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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 23 de julho de 2019 https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/pe-rio-turvo/

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 23 de julho de 2019

https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/pe-rio-turvo/

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

“Predominantemente boa”, diz Cetesb sobre qualidade do ar em Americana ......................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5

Caminhão a serviço da Sabesp joga entulho em área irregular, diz Guarda de Monte Mor ....................... 5

Roteiro para se divertir com a família no inverno ............................................................................... 6

Qualificada para o Município VerdeAzul, São Carlos trabalha para melhorar índices com baixa pontuação . 9

Prefeitura inicia replantio de árvores que estavam comprometendo muro de arrimo e calçamento na rua

Rui Barbosa ................................................................................................................................ 10

Usina de Lixo Verde tem expectativa de desfecho ............................................................................ 11

Índice de qualidade de aterros de resíduos cresce na cidade ............................................................. 12

O 'lixo verde' vai ter dia decisivo hoje ............................................................................................ 13

Estado de São Paulo destina 95,6% de seu lixo para aterros adequados ............................................. 14

Os argumentos de quem defende a ponte e o túnel ......................................................................... 16

Carros de passeio são responsáveis por 62% das emissões de monóxido de carbono e ônibus emitem 2%,

diz Cetesb .................................................................................................................................. 19

Fetcesp participa e campanha de conscientização da Cetesb ............................................................. 21

CETESB confirma autorização para o início da construção da Ponte .................................................... 22

Inverno intensifica riscos de queimadas ......................................................................................... 23

Relatório da Cetesb mostra melhora na qualidade do ar ................................................................... 24

Relatório da Cetesb mostra melhora na qualidade do ar ................................................................... 24

Justiça determina que Sabesp pare de despejar esgoto na lagoa do João Aranha ................................ 25

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 26

Todo apoio ao empreendedorismo ................................................................................................. 26

Aquecedores de ar requerem cuidados ao serem instalados .............................................................. 27

Saneamento básico: maior parte das grandes cidades reinveste menos de 30% do que arrecada .......... 28

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 32

Painel: Sob impacto de mensagens, STF deve analisar no segundo semestre duas ações que questionam Moro .......................................................................................................................................... 32

Ministro de Minas e Energia quer trocar diesel por gás nos caminhões ............................................... 34

Mudança de diesel por gás é viável, mas exige renovação de frota brasileira ...................................... 36

Municípios que menos precisam são os que mais investem em saneamento ........................................ 37

Bunge se une no Brasil a gigante do petróleo para produzir etanol .................................................... 39

Para não ser 'pego de calças curtas', Bolsonaro quer embargar dados de desmate .............................. 40

Marcos Pontes também questiona dados do Inpe e chama diretor para conversa ................................. 42

Bolsonaro repete tática de Dilma e Sarney ao tentar controlar dados de desmatamento ....................... 43

Mônica Bergamo: Menores de SP poderão viajar desacompanhados sem autorização expressa da Justiça44

ESTADÃO ................................................................................................................................... 46

Comitê vai monitorar mercado de gás ............................................................................................ 46

Atenta a consumidor, UPL investe em controle biológico ................................................................... 47

Preservar a Amazônia é mais do que uma questão de ativismo: é um negócio muito rentável ............... 49

Bunge e BP se unem e vão disputar a vice-liderança em açúcar e álcool no País .................................. 51

Eliane Cantanhêde: ‘Paraíbas’ e ‘melancias’ .................................................................................... 53

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Grupo de Comunicação

Especialistas defendem dados de monitoramento da Amazônia divulgados pelo Inpe ........................... 54

Bolsonaro quer acesso prévio a dados sobre desmatamento para 'não ser pego de calças curtas' .......... 56

Ministro da Ciência endossa Bolsonaro e questiona Inpe sobre dados de desmatamento ....................... 58

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 60

Quem pagará a conta do carro elétrico? ......................................................................................... 60

BP e Bunge criam joint venture em bioenergia ................................................................................ 62

Benefícios em escala no novo mercado do gás ................................................................................ 64

GE fornece turbina para térmica da Eneva ...................................................................................... 66

Importação de produtos químicos vai a US$ 20,4 bi e déficit pode ser recorde .................................... 67

Dona da Sigma prospecta projetos de níquel e cobalto ..................................................................... 68

Fracassa plano chileno para atrair fabricantes de baterias de lítio ...................................................... 69

Proteção de dados como garantia fundamental ............................................................................... 70

Pontes segue Bolsonaro e diz estranhar dados do Inpe .................................................................... 72

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: O Liberal – Americana

Data: 23/07/2019

“Predominantemente boa”, diz Cetesb

sobre qualidade do ar em Americana

http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=00812955D0A5FF

01A9915D2EEB9B0BF50200000099D0AC35E4E770F11CD

9F4C7AB1F629B5C361485046A966A942EE2553C5F796B5

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6C5F108CFD05D036FB396925F72609355A126BFB1664A5

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: G1 Campinas e região / EPTV

Data: 22/07/2019

Caminhão a serviço da Sabesp joga

entulho em área irregular, diz Guarda de

Monte Mor

Segundo a Prefeitura, caminhão responsável

pelo descarte irregular foi apreendido e o caso

será apresentado na delegacia da cidade.

Por G1 Campinas e Região

Guarda Municipal flagra descarte de entulho em área

ambiental de Monte Mor — Foto: Guarda Civil

Municipal/Divulgação

A Guarda Municipal de Monte Mor (SP) flagrou

o descarte irregular de entulho em uma área

de proteção ambiental no bairro São

Domingos, nesta segunda-feira (22). O

despejo do material foi realizado por um

caminhão a serviço da Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo (Sabesp), na beira do Rio Capivari.

De acordo com a prefeitura de Monte Mor,

uma bióloga da Secretaria Municipal do Meio

Ambiente esteve no local e o veículo foi

apreendido. O caso será apresentado na

delegacia do município e a limpeza do local

deverá ser realizada pela Sabesp.

A empresa responsável pelo caminhão

informou à EPTV, afiliada TV Globo, que possui

um contrato para o descarte no local, fato

confirmado pelo dono do terreno. Apesar

desse acerto, a Polícia Civil destacou que as

partes irão responder por crime ambiental.

Procurada pelo G1, a Sabesp informou em

nota que "oferece todas as condições e orienta

a seus fornecedores e terceirizados que sigam

rigorosamente a legislação ambiental." A

companhia acrescenta que "o caso citado será

apurado e as medidas cabíveis serão

adotadas."

Entulho é descartado em área ambiental do bairro São

Domingos — Foto: Guarda Civil Municipal/Divulgação

https://g1.globo.com/sp/campinas-

regiao/noticia/2019/07/22/caminhao-a-

servico-da-sabesp-joga-entulho-em-area-

irregular-diz-guarda-de-monte-mor.ghtml

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Veículo: Cruzeiro do Sul

Data: 22/07/2019

Roteiro para se divertir com a família no

inverno

Região do cone leste do Estado abriga

importantes unidades de conservação

Roteiro para se divertir com a família no

inverno

Serras da Mantiqueira e do Mar abrigam unidades de conservação que oferecem desde trilhas, cachoeiras e florestas até praias. Crédito da foto: Wikipedia

São Paulo oferece um grande número de

opções para quem não abre mão de passear

mesmo nos dias frios do inverno. Entre os

destinos preferidos estão os parques estaduais

das serras da Mantiqueira e do Mar.

Localizados no cone leste do Estado —

distantes entre 270 e 370 quilômetros de

Sorocaba –, a região abriga importantes

unidades de conservação, como o Parque

Estadual Campos do Jordão, a Área de

Proteção Ambiental São Francisco Xavier, a

Estação Ecológica de Bananal e o Núcleo

Cunha do Parque Estadual Serra do Mar.

Os programas contemplam roteiros para

turistas de todos os gostos, idades e condições

físicas. É possível escolher entre trilhas em

florestas, praias, montanhas, cachoeiras,

cavernas e paisagens diversas. Confira

sugestões da Secretaria Estadual do Meio

Ambiente para passeios que podem ser feitos

em um fim de semana ou feriado prolongado:

Trilhas na mata, montanhas e ar puro

Para quem gosta do ar puro e do friozinho da

montanha, o Parque Estadual Campos do

Jordão (PECJ) é uma boa opção. Primeiro

parque do Estado, ele possui um patrimônio

natural riquíssimo e sua história guarda

ligação estreita com o desenvolvimento

econômico paulista, principalmente a partir de

culturas florestais madeireiras.

Pedra do Baú é um dos principais pontos de escalada técnica. Crédito da foto: Divulgação / Prefeitura de Campos do Jordão

Sugestões de passeio são as trilhas Monteiro

Lobato (indicada para as crianças, com

referências à obra do escritor); das Quatro

Pontes; Cachoeira do Galharada; do Rio

Sapucaí; e Celestina. Tem também a Trilha

dos Campos, que serpenteia pela Mata

Atlântica, araucárias e campos de altitude, até

atingir 1.900 metros. Do ponto mais alto se

tem uma visão panorâmica de quase todo o

Vale do Paraíba.

Horário: de segunda a domingo, das 9h às

17h

Ingresso: R$ 15 (exceto às quartas-feiras)

Informações: (12) 3663-3762

Pedra do Baú

Quem vai a Campos do Jordão não pode

deixar de conhecer a Pedra do Baú, na vizinha

São Bento do Sapucaí. O Monumento

Natural Estadual (MoNa) Pedra do Baú é

formado por um fantástico complexo rochoso

situado no meio da exuberante Mata Atlântica,

da qual restam aproximadamente 8% da sua

porção original. Está encravado na Serra da

Mantiqueira e é considerado um dos principais

pontos de escalada técnica do Estado de São

Paulo, contendo inúmeras vias de escalada.

Sugestões de passeio: trilhas do Bauzinho, do

Baú e da Ana Chata.

Endereço: Estrada Municipal do Bauzinho, km

6 Bairro Paiol Grande

Horário: de segunda a domingo, das 8h às

18h

Ingresso: R$ 10,00

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Informações: (12) 3663-1977

Passeio entre animais ameaçados de

extinção

Espécies em risco, como o sagui-da-serra-escuro vivem em Cunha. Crédito da foto: Divulgação / Guia de Áreas Protegidas

O Núcleo Cunha do Parque Estadual da

Serra do Mar protege importante

remanescente de matas nebulares — a mais

de mil metros de altitude –, com árvores de

grande porte como cedro, peroba,

maçaranduba e araucária, que abrigam

bromélias, orquídeas e samambaias. As

florestas preservam importantes mananciais

para o abastecimento de água das cidades do

Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de

Janeiro. Há também muitas espécies

exclusivas em risco de extinção, como o sagui-

da-serra-escuro, o mono-carvoeiro e o sauá, e

aves como o macuco, a jacutinga, a saudade,

o cuiú-cuiú, o -negrinho-do-mato, o pavó e o

gavião-de-penacho.

Sugestões de passeio: trilhas do Rio Bonito,

das Cachoeiras e do Rio Paraibuna.

Endereço: Estrada Municipal do Bairro do

Paraibuna, km 20 Bairro Paraibuna (Cunha)

Horário: de segunda a domingo, das 8h às

17h

Ingresso: gratuito

Informações: (12) 3111-2353

São Francisco Xavier: água e cultura

tropeira

Cachoeira Pedro David, refresco no meio da caminhada. Crédito da foto: Divulgação / Guia de Áreas Protegidas

Antes de tomar o rumo da serra ou do litoral,

outra opção é a Área de Proteção

Ambiental São Francisco Xavier, no distrito

do município de São José dos Campos. Os

principais atributos da APA são seus recursos

hídricos, a cultura tropeira e o primata

muriqui, considerado o maior macaco das

Américas. Esse é um importante local de

atração para o turismo regional. Possui

belíssimas paisagens e cachoeiras

características dos ecossistemas da Serra da

Mantiqueira.

Sugestões de passeio: Trilha do Mirante ou

Pedra da Onça, Pedra do Porquinho e

Cachoeira Pedro David.

Endereço: rua 15 de novembro, 1.051 –

Distrito de São Francisco Xavier

Horário: das 8h às 17h

Ingresso: gratuito

Informações: (12) 39261790

Na Bocaina, o paraíso das bromélias

Estação do Bananal abriga inúmeras plantas. Crédito da foto: Divulgação / EE Bananal

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A Estação Ecológica de Bananal ajuda a

proteger um dos últimos remanescentes de

Mata Atlântica do Estado de São Paulo. Está

localizada na Serra da Bocaina, próxima à

divisa com o Rio de Janeiro. Além de ser

conhecida como o paraíso das bromélias,

abriga muitas espécies importantes de fauna.

Lá se encontra, também, um trecho

preservado de 800 metros da histórica trilha

do ouro, um caminho de mais de 300 anos,

construído por mão de obra escrava e todo

calçado com rochas.

Sugestões de passeio: trilhas da Cachoeira

Sete Quedas, do Ouro e do Mirante.

Endereço: rodovia SP-247, km 15 + 10 km

pela estrada da Madeirith Bairro Sertão do

Ariró

Horário: de segunda a domingo, das 8h às

17h

Ingresso: gratuito

Informações: (12) 3116-2008

https://www.jornalcruzeiro.com.br/suplement

os/turismo/roteiro-para-se-divertir-com-a-

familia-no-inverno/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Cidade On

Data: 22/07/2019

Qualificada para o Município VerdeAzul,

São Carlos trabalha para melhorar índices

com baixa pontuação

Programa trabalha a elaboração e a execução

de políticas públicas voltadas para o

desenvolvimento sustentável dos municípios

São Carlos foi qualificada para a próxima fase

do Programa Município VerdeAzul, ação

desenvolvida pela Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado

de São Paulo (SIMA), em parceria com as

cidades. Cento e sessenta e quatro cidades

obtiveram o certificado de qualificação e serão

reavaliados para o Ranking Ambiental dos

Municípios Paulistas.

O Programa trabalha a elaboração e a

execução de políticas públicas voltadas para o

desenvolvimento sustentável dos municípios.

A qualificação é considerada pelos executivos

um "simulado" para a certificação que ocorre

ao final de cada ciclo anual.

"A qualificação de São Carlos significa que o

município está progredindo na área de meio

ambiente. Estamos trabalhando em todas as

áreas para que São Carlos esteja entre as

melhores cidades do estado do ponto de vista

ambiental e assim oferecer melhores serviços

para a população", contou o secretário de Meio

Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação,

José Galizia Tundisi.

O município encaminha aos técnicos do PMVA

as 85 tarefas, baseadas em ações ligadas às

diretivas do Programa. De acordo com a nota

alcançada, a cidade é qualificada para

certificação. "Estamos orgulhos dessa edição

que recebeu um volume recorde de inscritos

para a qualificação. Isso mostra o quanto os

municípios estão atentos com suas

responsabilidades, com o meio ambiente,

sobretudo com a qualidade de vida de toda a

população", destacou o coordenador do

Programa Município VerdeAzul, José

Walter Figueiredo Silva.

Os municípios certificados ganham o direito de

utilizar a logomarca da certificação e assim

agregar valor às transações comerciais de

seus produtos. "Esta marca possibilita agregar

valor para os produtos gerados nos

municípios. É um símbolo que gera recurso. O

mundo sustentável abre uma nova

oportunidade para vocês e vamos buscar a

certificação para que essa seja a consciência

do nosso Estado", disse o secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido.

No final do ano, a Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado

de São Paulo (SIMA) fará a divulgação do

Ranking Ambiental dos Municípios Paulistas a

partir de uma nova avaliação dos índices.

"Para melhorar ainda mais a nossa nota e

subir no ranking ambiental, estamos

finalizando o Plano de Gestão Integrado de

Resíduos e o de Saneamento e desenvolvendo

um grande projeto de arborização", informou

o professor Tundisi.

Em 2018, São Carlos ficou na 111ª colocação

no ranking ambiental do Estado de São Paulo,

subindo 27 posições em relação ao ano de

2017. Na cidade, os servidores Anna Paula

Luiza e Rogério, da Secretária de Meio

Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação são

os interlocutores do Programa Município

VerdeAzul.

Para saber

Atualmente, estão inscritos no Programa 638

municípios do Estado que, ao participarem de

um ciclo, são avaliados em ações

fundamentadas em dez diretivas: Município

Sustentável, Estrutura e Educação Ambiental,

Conselho Ambiental, Biodiversidade, Gestão

das Águas, Qualidade do Ar, Uso do Solo,

Arborização Urbana, Esgoto Tratado e

Resíduos Sólidos.Voltar ao Sumário

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27735728&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: JE online

Data: 22/07/2019

Prefeitura inicia replantio de árvores que

estavam comprometendo muro de arrimo

e calçamento na rua Rui Barbosa

Por motivo de segurança, a Prefeitura

Municipal de São Roque, por meio do

Departamento de Meio Ambiente, iniciou o

replantio de duas árvores localizadas na rua

Rui Barbosa, Centro, nesta manhã (22).

A substituição foi definida após visita técnica

dos engenheiros do Departamento de

Planejamento, uma vez que as árvores de

espécie Ficcus estão danificando as calçadas e

tubulações subterrâneas, e começaram a

comprometer o muro de arrimo e contenção

localizado na Rua Quiriro Capuzzo. Se

mantidas podem ainda levar a abalos

estruturais mais sérios e, consequente, causar

risco aos moradores e pessoas que transitam

por alí.

O plantio de novas árvores adequadas para o

local, será realizado nos próximos dias.

Programa de poda e plantio

O trabalho de poda consciente, assim como de

novos plantios tem sido uma prática da atual

Administração.

Por meio dos programas "Nascer Verde" e

"Floresta Urbana", já foram plantadas tantas

novas árvores, em vários pontos da Cidade,

de 2017 para cá já foram plantadas mais de

2000 mudas.

Nós últimos anos a Cidade tem se destacado

pelo cuidado com o Meio Ambiente, tendo

neste mês, se qualificado pela primeira vez na

História, para receber o "Selo Município

Verde Azul", de reconhecimento estadual às

Cidades que, efetivamente, se destacam na

preservação da Natureza.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27730851&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio Popular

Data: 23/07/2019

Usina de Lixo Verde tem expectativa de

desfecho

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27737214&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha Metropolitana-Guarulhos

Data: 23/07/2019

Índice de qualidade de aterros de

resíduos cresce na cidade

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27743040&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Cidades já

Data: 23/07/2019

O 'lixo verde' vai ter dia decisivo hoje

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27752446&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Joseense

Data: 228/07/2019

Estado de São Paulo destina 95,6% de

seu lixo para aterros adequados

Informação consta no Inventário Estadual de

Resíduos Sólidos Urbanos 2018 elaborado pela

CETESB

O Inventário Estadual de Resíduos

Sólidos Urbanos elaborado anualmente

pela CETESB (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) mostra que no ano

passado dos 645 municípios do Estado, 612

descartaram seus resíduos sólidos urbanos em

aterros classificados pela Companhia como

adequados, equivalente a 95,6%.

'Em fevereiro criamos na Secretaria, o Comitê

de Integração de Resíduos Sólidos para

trabalhar de forma regionalizada soluções

definitivas para separação e reutilização dos

resíduos sólidos urbanos no Estado', explica o

secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido.

O estudo elaborado pelos técnicos da CETESB

indica que em 2018, 97,8% das 40,7 mil

toneladas geradas diariamente no Estado

foram dispostas em aterros avaliados como

adequados. A população urbana atendida por

aterros com disposição adequada, entre 2011

e 2018, passou de 81,8% de habitantes

servidos para 97,5%.

'A melhoria das condições ambientais nas

áreas para disposição de resíduos se deve ao

conjunto de ações de controle e às políticas

públicas exercidas pela Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente e a

CETESB. O foco é erradicar a disposição

inadequada no Estado e aprimorar as ações

técnicas, para obter uma evolução significativa

nos resultados', explica a diretora-presidente

da CETESB, Patrícia Iglecias.

Não foram considerados no levantamento, os

municípios de Arapeí e Bananal, que

dispuseram seus resíduos em Barra Mansa, no

Rio de Janeiro, Casa Branca e Igarapava, que

encaminharam para Uberaba, Minas Gerais, e

Ribeira, que destinou para Rio Negrinho, Santa

Catarina.

O aporte de recursos de programas com

financiamento governamental como Fundo

Estadual de Prevenção e Controle da Poluição

- FECOP e o Fundo Estadual de Recursos

Hídricos - FEHIDRO, contribuem para a

solução dos problemas ambientais e sanitários

no Estado.

Os municípios que receberam a avaliação

máxima, por destinação adequada foram:

Altinópolis, Américo Brasiliense, Analândia,

Araraquara, Barretos, Barrinha, Batatais,

Bebedouro, Boituva, Brodowski, Cajuru,

Cananeia, Cesário Lange, Corumbataí,

Descalvado, Dumont, Itapetininga, Itirapuã,

Jaboticabal, Jardinópolis, Laranjal Paulista,

Monte Alto, Morro Agudo, Nuporanga,

Orlândia, Pariquera-Açu, Patrocínio Paulista,

Pereiras, Pontal, Porangaba, Pradópolis,

Ribeirão Preto, Rincão, Sales de Oliveira,

Santa Rosa de Viterbo, São Carlos, São

Joaquim da Barra, Serrana, Sertãozinho,

Tatuí, Guatapará, Torre de Pedra e Quadra.

Para conferir o estudo completo clique aqui:

https://cetesb.sp.gov.br/residuossolidos/wp-

content/uploads/sites/26/2019/06/Invent%C3

%A1rio-Estadual-de-Res%C3%ADduos-

S%C3%B3lidos-Urbanos-2018.pdf

Sobre o Inventário

A Cetesb, desde 1997, disponibiliza

anualmente, para população, informações

sobre as condições ambientais e sanitária das

áreas de destinação final de resíduos sólidos

urbanos nos municípios paulistas, publicadas

no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos

Urbanos.

A presente edição reflete as condições

ambientais dos sistemas em operação de

compostagem e de disposição final de resíduos

em aterro, a partir de dados coletados e

consolidados até 2018, em cada um dos 645

municípios do Estado.

O método utilizado para avaliação foi o Índice

de Qualidade de Aterro de Resíduos - IQR,

oficializado no Inventário de 2012. A

metodologia agrega novos critérios de

pontuação e classificação dos locais de

destinação, incorporando o conhecimento e a

experiência adquirida ao longo dos 50 anos da

Cetesb. As informações coletadas nas

inspeções realizadas pelos técnicos foram

processadas a partir da aplicação de um

questionário padronizado, que avalia as

características locacionais, estruturais e

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operacionais das instalações de compostagem

de aterros.

Com a publicação do Inventário, atesta-se que

os decorreres dos últimos 22 anos foram

alcançados melhorias substanciais nas

condições ambientais dos locais de destinação

final de resíduos urbanos no Estado.

Destaca-se, a evolução da quantidade de

resíduos sólidos dispostos adequadamente,

que passou de 84,7% do total gerado, em

2011, para 97,8% em 2018, conforme a

tabela 5 e gráfico3.

Foto:Arquivo/Agência Brasil

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27721945&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: PortoGente

Data: 18/07/2019

Os argumentos de quem defende a ponte

e o túnel

Márcia Costa*

Especialistas, Ecovias e Codesp falam prós e

contras das duas propostas que impactariam

Porto de Santos e sociedade

O projeto da ponte da Ecovias que liga as duas

margens do Porto de Santos (SP) vem

recebendo críticas sobre os possíveis impactos

ocasionados. Entre eles estão os danos à

natureza, limitações ao futuro do porto e do

aeroporto civil, além da real contribuição à

sociedade.

As duas cidades do litoral paulista discutem, há muito

tempo, a viabilidade de uma ligação seca. Em 2019, o

debate reacende com força. Foto: Márcia Costa.

A concessionária afirmou que o projeto não

tem vocação para a mobilidade urbana, mas

atenderia ao fluxo de veículos do Sistema

Anchieta-Imigrantes (SAI) e do Porto de

Santos, unindo a Anchieta à rodovia Cônego

Domênico Rangoni e serviria também de

alternativa à Baixada Santista. 'Não elimina a

balsa, apenas reduz o seu volume. A ponte

contribui para a mobilidade urbana, mas foca

e agrega à mobilidade logística, que é, na

verdade, a vocação dela", argumentou Rui

Klein, presidente da Ecovias.

Do outro lado, o setor portuário aponta os

prejuízos que o projeto pode trazer ao

desenvolvimento econômico, já que há planos

de expansão do porto em andamento. Por

isso, defende a construção de um túnel.

O engenheiro Tarcísio Barreto Celestino,

professor doutor da Escola de Engenharia de

São Carlos, Universidade de São Paulo e

presidente da International Tunnelling and

Underground Space Association (ITA), afirma

que a proposta da ponte não atende à

demanda urbana de quase um século por uma

travessia para pedestres, ciclistas,

automóveis, caminhões. 'Cerca de 20 mil

veículos atravessavam pela balsa antes da

crise econômica. No mundo todo ferry boats já

foram solucionados com travessia seca,

evitando atrasos, acidentes, mortes, colisões

entre balsa e navio, que é motivo de tristeza.'

Para o especialista, existem outras demandas

de ligação pelo mar no estuário, e outras

soluções são necessárias. 'Além da demanda

urbana há a demanda rodoviária e portuária

de caminhões de contêiner que precisam ir da

margem de Santos à margem de Guarujá, e

como não são autorizados a trafegar na balsa,

dão uma grande volta na Rodovia Cônego

Domênico Rangoni, que resulta em uma

viagem de 40km, enquanto uma ligação por

uma ponte ou túnel representaria uma

travessia de 500 m, 1.000 m, que evitaria a

atual elevação do custo de operação nos

portos.' Por isso, o engenheiro defende a

necessidade tanto de uma ponte quanto de

um túnel para a região:

'O túnel que foi projetado entre Outeirinhos e

Vicente de Carvalho e o projeto da ponte [da

Ecovias] próxima à ilha de Barnabé são duas

soluções não excludentes, mas

complementares. Participei de várias

audiências entre 2008, 2009, em que já se

falava da travessia necessária no estuário

entre Santos e Guarujá. Há três demandas e

não há uma obra única que atenda a todas as

três.'

O engenheiro Eduardo Lustoza, da Associação

dos Engenheiros de Santos, reforça que a

quantidade de pistas dos dois projetos é algo

importante a se considerar. A localização

também é uma questão crucial, segundo ele:

'A ponte sai na região da Ilha do Barnabé,

longe do urbanismo, sem atrativo para

bicicletas e pedestres, longe das zonas

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Grupo de Comunicação

residenciais.' Já a construção do túnel seria

muito positiva para o porto, afirma. 'A ponte

vai ligar a rodovia Anchieta à Rodovia

Piaçaguera [Cônego Domênico], conectando o

cais do Saboó à Ilha do Barnabé. Já o túnel

iria da região do Armazém 30, no Macuco, até

Vicente de Carvalho, estabelecendo uma

ligação entre as perimetrais, da margem

esquerda e direita do porto.'

O túnel ligaria as duas cidades, enquanto a

ponte ligaria as rodovias. A ponte

estabeleceria conexões entre rodovias. É por

isso que a Autoridade Portuária tem

preferência pelo túnel, explica Lustoza. 'Para a

Ecovias, o foco está no 'amor' ao pedágio. O

porto tem foco nas cargas e desoneração dos

pedágios. Já o projeto do túnel não acarretaria

em pedágio para a população. 'Não há muita

facilidade da Engenharia viária para se colocar

praça de pedágio no túnel nem em Santos

nem em Guarujá. São interesses e

necessidades diferentes. A população quer

royalties portuários e a Ecovias quer

pedágios', alega Lustoza.

Sob o aspecto ambiental, o túnel também

seria a melhor opção, observa. 'O túnel não

promove supressão do mangue e, quanto ao

impacto visual, o túnel é muito mais discreto,

pois mantém a paisagem sem grandes

obstáculos.'

Do ponto de vista da segurança, os dois

engenheiros citam o perigo de um navio

desgovernado colidir com a ponte. 'Além

disso, a proposta da ponte tangencia a Ilha do

Barnabé, que tem o maior parque de

tancagem de combustíveis do porto, o que

implica em risco de incêndio e explosão que

poderiam afetar a ponte', alerta Lustoza.

Custo social e econômico

O túnel tem custo social com a questão da

desapropriação em Santos e em Guarujá,

previne Lustoza. 'Em Santos o traçado

escolhido não é o melhor possível, pois, ao

invés de sair exclusivamente de dentro do

porto, sai de dentro de bairro, atraindo

caminhões. A alça do projeto antigo não foi

bem planejada.'

Para o presidente da Companhia Docas do

Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro

Tércio Carvalho, há dois tipos de ponderações

sobre a ligação entre as duas margens do

porto: uma é sobre os aspectos de solução de

Engenharia, já que hoje, segundo ele, há boas

soluções técnicas para o túnel submerso, com

base em exemplos internacionais. 'O segundo

eixo é a solução túnel e ponte como está

sendo posto hoje. Não tem projeto básico, só

executivo, só conceitual, não tem projeto

ambiental e o governador [João] Doria busca

com urgência aprovar algo que avalia como

mais rápido.'

Codesp elaborou quadro comparativo entre as

duas propostas.

Casemiro aposta no projeto do túnel por

considerá-lo mais amplo, trazendo soluções

para o porto e o trânsito das duas cidades,

Guarujá e Santos, com a proposta da pista

para ciclistas, pedestres e a ligação com o VLT

(Veículo Leve sobre Trilhos). Ele ressalta que a

ponte afetaria uma área que faz parte de um

projeto de ampliação portuária importante,

ainda mais necessário após a saída da Libra

Terminais. 'A obra afetaria o grande terminal

de contêiner da margem direita. Temos

projeto de ampliar a BTP [Brasil Terminal

Portuário], e além disso a ponte vai ficar em

cima de uma bacia de evolução para manobra

de embarcações.' E acrescenta: 'A Engenharia

dá solução para o calado aéreo com uma

ponte levadiça, que se adequa à passagem

dos navios grandes, mas não dá solução pra

projeto de ampliação portuária.'

Além disso, argumenta que a ponte pode

absorver de 30% a 40% do tráfego de

veículos que atravessam as margens, mas

exige que o morador de Santos vá até a

Anchieta para só então acessá-la. 'A ponte só

está resolvida porque tem a verba da Ecovias,

tem pedágio da Imigrantes.'

O túnel, afirma o presidente da Codesp, já

tem licenciamento ambiental e para a

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) foi um dos melhores projetos

de Relatório de Impacto Ambiental (Rima),

tem licença prévia e projeto executivo, e ainda

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Grupo de Comunicação

consegue capturar de 70% a 100% do tráfego

da balsa, reforça. 'A ponte não melhora o

problema centenário da travessia Santos-

Guarujá', critica. O valor utilizado em

dragagem ao longo de dois anos pelo Porto

daria para arcar com a diferença para

construir o túnel, acredita. 'Estamos propondo

abrir a discussão sobre o túnel, e estamos

discutindo agora com o governo federal.'

Direito de fala

A Codesp está trabalhando para trazer as

perimetrais para o âmbito da Agência de

Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A

ideia é que as pistas do lado de Guarujá e de

Santos possam passar para a concessão da

Ecovias, e o túnel também faria parte dela.

Para tal, Casemiro está buscando a aprovação

de processos jurídicos necessários. 'Em três

meses consigo aprovar convênios com a

Prefeitura, Departamento de Estradas de

Rodagem (DER), Artesp', acredita.

Enquanto o projeto do túnel não é colocado

em discussão, Casemiro propõe que a

discussão sobre a ponte traga discussões mais

técnicas. Sugeriu, no governo federal, a

realização de audiências técnicas, mas não

ocorreram. Cita que a única que ocorreu foi

obrigatória pelo estudo da Cetesb, de

âmbito estadual. Há, portanto, uma demanda

visível de diálogo entre as instâncias de poder

decisivo.

Há, principalmente, necessidade da

participação da sociedade civil nas decisões. A

oportunidade parece ser o 1º Fórum de

Debates Porto & Negócios - "O Porto e a

Ligação Seca entre Santos e Guarujá", em 12

de agosto próximo, promovido pela Santa

Cecília TV. Enquanto audiências públicas não

ocorrem no âmbito executivo, legislativo e

municipal, este é o próximo espaço de debate

que a população terá para usufruir do seu

direito de fala.

O debate volta essa semana com novo texto

nesta quarta-feira (24/07). Mas nossa

conversa continua.

* Jornalista, fotógrafa, pesquisadora, docente,

pós-doutora em Comunicação e Cultura e

diretora da Cais das Letras Comunicação

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27744882&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Cimm

Veículo2: Notícias de Campinas

Data: 23/07/2019

Carros de passeio são responsáveis por

62% das emissões de monóxido de

carbono e ônibus emitem 2%, diz Cetesb

Segundo relatório, aperfeiçoamento de

combustíveis e motores contribuiu para

melhoria de qualidade do ar no da grande São

Paulo, mesmo assim, órgão recomenda

coletivos mais eficientes e com tecnologias

alternativas ao diesel, já que emissões de

materiais particulados e de óxidos de

nitrogênio preocupam

O excesso de veículos na Região Metropolitana

de São Paulo, ainda é o grande vilão da

poluição, apesar de uma melhoria na

qualidade do ar no ano de 2018.

É o que revela o relatório 'Qualidade do Ar no

Estado de São Paulo-2018', da Cetesb -

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo,

divulgado nesta quinta-feira, 18 de julho de

2019.

Segundo o levantamento, na Região

Metropolitana de São Paulo havia em 2017,

7,2 milhões de veículos (7.282.803), dos

quais, 5,2 milhões são carros de passeio

(5.249.040).

Por sua vez, os ônibus somam na Grande São

Paulo uma frota de 55,4 mil unidades (55.402)

entre urbanos, micros e rodoviários. Em

algumas cidades, como na capital paulista,

somente os ônibus urbanos são responsáveis

pelo deslocamento de mais de 30% das

pessoas.

Apesar de praticamente transportarem o

mesmo número de pessoas que os ônibus, os

carros poluem bem mais dependendo da

substância a ser analisada.

De acordo com o relatório, os carros foram

responsáveis pelas emissões de 62,91 % de

monóxido de carbono na Grande São Paulo,

considerando os diferentes combustíveis:

Gasolina Comum, Etanol Hidratado, Flex-

Gasolina Comum e Flex Etanol Hidratado.

Já o transporte coletivo sobre pneus, somando

ônibus urbanos, micro-ônibus e ônibus

rodoviários foram responsáveis por 1,92 %

das emissões de monóxido de carbono.

Entretanto a grande preocupação quantos aos

veículos a diesel são as emissões de óxidos de

Nitrogênio - NOx e Materiais Particulados - MP.

Segundo o relatório da Cetesb, na Grande

São Paulo, enquanto os carros de passeio

somados emitiram 12,47% dos Ã'xidos de

Nitrogênio lançados no ar e 1,69% dos

Materiais Particulados que foram apurados, os

ônibus foram responsáveis por 17,76% das

emissões de Ã'xidos de Nitrogênio e por

11,25% dos Materiais Particulados.

O relatório também levou em conta a

influência dos veículos comerciais leves,

caminhões e motos.

Por este motivo, a Cetesb conclui em seu

relatório que é necessário reduzir o número de

viagens motorizadas, em especial de carros,

que o transporte coletivo limpo deve ser

estimulado, assim como a circulação dos

ônibus se torne mais eficiente.

'A atual situação da poluição do ar na RMSP

requer também medidas complementares que

viabilizem a redução do número de viagens

motorizadas e dos congestionamentos, como a

redução das distâncias a serem percorridas, a

maior oferta de transporte público não

poluente, o aumento da eficiência do

transporte público por ônibus e do transporte

de carga, a melhoria da gestão do sistema

viário complementada com ações de

planejamento do uso do solo voltado para a

redução do impacto da mobilidade e da

logística. Dessa forma, a redução dos níveis de

poluição do ar não deve se basear,

exclusivamente, em medidas tecnológicas

para a redução das emissões dos veículos

isoladamente, mas numa ação integrada dos

diversos setores da sociedade.'

Entre as medidas para o aumento da eficiência

dos ônibus está a prioridade no espaço

urbano, com mais corredores e faixas

exclusivas.

Em espaços preferenciais ou exclusivos, o

ônibus operam com motores em rotações

cujas as emissões são menores.

Queda nos níveis de poluentes

De o geral, os níveis dos poluentes

atmosféricos monóxido de carbono (CO) e

dióxido de enxofre (SO2) registrados pela

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Grupo de Comunicação

Cetesb na Região Metropolitana de São Paulo

em 2018 estão entre os mais baixos da

década. A informação também consta no novo

relatório anual de qualidade do ar publicado

nessa quinta-feira.

No ano de 2001, a média anual de SO2 na

Região Metropolitana de São Paulo era de 14

µg/m3, frente uma média de 2 µg/m3, em

2018, conforme divulgado pelo estudo.

No caso do monóxido de carbono, desde 2008,

não ocorre ultrapassagem do padrão de

qualidade do ar desse poluente, em nenhuma

estação da região.

'Apesar das variações naturais meteorológicas,

a qualidade média do ar se manteve nos

últimos três anos na região mais populosa do

Brasil. Isso mostra o quanto impacta na

qualidade de vida da população os programas

e ações de controle de emissão de poluentes',

explicou o secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido, em nota.

Na Região Metropolitana de São Paulo, a

concentração média anual de partículas

inaláveis (MP10) de 29 microgramas/m³ se

manteve igual aos valores observados nos

últimos dois anos.

'Desde 2013, a Cetesb utiliza os padrões de

referência internacionais para a medição da

qualidade do ar conforme estipulado pela

Organização Mundial da Saúde', esclareceu a

diretora-presidente da Cetesb, Patrícia

Iglecias.

O documento mostra ainda que o ano passado

foi marcado por condições meteorológicas que

influenciaram no regime de chuvas, variando

com meses chuvosos, outros secos e quentes

nas regiões do estado.

'Embora na maioria das estações as

concentrações médias de partículas inaláveis

tenham sido inferiores ou semelhantes às

observadas em 2017, houve ligeiro aumento

dessas concentrações em algumas estações do

interior do estado, o que pode estar associado

à ocorrência do longo período de estiagem.

Foram registradas ultrapassagens dos padrões

de qualidade do ar de material particulado

(MP) em algumas estações da RMSP, da

Baixada Santista e do interior', informou a

Cetesb, em nota.

Ozônio

A RMSP, que possui 39 municípios, apresenta

um alto potencial de formação de ozônio

devido principalmente às emissões veiculares,

mesmo assim, foram registrados apenas 18

dias de ultrapassagens do padrão estadual de

8 horas desse poluente (140 µg/m3) em 2018,

contra 28 dias em 2017, segundo a Cetesb.

Apesar da diminuição do número de dias de

ultrapassagem do padrão em relação ao ano

anterior, o documento mostra que não há uma

tendência de comportamento definida para

esse poluente.

'Nas estações da Baixada Santista, houve uma

única ultrapassagem do padrão estadual de

ozônio, em Cubatão-Vale do Mogi. No interior,

ocorreram ultrapassagens do padrão de

qualidade do ar do poluente nas estações de:

Americana, Campinas-Taquaral, Jundiaí,

Limeira, Paulínia, Paulínia-Santa Terezinha e

Piracicaba.'

Controle de poluição

A Cetesb informou ainda que possui diversos

programas como o Plano de Controle de

Poluição Veicular (PCPV), o Plano de Redução

de Emissão de Fontes Estacionárias (PREFE),

além da fiscalização e controle das emissões

industriais e o programa de fiscalização de

fumaça dos veículos a diesel (Fumaça Preta).

Para realizar o diagnóstico da qualidade do ar

no estado, a Cetesb contou em 2018 com um

total de 88 estações de monitoramento, sendo

61 automáticas, 30 na RMSP, outras 31

espalhadas pelo o Estado além de 26 pontos

de monitoramento manual.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27744753&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=27585606&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Frota & Cia

Data: 22/07/2019

Fetcesp participa e campanha de

conscientização da Cetesb

Ingrid Alves

A Fetcesp (Federação das Empresas de

Transporte de Cargas do Estado de São

Paulo), nesta última quinta-feira (18),

participou da campanha de conscientização

sobre poluição veicular realizada pela

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb), no Terminal de Cargas

Fernão Dias, em São Paulo.

A companhia foi a responsável pela campanha

sobre a importância das corretas práticas de

manutenção dos veículos diesel. Além disso,

demonstrou o método utilizado para avaliar a

qualidade do Arla 32, agente líquido de uso

obrigatório para os veículos fabricados a partir

de 2012 que, ao ser injetado no catalisador,

reduz a emissão dos óxidos de nitrogênio

(NOx).

Foram realizados testes de opacidade nos

veículos movidos a diesel com as unidades

móveis do Programa Despoluir da FETCESP,

para verificação de seus estados de

manutenção.

'Os testes foram feitos em caráter voluntário e

educativo e os veículos que apresentam

alguma irregularidade não foram atuados,

recebendo informações para correção', explica

a assessora técnica da FETCESP, Sandra

Caravieri.

Dos 40 caminhões que foram atendidos no

teste de opacidade apenas quatro foram

reprovados.

A Fetrabens (Federação dos Caminhoneiros),

com unidade móveis e a Associação dos

Empresários de Transporte de Carga do

Terminak Fernão Dias também apoiaram a

campanha de conscientização.

Representando a FETCESP, também

participaram da Campanha o coordenador

Despoluir, Flávio Ferreira Teixeira Juninior, e

os técnicos Junior e os técnicos Sidney Manoel

dos Santos (Sindicamp-Campinas) e Ricardo

Augusto Rocha Franco (Setcarso-Sorocaba).

Fonte: Fetcesp.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27707129&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal o Anhanguera

Data: 14/07/2019

CETESB confirma autorização para o início

da construção da Ponte

Por Veridiano Peixoto

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB) e o Departamento de

Águas e Energia Elétrica (DAEE) em

resposta à solicitação do jornal O Anhanguera

confirmaram a autorização para o início das

obras da construção da Ponte sobre o rio Tietê

em Santana de Parnaíba. De acordo com o

DAEE a outorga de uso de recursos hídricos

foi emitida em 29 de setembro de 2015, já a

CETESB informou que emitiu as Licenças

Prévias em agosto de 2018, e a de Instalação

em março deste ano, entretanto, a

autorização para o início das obras ocorreu na

última sexta-feira (19) após o cumprimento

das exigências da LI pelo empreendedor.

O prefeito Elvis Cezar (PSDB) através de um

vídeo anunciou no domingo (21) o início da

construção da ponte sobre no trecho de

ligação da Avenida Tenente Marques com a

Rua Padre Luís Alves de Siqueira e Castro. De

acordo com o prefeito as obras já seriam

iniciadas nesta segunda-feira, contudo,

nenhuma movimentação ocorreu no local no

decorrer do dia. Segundo Elvis em comunicado

realizado em maio, o valor total da construção

é de R$ 20 milhões, e seria executado pela

Construtora Cidade, de Porto Alegre.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27748339&e=577

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Veículo: Jornal O Ouvidor

Data: 22/07/2019

Inverno intensifica riscos de queimadas

por Assessoria de Imprensa da Prefeitura de

Arujá

Clima frio, seco e ausência de chuva são

características do período de inverno, de junho

a setembro. Devido às condições climáticas, a

época é bastante propensa a queimadas,

principalmente em cidades como Arujá, que

apresenta ampla vegetação e áreas florestais.

Destruição de áreas verdes, prejuízo ao meio

ambiente e ameaça à vida dos animais são

alguns dos problemas causados pelos

incêndios. Além disso, a fumaça tóxica é

prejudicial à saúde, principalmente de

crianças, idosos e pessoas com doenças

respiratórias crônicas.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente faz

um alerta para que a população fique atenta a

possíveis focos de incêndio e colabore com a

prevenção destes incidentes. A Pasta orienta

ainda os moradores a avisarem ao Corpo de

Bombeiros ou à própria Secretaria os casos de

ocorrência de focos de queimadas, sejam elas

de qualquer proporção, para que as devidas

providências sejam tomadas.

Não soltar balões, ação inclusive proibida por

lei, não queimar lixos e entulhos, não atear

fogo em matagais e terrenos baldios são

outras medidas importantes de prevenção a

serem adotadas pela população e que

contribuem no combate às queimadas.

É crime

A Lei Federal 9.605, de 12 de fevereiro de

1998 (artigos 41 e 42), especifica as

penalidades para quem provoca incêndio em

mata ou floresta. O crime praticado

intencionalmente pode gerar detenção de dois

a quatro anos e multa. Para a ação acidental,

a detenção é de seis meses a um ano, e

multa. Fabricar, vender, transportar ou soltar

balões também é infração. A punição é

detenção de um a três anos e/ou multa.

Serviço

Corpo de Bombeiros - 4651-2963 (Unidade de

Arujá) ou 193

Operação Mata Fogo (Cetesb) - 0800-

113560 Polícia Florestal - 4799-6427 (Unidade

de Mogi das Cruzes) ou 190

Secretaria Municipal do Meio Ambiente - 4652-

1186

Departamento de Fiscalização: 4652-7621

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27731471&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Rádio Aparecida 820 AM

Veículo2: Rádio Educadora 1490 AM

Veículo3: Rádio Piratininga

Data: 23/07/2019

Relatório da Cetesb mostra melhora na

qualidade do ar

RÁDIO APARECIDA 820 AM/APARECIDA |

NOTÍCIAS EM 30

Data Veiculação: 23/07/2019 às 07h21.

Duração: 00:02:41

RÁDIO EDUCADORA 1490

AM/FERNANDÓPOLIS | NOTÍCIAS EM 30

Data Veiculação: 23/07/2019 às 07h21

Duração: 00:02:41

RÁDIO PIRATININGA 96,3 FM/PIRAJU |

NOTÍCIAS EM 30 Data Veiculação: 23/07/2019

às 07h21. Duração: 00:02:41

Transcrição

Cetesb, melhora, qualidade, ar, Estado de SP,

Governo Paulista, Patrícia Iglesias (sonora),

controle, emissão de poluentes,

http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=00812955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000D8FE1BD30931C90243CCD472821813C8FF40242A2B7A2B14F0B191A11757CD665FFEF2590C6BFF5A6D58D919B5769A0AB5D98C6CE67329EA56FC8D910E5F757681E9FACAE6CCC14230F2B50C6F8C9A8F http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=00812955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000B16206E6CA311E1126488BE5D5B675EF5A15D997B5B2C87057A013BAE45E00F94F990063080509E7E5779DDF35306F313E55B8E2F7ECDFD217C081491EF5B1CEA0E23E38465A22DF992E640781574

B64 http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=00812955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000B5295BA4699DFC70A44984A0B25A87AE7DC5886E7A7B67DE479A5D84CC7CF9BC8F2DEFB84E56BEF562DF9672922318C9239592CA370554951351070746A269854E147613445CFECA6EFD44677A9E5F56

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Veículo1: Rádio Brasil 1270 AM

Veículo2: Rádio Nova Voz 91,3 FM

Veículo3: Rádio Interativa

Data: 23/07/2019

Relatório da Cetesb mostra melhora na

qualidade do ar

RÁDIO BRASIL 1270 AM/CAMPINAS |

NOTÍCIAS EM 30.

Data Veiculação: 23/07/2019 às 07h21.

Duração: 00:02:41

RÁDIO NOVA VOZ 91,3 FM/FARTURA |

NOTÍCIAS EM 30 Data Veiculação: 23/07/2019

às 07h21. Duração: 00:02:41

RÁDIO INTERATIVA FM-S. JOSÉ DO RIO

PRETO | NOTÍCIAS EM 30 Data Veiculação:

23/07/2019 às 07h21. Duração: 00:02:41

Transcrição

Cetesb, melhora, qualidade, ar, Estado de SP,

Governo Paulista, Patrícia Iglesias (sonora),

controle, emissão de poluentes,

http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=00812955D0A5FF

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C438

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CA8047

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Grupo de Comunicação

Veículo: Tribuna de Paulínia

Data: 22/07/2019

Justiça determina que Sabesp pare de

despejar esgoto na lagoa do João Aranha

Caso a empresa não cumpra a decisão, multa

diária é de R$ 15 mil

O juiz da 1ª Vara de Paulínia, Bruno Luiz

Cassiolato, determinou que a Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo (Sabesp) pare de jogar esgoto “in

natura” na Lagoa do João Aranha.

Na sentença, proferida na última segunda-

feira (15), o juiz afirma que há “perigo de

dano irreversível” e que não são necessários

estudos aprofundados para constatar as

consequências ao meio ambiente, caso o

esgoto continue sendo despejado na lagoa. A

multa diária foi fixada em R$ 15 mil, em caso

de descumprimento da decisão.

O problema foi detectado na semana passada

por frequentadores da Praça Waldemar

Perissinoto, onde fica localizada a lagoa, que

denunciaram a mortandade de peixes no local.

Na ocasião, a Secretaria de Defesa e

Desenvolvimento do Meio Ambiente

(Seddema) checou a situação, acionou a

Cetesb e emitiu um alerta à população, para

que evitassem pescar e consumir peixes da

lagoa em razão da contaminação.

A decisão determina, ainda, que a empresa

providencie aeradores de grande porte, para

oxigenação; reposição de água por meio de

caminhão pipa; além da reposição dos peixes

mortos. Também caberá à Sabesp elaborar

plano de recuperação ambiental, conforme

legislação específica. A companhia tem prazo

de 30 dias para se pronunciar.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27738863&e=577

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: A Tribuna – Santos

Data: 21/07/2019

Todo apoio ao empreendedorismo

https://edicaodigital.atribuna.com.br/pub/trib

unadesantos/?numero=43589&edicao=9391#

page/3

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna – Santos

Data: 23/07/2019

Aquecedores de ar requerem cuidados ao

serem instalados

http://edicaodigital.atribuna.com.br/pub/tribu

nadesantos/#page/7

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Veículo: G1 Economia

Data: 23/07/2019

Saneamento básico: maior parte das

grandes cidades reinveste menos de 30%

do que arrecada

Levantamento do Instituto Trata Brasil foi feito

considerando as 100 maiores cidades do país.

Baixo investimento compromete atendimento

de água e esgoto e é sinal de má gestão, diz

presidente executivo da ONG.

A maior parte das grandes cidades do país

tem um baixo nível de reinvestimento no setor

de saneamento básico. Isso quer dizer que, do

valor arrecadado, apenas uma pequena

parcela é utilizada para fazer melhorias no

serviço, como a manutenção e a troca de

redes e a expansão dos atendimentos. A maior

parte é gasta com pagamento de funcionários

ou insumos, como produtos químicos.

É o que mostra um estudo do Instituto Trata

Brasil e da GO Associados divulgado nesta

terça-feira (23) e feito com base nas 100

maiores cidades do Brasil, que concentram

40% da população do país, e nos dados mais

recentes do Sistema Nacional de Informações

sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano

de 2017.

Das 100 cidades, 70 reinvestem 30% ou

menos do que arrecadam no setor. Apenas 5

investem 60% ou mais na melhoria dos

serviço – são tão poucas que são consideradas

“outliers” pelo estudo, ou seja, atípicas ou

“fora da curva” da tendência geral.

Investimento sobre arrecadação

Entre as 100 maiores cidades do país, 70

investem menos de 30% do que arrecadam no

próprio setor

Segundo Édison Carlos, presidente executivo

do Instituto Trata Brasil, o baixo investimento

no setor compromete o acesso da população

aos serviços de água e esgoto. Isso porque,

sem investimento, o sistema não avança para

atender as pessoas que ainda não têm acesso

e, sem manutenção, as redes existentes têm

mais vazamentos ou falhas.

"Está investindo em saneamento? Não?

Então a cidade não vai sair daquela situação

nunca. Uma cidade mais próxima da

universalização pode até se dar ao luxo de

usar o dinheiro arrecadado para virar caixa e

lucro para acionista. O duro é a cidade em

uma situação ruim que não investe nada do

que arrecada porque o dinheiro vai pagar

funcionário e produto químico", diz Édison

Carlos, do Instituto Trata Brasil.

O Brasil ainda apresenta quase 35 milhões de

brasileiros sem acesso à água tratada e quase

100 milhões sem coleta de esgoto. Além disso,

apenas 46% dos esgotos gerados nos país são

tratados.

As maiores cidades do país, que, segundo o

estudo, deviam ser exemplo de evolução no

setor por terem melhores condições

econômicas e de infraestrutura para fazer

planejamentos e grandes obras de

saneamento, têm a maioria dos índices acima

da média nacional, mas, mesmo assim, aquém

do esperado (veja a comparação nos gráficos

abaixo).

Somente 46 cidades têm mais de 80% da

população com coleta de esgoto, e mais de 80

têm perdas de água potável no sistema de

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Grupo de Comunicação

distribuição superiores a 30%. Isso quer dizer

que, a cada 100 litros de água tratada, 30 são

perdidos em vazamentos e fraudes.

Além disso, Édison Carlos destaca que o alto

comprometimento do caixa com os gastos de

folha de pagamento e de insumos é um sinal

de má gestão das empresas prestadoras de

serviços de água e esgoto. "O investimento

para ampliar os serviços tem que vir da tarifa,

não pode ficar dependendo de empréstimo de

banco", afirma.

"Se a empresa usa toda a arrecadação para

pagar despesa e não sobra nada para investir,

a gestão está errada. Pode ser uma empresa

inchada, sem planejamento de gastos de

energia elétrica e produtos. A arrecadação

pode estar baixa, o que é sinal de

inadimplência e de muita perda de água na

distribuição. Com essas problemas, a empresa

não consegue ter sobra para investir mesmo."

Os problemas apontados por Édison Carlos

podem explicar outro achado do estudo: um

ciclo de investimento que pode ser tanto

vicioso quanto virtuoso para o saneamento

básico de cada cidade. Ou seja, municípios

com melhores índices de acesso a água e

esgoto investem mais do que os piores, que

gastam muito pouco. Então os melhores

continuam melhorando, e os piores seguem

estagnados — ou, em alguns casos, piorando.

Segundo o estudo, as 20 melhores cidades

investiram quatro vezes mais que as 20 piores

em cinco anos (entre 2013 e 2017). O

investimento médio anual por habitante das

melhores foi de R$ 84,61, contra R$ 25,02 das

piores (veja mais informações na tabela

abaixo).

"Existe uma política de saneamento de

longo prazo nessas cidades com índices

melhores. O mais interessante é que isso não

se altera com a alternância política, o que é

muito raro. A sociedade local já não permite

mais retrocesso. então pressiona a gestão

pública a manter o padrão alto", diz Édison

Carlos. "São cidades que há tempo estão entre

as melhores e que continuam investindo para

manter o padrão."

O mesmo acontece, porém, com o que o

presidente executivo do instituto chama de

"zona de rebaixamento", com cidades que

também estão há anos entre as piores.

"Investem pouco e têm empresas com

situação deficitária, então não têm perspectiva

de melhoria a não ser que mude algo

relevante no sistema."

Como estão entre as maiores cidades do país,

mesmo as que têm os piores índices são

superavitárias. Por isso, Édison Carlos sugere

que o problema central do baixo investimento

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e dos baixos índices em saneamento está em

um modelo de gestão ineficiente.

"Mesmo grandes cidades que poderiam e

deveriam ser modelos financeiramente

saudáveis não são. Mas não existe lugar 'ruim'

para investir em saneamento. Tem que

investir para ter retorno."

Para chegar ao fundo do problema da má

gestão, o caminho não é fácil e envolve uma

série de percalços políticos. "Primeiro, precisa

olhar para a situação da empresa operadora

na cidade. Qual é a capacidade de

investimento que ela tem que fazer frente aos

desafios da cidade?", questiona Édison Carlos.

"Segundo, precisa ter uma cobrança por parte

dos prefeitos, já que saneamento básico é de

responsabilidade municipal. O prefeito não

pode esperar eternamente a companhia

avançar. Ele tem que procurar parceiro

privado, tem que reorganizar o setor. Terceiro,

o governador tem que colocar uma gestão

profissional na empresa. Sem isso, a empresa

não tem perspectiva nenhuma de mudança. E

nem o saneamento básico."

O estudo também fez um ranking das 100

maiores cidades do país baseado nos diversos

indicadores de saneamento básico, como

acesso ao abastecimento de água e à coleta

de esgoto, o percentual de esgoto tratado e

investimentos e arrecadação do setor. Veja a

lista abaixo:

1. Franca (SP)

2. Santos (SP) 3. Uberlândia (MG) 4. Maringá (PR) 5. Vitória da Conquista (BA) 6. Cascavel (PR) 7. São José do Rio Preto (SP)

8. Piracicaba (SP) 9. São José dos Campos (SP) 10. Niterói (RJ) 11. Limeira (SP) 12. Curitiba (PR)

13. Ribeirão Preto (SP) 14. Campinas (SP)

15. Londrina (PR) 16. São Paulo (SP) 17. Ponta Grossa (SP) 18. Goiânia (GO) 19. Jundiaí (SP) 20. Sorocaba (SP) 21. Taubaté (SP)

22. Suzano (SP) 23. Palmas (TO)

24. Mauá (SP)

25. Petrolina (PE) 26. Mogi das Cruzes (SP) 27. Uberaba (MG) 28. Campina Grande (PB)

29. Praia Grande (SP) 30. São José dos Pinhais (PR) 31. Campo Grande (MS) 32. João Pessoa (PB) 33. São Bernardo do Campo (SP) 34. Belo Horizonte (MG) 35. Caruaru (PE)

36. Montes Claros (MG) 37. Taboão da Serra (SP) 38. Porto Alegre (RS) 39. Petrópolis (RJ) 40. Campos de Goytacazes (RJ) 41. Osasco (SP)

42. Brasília (DF)

43. Carapicuíba (SP) 44. Contagem (MG) 45. Boa Vista (RR) 46. Anápolis (GO) 47. Serra (ES) 48. Feira de Santana (BA)

49. Salvador (BA) 50. Santo André (SP) 51. Rio de Janeiro (RJ) 52. Florianópolis (SC) 53. Guarujá (SP) 54. Caxias do Sul (RS) 55. Diadema (SP)

56. São Vicente (SP) 57. Betim (MG) 58. Cuiabá (MT) 59. Vitória (ES)

60. Governador Valadares (MG) 61. Bauru (SP)

62. Juiz de Fora (MG) 63. Aparecida de Goiânia (GO) 64. Itaquaquecetuba (SP) 65. Paulista (PE) 66. Aracaju (SE) 67. Blumenau (SC) 68. Camaçari (BA)

69. Ribeirão das Neves (MG) 70. Santa Maria (RS) 71. Olinda (PE) 72. Vila Velha (ES) 73. Maceió (AL) 74. Canoas (RS) 75. Joinville (SC)

76. Fortaleza (CE)

77. Mossoró (RN) 78. Caucaia (CE) 79. Recife (PE) 80. Pelotas (RS) 81. Guarulhos (SP)

82. Nova Iguaçu (RJ) 83. São Luís (MA) 84. Natal (RN) 85. Teresina (PI) 86. Várzea Grande (MT) 87. Gravataí (RS) 88. Cariacica (ES)

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Grupo de Comunicação

89. São João de Meriti (RJ)

90. Belém (PA) 91. Duque de Caxias (RJ) 92. São Gonçalo (RJ) 93. Rio Branco (AC)

94. Jaboatão dos Guararapes (PE) 95. Belford Roxo (RJ) 96. Macapá (AP) 97. Santarém (PA) 98. Manaus (AM) 99. Ananindeua (PA) 100. Porto Velho (RO)

https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/

07/23/saneamento-basico-maior-parte-das-

grandes-cidades-reinveste-menos-de-

30percent-do-que-arrecada.ghtml

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Data: 18/07/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Sob impacto de mensagens, STF

deve analisar no segundo semestre duas

ações que questionam Moro

O dobro ou nada

O Supremo deve avaliar no segundo semestre,

sob impacto das revelações de mensagens com

bastidores da Lava Jato, não uma, mas duas

ações que questionam a atuação do ex-juiz

Sergio Moro. Além do habeas corpus que tramita

na Segunda Turma e no qual o ex-presidente

Lula alega a suspeição do hoje ministro de Jair

Bolsonaro, há, nas mãos de Edson Fachin,

integrante da corte, uma queixa-crime por abuso

de autoridade impetrada pela defesa do petista.

Este caso tramita em sigilo.

Tente outra vez

As alegações da defesa de Lula foram rejeitadas

pelo TRF-4 e também por cortes superiores. O

próprio Fachin já negou provimento aos pedidos

do petista, mas em 17 de julho sua defesa

apresentou novo recurso.

Desvio de rota

Segundo o Painel apurou, há entre os

argumentos para uma reavaliação da ação

menção às conversas obtidas e divulgadas pelo

The Intercept Brasil.

Caravana passa

O ministro Luís Roberto Barroso usou o recesso

do STF para fazer um giro de estudos e

seminários internacionais. Participou do

Congresso Mundial de Direito Constitucional da

Sociedade Internacional de Direito Público, no

Chile –é o primeiro latino-americano a ser

convidado para o evento.

Caravana passa 2

Depois, a convite do Instituto Max Planck, isolou-

se em Heidelberg, na Alemanha, para palestras e

pesquisas. Trabalha, neste momento, em um

texto sobre a educação básica no Brasil. O

intento é mobilizar o interesse da comunidade

jurídica sobre o assunto.

Pelas beiradas

Sem alarde, a cúpula do DEM começou a discutir

meios de criar um ambiente favorável à migração

de alguns dos quadros do PDT e do PSB que

estão sob ameaça de retaliação de suas legendas

após votarem a favor da reforma da Previdência.

Joia da coroa

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP), claro, está

no centro das conversas. Pela rápida projeção no

cenário político, ela se tornou figura disputada

por diversas siglas.

Intramuros

Palco de ato com Jair Bolsonaro, nesta terça

(23), o novo aeroporto de Vitória da Conquista

(BA) foi coberto por tapumes. Não será possível

ver o presidente do lado de fora. É a primeira

visita à região após ter chamado governadores

de “paraíbas”.

Órfão

Assim como o governador Rui Costa (PT-BA),

Paloma Rocha, uma das filhas de Glauber Rocha,

cancelou participação na inauguração do

aeroporto –a obra leva o nome do cineasta.

Poeira

A fala de Bolsonaro segue sendo explorada pela

oposição. “Ele acha que governar é arrumar

briga. Tem sido um frasista infeliz e um

presidente deplorável. Só destila preconceito e

ódio”, diz o senador Jaques Wagner (PT-BA).

Reprise

Militares observam com preocupação os ataques

de Carlos Bolsonaro e Marco Feliciano

P(Podemos-SP) ao general Rêgo Barros, porta-

voz da Presidência. Veem um roteiro que já levou

a demissões.

Sentido!

O general da reserva Paulo Chagas saiu em

defesa do colega. “Rêgo Barros é preparado.

Tudo o que ele está fazendo, faz com

consentimento. Acho que Carlos quer assumir o

papel de porta-voz. E Feliciano tem ciúme de

quem tem prestígio com Bolsonaro.”

Visitas à Folha

Benedito Braga, presidente da Sabesp

(Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo), visitou a Folha nesta

segunda-feira (22), onde foi recebido em almoço.

Estava acompanhado de Adriano Candido

Stringhini, diretor de Gestão Corporativa da

Sabesp, Fabio Toreta, superintendente de

Comunicação, Wilson Gasino, assessor da

Superintendência de Comunicação, e Isabela

Salgueiro, assessora de imprensa.

Rafael Greca, prefeito de Curitiba, visitou a Folha

nesta segunda (22). Estava acompanhado de

Mônica Santanna, secretária de Comunicação, e

Lucas Navarro de Souza, assessor especial.

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Data: 18/07/2019

33

Grupo de Comunicação

TIROTEIO

A campanha acabou. Frases de efeito devem dar

lugar a ações. Discursos não as substituem. Há

tempo para a virada

Do senador Álvaro Dias (Podemos-PR), após o

Datafolha mostrar que 39% dizem que Bolsonaro

não fez nada que mereça destaque

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/23/s

ob-impacto-de-mensagens-stf-deve-analisar-

duas-acoes-que-questionam-moro-no-segundo-

semestre/

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Data: 18/07/2019

34

Grupo de Comunicação

Ministro de Minas e Energia quer trocar diesel por gás nos caminhões Julio Wiziack

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, quer usar o novo mercado de gás,

que será lançado pelo presidente Jair Bolsonaro

nesta terça-feira (23), para diminuir o consumo

do diesel no país e estimular a conversão de

caminhões para o gás natural veicular, uma

forma de reduzir o custo do frete no país.

Atualmente, cerca de 10,6% do gás

comercializado no país abastece veículos,

segundo dados do setor.

A frota a gás representa somente 2,2% do total

em circulação, de acordo com informações do

Departamento Nacional de Trânsito.

Ainda com uma rede de abastecimento veicular

limitada, focada nos maiores centros urbanos, o

gás fica concentrado em grandes indústrias e na

geração de energia elétrica por centrais hoje

movidas, em sua maioria, por diesel e outros

combustíveis fósseis.

“Vamos anunciar um planejamento para

substituir todas as térmicas movidas a diesel”,

disse Albuquerque em entrevista à Folha. “Os

contratos [de fornecimento de diesel] que forem

vencendo serão substituídos [por gás].”

Segundo o ministro, a base do plano que será

anunciado pelo governo reside na retirada da

Petrobras do mercado de transporte e

distribuição de gás. A estatal concentra hoje 70%

do mercado.

“Ninguém ganhou com esse monopólio, que já

deveria ter sido quebrado desde 2002”, afirmou o

ministro.

“Acho que faltou vontade política. Os governos

sempre usaram a Petrobras como um agente de

suas políticas e, por isso, não houve margem

para competição. Naquela época, havia mais de

20 empresas operando no país e sobraram cerca

de cinco”, disse.

A tendência, ainda segundo o ministro, é de

reduzir ainda mais a participação, porque a

estatal também acertou com o Cade (Conselho

Administrativo de Defesa Econômica) a venda de

sua participação no gás e no refino.

Pelo acordo, a estatal venderá 8 de suas 13

refinarias, abrindo mão de cerca de metade do

mercado de derivados do petróleo.

Capitaneado pelo Cade, os acordos, fechados

entre junho e julho, foram uma troca feita pela

estatal para evitar ser condenada pelo conselho

em dois processos por práticas anticompetitivas.

Em um deles, a empresa terá de vender sua

participação em 19 distribuidoras estaduais de

gás, o controle no gasoduto Brasil-Bolívia, além

dos dutos de transporte (que ligam as

plataformas às estações de tratamento no

continente).

Em outro, o acerto impôs a venda das refinarias.

Ambos terão de ser concluídos até o fim de 2021

sob pena de os processos sancionatórios serem

retomados.

Com o novo cenário para o gás, a distribuidora

Celse (Centrais Elétricas do Sergipe), por

exemplo, contratou um navio estrangeiro que

funcionará como estação fixa de tratamento de

gás para abastecer as usinas térmicas no estado

até 2044.

“Esse navio tem capacidade de 1,5 GW

(gigawatt). É a maior usina do tipo na América

Latina”, afirmou o ministro.

Ainda segundo ele, foram importados diversos

caminhões chineses movidos a gás que serão

usados para levar o combustível para outros

pontos de distribuição.

“Não acho que haverá só construção de dutos

com a abertura do mercado. Vamos usar muitos

navios e caminhões para fazer o combustível

chegar a mais lugares.”

A ideia do governo, quando o mercado de gás

estiver consolidado, é estimular a conversão dos

caminhões de carga.

“Não dá para dizer que haverá subvenção ao

caminhoneiro. Não tem isso no momento, mas o

preço vai cair tanto com essa expansão, que

ficará atrativo fazer a conversão.”

Segundo estimativas da Abegás, associação que

representa distribuidores de gás canalizado, a

conversão faz sentido para quem roda mais de

250 km por dia durante 22 dias por mês.

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Grupo de Comunicação

Neste caso, o investimento se paga com a

redução do gasto com o combustível. A economia

pode chegar a 50% sobre o litro do diesel e 65%

sobre o litro da gasolina.

Por enquanto, a ideia do governo é atrair

investidores na construção de infraestrutura de

transporte e distribuição. Para isso, eles terão de

fechar contratos de fornecimento com a

Petrobras, que ficará restrita à produção do gás.

Pelos cálculos do governo, o preço deve cair dos

atuais US$ 12 (cerca de R$ 48) para US$ 6 por

milhão de BTU.

O Brasil pretende se valer da energia que será

produzida com o gás para barganhar um preço

mais baixo da energia.

Na última revisão do contrato, o Brasil estava

com escassez de energia e ficou refém da

pressão exercida pelo Paraguai na venda do

excedente da energia pelo lado paraguaio.

De acordo com o ministro, para suportar o

crescimento econômico nos próximos dez anos, o

país terá de crescer 35% sua produção de

energia.

Por isso, além da expansão do gás e a

renegociação com o Paraguai, será preciso trazer

investimentos para a Eletrobras. Albuquerque

afirmou que o modelo de capitalização está

pronto e será apresentado a Bolsonaro nas

próximas semanas.

A ideia é retirar a União do controle por meio de

emissão de papéis que serão adquiridos por

investidores privados de forma que o governo

tenha sua participação acionária diluída.

No entanto, esse modelo terá de passar pelo

Congresso e a expectativa é que o processo seja

concluído somente no próximo ano.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/ministro-de-minas-e-energia-quer-trocar-diesel-

por-gas-nos-caminhoes.shtml

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Grupo de Comunicação

Mudança de diesel por gás é viável, mas

exige renovação de frota brasileira

Segundo a CNT (Confederação Nacional do

Transporte), idade média da frota de caminhões

é de 15,2 anos

Eduardo Sodré

SÃO PAULO

Embora raros, caminhões movidos a gás natural

já existem e mais modelos devem chegar ao

mercado nacional entre 2020 e 2021. Além disso,

é tecnicamente possível fazer a conversão parcial

de modelos a diesel.

Porém, há problemas para a implementação em

larga escala, como a falta de pontos de

abastecimento nas estradas e a inexistência de

um programa de renovação de frota.

A Iveco testa essa opção desde o início da

década, com aplicação em modelos pesados que

fazem transporte dentro de fábricas ligadas ao

grupo CNH Industrial.

O GNV (gás natural veicular) é oferecido também

em veículos comerciais de menor porte (uso

urbano) vendidos por encomenda, em pequena

escala.

A Scania anunciou um ciclo de investimentos de

R$ 1,4 bilhão a partir de 2021.

Um dos pontos contemplados é a produção em

maior volume de caminhões grandes movidos a

gás.

As primeiras unidades devem sair da fábrica de

São Bernardo do Campo já no próximo ano. O

protótipo que está sendo desenvolvido pela

montadora sueca consume GNV ou biometano,

que pode ser extraído de lixo orgânico.

A redução nas emissões de CO₂ chega a 85% em

comparação ao diesel, de acordo com a

fabricante.

Já os sistemas de conversão disponíveis fazem

caminhões queimarem uma mistura de GNV e

diesel, não sendo possível rodar somente com

gás.

Contudo, essa conversão esbarra no

envelhecimento dos veículos.

De acordo com pesquisa divulgada neste ano

pela CNT (Confederação Nacional do Transporte),

a idade média da frota de caminhões em

circulação no Brasil é 15,2 anos.

Uma alteração desse tipo pressupõe inspeções

regulares do sistema, como já ocorre nos carros

adaptados para rodar com GNV.

Quanto mais velho o veículo, maior a

necessidade de vistorias e reparos. No caso da

comercialização de caminhões novos movidos a

gás, o desafio está em criar um modelo viável de

renovação de frota.

Caminhoneiros autônomos têm dificuldade para

trocar um caminhão com 20 anos de uso por

outro 10 anos mais novo. Adquirir um modelo

zero-quilômetro mais eficiente e com a mesma

capacidade é uma meta distante para esses

profissionais.

Hoje, a retomada de vendas no setor se deve aos

grandes frotistas, embalados pelo agronegócio.

Com o incentivo ao gás, o programa de

renovação de frota de pesados deve voltar à

discussão, embora pouco se tenha avançado no

tema nos últimos 20 anos.

Se uma nova proposta incluir a troca de veículos

a diesel por outros movidos a GNV, haverá um

longo período de transição.

As fábricas de caminhões, mesmo as que já têm

a tecnologia pronta, demorariam anos para

conseguir suprir o mercado. É uma mudança que

exige alto investimento e precisaria conviver com

a produção de modelos a diesel por um bom

tempo.

Aí há outro problema: se a ideia é substituir um

combustível pelo outro, os modelos a diesel

podem sofrer desvalorização acentuada, o que

não é bom nem para montadoras nem para

proprietários.

Toda essa movimentação só fará sentido se

houver estrutura de reabastecimento.

Dificilmente um caminhão movido 100% a GNV

terá a mesma autonomia dos modelos a diesel, o

que exigirá mais paradas nos postos.

Na estrutura atual, em que o gás ainda é raro

nas estradas, torna-se inviável.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/mudanca-e-viavel-mas-exige-renovacao-de-

frota-brasileira.shtml

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Grupo de Comunicação

Municípios que menos precisam são os que

mais investem em saneamento

Marina Estarque

Os municípios que menos precisam são os que

mais investem em saneamento básico, segundo o

ranking de 2019 elaborado pelo Instituto Trata

Brasil, que avalia as cem maiores cidades do

país.

Os 20 municípios brasileiros com os melhores

índices de saneamento têm investimento médio

anual por habitante de R$ 84,61 no setor, mais

de três vezes o valor gasto pelos vinte mais mal

colocados no ranking, de R$ 25,02.

Em cinco anos, o primeiro grupo investiu cerca

de R$ 15,08 bilhões, cinco vezes o valor

desembolsado pelos 20 piores, de R$ 2,67

bilhões.

"Quem está perto da universalização continua

investindo muito mais. Os últimos 20 estão há

dez anos nessas posições. Então aumenta cada

vez mais a desigualdade", diz o presidente-

executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.

"Estamos criando municípios com padrão de

primeiro mundo, cercados de esgoto por todos os

lados.”

Segundo Carlos, é mais difícil de progredir

quando a cidade já está perto de ter 100% de

atendimento.

"O esforço para sair de 90% para 95%, por

exemplo, é muito maior, porque precisa atingir

as últimas áreas, que são mais distantes e

complicadas. E mesmo assim esses municípios

seguem investindo forte”, diz.

O ranking, obtido com exclusividade pela Folha,

leva em consideração índices de coleta e

tratamento de esgoto, acesso à água tratada,

perdas na rede de distribuição, número de novas

ligações, investimento, entre outros.

O levantamento é feito com base nos dados mais

recentes do Snis (Sistema Nacional de

Informações sobre Saneamento), de 2017.

Entre os 20 piores, há capitais como Belém,

Natal, Teresina, Manaus, Macapá, Rio Branco,

São Luís e Porto Velho.

Há também grandes cidades de regiões

metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro,

como Duque de Caxias, São Gonçalo e Guarulhos

—a cidade paulista foi a que teve a maior

variação negativa no ranking, caiu 24 posições

em relação ao ano anterior.

“Os piores municípios, em muitos casos, têm

uma gestão do saneamento pouco estruturada,

com concessionárias sem capacidade de investir.

Faltam planejamento e uma boa regulação dos

serviços”, diz o economista Pedro Scazufca, da

consultoria Go Associados, que faz o estudo para

o Trata Brasil há oito anos.

Já entre os 20 melhores municípios, 10 são do

estado de São Paulo e 5 do Paraná. Apenas três

capitais ficaram no grupo: São Paulo, Goiânia e

Curitiba. A capital paulista, sozinha, teve

investimentos de cerca de R$ 10 bilhões em

cinco anos.

Segundo Carlos, a maior parte dos municípios

teve um avanço muito pequeno.

A população com acesso à coleta de esgoto, por

exemplo, passou de 72,15% para 72,77%, e o

volume de esgoto tratado foi de 54,33% para

55,61%.

"Isso que são os cem maiores, não tem município

aí que não sabe fazer projeto ou licitação. Eles

deveriam puxar o desenvolvimento do

saneamento do país. Se Belém ou Boa Vista não

consegue avançar, como vamos cobrar o prefeito

de Cabrobó?”, diz Carlos.

Estudo da CNI (Confederação Nacional da

Indústria) apontou que, entre 2010 e 2012, 26%

dos municípios tiveram investimento nulo, ou

seja, não fizeram qualquer expansão ou

manutenção dos sistemas de água e esgoto.

Segundo a entidade, o país precisa praticamente

dobrar o investimento anual, para R$ 21,6

bilhões, a fim de universalizar os serviços até

2033, meta prevista pelo Plano Nacional de

Saneamento Básico.

Cerca de 17% dos brasileiros não têm acesso à

água tratada, e 48% não têm coleta de esgoto.

Mais da metade do esgoto gerado no país não é

tratado.

"Estamos na contramão, porque o investimento

diminui e a demanda só cresce com as cidades",

diz Carlos.

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Grupo de Comunicação

Para atrair recursos, ele defende a abertura do

mercado. Apenas 6% das companhias de água e

esgoto do país são privadas, segundo a CNI. Elas

respondem por 20% dos investimentos no setor.

"É uma questão de matemática: nós temos R$ 10

bilhões e precisamos de R$ 20, quem vai entrar

com o que falta? Não importa se vai ser público

ou privado, queremos que o cidadão tenha o

serviço”, diz.

Como a MP do Saneamento Básico caducou em

junho, o Congresso avalia outros projetos de lei

que facilitem a entrada de empresas privadas no

setor.

O Senado aprovou em junho uma proposta de

novo marco legal do saneamento, do senador

Tasso Jereissati (PSDB-CE). O projeto seguiu

para a Câmara dos Deputados.

Além de estarem concentrados, os gastos com

infraestrutura de saneamento têm caído desde

2014, quando atingiram um pico de R$ 13,29

bilhões. O valor em 2017 foi de R$ 10,9 bilhões.

"O governo federal passa por uma grave crise

fiscal, e o saneamento sempre foi o primo pobre

da infraestrutura. Além disso, o setor tem um

quadro muito ruim de gestão, até para usar os

recursos que ainda existem", afirma Carlos.

Ele diz que as emendas parlamentares, que

costumavam ser aplicadas em saneamento,

também foram contingenciadas. "Fora isso, os

recursos a fundo perdido sumiram, ficamos só

com financiamento da Caixa e BNDES.”

Ainda assim, a maior parte das operadoras

públicas não tem mais capacidade de

endividamento, afirma Carlos. "Esses bancos só

conseguem financiar sempre as mesmas

concessionárias de São Paulo, Minas."

Uma forma de aumentar os investimentos,

segundo o Trata Brasil, é combater o desperdício

de água.

De acordo com o instituto, para cada 100 litros,

38 ficam pelo caminho por vazamentos, erros de

leitura dos hidrômetros ou furtos. A perda custou

para o país R$ 11,3 bilhões em 2017, mais do

que foi investido em saneamento no ano.

"Esse indicador só piora e é sinônimo de má

gestão, uma empresa não pode perder quase

40% do faturamento. Mesmo estados

desenvolvidos como São Paulo têm perdas de

30%”, afirma Carlos.

O problema, diz ele, se resolve com manutenção

e troca de redes antigas.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/municipios-que-menos-precisam-sao-os-que-

mais-investem-em-saneamento.shtml

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Grupo de Comunicação

Bunge se une no Brasil a gigante do

petróleo para produzir etanol

A trader americana de produtos agrícolas Bunge

e a principal empresa britânica de energia, a BP,

assinaram acordo para formar uma joint venture

de etanol de cana-de-açúcar no Brasil.

A BP combinará seus empreendimentos

brasileiros em biocombustíveis e bioenergia com

os da Bunge. A entidade autônoma, BP Bunge

Bioenergia, terá 11 usinas de biocombustíveis no

Brasil, com 32 milhões de toneladas de

capacidade de moagem por ano. Ela produzirá

etanol e açúcar.

A Bunge disse que receberá recursos em dinheiro

de US$ 775 milhões como parte do acordo. A BP

pagará à trader US$ 75 milhões, e a joint

venture assumirá US$ 700 milhões de dívida

associada aos ativos da Bunge

A Bunge saiu do mercado de açúcar no ano

passado e foi forçada a suspender uma oferta

pública inicial de seu negócio brasileiro de açúcar

devido à falta de interesse de investidores. A

americana procurou se concentrar em grãos,

sementes oleaginosas e ingredientes

alimentícios.

A empresa apostou mais de US$ 1 bilhão na

demanda por açúcar e etanol em 2010, quando

adquiriu a Moema, operadora brasileira de usinas

de açúcar. Mas o investimento teve dificuldades

porque o mau tempo prejudicou as safras de

cana, os preços do açúcar caíram e Brasília

conteve o preço da gasolina, combustível

concorrente do etanol. Há quatro anos, a Bunge

anunciou que estava avaliando a venda das

usinas deficitárias.

Enquanto isso, algumas das principais empresas

de petróleo e gás do mundo tentam expandir a

produção de estoques de combustíveis líquidos

mais ecológicos, enquanto apostam na demanda

contínua por combustíveis, especialmente para

transporte, como caminhões pesados e aviões.

"Os biocombustíveis serão parte essencial da

transição energética", disse Bob Dudley,

presidente-executivo da BP. "O Brasil lidera o

caminho para mostrar como eles podem ser

usados em escala, reduzindo as emissões do

transporte."

A joint venture, sediada em São Paulo, também

produzirá eletricidade renovável gerada por

biomassa de resíduos de cana-de-açúcar.

Em 2018, os negócios da BP e da Bunge

produziram 2,2 bilhões de litros de equivalente a

etanol. Ambas as entidades empregam mais de

10 mil pessoas no Brasil.

Os biocombustíveis emitem carbono em

quantidade semelhante aos combustíveis fósseis

quando queimados. Mas eles são considerados

mais verdes porque são produzidos a partir de

material orgânico que absorveu dióxido de

carbono da atmosfera.

Hoje, nos EUA e na Europa, os biocombustíveis

são geralmente consumidos na mistura de

pequenas quantidades com os tradicionais

estoques de combustíveis fósseis líquidos. Mas

dois terços dos carros no Brasil operam com

etanol.

O acordo deverá ser concluído no quarto

trimestre de 2019.

Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/bunge-e-bp-fecham-acordo-para-criar-empresa-

de-bioenergia-no-brasil.shtml

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Grupo de Comunicação

Para não ser 'pego de calças curtas',

Bolsonaro quer embargar dados de desmate

Presidente diz que dados têm que chegar ao

conhecimento dele antes porque podem

prejudicar negociações

Talita Fernandes

BRASÍLIA

Três dias depois de criticar a divulgação de dados

sobre desmatamento pelo Inpe (Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais) não condizem

com a verdade e prejudicam o Brasil, o

presidente Jair Bolsonaro defendeu que as

informações sobre derrubada de floresta passem

antes por ele porque não quer ser “pego de

calças curtas” com questões importantes que

podem prejudicar negociações do país.

“Você pode divulgar os dados, mas tem que

passar pelas autoridades até para não ser

surpreendido. Até por mim, eu não posso ser

surpreendido por uma informação tão importante

como essa daí. Eu não posso ser pego de calças

curtas. As informações têm que chegar a nosso

conhecimento de modo que nós possamos tomar

decisões precisas em cima dessas informações”,

disse.

Ao deixar um almoço no Comando da

Aeronáutica, ele também afirmou que os dados

deveriam passar pelo crivo do Ministério da

Ciência e Tecnologia.

“Eu estou acostumado com hierarquia e

disciplina, e no governo sei que a maioria é civil.

Então quando o Inpe detecta um dado qualquer,

ele tem que subir os dados para o ministro

Marcos Pontes, de Ciência e Tecnologia, antes

passando pelo Ibama para divulgar”, disse.

Bolsonaro se referia aos dados mais recentes

sobre desmatamento do sistema Deter, do Inpe,

um instrumento de fiscalização cujos dados são

enviados diariamente ao Ibama para ajudar no

combate ao desmatamento.

Embora o Deter tenha sido desenvolvido como

um suporte à fiscalização, ele pode ser usado

como indicador de tendências do desmate anual.

Segundo esses dados preliminares de satélites,

mais de 1.000 km² de floresta amazônica foram

derrubados na primeira quinzena deste mês —um

aumento de 68% em relação a julho de 2018.

Já os dados consolidados sobre o desmatamento

total no ano (período entre julho de um ano e

agosto do ano seguinte) são produzidas pelo

Prodes, do Inpe. Ele usa sensores de satélite

mais potentes e apresenta a totalização apenas

uma vez por ano.

A publicidade de dados de desmatamento é

garantida pela Lei de Acesso à Informação e

também pela política de dados abertos do

governo federal, instituída por decreto em 2016 e

confirmada por Bolsonaro em abril, quando o

presidente passou à CGU (Controladoria-Geral da

União) a responsabilidade de coordenar o

processo de abertura de dados dos órgãos do

Executivo.

O monitoramento do desmatamento já havia sido

alvo de críticas do ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles. À Folha ele disse que “os dados

do Inpe são bons, mas não são precisos”.

Também culpou o atual monitoramento pela

ineficácia no combate ao desmate e já

demonstrou o desejo de trocá-lo por uma

empresa privada.

Mas, na sexta, foi a vez de o próprio presidente

dirigir as críticas ao Inpe. Além de questionar a

idoneidade dos dados e seu efeito na imagem do

país no exterior, sugeriu que o diretor do

instituto, o engenheiro Ricardo Galvão, poderia

estar a serviço de ONGs.

No domingo voltou ao tema. “O que nós não

queremos é uma propaganda negativa do Brasil.

A gente não quer fugir da verdade, mas aqueles

dados pareceram muito com os do ano passado”,

afirmou Bolsonaro.

Galvão respondeu. Disse que pode até ser

demitido, mas que o instituto é cientificamente

sólido o suficiente para resistir aos ataques do

governo. A comunidade científica saiu em sua

defesa.

“É um momento importante de apoio ao Inpe e

os resultados desse esforço que está fazendo a

comunidade científica já estão aparecendo. Eu

recebi uma mensagem do ministro de Ciência e

Tecnologia, que está nos EUA para a

comemoração dos 50 anos do homem na Lua, e

ele pediu que eu desse mais informações sobre

os métodos [de detecção do desmatamento]. Ele,

na verdade, sempre apoiou o Inpe e está

tentando abrir um canal de diálogo com a

Presidência para que consigamos estabelecer

uma solução apaziguadora.”

Nesta segunda, porém, o ministro da Ciência,

Marcos Pontes, endossou as críticas feitas por

Bolsonaro. Em nota publicada em rede social, ele

disse compartilhar da estranheza expressa pelo

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presidente quanto aos dados. Afirmou também

discordar da maneira como agiu Galvão, ao se

dirigir à imprensa, e que chamou o diretor do

Inpe para “esclarecimentos e orientações”.

O ministro disse solicitou ao instituto relatório

técnico com resultados da série histórica dos

últimos 24 meses, assim como dados brutos,

metodologia aplicada e “quaisquer alterações

significativas desses fatores” no período.

Depois de dizer que chamaria Galvão para dar

explicações, Bolsonaro disse agora que o chefe

do Inpe vai ser ouvido por seus ministros.

“Você pode ver, é a mesma coisa aqui que um

sargento e um cabo passa para frente uma

notícia sem passar pelo capitão, coronel,

brigadeiro, não está certo isso daí”, disse.

Em junho, na véspera do G20, o presidente

francês, Emmanuel Macron, chegou a ameaçar

suspender as tratativas comerciais entre a União

Europeia e o Mercosul se Bolsonaro não se

comprometesse com o Acordo de Paris, que trata

de questões climáticas. Após a conversa entre

ambos e compromisso do brasileiro, o tratado foi

assinado.

“Não pode alguém na ponta da linha

simplesmente resolver divulgar esses dados

porque pode haver algum equívoco e neste caso,

como divulgou, há um enorme estrago para o

Brasil. A questão ambiental o mundo todo leva

em conta. Outros países, com os quais estamos

negociando a questão do Mercosul, ou até um

acordo bilateral, dificultam [as tratativas] com a

divulgação desses dados”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de o diretor

ser demitido, o porta-voz da Presidência, general

Otávio Rêgo Barros, disse que Bolsonaro não

tratou do assunto com ele

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/bolsonaro-diz-que-nao-pode-ser-pego-de-

calcas-curtas-em-divulgacao-sobre-

desmatamento.shtml

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Marcos Pontes também questiona dados do

Inpe e chama diretor para conversa

Daniel Carvalho

O ministro Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia,

Inovações e Comunicações) afirmou, em nota

publicada em rede social nesta segunda (22),

que compartilha da estranheza expressa pelo

presidente Jair Bolsonaro quanto aos dados do

desmatamento que o Inpe (Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais) produz.

"Com relação aos dados de desmatamento

produzidos pelo Inpe, organização pelo qual

tenho grande apreço, entendo e compartilho a

estranheza expressa pelo nosso presidente

Bolsonaro", diz Pontes. "A contestação de

resultados, assim como a análise e discussão de

hipóteses, são elementos normais e saudáveis do

desenvolvimento da Ciência."

Além disso, em nota divulgada no início desta

tarde, Pontes disse discordar da maneira como

agiu o engenheiro Ricardo Galvão, diretor do

Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais),

ao dar entrevistas para a imprensa criticando os

questionamentos de Bolsonaro, e o chamou para

"esclarecimentos e orientações". O Inpe é

vinculado ao ministério.

Na sexta-feira (19), Bolsonaro criticou Galvão por

causa dos dados recentes sobre desmatamento.

Segundo esses dados preliminares de satélites do

Inpe, mais de 1.000 km² de floresta amazônica

foram derrubados na primeira quinzena deste

mês —um aumento de 68% em relação a julho

de 2018. As informações são do Deter, sistema

da instituição que lança alertas sobre mudanças

de vegetação.

Os dados consolidados sobre o desmatamento

total no ano (período entre julho de um ano e

agosto do ano seguinte), são produzidas pelo

Prodes, outro projeto do Inpe. O Deter, contudo,

é um forte indicativo sobre as tendências de

desmate na Amazônia.

Além disso, os dados produzidos pelo projeto

Deter são diariamente enviados ao Ibama.

As informações de alertas de desmatamento são

públicas e podem ser acessados no site do Inpe.

As imagens disponíveis, porém, têm menor

resolução do que as que o Ibama tem acesso.

Bolsonaro disse que conversaria com Galvão e

que são "matérias repetidas que apenas ajudam

a fazer com que o nome do Brasil seja malvisto

lá fora”.

“Vou conversar com qualquer um que esteja a

par daquele comando, onde haja a coisa

publicada, que não confere com a realidade, vai

ser chamado para se explicar. Isso é rotina, toda

semana, todo dia, acontece isso aí”, disse na

sexta-feira.

Bolsonaro disse ainda que o diretor do Inpe

estaria a "serviço de alguma ONG" e que a

divulgação do desmatamento que ocorre na

Amazônia prejudica o nome do Brasil no exterior.

Já no domingo, Bolsonaro recuou e afirmou que

não falaria com o diretor do Inpe, tarefa que

caberia aos ministros Marcos Pontes e Ricardo

Salles (Meio Ambiente). "Eu não vou falar com

ele", disse. "O que nós não queremos é uma

propaganda negativa do Brasil. A gente não quer

fugir da verdade, mas aqueles dados pareceram

muito com os do ano passado."

Cientistas saíram em defesa das pesquisas e

monitoramento realizado no Inpe. Neste domingo

(21) a SBPC (Sociedade Brasileira para o

Progresso da Ciência), a maior sociedade

científica do país, lançou um documento com

críticas às falas de Bolsonaro. A Folha teve

acesso ao texto em primeira mão.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/marcos-pontes-tambem-questiona-dados-do-

inpe-e-chama-diretor-para-conversa.shtml

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro repete tática de Dilma e Sarney

ao tentar controlar dados de desmatamento

José Sarney divulgou dados errados e Dilma

Rousseff adiou divulgação próxima à eleição

Marcelo Leite

SÃO PAULO

A história se repete, agora como farsa. O

presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer adiar a

divulgação das taxas de desmatamento na

Amazônia porque não gosta delas, mais uma

prova de que nada conhece de ciência e nada

aprendeu com a história.

O incômodo palaciano com dados da devastação

apurados pelo Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe) é antigo. No governo de José

Sarney, quando a destruição da Amazônia se

tornou um caso internacional, a tentativa

pioneira foi de manipulação.

Em resposta a governantes europeus que o

pressionavam pelas queimadas na floresta

amazônica em 1988, Sarney divulgou que o

desmatamento acumulado no Brasil era de 251,4

mil km2. Queria dizer que era pouco, só 5% da

Amazônia Legal.

Reportagem de Maurício Tuffani na Folha,

contudo, mostrou que a cifra omitia 92,5 mil km²

de derrubadas no Pará e no Maranhão. Foi um

escândalo, que contou com a ajuda da direção do

Inpe.

Depois disso, o instituto se redimiu. Investiu em

tecnologia de interpretação de imagens de

satélite e tornou transparente a divulgação dos

dados do sistema Prodes, publicados uma vez

por ano.

A cifra anual pouco ajudava no trabalho de

prevenção. Em 2004 começou a funcionar um

sistema mais ágil, o Deter, para detecção do

desmatamento em tempo real, fornecendo

alertas de derrubadas a cada quinzena para o

Ibama autuar quem estivesse destruindo floresta

sem autorização.

Foi um enorme avanço, que contribuiu para

derrubar as taxas de devastação, em conjunto

com restrições ao crédito de proprietários

faltosos. De mais de 27 mil km², em 2004, a

devastação caiu para 4.500 km², em 2012.

Esse feito do governo federal credenciou o Brasil

a receber parcelas do bilionário Fundo Amazônia,

criado pela Noruega e alimentado também pela

Alemanha. Nada disso teria sido possível sem os

pesquisadores do Inpe ora sob ataque

presidencial.

Com a chegada de Dilma Rousseff (PT) ao

Planalto, as coisas começaram a mudar para

pior. Ainda ministra-chefe da Casa Civil, ela

passou a sabotar políticas da ministra do Meio

Ambiente, Marina Silva, que deixou o governo

Lula em 2008.

Na cadeira de presidente, Dilma deu cada vez

mais espaço para políticas a favor de ruralistas e

sua agenda anti-amazônica. As taxas de

desmatamento voltaram a subir, ainda que

distantes do recorde de 2004.

Candidata à reeleição em 2014, Dilma partiu

para a ignorância, como faz agora Bolsonaro.

Sabia que a devastação em alta abria um flanco

na sua imagem e determinou que a divulgação

dos dados do Deter fosse adiada. Nova grita da

parte da opinião pública, dentro e fora do país,

que dá valor à floresta.

O atual ocupante do Planalto reedita agora a

tática de ocultação de informações do governo do

PT. Quer acesso antecipado aos dados, alegando

que precisa deles para tomar providências.

Para evitar aumento da destruição, porém, as

providências têm de vir antes dos dados que o

atestam. E o que o governo de Bolsonaro tem

feito até aqui, sobretudo no Ministério do Meio

Ambiente sob Ricardo Salles (Novo), só tem

contribuído para que as taxas subam.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/bolsonaro-repete-tatica-de-dilma-e-sarney-ao-

tentar-controlar-dados-de-desmatamento.shtml

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44

Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Menores de SP poderão

viajar desacompanhados sem autorização

expressa da Justiça

Medida autoriza que criança embarque com

permissão por escrito dos pais, com firma

reconhecida

Os pais de crianças menores de 16 anos que

moram em São Paulo não precisam mais pedir à

Justiça autorização expressa para que as crianças

viagem desacompanhadas.

LICENÇA

A medida será publicada nesta terça (23) pelo

Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP). A partir de

agora, basta uma permissão por escrito dos

próprios pais, com firma reconhecida, para que a

criança embarque.

NA VOLTA

Os pais precisam, no entanto, ficar atentos: se os

filhos viajarem dentro de SP, poderão ir e voltar

com o documento assinado por um deles. Mas,

se forem para outro estado, será necessário

verificar se o local aceita essa autorização para

que os menores embarquem de volta.

DE NOVO

Em caso negativo, será preciso recorrer à Justiça.

NA MESMA

Viagens internacionais seguem com as mesmas

regras, que desde 2011 dispensam a autorização

de um juiz para o embarque de menores.

RODA GIGANTE

O jantar que o ministro Luís Roberto Barroso

ofereceu em Brasília, em 2016, e que teve Sergio

Moro e Deltan Dallagnol entre os convidados, não

teve nada de secreto —outras 23 pessoas

compareceram ao evento.

BEM-VINDA

O jantar não era para eles, e sim para a

professora Susan Ackerman, da Universidade

Yale, que visitava Brasília para um seminário no

UniCeub sobre corrupção.

NA RODA

“Fiz uma pequena recepção em torno dela em

minha casa, para a qual foram convidados alguns

professores e expositores do seminário”, diz

Barroso. Entre eles estavam Moro e Dallagnol.

SEM ALARDE

Na semana passada, diálogos do arquivo obtido

pelo site The Intercept Brasil mostravam Barroso

pedindo “máxima discrição” aos dois ao convidá-

los para o jantar.

SEM ALARDE 2

“Era apenas algo privado e reservado aos

participantes do seminário”, afirma Barroso.

“Ninguém lá falou de Operação Lava Jato.”

LUZ

Com a repercussão da publicação dos diálogos, o

ministro decidiu esclarecer o assunto, publicando

um texto também em seu blog.

ENTRE ELAS

A advogada Rosangela Moro, mulher do ministro

Sergio Moro, participou de debate com

empreendedoras na casa M.inq, em São Paulo,

na segunda (22). O evento foi organizado pelo

Lide Mulher, pelo escritório Nelson Wilians &

Advogados Associados e pelo shopping Cidade

Jardim, representado por Bruno Astuto, CCO do

Grupo JHSF. A presidente do Instituto NW, Anne

Wilians, a escritora Fabi Saad e a diretora de

marketing da EY, Marly Parra, estiveram lá. O

evento teve abertura feita pela empresária

Clemilda Thomé e contou com pausa para o café.

ORELHA QUENTE

Os governadores do Nordeste vão se reunir em

Salvador, na segunda (29), para divulgar

medidas do consórcio que criaram em março. O

presidente Jair Bolsonaro deve entrar na pauta.

FERVENDO

“Não esperava na vida ver um presidente falar

tanta baixaria”, diz o governador da Bahia, Rui

Costa (PT-BA), antecipando o clima.

OS ELEITOS

Na semana passada, Bolsonaro se referiu aos

“governadores de paraíba” e disse que os do

Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), e da Paraíba,

João Azevêdo (PSB-PB), são “intragáveis”.

NA CABEÇA

“E como um presidente brinca com o tamanho da

cabeça de um ministro para dizer que ele pode

ser do Nordeste?”, segue Rui Costa.

SÓ PODE

Numa live no Facebook, Bolsonaro perguntou ao

ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, se

ele tinha “parente pau-de-arara”. “Com essa

cabeça aí, tu não nega, não”, disse o presidente,

dando uma gargalhada.

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Grupo de Comunicação

PÉ NA ESTRADA

O diretor de teatro Roberto Alvim, que assumirá

a direção do Centro de Artes Cênicas da Funarte,

se reuniu na sexta (19) com integrantes da

produtora Brasil Paralelo, especializada em lançar

filmes sobre história do país com viés de direita.

ESTRADA 2

Do encontro, ele diz que “nascerão projetos

incríveis”. “Estamos pensando na criação do

Brasil Paralelo ao vivo, com palestras, debates e

exibições de filmes, a excursionar pelos teatros

da rede federal”, afirma Alvim.

ABAIXO

Grupos nacionais e internacionais como o

Conselho Nacional de Mulheres Encarceradas

(EUA) e NiUnaMenos (Argentina) assinam carta

pedindo a revogação das prisões de quatro

líderes de movimentos sem-teto detidos em

junho.

ASSINADO

O documento será entregue ao Tribunal de

Justiça de SP nesta terça (23). Segundo a Polícia

Civil, os detidos são suspeitos de extorsão por

cobrarem aluguel em ocupações. O inquérito é

um desdobramento da investigação sobre a

queda do edifício Wilton Paes de Almeida, em

2018.

RUBRICA

Com 212 assinaturas, a carta diz que nenhum

dos presos tem relação com o edifício, que o

inquérito se apoia na “fabricação de relações” e

que as prisões configuram “mais uma violação de

direitos humanos e garantias constitucionais” no

país.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,

GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/07/menores-poderao-viajar-por-sp-

desacompanhados-sem-autorizacao-expressa-da-

justica.shtml

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO Comitê vai monitorar mercado de gás

- Economia - Estadão

BRASÍLIA - Para garantir que o “choque da

energia barata” chegue efetivamente à indústria,

o governo vai passar a monitorar de perto a

adoção das medidas do programa.

Nesta terça-feira, 23, em cerimônia no Palácio do

Planalto, o presidente Jair Bolsonaro vai lançar

oficialmente o programa, que é uma das grandes

apostas para retomar o crescimento. Uma das

medidas a serem anunciadas é a criação, por

decreto, do comitê de monitoramento da

abertura do mercado de gás.

Farão parte representantes dos Ministérios de

Minas e Energia, Economia e Casa Civil, além da

Agência Nacional de Petróleo, Gás e

Biocombustíveis (ANP) e Conselho Administrativo

de Defesa Econômica (Cade).

'Não há nenhuma proposta de revisão unilateral

ou arbitrária dos contratos ou regras

regulatórias', disse Alexandre Manoel.

O grupo deverá elaborar relatórios trimestrais

sobre o andamento do programa. Caberá ao

comitê assegurar a efetividade das medidas e

dos prazos pela Petrobrás e pelas agências

estaduais. Também será tarefa do colegiado

propor ações adicionais e complementares – caso

os resultados estejam aquém do esperado pelo

governo.

De acordo com o secretário de Planejamento,

Energia e Loteria do Ministério da Economia,

Alexandre Manoel, o comitê vai avaliar se as

medidas levaram ao aumento da concorrência no

setor e da oferta de gás a preços mais baixos.

“O comitê vai monitorar de perto se as medidas

estão sendo implementadas, se está tendo mais

concorrência, se há mais empresas

comercializando gás e se o preço está

diminuindo”, afirmou ao Estadão/Broadcast.

Na avaliação dele, a presença do Cade no comitê

é fundamental, pois foi o órgão que assinou os

acordos com a Petrobrás para que a empresa

saia dos setores de transporte e distribuição.

Para o secretário, uma das vantagens é que a

companhia já havia demonstrado interesse

estratégico em focar na exploração e produção

em águas profundas – algo que converge com a

visão do governo para o setor.

Para o presidente da Associação Brasileira de

Grandes Consumidores (Abrace), Paulo Pedrosa,

a criação do comitê demonstra o

comprometimento do governo com o programa.

“Isso sinaliza que as escolhas em nossa

economia serão feitas com racionalidade e

promoção da competição”, disse.

Contratos

Alexandre Manoel garantiu que o programa não

prevê a quebra contratos firmados entre Estados

e distribuidoras e não tem nada a ver com a

Medida Provisória 579/2012, que reduziu o preço

da energia em 20% no governo da ex-presidente

Dilma Rousseff. “A MP 579 foi uma agressão às

regras contratuais estabelecidas junto ao setor

privado. Foi uma infeliz intervenção estatal, cujos

custos são pagos até hoje pela sociedade

brasileira”, disse.

Também segundo ele, o programa respeita a

autonomia dos Estados e os incentiva a

modernizar sua regulação para atrair mais

investimentos e gerar emprego, renda e

arrecadação. As práticas propostas visam

incentivar a eficiência no investimento e na

operação e manutenção da malha.

Quanto mais práticas forem adotadas, maior será

a contrapartida do governo federal – como

empréstimos com garantia do Tesouro e acesso a

recursos do Fundo Social do Pré-Sal. Os recursos

poderão ser usados para indenizar as

distribuidoras na renegociação dos contratos.

“Não há nenhuma proposta de revisão unilateral

ou arbitrária dos contratos ou regras

regulatórias. Os incentivos provisionados pelo

governo federal respeitam a competência que a

Constituição delegou aos Estados de

regulamentar a prestação de serviço de

distribuição do gás”, disse. “Mas a decisão final é

dos governos estaduais e distrital.”

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,c

omite-vai-monitorar-mercado-de-

gas,70002933329

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Grupo de Comunicação

Atenta a consumidor, UPL investe em

controle biológico

Coluna do Broadcast

A gigante indiana de agroquímicos UPL, quinta

maior do setor no mundo após a compra da

americana Arysta LifeScience, em 2018, decidiu

entrar no jogo já disputado por alguns de seus

concorrentes, como a Syngenta. Ciente da

crescente cobrança do consumidor quanto à

segurança dos alimentos, aproveitou a integração

com as operações da Arysta para passar a

oferecer, em conjunto, produtos de controle

biológico e químico e tecnologias digitais para

combate de pragas e doenças nas lavouras.

Até então, a venda era separada e feita por

diferentes equipes comerciais. A estratégia

prevê, ainda, o investimento de US$ 200

milhões, nos próximos cinco anos, em pesquisa

de soluções nessas três vertentes e em nutrição

vegetal, conta à coluna Fábio Torretta, presidente

da UPL no Brasil. “Aproveitamos a aquisição para

redesenhar a companhia”, continua. “Temos feito

mais de mil ensaios por ano explorando a

sinergia entre agroquímicos e biológicos.” O

executivo planeja, além disso, a expansão da

linha de produção de biológicos dentro de um

ano e as de herbicidas e fungicidas, em dois ou

três.

Menina dos olhos.

O Brasil, que já é o principal mercado da UPL,

terá relevância cada vez maior. Hoje o País

representa 20%, ou US$ 1,07 bilhão, do

faturamento global de US$ 5 bilhões, seguido da

Índia. No mercado interno, a companhia situa-se

em quinto lugar. Em três anos, Torretta projeta

subir ao terceiro posto, alcançando receita de

US$ 1,5 bilhão em 2022.

Nova China.

Ter bases na Índia favorece a operação da UPL

no Brasil, pois é naquele país que ela obtém a

maior parte das matérias-primas de que precisa.

Isso elimina a dependência da China, principal

fornecedor de insumos para agroquímicos, mas

que fechou diversas fábricas após adotar

fiscalização ambiental mais rígida. Além disso, a

Índia tem preocupação com segurança alimentar

e interesse na produção brasileira. “Temos um

projeto incipiente e grande de fornecer alimentos

para lá”, diz Torreta.

Parceiros e concorrentes.

Para atender à demanda por carne bovina da

União Europeia após o acordo UE-Mercosul e não

perder espaço para os vizinhos concorrentes, o

Brasil deve focar em aumento da produção e na

qualidade, defende Nabih Amin El Aouar,

presidente da Associação dos Criadores de Nelore

do Brasil. “O volume reservado ao Mercosul pela

UE é de 99 mil toneladas de carne/ano, fora da

Cota Hilton, que o Brasil não atende

completamente”, conta. “Se não nos

movimentarmos, Argentina e Uruguai dominarão

os embarques.”

Carne em massa.

Aouar também se preocupa com a China. Ele diz

que, se os chineses passarem a comer 2 quilos

de carne a mais/ano, o Brasil terá de exportar,

só para lá, o dobro do que já vende ao mundo.

Ele espera que, com a viagem do presidente Jair

Bolsonaro à China, em agosto, mais 25 unidades

frigoríficas sejam habilitadas.

Apostas.

A exoneração de Sebastião Barbosa do cargo de

presidente da Embrapa, na semana passada, e os

possíveis sucessores foram assunto em grupos

de WhatsApp do agronegócio. A notícia, diz fonte

do setor, já era esperada, pelo desejo do

governo de ter à frente da Embrapa alguém mais

próximo – Barbosa foi escolhido por Michel

Temer. Entre os nomes cogitados, surgiram o de

Pedro de Camargo Neto, vice-presidente da

Sociedade Rural Brasileira, Xico Graziano, ex-

secretário de Agricultura de SP, e Luis Carlos

Guedes Pinto, ex-ministro da Agricultura.

Cadê?

A MP que deve viabilizar a emissão de

Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA)

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Grupo de Comunicação

referenciados em dólar, prometida pelo Ministério

da Agricultura para os dias seguintes ao

lançamento do Plano Safra 2019/20, no meio de

junho, ainda não tem data de publicação.

Conforme a assessoria do Ministério da

Agricultura, o texto de consenso entre a pasta e

o Ministério da Economia seguiu para a Casa Civil

na última quarta-feira (17). “São 12 equipes do

governo trabalhando na MP. Para esta semana, é

pouco provável”, diz uma fonte. Os CRAs em

dólar ainda não vingaram, entre outras razões,

por causa da regra atual de tributação da

variação cambial.

Em bando.

A gaúcha SkyDrones, empresa brasileira que

produz drones para pulverização de

agroquímicos, vai lançar em 30 de julho, em

Sertãozinho (SP), um sistema pelo qual vários

drones podem operar ao mesmo tempo,

conectados. O objetivo é atender grandes

lavouras, já que um equipamento, sozinho,

consegue pulverizar apenas 20 hectares/dia –

ante até 600 hectares por um avião agrícola. O

projeto é parceria com a israelense SkyX, que

entra com o software responsável por fazer os

equipamentos “conversarem” sobre localização,

obstáculos na área e outras informações.

Cirúrgica.

Com a novidade, será possível fazer a

“pulverização de catação”, na qual drones voam

até os talhões com falhas na aplicação ou focos

de pragas e usam o produto só no local. O

alemão Ulf Bogdawa, CEO da SkyDrones,

acredita que no primeiro ano serão vendidos em

torno de 100 sistemas, com dois ou três drones

cada.

Fast food.

A primeira fábrica de batatas pré-fritas e

congeladas da McCain no Brasil será construída

em Araxá (MG), diz à coluna Aluizio Neto,

diretor-geral da McCain no Brasil. A companhia,

líder mundial na produção do alimento, aplicará

US$ 100 milhões na unidade, a ser inaugurada

no 1.º semestre de 2021. Assim, a empresa

reforça a estratégia de expansão no Brasil – após

ter adquirido 49% da Forno de Minas em 2018 e

70% da Serya.

Colaboraram Augusto Decker E Tânia Rabello

https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-

do-broad/atenta-a-consumidor-upl-investe-em-

controle-biologico/

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Grupo de Comunicação

Preservar a Amazônia é mais do que uma

questão de ativismo: é um negócio muito

rentável

Amcham Brasil

O desafio hoje na preservação da Amazônia é

criar uma nova mentalidade de exploração

baseada em serviços da floresta. “Falta política

pública, sim, de precificar o valor da floresta em

pé. A partir do momento que você coloca um

valor nisso, as pessoas passam a fazer conta”,

afirma o Sócio de Serviços de Sustentabilidade

da KPMG, Ricardo Zibas.

Serviços ambientais ecossistêmicos envolvem

temas como oferta de água, regulação do clima e

manutenção da fertilidade do solo. Também há

serviços que podem ser precificados, como o

impacto na saúde, turismo e biodiversidade.

Na visão de Zibas, o tema principal é mudar o

pensamento de políticas de precificação de

insumos florestais. “Existem ativos, como a água,

que achamos erroneamente que são de graça.

Então quando começarmos a mudar esse

mindset, será possível realmente calcular o

potencial”, comenta.

Em junho deste ano, o Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou aumento de

88% no desmatamento da Amazônia

comparando com o mesmo período em 2018.

Isso porque, na visão de Zibas, existe uma

precificação errada da floresta em pé. “No fim do

mês, não há preocupação com a preservação e

questões de longo prazo, preocupa-se em fechar

as contas”, declara.

Ele acrescenta também que hoje são abordadas

questões erradas sobre a monetização dos

serviços ecossistêmicos: “Quanto vale preservar

uma nascente? Quanto vale manter, por

exemplo, uma floresta nativa na sua

propriedade? Isso, hoje, na verdade é só ônus”.

Como alternativa aos negócios de deflorestação,

o Diretor Executivo do Centro de

Empreendedorismo da Amazônia, Raphael

Medeiros, sugere a inserção da inovação na

floresta. “Desta forma, podemos mostrar que é

possível ganhar dinheiro com ela [a Amazônia]

de pé”, explica.

Assim, o Centro de Empreendedorismo da

Amazônia está criando uma aceleradora de

negócios da floresta biodiversidade. “Uma

empresa que vai colocar dinheiro (tíquete médio

de 50 a 200 mil reais) – podendo ser até mais –

em startups ligadas à floresta ou biodiversidade,

encorajando-as a alcançar mercados dentro ou

fora do Brasil”, conta Medeiros.

A aceleradora está prevista para começar no

segundo semestre e, segundo o executivo, já

existem investidores fora da Amazônia que

acenaram positivamente na procura de ideias de

negócio local em favor da riqueza da região.

Hoje, o Centro de Empreendedorismo da

Amazônia apoia a formulação de políticas

públicas favoráveis à promoção dos negócios

sustentáveis com foco na área rural da Amazônia

e promove e articula esses negócios.

Números falam mais que mil palavras

Além de valor ecológico, a floresta em pé tem

mais potencial econômico. Pode promover

extrativismo de frutos e fármacos que ainda

estão por ser descobertos. Isso vai impulsionar o

desenvolvimento de 25 milhões de pessoas da

região norte.

Segundo pesquisas do economista Bernardo

Strassburg, diretor do Instituto Internacional

para a Sustentabilidade e professor da PUC-Rio,

um hectare de floresta em pé na Amazônia

presta rende serviços precificados em R$ 3.500

por ano. O mesmo hectare desmatado para a

pecuária daria um lucro de R$ 60 a R$ 100 por

ano.

Se usado para soja, o valor será de R$ 500 a R$

1 mil por ano. Outros serviços que podem ser

precificados, mas não estão nesse cálculo, são o

impacto na saúde, o turismo e a biodiversidade

em si. Cerca de 40% dos produtos farmacêuticos

dependem da riqueza biológica desses biomas

brasileiros.

Segundo a presidente do Conselho Empresarial

Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável

(CEBDS), Marina Grossi, a precificação dos

serviços ambientais é necessária. Ela afirma que

há 15 milhões de hectares de pastagens na

Amazônia que foram degradadas. É um número

mais que suficiente para aumentar a

produtividade da agricultura. “Hoje se pode

manter a floresta e produzir. Pode-se integrar

pecuária com lavoura”, declara.

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Grupo de Comunicação

Extrair sem destruir

Atuando em parceria com diversas comunidades

produtoras em diversas regiões da Amazônia, a

Natura compra óleos essenciais e óleos fixos

como insumos para suas linhas de sabonetes e

perfumaria, tendo inclusive estabelecido uma

fábrica de sabonetes, massa base e essências.

“Os recursos, de fato, ficam na região pela

movimentação dessa nova economia de floresta

em pé”, menciona a gerente de sustentabilidade

da Natura, Luciana Villa Nova.

O projeto da empresa para a Amazônia tem o

objetivo movimentar R$ 1 bilhão em volume de

negócios – que inclui a compra de insumos e

matéria-prima, os investimentos na comunidade,

os investimentos na fábrica e em parceiros e

contratação de mão de obra local – até 2020.

Segundo Luciana, essa meta já foi batida. “já

estamos em R$ 1,5 bilhões com 4,8 mil famílias

beneficiadas com o intuito de chegar a 10 mil”,

explica.

O trabalho da empresa envolve o

desenvolvimento de toda a cadeia de

fornecimento extrativista, gerando renda,

capacitação e empoderamento nas mesmas.

Modelos de sistemas agroflorestais também estão

sendo implantados na Amazônia como forma de

aumentar a produtividade de fornecedores

minimizando o impacto ambiental da produção.

Em 2009, a Natura ganhou o Prêmio ECO na

antiga categoria Modelo de Negócios pelo projeto

de Engajamento de Públicos-Chave na

Biodiversidade. O objetivo da iniciativa era

conhecer o efeito ambiental da produção e definir

estratégias de neutralização dos efeitos do

carbono.

https://economia.estadao.com.br/blogs/ecoando/

preservar-a-amazonia-e-mais-do-que-uma-

questao-de-ativismo-e-um-negocio-muito-

rentavel/

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Grupo de Comunicação

Bunge e BP se unem e vão disputar a vice-

liderança em açúcar e álcool no País

Com 11 usinas em 5 Estados, BP Bunge

Bioenergia brigará pelo segundo lugar com a

Biosev e a Atvos, da Odebrecht; múltis entraram

no setor no início dos anos 2000 e, após

tentativas de vendas por causa da crise do

etanol, resolveram juntar operações

Mônica Scaramuzzo e Augusto Decker, O Estado

de S.Paulo

A gigante do agronegócio Bunge e a petroleira BP

anunciaram nesta segunda-feira, 22, a criação de

uma nova empresa na qual atuarão juntas na

produção de açúcar e etanol no Brasil. Foi a saída

que as duas companhias encontraram para

ganhar competitividade no setor, que está em

crise há quase dez anos. Na BP Bunge

Bioenergia, ambas dividirão o controle, com 50%

de participação cada.

A nova companhia terá 11 usinas (8 da Bunge e

3 da BP) em cinco Estados e vai disputar palmo a

palmo a vice-liderança neste setor. A maior

empresa da área é a Raízen (joint venture entre

os grupos Cosan e Shell), com capacidade de

moagem de cana-de-açúcar superior a 60

milhões de toneladas anuais. A nova empresa

terá capacidade para 32 milhões de toneladas,

alcançando a Biosev, da rival Louis Dreyfus, e a

Atvos, do grupo Odebrecht. A produção anual de

etanol pode chegar a 1,5 bilhão de litros e a de

açúcar, a 1,1 milhão de toneladas.

Em comunicado, os dois grupos informaram que

a sede da nova companhia deve ficar em São

Paulo. O presidente será Geovane Consul, da

Bunge, e Mario Lindenhayn, da BP, ficará no

comando do conselho de administração da

empresa. Ambas as companhias terão

representação igual no conselho de

administração.

Acordo

Com a joint venture, a Bunge receberá US$ 775

milhões pela operação, dos quais US$ 700

milhões são “relativos à dívida sem recurso da

Bunge a ser assumida pela união das empresas

no fechamento da operação” e US$ 75 milhões

da BP. Além disso, a Bunge não vai mais

consolidar suas operações de açúcar e bioenergia

no Brasil em demonstrações financeiras

consolidadas.

Uma das maiores empresas globais do

agronegócio, a Bunge estava tentando há pelo

menos cinco anos se desfazer de suas unidades

de açúcar e etanol, segundo fontes a par do

assunto. A companhia faz parte do grupo de

tradings chamado ABCD, ao lado das gigantes

ADM, Cargill e Louis Dreyfus. Todas entraram no

setor sucroalcooleiro no País, mas foram

reduzindo sua exposição ao segmento. A Bunge

fez sua estreia no setor em 2006 e, quatro anos

mais tarde, adquiriu o grupo Moema, ficando

entre as cinco maiores do País.

A British Petroleum também entrou no setor com

a compra da usina Tropical Energia, em parceria

com o produtor de grãos Jorge Maeda (que

vendeu posteriormente sua fatia). A companhia

adquiriu outras duas usinas.

Competitividade

Para Plinio Nastari, presidente da Datagro, uma

das principais consultorias de açúcar e etanol do

Brasil, a união entre Bunge e BP trará ganhos

para as duas companhias. Além da redução de

custos, a nova empresa deverá se beneficiar da

distribuição do biocombustível a partir do

terminal da BP em Paulínia (SP).

Entre 2003 e 2010, o setor sucroalcooleiro

passou por um forte movimento de consolidação,

impulsionado pela alta no preço do petróleo e o

maior consumo de álcool. O etanol voltou a

ganhar relevância no início dos anos 2000, com o

avanço dos carros flex (gasolina e etanol). Foi

nesse período que grupos estrangeiros entraram

no setor com mais peso – além da Bunge, rivais

como Cargill e Dreyfus (dona da Biosev) e

conglomerados nacionais, como Odebrecht,

fizeram sua estreia no setor. Com investimentos

bilionários, inflacionaram os preços dos ativos

àquela época, mas muitos foram ficando pelo

caminho, por conta das pesadas dívidas.

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Grupo de Comunicação

Agravamento da crise

No governo de Dilma Rousseff, as usinas

passaram a enfrentar sua maior turbulência, com

o controle dos preços dos combustíveis, afirma

Plínio Nastari. Mas não foi somente o controle de

preço dos combustíveis que abateu os principais

grupos.

A Atvos (do grupo Odebrecht), por exemplo,

também foi contaminada pelas dificuldades

financeiras de seus controladores, que tiveram

envolvimento da Lava Jato. Em seu período de

auge, o setor chegou a quase 450 usinas, mas

mais de cem foram fechadas.

Planos da empresa

A BP Bunge Bioenergia terá como objetivo o

investimento na renovação dos canaviais e a

ampliação da capacidade utilizada das usinas no

Brasil.

Segundo Geovane Consul, executivo da Bunge,

que será presidente da nova empresa, num

primeiro momento a estratégia será investir em

canaviais para aumentar o aproveitamento das

11 usinas. “Hoje as duas empresas combinadas

têm 90% de capacidade utilizada”, disse.

Segundo Mario Lindenhayn, executivo da BP

Biocombustíveis que assumirá o conselho

administrativo, BP e Bunge compartilham uma

visão de demanda crescente por etanol no Brasil.

“Ambas investiram continuamente nos últimos

anos, quando o mercado não investiu tanto.”

Uma eventual abertura de capital da joint

venture está no radar. “É uma possibilidade, mas

o objetivo da gestão vai ser a integração das

empresas, obtenção de sinergias e a elaboração

de um plano de negócios que gere caixa”, disse

Consul. /COLABOROU LETÍCIA PAKULSKI

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

bunge-e-bp-criam-joint-venture-de-acucar-e-

bioenergia-no-brasil,70002932266

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53

Grupo de Comunicação

Eliane Cantanhêde: ‘Paraíbas’ e ‘melancias’

Bolsonaro contra institutos, governadores,

conselhos, fundações e mais um general

Nas democracias, líderes políticos e governantes

devem ter relações institucionais e ampliar

contatos, interlocutores e aliados. O presidente

Jair Bolsonaro faz justamente o oposto: ele

parece determinado a confrontar e irritar todo

mundo que não pensa exatamente igual a ele.

Uns são “paraíba”, outros são “melancia”, e só

ele sabe o que é bom para o País. Isso não soma,

só divide e acirra os ânimos.

Depois de usar um termo pejorativo contra

nordestinos e dizer que “não é para dar nada” ao

governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),

Bolsonaro não se contentou com a reação em

bloco dos governadores da região – a mais

oposicionista do País – e foi cutucar Rui Costa, da

Bahia. O que seria uma festa de inauguração de

aeroporto, hoje, em Vitória da Conquista, virou

motivo de guerra.

Na versão do governador, que é do PT, Bolsonaro

“excluiu o povo” e transformou a festa numa

“reunião político-partidária” com os seus

apoiadores, com uma claque organizada. De 300

convites, só 70 teriam sido para o governo local.

Rui Costa decidiu não ir e gravou um vídeo de

desagravo.

Bolsonaro também partiu para cima do general

da reserva Luiz Rocha Paiva, que considerou

“antipatrióticas e incoerentes” suas

manifestações sobre os nordestinos. Segundo o

presidente, na tréplica, o general não passa de

um “melancia”. Sabem o que é isso? É um militar

com a farda verde por fora e alma vermelha por

dentro. Ou seja, um militar de esquerda. Ou o

general se irritou ou deve ter dado muita

gargalhada. E não só ele...

O diretor do Inpe, Ricardo Galvão, é outro que

entrou na mira e não abaixou a cabeça. Depois

de desqualificado publicamente por Bolsonaro,

como se estivesse “a serviço de ONGs”, ele

avisou ao Estado que não vai se demitir e

classificou a atitude do presidente de “pusilânime

e covarde”. E o que será que a Ancine e a turma

ativa e organizada do cinema andarão

aprontando para se defender dos ataques

palacianos?

As investidas do presidente, porém, não param

por aí e agora não são mais só de tempos em

tempos, mas de horas em horas. Ontem, ele

voltou as baterias novamente para os conselhos,

tão essenciais para a troca de experiência, o

debate, o contraditório e, principalmente, a

definição de políticas públicas. E atingiu um em

cheio: o de políticas sobre drogas, o Conad.

O Supremo já decidiu em junho, por

unanimidade, mas provisoriamente, que o

presidente não pode extinguir por decreto

conselhos que foram criados por lei, ou seja, com

aval do Congresso. Mas Bolsonaro manteve

exatamente o mesmo discurso de antes,

avisando que vai enxugar os conselhos e

extinguir “a maioria” deles. É até possível que

haja excesso de conselhos, mas o corte de

Bolsonaro tem motivação particular: é um corte

ideológico.

Detalhe: ele é o presidente que mais governa via

decretos, só atrás (ainda) de Collor. Decretos

entram em vigor imediatamente, dispensando

aval de Câmara e Senado. Têm, pois, menos

força do que projetos de lei. E são mais

autoritários.

Após submeter o ministro Sérgio Moro ao

constrangimento de desconvidar a pesquisadora

Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política

Criminal e Penitenciária, Bolsonaro acaba de

excluir do Conad os especialistas que lidam com

drogas no cotidiano: jurista, médico, psicólogo,

assistente social, enfermeiro, educador e

cientista. Um espanto!

É assim que, depois do Inpe, Ancine, IBGE,

FioCruz, Ibama, ICMBio, Funai e universidades,

Bolsonaro atrai contra si chuvas e trovoadas da

OAB, da Sociedade Brasileira para o Progresso da

Ciência (a emblemática SBPC) e dos conselhos de

Medicina, Psicologia, Serviço Social, Enfermagem

e Educação. Já imaginou se o saque do FGTS for

só de R$ 500, conforme antecipou o Estado?

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,par

aibas-e-melancias,70002933405

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Grupo de Comunicação

Especialistas defendem dados de

monitoramento da Amazônia divulgados

pelo Inpe

Bolsonaro disse que quer ter acesso prévio aos

índices de desmate para não ser 'pego de calças

curtas'

Giovana Girardi e Gilberto Amendola, O Estado

de S.Paulo

SÃO PAULO - A comunidade científica do Brasil e

especialistas em sensoriamento remoto e

avaliação do desmatamento vem se

manifestando desde domingo em defesa dos

dados divulgados pelo Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe). E da transparência

dessa informação como a melhor forma de

combater o problema.

Nesta segunda-feira, 22, o presidente Jair

Bolsonaro afirmou que quer acesso aos dados de

desmatamento da Amazônia antes de eles serem

divulgados para não ser “pego de calças curtas”.

Ele criticou o que considera uma quebra de

“hierarquia e disciplina” e voltou a dizer que a

divulgação das informações pode causar um

“enorme estrago para o Brasil”.

A declaração foi dada em meio a uma série de

críticas que o presidente tem feito desde sexta-

feira ao Inpe, órgão ligado ao Ministério da

Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e

responsável, entre outras coisas, por monitorar o

desmatamento na Amazônia e oferecer a taxa

oficial de perda anual da floresta.

“Os dados do Inpe são respeitados e

inquestionáveis. É consenso na comunidade

internacional de que o sistema de monitoramento

da Amazônia é de excelência”, comentou o

pesquisador Gilberto Câmara, ex-diretor do Inpe

(entre 2006 e 2013) e hoje diretor do

secretariado do Grupo de Observações da Terra

(GEO).

O GEO é um organismo intergovernamental,

ligado às Nações Unidas, de uso de dados de

observação da Terra para monitoramento das

condições do planeta. Basicamente todo mundo

que trabalha com imagens de satélites está

reunido ali. “O respeito a essas informações se

dá justamente porque são abertas e podem ser

checadas por outras instituições internacionais.”

"Os países que contribuem com o Fundo

Amazônia entendem os dados do Inpe como a

referência (para atestar se o desmatamento caiu)

e para pagar pelos resultados", complementou

Câmara. "Sem um dado oficial de credibilidade

para atestar a situação do combate ao

desmatamento na Amazônia, como o Fundo

Amazônia poderá ter continuidade?", questiona o

pesquisador.

Câmara lembrou que o trabalho do Inpe em

monitorar o desmatamento surgiu em 1988

depois que o Banco Mundial divulgou um

relatório alertando que o Brasil estava

desmatando cerca de 80 mil km2 por ano. "Foi aí

que o Prodes começou a verificar e calculou algo

em torno de 20 mil km2. Ainda assim era

altíssimo, mas 1/4 do que o governo estava

falando", conta. "Se o governo parar com os

dados do Inpe, quem vai ter credibilidade para

contestar qualquer outro dado que surgir lá

fora?"

O pesquisador Raoni Rajão, da Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG), que trabalha

com sensoriamento remoto, lembra que houve

tentativas de outros presidentes de controlar a

regularidade de publicação dos dados do Inpe em

momentos de crise. “Nos anos 1990 e até o início

dos anos 2000, a divulgação dos dados era mais

restritiva. Passavam pela presidência e, inclusive,

pela área militar do governo. É uma queda de

braço que não é inédita”, afirma.

“Mas hoje o Inpe é reconhecido

internacionalmente como fonte confiável de

dados por causa de sua transparência”, diz o

cientista. Para ele, levar a medida adiante é jogar

fora um trabalho de décadas. “Como

consequência, o mercado buscará outras fontes

de dados produzidas por ONGs ou instituições

estrangeiras poderão se tornar o novo parâmetro

para julgar o desmatamento no Brasil.”

"Assim como os dados de todos os

levantamentos do IBGE, dados de

monitoramento de desmatamentos nos biomas

brasileiros devem ser divulgados publicamente,

pois podem guiar políticas públicas de controle de

desmatamentos ilegais - que são a grande

maioria na Amazônia - e também orientar o setor

privado responsável", comentou o climatologista

Carlos Nobre, um dos principais especialistas em

mudanças climáticas do País.

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Grupo de Comunicação

"Em ciência, os dados podem ser questionados,

porém sempre com argumentos científicos

sólidos, e não por motivações de caráter

ideológico, político ou de qualquer outra

natureza. Desmerecer instituições científicas da

qualificação do Inpe gera uma imagem negativa

do País e da ciência que é aqui realizada.

Reafirmamos nossa confiança na qualidade do

monitoramento do desmatamento da Amazônia

realizado pelo Inpe, conforme a carta

anteriormente enviada ao Presidente da

República, e manifestamos nossa preocupação

com as ações recentes que colocam em risco um

patrimônio científico estratégico para o

desenvolvimento do Brasil e para a soberania

nacional", destacou a Sociedade Brasileira para o

Progresso da Ciência (SBPC), em manifesto

apresentado no domingo.

A Sociedade Brasileira de Física (SBF) também

divulgou nota em apoio ao Inpe e a seu diretor,

Ricardo Galvão. "O presidente colocou em

dúvida, de forma leviana, não apenas os dados

científicos obtidos pelo Inpe como também a

idoneidade do seu diretor, Ricardo Galvão." Na

sexta-feira, Bolsonaro disse à imprensa

estrangeira que os dados que vêm mostrando

alta no desmatamento são “mentirosos” e que

Galvão está “a serviço de alguma ONG”.

Em nota divulgada em seu site, a SBF lembrou

que "as atividades experimentais sempre foram

um ponto forte do Inpe", que "trabalha em

colaboração com a Nasa e outras organizações

nacionais e estrangeiras". A entidade destaca que

"a história de grandes iniciativas do Inpe traduz a

sua capacidade em dar respostas científicas às

demandas da sociedade e dos desafios científicos

e tecnológicos".

Quanto a Galvão, a SBF disse que "questionar

sua postura ética é não apenas um ataque a

todos os pesquisadores altamente qualificados no

Inpe, mas também um ataque à ciência e

tecnologia no Brasil. Somam-se a esta declaração

irresponsável do presidente os recentes ataques

às universidades públicas e os recentes cortes de

recurso para educação, ciência e tecnologia no

Brasil".

A sociedade disse ainda que "de fato, o

desmatamento da Amazônia traz um grande

prejuízo para a imagem do Brasil no exterior".

Mas, na visão da SBF, "este desgaste não será

revertido com a omissão na divulgação de dados

científicos, mas sim através de políticas de

desenvolvimento sustentável para a região, que

preservem a Amazônia para as futuras gerações

de brasileiros. Atribuir este problema

internacional à obtenção e divulgação das

informações pelo Inpe é como tentar curar a

febre quebrando o termômetro."

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,especialistas-defendem-dados-de-

monitoramento-da-amazonia-divulgados-pelo-

inpe,70002933421

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro quer acesso prévio a dados sobre

desmatamento para 'não ser pego de calças

curtas'

Presidente contesta pela terceira vez dados de

desmatamento do instituto e cobra 'mais

responsabilidade' na divulgação dos números

Giovana Girardi, O Estado de S. Paulo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta

segunda-feira, 22, que quer acesso aos dados de

desmatamento da Amazônia antes de eles serem

divulgados para não ser “pego de calças curtas”.

Ele criticou o que considera uma quebra de

“hierarquia e disciplina” e voltou a dizer que a

divulgação das informações pode causar um

“enorme estrago para o Brasil”. Os dados,

porém, já são divulgados pelo órgão de

monitoramento, o Inpe, em tempo real para o

governo, para orientar as ações de fiscalização, e

ficam disponíveis na internet.

A declaração foi dada em meio a uma série de

críticas que o presidente tem feito desde sexta-

feira ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência,

Tecnologia, Inovações e Comunicações e

responsável, entre outras coisas, por monitorar o

desmatamento na Amazônia e oferecer a taxa

oficial de perda anual da floresta.

Na sexta, Bolsonaro disse à imprensa estrangeira

que os dados que vêm mostrando alta no

desmatamento são mentirosos e que o diretor do

Inpe, Ricardo Galvão, estaria "a serviço de

alguma ONG". A manifestação ocorreu em razão

de reportagens que, citando dados do instituto,

apontaram para alta de 88% no desmate em

junho, ante o mesmo mês do ano anterior.

No sábado, foi confrontado por Galvão, que disse

ao Estado considerar a atitude do presidente

“pusilânime e covarde”. O pesquisador afirmou

que Bolsonaro fez comentários “sem nenhum

embasamento” e “ataques inaceitáveis” e o

desafiou a repetir os comentários olhando nos

olhos dele. O imbróglio continuou no domingo,

quando Bolsonaro afirmou que divulgar dados

“alarmantes” de desmatamento “prejudica” o

País.

A comunidade científica saiu em defesa tanto do

Inpe e dos dados produzidos pela instituição

quanto de Ricardo Galvão. A Sociedade Brasileira

para o Progresso da Ciência (SBPC) encaminhou

uma carta a Bolsonaro apontando que houve

"críticas sem fundamento a uma instituição

científica, que atua há cerca de 60 anos e com

amplo reconhecimento no País e no exterior" e

disse que são "ofensivas, inaceitáveis e lesivas ao

conhecimento científico".

Nesta segunda, Bolsonaro retomou as críticas e

cobrou acesso prévio às estatísticas de

desmatamento. “Pode divulgar os dados, mas

tem de passar para as autoridades. Não posso

ser surpreendido por uma informação tão

importante como essa daí. Não posso ser pego

de calças curtas. As informações têm de chegar

ao nosso conhecimento de modo que a gente

possa tomar decisões precisas em cima dessas

informações e não ser surpreendido”, afirmou, ao

ser questionado sobre se tinha intenção de reter

os dados.

Segundo ele, é necessário que os dados passem

primeiro pelo ministro da Ciência e Tecnologia,

Marcos Pontes. “Quando o Inpe detecta um

número qualquer, tem de subir esses dados para

o ministro Marcos Pontes, da Ciência e

Tecnologia, antes passando pelo Ibama, antes de

divulgar. Não pode ir na ponta da linha alguém

simplesmente divulgar esses dados. Porque pode

haver um equívoco. E nesse caso, como

divulgou, há enorme estrago para o Brasil. A

questão ambiental, o mundo todo leva em

conta”, disse em relação ao acordo Mercosul-

União Europeia e a acordos bilaterais. A agenda

ambiental do presidente tem sido alvo de

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Grupo de Comunicação

atenção internacional. Em junho, a chanceler

alemã, Angela Merkel, disse que gostaria de ter

uma “conversa clara” com Bolsonaro sobre

perdas na Amazônia.

“O chefe do Inpe será ouvido pelos ministros,

para conversar com ele, para que isso não

continue acontecendo”, disse. “É o mesmo que

um cabo passar uma notícia sem passar pelo

capitão, coronel ou brigadeiro. Não está certo

isso aí.”

Mais cedo, Pontes já havia endossado o chefe.

Em nota, disse que compartilha a “estranheza”

de Bolsonaro quanto à variação dos dados e

pediu um “relatório técnico completo” sobre os

últimos dois anos de análises. Também afirmou

que convidou Galvão para “esclarecimentos e

orientações”.

"Com relação aos dados de desmatamento

produzidos pelo Inpe, organização pelo qual

tenho grande apreço, entendo e compartilho a

estranheza expressa pelo nosso presidente

Bolsonaro quanto à variação porcentual dos

últimos resultados na série histórica”, escreveu o

ministro.

O Estado apurou que uma das possibilidade

avaliadas pelo ministério é uma demissão por

justa causa, caso se considere que Galvão agiu

para prejudicar a imagem do Brasil. O

pesquisador tomou posse no Inpe em setembro

de 2016 para um mandato de quatro anos.

Dados públicos

Procurado pelo Estado nesta segunda, o diretor

do Inpe voltou a dizer que “não existe isso de

divulgarmos os dados”. Eles são apresentados de

modo transparente no site Terrabrasilis, do Inpe,

depois que são encaminhados para o Ibama.

“Mandamos os dados do Deter (sistema de

detecção em tempo real) para o Ibama. Os dados

do Prodes (sistema que aponta a taxa anual, e

oficial, de desmatamento) são sempre mandadas

com antecedência ao ministério antes de

divulgação. Os dados de junho mesmo foram

mandados uma semana antes. Estranho dizerem

que não avisamos”, afirmou Galvão. “Além disso,

temos de cumprir a Lei de Acesso à Informação”,

disse. “E é ingenuidade supor que se pode

esconder esses dados. Os satélites estão todos

em cima. Não tem como embargar”, afirmou

Galvão.

Cientista chefia Inpe desde 2016

Ricardo Galvão foi nomeado diretor do Inpe em

setembro de 2016, na gestão Michel Temer. Ele

iniciou a carreira no órgão federal na década de

1970. Galvão é formado em Engenharia de

Telecomunicações pela Universidade Federal

Fluminense (UFF), doutor em Física de Plamas

Aplicada pelo Instituto de Tecnologia de

Massachussets (MIT). Foi escolhido dentro de

uma lista tríplice elaborada por um comitê de

busca formado por especialistas, a pedido do

Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável

pelo Inpe. Seu mandato é de quatro anos. /

Colaboraram Bruno Moura E Rebeca Ramos

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,bolsonaro-sobre-inpe-e-o-mesmo-que-um-

cabo-passar-noticia-sem-passar-pelo-

capitao,70002932805

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Grupo de Comunicação

Ministro da Ciência endossa Bolsonaro e

questiona Inpe sobre dados de

desmatamento

Três dias após o início da polêmica entre

Bolsonaro e o instituto de pesquisa, Marcos

Pontes disse, em nota, que compartilha a

"estranheza" do presidente quanto aos dados e

que convocou o diretor do Inpe a prestar

esclarecimentos

Giovana Girardi

Três dias após o início das contestações do

presidente Jair Bolsonaro sobre os dados

apresentados pelo Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) do desmatamento da

Amazônia, o ministro da Ciência, Tecnologia,

Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, se

manifestou no início da tarde desta segunda-

feira, 22, endossando o chefe.

Ele disse que compartilha a “estranheza” de

Bolsonaro quanto à variação dos dados e pediu

um “relatório técnico completo” sobre os últimos

dois anos de análises. Também afirmou que vai

cobrar um posicionamento do diretor do Inpe,

Ricardo Galvão.

“Com relação aos dados de desmatamento

produzidos pelo Inpe, organização pelo qual

tenho grande apreço, entendo e compartilho a

estranheza expressa pelo nosso presidente

Bolsonaro quanto à variação percentual dos

últimos resultados na série histórica”, escreveu o

ministro em nota divulgada pela pasta.

Na última sexta-feira, Bolsonaro, em café da

manhã com jornalistas estrangeiros, disse que os

dados que mostram aumento da perda da

floresta em junho e neste início de julho são

mentirosos. Ele também insinuou que o diretor

do Inpe, Ricardo Galvão, esteja “a serviço de

alguma ONG“.

No dia seguinte, em entrevista ao Estado, Galvão

afirmou que o presidente fez “comentários

impróprios” e “ataques inaceitáveis” que mais

parecem “conversa de botequim” e disse que a

atitude dele foi “pusilânime e covarde“. O

pesquisador ainda desafiou o presidente a repetir

os comentários olhando nos olhos dele e disse

que não pediria demissão.

No domingo, Bolsonaro voltou a criticar os dados,

desta vez dizendo que divulgar dados

“alarmantes” de desmatamento “prejudica” o

País. O presidente jogou a bola para o seu

ministro e disse que Pontes falaria com Galvão. O

Estado vem procurando o ministro desde sexta-

feira, uma vez que o Inpe é subordinado à pasta,

mas só hoje recebeu a nota em resposta.

No texto, Pontes diz que a “contestação de

resultados, assim como a análise e discussão de

hipóteses, são elementos normais e saudáveis do

desenvolvimento da Ciência, suas teorias e

metodologias” e que está solicitando ao Inpe “um

relatório técnico completo contendo os resultados

da série histórica dos últimos 24 meses, assim

como informações detalhadas sobre os dados

brutos, a metodologia aplicada e quaisquer

alterações significativas desses fatores no

período”.

De acordo com a nota, o relatório será analisado

por técnicos do ministério, do próprio Inpe e

também do Ministério do Meio Ambiente.

Segundo Pontes, isso visa à “melhoria continuada

do monitoramento e preservação ambiental,

assim como o aperfeiçoamento das ferramentas

e metodologias empregadas no sistema”.

Sobre as declarações feitas por Galvão à

imprensa, disse: “Embora entenda o contexto do

fator emocional, discordo do meio e da forma

utilizada pelo diretor, visto que não

corresponderam ao tratamento esperado na

relação profissional, especialmente com o chefe

do Executivo do País”. E afirmou que convidou

Galvão a comparecer ao ministério para

“esclarecimentos e orientações”. Segundo o

ministro, “a partir dessa reunião serão definidos

novos passos”.

Na entrevista de sábado ao Estado, Galvão disse

que vinha tentando há três semanas ter uma

audiência com o ministro justamente para falar

sobre os dados do desmatamento, que já tinham

sido questionados anteriormente pelo ministro do

Meio Ambiente, Ricardo Salles.

“Há três semanas mandei um ofício para o

Ministério da Ciência e Tecnologia falando que

polêmicas não ajudavam em nada o Brasil,

inclusive com relação à repercussão

internacional, e propus ao ministro Marcos Pontes

abrir um canal de comunicação com o ministro

Ricardo Salles, com a ministra da Agricultura,

Tereza Cristina, com o general Augusto Heleno

(ministro do Gabinete de Segurança

Institucional), para explicar o que fazemos,

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59

Grupo de Comunicação

oferecer ferramentas para entenderem melhor os

nossos dados e tentar arrefecer esse clima de

disputa que havia”, disse. Segundo ele, não

houve resposta.

Galvão contava, porém, que teria o apoio. “Quero

tirar dessa polêmica algo que ele (Pontes)

sempre declarou, que a questão (dos dados) do

desmatamento da Amazônia é científica e não

política e ele sempre demonstrou confiança nos

dados do Inpe”, disse ao Estado.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a

mbiente-se/ministro-da-ciencia-endossa-

bolsonaro-e-questiona-inpe-sobre-dados-de-

desmatamento/

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60

Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Quem pagará a conta do carro elétrico?

Por Marli Olmos

5-7 minutos

Os fabricantes de veículos decidiram não esperar

pela infraestrutura pública de carregamento de

baterias para lançar carros elétricos no Brasil. A

aposta do setor é que o consumidor com alto

poder aquisitivo se interessará pela novidade e

se dará por satisfeito com os kits oferecidos pelas

montadoras para carregar as baterias em casa.

Dispensará, assim, a necessidade de postos de

carregamento semelhantes aos que existem na

Europa.

Para a pessoa que usa o carro em centros

urbanos, basicamente para ir e voltar do trabalho

e outros trajetos curtos, uma única carga,

calculam os fabricantes, será suficiente para toda

a semana. Em geral, a autonomia de uma bateria

completa permite rodar entre 240 e 300

quilômetros. Assim, quem não percorre mais do

que 50 quilômetros por dia não teria com o que

se preocupar.

Se pensarmos na transformação pela qual o

automóvel vai passar nos próximos anos, a

eletrificação é um caminho sem volta. Trata-se

do primeiro passo para uma série de avanços

tecnológicos que estão a caminho, como veículos

que se moverão sem motorista. Muitas certezas,

mas também muitas dúvidas envolvem o carro

elétrico. Depende de que país estamos falando.

O brasileiro, em geral, entusiasma-se com o

tema. À pesquisa que a Nissan apresentou na

semana passada durante o lançamento do Leaf,

seu modelo 100% elétrico, 56% dos

entrevistados responderam achar que veículos

movidos a eletricidade serão uma realidade no

Brasil num prazo de dez anos. Entre os que

disseram que gostariam de ter um carro assim,

mais de 70% apontaram a preocupação com a

questão ambiental como motivo.

À primeira vista, o apelo do elétrico é, de fato,

fascinante. Um vídeo exibido pela Nissan na

apresentação do Leaf simula um elétrico

circulando na avenida de uma grande cidade do

Japão. Como esse tipo de veículo não faz

nenhum ruído, outros sons começam a ser

notados pelas pessoas, como pássaros cantando.

Quem não gostaria de viver numa cidade assim?

O carro elétrico, no entanto, ainda provoca

grandes discussões em todo o mundo. O preço,

ainda elevado na comparação com outros

veículos, é um dos maiores empecilhos à

produção em massa. Governos de vários países

da Europa e os Estados Unidos oferecem bônus

ao consumidor que trocar seu carro convencional

por um eletrificado. Na França, o incentivo com

dinheiro público é de € 6 mil, o que equivale,

mais ou menos, a 20% do valor do carro. Os

valores são semelhantes na China e nos EUA.

É por causa de incentivos que na Noruega quase

a metade dos carros vendidos hoje são movidos

a eletricidade. Além dos descontos, o país

provavelmente é o que oferece melhor

infraestrutura para carregar baterias em pontos

públicos.

Indústria receia que automóvel se torne

'mobilidade elitista'

Mas é interessante notar como em outras nações

que também oferecem incentivos a participação

do elétrico nas vendas ainda é pequena: 2,1% na

França e nos Estados Unidos. Na China, onde o

governo determinou a eletricidade como matriz

energética veicular, modelos elétricos

representam 4,4% do mercado.

No caso da Europa, o incentivo atende à

ambiciosa meta de redução de quase 40% no

nível de emissões de dióxido de carbono, por

veículos, entre 2020 e 2030. Mas isso tem

provocado discussões na indústria.

Numa recente visita ao Brasil, Carlos Tavares,

presidente mundial da PSA Peugeot Citröen,

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queixou-se do "excesso de ingerência dos

governos" na decisão sobre matrizes energéticas.

Segundo ele, o elétrico não pode ser visto como

solução única. Além disso, as exigências

governamentais impõem aumentos de custos que

podem "transformar o automóvel em uma

mobilidade elitista".

No Brasil, o elétrico mais barato, o modelo

Renault Zoe, custa R$ 150 mil. O Leaf sai por R$

195 mil. Em maio, o primeiro modelo Jaguar

elétrico começou a ser vendido no país por R$

437 mil. Em geral, a indústria tem colocado

vários itens de tecnologia para fazer dos elétricos

um desejo de consumo que vá além de ser

carregado numa tomada. O presidente da Nissan

do Brasil, Marcos Silva, reconhece que a indústria

está longe de desenvolver um popular elétrico.

Mas, diz, vai chegar lá.

Ninguém no Brasil consegue imaginar que um

governo que luta para sair do déficit fiscal

poderia oferecer descontos para carro elétrico.

Além disso, parte das montadoras e outros

entusiastas do etanol argumentam que um país

que encontrou na cana-de-açúcar uma opção de

energia alternativa não precisa perder tempo

num projeto elétrico.

Mas essa não é a única questão. Apesar de

fascinado pela novidade, o consumidor tem

várias dúvidas. Quem vai pagar a conta de

energia na garagem de um edifício residencial? E

se esse prédio for muito antigo? E se dezenas de

donos de carros elétricos decidirem carregar as

baterias na garagem do escritório? A indústria

automobilística nunca foi tão questionada.

Marli Olmos é repórter especial do Valor

https://www.valor.com.br/brasil/6360631/carro-

eletrico-encara-desafios-extras-no-brasil

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BP e Bunge criam joint venture em

bioenergia

Por Camila Souza Ramos e Fernanda Pressinott |

De São Paulo

A americana Bunge e a britânica BP encontraram

uma na outra a solução que procuravam para

seus negócios de bioenergia e uma oportunidade

de crescimento. Há anos buscando, se não a

saída imediata, ao menos sócios para reduzir

dívidas, a Bunge recebeu no fim do ano passado

um convite da petrolífera britânica, que agora

vem ampliando suas apostas no setor de

energias renováveis, para unir suas operações e

disputar a segunda posição no ranking de

produção de açúcar e etanol do Brasil.

Ontem, as duas companhias anunciaram a fusão

dos negócios brasileiros de bioenergia, criando a

joint venture BP Bunge Bioenergia - cada uma

terá 50% de participação. Os negócios de cana

têm peso ínfimo na receita global de cada uma.

Da receita da britânica em 2018, de US$ 303

bilhões, nem 1% saiu das usinas no Brasil. Do

faturamento de US$ 45 bilhões da Bunge, as

usinas não representaram mais de 2%. Ainda

assim, o negócio é relevante em um setor que há

tempos não vê transações deste porte.

A nova empresa contratará um empréstimo de

US$ 700 milhões com bancos estrangeiros e

nacionais, assumindo a dívida que a Bunge

Açúcar e Bioenergia tem com sua controladora

nos EUA. Essa transferência da dívida dá um

alívio imediato ao balanço da múlti americana,

dado que 17% de sua dívida de longo prazo (de

US$ 4,2 bilhões no fim de 2018) está atrelada ao

seu negócio de bioenergia no Brasil.

A BP, por entrar no novo negócio com menos

ativos (três usinas frente oito da Bunge), ainda

pagará US$ 75 milhões diretamente à nova

sócia. Com esse passo, ampliará sua presença

em bioenergia em 50%. Até então, a britânica

tinha capacidade para moer 10 milhões de

toneladas de cana por safra no país.

Para a Bunge, a operação é o primeiro marco da

gestão de Gregory Heckman como CEO. O

executivo assumiu em abril, após pressão dos

acionistas Continental Grain e do fundo de hedge

DE Shaw, com o objetivo de destravar

negociações.

Em comunicado, Heckman admitiu que o negócio

pode ser o primeiro passo para uma saída

definitiva da Bunge da área de açúcar e etanol.

"Temos na BP um parceiro forte e comprometido,

assim com flexibilidade no médio e longo prazos

para monetização futura, com potencial de saída

total via oferta pública inicial ou outra rota

estratégica", disse.

A união dos negócios criará uma empresa capaz

de moer até 32 milhões de toneladas de cana por

safra - atrás da Raízen (73 milhões de

toneladas), da Atvos (37 milhões de toneladas),

e da Biosev (33 milhões de toneladas). As

empresas esperam que o Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

aprove a operação até o fim do ano.

Por enquanto, as usinas estão usando 90% dessa

capacidade, moendo cerca de 29 milhões de

toneladas. Se a joint venture já existisse, teria

receita de R$ 4,8 bilhões, estimou a RPA

Consultoria com base no desempenho médio do

setor esperado nesta safra.

Nesse nível, a BP Bunge Bioenergia estaria

próxima do faturamento que a vice-líder no

segmento, a Biosev, teve na safra passada

(2018/19), com vendas de açúcar, etanol e

energia de R$ 4,9 bilhões (excluídas as receitas

com bagaço e outras commodities), e já

superaria a receita da Atvos, que ficou em R$ 4,2

bilhões.

Segundo Mario Lindenhayan, chefe de toda a BP

para o Brasil e que acumulará a função de

presidente do conselho da BP Bunge Bioenergia,

a sociedade surfará no crescimento que o setor

de etanol deve ter nos próximos anos,

impulsionado pelo RenovaBio, que deve ampliar a

demanda por biocombustíveis em 70% até 2030.

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"Queremos participar como player ativo nessa

transição", disse Lindenhayan, ao Valor. Segundo

o executivo, as duas empresas "buscam na união

não uma solução, mas uma oportunidade de criar

uma plataforma de crescimento".

O primeiro passo é acabar com a ociosidade atual

das 11 usinas que o novo grupo terá. Para isso, a

empresa terá que garantir oferta adicional de 3

milhões de toneladas de cana. A RPA Consultoria

estima que o investimento necessário ficaria em

torno de R$ 320 milhões.

Geovane Consul, atual vice-presidente da Bunge

Açúcar & Bioenergia e futuro presidente da nova

companhia, afirmou que os investimentos nas

lavouras serão feitos de forma escalonada para

não "estressar" o caixa e para garantir que os

canaviais não envelheçam todos juntos. A

alavancagem da companhia, no entanto, oferece

um conforto para que a joint venture realize

investimentos, garantiu Consul.

As usinas que farão parte da joint venture

produziram na safra passada 1,5 bilhão de litros

de etanol, o que a colocaria como uma das três

maiores produtoras do país. As três plantas da

BP conseguem hoje voltar até 72% de sua cana à

produção de biocombustível, e as da Bunge,

65%. Segundo os executivos, características

como localização e tecnologias usadas devem

facilitar a integração.

https://www.valor.com.br/agro/6360437/bp-e-

bunge-criam-joint-venture-em-bioenergia

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Benefícios em escala no novo mercado do

gás

Por João Carlos Mello

O "choque de energia barata" prometido pelo

governo tem dominado boa parte das discussões

sobre o Novo Mercado de Gás, cujas diretrizes

acabam de ser divulgadas pelo Conselho Nacional

de Política Energética (CNPE). O projeto atende

às principais demandas do setor de energia e

evidencia que existe uma rota - e vontade

política para alcançá-la. Entre os pontos de maior

destaque figuram a desverticalização do setor,

uma harmonização tributária entre as esferas

federal e estaduais e a promoção do livre acesso

ao insumo e às vias de transporte e distribuição.

Há ainda muito a ser feito para a implantação do

projeto, mas é consenso que o acesso ao gás

natural a preços acessíveis terá impactos

importantes na retomada do crescimento

econômico, destravando investimentos e

trazendo competitividade à indústria nacional. O

Ministério de Minas e Energia estima que a

instalação de infraestrutura para atender à

demanda desse novo mercado movimentará R$

34 bilhões até 2032. Os grandes consumidores -

entre eles, setores industriais pujantes, como o

ceramista, o químico e setor de vidros -

aguardam a possibilidade de adquirir o insumo

diretamente do polo produtor, negociando preços

e prazos em contratos de longo prazo. Mas eles

não são os únicos que podem ganhar com a

proposta de abertura do mercado.

Para o governo federal, as vantagens são

evidentes: destravar a economia, estimular

investimentos e, claro, dar um destino nobre ao

gás natural proveniente da exploração do pré-sal.

O Brasil produz cerca de 100 milhões de m3 de

gás por dia. Quando tiver início a exploração da

Bacia de Sergipe-Alagoas, estima-se um

acréscimo de quase um terço nesse volume. Em

2018, o consumo médio no país foi de 64 milhões

de m3 diário, segundo a Associação Brasileira

das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado

(Abegás), mas tem potencial de crescer caso

haja redução no preço. Hoje, a indústria

brasileira paga em média US$ 13 pelo metro

cúbico. Na Europa, a média é próxima a US$ 7,

nos Estados Unidos, chega a US$ 3. Em muitos

casos, o gás natural substitui a queima de outros

combustíveis fósseis com maior impacto

ambiental, como carvão ou óleo diesel.

Os Estados, responsáveis pelos serviços de

distribuição, exercem papel fundamental para a

viabilidade de um mercado livre. As diretrizes

preveem estímulos importantes para que os

governos locais negociem suas participações em

empresas de gás e promovam a criação da figura

do consumidor livre. Muitos governos estaduais,

no entanto, ainda hesitam em aderir à proposta.

A dúvida pode se dissolver à medida que as

lideranças políticas percebam os diversos

benefícios que o mercado de gás pode gerar:

parte das dívidas que os Estados detêm com a

União poderão ser renegociadas, tendo como

contrapartida investimentos em obras de

gasodutos, terminais de gás natural liquefeito

(GNL) e unidades de processamento de gás

natural (UPGNs) capazes de dinamizar a

economia, atrair empresas, gerar divisas e abrir

vagas de emprego nas respectivas unidades

federativas. Na prática, troca-se uma dívida pela

possibilidade de estímulo à economia local.

Também para a Petrobras, esta é uma

oportunidade de obter divisas e recuperar sua

saúde financeira. A companhia vem reduzindo os

índices de alavancagem, moderando as taxas de

endividamento e se desfazendo de ativos que

não fazem parte de seu principal negócio: a

exploração e produção de petróleo e gás. Em

2015, a estatal acumulava US$ 126,3 bilhões em

dívidas; ao final de 2018, já havia conseguido

reduzir o montante para US$ 84,4 bilhões. A

alavancagem atual é de 2,34 vezes, mas o

governo já anunciou a meta de 1,5 vez, para

evitar a exposição da empresa às flutuações do

preço das commodities.

Parte das dívidas que os Estados detêm poderão

ser renegociadas, tendo como contrapartida

investimentos em obras

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Hoje a Petrobras detém o controle de

praticamente toda a malha de transportes e

também possui participações em 19 das 27

empresas estaduais de distribuição de gás

natural. O plano de desinvestimento da

companhia nesse segmento já teve início com a

venda da TAG (Transportadora Associada de Gás)

e da NTS (Nova Transportadora Sudeste); a

resolução do CNPE avança nesse sentido e prevê

a alienação total das ações que a Petrobras

detém, direta ou indiretamente, nas empresas de

transporte e distribuição.

Com maior oferta e um mercado competitivo, a

redução dos preços do insumo será consequência

lógica. Mesmo que o índice de 40% de queda nos

preços aventado pelo governo não seja atingido,

podemos esperar um impacto bem relevante,

para baixo, no custo do gás. E, com a integração

dos mercados de gás natural e energia elétrica, a

tal "energia barata" poderá finalmente atingir os

consumidores residenciais de forma indireta. As

usinas termelétricas serão protagonistas desse

processo.

Diversos fatores climáticos e de infraestrutura

têm exigido o despacho de usinas térmicas a

óleo, que apresentam alto custo financeiro - o

que gera impacto em todo o Sistema Interligado

Nacional e também no bolso dos cidadãos

brasileiros. A substituição dessas usinas por

térmicas a gás natural resultará em economia e

ainda em ganhos de eficiência energética.

A região Nordeste, nesse caso, merece atenção

especial: servida historicamente pelas usinas

hidrelétricas da bacia do rio São Francisco, ela

vem enfrentando situação bastante adversa nos

últimos anos. Estudos da Thymos Energia

evidenciam que a implantação de uma térmica a

gás natural nesse subsistema poderá evitar um

custo de R$ 8,5 bilhões por ano entre 2024 e

2030, além de garantir segurança energética ao

sistema e compensar a intermitência das fontes

renováveis, abundantes no local. Cerca de 80%

dos parques eólicos brasileiros estão no

Nordeste, e o potencial para expansão da

geração de energia solar fotovoltaica na região

também é grande.

Os próximos passos do Novo Mercado de Gás

devem ser dados em até sessenta dias - prazo

estabelecido pelo governo para a definição da

governança e das informações necessárias ao

monitoramento do projeto. Estimativas do

governo federal dão conta de que uma redução

de 10% no preço do gás provocaria um

crescimento de 2,1% no PIB industrial.

Somando-se a isso os benefícios em escala que o

Novo Mercado do Gás pode gerar, a expectativa

é de que o projeto avance com celeridade e se

torne a nova realidade do setor.

João Carlos Mello é presidente da consultoria

Thymos Energia.

https://www.valor.com.br/opiniao/6360419/bene

ficios-em-escala-no-novo-mercado-do-gas

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GE fornece turbina para térmica da Eneva

Por Camila Maia | De São Paulo

A GE Power, braço de equipamentos e serviços

da GE para área de geração de energia, assinou

um contrato de US$ 100 milhões com a ítalo-

argentina Techint para fornecer equipamentos

que vão garantir a expansão da termelétrica

Parnaíba, da Eneva, no Maranhão, em 385

megawatts (MW), chegando ao total de 1,4 GW

de capacidade instalada.

Não haverá consumo adicional de gás para o

aumento de capacidade do complexo

termelétrico.

Com a nova turbina, será feito o "fechamento de

ciclo" da usina Parnaíba I, a primeira unidade

geradora do complexo, que foi inaugurada em

abril de 2013. A geração adicional de energia

será possível pois a usina vai deixar de ser uma

planta de ciclo-simples (na qual a energia é

gerada por meio da queima de combustível em

caldeiras ou turbinas simples, com eficiência

menor) para uma de ciclo-combinado (além da

queima de combustível, o vapor gerado vai para

outra caldeira, que aciona uma nova turbina e

sobe a eficiência média do empreendimento).

Na prática, trata-se de um aumento de eficiência

do empreendimento. Os novos equipamentos vão

compor a usina Parnaíba V, que foi contratada no

leilão A-6 realizado em agosto do ano passado,

com início de operação previsto para janeiro de

2024. Segundo Daniel Meniuk, líder da GE Power

para a América Latina, quando a Eneva colocou a

expansão da usina no leilão, já tinha estruturado

o contrato com a Techint e também com a GE.

"Apesar de estarmos falando em fechamento de

ciclo, é um projeto grande e importante, e um

contrato significativo em termos de valor", disse

Meniuk.

A GE vai fornecer uma turbina a valor, quatro

caldeiras de recuperação de calor, um

condensador e válvulas. A turbina e os principais

componentes serão fabricados na Europa, e as

caldeiras serão feitas na Ásia, disse Meniuk. A

entrega dos equipamentos está prevista para o

primeiro trimestre de 2021, sendo que a

instalação será finalizada em setembro de 2022.

"É um prazo bem agressivo. A Eneva teria mais

tempo para concluir a obra de acordo com o

contrato", afirmou o executivo da GE.

A americana também forneceu as turbinas das

usinas em operação no complexo de Parnaíba, e

tem contratos de longo prazo com a Eneva para

fazer a manutenção dos empreendimentos. No

caso de Parnaíba V, o contrato só prevê o

fornecimento de equipamentos, mas a GE espera

seguir o mesmo caminho e também assegurar a

manutenção no longo prazo.

O acordo com a Techint é importante também

por inaugurar a parceria da GE com a companhia

no Brasil. "Isso para nós é importante. A Techint

é nossa parceira e cliente em outras partes do

mundo, como México e Argentina", afirmou

Meniuk.

A GE aposta na expansão do setor de geração

termelétrica no Brasil. "É óbvio que a expansão

da geração sempre depende de demanda, mas

agora a abertura do mercado de gás traz uma

perspectiva de novos negócios no setor. Os

astros estão se alinhando de forma positiva e

temos certeza de que teremos novos projetos",

disse o diretor.

A companhia também conta com a retomada do

crescimento econômico no Brasil, o que

contribuirá para o desenvolvimento do setor de

gás, já que será necessária a expansão da oferta

de energia. "A área de gás terá novas

oportunidades de projetos importantes com

grandes investimentos", disse Meniuk.

https://www.valor.com.br/empresas/6360579/ge

-fornece-turbina-para-termica-da-eneva

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Importação de produtos químicos vai a US$

20,4 bi e déficit pode ser recorde

Por Stella Fontes | De São Paulo

As importações brasileiras de produtos químicos

alcançaram US$ 20,4 bilhões no primeiro

semestre, com alta de 6,1% ante o mesmo

período do ano passado, de acordo com o

Relatório de Comércio Exterior da Associação

Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Desde

de março de 2018, o valor mensal importado

supera os US$ 3 bilhões. Com esse desempenho,

as importações praticamente voltaram aos níveis

prévios à crise econômica que teve início em

2014 e o déficit acumulado da balança comercial

alcançou US$ 14,1 bilhões de janeiro a junho.

Conforme a Abiquim, o saldo negativo nos

últimos 12 meses até junho chegou a US$ 31

bilhões, "sinalizando para a crescente

possibilidade de um déficit recorde em 2019,

caso se confirmem as projeções de um aumento

mais intenso da atividade econômica nacional no

segundo semestre", informou. No ano passado, o

saldo da balança foi negativo em US$ 29,6

bilhões.

Em volume, as compras externas de produtos

químicos subiram 14,8% no semestre, para 20,5

milhões de toneladas, o segundo maior resultado

na série histórica da entidade.

As exportações, por sua vez, somaram US$ 6,3

bilhões de janeiro a junho, com queda de 3,6%.

Em volume, as vendas externas caíram 5,5%,

para 6,6 milhões de toneladas - o aumento de

2% nos preços médios dos produtos químicos

exportados compensou parte desse desempenho.

Segundo a Abiquim, a redução da alíquota do

Reintegra, em junho de 2018, de 2% para 0,1%

teve impacto negativo nas exportações do setor,

que estão estagnadas em torno de US$ 1 bilhão

por mês, frente a US$ 1,2 bilhão a US$ 1,4

bilhão anteriormente.

Em nota, o presidente-executivo da Abiquim,

Fernando Figueiredo, diz que a conclusão do

acordo entre Mercosul e União Europeia está em

linha com a postura do setor químico brasileiro

em favor de uma inserção comercial responsável.

"Temos certeza que a conclusão do maior acordo

comercial de todos os tempos, Mercosul e União

Europeia, é um sinal para o mundo de uma

política comercial forte para um novo Brasil e

entendemos ser imprescindível a implementação

de uma agenda de competitividade consistente,

alicerçada nas reformas estruturantes nacionais",

afirma.

https://www.valor.com.br/empresas/6360555/im

portacao-de-produtos-quimicos-vai-us-204-bi-e-

deficit-pode-ser-recorde

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Dona da Sigma prospecta projetos de níquel

e cobalto

Por Ana Paula Machado | De São Paulo

A boutique de investimentos A10, que tem como

investidores os fundos BlackRock, Citrino e

Waratah, prepara nova investida no Brasil na

área de mineração. O A10, que já tem na sua

carteira a Sigma Mineração que acabou de

conseguir a licença de operação para explorar e

produzir lítio grau bateria em Minas Gerais, está

em busca de projetos maduros na área de níquel

e cobalto.

Ana Cabral, co-fundadora do A10, disse ao Valor

que a ideia é replicar o mesmo modelo de

negócio da Sigma nessa nova empreitada.

"Queremos produzir no Brasil minérios de grau

bateria, que são produtos de maior valor

agregado. Fizemos isso com o lítio e estamos em

busca de projetos na área de níquel e cobalto. O

país tem um potencial enorme nesses minerais",

disse Cabral.

A Sigma produz concentrado de lítio grau bateria

e consegue aumentar em 11 vezes o valor do

mineral que é extraído na lavra de Itinga, no Vale

do Jequitinhonha (MG). "O projeto do lítio

desenvolvemos durante sete anos. Para

conseguirmos a certificação de concentrado de

lítio grau bateria demorou um ano."

Segundo ela, com a expertise adquirida com a

Sigma, tanto na produção quanto na área

comercial, o projeto de níquel e cobalto deve

demorar menos tempo para entrar em operação.

"Temos um cheque em branco dos investidores.

Não há limites. Agora vamos avaliar projetos já

existentes que tenham um teor bom, sejam

ambientalmente amigáveis e regras de

compliance já implantadas."

Segundo ela, esses são tópicos que são avaliados

pela indústria de baterias para carros elétricos.

"Não entra nesse mercado se não tiver tudo isso

bem definido dentro da empresa. É uma indústria

verde. É uma mineração verde."

Na Sigma, a A10 e os investidores devem aplicar

R$ 500 milhões este ano e em 2020 e mais R$

240 milhões em 2021. Cabral ressaltou que a

capacidade de produção da usina será de 220 mil

toneladas de concentrado de lítio por ano. Já

prevê beneficiar 110 mil toneladas em 2020 e,

em 2021, chegar à capacidade máxima.

Atualmente, a produção mundial de LCE -

concentrado de lítio com beneficiamento químico

- é de 300 mil toneladas ao ano. Em 2024,

segundo estimativas, deve saltar para 1 milhão

de toneladas. "Queremos montar na A10 uma

área de concentrados de minérios para bateria,

no nível pré-beneficiamento químico, que é a

atividade mais rentável. Fazer baterias não é um

negócio com uma margem boa. Não vamos

entrar nisso", disse Cabral.

Para dar início ao projeto, a A10 trouxe há dois

meses o executivo da montadora americana

Tesla que foi responsável pelo relacionamento

com fornecedores. Vivas Kumar terá a função

dentro da companhia de correr o Brasil e

identificar os projetos que podem entrar para a

carteira de investimentos da boutique.

Segundo a executiva, o que viabilizou o início do

projeto foi justamente as novas regras que

entraram em vigor com o novo Código da

Mineração no país. Cabral ressaltou que a

regulamentação deu ao Brasil a segurança

jurídica que não existia no mercado brasileiro.

"Foi realmente um marco para o setor mineral. E

todos os investidores estão olhando o Brasil de

uma nova maneira. É a chance do país se

destacar no cenário mundial de produção de

minerais para a produção de baterias para carros

elétricos."

https://www.valor.com.br/empresas/6360553/do

na-da-sigma-prospecta-projetos-de-niquel-e-

cobalto

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Fracassa plano chileno para atrair

fabricantes de baterias de lítio

Por Dave Sherwood | Reuters, de Santiago

Em março de 2018, o governo chileno anunciou

uma grande notícia: grandes investidores, entre

eles a gigante sul-coreana de produtos

eletrônicos Samsung, iriam construir três fábricas

no Chile para produzir peças de baterias para

veículos elétricos.

O Chile, segundo maior minerador de lítio do

mundo, havia atraído as companhias com uma

proposta sedutora. Em troca da ajuda para dar

início à sua própria indústria de baterias de

carros elétricos, as empresas receberiam a

garantia de suprimento do metal a preços

atraentes por quase três décadas, em meio a

uma corrida global para assegurar a matéria-

prima.

Agora, esse acerto está ruindo. O governo do

Chile não conseguiu entregar o abundante lítio a

preços baixos que prometeu, num mercado que

vem mudando rapidamente. É o que constatou

uma análise feita pela "Reuters" sobre os

registros regulatórios e documentos internos de

uma agência estatal de desenvolvimento.

A companhia química chilena Molymet, que

planejava erguer uma das fábricas de peças para

baterias, anunciou na semana passada que está

desistindo desse esforço. Ela não quis dizer o

motivo. Isso acontece depois da desistência da

sul-coreana Posco. A siderúrgica disse em junho

que estava saindo de uma joint venture para a

construção de uma fábrica no Chile com a

unidade de baterias da Samsung, alegando

preocupação com o fornecimento de lítio. A

Samsung disse à "Reuters" que agora está

revendo o projeto.

A Sichuan Fulin Transportation Group da China

também não tirou do papel sua planejada fábrica

chilena. A companhia não respondeu a pedidos

para comentários.

Os negócios dependiam da maior produtora de

lítio do mundo - a Albemarle Corp - aumentar a

produção de suas operações no Chile para suprir

as fábricas planejadas. Mas a expansão da

Albemarle foi atrasada por problemas

tecnológicos e reguladores. A mineradora sediada

nos EUA se desentendeu com o governo chileno

por causa do preço que as fabricantes de baterias

iriam pagar pelo lítio. E ela não produz hidróxido

de lítio no Chile, a matéria-prima exigida pela

Posco-Samsung.

Embora o Chile possua as maiores reservas

mundiais do "ouro branco", ele não tira proveito

total dessas riquezas. Assim como a Albemarle, a

SQM, a outra grande mineradora de lítio do país,

enfrenta dificuldades em aumentar a produção

em meio à forte demanda global, que deverá

triplicar até 2025. E o governo tem sido lento em

permitir a entrada de novos concorrentes no

mercado.

O mais recente fracasso no esforço do Chile para

atrair fabricantes de baterias mostra que tirar

essa indústria da Ásia não será fácil, segundo

Emily Hersh, da consultoria DCDB Group de

Washington.

"É um grande choque de realidade", diz Hersh.

"O Chile é uma potência na produção de produtos

químicos para baterias. Se eles não conseguem

fazer isso, todo mundo precisa prestar atenção e

descobrir por que."

https://www.valor.com.br/internacional/6360641

/fracassa-plano-chileno-para-atrair-fabricantes-

de-baterias-de-litio

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Proteção de dados como garantia

fundamental

Por Benedito Villela e Dayana Caroline Costa

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 17

de 2019, que inclui a proteção de dados como

um dos direitos fundamentais do cidadão bem

como fixa a competência privativa da União para

legislar sobre a matéria, foi aprovada pelo

Senado Federal com ampla margem de votos (64

em primeira votação, e 62 em segunda) e agora

segue para a Câmara dos Deputados para ser

votada, com expectativa de votação rápida e

positiva, para posterior promulgação.

Mas o que significa tornar a proteção de dados

um direito fundamental?

Elencados no artigo 5º da Constituição Federal,

os Direitos Fundamentais possuem a natureza de

cláusulas pétreas e, por isso, têm em si a

garantia de não serem mais revistos, tornando-

se definitivos e sem chance de serem diminuídos

ou excluídos, salvo mediante a formação de uma

nova Constituinte e promulgação de uma nova

Constituição Federal. Ou seja, enquanto a

Constituição de 1988 viger, eles serão parte do

ordenamento jurídico pátrio. Isso porque, como

muito bem explicado pelo ministro e Professor

Luis Roberto Barroso, as cláusulas pétreas

existem para proteger a essência da identidade

original da Constituição, o núcleo de decisões

políticas e de valores fundamentais que

justificaram a sua criação.

Civilmente, a medida confere maior legitimidade

ao tema, fazendo com que a Lei de Proteção de

Dados consiga engajar toda a sociedade

Dessa forma, elencar a proteção de dados ao rol

taxativo dos Direitos Fundamentais tem diversos

efeitos jurídicos e comerciais. Juridicamente,

passa a ter garantia constitucional, o que

agregado ao texto da PEC 17, faz com que toda e

qualquer discussão sobre regulação do tema seja

federal, impedindo assim Estados e municípios de

criarem regras próprias, sobrepostas e confusas,

que minam ainda mais a segurança jurídica.

Como exemplo pode ser citada a Lei

Complementar 161/2018 de Vinhedo, que foi a

primeira Lei de Proteção de dados municipal e

que será declarada inconstitucional caso a PEC

17/19 seja aprovada.

Civilmente, essa medida confere maior

legitimidade e importância ao tema, fazendo com

que a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei

13.709/2018) consiga engajar todos os setores

da sociedade, ainda dividida em relação a sua

aplicabilidade. Muitas empresas e instituições

ainda ficam receosas com a nova norma,

apostando no desuso manifesto, que é quando

uma lei não é aplicada e embora vigente, é

socialmente ignorada. Incorporada pela Carta

Magna a tendência é mitigar essa desconfiança e

as empresas abraçarem de uma vez por todas a

necessidade de adaptação.

Por sua vez, internacionalmente, habilita o Brasil

a passar a ser signatário de tratados que

unifiquem a proteção de dados mundialmente, o

que vem sendo defendido no G20 por países

como o Japão, o que faz todo o sentido tendo

sido a LGPD inspirada pelo regramento europeu.

O Brasil vem em um processo de letargia diante

de outros países que já possuem uma legislação

específica sobre proteção de dados e agora além

da LGPD, haverá uma previsão constitucional que

reforça ainda mais o compromisso do país em

acompanhar um movimento mundial de

valorização e proteção de dados pessoais, o que

contribui, inclusive, para mudança do

comportamento dos indivíduos que passarão a

dar mais valor aos seus dados e entender a

importância da proteção das suas informações

pessoais.

Como um todo, criminal e processualmente, a

constitucionalização da proteção de dados

comunica a todas demais áreas do Direito, vez

que os direitos constitucionais possuem remédios

próprios e defesa até a última instância. E aquele

que desrespeitar disposições da LGPD pode estar

cometendo também uma infração constitucional,

o que eleva ainda mais a importância do tema e

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urgência das empresas iniciarem seu processo de

adequação.

Analisando a questão sob o viés comercial, o

tratamento uniforme e federativo sobre os dados

certamente levará em aspectos práticos,

evitando assim que empresas presentes em

diversos Estados e cidades tenham que se

adaptar a um regramento esparso - o que

implicaria em um investimento muitas vezes

incompatível com o que seria a atividade

principal da empresa.

É importante frisar que a privacidade vai muito

além da proteção à vida íntima, atingindo dados

pessoais que são uma projeção da personalidade

do indivíduo, como posição política, orientação

sexual, constituição familiar, pontuações de

crédito, histórico judicial, credo, classe social,

nacionalidade, profissão, etnia.

Com as mídias sociais servindo de pré-cadastro

de informações de diversos sites e serviços, com

constantes vazamentos de dados e melhoria

contínua das ferramentas de BI, todos esses

fatores passam a ser ainda mais mapeáveis e

passíveis de serem objetos de listas

discriminatórias ou inclusivas.

Tais listas são totalmente ilegais e imorais e,

embora, atualmente existentes, são combatidas

judicialmente, sendo fundamental uma forte

proteção legal à privacidade de dados e nenhuma

proteção é maior do que aquela conferida pela

Constituição Federal.

A partir dessa nova realidade, para muitos

especialistas no assunto, a resistência do Direito

não pode permanecer constante e inerte a esse

novo paradigma Constitucional.

Benedito Villela e Dayana Caroline Costa são,

respectivamente, gestor jurídico, professor do

IBMEC e ESA-SP; advogada de Direito Digital,

vice-presidente da Comissão de Direito Digital da

OAB-SP, subseção de Santo Amaro

https://www.valor.com.br/legislacao/6360313/pr

otecao-de-dados-como-garantia-fundamental

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Pontes segue Bolsonaro e diz estranhar

dados do Inpe

Por Folhapress, de São Paulo e Brasília

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e

Comunicações, Marcos Pontes, publicou nota em

rede social ontem na qual compartilha da

estranheza expressa pelo presidente Jair

Bolsonaro quanto aos dados do desmatamento

que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe) produz.

"Com relação aos dados de desmatamento

produzidos pelo Inpe, organização pelo qual

tenho grande apreço, entendo e compartilho a

estranheza expressa pelo nosso presidente

Bolsonaro", diz a nota. "A contestação de

resultados, assim como a análise e discussão de

hipóteses, são elementos normais e saudáveis do

desenvolvimento da ciência."

Ele disse discordar da maneira como agiu Ricardo

Galvão, diretor do Inpe, ao dar entrevistas

criticando os questionamentos de Bolsonaro, e o

chamou para "esclarecimentos e orientações". O

Inpe é vinculado ao ministério.

Na sexta-feira Bolsonaro criticou Galvão por

causa dos dados recentes sobre desmatamento.

Segundo esses dados preliminares de satélites do

Inpe, mais de mil quilômetros quadrados de

floresta amazônica foram derrubados na primeira

quinzena deste mês, 68% mais que em julho de

2018. As informações são do Deter, sistema da

instituição que lança alertas sobre mudanças de

vegetação.

Os dados consolidados sobre o desmatamento

total no ano (período entre julho de um ano e

agosto do ano seguinte), são produzidas pelo

Prodes, outro projeto do Inpe. O Deter, contudo,

é um forte indicativo sobre as tendências de

desmate na Amazônia.

Os dados são públicos e estão disponíveis no site

do Inpe.

Bolsonaro disse na sexta que conversaria com

Galvão e que são "matérias repetidas que apenas

ajudam a fazer com que o nome do Brasil seja

malvisto lá fora".

O presidente afirmou ainda que o diretor do Inpe

estaria a "serviço de alguma ONG" e que a

divulgação do desmatamento que ocorre na

Amazônia prejudica o nome do Brasil no exterior.

Já no domingo, Bolsonaro recuou e afirmou que

não falaria com o diretor do Inpe, tarefa que

caberia aos ministros Marcos Pontes e Ricardo

Salles (Meio Ambiente). "O que nós não

queremos é uma propaganda negativa do Brasil.

A gente não quer fugir da verdade, mas aqueles

dados pareceram muito com os do ano passado."

https://www.valor.com.br/brasil/6360603/pontes

-segue-bolsonaro-e-diz-estranhar-dados-do-inpe

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