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Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão 69 Kv Juazeiro/Petrolina II 1 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Traçado da Linha de Transmissão. .................................................................................................................................................. 8 Figura 2 Diagrama simplificado para o gerenciamento dos resíduos sólidos .............................................................................................. 20 Figura 3 Modelo de Cadastro de Destinatário de Resíduos ........................................................................................................................ 22 Figura 4 Modelo de Formulário de Controle de Transporte de Resíduos (CTR) ......................................................................................... 23 Figura 5 Localização preliminar das áreas com existência de processos erosivos ..................................................................................... 25 Figura 6 Aspecto do solo da Área E-F do traçado diretriz da LT com processo erosivo pré-existente. ...................................................... 25 Figura 7 Processo erosivo existente na ilha do Maroto no Rio São Francisco, Petrolina/PE ...................................................................... 26 Figura 8 Processo erosivo existente na Estrada do Rodeadouro sentido Rio São Francisco, Petrolina/PE .............................................. 27 Figura 9 Resumo esquemático do SGA do empreendimento...................................................................................................................... 72 Figura 10 - Localização dos acessos já existentes para o interior da ilha do maroto. .................................................................................... 76 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Estrutura da Matriz do Quadro Lógico e sua correspondência com a estrutura tradicional de planejamento de objetivos ......... 10 Quadro 2 Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (FINS) ............................................................. 13 Quadro 3 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (MEIOS) ........................................................... 14 Quadro 4 Atividades e metas do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos .................................................................................. 15 Quadro 5 Grupos-Objetivos do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos..................................................................................... 16 Quadro 6 Cronograma de execução do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos ....................................................................... 17 Quadro 7 Classificação dos resíduos conforme Resolução CONAMA 307/2002 ....................................................................................... 18 Quadro 8 Resíduos, classificação e destinação final previstas para a fase de instalação da LT ............................................................... 19 Quadro 9 Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PGRCC .......................................................... 21 Quadro 10 Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (FINS) ........................................................ 28 Quadro 11 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (MEIOS) ..................................................... 29 Quadro 12 Atividades e metas do Subprograma para o Controle de Processos Erosivos ......................................................................... 30 Quadro 13 Grupos-Objetivos do Subprograma para Controle dos Processos Erosivos ............................................................................. 31 Quadro 14 Cronograma de execução do Subprograma para Controle de Processos Erosivos ................................................................. 32 Quadro 15 Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PACE ........................................................... 33 Quadro 16 Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (FINS) ................................................................... 35 Quadro 17 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS) ................................................................ 36 Quadro 18 Atividades e metas do Subprograma para Emergências Ambientais ........................................................................................ 38 Quadro 19 Grupos-Objetivos do Subprograma para Emergências Ambientais .......................................................................................... 39 Quadro 20 Cronograma de execução do Subprograma para Emergências Ambientais ............................................................................. 40 Quadro 21 Política de Saúde e Segurança do Grupo NEOENERGIA/CELPE ............................................................................................ 41 Quadro 22 Acidentes predominantes na fase de construção de uma linha de transmissão ....................................................................... 42 Quadro 23 Matriz de Quadro Lógico do Programa de Comunicação Social (FINS) ................................................................................... 45 Quadro 24 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS) ................................................................ 46 Quadro 25 Atividades e metas do Programa de Comunicação Social ........................................................................................................ 47 Quadro 26 Grupo-Objetivo do Programa de Comunicação Social .............................................................................................................. 48 Quadro 27 Cronograma de execução do Programa de Comunicação Social ............................................................................................. 49 Quadro 28 Partes interessadas prioritárias e as estratégias preliminares de comunicação social. ............................................................ 50 Quadro 29 Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (FINS) ................................................................................... 55 Quadro 30 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (MEIOS) ................................................................................. 57 Quadro 31 Atividades e metas do Programa de Comunicação Social ........................................................................................................ 58 Quadro 32 Grupo-Objetivo do Programa de Educação Ambiental .............................................................................................................. 59 Quadro 33 Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental ............................................................................................. 60 Quadro 34 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental na comunidade. ..................................................................................... 62 Quadro 35 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental com os trabalhadores. ........................................................................... 63 Quadro 36 Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (FINS) ........................................................................ 65

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Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

1

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Traçado da Linha de Transmissão. .................................................................................................................................................. 8

Figura 2 – Diagrama simplificado para o gerenciamento dos resíduos sólidos .............................................................................................. 20

Figura 3 – Modelo de Cadastro de Destinatário de Resíduos ........................................................................................................................ 22

Figura 4 – Modelo de Formulário de Controle de Transporte de Resíduos (CTR) ......................................................................................... 23

Figura 5 – Localização preliminar das áreas com existência de processos erosivos ..................................................................................... 25

Figura 6 – Aspecto do solo da Área E-F do traçado diretriz da LT com processo erosivo pré-existente. ...................................................... 25

Figura 7 – Processo erosivo existente na ilha do Maroto no Rio São Francisco, Petrolina/PE ...................................................................... 26

Figura 8 – Processo erosivo existente na Estrada do Rodeadouro sentido Rio São Francisco, Petrolina/PE .............................................. 27

Figura 9 – Resumo esquemático do SGA do empreendimento. ..................................................................................................................... 72

Figura 10 - Localização dos acessos já existentes para o interior da ilha do maroto. .................................................................................... 76

LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Estrutura da Matriz do Quadro Lógico e sua correspondência com a estrutura tradicional de planejamento de objetivos ......... 10

Quadro 2 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (FINS) ............................................................. 13

Quadro 3 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (MEIOS) ........................................................... 14

Quadro 4 – Atividades e metas do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos .................................................................................. 15

Quadro 5 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos ..................................................................................... 16

Quadro 6 – Cronograma de execução do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos ....................................................................... 17

Quadro 7 – Classificação dos resíduos conforme Resolução CONAMA 307/2002 ....................................................................................... 18

Quadro 8 – Resíduos, classificação e destinação final previstas para a fase de instalação da LT ............................................................... 19

Quadro 9 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PGRCC .......................................................... 21

Quadro 10 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (FINS) ........................................................ 28

Quadro 11 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (MEIOS) ..................................................... 29

Quadro 12 – Atividades e metas do Subprograma para o Controle de Processos Erosivos ......................................................................... 30

Quadro 13 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Controle dos Processos Erosivos ............................................................................. 31

Quadro 14 – Cronograma de execução do Subprograma para Controle de Processos Erosivos ................................................................. 32

Quadro 15 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PACE ........................................................... 33

Quadro 16 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (FINS) ................................................................... 35

Quadro 17 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS) ................................................................ 36

Quadro 18 – Atividades e metas do Subprograma para Emergências Ambientais ........................................................................................ 38

Quadro 19 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Emergências Ambientais .......................................................................................... 39

Quadro 20 – Cronograma de execução do Subprograma para Emergências Ambientais ............................................................................. 40

Quadro 21 – Política de Saúde e Segurança do Grupo NEOENERGIA/CELPE ............................................................................................ 41

Quadro 22 – Acidentes predominantes na fase de construção de uma linha de transmissão ....................................................................... 42

Quadro 23 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Comunicação Social (FINS) ................................................................................... 45

Quadro 24 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS) ................................................................ 46

Quadro 25 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social ........................................................................................................ 47

Quadro 26 – Grupo-Objetivo do Programa de Comunicação Social .............................................................................................................. 48

Quadro 27 – Cronograma de execução do Programa de Comunicação Social ............................................................................................. 49

Quadro 28 – Partes interessadas prioritárias e as estratégias preliminares de comunicação social. ............................................................ 50

Quadro 29 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (FINS) ................................................................................... 55

Quadro 30 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (MEIOS) ................................................................................. 57

Quadro 31 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social ........................................................................................................ 58

Quadro 32 – Grupo-Objetivo do Programa de Educação Ambiental .............................................................................................................. 59

Quadro 33 – Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental ............................................................................................. 60

Quadro 34 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental na comunidade. ..................................................................................... 62

Quadro 35 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental com os trabalhadores. ........................................................................... 63

Quadro 36 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (FINS) ........................................................................ 65

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

2

Quadro 37 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (MEIOS)...................................................................... 66

Quadro 38 – Atividades e metas do Programa de Monitoramento da Avifauna ............................................................................................. 68

Quadro 39 – Grupo-Objetivo do Programa de Monitoramento da Avifauna ................................................................................................... 69

Quadro 40 – Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Avifauna. ................................................................................. 69

Quadro 41 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental. ................................................................................................ 74

Quadro 41 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental. ................................................................................................ 81

LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Características e dimensionamentos do empreendimento ............................................................................................................. 9

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

3

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................................................. 5

2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ..................................................................................................................................... 6

2.1 Identificação do Empreendedor ................................................................................................................................................... 6

2.2 Justificativa do Empreendimento ................................................................................................................................................. 7

2.3 Localização e Características do Empreendimento .................................................................................................................... 7

3 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS .............................................................................................................................................. 9

3.1 Introdução .................................................................................................................................................................................... 9

3.2 Plano Ambiental de Construção (PAC) ..................................................................................................................................... 11

3.2.1 Subprograma para Gestão de Resíduos Sólidos (Obra Limpa) ..................................................................................... 12

3.2.1.1 Lógica da intervenção .......................................................................................................................................... 13

3.2.1.2 Resumo das atividades e metas .......................................................................................................................... 15

3.2.1.3 Grupo-objetivo (público alvo) ............................................................................................................................... 16

3.2.1.4 Cronograma.......................................................................................................................................................... 17

3.2.1.5 Observações importantes .................................................................................................................................... 17

3.2.2 Subprograma para Controle de Processos Erosivos (Erosão Zero) .............................................................................. 24

3.2.2.1 Lógica da intervenção .......................................................................................................................................... 28

3.2.2.2 Resumo das atividades e metas .......................................................................................................................... 30

3.2.2.3 Grupo-objetivo (público alvo) ............................................................................................................................... 31

3.2.2.4 Cronograma.......................................................................................................................................................... 32

3.2.2.5 Observações importantes .................................................................................................................................... 32

3.2.3 Subprograma para Emergências Ambientais e Acidentes de Trabalho ......................................................................... 35

3.2.3.1 Lógica da intervenção .......................................................................................................................................... 35

3.2.3.2 Resumo das atividades e metas .......................................................................................................................... 38

3.2.3.3 Grupo-objetivo (público alvo) ............................................................................................................................... 39

3.2.3.4 Cronograma.......................................................................................................................................................... 40

3.2.3.5 Observações importantes .................................................................................................................................... 40

3.3 Programa de Comunicação Social ............................................................................................................................................ 44

3.3.1 Lógica da intervenção ..................................................................................................................................................... 45

3.3.2 Resumo das atividades e metas ..................................................................................................................................... 47

3.3.3 Grupo-objetivo (público alvo) .......................................................................................................................................... 48

3.3.4 Cronograma .................................................................................................................................................................... 49

3.3.5 Observações importantes ............................................................................................................................................... 49

3.4 Programa de Educação Ambiental ............................................................................................................................................ 52

3.4.1 Lógica da intervenção ..................................................................................................................................................... 55

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

4

3.4.2 Resumo das atividades e metas ..................................................................................................................................... 58

3.4.3 Grupo-objetivo (público alvo) .......................................................................................................................................... 59

3.4.4 Cronograma .................................................................................................................................................................... 60

3.4.5 Observações importantes ............................................................................................................................................... 60

3.5 Programa de Monitoramento da Avifauna ................................................................................................................................. 64

3.5.1 Lógica da intervenção ..................................................................................................................................................... 65

3.5.2 Resumo das atividades e metas ..................................................................................................................................... 68

3.5.3 Grupo-objetivo (público alvo) .......................................................................................................................................... 69

3.5.4 Cronograma .................................................................................................................................................................... 69

3.5.5 Observações importantes ............................................................................................................................................... 70

3.6 Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento ............................................................................................................... 71

3.6.1 Modelo de sistema de gestão ambiental ........................................................................................................................ 71

3.6.2 Etapas e atividades do SGA ........................................................................................................................................... 72

3.6.3 Cronograma .................................................................................................................................................................... 74

3.6.4 Os planos auxiliares ........................................................................................................................................................ 74

3.6.4.1 Gestão voltada para as interferências com a infraestrutura física ....................................................................... 74

3.6.4.2 Gestão para recuperação de áreas degradadas ................................................................................................. 75

3.6.4.3 Gestão para estabelecimento da faixa de servidão e demais aspectos relacionados ........................................ 77

3.6.4.4 Gestão para mitigação e compensação do impacto da paisagem sobre o rio São Francisco ............................ 79

3.6.4.5 Cronograma (planos auxiliares) ........................................................................................................................... 81

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................................................. 81

5 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................................................... 82

6 ANEXOS ............................................................................................................................................................................................... 86

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

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1 APRESENTAÇÃO

Este Programa Básico Ambiental (PBA) faz parte do processo de

licenciamento ambiental da Linha de Transmissão de 69 kV que interligará a

Subestação Juazeiro II e a Subestação Petrolina II, entre os municípios de Juazeiro

– BA e Petrolina – PE.

O PBA detalha os programas ambientais apresentados no Relatório

Ambiental Simplificado - RAS e as condicionantes especificadas na Licença Prévia

nº 495/2014 concedida pelo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos

Naturais Renováveis – IBAMA.

O objetivo deste PBA é apresentar de forma objetiva e de fácil entendimento

quais ações serão tomadas para o controle e mitigação dos impactos

socioambientais negativos do empreendimento prognosticados ainda na fase de

planejamento da obra na ocasião da obtenção da Licença Prévia.

As ações são apresentadas em programas, subprogramas e planos

auxiliares. Para os programas e subprogramas as ações foram estruturadas nas

seguintes categorias: Objetivo Superior (contribuição do programa), Objetivo do

Programa (propósito da intervenção), Resultados Esperados (etapas essenciais que

devem ser alcançadas para se atingir o objetivo), Indicadores Objetivamente

Comprováveis, Fontes de Verificação (onde serão encontrados os indicadores) e

Suposições Importantes (fatores externos que podem afetar positiva ou

negativamente a execução do programa). Essa forma de estruturação tem como

base o método Quadro Lógico (PFEIFFER, 2006) que permite de forma clara e

objetiva reconhecer a lógica das intervenções propostas nesta fase de

planejamento, além de permitir uma maior clareza sobre os resultados a serem

alcançados (situação positiva desejada).

Após a concepção dos programas e subprogramas na Matriz do Quadro

Lógico os mesmos são detalhados nas suas respectivas atividades e cronogramas

incluindo também a identificação das principais partes interessadas (steakholders) e

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

6

aspectos conceituais e metodológicos pertinentes necessários à compreensão das

propostas de ação.

Por fim, o PBA será fundamental para a divulgação das ações junto às

comunidades, assim como auxiliar na construção de canais de comunicação social e

educação ambiental focados na conscientização sobre possíveis riscos e cuidados

que devem ser observados em relação ao empreendimento.

2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

2.1 Identificação do Empreendedor

Nome/Razão Social Companhia Energética de Pernambuco CELPE/Grupo Neoenergia

CNPJ 10.835.932/0001-08

ENDEREÇO Avenida João de Barros, nº 111, Boa Vista.

MUNICÍPIO Recife UF: PE

TELEFONE (81) 3217-5842

E-MAIL [email protected]

NOME DO EMPREENDIMENTO

Instalação de Linha de Transmissão 69 Kv Juazeiro/Petrolina II

RESPONSÁVEL Thiago Caires - Gestor da Unidade de Meio Ambiente

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2.2 Justificativa do Empreendimento

A região do vale do São Francisco tem se tornado nas últimas décadas num

grande polo de desenvolvimento da agricultura irrigada integrado não só ao mercado

interno, mas também ao mercado internacional. Esta dinâmica socioeconômica tem

levado a uma crescente demanda de energia na região, atualmente atendida por

apenas dois circuitos que interligam a subestação de Juazeiro II 230/69 Kv à

seccionadora de Petrolina.

Nesse sentido, visando ampliar a flexibilidade de manobras e confiabilidade

do sistema elétrico na região, decidimos construir uma nova Linha de Transmissão,

que irá beneficiar diretamente os municípios de Petrolina, Juazeiro, Lagoa Grande e

Afrânio. Cabe ressaltar, que o empreendimento apresenta vantagens do ponto de

vista ambiental por possuir um traçado predominantemente inserido em área

urbano-industrial de baixo impacto sobre o meio físico e biótico.

2.3 Localização e Características do Empreendimento

O traçado da Linha de Transmissão (LT) tem origem na Subestação da

CHESF (Juazeiro II), situada no município de Juazeiro – BA, finalizando na

Subestação da CELPE (Petrolina II), situada no município de Petrolina – PE.

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8

Figura 1 - Traçado da Linha de Transmissão.

Fonte: Adaptado do Google Earth.

A Tabela 1 apresenta um resumo das principais características e dimensionamentos

do empreendimento.

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Tabela 1 – Características e dimensionamentos do empreendimento

Descrição Dimensionamento

Extensão do Traçado 17,5 Km

Postes circulares de concreto 219

Torres metálicas Tipo AT 3

Cabos de Transmissão Tipo 636CAA

Altura de segurança das estruturas urbanas (postes circulares de concreto) 6,5 m

Altura de segurança das estruturas da travessia do Rio São Francisco (torres metálicas) 15 m

3 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS

3.1 Introdução

Antes da apresentação detalhada dos planos e programas ambientais faz-se

necessário estabelecer os pressupostos metodológicos que estão na base da

estruturação dos programas e subprogramas deste Plano Básico Ambiental.

Como método de estruturação dos programas e subprogramas adotou-se a

Matriz de Quadro Lógico(PFFEIFER, 2006) para auxiliar na concepção dos

objetivos e resultados esperados do Plano Básico Ambiental do empreendimento.

A escolha desta metodologia de estruturação se deu pela clareza semântica

que o Quadro Lógico proporciona ao processo de planejamento no que diz respeito

aos fins e aos meios dos programas e subprogramas ambientais.

É bastante comum na maioria dos planejamentos a confusão que se faz entre

objetivos (fins) e ações (meios) gerando mal entendidos e pouca clareza sobre o que

de fato se pretende alcançar com a intervenção proposta. O Quadro Lógico minimiza

esse problema estruturando de forma lógica e semanticamente clara o real propósito

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

10

de cada intervenção (objetivo) apontando as mudanças esperadas para cada grupo-

objetivo (público-alvo). Para isso, o Quadro Lógico hierarquiza os objetivos que são

concebidos aqui como “situações positivas desejadas” com foco nos grupos-

objetivos (público-alvo) identificados.

Nesse sentido, os objetivos e resultados esperados são descritos como

“situações positivas desejadas1” como requer a metodologia, não sendo utilizado

na sua proposição “verbos de ação no infinitivo” comumente usado na maioria dos

planejamentos gerando confusão semântica entre o que é fim (objetivos/propósito) e

meio (ação/atividades).

Por fim, o Quadro Lógico (QL) facilita a estruturação das atividades (os meios)

após concepção consolidada dos objetivos e resultados esperados (os fins)

estabelecendo assim um escopo detalhado para cada proposta de intervenção.

Quadro 1 - Estrutura da Matriz do Quadro Lógico e sua correspondência com a estrutura tradicional de planejamento de objetivos

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores

Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação

Suposições Importantes

FIN

S

Objetivo Superior Contribuição do programa ou subprograma (por que o programa deve ser elaborado?)

Indicadores de efeito Fontes que

comprovem os efeitos indiretos

Fatores externos para assegurar o

alcançado

Objetivo do Programa ou subprograma (Objetivo Geral)

Propósito da intervenção: Efeito que se espera alcançar como resultado final do programa ou subprograma.

Indicadores de efeito Fontes que

comprovem os efeitos diretos2

Fatores externos para alcançar a contribuição do

programa

Resultados Esperados (Objetivos Específicos) Resultado 1 Resultado 2 Resultado 3

Resultados em termos de produtos ou serviços que a gestão do programa ou subprograma deve garantir a fim de alcançar o objetivo do programa ou subprograma.

Indicadores de acompanhamento

(metas gerenciáveis)

Fontes que comprovem o desempenho

Fatores externos para alcançar o

propósito da intervenção

ME

IOS

Atividades Principais (Ações) Atividade1 Atividade2 Atividade3

Atividades que o programa ou subprograma tem que executar a fim de produzir os resultados

Indicadores de acompanhamento

(metas gerenciáveis)

Fontes que comprovem o desempenho

Fatores externos para alcançar os

resultados

Fonte: Adaptado de Pfeiffer (2006).

1 Nesse sentido utiliza-se em geral a sentença com o verbo no particípio, demonstrando claramente qual é a situação que se

deseja alcançar. Ex: PGRS elaborado e funcionários capacitados (fins), ao invés de elaborar PGRS e capacitar funcionários (meios). 2 O alcance do objetivo superior e do objetivo do programa só pode ser verificado após a conclusão da intervenção.

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69 Kv Juazeiro/Petrolina II

11

Como visto no Quadro 1 o QL é uma matriz que estrutura os elementos

considerados os mais importantes de um projeto permitindo sua apresentação

sistemática, lógica e sucinta. O QL permite então, uma análise do que se deseja

mudar com a intervenção considerando uma dada situação problema, neste caso, os

impactos ambientais negativos do empreendimento.

Pfeiffer (2006) destaca que o QL não é um plano completo de um projeto,

mas trata-se apenas de um resumo do plano de intervenção, que fornece respostas

basicamente às seguintes perguntas:

Por que o projeto deve ser realizado?

Qual é o seu propósito e quais as mudanças a serem alcançadas?

Como se pretende produzir melhorias?

Quais as condições externas que influenciam o alcance dos resultados

e dos seus efeitos?

Como é possível identificar o alcance das melhorias e mudanças?

Em outras palavras, segundo o mesmo autor, a aplicação do enfoque QL

pretende definir e mostrar a viabilidade de um projeto já na fase do seu

planejamento facilitando a comunicação com as partes interessadas.

3.2 Plano Ambiental de Construção (PAC)

A implantação do PAC do empreendimento busca assegurar a qualidade

ambiental das frentes de obra no processo de instalação da LT controlando assim os

aspectos ambientais que foram destacados no RAS e na LP, a saber: a geração de

resíduos sólidos no processo de instalação da LT; o risco de intensificação de

processos erosivos na instalação das infraestruturas; e os riscos ambientais

relacionados à poluição e a acidentes de trabalho e com a população do entorno.

No PAC são apresentadas diretrizes e ações ambientais a serem seguidas

pela construtora contratada para instalação da LT. As ações do PAC estão

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

12

estruturadas em subprogramas que serão executados e monitorados durante todo o

período de instalação do empreendimento sob a coordenação e supervisão do

empreendedor através de sua Unidade de Meio Ambiente.

3.2.1 Subprograma para Gestão de Resíduos Sólidos (Obra Limpa)

O gerenciamento dos resíduos sólidos de construção nos canteiros de obras

de pequeno, médio e grande portes é de suma importância para a conservação do

meio ambiente nos centros urbanos. A gestão adequada dos resíduos de construção

contribui para a redução dos chamados “entulhos” reduzindo assim custos sociais,

financeiros e ambientais (BLUMENSCHEIN, 2007).

A formação de entulhos é resultado de uma má segregação e gestão

ambiental dos resíduos de construção. Geralmente eles são depositados em

terrenos baldios e representam dentro do contexto geral dos resíduos sólidos

urbanos enormes riscos ambientais seja pelo volume gerado ou pelas dificuldades

de disposição final (FARIA, 2011).

Segundo Blumenschein (2007), a destinação inadequada dos resíduos de

processos construtivos contribui para o esgotamento de aterros sanitários haja vista

que tais resíduos chegam a perfazer mais de 50% do volume dos rejeitos

depositados em aterros. Além do mais, os entulhos podem provocar a obstrução do

sistema de drenagem urbana, e a proliferação de insetos e roedores, e não

raramente a contaminação de águas subterrâneas pela penetração através do solo

de metais de alta toxidade, sem contar com o desperdício de materiais recicláveis e

a poluição visual.

O Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos da construção da LT

buscará evitar todos esses problemas contribuindo assim para a redução do impacto

negativo da geração de resíduos sólidos sobre o meio ambiente urbano na área de

influência direta do empreendimento.

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69 Kv Juazeiro/Petrolina II

13

3.2.1.1 Lógica da intervenção

Quadro 2 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (FINS)

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos

OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores

Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação

Suposições Importantes

FIN

S

Obj

etiv

o S

uper

ior

O subprograma contribuirá para redução do impacto negativo da geração de resíduos sólidos sobre o meio ambiente urbano na área de influência direta do empreendimento.

Qualidade do aspecto visual do

meio ambiente nas frentes de obra em termos de limpeza,

higiene e organização

Registro fotográfico em relatórios de

acompanhamento do PGRCC.

O subprograma está restrito às frentes de obra da LT tendo

pouca influência sobre a geração de resíduos por outros agentes

nas adjacências do empreendimento.

Obj

etiv

o do

Sub

prog

ram

a

para

Ges

tão

de R

esíd

uos

(Ob

jeti

vo G

eral

) O propósito do subprograma é a minimização da geração de resíduos na fonte sendo executado por parte da construtora a correta segregação, manuseio, acondicionamento e destinação final dos resíduos.

Quantidade de resíduos gerados em

comparação com montante previsto no

planejamento do PGRCC.

Percentual de

alcance das metas do PGRC

Cópia do Relatório Final do PGRCC.

O empreendedor deve considerar no planejamento a compra de

insumos e materiais que geram menos resíduos, seja pela redução de embalagens descartáveis ou pelo seu potencial de reutilização.

Res

ult

ado

s E

sper

ado

s

(Ob

jeti

vos

Esp

ecíf

ico

s) 1. Plano de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil(PGRCC) elaborado pelo empreendedor.

2. PGRCC implantado corretamente pela construtora durante as obras sob supervisão do empreendedor.

3. Resíduos destinados corretamente pela construtora sob a supervisão do empreendedor.

PGRCC elaborado.

Percentual de não conformidade do

PGRCC

Percentual de destinação final adequada dos

resíduos.

Cópia do PGRCC aprovado.

Relatórios de inspeções.

Cadastro dos

Destinatários dos Resíduos

Os funcionários da empresa construtora devem assimilar em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais para a execução do PGRCC.

A existência de aterros sanitários

que processam resíduos de construção na região do

empreendimento é fundamental para o sucesso do PGRCC.

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14

Quadro 3 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (MEIOS)

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos

ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

ME

IOS

1. Caracterizar os resíduos que poderão ser gerados estabelecendo a classificação e as estratégias para o manuseio sustentável dos mesmos.

PGRCC elaborado. Cópia do PGRCC

aprovado.

Na concepção das estratégias de gerenciamento dos resíduos deve-se

considerar a priorização dos objetivos de um PGRS conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Tratar e

Disposição Final.

2. Implantar infraestruturas nas frentes de obra para execução do PGRCC (segregação, acondicionamento, coleta e transporte internos, armazenamento temporário, coleta e transporte externos, tratamento e disposição final).

Percentual dos equipamentos e ferramentas adquiridos em

conformidade com as prescrições do PGRCC.

Check list dos

equipamentos e ferramentas adquiridos que foram prescritos no

PGRCC.

Cadastro dos Destinatários dos

Resíduos e o Controle de Transporte de Resíduos

comprovando a destinação final.

Relatórios de inspeções.

Como não existe um canteiro de obra fixo deve-se priorizar a aquisição de

equipamentos e ferramentas (coletores, vassouras, pás, etc.) que sejam de fácil

manuseio e portáteis para facilitar a mobilidade dos mesmos nas frentes de

obras.

Os resíduos devem ser segregados e coletados nas frentes de obra se

posteriormente armazenados no galpão da empresa construtora em

conformidade com a Resolução CONAMA 275/2001 até atingirem volume considerável para serem transportado à destinação final.

3. Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PGRCC.

Percentual dos funcionários envolvidos na obra capacitados para

implantação do PGRCC

Relatórios das oficinas de treinamento.

Atas de frequência.

As oficinas de treinamento devem seguir as prescrições da Instrução Normativa do IBAMA 02/2012 e serão integradas

ao Programa de Educação Ambiental do PBA do empreendimento.

4. Monitorar periodicamente a execução do PGRCC

Quantidade de inspeções do PGRCC durante o tempo vigência

do plano. Relatórios de inspeções.

O cronograma previsto para execução do PGRCC é de 6 meses. Nesse

período estão previstas 4 inspeções mensais consecutivas. A periodicidade

poderá ser quinzenal e o número de inspeções poderá aumentar caso na

primeira supervisão sejam encontradas um número muito alto de não

conformidades (≥10%).

5. Elaborar relatório final de execução do PGRCC

Relatório Final do PGRCC elaborado.

Cópia do Relatório Final do PGRCC aprovado.

O Relatório Final deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados

esperados definidos no PGRCC na fase de planejamento.

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15

3.2.1.2 Resumo das atividades e metas

Quadro 4 – Atividades e metas do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos

DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES METAS

GERENCIÁVEIS

ME

IOS

ATIVIDADES - AÇÕES

Caracterizar os resíduos que poderão ser gerados estabelecendo a classificação e as estratégias para o manuseio sustentável dos mesmos.

Empreendedor. PGRCC elaborado. PGRCC aprovado.

Implantar infraestruturas nas frentes de obra para execução do PGRCC (segregação, acondicionamento, coleta e transporte internos, armazenamento temporário, coleta e transporte externos, tratamento e disposição final).

Empreendedor.

Percentual dos equipamentos e ferramentas adquiridos para execução do PGRCC em conformidade com as

prescrições do Plano.

100%

Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PGRCC.

Empreendedor. Percentual os funcionários envolvidos na obra capacitados para implantação

do PGRCC. 100%

Monitorar periodicamente a execução do PGRCC

Empreendedor. IBAMA.

Número inspeções do PGRCC durante o tempo vigência do plano

≥4

Elaborar relatório final de execução do PGRCC Empreendedor. Relatório Final do PGRCC elaborado. Relatório aprovado.

FIN

S

RESULTADOS ESPERADOS - PRODUTOS

Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil(PGRCC) elaborado pelo empreendedor.

Empreendedor. PGRCC elaborado. PGRCC aprovado.

PGRCC implantado corretamente pela construtora durante as obras sob supervisão do empreendedor.

Construtora e Empreendedor.

Percentual de alcance das metas do PGRCC em percentual

Percentual de não conformidade do

PGRCC

≥ 80%

≤10%

Resíduos destinados corretamente pela construtora sob a supervisão do empreendedor.

Construtora Percentual de destinação final

adequada dos Resíduos 100%

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16

3.2.1.3 Grupo-objetivo (público alvo)

Quadro 5 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos

Partes Interessadas Identificação Atribuições

EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e controlar o Subprograma por meio do PGRCC.

CONTRUTORA Majestosa Engenharia LTDA CNPJ: 11.942.836 0001-21

Executar o PGRCC sob direção e supervisão da CELPE.

Colaborar na mobilização dos

funcionários da obra engajando-os na execução do PGRCC.

TRASNPORTADORES/DESTINATÁRIOS

FINAIS

Aterro Sanitário de Petrolina – Empresa CTRP S.A

Papa EntulhoJanara Moreira Barbosa LTDA

Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Petrolina - COOMARCA

Cooperativa de Catadores de Petrolina - Renascer

COOPERFITZ - Cooperativa de Catadores de Materiais Reciclaveis de Juazeiro de Juazeiro/BA

Armazenar, transportar e fazer a destinação final conforme

normastécnicas específicas e diretrizes do PGRCC.

ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA

Aprovar o Subprograma no âmbito do licenciameto ambiental e fiscalizar a execução do PGRCC para fins de

controle ambiental do empreendimento.

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17

3.2.1.4 Cronograma

Quadro 6 – Cronograma de execução do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos

Atividades e Resultados Esperados COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Caracterizar os resíduos que poderão ser gerados estabelecendo a classificação e as estratégias para o seu manuseio

A ■

PGRCC elaborado R ■

Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PGRCC A ■

Implantar infraestruturas nas frentes de obra para execução do PGRCC A ■

PGRCC implantado corretamente pela construtora durante as obras sob supervisão do empreendedor.

R ■ ■ ■ ■ ■ ■

Monitorar periodicamente a execução do PGRCC A ■ ■ ■ ■

Resíduos destinados corretamente pela construtora sob a supervisão do empreendedor.

R ■ ■ ■ ■ ■ ■

Elaborar relatório final de execução do PGRCC A ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

3.2.1.5 Observações importantes

Na realização do prognóstico qualitativo e quantitativo dos resíduos que

podem ser gerados pelo empreendimento na fase de instalação da LT será levada

em consideração a classificação de resíduos sólidos de acordo com a Resolução

CONAMA 307/02 (Resíduos da Construção Civil) (Quadro 7).

Além da estimativa dos tipos e quantidades de resíduos que podem ser

gerados na obra, haverá a definição dos objetivos e estratégias para o manuseio dos

mesmos priorizando a redução, a reutilização e a reciclagem, optando como última

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

18

solução a disposição final conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS) e a própria CONAMA 307/02.

Quadro 7 – Classificação dos resíduos conforme Resolução CONAMA 307/2002

Classes Integrantes predominantes considerados

na composição gravimétrica Destinação

A Resíduos recicláveis como agregados, tijolos, blocos, telhas, argamassa, concreto, areia e pedra.

Reutilização ou reciclagem na forma de agregados, ou encaminhados às áreas deaterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

B Resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.

Reutilização/reciclagem ou encaminhamento às áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

C

Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam sua reciclagem ou recuperação.

Armazenamento, transporte edestinação final conforme normastécnicas específicas.

D Resíduos perigosos como tintas, solventes, óleos e amianto (ou qualquer material contaminado por estes).

Armazenamento, transporte,reutilização e destinação final conforme normas técnicasespecíficas.

Fonte: Adaptado de Lima e Lima (2009).

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19

Quadro 8 – Resíduos, classificação e destinação final previstas para a fase de instalação da LT

Resíduo Classificação

(CONAMA 307/02)

Manuseio e Destinação

Bobinas de madeira utilizadas para acondicionar

os cabos de energia. B

As bobinas serão devolvidas aos fornecedores para reutilização mediante logística reversa.

Resíduo Comum: Restos de alimentos, embalagens de

quentinhas e copos descartáveis, e de podas de

árvores.

B

Os resíduos serão segregados e coletados em recipientes específicos devidamente sinalizados nas frentes de obra.Serão depois transportados para o armazenamento temporário no galpão da construtora para posteriormente serem destinados ao Aterro Sanitário de Petrolina (CTR Petrolina).

Sobras de concreto e argamassa

A

Os resíduos serão segregados nas frentes de obra em recipientes específicos sendo recolhidos para o armazenamento temporário localizado no galpão da construtora (papa entulho) para serem posteriormente transportados para a Unidade de Beneficiamento de Entulhos do Aterro Sanitário de Petrolina (CTR Petrolina).

Equipamentos inservíveis de EPIs e EPCs,

embalagens plásticas e de papelão, sobras de estacas

metálicas e de madeira.

B

Após segregação nas frentes de obra e triagem no local de armazenamento temporário (galpão da construtora) os resíduos com potencial de reciclagem (papelão, plástico e metais) serão encaminhados para cooperativas de reciclagem existentes na região. O restante do material será destinado ao Aterro Sanitário de Petrolina (CTR Petrolina).

Fonte: Brainstorms com equipe de meio ambiente da CELPE.

A Figura 2 apresenta os elementos que serão considerados na elaboração do

PGRCC. Serão explicitadas no PGRCC a geração dos resíduos e as medidas a

serem tomadas para a sua segregação, acondicionamento, coleta e transporte além

da especificação dos destinos finais (cooperativas de reciclagem, aterros sanitários,

unidades de tratamento de entulhos, etc.).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

20

Figura 2 – Diagrama simplificado para o gerenciamento dos resíduos sólidos

Fonte: FRAGA (2011).

Na aquisição de coletores de resíduos, vassouras, pás, etc. serão utilizados

equipamentos portáteis e de fácil manuseio para facilitar a mobilidade dos mesmos

nas frentes de obras, haja vista que não haverá um canteiro de obra fixo. Todavia,

os resíduos coletados nas frentes de obras serão temporariamente armazenados de

forma segregada no galpão da empresa construtora até atingir volume considerável

para ser transportado à destinação final a ser indicada no PGRCC.

A capacitação da equipe responsável pela execução do PGRCC

(empreendedor) e demais trabalhadores da obra (construtora) será feita através de

oficina educativa que seguirá os indicativos metodológicos da educação ambiental

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

21

(ver descrição no Programa de Educação Ambiental). Além de abordar conteúdos

diretamente relacionados ao PGRCC, a oficina também tratará dos objetivos e

princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos e como estes podem ser

aplicados nas frentes de obra.

O próprio PGRCC na sua fase de elaboração estabelecerá os aspectos

práticos dessa atividade: instrutoria, local de capacitação e data. A meta para essa

atividade é a capacitação de 100% da equipe e funcionários envolvidos na obra em

torno de 40 a 50 pessoas. Para esse quantitativo de pessoas a realização de uma

oficina educação ambiental com carga horária de 8 horas (um dia de trabalho) seria

o suficiente para os objetivos aqui propostos.

Quadro 9 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PGRCC

Objetivos pedagógicos Conteúdo Metodologia Avaliação da

Aprendizagem

Compreender os conceitos e a classificação dos resíduos sólidos para efeito de sua gestão; Reconhecer os principais aspectos legais relacionados à gestão dos resíduos sólidos; Identificar as etapas e procedimentos para implantação do PGRCC; Identificar oportunidades e desafios para o estabelecimento de responsabilidades relacionadas ao gerenciamento de resíduos.

O problema dos resíduos sólidos e seus impactos socioambientais; Conceitos e Classificação dos Resíduos Sólidos (quanto à origem, tipo de resíduo, composição química e periculosidade/ NBR 10.004:2004 e CONAMA 307/02); Princípios e Objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos; Etapas e processos do PGRCC.

Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo.

Aplicação de questionário com respostas objetivas; Exposição oral das lições aprendidas (avaliação dialógica).

Fonte: Barros (2014).

O empreendedor fará inspeções periódicas para verificar se a execução do

PGRCC por parte da empresa construtora está sendo realizada conforme prescrito

no plano. Estão previstas no mínimo 4 inspeções mensais consecutivas (meta

gerenciável). Essa periodicidade poderá ser aumentada e realizada quinzenalmente

caso na primeira supervisão sejam encontradas um número muito alto de não

conformidades (≥10%).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

22

A execução do PGRCC ocorrerá durante todo o processo de construção da

LT com previsão de seis meses de duração. Após esse período de vigência o

empreendedor deverá elaborar o Relatório Final evidenciando o alcance dos

objetivos e resultados esperados definidos no PGRCC na fase de planejamento e

apresentar o Cadastro dos Destinatários dos Resíduos e o Controle de Transporte

de Resíduos (Figuras 3 e 4).

Figura 3 – Modelo de Cadastro de Destinatário de Resíduos

Fonte: Pinto (2005)

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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23

Figura 4 – Modelo de Formulário de Controle de Transporte de Resíduos (CTR)

Fonte: Pinto (2005)

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

24

3.2.2 Subprograma para Controle de Processos Erosivos (Erosão Zero)

Processos erosivos iniciam quando água e ventos desagregam solo e

partículas de rocha da superfície da terra. Após a desagregação, partículas de solo

são transportadas pelo ar e pela água sendo remanejadas para outros lugares

podendo causar impactos negativos sobre cursos d’águas e comunidades bióticas

adjacentes ou distantes do ponto onde se originou a erosão (GOLDMAN et al.,

1986).

O Subprograma para Controle de Processos Erosivos a ser implantado

durante a fase de implantação da Linha de Transmissão 69 Kv Juazeiro II Petrolina

II, buscará identificar e caracterizar as áreas naturalmente suscetíveis à erosão e

aquelas que poderão sofrer processos erosivos em decorrência das atividades da

obra. Também buscará apresentar, caso necessário, as medidas cabíveis para

estabilização das áreas fragilizadas e para prevenção de novas ocorrências, visando

o controle de tais processos.

De forma preliminar já é possível identificar dentro da Área Diretamente

Afetada (ADA) do empreendimento três áreas aonde vem ocorrendo processos

erosivos (Figura 5).

A primeira área encontra-se no município de Juazeiro/BA antes do ponto da

travessia do Rio São Francisco (Figura 5 segmento E-F). A área constitui-se num

terreno amplamente aberto e plano destinado à construção de casas (loteamento),

praticamente sem cobertura vegetal, composto na sua maior parte por material de

aterro associado a solo do tipo litólico bastante comum na região. Devido à baixa

declividade (em torno de 0 a 5%) e a ausência de cobertura vegetal no solo o

processo erosivo predominante é do tipo eólico laminar apresentando baixo nível de

degradação. A referida área situa-senas coordenadas geográficas

9°26’49.34”S/40°31’54.82”O e 9°26’40.46”S/40°32’28.09”O (Figura 6).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

25

Figura 5 – Localização preliminar das áreas com existência de processos erosivos

Fonte: Adaptado de Souza Barros Consultoria em Sustentabilidade (2014).

Figura 6 – Aspecto do solo da Área E-F do traçado diretriz da LT com processo erosivo pré-existente.

Foto: André Barros (Julho de 2014).

A segunda área situa-se na ilha do Maroto às margens sul da pequena ilhota.

Trata-se de erosão fluvial sobre um pequeno talude da ilha ocasionando a formação

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

26

de colúvios e depósitos marginais de encostas cujos sedimentos vão sendo

carreados gradativamente pelo rio (Figura 7).

Figura 7 – Processo erosivo existente na ilha do Maroto no Rio São Francisco, Petrolina/PE

Foto: André Barros (Julho de 2014).

Na Figura 5 essa área corresponde ao segmento F-G (travessia). Como

discorrido nos estudos de viabilidade ambiental do empreendimento realizados

anteriormente (SOUZA BARROS CONSULTORIA, 2014) o empreendimento deve

evitar o acesso à ilha por esta área para evitar entre outras coisas a intensificação

de tais processos erosivos. Mesmo sabendo que não haverá nenhuma interferência

direta da obra nesse trecho da ilha, a área será objeto de monitoramento por parte

do empreendedor.

A terceira área situa-se dentro do segmento G-H (Figura 5) numa das

margens direita da Av. Juiz de Fora (sentido ilha do Rodeadouro, Rio São Francisco,

Petrolina/PE) nas coordenadas geográficas 9°25'24.47"S e 40°32'56.36"O. O

processo erosivo no solo ocasionado pela ausência de cobertura vegetal inicia-se

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

27

numa propriedade privada adjacente à rodovia. A área em processo de erosão situa-

se em nível planimétrico mais baixo do que estrada e expande-se atingindo a faixa

de domínio da rodovia. O solo possui aspecto argilo-arenoso totalmente exposto as

ações da chuva e do vento (Figura 8).

Figura 8 – Processo erosivo existente na Estrada do Rodeadouro sentido Rio São Francisco, Petrolina/PE

Foto: André Barros (Julho de 2014).

Essas três áreas deverão ter uma atenção especial dentro do Subprograma

de controle da erosão para que tais processos erosivos não sejam intensificados

pelo empreendimento e também, que os mesmos não venham pôr em risco a

segurança e operacionalidade das torres e demais estruturas da LT ou atingir áreas

limítrofes.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

28

3.2.2.1 Lógica da intervenção

Quadro 10 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (FINS)

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Controle de Processos Erosivos

OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL

Lógica da Intervenção Indicadores

Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação

Suposições Importantes

FIN

S

Obj

etiv

o S

uper

ior O subprograma contribuirá para

prevenção do impacto negativo relacionado à intensificação de processos erosivos na Área Diretamente Afetada do empreendimento.

Conservação e melhoria do aspecto visual dos solos nas na Área Diretamente Afetada

do empreendimento.

Registro fotográfico em relatórios de

acompanhamento do Subprograma

mostrando as áreas de solo diretamente

afetadas pela obra antes e depois das

intervenções.

O subprograma está restrito às frentes de obra da LT tendo pouca influência sobre os

processos erosivos existentes fora de Área Diretamente Afetada

do empreendimento.

Obj

etiv

o do

Sub

prog

ram

a

(Ob

jeti

vo G

eral

)

O propósito do subprograma é a neutralização dos processos erosivos relacionados ao empreendimento (Erosão Zero) através de medidas preventivas e corretivas executadas pela Construtora sob direção e supervisão do Empreendedor.

Neutralização dos processos erosivos relacionados ao

empreendimento ao longo do traçado e das frentes de obra

da LT.

Cópia do Relatório Final do PACE.

O empreendedor deve evitar ao máximo possível a instalação

direta da LT em áreas diagnosticadas com processos

avançados de erosão.

Res

ult

ado

s E

sper

ado

s (O

bje

tivo

s E

spec

ífic

os)

1. Diagnóstico dos locais com processos erosivos e das áreas suscetíveis à erosão dentro da Área Diretamente Afetada elaborado pelo empreendedor.

2. Plano de Ação de Controle da Erosão (PACE) elaborado pelo empreendedor.

3. PACE implantado

corretamente pela construtora durante as obras sob direção e supervisão do empreendedor.

Diagnóstico dos processos erosivos elaborado.

PACE elaborado.

Percentual de sucesso das

medidas de neutralização dos processos erosivos

relacionados ao empreendimento.

Cópia do Diagnóstico aprovado.

Cópia do PACE

aprovado.

Relatórios de monitoramento e

execução do PACE.

O diagnóstico deve graduar os riscos das áreas suscetíveis à

erosão considerando os seguintes critérios: topografia, drenagem

natural, tipo de solo, cobertura do solo, áreas adjacentes e

requisitos legais.

O PACE deve priorizar a prevenção, reduzindo ao máximo

possível o uso de ações corretivas.

Os funcionários da empresa

construtora devem assimilar em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais

para a execução do PACE.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

29

Quadro 11 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (MEIOS)

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Controle de Processos Erosivos

ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

ME

IOS

Identificar e mapear as áreas mais suscetíveis à erosão na faixa de servidão do empreendimento.

Diagnóstico elaborado. Cópia do Diagnóstico.

Para os pontos identificados como suscetíveis deve ser mensurado o grau de risco à erosão para que seja estabelecida a priorização das

intervenções.

Identificar eventuais processos erosivos na faixa de servidão do empreendimento.

Diagnóstico elaborado. Cópia do Diagnóstico.

Para os pontos identificados com processos pré-existentes de erosão devem ser avaliados

os riscos que estes exercem sobre o empreendimento e os riscos que o

empreendimento exerce sobre eles em termos de intensificação.

Planejar medidas e soluções técnicas para neutralizar os processos erosivos previstos e identificados.

Plano de Controle de Erosão elaborado.

Cópia do PACE Com base no diagnóstico, o planejamento deve priorizar a prevenção, reduzindo ao

máximo possível o uso de ações corretivas.

Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PACE.

Percentual dos funcionários envolvidos na obra capacitados para

implantação do PACE.

Relatórios das oficinas de treinamento.

Atas de frequência.

As oficinas de treinamento devem seguir as prescrições da Instrução Normativa do IBAMA 02/2012 e serão integradas ao

Programa de Educação Ambiental do PBA do empreendimento.

Implantar e monitorar as medidas de neutralização dos processos erosivos prescritas no PACE.

Percentual de sucesso das medidas de neutralização dos processos

erosivos relacionados ao empreendimento

Percentual de realização das medidas de controle da erosão com relação ao

planejado.

Percentual de realização das inspeções com relação ao planejado.

Relatórios de inspeções;

Relatório Final do PACE.

A periodicidade das inspeções poderá aumentar caso na primeira supervisão sejam verificadas não efetividade das

ações.

Elaborar relatório final de execução do PACE

Relatório Final do PACE elaborado Cópia do Relatório Final do

PACE aprovado.

O Relatório Final deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados

definidos no PACE na fase de planejamento.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

30

3.2.2.2 Resumo das atividades e metas

Quadro 12 – Atividades e metas do Subprograma para o Controle de Processos Erosivos

DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES METAS

GERENCIÁVEIS

ME

IOS

ATIVIDADES - AÇÕES

Identificar e mapear as áreas mais suscetíveis à erosão na faixa de servidão do empreendimento.

Empreendedor. Diagnóstico elaborado. Diagnóstico aprovado.

Identificar eventuais processos erosivos na faixa de servidão do empreendimento.

Empreendedor. Diagnóstico elaborado. Diagnóstico aprovado.

Planejar medidas e soluções técnicas para neutralizar os processos erosivos previstos e identificados.

Empreendedor. Plano de Controle de Erosão (PACE)

elaborado. PACE aprovado.

Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PACE.

Empreendedor. Percentual dos funcionários

envolvidos na obra capacitados para implantação do PACE.

100%

Implantar e monitorar as medidas de neutralização dos processos erosivos prescritas no PACE.

Empreendedor e Construtora

Percentual de sucesso das medidas de neutralização dos processos

erosivos relacionados ao empreendimento

Percentual de realização das

medidas de controle da erosão com relação ao planejado.

Percentual de realização das

inspeções com relação ao planejado.

100%

Elaborar relatório final de execução do PACE Empreendedor. Relatório final elaborado. Relatório final

aprovado.

FIN

S

RESULTADOS ESPERADOS

Diagnóstico dos locais com processos erosivos e das áreas suscetíveis à erosão dentro da Área Diretamente Afetada elaborado pelo empreendedor.

Empreendedor. Diagnóstico dos processos erosivos

elaborado. Diagnóstico aprovado.

Plano de Ação de Controle da Erosão (PACE) elaborado pelo empreendedor.

Empreendedor. PACE elaborado. PACE aprovado.

PACE implantado corretamente pela construtora durante as obras sob direção e supervisão do empreendedor

Construtora

Percentual de sucesso das medidas de neutralização dos processos

erosivos relacionados ao empreendimento.

100%

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

31

3.2.2.3 Grupo-objetivo (público alvo)

Quadro 13 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Controle dos Processos Erosivos

Partes Interessadas Identificação Atribuições

EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e controlar o Subprograma por meio do PACE.

CONTRUTORA Majestosa Engenharia LTDA CNPJ: 11.942.836 0001-21

Executar o PACE sob direção e supervisão da CELPE.

Colaborar na mobilização dos

funcionários da obra engajando-os na execução do PACE.

ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA

Aprovar o Subprograma no âmbito do licenciameto ambiental e fiscalizar a

execução do PACE para fins de controle ambiental do

empreendimento.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

32

3.2.2.4 Cronograma

Quadro 14 – Cronograma de execução do Subprograma para Controle de Processos Erosivos

Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Identificar e mapear áreas mais suscetíveis à erosão A ■

Identificar processos erosivos na faixa de servidão A ■

Diagnóstico elaborado pelo empreendedor. R ■

Planejar medidas e soluções técnicas para neutralizar os processos erosivos

A ■

Plano de Ação de Controle da Erosão (PACE) elaborado pelo empreendedor.

R ■

Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PACE A ■

Implantar e monitorar as medidas de neutralização dos processos erosivos na obra

A ■ ■ ■ ■ ■ ■

PACE implantado corretamente pela construtora R ■

Elaborar relatório final de execução do PACE A ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

3.2.2.5 Observações importantes

Com base no diagnóstico dos processos erosivos e das áreas suscetíveis à

erosão na Área Diretamente Afetada do empreendimento, será elaborado o Plano de

Ação para Controle de Erosão (PACE) descrevendo em detalhes os processos

erosivos existentes e prognosticados juntamente com as medidas e soluções

técnicas a serem adotadas para neutralização da erosão para cada caso

diagnosticado.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

33

O PACE irá, com base no diagnóstico, priorizar o levantamento de ações

preventivas para reduzir significativamente o uso de ações corretivas. O Plano de

Ação para Controle de Erosão (PACE) será o principal instrumento deste

Subprograma.

É importante salientar que para o sucesso do PACE em termos de

implantação é fundamental que os funcionários da empresa construtora assimilem

em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais para a sua

execução. Para isso, o estabelecimento de processo educativo focado na questão

dos processos erosivos relacionado à obra é essencial.

Essa atividade consiste na realização de oficina de educação ambiental

integrada ao Programa de Educação Ambiental do Programa Básico Ambiental do

empreendimento estando sobre a responsabilidade do empreendedor. O próprio

PACE definirá os aspectos operacionais dessa atividade: instrutoria, local de

capacitação e data. A meta para essa atividade é a capacitação de 100% dos

trabalhadores envolvidos na obra (cerca de 40 a 50 pessoas). Para esse quantitativo

de pessoas uma oficina de educação ambiental com carga horária de 8 horas (um

dia de trabalho) seria o suficiente para abordar os conteúdos e conhecimentos

básicos necessários à execução do PACE.

Quadro 15 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PACE

Objetivos pedagógicos Conteúdo Metodologia Avaliação da

Aprendizagem

Ao final da oficina os participantes deverão:

Compreender o conceito de solo e sua importância ecológica, social e econômica;

Conhecer as conseqüências do uso e manejo inadequados do solo sobre a capacidade do mesmo em cumprir com suas múltiplas funções;

Entender o que são processos erosivos do solo identificando aqueles que estão relacionados à obra.

Aprender a utilizar as técnicas de controle dos processos erosivos no âmbito da obra.

Conhecer a legislação brasileira referente ao uso e manejo de solos.

Aspectos conceituais do solo; Importância da conservação do solo; Processos erosivos do solo. Técnicas para controle de processos erosivos na obra. Legislação brasileira relativa ao uso e conservação de solos.

Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo. Atividade prática de campo.

Aplicação de questionário com respostas objetivas; Exposição oral das lições aprendidas (avaliação dialógica).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

34

No processo de implantação o PACE irá incorporar as seguintes medidas de

prevenção e controle da erosão, cujas técnicas serão detalhadas no próprio plano.

São elas:

Remoção e armazenagem adequada do solo fértil de áreas que serão

escavadas, para sua posterior recuperação;

Remoção e estocagem do material vegetal e do horizonte superficial do solo;

Manutenção da vegetação herbácea nas áreas de depósito de materiais ao ar

livre;

Construção e manutenção das canaletas limpas e desobstruídas, permitindo o

escoamento e a dispersão normal das águas pluviais;

Correção de drenagem superficial em áreas com intervenção no solo;

Construção de taludes quando necessários obedecendo às normas técnicas

mantendo proteção adequada para sua estabilidade;

Construção de caixas de dissipação, para reduzir a energia da água de

escoamento superficial, onde for necessário;

Construção de estruturas de proteção nas bases das torres, onde for

necessário.

Manutenção da vegetação herbácea e arbustiva, sempre que possível. Quando

houver a necessidade de se efetuar a limpeza e a raspagem, o solo removido

será armazenado para posterior utilização na recomposição da área degradada

ou das áreas nas bases das torres.

O PACE será executado durante todo o processo de construção da LT sendo

formalmente finalizado com o término da obra e apresentação de Relatório Final

evidenciando o alcance dos objetivos e resultados esperados definidos no plano de

ação.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

35

3.2.3 Subprograma para Emergências Ambientais e Acidentes de Trabalho

Esse Subprograma estabelece as diretrizes para atendimento a emergências

ambientais e acidentes de trabalho no âmbito da construção e montagem da linha de

transmissão objeto deste Programa Básico Ambiental.

3.2.3.1 Lógica da intervenção

A implantação desse subprograma contribuirá para a identificação dos

cenários emergenciais (situação crítica, acontecimento perigoso ou incidente)

capazes de desencadear processos de emergência e a proposição de ações e

procedimentos para contingência, mitigação e prevenção de acidentes na fase de

instalação da linha de transmissão.

Quadro 16 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (FINS)

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho

OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente

Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes

FIN

S

Obj

etiv

o

Sup

erio

r

O programa contribuirá a identificação de cenários emergenciais apoiando o desenvolvimento de boas práticas capazes de reduzir os riscos de acidentes ambientais e de trabalho.

PAE testado e aprovado (mediante simulação).

Cópia do Plano de Atendimento a

Emergências (PAE) aprovado.

O empreendimento possui baixo potencial de impacto ambiental, mas isto não o isenta de tomar medidas contingentes para dar respostadas adequadas a prováveis acidentes

ambientais e de trabalho.

Obj

etiv

o do

S

ubpr

ogra

ma

(Ob

jeti

vo G

eral

) Empreendedor e Construtora são dotadas de procedimentos e instrumentos para prestar atendimento rápido e eficaz às emergências ambientais e acidentes de trabalho.

O potencial de atendimento à saúde ofertado pelos municípios localizados

no entorno do traçado das LT é de suam importância para definição da abrangência do PAE e garantir uma

melhor resposta aos acidentes casos estes ocorram.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

36

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho

OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente

Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes

Res

ult

ado

s E

sper

ado

s (O

bje

tivo

s

Esp

ecíf

ico

s)

1. O Plano de Atendimento a Emergências (PAE)elaborado pelo Empreendedor para a fase de instalação da LT.

2. Empresa construtora

capacitada para execução do PAE.

PAE elaborado. Cópia do PAE aprovado.

O potencial de atendimento à saúde ofertado pelos municípios localizados

no entorno do traçado das LT deve ser cuidadosamente levantado para

garantir melhor segurança e confiabilidade aos procedimentos de

emergência.

Os funcionários da empresa construtora devem assimilar em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais para execução do

PAE caso os acidentes ocorram.

Quadro 17 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS)

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho

ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

ME

IOS

Realizar Análise Preliminar de Riscos identificando possíveis cenários de acidentes ambientais e de trabalho.

APR elaborada. Cópias da APR e do PAE.

Para cada cenário identificado deverão ser definidas as estratégias e medidas de resposta por parte do empreendedor,

construtora e demais partes interessadas que compõem o Grupo-Objetivo do Subprograma.

Pesquisaras condições de atendimento da rede hospitalar da localidade e infraestrutura disponível a ser acionada em caso de acidentes (Corpo de Bombeiros, SAMU, órgãos ambientais, etc.).

Diagnóstico qualitativo e quantitativo elaborado.

Cópia do diagnóstico. Nesse processo deve ser levada em consideração a acessibilidade nas

unidades de saúde mapeadas.

Elaborar o plano de atendimento de emergência e fluxogramas.

PAE elaborado. Cópia do PAE

O fluxo de comunicação entre os trabalhadores da LT, gerência de LT e a

equipe multiprofissional (saúde, segurança e qualidade de vida) do

empreendedor é de suma importância para o sucesso dessa atividade.

Adquirir kits padronizados de primeiros socorros e de emergências ambientais

Percentual dos kits adquiridos em conformidade com as prescrições do

PAE.

Check list dos kits adquiridos.

Funcionários deverão ser responsabilizados pela guarda dos kits e devidamente treinados para o manuseio

dos mesmos.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

37

PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho

ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

Planejar e executar treinamentos e simulações

Percentual de equipe e funcionários da obra treinados (teoria e prática)

para execução do PAE.

Relatórios de treinamento e de simulações.

Nas simulações é importante a integração com equipes de resgate

externas (Bombeiro, SAMU e outros).

Os treinamentos farão parte do Programa de Educação Ambiental do

PBA.

Elaborar e divulgar relatório final dos eventos estabelecendo estratégia protocolar para atendimento de vítimas e acidentes ambientais.

Relatório final elaborado. Cópia do Relatório Final do

PAE. O relatório deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados no PAE.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

38

3.2.3.2 Resumo das atividades e metas

Quadro 18 – Atividades e metas do Subprograma para Emergências Ambientais

DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES METAS

GERENCIÁVEIS

ME

IOS

ATIVIDADES

Realizar Análise Preliminar de Riscos identificando possíveis cenários de acidentes ambientais e de trabalho.

Empreendedor. APR elaborada. APR aprovada.

Pesquisar as condições de atendimento da rede hospitalar da localidade e infraestrutura disponível a ser acionada em caso de acidentes (Corpo de Bombeiros, SAMU, órgãos ambientais, etc.).

Empreendedor. Diagnóstico qualitativo e quantitativo

elaborado. Diagnóstico aprovado.

Elaborar o plano de atendimento de emergência e fluxogramas.

Empreendedor. PAE elaborado. PAE aprovado.

Adquirir kits padronizados de primeiros socorros e de emergências ambientais

Empreendedor. Percentual dos kits adquiridos em

conformidade com as prescrições do PAE.

100%

Planejar e executar treinamentos e simulações Empreendedor e

Construtora.

Percentual de equipe e funcionários da obra treinados (teoria e prática) para

execução do PAE. 100%

Elaborar e divulgar relatório final dos eventos estabelecendo estratégia protocolar para atendimento de vítimas e acidentes ambientais.

Empreendedor. Relatório final elaborado. Relatório aprovado.

FIN

S

RESULTADOS ESPERADOS

O Plano de Atendimento a Emergências (PAE) elaborado pelo Empreendedor para a fase de instalação da LT.

Empreendedor.

PAE elaborado. PAE testado e aprovado (mediante simulação).

Empresa construtora capacitada para execução do PAE. Construtora.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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39

3.2.3.3 Grupo-objetivo (público alvo)

Quadro 19 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Emergências Ambientais

Partes Interessadas Identificação Atribuições

EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e controlar

o Subprograma por meio do PAE.

CONTRUTORA Majestosa Engenharia LTDA CNPJ: 11.942.836 0001-21

Executar o PAE sob direção e supervisão da CELPE.

Colaborar na mobilização dos

funcionários da obra engajando-os na execução do PAE

ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA

Aprovar o Subprograma no âmbito do licenciameto ambiental e fiscalizar a

execução do PAE para fins de controle ambiental do

empreendimento.

OUTRAS ORGANIZAÇÕES

INTERVENIENTES

Hospitais públicos e privados, serviços do SAMU, Corpo de Bombeiros, defesa civil e

órgãos ambientais de Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Integração e apoio ao PAE.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

40

3.2.3.4 Cronograma

Quadro 20 – Cronograma de execução do Subprograma para Emergências Ambientais

Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Realizar Análise Preliminar de Riscos e a identificação de cenários de emergência A ■

Pesquisar as condições de atendimento da rede hospitalar local disponível A ■

Elaborar o plano de atendimento de emergência e fluxogramas A ■

O Plano de Atendimento a Emergências (PAE) elaborado R ■

Adquirir kits padronizados de primeiros socorros e de emergências ambientais A ■

Planejar e executar treinamentos e simulações A ■ ■

Empresa construtora capacitada para execução do PAE R ■

Elaborar e divulgar relatório final dos eventos do PAE A ■ ■ ■ ■ ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

3.2.3.5 Observações importantes

O Subprograma será operacionalizado por meio de seu instrumento técnico-

normativo: O Plano de Atendimento a Emergências – PAE (acidentes ambientais e

de trabalho).

É importante salientar que o empreendedor possui Política de Saúde e

Segurança que abrange todas as suas operações ainda que realizadas de forma

terceirizada, haja vista que todas as empresas contratadas são obrigadas

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

41

contratualmente a prestarem seus serviços dentro das normas brasileiras de

segurança do trabalho aplicando assim, procedimentos preventivos para redução

dos riscos de acidentes ambientais e laborais.

A disseminação na comunidade da responsabilidade pelas ações preventivas

quanto aos riscos decorrentes da linha de transmissão será feita mediante

campanhas de comunicação social, objeto de programa a ser discutido

posteriormente neste PBA.

Quadro 21 – Política de Saúde e Segurança do Grupo NEOENERGIA/CELPE

Política de Saúde e Segurança da CELPE

1. Adotar a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, a redução dos riscos ambientais e a otimização da qualidade de vida dos seus empregados, como diretrizes empresariais permanentes.

2. Projetar, construir, manter e operar suas instalações de forma a assegurar a integridade física dos empregados, próprios e das empresas prestadores de serviço, e da comunidade em geral.

3. Exigir que o padrão de serviço, bem como o controle de risco de acidentes, e doenças ocupacionais das empresas

prestadoras de serviços sejam equivalentes aos praticados na CELPE.

4. Disseminar na comunidade a responsabilidade pelas ações preventivas quanto aos riscos decorrentes da energia elétrica através de campanhas permanentes.

5. Garantir aos empregados próprios e de empresas prestadoras de serviços, o direito de recusa e de

interrupção de suas tarefas, sempre que constatadas evidências de riscos graves e iminentes para suas saúde e segurança pessoal, ou para terceiros.

6. Cumprir a legislação vigente, as Normas Regulamentadoras- NR’s e os preceitos internos aplicáveis.

Apesar da aplicação de padrões, normas e procedimentos de segurança,

acidentes podem ocorrer (eventos não-planejados que provocam impactos ao meio

ambiente e à saúde humana, geralmente infringindo a legislação e gerando

insatisfação de partes interessadas).

Segundo Pereira (2014) e Lima (2012) é preciso elencar os acidentes

ambientais e laborais mais prováveis na fase de instalação de uma linha de

transmissão, para que sobre esses cenários seja dada uma maior atenção na

prevenção e na adoção de respostas emergenciais. O Quadro 17 apresenta uma

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

42

descrição resumida dos tipos de acidentes que podem ocorrer na instalação de uma

LT caso medidas preventivas não sejam aplicadas ou venham a falhar.

Quadro 22 – Acidentes predominantes na fase de construção de uma linha de transmissão

PRINCIPAIS CAUSAS ACIDENTES POSSÍVEIS IMPACTOS

Pode ocorrer nas etapas de escavação do solo, na operação de

máquinas e equipamentos, e na geração e disposição não adequada

de resíduos sólidos.

Derramamentos de combustíveis, óleos e graxas e/ou de óleos de

arrefecimento. Contaminação do solo

Aumento da intensidade do trânsito e velocidade dos veículos

relacionados às obras, com destaque para a circulação de

veículos pesados.

Más condições das estradas e acostamentos, e condições

adversas do trânsito.

Comportamento inadequado no trânsito.

Colisões, atropelamentos e queda de materiais e equipamentos na

estrada com veículo em movimento.

Obstrução do trânsito, danos ao patrimônio, lesões físicas e morte.

Alterações sobre os ambientes naturais (poda e capinação) podem acarretar fuga da fauna aumentado

do risco de exposição dos trabalhadores e população vizinha a

animais peçonhentos.

Acidente com animais peçonhentos (serpentes, aranhas, escorpiões,

lacraias, vespas e abelhas)

Lesões físicas, danos à saúde e morte.

Falhas na aplicação dos procedimentos e equipamentos de

segurança.

Rompimento de cabos, queda de equipamentos e peças, queda de trabalhadores, poste e torre no

momento da instalação.

Danos materiais ao sistema e as ocupações na faixa de LT, lesões

físicas e morte.

Fonte: Adaptado de Pereira (2014) e Lima (2012).

A empresa contratada deverá manter uma postura permanente de previsão e

antecipação das emergências ambientais, atuando em todas as atividades e áreas

da construção.

O relacionamento com as comunidades e autoridades locais deve constituir

atividade permanente de gerenciamento, visando difundir e divulgar informações

sobre o empreendimento, sua aplicação e benefícios, bem como as diretrizes e

políticas ambientais aplicadas na construção.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

43

Para garantir o correto atendimento a emergências, o Plano de Atendimento a

Emergências (PAE) será o instrumento gerencial contendo os seguintes elementos

essenciais:

A descrição das ações a serem tomadas em caso de emergência;

O fluxo de comunicação entre os responsáveis;

Os materiais disponíveis para o atendimento à emergência e recursos

adicionais que possam ser utilizados;

Contatos com instituições de apoio existentes a até 10 km de distância

dos extremos da obra (hospitais, corpo de bombeiros, defesa civil,

órgão ambiental ou outros).

O plano de emergência também explicitará as responsabilidades dos

envolvidos na situação (brigada de emergência, gestores de meio ambiente e

segurança, gerência do projeto, etc.), bem como a descrição dos treinamentos a

serem ministrados, incluindo a realização de exercícios simulados.

O PAE será divulgado a todos os colaboradores, e mantido em local de fácil

consulta aos envolvidos. Além do mais as empresas contratadas deverão atender às

exigências legais vigentes durante a execução da obra/serviços, sobre segurança

em construção, com destaque para a Portaria 3.214 de 08/06/78 do Ministério do

Trabalho, que trata sobre as Normas Regulamentadoras (NR) sobre Segurança e

Medicina do Trabalho.

No que concerne à resposta às emergências, o colaborador detentor de cargo

mais elevado, que estiver presente, assumirá a responsabilidade da resposta,

ficando ao seu dispor:

A prioridade de uso dos equipamentos de comunicação disponíveis na obra;

A prioridade no uso do ambulatório médico e seus equipamentos, inclusive

ambulâncias;

A prioridade para requisição do pessoal especializado responsável pela

segurança ambiental e segurança no trabalho;

A prioridade para requisição da brigada de incêndio;

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

44

A prioridade do uso dos veículos leves para transporte de pessoal e

equipamentos de socorro.

3.3 Programa de Comunicação Social

Manter as partes interessadas informadas acerca da implantação do projeto e

suas interferências visando minimizar os possíveis transtornos que a obra possa

acarretar a todos é algo essencial para fortalecer a participação e o controle social

sobre o empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental.

A efetiva participação social demanda um processo sistemático e planejado

para que haja troca de informações e difusão de conhecimentos entre as partes

envolvidas. Dessa forma, o Programa de Comunicação Social visa à disponibilização

contínua de informações e a criação de canais e ferramentas permanentes de

comunicação para o diálogo entre empreendedor e sociedade.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

45

3.3.1 Lógica da intervenção

Quadro 23 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Comunicação Social (FINS)

PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente

Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes

FIN

S

Obj

etiv

o

Sup

erio

r

O programa contribuirá para o fortalecimento da participação e do controle social do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental.

Percentual de partes interessadas identificadas que

conhecem e participam de alguma forma da comunicação

social do projeto.

Nível de satisfação das partes interessadas com relação ao

acesso às informações sobre o empreendimento e seus programas ambientais.

Relatórios das ações realizadas do PCS.

Relatórios das pesquisas

de satisfação.

Todas as partes interessadas deverão ser identificadas, mapeadas e

cadastradas no âmbito do PCS.

Uma pesquisa deverá ser feita para verificar e evidenciar o percentual de participação das partes interessadas na comunicação do projeto e o grau

de satisfação no acesso à informação.

Partes interessadas no projeto são pessoas e organizações ativamente

envolvidas no projeto ou cujos interesses podem ser afetados como resultado da execução ou do término

do projeto. Eles podem também exercer influência sobre os objetivos e

resultados do projeto.

Obj

etiv

o do

Sub

prog

ram

a

(Ob

jeti

vo G

eral

)

As partes interessadas são mantidas informadas acerca da implantação do projeto através de canais permanentes de comunicação e participação social.

Res

ult

ado

s E

sper

ado

s

(Ob

jeti

vos

Esp

ecíf

ico

s)

1. Partes interessadas são identificadas e cadastradas.

2. Planos de Comunicação

Social implantados considerando as particularidades das partes interessadas cadastradas.

3. Canais e métodos de

comunicação são estabelecidos considerando as particularidades dos planos de comunicação social estabelecidos.

Percentual de partes interessadas identificadas

efetivamente cadastradas no PCS.

Percentual dos Planos de

Comunicação Social efetivamente implantados.

Percentual dos canais de comunicação social efetivamente

estabelecidos.

Cadastro atualizado das partes interessadas.

Relatórios das ações do

PCS.

Dentre os conteúdos básicos a serem abordados no processo de

comunicação social, devem ser destacados: Os benefícios do

empreendimento para o desenvolvimento socioeconômico da

região e os riscos ambientais do mesmo, especialmente no que

concerne aos riscos de acidentes elétricos sobre a população do entorno abordando, assim, as

medidas de prevenção e de respostas emergenciais a serem aplicadas junto

com as comunidades.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

46

Quadro 24 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS)

PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

ME

IOS

Realizar pesquisa para identificação e cadastro de todas as partes interessadas do projeto com objetivo de criar canais de comunicação social.

Percentual de partes interessadas identificadas efetivamente cadastradas

no PCS.

Cópia do Cadastro de Identificação das Partes

Interessadas

A pesquisa a ser realizada não se constitui mero cadastro de informações, mas,

sobretudo, um diagnósticos das peculiaridades de cada parte interessada

visando identificar posteriormente os melhores métodos e estratégias de

comunicação social para cada público-alvo.

Planejar ações de comunicação social com base no cadastro das partes interessadas identificadas.

Cobertura de atendimento dos planos de comunicação social sobre as partes

interessadas cadastradas.

Cópias dos planos de comunicação social.

É importante estabelecer canais proativos de comunicação social para

além dos reativos. Para isso o empreendedor deve planejar eficazmente a comunicação.

Estabelecer os canais e métodos necessários para execução dos planos de comunicação social (materiais informativos).

Percentual dos canais de comunicação social efetivamente

estabelecidos.

Relatórios das ações do PCS.

Os canais e métodos de comunicação (proativos e reativos) devem levar em

consideração as peculiaridades de cada parte interessada em acessar e usar a informação. A elaboração de materiais

informativos deve seguir as diretrizes da Instrução Normativa do IBAMA 02/2012.

Executar os planos e as campanhas de comunicação social.

Número de ações de comunicação social realizadas.

Percentual de execução efetiva das

ações de comunicação social planejadas.

Relatórios das ações do PCS.

Na execução dos planos e campanhas de comunicação é importante se utilizar de

canais existentes com eficácia comprovada valorizando processos sinérgicos entre

empreendedor e demais partes interessadas.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

47

3.3.2 Resumo das atividades e metas

Quadro 25 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social

DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES

METAS GERENCIÁVEIS

ME

IOS

ATIVIDADES

Realizar pesquisa para identificação e cadastro de todas as partes interessadas do projeto com objetivo de criar canais de comunicação social.

Empreendedor. Percentual de partes interessadas

identificadas efetivamente cadastradas no PCS.

100%

Planejar ações de comunicação social com base no cadastro das partes interessadas identificadas.

Empreendedor. Cobertura de atendimento dos planos de

comunicação social sobre as partes interessadas cadastradas.

100%

Estabelecer os canais e métodos necessários para execução dos planos de comunicação social (materiais informativos).

Empreendedor. Percentual dos canais de comunicação

social efetivamente estabelecidos.

100%

Executar os planos e as campanhas de comunicação social.

Empreendedor.

Número de ações de comunicação social realizadas.

Percentual de execução efetiva das ações de comunicação social

planejadas.

≥193

100%

FIN

S

RESULTADOS ESPERADOS

Partes interessadas são identificadas e cadastradas.

Empreendedor.

Percentual de partes interessadas identificadas efetivamente cadastradas no

PCS.

Nível de satisfação das partes interessadas com relação ao acesso ás informações

sobre o empreendimento e seus programas ambientais.

100%

≥80%

Planos de Comunicação Social implantados considerando as particularidades das partes interessadas cadastradas.

Empreendedor. Percentual dos Planos de Comunicação

Social efetivamente implantados. 100%

Canais de comunicação social são estabelecidos considerando as particularidades dos planos de comunicação social estabelecidos.

Empreendedor. Percentual dos canais de comunicação

social efetivamente estabelecidos. 100%

3 Esse quantitativo mínimo corresponde: a 07 palestras comunitárias (uma em cada comunidade), 03

campanhas de panfletagem, 04 oficinas educativas com os trabalhadores da obra (atividades vinculadas ao PEAT), 03 reuniões para articular parcerias para o Programa de Emergências Ambientais e 02 reuniões com os conselhos de meio ambiente de Petrolina/PE e Juazeiro/BA (uma reunião para cada conselho).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

48

3.3.3 Grupo-objetivo (público alvo)

Quadro 26 – Grupo-Objetivo do Programa de Comunicação Social

Partes Interessadas Identificação Atribuições

EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e

controlar o PCS.

INDICATIVO DE PARTES

INTERESSADAS

Público em geral;

Mídia local e regional;

Órgãos governamentais, em especial as prefeituras municipais da área de influência;

Corpo de bombeiros, SAMU, Defesa Civil.

Hospitais da região.

Associações de bairros do entorno direto da LT;

Entidades ambientalistas;

Indústrias e comércios do entorno direto da LT;

Escolas próximas à LT.

Entidades empresariais e de trabalhadores;

Universidades e entidades de pesquisa;

Juízes, promotores e ministério público;

População do entorno da Área Diretamente Afetada;

Proprietários afetados diretamente pelo empreendimento;

Técnicos e trabalhadores da obra;

Marinas, banhistas, pescadores e visitantes da Ilha do Maroto;

DNER/DNIT;

CHESF.

Participar ativamente da comunicação social do

empreendimento.

ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA

Aprovar o programa no âmbito do licenciameto ambiental e

fiscalizar a execução do PCS para fins de controle ambiental

do empreendimento.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

49

3.3.4 Cronograma

Quadro 27 – Cronograma de execução do Programa de Comunicação Social

Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Realizar pesquisa para identificação e cadastro de todas as partes interessadas do projeto com objetivo de criar canais de comunicação social.

A ■

Partes interessadas são identificadas e cadastradas. R ■

Planejar ações de comunicação social com base no cadastro das partes interessadas identificadas.

A ■

Estabelecer os canais e métodos necessários para execução dos planos de comunicação social (materiais informativos).

A ■ ■

Canais de comunicação social são estabelecidos considerando as particularidades dos planos de comunicação social estabelecidos.

R ■

Executar os planos e as campanhas de comunicação social. A ■ ■ ■ ■ ■ ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

3.3.5 Observações importantes

Diante da grande diversidade de partes interessadas a serem consideradas

no PCS alguns indicativos metodológicos devem ser considerados para que a

comunicação não seja tão difusa e generalista, mas consiga focar e atingir aqueles

públicos que são ou podem ser afetados diretamente pelo empreendimento – a

população de entorno. Nesse sentido. O Quadro 28 apresenta as partes

interessadas que devem ser priorizadas no PCS e as estratégias preliminares de

comunicação social a serem adotadas.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

50

Quadro 28 – Partes interessadas prioritárias e as estratégias preliminares de comunicação social.

Partes Interessadas Estratégias Mídias e Canais de

Comunicação Social

Mínimo de Campanhas

Previstas

Associação de moradores da COHAB VI (Petrolina/PE).

Associação de moradores do bairro Rio Corrente (Petrolina/PE).

Associação de moradores do bairro Rio Claro (Petrolina/PE).

Associação dos moradores do bairro Dom José Rodrigues (Juazeiro/BA).

Associação dos moradores do bairro Malhada da Areia (Juazeiro/BA). Associação dos moradores do bairro Vila Tiradentes (Juazeiro/BA). Associação de moradore ou de condomínio do Conjunto Habitacional São Fransico (Juazeiro/BA).

4

Cadastrar as entidades e estabelecer contato permanente com as lideranças comunitárias (presidentes das associações) ou outras pessoas de influência (babalorixás, padres, pastores, artistas, etc.). Articular com as lideranças a realização de palestras nas comunidades para divulgação e discussão do empreendimento.

E-mail Newsletter Telefone Ouvidoria (0800 282 5599) Unidade Móvel da CELPE Pafletos. Rádios Comunitárias (difulsoras). Palestras. Redes sociais (Ex. página do empreendimento no FACEBOOK).

Realização de 07 palestras (uma em cada comunidade).

Indústrias e comércios do entorno direto da LT

Cadastrar indústrias e comércios e estabelecer contato permanente com os responsáveis. Disponibilizar informações sobre os canais de comunicação que estarão abertos para divulgação e discussão do empreendimento.

E-mail Newsletter Telefone Ouvidoria (0800 282 5599) Redes sociais Panfletos

Realização de 01 campanha de panfletagem porta a porta.

5

Marinas, barqueiros, banhistas, pescadores e visitantes da Ilha do Maroto

Cadastrar as marinas e as colônias de pescadores existentes

6 para estabelecer

contato permanente com os responsáveis. Buscar identificar e cadastrar as pessoas que usam a ilha eventualmente para atividade agrícola e pesca. Via Marinas e colônias de pescadores distribuir plafetos aos usuários do balneário e da ilha para divulgação do empreendimento.

E-mail Newsletter Telefone Ouvidoria (0800 282 5599) Redes sociais Panfletos

Realização de 02 campanhas de panfletagem com as marinas, barqueiros, banhistas, pescadores e visitantes da Ilha do Maroto.

4 Bairros localizados no entorno direto da LT. 5 Para as campanhas de panfletagem porta a porta será montada equipe de trabalho priorizando a contratação de pessoas das localidades. 6 Colônia de Pescadores de Pedrinhas/Petrolina e Colônia de Pescadores Z-60 de Juazeiro/BA.

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51

Partes Interessadas Estratégias Mídias e Canais de

Comunicação Social

Mínimo de Campanhas

Previstas

Proprietários afetados diretamente pelo empreendimento

Cadastrar os proprietários e as propriedades para estabelecer contato e diálogo permanente.

E-mail Telefone Reuniões de diálogo e negociação

Número de reuniões de acordo com as necessidades.

Técnicos e trabalhadores da obra Realizar oficinas de educação ambiental focados nos processos internos da obra.

E-mail Telefone Oficinas de treinamento e de educação ambiental

7

04 oficinas de educação ambiental vinculadas ao Programa de Educação Ambiental/PEAT

Corpo de bombeiros, SAMU, Defesa Civil e hospitais da região.

Cadastrar contatos e firmar parcerias no âmbito do Programa de Emergências Ambientais.

E-mail Telefone Reuniões

Pelo menos 03 reuniões de articulação.

Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

Cadastrar membros dos conselhos e articular reunião informativa nos conselhos para divulgação e discussão do empreendimento.

E-mail Telefone Reuniões dos Conselhos.

Pelo menos 01 reunião em cada conselho.

O quantitativo de campanhas de comunicação social e o detalhamento das

estratégias de atuação (número de eventos, meios, locais e datas) com a

implantação dos canais comunicativos serão definidos de forma definitiva mediante

planejamento a ser feito após a realização da pesquisa voltada para identificação e

cadastro de todas as partes interessadas do projeto. Conforme cronograma

apresentado, essas atividades ocorrerão antes do início das obras.

As ações planejadas de Comunicação Social serão articuladas com as ações

de Educação Ambiental para que haja sinergia das atividades e convergência de

esforços. Um exemplo disso poderá ser a realização de mutirões de um dia nas

comunidades selecionadas com apoio da Unidade Móvel da CELPE onde durante

todo o período diurno haveriam palestras e oficinas relacionadas ao PCS e ao

Programa de Educação Ambiental. Nas palestras comunitárias serão abordados os

seguintes tópicos: Informações gerais sobre o empreendimento, os riscos de

7 Geralmente, a carga horária de uma reunião é de 1 hora, palestra de 2-4 horas e oficina de

educação ambiental e treinamento de 6-8 horas cada.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

52

ambientais e de acidentes envolvendo a população do entorno, as medidas de

segurança para prevenir tais acidentes, e as medidas emergenciais caso os

acidentes ocorram sempre mostrando os canais de comunicação abertos entre a

CELPE e as pessoas.

3.4 Programa de Educação Ambiental

Quando se fala de educação ambiental, está se falando de educação a partir

de uma nova dimensão – a dimensão ambiental - contextualizada e adaptada à

realidade interdisciplinar, vinculada aos temas ambientais locais e globais (LEÃO e

SILVA, 1999).

Dentre as principais vertentes da educação ambiental existentes no Brasil8

será adotada neste PBA a vertente da Educação Ambiental Crítica para Sociedades

Sustentáveis definida por Layrargues (2002, p.189) com um processo educativo

eminentemente político, que visa desenvolver nos educandos uma consciência

crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de riscos e

respectivos conflitos socioambientais.

Nesse sentido, a educação ambiental será vista como um processo educativo

voltado para a gestão ambiental cujo objetivo é proporcionar condições para o

desenvolvimento de capacidades (conhecimentos, habilidades e atitudes) visando à

intervenção individual e coletiva de modo qualificado na gestão do uso dos recursos

ambientais e na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do meio

ambiente, seja ele físico-natural ou construído. Trata-se, portanto, do

estabelecimento de práticas emancipatórias e transformadoras comprometidas com

a construção de um futuro sustentável (IBAMA, 1995; QUINTAS, 2000).

8 No Brasil, pelo menos cinco vertentes da educação ambiental podem ser identificadas: 1) educação

ambiental conservacionista; 2) educação ambiental biológica; 3) educação ambiental comemorativa; 4) educação ambiental política; 5) educação ambiental crítica para sociedades sustentáveis (LEÃO e SILVA, 1999).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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53

Diante dessa diretriz conceitual, o processo de educação ambiental deve

considerar os seguintes pressupostos, como bem destacou Quintas (2004):

A sociedade não é o lugar da harmonia, mas, sobretudo, de conflitos e dos

confrontos que ocorrem em suas diferentes esferas (da política, da economia,

das relações sociais, dos valores etc.);

O modo de perceber determinado problema ambiental, ou mesmo a aceitação

de sua existência, não é meramente uma questão cognitiva, mas é mediado

por interesses econômicos, políticos e posição ideológica e ocorre em

determinado contexto social, político, espacial e temporal;

Os sujeitos da ação educativa devem ser prioritariamente os segmentos

sociais que são afetados e onerados, de forma direta, pelo ato de gestão

ambiental e dispõem de menos condições para intervirem no processo

decisório;

O processo educativo deve ser estruturado no sentido de: superar a visão

fragmentada da realidade através da construção e reconstrução do

conhecimento sobre ela, num processo de ação e reflexão, de modo dialógico

com os sujeitos envolvidos; respeitar a pluralidade e diversidade cultural,

fortalecer a ação coletiva e organizada, articular os aportes de diferentes

saberes e fazeres e proporcionar a compreensão da problemática ambiental

em toda a sua complexidade; possibilitar a ação em conjunto com a

sociedade civil organizada e, sobretudo, com os movimentos sociais, numa

visão de educação ambiental como processo instituinte de novas relações

dos seres humanos entre si e deles com a natureza; e proporcionar condições

para o diálogo com as áreas disciplinares e com os diferentes atores sociais

envolvidos com a gestão ambiental.

Considerando esses pressupostos, as ações de educação ambiental a serem

estruturadas neste PBA estarão ancoradas nos seguintes indicativos metodológicos

(LEÃO e SILVA, 1999):

Interdisciplinaridade, do planejamento à execução;

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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54

Adequação à realidade;

Orientação para a solução de problemas;

Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;

Desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias à solução dos

problemas;

Situar o problema atual em um contexto histórico-social;

Processo permanente com perspectiva de continuidade (não do programa em

si, mas, sobretudo, dos resultados);

Utilizar técnicas participativas que incentivem a reflexão e expressão de todos

os participantes;

Trabalhar os conteúdos educacionais de acordo com a visão global

integradora do meio ambiente;

Integrar as duas linhas de trabalho em Educação Ambiental: Formal e Não

Formal;

Incentivar as atividades práticas e experiências individuais e coletivas;

Respeito à cultura das comunidades com as quais se pretende trabalhar.

Da mesma forma que o Programa de Comunicação Social, o Programa de

Educação Ambiental (PEA) irá contribuir para o fortalecimento da participação e do

controle social do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental. Em outras

palavras o PEA servirá como instrumento de mitigação de impacto socioambiental o

que é fundamental para a melhoria do desempenho do licenciamento ambiental no

que se refere aos mecanismos de controle e interação com a sociedade local. Tudo

isso contribuirá também para o compartilhamento progressivo e descentralização da

gestão ambiental do empreendimento entre Poder Público e coletividade (SANTOS

e MOURA, 2012; OLIVEIRA e CAVALCANTI, 2007).

O Programa de Educação Ambiental aqui apresentado estará estruturado em

dois componentes, conforme Instrução Normativa do IBAMA 02/2012: a) Programa

de Educação Ambiental (PEA), direcionado aos grupos sociais da área de influência

da atividade em processo de licenciamento; b) Programa de Educação Ambiental

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

55

dos Trabalhadores (PEAT), direcionado aos trabalhadores envolvidos no

empreendimento objeto do licenciamento.

3.4.1 Lógica da intervenção

Quadro 29 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (FINS)

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente

Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes

FIN

S

Obj

etiv

o S

uper

ior O programa contribuirá para o

fortalecimento da participação e do controle social do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental servindo como instrumento de mitigação dos impactos socioambientais.

Quantidade de Pontos Focais Comunitários (PFC) estabelecidos nas

comunidades do entorno para o acompanhamento socioambiental do empreendimento.

Número de pessoas que

participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental

(PEA e PEAT).

Relatórios das ações realizadas do PEA

Cadastro das pessoas que

fazem parte dos PFCs.

Registro fotográfico e atas de frequência.

Os participantes das oficinas devem assimilar em tempo hábil os

conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais para o alcance do objetivo

do programa.

Obj

etiv

o do

Sub

prog

ram

a (O

bje

tivo

Ger

al)

Populações ou indivíduos diretamente afetados desenvolvem por meio das oficinas de educação ambiental capacidades (conhecimentos, habilidades e atitudes) para intervirem de modo qualificado na gestão do meio ambiente do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental.

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56

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente

Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes

Res

ult

ado

s E

sper

ado

s

(Ob

jeti

vos

Esp

ecíf

ico

s)

1. Processo de sensibilização e mobilização do público alvo estabelecido com apoio das lideranças comunitárias (PEA).

2. Diagnóstico e planejamento

participativos das oficinas de educação ambiental realizados com apoio das lideranças comunitárias (PEA).

3. Programa de oficinas de

educação ambiental estruturado e executado com a formação de Pontos Focais Comunitários no final das atividades (PEA).

4. Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra (PEAT) plenamente executado.

Número total de lideranças comunitárias mobilizadas para

apoiar o programa.

Número total de oficinas de educação ambiental realizadas

no programa.

Quantidade de Pontos Focais Comunitários (PFC) estabelecidos nas

comunidades após oficinas de educação ambiental..

Termos de Compromisso das lideranças comunitárias.

Cadastro dos participantes.

Relatórios das ações

realizadas do PEA e do PEAT.

Cadastro das pessoas que

fazem parte dos PFCs.

Registro fotográfico e atas de frequência.

O compromisso e apoio das lideranças comunitárias na

mobilização de pessoas para participarem das oficinas de educação

ambiental são fundamentais para o sucesso do PEA.

Antes do planejamento e estruturação do programa das oficinas de educação

ambiental deverá ser realizado um diagnóstico rápido participativo com as

lideranças comunitárias para identificação preliminar de problemas socioambientais específicos a serem

abordados e discutidos de forma especial dentro das oficinas temáticas

do PEA.

O PCF constitui-se num grupo formado por pessoas da comunidade

que após as oficinas de educação ambiental irão voluntariamente

acompanhar a obra no que concerne à mitigação dos impactos

socioambientais, aplicando assim, os conhecimentos, habilidades e atitudes

desenvolvidas ao longo do PEA. Esses pontos focais servirão também

de elo de contato imediato entre empreendedor, comunidade e órgão

licenciador.

Nas oficinas de educação ambiental do PEAT a questão sobre o “relacionamento social entre

trabalhadores da obra e comunidade do entorno” deverá ser abordada sempre e de forma transversal.

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57

Quadro 30 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (MEIOS)

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

ME

IOS

Realizar oficinas de diagnóstico rápido participativo (DRP) com as lideranças comunitárias.

Número total de oficinas de DRP realizadas (todo o programa)

Relatório de atividades com atas de frequência e registro

fotográfico.

As lideranças comunitárias a serem mobilizadas e envolvidas nas atividades

serão aquelas já cadastradas no âmbito do PCS.

Realizar oficina de planejamento participativo da programação das oficinas de educação ambiental nas comunidades.

Número total de oficinas de planejamento participativo realizadas.

Relatório de atividades com atas de frequência e registro

fotográfico.

Nessa atividade, serão decididos juntamente com as lideranças

comunitárias e com base no DRP, o programa das oficinas de educação ambiental para cada comunidade, as

datas, os locais, e os meios de divulgação e de mobilização das

pessoas para participarem das oficinas.

Realizar as oficinas de educação ambiental nas comunidades conforme programação estabelecida.

Número de oficinas de educação ambiental realizadas por

comunidades.

Número total de pessoas que participaram efetivamente das oficinas

de educação ambiental

Relatório de atividades com atas de frequência e registro

fotográfico.

Antes da realização das oficinas o Empreendedor e as lideranças

comunitárias deverão, no processo de planejamento participativo, levar em

consideração a adoção de medidas que venham garantir e facilitar a participação das mulheres e também de pessoas com

deficiência nas atividades do PEA (questões de acessibilidade).

Realizar as oficinas de educação ambiental do PEAT

Número total de oficinas de educação ambiental do PEAT.

Percentual dos trabalhadores que

participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental do PEAT.

Relatório de atividades com atas de frequência e

registro fotográfico.

As atividades previstas deverão ocorrer, sempre que possível, durante os

horários de trabalho, evitando-se sua realização nos períodos dedicados ao descanso e lazer dos trabalhadores.

Elabora r relatório final do PEA/PEAT relativo à fase de instalação.

Relatório final elaborado. Cópia do Relatório Final

PEA/PEAT

O relatório deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados do

programa indicando proposições para elaboração do novo PEA/PEAT para a fase subsequente do empreendimento (a fase de

operação).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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58

3.4.2 Resumo das atividades e metas

Quadro 31 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social

DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES

METAS GERENCIÁVEIS

ME

IOS

ATIVIDADES

Realizar oficinas de diagnóstico rápido participativo (DRP) com as lideranças comunitárias.

Empreendedor. Número total de oficinas de DRP realizadas

(todo o programa) ≥07

Realizar oficina de planejamento participativo da programação das oficinas de educação ambiental nas comunidades.

Empreendedor. Número total de oficinas de planejamento

participativo realizadas. ≥07

Realizar as oficinas de educação ambiental nas comunidades conforme programação estabelecida.

Empreendedor.

Número de oficinas de educação ambiental realizadas por comunidades.

Número total de pessoas que

participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental

≥05/ comunidade

770

Realizar as oficinas de educação ambiental do PEAT Empreendedor.

Número total de oficinas de educação ambiental do PEAT.

Percentual dos trabalhadores que

participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental do PEAT.

≥04

100%

Elabora r relatório final do PEA/PEAT relativo à fase de instalação.

Empreendedor. Relatório final elaborado. Relatório final aprovado.

FIN

S

RESULTADOS ESPERADOS

Processo de sensibilização e mobilização do público alvo estabelecido com apoio das lideranças comunitárias (PEA).

Empreendedor.

Número total de lideranças comunitárias mobilizadas para apoiar o programa.

Número total de oficinas de educação

ambiental realizadas no programa (PEA/PEAT)

Quantidade de Pontos Focais Comunitários

(PFC) estabelecidos nas comunidades após oficinas de educação ambiental.

≥30

≥39

≥07

Diagnóstico e planejamento participativos das oficinas de educação ambiental realizados com apoio das lideranças comunitárias (PEA).

Programa de oficinas de educação ambiental estruturado e executado com a formação de Pontos Focais Comunitários no final das atividades (PEA).

Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra (PEAT) plenamente executado.

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59

3.4.3 Grupo-objetivo (público alvo)

Quadro 32 – Grupo-Objetivo do Programa de Educação Ambiental

Partes Interessadas Identificação Atribuições

EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e

controlar o PEA/PEAT

ENTIDADES COMUNITÁRIAS A

SEREM ENVOLVIDAS

Associação de moradores da COHAB VI (Petrolina/PE).

Associação de moradores do bairro Rio Corrente (Petrolina/PE).

Associação de moradores do bairro Rio Claro (Petrolina/PE).

Associação dos moradores do bairro Dom José Rodrigues (Juazeiro/BA).

Associação dos moradores do bairro Malhada da Areia (Juazeiro/BA).

Associação dos moradores do bairro Vila Tiradentes (Juazeiro/BA).

Associação de moradore ou de condomínio do Conjunto Habitacional São Fransico (Juazeiro/BA).

Empresa Construtora.

Participar ativamente da mobilização, planejamento e

execução do programa.

POPULAÇÃO DIRETAMENTE

AFETADA

Homens e mulheres residentes nas comunidades do entorno da LT maiores de 16 anos.

Trabalhadores da obra.

Participar efetivamente das oficinas de educação ambiental.

OUTRAS ORGANIZAÇÕES

INTERVENIENTES

Secretaria de Educação e Meio Ambiente dos municípios de Petrolina/PE e Juazeiro/BA.

Partticipar da comunicação do programa e fornecer apoio e

orientações quando necessários.

ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA

Aprovar o programa no âmbito do licenciameto ambiental e

fiscalizar a execução do PEA/PEAT para fins de controle ambiental do empreendimento.

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60

3.4.4 Cronograma

Quadro 33 – Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental

Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Realizar oficinas de diagnóstico rápido participativo (DRP) com as lideranças comunitárias.

Processo de sensibilização e mobilização do público alvo estabelecido com apoio das lideranças comunitárias (PEA).

Realizar oficina de planejamento participativo da programação das oficinas de educação ambiental nas comunidades.

Diagnóstico e planejamento participativos das oficinas de educação ambiental realizados com apoio das lideranças comunitárias (PEA).

Realizar as oficinas de educação ambiental nas comunidades conforme programação estabelecida.

■ ■ ■ ■ ■ ■

Realizar as oficinas de educação ambiental do PEAT ■ ■ ■ ■

Programa de oficinas de educação ambiental estruturado e executado com a formação de Pontos Focais Comunitários no final das atividades (PEA).

Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra (PEAT) plenamente executado.

Elabora r relatório final do PEA/PEAT relativo à fase de instalação. ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

3.4.5 Observações importantes

Nas oficinas de educação ambiental com a população das comunidades do

entorno da obra buscar-se-á despertar nos participantes uma visão crítica sobre os

problemas socioambientais identificados nos bairros e capacitá-los a atuar em

parceria com o IBAMA nas ações de monitoramento ambiental do empreendimento.

Nesse sentido, o principal resultado do processo educativo será a criação dos

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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61

Pontos Focais Comunitários – Os PFCs. Os PFCs serão grupos ou comissões

formadas por pessoas da comunidade que foram capacitadas nas oficinas de

educação ambiental. Essas pessoas irão voluntariamente acompanhar a obra no

que concerne à mitigação dos impactos socioambientais, aplicando assim, os

conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidas ao longo das oficinas. Esses

pontos focais serão o elo de contato imediato entre empreendedor, comunidade e

órgão licenciador. Não há número limite de pessoas que possam formar um PFC. No

entanto, deverá ser formado em cada comunidade no mínimo um ponto focal,

geralmente atrelado à associação de bairro.

Dentro dessa visão, quando a formação de “agentes comunitários voluntários”

é um produto final da ação educativa, optou-se para este programa de educação

ambiental adotar a metodologia e as abordagens pedagógicas utilizadas pelo Núcleo

de Educação Ambiental do IBAMA/PE e pela Rede Defesa Ambiental do Cabo de

Santo Agostinho/PE (REDE).

As experiências selecionadas como referências metodológicas foram os

projetos: II Curso de Formação do Programa Agentes Ambientais Voluntários do

IBAMA em Pernambuco (IBAMA, 2009) e o Projeto Núcleos Comunitários de Defesa

do Meio Ambiente – Projeto NUCODEMA (BARROS, et al., 2006).

O quadro 34 subsequente apresenta os aspectos metodológicos a serem

empregados nas oficinas de educação com as comunidades. Para cada comunidade

(07 ao todo) serão empregados os mesmos procedimentos.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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62

Quadro 34 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental na comunidade.

Oficinas Público-alvo Quantidade

estimada de pessoas

Temática a ser abordada Metodologias

participativas a serem empregadas

Carga Horária

Oficina 1 Diagnóstico

socioambiental participativo

Lideranças comunitárias

5-10

Apresentação do empreendimento,

apresentação da proposta do PEA e levantamento dos

principais problemas ambientais da comunidade.

Tempestade de Ideias e elaboração

da “arvore de problemas”

4 horas

Oficina 2 Planejamento

participativo das ações PEA

Lideranças comunitárias

5-10

Elaboração de caledário e planejamento das ações de divulgação e mobilização do

PEA na comunidade.

Elaboração de Plano de Ação no modelo “5W2H”

(o que, onde, por que, como, quem, quando, quanto).

4 horas

Oficina 3 Proteção e

Conservação Ambiental

Moradores da comunidade

30-40

Conceitos de meio ambiente

O que são problemas ambientais

Levantamento e discussão dos problemas ambientais

da comuninade com base no diagnótico socioambiental

participativo.

Instrumentos de políticas públicas para proteção e

conservação ambiental com foco no licenciamento.

Matriz de Problemas (problemas, causas,

consequências, responsáveis e

possíveis soluções relacionando aos instrumentos de

política ambiental)

Técnicas de Cartografia Social

8 horas

Oficina 4 Segurança na Rede Elétrica

Moradores da Comunidade

30-40

Os riscos de acidentes sob a rede elétrica em casa e nas

ruas.

Medidas de segurança para prevenir acidentes

Primeiros socorros e

medidas de emergência para acidentes com a rede elétrica em casa e na rua.

Apresentação e discussão

do PAE do empreendimento

Matriz de Problemas.

8 horas

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

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63

Oficinas Público-alvo Quantidade

estimada de pessoas

Temática a ser abordada Metodologias

participativas a serem empregadas

Carga Horária

Oficina 5 Participação social na gestão do meio

ambiente

Moradores da Comunidade

30-40

Apresentação do empreendimento e seus

possíveis impactos socioambientais e as medidas mitigadoras.

Instrumentos de participação

social na defesa do meio ambiente: como a

comunidade pode participar do processo de

licenciamento ambiental.

Formação do Ponto Focal Comunitário.

Elaboração do Plano de

Ação para acompanhamento do empreendimento pelo

PFC.

Elaboração de Plano de Ação no modelo “5W2H”

(o que, onde, por que, como, quem, quando, quanto).

8 horas

Para os trabalhadores da obra as oficinas e aspectos metodológicos são

apresentados no Quadro 35.

Quadro 35 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental com os trabalhadores.

Oficinas Público-alvo Quantidade

estimada de pessoas

Temática a ser abordada Metodologias

participativas a serem empregadas

Carga Horária

Oficina 1 Gerenciamento de

Resíduos Sólidos na Obra

(atividade vinculada ao Subprograma de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos)

Técnicos da CELPE e

trabalhadores da obra.

40-50

Apresentação do empreendimento;

O problema dos resíduos sólidos e seus impactos

socioambientais;

Conceitos e classificação dos resíduos sólidos, princípios e objetivos da Política Nacional

de Resíduos Sólidos;

Etapas e processos do PGRCC

Árvore de Problemas; Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo.

8 horas

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64

Oficinas Público-alvo Quantidade

estimada de pessoas

Temática a ser abordada Metodologias

participativas a serem empregadas

Carga Horária

Oficina 2 Controle de Processos

Erosivos na Obra (atividade vinculada ao

Subprograma de Controle de Processos

Erosivos)

Técnicos da CELPE e

trabalhadores da obra.

40-50

Aspectos conceituais do solo; Importância da conservação do solo; Processos erosivos do solo. Técnicas para controle de processos erosivos na obra; Legislação brasileira relativa ao uso e conservação de solos.

Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo. Atividade prática de campo.

8 horas

Oficina 3 Programa de Emergências Ambientais

Técnicos da CELPE,

trabalhadores da obra e

parceiros do Plano de

Atendimento a Emergências.

40-50

Identificação e classificação do riscos de acidentes

ambientais e de trabalho na obra.

Medidas preventivas e emergenciais para os cenários de acidentes

ambientais identificados.

Processos e etapas do Plano de Atendimento a

Emergências

Análise Preliminar de Riscos Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo.

8 horas

Oficina 4 Simulado do Plano de

Atendimento a Emergências

Técnicos da CELPE,

trabalhadores da obra e

parceiros do Plano de

Atendimento a Emergências.

40-50

Simulação dos procedimentos operacionais

para atendimento a emergências.

Trabalho de campo. 8 horas

3.5 Programa de Monitoramento da Avifauna

A influência da linha de transmissão na avifauna local não deve ser

menosprezada, apesar das aves comumente não fecharem o circuito numa rede,

num entanto podem ocorrer problemas de desligamentos em linhas de transmissão

de 69 kV por esse motivo. Como medida de mitigação para este impacto, usa-se

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

65

sinalizadores, caracterizados como peças coloridas e em formato espiral, que

alertam as aves da presença dos cabos, evitando a colisão e morte dos animais.

No intuito de reduzir o risco de colisões da avifauna sobre a linha de

transmissão e minimizar os possíveis impactos ambientais do empreendimento

sobre esses animais faz-se necessário o estabelecimento de um programa de

monitoramento. Esse programa deve buscar identificar as espécies predominantes

que vivem e transitam nas áreas de entorno do projeto e avaliar sistematicamente os

riscos ambientais envolvidos propondo medidas em tempo hábil para evitar

possíveis acidentes e interferências.

3.5.1 Lógica da intervenção

Quadro 36 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (FINS)

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente

Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes

FIN

S

Obj

etiv

o S

uper

ior

O programa contribuirá para a redução dos riscos de acidentes (colisões) e interferências entre a avifauna da região e a linha de transmissão.

Numero de incidentes envolvendo a avifauna no

sistema da LT.

Percentual das medidas de Redução dos riscos de acidentes com avifauna

implantadas de acordo com recomendações do

monitoramento.

Relatório final das atividades do programa.

O Monitoramento de aves durante a Fase de Instalação da Linha de

Transmissão identificará as espécies de aves que poderão sofrer acidentes

com os cabos e torres da Linha de Transmissão, identificando possíveis rotas de alimentação, de migração e de reprodução, a fim de identificar no

traçado pontos e locais mais suscetíveis a acidentes que poderão

ser monitorados, a critério da avaliação do órgão ambiental, durante

a Fase de Operação do Empreendimento.

O

bjet

ivo

do S

ubpr

ogra

ma

(Ob

jeti

vo G

eral

)

Monitoramento da avifauna realizado sistematicamente com a adoção de medidas de mitigação

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

66

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS

Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente

Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes

Res

ult

ado

s E

sper

ado

s

(Ob

jeti

vos

Esp

ecíf

ico

s)

1. Inventário preliminar da avifauna elaborado.

2. Cronograma de monitoramento

elaborado. 3. Cronograma de monitoramento

executado. 4. Medidas para redução do risco

de acidentes com a avifauna são adotadas.

5. Relatório final do monitoramento e das ações é elaborado.

Inventário Preliminar da Avifauna aprovado.

Cronograma de monitoramento

aprovado.

Percentual das medidas implantadas de redução dos

riscos de acidentes com a avifauna em conformidade com

as recomendações do monitoramento.

Relatório final das atividades

aprovado.

Cópia do Inventário

Preliminar da Avifauna.

Lista das aves identificadas no entorno

do empreendimento.

Relatórios de monitoramento.

Relatório final das

atividades do programa.

Deverá ser feito o levantamento apenas qualitativo da composição das

espécies de avifauna nas áreas de influência direta do empreendimento

identificando possíveis espécies ameaçadas de extinção que poderão ser impactadas pelo empreendimento.

Quadro 37 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (MEIOS)

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

ME

IOS

Realizar pesquisa de campo pra coleta de dados relativos à avifauna ao longo da LT e especialmente na ilha do Maroto identificando áreas com riscos de colisão de avifauna contra os cabos de transmissão elétrica.

Número de campanhas de observação realizadas.

Relatórios das atividades de campo.

Antecedendo a fase de instalação, um inventário preliminar da avifauna deverá ser realizado, a fim de obtenção de dados de

riqueza, de composição, de abundância, e de status de conservação das espécies

identificadas. Esses dados servirão de subsídio para o monitoramento, uma vez que

não existe estudo prévio referente à ornitofauna.

A pesquisa deverá ser feita por profissionais

habilitados (biólogo e ornitólogo). Será privilegiada a coleta de dados por observação

evitando capturas de aves, evitando assim interferências diretas sobre as espécies. Para isso é importante que a equipe de pesquisa

tenha profissionais com largar experiência de observação de campo e que saibam

identificar cientificamente as aves pela visualização e escuta dos sons característicos

de cada espécie.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

67

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATIVIDADES PRINCIPAIS

Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS

Indicadores Objetivamente Comprováveis

Fontes de Verificação Suposições Importantes

Elaborar a lista qualificada das aves identificadas

Lista aprovada das aves identificadas na Área Diretamente Afetada pelo

empreendimento.

Lista qualificada das aves

identificadas.

A Lista deverá conter informações individualizadas sobre a Taxonomia (Ordem, Família, Gênero, Espécie, Autor e ano) das espécies registradas, o nome popular e o

Grau de ameaça com base na Lista de Fauna Ameaçada de Extinção da IUCN (2014) e do

Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção do Ministério do Meio Ambiente

(MMA, 2014).

Implantar as medidas de redução dos riscos de colisão da avifauna com a LT com a instalação de sinalizadores em pontos específicos identificados nas pesquisas de campo.

Percentual das medidas implantadas de redução dos riscos de acidentes com a

avifauna em conformidade com as recomendações do monitoramento.

Relatórios de atividades.

Além dos riscos associados à colisão, outras possibilidades de interferência do

empreendimento sobre a avifauna também devem ser consideradas indicando para estas as medidas

cabíveis para mitigação dos impactos.

Realizar as campanhas de monitoramento.

Percentual das ações de monitoramento realizadas em

conformidade com o cronograma estabelecido.

Relatórios de monitoramento.

Estão previstas duas campanhas de monitoramento para a fase de instalação da LT cujo período é relativamente curto

(6 meses).

Elaborar relatório final de monitoramento e das medidas implantadas.

Relatório final das atividades aprovado. Relatório final das atividades

do programa.

O relatório deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados do

programa.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

68

3.5.2 Resumo das atividades e metas

Quadro 38 – Atividades e metas do Programa de Monitoramento da Avifauna

DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES

METAS GERENCIÁVEIS

ME

IOS

ATIVIDADES

Realizar pesquisa de campo pra coleta de dados relativos à avifauna ao longo da LT e especialmente na ilha do Maroto identificando áreas com riscos de colisão de avifauna contra os cabos de transmissão elétrica.

Empreendedor/Equipe de Pesquisa

Número de campanhas de observação realizadas.

≥01

Elaborar a lista qualificada das aves identificadas Empreendedor/Equipe

de Pesquisa

Lista qualificada das aves identificadas na Área Diretamente Afetada pelo

empreendimento. Lista aprovada.

Implantar as medidas de redução dos riscos de colisão da avifauna com a LT com a instalação de sinalizadores em pontos específicos identificados nas pesquisas de campo.

Empreendedor.

Percentual das medidas implantadas de redução dos riscos de acidentes com a

avifauna em conformidade com as recomendações do monitoramento.

100%

Realizar as campanhas de monitoramento. Equipe de Pesquisa Percentual das ações de monitoramento

realizadas em conformidade com o cronograma estabelecido.

100%

Elaborar relatório final de monitoramento e das medidas implantadas.

Empreendedor. Relatório final das atividades aprovado. Relatório final aprovado.

FIN

S

RESULTADOS ESPERADOS

1. Inventário preliminar da avifauna elaborado.

2. Cronograma de monitoramento elaborado.

3. Cronograma de monitoramento executado.

4. Medidas para redução do risco de acidentes com a avifauna são adotadas.

5. Relatório final do monitoramento e das ações é elaborado.

Empreendedor.

Inventário Preliminar da Avifauna.

Cronograma de monitoramento.

Percentual das medidas implantadas de redução dos riscos de acidentes com a

avifauna em conformidade com as recomendações do monitoramento.

Relatório final das atividades aprovado.

Inventário aprovado.

Cronograma aprovado.

100%

Relatório aprovado.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

69

3.5.3 Grupo-objetivo (público alvo)

Quadro 39 – Grupo-Objetivo do Programa de Monitoramento da Avifauna

Partes Interessadas Identificação Atribuições

EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e

controlar o PEA/PEAT

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE

TERCEIROS

Profissionais habilitados para a pesquisa e monitoramento da avifauna.

Responsabilidade técnica pelo inventário e monitoramento da

avifauna.

ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA

Aprovar o programa no âmbito do licenciameto ambiental e

fiscalizar a execução do programa para fins de controle ambiental do empreendimento.

3.5.4 Cronograma

Quadro 40 – Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Avifauna.

Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Realizar pesquisa de campo pra coleta de dados relativos à avifauna ao longo da LT e especialmente na ilha do Maroto.

■ ■

Elaborar a lista qualificada das aves identificadas ■

Implantar as medidas de redução dos riscos de colisão da avifauna com a LT com a instalação de sinalizadores em pontos específicos identificados nas pesquisas de campo.

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Realizar as campanhas de monitoramento. ■ ■

Elaborar relatório final de monitoramento e das medidas implantadas. ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

70

3.5.5 Observações importantes

Para o inventário preliminar e coleta dos dados iniciais na ilha do Maroto será

empregada a metodologia de pontos de escuta ao longo do perímetro da Ilha e no

interior da mesma. Cada ponto deve ficar equidistante 300 metros. Estes pontos

serão georreferenciados para que nas próximas campanhas os mesmos pontos

sejam amostrados. Recomenda-se manter em todas as campanhas o mesmo

ornitólogo observador, a fim de minimizar diferenças que possam surgir devido a

essa variável.

De acordo com o Caderno Técnico de Informações Complementares do

Relatório Ambiental Simplificado para Instalação de Linha de Transmissão 69 Kv

Juazeiro II/Petrolina 2 (SOUZA BARROS, 2014) a fase de instalação terá uma

duração de cinco a seis meses. Assim, deverão ser feitas duas visitas de

monitoramento a ilha durante a fase de instalação. A primeira campanha de

monitoramento deverá ser realizada um mês após o primeiro mês de trabalho de

instalação. A segunda deverá ser realizada quatro meses após o mês inicial da

instalação. Lembrando que os trabalhos de campo não devem coincidir com os dias

de trabalho da instalação do empreendimento, uma vez que ruídos, máquinas e a

presença de pessoas trabalhando inviabilizam e podem comprometer a coleta de

dados da avifauna.

A fase de instalação deve ser feita durante a estação seca na região, uma vez

que a avifauna da Caatinga se reproduz principalmente durante a estação chuvosa,

assim como diversas espécies de aves migratórias chegam ao interior do nordeste

nesse período (LAS-CASAS et al. 2012).

A responsabilidade técnica pelo programa deverá ser exercida por profissional

biólogo, registrado no CRBIO, e ornitólogo com no mínimo três anos de experiência

em inventários e monitoramentos de aves.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

71

3.6 Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento

3.6.1 Modelo de sistema de gestão ambiental

Esse programa tem como propósito a coordenação integrada de todos os

demais programas e subprogramas deste PBA em um sistema de gestão ambiental

(SGA) dentro de um ciclo de melhoria contínua – O ciclo PDCA9 - a ser gerenciado

pela Unidade de Meio Ambiente da CELPE.

No SGA também serão apresentados as medidas a serem tomadas para

aqueles aspectos socioambientais que não foram estruturados em programas e

subprogramas devido à sua baixa magnitude com relação ao pequeno porte da obra.

Tais aspectos são: a integração das medidas de recuperação de áreas degradadas10

já contempladas nos subprogramas de gestão de resíduos e de controle de

processos erosivos, gestão de interferências com infraestrutura física, e o

estabelecimento de faixa de servidão, segurança administrativa e processos de

indenização.

Apesar de não ser de pequena magnitude o impacto sobre a paisagem do Rio

São Francisco devido à instalação das torres de travessia da LT, as medidas de

gestão voltadas para a mitigação e compensação desse impacto também estarão

dentro do escopo do SGA, cujas ações serão articuladas junto com as prefeituras de

Petrolina e Juazeiro/BA. O modelo do SGA a ser implantado é apresentado na

Figura 9.

9 PDCA - acrônimo em inglês dos seguintes termos: Plan (planejar); Do (fazer), Check (verificar) e Act (agir). 10 Não haverá a instalação de canteiros de obras, e, portanto, não haverá degradação de áreas decorrentes da desmobilização de materiais e equipamentos. As intervenções previstas limitam-se à poda seletiva em acessos pré-existentes, geração de resíduos, e pequenas movimentações de terra no processo de escavação dos buracos para os postes e para construção da base das torres, cujas medidas de recuperação estarão contempladas no Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e no Plano de Controle de Erosão.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

72

Figura 9 – Resumo esquemático do SGA do empreendimento.

3.6.2 Etapas e atividades do SGA

a) A primeira etapa consiste no planejamento do SGA. Nessa fase será elaborado

internamente um plano operacional de todos os programas, subprogramas e

planos auxiliares a serem executados em paralelo com o cronograma de

construção da LT. A Unidade de Meio Ambiente da CELPE com apoio de outros

setores da empresa irá elaborar o cronograma integrado das ações do PBA,

providenciar orçamento e alocação de recursos e estabelecer as especificações

técnicas para contração de serviços terceirizados para execução dos programas,

subprogramas e planos do PBA quando necessários.

b) A segunda etapa consiste na coordenação integrada de todas as ações do PBA

estruturadas nos seus respectivos programas, subprogramas e planos auxiliares.

Os planos auxiliares abordarão os aspectos socioambientais que possuem baixo

potencial de impacto, ou que necessitam de medidas simples de execução, ou

mesmo, que possuam medidas já contempladas em outros programas, a

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

73

exemplo do aspecto “recuperação de áreas degradadas” com ações previstas

nos programas de resíduos sólidos e controle de processos erosivos.

c) A terceira etapa consiste na realização de auditorias internas sobre as ações do

PBA. As auditorias terão como objetivo verificar o alcance das metas de cada

programa e subprograma e a existência de não-conformidades com os requisitos

estabelecidos para as ações. Além do mais, as auditorias também avaliarão a

efetividade de execução dos planos auxiliares, apontando quando necessário, as

medidas para controle e correção dos rumos das ações. Estão previstas no

mínimo 03 auditorias para o PBA.

d) A quarta etapa consiste na realização de reunião interna para análise crítica dos

resultados das auditorias, em geral, feita com a participação da alta gestão ou

responsável superior pela área de meio ambiente da empresa. Nessa reunião

são discutidas as lições aprendidas (o que deu certo, e o que não deu certo, e os

porquês correspondentes), a definição de medidas corretivas necessárias para

corrigir as não conformidades e medidas preventivas para possíveis problemas

identificados que não ocorreram, mas têm uma grande probabilidade de

acontecerem. Estão previstas 03 reuniões de análise crítica.

Esse processo cíclico de gestão permitirá um acompanhamento mais próximo

e mais efetivo da execução global do PBA por parte da Unidade de Meio Ambiente

da CELPE com foco na melhoria contínua dos processos.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

74

3.6.3 Cronograma

Quadro 41 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental.

Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Elaborar internamente um plano operacional de todos os programas, subprogramas e planos auxiliares

A ■ ■

Coordenar de forma integrada os programas, subprogramas e planos auxiliares do PBA

A ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Realização de auditorias internas sobre as ações do PBA. A ■ ■ ■

Realizar reuniões de análise crítica dos resultados das auditorias A ■ ■ ■

Elaborar relatório final do SGA. A ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

3.6.4 Os planos auxiliares

3.6.4.1 Gestão voltada para as interferências com a infraestrutura física

O risco de interferência ou de conflitos de interesses do empreendimento com

outros planos de expansão de redes de infraestrutura urbana é algo que precisa ser

objeto constante de gestão visando não apenas a minimização de tais interferências,

mas, sobretudo, compatibilizar e harmonizar a LT com outras infraestruturas

possíveis de serem instaladas dentro da mesma área do empreendimento

(duplicação de rodovia, implantação de gasodutos, instalação de redes coletoras de

esgoto, obras de drenagem, etc.).

Os procedimentos básicos voltados para esse aspecto são:

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

75

1. Estabelecer contato formal com o órgão gestor das faixas de domínio

para solicitar anuência e autorização de instalação da LT conforme

Manual de Procedimentos para Uso Especial da Faixa de Domínio

(DNIT, 2008). A CELPE já iniciou esse processo junto ao DNIT

(Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária) conforme

demonstra protocolo em anexo.

2. Verificar junto ao DNIT a existência de outros projetos de infraestrutura

destinados à mesma faixa de domínio da LT.

3. Com base nas informações coletadas anteriormente, estabelecer as

mudanças necessárias no projeto executivo da LT, informando

previamente tais alterações ao órgão licenciador competente para

reajustamento das medidas de controle ambiental que forem

necessárias.

3.6.4.2 Gestão para recuperação de áreas degradadas

O empreendimento tem baixo potencial de degradação ambiental, haja vista

que seu traçado é predominantemente urbano com pouca presença de árvores. A

única área com vegetação expressiva é a ilha do Maroto que possui na sua borda

uma densa mata ciliar formada na sua maioria por indivíduos do gênero Inga sp.

(ingazeira).

As intervenções sobre este aspecto se restringem apenas à realização de

atividades de capinação nos pontos onde será instalada a torre da linha de

transmissão, no interior da Ilha do Maroto, local este com a presença predominante

de gramíneas da espécie invasora Enneapogon cenchroides.

Contudo, é importante destacar que para estabelecer uma frente de acesso à

ilha para movimentação de equipamentos e materiais, árvores e arbustos poderão

ser podados, mas não suprimidos. A supressão que poderá ocorrer está restrita a

indivíduos arbustivos localizados na área onde a torre será instalada.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

76

Os estudos ambientais anteriores já apontaram o melhor local de acesso à

ilha visando reduzir os impactos ambientais sobre a vegetação e o solo (processos

erosivos). Existem dois acessos à ilha. A definição desses acessos demonstra que

não haverá a necessidade de supressão da vegetação ripária para a movimentação

de materiais e equipamentos. Entretanto, será adotado o segundo acesso (acesso

B), pois, o risco de intensificação de processos erosivos e o impacto sobre a

vegetação apresentam-se como os mais baixos em comparação com o primeiro

acesso (acesso A) (Figura 10).

Figura 10 - Localização dos acessos já existentes para o interior da ilha do maroto.

Fonte: Souza Barros Consultoria (2014).

Portanto, na ilha do Maroto, os aspectos ambientais a serem considerados

em termos de recuperação de áreas degradadas estão relacionados à alteração

superficial do solo para montagem da torre e desmobilização de materiais que

restaram do processo de construção da infraestrutura (resíduos de construção).

Para esses aspectos serão adotadas as medidas de gestão ambiental contempladas

no PCRCC e no PACE.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

77

3.6.4.3 Gestão para estabelecimento da faixa de servidão e demais aspectos

relacionados

A implantação do empreendimento acarretará o estabelecimento de faixa de

servidão sob a linha de transmissão, a qual visa à manutenção da segurança do

próprio sistema de transmissão e também de terceiros.

A faixa de servidão/segurança administrativa11 estabelece restrições de uso

do solo onde está é instituída. Quando esse aspecto atinge propriedades

particulares deve-se proceder a uma avaliação do imóvel atingido e a consequente

indenização do proprietário, averbando a instituição da servidão na respectiva

matrícula dominial do imóvel.

Para mitigar e compensar esse tipo de impacto é necessário antes de tudo

um eficiente e transparente canal de comunicação com os proprietários afetados. As

medidas de comunicação com os proprietários já estão contempladas no Programa

de Comunicação Social deste PBA.

Após o estabelecimento do canal permanente de comunicação com os

proprietários serão feitos os procedimentos de gestão socioambiental voltados para

a efetivação das indenizações. As indenizações não apenas irão considerar o

estabelecimento das restrições de uso instituídas pela faixa de servidão, mas

também levarão em conta a remoção de benfeitorias e também os danos causados

pela implantação e manutenção do empreendimento. As indenizações serão

efetivadas conforme legislação e normas de avaliação vigentes.

É importante salientar que a remoção de benfeitorias (imóveis ou plantações)

poderá causar algum tipo de degradação ambiental geralmente vinculada à geração

de resíduos de construção civil e remoção de pequena quantidade de solo e

vegetação rasteira para implantação de torres e postes. Nesse sentido serão

11

A faixa de servidão ou faixa de segurança tem as mesmas dimensões e são coincidentes, porém, quando o termo é associado às questões documentais imobiliárias trata-se mais comumente como servidão e, quando associado às questões de ordem técnica, como faixa de segurança.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

78

adotadas as medidas já contempladas no PPGRCC e PACE que incluem a correta

limpeza e a recuperação dos solos das áreas afetadas.

Em resumo, os procedimentos padrões para o estabelecimento da gestão

socioambiental da faixa de servidão seguirão os seguintes passos conforme check

list abaixo:

1. Pesquisa de preços de terras para a composição do valor da terra nua a ser

aplicado na avaliação da área do imóvel atingida pela faixa de servidão.

2. Pesquisa de preços para a composição de valores de benfeitorias (culturas e

edificações) localizadas na faixa.

3. Conferência dos dados da propriedade e do proprietário com base nas plantas e

memoriais descritivos individuais dos imóveis atingidos pela faixa de servidão da

Linha de Transmissão.

4. Visita ao proprietário para a obtenção da Licença de Passagem (Anuência),

cadastro da propriedade e levantamento físico da faixa de segurança e

benfeitorias. Nesse procedimento serão coletados os dados do proprietário para

efeito de cadastro no âmbito do PCS.

5. Avaliação da faixa de servidão e benfeitorias.

6. Apresentação dos valores indenizatórios aos proprietários e negociação. Após a

negociação com os valores acordados será elaborado o Laudo de Avaliação e

Recibo (LAR) para a solicitação de recursos junto à área financeira do

empreendedor.

7. Indenização. A indenização deverá ser efetivada por meio de cheque nominal

com comprovante de pagamento (recibo) e LAR assinados pelo proprietário (ou

beneficiário atribuído, se for o caso) em duas vias.

8. Legalização da faixa de servidão. O processo de legalização se dará pela

averbação da instituição da faixa de servidão na respectiva matrícula dominial do

imóvel. As despesas de cartório ficarão a cargo do empreendedor.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

79

Esses procedimentos serão executados para cada imóvel12 ou propriedade

(formal ou informal) onde será instituída a faixa de servidão da LT, inclusive na ilha

do Maroto, que apesar de ser uma área sob domínio da Superintendência do

Patrimônio da União (SPU), possui no seu interior algumas benfeitorias relacionadas

a práticas agrícolas intermitentes (cabana de madeira e palha para guarda de

ferramentas e pequenas lavouras/cana-de-açúcar, macaxeira e manga). A principal

tarefa nesse aspecto considerando o check list acima colocado será a identificação e

cadastro socioeconômico e ambiental das pessoas que se utilizam da ilha para

esses fins agrícolas a fim de que sejam feitos os procedimentos indenizatórios para

esta situação.

As medidas aqui definidas serão realizadas e finalizadas antes do início das

obras.

3.6.4.4 Gestão para mitigação e compensação do impacto da paisagem sobre o rio

São Francisco

Os impactos sobre a paisagem dependem da importância que lhe é atribuída

pela sociedade específica, que reflete suas preferências. Numa sociedade

heterogênea, os valores diferem de indivíduo para indivíduo, podendo estar

associados a aspectos econômicos, histórico-culturais, ecológicos, ou puramente

relacionados à beleza natural. Por essa razão, é difícil avaliar tal impacto.

As alterações na paisagem provocadas pelas obras de implantação da Linha

de LT, em especial na ilha do Maroto, deverão gerar algum nível de impacto na

percepção visual, sobretudo aos observadores localizados no entorno da área

diretamente afetada.

Contudo, analisando-se as possibilidades, infere-se que os efeitos negativos

relacionados à inserção física das torres serão minimizados, a princípio, pela pintura

das estruturas metálicas com a cor verde, tentando harmonizá-la à paisagem. Outra 12

Até o momento apenas um imóvel foi identificado como público-alvo para as medidas de estabelecimento da faixa de servidão, estando o processo indenizatório na fase de finalização. Resta agora executar os procedimentos na ilha do Maroto.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

80

medida a ser tomada será o estabelecimento de um cronograma de negociações

com os gestores municipais de Petrolina/PE e Juazeiro/BA para discutirem formas

de compensação do referido impacto ambiental.

Essas negociações poderão ser formalizadas dentro dos conselhos de meio

ambiente de cada município, através da criação de uma câmara técnica conjunta

estabelecida provisoriamente para este fim.

Esse processo de negociação poderá ser realizado durante todo o período de

instalação da LT, porém, a o estabelecimento da câmara técnica será feito antes do

começo das obras. Portanto, o passo a passo das ações voltadas para a mitigação e

compensação do impacto da LT sobre a paisagem do rio São Francisco será

conforme o check list abaixo.

1. Apresentação do empreendimento aos conselhos de meio ambiente de

Petrolina/PE e Juazeiro/BA (ação já contemplada no PCS);

2. Pintura das torres na tentativa de harmonizá-las à paisagem;

3. Formação de câmara técnica conjunta para negociação e definição das

medidas de compensação a serem adotadas por parte do

empreendedor;

4. Estabelecimento de cronograma das reuniões da câmara técnica;

5. Finalização das negociações e deliberação formal das medidas de

compensação por parte dos conselhos de meio ambiente;

6. Estabelecimento de plano de ação de compensação ambiental

(cronograma físico e financeiro) por parte do empreendedor firmado

com os conselhos municipais.

7. Aplicação do plano de compensação e apresentação do relatório final

encerrando formalmente todo o processo.

Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão

69 Kv Juazeiro/Petrolina II

81

3.6.4.5 Cronograma (planos auxiliares)

Quadro 42 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental.

Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.

Meses

1 2 3 4 5 6 7 8

Início da Obra ►

Gestão voltada para as interferências com a infraestrutura física A ■ ■

Gestão para recuperação de áreas degradadas A ■ ■ ■ ■ ■ ■

Gestão para estabelecimento da faixa de servidão A ■ ■ ■

Gestão para mitigação e compensação do impacto da paisagem sobre o rio São Francisco

A ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

Término da Obra ▼

Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando-se que um bom entendimento dos aspectos ambientais é

condição imprescindível para o alcance de uma boa gestão, bem como para a

correta inserção de todo e qualquer empreendimento em sua área de influência,

torna-se fundamental que sejam adotados as ações apontados neste Programa

Básico Ambiental (PBA).

Este PBA, portanto, fornece ao empreendedor, ao órgão licenciador e às

demais partes interessadas as diretrizes e ações necessárias ao controle

socioambiental dos impactos que o empreendimento na sua fase de instalação

poderá causar sobre o meio ambiente. Obviamente não se trata de um planejamento

rígido, mas flexível, que permitirá ao longo do processo de sua execução, as

mudanças que forem consideradas necessárias ao alcance dos objetivos e

resultados esperados aqui definidos.

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6 ANEXOS