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437 Boletín de la Sociedad Entomológica Aragonesa (S.E.A.), nº 46 (2010) : 437447. LISTA DE ESPÉCIES DE ARTRÓPODES ASSOCIADOS A DIFERENTES CULTURAS FRUTÍCOLAS DA ILHA TERCEIRA (AÇORES, PORTUGAL) Ana M. C. Santos 1, 2 , Paulo A. V. Borges 1 , Ana Cristina Rodrigues 1 & David J. H. Lopes 2 1 Secção de Protecção de Plantas, Departamento de Ciências Agrárias, Universidade dos Açores, Largo da Igreja, 9701-851 Angra do Heroísmo, Portugal. – [email protected] 2 Grupo de Biodiversidade dos Açores (CITA-A), Departamento de Ciências Agrárias, Universidade dos Açores, Largo da Igreja, 9701-851 Angra do Heroísmo, Portugal. Resumo: Conhecer a acarifauna e a entomofauna de um habitat agrícola é um dos passos fundamentais para se conseguir uma protecção integrada e sustentável das culturas. Neste trabalho apresenta-se uma lista das espécies de artrópodes encon- tradas em quatro culturas frutícolas da ilha Terceira (bananeiras, citrinos, macieiras e pessegueiros). Os indivíduos foram cap- turados com recurso a três métodos de amostragem: i) recolha directa das folhas e/ou ramos; ii) técnica dos batimentos; iii) armadilhas Malaise. No total foram estabelecidas 679 morfoespécies, tendo-se identificado 218 morfoespécies até ao nível de género e/ou espécie. Destacam-se 17 espécies que foram encontradas pela primeira vez para a ilha Terceira durante esta amostragem, 12 que contituíam novidades faunísticas para os Açores e uma espécie que foi citada pela primeira vez para Por- tugal. Finalmente discute-se a importância deste estudo para trabalhos futuros, e a necessidade de desenvolver mais listas faunísticas para estas e outras culturas. Palavras chave: Arthropoda, culturas frutícolas, bananeiras, citrinos, macieiras, pessegueiros, Terceira, Açores, Portugal. Listado de especies de artrópodos asociados a diferentes cultivos de frutales en la isla Terceira (Azores, Portugal) Resumen: Conocer la acarifauna y la entomofauna de un hábitat agrícola es uno de los primeros pasos necesarios para llegar a una protección más integrada y sostenible de los cultivos. En este trabajo se presenta el listado de especies de artrópodos que habitan en cuatro tipos de frutales en la isla Terceira (plataneros, cítricos, manzanos y melocotoneros). Los individuos fue- ron capturados mediante tres métodos de colecta: búsqueda directa sobre las hojas y ramas; técnica de batido; y trampas Ma- laise. En total se han identificado 679 morfoespecies, de las cuales 218 se identificaron hasta el nivel de género y/o espécie. Diecisiete morfoespecies se han encontrado por primera vez en Terceira durante este muestreo, 12 son nuevas para las Azo- res y una especie es nueva para Portugal. Además se discute la importancia de este estudio para futuros proyectos de investi- gación, y la necesidad de desarrollar más listados faunísticos en estos y otros tipos de frutales. Palabras clave: Arthropoda, frutales, plataneros, cítricos, manzanos, melocotoneros, Terceira, Azores, Portugal. Checklist of arthropod species associated with different fruit crops from Terceira Island (Azores, Portugal) Abstract: Knowing the arthropod fauna associated with agroecosystems is essential to achieve sustainable integrated pest management. Here we present a checklist of the arthropod species found on four types of fruit crops on Terceira Island (ba- nanas, orange-trees, apple-trees and peach-trees). The specimens were collected using three different sampling methods: i) di- rect collecting from leaves and/or branches; ii) beating technique; iii) Malaise traps. In total, we detected 679 morphospecies, of which 218 were identified to the genus and/or species level. Seventeen species are first records for Terceira Island, 12 for the Azores and one for Portugal. Finally we discuss the importance of this work for future studies, as well as the need to develop more checklists for these and other crops. Key words: Arthropoda, fruit orchards, apple-trees, bananas, orange-trees, peach-trees, Terceira, Azores, Portugal. Introdução O conhecimento da entomofauna e acarofauna, tanto a nociva como a útil, constitui uma etapa fundamental na elaboração de estratégias de gestão que possam conduzir à protecção inte- grada de cada cultura. Apesar do elevado número de pomares existentes na ilha Terceira (Azores), a superfície ocupada por culturas frutícolas é pequena comparativamente à área coberta por pastagens (as pastagens ocupam 44% da área total; Borges, 1999a). Mesmo assim, durante os últimos anos têm sido realizados nesta ilha vários estudos relativos à fauna de artrópodes existentes nas zonas frutícolas (Soares et al., 1996; Vieira et al., 1996; Oiveira, 2002; Santos et al., 2005a, 2005b, 2008a, 2008b, 2008c). No ano 2003 iniciou-se o projecto Interfruta (projecto de cooperação entre Açores, Madeira e Canárias), que contribuiu para o maior conhecimento dos artrópodes associados a quatro culturas frutícolas (bananeiras, citrinos, macieiras e pessegueiros) da ilha Terceira. Neste trabalho apresenta-se uma lista das espécies de artrópodes encontradas nestes habitats, integrando-se todos os dados previamente publicados no âmbito deste projecto (Santos et al., 2005a, 2005b; 2008a, 2008b, 2008c). Material e métodos Área de estudo Este estudo foi realizado em 30 pomares de quatro culturas frutícolas (bananeiras, citrinos, macieiras e pessegueiros) existentes em três zonas geográficas da ilha Terceira (Angra do Heroísmo, Biscoitos e São Sebastião) (Fig. 1; Tabela I). Uma vez que em Angra do Heroísmo não existe uma produção significativa de maçãs e pêssegos, os estudo destas culturas ficou restringido às zonas dos Biscoitos e de São Sebastião.

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Boletín de la Sociedad Entomológica Aragonesa (S.E.A.), nº 46 (2010) : 437−447.

LISTA DE ESPÉCIES DE ARTRÓPODES ASSOCIADOS A DIFERENTES CULTURAS FRUTÍCOLAS DA ILHA TERCEIRA (AÇORES, PORTUGAL)

Ana M. C. Santos1, 2, Paulo A. V. Borges1,

Ana Cristina Rodrigues1 & David J. H. Lopes2

1 Secção de Protecção de Plantas, Departamento de Ciências Agrárias, Universidade dos Açores, Largo da Igreja, 9701-851 Angra do Heroísmo, Portugal. – [email protected] 2 Grupo de Biodiversidade dos Açores (CITA-A), Departamento de Ciências Agrárias, Universidade dos Açores, Largo da Igreja, 9701-851 Angra do Heroísmo, Portugal. Resumo: Conhecer a acarifauna e a entomofauna de um habitat agrícola é um dos passos fundamentais para se conseguir uma protecção integrada e sustentável das culturas. Neste trabalho apresenta-se uma lista das espécies de artrópodes encon-tradas em quatro culturas frutícolas da ilha Terceira (bananeiras, citrinos, macieiras e pessegueiros). Os indivíduos foram cap-turados com recurso a três métodos de amostragem: i) recolha directa das folhas e/ou ramos; ii) técnica dos batimentos; iii) armadilhas Malaise. No total foram estabelecidas 679 morfoespécies, tendo-se identificado 218 morfoespécies até ao nível de género e/ou espécie. Destacam-se 17 espécies que foram encontradas pela primeira vez para a ilha Terceira durante esta amostragem, 12 que contituíam novidades faunísticas para os Açores e uma espécie que foi citada pela primeira vez para Por-tugal. Finalmente discute-se a importância deste estudo para trabalhos futuros, e a necessidade de desenvolver mais listas faunísticas para estas e outras culturas. Palavras chave: Arthropoda, culturas frutícolas, bananeiras, citrinos, macieiras, pessegueiros, Terceira, Açores, Portugal.

Listado de especies de artrópodos asociados a diferentes cultivos de frutales en la isla Terceira (Azores, Portugal) Resumen: Conocer la acarifauna y la entomofauna de un hábitat agrícola es uno de los primeros pasos necesarios para llegar a una protección más integrada y sostenible de los cultivos. En este trabajo se presenta el listado de especies de artrópodos que habitan en cuatro tipos de frutales en la isla Terceira (plataneros, cítricos, manzanos y melocotoneros). Los individuos fue-ron capturados mediante tres métodos de colecta: búsqueda directa sobre las hojas y ramas; técnica de batido; y trampas Ma-laise. En total se han identificado 679 morfoespecies, de las cuales 218 se identificaron hasta el nivel de género y/o espécie. Diecisiete morfoespecies se han encontrado por primera vez en Terceira durante este muestreo, 12 son nuevas para las Azo-res y una especie es nueva para Portugal. Además se discute la importancia de este estudio para futuros proyectos de investi-gación, y la necesidad de desarrollar más listados faunísticos en estos y otros tipos de frutales. Palabras clave: Arthropoda, frutales, plataneros, cítricos, manzanos, melocotoneros, Terceira, Azores, Portugal.

Checklist of arthropod species associated with different fruit crops from Terceira Island (Azores, Portugal) Abstract: Knowing the arthropod fauna associated with agroecosystems is essential to achieve sustainable integrated pest management. Here we present a checklist of the arthropod species found on four types of fruit crops on Terceira Island (ba-nanas, orange-trees, apple-trees and peach-trees). The specimens were collected using three different sampling methods: i) di-rect collecting from leaves and/or branches; ii) beating technique; iii) Malaise traps. In total, we detected 679 morphospecies, of which 218 were identified to the genus and/or species level. Seventeen species are first records for Terceira Island, 12 for the Azores and one for Portugal. Finally we discuss the importance of this work for future studies, as well as the need to develop more checklists for these and other crops. Key words: Arthropoda, fruit orchards, apple-trees, bananas, orange-trees, peach-trees, Terceira, Azores, Portugal.

Introdução

O conhecimento da entomofauna e acarofauna, tanto a nociva como a útil, constitui uma etapa fundamental na elaboração de estratégias de gestão que possam conduzir à protecção inte-grada de cada cultura. Apesar do elevado número de pomares existentes na ilha Terceira (Azores), a superfície ocupada por culturas frutícolas é pequena comparativamente à área coberta por pastagens (as pastagens ocupam 44% da área total; Borges, 1999a). Mesmo assim, durante os últimos anos têm sido realizados nesta ilha vários estudos relativos à fauna de artrópodes existentes nas zonas frutícolas (Soares et al., 1996; Vieira et al., 1996; Oiveira, 2002; Santos et al., 2005a, 2005b, 2008a, 2008b, 2008c).

No ano 2003 iniciou-se o projecto Interfruta (projecto de cooperação entre Açores, Madeira e Canárias), que contribuiu para o maior conhecimento dos artrópodes associados a quatro culturas frutícolas (bananeiras, citrinos, macieiras e pessegueiros) da ilha Terceira. Neste trabalho

apresenta-se uma lista das espécies de artrópodes encontradas nestes habitats, integrando-se todos os dados previamente publicados no âmbito deste projecto (Santos et al., 2005a, 2005b; 2008a, 2008b, 2008c).

Material e métodos

Área de estudo Este estudo foi realizado em 30 pomares de quatro culturas frutícolas (bananeiras, citrinos, macieiras e pessegueiros) existentes em três zonas geográficas da ilha Terceira (Angra do Heroísmo, Biscoitos e São Sebastião) (Fig. 1; Tabela I). Uma vez que em Angra do Heroísmo não existe uma produção significativa de maçãs e pêssegos, os estudo destas culturas ficou restringido às zonas dos Biscoitos e de São Sebastião.

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Amostragem de Artrópodes Os artrópodes foram capturados através de três métodos de amostragem distintos:

i) Recolha directa dos artrópodes presentes nas folhas, frutos e ramos das plantas estudadas;

ii) Técnica dos batimentos (Basset, 1999; Ribeiro et al., 2005), direccionada a 10 plantas de cada pomar;

iii) Armadilhas Malaise não atractivas (Townes, 1972) colocadas durante uma semana em 10 dos locais de amostragem (Tabela I).

A recolha directa de indivíduos foi realizada esporadicamente durante os anos de 2003 e 2004. Os outros dois métodos de amostragem foram aplicados durante duas estações climáticas diferentes: Outono (Setembro / Outubro de 2003) e Primavera (Maio / Junho de 2004). No caso dos métodos i) e ii), todas as amostras obtidas foram sujeitas a um processo de pré-triagem no laboratório, em que se separaram os artrópodes do material vegetal. Todas as amostras foram conservadas e etiquetadas em tubos com álcool a 70º glicerinado, de forma a serem posteriormente triadas. Triagem e separação das espécies No total foram recolhidas 550 amostras de batimentos e 20 amostras provenientes das armadilhas Malaise. Para o pro-cesso da triagem das amostras foi utilizada a metodologia proposta por Oliver & Beattie (1996), tendo todos os exem-plares dos grupos alvo sido separados em “morfoespécies” ou “unidades reconhecidas como taxonomicamente inde-pendentes” (RTUs = “recognizable taxonomic units”). Nu-ma primeira fase das triagens, dois parataxonomistas (A. M. C. Santos e A. C. Rodrigues) separaram os artrópodes em morfoespécies com recurso a uma colecção de referência. Posteriormente, as diferentes morfoespécies foram identifi-cadas por P. A. V. Borges, com base numa colecção de referência já existente, e por outros taxonomistas especiali-zados: M. A. Ferreira (Acariformes); J. Wunderlich e P. Cardoso (Araneae); F. Ilharco (Hemiptera - Aphidoidea); J. Ribes (Hemiptera - Heteroptera); J. Noyes, A. Polazsek e K. van Achterberg (Hymenoptera); R. Zur Strassen e C. Ma-teus (Thysanoptera). Assim, a base de dados final consiste em espécies identificadas pelos especialistas acima refe-

Fig. 1. Localização dos pomares estudados.

feridos e por morfoespécies ainda não identificadas. A eficácia e precisão deste método foram já demonstradas noutros estudos realizados nos Açores (Borges & Brown, 2004; Borges et al., 2005a, 2006; Ribeiro et al., 2005; Santos et al., 2005a, 2005b). De facto, este método tem demonstrado ser bastante útil, principalmente quando não há taxonomistas dos diferentes grupos disponíveis in situ.

A listagem de espécies apresentada na Tabela II segue a nomenclatura de Borges et al. (2005b), mas com alterações recentes que vão ser introduzidas na nova listagem da biodi-versidade dos Açores (Borges et al., 2010).

Resultados

No total foram identificadas 679 morfoespécies diferentes, das quais 66% se incluíam no grupo dos himenópteros, 13% no grupo dos coleópteros e 8% no grupo dos hemípteros. Até ao momento foi possível identificar 218 morfoespécies até ao nível de género e/ou espécie (Tabela II), das quais 17 foram encontradas pela primeira vez na ilha Terceira (ver Borges et al., 2005b; Santos et al., 2008a, 2008b, 2008c), 12 constituiram novidade faunística para o arquipépago dos Açores (ver Borges et al., 2005b; Santos et al., 2008a, 2008b, 2008c; Achterbeg com. pes.; Polazsek com. pes.) e uma espécie foi encontrada pela primeira vez em Portugal [Fungitarsonemus peregrinus (Beer, 1954), Acariformes (Prostigmata): Tarsonemidae] (ver Borges et al., 2005b; Santos et al., 2008b) (Tabela II). De notar que uma das espécies do género Encarsia sp. (Hymenoptera: Apheleni-dae) será, muito provavelmente, uma espécie nova para a ciência (Polazsek com. pes.; Santos et al., 2008a). A mai-oria das morfoespécies identificadas pertence ao grupo dos coleópteros (30%), seguindo-se os himenópteros (22%) e os hemipteros (18%).

Relativamente ao grupo trófico a que pertence cada morfoespécie, distingue-se o grupo dos predadores, que representa 35% do total de morfoespécies identificadas, dos fitófagos (31%) e dos parasitóides (22%). Das espécies às quais foi possível atribuir uma estratégia de colonização, destaca-se que a maioria das espécies é introduzida (60%), ou seja, chegou aos Açores com a ajuda humana. Apenas

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Tabela I. Localização e características dos pomares estudados: Código - código que identifica o pomar (* - pomares onde foram colocadas as armadilhas Malaise) ; Zona – Localidade onde se encontra o pomar; Cultu-ra - tipo de cultura estudado: Alt. (m) - altitude em metros, medidos a partir do nível do mar; X e Y - longitude e a latitude de cada pomar, em coordenadas UTM referidas ao Fuso 26.

Código Zona Cultura Alt. (m) x y B1B Biscoitos Bananeiras 29 478169 4294151 B2B* Biscoitos Bananeiras 100 478176 4293317 B3B Biscoitos Bananeiras 70 478147 4293558 B4L Biscoitos Citrinos 96 476168 4293409 B5L* Biscoitos Citrinos 132 477658 4292980 B6L Biscoitos Citrinos 72 478099 4293466 B7M Biscoitos Macieiras 203 477430 4292563 B8M* Biscoitos Macieiras 244 476387 4292358 B9M Biscoitos Macieiras 256 476811 4292158 B10P* Biscoitos Pessegueiros 96 476078 4293382 B11P Biscoitos Pessegueiros 244 476378 4292295 B12P Biscoitos Pessegueiros 100-200 - - S1B Porto Novo Bananeiras 53 492859 4280499 S2B Salga Bananeiras <100 - - S3B* Porto Judeu Bananeiras 42 490966 4278171 S4L* São Sebastião Citrinos 142 492326 4280550 S5L Porto Judeu Citrinos <100 - - S6L São Sebastião Citrinos 72 492260 4278659 S7M São Sebastião Macieiras 146 492263 4280504 S8M* Porto Novo Macieiras 53 492996 4280556 S9M Salga Macieiras 61 491626 4278072 S10P* Salga Pessegueiros 49 491603 4277987 S11P São Sebastião Pessegueiros 144 492307 4280531 S12P Porto Judeu Pessegueiros <100 - - T1B Angra do Heroísmo Bananeiras 30 480001 4278986 T2B* São Pedro Bananeiras 112 478920 4280257 T3B Angra do Heroísmo Bananeiras 31 481596 4279364 T4L Angra do Heroísmo Citrinos 71 478174 4279460 T5L Vinha Brava Citrinos 70 481211 4280867 T6L* São Bartolomeu Citrinos 160 475916 4281457

32% das espécies são nativas (chegaram aos Açores pelos da seus meios), enquanto somente 3% são endémicas da Macaronésia (só existem nos arquipélagos dos Açores, e num ou mais dos seguintes arquipélagos: Cabo Verde, Canárias e Madeira) e 5% são endémicas dos Açores (só ocorrem no arquipélago dos Açores).

Conclusões

Apesar do elevado número de morfoespécies identificadas até ao nível de género e/ou espécie, muitas das mor-foespécies continuam sem nome científico (cerca de 68% do total encontrado durante a realização deste trabalho). Os himenópteros revelaram ser o grupo taxonómico menos conhecido. De facto, só foram identificadas 48 espécies (cerca de 10% do total de morfoespécies deste grupo), ape-sar deste ser o grupo mais rico em morfoespécies. Assim, torna-se necessário desenvolver mais estudos relativos à acarifauna e entomofauna destes habitats, principalmente no que respeita aos himenópteros, uma vez que este é um dos grupos mais importantes para o controlo biológico de pra-gas.

Como seria de esperar para habitats agrícolas, o número de espécies introduzidas é muito elevado (66% do total de espécies encontradas). De facto, esta elevada per-centagem de espécies introduzidas é superior à encontrada noutros habitats existentes na ilha: i) pastagens semi-naturais e intensivas – cerca de 45% das espécies introduzi-

das (Borges, 1999b); ii) florestas nativas dos Açores – cerca de 33% das espécies são introduzidas (Borges et al., 2006).

A lista de espécies aqui apresentada, assim como toda a informação relacionada com os hábitos alimentares e as estratégias de colonização de cada espécie, constitui uma ferramenta útil para estudos futuros que venham a ser reali-zados na área da ecologia e da entomologia aplicada. Con-tudo, aconselhamos que sejam realizados mais estudos, não só nestas como noutras culturas, para que seja possível conhecer melhor a fauna e as comunidades de artrópodes dos agroecossistemas, e, consequentemente, se possam tomar decisões que conduzam a uma protecção cada vez mais integrada das culturas.

Agradecimentos

As diferentes morfoespécies foram identificadas por vários taxo-nomistas, que forneceram também informações sobre os hábitos alimentares e as estratégias de colonização das diferentes espécies, aos quais os autores agradecem: F. Ilharco – Aphidoidea; P. Car-doso e Joerg Wunderlich – Araneae; J. Ribes – Hemiptera – Heteroptera; K. van Achterberg – Hymenoptera, Braconidae; J. Noyes e A. Polaszek – Hymenoptera, Chalcidoidea; Célia Mateus e R. zur Strassen – Thysanoptera.

Este trabalho foi realizado no âmbito do projecto INTERFRUTA (MAC/3.1/A1), co-financiado pelo programa INTERREG III B.

Paulo A. V. Borges é financiado pelo CITA-A (Grupo da Biodiversidade dos Açores).

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S12

P TB

Li

nyph

iidae

En

telec

ara

schm

itzi K

ulczy

nski,

1905

Pr

ed-C

T N

B1B,

B2B

, B3B

, S1B

, T1B

, T2B

B5

L, S4

L, T4

L, T5

L, T6

L −

S10P

TB

Eper

igone

sp.

Pred

-CT

− B8

M −

TB

Er

igone

den

tipalp

is (W

ider,

1834

) Pr

ed-C

T I

− T5

L −

− TB

Prine

rigon

e va

gans

(Aud

ouin,

1826

) Pr

ed-C

T I

B2B

− −

− TB

Tenu

iphan

tes t

enuis

(Blac

kwall

, 185

2)

Pred

-CT

I T3

B B4

L, B5

L S8

M −

TB

Mim

etid

ae

Ero

furc

ata (

Ville

rs, 17

89)

Pred

-CA

I −

T5L,

T6L

− −

TB

Oeco

biid

ae

Oeco

bius n

avus

Blac

kwall

, 185

9 Pr

ed-C

T I

S1B

− −

− TB

Ph

olcid

ae

Ph

olcus

pha

langio

ides (

Fues

slin,

1775

) Pr

ed-C

T I

B1B,

T3B

− −

TB

Salti

cidae

Mac

aroe

ris d

iligen

s (Bl

ackw

all, 1

867)

∆ Pr

ed-C

A MA

C B1

B, B

2B, B

3B, S

2B, S

3B, T

1B, T

2B, T

3B

B4L,

B5L,

S5L,

T5L,

T6L

B7M,

S8M

B1

0P, S

10P

TB

Pseu

deuo

phry

s vaf

ra (B

lackw

all, 1

867)

Pr

ed-C

A I

− −

B4L

S10P

TB

Sa

lticus

mut

abilis

Luca

s, 18

46

Pred

-CA

I B1

B, B

3B, S

1B, S

3B, T

2B

B6L,

S6L,

T6L

B8M

B10P

, B12

P, S

12P

TB

Syna

geles

vena

tor (

Luca

s, 18

36)

Pred

-CA

I B1

B, B

2B

− −

− TB

Orde

m, F

amília

, Gén

ero/

Espé

cie

GT

EC

Cu

ltura

cnica

Bana

neira

s

Ci

trino

s Ma

cieira

s

Pess

egue

iros

Tetra

gnat

hida

e

Met

ellina

mer

ianae

(Sco

poli,

1763

) Pr

ed-C

T I

B1B,

B2B

, B3B

, S1B

, S3B

, T2B

B4

L, B5

L, S4

L, T4

L, T5

L, T6

L B8

M B1

0P

TB

Pach

ygna

tha

dege

eri S

unde

vall,

1830

Pr

ed-C

T I

− −

B7M,

S8M

TB

Ther

idiid

ae

Cr

ypta

chae

a bla

ttea

(Urq

uhar

t, 188

6)

Pred

-CE

I B2

B, S

3B, T

2B

T4L,

T6L

− −

TB

Para

steat

oda s

p. Pr

ed-C

E

− −

− S1

2P

TB

Rhom

phae

a na

sica

(Sim

on, 1

873)

Pr

ed-C

E I

B2B

− −

− TB

St

eato

da g

ross

a (C.

L. Ko

ch, 1

838)

Pr

ed-C

E I

B1B,

B2B

, B3B

, S1B

, S3B

, T2B

, T3B

B4

L, B5

L, S4

L, S6

L, T4

L, T5

L B8

M, S

7M, S

8M

B10P

, S12

P TB

St

eato

da n

obilis

(Tho

rell,

1875

) Pr

ed-C

E MA

C B1

B, B

3B, S

1B, T

1B

− S8

M −

TB

Thom

isida

e

Xysti

cus c

or C

anes

trini, 1

873

Pred

-CE

N S1

B −

− B1

0P

TB

BLAT

TARI

A

Polyp

hagi

dae

Ze

tha

vesti

ta (B

rullé

, 183

8)

T1B

− −

− TB

CO

LEOP

TERA

Anth

icida

e

Hirti

collis

qua

drigu

ttatu

s (Ro

ssi, 1

794)

Sa

p N

− −

S8M

− AM

Br

entid

ae

As

pidap

ion ra

diolus

chaly

beipe

nne

(Woll

aston

, 185

4)

Fit

I −

S5L

− S1

0P

TB

Chry

som

elida

e

Bruc

hus s

p. Fit

T2B

− −

− TB

Ch

aeto

cnem

a ho

rtens

is (F

ourcr

oy, 1

785)

Pr

ed

I S3

B T5

L −

− AM

, TB

Epitri

x cuc

umer

is (H

arris

, 185

1)

Fit

I B2

B, S

3B, T

2B

S4L,

T6L

B7M,

B8M

, B9M

B1

0P, B

11P

AM, T

B Ep

itrix

hirtip

ennis

(Mels

heim

er, 1

847)

Fit

I

− T6

L −

− AM

Ps

ylliod

es m

arcid

us (I

lliger

, 180

7)

Fit

N −

B5L,

T6L

S8M

B10P

AM

Co

ccin

ellid

ae

Cl

itoste

thus

arc

uatu

s (Ro

ssi, 1

794)

Pr

ed

I −

B4L,

B5L,

T5L,

T6L

S8M

− AM

, TB

Pullu

s sp.

Pred

B3B

− −

− TB

Lin

doru

s lop

hant

hae (

Blais

dell,

1892

) Pr

ed

I −

T6L

− −

AM

Rodo

lia ca

rdina

lis (M

ulsan

t, 185

0)

Pred

I

− B5

L, S4

L, S5

L, T5

L, T6

L −

S12P

TB

Sc

ymnu

s int

erru

ptus

(Goe

ze) /

Scym

nus n

ubilis

Muls

ant

Pred

N

B1B,

B2B

, B3B

, S1B

, S2B

, S3B

, T1B

, T2B

, T3

B B5

L, B6

L, S4

L, S6

L, T4

L, T5

L, T6

L B8

M, S

8M, S

9M

B10P

, B12

P, S

10P,

S12

P AM

, TB

Cory

loph

idae

Seric

oder

us la

tera

lis (G

yllen

hal, 1

827)

Pr

ed

I B1

B, B

2B, B

3B, S

1B, S

2B, S

3B, T

1B, T

2B,

T3B

B4L,

B5L,

B6L,

S4L,

S6L,

T4L,

T5L,

T6L

B8M,

S8M

, S9M

B1

0P, B

11P,

B12

P, S

10P,

S1

1P, S

12P

AM, T

B

Cryp

toph

agid

ae

Cr

ypho

phag

us sp

.1 Sa

p

B3B,

T3B

B4

L, T5

L, T6

L B8

M, S

8M, S

9M

S12P

AM

, TB

Cryp

toph

agus

cf. c

ellar

is (S

copo

li, 17

63)

Sap

I −

B5L

− −

AM

Curc

ulio

nida

e

Cosm

opoli

tes s

ordid

us (G

erma

r, 18

24) *

Fit

I

B1B,

B2B

, B3B

, S1B

, S2B

, S3B

, T1B

, T2B

,

T3B

− −

RD

Otior

hync

hus c

ribric

ollis

Gylle

nhal,

1834

Fit

I

B2B,

T2B

B5

L −

B10P

AM

, TB

Pant

omor

us ce

rvinu

s (Bo

hema

n, 18

49)

Fit

I −

B4L,

B5L,

B6L,

S5L,

T4L,

T5L,

T6L

B7M

, B8M

B1

0P, B

11P,

B12

P, S

12P

AM, T

B

Sito

na d

iscoid

eus G

yllen

hal, 1

834

Fit

I −

− B7

M S1

1P

TB

Xyleb

orinu

s alni

Nijim

a, 19

09

Fit

I −

S4L

S8M

− AM

El

ater

idae

Hete

rode

res a

zoric

us (T

arnie

r, 18

60)

Sap

END

B2B

− −

− TB

Orde

m, F

amília

, Gén

ero/

Espé

cie

GT

EC

Cu

ltura

cnica

Ba

nane

iras

Citri

nos

Macie

iras

Pe

sseg

ueiro

s Hy

drop

hilid

ae

Sp

haer

idium

bipu

stulat

um F

abric

ius, 1

781

Sap

I S1

B, S

2B

− −

− TB

La

tridi

idae

Carto

dere

nod

ifer (

Wes

twoo

d, 18

39)

Sap

I T2

B,

B5L,

S4L,

T4L,

T6L

S8M

S10P

AM

, TB

Lath

ridius

aus

tralic

us (B

elon,

1887

) Sa

p I

S1B,

T1B

− −

TB

Leio

dida

e

Cato

ps co

racin

us K

ellne

r, 18

46

Sap

N B2

B, T

2B

B5L

− S1

0P

AM

Myce

toph

agid

ae

Lit

argu

s balt

eatu

s Le C

onte,

1856

Mi

c I

T2B,

T3B

− −

TB

Nitid

ulid

ae

Br

achy

peplu

s mau

li Gar

dner

& C

lasse

y, 19

62

Fit

I T1

B, T

2B, T

3B

− −

B11P

TB

Ca

rpop

hilus

fum

atus

(Boh

eman

, 185

1)

Sap

I B1

B, B

3B, S

1B, S

3B, T

2B, T

3B

B4L,

B5L,

S6L

S8M

− AM

, TB

Carp

ophil

us h

emipt

erus

(Linn

aeus

, 175

8)

Sap

I −

− −

B10P

AM

Ep

urae

a big

utta

ta (T

hunb

erg,

1784

) Fit

I

B2B,

B3B

T6

L B8

M, S

8M

B10P

AM

, TB

Epur

aea

sp.

Sap

B5L

− −

TB

Meli

geth

es a

eneu

s (Fa

brici

us, 1

775)

Fit

I

B3B

T5L

B8M,

B9M

, S7M

TB

Meli

geth

es sp

. 1

Fit

− S8

M −

TB

Phen

olia

limba

ta tib

ialis

(Boh

eman

, 185

1)

Sap

I S1

B −

− −

TB

Phala

crid

ae

St

ilbus

testa

ceus

(Pan

zer,

1797

) Sa

p N

B3B,

S3B

, T3B

B4

L, B5

L, S5

L, T6

L S8

M, S

9M

B11P

, S10

P AM

, TB

Ptilii

dae

Pt

enidi

um p

usillu

m (G

yllen

hal, 1

808)

Sa

p I

B2B,

T2B

B5

L, S4

L, T6

L S8

M −

AM

Scra

ptiid

ae

An

aspis

pro

teus

Woll

aston

, 185

4 Fit

MA

C −

− B7

M, B

9M

− TB

Si

lvani

dae

Cr

ypta

mor

pha

desja

rdins

ii (Gu

érin-

Méne

ville,

1844

) Pr

ed

I B1

B, B

2B, B

3B, S

1B, S

2B, S

3B, T

1B, T

2B,

T3B

T4L,

T6L

B8M

− AM

, TB

Stap

hylin

idae

Aleo

char

a bip

ustu

lata

(Linn

aeus

, 176

1)

Pred

I

− −

B8M,

S8M

AM

Aleo

char

a sp.

Pred

− S4

L S8

M −

AM

Aloc

onot

a su

lcifro

ns (S

tephe

ns, 1

832)

Pr

ed

N −

B5L

− −

AM

Anot

ylus n

itidifr

ons (

Woll

aston

, 187

1)

Pred

I

S1B

− −

− TB

As

tenu

s lyo

ness

ius (J

oy, 1

908)

Pr

ed

N B3

B, T

3B

− −

− TB

At

heta

atra

men

taria

(Gyll

enha

l, 181

0)

Pred

I

− S6

L −

− TB

At

heta

fung

i (Gra

venh

orst,

1806

) Pr

ed

I B2

B, S

1B

T6L

B8M,

S8M

S1

2P

AM, T

B At

heta

sp. 1

Pr

ed

T2

B −

− B1

0P

TB

Athe

ta sp

. 2

Pred

B2B,

B3B

, S1B

, S2B

, S3B

, B5

L, S4

L, T6

L B8

M, S

8M

B10P

, S10

P AM

, TB

T1

B, T

2B, T

3B

− −

Athe

ta sp

. 3

Pred

− S4

L B8

M S1

0P

AM

Athe

ta sp

. 4

Pred

T2B

B5L,

S4L

B8M

AM

At

heta

sp. 5

Pr

ed

B3

B, S

1B, S

3B, T

1B, T

2B

B5L

AM, T

B At

heta

sp. 6

Pr

ed

− −

S10P

AM

At

heta

sp. 7

Pr

ed

S4L

− −

AM

Athe

ta sp

. 8

Pred

T2B

− −

− TB

Ca

rpeli

mus

corti

cinus

(Gra

venh

orst,

1806

) Pr

ed

N −

− B8

M −

TB

Carp

elim

us sp

. 3

Pred

BIB,

B2B

, B3B

, S1B

, S2B

, S3B

, T1B

, T2B

, T3

B −

S8M

− AM

, TB

Cilea

silph

oides

(Linn

aeus

, 176

7)

Pred

I

− T6

L −

− AM

Or

dem

, Fam

ília, G

éner

o/Es

pécie

GT

EC

Cultu

ra

Técn

ica

Bana

neira

s

Ci

trino

s Ma

cieira

s

Pess

egue

iros

Copr

opor

us p

ulche

llus (

Erich

son,

1839

) Pr

ed

I B2

B, B

3B, S

1B, S

2B, S

3B, T

1B, T

2B, T

3B

S4L,

S6L,

T6L

B8M,

S8M

B1

0P, S

10P

AM, T

B Co

rdali

a ob

scur

a (Gr

aven

horst

, 180

2)

Pred

I

T2B

S4L

− −

AM

Oligo

ta p

arva

Kra

atz, 1

862

Pred

I

T2B

B5L,

T6L

B8M,

S8M

AM, T

B Ol

igota

sp.

Pred

T2B

− −

− TB

Ox

ytelus

sculp

tus G

rave

nhor

st, 18

06

Pred

I

− T6

L −

− TB

Ph

loeon

omus

sp. 4

Pr

ed

T6L

− −

AM

Prot

einus

ato

mar

ius E

richs

on, 1

840

Pred

N

− B5

L, T6

L B8

M −

AM

Rugil

us o

rbicu

latus

(Pay

kull,

1789

) Pr

ed

N −

T6L

− −

AM

Xant

holin

us lo

ngive

ntris

Heer

, 183

9 Pr

ed

I −

T5L

B8M

− AM

, TB

Thro

scid

ae

Th

rosc

us sp

. Fit

− S4

L −

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DE

RMAP

TERA

Forfi

culid

ae

Fo

rficu

la au

ricula

ria Li

nnae

us, 1

758

Pred

I

B1B,

B2B

, B3B

, S3B

, T2B

B4

L, B6

L −

− TB

HE

MIPT

ERA

An

thoc

orid

ae

An

thoc

oris

nem

orali

s (Fa

brici

us, 1

794)

Pr

ed

N B1

B, B

3B, S

1B

B5L,

S5L,

T6L

B1

1P

AM, T

B Br

achy

steles

par

vicor

nis (C

osta,

1847

) Pr

ed

N S1

B, S

3B, T

2B, T

3B

B7

M, B

8M

B10P

, B11

P, B

12P

TB

Buch

anan

iella

cont

inua

(Whit

e, 18

80)

Pred

I

B2B,

B3B

, S1B

, S2B

, S3B

, T1B

, T2B

, T3B

B5

L, S4

L, S5

L, T5

L, T6

L B8

M, B

9M, S

8M

B10P

, S12

P AM

, TB

Lycto

coris

cam

pestr

is (F

abric

ius, 1

794)

Pr

ed

I −

T5L

− −

TB

Orius

laev

igatu

s lae

vigat

us (F

ieber

, 186

0)

Pred

N

S3B

B4L,

B5L,

B6L,

T6L

S8M

B10

P, S

10P

AM, T

B Ap

hidi

dae

Ap

his fa

bae

Scop

oli, 1

763

Fit

I B2

B B5

L, S6

L

AM

, RD

Aphis

gos

sypii

Glov

er, 1

877

Fit

N −

B5L,

S4L

S7M

RD

Ap

his h

eder

ae K

alten

bach

, 184

3 *

Fit

N −

T6L

B1

0P

AM

Aphis

pom

i De G

eer,

1773

Fit

I

− −

B7M,

B8M

RD

Aphis

solan

ella T

heob

ald, 1

914

Fit

I −

T6L

B1

0P

AM

Aphis

spira

ecola

Patc

h, 19

14

Fit

I −

B4L

B1

1P

RD

Dysa

phis

plant

agine

a (Pa

sser

ini, 1

860)

Fit

I

− −

B7M,

B8M

, B9M

, S7M

B1

1P, S

11P

RD, T

B Pe

ntalo

nia n

igron

ervo

sa C

oque

rel, 1

859

Fit

I B2

B, S

3B, T

1B, T

3B

− −

− RD

, TB

Rhop

alosip

hum

inse

rtum

(Walk

er, 1

849)

Fit

I

− S4

L, T6

L B8

M, S

8M

B11P

, S10

P RD

, TB

Rhop

alosip

hum

pad

i (Linn

aeus

, 175

8)

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scolo

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1841

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I

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1858

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− −

S8M,

S9M

TB

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, 197

9 Fit

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TB

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1938

Fit

N

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S8M

− TB

M

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1865

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− T4

L −

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775)

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I

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1950

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882)

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N

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B8M

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1763

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N

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L, T6

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1878

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N

− T6

L −

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ília, G

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, S8M

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2006

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92

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1962

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758)

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B4L

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S3B

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B2B,

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, T2B

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B5L,

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TB

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1975

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1865

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983

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S6L

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B1B,

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, S1B

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908)

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, S9M

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1941

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I

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L −

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908)

* Fit

I

− B4

L −

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Ha

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913 *

Pr

ed

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B, S

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B5L,

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B8M,

S8M

, S9M

B1

0P, B

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, TB

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12P,

S12

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, TB

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951)

* Fit

I

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B5L,

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961 *

Fit

N

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0P

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Fit

I B2

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I B2

B, S

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− −

S11P

TB

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y, 18

36)

Fit

N B2

B, B

3B, S

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I

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M, B

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− AM

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Fit

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Fit

I

B2B

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1854

) *

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AM

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776

Fit

N −

B5

L −

AM

447

Bibliografia

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