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Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Traçado da Linha de Transmissão. .................................................................................................................................................. 8
Figura 2 – Diagrama simplificado para o gerenciamento dos resíduos sólidos .............................................................................................. 20
Figura 3 – Modelo de Cadastro de Destinatário de Resíduos ........................................................................................................................ 22
Figura 4 – Modelo de Formulário de Controle de Transporte de Resíduos (CTR) ......................................................................................... 23
Figura 5 – Localização preliminar das áreas com existência de processos erosivos ..................................................................................... 25
Figura 6 – Aspecto do solo da Área E-F do traçado diretriz da LT com processo erosivo pré-existente. ...................................................... 25
Figura 7 – Processo erosivo existente na ilha do Maroto no Rio São Francisco, Petrolina/PE ...................................................................... 26
Figura 8 – Processo erosivo existente na Estrada do Rodeadouro sentido Rio São Francisco, Petrolina/PE .............................................. 27
Figura 9 – Resumo esquemático do SGA do empreendimento. ..................................................................................................................... 72
Figura 10 - Localização dos acessos já existentes para o interior da ilha do maroto. .................................................................................... 76
LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Estrutura da Matriz do Quadro Lógico e sua correspondência com a estrutura tradicional de planejamento de objetivos ......... 10
Quadro 2 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (FINS) ............................................................. 13
Quadro 3 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (MEIOS) ........................................................... 14
Quadro 4 – Atividades e metas do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos .................................................................................. 15
Quadro 5 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos ..................................................................................... 16
Quadro 6 – Cronograma de execução do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos ....................................................................... 17
Quadro 7 – Classificação dos resíduos conforme Resolução CONAMA 307/2002 ....................................................................................... 18
Quadro 8 – Resíduos, classificação e destinação final previstas para a fase de instalação da LT ............................................................... 19
Quadro 9 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PGRCC .......................................................... 21
Quadro 10 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (FINS) ........................................................ 28
Quadro 11 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (MEIOS) ..................................................... 29
Quadro 12 – Atividades e metas do Subprograma para o Controle de Processos Erosivos ......................................................................... 30
Quadro 13 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Controle dos Processos Erosivos ............................................................................. 31
Quadro 14 – Cronograma de execução do Subprograma para Controle de Processos Erosivos ................................................................. 32
Quadro 15 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PACE ........................................................... 33
Quadro 16 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (FINS) ................................................................... 35
Quadro 17 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS) ................................................................ 36
Quadro 18 – Atividades e metas do Subprograma para Emergências Ambientais ........................................................................................ 38
Quadro 19 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Emergências Ambientais .......................................................................................... 39
Quadro 20 – Cronograma de execução do Subprograma para Emergências Ambientais ............................................................................. 40
Quadro 21 – Política de Saúde e Segurança do Grupo NEOENERGIA/CELPE ............................................................................................ 41
Quadro 22 – Acidentes predominantes na fase de construção de uma linha de transmissão ....................................................................... 42
Quadro 23 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Comunicação Social (FINS) ................................................................................... 45
Quadro 24 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS) ................................................................ 46
Quadro 25 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social ........................................................................................................ 47
Quadro 26 – Grupo-Objetivo do Programa de Comunicação Social .............................................................................................................. 48
Quadro 27 – Cronograma de execução do Programa de Comunicação Social ............................................................................................. 49
Quadro 28 – Partes interessadas prioritárias e as estratégias preliminares de comunicação social. ............................................................ 50
Quadro 29 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (FINS) ................................................................................... 55
Quadro 30 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (MEIOS) ................................................................................. 57
Quadro 31 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social ........................................................................................................ 58
Quadro 32 – Grupo-Objetivo do Programa de Educação Ambiental .............................................................................................................. 59
Quadro 33 – Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental ............................................................................................. 60
Quadro 34 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental na comunidade. ..................................................................................... 62
Quadro 35 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental com os trabalhadores. ........................................................................... 63
Quadro 36 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (FINS) ........................................................................ 65
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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Quadro 37 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (MEIOS)...................................................................... 66
Quadro 38 – Atividades e metas do Programa de Monitoramento da Avifauna ............................................................................................. 68
Quadro 39 – Grupo-Objetivo do Programa de Monitoramento da Avifauna ................................................................................................... 69
Quadro 40 – Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Avifauna. ................................................................................. 69
Quadro 41 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental. ................................................................................................ 74
Quadro 41 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental. ................................................................................................ 81
LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Características e dimensionamentos do empreendimento ............................................................................................................. 9
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................................................. 5
2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ..................................................................................................................................... 6
2.1 Identificação do Empreendedor ................................................................................................................................................... 6
2.2 Justificativa do Empreendimento ................................................................................................................................................. 7
2.3 Localização e Características do Empreendimento .................................................................................................................... 7
3 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS .............................................................................................................................................. 9
3.1 Introdução .................................................................................................................................................................................... 9
3.2 Plano Ambiental de Construção (PAC) ..................................................................................................................................... 11
3.2.1 Subprograma para Gestão de Resíduos Sólidos (Obra Limpa) ..................................................................................... 12
3.2.1.1 Lógica da intervenção .......................................................................................................................................... 13
3.2.1.2 Resumo das atividades e metas .......................................................................................................................... 15
3.2.1.3 Grupo-objetivo (público alvo) ............................................................................................................................... 16
3.2.1.4 Cronograma.......................................................................................................................................................... 17
3.2.1.5 Observações importantes .................................................................................................................................... 17
3.2.2 Subprograma para Controle de Processos Erosivos (Erosão Zero) .............................................................................. 24
3.2.2.1 Lógica da intervenção .......................................................................................................................................... 28
3.2.2.2 Resumo das atividades e metas .......................................................................................................................... 30
3.2.2.3 Grupo-objetivo (público alvo) ............................................................................................................................... 31
3.2.2.4 Cronograma.......................................................................................................................................................... 32
3.2.2.5 Observações importantes .................................................................................................................................... 32
3.2.3 Subprograma para Emergências Ambientais e Acidentes de Trabalho ......................................................................... 35
3.2.3.1 Lógica da intervenção .......................................................................................................................................... 35
3.2.3.2 Resumo das atividades e metas .......................................................................................................................... 38
3.2.3.3 Grupo-objetivo (público alvo) ............................................................................................................................... 39
3.2.3.4 Cronograma.......................................................................................................................................................... 40
3.2.3.5 Observações importantes .................................................................................................................................... 40
3.3 Programa de Comunicação Social ............................................................................................................................................ 44
3.3.1 Lógica da intervenção ..................................................................................................................................................... 45
3.3.2 Resumo das atividades e metas ..................................................................................................................................... 47
3.3.3 Grupo-objetivo (público alvo) .......................................................................................................................................... 48
3.3.4 Cronograma .................................................................................................................................................................... 49
3.3.5 Observações importantes ............................................................................................................................................... 49
3.4 Programa de Educação Ambiental ............................................................................................................................................ 52
3.4.1 Lógica da intervenção ..................................................................................................................................................... 55
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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3.4.2 Resumo das atividades e metas ..................................................................................................................................... 58
3.4.3 Grupo-objetivo (público alvo) .......................................................................................................................................... 59
3.4.4 Cronograma .................................................................................................................................................................... 60
3.4.5 Observações importantes ............................................................................................................................................... 60
3.5 Programa de Monitoramento da Avifauna ................................................................................................................................. 64
3.5.1 Lógica da intervenção ..................................................................................................................................................... 65
3.5.2 Resumo das atividades e metas ..................................................................................................................................... 68
3.5.3 Grupo-objetivo (público alvo) .......................................................................................................................................... 69
3.5.4 Cronograma .................................................................................................................................................................... 69
3.5.5 Observações importantes ............................................................................................................................................... 70
3.6 Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento ............................................................................................................... 71
3.6.1 Modelo de sistema de gestão ambiental ........................................................................................................................ 71
3.6.2 Etapas e atividades do SGA ........................................................................................................................................... 72
3.6.3 Cronograma .................................................................................................................................................................... 74
3.6.4 Os planos auxiliares ........................................................................................................................................................ 74
3.6.4.1 Gestão voltada para as interferências com a infraestrutura física ....................................................................... 74
3.6.4.2 Gestão para recuperação de áreas degradadas ................................................................................................. 75
3.6.4.3 Gestão para estabelecimento da faixa de servidão e demais aspectos relacionados ........................................ 77
3.6.4.4 Gestão para mitigação e compensação do impacto da paisagem sobre o rio São Francisco ............................ 79
3.6.4.5 Cronograma (planos auxiliares) ........................................................................................................................... 81
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................................................. 81
5 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................................................... 82
6 ANEXOS ............................................................................................................................................................................................... 86
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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1 APRESENTAÇÃO
Este Programa Básico Ambiental (PBA) faz parte do processo de
licenciamento ambiental da Linha de Transmissão de 69 kV que interligará a
Subestação Juazeiro II e a Subestação Petrolina II, entre os municípios de Juazeiro
– BA e Petrolina – PE.
O PBA detalha os programas ambientais apresentados no Relatório
Ambiental Simplificado - RAS e as condicionantes especificadas na Licença Prévia
nº 495/2014 concedida pelo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA.
O objetivo deste PBA é apresentar de forma objetiva e de fácil entendimento
quais ações serão tomadas para o controle e mitigação dos impactos
socioambientais negativos do empreendimento prognosticados ainda na fase de
planejamento da obra na ocasião da obtenção da Licença Prévia.
As ações são apresentadas em programas, subprogramas e planos
auxiliares. Para os programas e subprogramas as ações foram estruturadas nas
seguintes categorias: Objetivo Superior (contribuição do programa), Objetivo do
Programa (propósito da intervenção), Resultados Esperados (etapas essenciais que
devem ser alcançadas para se atingir o objetivo), Indicadores Objetivamente
Comprováveis, Fontes de Verificação (onde serão encontrados os indicadores) e
Suposições Importantes (fatores externos que podem afetar positiva ou
negativamente a execução do programa). Essa forma de estruturação tem como
base o método Quadro Lógico (PFEIFFER, 2006) que permite de forma clara e
objetiva reconhecer a lógica das intervenções propostas nesta fase de
planejamento, além de permitir uma maior clareza sobre os resultados a serem
alcançados (situação positiva desejada).
Após a concepção dos programas e subprogramas na Matriz do Quadro
Lógico os mesmos são detalhados nas suas respectivas atividades e cronogramas
incluindo também a identificação das principais partes interessadas (steakholders) e
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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aspectos conceituais e metodológicos pertinentes necessários à compreensão das
propostas de ação.
Por fim, o PBA será fundamental para a divulgação das ações junto às
comunidades, assim como auxiliar na construção de canais de comunicação social e
educação ambiental focados na conscientização sobre possíveis riscos e cuidados
que devem ser observados em relação ao empreendimento.
2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
2.1 Identificação do Empreendedor
Nome/Razão Social Companhia Energética de Pernambuco CELPE/Grupo Neoenergia
CNPJ 10.835.932/0001-08
ENDEREÇO Avenida João de Barros, nº 111, Boa Vista.
MUNICÍPIO Recife UF: PE
TELEFONE (81) 3217-5842
E-MAIL [email protected]
NOME DO EMPREENDIMENTO
Instalação de Linha de Transmissão 69 Kv Juazeiro/Petrolina II
RESPONSÁVEL Thiago Caires - Gestor da Unidade de Meio Ambiente
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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2.2 Justificativa do Empreendimento
A região do vale do São Francisco tem se tornado nas últimas décadas num
grande polo de desenvolvimento da agricultura irrigada integrado não só ao mercado
interno, mas também ao mercado internacional. Esta dinâmica socioeconômica tem
levado a uma crescente demanda de energia na região, atualmente atendida por
apenas dois circuitos que interligam a subestação de Juazeiro II 230/69 Kv à
seccionadora de Petrolina.
Nesse sentido, visando ampliar a flexibilidade de manobras e confiabilidade
do sistema elétrico na região, decidimos construir uma nova Linha de Transmissão,
que irá beneficiar diretamente os municípios de Petrolina, Juazeiro, Lagoa Grande e
Afrânio. Cabe ressaltar, que o empreendimento apresenta vantagens do ponto de
vista ambiental por possuir um traçado predominantemente inserido em área
urbano-industrial de baixo impacto sobre o meio físico e biótico.
2.3 Localização e Características do Empreendimento
O traçado da Linha de Transmissão (LT) tem origem na Subestação da
CHESF (Juazeiro II), situada no município de Juazeiro – BA, finalizando na
Subestação da CELPE (Petrolina II), situada no município de Petrolina – PE.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
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Figura 1 - Traçado da Linha de Transmissão.
Fonte: Adaptado do Google Earth.
A Tabela 1 apresenta um resumo das principais características e dimensionamentos
do empreendimento.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
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Tabela 1 – Características e dimensionamentos do empreendimento
Descrição Dimensionamento
Extensão do Traçado 17,5 Km
Postes circulares de concreto 219
Torres metálicas Tipo AT 3
Cabos de Transmissão Tipo 636CAA
Altura de segurança das estruturas urbanas (postes circulares de concreto) 6,5 m
Altura de segurança das estruturas da travessia do Rio São Francisco (torres metálicas) 15 m
3 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS
3.1 Introdução
Antes da apresentação detalhada dos planos e programas ambientais faz-se
necessário estabelecer os pressupostos metodológicos que estão na base da
estruturação dos programas e subprogramas deste Plano Básico Ambiental.
Como método de estruturação dos programas e subprogramas adotou-se a
Matriz de Quadro Lógico(PFFEIFER, 2006) para auxiliar na concepção dos
objetivos e resultados esperados do Plano Básico Ambiental do empreendimento.
A escolha desta metodologia de estruturação se deu pela clareza semântica
que o Quadro Lógico proporciona ao processo de planejamento no que diz respeito
aos fins e aos meios dos programas e subprogramas ambientais.
É bastante comum na maioria dos planejamentos a confusão que se faz entre
objetivos (fins) e ações (meios) gerando mal entendidos e pouca clareza sobre o que
de fato se pretende alcançar com a intervenção proposta. O Quadro Lógico minimiza
esse problema estruturando de forma lógica e semanticamente clara o real propósito
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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de cada intervenção (objetivo) apontando as mudanças esperadas para cada grupo-
objetivo (público-alvo). Para isso, o Quadro Lógico hierarquiza os objetivos que são
concebidos aqui como “situações positivas desejadas” com foco nos grupos-
objetivos (público-alvo) identificados.
Nesse sentido, os objetivos e resultados esperados são descritos como
“situações positivas desejadas1” como requer a metodologia, não sendo utilizado
na sua proposição “verbos de ação no infinitivo” comumente usado na maioria dos
planejamentos gerando confusão semântica entre o que é fim (objetivos/propósito) e
meio (ação/atividades).
Por fim, o Quadro Lógico (QL) facilita a estruturação das atividades (os meios)
após concepção consolidada dos objetivos e resultados esperados (os fins)
estabelecendo assim um escopo detalhado para cada proposta de intervenção.
Quadro 1 - Estrutura da Matriz do Quadro Lógico e sua correspondência com a estrutura tradicional de planejamento de objetivos
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores
Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação
Suposições Importantes
FIN
S
Objetivo Superior Contribuição do programa ou subprograma (por que o programa deve ser elaborado?)
Indicadores de efeito Fontes que
comprovem os efeitos indiretos
Fatores externos para assegurar o
alcançado
Objetivo do Programa ou subprograma (Objetivo Geral)
Propósito da intervenção: Efeito que se espera alcançar como resultado final do programa ou subprograma.
Indicadores de efeito Fontes que
comprovem os efeitos diretos2
Fatores externos para alcançar a contribuição do
programa
Resultados Esperados (Objetivos Específicos) Resultado 1 Resultado 2 Resultado 3
Resultados em termos de produtos ou serviços que a gestão do programa ou subprograma deve garantir a fim de alcançar o objetivo do programa ou subprograma.
Indicadores de acompanhamento
(metas gerenciáveis)
Fontes que comprovem o desempenho
Fatores externos para alcançar o
propósito da intervenção
ME
IOS
Atividades Principais (Ações) Atividade1 Atividade2 Atividade3
Atividades que o programa ou subprograma tem que executar a fim de produzir os resultados
Indicadores de acompanhamento
(metas gerenciáveis)
Fontes que comprovem o desempenho
Fatores externos para alcançar os
resultados
Fonte: Adaptado de Pfeiffer (2006).
1 Nesse sentido utiliza-se em geral a sentença com o verbo no particípio, demonstrando claramente qual é a situação que se
deseja alcançar. Ex: PGRS elaborado e funcionários capacitados (fins), ao invés de elaborar PGRS e capacitar funcionários (meios). 2 O alcance do objetivo superior e do objetivo do programa só pode ser verificado após a conclusão da intervenção.
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69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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Como visto no Quadro 1 o QL é uma matriz que estrutura os elementos
considerados os mais importantes de um projeto permitindo sua apresentação
sistemática, lógica e sucinta. O QL permite então, uma análise do que se deseja
mudar com a intervenção considerando uma dada situação problema, neste caso, os
impactos ambientais negativos do empreendimento.
Pfeiffer (2006) destaca que o QL não é um plano completo de um projeto,
mas trata-se apenas de um resumo do plano de intervenção, que fornece respostas
basicamente às seguintes perguntas:
Por que o projeto deve ser realizado?
Qual é o seu propósito e quais as mudanças a serem alcançadas?
Como se pretende produzir melhorias?
Quais as condições externas que influenciam o alcance dos resultados
e dos seus efeitos?
Como é possível identificar o alcance das melhorias e mudanças?
Em outras palavras, segundo o mesmo autor, a aplicação do enfoque QL
pretende definir e mostrar a viabilidade de um projeto já na fase do seu
planejamento facilitando a comunicação com as partes interessadas.
3.2 Plano Ambiental de Construção (PAC)
A implantação do PAC do empreendimento busca assegurar a qualidade
ambiental das frentes de obra no processo de instalação da LT controlando assim os
aspectos ambientais que foram destacados no RAS e na LP, a saber: a geração de
resíduos sólidos no processo de instalação da LT; o risco de intensificação de
processos erosivos na instalação das infraestruturas; e os riscos ambientais
relacionados à poluição e a acidentes de trabalho e com a população do entorno.
No PAC são apresentadas diretrizes e ações ambientais a serem seguidas
pela construtora contratada para instalação da LT. As ações do PAC estão
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estruturadas em subprogramas que serão executados e monitorados durante todo o
período de instalação do empreendimento sob a coordenação e supervisão do
empreendedor através de sua Unidade de Meio Ambiente.
3.2.1 Subprograma para Gestão de Resíduos Sólidos (Obra Limpa)
O gerenciamento dos resíduos sólidos de construção nos canteiros de obras
de pequeno, médio e grande portes é de suma importância para a conservação do
meio ambiente nos centros urbanos. A gestão adequada dos resíduos de construção
contribui para a redução dos chamados “entulhos” reduzindo assim custos sociais,
financeiros e ambientais (BLUMENSCHEIN, 2007).
A formação de entulhos é resultado de uma má segregação e gestão
ambiental dos resíduos de construção. Geralmente eles são depositados em
terrenos baldios e representam dentro do contexto geral dos resíduos sólidos
urbanos enormes riscos ambientais seja pelo volume gerado ou pelas dificuldades
de disposição final (FARIA, 2011).
Segundo Blumenschein (2007), a destinação inadequada dos resíduos de
processos construtivos contribui para o esgotamento de aterros sanitários haja vista
que tais resíduos chegam a perfazer mais de 50% do volume dos rejeitos
depositados em aterros. Além do mais, os entulhos podem provocar a obstrução do
sistema de drenagem urbana, e a proliferação de insetos e roedores, e não
raramente a contaminação de águas subterrâneas pela penetração através do solo
de metais de alta toxidade, sem contar com o desperdício de materiais recicláveis e
a poluição visual.
O Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos da construção da LT
buscará evitar todos esses problemas contribuindo assim para a redução do impacto
negativo da geração de resíduos sólidos sobre o meio ambiente urbano na área de
influência direta do empreendimento.
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3.2.1.1 Lógica da intervenção
Quadro 2 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (FINS)
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos
OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores
Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação
Suposições Importantes
FIN
S
Obj
etiv
o S
uper
ior
O subprograma contribuirá para redução do impacto negativo da geração de resíduos sólidos sobre o meio ambiente urbano na área de influência direta do empreendimento.
Qualidade do aspecto visual do
meio ambiente nas frentes de obra em termos de limpeza,
higiene e organização
Registro fotográfico em relatórios de
acompanhamento do PGRCC.
O subprograma está restrito às frentes de obra da LT tendo
pouca influência sobre a geração de resíduos por outros agentes
nas adjacências do empreendimento.
Obj
etiv
o do
Sub
prog
ram
a
para
Ges
tão
de R
esíd
uos
(Ob
jeti
vo G
eral
) O propósito do subprograma é a minimização da geração de resíduos na fonte sendo executado por parte da construtora a correta segregação, manuseio, acondicionamento e destinação final dos resíduos.
Quantidade de resíduos gerados em
comparação com montante previsto no
planejamento do PGRCC.
Percentual de
alcance das metas do PGRC
Cópia do Relatório Final do PGRCC.
O empreendedor deve considerar no planejamento a compra de
insumos e materiais que geram menos resíduos, seja pela redução de embalagens descartáveis ou pelo seu potencial de reutilização.
Res
ult
ado
s E
sper
ado
s
(Ob
jeti
vos
Esp
ecíf
ico
s) 1. Plano de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil(PGRCC) elaborado pelo empreendedor.
2. PGRCC implantado corretamente pela construtora durante as obras sob supervisão do empreendedor.
3. Resíduos destinados corretamente pela construtora sob a supervisão do empreendedor.
PGRCC elaborado.
Percentual de não conformidade do
PGRCC
Percentual de destinação final adequada dos
resíduos.
Cópia do PGRCC aprovado.
Relatórios de inspeções.
Cadastro dos
Destinatários dos Resíduos
Os funcionários da empresa construtora devem assimilar em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais para a execução do PGRCC.
A existência de aterros sanitários
que processam resíduos de construção na região do
empreendimento é fundamental para o sucesso do PGRCC.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
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Quadro 3 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos (MEIOS)
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos
ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
ME
IOS
1. Caracterizar os resíduos que poderão ser gerados estabelecendo a classificação e as estratégias para o manuseio sustentável dos mesmos.
PGRCC elaborado. Cópia do PGRCC
aprovado.
Na concepção das estratégias de gerenciamento dos resíduos deve-se
considerar a priorização dos objetivos de um PGRS conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Tratar e
Disposição Final.
2. Implantar infraestruturas nas frentes de obra para execução do PGRCC (segregação, acondicionamento, coleta e transporte internos, armazenamento temporário, coleta e transporte externos, tratamento e disposição final).
Percentual dos equipamentos e ferramentas adquiridos em
conformidade com as prescrições do PGRCC.
Check list dos
equipamentos e ferramentas adquiridos que foram prescritos no
PGRCC.
Cadastro dos Destinatários dos
Resíduos e o Controle de Transporte de Resíduos
comprovando a destinação final.
Relatórios de inspeções.
Como não existe um canteiro de obra fixo deve-se priorizar a aquisição de
equipamentos e ferramentas (coletores, vassouras, pás, etc.) que sejam de fácil
manuseio e portáteis para facilitar a mobilidade dos mesmos nas frentes de
obras.
Os resíduos devem ser segregados e coletados nas frentes de obra se
posteriormente armazenados no galpão da empresa construtora em
conformidade com a Resolução CONAMA 275/2001 até atingirem volume considerável para serem transportado à destinação final.
3. Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PGRCC.
Percentual dos funcionários envolvidos na obra capacitados para
implantação do PGRCC
Relatórios das oficinas de treinamento.
Atas de frequência.
As oficinas de treinamento devem seguir as prescrições da Instrução Normativa do IBAMA 02/2012 e serão integradas
ao Programa de Educação Ambiental do PBA do empreendimento.
4. Monitorar periodicamente a execução do PGRCC
Quantidade de inspeções do PGRCC durante o tempo vigência
do plano. Relatórios de inspeções.
O cronograma previsto para execução do PGRCC é de 6 meses. Nesse
período estão previstas 4 inspeções mensais consecutivas. A periodicidade
poderá ser quinzenal e o número de inspeções poderá aumentar caso na
primeira supervisão sejam encontradas um número muito alto de não
conformidades (≥10%).
5. Elaborar relatório final de execução do PGRCC
Relatório Final do PGRCC elaborado.
Cópia do Relatório Final do PGRCC aprovado.
O Relatório Final deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados
esperados definidos no PGRCC na fase de planejamento.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
15
3.2.1.2 Resumo das atividades e metas
Quadro 4 – Atividades e metas do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos
DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES METAS
GERENCIÁVEIS
ME
IOS
ATIVIDADES - AÇÕES
Caracterizar os resíduos que poderão ser gerados estabelecendo a classificação e as estratégias para o manuseio sustentável dos mesmos.
Empreendedor. PGRCC elaborado. PGRCC aprovado.
Implantar infraestruturas nas frentes de obra para execução do PGRCC (segregação, acondicionamento, coleta e transporte internos, armazenamento temporário, coleta e transporte externos, tratamento e disposição final).
Empreendedor.
Percentual dos equipamentos e ferramentas adquiridos para execução do PGRCC em conformidade com as
prescrições do Plano.
100%
Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PGRCC.
Empreendedor. Percentual os funcionários envolvidos na obra capacitados para implantação
do PGRCC. 100%
Monitorar periodicamente a execução do PGRCC
Empreendedor. IBAMA.
Número inspeções do PGRCC durante o tempo vigência do plano
≥4
Elaborar relatório final de execução do PGRCC Empreendedor. Relatório Final do PGRCC elaborado. Relatório aprovado.
FIN
S
RESULTADOS ESPERADOS - PRODUTOS
Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil(PGRCC) elaborado pelo empreendedor.
Empreendedor. PGRCC elaborado. PGRCC aprovado.
PGRCC implantado corretamente pela construtora durante as obras sob supervisão do empreendedor.
Construtora e Empreendedor.
Percentual de alcance das metas do PGRCC em percentual
Percentual de não conformidade do
PGRCC
≥ 80%
≤10%
Resíduos destinados corretamente pela construtora sob a supervisão do empreendedor.
Construtora Percentual de destinação final
adequada dos Resíduos 100%
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
16
3.2.1.3 Grupo-objetivo (público alvo)
Quadro 5 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos
Partes Interessadas Identificação Atribuições
EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e controlar o Subprograma por meio do PGRCC.
CONTRUTORA Majestosa Engenharia LTDA CNPJ: 11.942.836 0001-21
Executar o PGRCC sob direção e supervisão da CELPE.
Colaborar na mobilização dos
funcionários da obra engajando-os na execução do PGRCC.
TRASNPORTADORES/DESTINATÁRIOS
FINAIS
Aterro Sanitário de Petrolina – Empresa CTRP S.A
Papa EntulhoJanara Moreira Barbosa LTDA
Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Petrolina - COOMARCA
Cooperativa de Catadores de Petrolina - Renascer
COOPERFITZ - Cooperativa de Catadores de Materiais Reciclaveis de Juazeiro de Juazeiro/BA
Armazenar, transportar e fazer a destinação final conforme
normastécnicas específicas e diretrizes do PGRCC.
ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA
Aprovar o Subprograma no âmbito do licenciameto ambiental e fiscalizar a execução do PGRCC para fins de
controle ambiental do empreendimento.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
17
3.2.1.4 Cronograma
Quadro 6 – Cronograma de execução do Subprograma para Gestão dos Resíduos Sólidos
Atividades e Resultados Esperados COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Caracterizar os resíduos que poderão ser gerados estabelecendo a classificação e as estratégias para o seu manuseio
A ■
PGRCC elaborado R ■
Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PGRCC A ■
Implantar infraestruturas nas frentes de obra para execução do PGRCC A ■
PGRCC implantado corretamente pela construtora durante as obras sob supervisão do empreendedor.
R ■ ■ ■ ■ ■ ■
Monitorar periodicamente a execução do PGRCC A ■ ■ ■ ■
Resíduos destinados corretamente pela construtora sob a supervisão do empreendedor.
R ■ ■ ■ ■ ■ ■
Elaborar relatório final de execução do PGRCC A ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
3.2.1.5 Observações importantes
Na realização do prognóstico qualitativo e quantitativo dos resíduos que
podem ser gerados pelo empreendimento na fase de instalação da LT será levada
em consideração a classificação de resíduos sólidos de acordo com a Resolução
CONAMA 307/02 (Resíduos da Construção Civil) (Quadro 7).
Além da estimativa dos tipos e quantidades de resíduos que podem ser
gerados na obra, haverá a definição dos objetivos e estratégias para o manuseio dos
mesmos priorizando a redução, a reutilização e a reciclagem, optando como última
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
18
solução a disposição final conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) e a própria CONAMA 307/02.
Quadro 7 – Classificação dos resíduos conforme Resolução CONAMA 307/2002
Classes Integrantes predominantes considerados
na composição gravimétrica Destinação
A Resíduos recicláveis como agregados, tijolos, blocos, telhas, argamassa, concreto, areia e pedra.
Reutilização ou reciclagem na forma de agregados, ou encaminhados às áreas deaterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.
B Resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.
Reutilização/reciclagem ou encaminhamento às áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.
C
Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam sua reciclagem ou recuperação.
Armazenamento, transporte edestinação final conforme normastécnicas específicas.
D Resíduos perigosos como tintas, solventes, óleos e amianto (ou qualquer material contaminado por estes).
Armazenamento, transporte,reutilização e destinação final conforme normas técnicasespecíficas.
Fonte: Adaptado de Lima e Lima (2009).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
19
Quadro 8 – Resíduos, classificação e destinação final previstas para a fase de instalação da LT
Resíduo Classificação
(CONAMA 307/02)
Manuseio e Destinação
Bobinas de madeira utilizadas para acondicionar
os cabos de energia. B
As bobinas serão devolvidas aos fornecedores para reutilização mediante logística reversa.
Resíduo Comum: Restos de alimentos, embalagens de
quentinhas e copos descartáveis, e de podas de
árvores.
B
Os resíduos serão segregados e coletados em recipientes específicos devidamente sinalizados nas frentes de obra.Serão depois transportados para o armazenamento temporário no galpão da construtora para posteriormente serem destinados ao Aterro Sanitário de Petrolina (CTR Petrolina).
Sobras de concreto e argamassa
A
Os resíduos serão segregados nas frentes de obra em recipientes específicos sendo recolhidos para o armazenamento temporário localizado no galpão da construtora (papa entulho) para serem posteriormente transportados para a Unidade de Beneficiamento de Entulhos do Aterro Sanitário de Petrolina (CTR Petrolina).
Equipamentos inservíveis de EPIs e EPCs,
embalagens plásticas e de papelão, sobras de estacas
metálicas e de madeira.
B
Após segregação nas frentes de obra e triagem no local de armazenamento temporário (galpão da construtora) os resíduos com potencial de reciclagem (papelão, plástico e metais) serão encaminhados para cooperativas de reciclagem existentes na região. O restante do material será destinado ao Aterro Sanitário de Petrolina (CTR Petrolina).
Fonte: Brainstorms com equipe de meio ambiente da CELPE.
A Figura 2 apresenta os elementos que serão considerados na elaboração do
PGRCC. Serão explicitadas no PGRCC a geração dos resíduos e as medidas a
serem tomadas para a sua segregação, acondicionamento, coleta e transporte além
da especificação dos destinos finais (cooperativas de reciclagem, aterros sanitários,
unidades de tratamento de entulhos, etc.).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
20
Figura 2 – Diagrama simplificado para o gerenciamento dos resíduos sólidos
Fonte: FRAGA (2011).
Na aquisição de coletores de resíduos, vassouras, pás, etc. serão utilizados
equipamentos portáteis e de fácil manuseio para facilitar a mobilidade dos mesmos
nas frentes de obras, haja vista que não haverá um canteiro de obra fixo. Todavia,
os resíduos coletados nas frentes de obras serão temporariamente armazenados de
forma segregada no galpão da empresa construtora até atingir volume considerável
para ser transportado à destinação final a ser indicada no PGRCC.
A capacitação da equipe responsável pela execução do PGRCC
(empreendedor) e demais trabalhadores da obra (construtora) será feita através de
oficina educativa que seguirá os indicativos metodológicos da educação ambiental
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
21
(ver descrição no Programa de Educação Ambiental). Além de abordar conteúdos
diretamente relacionados ao PGRCC, a oficina também tratará dos objetivos e
princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos e como estes podem ser
aplicados nas frentes de obra.
O próprio PGRCC na sua fase de elaboração estabelecerá os aspectos
práticos dessa atividade: instrutoria, local de capacitação e data. A meta para essa
atividade é a capacitação de 100% da equipe e funcionários envolvidos na obra em
torno de 40 a 50 pessoas. Para esse quantitativo de pessoas a realização de uma
oficina educação ambiental com carga horária de 8 horas (um dia de trabalho) seria
o suficiente para os objetivos aqui propostos.
Quadro 9 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PGRCC
Objetivos pedagógicos Conteúdo Metodologia Avaliação da
Aprendizagem
Compreender os conceitos e a classificação dos resíduos sólidos para efeito de sua gestão; Reconhecer os principais aspectos legais relacionados à gestão dos resíduos sólidos; Identificar as etapas e procedimentos para implantação do PGRCC; Identificar oportunidades e desafios para o estabelecimento de responsabilidades relacionadas ao gerenciamento de resíduos.
O problema dos resíduos sólidos e seus impactos socioambientais; Conceitos e Classificação dos Resíduos Sólidos (quanto à origem, tipo de resíduo, composição química e periculosidade/ NBR 10.004:2004 e CONAMA 307/02); Princípios e Objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos; Etapas e processos do PGRCC.
Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo.
Aplicação de questionário com respostas objetivas; Exposição oral das lições aprendidas (avaliação dialógica).
Fonte: Barros (2014).
O empreendedor fará inspeções periódicas para verificar se a execução do
PGRCC por parte da empresa construtora está sendo realizada conforme prescrito
no plano. Estão previstas no mínimo 4 inspeções mensais consecutivas (meta
gerenciável). Essa periodicidade poderá ser aumentada e realizada quinzenalmente
caso na primeira supervisão sejam encontradas um número muito alto de não
conformidades (≥10%).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
22
A execução do PGRCC ocorrerá durante todo o processo de construção da
LT com previsão de seis meses de duração. Após esse período de vigência o
empreendedor deverá elaborar o Relatório Final evidenciando o alcance dos
objetivos e resultados esperados definidos no PGRCC na fase de planejamento e
apresentar o Cadastro dos Destinatários dos Resíduos e o Controle de Transporte
de Resíduos (Figuras 3 e 4).
Figura 3 – Modelo de Cadastro de Destinatário de Resíduos
Fonte: Pinto (2005)
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
23
Figura 4 – Modelo de Formulário de Controle de Transporte de Resíduos (CTR)
Fonte: Pinto (2005)
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
24
3.2.2 Subprograma para Controle de Processos Erosivos (Erosão Zero)
Processos erosivos iniciam quando água e ventos desagregam solo e
partículas de rocha da superfície da terra. Após a desagregação, partículas de solo
são transportadas pelo ar e pela água sendo remanejadas para outros lugares
podendo causar impactos negativos sobre cursos d’águas e comunidades bióticas
adjacentes ou distantes do ponto onde se originou a erosão (GOLDMAN et al.,
1986).
O Subprograma para Controle de Processos Erosivos a ser implantado
durante a fase de implantação da Linha de Transmissão 69 Kv Juazeiro II Petrolina
II, buscará identificar e caracterizar as áreas naturalmente suscetíveis à erosão e
aquelas que poderão sofrer processos erosivos em decorrência das atividades da
obra. Também buscará apresentar, caso necessário, as medidas cabíveis para
estabilização das áreas fragilizadas e para prevenção de novas ocorrências, visando
o controle de tais processos.
De forma preliminar já é possível identificar dentro da Área Diretamente
Afetada (ADA) do empreendimento três áreas aonde vem ocorrendo processos
erosivos (Figura 5).
A primeira área encontra-se no município de Juazeiro/BA antes do ponto da
travessia do Rio São Francisco (Figura 5 segmento E-F). A área constitui-se num
terreno amplamente aberto e plano destinado à construção de casas (loteamento),
praticamente sem cobertura vegetal, composto na sua maior parte por material de
aterro associado a solo do tipo litólico bastante comum na região. Devido à baixa
declividade (em torno de 0 a 5%) e a ausência de cobertura vegetal no solo o
processo erosivo predominante é do tipo eólico laminar apresentando baixo nível de
degradação. A referida área situa-senas coordenadas geográficas
9°26’49.34”S/40°31’54.82”O e 9°26’40.46”S/40°32’28.09”O (Figura 6).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
25
Figura 5 – Localização preliminar das áreas com existência de processos erosivos
Fonte: Adaptado de Souza Barros Consultoria em Sustentabilidade (2014).
Figura 6 – Aspecto do solo da Área E-F do traçado diretriz da LT com processo erosivo pré-existente.
Foto: André Barros (Julho de 2014).
A segunda área situa-se na ilha do Maroto às margens sul da pequena ilhota.
Trata-se de erosão fluvial sobre um pequeno talude da ilha ocasionando a formação
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
26
de colúvios e depósitos marginais de encostas cujos sedimentos vão sendo
carreados gradativamente pelo rio (Figura 7).
Figura 7 – Processo erosivo existente na ilha do Maroto no Rio São Francisco, Petrolina/PE
Foto: André Barros (Julho de 2014).
Na Figura 5 essa área corresponde ao segmento F-G (travessia). Como
discorrido nos estudos de viabilidade ambiental do empreendimento realizados
anteriormente (SOUZA BARROS CONSULTORIA, 2014) o empreendimento deve
evitar o acesso à ilha por esta área para evitar entre outras coisas a intensificação
de tais processos erosivos. Mesmo sabendo que não haverá nenhuma interferência
direta da obra nesse trecho da ilha, a área será objeto de monitoramento por parte
do empreendedor.
A terceira área situa-se dentro do segmento G-H (Figura 5) numa das
margens direita da Av. Juiz de Fora (sentido ilha do Rodeadouro, Rio São Francisco,
Petrolina/PE) nas coordenadas geográficas 9°25'24.47"S e 40°32'56.36"O. O
processo erosivo no solo ocasionado pela ausência de cobertura vegetal inicia-se
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
27
numa propriedade privada adjacente à rodovia. A área em processo de erosão situa-
se em nível planimétrico mais baixo do que estrada e expande-se atingindo a faixa
de domínio da rodovia. O solo possui aspecto argilo-arenoso totalmente exposto as
ações da chuva e do vento (Figura 8).
Figura 8 – Processo erosivo existente na Estrada do Rodeadouro sentido Rio São Francisco, Petrolina/PE
Foto: André Barros (Julho de 2014).
Essas três áreas deverão ter uma atenção especial dentro do Subprograma
de controle da erosão para que tais processos erosivos não sejam intensificados
pelo empreendimento e também, que os mesmos não venham pôr em risco a
segurança e operacionalidade das torres e demais estruturas da LT ou atingir áreas
limítrofes.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
28
3.2.2.1 Lógica da intervenção
Quadro 10 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (FINS)
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Controle de Processos Erosivos
OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL
Lógica da Intervenção Indicadores
Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação
Suposições Importantes
FIN
S
Obj
etiv
o S
uper
ior O subprograma contribuirá para
prevenção do impacto negativo relacionado à intensificação de processos erosivos na Área Diretamente Afetada do empreendimento.
Conservação e melhoria do aspecto visual dos solos nas na Área Diretamente Afetada
do empreendimento.
Registro fotográfico em relatórios de
acompanhamento do Subprograma
mostrando as áreas de solo diretamente
afetadas pela obra antes e depois das
intervenções.
O subprograma está restrito às frentes de obra da LT tendo pouca influência sobre os
processos erosivos existentes fora de Área Diretamente Afetada
do empreendimento.
Obj
etiv
o do
Sub
prog
ram
a
(Ob
jeti
vo G
eral
)
O propósito do subprograma é a neutralização dos processos erosivos relacionados ao empreendimento (Erosão Zero) através de medidas preventivas e corretivas executadas pela Construtora sob direção e supervisão do Empreendedor.
Neutralização dos processos erosivos relacionados ao
empreendimento ao longo do traçado e das frentes de obra
da LT.
Cópia do Relatório Final do PACE.
O empreendedor deve evitar ao máximo possível a instalação
direta da LT em áreas diagnosticadas com processos
avançados de erosão.
Res
ult
ado
s E
sper
ado
s (O
bje
tivo
s E
spec
ífic
os)
1. Diagnóstico dos locais com processos erosivos e das áreas suscetíveis à erosão dentro da Área Diretamente Afetada elaborado pelo empreendedor.
2. Plano de Ação de Controle da Erosão (PACE) elaborado pelo empreendedor.
3. PACE implantado
corretamente pela construtora durante as obras sob direção e supervisão do empreendedor.
Diagnóstico dos processos erosivos elaborado.
PACE elaborado.
Percentual de sucesso das
medidas de neutralização dos processos erosivos
relacionados ao empreendimento.
Cópia do Diagnóstico aprovado.
Cópia do PACE
aprovado.
Relatórios de monitoramento e
execução do PACE.
O diagnóstico deve graduar os riscos das áreas suscetíveis à
erosão considerando os seguintes critérios: topografia, drenagem
natural, tipo de solo, cobertura do solo, áreas adjacentes e
requisitos legais.
O PACE deve priorizar a prevenção, reduzindo ao máximo
possível o uso de ações corretivas.
Os funcionários da empresa
construtora devem assimilar em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais
para a execução do PACE.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
29
Quadro 11 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Controle de Processos Erosivos (MEIOS)
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Controle de Processos Erosivos
ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
ME
IOS
Identificar e mapear as áreas mais suscetíveis à erosão na faixa de servidão do empreendimento.
Diagnóstico elaborado. Cópia do Diagnóstico.
Para os pontos identificados como suscetíveis deve ser mensurado o grau de risco à erosão para que seja estabelecida a priorização das
intervenções.
Identificar eventuais processos erosivos na faixa de servidão do empreendimento.
Diagnóstico elaborado. Cópia do Diagnóstico.
Para os pontos identificados com processos pré-existentes de erosão devem ser avaliados
os riscos que estes exercem sobre o empreendimento e os riscos que o
empreendimento exerce sobre eles em termos de intensificação.
Planejar medidas e soluções técnicas para neutralizar os processos erosivos previstos e identificados.
Plano de Controle de Erosão elaborado.
Cópia do PACE Com base no diagnóstico, o planejamento deve priorizar a prevenção, reduzindo ao
máximo possível o uso de ações corretivas.
Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PACE.
Percentual dos funcionários envolvidos na obra capacitados para
implantação do PACE.
Relatórios das oficinas de treinamento.
Atas de frequência.
As oficinas de treinamento devem seguir as prescrições da Instrução Normativa do IBAMA 02/2012 e serão integradas ao
Programa de Educação Ambiental do PBA do empreendimento.
Implantar e monitorar as medidas de neutralização dos processos erosivos prescritas no PACE.
Percentual de sucesso das medidas de neutralização dos processos
erosivos relacionados ao empreendimento
Percentual de realização das medidas de controle da erosão com relação ao
planejado.
Percentual de realização das inspeções com relação ao planejado.
Relatórios de inspeções;
Relatório Final do PACE.
A periodicidade das inspeções poderá aumentar caso na primeira supervisão sejam verificadas não efetividade das
ações.
Elaborar relatório final de execução do PACE
Relatório Final do PACE elaborado Cópia do Relatório Final do
PACE aprovado.
O Relatório Final deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados
definidos no PACE na fase de planejamento.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
30
3.2.2.2 Resumo das atividades e metas
Quadro 12 – Atividades e metas do Subprograma para o Controle de Processos Erosivos
DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES METAS
GERENCIÁVEIS
ME
IOS
ATIVIDADES - AÇÕES
Identificar e mapear as áreas mais suscetíveis à erosão na faixa de servidão do empreendimento.
Empreendedor. Diagnóstico elaborado. Diagnóstico aprovado.
Identificar eventuais processos erosivos na faixa de servidão do empreendimento.
Empreendedor. Diagnóstico elaborado. Diagnóstico aprovado.
Planejar medidas e soluções técnicas para neutralizar os processos erosivos previstos e identificados.
Empreendedor. Plano de Controle de Erosão (PACE)
elaborado. PACE aprovado.
Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PACE.
Empreendedor. Percentual dos funcionários
envolvidos na obra capacitados para implantação do PACE.
100%
Implantar e monitorar as medidas de neutralização dos processos erosivos prescritas no PACE.
Empreendedor e Construtora
Percentual de sucesso das medidas de neutralização dos processos
erosivos relacionados ao empreendimento
Percentual de realização das
medidas de controle da erosão com relação ao planejado.
Percentual de realização das
inspeções com relação ao planejado.
100%
Elaborar relatório final de execução do PACE Empreendedor. Relatório final elaborado. Relatório final
aprovado.
FIN
S
RESULTADOS ESPERADOS
Diagnóstico dos locais com processos erosivos e das áreas suscetíveis à erosão dentro da Área Diretamente Afetada elaborado pelo empreendedor.
Empreendedor. Diagnóstico dos processos erosivos
elaborado. Diagnóstico aprovado.
Plano de Ação de Controle da Erosão (PACE) elaborado pelo empreendedor.
Empreendedor. PACE elaborado. PACE aprovado.
PACE implantado corretamente pela construtora durante as obras sob direção e supervisão do empreendedor
Construtora
Percentual de sucesso das medidas de neutralização dos processos
erosivos relacionados ao empreendimento.
100%
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
31
3.2.2.3 Grupo-objetivo (público alvo)
Quadro 13 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Controle dos Processos Erosivos
Partes Interessadas Identificação Atribuições
EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e controlar o Subprograma por meio do PACE.
CONTRUTORA Majestosa Engenharia LTDA CNPJ: 11.942.836 0001-21
Executar o PACE sob direção e supervisão da CELPE.
Colaborar na mobilização dos
funcionários da obra engajando-os na execução do PACE.
ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA
Aprovar o Subprograma no âmbito do licenciameto ambiental e fiscalizar a
execução do PACE para fins de controle ambiental do
empreendimento.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
32
3.2.2.4 Cronograma
Quadro 14 – Cronograma de execução do Subprograma para Controle de Processos Erosivos
Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Identificar e mapear áreas mais suscetíveis à erosão A ■
Identificar processos erosivos na faixa de servidão A ■
Diagnóstico elaborado pelo empreendedor. R ■
Planejar medidas e soluções técnicas para neutralizar os processos erosivos
A ■
Plano de Ação de Controle da Erosão (PACE) elaborado pelo empreendedor.
R ■
Capacitar equipe e funcionários da construtora para execução do PACE A ■
Implantar e monitorar as medidas de neutralização dos processos erosivos na obra
A ■ ■ ■ ■ ■ ■
PACE implantado corretamente pela construtora R ■
Elaborar relatório final de execução do PACE A ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
3.2.2.5 Observações importantes
Com base no diagnóstico dos processos erosivos e das áreas suscetíveis à
erosão na Área Diretamente Afetada do empreendimento, será elaborado o Plano de
Ação para Controle de Erosão (PACE) descrevendo em detalhes os processos
erosivos existentes e prognosticados juntamente com as medidas e soluções
técnicas a serem adotadas para neutralização da erosão para cada caso
diagnosticado.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
33
O PACE irá, com base no diagnóstico, priorizar o levantamento de ações
preventivas para reduzir significativamente o uso de ações corretivas. O Plano de
Ação para Controle de Erosão (PACE) será o principal instrumento deste
Subprograma.
É importante salientar que para o sucesso do PACE em termos de
implantação é fundamental que os funcionários da empresa construtora assimilem
em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais para a sua
execução. Para isso, o estabelecimento de processo educativo focado na questão
dos processos erosivos relacionado à obra é essencial.
Essa atividade consiste na realização de oficina de educação ambiental
integrada ao Programa de Educação Ambiental do Programa Básico Ambiental do
empreendimento estando sobre a responsabilidade do empreendedor. O próprio
PACE definirá os aspectos operacionais dessa atividade: instrutoria, local de
capacitação e data. A meta para essa atividade é a capacitação de 100% dos
trabalhadores envolvidos na obra (cerca de 40 a 50 pessoas). Para esse quantitativo
de pessoas uma oficina de educação ambiental com carga horária de 8 horas (um
dia de trabalho) seria o suficiente para abordar os conteúdos e conhecimentos
básicos necessários à execução do PACE.
Quadro 15 – Proposta de conteúdo programático para a Oficina de Educação Ambiental do PACE
Objetivos pedagógicos Conteúdo Metodologia Avaliação da
Aprendizagem
Ao final da oficina os participantes deverão:
Compreender o conceito de solo e sua importância ecológica, social e econômica;
Conhecer as conseqüências do uso e manejo inadequados do solo sobre a capacidade do mesmo em cumprir com suas múltiplas funções;
Entender o que são processos erosivos do solo identificando aqueles que estão relacionados à obra.
Aprender a utilizar as técnicas de controle dos processos erosivos no âmbito da obra.
Conhecer a legislação brasileira referente ao uso e manejo de solos.
Aspectos conceituais do solo; Importância da conservação do solo; Processos erosivos do solo. Técnicas para controle de processos erosivos na obra. Legislação brasileira relativa ao uso e conservação de solos.
Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo. Atividade prática de campo.
Aplicação de questionário com respostas objetivas; Exposição oral das lições aprendidas (avaliação dialógica).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
34
No processo de implantação o PACE irá incorporar as seguintes medidas de
prevenção e controle da erosão, cujas técnicas serão detalhadas no próprio plano.
São elas:
Remoção e armazenagem adequada do solo fértil de áreas que serão
escavadas, para sua posterior recuperação;
Remoção e estocagem do material vegetal e do horizonte superficial do solo;
Manutenção da vegetação herbácea nas áreas de depósito de materiais ao ar
livre;
Construção e manutenção das canaletas limpas e desobstruídas, permitindo o
escoamento e a dispersão normal das águas pluviais;
Correção de drenagem superficial em áreas com intervenção no solo;
Construção de taludes quando necessários obedecendo às normas técnicas
mantendo proteção adequada para sua estabilidade;
Construção de caixas de dissipação, para reduzir a energia da água de
escoamento superficial, onde for necessário;
Construção de estruturas de proteção nas bases das torres, onde for
necessário.
Manutenção da vegetação herbácea e arbustiva, sempre que possível. Quando
houver a necessidade de se efetuar a limpeza e a raspagem, o solo removido
será armazenado para posterior utilização na recomposição da área degradada
ou das áreas nas bases das torres.
O PACE será executado durante todo o processo de construção da LT sendo
formalmente finalizado com o término da obra e apresentação de Relatório Final
evidenciando o alcance dos objetivos e resultados esperados definidos no plano de
ação.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
35
3.2.3 Subprograma para Emergências Ambientais e Acidentes de Trabalho
Esse Subprograma estabelece as diretrizes para atendimento a emergências
ambientais e acidentes de trabalho no âmbito da construção e montagem da linha de
transmissão objeto deste Programa Básico Ambiental.
3.2.3.1 Lógica da intervenção
A implantação desse subprograma contribuirá para a identificação dos
cenários emergenciais (situação crítica, acontecimento perigoso ou incidente)
capazes de desencadear processos de emergência e a proposição de ações e
procedimentos para contingência, mitigação e prevenção de acidentes na fase de
instalação da linha de transmissão.
Quadro 16 – Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (FINS)
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho
OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente
Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes
FIN
S
Obj
etiv
o
Sup
erio
r
O programa contribuirá a identificação de cenários emergenciais apoiando o desenvolvimento de boas práticas capazes de reduzir os riscos de acidentes ambientais e de trabalho.
PAE testado e aprovado (mediante simulação).
Cópia do Plano de Atendimento a
Emergências (PAE) aprovado.
O empreendimento possui baixo potencial de impacto ambiental, mas isto não o isenta de tomar medidas contingentes para dar respostadas adequadas a prováveis acidentes
ambientais e de trabalho.
Obj
etiv
o do
S
ubpr
ogra
ma
(Ob
jeti
vo G
eral
) Empreendedor e Construtora são dotadas de procedimentos e instrumentos para prestar atendimento rápido e eficaz às emergências ambientais e acidentes de trabalho.
O potencial de atendimento à saúde ofertado pelos municípios localizados
no entorno do traçado das LT é de suam importância para definição da abrangência do PAE e garantir uma
melhor resposta aos acidentes casos estes ocorram.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
36
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho
OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente
Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes
Res
ult
ado
s E
sper
ado
s (O
bje
tivo
s
Esp
ecíf
ico
s)
1. O Plano de Atendimento a Emergências (PAE)elaborado pelo Empreendedor para a fase de instalação da LT.
2. Empresa construtora
capacitada para execução do PAE.
PAE elaborado. Cópia do PAE aprovado.
O potencial de atendimento à saúde ofertado pelos municípios localizados
no entorno do traçado das LT deve ser cuidadosamente levantado para
garantir melhor segurança e confiabilidade aos procedimentos de
emergência.
Os funcionários da empresa construtora devem assimilar em tempo hábil os conhecimentos e habilidades técnicas essenciais para execução do
PAE caso os acidentes ocorram.
Quadro 17 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS)
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho
ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
ME
IOS
Realizar Análise Preliminar de Riscos identificando possíveis cenários de acidentes ambientais e de trabalho.
APR elaborada. Cópias da APR e do PAE.
Para cada cenário identificado deverão ser definidas as estratégias e medidas de resposta por parte do empreendedor,
construtora e demais partes interessadas que compõem o Grupo-Objetivo do Subprograma.
Pesquisaras condições de atendimento da rede hospitalar da localidade e infraestrutura disponível a ser acionada em caso de acidentes (Corpo de Bombeiros, SAMU, órgãos ambientais, etc.).
Diagnóstico qualitativo e quantitativo elaborado.
Cópia do diagnóstico. Nesse processo deve ser levada em consideração a acessibilidade nas
unidades de saúde mapeadas.
Elaborar o plano de atendimento de emergência e fluxogramas.
PAE elaborado. Cópia do PAE
O fluxo de comunicação entre os trabalhadores da LT, gerência de LT e a
equipe multiprofissional (saúde, segurança e qualidade de vida) do
empreendedor é de suma importância para o sucesso dessa atividade.
Adquirir kits padronizados de primeiros socorros e de emergências ambientais
Percentual dos kits adquiridos em conformidade com as prescrições do
PAE.
Check list dos kits adquiridos.
Funcionários deverão ser responsabilizados pela guarda dos kits e devidamente treinados para o manuseio
dos mesmos.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
37
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO Subprograma para Emergências Ambientais e Acidente de Trabalho
ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
Planejar e executar treinamentos e simulações
Percentual de equipe e funcionários da obra treinados (teoria e prática)
para execução do PAE.
Relatórios de treinamento e de simulações.
Nas simulações é importante a integração com equipes de resgate
externas (Bombeiro, SAMU e outros).
Os treinamentos farão parte do Programa de Educação Ambiental do
PBA.
Elaborar e divulgar relatório final dos eventos estabelecendo estratégia protocolar para atendimento de vítimas e acidentes ambientais.
Relatório final elaborado. Cópia do Relatório Final do
PAE. O relatório deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados no PAE.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
38
3.2.3.2 Resumo das atividades e metas
Quadro 18 – Atividades e metas do Subprograma para Emergências Ambientais
DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES METAS
GERENCIÁVEIS
ME
IOS
ATIVIDADES
Realizar Análise Preliminar de Riscos identificando possíveis cenários de acidentes ambientais e de trabalho.
Empreendedor. APR elaborada. APR aprovada.
Pesquisar as condições de atendimento da rede hospitalar da localidade e infraestrutura disponível a ser acionada em caso de acidentes (Corpo de Bombeiros, SAMU, órgãos ambientais, etc.).
Empreendedor. Diagnóstico qualitativo e quantitativo
elaborado. Diagnóstico aprovado.
Elaborar o plano de atendimento de emergência e fluxogramas.
Empreendedor. PAE elaborado. PAE aprovado.
Adquirir kits padronizados de primeiros socorros e de emergências ambientais
Empreendedor. Percentual dos kits adquiridos em
conformidade com as prescrições do PAE.
100%
Planejar e executar treinamentos e simulações Empreendedor e
Construtora.
Percentual de equipe e funcionários da obra treinados (teoria e prática) para
execução do PAE. 100%
Elaborar e divulgar relatório final dos eventos estabelecendo estratégia protocolar para atendimento de vítimas e acidentes ambientais.
Empreendedor. Relatório final elaborado. Relatório aprovado.
FIN
S
RESULTADOS ESPERADOS
O Plano de Atendimento a Emergências (PAE) elaborado pelo Empreendedor para a fase de instalação da LT.
Empreendedor.
PAE elaborado. PAE testado e aprovado (mediante simulação).
Empresa construtora capacitada para execução do PAE. Construtora.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
39
3.2.3.3 Grupo-objetivo (público alvo)
Quadro 19 – Grupos-Objetivos do Subprograma para Emergências Ambientais
Partes Interessadas Identificação Atribuições
EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e controlar
o Subprograma por meio do PAE.
CONTRUTORA Majestosa Engenharia LTDA CNPJ: 11.942.836 0001-21
Executar o PAE sob direção e supervisão da CELPE.
Colaborar na mobilização dos
funcionários da obra engajando-os na execução do PAE
ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA
Aprovar o Subprograma no âmbito do licenciameto ambiental e fiscalizar a
execução do PAE para fins de controle ambiental do
empreendimento.
OUTRAS ORGANIZAÇÕES
INTERVENIENTES
Hospitais públicos e privados, serviços do SAMU, Corpo de Bombeiros, defesa civil e
órgãos ambientais de Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Integração e apoio ao PAE.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
40
3.2.3.4 Cronograma
Quadro 20 – Cronograma de execução do Subprograma para Emergências Ambientais
Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Realizar Análise Preliminar de Riscos e a identificação de cenários de emergência A ■
Pesquisar as condições de atendimento da rede hospitalar local disponível A ■
Elaborar o plano de atendimento de emergência e fluxogramas A ■
O Plano de Atendimento a Emergências (PAE) elaborado R ■
Adquirir kits padronizados de primeiros socorros e de emergências ambientais A ■
Planejar e executar treinamentos e simulações A ■ ■
Empresa construtora capacitada para execução do PAE R ■
Elaborar e divulgar relatório final dos eventos do PAE A ■ ■ ■ ■ ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
3.2.3.5 Observações importantes
O Subprograma será operacionalizado por meio de seu instrumento técnico-
normativo: O Plano de Atendimento a Emergências – PAE (acidentes ambientais e
de trabalho).
É importante salientar que o empreendedor possui Política de Saúde e
Segurança que abrange todas as suas operações ainda que realizadas de forma
terceirizada, haja vista que todas as empresas contratadas são obrigadas
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
41
contratualmente a prestarem seus serviços dentro das normas brasileiras de
segurança do trabalho aplicando assim, procedimentos preventivos para redução
dos riscos de acidentes ambientais e laborais.
A disseminação na comunidade da responsabilidade pelas ações preventivas
quanto aos riscos decorrentes da linha de transmissão será feita mediante
campanhas de comunicação social, objeto de programa a ser discutido
posteriormente neste PBA.
Quadro 21 – Política de Saúde e Segurança do Grupo NEOENERGIA/CELPE
Política de Saúde e Segurança da CELPE
1. Adotar a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, a redução dos riscos ambientais e a otimização da qualidade de vida dos seus empregados, como diretrizes empresariais permanentes.
2. Projetar, construir, manter e operar suas instalações de forma a assegurar a integridade física dos empregados, próprios e das empresas prestadores de serviço, e da comunidade em geral.
3. Exigir que o padrão de serviço, bem como o controle de risco de acidentes, e doenças ocupacionais das empresas
prestadoras de serviços sejam equivalentes aos praticados na CELPE.
4. Disseminar na comunidade a responsabilidade pelas ações preventivas quanto aos riscos decorrentes da energia elétrica através de campanhas permanentes.
5. Garantir aos empregados próprios e de empresas prestadoras de serviços, o direito de recusa e de
interrupção de suas tarefas, sempre que constatadas evidências de riscos graves e iminentes para suas saúde e segurança pessoal, ou para terceiros.
6. Cumprir a legislação vigente, as Normas Regulamentadoras- NR’s e os preceitos internos aplicáveis.
Apesar da aplicação de padrões, normas e procedimentos de segurança,
acidentes podem ocorrer (eventos não-planejados que provocam impactos ao meio
ambiente e à saúde humana, geralmente infringindo a legislação e gerando
insatisfação de partes interessadas).
Segundo Pereira (2014) e Lima (2012) é preciso elencar os acidentes
ambientais e laborais mais prováveis na fase de instalação de uma linha de
transmissão, para que sobre esses cenários seja dada uma maior atenção na
prevenção e na adoção de respostas emergenciais. O Quadro 17 apresenta uma
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
42
descrição resumida dos tipos de acidentes que podem ocorrer na instalação de uma
LT caso medidas preventivas não sejam aplicadas ou venham a falhar.
Quadro 22 – Acidentes predominantes na fase de construção de uma linha de transmissão
PRINCIPAIS CAUSAS ACIDENTES POSSÍVEIS IMPACTOS
Pode ocorrer nas etapas de escavação do solo, na operação de
máquinas e equipamentos, e na geração e disposição não adequada
de resíduos sólidos.
Derramamentos de combustíveis, óleos e graxas e/ou de óleos de
arrefecimento. Contaminação do solo
Aumento da intensidade do trânsito e velocidade dos veículos
relacionados às obras, com destaque para a circulação de
veículos pesados.
Más condições das estradas e acostamentos, e condições
adversas do trânsito.
Comportamento inadequado no trânsito.
Colisões, atropelamentos e queda de materiais e equipamentos na
estrada com veículo em movimento.
Obstrução do trânsito, danos ao patrimônio, lesões físicas e morte.
Alterações sobre os ambientes naturais (poda e capinação) podem acarretar fuga da fauna aumentado
do risco de exposição dos trabalhadores e população vizinha a
animais peçonhentos.
Acidente com animais peçonhentos (serpentes, aranhas, escorpiões,
lacraias, vespas e abelhas)
Lesões físicas, danos à saúde e morte.
Falhas na aplicação dos procedimentos e equipamentos de
segurança.
Rompimento de cabos, queda de equipamentos e peças, queda de trabalhadores, poste e torre no
momento da instalação.
Danos materiais ao sistema e as ocupações na faixa de LT, lesões
físicas e morte.
Fonte: Adaptado de Pereira (2014) e Lima (2012).
A empresa contratada deverá manter uma postura permanente de previsão e
antecipação das emergências ambientais, atuando em todas as atividades e áreas
da construção.
O relacionamento com as comunidades e autoridades locais deve constituir
atividade permanente de gerenciamento, visando difundir e divulgar informações
sobre o empreendimento, sua aplicação e benefícios, bem como as diretrizes e
políticas ambientais aplicadas na construção.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
43
Para garantir o correto atendimento a emergências, o Plano de Atendimento a
Emergências (PAE) será o instrumento gerencial contendo os seguintes elementos
essenciais:
A descrição das ações a serem tomadas em caso de emergência;
O fluxo de comunicação entre os responsáveis;
Os materiais disponíveis para o atendimento à emergência e recursos
adicionais que possam ser utilizados;
Contatos com instituições de apoio existentes a até 10 km de distância
dos extremos da obra (hospitais, corpo de bombeiros, defesa civil,
órgão ambiental ou outros).
O plano de emergência também explicitará as responsabilidades dos
envolvidos na situação (brigada de emergência, gestores de meio ambiente e
segurança, gerência do projeto, etc.), bem como a descrição dos treinamentos a
serem ministrados, incluindo a realização de exercícios simulados.
O PAE será divulgado a todos os colaboradores, e mantido em local de fácil
consulta aos envolvidos. Além do mais as empresas contratadas deverão atender às
exigências legais vigentes durante a execução da obra/serviços, sobre segurança
em construção, com destaque para a Portaria 3.214 de 08/06/78 do Ministério do
Trabalho, que trata sobre as Normas Regulamentadoras (NR) sobre Segurança e
Medicina do Trabalho.
No que concerne à resposta às emergências, o colaborador detentor de cargo
mais elevado, que estiver presente, assumirá a responsabilidade da resposta,
ficando ao seu dispor:
A prioridade de uso dos equipamentos de comunicação disponíveis na obra;
A prioridade no uso do ambulatório médico e seus equipamentos, inclusive
ambulâncias;
A prioridade para requisição do pessoal especializado responsável pela
segurança ambiental e segurança no trabalho;
A prioridade para requisição da brigada de incêndio;
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
44
A prioridade do uso dos veículos leves para transporte de pessoal e
equipamentos de socorro.
3.3 Programa de Comunicação Social
Manter as partes interessadas informadas acerca da implantação do projeto e
suas interferências visando minimizar os possíveis transtornos que a obra possa
acarretar a todos é algo essencial para fortalecer a participação e o controle social
sobre o empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental.
A efetiva participação social demanda um processo sistemático e planejado
para que haja troca de informações e difusão de conhecimentos entre as partes
envolvidas. Dessa forma, o Programa de Comunicação Social visa à disponibilização
contínua de informações e a criação de canais e ferramentas permanentes de
comunicação para o diálogo entre empreendedor e sociedade.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
45
3.3.1 Lógica da intervenção
Quadro 23 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Comunicação Social (FINS)
PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente
Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes
FIN
S
Obj
etiv
o
Sup
erio
r
O programa contribuirá para o fortalecimento da participação e do controle social do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental.
Percentual de partes interessadas identificadas que
conhecem e participam de alguma forma da comunicação
social do projeto.
Nível de satisfação das partes interessadas com relação ao
acesso às informações sobre o empreendimento e seus programas ambientais.
Relatórios das ações realizadas do PCS.
Relatórios das pesquisas
de satisfação.
Todas as partes interessadas deverão ser identificadas, mapeadas e
cadastradas no âmbito do PCS.
Uma pesquisa deverá ser feita para verificar e evidenciar o percentual de participação das partes interessadas na comunicação do projeto e o grau
de satisfação no acesso à informação.
Partes interessadas no projeto são pessoas e organizações ativamente
envolvidas no projeto ou cujos interesses podem ser afetados como resultado da execução ou do término
do projeto. Eles podem também exercer influência sobre os objetivos e
resultados do projeto.
Obj
etiv
o do
Sub
prog
ram
a
(Ob
jeti
vo G
eral
)
As partes interessadas são mantidas informadas acerca da implantação do projeto através de canais permanentes de comunicação e participação social.
Res
ult
ado
s E
sper
ado
s
(Ob
jeti
vos
Esp
ecíf
ico
s)
1. Partes interessadas são identificadas e cadastradas.
2. Planos de Comunicação
Social implantados considerando as particularidades das partes interessadas cadastradas.
3. Canais e métodos de
comunicação são estabelecidos considerando as particularidades dos planos de comunicação social estabelecidos.
Percentual de partes interessadas identificadas
efetivamente cadastradas no PCS.
Percentual dos Planos de
Comunicação Social efetivamente implantados.
Percentual dos canais de comunicação social efetivamente
estabelecidos.
Cadastro atualizado das partes interessadas.
Relatórios das ações do
PCS.
Dentre os conteúdos básicos a serem abordados no processo de
comunicação social, devem ser destacados: Os benefícios do
empreendimento para o desenvolvimento socioeconômico da
região e os riscos ambientais do mesmo, especialmente no que
concerne aos riscos de acidentes elétricos sobre a população do entorno abordando, assim, as
medidas de prevenção e de respostas emergenciais a serem aplicadas junto
com as comunidades.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
46
Quadro 24 - Matriz de Quadro Lógico do Subprograma para Emergências Ambientais (MEIOS)
PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
ME
IOS
Realizar pesquisa para identificação e cadastro de todas as partes interessadas do projeto com objetivo de criar canais de comunicação social.
Percentual de partes interessadas identificadas efetivamente cadastradas
no PCS.
Cópia do Cadastro de Identificação das Partes
Interessadas
A pesquisa a ser realizada não se constitui mero cadastro de informações, mas,
sobretudo, um diagnósticos das peculiaridades de cada parte interessada
visando identificar posteriormente os melhores métodos e estratégias de
comunicação social para cada público-alvo.
Planejar ações de comunicação social com base no cadastro das partes interessadas identificadas.
Cobertura de atendimento dos planos de comunicação social sobre as partes
interessadas cadastradas.
Cópias dos planos de comunicação social.
É importante estabelecer canais proativos de comunicação social para
além dos reativos. Para isso o empreendedor deve planejar eficazmente a comunicação.
Estabelecer os canais e métodos necessários para execução dos planos de comunicação social (materiais informativos).
Percentual dos canais de comunicação social efetivamente
estabelecidos.
Relatórios das ações do PCS.
Os canais e métodos de comunicação (proativos e reativos) devem levar em
consideração as peculiaridades de cada parte interessada em acessar e usar a informação. A elaboração de materiais
informativos deve seguir as diretrizes da Instrução Normativa do IBAMA 02/2012.
Executar os planos e as campanhas de comunicação social.
Número de ações de comunicação social realizadas.
Percentual de execução efetiva das
ações de comunicação social planejadas.
Relatórios das ações do PCS.
Na execução dos planos e campanhas de comunicação é importante se utilizar de
canais existentes com eficácia comprovada valorizando processos sinérgicos entre
empreendedor e demais partes interessadas.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
47
3.3.2 Resumo das atividades e metas
Quadro 25 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social
DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES
METAS GERENCIÁVEIS
ME
IOS
ATIVIDADES
Realizar pesquisa para identificação e cadastro de todas as partes interessadas do projeto com objetivo de criar canais de comunicação social.
Empreendedor. Percentual de partes interessadas
identificadas efetivamente cadastradas no PCS.
100%
Planejar ações de comunicação social com base no cadastro das partes interessadas identificadas.
Empreendedor. Cobertura de atendimento dos planos de
comunicação social sobre as partes interessadas cadastradas.
100%
Estabelecer os canais e métodos necessários para execução dos planos de comunicação social (materiais informativos).
Empreendedor. Percentual dos canais de comunicação
social efetivamente estabelecidos.
100%
Executar os planos e as campanhas de comunicação social.
Empreendedor.
Número de ações de comunicação social realizadas.
Percentual de execução efetiva das ações de comunicação social
planejadas.
≥193
100%
FIN
S
RESULTADOS ESPERADOS
Partes interessadas são identificadas e cadastradas.
Empreendedor.
Percentual de partes interessadas identificadas efetivamente cadastradas no
PCS.
Nível de satisfação das partes interessadas com relação ao acesso ás informações
sobre o empreendimento e seus programas ambientais.
100%
≥80%
Planos de Comunicação Social implantados considerando as particularidades das partes interessadas cadastradas.
Empreendedor. Percentual dos Planos de Comunicação
Social efetivamente implantados. 100%
Canais de comunicação social são estabelecidos considerando as particularidades dos planos de comunicação social estabelecidos.
Empreendedor. Percentual dos canais de comunicação
social efetivamente estabelecidos. 100%
3 Esse quantitativo mínimo corresponde: a 07 palestras comunitárias (uma em cada comunidade), 03
campanhas de panfletagem, 04 oficinas educativas com os trabalhadores da obra (atividades vinculadas ao PEAT), 03 reuniões para articular parcerias para o Programa de Emergências Ambientais e 02 reuniões com os conselhos de meio ambiente de Petrolina/PE e Juazeiro/BA (uma reunião para cada conselho).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
48
3.3.3 Grupo-objetivo (público alvo)
Quadro 26 – Grupo-Objetivo do Programa de Comunicação Social
Partes Interessadas Identificação Atribuições
EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e
controlar o PCS.
INDICATIVO DE PARTES
INTERESSADAS
Público em geral;
Mídia local e regional;
Órgãos governamentais, em especial as prefeituras municipais da área de influência;
Corpo de bombeiros, SAMU, Defesa Civil.
Hospitais da região.
Associações de bairros do entorno direto da LT;
Entidades ambientalistas;
Indústrias e comércios do entorno direto da LT;
Escolas próximas à LT.
Entidades empresariais e de trabalhadores;
Universidades e entidades de pesquisa;
Juízes, promotores e ministério público;
População do entorno da Área Diretamente Afetada;
Proprietários afetados diretamente pelo empreendimento;
Técnicos e trabalhadores da obra;
Marinas, banhistas, pescadores e visitantes da Ilha do Maroto;
DNER/DNIT;
CHESF.
Participar ativamente da comunicação social do
empreendimento.
ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA
Aprovar o programa no âmbito do licenciameto ambiental e
fiscalizar a execução do PCS para fins de controle ambiental
do empreendimento.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
49
3.3.4 Cronograma
Quadro 27 – Cronograma de execução do Programa de Comunicação Social
Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Realizar pesquisa para identificação e cadastro de todas as partes interessadas do projeto com objetivo de criar canais de comunicação social.
A ■
Partes interessadas são identificadas e cadastradas. R ■
Planejar ações de comunicação social com base no cadastro das partes interessadas identificadas.
A ■
Estabelecer os canais e métodos necessários para execução dos planos de comunicação social (materiais informativos).
A ■ ■
Canais de comunicação social são estabelecidos considerando as particularidades dos planos de comunicação social estabelecidos.
R ■
Executar os planos e as campanhas de comunicação social. A ■ ■ ■ ■ ■ ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
3.3.5 Observações importantes
Diante da grande diversidade de partes interessadas a serem consideradas
no PCS alguns indicativos metodológicos devem ser considerados para que a
comunicação não seja tão difusa e generalista, mas consiga focar e atingir aqueles
públicos que são ou podem ser afetados diretamente pelo empreendimento – a
população de entorno. Nesse sentido. O Quadro 28 apresenta as partes
interessadas que devem ser priorizadas no PCS e as estratégias preliminares de
comunicação social a serem adotadas.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
50
Quadro 28 – Partes interessadas prioritárias e as estratégias preliminares de comunicação social.
Partes Interessadas Estratégias Mídias e Canais de
Comunicação Social
Mínimo de Campanhas
Previstas
Associação de moradores da COHAB VI (Petrolina/PE).
Associação de moradores do bairro Rio Corrente (Petrolina/PE).
Associação de moradores do bairro Rio Claro (Petrolina/PE).
Associação dos moradores do bairro Dom José Rodrigues (Juazeiro/BA).
Associação dos moradores do bairro Malhada da Areia (Juazeiro/BA). Associação dos moradores do bairro Vila Tiradentes (Juazeiro/BA). Associação de moradore ou de condomínio do Conjunto Habitacional São Fransico (Juazeiro/BA).
4
Cadastrar as entidades e estabelecer contato permanente com as lideranças comunitárias (presidentes das associações) ou outras pessoas de influência (babalorixás, padres, pastores, artistas, etc.). Articular com as lideranças a realização de palestras nas comunidades para divulgação e discussão do empreendimento.
E-mail Newsletter Telefone Ouvidoria (0800 282 5599) Unidade Móvel da CELPE Pafletos. Rádios Comunitárias (difulsoras). Palestras. Redes sociais (Ex. página do empreendimento no FACEBOOK).
Realização de 07 palestras (uma em cada comunidade).
Indústrias e comércios do entorno direto da LT
Cadastrar indústrias e comércios e estabelecer contato permanente com os responsáveis. Disponibilizar informações sobre os canais de comunicação que estarão abertos para divulgação e discussão do empreendimento.
E-mail Newsletter Telefone Ouvidoria (0800 282 5599) Redes sociais Panfletos
Realização de 01 campanha de panfletagem porta a porta.
5
Marinas, barqueiros, banhistas, pescadores e visitantes da Ilha do Maroto
Cadastrar as marinas e as colônias de pescadores existentes
6 para estabelecer
contato permanente com os responsáveis. Buscar identificar e cadastrar as pessoas que usam a ilha eventualmente para atividade agrícola e pesca. Via Marinas e colônias de pescadores distribuir plafetos aos usuários do balneário e da ilha para divulgação do empreendimento.
E-mail Newsletter Telefone Ouvidoria (0800 282 5599) Redes sociais Panfletos
Realização de 02 campanhas de panfletagem com as marinas, barqueiros, banhistas, pescadores e visitantes da Ilha do Maroto.
4 Bairros localizados no entorno direto da LT. 5 Para as campanhas de panfletagem porta a porta será montada equipe de trabalho priorizando a contratação de pessoas das localidades. 6 Colônia de Pescadores de Pedrinhas/Petrolina e Colônia de Pescadores Z-60 de Juazeiro/BA.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
51
Partes Interessadas Estratégias Mídias e Canais de
Comunicação Social
Mínimo de Campanhas
Previstas
Proprietários afetados diretamente pelo empreendimento
Cadastrar os proprietários e as propriedades para estabelecer contato e diálogo permanente.
E-mail Telefone Reuniões de diálogo e negociação
Número de reuniões de acordo com as necessidades.
Técnicos e trabalhadores da obra Realizar oficinas de educação ambiental focados nos processos internos da obra.
E-mail Telefone Oficinas de treinamento e de educação ambiental
7
04 oficinas de educação ambiental vinculadas ao Programa de Educação Ambiental/PEAT
Corpo de bombeiros, SAMU, Defesa Civil e hospitais da região.
Cadastrar contatos e firmar parcerias no âmbito do Programa de Emergências Ambientais.
E-mail Telefone Reuniões
Pelo menos 03 reuniões de articulação.
Conselhos Municipais de Meio Ambiente.
Cadastrar membros dos conselhos e articular reunião informativa nos conselhos para divulgação e discussão do empreendimento.
E-mail Telefone Reuniões dos Conselhos.
Pelo menos 01 reunião em cada conselho.
O quantitativo de campanhas de comunicação social e o detalhamento das
estratégias de atuação (número de eventos, meios, locais e datas) com a
implantação dos canais comunicativos serão definidos de forma definitiva mediante
planejamento a ser feito após a realização da pesquisa voltada para identificação e
cadastro de todas as partes interessadas do projeto. Conforme cronograma
apresentado, essas atividades ocorrerão antes do início das obras.
As ações planejadas de Comunicação Social serão articuladas com as ações
de Educação Ambiental para que haja sinergia das atividades e convergência de
esforços. Um exemplo disso poderá ser a realização de mutirões de um dia nas
comunidades selecionadas com apoio da Unidade Móvel da CELPE onde durante
todo o período diurno haveriam palestras e oficinas relacionadas ao PCS e ao
Programa de Educação Ambiental. Nas palestras comunitárias serão abordados os
seguintes tópicos: Informações gerais sobre o empreendimento, os riscos de
7 Geralmente, a carga horária de uma reunião é de 1 hora, palestra de 2-4 horas e oficina de
educação ambiental e treinamento de 6-8 horas cada.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
52
ambientais e de acidentes envolvendo a população do entorno, as medidas de
segurança para prevenir tais acidentes, e as medidas emergenciais caso os
acidentes ocorram sempre mostrando os canais de comunicação abertos entre a
CELPE e as pessoas.
3.4 Programa de Educação Ambiental
Quando se fala de educação ambiental, está se falando de educação a partir
de uma nova dimensão – a dimensão ambiental - contextualizada e adaptada à
realidade interdisciplinar, vinculada aos temas ambientais locais e globais (LEÃO e
SILVA, 1999).
Dentre as principais vertentes da educação ambiental existentes no Brasil8
será adotada neste PBA a vertente da Educação Ambiental Crítica para Sociedades
Sustentáveis definida por Layrargues (2002, p.189) com um processo educativo
eminentemente político, que visa desenvolver nos educandos uma consciência
crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de riscos e
respectivos conflitos socioambientais.
Nesse sentido, a educação ambiental será vista como um processo educativo
voltado para a gestão ambiental cujo objetivo é proporcionar condições para o
desenvolvimento de capacidades (conhecimentos, habilidades e atitudes) visando à
intervenção individual e coletiva de modo qualificado na gestão do uso dos recursos
ambientais e na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do meio
ambiente, seja ele físico-natural ou construído. Trata-se, portanto, do
estabelecimento de práticas emancipatórias e transformadoras comprometidas com
a construção de um futuro sustentável (IBAMA, 1995; QUINTAS, 2000).
8 No Brasil, pelo menos cinco vertentes da educação ambiental podem ser identificadas: 1) educação
ambiental conservacionista; 2) educação ambiental biológica; 3) educação ambiental comemorativa; 4) educação ambiental política; 5) educação ambiental crítica para sociedades sustentáveis (LEÃO e SILVA, 1999).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
53
Diante dessa diretriz conceitual, o processo de educação ambiental deve
considerar os seguintes pressupostos, como bem destacou Quintas (2004):
A sociedade não é o lugar da harmonia, mas, sobretudo, de conflitos e dos
confrontos que ocorrem em suas diferentes esferas (da política, da economia,
das relações sociais, dos valores etc.);
O modo de perceber determinado problema ambiental, ou mesmo a aceitação
de sua existência, não é meramente uma questão cognitiva, mas é mediado
por interesses econômicos, políticos e posição ideológica e ocorre em
determinado contexto social, político, espacial e temporal;
Os sujeitos da ação educativa devem ser prioritariamente os segmentos
sociais que são afetados e onerados, de forma direta, pelo ato de gestão
ambiental e dispõem de menos condições para intervirem no processo
decisório;
O processo educativo deve ser estruturado no sentido de: superar a visão
fragmentada da realidade através da construção e reconstrução do
conhecimento sobre ela, num processo de ação e reflexão, de modo dialógico
com os sujeitos envolvidos; respeitar a pluralidade e diversidade cultural,
fortalecer a ação coletiva e organizada, articular os aportes de diferentes
saberes e fazeres e proporcionar a compreensão da problemática ambiental
em toda a sua complexidade; possibilitar a ação em conjunto com a
sociedade civil organizada e, sobretudo, com os movimentos sociais, numa
visão de educação ambiental como processo instituinte de novas relações
dos seres humanos entre si e deles com a natureza; e proporcionar condições
para o diálogo com as áreas disciplinares e com os diferentes atores sociais
envolvidos com a gestão ambiental.
Considerando esses pressupostos, as ações de educação ambiental a serem
estruturadas neste PBA estarão ancoradas nos seguintes indicativos metodológicos
(LEÃO e SILVA, 1999):
Interdisciplinaridade, do planejamento à execução;
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
54
Adequação à realidade;
Orientação para a solução de problemas;
Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;
Desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias à solução dos
problemas;
Situar o problema atual em um contexto histórico-social;
Processo permanente com perspectiva de continuidade (não do programa em
si, mas, sobretudo, dos resultados);
Utilizar técnicas participativas que incentivem a reflexão e expressão de todos
os participantes;
Trabalhar os conteúdos educacionais de acordo com a visão global
integradora do meio ambiente;
Integrar as duas linhas de trabalho em Educação Ambiental: Formal e Não
Formal;
Incentivar as atividades práticas e experiências individuais e coletivas;
Respeito à cultura das comunidades com as quais se pretende trabalhar.
Da mesma forma que o Programa de Comunicação Social, o Programa de
Educação Ambiental (PEA) irá contribuir para o fortalecimento da participação e do
controle social do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental. Em outras
palavras o PEA servirá como instrumento de mitigação de impacto socioambiental o
que é fundamental para a melhoria do desempenho do licenciamento ambiental no
que se refere aos mecanismos de controle e interação com a sociedade local. Tudo
isso contribuirá também para o compartilhamento progressivo e descentralização da
gestão ambiental do empreendimento entre Poder Público e coletividade (SANTOS
e MOURA, 2012; OLIVEIRA e CAVALCANTI, 2007).
O Programa de Educação Ambiental aqui apresentado estará estruturado em
dois componentes, conforme Instrução Normativa do IBAMA 02/2012: a) Programa
de Educação Ambiental (PEA), direcionado aos grupos sociais da área de influência
da atividade em processo de licenciamento; b) Programa de Educação Ambiental
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
55
dos Trabalhadores (PEAT), direcionado aos trabalhadores envolvidos no
empreendimento objeto do licenciamento.
3.4.1 Lógica da intervenção
Quadro 29 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (FINS)
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente
Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes
FIN
S
Obj
etiv
o S
uper
ior O programa contribuirá para o
fortalecimento da participação e do controle social do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental servindo como instrumento de mitigação dos impactos socioambientais.
Quantidade de Pontos Focais Comunitários (PFC) estabelecidos nas
comunidades do entorno para o acompanhamento socioambiental do empreendimento.
Número de pessoas que
participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental
(PEA e PEAT).
Relatórios das ações realizadas do PEA
Cadastro das pessoas que
fazem parte dos PFCs.
Registro fotográfico e atas de frequência.
Os participantes das oficinas devem assimilar em tempo hábil os
conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais para o alcance do objetivo
do programa.
Obj
etiv
o do
Sub
prog
ram
a (O
bje
tivo
Ger
al)
Populações ou indivíduos diretamente afetados desenvolvem por meio das oficinas de educação ambiental capacidades (conhecimentos, habilidades e atitudes) para intervirem de modo qualificado na gestão do meio ambiente do empreendimento no âmbito do licenciamento ambiental.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
56
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente
Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes
Res
ult
ado
s E
sper
ado
s
(Ob
jeti
vos
Esp
ecíf
ico
s)
1. Processo de sensibilização e mobilização do público alvo estabelecido com apoio das lideranças comunitárias (PEA).
2. Diagnóstico e planejamento
participativos das oficinas de educação ambiental realizados com apoio das lideranças comunitárias (PEA).
3. Programa de oficinas de
educação ambiental estruturado e executado com a formação de Pontos Focais Comunitários no final das atividades (PEA).
4. Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra (PEAT) plenamente executado.
Número total de lideranças comunitárias mobilizadas para
apoiar o programa.
Número total de oficinas de educação ambiental realizadas
no programa.
Quantidade de Pontos Focais Comunitários (PFC) estabelecidos nas
comunidades após oficinas de educação ambiental..
Termos de Compromisso das lideranças comunitárias.
Cadastro dos participantes.
Relatórios das ações
realizadas do PEA e do PEAT.
Cadastro das pessoas que
fazem parte dos PFCs.
Registro fotográfico e atas de frequência.
O compromisso e apoio das lideranças comunitárias na
mobilização de pessoas para participarem das oficinas de educação
ambiental são fundamentais para o sucesso do PEA.
Antes do planejamento e estruturação do programa das oficinas de educação
ambiental deverá ser realizado um diagnóstico rápido participativo com as
lideranças comunitárias para identificação preliminar de problemas socioambientais específicos a serem
abordados e discutidos de forma especial dentro das oficinas temáticas
do PEA.
O PCF constitui-se num grupo formado por pessoas da comunidade
que após as oficinas de educação ambiental irão voluntariamente
acompanhar a obra no que concerne à mitigação dos impactos
socioambientais, aplicando assim, os conhecimentos, habilidades e atitudes
desenvolvidas ao longo do PEA. Esses pontos focais servirão também
de elo de contato imediato entre empreendedor, comunidade e órgão
licenciador.
Nas oficinas de educação ambiental do PEAT a questão sobre o “relacionamento social entre
trabalhadores da obra e comunidade do entorno” deverá ser abordada sempre e de forma transversal.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
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57
Quadro 30 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Educação Ambiental (MEIOS)
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
ME
IOS
Realizar oficinas de diagnóstico rápido participativo (DRP) com as lideranças comunitárias.
Número total de oficinas de DRP realizadas (todo o programa)
Relatório de atividades com atas de frequência e registro
fotográfico.
As lideranças comunitárias a serem mobilizadas e envolvidas nas atividades
serão aquelas já cadastradas no âmbito do PCS.
Realizar oficina de planejamento participativo da programação das oficinas de educação ambiental nas comunidades.
Número total de oficinas de planejamento participativo realizadas.
Relatório de atividades com atas de frequência e registro
fotográfico.
Nessa atividade, serão decididos juntamente com as lideranças
comunitárias e com base no DRP, o programa das oficinas de educação ambiental para cada comunidade, as
datas, os locais, e os meios de divulgação e de mobilização das
pessoas para participarem das oficinas.
Realizar as oficinas de educação ambiental nas comunidades conforme programação estabelecida.
Número de oficinas de educação ambiental realizadas por
comunidades.
Número total de pessoas que participaram efetivamente das oficinas
de educação ambiental
Relatório de atividades com atas de frequência e registro
fotográfico.
Antes da realização das oficinas o Empreendedor e as lideranças
comunitárias deverão, no processo de planejamento participativo, levar em
consideração a adoção de medidas que venham garantir e facilitar a participação das mulheres e também de pessoas com
deficiência nas atividades do PEA (questões de acessibilidade).
Realizar as oficinas de educação ambiental do PEAT
Número total de oficinas de educação ambiental do PEAT.
Percentual dos trabalhadores que
participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental do PEAT.
Relatório de atividades com atas de frequência e
registro fotográfico.
As atividades previstas deverão ocorrer, sempre que possível, durante os
horários de trabalho, evitando-se sua realização nos períodos dedicados ao descanso e lazer dos trabalhadores.
Elabora r relatório final do PEA/PEAT relativo à fase de instalação.
Relatório final elaborado. Cópia do Relatório Final
PEA/PEAT
O relatório deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados do
programa indicando proposições para elaboração do novo PEA/PEAT para a fase subsequente do empreendimento (a fase de
operação).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
58
3.4.2 Resumo das atividades e metas
Quadro 31 – Atividades e metas do Programa de Comunicação Social
DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES
METAS GERENCIÁVEIS
ME
IOS
ATIVIDADES
Realizar oficinas de diagnóstico rápido participativo (DRP) com as lideranças comunitárias.
Empreendedor. Número total de oficinas de DRP realizadas
(todo o programa) ≥07
Realizar oficina de planejamento participativo da programação das oficinas de educação ambiental nas comunidades.
Empreendedor. Número total de oficinas de planejamento
participativo realizadas. ≥07
Realizar as oficinas de educação ambiental nas comunidades conforme programação estabelecida.
Empreendedor.
Número de oficinas de educação ambiental realizadas por comunidades.
Número total de pessoas que
participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental
≥05/ comunidade
770
Realizar as oficinas de educação ambiental do PEAT Empreendedor.
Número total de oficinas de educação ambiental do PEAT.
Percentual dos trabalhadores que
participaram efetivamente das oficinas de educação ambiental do PEAT.
≥04
100%
Elabora r relatório final do PEA/PEAT relativo à fase de instalação.
Empreendedor. Relatório final elaborado. Relatório final aprovado.
FIN
S
RESULTADOS ESPERADOS
Processo de sensibilização e mobilização do público alvo estabelecido com apoio das lideranças comunitárias (PEA).
Empreendedor.
Número total de lideranças comunitárias mobilizadas para apoiar o programa.
Número total de oficinas de educação
ambiental realizadas no programa (PEA/PEAT)
Quantidade de Pontos Focais Comunitários
(PFC) estabelecidos nas comunidades após oficinas de educação ambiental.
≥30
≥39
≥07
Diagnóstico e planejamento participativos das oficinas de educação ambiental realizados com apoio das lideranças comunitárias (PEA).
Programa de oficinas de educação ambiental estruturado e executado com a formação de Pontos Focais Comunitários no final das atividades (PEA).
Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra (PEAT) plenamente executado.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
59
3.4.3 Grupo-objetivo (público alvo)
Quadro 32 – Grupo-Objetivo do Programa de Educação Ambiental
Partes Interessadas Identificação Atribuições
EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e
controlar o PEA/PEAT
ENTIDADES COMUNITÁRIAS A
SEREM ENVOLVIDAS
Associação de moradores da COHAB VI (Petrolina/PE).
Associação de moradores do bairro Rio Corrente (Petrolina/PE).
Associação de moradores do bairro Rio Claro (Petrolina/PE).
Associação dos moradores do bairro Dom José Rodrigues (Juazeiro/BA).
Associação dos moradores do bairro Malhada da Areia (Juazeiro/BA).
Associação dos moradores do bairro Vila Tiradentes (Juazeiro/BA).
Associação de moradore ou de condomínio do Conjunto Habitacional São Fransico (Juazeiro/BA).
Empresa Construtora.
Participar ativamente da mobilização, planejamento e
execução do programa.
POPULAÇÃO DIRETAMENTE
AFETADA
Homens e mulheres residentes nas comunidades do entorno da LT maiores de 16 anos.
Trabalhadores da obra.
Participar efetivamente das oficinas de educação ambiental.
OUTRAS ORGANIZAÇÕES
INTERVENIENTES
Secretaria de Educação e Meio Ambiente dos municípios de Petrolina/PE e Juazeiro/BA.
Partticipar da comunicação do programa e fornecer apoio e
orientações quando necessários.
ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA
Aprovar o programa no âmbito do licenciameto ambiental e
fiscalizar a execução do PEA/PEAT para fins de controle ambiental do empreendimento.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
60
3.4.4 Cronograma
Quadro 33 – Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental
Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Realizar oficinas de diagnóstico rápido participativo (DRP) com as lideranças comunitárias.
■
Processo de sensibilização e mobilização do público alvo estabelecido com apoio das lideranças comunitárias (PEA).
■
Realizar oficina de planejamento participativo da programação das oficinas de educação ambiental nas comunidades.
■
Diagnóstico e planejamento participativos das oficinas de educação ambiental realizados com apoio das lideranças comunitárias (PEA).
■
Realizar as oficinas de educação ambiental nas comunidades conforme programação estabelecida.
■ ■ ■ ■ ■ ■
Realizar as oficinas de educação ambiental do PEAT ■ ■ ■ ■
Programa de oficinas de educação ambiental estruturado e executado com a formação de Pontos Focais Comunitários no final das atividades (PEA).
■
Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra (PEAT) plenamente executado.
■
Elabora r relatório final do PEA/PEAT relativo à fase de instalação. ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
3.4.5 Observações importantes
Nas oficinas de educação ambiental com a população das comunidades do
entorno da obra buscar-se-á despertar nos participantes uma visão crítica sobre os
problemas socioambientais identificados nos bairros e capacitá-los a atuar em
parceria com o IBAMA nas ações de monitoramento ambiental do empreendimento.
Nesse sentido, o principal resultado do processo educativo será a criação dos
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
61
Pontos Focais Comunitários – Os PFCs. Os PFCs serão grupos ou comissões
formadas por pessoas da comunidade que foram capacitadas nas oficinas de
educação ambiental. Essas pessoas irão voluntariamente acompanhar a obra no
que concerne à mitigação dos impactos socioambientais, aplicando assim, os
conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidas ao longo das oficinas. Esses
pontos focais serão o elo de contato imediato entre empreendedor, comunidade e
órgão licenciador. Não há número limite de pessoas que possam formar um PFC. No
entanto, deverá ser formado em cada comunidade no mínimo um ponto focal,
geralmente atrelado à associação de bairro.
Dentro dessa visão, quando a formação de “agentes comunitários voluntários”
é um produto final da ação educativa, optou-se para este programa de educação
ambiental adotar a metodologia e as abordagens pedagógicas utilizadas pelo Núcleo
de Educação Ambiental do IBAMA/PE e pela Rede Defesa Ambiental do Cabo de
Santo Agostinho/PE (REDE).
As experiências selecionadas como referências metodológicas foram os
projetos: II Curso de Formação do Programa Agentes Ambientais Voluntários do
IBAMA em Pernambuco (IBAMA, 2009) e o Projeto Núcleos Comunitários de Defesa
do Meio Ambiente – Projeto NUCODEMA (BARROS, et al., 2006).
O quadro 34 subsequente apresenta os aspectos metodológicos a serem
empregados nas oficinas de educação com as comunidades. Para cada comunidade
(07 ao todo) serão empregados os mesmos procedimentos.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
62
Quadro 34 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental na comunidade.
Oficinas Público-alvo Quantidade
estimada de pessoas
Temática a ser abordada Metodologias
participativas a serem empregadas
Carga Horária
Oficina 1 Diagnóstico
socioambiental participativo
Lideranças comunitárias
5-10
Apresentação do empreendimento,
apresentação da proposta do PEA e levantamento dos
principais problemas ambientais da comunidade.
Tempestade de Ideias e elaboração
da “arvore de problemas”
4 horas
Oficina 2 Planejamento
participativo das ações PEA
Lideranças comunitárias
5-10
Elaboração de caledário e planejamento das ações de divulgação e mobilização do
PEA na comunidade.
Elaboração de Plano de Ação no modelo “5W2H”
(o que, onde, por que, como, quem, quando, quanto).
4 horas
Oficina 3 Proteção e
Conservação Ambiental
Moradores da comunidade
30-40
Conceitos de meio ambiente
O que são problemas ambientais
Levantamento e discussão dos problemas ambientais
da comuninade com base no diagnótico socioambiental
participativo.
Instrumentos de políticas públicas para proteção e
conservação ambiental com foco no licenciamento.
Matriz de Problemas (problemas, causas,
consequências, responsáveis e
possíveis soluções relacionando aos instrumentos de
política ambiental)
Técnicas de Cartografia Social
8 horas
Oficina 4 Segurança na Rede Elétrica
Moradores da Comunidade
30-40
Os riscos de acidentes sob a rede elétrica em casa e nas
ruas.
Medidas de segurança para prevenir acidentes
Primeiros socorros e
medidas de emergência para acidentes com a rede elétrica em casa e na rua.
Apresentação e discussão
do PAE do empreendimento
Matriz de Problemas.
8 horas
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
63
Oficinas Público-alvo Quantidade
estimada de pessoas
Temática a ser abordada Metodologias
participativas a serem empregadas
Carga Horária
Oficina 5 Participação social na gestão do meio
ambiente
Moradores da Comunidade
30-40
Apresentação do empreendimento e seus
possíveis impactos socioambientais e as medidas mitigadoras.
Instrumentos de participação
social na defesa do meio ambiente: como a
comunidade pode participar do processo de
licenciamento ambiental.
Formação do Ponto Focal Comunitário.
Elaboração do Plano de
Ação para acompanhamento do empreendimento pelo
PFC.
Elaboração de Plano de Ação no modelo “5W2H”
(o que, onde, por que, como, quem, quando, quanto).
8 horas
Para os trabalhadores da obra as oficinas e aspectos metodológicos são
apresentados no Quadro 35.
Quadro 35 - Metodologia para as oficinas de educação ambiental com os trabalhadores.
Oficinas Público-alvo Quantidade
estimada de pessoas
Temática a ser abordada Metodologias
participativas a serem empregadas
Carga Horária
Oficina 1 Gerenciamento de
Resíduos Sólidos na Obra
(atividade vinculada ao Subprograma de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos)
Técnicos da CELPE e
trabalhadores da obra.
40-50
Apresentação do empreendimento;
O problema dos resíduos sólidos e seus impactos
socioambientais;
Conceitos e classificação dos resíduos sólidos, princípios e objetivos da Política Nacional
de Resíduos Sólidos;
Etapas e processos do PGRCC
Árvore de Problemas; Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo.
8 horas
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
64
Oficinas Público-alvo Quantidade
estimada de pessoas
Temática a ser abordada Metodologias
participativas a serem empregadas
Carga Horária
Oficina 2 Controle de Processos
Erosivos na Obra (atividade vinculada ao
Subprograma de Controle de Processos
Erosivos)
Técnicos da CELPE e
trabalhadores da obra.
40-50
Aspectos conceituais do solo; Importância da conservação do solo; Processos erosivos do solo. Técnicas para controle de processos erosivos na obra; Legislação brasileira relativa ao uso e conservação de solos.
Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo. Atividade prática de campo.
8 horas
Oficina 3 Programa de Emergências Ambientais
Técnicos da CELPE,
trabalhadores da obra e
parceiros do Plano de
Atendimento a Emergências.
40-50
Identificação e classificação do riscos de acidentes
ambientais e de trabalho na obra.
Medidas preventivas e emergenciais para os cenários de acidentes
ambientais identificados.
Processos e etapas do Plano de Atendimento a
Emergências
Análise Preliminar de Riscos Aulas expositivas; Vídeo debate; Trabalhos em grupo.
8 horas
Oficina 4 Simulado do Plano de
Atendimento a Emergências
Técnicos da CELPE,
trabalhadores da obra e
parceiros do Plano de
Atendimento a Emergências.
40-50
Simulação dos procedimentos operacionais
para atendimento a emergências.
Trabalho de campo. 8 horas
3.5 Programa de Monitoramento da Avifauna
A influência da linha de transmissão na avifauna local não deve ser
menosprezada, apesar das aves comumente não fecharem o circuito numa rede,
num entanto podem ocorrer problemas de desligamentos em linhas de transmissão
de 69 kV por esse motivo. Como medida de mitigação para este impacto, usa-se
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
65
sinalizadores, caracterizados como peças coloridas e em formato espiral, que
alertam as aves da presença dos cabos, evitando a colisão e morte dos animais.
No intuito de reduzir o risco de colisões da avifauna sobre a linha de
transmissão e minimizar os possíveis impactos ambientais do empreendimento
sobre esses animais faz-se necessário o estabelecimento de um programa de
monitoramento. Esse programa deve buscar identificar as espécies predominantes
que vivem e transitam nas áreas de entorno do projeto e avaliar sistematicamente os
riscos ambientais envolvidos propondo medidas em tempo hábil para evitar
possíveis acidentes e interferências.
3.5.1 Lógica da intervenção
Quadro 36 – Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (FINS)
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente
Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes
FIN
S
Obj
etiv
o S
uper
ior
O programa contribuirá para a redução dos riscos de acidentes (colisões) e interferências entre a avifauna da região e a linha de transmissão.
Numero de incidentes envolvendo a avifauna no
sistema da LT.
Percentual das medidas de Redução dos riscos de acidentes com avifauna
implantadas de acordo com recomendações do
monitoramento.
Relatório final das atividades do programa.
O Monitoramento de aves durante a Fase de Instalação da Linha de
Transmissão identificará as espécies de aves que poderão sofrer acidentes
com os cabos e torres da Linha de Transmissão, identificando possíveis rotas de alimentação, de migração e de reprodução, a fim de identificar no
traçado pontos e locais mais suscetíveis a acidentes que poderão
ser monitorados, a critério da avaliação do órgão ambiental, durante
a Fase de Operação do Empreendimento.
O
bjet
ivo
do S
ubpr
ogra
ma
(Ob
jeti
vo G
eral
)
Monitoramento da avifauna realizado sistematicamente com a adoção de medidas de mitigação
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
66
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS
Elementos do QL Lógica da Intervenção Indicadores Objetivamente
Comprováveis Fontes de Verificação Suposições Importantes
Res
ult
ado
s E
sper
ado
s
(Ob
jeti
vos
Esp
ecíf
ico
s)
1. Inventário preliminar da avifauna elaborado.
2. Cronograma de monitoramento
elaborado. 3. Cronograma de monitoramento
executado. 4. Medidas para redução do risco
de acidentes com a avifauna são adotadas.
5. Relatório final do monitoramento e das ações é elaborado.
Inventário Preliminar da Avifauna aprovado.
Cronograma de monitoramento
aprovado.
Percentual das medidas implantadas de redução dos
riscos de acidentes com a avifauna em conformidade com
as recomendações do monitoramento.
Relatório final das atividades
aprovado.
Cópia do Inventário
Preliminar da Avifauna.
Lista das aves identificadas no entorno
do empreendimento.
Relatórios de monitoramento.
Relatório final das
atividades do programa.
Deverá ser feito o levantamento apenas qualitativo da composição das
espécies de avifauna nas áreas de influência direta do empreendimento
identificando possíveis espécies ameaçadas de extinção que poderão ser impactadas pelo empreendimento.
Quadro 37 - Matriz de Quadro Lógico do Programa de Monitoramento da Avifauna (MEIOS)
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
ME
IOS
Realizar pesquisa de campo pra coleta de dados relativos à avifauna ao longo da LT e especialmente na ilha do Maroto identificando áreas com riscos de colisão de avifauna contra os cabos de transmissão elétrica.
Número de campanhas de observação realizadas.
Relatórios das atividades de campo.
Antecedendo a fase de instalação, um inventário preliminar da avifauna deverá ser realizado, a fim de obtenção de dados de
riqueza, de composição, de abundância, e de status de conservação das espécies
identificadas. Esses dados servirão de subsídio para o monitoramento, uma vez que
não existe estudo prévio referente à ornitofauna.
A pesquisa deverá ser feita por profissionais
habilitados (biólogo e ornitólogo). Será privilegiada a coleta de dados por observação
evitando capturas de aves, evitando assim interferências diretas sobre as espécies. Para isso é importante que a equipe de pesquisa
tenha profissionais com largar experiência de observação de campo e que saibam
identificar cientificamente as aves pela visualização e escuta dos sons característicos
de cada espécie.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
67
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATIVIDADES PRINCIPAIS
Lógica da Intervenção ATIVIDADES PRINCIPAIS
Indicadores Objetivamente Comprováveis
Fontes de Verificação Suposições Importantes
Elaborar a lista qualificada das aves identificadas
Lista aprovada das aves identificadas na Área Diretamente Afetada pelo
empreendimento.
Lista qualificada das aves
identificadas.
A Lista deverá conter informações individualizadas sobre a Taxonomia (Ordem, Família, Gênero, Espécie, Autor e ano) das espécies registradas, o nome popular e o
Grau de ameaça com base na Lista de Fauna Ameaçada de Extinção da IUCN (2014) e do
Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção do Ministério do Meio Ambiente
(MMA, 2014).
Implantar as medidas de redução dos riscos de colisão da avifauna com a LT com a instalação de sinalizadores em pontos específicos identificados nas pesquisas de campo.
Percentual das medidas implantadas de redução dos riscos de acidentes com a
avifauna em conformidade com as recomendações do monitoramento.
Relatórios de atividades.
Além dos riscos associados à colisão, outras possibilidades de interferência do
empreendimento sobre a avifauna também devem ser consideradas indicando para estas as medidas
cabíveis para mitigação dos impactos.
Realizar as campanhas de monitoramento.
Percentual das ações de monitoramento realizadas em
conformidade com o cronograma estabelecido.
Relatórios de monitoramento.
Estão previstas duas campanhas de monitoramento para a fase de instalação da LT cujo período é relativamente curto
(6 meses).
Elaborar relatório final de monitoramento e das medidas implantadas.
Relatório final das atividades aprovado. Relatório final das atividades
do programa.
O relatório deve evidenciar o alcance dos objetivos e resultados esperados do
programa.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
68
3.5.2 Resumo das atividades e metas
Quadro 38 – Atividades e metas do Programa de Monitoramento da Avifauna
DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL INDICADORES
METAS GERENCIÁVEIS
ME
IOS
ATIVIDADES
Realizar pesquisa de campo pra coleta de dados relativos à avifauna ao longo da LT e especialmente na ilha do Maroto identificando áreas com riscos de colisão de avifauna contra os cabos de transmissão elétrica.
Empreendedor/Equipe de Pesquisa
Número de campanhas de observação realizadas.
≥01
Elaborar a lista qualificada das aves identificadas Empreendedor/Equipe
de Pesquisa
Lista qualificada das aves identificadas na Área Diretamente Afetada pelo
empreendimento. Lista aprovada.
Implantar as medidas de redução dos riscos de colisão da avifauna com a LT com a instalação de sinalizadores em pontos específicos identificados nas pesquisas de campo.
Empreendedor.
Percentual das medidas implantadas de redução dos riscos de acidentes com a
avifauna em conformidade com as recomendações do monitoramento.
100%
Realizar as campanhas de monitoramento. Equipe de Pesquisa Percentual das ações de monitoramento
realizadas em conformidade com o cronograma estabelecido.
100%
Elaborar relatório final de monitoramento e das medidas implantadas.
Empreendedor. Relatório final das atividades aprovado. Relatório final aprovado.
FIN
S
RESULTADOS ESPERADOS
1. Inventário preliminar da avifauna elaborado.
2. Cronograma de monitoramento elaborado.
3. Cronograma de monitoramento executado.
4. Medidas para redução do risco de acidentes com a avifauna são adotadas.
5. Relatório final do monitoramento e das ações é elaborado.
Empreendedor.
Inventário Preliminar da Avifauna.
Cronograma de monitoramento.
Percentual das medidas implantadas de redução dos riscos de acidentes com a
avifauna em conformidade com as recomendações do monitoramento.
Relatório final das atividades aprovado.
Inventário aprovado.
Cronograma aprovado.
100%
Relatório aprovado.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
69
3.5.3 Grupo-objetivo (público alvo)
Quadro 39 – Grupo-Objetivo do Programa de Monitoramento da Avifauna
Partes Interessadas Identificação Atribuições
EMPREENDEDOR Companhia Energética de Pernambuco - CELPE Organizar, planejar, dirigir e
controlar o PEA/PEAT
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE
TERCEIROS
Profissionais habilitados para a pesquisa e monitoramento da avifauna.
Responsabilidade técnica pelo inventário e monitoramento da
avifauna.
ÓRGÃO LICENCIADOR IBAMA
Aprovar o programa no âmbito do licenciameto ambiental e
fiscalizar a execução do programa para fins de controle ambiental do empreendimento.
3.5.4 Cronograma
Quadro 40 – Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Avifauna.
Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Realizar pesquisa de campo pra coleta de dados relativos à avifauna ao longo da LT e especialmente na ilha do Maroto.
■ ■
Elaborar a lista qualificada das aves identificadas ■
Implantar as medidas de redução dos riscos de colisão da avifauna com a LT com a instalação de sinalizadores em pontos específicos identificados nas pesquisas de campo.
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Realizar as campanhas de monitoramento. ■ ■
Elaborar relatório final de monitoramento e das medidas implantadas. ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
70
3.5.5 Observações importantes
Para o inventário preliminar e coleta dos dados iniciais na ilha do Maroto será
empregada a metodologia de pontos de escuta ao longo do perímetro da Ilha e no
interior da mesma. Cada ponto deve ficar equidistante 300 metros. Estes pontos
serão georreferenciados para que nas próximas campanhas os mesmos pontos
sejam amostrados. Recomenda-se manter em todas as campanhas o mesmo
ornitólogo observador, a fim de minimizar diferenças que possam surgir devido a
essa variável.
De acordo com o Caderno Técnico de Informações Complementares do
Relatório Ambiental Simplificado para Instalação de Linha de Transmissão 69 Kv
Juazeiro II/Petrolina 2 (SOUZA BARROS, 2014) a fase de instalação terá uma
duração de cinco a seis meses. Assim, deverão ser feitas duas visitas de
monitoramento a ilha durante a fase de instalação. A primeira campanha de
monitoramento deverá ser realizada um mês após o primeiro mês de trabalho de
instalação. A segunda deverá ser realizada quatro meses após o mês inicial da
instalação. Lembrando que os trabalhos de campo não devem coincidir com os dias
de trabalho da instalação do empreendimento, uma vez que ruídos, máquinas e a
presença de pessoas trabalhando inviabilizam e podem comprometer a coleta de
dados da avifauna.
A fase de instalação deve ser feita durante a estação seca na região, uma vez
que a avifauna da Caatinga se reproduz principalmente durante a estação chuvosa,
assim como diversas espécies de aves migratórias chegam ao interior do nordeste
nesse período (LAS-CASAS et al. 2012).
A responsabilidade técnica pelo programa deverá ser exercida por profissional
biólogo, registrado no CRBIO, e ornitólogo com no mínimo três anos de experiência
em inventários e monitoramentos de aves.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
71
3.6 Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento
3.6.1 Modelo de sistema de gestão ambiental
Esse programa tem como propósito a coordenação integrada de todos os
demais programas e subprogramas deste PBA em um sistema de gestão ambiental
(SGA) dentro de um ciclo de melhoria contínua – O ciclo PDCA9 - a ser gerenciado
pela Unidade de Meio Ambiente da CELPE.
No SGA também serão apresentados as medidas a serem tomadas para
aqueles aspectos socioambientais que não foram estruturados em programas e
subprogramas devido à sua baixa magnitude com relação ao pequeno porte da obra.
Tais aspectos são: a integração das medidas de recuperação de áreas degradadas10
já contempladas nos subprogramas de gestão de resíduos e de controle de
processos erosivos, gestão de interferências com infraestrutura física, e o
estabelecimento de faixa de servidão, segurança administrativa e processos de
indenização.
Apesar de não ser de pequena magnitude o impacto sobre a paisagem do Rio
São Francisco devido à instalação das torres de travessia da LT, as medidas de
gestão voltadas para a mitigação e compensação desse impacto também estarão
dentro do escopo do SGA, cujas ações serão articuladas junto com as prefeituras de
Petrolina e Juazeiro/BA. O modelo do SGA a ser implantado é apresentado na
Figura 9.
9 PDCA - acrônimo em inglês dos seguintes termos: Plan (planejar); Do (fazer), Check (verificar) e Act (agir). 10 Não haverá a instalação de canteiros de obras, e, portanto, não haverá degradação de áreas decorrentes da desmobilização de materiais e equipamentos. As intervenções previstas limitam-se à poda seletiva em acessos pré-existentes, geração de resíduos, e pequenas movimentações de terra no processo de escavação dos buracos para os postes e para construção da base das torres, cujas medidas de recuperação estarão contempladas no Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e no Plano de Controle de Erosão.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
72
Figura 9 – Resumo esquemático do SGA do empreendimento.
3.6.2 Etapas e atividades do SGA
a) A primeira etapa consiste no planejamento do SGA. Nessa fase será elaborado
internamente um plano operacional de todos os programas, subprogramas e
planos auxiliares a serem executados em paralelo com o cronograma de
construção da LT. A Unidade de Meio Ambiente da CELPE com apoio de outros
setores da empresa irá elaborar o cronograma integrado das ações do PBA,
providenciar orçamento e alocação de recursos e estabelecer as especificações
técnicas para contração de serviços terceirizados para execução dos programas,
subprogramas e planos do PBA quando necessários.
b) A segunda etapa consiste na coordenação integrada de todas as ações do PBA
estruturadas nos seus respectivos programas, subprogramas e planos auxiliares.
Os planos auxiliares abordarão os aspectos socioambientais que possuem baixo
potencial de impacto, ou que necessitam de medidas simples de execução, ou
mesmo, que possuam medidas já contempladas em outros programas, a
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
73
exemplo do aspecto “recuperação de áreas degradadas” com ações previstas
nos programas de resíduos sólidos e controle de processos erosivos.
c) A terceira etapa consiste na realização de auditorias internas sobre as ações do
PBA. As auditorias terão como objetivo verificar o alcance das metas de cada
programa e subprograma e a existência de não-conformidades com os requisitos
estabelecidos para as ações. Além do mais, as auditorias também avaliarão a
efetividade de execução dos planos auxiliares, apontando quando necessário, as
medidas para controle e correção dos rumos das ações. Estão previstas no
mínimo 03 auditorias para o PBA.
d) A quarta etapa consiste na realização de reunião interna para análise crítica dos
resultados das auditorias, em geral, feita com a participação da alta gestão ou
responsável superior pela área de meio ambiente da empresa. Nessa reunião
são discutidas as lições aprendidas (o que deu certo, e o que não deu certo, e os
porquês correspondentes), a definição de medidas corretivas necessárias para
corrigir as não conformidades e medidas preventivas para possíveis problemas
identificados que não ocorreram, mas têm uma grande probabilidade de
acontecerem. Estão previstas 03 reuniões de análise crítica.
Esse processo cíclico de gestão permitirá um acompanhamento mais próximo
e mais efetivo da execução global do PBA por parte da Unidade de Meio Ambiente
da CELPE com foco na melhoria contínua dos processos.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
74
3.6.3 Cronograma
Quadro 41 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental.
Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Elaborar internamente um plano operacional de todos os programas, subprogramas e planos auxiliares
A ■ ■
Coordenar de forma integrada os programas, subprogramas e planos auxiliares do PBA
A ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Realização de auditorias internas sobre as ações do PBA. A ■ ■ ■
Realizar reuniões de análise crítica dos resultados das auditorias A ■ ■ ■
Elaborar relatório final do SGA. A ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
3.6.4 Os planos auxiliares
3.6.4.1 Gestão voltada para as interferências com a infraestrutura física
O risco de interferência ou de conflitos de interesses do empreendimento com
outros planos de expansão de redes de infraestrutura urbana é algo que precisa ser
objeto constante de gestão visando não apenas a minimização de tais interferências,
mas, sobretudo, compatibilizar e harmonizar a LT com outras infraestruturas
possíveis de serem instaladas dentro da mesma área do empreendimento
(duplicação de rodovia, implantação de gasodutos, instalação de redes coletoras de
esgoto, obras de drenagem, etc.).
Os procedimentos básicos voltados para esse aspecto são:
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
75
1. Estabelecer contato formal com o órgão gestor das faixas de domínio
para solicitar anuência e autorização de instalação da LT conforme
Manual de Procedimentos para Uso Especial da Faixa de Domínio
(DNIT, 2008). A CELPE já iniciou esse processo junto ao DNIT
(Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária) conforme
demonstra protocolo em anexo.
2. Verificar junto ao DNIT a existência de outros projetos de infraestrutura
destinados à mesma faixa de domínio da LT.
3. Com base nas informações coletadas anteriormente, estabelecer as
mudanças necessárias no projeto executivo da LT, informando
previamente tais alterações ao órgão licenciador competente para
reajustamento das medidas de controle ambiental que forem
necessárias.
3.6.4.2 Gestão para recuperação de áreas degradadas
O empreendimento tem baixo potencial de degradação ambiental, haja vista
que seu traçado é predominantemente urbano com pouca presença de árvores. A
única área com vegetação expressiva é a ilha do Maroto que possui na sua borda
uma densa mata ciliar formada na sua maioria por indivíduos do gênero Inga sp.
(ingazeira).
As intervenções sobre este aspecto se restringem apenas à realização de
atividades de capinação nos pontos onde será instalada a torre da linha de
transmissão, no interior da Ilha do Maroto, local este com a presença predominante
de gramíneas da espécie invasora Enneapogon cenchroides.
Contudo, é importante destacar que para estabelecer uma frente de acesso à
ilha para movimentação de equipamentos e materiais, árvores e arbustos poderão
ser podados, mas não suprimidos. A supressão que poderá ocorrer está restrita a
indivíduos arbustivos localizados na área onde a torre será instalada.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
76
Os estudos ambientais anteriores já apontaram o melhor local de acesso à
ilha visando reduzir os impactos ambientais sobre a vegetação e o solo (processos
erosivos). Existem dois acessos à ilha. A definição desses acessos demonstra que
não haverá a necessidade de supressão da vegetação ripária para a movimentação
de materiais e equipamentos. Entretanto, será adotado o segundo acesso (acesso
B), pois, o risco de intensificação de processos erosivos e o impacto sobre a
vegetação apresentam-se como os mais baixos em comparação com o primeiro
acesso (acesso A) (Figura 10).
Figura 10 - Localização dos acessos já existentes para o interior da ilha do maroto.
Fonte: Souza Barros Consultoria (2014).
Portanto, na ilha do Maroto, os aspectos ambientais a serem considerados
em termos de recuperação de áreas degradadas estão relacionados à alteração
superficial do solo para montagem da torre e desmobilização de materiais que
restaram do processo de construção da infraestrutura (resíduos de construção).
Para esses aspectos serão adotadas as medidas de gestão ambiental contempladas
no PCRCC e no PACE.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
77
3.6.4.3 Gestão para estabelecimento da faixa de servidão e demais aspectos
relacionados
A implantação do empreendimento acarretará o estabelecimento de faixa de
servidão sob a linha de transmissão, a qual visa à manutenção da segurança do
próprio sistema de transmissão e também de terceiros.
A faixa de servidão/segurança administrativa11 estabelece restrições de uso
do solo onde está é instituída. Quando esse aspecto atinge propriedades
particulares deve-se proceder a uma avaliação do imóvel atingido e a consequente
indenização do proprietário, averbando a instituição da servidão na respectiva
matrícula dominial do imóvel.
Para mitigar e compensar esse tipo de impacto é necessário antes de tudo
um eficiente e transparente canal de comunicação com os proprietários afetados. As
medidas de comunicação com os proprietários já estão contempladas no Programa
de Comunicação Social deste PBA.
Após o estabelecimento do canal permanente de comunicação com os
proprietários serão feitos os procedimentos de gestão socioambiental voltados para
a efetivação das indenizações. As indenizações não apenas irão considerar o
estabelecimento das restrições de uso instituídas pela faixa de servidão, mas
também levarão em conta a remoção de benfeitorias e também os danos causados
pela implantação e manutenção do empreendimento. As indenizações serão
efetivadas conforme legislação e normas de avaliação vigentes.
É importante salientar que a remoção de benfeitorias (imóveis ou plantações)
poderá causar algum tipo de degradação ambiental geralmente vinculada à geração
de resíduos de construção civil e remoção de pequena quantidade de solo e
vegetação rasteira para implantação de torres e postes. Nesse sentido serão
11
A faixa de servidão ou faixa de segurança tem as mesmas dimensões e são coincidentes, porém, quando o termo é associado às questões documentais imobiliárias trata-se mais comumente como servidão e, quando associado às questões de ordem técnica, como faixa de segurança.
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69 Kv Juazeiro/Petrolina II
78
adotadas as medidas já contempladas no PPGRCC e PACE que incluem a correta
limpeza e a recuperação dos solos das áreas afetadas.
Em resumo, os procedimentos padrões para o estabelecimento da gestão
socioambiental da faixa de servidão seguirão os seguintes passos conforme check
list abaixo:
1. Pesquisa de preços de terras para a composição do valor da terra nua a ser
aplicado na avaliação da área do imóvel atingida pela faixa de servidão.
2. Pesquisa de preços para a composição de valores de benfeitorias (culturas e
edificações) localizadas na faixa.
3. Conferência dos dados da propriedade e do proprietário com base nas plantas e
memoriais descritivos individuais dos imóveis atingidos pela faixa de servidão da
Linha de Transmissão.
4. Visita ao proprietário para a obtenção da Licença de Passagem (Anuência),
cadastro da propriedade e levantamento físico da faixa de segurança e
benfeitorias. Nesse procedimento serão coletados os dados do proprietário para
efeito de cadastro no âmbito do PCS.
5. Avaliação da faixa de servidão e benfeitorias.
6. Apresentação dos valores indenizatórios aos proprietários e negociação. Após a
negociação com os valores acordados será elaborado o Laudo de Avaliação e
Recibo (LAR) para a solicitação de recursos junto à área financeira do
empreendedor.
7. Indenização. A indenização deverá ser efetivada por meio de cheque nominal
com comprovante de pagamento (recibo) e LAR assinados pelo proprietário (ou
beneficiário atribuído, se for o caso) em duas vias.
8. Legalização da faixa de servidão. O processo de legalização se dará pela
averbação da instituição da faixa de servidão na respectiva matrícula dominial do
imóvel. As despesas de cartório ficarão a cargo do empreendedor.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
79
Esses procedimentos serão executados para cada imóvel12 ou propriedade
(formal ou informal) onde será instituída a faixa de servidão da LT, inclusive na ilha
do Maroto, que apesar de ser uma área sob domínio da Superintendência do
Patrimônio da União (SPU), possui no seu interior algumas benfeitorias relacionadas
a práticas agrícolas intermitentes (cabana de madeira e palha para guarda de
ferramentas e pequenas lavouras/cana-de-açúcar, macaxeira e manga). A principal
tarefa nesse aspecto considerando o check list acima colocado será a identificação e
cadastro socioeconômico e ambiental das pessoas que se utilizam da ilha para
esses fins agrícolas a fim de que sejam feitos os procedimentos indenizatórios para
esta situação.
As medidas aqui definidas serão realizadas e finalizadas antes do início das
obras.
3.6.4.4 Gestão para mitigação e compensação do impacto da paisagem sobre o rio
São Francisco
Os impactos sobre a paisagem dependem da importância que lhe é atribuída
pela sociedade específica, que reflete suas preferências. Numa sociedade
heterogênea, os valores diferem de indivíduo para indivíduo, podendo estar
associados a aspectos econômicos, histórico-culturais, ecológicos, ou puramente
relacionados à beleza natural. Por essa razão, é difícil avaliar tal impacto.
As alterações na paisagem provocadas pelas obras de implantação da Linha
de LT, em especial na ilha do Maroto, deverão gerar algum nível de impacto na
percepção visual, sobretudo aos observadores localizados no entorno da área
diretamente afetada.
Contudo, analisando-se as possibilidades, infere-se que os efeitos negativos
relacionados à inserção física das torres serão minimizados, a princípio, pela pintura
das estruturas metálicas com a cor verde, tentando harmonizá-la à paisagem. Outra 12
Até o momento apenas um imóvel foi identificado como público-alvo para as medidas de estabelecimento da faixa de servidão, estando o processo indenizatório na fase de finalização. Resta agora executar os procedimentos na ilha do Maroto.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
80
medida a ser tomada será o estabelecimento de um cronograma de negociações
com os gestores municipais de Petrolina/PE e Juazeiro/BA para discutirem formas
de compensação do referido impacto ambiental.
Essas negociações poderão ser formalizadas dentro dos conselhos de meio
ambiente de cada município, através da criação de uma câmara técnica conjunta
estabelecida provisoriamente para este fim.
Esse processo de negociação poderá ser realizado durante todo o período de
instalação da LT, porém, a o estabelecimento da câmara técnica será feito antes do
começo das obras. Portanto, o passo a passo das ações voltadas para a mitigação e
compensação do impacto da LT sobre a paisagem do rio São Francisco será
conforme o check list abaixo.
1. Apresentação do empreendimento aos conselhos de meio ambiente de
Petrolina/PE e Juazeiro/BA (ação já contemplada no PCS);
2. Pintura das torres na tentativa de harmonizá-las à paisagem;
3. Formação de câmara técnica conjunta para negociação e definição das
medidas de compensação a serem adotadas por parte do
empreendedor;
4. Estabelecimento de cronograma das reuniões da câmara técnica;
5. Finalização das negociações e deliberação formal das medidas de
compensação por parte dos conselhos de meio ambiente;
6. Estabelecimento de plano de ação de compensação ambiental
(cronograma físico e financeiro) por parte do empreendedor firmado
com os conselhos municipais.
7. Aplicação do plano de compensação e apresentação do relatório final
encerrando formalmente todo o processo.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
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3.6.4.5 Cronograma (planos auxiliares)
Quadro 42 – Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental.
Atividades (A) e Resultados Esperados (R) COD.
Meses
1 2 3 4 5 6 7 8
Início da Obra ►
Gestão voltada para as interferências com a infraestrutura física A ■ ■
Gestão para recuperação de áreas degradadas A ■ ■ ■ ■ ■ ■
Gestão para estabelecimento da faixa de servidão A ■ ■ ■
Gestão para mitigação e compensação do impacto da paisagem sobre o rio São Francisco
A ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Término da Obra ▼
Legenda: (A) – Atividade (ação/meio); (R) – Resultado esperado (fim).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando-se que um bom entendimento dos aspectos ambientais é
condição imprescindível para o alcance de uma boa gestão, bem como para a
correta inserção de todo e qualquer empreendimento em sua área de influência,
torna-se fundamental que sejam adotados as ações apontados neste Programa
Básico Ambiental (PBA).
Este PBA, portanto, fornece ao empreendedor, ao órgão licenciador e às
demais partes interessadas as diretrizes e ações necessárias ao controle
socioambiental dos impactos que o empreendimento na sua fase de instalação
poderá causar sobre o meio ambiente. Obviamente não se trata de um planejamento
rígido, mas flexível, que permitirá ao longo do processo de sua execução, as
mudanças que forem consideradas necessárias ao alcance dos objetivos e
resultados esperados aqui definidos.
Programa Básico Ambiental (PBA) para Instalação de Linha de Transmissão
69 Kv Juazeiro/Petrolina II
82
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