino sem osso nem sangue
Eu saúdo quem rompe na guerraSenhora das águas de todo somÁgua da aurora no mar agoraBela Mãe da grinalda de floresAlegria da minha manhã
Ipondá que se oculta no escuroDe longe me chega a cintilação de seus cíliosOxum é água que aparta a morteOxum melhora cabeça ruimA yê yê orareiBendita onda que inunda a casa do traidor
Oxum eu bendigo na boca do diaOxum que eu adoroRica dos donsRiqueza dos rios Oxum que chameiQue não chamei Adê-ôkô Senhora das águas.
Lua de Ogumde: Murilão:
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intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Zeca Pagodinho – ao vivo, gravadora: ano: 1999
A luaQuando clareia o terreiroEm forma de pandeiroO samba brasileiroFica mais bonitoA foz do partideiroVai ao infinitoHá sempre uma história a contarDe um povo que veio de láDe além-marÉ uma voz que não se calaQue superou a senzalaE conseguiu se libertarOs astros têm influência no sambaClareia a noite de um bambaQue cultiva a inspiraçãoLua da OgumNão deixe em momento algumMeu samba na escuridão Clareia meus acordes musicais Ou será que a lua de São Jorge Não é mais?
Lua de Ogumde: Murilão: intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Zeca Pagodinho – ao vivo, gravadora: ano: 1999
A luaQuando clareia o terreiroEm forma de pandeiroO samba brasileiroFica mais bonitoA foz do partideiroVai ao infinitoHá sempre uma história a contarDe um povo que veio de láDe além-marÉ uma voz que não se calaQue superou a senzalaE conseguiu se libertarOs astros têm influência no sambaClareia a noite de um bambaQue cultiva a inspiraçãoLua da OgumNão deixe em momento algumMeu samba na escuridão Clareia meus acordes musicais
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Ou será que a lua de São Jorge Não é mais?
Lua soberanade: Ivan Lins, Victor Martins: intérprete: Ivan Linsdisco: Coleção MPB Compositores, gravadora: ano: 1997
Veio de Madagascar Ilê,ilê , ilá Essa lua soberanaSobre as àguas de Iemanjálê,ilê , ilá Esse mar de rosas brancas
Essa lua vem pra SalvadorArrastada por um pescadorGuia das marés Mestre de AfoxésFilho de olodum
Lua Sonorade: Eduando Dusek: intérprete: Eduando Dusekdisco: Contatos, gravadora: ano:
Guerra não, pazGuerra não, paz
Lua faz o homem amanhecerOh lua leve, leve emboraFaz o escuro desaparecerBrilho da lua, lua sonoraSopra o vento nas estrelasVem nos apaziguarBrilha a força, hoje creioQue nada de mais vai nos espantar
Guerra nãoChama da mataPazSua belezaGuerra nãoLuar de prataPazOh natureza
Melodia deusa, ondas do marLua na praia, oh lua brancaIlumine essa cidade pagã
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Canta nas ondas, a lua cantaMora o tempo nos seus braçosSé ela guarda as manhãsFirma a luz no espaçoIemanjá nos manda um talismã
Guerra nãoConcha na areiaPazA pérolaGuerra nãoGrão de estrelaPazEstrla do mar
Vem nossa lágrima secarÁgua da vida, vinho do marA estrela cadente vai passarSom da galáxia, voz do luarSão amores da espumaQue vem nos ativarMinha alma vive ávidaNa bruma desse céu transpassar
Guerra nãoPonto de luzPazLuz sobre o marGuerra nãoIncandescentePazLuz estrelar
Luandade: Djavan: intérprete: Djavandisco: Seduzir, gravadora: ano: 1980-81
Foi numa noite de LuandaQue um clarão me abalou em LobitoComo fosse um raio de sustoUm facho místico
Talvez o sol tenha esquecidoUma gota do dia na noitePr a saciar a sede do espíritoEm seu pernoite
Ou foi o ar que incendiouNum grito da Mãe-OxumDizendoMenino onde é que tu andaEu te batizo africamente
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Com o fogo que Deus lavrouTua sementeLuandaLuandaLuandaLuandaLuanda
Luanda, venha verde: Rogério Libânio: intérprete: Dudu Naçãodisco: Maracatu Atômico, gravadora: ano: 2000
Luanda, Luanda, LuandaLuanda, venha ver
O batuque da Nação Erê
Tocando com muito carinhoTocando com emoção Tocando com muito carinhoTocando com essa Nação
Lanterneiro, ilumine o caminhoO caminho de nossos Erês
A boneca da dama do paçoResplandece toda a Nação
Tocando com essas criançasTrazendo essa multidãoMultidão que vem para cáVem pra cáVenha dançar
Dançar com a Nação ErêDançar com a Nação Erê
Luandêde: Ederaldo Gentil, Capinan: intérprete: Lazzodisco: Filho da terra, gravadora: ano: 1985
Yê eu vim de Luanda yêYê eu vim de Luanda yêMeu Luanda
Lá na BahiaTodo branco tem um negroNa famiaGege, bantu ou nagô
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Seu doutor, eu vim de LuandaPra namorar com a sua fiaNego amor, nego amor
Ponha as rendas na varandaE a moça na sacristiaEla já disse que simNão precisa de alforriaAntes da aboliçãoA lição eu já sabiaNa Bahia todo brancoTem um negro na famia
O luar lá de LuandaAnda nas bandas de cáFui oiá pra sua fiaVi o mundo clarearSeu Alvinho e Dona ClaraTêm medo da noite virar diaVer sua fia brancaAumentar mulatariaYê quilombo da BahiaNeste mundo todo mundoTem um nego na famia
Má intençãode: Jorge Aragão, Jotabê: intérprete: Jorge Aragãodisco: , gravadora: ano: 1981
Pinduca foi trabalharVai chover gasolinaNo bar da esquinaTodos dizem que a mandingaDa Crioula Naná vai pegarDesde menino que PinducaTinha medo de correrPra não cansarTirou carteira de trabalhoE agora diz que tá querendo batalharIsso lá no morro foi bastantePra causar um bafafáForam recorrer ao pai-de-santoPra curar esse rapazFoi muita mandinga,Muita pinga, muita rezaMuita preceFinalmente descobriramEle estava a fim de dar uma “volta”No INPS...
Maçã Tatuada
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de: Aldir Blanc, Moacyr Luz: intérprete: Aldir Blancdisco: Aldir Blanc - 50 anos, gravadora: ano: 1996
Numa esquina de copa ficava parada,Alvejada pelas setas do vício,E o início tinha sido divino:Um amante latino...Sua boca vermelha, a maçã tatuadaSobre o ombro (a sombra de veludo),A pele onde um homem que é nada Pensa que é capaz de tudo.Entre o ouro e a miçanga ofegava a audácia,Entre a joalheria e a farmácia,Entre ser a nova estrela da BandaE uma filha de Umbanda...Toda vez que as pestanas castanhas batiam,O olhar trocava mil slides:Na praia, na lambada,Com a amiga que já faleceu de Aids...E na bolsa, quando ia ao toalete,A gilete, o sempre-livre,E o chiclete importado,O velho exemplar do despertar de algum mago...O apelido que não posso esquecer:A Jezebel do Duvivier,Saiu assassinada na manchete,Entre a greve e os motins urbanos,Chamava-se Moema, era morena,E tinha apenas treze anos.
Maculelêde: N. Pereira, C. de Oliveira: intérprete: Nazaré Pereiradisco: Caixa de Sol, gravadora: ano: 1982
Maculelê, MaculaláObê, obê, obá, obá
Eu sou batuqueiro de AruandaEu vim batucar nesse lugarEu saúdo este povo da BahiaEu peço licença pra dançar
Maculelê, MaculaláObê, obê, obá, obá
Eu trago a espada de guerreiroE a branca bandeira de OxaláNo grito a estrela radianteUm grito de paz dos orixás
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Maculelê, MaculaláObê, obê, obá, obá
Maculrlêde: Pingo de Fortaleza, Guaracy Rodrigues: intérprete: Pingo de Fortalezadisco: Maculelê catu ibyja, gravadora: ano: 1991
Num batuque zumbiÉ Xangô QuilombolaE rasteira que rolaNa areiaCongadaNagô
No bater do tantãXapanã sai das trevasSão os filhos da terraÉ a dança da Guerra
MaculelêNo jogo do teu ifáAs linhas do meu axéNas Loas de OxaláRenascer Obaluaê
Ganga zumba gerouOs guerreiros d’AngolaTantos guetos aforaCandeiaCalungaKao
Salve OpanijéXaxará vence as ferasNo cortejo das erasO destino se altera
BabalaôNo jogo do teu ifáNas linhas o meu axéNas Loas de OxaláRenascer Obaluaê
Macumba dos bichosde: Irmãos Orlando, Calixto: intérprete: Dupla Zoológicadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1951
Dona Coruja
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Mais o BacurauTomaram a macumba Do Morro do Pau
Chamaram o MacacoPra fazer tamborCortaram o PapagaioPra ser orador
Macumbagelêde: João da Paulicéia, Lilico Leal: intérprete: Elsie Houston acompanhada por Gaó Zezinho e Petitdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1930
Macumbagelê, meu bemMacumbagelê aiáQuem vai gelê macuMacumba nambá
Meu pai chama ?????Minha mãe uma ave-mariaMeu sambagelê macu????????? macumbaria
(“aquira”) tem quatro portasQuatro portas a mais não temPra dizer a (todos/ todas)Macumbagelê, meu bem
Macumbêrode: Raul Torres: intérprete: Raul Torres e seu Conjuntodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1937
Vou pedir para macumbêro não rouba meu amor
Macumbêro, macumbêroMacumba-aVive fazendo maacumbaPro amor me deixar
Macumbêro, macumbêroMacumba-aVive fazendo macumbaPro meu amor me deixar
Meu amor brigou comigo??????? de nervosoVou fazer uma mandingaDe quatro pau amargoso
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De (“mão brado”) ferro (“quina”)Gabiroba e fedegosoPra meu santo me livráDos olhos dos invejosos
Meu coração tá sofrendoVive triste, amarguradoQuando te vejo de longeEle lá bate apertado
Quando tu chega pertinhoEle bate consoladoEncostado no meu peitoEle bate consiliado
Madame Satãde: Totonho, Paulinho Rezende: intérprete: Jurema, João Roberto Kelly, convidadosdisco: Rio dá samba, gravadora: ano: 1977
João era o reiDos malandros da Lapa antigaNinguém nunca viveu Pra dizer que o venceu numa briga
Costumava dizerQue só mesmo esta vidaEra quem lhe batiaMas não ía correrPois brigar pra viverÉ que é valentia
Seu modo de amarSua fantasia de plumas e lãFizeram nascer em JoãoMadame SatãFizeram nascer em JoãoMadame Satã
Filho de OxaláValente na briga de soco e de tapaMadame SatãDerradeiro malandro da história da Lapa
A camisa de sedaO anel de guiaO seu chapéu de palhaO tamanco usado Na palma da mãoPra fugir de navalha
No caminho uma trilha Que deu numa ilha
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De quartos sombriosSem a Lapa boêmiaA saudade, a blasfêmiaNos dias vazios
Foi Sete CoroasSeu mestre na vidaQuem lhe disse um diaQuem tem valentiaJamais se intimida
Filho de OxaláValente na briga de soco e de tapaMadame SatãDerradeiro malandro da história da Lapa
Mãe Áfricade: Sivuca, Paulo César Pinheiro: intérprete: Sivuca, Paulo César Pinheirodisco: Sivuca, Paulo César Pinheiro, gravadora: ano: 1980
No sertão mãe que me criouLeite seu nunca me serviuPreta-bá foi que amamantouFio meu e o fio de meu fioNo sertão mãe-preta me ensinouTudo aqui nós que construiuFio, tu tem sangue nagôComo tem todo esse BrasilOiê pros meus irmãos de Angola, ÁfricaOiê pra toda nação Bantu, ÁfricaOiê do tempo do quilombo, ÁfricaPelo bastão de XangôE o caxangá de OxaláFilho do Brasil pede a bênçãoDe Mãe-África
Mãe Áfricade: Murilão, Luverci Ernesto: intérprete: Quinteto em Branco e Pretodisco: Riqueza do Brasil, gravadora: ano: 2000
Veja lá,Que tem jongo, tem congada e capoeiraBumba-meu-boi, roda de sambaTem mais na festa afro-brasileiraMenininha a benção madrinha, axéAbençoa a patroa do meu candombléVindo da mãe África distanteO negro foi mais forte que a dorA má sorte o tornou gigante
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Nobre, bem maior que o seu SenhorTrouxe seus costumes e magiasDanças e cantigas de valorConheça a culinária da BahiaA saga de Zumbi, um redentorOdudua é a TerraObatalá é o arO filho seu é de guerraO filho seu vai reinar
Mãe das Àguasde: Odara: intérprete: Ilê Aiyêdisco: llê Aiyê, gravadora: ano: 1996
Pérola negra, pérola llêPérola negra, pérola llêA teogania de um mitoÉ a expressão de um dogmaGenealogia da fé e da razão,Do meu cantar...Vem de Nagô-llêCantando um culto negro, a narrarA complicaçãoE a ordenacão do orixá
Arê rê Aiyê,Orixá LomanOnixaurê,Meu povo negro onixauera
Arê rê Aiyê,Canto negro, escravocrata;Onixaurê,Meu povo negro onixauera
Senzala, meu canto, senzalaNo cabando KaiáNo cabando llê aê, aê, Kaiá
Vinte anos de llêAê, aê, KaiáÉ de mãe, é de féÉ mangerê, mãe...É de llê Aiyê,Olorum, deus Maó
Mãe estrelade: Nardão, Edlamar: intérprete: Tobiasdisco: Tobias, gravadora: ano: 1989
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Desde os tempos da senzalaQue o negro cantava suadoBatendo o pilão Desejava a liberdadeLogo sentia aumentarAs batidas do seu coraçãoBatia mais forte, ora bate pilãoSonhava mais alto, bate pilãoSentia mais perto, bate pilãoA libertaçãoCom espuma e luar, JanaínaLavou seu tormentoO canto dessa raça, agô, oiáEsconde lamentoE mãe estrela no céuRefletida nas ondas do marÉ Iara la laia, laiaÉ odoiá, mãe de aióca
Mãe Estrelade: Nardão, Edlamar: intérprete: Tobiasdisco: Tobias, gravadora: ano: 1989
Desde os tempos da senzalaQue o negro cantava suadoBatendo pilãoDesejava a liberdadeLogo sentia aumentarAs batidas do seu coraçãoBatia mais forte, ora bate pilãoSonhava mais alto, ora bate pilãoSentia mais perto, ora bate pilãoAlibertaçãoCom espuma e luar, JanaínaLavou seu tormentoO canto dessa raça, ago, oiáEsconde lamentoA mãe estrela no céuRefletida das ondas do marÉ Iara la laia laiaÉ Odoiá, mãe de arocá
Mãe guerreirade: Roberta Miranda: intérprete: Tobiasdisco: Tobias, gravadora: ano: 1989
GuerreiraSegue teu caminho livre
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Levanta a bandeiraClareia, mãeSegue teu caminho livreLevanta a bandeiraA força tá no vento forteDo bem de quem quiser levarGuerreiraSegue teu caminho livreLevanta a bandeiraSete banhos de cachoeiraAlecrim, muita arruda e guinéMinha mãe me traz muito axéSalve a banda de lá e de cáIansã, Pai Ogum, IemanjáSalve tudo que vem de Oxalá
Mãe Guerreirade: Roberta Miranda: intérprete: Ruy Maurity disco: Ruy Maurity, gravadora: ano: 1984
GuerreiraSegue teu caminho livreE levanta a bandeiraClareia, mãeSegue teu caminho livreE levanta a bandeiraA força dáNo vento forte do bemDe quem quiser levarGuerreiraSegue teu caminho livreE levanta a bandeira
Sete banhos de cachoeiraAlecrim, muita arruda e guinéMinha Mãe me traz muito axéSalve a banda de lá e de cáIansã, salve Ogum, IemanjáSalve tudo que vem de Oxalá
Mãe guerreirade: Roberta Miranda: intérprete: Tobiasdisco: Tobias, gravadora: ano: 1989
GuerreiraSegue teu caminha livreLevanta a bandeiraClareia mãeSegue teu caminho livre
219
Levanta a bandeiraA força ta no vento forteDo bem de quem quiser levarGuerreiraSegue teu caminho livreLevanta a bandeiraSete banhos de cachoeiraAlecrim, muita arruda e guinéMinha mãe me traz muito axéSalve a banda de lá e de cáIansã, Pai Ogum, IemanjáSalve tudo que vem de Oxalá
Mãe negra mãede: Jorginho do Império, Bicalho, Carlinhos do Império e Jorge José: intérprete: Jorginho do Impériodisco: Viva meu samba, gravadora: ano: 1983
Ia min ó egê kole jôIa min opokê la va ô
Ó mãe baianaTradição na cultura popular-popularFoi mãe negra mãe Que ensinou ô ôSem a fé a vida não terá amor
SemeandoLendas e costumes africanosOubrerem oubáA rainha ginga vem saudando
Xangô, Ogum, OxumaréPaô a Oxalá
Caruru, acarajé, vatapáNo velho Mercado ModeloLá na Bahia eu fui encontrar
Sou xodó da BahiaRepresento uma naçãoTodos meus filhos de féTêm minha proteção
E chegando à Praça OnzeTradição dos carnavaisTia CiataReunia batuqueiros imortais
Sou império baianaEu fiz o teu CongáEsse povo é quem te amaFirma ponto vem girar
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Mãe Pretade: Luiz Paiva, Luiz Alves, Moraes Moreira, Capinam, Béu Machado: intérprete: Moraes Moreiradisco: Terreiro do mundo, gravadora: ano: 1993
Muito sol no juízoE na beira do marÁgua de cocoE o swingue de quemCanta e sabe falarLíngua de pretoJogou duro no samba de rodaE dançouCoisa de loucoE a polícia chegouE tentou bagunçarNosso coretoLá na praça CaymmiSe vestiu de baianaLeu a mão da baianaE jogou o IfáMe engana que eu gostoE olha o bicho que deuNo seu jogo eu apostoNessso sonho que é só meuOh! Minha mãeQuem não mama, espiaOh! Minha mãeGenerosa é a tetaDa nossa mãe preta Bahia
Mãe Stellade: Danilo Caymmi, Dorival Caymmi: intérprete: Danilo Caymmidisco: Mistura Brasileira, gravadora: ano: 1997
Rio que corta a mataMata da vista se perderMata que dá de um tudoDá di cumê e di bebêDá di cumê e di bebêDá di prataMeu caminho iluminouNa roça minha mãe disseMeu filho esse é teu orixáOrixá que te acompanhaÉ Oxóssi nosso paiStella, Mãe Stella, Mãe StellaDo Axé Opô AfonjáStella, Mãe Stella, Mãe Stella
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Orixá que é dono delaÉ Oxóssi nosso pai
Mãe-Áfricade: Sivuca, Paulo César Pinheiro: intérprete: Clara Nunesdisco: Nação, gravadora: ano: 1982
No Sertão mãe que me criouLeite seu nunca me serviuPreta bá foi quem amamentouFio meu e o fio de meu fio
No sertão mãe preta me ensinouTudo aqui nós que construiuFio, tu tem sangue nagôComo tem todo esse Brasil
Oiê pros meus irmãos de Angola, ÁfricaOiê pra Moçambique e Congo, ÁfricaOiê pra toda nação bantu, África
Pelo bastão de XangôE o caxangá de OxaláFilho Brasil pede a bençãoDe mãe África
Mais felizde: Paulo César Feital, Elton Medeiros, Carlinhos Vergueiro: intérprete: Elton Medeirosdisco: Mais feliz , gravadora: ano: 1995
O sol vestiu terno de linho e chapeú panamáE brilhou bem mais felizQuando Leila Diniz foi cabocla de IemanjáClara manhã do paísQue rompia os Brasis feito Ogum Beira-marNa boca da noite de Elis uma luz vadiavaFrancisco não era de Assis mas criava seus sabiásO tom brasileiro pra mim era som pra Jobim cantarPoeta tinha moral e o povo tinha MoraisE outros tantos pluraisA lua bebeu Moet-Chandon num motel do JoáE brilhou bem mais felizQuando era uma glória Darlene escandalizarReinava a Oxum mais bonitaA Mãe Menininha do meu GantoisEnquanto a divina Elizeth nos enluaravaValente é que era de Assis e cantava pra não chorarAs rosas falavam e Cartola fingia não escutarEra alegria e paixão e o povo tinha Drummonds
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O poeta e o barãoE o leão era só mais um milhar
Mais felizde: Paulo César Feital, Elton Medeirros e Carlinhos Vergueiro: intérprete: Elton Medeirosdisco: Mais feliz , gravadora: ano: 1995
O sol vestiu terno de linho e chapeú panamáE brilhou bem mais felizQuando Leila Diniz foi cabocla de IemanjáClara manhã do paísQue rompia os Brasis feito Ogum Beira-marNa boca da noite de Elis uma luz vadiavaFrancisco não era de Assis mas criava seus sabiásO tom brasileiro pra mim era som pra Jobim cantarPoeta tinha moral e o povo tinha MoraisE outros tantos pluraisA lua bebeu Moet-Chandon num motel do JoáE brilhou bem mais felizQuando era uma glória Darlene escandalizarReinava a Oxum mais bonitaA Mãe Menininha do meu GantoisEnquanto a divina Elizeth nos enluaravaValente é que era de Assis e cantava pra não chorarAs rosas falavam e Cartola fingia não escutarEra alegria e paixão e o povo tinha DrummondsO poeta e o barãoE o leão era só mais um milhar
Majestade Realde: Tonho Matéria: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu, gravadora: ano: 1987
Um momento de canto de glória e manifestaçãoTraz o Ara Ketu rompendo um destino a imensidãoMostrando uma riqueza singela e perfeitaCom muito amorDe uma cidade distinguidamente chamada EjigbôA sua história, Ara Ketu destaca no carnavalE um pilão sagrado da majestade realEm transe de dança ostensivamente na mão representaComo alusão da sua preferênciaCanta raça negraCanta raça negra com Ara Ketu singeloMostrando o brilho e a riquezaÔôô Eleejigbô, ôôô EleejigbôCerto dia um homem e amigo do rei lhe indicouComo deveria transformar a grande aldeia de EjigbôImediatamente partiu o mesmo pra outro lugar
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Com o passar do tempo a vasta cidade sentiu seu olharPelo adulador, aos guardas do posto pediu informaçãoE a sua resposta ligeiramente foi uma forte agressãoFerido vingou-se utilizando a força de todos os poderesInfecundas as mulheres e sem pasto ficaramOs cavalos do reiSabedor da angústia do seu companheiro mandou libertá-loE esquecer os maus tratos que sofreu no lugarCom uma concórdia ficou Ejigbô num momento sérioSeu povo entre si com golpes de varas formaram um prélioE hoje o Ara Ketu traz pro carnaval uma conscientizaçãoMostrando ao povo o brilho perfeito de uma regiãoCanta raça negraCanta raça negra com Ara Ketu singeloMostrando o brilho e a riquezaÔôô Eleejigbô, ôôô Eleejigbô
Majestade, o sabiáde: Roberta Miranda: intérprete: Jair Rodriguesdisco: Vida, gravadora: ano: 1997
Meus pensamentosTomam forma, eu viajoVou para onde Deus quiserUm videoteipeQue dentro de mim retrataTodo meu inconscienteDe maneira naturalAh! Tô indo agora pra um lugar todinho meuQuero uma rede preguiçosa pra deitarEm minha volta, sinfonia de pardaisContando para a majestade, o sabiáTô indo agora Tomar banho de cascataQuero adentrar nas matas Onde Oxóssi é o Deus Aqui eu vejo plantas lindas e selvagensTodas me dando passagemPerfumando o corpo meuEsta viagem dentro de mim Foi tão lindaVou voltar à realidadePra este mundo de DeusPois o meu euEste tão desconhecidoJamais serei traídoEste mundo sou eu
Mal olhadode: Alvarenga, Ranchinho: intérprete: Alvarenga, Ranchinho com Rogério Guimarães e seu Conjunto
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disco: 78 RPM, gravadora: ano: ?
Me botaram mal olhadoMinha vida se mudouA mlher que eu mais amava Foi-se embora e me deixou
O meu rancho é tão bonitoVeio o vento e derrubouMinha viola de pinhoEla nunca mais tocou
Minha horta de milhoVeio a enchente e pegouO meu gado que era gordoVeio a peste e matô
Até a lua lá no céuNunca mais apareceuCom certeza ficou tristeFicou triste como eu
Hoje vivo tão descrenteJá perdi a minha terraEu não sei o que seráNem a morte não me quer
Malungode: Catoni, Joel Menezes: intérprete: Agepêdisco: Agepê, gravadora: ano: 1977
Hoje eu vou numa viagem Peito aberto, braço forteVou caminhar na minha sorteEu sou eu, Moçambique, Vatuse ou AngolaQuem quiser se alegrar que me escute agoraVou contar tudo aquilo que no mundo fizSem dizer a origem, razão ou raizSei dizer a meu canto sem pranto é feliz
Vim de tão longeDe não sei onde Tenho a certeza sou Filho de Olorum
Viagem fiz sem ter sorteSem tempo e sem liberdadeMalungueiro de braço forteParei a tempo a saudade hoje eu vejo a cidadeA minha arte cantar
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Empunhei o meu estandarte Onde hoje é meu lugar Meu lugar, meu lugar...
Mamãe Garuandade: Sussú: intérprete: Sussúdisco: Preto Velho, gravadora: ano: 1972
Garuanda ê, Garuanda êÉ cita (nangoma/nagoma) êÉ cita (nangoma/nagoma) mamãe GaruandaÉ cita (nangoma/nagoma) ê
Garuanda ê, Garuanda êÉ cita rainha d’AngolaVamos ver mamãe Garuanda
Mamãe Oxumde: Domínio popular (adaptação Zeca Baleiro): intérprete: Zeca Baleirodisco: Por onde andará Stephen Fry?, gravadora: ano: 1997
Eu vi mamãe Oxum na cachoeiraSentada na beira do rioColhendo lírio lirulêColhendo lírio liruláColhendo lírioPra enfeitar o seu congáÉ areia do mar que o céu serenaÉ areia do mar que o céu serenouNa areia do mar mar é areiaMaré cheia ê mar marejou
Mammade: Efson : intérprete: Agepêdisco: Mistura Brasileira, gravadora: ano: 1984
Iê iê iê, mammaOdoio mammaSaravá mamma
Oh, mammaHoje é seu diaEm todo caanto dessa terraMamaezinha estão festejando seu diaOh, mammaHoje não é dia de chorar
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Até o ventoEstá ficando com tristezaQue lhe fez assim chorar
Oh, mammaO mal que fez você chorarVai se acertar com as sete ondasMamaezinha, e com seu corpo do mar
Oh, mammaVem com seu filho balançarEsse balanço que é um lenço para os olhosDe quem vive a chorar
Oh, mammaNonambu, mammaVem balançarComigo, mamma
Maná Manéde: Rita Lee: intérprete: Rita Leedisco: Zona Z, gravadora: ano: 1988
GererêBoiando em GuarujáIemanjá e seu narguilê, gererê
FuzuêUm pega pra capá Xá di xapáPra dar e vender, gererê
JabaculêVida de marajáPresa de aláPra mim, pra você, gererê
Lata maná, lata manePode mergulhar que dá pé
A taba do Tupã TupiniquimTe qui ta boa, te qui ta boa
Ta toda atribo numas de caíumLá na canoa, lá na canoa
Manda notíciade: Nelson Rufino, João Rios: intérprete: Neguinho do Beija-Flordisco: A voz da massa, gravadora: ano: 1986
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Manda notícia pra mimQuero qualquer novidadeTo me sentindo tão sóMorrendo de amor e saudade
Quando você foi embora, viuTive mais sossego nãoTodo mundo perguntava, viuO motivo, a razãoPorque você foi embora, viuPela tal separaçãoSe foi briga ou ciúmeMexerico ou traição
Mandinga da comcumbina, viuCisma da oposiçãoFuxico da vizinhança, viuCandonguinhas de patrãoCachaça na encruza errada, viuTransa com um sapatãoPreaga de alguma bichaE pra tudo isso eu disse não
Mandei fazer um patuáde: Raimundo Olavo, Norberto Martins, Cláudio Luiz: intérprete: Roberto Silvadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1948
Mandei fazer na Bahia,Um patuá para mim,Mandei fazer uma preceNo altar do Senhor do Bonfim,Mandei buscar de encomendaUma figa de guiné,Pra me livrar da macumba,Do canjerê e do candomblé.
Tendo isso em minhas mãos,Nada mais posso temer,Tenho meu corpo fechadoQuero meu santo benzer.Quero livrar dos maus olhos,Que atrasam a minha vida,Quero evitar é brigarNoite e dia com minha querida.
Mandingade: Celso Bahia: intérprete: Celso Bahiadisco: Dois neguinhos, gravadora: ano: 1988
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Eu só sei que voltouA mandinga que você mandou
Eu só sei que voltouA mandinga que você mandou
Vizinho tá com olho grande em vocêAmigo querendo tomar seu lugarMulher se retou e já vai te deixarAcenda uma vela pra seu orixá Acenda uma vela pra seu orixá
Espada de Ogum com arruda e guinéAcenda uma vela pra seu orixá
Mandingade: André Christovam: intérprete: André Christovamdisco: Mandinga, gravadora: ano: 1989
Por nascer filho de DeusEu ganhei nome de santoDa mãe herdei os olhosDo pai um outro encanto
Uma mulher não tão mais velhaMe tascou o primeiro beijoCom o cérebro entre as pernasDei de cara com o desejo
A paixão foi uma mestraMorena e sinuosaMe ensinou a mentirE a trepar sem muita prosa
Da estrada levo os comparsasE muita garrafa vaziaUm par de guitarras velhasE os amores de um só dia
No bolso um patuáPra inveja morrer à minguaSeis vidas pras tuas balasE um blues chamado Mandinga
Maracatu do meu avôde: Nei Lopez, Leonardo Bruno: intérprete: Alcionedisco: Almas e Corações, gravadora: ano: 1983
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Meu avô nasceu onde o sol morreE se afoga em fogo em pleno marOnde o vento HarmatanQue vem do norteCospe rubras fagulhas pelo ar Meu avô tinha ofício de ferreiroE quem mexe na forja é OgumQue nascendo ferreiro foi guerreiroMeu avô não foi qualquer um
Uma noite no Golfo de BenimGaleotas, galeras , galeõesDesembarcaram mercadoresCorsários, nautas e canhõesVinham em busca do ouro achantiSimulando interesse ter nenhum Meu avô olhou dentro dos seus olhosMeu avô não foi qualquer um
Meu avô descobriu pros navegantesOs dosséis do Songai e do MaliE lhes presenteou com a sua alma Entalhada em ébano e marfimRevelou-lhes os bronjes do IféE a Grandeza infinita de OlorumMeu avô conversava com IfáMeu avô não foi qualquer um
Mas um dia esse avô foi barganhadoPor um bacamarte de metalTrês alfanjes, um chapéu rendadoUmas duas fiadas de coralMais um rolo de folha de TabacoSeis retalhos e três galões de rumIsso e mais vinte e três lenços de linhoMeu avô não foi qualquer um
Maracatu elegantede: José Prates: intérprete: Inezita Barrosos e Orquestra, Coral e Regional de Caçulinhadisco: Vamos falar de Brasil novamente, gravadora: ano: 1966
Bum, bate o bumbo e o agogôEu sou filha de NagôE a nação vai coroar
É lá na rua ImperialPara detrás do chafarizQue sai todo pessoal
MaracatuEu sou rei muito elegante
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Já reinei no elefanteE vou voltar a reinar
Maracatu Elegantede: José Prates: intérprete: Inezita Barroso com Regionaldisco: 78 RPM, gravadora: ano:
Bum, bate o bumbo e o agogôQue eu sou filho de nagôQue a nação vai coroar
É lá da Rua ImperialPor detrás do chafarizQue sai todo o pessoal
Maracatu eu sou rei muito eleganteJá reinei no ElefanteE vou voltar a reinar
Marakade: May East: intérprete: May Eastdisco: Remota Batucada, gravadora: ano: 1985
Esta maraka é d’água doce, é d’água doceEsta maraka é d’água doce é da OxumDama do amorDona do ouro
Eu quero estar com meu amado no meu ladoQuero escutar o tilintar das moedasDona do amorDona do ouroTem uma gota d’água doce no meu peitoTem uma gruta d’ouro a ser exploradaEu vou me darVou fecundar
Maria Congade: Sussú, Cicica: intérprete: Sussúdisco: Preto Velho, gravadora: ano: 1972
Vamos verVamos olharVamos verMaria Conga como ganha coroaVamos ver
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Apanha o pano da (costa)E trás no pejiUma garrafa de dendêUm galo e ori(oganda/ocanta) um alonjápra todos ouvirChama Maria congaTá pronto o (Abori)
Maria Moitade: Carlos Lyra: intérprete: Nara Leãodisco: O fino da bossa, gravadora: ano: 1963
Nasci lá na BahiaDe mucama com feitorMeu pai dormia em camaMinha mãe, no pisadorMeu pai só dizia assim: venha cáMinha mãe dizia sim sem falarMulher que fala muitoPerde logo seu amorDeus fez primeiro o homemA mulher nasceu depoisPor isso que a mulherTrabalha sempre pelos doisHomem acaba de chegar tá com fomeA mulher tem que olhar pelo homemMulher deitada em péMulher tem é que trabalharO rico acorda tardeJá começa rezingarO pobre acorda cedoJá começa trabalharVou pedir ao meu babalorixáPra fazer uma oração pra XangôPra por pra trabalharGente que nunca trabalhou
Maria Moitade: Carlos Lyra, Vinícius de Moraes: intérprete: Joycedisco: Vinícius de Moraes – Negro demis no coração, gravadora: ano: 1988
Nasci lá na BahiaDe mucama com feitorMeu pai dormia na camaMinha mãe no pisador
Meu pai só dizia assim:
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Vem cá!Minha mãe dizia “sim”Sem falarMulher que fala muitoPerde logo seu amor
Deus fea primeiro o homemA mulher nasceu depoisE é por isso que a mulherTrabalha sempre pelos doisHomem acaba de chegar Ta com fomeA mulher tem que olharPelo homemE é deitada, em péMulher tem é que trabalhar
O rico acorda tardeJá começa a rezingarO pobre acorda cedo já começa a trabalharVou pedir pro meu BabalorixáPra fazer uma oração pra XangôPra pôr pra trabalharGente que nunca trabalhou
Maria Raiôde: Jonny, Val Macambira: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Chiclete com Banana, gravadora: ano: 1992
Deixe eu ser livre,Que a liberdade não cansaDeixe, favor não me toquemEu sei me cuidarDeixe ilusão passageira o amor é profundoE mora na boca do mundoEu vou te encontrarQuero o Santo SalvadorNo milagre e na dança,Quero folia na praça,Poder namorarQuero a criança sorrindo,O amor é profundo,E mora na boca do mundo,Eu vou te encontrarEu vou além da fantasiaEu vou além do além marMaria raiô odé odara, odé odaraDeixo o que você não deixaE conto com você, meu santo DeusQuando você não me beijaNem deixa falar, meu santo DeusVejo o que você não vê
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Quero o que você não querTudo o que você não vêQuero o que você não querTudo o que você não fazEu faço merecer, meu santo DeusEnsine, oração, ironia,Do lado de cá, meu santo DeusVejo o que você não vê,Quero o que você não querÔ, ô, ô, ô, ô, meu santo Deus
Maria vai com as outrasde: Toquinho, Vinícius de Moraes: intérprete: Toquinho e Vinícius de Moraesdisco: Toquinho e Vinícius, gravadora: ano: 1971
Maria era uma boa moçaPrá turma lá do GantoisEra a Maria-Vai-Com-As-OutrasMaria de coser Maria de casarPorém o que ninguém sabiaÉ que tinha um particularAlém de coser além de rezarTambém era Maria de pecarTumba-ê caboclo tumba lá e cáTumba-ê guerreiro tumba lá e cáTumba-ê meu pai tumba lá e cáNão me deixe só tumba lá e cáTumba-ê caboclo tumba lá e cáTumba-ê guerreiro tumba lá e cáTumba-ê meu pai tumba lá e cáNão me deixe sóMaria que não foi com as outrasMaria que não foi pro marNo dia dois de fevereiroMaria não brincou na festa de lemanjáNão foi jogar água-de-cheiroNem flores prá sua OrixáAí Iemanjá pegou e levouO moço de Maria para o marTumba-ê caboclo tumba lá e cáTumba-ê guerreiro tumba lá e cáTumba-ê Iemanjá tumba lá e cáNão me deixe só tumba lá e cáTumba-ê caboclo tumba lá e cáTumba-ê guerreiro tumba lá e cáTumba-ê Iemanjá tumba lá e cáNão me deixe só
Medalha de São Jorgede: Moarcyr Luiz, Aldir Blanc: intérprete: Maria Bethânia
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disco: Olho d'água, gravadora: ano: 1992
Fica ao meu lado São Jorge GuerreiroCom tuas armas, teu perfil obstinadoMe guarda em ti meu santo padroeiroMe leva ao céu em sua montariaNuma visita à lua cheiaQue é medalha enluaradaTe guardo em mim, meu santo padroeiroA quem recorrro em horas de agoniaTenho a medalha da lua cheiaVocê é casado com a Virgem MariaO mar e a noite lembram na BahiaOrgulho e força marcas do meu guiaConto contigo contra os perigosContra o quebranto de uma paixãoDeus me perdoe essa intimidadeJorge me guarde no coraçãoQue a malvadeza desse mundoÉ gra nada em extensãoE muita vez tem ar de anjoE garras de dragão
Meia noitede: J. B. de Carvalho: intérprete: J. B. de Carvalho com Conjunto Tupydisco: 78RPM, gravadora: ano:
Meia noitte Vamos saravá, meu pai(Oganga)
Já pedi a OgumUma vela acesaEm cima de uma mesaOgum (narirô)Que ele é meu protetorMinha guia (namurô)
Meia noiteE também uma galinha
Meio da maréde: Carlinhos Brown: intérprete: Timbaladadisco: Andei road, gravadora: ano: 1995
Sou remador do bomFeito de sal e somTeu remador sou eu
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Meu manzuá encheu
Meu manzuá encheuTeu remador sou eu
Sou macumbaSou macumbaSou macumba
Soul, sou macumbaEu vou te levarPro meio da maréMulé, mulé, mulé, muléPro meio da maréVai, vai, perna pra quem vai
Sou macumbaSou macumbaSou macumbaSoul, sou macumbaEu vou te levarPro meio da maréMulé, mulé, mulé, muléPro meio da maréVai, vai, perna pra quem vai
Sou macumbaSou macumbaSou macumbaSoul, sou macumba
Pra bem ser amadaSou macumbaDa tua amizadeSou macumbaDa tua risada
Melodia africanade: J. B. de Carvalho, Ilka Airosa, Durval Fernandes: intérprete: J. B. de Carvalho, Odete Amaraldisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1938
Fui no OlorumPra você voltar pra mim,Sinto-me doer,Nosso amor não terá fim.
Na Bahia, ôi, temCandomblé de XangôPra prender seu amor,Na Bahia, ôi, temSanto forte e agogô,Alivia a minha dor,
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Na Bahia, ôi, tem.
Se você voltar pra mimAgradeço a Olorum,Que é pai de Japeranga,Japeranga de Olorum.
Na Bahia, ôi, tem,Feitiço pra fazer você me querê,Na Bahia, ôi, tem,Galo preto com dendê,Pra você não me esquecê,Na Bahia, ôi, tem.
Melzinho na chupetade: Almir de Araújo, Marquinhos Lessa, Hercules Correa: intérprete: Elymar Santos
disco: Missão, gravadora: ano: 1989
Brasileiros e brasileiras!!!Terra a vista!Tem amorAqui pra darOnde canta o sabiá
Vem de longe ôFoi seu Cabral que descobriuProvou, gostouDeitou, rolouNo Pau-BrasilDe lá pra cá nada mudou ô ô ô
Terra abençoadaTudo que se planta dáMagia iluminada de norte a sulPela luz de OxaláO que é bom todo mundo gostaEncosta que a marola vai levar
É melzinho na chupetaÉ papinha de babáAté o “abi” que é daqui meteu a pá
A arte mil faces do tempero brasileiroCoração aventureiro viajando na imensidãoOs rios, os verdes e as matasA cor da mulataMeu time campeãoNo palco do meu carnavalAs riquezas desse chãoO meu capricho tropicalNesse nunguém mete a mão
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Menina dandarade: Paulo Bebétio, Paulinho Resende: intérprete: Margareth Menezesdisco: Kindala, gravadora: ano: 1991
Eu venho das águas lavadasEm rios sedentosDos mares que molham as sombras de AldebarãEu sinto de longe a fúria e o cheiro dos ventosQue trazem as chuvas que nascem das mãos de IansãEu sou a pirâmide, eu sei quem inventou o tempoQue faz esse índio guerreiro aqui dentro de mim?Os raios que cruzam as ruas do meu pensamentoAcordam em frente ao espelho meu doce alfenim
Vem lá do PelôEssa voz, essa moça bonita IaraClariôDeve ser olhar de menina dandaraEu tenho bordado na alma o lume da estrelaO braço de Zâmbi me guia na luz da manhãO sol deixa um fogo de sol sobre minha cabeçaA tábua dos dez mandamentos já foi minha irmãNos olhos do mundo eu vejo as meninas da ruaA porta que dá pro destino não é uma sóEu sei do que é feito o caminho da estrela nuaÉ mirra, incenso, é ouroÉ pedra e pó
Menina Dandárade: Paulo Debétio, Paulinho Resende: intérprete: Margareth Menezesdisco: Kindala, gravadora: ano: 1991
Eu venho das águas lavadasEm rios sedentosDos mares que molham as sombrasDe AldebarãEu sinto de longe a fúriaE o cheiro dos ventosQue trazem as chuvas que nasceemDas mãos de IansãEu sou a pirâmide, eu seiQuem inventou o tempoQue faz esse índio guerreiroAqui dentro de mim?Os raios que cruzam as ruasDo meu pensamentoAcordam am frente ao espelhoMeu doce alfenim
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Vem lá do PelôEssa voz, essa moça bonita YaraClariôDeve ser o olhar da menina dandára
Eu tenho bordado na almaO lume da estrelaO braço de Zâmbi me guiaNa luz da manhãO sol deixa um fogo de solSobre minha cabeçaA tábua dos dez mandamentosJá foi minha irmãNos olhos do mundo eu vejoAs meninas da ruaA porta dá pro destinoNão é um sóEu sei de que é feitoO caminho da estrela nuaÉ mirra, incenso, é ouroÉ pedra e pó
Menina do Cateretêde: Bell Marques, Chocolate da Bahia, Paulinho Camafeu: intérprete: Chiclete com Bananadisco: É Festa, gravadora: ano: 1990
Menina linda do cateretêNosso Brasil tem um alto astralCante comigo esse meu sambaêVou pra Bahia, vou levar vocêNo sol da Bahia a gente deita e rolaSambaê, sambaêAndar com fé na terra do axéSambaê, sambaêPai Oxalá tá protegendo você, mãeSambaê, sambaêChiclete com Banana fazendo você mexerSambaê, sambaêMenina linda do cateretêNosso Brasil tem um alto astralCante comigo esse meu sambaêVou pra Campina Grande, eu vou levar vocêLá no spazzio a gente deita e rolaSambaê, sambaêVitória da Conquista no Massilas vou te terSambaê, sambaêSão Paulo é Sampa no berço da madrugadaSambaê, sambaêMenina linda do cateretêNosso Brasil tem um alto astralCante comigo esse meu sambaê
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Vou pra Recife vou levar vocêLá em Recife a gente deita e rolaSambaê, sambaêLá tem capiba no trevo da FreviocaSambaê, sambaêLinda Olinda no Batata vou te verSambaê, sambaêMenina linda do cateretêNosso Brasil tem um alto astralCante comigo esse meu sambaêEu vou pra Fortaleza, vou levar vocêNo Seriguela a gente deita e rolaSambaê, sambaêGalera de Ilhéus vai botar pra derreterSambaê, sambaêLá em Natal o teu desejo me alucinaSambaê, sambaêLá em Brasília tô de olho em vocêMenina linda do cateretêNosso Brasil tem um alto astralCante comigo esse meu sambaêEu vou pra Minas vou levar vocêMenina linda do cateretêNosso Brasil tem um alto astralCante comigo esse meu sambaêDe bem com a vida eu quero te ver
Menina do Tachode: Agepê, Leo Môra, Rodolpho de Souza: intérprete: Agepêdisco: Agepê, gravadora: ano: 1990
Menina desci rio abaixoVi seu tacho vazioO que aconteceu Na beira do rio
Perguntei a JanaínaSe te viu, menina perdida,Em seu remansoPensando na vida
Se você sorriuSe você chorouSe você partiu, oiSe o bicho pegou
Olha, vem cá menina me contarOlha, vem cá menina me contarO que foi que te deuO que é que te dá
Vovó já dizia que o bicho papão seduzia
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Vovó só não me disseQue o bicho pega de diaEsperei, você não veioTua mãe me contouQue você chegou de tacho cheio
Menino Malucode: João Guimarães, Dica Guimarães: intérprete: Cheiro de Amordisco: Festa, gravadora: ano: 1989
Quero te encantarNa terra de OxaláMuito doido por aíMe lançouCom teu olharO menino que passouFez poeira levantarToda prosa e amorSeu cabelo a balançarVem pra seduzirEu vou atrás comÁgua na bocaQuerendo te encantarTeu jeito de menino malucoNo cabelo e no olhar
Menino malucode: João Guimarães, Dica Guimarães: intérprete: Banda Cheiro de Amordisco: Festa, gravadora: ano: 1989
Quero te encontrarNa terra de OxaláMuito doido por aíMe lançou com teu olharO menino que passouFez poeira levantarToda prosa e amorSeu cabelo a balançarVem pra seduzirEu vou atrás comÁgua na bocaQuerendo te encontrarTeu jeito de menino malucoNo cabelo e no olhar
Menino rei do marde: Airão, Sidney da Conceição: intérprete: Luiz Ayrão
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disco: Luiz Ayrão, gravadora: ano: 1976
ObaluatãMenino rei do marObaluatãAfilhado de Iemanjá
Minha vida tão tristeMeu peito cheio de dorMinha alma feridaNas garras do desamorSanto menino semeiaNas águas as chamas do amorLeva essa prece à sereiaPois eu sou um pescador
Bola pra frente, ôBola pra frenteQuando a jogada é feita com amor é diferente
Hoje o time cresceuSete dele e oito seusE mais um de criaçãoPra coroar esse romance tão sublimeOlha aí mais pro timeSambista ou campeã
Menino velhode: Romildo, Toninho: intérprete: Clara Nunesdisco: Nação, gravadora: ano: 1932
Iê iê iê iê iê iê iê iê iê iêMenino velhoQuem te disse que eu não vouJogar búzio e capoeiraPra prender o meu amorNa peneira de sabrina Vi minha casa de barroCom a luz da parafinaTremelicando no jarroNum copo de água claraEu vi meus olhos lá dentroMostrando pra minha caraA face do sofrimentoNa casa do caramujoDas praias de Porto SeguroVi o pó do meu refúgioLa no fim do meu futuro
Era eu, era meu manoEra meu mano mais eu
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Meu mano alugou uma casaNem ele pagava, nem euPor sentir medo ou preguiçaO dono montou num jumentoFoi direto pra políciaReclamar seu pagamentoEra um cabo e um soldadoA força do destacamentoEra meu mano mais euDando pernada no vento
Mestre-sala dos Maresde: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Caça à Raposa, gravadora: ano: 1975
Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão no mar reapareceu na figura de um bravo feiticeiroÀ quem a história não esqueceuConhecido como Navegante NegroTinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo marNa alegria das regatasFoi saudado no porto pelas mocinhas francesas, jovens polacas e por batalhões de mulatasRubras cascatas formavam das costasDos centros entre cantos e chibatasInundando coração,Do pessoal do povão
E a exemplo do feiticeiro gritava entãoGlória aos piratas às mulatas, às sereiasGlória à farofa, à cachaça, às baleiasGlórias a todas as lutasInglóriasQue através da nossa históriaNão esquecemos jamais
Salve o Navegante NegroQue tem por monumentoAs pedras pisadas do caisMas faz muito tempo
Meu Congáde: Paraguassu: intérprete: Paraquassu e seu grupo Verde-Amarelodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1937
No mato tem calungaFolha com folha é ganga
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A ganga come mugangaFolha com folha é gangaFolha com folha é ganga
Quem quiser verPode vim, pode chegarÉ no terreiro que o santo sai do Gongá
O meu cavaloTá danado pra mancarMeche na cumbucaRepinica o meu Gongá
Moça bonita que nãoSabe ainda rezarVenha pra rodaPra pega no meu Gongá
Já tá chegando PererêPrá comungáVamos pra rodaQue o santo sai do Gongá
Meu coração é seude: Mario D. Fiuza: intérprete: Irmãos Vitaledisco: 78RPM, gravadora: ano: 1930 d)
IIntrigas de amor querem fazer Sei que a isso não dás atençãoInveja têm as outras de você porque já sabem a quem dei meu coração.IIQue a gente linguaruda p'ra falarDizendo que vives à enganarNão quero nem por sonho acreditar Também na dúvida não posso ficar.
Estribilho
Fui à macumba tirar o azare sem querer vim a saberGostas de mim e não queres falarMeu "proctetor" assim me afirmou
Meu lugar é Sampade: Luiz Perna: intérprete: Cor da Peledisco: Cor da Pele, gravadora: ano: 1996
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Yemanjá, vatapá, água de côcoAzeite de dendê, vem só pra verEu gosto da BahiaMas meu lugar é SampaAqui é muito bomMas foi lá que eu deixei meu sambaLindo Rio de JaneiroPois todo mês de fevereiroCarnaval vou ver, vem só pra verAcho lindo o CorcovadoMas vou ficar em SampaAs mulheres cariocasMas foi lá que eu deixei meu sambaB.H., vou pra láNessas montanhas lindas de se ver,Vem só pra verA Lagoa da PampulhaMas vou morar em SampaBeijo o queijo distraídoMas foi lá que eu deixei meu samba
Meu Pai Oxaláde: Toquinho, Vinícius de Moraes: intérprete: Toquinho e Vinícius de Moraesdisco: Toquinho e Vinícius, gravadora: ano: 1977
Vem das águas de Oxalá Essa mágoa que me dá Ela parecia o dia A romper da escuridão Linda no seu manto todo branco em meio à procissão e eu, que ela nem via, ao deus pedia amor e proteção Meu Pai Oxalá é o rei, venha me valerMeu Pai Oxalá é o rei, venha me valer e o velho Omulu atotobaluaiê e o velhoOmulu atotobaluaiê Que vontade de chorar no terreiro de Oxalá Quando eu dei com a minha ingrata que era filha de Yansã com a sua espada cor de prata em meio à multidão Cercando Xangô num balanceio cheio de paixão Meu Pai Oxalá é o rei, venha me valer meu Pai Oxalá é o rei, venha me valer e o velho Omuluatotobaluaiê e o velho Omulu atotobaluaiê
Meus Orixásde: Gastão Viana: intérprete: Francisco Sena com os Diabos do Céudisco: 78 RPM , gravadora: ano: 1935
Oxonilê, oraie-ê agôPede licença pra Oxalá, babáCaoca ? é meu pai XangôOssé iaba é Iemanjá
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Sereia que cantaÉ nossa santaRainha de trono, é dona do mar
Milagre brasileirode: Noca da Portela, toninho Nascimento: intérprete: Beth Carvalhodisco: Alma do Brasil, gravadora: ano: 1988
Valei-me meu Nosso Senhor BrasileiroMe ajoelhei no cruzeiroE rezei pra melhorarAcendi velas confessei os meus pecadosAndei com os dedos cruzadosPara exorcizar todo esse malE daí não deuE daí não deu nãoE pelo jeitoNão vai dar pra me segurarComo não tenho outra opçãoPra essa situaçãoEu continuo a rezar
Rezei com féPra São Pedro, São Paulo e São JoséSão Cristóvão, São LucasE até pra um santo chamado NicolauHoje eu creioQue pra mim só vale a penaEntregar os meus problemasPra um Santo Nacional pois só me dei mal
Estou cansado de nego chegar baixando o pauE eu calado bancando o cordialVou mudar meu gongá pra outro terreiroPra mim agora até o bondoso São FranciscoVai ter que mudar o discoE virar São Jorge Guerreiro – gritando primeiro
Milagres do povode: Caetano Veloso: intérprete: Gal Costadisco: Mina d'água do meu canto, gravadora: ano: 1995
Quem é ateuE viu milagres como euSabe que os deuses sem DeusNão cessam de brotarNão cansam de esperarE o coração
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Que é soberano e que é senhorNão cabe na escravidãoNão cabe no seu nãoNão cabe em si de tanto simÉ pura dança e sexo e glóriaE paira para além da história
Ojuobá ia lá e viaOjuobahiaXangô manda me mandarObatalá guiaMamãe Oxum choraLágrima alegriaPétala de IemanjáIansã -Oiá-IáÉ no xaréuQue brilha a prata luz do céuE o povo negro entendeuQue o grande vencedorSe ergue além da dorTudo chegouSobrevivente num navioQuem descobriu o BrasilFoi o negro que viuA crueldade bem de frenteE ainda produziu milagresDe fé no extremo OcidenteOjuobá ia lá e via
Mina negrade: Beto Pereira, Erasmo, Dibel, Josias Sobrinho: intérprete: Beto Pereiradisco: Terecô, gravadora: ano: 1995
Mina negra dançouTambor de MinaA negra dançou reggaeA linda negra chegouBalançou o salãoFalando inglêsI like to danceI love reggaeReggae no radinhoReggae de salãoSó pra subirA temperatura dessa criaturaEm mimReggae no radinhoE meu coraçãoDizendo ai ai aiReggae puladinho Te fazer carinho
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A pura loucuraDo beijo que tesão
Mineirade: João Nogueira, Paulo César Pinheiro: intérprete: Os Batuqueirosdisco: Os Batuqueiros, gravadora: ano: 1976
Clara, abre o pano do passadoTira a preta do cerradoPõe Rei Congo no congá
Anda, canta o samba verdadeiroFaz o que mandou mineiroOu mineira
Samba que samba no bole que boleOi, morena do balaio moleOi, se embala no som dos tantãns
Quebra no balacochê do cavacoOi, rebola no balaco-o-bacoOi, se embola nos balagandãns
Mexe no meio que eu sambo do ladoOi, vem naquele bamboleadoOi, que eu também sou bam bam bam
Cai, cai no samba caiQue o samba vai até de manhã (bis)
Oi, saraváMineira guerreiraQue é filha de Ogum com Iansã
Mineirade: João Nogueira, Paulo César Pinheiro: intérprete: João Nogueiradisco: Vem quem tem, gravadora: ano: 1975
ClaraAbre o pano do passadoTira a preta do serradoPõe Rei Congo no GongáAndaCanta o samba verdadeiroFaz o que mandou o mineiroÔ mineira
Samba-que-samba no bole-que-boleOi, morena do balaio mole
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Oi, se embala no som dos tantãsQuebra no balacoxê do cavacoOi, rebola no balacobacoOi, xse embola nos balangandãs
Mexe no meio que eu sambo do ladoOi, bem naquele bamboleadoOi, de quem eu também sou bambambã
Ai, cai no samba caiQue o samba vaiAté de manhã
Oi, sarava mineira guerreiraQue é filha de Ogum com Iansã
Mineirade: João Nogueira, Paulo César Pinheiro: intérprete: João Nogueiradisco: Além do espelho, gravadora: ano: 1992
ClaraAbre o pano do passadoTira a preta do serradoPõe rei gongo no gongadoAndaCanta o samba verdadeiroFaz o que mandou o mineiroO mineiro
Samba-que-samba no bole-que-boleOi, morena do balaio moleOi, se embala no som dos tantãsQuebra no balacoxê do cavacoOi, rebola no balacobacoOi, se embola nos balangandãs
Mexe no meio que eu sambo de ladoOi, bem naquele bamboleadoOi, de que eu também sou bambambã
Ai, cai no samba caiQue o samba vaiAté amanhã
Oi, sarava mineira guerreiraQue é filha de Ogum com Iansã
Minha féde: Murilão: intérprete: Zeca Pagodinho
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disco: Zeca Pagodinho – ao vivo, gravadora: ano: 1999
Eu tenho um snatoPadroeiro, poderosoQue é meu pai OgumEu tenho Tenho outro santoQue me ampara na descidaQue é meu pai XangôE que me ajuda No meu caminhar nessa vidaPra ir na corrida do ouroÉ Oxum, é OxumNas mandingas que a gente não vêMil coisas que a gente não crêValei-me meu pai, atotô, ObaluaiêPor isso que a vida que eu levo é belezaEu não tenho tristezaSó vivo a cantar, cantarCantando eu transmito alegriaE afasto qualquer nostalgiaPra lá, sei láE há quem digaQue essa minha vidaNão é vida para um ser humano viverPodes crerE nas mandingas que a gente não vêMil coisas que a gente não crêValei-me meu pai, atotô, Obaluaiê
Minha féde: Murilão: intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Zeca Pagodinho – ao vivo, gravadora: ano: 1999
Eu tenho um snatoPadroeiro, poderosoQue é meu pai OgumEu tenho Tenho outro santoQue me ampara na descidaQue é meu pai XangôE que me ajuda No meu caminhar nessa vidaPra ir na corrida do ouroÉ Oxum, é OxumNas mandingas que a gente não vêMil coisas que a gente não crêValei-me meu pai, atotô, ObaluaiêPor isso que a vida que eu levo é belezaEu não tenho tristezaSó vivo a cantar, cantar
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Cantando eu transmito alegriaE afasto qualquer nostalgiaPra lá, sei láE há quem digaQue essa minha vidaNão é vida para um ser humano viverPodes crerE nas mandingas que a gente não vêMil coisas que a gente não crêValei-me meu pai, atotô, Obaluaiê
Minha Históriade: Tatau: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu de Periperi, gravadora: ano: 1993
Vou me embalarO s'embala êMeu embalarVou me embalarO s'embala êPeriperiFaz parte da minha históriaE o subúrbioPresente na minha memóriaChega o Domingo subo de trem, subo de tremDesço de tremVou pro Ara KetuCurtir swingueCom você meu bemNa quadra do KetuExaltando e cantandoMostrando o swingue do povo de láQuem vem láCom o seu ofáTrazendo a justiça e a sorteNada de morteSó quero alegria e vamos cantarO subúrbio tem a sua grandezaTem o seu litoral, coisas da natureza, amorO Ara Ketu nos mosta a verdadeira belezaDessa terra também inserida pelo criador
Minha irmãde: Toni Garrido, da Gama, Charles Marsilac: intérprete: Cidade Negradisco: Sobre todas as forças, gravadora: ano: 1995
Isso é o que me faz sorrirIsso é o que me faz chorarIsso é o que me faz sorrir
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Isso é o que me faz chorarIsso é o que faz a vidaIsso é o que faz a vidaIsso deu pra mim no tarôIsso deu pra mim no tarôIsso deu pra mim no tarôIsso deu nos búziosQue a minha irmã jogou pra mimÉ o que te faz subir na vidaÉ o que te faz meu bem quererÉ o que te faz subir na vidaÉ o que te faz meu bem quererÉ alegria vivaÉ a visão de benzerPra você tambémAh, meu ZumbiAh, meu JacóAi, ai meu DeusPense nele só
Minha Princesade: Luiz Caldas: intérprete: Luiz Caldasdisco: Nós, gravadora: ano: 1990
O mar é filho do sol, o sol filho do céuE o mel é fruto da flor queA gente cheira, à beira do abismoO cinismo caiu, o antro do mal ruiuE a lua tão bela se ascendeu pra mimO poder é Oxalá, o prazer é o bom de darVocê é tão gostosa, minha princesaEu penso no imenso calor, apago a chamaDa dor, me torno seu segredo, belezaAí eu viro a mesa, cê roda a baianaE quer reclamar, te levo pra camaCê acha bacana e vem me abraçarEu saio, você quer chorar, eu chegoVocê quer ficar, você é tão gostosaMinha princesa, porque o mar é filhoDo sol, o sol é filho do céu, e o melÉ fruto da flor que a gente cheiraAí eu viro a mesa, a mesa, a mesa
Mironga do matode: Wilson Moreira, Nei Lopes: intérprete: Silas de Andradedisco: Fruto da raiz, gravadora: ano: 1985
Tudo que é do mato tem mandingaTem mitonga
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Seja folha ou seja raizÀs vezes cura, às vezes mataÉ o que vovó sempre me diz
Guiné pra fazer figaErva pra mezinhaGarrafada e muito cháVassoutinha pra rezar cobreiroFolha pra descargaCataplasma e patuáMas também tem raiz de matar E por isso É bom deixar pra lá...
Tudo que é do mato tem mandingaTem mitongaSeja folha ou seja raizÀs vezes cura, às vezes mataÉ o que vovó sempre me diz
Naqueles negros temposMuita casa grandeVolta e meia estava láProcurando os velhos na senzalaPra tirar das rugasForça pra se segurarPra sarar, pra viver, pra matarE por issoÉ bom deixar pra lá
Mistura de coresde: Toquinho, M. Fabrizio, Bardotti: intérprete: Toquinhodisco: O viajante do sonho, gravadora: ano: 1992
Acumba ê, cumba cumba cumba êAcumba ê, cumba cumba êAcumba ê, cumba cumba cumba êAcumba ê, cumba cumba ê
Vejo em teu corpo, morenaGinga, feitiço e feitorSanta mistura de coresDe raças, de sangue e de amorPor fora a pele de sedaÁfrica dentro de tiNo teu andar de rainhaA nobreza de rei Zumbi
Vem dançar, me prenderNas correntes do teu amorVem pra cá, quero serO teu escravo e senhor
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Vejo em teus olhos, morenaLadeiras de São SalvadorLenda, tambores e santosOxuns, Iemanjás e Xangôs
Mon tiers mondede: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: O eterno Deus mudança, gravadora: ano: 1989
Pas un instant a perdre!Plus que la mortLa mort des hommes dans la merdeMon tiers monde s'engage dans la vieDu fond meme de mon coeurDu fond meme de mon coeurC'est la chaleaur, C'est la chaleaurLe bonheur de la pluie
Pour la momment ça marcheÇa en fait rienRien la realité sauvageMon tiers monde s'engage dans la vieDu fond meme d'un sommeilDu fond meme d'un sommeilJ'ai le soleil, J'ai le soleilComme mon meilleur ami
Notre jours est consacréA un pan universelSoient les etoiles de merSoient les les oiseaux du ciel
Soient les choses inaniméesComme la Pierre et l'oceanSoient les nombreaux nommes de DieuComme Oxalá, Comme Tupan
Morena Brasileirade: José Messias: intérprete: Jair Rodriguesdisco: Minha hora e vez, gravadora: ano: 1976
Morena brasileiraTem feitiço no olharTem calor do solE o encanto do luar
Morena, morena de fatoTem cheiro de mato
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Tem a essência da vidaTem jeito de sambaDe carnaval na avenida
Caribé a pintouNa mais bela aquarelaJorge Amado amouE a chamou GabrielaEla, elaFoi Deus quem juntou tanta graçaE fez a morenaBrasileira de raça
Morena do marde: Dorival Caymmi: intérprete: Beth Carvalhodisco: Dorival Caymmi: Songbook 2, gravadora: ano: 1993
Ô morena do marOi eu, ô morena do marÔ morena do marSou eu que acabei de chegarÔ morena do marSou eu que acabei de chegarÔ morena do marEu disse que ia voltarAi, eu disse que ia chegarChegueiPara te agradarAi, eu trouxe os peixinhos do marMorenaPara te enfeitarEu trouxe as conchinhas do marAs estrelas do céu, morenaE as estrelas do marAi, as pratas e os ourosDe Iemanjá
Morena do marde: Dorival Caymmi: intérprete: Beth Carvalhodisco: Dorival Caymmi: Songbook 2, gravadora: ano: 1993
Ô morena do marOi eu, ô morena do marÔ morena do marSou eu que acabei de chegarÔ morena do marSou eu que acabei de chegarÔ morena do marEu disse que ia voltar
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Ai, eu disse que ia chegarChegueiPara te agradarAi, eu trouxe os peixninhos do marMorenaPara te enfeitarEu trouxe as conchinhas do marAs estrelas do céu, morenaE as estrelas do marAi, as pratas e os ourosDe Iemanjá
Muié macumbeirade: Cunha Jr.: intérprete: Nhô Nardo, Cunha Jr.disco: 78 RPM, gravadora: ano: 1946
Ô muié que me fez penarA sua macumbaNo estilo de rumbaEu vou explicarO macumbêro lá do canjaráRoubou seu dinheiroFicou fazendeiroNo macumbá
Achei um diaDebaixo dos travesseiro??? foinha de coqueroE os lencol cheios de nóTinha sapinho com boca costuradaCom os óio esbataladoQue inté me dava dó
Até um diaVeja oce o que fizeramCom ???????????? depoisTinha cabelo?????? lá queimadaFoi assim que essa marvadaQuase que me deixa louco
Por trás dos santoSó vivia de marafaVivia na ??????E assim foi seu dinheiroMas o camboniJá fez tudo o que podiaQuer fazer feitiçariaVirô contr o feiticeiro
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Mulher negrade: Gerônimo: intérprete: Banda Reflexu'sdisco: Kabiêssele, gravadora: ano: 1989
Eu me orgulho de serUma mulher negraEu tenho kelêEu tenho a dijina
Minha vó que foi rainhaMinha mãe que foi princesa
Eu me orgulho de serUma mulher negraEu tenho kelêEu tenho dijina
Esse canto de ancestralFoi Zánzi que me ensinouEsse canto é todo negroCom a força do meu amor
Axé ayê auwetoÉ zan zan zan
Axé ayê auwetoÉ Zambi êÉ Zambi na quetrecáÉ Zambi ê
Na Bahiade: Herivelto Martins, Humberto Porto: intérprete: Carmen Miranda e Trio de Ourodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1938
Na Bahia o nego macumba noite e dia,fazendo moamba, tirando quebranto das Filhas de Santo,Terra de crença, lá nasceu a esperança,E a fé tão grande assim fez morada no Bonfim.
Na Bahia tem, tem orixá,Na Bahia tem, arroz de alçá,Santos e comidas, tem canjerê,Na Bahia tudo tem, molho de azeite de dendê (ê).
Na Encruzilhadade: J. B. de Carvalho, Cézar Cruz: intérprete: J. B. de Carvalhodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1961
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Ai, ai, aiVou fazer você penarAi, ai, aiQuem é bom não pisa lá
Botei na encruzilhadaUm despacho p’rá vocêUma galinha preta Com azeite de dendê
Quem anda na macumba E não tem seu protetorMais cedo ou mais tardeVai ficar borocochô
Ai, ai, aiVou fazer você penarAi, ai, aiQuem é bom não pisa láNa encruzilhada
Na Encruzilhadade: J.B. de Carvalho, Cézar Cruz: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
Ai, ai, aiVou fazer você penarAi, ai, aiQuem é bom não pisa lá
Botei na encruzilhadaUm despacho pra vocêUma galinha pretaCom azeite de dendê
Quem anda na macumbaE não tem seu oritetorMais cedo ou mais terdeVai ficar borocochô
Ai, ai, aiVou fazer você penarAi, ai, aiQuem é bom não pisa láNa encruzilhada
Na Girade: Rita Ribeiro: intérprete: Rita Ribeiro
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disco: Rita Ribeiro, gravadora: ano: 1999
Chamou, chamou chamouChamou XangôChamou OxumChamou OgumChamou Iansã chegouChegou, chegou, chegouChegou XangôFilha de OxumFilha de IemanjáChamou XangôChamou pra ajudarChama de XangôClareou na pedreiraChama de XangôClareou
Na gruta do feiticeirode: Almirante, Candoca da Annunciação, E. Vidal: intérprete: Almirante com Orquestra Victor Brasileiradisco: 78 RPM, gravadora: ano:
É meia-noite, minha genteTá a hora, zabumba o congoQue o tinhosos assobiouA manicaca já sortôE foi-se emboraE lá distanteO galo preto já cantouLá longe o fogo do cachimbo do saciTá parecendo com o olhar do CaporéE o cão pretoTá rodando por aquiPois tá na hora de fazer o Candomblé
Zumbi, lê-lê, zabumbaZabumba, zumbi, lê-lêVamos assoprando as brasasPros infernos se acender
E o saci que virou besta de carretaJá tá danado, tá um cão, tá um perigoNão vá ninguém ficarZombando do capetaQue cria chifre, nasce rabo por castigoO nego minaPra fazer sua mandingaSó quer enxofre, quer farofaQuer cachaçaQuer vintém, quer galo mortoCom catinga
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Vela de sebo que acendendoTraz desgraça
Na onda gostosa do Quibundode: Bell Marques, Renatinho da Silveira: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Chiclete com Banana, gravadora: ano: 1992
A onda gostosa do QuibundoDo quilomboDo ingongoDo calungaAtiçou a lenga-lenga do cafunéA ginga do Alberto LeguléO gosto ardente do acarajéIjexáAratuAganjuAmaláA onda gostosa do QuibundoDo quilomboDo ingongoDo calungaAmansou o espinho mole do maxixeO ronco da batucada de TorôcoO berro grosso do inquiceBaba de moça, viço de azevicheDa quizilaIbêjiAcaçáCaxixiA onda gostosa do QuibundoDo quilomboDo ingongoDo calungaPerfumou a goma da GoméiaA gema do azeite de dendêA autoridade de BamboxêÔ Bogum IrôkoIá ominTiterê
Na orelha do pandeirode: Bororó, Lúcia Helena, Aldir Blanc: intérprete: Aldir Blancdisco: Aldir Blanc - 50 anos, gravadora: ano: 1996
A pancada aplicada no pandeiroAi, que dor o skindô,Que dor dá no batuqueiro, ô...
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Centra a corda no surdo o couro come – iscutunPaís nenhum no horrorSaculeja o azar pra longe e ginga,Diz que dá pro seu o que sobra em pranto e pinga,Faz se é pro bem, mas pro mal não quer mandinga, Na raiz popular que iaiá enche a moringaE samba no pé...Vem de dentro do marVem do rio e da restingaQuando parece morto no bolso, sai coringaE samba no pé, E samba no pé.De esguelha na orelha do pandeiroAi, que dor, esse calor me lembrou do cativeiro, ôEu sou negro e com a arma da risada, elegum,Não mais nenhum sinhôVai dizer o que é bom no meu terreiroOu transformo a careta da mala num pandeiro...Não nasci em dezembro, não vivi no mosteiro, Nós brotamos da terra no mês de fevereiroCom samba no péSinto orgulho do meu sangue afro- brasileiro, Eu só tenho de meu minha cor, esse pandeiroE o samba no pé, E o samba no pé.
Na Pressãode: Lenine, Bráulio Tavares, Sérgio Natureza: intérprete: Leninedisco: Na Pressão, gravadora: ano: 1999
Olho na pressão, tá fervendoOlho na panelaDinamite é o feijão cozinhandoDentro do molho dela
A bruxa acendeu o fogoSe cuida, rapaziadaTem mandinga de cabôcoMandando nessa paradaGarrafada de serpenteDespacho de cachoeiraQuanto mais o fogo sobeMais a panela tá cheia
Olho na pressão, tá fervendoOlho na panela Dinamite é o feijão cozinhandoDentro do molho dela
A bruxa mexeu o caldoSe liga aí, ô galeraTá pingando na mistura
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Saliva da besta-feraChacina no Centro-OesteE guerrilha na fronteiraEmboscada na avenidaTiro e queda na ladeiraMas feitiço é bumeranguePerseguindo a feiticeira
Nabucodonosorde: : intérprete: Banda Evadisco: Banda Eva – ao vivo, gravadora: ano: 1999
Na boca e na boquinhaE foi papai quem falouMenina linda, dengosaSou sua najaSou seu amorSilenciosa gatinha, fofinhaSou sua abelha rainhaBeijo com gosto de salVou consultar meu pejiUm alto astralJeito louco de serUm babá por aliSou odalisca do seu metiêVou dançar com vocêOuvir dizer que Babilônia é SalvadorÉ Salvador, é SalvadroOuvir cizer que Babilônia é SalvadorOuvi da boca de NabucodonosorNa boca e na boquinhaE foi mamãe quem falouTremendamente dengosaEsse meu bem-querer te viciouTodo manhosoVem cá, meu gatinhoMe enche de beijinhosBeijo com gosto de salDo Oiapoque ao ChuíUm alto astralJeito louco de serUm babá por aliSou odalisca do seu metiêQuero casar com você
Nabucodonosorde: : intérprete: Banda Evadisco: Banda Eva – ao vivo, gravadora: ano: 1999
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Na boca e na boquinhaE foi papai quem falouMenina linda, dengosaSou sua najaSou seu amorSilenciosa gatinha, fofinhaSou sua abelha rainhaBeijo com gosto de salVou consultar meu pejiUm alto astralJeito louco de serUm babá por aliSou odalisca do seu metiêVou dançar com vocêOuvi dizer que Babilônia é SalvadorÉ Salvador, é SalvadorOuvi dizer que Babilônia é SalvadorOuvi da boca de NabucodonosorNa boca e na boquinhaE foi mamãe quem falouTremendamente dengosaEsse meu bem-querer te viciouTodo manhosoVem cá, meu gatinhoMe enche de beijinhosBeijo com gosto de salDo Oiapoque ao ChuíUm alto astralJeito louco de serUm babá por aliSou odalisca do seu metiêQuero casar com você
Naçãode: João Bosco, Aldir Blanc, Paulo Emílio: intérprete: João Boscodisco: Comissão de frente, gravadora: ano: 1982
Dorival Caymmi falou pra OxumCom Silas tô em boa companhiaO céu abraça a terraDeságua o rio na BahiaDorival Caymmi falou pra OxumCom Silas to em boa companhiaO céu abraça a terraDeságua o rio na Bahia
Gêge, minha sede é dos riosA minha cor é o arco-írisMinha fome é tantaPlanta, flor, irmã da bandeiraA minha sina é verde-amarela
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Feito a bananeiraOuro cobre o espelho esmeraldaNo berço esplêndidoA floresta em caldaManjedoura d'almaLabarágua Sete Qued'em chamaCobra de ferroOxumaréHomem-Mulher na cama
Gêge, tuas asas de pombaPresas nas costas com mel e dendêAgüentam por um fioSofrem o bafio da feraO bombardeio de CaramuruAssanhada NhangüeraGêge, tua boca do lixoEscarro sangue de outro amor petizNo canal do mangueO uirapuru das cinzas chamaRebenta a louçaOxumarê dança em teu mar de lama
Nação Nagôde: Capiba : intérprete: Inezita Barrosos e Orquestra, Coral e Regional de Caçulinhadisco: Vamos falar de Brasil novamente, gravadora: ano: 1966
Eu vim de Luanda pra cáCom (gongui) atabaque pra dançarQue barulho é esse?É nação de preto Nagô
Meu rei me ensinouE mandou que eu dançasse pra vocêMaracatu, maracatuEu vou dançar pra vocêO maracatumaracatu
Nagô, nagôde: Domínio Público: intérprete: Sandro Leãodisco: Maracatu Atômico, gravadora: ano: 2000
Nagô, nagôNossa Rainha já se coroouNagô, nagô, nagôNossa Rainha já se coroouNagô, nagô, nagôLuís de França é nosso professor
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A boneca é de sedaSeda e madeira
Nanaê, Nanã, Naianade: Sydney da Conceição: intérprete: Clara Nunesdisco: Clara Nunes, gravadora: ano: 1973
Nanaê, Nanã, NaianaNanaê, Nanã, NaianaComo mana irmana na janganaComo mana irmana na jangana Nanaê (bis)
Nanaê Cantava pra sinhazinha dormir ao luêPra ir pra debaixo do pé de café pra fazer canjerê, nanê
Nanaê, Nanã, NaianaNanaê, Nanã, NaianaComo mana irmana na janganaComo mana irmana na jangana Nanaê (bis)
Se sinhazinha acordasse Antes de Nanaê chegarE começasse a chorarSenhor mandava amarrar NanaêE chibatar Nanaê
Nanaê, Nanã, NaianaNanaê, Nanã, NaianaComo mana irmana na janganaComo mana irmana na jangana Nanaê (bis)
Mas Nanaê se incorporava de Nanã puruquêE não sentia a pancada doe
Nanaê, Nanã, NaianaNanaê, Nanã, NaianaComo mana irmana na janganaComo mana irmana na jangana Nanaê (bis)
Sinhazinha ninada, embaladaNo cantar da negrotina, NanaêHerdou todo seu serHoje em noite de luanaÉ sinhazinha quem vai dançar na munjungana Nanaê
Nanaê, Nanã, NaianaNanaê, Nanã, NaianaComo mana irmana na janganaComo mana irmana na jangana Nanaê (bis)
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Nanan Boroquêde: João da Baiana: intérprete: João da Baiana e seu Terreirodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1955
Louvado seja meu Senhor Jesus CristoPara smepre seja louvadoViva Nanan Boroquê
Nanan, Nanan eu vouVou no mato apanhar erepepê
Minha cabeça me doi como o quePaço um (malene)Nanan Boroquê
Olha sua cabeça que doi como o queÉ assim que eu quero te verPeça (malene) a Nanan BoroquêVocê brincou com Exu Berequê
Vai no mato apanhar erepepêOlha que poia que porangabaLá no mato tem mucamba
Viva Nanan
Não deixarei o morrode: Juracy de Araújo, L. A . Pimentel: intérprete: Odette Amaraldisco: 78RPM, gravadora: ano: 1939
Quando a lua Brilha à noite lá no céu a saudadeEntão, relembra a sorte tuaSei que tu és da perdição da cidadeMas meu samba Tem muamba, Pra prender quem vem aqui no morroNão procures fugirPois sei que voltarásE perdão virás pedir
E só pro meu moreno É que penso Chorando esta minha saudadeMas não deixarei o morro Pois a mim não seduziramAs tais belezas da cidade
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Não enchede: Cetano Veloso: intérprete: Caetano Velosodisco: Livro, gravadora: ano: 1998
Me larga, não enche Você não entende nada e eu não vou te fazer entender Me encara de frente: É que você nunca quis ver, não vai querer, não quer ver Meu lado, meu jeito, O que eu herdei de minha gente e nunca posso perder Me larga, não enche, Me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver, me deixa viverCuidado, oxente! Está no meu querer poder fazer você desabar Do salto. Nem tente Manter as coisas como estão porque não dá, não vai dar. Quadrada, demente, A melodia do meu samba põe você no lugar Me larga, não enche Me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantarEu vou Clarificar A minha voz Gritando: nada mais de nós! Mando meu bando anunciar: Vou me livrar de você.Harpia, aranha, Sabedoria de rapina e de enredar, de enredar Perua, piranha Minha energia é que mantém você suspensa no ar Pra rua!, se manda, Sai do meu sangue, sanguessuga, que só sabe sugar Pirata, malandra, Me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozarVagaba, vampira, O velho esquema desmorona desta vez pra valer Tarada, mesquinha, Pensa que é a dona e eu lhe pergunto: quem te deu tanto axé? À toa, vadia, Começa uma outra história aqui na luz deste dia D: Na boa, na minha, Eu vou viver dez, Eu vou viver cem, Eu vou viver mil, Eu vou viver sem você
Não está legalde: Erasmo Silva: intérprete: Anjos do Infernodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1946
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Você vai ver,Vou acabar sua ginga,Você brigou comigo,Eu sou um perigoPra botar mandinga.
Não está direito,Não está legal,Não é divertido,Você não apanha Um baiano distraído.
No mexe-mexe,Do samba rasgado,Eu trago este dom do sapateado,Duvido morena que você esqueça,Eu sou baiano dos pés à cabeça.
Você me conhece,Às vezes esquece,Que eu trago no peito o tal patuá,Pra mostrar pra você,Que de fato morena,Baiano, baiano só a Bahia dá.
Não há silênciode: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Noite de lua cheiaNão há silêncio nessas ladeirasO movimento é na RibeiraVem a cidade inteira juntarSua voz à voz do Oxum Pandá
Canto de negro é festaÁ tradição, cultura da terraMeu afoxé, meu grito de guerraVem a cidade inteira juntarSua voz à do Oxum Pandá
Quando o toque ritmado do atabaque ecoarVenha ver que noite lindaTem Olinda pra lhe dar
O meu tambor não se cala nãoA minh voz não morre jamais...
Nas águas de Amaralinade: Martinho da Vila, Nelson Rufino:
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intérprete: Martinho da Viladisco: Semba dos ancestrais, gravadora: ano: 1994
Fui pras águas do mar de AmaralinaCom mágoas demais em cimaDos meus sonhos juntei perfumes e floresDesejos, temoresPrometi novamente voltar pras águasSe a força do marMe vingasse as mágoasEsperei, me curveiE na terceira onda entreguei pra Janaína Meu amorVaidosa e brejeira mãe menina
Janaína, ê ê, JanaínaDevolveu perfume e florQue sinaMas um velho me falouQue Jana jamais bancouViajanças no desamorIê entãoVoltei do mesmo lugarNo peito só um temorAí, o meu coração, sarou
Nas cadeiras da baianade: Portelo Júnior, Léo Cardoso: intérprete: Carmen Miranda e Nuno Rolanddisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1938
Ele- Nas cadeiras da baiana temEla- Tem candomblé, tem feitiço, Canjerê com azeite de dendê, Baiana que faz cocada, acaçá e tudo enfim.Ele- Baiana que tanto gosto e que não gosta de mim,Baiana eu canto samba, canto valsa e não dou rataVou lá na tua janela fazer uma serenata. Ela- Que você canta eu sei, sua voz é muito boa,Éh! mas pra cima de "moi" a sua voz não entoa.
Nas veias do Brasilde: Luiz Carlos da Vila: intérprete: Beth Carvalhodisco: Ao vivo no Olímpia, gravadora: ano: 1991
Os negrosTrazidos lá do além-marVieram para espalhar Suas coisas transcedentais
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RespeitoAo céu, à terra e ao marAo índio veio juntarO amor, a liberdadeA força de um baobáTanta luz no pensarVeio de láA criatividade
Tanto preto velho já curouE a mãe preta amamentouTem alma negra o povoOs sonhos tirados do fogãoA magia da cançãoO carnaval é fogoO samba correNas veias dessa pátria-mãe gentilÉ preciso a atitudeDe assumir a negritudePra ser muito mais Brasil
Nata do Sambade: Airton Santa Maria, Mário Luiz: intérprete: Quinteto em Branco e Pretodisco: Riqueza do Brasil, gravadora: ano: 2000
Eu não tenho culpaDe fazer parte da nata do sambaVenho lá da Vila CarolinaQue é tradiçãoForte reduto de bambaCantei na roda de pagodeiroMandei a umbigada pra o terreiroToquei meu atabaque até o sol raiar
E nessas noitadas com a moçadaVi muita poeira levantarE nessas noitadas com a moçadaVi muita poeira levantar
Às vezes ao lembrarMeus tempos idosFere meu peito sentidoComo aperta o coraçãoSambistas que deixaram relicárioTransformando o cenárioSamba é nova geração
Das PerdizesAtravés do Largo da BananaA Zona Norte tem raízesSamba, candomblé, gente africanaSanta Maria tem raízes
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Samba, candomblé, gente africana
Natureza amantede: Elói Estrela, Pierre Onassis: intérprete: Yabakekêdisco: Mãe Maior, gravadora: ano: 1997
Eu vou cantando samba reagge com alegriaTransmito muito axé e harmoniaEu tenho muita paz e muito amor pra darEu sou amante e quero dar felicidadeMenina você é minha beldadeVocê tocou em mim, desabrochou... amorSou amante da natureza jóia rara sou amante do seu amor beija-florVenha me dizer que eu serei seu eterno amorEu vou me amarrar com seu afeto e o seu calorToco o meu tamborPoetiso minhas cançõesCanto os meus versos que saíram do meu coração
Navegade: Nelson Coelho de Castro: intérprete: Nelson Coelho de Castrodisco: Força D’Água, gravadora: ano: 1985
Oh navega navega todo o mar é meu – é meuVem me pega para os teus – mais lindos – Lindos deuses – da mais linda luzLindos deuses – da mais linda luzAi vem me pega - me conduz – ai vemme leva – me conduzoh rainha!Oh rainha! – rinha Iemanjá – maré, maréJanaína – daí-nos fé, ou pára!Ou pára a terra que nós vâmo descêÉ muita guerra nada havêÉ muita guerra nada havê (qui tri bonito?)Não fica só bonito cantar – bonito é chamar algum – Ogum – Com sua lança cristalizar – cristalizar algum – sonho – Sonho de um povo cristo dimaisDimais vê um povo cantar – dimais vê um povo cantarDimais vê a fome passarDimais vê um povo votar
Navegadorde: Pepeu Gomes, Jorginho Gomes, Carlinhos Gererê: intérprete: Pepeu Gomesdisco: Pepeu Gomes, gravadora: ano: 1993
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Ai amor,Me chama, me amaMe leva que eu vouPode ser mandinga, eu não ligoMinha estrela guiaMeu pai Oxalá que mandou
Ai, amor Me chama, me amaMe leva que eu vouTomei banho de folha de cheiroMãe Menininha,Oxóssi, Xangô me avisou:
Vamos vadiarEu só quero amorDo Porto da Barra, morenaAté seja lá onde for
Vamos navegarSó falar de amorDa vida que se leva quero ser navegador!Ôôô... me chama, me levaQue eu vouÔôô... saudades de Salvador
Ai amor, Me ama, me chamaMe leva que eu vouTomei banho de folha de cheiroMãe Menininha Oxóssi, Xangô me avisou
Vamos vadiarEu só quero amorDo Porto da Barra, morena Até seja lá onde for
Vamos navegarSó falar de amorDa vida nada se levaQuero ser navegador!
Ôôô... me chama, me levaQue eu vou Ôôô... saudades de Salvador
Nega Daúdede: Ivan Lins, Vitor Martins, Aldir Blanc: intérprete: Batacotôdisco: Batacotô, gravadora: ano: 1993
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Quando nega Daúde rebola do jeito delaEu me benzo porque o santo baixouPrédio de arranha-céu diminue, fica igual taperaTimoneiro diz que o tempo mudouEssa dança da nega tem coisa de ave e feraÉ mandinga com carta de tarôOmulu nem se lembra do seu afazerPudera, a cabeça do santo variou
Essa nega Daúde tem ciência e saúdeEla é a bíblia e o talmudeO alcorão, a virtudeQue há nos olhos do pescador
Essa luz que há no mundoVem da negritude delaUma estrela é o que o samba contrastouEla, que fez os machos no parto de uma costela,Yansã, Isis, Eva aliouEssa dança da nega tem coisa de ave e fera...
Luxo de Santa Fé cobre os pretos lá da favelaPorque nega Daúde rebolouLouro frouxo da TFP fica teso e melaPorque nega Daúde rebolouOlha a igreja sem padre e o forte sem entinelaPorque nega Daúde rebolouToda seriedade da cara de Deus já eraPorque nega Daúde rebolou
Nega de Obaluaêde: Wando: intérprete: Wandodisco: Wando, gravadora: ano: 1975
Nega, essa é pra você
NegaNegaNega de Obaluaê
Essa nega fez feitiçoEntregou meu nome ao santoE agora como façoSem essa nega malandraSei que não posso viver
Essa nega tá querendoQuerendo me segurarPerto dela sou criançaNão sei quem é meu santo forteNem sei quem é meu orixá
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Nêga Dinade: Zé Kéti: intérprete: Paulinho Boca de Cantordisco: Todos os Sambas, gravadora: ano: 1996
A Dina subiuO Morro do PinhoPra me procurarNão me encontrandoFoi ao Morro da FavelaCom a filha da StelaPra me perturbarMas eu estavaLá no Morro do São CarlosQuando ela chegouFazendo escândaloFazendo quizumbaDizendo que levouMeu nome pra macumbaSó porqueFaz uma semanaQue não deixo uma granaPra nossa despesaEla pensaQue a minha vidaÉ uma belezaEu dou duroNo baralhoPra poder viverA minha vidaNão é mole nãoEntro em canaToda hora, sem apelaçãoEu já ando assustadoSem paradeiroSou um marginal brasileiro
Nega Minade: Wilson Moreira, Ney Lopes: intérprete: Alcionedisco: Vamos Arrepiar, gravadora: ano: 1982
Nega da Costa da MinaDomina relâmpago e trovãoÊ ê! Estado de MinaÉ no Maranhão
Na mãe Andreza a pureza da raça no rostoQuanta lembrança no gosto do arroz de cuxá
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Os Voduns mais velhos Mavú e LissáE vem mãe Andreza, princesaVer você dançar
Nega da Costa da Mina....
Quando eu for lá vou fumar meu cachimbo de barroOferendar um chibarro no pé de cajá
Pra ter sempre forçaPra poder lutarTanto faz na terra, na guerra Tanto faz no mar
Nega da Costa da Mina....Tantas memórias, histórias de vida e de morte Tantos mistérios e sorte enterrados no chão
Sangue mina-jejeIrrigou o chãoPra nascer cultura e bravuraLá no Maranhão
Nega da Costa da Mina....
Nega tu dá no courode: Zeca Baleiro: intérprete: Zeca Baleirodisco: Vô Imbolá, gravadora: ano: 1999
Nega tu dá no couroÔ nega tu num dáQuando cai no samba baQuando entra na macumbaEstremece a tumbaDe Tutankamon oh Amon-ráGinga com seu belo par de coxasE a moçada em slow-motion grita saravá- Aleluia shalom shalom meu bom AláNega de molejo moleNega malemolente chegaVai ser boa assim na caixa-pregoMas um dia ainda te pegoNega nenem sem negacearJuro pelos doi chifres da vaca mochaJuro por Deus e Oxalá- Eu juro até pelas barbas do AiatoláQuando ela dança mansaQuando ela balança obaFico de juízo fracoToco fogo no barracoTroco as pernas dano a gaguejar
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Ne-neguinha invenção do de-demoQueimo mais que pimenta de vatapá- Acarajé xinxim moqueca e abará
Negritude Cristalde: Lazzo: intérprete: Rosa Mariadisco: Cristal, gravadora: ano: 1984
Negritude cristalIsso quer dizer ilê ayêE lá no carnaval tem que ver,Tem que ver pra crerNegro é tão legal, tão legalLegal de serRiquezas sem igual, beleza que não dá pra descrever
De passo a passo um bloco diferenteConsciência de raça caminhando irmnamenteCom vontade de viverCom vontade de estar, bem com você
Ogum Yererê, axéNegro dimbeiure axé
Negro lindo, que tal poder hoje cantarSó pra vocêNum delírio infernal, e viajar no fundo do seu serCarregar-me de astralIluminar o palco do prazerE assim afinal me consagrarE ainda poder dizerE em cada canto da cidadePra cada negro luz, direitos de verdadeA verdade de um serLiberdade de viver
Ogum Yererê, axéNegro dimbeiure axé
Negro é Lindode: Jorge Benjor, Toni Garrido: intérprete: Jorge Benjordisco: , gravadora: ano:
Negro é lindoO negro é amorNegro é amigo
Negro também é mais um filho de DeusNegro também é mais um filho de Deus
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Eu só quero que Deus me ajudeA ver meu filho nascer e crescerE ser um campeãoE ser um campeãoSem prejudicar ninguémSem prejudicar ninguémPorque meu bom
Negro é lindo...
Negro também é mais um filho de DeusNegro também é mais um filho de DeusPreto velho tem tanta canjiraQue todo povo de AngolaQue todo povo de AngolaMandou o preto velho chamar
Eu quero ver o preto velho descerEu quero ver o preto velho cantar e dizer
Negro é lindo...
Negro também é filho de DeusPreto velho tem tanta canjiraQue todo povo de AngolaMandou o preto velho chamar
Negrume da noitede: Paulinho do Reco, Cuiuba: intérprete: Margareth Menezesdisco: Kindala, gravadora: ano: 1991
Odé comoro odé odé arerêOdé comoro odé odé arerê
O negrume da noite reluziuReluziu o diaÉ a beleza azevicheQue a negritude criou
Constituiu um universo de belezaExplorando a raça negraPor isso o negro lutou, o negro lutouE acabou invejadoE se consagrou
Ilê, ilê, ayêTu és o senhorDessa grande naçãoE hoje os negros clamamA benção, a benção, a benção
Odé comorodé
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Odé arêrêOdé comorodé, odéOdé arêrê
Neide Candolinade: Caetano Veloso: intérprete: Caetano Velosodisco: Circuladô, gravadora: ano: 1991
Preta chique, essa preta é bem lindaEssa preta é muito finaEssa preta é toda a glória do brauPreta, preta, essa preta é corretaEssa preta é mesmo pretaE é democrata radicalEla é modalTem um gol que ela mesma comprouCom o dinheiro que juntouEnsinando português no CentralSalvador, isso é só SalvadorSua suja SalvadorE ela nunca furou um sinalIsso é legalE eu e eu e eu e eu e eu e eu e eu e euE eu e eu e eu e eu e eu e eu e eu sem elaNobreza brauPreta sã, ela é filha de IansãEla é muito cidadãEla tem trabalho e tem carnavalElegante ela é muito eleganteEla é supereleganteRoupa Europa e Pixaim SenegalTranscedentalLiberdade, bairro da liberdadePalavra da liberdadeEla é Neide Candolina totalE a cidade, a baía da liberdade,A porcaria da liberdadeTem que ? o quadro atualPra lhe ser igualE eu e eu e eu e eu e eu e eu e eu e euE eu e eu e eu e eu e eu e eu e eu sem ela
Nobreza brau, nobreza brau (4x)
Neste Brasil de caboclo de Mãe Preta e Pai João (Brasil de “caboco”)de: Otacílio Batista: intérprete: Otacílio Batistadisco: Otacílio Batista do Pajeú, gravadora: ano: 1982
Brasil dos inconfidentes
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Dos legítimos brasileirosPatriotas verdadeiros Homens fortes e valentesMeu Brasil de TiradentesChefe da conjuraçãoMorte pela traiçãoDe um coronel semi-loucoNeste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
Meu Brasil tem mamelucoDe tribos bem variadasBrasil dos irmãos AndradasDe Rui Barbosa e NabucoGigante de PernambucoOrador igual CatãoSua voz era um trovãoNa serra, dando papoucoNeste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
Brasil de Antônio GonçalvesDe Gonzaga com DirceuDe Casimiro de AbreuDo poeta Castro AlvesQue, nos seus versos suaves,Acusava a escravidãoDevido a tanta paixãoMorreu moço quase loucoNeste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
Brasil de Pedro SegundoDevido golpe profundoBanido desta naçãoSentindo recordaçãoDe sua pátria, como tronco.Neste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
Brasil da velha BahiaBrasil do Padre AnchietaQue sem usar a canetaFez verso à Virgem MariaCom Nóbrega defendiaO índio sem proteçãoLá na ConfederaçãoDo Tamoio dorminhococNeste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
Velho Brasil dos sermõesDo Padre Antônio VieiraNesta terra brasileiraFez diversar pregaçõesConterrâneo de Camões
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Profundo em religiãoEscreveu com perfeiçãoNo seu estilo barrocoNeste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
Meu Brasil tem sentimentoPara defender seu póMeu Brasil de MororóNa luta e no sofrimentoFrancisco do NascimentoApelido DragãoLibertando a escravidãoDo negro no pé do tocoNeste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
Brasil dos canaviaisDo velho engenho de pauMeu Brasil de berimbauQue já não existe maisMeu Brasil dos matagaisDe linda vegetaçãoNo ano que pede pãoQuem ouve se faz de moucoNeste Brasil de “caboco”De Mãe Preta e Pai João
No abraço, um axéde: Carlos Moura: intérprete: Dodô e Osmar, Armandinhodisco: Chame Gente, gravadora: ano: 1985
No abraço o axéTum, tum, tumLua menina cantina e sol iluminaCapoeira, afoxéTum, tum, tumAcarajé, abará no terreiro e na SéOgum falou ôôôQue o fogo do dragãoEspalha mas não queimaOgum falou ôôôQue galopando ao ventoHá ?
No fundo do marde: João da Baiana e “Amor” Getúlio Marinho da Silva: intérprete: J. B. de Carvalho com Conjunto Gente de Casadisco: 78RPM, gravadora: ano:
280
Olha a PombagiráApanhar (eretetê)Olha a PombagiráQuero (cuia), queroOlha a PombagiráPra fazer o canjerêOlha a Pombagirá
Ô, Pombagerê, Pombagirá, êÔ, Pombagerê, Pombagirá, ôÔ, Pombagerê, olha a PombagiráVem me ver lá no fundo do mar No fundo do mar
Agora bota ?, olha a PombagiráOlha a PombagiráCangerê, olha a Pombagirá
No mesmo mantode: Beto Corrêa, Lúcio Cuvelo: intérprete: Jovelina Pérola Negradisco: Sangue bom, gravadora: ano: 1991
Pensou me amarrar Marcou bobeiraVou me banhar, vou me jogar Na cachoeiraNão valeu rezarA noite inteiraPra me ganhar, pra me ganhar
É... me querendo faz pedido pro meu santoÉ... sem saber se debruçou no mesmo mantoOnde eu me deiteiE pra Xangô me dediqueiÉ... eu sempre me preocupei com meu destinoÉ... trago no sorriso abertoO desatino que vem da paixãoPra iludir meu coração
Pensou me amarrar, etc...
É... dentro do meu sentimentoSou maneiraSó me entrego a paixãoVerdadeira, verdadeira, verdadeira
No mesmo mantode: Beto Correa, Lúcio Curvelo: intérprete: Jovelina Pérola Negra
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disco: Sangue Bom, gravadora: ano: 1991
Ô ô... pensou me amarrar ô...Marcou bobeiraVou me banhar vou me jogarNa cachoeiraNão valeu rezar ô...A noite inteiraPra me ganhar, pra me ganhar
É... me querrendo fez pedido pro meu santoÉ... sem saber se debruçou no mesmo mantoOnde eu me deiteiE pra Xangô me dediqueiÉ... eu sempre me preocupei com meu destinoÉ... trago no sorriso abertoO desatinho que vem da paixãoPra iludir meu coração
Ô ô pensou me amarrar ôMarcou bobeiraVou me banhar vou me jogarNa cachoeiraNão valeu rezar ô...A noite inteiraPra me ganhar, pra me ganhar
É dentro do meu sentimentoSou maneiraSó me entrego à apixãoVerdadeira ô... verdadeira, verdadeira
No paraíso do passo ijexáde: Lazzo, gileno Felix: intérprete: Lazzodisco: Filho da terra, gravadora: ano: 1985
Hoje eu quero dançar, meninaCom vocêHoje eu quero dançar, meninaPra nunca mais te esquecer
Dançar, cantar, dançarBailar nos céus o ijexáDançar, cantar, amarAté o dia clarear
E clarear bem no seu rosto, meninaSentir o axé bem no seu rosto, menina
E dançarSe o amor da gente é como dançar
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É uma transa, é um laçoÉ um espaço no ar
Vem, vem, vemVem pro paraíso
No passo da dança negraSei que negro é seu olharSeus olhos são tão bonitosMeu disco, meu lírioMeu lindo passo ijexá
No quilombo da nêga cafusade: Totonho, Paulinho Rezende: intérprete: Totonhodisco: Dia a dia, gravadora: ano: 1978
Quilombo, QuilomboQuilombo da nêga cafusaQuilombo
Contam que nas AlagoasNo tempo da escravidãoTodo nego que fugiaDa terrível tirania Do senhor e do feitor Se não is pros PalmaresGanga-zumba procurarIa pra nega cafusaUma escrava que era musaDe um quilombo na beira do mar
E de noite nas senzalasAté quase de manhãEstoavam seu cantarQue era o jeito de implorarA sua deusa NanãLiberdade, liberdadeRepetindo a oraçãoE no fim da sua fé, os negros diziam “aché”E cantavam um refrão, que era assim
Quilombo, QuilomboQuilombo da nêga cafusaQuilombo
No samburá da baianade: Moacyr Bernardino, J. Portela: intérprete: Marília Batistadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1940
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Ela- Pimenta de cheiro quem quer comprarEu tenho tudo no meu samburá.Mangaba cheirosa, tenho cumbucá,Dou quase de graça, me compra, iaiá.Ele- Baianinha o que desejo não tem no seu samburá.Me perdoa a ousadia, baianinha, eu queria ser iôiô de iaiá,Ela- É mas deixa seu moço, não vem me tentar,Eu vivo feliz com meu samburá.Ele- É?Ela- Senhor do Bonfim pode até se zangarEle-Por quê?Ela- Porque de outro ioiô, eu jurei ser iaiáEle- Baianinha, eu fico tristeEla- Por quê?Ele-Vou custar me conformarEla- Com quê?Ele- Pois já fui no canjerêEla-Pra quê?Ele-Fiz um ponto pra você de mim somente gostarEla- Mas eu sou filha de Ogum que é um bom orixáEle- É?Ela- Não é por feitiço que vai me levarEle- Por quê?Ela- Gostei de você, vou lhe confessar, me leva seu moço,Sou tua iaiáEle- É nada?Ela- É simEle- Já estou sentindo o cheiro do gostoso vatapá,Vem comigo baianinha, venha pra nossa casinhaE joga fora o samburá.
No tabuleiro da baianade: Ary Barroso: intérprete: Carmen Miranda e Luiz Barbosadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1936
No tabuleiro da baiana temVatapá, oi, caruruMugunzá, tem umbuPra IoiôSe eu pedir você me dáO seu coração, seu amor de Iaiá?No coração da baiana tem...Sedução, ô, canjerêIlusão, ô, candomblé...Pra vocêJuro por Deus, pelo Senhor do BonfimQuero vocêBaianinha, inteirinha pra mimE depois o que será de nós dois?Seu amor é tão fugaz e enganador!Tudo já fiz
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Fui até num canjerêPra ser felizMeus trapinhos juntar com vocêE depoisVai ser mais uma ilusãoNo amor quem governa é o coraçãoNo tabuleiro da baiana temVatapá, oi, caruruMugunzá, tem umbuPra IoiôSe eu pedir você me dáO seu coração, seu amor de Iaiá?No coração da baiana também tem...Sedução, ô, canjerêIlusão, candomblé, ôPra você
Nos dias de hojede: Eduardo Araújo, Zé Maurício: intérprete: Silvinhadisco: Grita coração, gravadora: ano: 1984
Olha o cachorro, o gato, o macacoA cobra e o elefante, arrisca um pedaçoTem bicheiro rico, malandros apertadosTrabalha pobreEssa vida é um buracoNos dias de hoje se apela pra tudoDezenas, centens, milhar é a lotoVivendo e aprendendoEscravo da granaEscravo de ouroBatendo a cabeçaComo faz um besouro
Terreiro, macumba, vela preta, despachoTantos relativos e o homem no meioNo fundo do poço, no fundo do tachoNos dias de hoje se apela pra tudo
Nós, por exemplode: Gilberto Gil: intérprete: Doces bárbarosdisco: Doces bárbaros, gravadora: ano: 1976
Nós somos apenas vozesNós somos apenas nósPor exemploApenas vozes da vozSomos nós, apenas vozesApenas vozes da voz
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Nós somos apenas vozesEcos imprecisos do que for precisoImpreciso agoraImpreciso tão preciso amanhãNós, por exemplo, já temos IansãNós, por exemplo, já temos IansãNós somos apenas vozesNós somos apenas Nós, por exemploApenas vozes da vozSomos nós, por exemploApenas vozes da vozNós somos apenas vozesDo que quer que seja luz no cor-de-rosaCor na luz da brasaGás no que sustenta a asa no arNós, por exemplo, queremos cantarNós, por exemplo, queremos cantarNós somos apenas vozesNós somos apenas nósPor exemploApenas vozes da vozSomos nós, por exemploApenas vozes da vozNós somos apenas vozesDo que foi chamado de "a grande expansão"Pé no chão da féFé no céu aberto da imensidãoNós, por exemplo, com muita paixãoNós, por exemplo, com muita paixãoNós somos apenas vozesNós somos apenas Nós, por exemploApenas vozes da vozSomos nós, por exemploApenas vozes da voz
O amanhãde: João Sérgio: intérprete: Simonedisco: Delírios delícias, gravadora: ano: 1983
A cigana leu o meu destinoEu sonheiBola de cristalJogo de búziosCartomenteEu sempre pergunteiO que será o amanhãComo vai se o meu destinoJá desfolhei o mal-me-querPrimeiro amor de um meninoE vai chegando o amanhecer
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Leio a mensagem zodiacalE o realejo dizQue eu serei felizSempre feliz
Como será amanhãResponda quem puderO que irá me acontecerO meu destino seráComo Deus quiser
O amante vigilante africanode: Jorge Ben: intérprete: Jorge Bendisco: Jorge Ben Brasil, gravadora: ano: 1986
Dodobalé ika ika xireO amante vigilante africanoDesceu a serra sorreindo e cantandoSorrindo, ai ai ai ai ai, cantando
Gente é pra viverGente é pra sonharGente é pra viverGente é pra amarOi é, oi a, oi é, oi a, oba, obaXila na mimoma
Porque OxaláUsa ekodidé
Biotalade, yru male omin taladeSó amor Oxum pode lhe dizerPorque ele usa porque ele gostaaDa pena vermelhaDe papagaio da costa
Oi é, oi a, oi é, oi a, oba, obaXila na mimoma
Salve Oxalá
O Canto de Oxumde: Toquinho, Vinícius de Moraes: intérprete: Maria Bethâniadisco: Rosa dos ventos, gravadora: ano: 1971
Lá fora está chovendoMas assim mesmo eu vou correndoSó pra ver o meu amorEla vem toda de branco
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Toda molhada e despenteada, que maravilha Que coisa linda é o meu amorPor entre bancários, automóveis, ruas e avenidasMilhões de buzinas tocando sem cessarEla vem chegando de branco,Meiga e muito tímidaA chuva molhando seu corpo Que eu vou abraçarE a gente no meio da rua, do mundo, No meio da chuvaA girarMaravilhaA girarMaravilhaA girarMaravilhaA girarMaravilha...
O Caveirade: Martinho da Vila : intérprete: Martinho da Viladisco: Origens, gravadora: ano: 1973
Ai nêga, nêga, nêgaTão cansado, irritadoAo sair do meu trabalhoEncontrei com o CaveiraO Caveira, nêga, o CaveiraEmpunhando a ?Que venceu na quarta-feira
O Caveira, o Caveira, o Caveira
Ai, nêga,Chega! Não me venha com chamegoQue ao sair do meu empregoDei de cara com o Caveira
O Caveira, nêga, o Caveira
Todo cara que eu devoNa minha frente é uma caveira
Nesse meu raciocínioQuando vence o condomínioO porteiro á uma caveiraUm Caveira, nêga, um Caveira
Aluguel tão atrasadoFico muito assustadoSenhoril é uma caveiraUm Caveira, nêga, um Caveira
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Juro por São BeneditoCreio em Nossa SenhoraQue ainda vai chegar um dia Que ainda vai chegar a horaQue eu vou ficar tranqüiloVocê vai ficar contenteEspantando essas caveiraQue estão na nossa frente
O dia em que faremos contatode: Lenine, Bráulio Tavares: intérprete: Leninedisco: O dia em que faremos contato, gravadora: ano: 1997
A nave quando desceu, desceu no morro.Ficou da meia-noite ao meio-dia.Saiu, deixou uma gente,Tão igual e diferente,Falava e todo mundo entendia.Os homens perguntaram,Porque não desembarcaramEm São Paulo, em Brasília ou em Natal.Vieram pedir socorro,Pois quem mora lá no morro,Vive perto do espaço sideral.Pois em toda Via Láctea, Não existe um só planeta, Igual a esse daqui. A galáxia tá em guerra, Paz só existe na Terra, A paz começou aqui... Sete artes e dez mandamentos, Só tem aqui... Cinco sentidos, terra, mar, firmamento, Só tem aqui... Essa coisa de riso e de festa, Só tem aqui... Baticum, ziriguidum, dois mil e um, Só tem aqui... A nave estremeceu, subiu de novo, Deixou um rastro de luz no meio-dia Entrou de volta nas trevas. Foi buscar futuras levas, Pra conhecer o amor e a alegriaA nave quando desceu, desceu no morro,, Cheia de "Et" vestido de orixá, Vieram pedir socorro, E se derem vez ao morro Todo universo vai sambar. Pois em toda Via Láctea, Não existe um só planeta...
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...Baticum, ziriguidum, dois mil e um, Só tem aqui...
O encanto do Gantoisde: Edil Pacheco, Moraes Moreira: intérprete: Agepêdisco: Cultura Popular, gravadora: ano: 1989
O axé do afoxéVem lá de Menininha, ôDe Menininha, ôDe Menininha, ôNo seu batucajéNo toque do agogôEu vou, eu vou, eu vou, eu vou,
Em todo lugar há um cantoMês nm todo canto é lugarPor isso é que eu canto tantoO encanto do teu Gantois
Contemplo o teu temploDe Todos os Santos que háPra sempre serás MenininhaOh! Minha mãe vem me ninar
Vem minha mãe MenininhaVem minha mãe me ninar
O erêde: Toni Garrido, da Gama, Bino, Bernardo Vilhena, Lazão: intérprete: Cidade Negradisco: O erê, gravadora: ano: 1996
Pra entender o erêTem que tá molequeTem que conquistar alguémE a consciência leve
Há semanas em que tudo vemHá semanas que é seca puraHá selvagens que são do bemA seqüência do filme muda
Milhões de anos luz podem curarO que alguns segundos na vida podem representarO erê, a criança, sincera convicçãoFazendo a vida com o que o sol nos traz
Você sabeUm sentimento não trai
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Um bom sentimento não trai
Pra entender o erêTem que tá molequeTem que conquistar alguémE a consciência leve
Pare e pense no que já se viuPense e sinta o que já se fezO mundo visto de uma janelaPelos olhos de uma criança
O filho da Juremáde: Bezerra da Silva, Regina do Bezerra : intérprete: Bezerra da Silvadisco: Eu não sou Santo, gravadora: ano: 1990
Vai haver tiroteio na JuremaMas quem mandou você ferir seu Sete Penas
Vai haver tiroteio na JuremaMas quem mandou você ferir seu Sete Penas
Você feriu o filho da JuremáA lei de Jurema diz Quem tem que pagarIsso acontece, meu amigoIsso aconteceQuando a gente vai mexer Com gente que não conhece
O filho predileto de Xangôde: Jorge Mautner: intérprete: Celso Simdisco: Pedra bruta, gravadora: ano: 1992
No meio da floresta cintilante de esmeraldasEle nasceu e se criou, o filho predileto de XangôUsa na cabeça a coroa prateada e sagradaDe um antigo rei nagô, o filho predileto de XangôÀ frente da legião dos seus guerreiros,Muitas batalhas ele lutou, ele ganhou, o filho predileto de XangôMas a sua infelicidade era não ter felicidade,Nos assuntos e negócios do amor,Foi por isso, foi por isso, foi por isso, só por issoQue na noite passada ele tanto chorou,Bu-hu em blue maracatu
O pé de manjericãode: Humberto Porto:
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intérprete: Quarteto de Bronzedisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1942
O pé de manjericão, quando nasce,Nasce pra tirar quebranto,Quebranto é coisa de santo,Quebranto é feitiço, ôi, seu moço,E é bom que você saiba disso.
Na Bahia tem,Ôi, sinhô,Negro nagô,Ôi, sinhô,Azeite de dendê,Ôi, sinhô,Feitiço pra você.
Feitiço tem farofa,Feitiço tem tostão,Feitiço tem trezena,Ôi, seu moço,Pra Cosme e Damião.
Quebranto mata a gente,Quebranto é canjerê,Quebranto é maldade,Ôi, seu moço,Trabalho de dendê.
O que é que tem a baianade: Pedro Caetano, Joel: intérprete: Dircinha Batistadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1939
Eu quero que me digam o que a baiana tem,Ela pra mim não é melhor que ninguém,Porque a carioca até vestida de chitaAndando pela rua é muito mais bonita.
E não quer cair por cima de ninguém,Não tem balangandãs, por que não lhe convém,Pois sendo carioca não precisa de nada,Nem torço de seda, nem sandália enfeitada.
Não vai a candomblé nem gosta de magia,Não usa no pescoço figa de guiné,E não troca um croquete de confeitariaPor um tabuleiro de acarajé.
O quilombode: Lenine:
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intérprete: Selma Reisdisco: Selma Reis, gravadora: ano: 1990
Saiu do Congo num navio negreiroBaixou no litoralBatuque e banzo no chão do terreiroPra suportar o malCorreu, fugiu, sofreu, sumiu e subiu o morroE o horizonte era o fundo do quintalOs atabaques gritaram na macumbaNo tom dos ancestraisNa voz do blues, no rebolado da rumbaTem negro por detrásVem invadindo todas as fronteiras da históriaRumo ao futuro, driblando o temporalMinha terra tem PalmaresOnde Zumbi foi eleitoOs negros que lá quilombaramSambavam do mesmo jeitoMas a negrada é pau pra toda obraE, é de decidirQuem sabe sambar e quem não samba sobraOu paga pra assistirPela avenida, a força e o suor da negraMão nas cadieras, fazendo o carnaval
O Rio virou sertãode: Vicente Barreto, Celso Viáfora: intérprete: Celso Viáforadisco: Paixão Candeeira, gravadora: ano: 1996
Nas catacumbas da pavuna, Antônio ConselheiroE a Baía da Guanabara que nem JuazeiroNum quilombo da Candelária ginga Ganga ZumbaCom seu Paulinho da Santana e com Nelson ZabumbaDe repente, o oceano tinha ido emboraMandacaru brotou no chão da Marina da GlóriaPalmeiras de Dom Pedro ressecando a História,Lacrimejam na poeira da memória do RioOlerê, olará, memória do Rio...Lá no galpão de são Cristóvão, areia e purpurina onde o poeta desfralda a bandeira da DivinaSaio no bumba pro Salgueiro ou lá pra LeopoldinaMaracatuando Elizeth às cinco da matinaE, mais que de repente, o Rio de Janeiro mostraO fundo da lagoa feito uma ferida expostaUm japonês pergunta onde é que fica a Costa E um barco do Greenpeace encalha em frentte ao LeblonOlerê, olará, ouço um velho acordeom...É Quixeramobim? É Quixadá? É Piripiri?Não Catumbi, Recreio, Bonsucesso, Grajaú
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Passo no Engenho-de-dentro para tomar uma pituE vou dando pro Catete pra comer seu angu,Acarajé, munguzá, tapioca, abaráCaruru, vatapá(Mas sem os frutos do mar)Olerê, olará os frutos do mar...Lá no alto da Pavuna, Antônio ConselheiroJunto com São Sebastião e com Xangô guerreiroAssistindo Paquetá sair do seu desterroVendo o Atlântico ser engolido pelo AterroE a Floresta da Tijuca toda sem nenhuma folhaFeito cada olho d’água tivesse vista zarolhaQuanto maior a sede, menos me sobrava escolhaDobrou o português o preço da mineralOlerê, olará (e nem é carnaval...)É Quixeramobim? É Quixadá? É Piripiri?Não Acordei com a boca seca na manhã tranquilaO Rio virar sertão era ressaca da tequila
O Rio virou sertãode: Vicente Barreto e Celso Viáfora: intérprete: Celso Viáforadisco: , gravadora: ano: 1996
Nas catacumbas da pavuna, Antônio ConselheiroE a Baía da Guanabara que nem JuazeiroNum quilombo da Candelária ginga Ganga ZumbaCom seu Paulinho da Santana e com Nelson ZabumbaDe repente, o oceano tinha ido emboraMandacaru brotou no chão da Marina da GlóriaPalmeiras de Dom Pedro ressecando a História,Lacrimejam na poeira da memória do RioOlerê, olará, memória do Rio...Lá no galpão de são Cristóvão, areia e purpurina onde o poeta desfralda a bandeira da DivinaSaio no bumba pro Salgueiro ou lá pra LeopoldinaMaracatuando Elizeth às cinco da matinaE, mais que de repente, o Rio de Janeiro mostraO fundo da lagoa feito uma ferida expostaUm japonês pergunta onde é que fica a Costa E um barco do Greenpeace encalha em frentte ao LeblonOlerê, olará, ouço um velho acordeom...É Quixeramobim? É Qixadá? É Piripiri?Não Catumbi, Recreio, Bonsucesso, GrajaúPasso no Engenho-de-dentro para tomar uma pituE vou dando pro Catete pra comer seu angu,Acarajé, munguzá, tapioca, abaráCaruru, vatapá(Mas sem os frutos do mar)Olerê, olará os frutos do mar...Lá no alto da Pavuna, Antônio Conselheiro
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Junto com São Sebastião e com Xangô guerreiroAssistindo Paquetá sair do seu desterroVendo o Atlântico ser engolido pelo AterroE a Floresta da Tijuca toda sem nenhuma folhaFeito cada olho d’água tivesse vista zarolhaQuanto maior a sede, menos me sobrava escolhaDobrou o português o preço da mineralOlerê, olará (e nem é carnaval...)É Quixeramobim? É Quixadá? É Piripiri?Não Acorcei com a boca seca na manhã tranquilaO Rio virar sertão era ressaca da tequila
Obaluaiêde: Abigail Moura: intérprete: Abigail Moura e sua Oruqestradisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1951
Obaluaiê, ObaluaiêMeu orixá babá, meu orixá babáVem de longe, de bem longeE ?????????No meu peito, bem no peitoAh! Meu orixá????????????????????????????
Obrigado, Preta Velhade: Osny Silva, J. Neves: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Salve, minha Preta VelhaQuando você me ajudouMe libertando dos malesQue aquele Exu me causou
Eu estava atrapalhadoNada pra mim dava certoMacumba e mau-olhadoDeixaram meu corpo abertoMe despediram do empregoEu fiquei arruinadoAté da casa que eu moroQuase que eu fui despejado
Mas a minha Preta VelhaEm todo o mal p6os um fimE afastou o feitiço
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Para bem longe de mimCom a sua proteção Meu corpo ficou fechadoSe alguém tentar me ofender Por ela é castigado
Obrigado, Preta VelhaPor atender meu pedidoGraças ao Pai OxaláHoje sou bem sucedidoPeço a Deus, Preta VelhaQue continue sempre assimE mande a sua bençãoPara quem gosta de mim
Odilê Odiláde: Martinho da Vila, João Bosco: intérprete: João Boscodisco: Cabeça de nego, gravadora: ano: 1986
Odilê, odiláO que vem fazer aqui meu irmãoVim sambarÔ di lê, ô di láQ vem fazer aqui meu irmãoVim sambar obá
Entra na correnteCorpo, menteCoração, pulmãoPra junto com a gente viajarNa energia-somQue veio de longe atravessou raio e trovãoPra cair no samba e receber a vibração
Odilê, odilá...
Com a negrada do HarlemJesus Cristo também vemE pra sair do transe só com sino de BelémQue faz romaria e procissão, sambar tambémE quem tá comigo tá com o povo do além
Odilê, odilá...
Quem samba, se sobe tem combá, tem gurufimTeve um olho d’águaE um sorriso de marfimSe volta beijada é pigmeu de curumimVira um preto velho pra sambar com a gente assim
Odilê, odilá...
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Preta velha bate pé, bate colhé, levanta póDá marafo pro Odilê e solta logo Seu gogóOdilá de madrugada nem sem viola tá sóPois tá com axá da velha nega preta sua vó
Odilê, odilá...
Odoiáde: Wando, Chico de Assis: intérprete: Wandodisco: Wando, gravadora: ano: 1976
Adô, odô, odô, Odoiá
Iemanjá sai do marVem buscar sua Iaô
Santa de azulSanta do marVem ver seu filho, Iemanjá
Odòiyáde: Nelson Rufino, João Rios: intérprete: Neguinho da Beija-Flordisco: A voz da massa, gravadora: ano: 1986
Odòiyá, OdòiyáMeu xodó de mãeOdòiyá, Odòiyá, OdòiyáMe protege mãeOdòiyáVem doar essa força infinitaQue anima meu caminharQue fascina o meu viver, enfimQue me inspira canções assimE trazPro meu mundo uma alegriaUma sede de amor sem fimNo sabor de suas entranhasMergulho, você me banhaQue paz que você me dáE, é por isso que em fevereiroFlores, água de cheiro dou pra Iemanjá
Odumde: Walter Queiroz: intérprete: Maria Creuzadisco: Maria Creuza, gravadora: ano: 1980
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Ah!Tempo viráPara soprar as velas da paixão Ah! Meu Deus do céuMeu Deus do marPor que vai navegarMeu louco amor
(Senhor) Meu capitão Navegador (o filho) de XangôEu perguntei por que você se vaiEle me respondeu e disseMeu odum, meu odum, meu odum
Pobre de mim Na terra assim Sem nunca navegarQuando ele partir Vai me deixar
Oh!! Mãe IemanjáAbri teu mar E cuida dos caminhos do meu amorValente mas sozinho
Se ele voltar Oh! Mãe Iemanjá Eu tenho uma bonecaPara te orfertar Com a (rosa) prometida para te agradarCom as fitas da alegria para te encantarCom as cores da Bahia Para te comover
Odê odáOdê odá Odê de Obayá (bis)
Ofáde: Roberto Mendes: intérprete: Maria Bethâneadisco: Maria, gravadora: ano: 1988
Seu grito me orgulhou:-Kiu!Sou filha do vencedorQue nunca me esqueceuOfá na mão o protegeuA paz da cor do céu, do céuEle em mim, ele sou euContas, condão que me envolveu
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Que me envolveuE sua flecha percorreuGuiada pela mão de DeusE o mal do mundo estremeceuGuerreiro negroQue Olorum, que OlorumQue Olorum nos deu
Ogum Beira Marde: Osny Silva: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Ogum Beira Mar
Ogum Beira MarSou teu filho de féNão dei a cabeçaNem plantei o axé
Mas sou guerreiroSou lutadorLá do sertão Me livra dos malesMe livra da encruzaE me dê proteção
Ogum Beira Mar
Pois só o senhorAbaixo de DeusE meu pai OxaláÉ quem manda no céuÉ quem manda na terraÉ quem manda no mar
Eu já sei Todo o corpo Da nossa naçãoQue foi o senhorQue venceu a batalhaVenceu a demandaE venceu o dragão
Ogum Beira Mar, ê, êOgum Beira Mar
Ogum general de umbandade: Henrique Gonçalez: intérprete: Jamelão com Orquestradisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1955
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Tem festa no terreiroTem festa no CongáOgum São Jorge GuerreiroGrande, famoso orixáSaravá, minha genteSalve o povo de AruandaSaravá, minha genteSalve Ogum general de umbanda
Ogum general de umbandaÉ São Jorge a igrejaE o povo da minha bandaFeliz e alegre festejaOgum é o santo da minha devoçãoEu vencerei na vidaComo São Jorge venceu o dragão
Ogum paide: Mateus, Dadinho: intérprete: Os Tincoãsdisco: O Africanto dos Tincoãs, gravadora: ano: 1975
Ah, o mundo é de nós todosAh, Jesus assim falouPois vamos unidos, irmãosAcabar com a dor
Ogum pai, Ogum paiOnde for chamareiE com fé pedirei, protegido sereiCom seu (bá), com seu (bá)(Can afi Olorum)É quem dá força e luzPra meu pai Ogum
Ogum Rompe Matode: Sussu: intérprete: Conjunto Stardisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1950
General, general, gemeral????????????Ogum Rompe Mato???????????????????Ele é generalEle é rei de umbandaEle é quem corta os malesÉ quem pensa e demanda
300
EreréSalve Ogum lá no (maitá)E o grande Jorge GuerreiroBatalhando na porta do mar
Ogum Sete Ondasde: J. B. de Carvalho, Pedro Nascimento: intérprete: J. B. de Carvalhodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1961
Saravá Ogum Sete OndasSaravá Ogum Sete OndasFirma ponto
Pisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Sete OndasPisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Beira-marPisa na linha de umbanda que eu quero verOgum YaraOgum MegêOlha a banda aruê
Pisa na linha de umbanda que eu quero ver Ogum Sete Ondas Pisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Beira-marPisa na linha de umbanda que eu quero verSeu Sete EspadaOgum Megê Olha a banda aruê
Pisa na linha de umbanda que eu quero ver Ogum Sete Ondas Pisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Beira-marPisa na linha de umbanda que eu quero verSeu MaquinadaOgum MegêOlha a banda aruê
Ogum Sete Ondasde: J.B. de Carvalho e Pedro Nascimento: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
Sarava Ogum Sete OndasSarava Ogum Sete OndasFirma ponto!
Pisa na linha de umbanda que eu quero ver
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Ogum Sete OndasPisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Beira-marPisa na linha de umbanda que eu quero verOgum YaraOgum MegêOlha a banda aruê
Pisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Sete OndasPisa na linha de umbenda que eu quero verOgum Beira-MarPisa na linha de umbanda que eu quero verSeu Sete EspadaOgum MegêOlha a banda aruê
Pisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Sete Ondas Pisa na linha de umbanda que eu quero verOgum Beira-marPisa na linha de umbanda que eu quero verSeu MaquinadaOgum MegêOlha a banda aruê
Ogum Yarade: J. B. de Carvalho: intérprete: J. B. de Carvalho com Conjuntodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1961
Ogum Megê, Ogum MegêOgum YaraOgum Megê, Ogum Yara
Saravá cavaleiro de umbandaSaravá cavaleiro de umbandaA noite é lindaOgum Megê, Ogum MegêÉ que vai mandar
Saravá cavaleiro de umbandaSaravá cavaleiro de umbandaA noite é lindaOgum Megê, Ogum MegêÉ que vai rodar
Saravá, cavaleiro de umbanda
Olhando o Pixinguinhade: Vicente Barreto, Celso Viáfora: intérprete: Celso Viáfora
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disco: Paixão Candeeira, gravadora: ano: 1996
Deu ao morro o seu lugarFunção melódicaCom a pulsação da ÁfricaFez a flauta batucarO sangue e a lógicaUnindo o som dos orixásÀ velha músicaNum carnaval pós quarta-feiraSamba orquestral com sabor de MangueiraHarmonizando mãos batuqueirasNo coração da canção brasileriaE toca e tome gingaE só que sopra e que suingaAquela flauta cheia de mandingaSentei e vou vivendoE viajei na foto do PixingaPixinguinha...
Olhando o Pixinguinhade: Vicente Barreto e Celso Viáfora: intérprete: Celso Viáforadisco: , gravadora: ano: 1996
Deu ao morro o seu lugarFunção melódicaCom a pulsação da ÁfricaFez a flauta batucarO sangue e a lógicaUnindo o som dos orixásÀ velha músicaNum carnaval pós quarta-feiraSamba orquestral com sabor de MangueiraHarmonizando mãos batuqueirasNo coração da canção brasileriaE toca e tome gingaE só que sopra e que suingaAquela flauta cheia de mandingaSentei e vou vivendoE viajei na foto do PixingaPixinguinha...
Olhos de Xangô (ijexá)de: Moraes Moreira, Fausto Nilo: intérprete: Moraes Moreiradisco: Tocando a vida, gravadora: ano: 1985
Quem pode não morrer de feitiçoÉ melhor nem se apaixonar
303
Vou correr desses olhos mestiçosVou viver muitas noites de amorTua cor temperada com a minhaDá um dengo da cor da BahiaTem sabor , meu amor, meu amigoAdivinha de quê? Eu não digoSó quem arde na tua pimentaAdormece querendo sonharSó romance, só sabedoriaAlimentam a vida que háAfoxé encantamentoRosa de Oxalá chegouBrilha o sol nesse momentoNos olhos de XangôAfoxé contentamentoRosa de Oxalá chegouBrilha o sol nesse momentoNos olhos de XangôQuem não pode com esse feitiçoÉ melhor nem se apaixonarVou morrer nesses olhos mestiçosVou viver muitas noites de amor
Olodum no balanço das águasde: Reni Veneno: intérprete: Olodumdisco: Da Atlântida à Bahia o Mar é o Caminho, gravadora: ano: 1991
As águas que formam o oceanoTraduz no meu ser o brilho humanoAmor de bailar com vocêNo swingue do bloco OlodumNo swingue do bloco OlodumNo Pelourinho se plantou a sementeE o Olodum fazendo a sua menteA negritude se proliferou
No balanço dessas águas eu vouNo balanço dessas águas eu vouMe leva Odoiá, me leva OdoiáOlodumarê abre meus caminhosOlodumarê abre meus caminhosSei que nunca estou sozinhoSei que nunca estou sozinho
Eu vou, eu vouQuero cantar para IemanjáMe leva contigo OlodumVamos navegar em alto mar (bis)
Olodum Ologbomde: Tita Lopes, Lazinho:
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intérprete: Olodumdisco: Do Nordeste do Saara ao Nordeste brasileiro, gravadora: ano: 1989
Akewi Ati OniluCantam e tocam pra anunciarNúbia, Axum e EtiópiaOlodum vem mostrarRegistrado pela históriaSoberania momentâneaMeneli, Rui CalebRastafari, rei ezanaA rainha de SabáCasou-se com Rei SalomãoOriginando a mista raçaSão raízes do SudãoA cultura sudanezaPelo mundo se espalhou
Fons, Dogons, Sereres, HaussásMossis, Mandingas, Ibôs, Iorubás(bis)
Olodum do PelourinhoBusca paz e liberdade
Ô ô ô ominraAgo Olodum fideIbere ifé ati axé(bis)
Olodum origem negra nagôde: Paulinho Camafeu, Pepeu Gomes: intérprete: Pepeu Gomesdisco: Um raio laser, gravadora: ano: 1982
Olodum origem negra nagônagô, nagô, nagôSegunda feira do velho OmuluNa terça feira a lança de OgumNa quarta feira a espada de IansãNa quinta feira Oxóssi que vem reinarNa sexta feira dia do pai OxaláE brilha o céu, e brilha o sol, e brilha a luaFilhos de Gandhi pioneiro está na rua
Onde o Rio é mais baianode: Caetano Veloso: intérprete: Caetano Velosodisco: Livro, gravadora: ano: 1998
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A Bahia, Estação primeira do Brasil Ao ver a Mangueira nela inteira se viu, Exibiu-se sua face verdadeira. Que alegria Não ter sido em vão que ela expediu As Ciatas pra trazerem o samba pra o Rio (Pois o mito surgiu dessa maneira).E agora estamos aqui Do outro lado do espelho Com o coração na mão Pensando em Jamelão no Rio Vermelho Todo ano, todo ano Na festa de Iemanjá Presente no dois de fevereiro Nós aqui e ele lá Isso é a confirmação de que a Mangueira É onde o Rio é mais baiano.
Opachorôde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Quanta, gravadora: ano: 1996
Oxalá Deus queiraOxalá tomaraHaja uma maneiraDeste meu Brasil melhorarSanta Clara queiraQueira Santa ClaraFalte uma besteiraPr'este céu de anil clarearOxalá pazOpachorôHaja bem maisOpachorôOxalá nósOpachorôNos banhemos de luzDe luz de luzDe Todos os SantosE da GuanabaraTantos mares, tantosQue as baías possam guardarTodos os encantosTanta coisa raraPra enxugar os prantosSanta Clara clareia o solClarão do SolQueira Deus, Oxalá
306
Oquiangade: Sussú: intérprete: Sussú e Conjunto Stardisco: 78 RPM, gravadora: ano:
N’Aruanda de Maria Ganga, oiN’Aruanda é o jiborê d’AruandaXô, xô, xô, n’AruandaÉ o jiborê n’Aruanda
Não há mata que não entreNão tem pau que não (assuba)Não há esse passarinhoQue comeu (cotoqui) e não derrubaOquiangaÊ ê ê, oquiangaOquianga, oquianga
Oração a Mãe Menininhade: Dorival Caymmi: intérprete: Gal Costa, Maria Bethâniadisco: Doces bárbaros, gravadora: ano: 1973
Ai! Minha MãeMinha Mãe MenininhaAi! Minha MãeMenininha do GantoisA estrela mais linda, heim?Tá no GantoisE o sol mais brilhante, heim?Tá no GantoisA beleza do mundo, heim?Tá no GantoisE a mão da doçura, heim?Tá no GantoisO consolo da gente, aiTá no GantoisE a Oxum mais bonita, heim?Tá no GantoisOlorum quem mandouEssa filha de OxumTomar conta da genteE de tudo cuidarOlorum quem mandou, ê - ôOra iêiê - ô
Oração ao Tempode: Caetano Veloso: intérprete: Caetano Veloso
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disco: Cinema Transcendental, gravadora: ano: 1979
És um senhor tão bonitoCom a cara do meu filho,Tempo, Tempo, Tempo, TempoVou te fazer um pedidoTempo, Tempo, Tempo, Tempo...
Compositor de destinosTambor de todos os ritmosTempo, Tempo, Tempo, TempoEntro num acordo contigo,Tempo, Tempo, Tempo, TempoPor seres tão inventivoE pareceres contínuoTempo, Tempo, Tempo, TempoÉs um dos Deuses mais lindos,Tempo, Tempo, Tempo, TempoQue sejas ainda mais vivo,No som do meu estribilhoTempo, Tempo, Tempo, TempoOuve bem o que te digo,Tempo, Tempo, Tempo, TempoPeço-te o prazer legítimoE o movimento precisoTempo, Tempo, Tempo, TempoQuando o Tempo for propícioTempo, Tempo, Tempo, TempoDe modo que o meu espírito ganhe um brilho definitivoTempo, Tempo, Tempo, TempoE eu espalhe benefíciosTempo, Tempo, Tempo, TempoO que usaremos pra issoFica guardado em sigiloTempo, Tempo, Tempo, TempoApenas contigo e migoTempo, Tempo, Tempo, TempoE quando eu tiver saídoPara fora do teu círculo,Tempo, Tempo, Tempo, TempoAinda assim acreditoser possível reunimo-nosTempo, Tempo, Tempo, TempoNum outro nível de vínculoTempo, Tempo, Tempo, TempoPortanto peço-te aquiloE te ofereço elogiosTempo, Tempo, Tempo, TempoNas rimas do meu estiloTempo, Tempo, Tempo, Tempo
Oração do guerreirode: Luiz Peixoto, Hekel Tavares:
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intérprete: Inezita Barrosos e Orquestra, Coral e Regional de Caçulinhadisco: Vamos falar de Brasil novamente, gravadora: ano: 1966
Ô, rei CongoMe dava essa espada de ouroQue eu quero brigar
Ô, rei CongoDa banda de umbandaAruanda mandou me chamar
E montado no cavalo de São JorgePor sete dias vou bater as sete estradasPor sete noites bato as sete encruzilhadasSaravando sete vezes para buscar as sete rosasPara enfeitar as sete cruzesDo terreiro de Iemanjá
E assim que as rosa de Iemanjá se abriremAssim que a estrela Dalva se apagarPela coragem que me deresO meu sangue beberásNo lírio brancoOh, meu pai
Oração pela libertação da África do Sulde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Dia Dorim, noite, neon, gravadora: ano: 1985
Se o rei Zulu já não pode andar nuSe o rei Zulu já não pode andar nuSalve a batina do bispo TutuSalve a batina do bispo Tutu
Ó Deus do céu da África do SulDo céu azul da África do SulTornai vermelho todo sangue azulTornai vermelho todo sangue azul
Já que vermelho tem sido todo o sangue derramadoTodo corpo, todo irmão chicoteado-ieSenhor da selva africana, irmã da selva americanaNossa selva brasileira de Tupã
Senhor, irmão de Tupã, Fazei com que o chicote Seja por fim penduradoRevogai da intolerância a leiDevolvei ao chão a quem no chão foi criado
Ó, Cristo rei, branco de Oxalufã
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Ó, Cristo rei, branco de OxalufãZelai por nossa negra flor pagãZelai por nossa negra flor pagã
Sabei que o papa já pediu perdão Sabei que o papa já pediu perdão Varrei do mapa toda a escravidãoVarrei do mapa toda a escravidão
Orixaláde: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Orixalá, OrixaláA paz do teu sorrisoA ti dedico Orixalá
Essa zoeiraQue faz o tamborLeva pro mundoO canto do povo nagô
Um povo que riUm povo que choraUm povo que lutaGuerreiros de glóriaUm povo felizFazendo a históriaUm povo que dizQue está chegando a hora
Hora de cantarPra OrixaláHora de dançarPra OrixaláOrixalá
Os deuses afrode: Mário dos Santos: intérprete: Maria Aparecidadisco: Foram 17 anos, gravadora: ano: 1980c
Agô, agô, agôAgô meu pai XangôAgô, agô, agôAgô porque sou Orocó
Oxaguian, OlodumaréCarurú, ajeum de ErêNo rio Oxumarê
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Pede pra água correr
Candomblé tem ofãÉ ofã que faz abôO tambor tem ogãEvocando macaia de tanto mirô
No Ilê de MarianaOdara mona videnteA leba ciganaJogava cartas pra gente
Oslodumde: Rodolfo Sroeter, Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: O sol de Oslo, gravadora: ano: 1998
Eu vou prá OsloPrá sair no oslodumUm bloco asfroDa terra do bacalhauQue todo anoCaia neve ou faça solVai pra avenida No dia de carnavalEu vou pra Oslo pra verA turma do pelôDo pelourinhoPé lourinhaPé lourãoEu vou pra Oslo aprenderUm canto pra XangôQue lá se chama ThorO filho do trovãoEu vou pra Oslo cantarEu vou pra Oslo encantarAquela moça A mais bonita do lugarDo pelourinho lourinhoDa cabecinha lourinhado coração igual ao nosso a palpitar
Ossainde: Antônio Carlos, Jocafi, Tavares: intérprete: Maria Creuzadisco: Maria Creuza, gravadora: ano: 1972
Agué, aguéIaladuiê, evidalá éÉ de Luanda
311
Eue-oOssain, eue-oBamboxêMe aguemirôAiê-aê
Oxaguiãde: André Luiz de Oliveira: intérprete: Banda Reflexu'sdisco: Kabiêssele, gravadora: ano: 1989
Louça branca no altarAlivia a dorVela acesa chama com amorMeu pai OxaláVem de lá de SalvadorVem dançar IgexáVem senhor
Pelo som vem nos guiar Do amorMão no couro chama Por favorMeu pai OxaláVem de lá de SalvadorVem dançar IgexáQuem mandou?
Um santo meninoA força que manda no Meu destinoOxaguiãÊpa Babá ê babá axé babáDe branco um guerreiroO dono do meu terreiroOxaguiãÊpa Babá ê babá axé babáÊpa Babá ê babá Axé Babá
Oxaláde: Moraes Moreira, Paulo Leminski: intérprete: Moraes Moreiradisco: Pintando o oito, gravadora: ano: 1983
Oxalá Estejam limpas As roupas brancas de sextaOxalá Estejam limpasAs roupas brancas da cesta
312
OxaláTeu dia de festaSexta cheiaFeito uma luaToda feitaDe lua cheiaTeu amorNo branco lindoTeu ódioTremeluzindoSe manifesta Tanta pompaTanta roupaTanta roupaTanta pompaNa cesta cheia da sexta
Oxalá meu paide: Canto popular (versão: André Abujamra): intérprete: Grupo Karnakdisco: karnak, gravadora: ano: 1996
Oxalá meu pai tenha pena de nós, tenha dóSe a volta do mundo é grande seu poderes é bem maiorOh, meu Sebastião, fostes preso e amarradoNos livrai dos inimigos que nos traz atropeladosOh! Deus do céuOh! grande DeusReforçai estes trabalhos para sempre gloriososTem cinco filhos, quatro netos, um cunhado, uma mulherUm cachorro desdentadoUma galinha garnizéEssa galinha foi comida Por Emengarda JoaquinaNa cantina da Colina da cidade de IgapóSeverino ficou puto e contratou um pistoleiroPra matar Emengarda que pulou lá do puleiro,Pra roubar sua galinha que lhe dava muita sorteE ele quer a sua morte, da Joaquina que roubou EmengardaFoi embora da cidade de IgapóE levou tudo o que podia só não levou sua vóTinha medo de Jacó um famoso pistoleiroQue queria lhe matar por muito pouco dinheiroEmengarda morreu foi Jacó quem matouSeverino não chora, Severino chorouOxalá meu pai tenha pena de nós, tenha dóSe a volta do mundo é grandeSeu poder é bem maior
Oxalá venha me ajudarde: Osny Silva, J. Neves: intérprete: Osny Silva
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disco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Oxalá, meu paiVenha me ajudarNão deixe a humanidadeNo abismo se afundar
O mundo está marchandoPara a destruiçãoSó se fala em drogasViolência e ambição Do jeito que vai Não podemos suportarPor favor, meu paiVenha nos salvar
Vós que sois o SenhorDe todos os orixásDaí à humanidadeTranqüilidade e pazFazei com que os homensEsqueçam a maudadeApertem suas mãosCom amor e humildade
Oxossede: Wando: intérprete: Wandodisco: Coisa Cristalina, gravadora: ano: 1983
OxosseQue mora nas matasNessas cascatas desse meu BrasilIlumina esse filho Que tem muito dengoPelo amor de Oxum
Dá-me força, brilho e magiaDá-me garra, energiaPros meus olhos o olharFaça o meu canto mais bonitoMe defenda dos perigosFaça a barra clarearEncha de axé o meu sorrisoDá-me o jeito do improvisoClrear meu conhecerE me faça livre como o ventoPra que eu volte pra elaQuando o coração quiserObrigado OxosseObrigado OxumObrigado Oxalá
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Pela forçaPelo brilhoE pela magiaPela garra, pela energiaE pelo canto mais bonitoObrigado por me defenderDe todas as barrasObrigado pelo axé, pelo sorrisoPelo grito de improvisoObrigado pelo amanhecer
Oxósside: Wando: intérprete: Wandodisco: Coisa cristalina, gravadora: ano: 1983
Oxóssi Que mora nas matas Nessas cascatas desse meu BrasilIlumina esse filhoQue tem muito dengoPelo amor de Oxum
Dá-me força, brilho e magiaDá-me garra, energiaPros meus olhos o olharFaça o meu canto mais bonitoMe defenda dos perigosFaça a barra clarearEncha de axé o meu sorrisoDá-me o jeito do improvisoClarear meu conhecerE me faça livreComo o ventoPra que eu volte pra elaQuando o coração quiserObrigado OxóssiObrigado OxumObrigado OxaláPela forçaPelo brilhoE pela magia Pela garra, pela energiaE pelo canto mais bonitoObrigado por me defenderDe todas as barrasObrigado pelo axé, pelo sorrisoPelo grito do improvisoObrigado pelo amanhecer
Oxósside: hinário do llê Asipa:
315
intérprete: Gerônimodisco: Gerônimo, gravadora: ano: 1989
Aruê, caçadorÉ lambariguangiMatalambô suboêTawamin(bis)
Tawamin, tawaminMatarê curareTawamin, tawaminMatarê curê(bis)
Oxóssi reide: Antonio Carlos e Jocafi: intérprete: Antonio Carlos e Jocafidisco: , gravadora: ano:
Salve Oxóssi OkêSalve Oxóssi o caçadorSalve Oxóssi OkêSalve Oxóssi o caçador
Salve todos os deuses negrosSalve a faceira OxumSalve o som dos atabaquesSalve o Deus guerreiro OgumSalve Olga do AlaketoPrincesa dos OrixásSalve Didi AssobáSalve a roda que se fazSalve Ondina e Mãe SenhoraDo Axé Opô AfonjáSalve o mercado modelo Que camafeu é de lá
Oxóssi te chamade: Mateus, Dadinho: intérprete: Os Tincoãsdisco: O Africanto dos Tincoãs, gravadora: ano: 1975
O babá jogou buziosE disse-me“Filho, largue a vaidade e prepare-seÉs do povo, és da mataGaranto-lheOxóssi te chama”
316
No (rocó) me recolho e lúcido Vejo Oxóssi imponenteQue bárbaroEnvolvido em raios de glóriaEscutei seu canto
Sindorerê me chamamProteja os que clamamPois sou ministro de Oxalá
Oxumde: Johnny Alf: intérprete: Zezé Mottadisco: Dengo, gravadora: ano: 1980
Oxum senhora bonitaXangô não resistiuOxum senhora benditaMeu canto de féPor seu encanto sentiu
Eu estava na cachoeiraE o sol logo refletiuE em pingos resplandecentes De ouro seu leque surgiu
Ora yê yê OxumOra yê yê OxumOra yê yê minha mãe
Ora yê yê OxumOra yê yê OxumOra yê yê minha mãe
Oxum mulherde: Jorge Alfredo,o Chico Evangelista: intérprete: Jorge Alfredo e Chico Evangelistadisco: Bahia Jamaica, gravadora: ano: 1980
Olha OxumOlha Oxum pintadaNo vestido dela De renda bordadaCom a mesma corAmarelaE o solDo outro lado da ruaSe debruçaSe esborrachaSe esguelaDiante da moça
317
Que atravessaO percurso da minha Janela Oxum
Oxum Pandáde: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Aiêiê OxumOxum PandáEssa afoxé Olinda vai cantar
Oxum de belezaOrixá guerreira cachoeiraSubindo as ladeirasVai levar o povoÀ Ribeira
Aiêiê OxumOxum PandáEssa afoxé Olinda vai cantar
Carnaval é festaE nesse afoxéO negro vem brilharNegro tem riquezasE nos Quatro CantosDança o ijexá
Aiêiê OxumOxum PandáEssa afoxé Olinda vai cantar
Bela cidade Olinda dos maresRecebe o meu amorVenho de longeNo som do atabaqueNo toque do agogô
Oxumaréde: Dedé da Portela, Sergio Fonseca: intérprete: Os Batuqueirosdisco: Os Batuqueiros, gravadora: ano: 1976
Oxumaré mareôOxumaré maré ma (bis)
Escapa das máguas de amor, senhora das águas do marSangue azul rola na areia quando o canto das sereias molha os olhos de Iemanjá
318
Me deixa guardar o tesouro das sete contas de ouro das pedras de teu colar, de teu colar coloridoE do teu colo ferido derrama flores no mar, Oxumaré ô
Oxumaré mareôOxumaré maré ma (bis)
Pae Miguelde: Carlos de Souza, Ely de Almeida: intérprete: Patrício Teixeiradisco: 78RPM, gravadora: ano: 1943
Conheço um velho Que é macumbeiroMas que só faz feitiço Para quem lhe der dinheiroA quem não tem nenhum vintém Ele responde enfim: trabalho assim não me convém,P'ra quem não tem dinheiro não faço feitiçoPorque "Pae Miguel" não anda aqui p'ra isso.Inda outro dia Consultando alguém Que foi saber quando seria O seu bem estar"Pae Miguel" então lhe disse: Você p'ra melhorarTem que fazer despacho p'ra descarregarSe benza com cebolaE na primeira encruzilhada Peça um beijo à crioula Que você encontrar Mas tome cuidado com aquilo que é meuPorque a minha nêga ainda não morreuE é preciso que se note bem Que "Pae Miguel" não tem mulher para beijar ninguém.E se alguém anda com má intençãoPode falar só para ele responder então
Ê ê não é negócio nãoÊ ê não é negócio não
Não é negócio não E "Pae Miguel"quando fala é porque tem razãoDo contrário "Pae Miguel" se zangaE se ele se aborrece faz malcriação
Ê ê não é negócio nãoMas se tem dinheiro para dar a mim
Pagode de mesade: Gilson de Souza: intérprete: J. B. Sambadisco: A rede, gravadora: ano: 1988
319
A vida é coisa lindaEla chama acesaE gente bebendo e sambandoCantando pagode de mesa
Meu amor é bom você saberIsso é J.B. e pagode dos bonsNão precisa ninguém ver quando amanhecerVou te dar banho de rosasTe deixar cheirosaPra te agradarFaço tudo pra vocêÉ só você querer que a gente chega lá
A vida é coisa linda...
Onde anda Cleusinha JambeteQue um dia Suzete me apresentouBriguei com aquela nega lindaEla me abandonouMande flores pra Iemanjá meu compadreAcenda velas pra cangoSó eles podem dizerSe vão devolver seu amor
A vida é coisa linda...
Pai Joaquim d’Angolade: Ataufo Alves: intérprete: Ataufo Alves e seuas Pastorasdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1955
Dim dim dim dim dim dimVamos saravá pra Joaquim
Já (????) meu pandeiroJá afinei a violaAgora vou pro terreiro chamarPai Joaquim d’Angola
Toma cuidado, meninaPega de leve iá-iáVocê é de ?????Mas eu também sou de lá
Vamos saravá pra Joaquim
Pai Miguelde: Bucy Moreira, Carlos de Souza: intérprete: Patrício Teixeira com Regional
320
disco: 78 RPM, gravadora: ano: 1943
Um nego velho que é macumbeiroAqui só faz feitiço pra quem lhe dá dinheiro
A quem não tem nenhum vintémEle responde enfimTrabalho assim não me convémPra quem não tem dinheiroNão faço feitiçoPorque Pai MiguelNão nada aqui pra isso
E no outro dia consultando alguémFoi saber como iria seu bem-estarPai Miguel então lhe disseVocê pra melhorarTem que fazer despacho pra descarregarPimenta com cebolaE na primeira encruzilhadaPega e beija uma crioulaQue você encontrarMas tome cuidado com aquilo que é meuPorque a minh negaAinda não morreuE é preciso que se note bemQue Pai Miguel não temMulher pra beijar ninguémE se alguém anda com má intençãoPode falar que é pra ele responder então
E-ê não é negócio, não
Não é negócio, nãoE Pai Miguel quando falaÉ porque tem razãoE do contrário Pai Miguel se zangaE se ele se aborreceFaz mal-criação
E-ê não é negócio, não
Mas se tem dinheiro pra dar pra mim
Isso é negócio, sim
Pai Orixáde: Edgar Ferreira: intérprete: Jackson do Pandeiro com Regional e Corodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1955
Bate o congô
321
Bate o conguêSalve o terreiro do acarajé
Bate o congôBate o conguêOh, salve o Pai Orixá
Eu venho da LuandaE trago a Liamba do lado de lá
Ai Luanda, LuandaSaravá, saravá
Bate o congôBate o conguêOgum dilê, OgumOgum dilê, orixá
Salve o terreiro do bom saravá
Oi! Eu vou te (fumar)O terreiro e o cantoPra baixar o santoMeu Pai Orixá
Pai Xangôde: J.B. de Carvalho: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
Xangô, XangôMeu PaiXangô
Sarava XangôXangô, ô, ô, ô, ôMeu Pai XangôCaô Cabeciobá, Xangô
Xangô mora na pedreiraE manda relampejarCaô cabeciobá, Xangô
Pai Xangôde: Henrique de Almeida, Estanislau Silva, J. B. de Carvalho: intérprete: J. B. de Carvalho com Conjunto Tupydisco: 78RPM, gravadora: ano: 1961
Ô, saravá, meu Pai Xangô
Prima ponto no terreiro
322
Bate palma pro (masseiro)Para saudar XangôPega (pimba) ali do chãoFaz ? (salomão)Para saudar Xangô
Xangô, meu paiQue vem lá de AruandaSaravá, saraváFilhos de Umbanda
Paiol de ourode: Alexandre Leão, Olival Matos: intérprete: Maria Bethâniadisco: Memória da pele, gravadora: ano: 1989
OxumDeusa das águasSereia, cantora, rainhaReges a minha gargantaDe onde nasce esse somTe oferto perfumes e floresPor teres me dado esse dom
Papoulas da Índiade: Ferdinando Jujuba: intérprete: Banda Coração Tribaldisco: , gravadora: ano: 1997
Borboletas azuis papoulas da ïndiaOs lírios do campo te levarãoOs estados da consciênciaUma estrada para o céuSob o olhar do falcõUma luz no inícioO som das esferasAo infinito se propagarãoOnde o aroma das flores Por todo o teu corpoAumentará a tua percepçãoNum planeta distanteNuma nova galáxiaEntrarás em outra dimensãoOnde descobrirásO segredo dos anjosO mistério da morteA primeira explosãoAbre as portas da imaginaçãonova era, nova civilizaçãoNum planeta distante...... Nova era vova civilização
323
Seja voodoo, candomblé,Santo daimeZen-budismo, rastafariSeja Krishna ou JahSeja Buda, AláSeja Deus, TupãChimalman, OxaláAbre as portas da imaginação
Papoulas da Índiade: Ferdinando Jujuba: intérprete: Banda Coração Tribaldisco: , gravadora: ano: 1997
Borboletas azuis, papoulas da ÍndiaOs lírios do campo te levarãoOs estados da consciênciaUma estrada para o céuSob o olhar do falcãoUma luz no inícioO som das esferasAo infinito se propagarãoOnde o aroma das flores Por todo o teu corpoAumentará a tua percepçãoNum planeta distanteNuma nova galáxiaEntrarás em outra dimensãoOnde descobrirásO segredo dos anjosO mistério da morteA primeira explosãoAbre as portas da imaginaçãoNova era, nova civilizaçãoNum planeta distante...... Nova era nova civilizaçãoSeja voodoo, candomblé,Santo daimeZen-budismo, rastafariSeja Krishna ou JahSeja Buda, AláSeja Deus, TupãChimalman, OxaláAbre as portas da imaginação
Paxorôde: Moraes Moreira, Charles Negrita: intérprete: Moraes Moreiradisco: Moraes Moreira, gravadora: ano: 1981
Obá ó balafon
324
IjexáObá ó balafonIjexáObá ó balafonIjexáObá ó balafonIjexáObá ó balafonIjexáObá ó balafonIjexá
Nauê, NauêIjexáNauê, NauêIjexá
Paz no mundode: T. Beaubrun Jr, M. Beaubrun, D. Beaubrun, E. François (versão Margareth Menezes): intérprete: Margareth Menezesdisco: Kindala, gravadora: ano: 1991
Olho pro mar, olho pra terraOlho pra mim, me vejo humanoIgual em tudo, forma e corE a vida é a água da minha sedeDevagar eu vou andando em paz Devagar eu, chamando a pazÉ uma jura de amorVou me benzer no BonfimTodo ano eu vou
Saudação homem de cor Saudação homem nagôSaudação homem de corSaudação homem nagô
Vi um raio de luz, veio do céuVi um raio anunciar no céuQue os filhos de Oxalá tem puro amor
Saudar Oxalá, iaô A força babá apaziguadorÉ a paz no mundo êaÉ a paz no mundo êa
Hoje vejo a guerra na TVVemos gente morrerSem nem explicaçãoDeus não está contente com essa ação
Chama Oxalá, IaôA força babá
325
ApaziguadorPaz no mundo
É a paz no mundo Do que vale ter um bonito solA lua em seu brilharA floresta, mãe do ar,A vastidão do mar,Se o povo morre à mingua sem razão
Chama Oxalá iaôA força do conscientizador
Vi um raio de luz, veio do céuVi um raio de luz, veio do céuEu sei é uma mensagemVieram mil imagensMãe disse é uma mensagemPai diz quase miragemTem quem ache bobagem
Invoco Oxalá com seu amorChama Oxalá AvôA força babá apaziguador
Paz no mundoPaz no mundoPaz no mundoPaz no mundo
Olho pro mar, olho pra terraOlho pra mim, me vejo humanoIgual em tudo, forma e corE a vida é a água da minha sedeDevagar eu vou andando em paz Devagar eu, chamando a pazÉ uma jura de amorVou me benzer no BonfimTodo ano eu vou
E se o povo morre à mingua sem razão
Chama Oxalá, IaôA força do conscientizadorPaz no mundoPaz no mundo
Da mensagem vieram mil imagensMãe disse é uma mensagemPai diz quase miragemTem quem ache bobagemInvoco Oxalá com seu amor
Chama Oxalá, AvôA força babáPaz no mundo,
326
Paz no mundo,Paz no mundo,Paz no mundo
Paz no mundo (PWAZON RAT)de: T. Beaubrum Jr., M. Beaubrum, D. Beaubrum, E. François: intérprete: Margareth Menezesdisco: Kindala, gravadora: ano: `1991
Olho pro mar, olho pra terraOlho pra mim me vejo humanoIgual em tudo, forma e corE a vida é água da minha sedeDevagar eu vou andando em pazDevagar eu, chamando a pazÉ uma jura de amorVou me benzer no BonfimTodo ano eu vou
Saudação homem de cor êa êa êaSaudação homem nagô êa êa êaSaudação homem de cor êa êa êaSaudação homem nagô êa êa êa
Vi um raio de luz, veio do céuVi um raio anunciar no céuQue os filhos de OxaláTêm puro amor
Saúda Oxalá, YaôA força babá apaziguadorÉ a paz no mundo êaÉ a paz no mundo êa
Hoje vejo a guerra na TVVemos gente morrer Sem nem explicação Deus não está contenteCom essa ação
Chama Oxalá, yaôAforça babá apaziguadorPaz no mundo
É a paz no mundo ê aDo que valeTer um bonito solA lua em seu brilharFloresta, mãe do ar,A vastidão do mar,Se o povo morre à mínguaSem razão
327
Chama Oxalá, YaôA força do conscientizador
Vi um raio de lua veio do céuVi um raio de lua veio do céuEu sei é uma menssagemVieram mil imagensMãe disse é uma menssagemPai diz quase miragemTem quem ache bobagem
Invoco Oxalá com seu amorChama Oxalá yaôA força babá apaziguador
Olho pro mar...Ao Bonfim todo ano eu vou
E se o povo morre à mínguaAem razão
Chama Oxalá yaôA força do conscientizadorPaz no mundoPaz no mundo
Da menssagemVieram mil imagensMãe disse é uma menssagemPai diz quase miragemTem quem ache bobagemInvoco Oxalá com seu amor
Chama Oxalá yaôA força babá ApaziguadorPaz no mundoPaz no mundoPaz no mundoPaz no mundo
Pé de coelhode: Nazareno, Cristina Mc-Intyre: intérprete: Nazarenodisco: Nazareno, gravadora: ano: 1978
Não me venha com pé de coelhoPatuá ou figura de santoGuardada no bolso do seu paletóVocê fala que não acredita em nadaMas quando encontra uma escadaPor baixo não quer passarVocê diz que a falta de amor
328
Lhe sufoca, lhe deixa infelizE que isso é olhado, é mandingaDe quem não lhe quisNão me peça pra lhe acompanharNessa roda, porque isso pegaVocê fechou seu corpo demaisE se isolou por trás da pose de maiorE eu menor não vou ficar sóArranjei um parceiro melhorLevo a vida sorrindo contenteCom meu violãoVocê dançou nesse sambaE o seu cartaz acabou
Pé de prédiode: Carlinhos Brown, Ninha: intérprete: Timbaladadisco: Andei road, gravadora: ano: 1995
Foi lá no CandealQue eu plantei a minha mataFoi lá, foi lá, foi lá
Plantei tanto cacauQue até pé de prédio davaFoi lá, foi lá, foi lá
Gang OgumGang que guiarRum pi lé timbauPele pauNo ganzáBalançouSou timbaleiroBalançouGegê MalêBanto iorubáAngola Nidje
Papai Ogum
Pedra e Areiade: Lenine, Dudu Falcão: intérprete: Lenine e Suzanodisco: Olho de Peixe, gravadora: ano: 1993
Olha! Que brisa é essa,Que atravessa A imensidão do mar?
Rezo, paguei promessa
329
E fui a pé daqui até Dacar.
Praia, pedra e areia,Boto e sereia, os olhos de IemanjáÁgua! Mágoa do mundo,Por um segundoAchei que estava lá.
Olha! Que luz é essa,Que abre um caminhoPelo chão do mar.
Lua, onde começa,E onde termina o tempo de sonhar?"Eu tava na beira da praiaOuvindo as pancadasDas ondas do mar".
Pedras de luzde: Itamar Tropicália, Aranda Jr, Pwalé: intérprete: Banda Reflexu'sdisco: Kabiêssele, gravadora: ano: 1989
Nega tô aqui pra verVida em nosso realçarÉ que somos "rastafaris" oriásTendo a proteção dos orixás
Mió ó ó fióÔ ê i a ô
Somos enfim a magia doce lilásFlor marroquim energia medra Capaz de alastrar nesse mundo largo e sem fimTodo o axé da Bahia desde o Bonfim
Pela Ribeira seguindo a ConceiçãoPraia do Forte, Farol da ArmaçãoN'outros lugares Pelô e praça da SéRuas, esquinas e bares puxando afoxés
Nega tô aqui pra verVida em nosso realçarÉ que somos "rastafaris" oriásTendo a proteção dos orixás
Mió ó ó fióÔ ê i a ô
Temos na mente a ordem de amor E de pazVive feliz essa gente a cheirar nosso gásNosso cabelo trançado a pele e a tez
330
Mostram que somos amados por Deus que nos fez
Pega que oh...!de: Rudnei Monteiro, Edmundo Carôso: intérprete: Companhia Clicdisco: Companhia Clic, gravadora: ano: 1989
Swinga na ponta do péNada de cantar feridaAmar a vidaÉ virilha, é chuléVida é subir pra tirar doçuraVida, por que não fazer?Nada se liga abusando a quem deuNada de vida maneira
Bahia, mural anônimoDa arteNegra florBahia, seu coraçãoMe provocouBahia mural anônimoDa arteNegra florBahia seu coraçãoÉ todo cor
Pega que oh...!
Nega na ponta do péFaça sorrir cada umNa sexta-feira tá linda pra vê-la colarTira a mandinga de mimMeu protetor não tem moradaTira que eu quero atinarTira a mandinga de mim, amor
Bahia, mural anônimo...
Pega que oh...!
Peixinho do marde: Babi, Arávia de Oliveira: intérprete: Inezita Barrosos e Orquestra, Coral e Regional de Caçulinhadisco: Vamos falar de Brasil novamente, gravadora: ano: 1966
Quem te ensinou a nadarFoi a sereia do marNão foi, não, minha negaFoi um peixinho do mar
331
Sereia do marQuem foi que chamou Tem que dar presenteSereia chegou
Quem tem devoçãoCom o povo do marCabelo compridoNão pode cortar
Pisando na areiaTem que saraváQuem tem devoçãoCom o povo do mar
Pela Internetde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Quanta, gravadora: ano: 1996
Criar meu WEB siteFazer minha home-pageCom quantos gigabytesSe faz uma jangadaUm barco que velejeQue veleje nesse informarQue aproveite a vazante da infomaréQue leve um oriki do meu velho orixáAo porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomarQue aproveite a vazante da infomaréQue leve o meu e-mail até CalcutáDepois de um hot-linkNum site de HelsinquePara abastecer
Eu quero entrar na redePromover um debateJuntar via Internet Um monte de tietes de Connecticut
De Connecticut acessarO chefe da macmilícia de MilãoUm hacker mafioso acaba de soltarUm vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra contactarOs lares do Nepal, Os bares do GabãoQue o chefe da polícia carioca avisa pelo celularQue lá na praça onze tem um vídeo pôquer para se jogar
332
Pelas capitaisde: Moraes Moreira, Jorge Mautner: intérprete: Moraes Moreiradisco: Moraes Moreira, gravadora: ano: 1980c
Lá em Maceió você de mim não teve dóEm Aracaju a coisa virou anguJá em São Luiz a gente foi tão felizEm Belém do Pará eu não parei de chorarLá em Manaus vimos que somos bons e mausE em Teresina acabou-se toda nossa gasolinaEm Salvador, só em SalvadorEu conquistei pra sempre o seu amorEm Salvador com a ajuda de Xangô Eu conquistei como um rei o seu amorE lá no Recife foi um disse que me dissePorém em Natal a coisa ficou legalJá em João Pessoa nós curtimos uma boaMas em Curitiba necas de pitibiribaEm Porto Alegre alugamos um casebreE no Rio de Janeiro acabou-se todo o dinheiroBelo Horizonte, um belo HorizonteJá em Vitória pintou uma outra estóriaE na Paulicéia você pirou da idéiaEm Florianopólis se lembrando de NilópolisJá em Campo Grande nosso amor foi muito grandeMas em Cuiabá você ficou sararáLá em Goiânia até cantamos guarâniaEm Brasília foi a horaDe abraçar toda a famíliaEm Salvador, só em SalvadorEu conquistei para sempre o seu amorEm Salvador, só em SalvadorEu conquistei para sempre o seu amorEu conquistei como um rei o seu amorLá em Macapá tomamos muito guaranáTantas outras coisas aconteceram por láJá em Boa Vista você disse até a vistaMas em Fortaleza uma poética tristezaEm Porto Velho visitamos o CornélioE em Rio Branco nos beijamosTanto, tanto e no entantoEm Salvador, só em SalvadorEu conquistei para sempre o seu amorEm Salvador, só em SalvadorEu conquistei para sempre o seu amorEu conquistei como um rei o seu amor
Pelo sim, pelo nãode: Zé Renato, cláudio Nucci, Juca Filho: intérprete: Cláudio Nucci e Zé Renato
333
disco: Pelo sim, pelo não, gravadora: ano: 1985
A primeira lambada que eu tomoÉ pro santo e pra quem mereceVou lembrando do tantoQue custa o sujeito aprenderPelo sim, pelo não uma reza pra DeusUma vela pro cãoÉ um ás escondido na mangaE uma dama na mão
A segunda que eu tomo é comigoNão jogo pra ser perdedorReparar na toada da vidaÉ que faz o cantorQuando eu quero é assimNem tem bom nem ruimNem duzentos mil boisDou um nó na linha do destinoE desato
Eh! Coração de ouroEh! Solidão ingrataEssa paixão maltrataTira qualquer razão queima pior o fogoCorta melhor a facaEh! Coração de ouroEssa paixão me mata
Pelourinho, Cultura Africanizadade: Germano Meneguel: intérprete: Olodumdisco: Da Atlântida à Bahia o Mar é o Caminho, gravadora: ano: 1991
Para obter um reinadoÉ preciso lutar com esforço e dinamismoO Olodum vem saudarFoi um ato marcanteQue aconteceu em SalvadorFoi a Revolta dos BúziosJoão de Deus, Maciel e PelôNasce uma nova eraUm novo poder de criarAlfaiates, argolas, búziosOlodum relembrarCultura africanizadaOlodum pelourinhoBahia, SalvadorRevolta dos Búzios,No Brasil
Emôriô, emôriô
334
Emôriô, emôriô paô (bis)
Se faz presente uma nova repúblicaMudança importante
Pelourinho, negritude e magiade: Labre, Geraldo de Lima: intérprete: Jovelina Pérola Negradisco: Sangue bom, gravadora: ano: 1991
Le le le le le le le le leAlauê oluaê
Vem de Angola CatendêBate folha na BahiaPelourinho, PelourinhoNegritude e magia
Tem batuque na ladeiraCamafeu vem pra láVer os blocos e afoxésDa raiz iorubá
Filhos de Gandhi, Muzenza, Araketo e BadauêIlê ayê e Malê DebalêOlodum e Afreketê le le le
Le le le le le le le le leAlauê oluaê
Oba shirêOlorum, Baba me vai mostrarBeleza no seu cantarNa força do axéQue vem de Obatalá
Oba Dudu OrumiláIjexá, raízes da raça corrente de fé
Pelourinho, negritude e magiade: Labre, Geraldo Lima: intérprete: Jovelina Pérola Negradisco: Sangue Bom, gravadora: ano: 1991
Alauê Oluaê
Vem de Angola CatendêPatê Folha na BahiaPelourinhho, PelourinhoNegritude e magia
335
Tem batuque na ladeiraCamafeu vamos pra láVer os blocos e afoxésDe raiz yorubá
Filhos de Ghandi, Muzenza, Araketo e BadauêIlê ayê e Male DebalêOlodum e afreketê lê lê lê
Oba ShirêOlorum, Baba mim vai mostrarBeleza no seu cantarNa força do AxéQue vem de Obatalá
Oba Dudu OrumiláIjexá, raízes da raça cprrente de fé
Pena Brancade: J.B. de Carvalho, Ângelo Dantas: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano: 1961
Salve o rei da tribo GuaráOxóssi Pena Branca
Estava no matoEstava trabalhandoSeu Pena Branca Passou me chamando
Ecô, ecô, onde é que moraEu moro na Mata de Nossa Senhora
Ele vem, ele vem trabalharEle é Pena BrancaDa tribo Guará
Pensamento iorubáde: Moraes Moreira: intérprete: Zezé Mottadisco: Negritude, gravadora: ano: 1979
Para tudo ser tem que ter iuáQue ter iuáPara o vir a ser tem que ter axéPara o sempre ser tem que ter abáQue ter abá
Iuá me falou do lado de láPro lado de cá
336
Para emi brilharNum Iexé-EgumIexé-orixá
Pensamento Iorubáde: Moraes Moreira: intérprete: Zezé Motadisco: Negritude, gravadora: ano: 1979
Para tudo ser tem que ter iuáQue ter iuáPara o vir a ser tem que ter axéQue ter axéPara o sempre ser tem que ter abáQue ter abá
Iuá me falou do lado de láPro lado de cáPra emi brilharNum lexé-egumLexé-orixá
Num momento – sonhoPensamento iorubá
Iuá, Axé, Abá
Perfume de Guinéde: Toninho de Carvalho e Byll Rosa: intérprete: Arte Finaldisco: Reunião de Amigos, gravadora: ano:
Oi lê, lê, lê, lê... oi lê, lê aEntra na roda Ioiô, entra na roda IaiáEste samba vem de Angola vem na fé dos Orixás
Entra na roda menina não deixa o samba pararEste seu jeito dengosoSambando gostoso vei me conquistar
Este samba é de roda e levanta a poeira do chãoEle fica mais à moda batido na palma da mãoSua origem é Africana na Bahia foi morarQuero ver rodar baianaQuando meu samba cantar oi lê, lê, lê oi...
Este samba tem feitiço se brincar com ele tombaPreto velho me ensinou o jeito dessa mirongaEle é uma reza forte acredite quem quiserFilho bom tem proteção e também o seu axé
337
Mar afora divagueir para ver como é que éNo perfume me encantei com o aroma da guiné
Pessoa nefastade: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Raça humana, gravadora: ano: 1984
Tu, pessoa nefastaVê se afasta teu malTeu astral que se arrasta tão baixo no chãoTu, pessoa nefastaTens a aura da bestaEssa alma bissexta, essa cara de cão
RezaChama pelo teu guiaGanha fé, sai a pé, vai até a BahiaCai aos pés do senhor do BonfimDobraTeus joelhos cem vezesFaz as pazes com os deusesCarrega contigo uma figa de puro marfimPedeQue te façam propíciaQue retirem a cobiça, a preguiça, a malíciaA polícia de cima de tiBastaVer-te em teu mundo internoPra sacar teu infernoTeu inferno é aqui
Pessoa nefasta
Tu, pessoa nefastaGasta um dia de vidaTratando a ferida do teu coraçãoTu, pessoa nefastaFaz o espírito obesoCorrer, perder peso, curar, ficar são
Solta Com a alma no espaçoVagarás, vagarás, te tornarás bagaçoPedaço de tábua no marDiaApós dia boiandoAcabarás perdendo a ansiedade, a saudadeA vontade de ser e de estarLivreDas dentadas do mundoJá não terás, no fundo, o desejo profundoPor nada que não seja bom
338
Não mais que um pedaço de tábuaA boiar sobre as águasSem destino nenhumPessoa nefasta
Pessoal do alôde: Moraes Moreira, Antônio Risério: intérprete: Moraes Moreiradisco: , gravadora: ano:
Alô alô pessoal do alôVai ter auê, Badauê, ebóChilique do caciqueNo ponto chiqueAtrás do cheirinho da lolóMas qual é o pó?Quem é do roçadoRalando coco se dá melhorSou Pena BrancaDa zona francaDe MaceióVendendo peixePassando o picheSou azevicheApache do Tororó
Pimba na pitombade: Luiz Grande: intérprete: João Nogueiradisco: De amor é bom, gravadora: ano: 1985
Eu vou dar uma sacudidaVou nos mais velhosPra ver se consigo acertar minha vidaQue anda mais emboladaQue linha em carretelSe eu parar pra pensarVou acabar no Pinel
Meu Deus do céu!Se for mandingaVou mandar pra cimaDe quem me mandouQuem atura descargaNão sou eu, é o transformador
Se eu der moleO bicho me engoleEu não posso ficar de pomba-rolouEu vou bater um papo com o Vovô
339
Somente assim eu vou sair dessa maréVovô é pimba na pitombaNão cansa e nem tombaEu tenho féQue ele vai tirar de mimQuando é marola que alguém me jogouNão adiantaPois ninguém suplantaReza de vovô
Pimenta no vatapáde: João Nogueira, Cláudio Jorge: intérprete: João Nogueira, João Roberto Kelly, convidadosdisco: Rio dá samba, gravadora: ano: 1977
Agora, meu DeusO que eu faço agoraNão era a hora de me deixarMorena, você foi emboraArdeu, eu fiquei a chorarPimenta demais pro meu vatapá
O meu coração parouE até calou o meu sabiáMeu verso se apagouDesacreditou do tal verbo amar
Agora você quer voltarE eu é quem vou aplicarPimenta demais no seu vatapá
Pisa, baianade: Irmãos Valença: intérprete: Carlos Galhardodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1938
É pau, é pedra, é seixo miúdoPisa, baiana, por cima de tudo,No batuque da zabumba,A baiana desacata, sobre um cheiro de macumbaDe cachaça e de mulata.
A baiana é feiticeira,No lugar onde ela pisa,Faz fumaça de poeira,Fica a terra toda lisa.
Pisei num despachode: Geraldo Pereira, Elpídio Viana: intérprete: Ciro Monteiro
340
disco: 78 RPM, gravadora: ano: 1947
Desde o dia em que passeiNuma esquina e pisei num despachoEntro no samba, o meu corpo está duroBem que procuro a cadência e não achoMeu samba e meus versosNão fazem sucessoHá sempre um porém
Vou à gafieiraFico a noite inteiraNo fim não dou sorte com ninguémMas eu vou a um cantoVou num pai-de-santoPedir qualquer diaQue me dê uns passes, uns banhos de ervasE uma guia
Está aqui o endereçoUm senhor que eu conheçoMe deu há três diasO mais velho é batataDiz tudo na lataÉ uma casa em Caxias
Pisei num despachode: Geraldo Pereira, Elpídio Viana: intérprete: Jackson do Pandeirodisco: História da MPB – Geraldo Pereira, gravadora: ano: 1982
Desde o dia em que passeiNuma esquina e pisei num despachoEntro no samba, meu corpo está duroBem que procuro a cadência e não achoMeu samba e meus versos não fazem sucessoHá sempre um porémVou à gafieira, fico a noite inteiraNo fim não dou sorte com ninguémMas eu vou a um cantoVou num pai-de-santoPedir qualquer diaQue me dê uns passesUns banhos de ervaE uma guiaEstá aqui o endereçoUm senhor que eu conheçoMe deu há três diasO mais velho é batataDiz tudo na exataÉ uma casa em Caxias
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Plantasde: Vevé Calazans: intérprete: Vevé Calazansdisco: Vevé Calazans, gravadora: ano: 1986
A casa de Dona DarcyÉ toda cercada de plantas, plantaPlanta que ela mesma plantou
Tem planta que tira maniaDe velho menino que não qur comerTem planta que murcha todinhaSe o dono da casa se entristecerTem planta que serve de abrigo seguroPra os passarinhos se aninharNa proteção da espada de OxóssiDe Ogum, tapete de Oxalá
Tem planta que dá uma rosa tão lindaQue dá gosto de se cheirarTem planta que dá manga-rosa tão doceQue dá gosto de se chuparTem planta que cura de tudoSó não cura a dor da saudade que dáDe quando dá onze horasAs flores se abrem pra gente passar
Tem planta que já desfolhouE pede pra gente não lhe abandonarTem planta que já enfeitouAs bodas de ouro dos velhos no altarTem planta com cinqüenta anosCom filhos, com netos a engatinharE em trinta e um de dezembroA gente se reúne pra se abençoar
Pontode: Wando: intérprete: Wandodisco: Bem vindo, gravadora: ano: 1980
Meu pai me ensinou a cantar um ponto ( bis)Minha mãe de santo ajudou (bis)Esse ponto me livra dos males (bis)Esse ponto me ensina o amor ( bis)Saravá Ogum ( bis)Saravá Xangô (bis)Iemanjá está na praia (bis)Junto ao santo protetor (bis)Meu caminho está abertoPor qualquer lugar que eu for
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Todo mundo me quer bem ( bis)Sou criança que chegou (bis)Atôtô babá (bis)Atôtô Obaluaiê (bis)
Pontode: Wando: intérprete: Wandodisco: Bem-vindo, gravadora: ano: 1980
Meu pai me ensinou a cantar um pontoMinha mãe-de-santo ajudouEsse ponto me livra dos malesEsse ponto me ensina o amorSaravá OgumSaravá XangôYemanjá está na praiaJunto ao santo protetorMeu caminha está abertoPorque qualquer lugar que eu forTodo muno me quer bemSou criança que chegouAtotô babáAtotô obaluaiê
Ponto de Inhansande: “Amor” Getulio Marinho: intérprete: “Amor” Getulio Marinho com Conjunto Africanodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1930
Vamos saravá nossa mãe Inhansan
Macum belêMacum balilaViva rosa macum belê
Macum belêMacum balilaViva macum belê
Ponto de Ogumde: “Amor” Getulio Marinho: intérprete: “Amor” Getulio Marinho com Conjunto Africanodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1930
Vamos saravá nosso pai Ogum
Oi gente, comanda adu aiêOi gente, comanda adu ayá
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Quem me chamaComanda adu aiêQue (apita) adu ayá
Quem me chama Que (apita) adu ayáQuem me chamaComanda adu aiê
Oi gente, que (apita) adu ayáOi gente, que comanda adu aiê
Ponto de Oxósside: Adaptação de Maria Bethânia: intérprete: Maria Bethâniadisco: Bethânia , gravadora: ano: 1968-69
O galo cantouTá chegando a horaOxalá tá me chamandoCaçador já vai embora
Ponto de Oxósside: domínio público: intérprete: Maria Bethâniadisco: Origens, gravadora: ano: 1968/69
O galo cantou Tá chegando a horaOxalá tá me chamandoCaçador já vai embora (3x)
Ponto do Guerreiro Brancode: Domínio público: intérprete: Maria Bethâniadisco: Nada além, gravadora: ano: 1968
Eu disse camaráQue eu vinhaNa tua aldeia camaráUm dia
Sai sai saiBoa noite meus senhoresSai sai saiBoa noite, peço licença(bis)
Eu disse camará
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Que eu vinhaNa tua aldeia camaráUm dia
Óh! Deus vos salve esta casa santaÓh! Deus vos salve espada de guerreiroBandeira branca enfiada em pau forteTrago no peito a estrela do norte(bis)Óh! Deus vos salve esta casa santaÓh! Deus vos salve espada de guerreiro
Sai sai saiBoa noite meus senhoresSai sai saiBoa noite, peço licença(bis)
Porto de Araújode: Guinga, Paulo César Pinheiro: intérprete: Miuchadisco: Miucha, gravadora: ano: 1988
Hoj e eu vou m’embora, ó mãeEstrela nova já azulou de manhãPor favor não chora, ó mãeQue eu to levando em teu surrão artesãCordão de prata, cruz de ouro, o teu talismãQuem me acompanha, ó mãe, é NanãSe eu sair agora, ó mãeChego no porto de Araújo amanhãVou pro mundo afora, ó mãeGanhei a roupa de marujo da irmãLinho engomado, boné branco, gola de lãQuem me acompanha, ó mãe, é NanãVou antes do sol quebrarPra ouvir o canto do guriatãQue fez seu ninho no meu quarto de telha vãVou, mas também vou levarManta de charque, mel de irapuãMana. Eu promento que te escrevo toda manhãTô em cima da hora, ó mãeO meu cargueiro zarpa às seis da manhãBênção pra senhora, ó mãeTome tenção por nossa mãe, minha irmãUm dia eu voltoTrago inteiro o teu talismã Quem me acompanha, ó mãe, é Nanã
Prato de axéde: Pierre Onasis, Augusto Conceição : intérprete: Pierre Onasis
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disco: É de apaixonar, gravadora: ano: 1996
Traz em correntezaO amor pra cáTraz rum e águaA Bahia uáBote axé no pratoPra gente provarTá no ponto o côcoDendê, vatapáEmbolouPimenta no nêgoCante e dance, crioulaMoça puraBata palma crioulaVou cantar de noite e de diaEspantando a tristezaVou sentindo firmezaCoisas do coração Deixa o amor chegarTara rum e águaA Bahia uá
Prato de axéde: Pierre Onasis e Augusto Conceição : intérprete: Pierre Onasisdisco: É de apaixonar, gravadora: ano: 1996
Traz em correntezaO amor pra cáTraz rum e águaA Bahia uáBote axé no pratoPra gente provarTá no ponto o côcoDendê, vatapáEmbolouPimenta no nêgoCante e dance, crioulaMoça puraBata palma crioulaVou cantar de noite e de diaEspantando a tristezaVou sentindo firmezaCoisas do coração Deixa o amor chegarTara rum e águaA Bahia uá
Pretaporter de tafetáde: João Bosco, Aldir Blanc:
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intérprete: Os Cariocasdisco: Reconquistar, gravadora: ano: 1992
Pagode em CocotáVia nega reboláNum preteporter de tafetáBeijei meu patuáÓi, samba, ói, ulaláMé carrefour, o randevú vou começar
Além de me empurrar“kés que sé, tamanduá?Purquá jé suí du zanzibar.”
Aí eu me criei: pas de bafo, meu bombomPra que zangá?Sou primo do VillegagbonVoalá e çava, patati, patatáBoulevar, saravá, vim a Praça MauáDendê, matinê, padedêMeu peticomitê, bambolêEncaçapo você
Taí seu MitterrandMarcamos pra amanhã em PaquetáNum flamboyant en fleurOnde eu vou t colher
Pompadú? ZuluMajei toá bocú!...
Preto Velhode: Sussú, Cicica: intérprete: Sussúdisco: Preto velho, gravadora: ano: 1972
Preto velho que veio d’AngolaVeio saravá no gongáAiê aiê aiêVeio saravá no gongá
Preto velho veio de GabindaPreto velho veio de LuandaPreto velho veio lá do CongoPra saravá, filhos de umbanda
Preto velho que veio d’AngolaVamos saravá no gongáAiê aiê aiêVamos saravá no gongá
Preto velho é Pai Benedito
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Preto velho é João FerradorPreto velho (gimambu togo)Que chega num (boma) Saravá Xangô
“Saravá Gimambu togoSaravá João FerradorSaravá todo povo do CongoÔ saravá Angola
Saravá, meu filhoSaravá coroa de gongoOlha a gamba de Angola”
Princesa negrade: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Vim de LuandaMeu pai é reiEu sou princesa negraMinha palavra é lei
Traz tapeta vermelhoQue eu quero passarSem pedir licençaDa mamãe OxumHerdei altivezSedução e belezaHoje a ordem do diaEu dito, meu povoÉ dançar afoxéBate, bate tamborÉ na palma da mãoÉ na ponta do pé
Bate tambor, bate atabaqueRepica agogô na imensidãoHoje o decreto dizSeja livre e felizMinha palavra é lei
Privação de sentidode: Tavito, Aldir Blanc: intérprete: Watusidisco: Por causa de você, gravadora: ano: 1993
CiúmeÉ meu fraco, reconheçoÉ nessa hora a gente apela
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A educação de berçoVai virando um barraco na favelaPudera se eu souber que meu maridoMe engana, me suicidoMas antes quebro tudoRasgo as roupasTaco fogo no colchãoFaço pose de 1 ª damaMas ofendo e desanco de vezA dose de “esculacho” só dependeDa vontade do freguêsEm meu ciúme, sinto que um perfume novo cheira a traiçãoArmo outra discussãoJogo o jantar no chãoMe sinto estranha e chamo de “piranha”A quem estiver na miraE uma transformaçãoSai a moça educada e entra a pomba giraConfesso tudo bemPerdi a contaOs ataques que eu já tiveEu tenho cartomanteDetetive, enfermeira de plantãoMas no fundo o maior dos tormentosÉ o momento em que volto à razãoEu acho meu amor uma gracinhaIncapaz de traição
Promessa ao Gantoisde: Mateus, Dadinho: intérprete: Os Tincoãsdisco: O Africanto dos Tincoãs, gravadora: ano: 1975
Eu fui ao GantoisPagar promessa sóLevei de (Orumaió)Um (adê) pra (Iêiê-ô)(Monaneuá/Onaruá)minha prece é verdadeiraDesce e vem me abençoar
Oh, meu Deus! Como é lindoO céu se abreMãe Oxum vem surgindo
Promessa de pescadorde: Dorival Caymmi: intérprete: Dorival Caymmidisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1940
Ê ê ê êÊ ê ê ê
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A alodêIemanjá oê iá
Senhora que é das águasTome conta de meu filhoQue eu também já fui do marHoje tô véio, acabadoNem num remo sei pegáTome conta de meu filhoQue eu também já fui do mar
Ê ê ê ê !
Quando chegar seu diaPescador véio prometePescador vai lhe leváUm presente bem bonitoPara dona IemanjáFilho dele é quem carregaDesde terra até o mar
Quando os Deuses dançamde: Ferdinando Jujuba: intérprete: Banda Coração Tribaldisco: , gravadora: ano: 1997
A dança do poder do soldado inglêsO salto dos escravos pelos candomblésA dança jesuíta, o padre portuguêsA saga dos ciganos do antigo IrãVida submarina, todo homem-rãA dança do sagrado Mandala-PétalaQualquer forma de dançaMuito leve deixa o corpoA dança do índio que dança pra chuvaO ritual das virgens Anglo-SaxãsA dança da ciranda em GuadalajaraTambores do oriente nas boates de MadriOs povos primitivos o balê do TahitiA dança do maia nas ruas de ParisQualquer forma de dançaDeixa o corpoFala tamborOnde anda a poesiaFala tamborE a tecnologiaA dança do poder...E a tecnologiaQuando os deuses dançamEm torno do planetaQuando os deuses cantamEn la bomboñeraQuando os deuses dançam!
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Fala tambor...E a tecnologiaFala, fala, fala tambor!
Que baque é esse?de: Dandára Martins, Izamar: intérprete: Claudênia Libâniodisco: Maracatu Atômico, gravadora: ano: 2000
Ô lêlê, Ô lêlê, Ô lêlê, Ô láláA Nação Erê acabou de chegar
Que baque é esse Que vem lá de longeLá do outro lado do mar?
É o baque-virado da Nação ErêTocando a zabumba, o gonguê e o ganzá
Eu vim do Recife mostrar a Nação ErêCrianças que tocam, cantam e dançam pra valer
Que bom prato é vatapáde: Gilberto Gil, Galvão, Paulinho: intérprete: Paulinho Bocadisco: Paulinho Boca de Cantor, gravadora: ano: 1979
Volta a modaSe falar mal de baianoQue bom prato é vatapáMas cuidado que eu já viMuito nego se dar malCom siri e acarajá
Que bom prato é vatapáTa na ondaSe falar mal de baianoMas cuidado que eu já viMuito nego se dar malCom siri e acarajé
Onde é onde éQue se viu que se viuSe cuspirNo prato que se ouviuNo prato que se ouviuO baiano andaolhando pra cima Feitiço é saberTer no corpo dendê
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Quê quê rê quêde: João d Baiana: intérprete: João da Baiana e seu Terreirodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1956
Oi quê quê rê quêOigangaSaravá, macumba, oganga
Oi, mucamba é mucambaDe ???????Esse é o dia de Ogun, óia a ganga
Oi mucamba é mucamba????????????? congá
Quem tá de rondade: Príncipe Pretinho: intérprete: Francisco Sena com os Diabos do Céudisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1935
Eaô, me diga quem tá de rondaAê aê aê aôEaô, quem ronda sempre rondou
No alto da derrubadaQuem manda na encruzilhadaÉ só Exu e Xangô
Caboclo que tá de rondaRondando sem descansarEu sou filho de umbandaEu sei bulir no CongáUm butijão de malacoEu trago pra nós tomá
Caboclo que tá de rondaO dia já vai raiarEu venho de AruandaDaqui eu só vou voltarEu só trabalho pro bemIô iôE (napa/napé) de Oxalá
Quem vem pra beira do marde: Dorival Caymmi: intérprete: Dorival Caymmidisco: Histórias de pescadores, gravadora: ano: 1946
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Quem vem pra beira do mar ai,Nunca mais quer voltar ai,Quem vem pra beira do mar ai,Nunca mais quer voltar
Andei por andar andeiE todo caminho deu no marAndei pelo mar andeiNas águas de dona Janaína
A onda do mar levaA onda do mar trazQuem vem pra beira da praia meu bemNão volta nunca maisQuem vem pra beira do mar aiNunca mais quer voltar aiQuem vem pra beira do mar Nunca mais quer voltar
Andei por andar andeiTodo caminho deu no marAndei pelo mar andeiNas águas de dona Janaína
A onda do mar levaA onda do mar trazQuem vem pra beira da praia meu bemNão volta nunca maisQuem vem pra beira do mar aiNunca mais quer voltar aiQuem vem pra beira do mar Nunca mais quer voltar
Quero voltar à Bahiade: Ary Barroso, Meira Guimarães: intérprete: Jorge Goulartdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1961
Quando a saudade da Bahia me vem,Me faz chorar, quero voltar,Para ver nas areias as redes a secar,E ao pôr-do-sol saveiros a voltar,E o Pelourinho onde o negro padeceu,As ruas de pedra que o tempo não venceu,Os degraus da igreja onde rezou a sinhá,Tanto e tanta coisa deixei lá.O céu e o mar que estão no olhar do pescadorSempre a sonhar, e iaiá que vai jogar no marSeu amalá para Iemanjá.Anel, um pente, uma flor, quem dá presente pede amor,E lá no altar da velha igreja do Bonfim,
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Quero deixar uma vela pra fazer meu amor voltar.
Vou ver sambar de pés no chão num candomblé,Os Ogans de fé, Xangô, meu pai, beber o mar pra saravá seu orixá.As mães-de-santo a invocar, Ogum guerreiro a trabalhar,E num batuque de terreiro de Obá quero implorar o amor de iaiá,Ôi Bahia, ai, ai,Ai, meu Senhor do BonfimTenha pena de mim.
É tanta saudade, é demais, não vou morrer sem lá voltar,E quando eu me for é pra ficar.Ôi, Bahia, minha terra tão querida,És um céu para mim no meu coração.
Quilombosde: Lenine: intérprete: Batacotôdisco: Batacotô, gravadora: ano: 1993
Saiu do Congo num navio negreiro baixou no litoralBatuque e banzo no chão do terreiro pra suportar o malCorreu, fugiu, sofreu, sumiu e subiu o morroE o horizonte era o fundo do quintalOs atabaques gritam na macumba no tom dos ancestraisNa voz do blue, no rebolado da rumba tem negro por detrásVêm invadindo todas as fronteiras da história rumo ao futuro, driblando o temporal
Minha terra tem PalmaresOnde zumbi foi eleitoOs negros que lá quilombaramSambaram do mesmo jeito
Mas a negrada é pai pra toda obraE é de decidirQuem sabe, sambaE quem não samba, sobraOu para pra assistirPela avenida a força e o suor da negaMãos nas cadeirasFazendo o carnaval
Quizumba de Reide: Ruy Maurity, José Jorge: intérprete: Ruy Mauritydisco: Nem ouro, nem prata, gravadora: ano: 1976
“A coroa de ouro é mariôOgum é tata, é tataA coroa de ouro é mariô
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Quizumba de Calunga me pegouNão dá mais pra explicar pro pessoalTo até vendo a cara do Juca dizendoO que a gente não quer ouvir:Cada um por siNão faz um Carnaval!
São Jorge, meu padrinho, me valeiDe herói do dia me tornei um marginalNum boteco da esquina , esquecido da vidaEscuto alguém que diz:Cada um por siNão faz um Carnaval!
Quizumba no sambade: Toni Costa, Guilherme Maia: intérprete: Moraes Moreiradisco: Pintando o oito, gravadora: ano: 1983
Ai zombou de mimAmor meu tamborimTem quizumba no sambaAum zum zum bam bamTem samba até de manhãEntre as letras do alfabetoEstou mais pra zNa cartilha do afetoEu aprendi a lerQue tem samba até de manhãEntre, estão abertas As portas do meu coraçãoQue nesse instanteSe transforma num salãoE tem samba até de manhãQuizumba no samba...
Raça negrade: Dito, Jorge Zarath: intérprete: Margareth Menezesdisco: Luz Dourada, gravadora: ano: 1993
O grito da terra se expande por todo universoNo verso da mão calejada que afaga o rebentoO amor relampeja, quebrando a semente da guerraSagrada é a força da terra brilhando num só pensamento
Olorum mandou botarUm presente pra IemanjáColocar no mar do amorPra saudar seu canzuáMãe Oxum me batizou
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Com a bênção de OxaláÉ felicidade; é cor
Raça negraRaça negraRaça negra
Sou erê, sou mandinga, sou manhãSou dendê, afilhada de YansãSou café, cana verde, que beleza
Raça negra
Sou de paz, sou axé, sou natureza
Raça negraRaça negraRaça negra
Rainha do marde: Rosangela, Bentana: intérprete: Lincolndisco: Lincoln, gravadora: ano: 1975
IemanjáÉ a rainha do mar
Salve o povo d’AruandaSalve o meu pai OxaláSalve OxóssiSalve os guiasSalve Ogum beira-mar
Vai ter festa na ribeiraVai ter reza lá no GantoisVai ter samba a noite inteiraE vai ter muitas flores no mar
Rainha do marde: Wilson Jatiassu: intérprete: Banda Meldisco: Banda Mel, gravadora: ano: 1992
Iê iê IemanjáSintonize este cantoTraga energia da luz do luarDo mundo do negro Surgiu a aboliçãoEu canto este cantoÉ o canto da libertação
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Traga a rainha do marPois o povo precisa de paz e felicidadeBrancos e negros juntos vão sonharPara tentar e obter a realidade
Liberdade do canto Ilê AyêIlê Ayê, Ilê AyêSomos um povo manso do Ilê AyêIlê Ayê, Ilê Ayê
Rainha do marde: Mário Gil, Paulo César Pinheiro: intérprete: Mário Gildisco: Cantos do Mar, gravadora: ano: 1997
João foi quem contouQuando afundou no marDiz que ele endoideceuCom o que ele viu por láUm reino sob o marPalácio de coralDe conchas era o chãoO trono era de salNo inclinado convésDe um antigo galeãoViu sereias em coroEntoando uma cançãoTinham peixes de luzImitando castiçaisE cardume de corSe mexiam nos vitraisQuando um cortejo alí chegouDe cavalo-marinho puxarDa carruagem-mãe surgiuO vulto da rainha do marJoão se extasiouNão quis acreditarO olho esbugalhouNa luz daquele olharA moça então ergueuO pescador do chãoO sal do mar brotouDos olhos de JoãoEle aí se curvouA mãe d’água o afagouJunto do seu coraçãoO cortejo formouPra rainha então passarJoão só lembra que acordouSentindo o corpo se arrepiarDe longe o vulto lhe acenouSumindo dentro d`água do mar
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Rainha Negrade: Moacyr Luiz, Aldir Blanc: intérprete: Maria Bethâniadisco: Olho d'água, gravadora: ano: 1992
A idade da sereiaO baticum de pé no chãoChuá de cachoeriaO mito, o rito ritmam a respiraçãoTan-tan e atabaqueA gravalhada do ganzáO canto de trabalhoA dança, a ânsia segrada de rememorarO escuro negreiroO açoite pardo do feitorE um clarão enganadorA liberdade sonhada ainda não chegouSaúdo os deuses negrosDa selva mar céu de QueléPro povo brasileiroRainha negra da voz, mãe de todos nós
Raizde: Roberto Mendes, Jota Veloso: intérprete: Gal Costadisco: Gal, gravadora: ano: 1992
Lua cheia mais bonitaAcobreada de luzNa sombra de uma jaqueiraVejo que é prata e chãoMuita palha na cabeçaAtotô no coraçãoBanho de flor alvaAlveja os caminhos da proteçãoTá na beira do marNas folhas de sultãoNos metais de Ogum IêVento, raio e trovão
Tá na voz mais bonitaQue tem graça nas mãosOrunmilá bem disseSerá a voz da cançãoQuanto às chagas desta vidaPra tristeza não tem perdãoOs Maias há muito abrigamA raiz da salvaçãoEntre as peles mais bonitasSedas, marfins e corais
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A riqueza mais precisaÉ saúde, amor e paz
Rancho da goiabadade: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Galo de briga, gravadora: ano: 1973
Os bóias-frias Quando tomam Umas biritas espantando a tristezaSonhamCom bife a cavalo, batata fritaE a sobremesaÉ goiabada cascãoCom muito queijoDepois do caféCigarro e o beijo de uma mulataChamada LeonorOu Dagmar
AmarO rádio de pilha, o fogão jacaré, a marmitaO domingo, o barOnde tantos iguais se reúnem contando mentirasPra poder suportar, aiSão pais-de-santo, paus-de-arara, são passistasSão flagelados, são pingentes, balconistasPalhaços, marcianos, canibais, lírios pirados,Dançando e brincando de olhos abertos à sombraDa alegoriaDos faraós embalsamados
Rei Zulude: Nássara e Antônio Almeida: intérprete: Black-Out com Severino Araújo e sua Orquestra Tabajaradisco: 78 RPM, gravadora: ano:
Rei Zulu, Rei ZuluNão paga casa, nem comidaE anda nuPode não ter dinheiro pra gastarMas tem mulher pra chuchuRei Zulu não precisa de dinheiro pra viverTem casa pra morarComida pra comerMulher pra namorarAtrás do muruzuVamos saravá, minha negaSalve o Rei Zulu
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Renda de Pratade: Mário Gil, Paulo César Pinheiro: intérprete: Mário Gildisco: Cantos do Mar, gravadora: ano: 1997
Deu meia-noite e meiaTem lua cheia pra alumiarDo céu a estrela brancaQue cai, destrancaO portão do marDeixa a camisa finaDa lamparinaSe escandiarQue a luz do candeeiroFaz o coqueiroSe enfeitiçarA onda é de ensurdearA brisa é de amenizarTem qualquer coisa de arrepiarA lua é de endoidecerO azul é de admirarO céu é o espelho de IemanjáEm noite assimAs sereias costumam bordarRendas de prataDe estrelas caídas no marNo manto de Janaína
Requiem pra mãe Meninha do Gantoisde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: O eterno Deus mudança, gravadora: ano: 1989
Foi, minha mãe se foiminha mãe se foiSem deixar de ser, ora iê iê-ô
Dói, minha alma ainda dói,minha alma ainda dóisem deixar doer, ora iê iê-ô
Foi tão boa pra nósTão boa pra nósNão deixa de ser, ora iê iê ô
Mãe, do Orum, do CéuDo Orum, do Céume ajuda a viver neste Ilê aiê
Rara, ouro, guarda o tesouro pra nósRiso claro, Porto Seguro pra nós
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Vemos vivo o brilho da tua luzIluminando nossos corações.Ouve nossa oração.Escuta a demanda de cada um,Manda teu doce axé.Recomenda ao santo o teu candombléFala com cada um, fala com cada um,Fala com cada filho fiel.Canta pra todos nós.Derrama sobre todos o teu mel
Foi minha mãe se foi,Minha mãe se foiSem deixar de ser a Rainha do Trono Dourado de Oxum,Sem deixar de ser mão de cada umDos filhos pra quem eternamenteSempre haverá Mãe Menininha
Revolta Olodumde: José Olissam, Domingos Sérgio: intérprete: Banda Meldisco: Prefixo de Verão, gravadora: ano: 1990
Retirante ruralistaLavradorNordestino LampiãoSalvadorPátria sertanejaIndependenteAntônio Conselheiro em Canudos presidenteZumbi em AlagoasComandouUm exército de ideaisLibertadorSou mandinga, balaiadaSou MalêSou búzios, sou revoltaArâ rê
Ô CoriscoMaria Bonita mandou te chamarÉ o vingador de LampiãoÉ o vingador de Lampião(bis)
Êta cabra da pestePelourinho, OlodumSomos do Nordeste(bis)
Êta, êta, êta, ta-ta-ta-ta
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Revolta Olodumde: José Olissan, Domingos Sérgio: intérprete: Galdisco: Gal , gravadora: ano: 1992
Retirante, ruralista, lavradorNordestino, Lampião, salvadorPátria sertanejaIndependenteAntônio ConselheiroEm Canudos presidenteZumbi em Alagoas comandouExército de idealLibertadorSou mandingaBalaiadaSou malêSou búziosSou revoltaArerêÔ CoriscoMaria Bonita mandou te chamarÔ CoriscoMaria Bonita mandou te chamarÉ o vingador de LampiãoÉ o vingador de LampiãoÊta cabra da pestePelourinho, OlodumSomos do nordeste
Reza da noite e Durêde: (músicas de candomblé da Nação Angola) – adaptação: Onias Camardelli: intérprete: Grupo Zambodisco: Bahia, Grupo Zambo, gravadora: ano: 1976
Ai, é na casa de ungongoMeu quimbandeiro dengueAi, é na casa de ungongoMeu quimbandeiro dengueQuimbanda diressú ireáEcô tadê eressêQuimbanda diressú ireáEcô tadê eressêIaladê tinganga, ialadê tinguinhaArirôÔ Luaêmi, ô luaêmi
Ô Durê, ô DurêAilalá qu mamã de OxaguiãEi mamãe de OxaguiãEi mamãe de Oxalufã
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Rio Grande do Sul na Festa do Preto Fôrrode: Nilo Mendes, Dario Marciano: intérprete: Beth Carvalhodisco: Beth Carvalho, gravadora: ano: 1971
Oêo, oeaSarava meu povoE salve todos os orixás
O negro na senzala crucianteOlhando o seu, pedia a todo o instanteEm seu canto e lamentos de saudadeApenas uma coisa: liberdadeNa região denominada Preto FôrroLá na Serra do Mateus, na boca do matoTodo negro dono de uma liberdadeNa maior felicidadeSe dirigia pra láReunidos, davam início à festançaCom pandeiros, tamborins, xexerés e ganzás
Sob o clarão da LuaE o fosco do lampiãoA capoeira era jogadaSempre ao som de um refrão
Você me chamou de molequeMoleque é tuVocê me chamou de molequeMoleque é tuVocê me chamou de molequeMoleque é tu
Rio Grande do SulSeu folclore e sua genteTambém participaramDessa festa diferente
Você me chamou de molequeMoleque é tu
Rock comendo cerejade: Jorge Mautner, nelson Jacobina: intérprete: Jorge Mautnerdisco: Anti maldito, gravadora: ano: 1985
Tem um desejo de amorAté mesmo na flor e na plantaE na voz de quem falaE na voz de quem canta
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Seja como sejaÉ tão bom quando você me beijaBeijo seus olhos caídosPor entre as latas de cerveja
Piso na sombra às vezesQuando quero que ninguém me vejaVolto pro meu quarto à meia-noiteFico sozinho, ouço o rock comendo cereja
São pirilampos as luzesDentro desse apartamentoViva a vida, queridaAqui, agora, nesse momento!
Aqui, agora, nesse momento!AdonaiHosanaSaraváAxé-Kolofé
Rosa Pretade: Vicente Barreto, Paulê: intérprete: Vicente Barretodisco: Assim tão moço, gravadora: ano: 1980
Pra começarCanto o que quiser cantarPra terminarCanto Rosa de Oxalá
Rabo quente, rapaduraRebolado caminhãoReticente, belezuraPra que lado fica o chão?Peça rara, prata puraVentania, furacãoPatuá, mão na cinturaNão se pode dizer nãoRosa Preta, meia cura,Meia volta, seduçãoBrilhantina, cara dura,Meia sola, confusãoPra começar...
Rosas pra Iemanjáde: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
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Rosas pra IemanjáRosas pra IemanjáRosas pra IemanjáEu vou levar
IemanjáLeva pro mar essa saudadeDa terra mãe distanteMinha vontade de chorarLeva pro mar
IemanjáQuero curtir felicidadeSer livre como as ondasGrande como essa imensidão azul do mar
Rosas pra Iemanjá...
Iemanjá Dona do mar, ó divindadeNo borbulhar das ondasOuço sua voz me abençoarLinda sereia
IemanjáMeu orixá é só bondadeProtege tanto a genteSob o seu mnto azul de pazDe amor e luz
Sagrado batuquede: Lula: intérprete: Lazzodisco: Filho da terra, gravadora: ano: 1985
Vindo da ÁfricaBahia ou GuinéOu do batuque sagrado de MoçambiqueCom toda fé, aqui estou euCheio de axéPor Deus negro sou eu
Sou o que o ser quis serPelos olhos meusSou dessa terra sagradaOnde reina o sol
Confia no tempo Que o tempo lhe ensina a viverNa volta do mundoÉ que está meu saber
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I iê iVem e abre os portões do mundoAlforra a cor negra do teu irmão
Salvador não inertede: Betão Jamaica, Bobôco: intérprete: Olodumdisco: Olodum Egito Madágascar, gravadora: ano: 1987
Olodum, negro eliteÊ negritudeDeslumbrante por ter magnitudeIntegra no canto toda a massaQue vem para a praça agitarSalvador se mostrou mais alertaCom o bloco Olodum a cantarLê lê lê lê ôÊ aê aAganju, Alujá, muito axéCanta o povo de origem nagôSeu corpo não fica mais inerte Que o bloco Olodum já pintouLê lê lê ôÊ ai aE eu vou e eu vou e eu vou e eu vouVou subir a ladeira do PelôE eu vou e eu vouE eu vou, na sexta-feira eu vouVou subir a ladeira do PelôBalançando a bandaPra cáBalança a bandaPra láEu falei Olodum, OlodumSalvador minha Bahia capitalMe leva que eu vou, souOlodum deus dos deusesVulcão africano de Pelô
Salve a Bahiade: Ataulfo Alves: intérprete: Ataulfo Alvesdisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1943
Bahia Terra que tem camdombléBahia da preta do acarajéBahia tradicional meu senhor Bahia Terra que só dá doutor (bis)
Cidade rainha da romaria, cidade do batuque de sinháCidade rainha da poesia,
366
(Aí Bahia....)Castro Alves nasceu lá......
Bahia foi quem primeiro rezou,a missa que batizou meu país, Bahia Terra que Rui consagrou(Aí Bahia...)
Ser baiano é ser feliz
Salve a Bahiade: João Nogueira, Edil Pacheco: intérprete: Jair Rodriguesdisco: Estou lhe devendo um sorriso, gravadora: ano: 1980
Vou pra BahiaTristeza deixo de ladoVou passear no meio da multidãoBugiganga compro no mercadoCerveja bebo na Conceição
Estou falando consciente e baseadoNão faço verso trocadoNem mudo de opiniãoTenho o meu corpo fechadoTrago uma oraçãoSenhor do Bonfim no alto me dá a sua proteção
Eu vou a Bahia reverEu vou pra Bahia sambarSalve o seu axéViva a mãe Iemanjá
Salve as folhasde: Gerônimo, Ildásio Tavares, : intérprete: Maria Bethânia – Participação especial de Sandra de Sá, Gerônimo e Ramiro Mussotudisco: Memória da pele, gravadora: ano: 1989
Cosi EuêCosi orixáEuê ôEuê orixáSem folha não tem sonhoEuê-ôEuê orixáSem folha não tem festaEuê-ôEuê orixáSem folha não tem vidaSem folha não tem nadaAiê, aiê, aiê
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AiêQuem é você e o que faz por aquiEu guardo a luz das estrelas A alma de cada folha,Sou aroni...Agué, agué, vem salvar as folhasAgué, agué, vem salvar o verdeAgué, agué, vem salvar a natureza
Salve as folhasde: Gerônimo e Ildásio Tavares: intérprete: Gerônimodisco: Gerônimo, gravadora: ano: 1989
Coci ewêCoci orixáEwê ôEwê orixáSem folha não tem sonho
Ewê ôEwê orixáSem folha não tem festaEwê ôEwê orixáSem folha não tem vidaSem folha não tem nada
Ayê, ayê, ayê, ayê (bis)
Quem é vocêE o que faz por aqui
Eu guardo a luz das estrelasNa alma de cada folha (bis)Sou Aroni
Agué; agué, vem salvar as folhasAgué; agué, vem salvar o verdeAgué; agué, vem salvar a natureza (bis)
Coci ewê, coci orixáEwê ô, ewê orixá (bis)Sem folha não tem festaCoci ewê, coci orixáEwê ô, ewê orixá Sem folha não tem vidaCoci ewê, coci orixáEwê ô, ewê orixá Sem folha não tem transe
Salve Boiadeiro
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de: Osny Silva, J. Neves: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Ele é BoiadeiroEle é o rei do laçoTocando a boiadaNão sente cansaço
Boiadeiro é forteBravo e destemidoNa nossa umbandaÉ muito queridoDa sua falangeOxóssi é o SenhorDos fracos e oprimidosEle é o protetor
Boiadeiro agoraVai ter que partirA sua missão Precisa cumprirVamos bater palmasEle vai emboraVisitar seus filhosPelo mundo afora
Salve o negro nagôde: Luiz Caldas: intérprete: Luiz Caldasdisco: Lá vem o guarda, gravadora: ano: 1987
Senhorio pediu pro negro se abaixarMas o negro foi negro e não se abaixou,Abençoou o pobre brancoE foi pro terreiro, na palma da mão,E cantou:
Salve o negro nagôSalve o negro nagô, Oxalá!Que a gente quer casa pra morar
Senhorio parou pra pensar e se envergonhouDa maneira indiscretaQue sua cabeça pensouPois bem antes de tudo estar aquiNem existia o senhorMas meu povo foi para o terreiroNa palma da mão, e cantouSalve o negro nagôSalve o negro nagô, Oxalá!Que a gente tem filhos pra criar
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Hoje em dia alforria de brancoTem muito valorPois se sente na peleAquela nossa velha dorPois trabalha e dá o frutoQue tanto buscou,Recomeça a batalhaPra arranjar dinheiroPro usurpador
Salve o negro nagôSalve o negro nagô, Oxalá!Que a gente tem gente pra salvar
Vida de negro é difícil!Vida de negro é difícil!
Salve Ogumde: J.B. de Carvalho: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
Meus filhosVamos sarava OgumSarava Ogum
Ô, ô, OgumÔ, ô, Ogum dilêOgum dilêQuem manda é ZambiOgum dilêQuem manda é ZambiCorre, corre toda a giraOi, prá salvar filho de umbanda
Já foi o sol Já veio a lua Eu vou girarEu vou girarNa linha de umbanda Eu vou girar (X4)
Salve Ogum (São Jorge)de: J. B. de Carvalho: intérprete: J. B. de Carvalhodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1961
Meus filhos Vamos saravá OgumSaravá Ogum!
370
Ô, ô, OgumÔ, ô, Ogum dilêOgum dilê Quem manda é ZambiOgum dilê Quem manda é ZambiCorre, corre toda a giraÔi pr’á salvar filho de umbanda
Já foi o sol Já veio a luaEu vou girarEu vou girarNa linha de umbanda Eu vou girar Eu vou girarEu vou girarEu vou girar
Salve Salvadorde: Armandinho, Jackson Roberto de Souza Marques: intérprete: Dodô e Osmar, Armandinhodisco: Folia Elétrica, gravadora: ano: 1982
Pode choverEu quero é ver vocêPode chorarEu quero é ver vocêPode chorarEu quero é me molharSou pescadorDo caminho de areiaBoa viagemSou pescadorDo caminho de areiaBoa viagemEu quero é ver vocêPode chorarEu quero é me molharSerei a lágrimaBorboleta ?Eu amo vocêSou seu axéNesse afoxéSalve, salve, salve Salvador
Samba da bênçãode: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Vinícius de Moraesdisco: Kaleidoscópio nº 2, gravadora: ano: 1965
371
É melhor ser alegre que ser tristeAlegria é a melhor coisa que existeÉ assim como a luz no coraçãoMas pra fazer um samba com belezaÉ preciso um bocado de tristezaPreciso um bocado de tristezaSenão não se faz um samba não(Senão é como amar uma mulher só lindaE daí? Uma mulher tem que ter qualquer coisa além da belezaQualquer coisa de tristeQualquer coisa que choraQualquer coisa que sente saudadeUm molejo de amor machucadoUma beleza que vem da tristeza de se saber mulherFeita apenas para amarPara sofrer pelo seu amorE pra ser só perdão )Fazer samba não é contar piadaQuem faz samba assim não é de nadaUm bom samba é uma forma de oraçãoPorque o samba é a tristeza que balançaE a tristeza tem sempre uma esperançaE a tristeza tem sempre uma esperançaDe um dia não ser mais triste não(Feito essa gente que anda por aí brincando com a vidaCuidado, companheiro!A vida é pra valerE não se engane nãoÉ uma sóDuas mesmo que é bom, ninguém vai me dizer que temSem provar muito bem provadoCom certidão passada em cartório do céuE assinado em baixo: DeusE com firma reconhecida!A vida não é de brincadeira, amigo,A vida é a arte do encontroEmbora haja tanto desencontro pela vidaHá sempre uma mulher à sua espera Com os olhos cheios de carinhoE as mãos cheias de perdãoPonha um pouco de amor na sua vidaComo no seu samba)Ponha um pouco de amor numa cadênciaE vai ver que ninguém no mundo venceA beleza que tem no samba, nãoPorque o samba nasceu lá na BahiaE se hoje ele é branco na poesiaSe hoje ele é branco na poesiaEle é negro demais no coração(Eu, por exemplo, o capitão do matoVinícius de MoraesPoeta e diplomata, o branco mais preto do BrasilNa linha direta de XangôSaraváA bênção, senhora
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A maior Ialorixá da BahiaTerra de Caymmi e João GilbertoA bênção, Pixinguinha,Tu que chorastes na flauta todas as minhas mágoas de amorA benção, SinhôA bênção, CartolaA bênção, Ismael SilvaSua bênção, Heitor dos PrazeresA bênção, Nelson CavaquinhoA bênção, Geraldo PereiraA bênção, meu bom Ciro MonteiroVocê, sobrinho do NonôA benção, NoelSua bênção, Ary A benção, todos os grandes sambistas do meu BrasilBranco, preto, mulatoLindo como a pele macia de OxumA bênção, maestro Antônio Carlos JobimParceiro e amigo queridoQue já viajastes tantas canções comigoE ainda há muitas a viajarA benção, Carlinhos LiraParceiro cem por centoVocê que une a ação ao sentimentoE ao pensamentoA benção, A benção, Baden PowellAmigo novo, parceiro novoQue fizestes este samba comigoA benção, amigoA benção, maestro Moacyr Santos, que não és um sóÉs tantos, tantos comoO meu Brasil de todos os santosInclusive meu São SebastiãoSaravá!A benção, que eu vou partirEu vou ter que dizer adeus)Ponha um pouco de amor numa cadência
Samba de Arerêde: Xande de Pilares, Arlindo Cruz, Mauro Júnior: intérprete: Beth Carvalhodisco: Pagode de Mesa - ao vivo, gravadora: ano: 1999
Meu samba tem muito axéQuer ver, vem dizer no péEscute o som do tantãTem samba até de manhãPra curar o desamorE a tristeza afastarVocê que nunca sambouSe liga, tem que sambarMeu samba é de arerê
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Quem samba não quer pararNa hora do "vamo vê"Meu samba é ruim de aturarTem o dom de resolverDeixa tudo no lugarVocê que nunca sambouSe liga, tem que sambarVem ver meu povo cantarVem ver, o meu samba é assimAmor, você pode provarMas deixa um pouquinho pra mim
Samba de roda na beira do marde: Mário Gil, Paulo César Pinheiro: intérprete: Mário Gildisco: Cantos do Mar, gravadora: ano: 1997
Ora-iê-iê-ôOgunhéOxê-aráEh! AlodêKabiecilêArrobobóDe dia não tem maré-cheiaNa praia tem barco na areiaA roda do sol vai girarDe noite é que a espuma prateiaQue o ara da lua encandeiaQue a lua também quer rodarGira a folha da samambaiaTrançada por cima da saiaQue a moça botou pra dançarRaia o dia e a noite raiaTem palma na beira da praiaDo povo que vem rodearFesta de rua na areia do chãoRoda de curso que vem pelo arToque de samba na palma da mãoSamba de roda na beira do marJanaína, Inaê, Odoyá
Samba do cariocade: Carlos Lyra, Vinícius de Moraes: intérprete: Elis Regina, Jair Rodriguesdisco: Dois na Bossa, gravadora: ano: 1965
Vamos cariocaSai do teu sono devagarO dia já vem vindo aíE o sol já vai raiarSão Jorge teu padrinho
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Te dê cana pra tomarXangô teu pai te dêMuitas mulheres para amarVamos minha genteÉ hora da gente trabalharVamos minha gente
Samba do grande amorde: Chico Buarque de Holanda: intérprete: Chico Buarquedisco: Chico Buarque, gravadora: ano: 1984
Tinha cá pra mimQue agora simEu vivia enfim um grande amorMentiraMe atirei assimDo trampolimFui até o fim um amadorPassava um verão A água e pãoDava o meu quinhão pro grande amorMentiraEu botava a mão No fogo entãoCom meu coração de fiador
Hoje eu tenho apenas uma pedra no peitoExijo respeito, não sou mais um sonhadorChego a mudar de calçadaQuando aparece uma florE dou risada do grande amorMentira
Fui muito fielComprei anelBotei no papel o grande amorMentiraReservei hotelSarapatelE lua-de-mel em SalvadorFui rezar na SéPra São JoséQue eu levava fé no grande amorMentiraFiz promessa até pra OxumaréDe subir a pé o Redentor
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peitoExijo respeito, não sou mais um sonhadorChego a mudar de calçadaQuando aparece uma flor
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E dou risada do grande amorMentira
Samba Duro Caloléde: Roberto Amaral Chaves: intérprete: Timbaladadisco: Andei road, gravadora: ano: 1995
É bom demaisIr atrás desse meu pretoFicar solto na avenidaNo relógio de São Pepo
É bom demaisPassar lá no CandealSair quebrando na cinturaAs levadas de quintal
Ôi timbaleiro que me toque amorSou chegado a negãoTimbaleiro que me faz amorÉ um negão
É bom demaisSamba duro do CaloléO sorriso da BahiaGinga de banda afoxé
É bom demaisAbraçar babalorixáE o toque de timbaleiroIsso eu não vou deixar
Ôi timbaleiro que me toque amorSou chegado a negãoTimbaleiro que me faz amorÉ um negão
Transe com quem você quiserMas use camisinha
Samba em Berlim com saliva de cobrade: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Cabeça de nego, gravadora: ano: 1986
Quase que eu chamei o SapaimTamanha a rebordosaA overdose de veneno de cobraQue a morenaQuando é Pomba Gira põe na prosa:
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Congelar e derreter,Sentir firmeza em cenaSe nessa fera um bicheiro leva fé,Não entra em canaPomba que entorta sacanaNa sexta frotaAté Popeye roda a baiana
Gente, a minha história foi assim:Sou verde e rosaE fui bebemorar num botequimA gloriosaE lá no bar foi se encostando me mim,Tão sestrosaRolinha e pomba de arrupiar,Cascavel em pé de manacá
Minha timidez sumiu de mim,Cantarolei: ô Rosa!Aí eu virei a dose e era venenoQue a morenaSalivou no meu corpo sem penaMe abalou, tentei sambarCadê firmeza em cena?Me deu um sono e um suorE eu, machão, fiz um berreiroE hoje ex-viri-fuzileiroLarguei a fardaE sou cambono em seu terreiro
Samba Lelêde: Paulo Barbosa: intérprete: Carlos Galhardodisco: 780 RPM - compacto, gravadora: ano: 1939
Entrei na roda do sambaSamba, samba, samba lelê!Eu sou moleque de bambae agora é que eu quero "vê"....
Samba lelê "tá" doente, "tá" de cabeça quebrada!
Côro
Samba lelê " tá" doente, "tá" de cabeça quebrada!
Eu já sou de fato bamba,não preciso de moamba!Sou o Rei, sou coroadono batuque sou formado!....
377
Sambaêde: Ninha, Jaime Costa, Melodia Costa: intérprete: Timbaladadisco: Dance, gravadora: ano: 1995
Menina do Alto do GantoisMenina da RibeiraMenina do alto do CandealMenina dessa cidade negra
Tenho algo a te falar, ê, ôTenho algo a te comunicar
Vem dançar comigo na timbaladaVem comigo, vemVem me namorarOlha o balanço gostosoUm suingue que dá, ê, ôVem comigo, vemVenha vadiar
Se é de rolar batucajéNa ponta do péNa casa de axéPrato de najéFolha de GuinéE se lambuzar de acarajéCom muito axéVem ver as meninas rodar a baianaE sentir como é
Sambaê, sambaê, sambaSambaê, sambaê, samba
Sangue afrode: Tony Elias, Márcia Rodrigues: intérprete: Márcia Rodriguesdisco: Girassol de fogo, gravadora: ano: 1996
Tenho sangue afroTenho sangue negroApesar da minha corSou negra que nem nagôA Bahia tem ÁfricaA Bahia tem SalvadorO gingado de todo amorUm axé lindo assimA Bahia tem negro GilA Cabrália que um dia viuPelourinho que descobriuO suingue pra mim
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Ai, ai, eh, eh... Bahia de CaetanoAi, ai, eh, eh... sou amante de OlodumAi, ai, eh, eh... samba, reggae, SalvadorAi, ai, eh, eh... o meu sangue conquistou(Ba, ba, ba)Ba, ba, ba, baBahia, oh...Ba, ba, ba, baBahia oh...Eh, ah...Bahia, oh
Sangue afrode: Tony Elias e Márcia Rodrigues: intérprete: Márcia Rodriguesdisco: Girassol de fogo, gravadora: ano: 1996
Tenho sangue afroTenho sangue negroApesar da minha corSou negra que nem nagôA Bahia tem ÁfricaA Bahia tem SalvadorO gingado de todo amorUm axé lindo assimA Bahia tem negro GilA Cabrália que um dia viuPelourinho que descobriuO suingue pra mimAi, ai, eh, eh... Bahia de CaetanoAi, ai, eh, eh... sou amante de OlodumAi, ai, eh, eh... samba, reggae, SalvadorAi, ai, eh, eh... o meu sangue conquistou(Ba, ba, ba)Ba, ba, ba, baBahia, oh...Ba, ba, ba, baBahia oh...Eh, ah...Bahia, oh
Santa Bárbarade: Nássara e Antônio Almeida: intérprete: Black-Out com Severino Araújo e sua Orquestra Tabajaradisco: 78 RPM, gravadora: ano:
Oh! Babalaô OrixáSanta Bárbara no céuE a mãe d’água no marManda vir o seu cavaloMeu pai
379
Deus em todo lugarMeu Deus!
Santa Clara, padroeira da televisãode: Caetano Veloso: intérprete: Caetano Velosodisco: Circuladô, gravadora: ano: 1991
Santa Clara, padroeira da televisãoQue a menina do olho esperto saiba ver tudoEntender certo o sinal certo se perto do encobertoFalar certo desse perto e do distante porto abertoMas calarSaber-se lançar-se num claro instanteSanta Clara, padroeira da televisãoQue a televisão não seja o Inferno, interno ermo,Um ver no excesso o eterno quase nada (quase nada)Que a televisão não seja sempre vistaComo a montra condenada, a fenestra sinistraMas tomada pelo que ela éDe poesia
Quando a tarde cai onde o meu pai me fez e me criouNinguém vai saber que cor me dóiE foi aqui que ficou Santa Clara
Saber calar, saber conduzir a oraçãoPossa o vídeo ser a cobra de outro édenPorque a queda é uma conquistaE as míriades de imagens, suicídioPossa o vídeo ser o lago onde NarcisoSeja um Deus que saberá também ressuscitarPossa o mundo ser como aquela ialorixáA ialorixá que reconhece o orixá no anúncioPuxa o canto pra o orixá que vê no anúncioNo caubói no samurai no moço nú na moça nuaNo animal na cor na pedra vê na lua vê na luaTantos níveis de sinais que lêE segue inteira.
Lua clara, trilha, sina,Brilha, ensina-me a te verLua lua continua em mimLuar, no ar, na tvSão Francisco
São João, Xangô Meninode: Gilberto Gil, Caetano Veloso: intérprete: Gilberto Gildisco: Gilberto Gil em Montreaux, gravadora: ano: 1981
380
Ai Xangô, Xangô meninoDa fogueira de São JoãoQuero ser sempre o menino, XangôDa fogueira de São João
Céu de estrela sem destinoDe beleza sem razãoTome conta do destino, XangôDa beleza e da razão
Viva São JoãoViva o milho verdeViva São JoãoViva o brilho verdeViva São JoãoDas matas de OxóssiViva São JoãoOlha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindoNoite tão fria de junho, XangôCanta tambor, canta lindo
Jogo fogos-de-artifícioQuero ser sempre meninoAs estrelas deste mundo Xangô
Ai São João, Xangô meninoViva São JoãoViva a refazendaViva São JoãoViva DominguinhosViva São JoãoViva qualquer coisaViva São JoãoGal canta CaymmiViva São JoãoPássaro proibidoViva São João
São Jorgede: Claudinho Azevedo, Paulo César Pinheiro: intérprete: Alcionedisco: Emoções reais, gravadora: ano: 1992
Quando eu vim pra esse chãoFoi pra ser menestrelDe viola, brasão e anel
Cruzei mar e sertãoCom uma estrela no céuReluzindo no meu chapéu
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Vim mostrar belezaMas só vi tristezaE essa estrela acesaVirou na noite um fogaréu
Pra luta contra o malMe tornei capitãoParabelo e punhal na mão
Pus em cada arraialUma estrela no chãoCom a ponta do meu facão
Nos campos de guerraLutei por meus irmãosPor essa terra (Ogum-ê)Tombei na serra (Ogum)Mas meu sonho não
Aruanda chamouE eu virei orixáCavaleiro de OxaláHoje eu sou defensorGuardião do luarSou São Jorge, Ogum Beira-Mar
São Jorge da Costa da Minade: Romildo, Sérgio Fonseca: intérprete: Agepêdisco: Agepê , gravadora: ano: 1987
Todo povo que é de pembaVem de AngolaTodo povo que é de sembaÉ quilombola
Pra enxugar os meua prantosE as dores do cativeiroEu trouxe rezas e cantosDos santos bentos e bantosLá do meu terreiro
Dentro do meu alforjeQuem me alforria iluminaÉ uma oração de São JorgeGuerreiro lá da Costa da Mina
Meu pai Me daí vossa luz e coragem Me faz à vossa imagem Na luta contra os perigosMe protegei
382
Das injustiças da leiE das sanhas do reiE dos meus inimigos
Que eu fiquei intocávelQue eu fiquei invisívelInsesívelAo golpe fatalConvosco estou salvoE sem vós eu sou alvoDas flechas do mal
São Jorge Guerreirode: Antonio Almeida: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano: ???
Saravá Ogum São Jorge, meus filhosQuem tá de ronda?Ogum-yê, meu paiSarava, Ogum-yê!
Quem tá de ronda é São JorgeDeixa São Jorge rondarQuem tá de ronda é São JorgeDeixa São Jorge rondarSão Jorge guerreiroQue manda na terraQue manda no marSão Jorge guerreiro Que manda na terra Que manda no mar
Saravá meu paiSaravá meu paiIná ecô, iná ecoEcô iná
São Jorge Guerreirode: J. B. de Carvalho, Analdo Regis: intérprete: J. B. de Carvalho com Conjunto Tupydisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1942
E vem São Jorge lá de AruandaNo seu cavalo brancoSaravá, linha de umbanda
Saravá todos seus filhos dessa terraSão Jorge é que mandaSão Jorge ganha guerra
383
Saravá
São Jorge Guerreirode: Osny Silva, J. Neves: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Foi São Jorge GuerreiroQuem matou o dragãoVou abrir meu trabalhoCom sua proteção
Foi São Jorge GuerreiroQuem matou o dragãoVou abrir meu trabalhoCom sua proteção
Salve Nanã (puroquê/boroquê)Santa mãe IemanjáSalve Odé, salve OssãSalve meu Pai OxaláSalve Cosme e DamiãoSalve (boô malacá/dô oialatá)Salve o povo da JuremaSalve o ponto d’Oiá PembaSalve Ogum Beira-Mar
Sapopemba e Maxambombade: Nei Lopes, Wilson Moreira: intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Zeca Pagodinho – ao vivo, gravadora: ano: 1999
Tarretá hoje é ParacambiA vizinha japeriUm dia se cahamou Belém (final do trem)E Magé, com a serra lá em ribaGuia de PacobaíbaUm dia foi também já ffoi SapopembaNava iguaçu, MoxambombaVia Estrela hoje é Mauá (Piabetá)Xerém e Imbariê, mas quem diriaAté Duque de CaxiasFoi nossa senhora do PilarAtualmente a nossa velha baixadaTá pra lá de levantadaCom o progresso que chegouTá tudo lindoO esquadrão fechou a tampaO negócio é Rio- SampaGrande Rio e Beija-FlorMorreu Tenório
384
Termnou sua epopéiaE Joãozinho da GoméiaFoi oló, desencarnou...Naquele tempoDo velho Amaral PeixotoMeu avô era gordoE hoje eu sou quase avô
Sapopemba e Maxambombade: Nei Lopes e Wilson Moreira: intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Zeca Pagodinho – ao vivo, gravadora: ano: 1999
Tarretá hoje é ParacambiA vizinha japeriUm dia se cahamou Belém (final do trem)E Magé, com a serra lá em ribaGuia de PacobaíbaUm dia foi também já ffoi SapopembaNava iguaçu, MoxambombaVia Estrela hoje é Mauá (Piabetá)Xerém e Imbariê, mas quem diriaAté Duque de CaxiasFoi nossa senhora do PilarAtualmente a nossa velha baixadaTá pra lá de levantadaCom o progresso que chegouTá tudo lindoO esquadrão fechou a tampaO negócio é Rio- SampaGrande Rio e Beija-FlorMorreu TenórioTermnou sua epopéiaE Joãozinho da GoméiaFoi oló, desencarnou...Naquele tempoDo velho Amaral PeixotoMeu avô era gordoE hoje eu sou quase avô
Sarandambade: Sussú, Cicica: intérprete: Sussúdisco: Preto Velho, gravadora: ano: 1972
Meu pai SassariçandambaSaravá mucambaOlha a moçaTamoji ta de umbandaOlha a moça indomarArê sacariba, ba
385
Olha a moçaMeu pai é rei do CongoOlha a moçaMeu pai SassariçandambaSaravá mucambaOlha a moçaÊ camuxita de umbandaOlha a moça
Saraváde: Geraldo Queiroz, Nelson Trigueiro: intérprete: Os Trovadores com José Pacheco e sua Orquestradisco: 78`RPM, gravadora: ano:
Vamos saravá, vamos saraváQuem não pode com mandingaNão carrega patuá
Tem um (bebe/breve) no pescoçoE uma figa de guinéSaravá quem é da leiTambém assim não é
Saravá
Saraváde: J.B. de Carvalho, Paulo Rodrigues: intérprete: J.B. de Carvalhodisco: Macumba, canjerê, candomblé, gravadora: ano:
Saravá, saravá, saravaEsse povo de pembaQue é filho de fé no congaSaravá, saravá, saravaQue é pai de cabeçaE não deixa seu filho quedar
Lua, oi, LuaIlumina o terreiroQue Pai de cabeça chegouLua, oi, LuaBateu meia-noiteE o galozinho preto cantou
Saravá Ogumde: S. Matos, Pereita Matos: intérprete: Ruth Amaraldisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1955
386
Segura, gente, seus (cabuetê)Que aí vem Ogum Egê
Já chegou seu rompe-matoSeu Xangô e Ogum YaraVamos saravá n’AruandaQue a umbanda hoje não pára
O meu pai tem (ariando)Trás com ele todo mundoTrás os (pontos) de AngolaFaz caboclo vira-mundo
Ai que bam bam bamAi que bam angoláOs (pontos) vem pra saravá
Todo mundo (curiando)Todo mundo curimbáBaba e Ogum quando chegaFaz todo mundo saravá
Saravá-Xangô (O Ritual das Tribos)de: Godão: intérprete: Bicho Terradisco: Bicho Terra, gravadora: ano: 1990
Eu sou comanche da tribo PaunesGuerreiro Apache o carnavalVem Guaraci Jaeira LuaVamos dançasO SaraváXangô ôohÔh ôhÔh
Sargaço marde: Dorival Caymmi: intérprete: Dorival Caymmidisco: Song book Dorival Caymmi, gravadora: ano: 1993
Quando se forEsse fim de somDoida cançãoQue não fui eu que fizVerde luz, verde corDe arrebentaçãoDeusa do amor, deusa do marVou me atirar, beber o marAlucinado, desesperar
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Querer morrer para viverCom Yemanjá
Yemanjá, odoiáYemanjá, odoiáYemanjá, odoiá
Saudação – Ponto de Iemanjáde: João da Baiana: intérprete: João da Baiana e seu Terreirodisco: Saravá Yemanjá, gravadora: ano:
Você yabaÓia qui qui quiQui saralambaMaria GonéQuem é? Quem é?Maria Goné
Você yabaÓia qui qui quiQui saralambaMaria GonéQuem é? Quem é?Maria Goné
Quem é nossa mãeDas ondas do mar?Maria GonéQuem é? Quem é?Maria Goné
Quem levou a genteNas ondas do mar?Maria GonéQuem é? Quem é?Maria Goné
Saudação à Mãe Menininhade: Osny Silva, J. Neves, Carlos Santal: intérprete: Osny Silvadisco: Ogum Beira Mar, gravadora: ano: 1983
Vou pra Bahia, sinháVou pra BahiaBater cabeçaE saudar Mãe Menininha
Mas que saudade Da festa de IemanjáDa lavagem do Bonfim
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Do terreiro de NanãChegando láVou direto ao barracãoEu quero ver os OgãsBatendo na marcação
Aí eu vou saudarAí eu vou saudarA todos os santosDo querido Gantois
Quem não conheceEssa terra colossalExportadora do cancanDa Bethânia e da GalVenha comigoEu vou lhe mostrarÀ Mãe Menininha vou pedirPara nos abençoar
Saudação a Yemanjáde: João da Baiana: intérprete: João da Baiana e seu Terreirodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1956
Viva OgumViva OxaláViva a Sereia, Rainha do mar
Óia ??? de AngolaQue ??? girar?????? saravá
Atotô, atotôAderê, oi mucambaAderê, oi mucamba?????????????
Mamãe falou, mamãe raiouMoleque na rede do pescado
Saudação aos povos africanosde: Mãe Menininha do Gantois: intérprete: Gal Costadisco: Gal, gravadora: ano: 1992
Arará iá mim áArará iá mim áArará iá mim áOmode ilê mim ô
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Saudação aos povos africanosde: Mãe Menininha do Gantois: intérprete: Gal Costadisco: Gal, gravadora: ano: 1992
Arará iá mim áArará iá mim áArará iá mim áOmode ilê mim ô
Saudades da Bahiade: Jair Gonçalves: intérprete: Vagalumes do Luardisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1951
Vou de volta pra Bahia,Pra matar a saudade que a gente já sentia,Eu quero ver outra vez a baiana gingando no samba,Quero pisar num terreiro seguro e me livrar da moamba.
A Bahia é terra boa, ninguém pode duvidar,Pois quem vai à Bahia não quer mais voltar,Bahia! Tens de beleza encantos mil,Bahia, és o orgulho do Brasil.
Saudades da Guanabarade: Moacyr Luz, Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro: intérprete: Aldir Blancdisco: Aldir Blanc - 50 anos, gravadora: ano: 1996
Dorival Caymmi falou pra Oxum:- Com Silas tô em boa companhiaO céu abraça a terra,Deságua o Rio na BahiaGêge, tuas asas de pomba,Presas nas costas com mel e dendê,Agüentam por um fio.Sofrem o bafio da fera,O bombardeio de Caramuru,A sanha de Anhangüera...Gêge, tua Boca do LixoEscarra o sangue de outra hemoptiseNo Canal do MangueO Uirapuru das cinzas chama:- Rebenta a louça, Oxum-maré,Dança em teu mar de lama!
o brazil não merece o brasilo brazil tá matando o brasil
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jereba-saci caandrades cunhãs ariranha ranhasertõesguimarães bachianaságuasimariomtma ariraribóiana aura das mãos de Jobim - açu ô, ô, ôpererê camará tororó olerêpiriri ratatá karatê olarájererê saravá cururu olerêblá-blá-blá bafafá sururu olarádo brasil s.o.s ao brasil(bis)
Eu sei que o meu peito é uma lona armada,Nostalgia não paga entrada,Circo vive é de ilusão...Chorei, ai, eu chorei!Com saudades da Guanabara,Refulgindo de estrelas claras,Longe desta devastação, e entãoArmei pic-nic na Mesa do ImperadorE na Vista Chinesa solucei de dorPelos crimes que rolam contra a liberdadeReguei o Salgueiro pra muda pegar outro alentoE plantei novos brotos no Engenho de DentroPra alma não se atrofiar.Brasil,Tua cara ainda é o Rio de JaneiroTrês por quatro na foto e o teu corpo inteiroPrecisa se regenerar.Brasil,Tira as flechas do peito do meu padroeiroQue São Sebastião do Rio de JaneiroAinda pode se salvar
Savasside: Carlinhos Brown, Durval Caldas: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Chiclete com Banana, gravadora: ano: 1992
Foi na Savassi que vi vocêDialogar com alabê de OlgaNa linha vermelha lili bereiPrá alojar no nosso AP DianaNa matamba não vou sem vocêNão sou sem vocêAurinaNão farei papel de PaiakanSe você quiser me ensinarA minha vida é índiaDê ô DêA minha vida é dadáDê ô DêA minha vida é minha iá
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É minha iá, iá iáÉ minha
Se não for com vocêde: Jeane Siqueira : intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Vou perguntar a Nanã o que posso fazerPra você me quererVou perguntar pra Orixalá Se a paz pode haverEntre mim e você
Vou perguntar pra bela OxumQue é magia e seduçãoO segredo de serVou perguntar pra IemanjáSe as ondas do marPodem me trazer você
Oiá, OiáVeja no meu coraçãoA tempestade da minha paixão
Se não for com vocêEu nem quero saber de felicidade
Segura eude: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Um povo que não sabe conviverCom as diferenças de cor, idéia e féNão pode crescer, ser livre e forteDo preconceito escravo é
Segura eu, mamãeNos teus braçosTem muita ondaAgitando esse mar
Segura eu mamãeNos teus braçosMe faz sentirQue tudo pode mudar
Cor é somente corMuitas idéias, que bom Um coração não vive sem fé
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Mas essa, meu bemQuem decide é meu pai Oxalá
Sem Deus com a famíliade: César Roldão Vieira: intérprete: Elis Reginadisco: Dois na bossa, gravadora: ano: 1965
Sapato de pobre é tamanco A vida não tem soluçãoMorada de rico é palácioE casa de pobre é barracão
Quem é pobre sempre sofreVive sempre a trabalharMas eu sofro só de diaDe noite eu vivo pra sambar
A mulher do branco é esposaE a esposa do preto é mulher Mas minha mulher é só minhaDo branco eu não sei se só dele é
Preto vive atormentado Mal tem tempo pra rezarMas o preto é mais que brancoPra mãe d'água Iemanjá
A terra do dono é só dele Ali ninguém pode mandarSe eu não pegar na enxadaNão tem ninguém para plantar
Eu semeio e planto milhoE a colheita é do senhorMas o dia da igualdade Tá chegando seu doutorMas o dia da igualdade Tá chegando seu doutor
Semba dos ancestraisde: Martinho da Vila, Rosinha de Valença: intérprete: Martinho da Viladisco: Semba dos ancestrais, gravadora: ano: 1994
Se teu corpo se arrepiarSe sentires também o sangue ferverE a cabeça viajarE mesmo assim estiveres num grande astralSe ao pisar no solo o teu coração dispararSe entrares em transe sem ser da religião
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Se comeres fungi quisaca e mufete de carapauSe Luanda te encheres de emoçãoSe o povo te impressionar demaisÉ porque são de lá os teus ancestraisPodes crer no axé dos teus ancestraisPodes crer no axé dos teus ancestraisÔ ô ô ô ô ô ô ôPodes crer no axé dos teus ancestrais
Senhora das estrelasde: Edu Gudin, Fernando Brant: intérprete: Eduardo Gudindisco: Ensaio do dia, gravadora: ano: 1984
Lua beijando o marO luar prateando o marMar que me faz agora pensarNa moça do meu lugar
Rainha IemanjáMenina orixáSenhora das estrelas farolA clara canção de amar
Senzala do Barro Pretode: Tonho Matéria: intérprete: Banda Meldisco: Mãe Preta, gravadora: ano: 1993
É na Senzala do Barro PretoQue busca um sentimentoOs deuses vivem a escutarA lua clareia o céuO sol aquece o arE quem vive de sonhoO vento sopra o mar
Ê Nanã, ô ô ô,Ê NanãÊ Nanã, ô ô ô,Ê Nanã(bis)
A mãe da chuvaA mãe preta de meu pensamentoPujança e esperença da forçaQue ergue o meu cantarMe levando,Em direção ao temploSingela, beleza e riquezaDo orum do Gantois
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É, por amor,É por amor ô ôQue eu vou pra láÉ por amor,É, por amor ô ôÁ, á, á, áOkerê, aqui não tenho pressa,Okerê, é o mundo que me leva,Okerê, clamo pela busca do ébanoÉ por amor...
Separatismo nãode: Caj Carlão: intérprete: Adelson – Ilê Ayêdisco: Canto negro, gravadora: ano: 1989
ZumbiEncarna no IlêE luta para esse povo verLutarSe elege ZumbiO tradutor de ObáIlê, Ilê
IlêCresce, o seu poder é muitoEnvolva essa forçaUnifique essa coragemSeparatismo não O egocêntrico não tece a uniãoNão espalha a nobrezaAparta os corações
Uá todila ji ,ujibéUo só ua-di-mukaUdia-ngoé lumoxéGanga Zumbi a ecoar
Ser baianode: Moraes Moreira, Saul Barbosa: intérprete: Moraes Moreiradisco: Tem um pé no Pelô, gravadora: ano: 1996
É de obrigação,De obrigação de candombléIr da Conceição da PraiaAo Bonfim a péÉ de obrigaçãoDe obrigação de candombléIr da Conceição da PraiaAo Bonfim a pé
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Ser baiano Me perguntaram o que é,É saber onde tem O melhor acarajéÉ subir e descer a ladeiraDe um jeito bonitoAtestado de fé, ser baianoÉ um estado de espírito
É de obrigaçãoDe obrigação de candombléIr da Conceição da PraiaAo Bonfim a pé
Ser baiano é andarAssim como se dança,Ser baiano é falarAssim como se cantaÉ nobreza apesar da pobreza,É a cabeça erguida,Na certeza de tudo vencerÉ bem viver a vida
Ser baiano é o ouro do solSer baiano é a prata da luaPreto velho lá não fica velhoPorque continuaApesar da idade, dançandoNo meio da ruaÉ de obrigação
Serafimde: Gilberto Gil: intérprete: Gilberto Gildisco: Parabolicamará, gravadora: ano: 1991
Quando o agogô soarO som do ferro sobre o ferroSerá como o berro do carneiroSangrando em agrado ao grande Ogum
Quando a mão tocar o tamborSerá pele sobre peleVida e morte para quem se zelePelo orixá e pelo egum
Kabiecile vai cantando o Ijexá pro pai XangôEparrei oraieie pra Iansã e mãe OxumObabi Olorum loozi como Deus não há nenhum
Será sempre axéSerá paz será guerra Serafim
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Através das travessuras de ExuApesar da travessia ruim
Há de ser assimHá de ser sempre pedra sobre pedraHá de ser tijolo sobre tijoloE o consolo é saber que não tem fim
Sereiade: Amor Getulio Marinho e João da Baiana: intérprete: João da Baiana e seu Conjunodisco: 78 RPM, gravadora: ano:
Sereia, sereia, sereia(comuna) tá no mar
Sereia comuna tá no marÓia ??????, nosso pai Oxalá
Sereia comuna tá no marÓia ???? nossa mãe Iemanjá
E sereia tá no marTua casa ?????
E sereia comuna tá no marE sereia (quedona de gongá)
Sete cavaleirosde: Ruy Mauriti e José Jorge: intérprete: Ruy Mauritidisco: Fogo sobre terra, gravadora: ano: 1974
De quem sou eu meu pai?De quem sou eu meu pai? Me diga lá , me diga lá ObataláDe quem sou meu pai?De quem sou eu meu pai?
Eu sou da terra Sou do vento Ou do mar
Sete cavalheirosTodos sete encantadosFilhos da inocênciaPai de todos os pecados
Sete feiticeiros, sete cores da manhãSão guerreiros e amantes
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São copanheiros de Tupã
Sete cavalheiros Todos sete concebidosPela chama dos amantesPelo medo dos vencidosSete bandoleirosEram sete resta um Vem chegando triunfanteO cavalo de OgumVem chegando triunfanteO cavalo de Ogum
Seu orirêde: Sussú, Cicica: intérprete: Sussúdisco: Preto Velho, gravadora: ano: 1972
Meu pai é um caboclo do matoTem uma cabana lá no JuremáEle usa saiote de penas quando vai caçar
Seu orirê, seu orirá
Meu pai é um caboclo giranteQue vive girando lá no JuremáEle gira na sua cangiraSe chega no RenoSará (buentá/purintá)
Severina Paraísode: Jeane Siqueira: intérprete: Afoxé Oxum Pandádisco: Não há silêncio, gravadora: ano: 2000
Memória de negro não falhaNão deixa na mãoNunca vou esquecerNa coroaçãoFilhos e filhasGuerreiros da Nação Xambá
Mãe Biu nos honrouNo trono de Oiá
Resistência negraViva tradiçãoMãe Biu pro lado de lá Foi nos braços de OiáCumpriu sua missão
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Deixar a raiz mais profundaMãe Biu procurou Na força de OgumMostrou seu valorNão ,orre quem berra, quem gritaQuem faz a históriaMãe Biu é giganteFicou na memória
Resistência negra viva tradiçãoMãe Biu pro lado de láFoi nos braços de Oiá cumpriu sua missão
Sexta-feira Trezede: Sérgio Ricardo: intérprete: Sérgio Ricardodisco: Do lago à cachoeira, gravadora: ano: 1979
Quando ele chegouTudo estava fora de lugarMalandro se regeneravaE o samba já não tinha mais compositorBananeira já não dava cachoCachaça não rolava nem pra pai-de-santoMulata foi perdendo todo requebradoE a escola não saia mais no carnaval
Quando ele chegou Brilhou a lua em noite de IemanjáMalandro passou giz no taco E o Zé do Cavaco terminou seu sambaBagana se acabou no tapaCachaça a te cambono resolveu tomarMulata recobrou todo seu requebradoE a escola entrou de sola e fez o carnaval
Ê, abre as portas do morroAi daquele que disser onde ele se escondeuSe a polícia chegar tocando sirenePerguntando por eleDiga que o fantasma se vestiuCom um pijama de madeiraNuma sexta-feira trezeE foi parar no céu.
Sexy Yemanjáde: Pepeu Gomes, Tavinho Paes: intérprete: Pepeu Gomesdisco: Pepeu Gomes, gravadora: ano: 1993
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A noite vai ter lua cheiaTudo pode acontecerA noite vai ter lua cheia Quem eu amo vem me ver
Tem haver com o marO lual solarÉ o amor que me incendeiaVou sair de mimLeve como o arE agradar minha sereiaSe ela me chamarE quiser me amarEu vou...Sexy YemanjáTudo haver com o mar
A noite vai ter lua cheiaA noite vai ter lua cheiaTudo pode acontecerA noite vai ter lua cheia Quem eu amo vem me ver
Vou me prepararNum banho de marPronto pra ser todo seuVou amar demaisQuero estar em pazEntre nós só sexo e Deus!Se ela me chamarE quiser me amar eu vou...Sexy YemanjáTudo haver com o mar
A noite vai ter lua cheiaA noite vai ter lua cheiaQuem eu amo vem me verA noite vai ter lua cheia Tudo pode acontecer
"Ai, papaYo so quiero lembrarQue a luz da luna vien del sol"
Ai, papa só quiero lembrarQue a luz da lunaVien del sol..."
Sim/nãode: Caetano Veloso: intérprete: Caetano Velosodisco: compacto, gravadora: ano: 1981
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No BadauêGira menina macumba beleza e escravidãoNo BadauêToda a grandeza da vida no sim/nãoNo Zanzibar essa menina bonita botou amor em mimNo Zanzibar Os orixás acenaram com o não/simAfoxé Gegê NagôViva a princesa menina , uma estrela Riqueza primeira de SalvadorNo Ilê AyêUma menina fugindo beleza e amor em vãoNo Ilê AyêToda a tristeza do mundo no não/nãoNo BadauêGira princesa primeira beleza amor em mimNo BadauêOs orixás nos saudaram com o sim/simAfoxé GegêNagôViva princesa menina uma estrelaRiqueza primeira de Salvador
Sindorerêde: Candeia: intérprete: Clara Nunesdisco: Alvorecer, gravadora: ano: 1974
Sindorerê, SindorerêSindorerê, Sindorerê (bis)
Sindorerê namurandêSindorerê namurandá
Sindorerê, SindorerêSindorerê, Sindorerê (bis)
Sindorerê awe awáSindorerê tawe tawá
Sindorerê, SindorerêSindorerê, Sindorerê (bis)
Ele é sangue real
Sindorerê no juremé Sindorerê no juremá
Sindorerê, SindorerêSindorerê, Sindorerê (bis)(o quero oda koqué)
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Sindorerê gangazumbáSindorerê narureira narureira
Sindorerê, SindorerêSindorerê, Sindorerê (bis)
Mutambá Mutalambé
Sindorerê meu TatamiróSindorerê Mutalambó
Sindorerê, SindorerêSindorerê, Sindorerê (bis)
Siri recheado e o cacetede: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: , gravadora: ano: 1980
Saí com a patroa pra pescarNo canal da barra uns siris pra rechearSiri como ela encheu de me avisarEra o prato predileto do meu compadre AnescarLevei arrastão e três puçásUm de cabo outros dois de jogarDe isca um sebo da véspera, e pra completar cachaça IemanjáBirita que dá garantia de ter maré cheia
Sirrum (baseado no ritual Axexé, aos mortos)de: Onias Camardelli: intérprete: Grupo Zambodisco: Bahia, Grupo Zambo, gravadora: ano: 1976
SirrumSirrumSirrumSirrumSirrum...
Só chora quem amade: Wilson Moreira, Nei Lopes: intérprete: Nadinho da Ilha, Wilson Moreira, Délcio Carvalho, Walter Rosa, João Roberto Kelly , convidadosdisco: Rio dá samba, gravadora: ano: 1977
Quero ter alguémQue tome conta de mimNão suporto maisFicar sozinhoPreciso de uma companheira
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Que me dê conforto e carinhoPreciso de uma companheiraQue me dê conforto e carinho
Disse-me Vovó CambindaQue a minha mandingaSó vai ter remédioEu casando ou juntando com a filhaDa Dona Cecília com Seu NicomédesSeu Nicomédes, entretanto, me disseQue o santo pra ele mandouSó deixar que eu casasse provandoQue em vez de malandro sou trabalhador
Ana Rosália da SilvaQue é filha adotiva da Dona NenémMe chamou pr’um tremendo pagodeQue o Juca Bigode armou em XémEu disse à Ana RosáliaSem fogo de palhaTu manda e não pedeMas só vou se você levarA filha da Dona Cecília com Seu Nicomédes
Quero ter alguémQue tome conta de mimNão suporto maisFicar sozinhoPreciso de uma companheiraQue me dê conforto e carinhoPreciso de uma companheiraQue me dê conforto e carinho
Essa mulata formosaÉ a flor mais cheirosaDa ala das damasDo famoso terreiro de bambaDa escola de sambaSó Chora Quem Ama
Eu que jamais vi pastoraTão perto ou atoraTão negra e tão belaNa maior privação de sentidosFiz esse partido te olhando por ela
Só o ômede: Edenal Rodrigues: intérprete: Noriel Vileladisco: Eis o ôme, gravadora: ano: 1969
Ah! Mô fio do jeito que sunsê 'tá Só o ôme é quem pode "ti" ajudá (bis)
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Sunsê compra uma garrafa de marafo Marafo que eu vai dizê o nomeMeia noite sunsê na encruziiadaDestapa a garrafa e chama o homeO galo vai cantá sunsê escuta'Reia tudo no chão que 'tá na horaE se guarda noturno "vim" chegando Sunsê olha pra ele que ele vai andandoAh! Mô fio do jeito que sunsê 'tá Só o home é quem pode "ti" ajudá(bis)Eu estou insinando isto a sunsê Mas sunsê não tem sido muito bomTem sido mau fio, mau marido Inda "puxa-saco"de patrãoFez candonga de companheiro seuEle botu feitiço em sunsê Agora só o ôme, à meia noiteÉ que seu caso pode resolvê.
Só se fala na baianade: César Siqueira: intérprete: Marlenedisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1952
- O que é que a baiana tem ?Mas o que é que a baiana tem,Que todo mundo acha sobrenatural,O seu turbante já caiu de moda,O tabuleiro é coisa tão banal.E esta história de baiana com balangandãsEm roda de macumba,Ôi, Sinhô do Bonfim,Perdeu a graça, não tem mais poesia,E agora é só maniaQue não tem mais fim.Ninguém fala,Na paulista ou mineira,Na gaúcha que é faceiraE tem seu valor.E a carioca que tem tanta graça,Embaixatriz de nossa raça,Não tem mais louvor.E o sambista que só fala na Bahia,Certamente não conhece todo o meu país,A minha terra que é tão cheia de poesia,Onde a gente se extasia e todo mundo é tão feliz.Mas o que é que a baiana tem?Heim!O que é que a baiana tem?O seu turbante,Heim! já caiu da moda,O tabuleiro,Chi! é coisa tão banal,Perdeu a graça, não tem mais poesia,
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Com tudo isso meus senhores,A baiana inda é a tal.
Só vai dar você e eude: Durval Lélis, Clu Loulie: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Chiclete com Banana, gravadora: ano: 1993
O meu amor, que vai nascerNa liberdade do meu viverO meu amor chegou do marTrazendo as águas de Iemanjá
Me leva no balanço dessa vidaQue aqui vou euNo barco, na prancha ou na velaBailando nas ondas do mar
Me leva no balanço dessa vidaQue aqui vou euAmando e cuidando da terraRegando o amor a cantar
Só vai dar você e eu...
Soda com Cinzanode: Romildo, Toninho: intérprete: Milenadisco: Sorriso aberto, gravadora: ano: 1975
Meu amor ficou zangadaTomou banho de água friaSolidão de madrugadaVira samba no outro diaA morena enfeitiçadaMe deixou pela BahiaA morena enfeitiçada Me deixou pela BahiaMinha camisa listradaNão tem lavadeiraNão tem camaradaLavo com sol e serenoMeu sangue é venenoEu não digo mais nadaEla só quer dinheiroÉ só dinheiro o que ela querEla só quer dinheiro É só dinheiro o que ela quer
Quando eu tinha vinte anosFui fazer filosofia
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Sem saber, se eu não me enganoSem saber que eu já sabiaTomei soda com CinzanoQuando ainda não bebiaTomei soda com CinzanoQuando ainda não bebiaTenho o meu peito marcadoDo lado da frente e também do outro ladoFoi um malandro sem jeitoQue tinha o defeitoDe ser mal casadoEla só quer dinheiroÉ só dinheiro o que ela quer
Sonhos (Arrastão dos Pescadores)de: Ivan Lins, Vitor Martins: intérprete: Simonedisco: Cristal, gravadora: ano: 1985
No arrastãoDos pescadoresVinham discos voadoresIemanjás de porcelanaCarruagens, caravanasNum painel de fliperama
Vinha tudo que eu sonhavaMeu amorUm postal de Ituverava,Meu amorVinham seios de sereias,Meu São JorgeEm lua cheia, meus castelos de areia
Meu cordão de carnavalA apixão mais tropical,Meu São JoãoJunto à fogueira, Minhas festas BrasileirasNo arraial
No arrastão Dos pescadoresVinha o céuDos sonhadores,Feito à mãoPor bordadeiras,Com lanternasDe traineirasE estrelas verdadeiras
Vinha tudo que eu sonhava,
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Meu amor,Vinha um rio queEu pescava, meu amor,Meus tesourosE meus mapas,Meus navios em garrafas,Meu destino de pirata
Meu cordão de carnaval,A paixão tropical,Meu São JoãoJunto à fogueiraMinhas festas brasileirasNo arraial
Ô lá lá,Toda vez que euQuiser sonhar,Vou buscar o mar
Sorri pra Bahiade: Edil Pacheco, Luiz Melodia, Cardan Dantas: intérprete: Luiz Melodiadisco: Felino, gravadora: ano: 1983
Inda não fui à Bahia esse anoMas inda vouPituassu de repenteÉ uma lagoa que moraDo lado da Boca do RioE o pente penteia o cabeloDo meu amor.E toda baiana que sabe do sambaSabe do jeito do afoxé.Quem anda na areia da praiaRecebe do vento saudades do seu amor.Eu parei na BahiaE com a força do ventoEle me entalhou.Eu sorri pra BahiaE com a força do marO mar me cantouLogun-Edé, Edé, Edé, EdéLogun-Edé, Edé, Edé, Edé
Suaráde: J. B. de Carvalho, Jorge Nobrega: intérprete: J. B. de Carvalho e seu conjutodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1930 d
Suará ...ê ê ê ...Suará
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Suará de mães de Deus,Suará...Ê - ê ê ...Suará..É- ê- ê ...Suará...Você diz que é da lei - SuaráNo terreiro eu sou rei- Suarátenho o meu corpo fechado - SuaráPor um santo respeitado- SuaráEu agora vou-me embora - SuaráQue já está chegando a hora - SuaráPois é certo a minha glória - SuaráPor que conto com a vitória - Suará
Suaráde: J. B. de Carvalho, Jorge Nóbrega: intérprete: J. B. de Carvalho e Conjunto Tupydisco: 78RPM, gravadora: ano: 1930 d
Suará, ê ê ê, SuaráSuará da mãe de Deus, SuaráÊ ê ê, Suará
Você diz que é da lei, SuaráNo terreiro eu sou rei, SuaráTenho meu corpo fechado, SuaráPor um santo respeitado, Suará
Eu agora vou m’embora, SuaráQue já está chegando a hora, SuaráFoi decerto a minha glória, SuaráPorque conto com a vitória, Suará
Surpresas tem o Pelôde: Ruben Blades, versão de Gerônimo e Ricardo Luedy: intérprete: Gerônimodisco: Gerônimo, gravadora: ano: 1989
O pelourinhoTem muita históriaEu vou contarCom mil imagensGlauberianas, exóticas
Pedro e NazárioDois negros lindos do CalabarUm bairro pobreEncurralado à beira-mar
Vinham pro MangueAdmirar as belezas gregasLindas princesas
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Numa fissura de tacas negras
Pedro e NazárioAgora escravos de amorAdonde antigos antepassadosSentiam dor
Uma francesa no brega barCantina da luaQue era linda como a cidadeUm alecrim
Pedro e NazárioOh! Mon Chéri, oh! Mon amourNous sommes votre prisionairesAvec tout
A gringa riaSe desmanchavaDo afro francêsPrima palavraQuebrando a torre de Babel
Je t'aime, I love youTe quiero muchoTi voglio benne
O amor de RomaNo pelourinhoTan-Tan Pompéia
Na meia noiteDe uma bençãoCai a bagana
Chega a políciaPedro e Nazário entram em canaA lua novaRepresentando toda a cidadeE negros livresCantavam sombras"Ora direis!"
Roque e RufinoDois feiticeiros de meia idadeSe era mentira, se era verdadeIsso eu não sei
Só sei que de uma brigaAcabou-se uma grande amizadeRoque e RufinoAgora inimigos do rei
Não se tocavamNão se falavam nem um bom diaSó eram rezas, só eram pragas
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E bruxarias
E peleavamSuas mandingas nada valiamAté que um dia, o sortilégioTempo virou
Os feiticeirosSe preparavam na encruzilhadaNo mesmo dia, na mesma horaCartas marcadas
Três vezesEles pediramPara o mesmo ExuAo inimigo tirasse a vidaE se proteger
Depois do feitoRoque e Rufino passaram malUma dor estranha os invadiaEra o final
O mesmo santoA mesma sorte, o mesmo azarE essa históriaDe boca em bocaNo mangue está
Os dois morreramDa mesma forma, da mesma forcaPedro e NazárioVoltam ao mangue mais uma vez
Mostrar a sorteO corpo, a vidaO amor talvezO grande golpe, correr o mundoCom seu troféu
E tropeçando, cantandoForam desafinadosSorrindo para o destinoQue é a mensagem desta canção
A vida te dá surpresasSurpresas te dá la vida (bis)Ai, Dios!
O Pelourinho temMuita históriaExóticos, GlauberianosCom todas as glórias
Pedro e NazárioDois negros lindos do Calabar
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Ou as mais lindas princesas à admirar
Como uma novelaRoque e RufinoDois feiticeirosTiveram o mesmo destino.
Tambor da Bahiade: Moraes Moreira: intérprete: Moraes Moreiradisco: Terreiro do Mundo, gravadora: ano: 1993
Tomara que o tempo lhe ensineQue a preguiça de CaymmiÉ pura sabedoriaNão sabe não,A vida tem outro ladoComo Jorge, ser amadoQuem é que não gostaria...Será bom que nos acompanheQue a Bahia é terra mãeComo foi Mãe Menininha do GantoisAcende a luz da manhãQue a doçura da IrmãÉ o final da amarguraVai soar o tambor da BahiaPra saldar os seus filhos ilustresRefletir nos vitrôs e nos lustresDas igrejas e das catedraisNo terreiro do mundo é profundoSão profundas raízes plantadasCultivadas na terra do amorE Salvador é prazer,E Salvador é pra já,Salvador, salvação da lavouraSalvador é a fé que há
Tambores na Avenidade: Celso Bahia, Gilson Babilônia: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu de Periperi, gravadora: ano: 1993
Estou ouvindo os som desses tamboresSão culturas negras e clamoresClamores de paz mundial, tudo igualÉ normal no carnavalAra Ketu na avenidaO toque do tambor revelaTeu sonho de menino e magiaEsperando crescer e sair com a fantasiaNo meio da multidão, me leva
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Eu já pedi ao meu santo-guiaPaz proteção, e muito amor no coraçãoEu sou Ara Ketu e seu guiaArara ôôô, Arara ôôô, Arara ôôô
Tapete Negrode: Nilson Conceição: intérprete: Ara Ketudisco: Ara Ketu de Periperi, gravadora: ano: 1993
No tapete negroAmo SalvadorEsse lindo local satisfaz meu egoNão nego eu sou Ara KetuEm meus caminhos Já passei por pedras e espinhosE hoje em dia são flores e carinhosVou conduzindo essa massaNesse cortejoMeu desejo é cantar, eu vouVou distribuindo simpatiaSentimento odaraEsse cultu esmeradoDá prazerIê, ia, ia ia, uê, ê êIê, iêIê, iê, ê, ê, ê
Tatamirôde: Toquinho, Vinícius de Moraes: intérprete: Toquinho e Vinícius de Moraesdisco: São demais os perigos desta vida, gravadora: ano: 1972
Apanha folha por folha, TatamirôApanha maracanã,TatamirôEu sou filha de Oxalá, TatamirôMenininha me apanhou, Tatamirô!
Xangô me leva, Oxalá me trazXangô me dá guerra, Oxalá me dá paz
Apanha folha por folha, TatamirôApanha maracanã,TatamirôEu sou filho de Ossain,TatamirôMenininha me adotou, Tatamirô!
Apanha folha por folha, TatamirôApanha maracanã, TatamirôEu sou filho de Ogum TatamirôMenininha me ganhou, Tatamirô
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Oxalá de frente, Xangô detrásXangô me dá guerra, Oxalá me dá paz
Apanha folha por folha, TatamirôApanha maracanã, TatamirôEu sou filho de Inhansã, TatamirôMenininha me amarrou, Tatamirô
Apanha folha por folha, TatamirôApanha maracanã, TatamirôEla é a mãe Menininha do GantoisQue Oxum abençoou, Tatamirô
Oxalá me vemXangô me vem, Oxalá me vaiXangô é meu rei, Oxalá é meu paiOxalá me vem, todo o mal me vaiXangô é meu rei, Oxalá é meu pai
Tem francesa no morrode: Assis Valente: intérprete: Aracy Cortes e Conjunto Rosa de Ourodisco: Assis Valente – História da MPB, gravadora: ano: 1982
Donê muá si vu plé lonér de dancêAveque muáDance IoiôDance Iaiá
Si vu frequente macumbêEntrê na virada e fini por sambá
VianPetite francesaDancêLe classique Em cime de mesa
Quando la dance coméceOn dance ici on dance aculá
Si vu nê vê pá dancêPardon mon cherrie, adiê, je me vá
Tem francessa no morro
Tema de féde: Charles Negrita, Pepeu Gomes: intérprete: Pepeu Gomesdisco: Pepeu Gomes, gravadora: ano: 1981
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Tem um tema de fé e alegriaDentro de vocêDando toda energiaPra que tudo vire numa coisa só
Canto botando suor coloridoAbrindo caminho pra seu prantoChamo axé no cantoCada lugar tem seu cantor
Cantando cantigasBabalaô
Ogum badada e ô ôOgum badada e ô ôOgum badada
Tenho fé Bahiade: Luiz Caldas, Carlinhos Caldas: intérprete: Luiz Caldasdisco: Nós, gravadora: ano: 1990
É um poço, o desejo, o suor, o capimTenha pena de mim, meu Senhor do BonfimBota doce na minha amarguraFaz meu sarapatel, me acompanha no céuTenho fé todo dia, BahiaTodo dia as baianas fazem vatapáMe dê paz OxaláEu quero namorar com uma Yalorixá da BahiaOh! Ogân, Calofé, com seu toque de féDespejou um sorriso, BahiaPretos e brancos, trancos, barrancosPor todos os cantosEu vou te caçar
Terecôde: Beto Pereira, Erivaldo Gomes: intérprete: Beto Pereiradisco: Terecô, gravadora: ano: 1995
Foi sem quererQue te avistei na praiaSó de lembrar meu coração desmaiaO vento malha a palha do coqueiroQue acaricia teus cabelos O ano inteiro a lua vem brilharTeus olhos claros encantarTodo pensamento o tempo vem me darTeu cheiro com tempero vem dançar
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Toda noite tem tambor e TerecôEntra rodando a saiaSegura que o amor encantaNão deixe que ele saiaNão saia, não saia
Tereza Raquelde: Nenê da Timba, Marinho Ribeiro: intérprete: Grupo Cravo e Caneladisco: Grupo Cravo e Canela, gravadora: ano: 1985
Como um bom malandroTenho uma Tereza tambémRainha da escola de sambaFilha de UmbandaGuerreiraMulherPrendadaCaprichosaSensualVaidosaQue me traz achéFizemos planos de casar o ano que vemJá escolhemos nomes pro nosso nenémE a lua doceCheinha de melVai ser no interiorCom muito amorTereza Raquel, Tereza RaquelO nome dela é Tereza Raquel
Terreiro de safadode: Gil de Carvalho, Tito Silva, Jô Poeta: intérprete: Bezerra da Silvadisco: Partideiro da Pesada, gravadora: ano: 1991
Que terreiro é esseQue pai-de-santo é safadoPega santo com a mão no bolsoCom olho aberto e outro fechadoCom água-de-cheiroPerfuma o terreiroCom defumador ele cruza o congáBelisca as filhas-de-santoDizendo "a gira vai começar"Quando é pra fazer despachoVeja a lista do safadoPede frango com farofa,Cerveja gelada e uísque importadoJoga búzios com chapinhaE diz que adivinha o passado e o presente
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Risca ponto de ? no pratoCom aquela ? diferenteIncorpora um tal de Zé PilantraE o seu Tranca-VielaVem gente de todo lugarPra se consultar na favelaE na gira do povo da ruaEle diz sorridente: "é hora da gandaia"Vão embora os perna-de-calça"Que agora só fica os rabo-de-saia"Só rabo-de-saia, só rabo-de-saia"Olhe, eu nào quero macho no terreiro"Porque macho atrapalha"
Tetêde: Alê Ferreira: intérprete: Bantusdisco: Bantus, gravadora: ano: 1995
Sei o que me aprazE não precisam me dizerSem olhar para trásEu sigo os passos do meu serDe tanto negarNão sabem mais o que fazerMúsica no arE eu encho a pança de prazerSó quero TerUm canto pra eu não me esconderUm fusca pra levar TetêE um berço pro bebê crescerBabalorixásAcendem velas pro deverPastores no caos,Batinas que tentam convencerSei que tremo as mãos No lápis ao tentar escreverComo exigirUm X sem ter o A, B, C
Teu barco no meu marde: Anderson Cunha: intérprete: Banda Beijodisco: Banda Beijo - ao vivo, gravadora: ano: 1998
Tem jeito nãoTem jeito nãoJá pensei em tanta coisaPra chamar sua atençãoTem jeito nãoTem jeito não
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Patuá, banho de folhaPra ganhar teu coraçãoAté parece castigoEu querer te namorarNão tem dor, não tem perigoVocê pede, eu vou te dar, te dar, te dar, te darVem deitar na minha redePra gente se balançarMinha água na tua sedeO teu barco no meu mar
Timbóde: Ramom Russo: intérprete: Jamelãodisco: Compacto com o nome da música, gravadora: ano: 1957
Timbó...Foi um grande feiticeiroVindo do solo africanoPara o rincão brasileiroCresceu na Ilha de MarajóE nas noites de LuandaNaquelas bandas ...Só se ouvia TimbóNum batuque Jê ...Mandava óló,Acorumbandê ....lá de Marajó...Um dia Timbó faleceu, Como gérmen de seu sangue Na Terra nasceu...A tulipa negra dos sonhos meus Num batuque Jê ...Mandava óló, A Tulipa negra lá de Marajó...É descendente dos MarajoarasE é meu xódó (Timbó)
Tiro de misericórdiade: João Bosco, Aldir Blanc: intérprete: João Boscodisco: Tiro de misericórdia, gravadora: ano: 1977
O menino cresceu entre a ronda e a canaCorrendo nos becos que nem ratazanaEntre a pinga e o afano, entre a carta e a fichaSubindo em pedreira que nem lagartixaBorel, juramento, urubu, catacumbaMatriz, querosene, salgueiro, turano,Mangueira, são Carlos, menino mandando,Ídolo de poeira, marafo e farelo,Um deus de bermuda e pé-de-chinelo,Imperador dos morros, reizinho nagô,
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O corpo fechado para babalaôs
Baixou Oxalufã com as espadas de prata,Com sua coroa de escuro e de víciosBaixou caô-Xangô com o machado de asa,Com seu fogo brabo nas mãos de corisco.Ogunhê se plantou pelas encruzilhadasCom todos seus ferros, com lança e enxadaE Oxóssi com seu arco e flecha e seus galosE suas abelhas na beira da mataE Oxum trouxe pedra água da cachoeiraEm seu coração de espinhos douradosIemanjá, o alumínio, as sereias do marE um batalhão de mil afogadosIansã trouxe as almas e os vendavais,Adagas e ventos, trovões e punhaisOxum-Marê largou suas cobras no chão.Soltou sua trança, quebrou o arco-íris.Omulu trouxe o chumbo e o chocalho de guizosLançando a doença pra seus inimigos E Nanã-buruquê trouxe a chuva e a vassouraPra terra dos corpos pro sangue dos mortos
Exus na capa da noite soltaram a gargalhadaE avisaram a cilada pros orixás.Exus, orixás, menino, lutaram como puderamMas era muita matraca pra pouco berro.E lá no horto maldito, no chão do pendura-saia,Zambi menino lumumba tomba na raiaMandando bala pra baixo contra as falanges do mal,Arcanjos velhos, coveiros do carnaval
- irmãos, irmãs, irmãozinhos,porque me abandonaram?Por que nos abandonamosEm cada cruz?- irmão, irmãs, irmãozinhos,nem tudo está consumadoa minha morte é só uma:ganga, lumumba, lorca, jesus...
grampearam o menino no corpo fechadoe barbarizaram com mais de cem tiros.Treze anos de vida sem misericórdiaE a misericórdia no último tiro
Morreu como um cachorro e gritou feito um porcoDepois de pular igual a macacoVou jogar nesses três que nem ele morreu:Num jogo cercado pelos sete lados
Título:de: Autor(es):: intérprete: Intérprete:
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disco: LP/CD:, gravadora: ano: ANO:
Letra:
Título:de: Autor(es):: intérprete: Intérprete:disco: LP/CD:, gravadora: ano: ANO:
Letra:
Todo mundo é pretode: Maria Aparecida Martins: intérprete: Maria Aparecidadisco: Foram 17 anos, gravadora: ano: 1980c
Todo mundo é preto, CalungaTodo mundo é preto, CalungaTodo mundo é preto, CalungaTodo mundo é preto
Vou chamar no meu terreiroPretas velhas e rei do CongoQuero ver os feiticeiros Cantar e dançar o jongo
Tia Maria rezadeiraDe dia vai caçar tatuÀ tarde plantar bananeiraÀ noite dançar caxambu
Pai Joaquim e Pai ToméVão cantar São SalomãoVou rezar com muita féOração a Pai João
Tola e sentimentalde: Gil Gerson: intérprete: Marciadisco: Eu só queria ser , gravadora: ano: 1983
Quero lhe falarSobre os meus diasDa roupa no varalLhe revejo agora e comovidaComo quem não te quer maisJá fui tola e sentimentalFiz macumbas e preces
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Me gastei de rezarE rezar e rezar pra DeusPra que você ficasse onde estáAo meu lado na camaMe gastei de rezarE rezar e rezar pra Deus
Para lhe falarSobre os meus diasDa roupa no varalEu sobre a tua alegriaNo fim do teu carnavalJá fui tola e sentimental
Toque de timbaleirode: Nem Cardoso: intérprete: Timbaladadisco: Dance, gravadora: ano: 1995
Toque de timbaleiroSacudindo o mundo inteiroFoi criado na BahiaSaúda os orixásCom a força IjexáCandomblé, reggae, magia
Emba, la, la, láEmba, la, la, Timbalada
Vem com tranças negras lindasToque de timbau, ê, ôTimbalada revitalizaUm brugu
Três vendasde: Siba: intérprete: Mestre Ambrósiodisco: Mestre Ambrósio, gravadora: ano: 2000
Bebeu cana nas três vendasEngoliu cobra coral
Não vá lá manoQue os cabra pega você E a cana já tá cortadaNão tem pr’onde se esconder
Vadeia manoEscuta o que eu digo a tuMelhor tá no teu terreiroSambamdo maracatu
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Bebeu cana nas três vendasEngoliu cobra coral
Prá ir lá manoEscuta o que eu digo a vocêBeber com a cabocariaMuito macho tem que serPrá pegar na cobra vivaMatar com o dente e comer
Vou chamar minhas cobrinhaDo tronco do juremaSururcucu, cascavé,Salamanta, jiricoá
Bebeu canas nas três vendasEngoliu cobra coral
Tribal United Dancede: Carlinhos Brown: intérprete: Carlinhos Browndisco: Omelet Man, gravadora: ano: 1998
Sou Matéria eternaSou canibal suculentoÉter now
Co que a terra requebra You are my resurrectionÉter nowBaribira deep deepShakundun shakundum Baribirah
Sábado, Sábado, SábadoSábado, Sábado, Sábado
Quem pode pode Quem não pode se sacodeQuem não pode come e dormeQuem não pode clorofórmioQuem não fode deita e dorme
Nunca vi sapateiro milionárioVagabundo operário a vida de viver
Tenta de tudoLer a mão engole fogoPro filho não se perderÉ "démodé" enfrentar o ordinárioArmadilha de otárioQuem não sabe o que fazer
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Um parto massaUm papo legalUm papo federal
Quem pode pode Quem não pode se sacode
Ô, ô, ô, Tribal United DanceÔ, ô, ô, Tribal United DanceÔ, ô, ô, Tribal United Dance
O soul que Xangô mandou Do além raios e trovãoPra comemorarPra comemorar
Tributo aos orixásde: Mauro Duarte, Rubem Tavares: intérprete: Clara Nunesdisco: Clara Clarice Clara, gravadora: ano: 1972
Agô ie, Agô ie, Agô ie , AgôMutambá, MutambáPai maior Onibaba, Agô ie
Agô ie, Agô ie, Agô ie , AgôMutambá, MutambáPai maior Onibaba, Agô ie ( refrão)
Trazidos por navios negreirosdo solo africanoPara o tambor brasileiro (bis)
Os negros, escravos Que entre gemido e lamentos de dorTraziam em seus corações sofridosSeus orixás de féHoje tão venerados no Brasil (bis)Nos rituais de umbanda e candomblé (bis)
Neste terreiro em festaEntre mil adobásPrestamos nosso tributo aos orixásAo rei das matas:( Oke Bandoclim)Ao vencendor das demandas:( Guaru miquã)A (kacaruquai) dos orixásSaruba
A grande guerreira da lei, EparreiNos rios e nas cachoeiras,( Alodê)Ao dono da pedreira
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A rainha do mar Kawô KawôAo curandeiro das creches , Atotô
Trilazade: Totonho, Alex, Cabral: intérprete: Totonhodisco: Dia a dia, gravadora: ano: 1978
Trilaza Maria DoceRainha do rio verdeQuero cair nessas águasQuero matar minha sede
Preta dona do reviraDançarina prateadaVenha pro samba de rodaQue você é esperada
Flor que nasce sem sedeNão morre por falta d’águaE você tão inocenteNão fere nem guarda mágoa
Quando toca o atabaqueNo terreiro de chão batidoCoração aliviadoÉ o amor que faz sentido
Os olhos pretos da pretaClareiam que nem candeiaNa dança da sua dançaO meu corpo incendeia
Tristeza e solidãode: Baden Powell, Vinícius de Moraes: intérprete: Baden Powell, Vinícius de Moraesdisco: Os afro-sambas, gravadora: ano: 1966
Sou da linha de umbandaVou no babalaôPra pedir pra ela voltar pra mimPor que assim eu sei que vou morrer de amorDe amor
Ela não sabe Quanta tristeza cabe numa solidãoEu sei que ela não pensaQuanto a indiferençaDói no coração
Se ela soubesse o que acontece
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Quando estou tão triste assimMas ela me condena Ela não tem penaNão tem dó de mimSou da linha da umbandaVou no babalaô
Pra pedir pra ela voltar pra mimPorque assim eu sei que vou morrer De amor
Trópico Bananade: Bell, Wadinho Marques: intérprete: Chiclete com Bananadisco: Tambores Urbanos, gravadora: ano: 1988
Na mistura da corTabuleiro de damasNo gingado nagôTrópico bananaIê, iê, agita BrasilMistura da corA crença na figaNo deus do amorOlha o samba daquiVeja o frevo dobradoDo Oiapoque ao ChuíUm swing levadoChegueiBota lenha no fogoE não deixa apagarSegure a moringaSe cair vai quebrarNairê olaraiôNairê olaraiôTem feitiço IpanemaNo sol que nos queimaSacode êh Bumba-meu-boiTem o dengo da fêmeaMorena tempero de corFluindo esse amor
Tu és Olodumde: Sílvio, Guio: intérprete: Olodumdisco: A música do Olodum (Banda Reagge), gravadora: ano: 1992
Oh! Divino OlodumTu és o rico fruto desta terraQue luta para o bem comumE diz sim à paz
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E não à guerraTu és maravilha simComo toda a imensidão do marNo dia lindo tu és luzQue conduz todo o povo a te amarÊ, ê ê, ê ê êOlodum Deus dos deuses reinaráÊ ê ê aSalve Olodumaré Olodum JahA persistência o OlodumA sobrepuja um canto em sociedadeResplandecentemente levando a paz à humanidadeNo alvorecer do diaO sol se propaga a brilharConduzindo a energiaQue em cada ser fará cantarÊ, ê ê, ê ê êOlodum Deus dos deuses reinaráÊ ê ê aSalve Olodumaré Olodum Jah
Tuaregue e Nagôde: Lenine, Bráulio Tavares: intérprete: Lenine e Suzanodisco: Olho de Peixe, gravadora: ano: 1993
É a festa dos negros coroadosNum batuque que abala o firmamento;É a sombra dos séculos guardadosÉ o rosto do girassol dos ventos.
É a chuva, o roncar de cachoeirasNa floresta onde o tempo toma impulso:É a forca que doma a terra inteiraAs bandeiras de fogo do crepúsculo.
Quando o grego cruzou GibraltarOnde o negro também navegou,Beduíno partiu de DacarE o viking no mar se atirouUma ilha no meio do marEra a rota do navegador:Fortaleza, taberna e pomarNum país Tuaregue e Nagô
É o brilho dos trilhos que suportamO gemido de mil canaviais;Estandarte em veludo e pedrariasBatuqueiro, coração dos carnavaisÉ o frevo a jogar pernas e braçosNo alarido de um povo a se inventar;É o conjunto de ritos e mistériosÉ um vulto ancestral de além-mar.
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Quando o grego cruzou GibraltarOnde o negro também navegou,Beduíno partiu de DacarE o viking no mar se atirou.
Era o porto para quem procuravaO país onde o sol vai se pôrE o seu povo no céu batizavaAs estrelas ao sul do equador.
Tumba molequede: G. Martins, Everalo da Viola: intérprete: Dicródisco: O professor, gravadora: ano: 1981
Tumba moleque olha tumbaTumba calunga
Foram na encruzaE botaram um despachoPra me derrubarMas chegou o lixeiroE levou o feitiço pra outro lugar
A garrafa de cana da encruzilhadaO mendigo bebeuA galinha preta que estava na encruzaO cachorro comeu
Tenho uma guia de açoNão sei o que faço para batizarTô com meu corpo abertoTem nego esperto querendo fechar
Mas o meu santo é forteEle luta capoeiraPra dar um pau nessa genteQue quer ver minha caveira
Tyson freede: Fred Nascimento, Fausto Fawcett, Alexandre Agra e L. Kurban: intérprete: Sublimesdisco: Sublimes, gravadora: ano: 1993
Free! Free!Mike Tyson free!Uppercut!Free! Free!Mike Tyson free!Knock down
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Free! Free!Mike TysonJab! Jab!Free! Free!Mike Tyson free!Knock out!O poeta do boxe animal foi seduzido/ foiFoi iludido/ foiSacaneado/ foiPor uma mulataça venenosaDo sexo amor interesseiroO sofrido boxer vingativo da vidaSacaneado/ foiFoi iludido/ foiFoi engolido/ foiComeu a maçã da Eva negativa foi expulsoDo paraíso do dinheiroDo paraíso da famaDo paraíso da granaDo paraíso do luxoDo paraíso do sexoPor uma gostosona sofridaVingativa da vidaAncestral mulataDa estirpe messalinaComeu, comeu e prendeuO poeta do boxe Xangô!O poeta do boxe troglô foi seduzidoPor uma fulaninha poetaDo sentimento mulherzinhaIrresistível vampIrresistível vamp comSangue de conhaque lua preta no olharDa fulaninha poetaDo sentimento mulherzinhaSacaneado, seduzido, iludidoO poeta do boxe troglôO poeta do boxe animalPreparando o quê na cadeia?Sonhando o quê na cadeia?O poeta do boxe animalAgora tá batendo na cadeia!Agora tá batendo na cadeia!Agora tá sonhando o quê na cadeia?Quando sair o quê vai ter?O quê ele tá pensando na cadeia?
Tyson freede: Fred Nascimento, Fausto Fawcett, Alexandre Agra, L. Kurban: intérprete: Sublimesdisco: Sublimes, gravadora: ano: 1993
Free! Free!
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Mike Tyson free!Uppercut!Free! Free!Mike Tyson free!Knock downFree! Free!Mike TysonJab! Jab!Free! Free!Mike Tyson free!Knock out!O poeta do boxe animal foi seduzido/ foiFoi iludido/ foiSacaneado/ foiPor uma mulataça venenosaDo sexo amor interesseiroO sofrido boxer vingativo da vidaSacaneado/ foiFoi iludido/ foiFoi engolido/ foiComeu a maçã da Eva negativa foi expulsoDo paraíso do dinheiroDo paraíso da famaDo paraíso da granaDo paraíso do luxoDo paraíso do sexoPor uma gostosona sofridaVingativa da vidaAncestral mulataDa estirpe messalinaComeu, comeu e prendeuO poeta do boxe Xangô!O poeta do boxe troglô foi seduzidoPor uma fulaninha poetaDo sentimento mulherzinhaIrresistível vampIrresistível vamp comSangue de conhaque lua preta no olharDa fulaninha poetaDo sentimento mulherzinhaSacaneado, seduzido, iludidoO poeta do boxe troglôO poeta do boxe animalPreparando o quê na cadeia?Sonhando o quê na cadeia?O poeta do boxe animalAgora tá batendo na cadeia!Agora tá batendo na cadeia!Agora tá sonhando o quê na cadeia?Quando sair o quê vai ter?O quê ele tá pensando na cadeia?
Ubirajara de: Sussú:
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intérprete: Sussú disco: Preto Velho, gravadora: ano: 1972
Ubirajara quando chegouNão temeu a caboclo nenhumUbirajara é caboclo bravoNão temeu a caboclo nenhum
Edimundo, velho EdimundoEu me cahmo UbirajaraMeu pai Oxóssi é guardiãoDo outro mundo
Um rolé pelo Brasilde: Pierre Onassis: intérprete: Companhia do Pagodedisco: Psiu Psiu, gravadora: ano: 1998
Passeando pelas terras de Minas GeraisUai, uai, uai, uaiEm São Paulo que agito, que agito, que coisa gostosaTô louco meuTô louco meuPasseando em Porto Alegre, como eu adoreiBa tchê, tri legalBa tchê, tri legaltchê, tchê, tchê, tchê, tchêtchê, tchê, tchê, tchê, tchêE a Bahia, que é porreta, terra do axéE aí rei, qual é?E aí rei, qual é?Rio de Janeiro que é maneiro e tem sangue bomOlha o funk, demorouOlha o funk, demorou, amorOlha o funk, demorouOlha o funk, demorou, amorEsse é meu Brasil, só tem gente boaSolte o corpo, caia na dançaMas não fique à toaÊ, lelê, laiáÊ, lalaiá, lalaiá, lalaiá, lalaiáEsse samba não pode parar
Uma história de luxúria e vaidadede: Paulinho Imprensa, Robertinho da Tijuca, Gui Caçula: intérprete: Mocidade Alegredisco: Sambas enredo Escolas de Samba de São Paulo 96, gravadora: ano: 1996
Hoje, eu vou enfeitar o pavãoQuerida, bonita, cheirosa
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Eu sou a talMocidade, alegria, carnavalFoi o homem que inventouNa pré-históriaHavia mulher de montãoPra conquistar bravo guerreiroA beleza virou arma da seduçãoVênus, NarcisoAfrodite e DianaSão beldades da cultura greco-romanaOrayêyêô Oxum, linda divindade africanaCorte de Luiz XV, orgiasNinguém sabia quem era de quemBem antes disso, Rei SalomãoMontou seu primeiro harémCaminhada, malhação Colesterol "tô fora" prejudica o coraçãoSou geração saúdeEm busca da eterna juventudeQuero ver, quero ouvir meu povo cantarMinha escola exalando o perfume no arNa morada do samba, plantei minha raizQuando estou no Limão: eu sou feliz!
Uma noite em Homg Kongde: Roberto de Carvalho, Júlio Barroso, Tavinho Paes: intérprete: Rita Leedisco: Rita Lee e Roberto de Carvalho, gravadora: ano: 1990
A loura lamê é o pecadoDelfim dourado uma sereia néonA nissei um sashimi decoradoPapiro fino com sabor de bombom
A ruivinha pede um drink geladoUm Bloody Mary pra uma cena de amorSardas pintadas pela pele suadaNa nuca o halo de um anjo em flor
Foi uma noite em Hong KongCheia de luz negra e frissonDançando à noite em Hong KongO coração batendo é um som
A negra é uma pantera africanaSorriso solto cintilando o marfimA nativa, uma índia ciganaEva nua, possuindo jardins
A morena é São Paulo na veiaCurvas, estradas, louca Fórmula UmA mulata vem com a luz cheiaOuço tambores num ponto de Ogum
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Unicamentede: D. Blando, Reppolho A. Levin, C. Celli, G. Grody, E. Baptista: intérprete: Deborah Blandodisco: Deborah Blando, gravadora: ano: 1997
Vem sentir a era das águasO velho tempo terminouSomos filhos da mãe naturezaVentre do total amor
Segue essa história Dada de AtlantesTodo o começo é caosA raça humana Eterna mutante Nasce no plano astral
Raiou o solQue haja luz no novo diaApós a fé É a sombra que te guiaEu vou buscar No silêncio do teu marLinda sereiaOdoiá Iemanjá
Nas ondas que lavam a terraVem tecendo uma espiralTom sereno que pulsa no mantraDo teu canto sideral
Deusa da fonte, rede giganteEspelho do eterno altarToda a visão do vôo distanteSonho pra nos lembrar
Raiou o solOlha o mar que alegriaSentir você É viver em harmoniaEu vou buscar Pedras brancas pra te darLinda sereiaOdoiá Iemanjá
Vem sentirSomos divinosGrão de areia da razãoNo seu corpoUnicamenteEscolhemos freewill zone
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Esse é o motivoCerto destino O tempo é uma ilusãoÍris da noiteEla revelaPróxima dimensão
Raiou o solOlha o mar que alegriaSentir você É viver em harmoniaEu vou buscar Pedras brancas pra te darLinda sereiaOdoiá Iemanjá
Upa neguinhode: Edu Lobo, Gianfrancesco Guarnieri: intérprete: Elis Reginadisco: compacto simples, gravadora: ano: 1966
Upa neguinho na estradaUpa pra lá e pra cáVirge que coisa mais lindaUpa neguinho começando andarUpa neguinho na estradaUpa pra lá e pra cáVirge que coisa mais lindaUpa neguinho começando andarComeçando andar, começando andarE já começa aporrinhar Cresce neguinho e me abraçaCresce e me ensina a cantarEu vim de tanta desgraçaMas muito te posso ensinarMas muito te posso ensinarCapoeira, posso ensinarZiquizira, posso tirarValentia, posso emprestarMas liberdade só posso esperar
Utopiade: Arnaldo Brandão, Tavinho Paes: intérprete: Hanoi-Hanoi disco: O ser e o nada, gravadora: ano: 1990
Por querer o poderVivem os atrevidos que não têm nome
Pra querer tem que terUm desejo desafinado o homem
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Sem poder pra quererNão vai ter depois nem teve antes
Sem querer o poderTudo que ta bem perto fica distante
Os comunistas donos de um barcoA direita chique toda no bordelAté a polícia vai ser gente fina
Quando alguém for felizPorque é
Os bóias-frias vão ter boa vidaLá na igreja vai ter candombléTodas as coisas vão ter mais-valia
Os rejeitados vão ter outra chanceOs impotentes vão sentir tesãoAté loucura vai fazer sentido
Quando alguém for feliz...
Os traficantes terão seu aprtidoOs missionários, boas intençõesOs assalantes serão distraídos
Quando alguém for feliz...
Vamos saraváde: João da Baiana: intérprete: João da Baiana e seu Terreirodisco: Saravá Yemanjá, gravadora: ano:
Você yaba, você yabaAgô queloquéVamos saravá Yemanjá
Vamos saravá, minha genteVamos saraváA mãe Yemanjá, rainha do mar
Cadê o tabaqueCadê o afoxéCadê o agogô, minha genteOgan queloqué
Eu pedi malemiA coqueloquéMamãe respondeuOlorum daqué axé
433
Catendê oroviCatendê orogue????? eaôMamãe ???
Vanju Concessade: Carlinhos Brown: intérprete: Carlinhos Browndisco: Alfagamabetizado, gravadora: ano: 1996
Dó CapiauBeja, Veja se ela ircom manuca XularVê Xangô em dona PretaQue vem do IraráPra dona Nair Dadá dona DidiDionísio e coca-colaNa carroça vai subirPela Rua do Carmelo com Zeca Tupi
Vanju ConcessaDona Brígida, dona BemE dona Damiana tambémJabuticaba é uma jóia Esmeralda é a mulherQuem não fica aqui de estória vá Entra no caminho da hortaPra chegar no chafarizEco ecoou no alto-falante
É festa de OgumTome cem refrigerantesPega palha de dendê Lá em NarbalAreia branca e pitangaPra enfeitar o candial
Vanju concessaDona Brígida, dona BemE dona Damiana também
Traz cabaça Seu meninoVem dizer Como é que jogaComo joga capoeira Capoeira de angolaVanju concessa
Dona Brígida, dona BemE dona Damiana também
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Verão na Bahiade: Moraes Moreira, Zeca Barreto: intérprete: Moraes Moreiradisco: Baiano fala cantando, gravadora: ano: 1988
Sou lá do PelôSou lá do terreiroDo interior de toda BahiaEu souLiberdade éApartheid nãoPuro sentimentoViolência nãoOnde me encontroNa felicidadeSou dessa cidadeSou dessa naçãoNão, não vou me emboraSei que ainda é cedoVou perder a horaNo relógio de São PedroVem me ver na BahiaNo verãoOnde mora a alegriaNessa estação
Verdadede: Nelson Rufino, Carlinhos Santana: intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Deixa clarear, gravadora: ano: 1996
Descobri que te amo demaisDescobri em você minha pazDescobri, sem querer, a vidaVerdade
Pra ganhar seu amor fiz mandingaFui à ginga de um bom capoeiraDei rasteira na sua emoçãoCom o seu coração fiz zoeira
Fui à beira do rio e vocêUma ceia com pão, vinho e florUma luz pra guiar sua estradaA entrega perfeita do amorVerdade
Descobri que te amo demaisDescobri em você minha pazDescobri, sem querer, a vidaVerdade
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Como negar essa linda emoçãoQue tanto bem fez pro meu coraçãoE a minha paixão adormecida
Teu amor meu amor incendeiaNossa cama parece uma teiaTeu olhar uma luz que clareiaMeu caminho tal qual lua cheia
Eu nem posso pensar em te perderAi de mim, se esse amor terminarSem você minha felicidadeMorreria de tanto penarVerdade
Verdade aparentede: Gisa Nogueira: intérprete: Gisa Nogueiradisco: Gisa Nogueira, gravadora: ano: 1976
Pra quem gosta de cachaçaToma whisky muito caroPra quem diz que é do subúrbio“Luna Bar” fica distantepra quem prega a todo instante a justiça socialta ganhando muita grana e investindo o capitalÉ melhor deixar de extremos que já está pegando mal
Que verdade é essa que você conta pra genteNa verdade a verdade é geralmente aparente
Você me diz que detesta ser notícia de jornalMas quando vê jornalista fica perto e coisa e talDita as regras do jogo, mesmo sem saber jogarFreqüenta escola de samba mas só curte a classe “A”Bom crioulo só tem vez quando for pra impressionar
Que verdade é essa...
Critica, implica e explicaEnreda, remeda e consertaAgita, atiça e fuxicaFutrica, complica, intriga e entregaManobra a obra e cobra os louros daquilo que você não fezVocê parece com cobra que ataca de bote e mata de vez
Que verdade é essa...
Acende uma vela pra DeusE uma outra pro diaboAos domingos vai à missaSexta-feira faz despachoDiz que o feijão ta caro
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Mas só come feijoadaTeu problema é de fachadaÉ de cara mascaradaTa sempre em cima do muroEsperando uma virada
Que verdade é essa...
Vida de artistade: Itamar Assumpção: intérprete: Itamar Assumpçãodisco: pretobrás, gravadora: ano: 1998
Na vida sou passageiroEu sou também motoristaFui trocador motorneiroAntes de ascensoristaTenho dom pra costureiroPara dactiloseopistaCom queda pra macumbeiroTalento pra adventistaAgora sou mensageiroAlém de paraquedistaÀs vezes mezzo engenheiroMezzo psicanalistaTregeito de batuqueiroA veia de repentistaJá fui peão boiadeiroFui até tropicalistaOutrora fui bom goleiroHoje sou equilibristaDe dia sou cozinheiroÀ noite sou massagistaSou galo no meu terreiroNos outros abaixo a cristaMe calo feito mineiroNo mais vida de artista
Vida de artistade: Oswaldo Montenegro: intérprete: Oswaldo Montenegrodisco: Vida de artista, gravadora: ano: 1991
Feiticeira do amorPreta da estalagemPerguntava pra ver se o saciTem metade das pernas pro arClementina falou que era sacanagem
Essa vida de artista, essa vida de artistaEssa vida
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Govinda...Govinda IansãGovindaGovinda Iansã
Lobisomem de corDeusa da coragemIansã da loucura manda tempestadePra beira do amorZé Limeira falou pra seguir viagem
Essa vida de artista, essa vida de artistaEssa vida...
Vim sambarde: João Bosco, Casaco, Aldir Blanc: intérprete: Aldir Blancdisco: Aldir Blanc - 50 anos, gravadora: ano: 1996
Areia branca, água escura, Abaeté...Ô, Bahia,Cai na rede vira peixe,Carangueijo peixe é,É ou não é?Azul-marinho, Pelourinho, Nazaré...Ô, Bahia,Todo dia é dia santo,Todo santo leva fé.Ô, Bahia,Da Boca do Inferno,Oi, suor, bundum,Da ave de Krishna, dos urubus,Das guias, das aias, vaiasAi, Águia de HaiaDepenada pro xinxim das citações,Sons de orações pelo Bonfim.Uma doença de quem dá pra vadiar...Ô Bahia,Vou pedir pra MenininhaTe levar pro Gantois - eu? - Que é pra abençoar,Falsa baianaQue requebra sem quebrar...Ô Bahia,Terra à vista, alto mar,Falta pouco pra chegar.BahiaDo gol de Beijoca, oi,Que mata um,Estardalhaço, oi, Cafarnaum,De farda e fardão,De camisola de dormir,Só no despacho
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O campeonato acaba empate,Sabedoria e disparateQualquer coisinha,Você queira desculparÔ, Bahia,Não demoro pra voltarVou ali e volto já.
Visceralde: Paulo Vasconcelos, Júnior Vasconcelos, Marcos Rodrigues: intérprete: Banda Evadisco: Ao Vivo - II, gravadora: ano: 1999
Bragadá passou e abriu caminhoBragadá chegou, não fique sozinho
O som é forteO peso da percussãoVisceral ou cibernéticoBragadá é porradãoGuerreiros da músicaOgum de proteçãoUma tribo mascaradaCom força no coração
Vou láBragadá já vai passarVá que é coisa boaVai fazer você dançar
Vamos mergulhar nesse swingE fluir no bragadá
Olha que já tá pegando fogoLá no som do bragadá
Visite o terreirode: Edgard Ferreira: intérprete: Ari Lobodisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1958
Você vá à Bahia,Visite o terreiro de Maria OrixaláLeve incenso e cravo branco, Pra jogar num mar de encantoAntes de desembarcar.
Os que falam é porque não conhecem a razãoDa Bahia do meu coração,Levou o grande São Jorge Guerreiro,Do Senhor do Bonfim padroeiro,
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E os filhos da grande nação,Levou Ogum a fazer sua oração,Rezar e curar para o mundo inteiro.
Vá à Bahia pra você ver como é,Que vive os irmãos de fé,Da grande lei de Orixá,Você vê o Ogum baixar,Prega a lei do amor que pregou Nosso Senhor,Você vai acreditar pois tem fim o seu azar,Você vai viver feliz,O terreiro é umbanda e lá se dizO presente, o passado e o futuro,Por isso, amigo, que eu juro,Filho de Santo você vai se tornar.
Vitamina Serde: Carlinhos Brown: intérprete: Carlinhos Browndisco: Vitamina Ser (single), gravadora: ano: 1998
Pente escova de denteRemédio pra gripe lavanda e sabãoPra andar no sonho dela com os pés na multidãoPente escova de denteRemédio pra gripe lavanda e sabãoPra deitar no sonho dela em lençol de papelão
Boulevard dos alquimistasBoulevard do tamborimBoulevard vai ser possívelBoulevard do teu sorrir
Me lava pra junto delaNinguem adocica sóCom ela no sonho delaOxum by me, Oxum by meOxum by me, Oxum by meMaré bela doce verãoMaré bela doce verão
Me leva pra delaCom minha doce cançãoComo é lá no sonho delaOxum by me, Oxum by meOxum by me, Oxum by meMaré bela doce verãoMaré bela doce verão
Viva o Rei Nagôde: Armandinho, Moraes Moreira: intérprete: Dodô e Osmar
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disco: Incendiou o Brasil, gravadora: ano: 1981
Viva o Rei NagôNo mundo da fantasiaNa mão o seu agogôNo coração da BahiaPerdãoPedir a todos os orixásPerdãoUsar seu santo nomeEm vãoTem jeito nãoTem nãoÉ quando o povo é tomadoPor uma grande loucuraE do profano e sagradoFaz a mais viva mistura
Você diz que é baianade: Raimundo Olavo, Elpídio Viana: intérprete: Roberto Silvadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1949
Você diz que é baiana,Que é filha do samba,E o samba lhe criou,E tem grandes medalhasQue na roda do samba,Sambando ganhou.
Como você eu vim ao bailePorque você mesma me chamou,Dance o samba direitoPorque essa dança não é de Xangô,Não, não,Ai, não é de Xangô.
Vê se faz o que eu faço,Não fique parada pra eu não lhe pisar,Vê se mexe as cadeiras,Não fique bobinha pra eu não lhe vaiar.Pelo que eu estou vendo,Nós vamos sofrer uma decepçãoVeja o fiscal do baileQuerendo nos tirar do meio do salão!
Você foi fazer feitiçode: Raimundo Olavo, J. Kleber: intérprete: Roberto Silvadisco: 78 RPM, gravadora: ano: 1949
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Você foi fazer feitiço pra que eu goste de você,Perdendo tempo e dinheiro procurando um canjerê,Seu feitiço não pegou e você perdeu pra mim,Ai, tenho meu corpo fechado pelo Senhor do Bonfim.Se você tivesse força, talvez me intimidasse,Você se enchia de glória se o seu feitiço pegassePerdeu seu tempo bem sei e não sabe porque é:Eu tenho aqui da Bahia uma figa de guiné, pois é!
Você já foi à Bahia?de: Dorival Caymmi: intérprete: Maria Creuza, Toquinho, Vinícius de Moraisdisco: Maria Creuza, Toquinho e Vinícius, gravadora: ano: 1972
Você já foi à Bahia, nêga?Não? Então vá!Quem vai ao Bonfim, minha negaNunca mais quer voltarMuita sorte teve, Muita sorte tem, Muita sorte teráVocê já foi à Bahia, nêga?Não? Então vá!
Lá tem vatapá, Então vá!Lá tem caruru, Então vá!Lá tem mungunzá, Então vá!Se quiser sambar, Então vá!
Nas sacadas dos sobrados Da velha São SalvadorHá lembranças de donzelasDo tempo do Imperador
Tudo, tudo na BahiaFaz a gente querer bemA Bahia tem um jeitoQue nenhuma terra tem
Vou botar seu nome na macumbade: Zeca Pagodinho, Dudu Nobre: intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Samba pras moças, gravadora: ano: 1995
Eu vou botar teu nome na macumbaVou procurar uma feiticeira
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Fazer uma quizumba pra teDerrubarOi, IaiáVocê me jogou um feitiçoQuase que eu morriSó eu sei o que sofriDeus me perdoe, mas eu vou me vingar
Eu vou botar teu retrato Num prato com pimentaQuero ver se você 'güenta'A mandinga que eu vou te JogarRaspa de chifre de bodePedaço de rabo de jumentaTu vais botar fogo pela ventaE comigo não vai mais brincar
Asa de morcegoCorcova de camelo pra te DerrubarUma cabeça de burroPra quebrar o encanto do seuPatuáOlha, tu podes ser forteMas tens que ter sortePara te salvarToma cuidado, comadreCom a mandinga que eu vou te jogar
Vovô cantou pra subirde: Roxinha, Alicate: intérprete: Bezerra da Silvadisco: Alô malandragem, maloca o flagrante, gravadora: ano: 1986
Vovô cantou pra subirQuando o dia clareouOlha o lembreteQue você deixouVocê diz que tá formosoMas está na corda bambaVocê engana todo mundoMenos o povo de aruandaVocê ia ser punidoVovô pediu por vocêSe continuar pisandoAí o couro vai comerCaridade não se paga Você sabe muito bemMédium que cobra consultaNão pode ajudar ninguémÉ igual aquele que vendeu CristoO homem de Jerusalém
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Guarde sempre este lembreteE deixe de armação Vovô não quer ver seu burroDando volta em seus irmãos
Vovô Tira-tirade: Pedro Butina, Guilherme do Ponto Chic: intérprete: Bezerra Da Silvadisco: Eu não sou santo, gravadora: ano: 1986
Aperta umQue vovô tira-tira pintou no gongáE sem dá doisVovô não pode trabalhar
Tira-tira é caô-caôE tira onda adoidadoTira roupa do vestidoTira alma do peladoTira você de perto de DeusE deixa junto com o Diabo
Apeta um...
Tira todos os pertencesDe quem nele leva féTira o sossego do casalE faz a cabeça da mulherPra botar chifre no maridoE depois deixa ela a pé
Aperta um...
Tira você de uma boaTira sua inspiraçãoTira tudo do seu bolsoTira até sua razãoEle só não tira caçapaPorque detesta camburão
Aperta um...
Voz do coraçãode: Zaca Barreto, Patinhas: intérprete: Pepeu Gomesdisco: Na terra a mais de mil, gravadora: ano: 1979
Sempre me pediaConte a história do amor pra mimLogo me diziaAmor é fruto do suor meu bem
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Acarajé na barrigaUm mergulho no marEm cada sol de Ipanema Em cada beijo de cinemaLá dentro de Iemanjá
Sempre perguntandoSe o amor tem fimNão teve fimNão teve nãoÉ sim, sim, simA voz do coração
Xangôde: Roberta Miranda e José Miranda: intérprete: Roberta Mirandadisco: Roberta Miranda vol. 4, gravadora: ano: 1990c
Maré ôOdoiáÉ nagô é Xangô é justiçaNavegou me marcouCom a espada de luzFez a minha cabeça justiçaQuem quiser duvidarNão se assuste quando Xangô rasgarO céu de anilQuando a espada de lutaPousar na consciência é tudo ouNada que irá gritar por nósSe uniu com as forças ocultasQue o mundo quis verE ninguém viu... ditou regrasSe fez respeitar qual um raioMe assumiu, me deu forças, Rasgou minha estrada de luta E partiu
Yá Olokunde: Monica Millet, Fred Vieira: intérprete: Gilberto Gildisco: Parabolicamará, gravadora: ano: 1991
Ribeira eu peço licençaPara as águas do mar, OlokunOs destinos brilhando num só OlokunYê Olokun, Yá Olokun
São pontos de areiaOs destinos brilhando num só OlokunYê Olokun, Yá Olokun
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As águas salgadasOs homens sujaram o mar OlokunYê Olokun, Yá Olokun
Vamos salvar o dique do TororóBahia de todos os santosSol areia, ea, ea, ea
Perpetuar aqueles que nos dãoA maré vazia e também a maré cheia
Yabakekêde: : intérprete: disco: Mãe Maior, gravadora: ano: 1997
A força que vem do mar não evoca se você não acreditar ouFingir que não vêVocê tem que crer, tem que se entregarTem que oferecer e tem que navegarYabakekê Yabakekê babáYabakekê somos filhos de OxaláYabakekê Yabakekê babá somos filhos de IemanjáNós vestimos branco para vos saldarVestimos azul para lhes ofertarToda nossa vida todo nosso amor oh mãe Iemanjá,Oh meu pai XangôYabakekê Yabakekê babá Yabakekê somos filhos de IemanjáYabakekê Yabakekê babáYabakekê somos filhos de Oxalá
Yaôde: Pixinguinha, Gastão Viana: intérprete: Batista Jr.disco: Alma Negra, gravadora: ano: 1988
Akicó no terreroPelú adiêFaz inveja pra gente Que não tem mulhé
No jacutá de preto véioTem uma festa de YaôTem filha de Ogum, de OxaláDe IemanjáMucamba de Oxóssi caçadorOra viva NanamNanam Burocô
Yaô...Yaô
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No terrero de preto véio YayáVamos saraváAquem, meu pai?Xangô
Yaôde: Pixinguinha, Gastão Viana: intérprete: Beth Carvalhodisco: Pérolas, gravadora: ano: 1992
Aqui có no terreiroPelú adiéFaz inveja pra genteQue não ten mulher
No jacutá de preto velhoHá uma festa de Yaô
Ôi tem nêga de OgumDe Oxalá, de Iemanjá
Mucama de Oxóssi é caçadorOra viva Nanã Nanã borocô
Yô yôoYô yôo
No terreiro de preto velho iaiáVamos saravá (a quem meu pai)Xangôo
Yaô, cadê a sambade: CAMPOLINO, Tio Helio: intérprete: Zeca Pagodinhodisco: Mania de gente, gravadora: ano: 1990
Ô yaôYaô, cadê a samba?Está mangando na curimbaEstá mangando na curimba
Samba firma cabeçaPra evitar o falatórioPra assitência não dizerQue tens cabeça de oratório
Mãe Pequena me conheceNão sou de vacilãoNão pode beber cachaça
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Nem deve cuspir no chão
Cambono fica na minhaQue eu vou ficar na suaVamos pedir segurançaPra falange lá da rua, yaô
Uaô, cadê samba?Está mangando na curimba
Yaô-Sande: Péri, Aninha Franco: intérprete: Vânia Abreudisco: Pra mim, gravadora: ano: 1997
Eu quero ser tua gueixaDeixa, deixaComida versos, amorE posso ouvir tuas queixasDeixa, deixa ser tua gueixa nagôHei de servir a comidaTe servir a bebidaDizendo versos bashôHei de espantar os mosquitosCom bons incensos e ritosTe refrescando o calorEu quero ser tua gueixa, deixa, deixaA tua gueixa nagôVou te abanar ventarolas, tua Yaô-San de AngolaA tua deixa, a tua queixaGueixa nagô, Yaô-San
Yê-melêde: Luiz Carlos Vinhas, Chico Feitosa: intérprete: Maria Bethâniadisco: Maria Bethânia, gravadora: ano: 1968-69
Yê-melê ia iaráYê-melê ia iaráAndei andá andaruma
Ylê Farolde: Carlinhos Brow: intérprete: Chiclete com bananadisco: Jambo, gravadora: ano: 1990
Orumilá aloja forteO vulgo de My GodBrother, brother, brother
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Para arriba badala somTimbalada no batuque, Pop, PopVai o rei na rua cuarTan-tan que dengosoTan-tan que dengoso
A moça da cuia coraEle é o FarolPra minha alma de berçosE lábios carnudosTan-tan que dengosoTan-tan que dengoso
Ylê FarolNa linha áurea de GuetoSoweto do CuruzuUm tem um, outro, outroOutro um temos todosTan-tan que dengosoTan-tan que dengosoUm dois, três, Ylê
Ayê Aleluia nossaTan-tan que dengosoTan-tan que dengosoMe amarrei na sua cordaEle é o Farol
Yorubahiade: Jorge Portugal, Roberto Mendes: intérprete: Maria Bethâniadisco: Dezembros, gravadora: ano: 1986
Terno e terno de reisNagôs e malêsJeje ijexáAla dos alabêsAlados ilêsBanto, Gantois,Ruas por onde andeiCantando encanteiEncanto a cantarMenina, me nineiSonhos que sonheiCastelos no arSons dos maculelêsÉ tudo que seiDe tudo que há
Cores de toda corCarnaval e dorCanção popular
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Signo tradutorDe todo esplendorBeleza sem parLuz da pele, suorReluz ouro em póDo OrunmiláRitmo do agogôBalanço do amor"Na paz do gongá"Flor morena nagôÉ tudo que souÉ tudo que há BahiaIorubaIorubahia
Zé Pelinhade: Itamar Assumpção, Waly Salomão: intérprete: Itamar Assumpçãodisco: Itamar Assumpção, gravadora: ano: 1988
Zé Pelinha desceu, Zé Pelinha baixouÉ ele que chega e parte fechaduraDo portão cerradoZé Pelinha desceu, Zé Pelinha baixouÉ ele quem chamega, quem penetraEm cada festa e rompe cadeado
E quando Zé Pelinha pinta na aldeiaO povo todo saracoteiaAparta briga, feia terno branco alinhadoCabelo arapuá de brilhantina besuntadoEle do ovo é a porção gema, bebe sumo de JuremaResolve impossível demandaHomem elástico, homem borracha, Desliza que nem vaselina, saravá a sua banda
É ele quem abre uma brechaAcende uma mecha no breuDesparafusa a roscaE seu cavalo sou eu
Zé Pelintrade: Wally Salomão, Itamar Assumpção: intérprete: Suzana Sallesdisco: Suzana Salles, gravadora: ano: 1994
Zé Pelintra desceuZé Pelintra baixouÉ ele que chegaE parte a fechadura do portão cerradoZé Pelintra desceu
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Zé Pelintra baixouÉ ele quem chamegaQue penetra em cada frestaRompe o cadeadoE quando Zé Pelintra pinta na aldeiaO povo todo saracoteiaAparta a briga feiaÉ no branco alinhadoE quando Zé Pelintra pinta na aldeiaO povo todo saracoteiaCabelo rapuá de brilhantina bezuntadoEle do ovo é a porção gemaBebe suco de juremaResolve impossível demandaHomem elásticoHomem borrachaDeslisa que nem vaselinaSaravá a sua bandaÉ ele quem abre uma brechaAcende uma mecha no breuNo breu no breuDesparafusa a roscaE seu cavalo sou euZé Pelintra desceuZé Pelintra baixou
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