lipping - microsoft...7 grupo de comunicação veículo: o diário de mogi da bacia hidrográfica do...
TRANSCRIPT
1
Grupo de Comunicação
CLIPPING 9 de setembro de 2019
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Governo de SP vai investir em despoluição do Rio Pinheiros até 2022 .................................................. 4
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5
Justiça manda suspender descarte de resíduos em terreno por risco de contaminação à lama negra ........ 5
Parque Morumbi ............................................................................................................................ 7
Relatório encaminhado à Cetesb aponta que incêndios no Ecoponto de Itapetininga são de origem criminosa ..................................................................................................................................... 8
Debatedores defendem aprovação de projeto sobre qualidade do ar .................................................... 9
Cinco loteamentos de Arujá serão regularizados nos próximos meses ................................................ 11
Estado anuncia investimentos de R$ 15 milhões para Marília ............................................................ 13
Embarcações de pesca paralisam travessia de balsas no litoral de SP................................................. 14
Ação conjunta realiza fiscalização de ocupações irregulares no Parque Estadual Restinga de Bertioga .... 16
Lago do Parque Morumbi ainda espera por despoluição .................................................................... 17
Câmara vota projeto sobre Expansão Urbana nesta terça-feira .......................................................... 19
Câmara vota projeto sobre Expansão Urbana do município ............................................................... 20
Vinholi visita Marília e anuncia verba de R$ 15 milhões para câmeras e ciclovia .................................. 21
Obras da rede de esgoto no bairro Chácara das Flores terão início neste mês ..................................... 22
Prefeito diz que Sabesp está brincando com a saúde pública ............................................................. 23
Sabesp faz nova “promessa” para recuperar Lago da Hípica .............................................................. 24
Carro fica pendurado em barra de ferro com duas rodas no ar após acidente em Piracicaba .................. 26
Hidrante explode e provoca inundação em avenidas de Santos ......................................................... 27
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 28
Pesquisadores premiados divulgam carta aberta em defesa da ciência, educação e meio-ambiente ....... 28
Queimada atinge área de preservação permanente em Castilho ........................................................ 31
Polícia ambiental prende grupo de baloeiros ................................................................................... 32
MÍRIAM LEITÃO Metas e planos da Petrobras .................................................................................. 33
A conta do aquecimento global ..................................................................................................... 35
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 36
Empresa que faz cadastro do lixo em SP também vende projetos ambientais para empresários ............ 36
PAINEL - Conduta de Deltan deve ser alvo de novo embate no CNMP ................................................. 38
Mônica Bérgamo - Flávio Dino articula frente contra governo de Bolsonaro em eleições de 2020 em SP . 40
O fator Bolsonaro ........................................................................................................................ 42
ESTADÃO ................................................................................................................................... 43
Transparência nas estatais estaduais ............................................................................................. 43
Diplomacia ambiental O Brasil é o país que mais tem a ganhar com o reforço dos padrões de sustentabilidade .......................................................................................................................... 44
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 46
Aposta em energia solar mira cidades isoladas da Amazônia ............................................................. 46
Ruralistas tentam emplacar venda de terra a estrangeiro ................................................................. 48
3
Grupo de Comunicação
Privatização é crítica para elevar produtividade, diz Castello Branco................................................... 50
Gasto crescente com pessoal enfraquece os investimentos ............................................................... 51
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Band News
Data: 09/09/2019
Governo de SP vai investir em despoluição do Rio Pinheiros até 2022
http://cloud.boxnet.com.br/y6trm7es
Voltar ao Sumário
5
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: G1
Data: 10/09/2019
Justiça manda suspender descarte de resíduos em terreno por risco de contaminação à lama negra
Decisão é resultado de uma ação civil pública
movida pelo Instituto Ernesto Zwarg.
Prefeitura alega que está regularizando e
reflorestando a área.
Terreno está sendo utilizado como 'lixão'
aponta a juíza em decisão do TJ-SP — Foto:
Reprodução/Google MapsTerreno está sendo
utilizado como 'lixão' aponta a juíza em
decisão do TJ-SP — Foto: Reprodução/Google
Maps
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
(TJ-SP) determinou que a Prefeitura de
Peruíbe interrompa o descarte de resíduos
sólidos, de forma irregular, em um terreno
localizado ao lado do Ginásio Municipal de
Esportes. A decisão é resultado de uma ação
civil pública movida pelo Instituto Ernesto
Zwarg. Segundo o órgão, a administração
municipal está poluindo uma área próxima a
extração da lama negra, conhecida por seus
poderes medicinais.
O Instituto Ernesto Zwarg alegou que, em
maio deste ano, a cidade foi atingida por
fortes chuvas que ocasionaram um
deslizamento na Serra do Itatins. Segundo o
Instituto, para desobstruir a via que dá acesso
ao bairro Guaraú, foram retirados resíduos
sólidos e feita a implosão de pedras. O
material teria sido depositado, de forma
irregular, em um terreno localizado na rua
José Veneza Monteiro, ao lado do ginásio
municipal.
O Instituto alega que a ação é irregular e que
a área está próxima à zona de lavra da lama
negra de Peruíbe, conhecida nacionalmente
por ter um resíduo mineral de conteúdo
medicinal. Sendo assim, o descarte de
material no local poderia provocar a
contaminação dessa lama negra.
Diante disso, a juíza Danielle Camara
Takahashi Cosentino Grandenetti, da 2ª Vara
Cível de Peruíbe, deferiu a tutela antecipada
em ação civil pública contra a Prefeitura de
Peruíbe. Segundo ela, ‘há fortes indícios de
que a área objeto presente vem sendo
utilizada como uma espécie de ‘lixão”,
escreveu a juíza.
A magistrada alegou que tem conhecimento
de que Peruíbe possui apenas um aterro
sanitário, que está sendo objeto de
investigação em sigilo. Também foi
constatado, de acordo com a juíza, que a
capacidade limite do aterro é de apenas
quatro meses.
Segundo ela, o eventual dano ambiental que
pode ocorrer na área é de “provável
irreversibilidade, decorrente da contaminação
do solo e da água no local, ainda mais
considerando a proximidade com a área da
lavra da lama negra, recurso mineral de
importância não apenas ambiental, mas
também histórico-cultural”, escreveu a
magistrada.
A juíza determinou que a imediata interrupção
de depósito de resíduos sólidos no local, a
fiscalização e controle para que não ocorra
novos descartes no terreno. A administração
municipal deve providenciar sinalização com
placas indicativas explicando as disposições
penais, cíveis e administrativas para àqueles
que depositem resíduos de construção civil ou
urbanos, de forma irregular, no local.
A juíza pediu que decisão fosse enviada à
Prefeitura de Peruíbe e a Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb). Ela solicitou ao órgão que verifique
se há requerimento de licenciamento
ambiental relativo à área em questão, bem
como se há procedimento fiscalizatório no
local.
Prefeitura de Peruíbe
Em nota, a Prefeitura de Peruíbe disse que o
terreno foi alvo de infração ambiental
6
Grupo de Comunicação
registrada em 2008 pela Coordenadora de
Biodiversidade e Recursos Naturais, da
Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São
Paulo. A Prefeitura está regularizando a
situação, que não havia sido acertada por
administrações anteriores.
A atual administração, por meio da Secretaria
de Meio Ambiente e Agricultura, firmou um
Termo de Compromisso e apresentou um
Projeto de Recuperação Florestal da área.
Segundo a Prefeitura, o projeto foi aprovado e
contempla o plantio de, aproximadamente,
2.000 mudas de espécies nativas. Parte da
área ainda vai receber um pomar de espécies
frutíferas da floresta de restinga.
Segundo a Prefeitura de Peruíbe, o primeiro
passo do projeto é a recuperação da qualidade
do solo do local. O material decorrente do
escorregamento na serra do Guaraú contém
significativa quantidade de resíduos, em sua
maioria, solo, material vegetal e rochas. Todo
esse material, com a necessária autorização,
foi depositado no terreno. Ele pode ser
aproveitado para a recuperar o solo e auxiliar
no desenvolvimento do reflorestamento e do
pomar.
A área no fundo do terreno já está sendo
preparada para plantio. A parte frontal, onde
está armazenado o material do
escorregamento, está aguardando
equipamento para espalhar e planificar o
material, possibilitando o plantio. A Prefeitura
já possui as mudas para projeto e estima que,
em 30 dias, a área ao fundo seja concluída. A
porção frontal, por depender de máquinas,
pode levar um pouco mais de tempo, mas será
concluída até o final deste ano.
A Prefeitura ainda disse que, a única
providência a ser tomada no momento é a
colocação da placa de advertência quanto a
proibição de lançamentos de resíduos na área,
o que será feito nos próximos dias.
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/09/09/justica-manda-
suspender-descarte-de-residuos-em-terreno-
por-risco-de-contaminacao-a-lama-
negra.ghtml
Voltar ao Sumário
7
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 10/09/2019
Parque Morumbi
Há uma década, bairro cobra a despoluição
das nascentes
O passado seria convenientemente esquecido,
não fosse a obstinação de moradores e
lideranças da Associação de Moradores do
Parque Morumbi em cobrar responsabilidades
e respostas para a denúncia feita há uma
década sobre a poluição das nascentes que
encorpoam os lagos existentes naquele bairro.
Desde as primeiras denúncias, que resultaram
em uma ação no Ministério Público e em
algumas multas aplicadas pela Companhia de
Saneamento Ambiental do Estado de São
Paulo, a Cetesb, contra a Prefeitura, os
diferentes gestores do poder Executivo não
trataram o assunto com o cuidado e urgência
exigidos. Essa é uma situação que merece ser
definitivamente resolvida.
As multas foram aplicadas nos primeiros anos,
depois, a renovação de promessas foi aceita
pela Cetesb e o dano ambiental continuou
sendo praticado impunemente.
Houve uma indesculpável demora na obtenção
da autorização necessária para o uso de um
recurso de R$ 7,6 milhões, obtido junto ao
Ministério da Cidades, hoje Secretaria Nacional
de Saneamento Ambiental, para a despoluição
deste manancial.
Em 2016, a Prefeitura recebeu o aval positivo
para fazer a obra que irá livrar das impurezas
o curso d’água que encorpa o Córrego
Ipiranga, e depois, o Rio Tietê. Apenas depois
de três anos, a administração municipal
conseguiu a autorização.Na sexta-feira, o
Semae anunciou que irá licitar a obra.
Se a mais nova promessa da Prefeitura em
solucionar o problema for cumprida, mais
alguns meses serão necessários para se
atender ao que o Ministério Público considerou
como irregular em 2010: o despejo de
poluentes nas nascentes do Parque Morumbi,
um bairro localizado em uma das zonas
consideradas fundamentais para a
preservação da fauna e flora do ecossistema
das serras do Itapeti e do Mar.
A região ribeirinha do complexo de nascentes
da Bacia Hidrográfica do Rio Tietê conecta os
corredores verdes entre as duas serras e
garantem a sobrevida de espécies ameaçadas
de extinção que migram entre elas em busca
de alimentos e caça.
O problema do Parque Morumbi, na última
década, foi um só; o descaso das autoridades
municipais em caminhar ao lado dos
moradores e abraçar a causa daquela
comunidade. Isso fica ainda mais flagrante
quando se sabe que o mais dificil, o dinheiro,
foi liberado e três anos foram perdidos para a
burocracia. Assim como faltou empenho para
vencer a burocracia, sobretudo nesses últimos
três anos, o poder público municipal também
ficou devendo um diálogo franco e solidário
com a comunidade do bairro.
http://www.odiariodemogi.net.br/parque-
morumbi/
Voltar ao Sumário
8
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Itapetininga
Data: 10/09/2019
Relatório encaminhado à Cetesb aponta que incêndios no Ecoponto de
Itapetininga são de origem criminosa
Prefeitura foi multada em quase R$ 80 mil por
causa de supostos problemas no Ecoponto e
Cetesb pediu relatório sobre as causas do
incêndio para evitar novos casos.
Um relatório encaminhado pela Prefeitura de
Itapetininga (SP) à Cetesb – Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo apontou
que os incêndios registrados no Ecoponto têm
origem criminosa, segundo a Cetesb.
À TV TEM, a Cetesb disse que a prefeitura está
providenciando algumas ações para que os
casos não se repitam.
Já a prefeitura informou que a Secretaria do
Meio Ambiente aumentou o número de
funcionários no local e o policiamento foi
reforçado por meio de ronda contínua da
Guarda Civil Municipal (GCM).
Disse ainda que uma corrente foi colocada na
entrada do Ecoponto para orientar os
moradores onde colocar os materiais, assim
como qual equipe procurar para conseguir
ajuda no local.
Prefeitura de Itapetininga apresenta relatório
de registros de incêndios em Ecoponto
As ações serão tomadas depois que a
prefeitura foi multada em quase R$ 80 mil por
causa de supostos problemas no Ecoponto,
local usado para descarte de restos de
materiais de construção e poda de árvores.
Segundo a Cetesb, entre dezembro de 2018 e
o dia 21 de agosto, foi aplicada uma
advertência e duas multas contra a prefeitura
por disposição inadequada de materiais,
proliferação de vetores e incêndio. A primeira
autuação foi de quase R$ 26,5 mil e a segunda
de R$ 53,1 mil.
Por causa dos incômodos provocados pelo
local, a dona de casa Fernanda Schalch
Siqueira reuniu os moradores do condomínio
onde ela mora, ao lado do Ecoponto, e fez um
abaixo-assinado.
A lista tem quase 200 nomes, foi encaminhada
à Câmara de Vereadores de Itapetininga e
pede para que o Ecoponto deixe de funcionar
na Vila Prado e seja transferido para outra
área.
O assunto foi discutido pelos vereadores e um
requerimento, assinado por três
parlamentares, pediu esclarecimentos à
Cetesb e Ministério Público sobre a situação no
local.
A Cetesb informou que não é a companhia que
dá a licença para o Ecoponto funcionar, mas
como foram registradas irregularidades, fez as
autuações e pediu o relatório sobre os
incêndios. Informou também que não recebeu
a notificação da Câmara Municipal.
https://g1.globo.com/sp/itapetininga-
regiao/noticia/2019/09/09/relatorio-
encaminhado-a-cetesb-aponta-que-incendios-
no-ecoponto-de-itapetininga-sao-de-origem-
criminosa.ghtml
Voltar ao Sumário
9
Grupo de Comunicação
Veículo: Dourados Agora
Data: 10/09/2019
Debatedores defendem aprovação de
projeto sobre qualidade do ar
Especialistas e empresários defenderam nesta
quarta-feira (4) a aprovação de uma diretiva
específica do Estado para melhorar a
qualidade do ar.
A avaliação foi feita durante audiência pública
promovida pela Comissão de Desenvolvimento
Urbano da Câmara dos Deputados para
debater o Projeto de Lei 10521/18, que institui
a Política Nacional de Qualidade do Ar e cria o
Sistema Nacional de Informações de
Qualidade do Ar.
O texto estabelece princípios e parâmetros
para o tema, como os padrões de qualidade do
ar, sua relação com o zoneamento ambiental,
a avaliação de impactos ambientais e o
licenciamento ambiental.
O representante da Diretoria de Engenharia e
Qualidade Ambiental da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb), Cláudio Darwin Alonso, elogiou a
iniciativa.
"Olha, é muito importante que ele saia,
porque é o último a sair. Já saiu o Plano de
Águas, o Plano de Resíduos Sólidos, e enfim,
está saindo o de Ar, que, com os devidos
aperfeiçoamentos que a Câmara vai fazer, vai
sair ótimo", avaliou.
Mas o representante da Cetesb tem ressalvas.
Como os parâmetros de poluição mudam com
o tempo, ele acha um erro haver uma lei que
estabeleça, como traz o projeto, a existência
de dois padrões de qualidade do ar, um que
trata da concentração de poluentes que, se
ultrapassada, pode afetar a saúde da
população e outro que trata da concentração
de poluentes que provocam apenas mal-estar
na população e pequenos danos ao meio
ambiente.
Ele defende que os padrões de qualidade
sejam baseados na saúde e nas descobertas
feitas ao longo do tempo sobre os malefícios
dos poluentes.
Monitoramento
Segundo dados citados na audiência, o Brasil
não monitora a qualidade do ar na maior parte
do território. Apenas sete estados fazem esse
tipo de acompanhamento, nenhum na Região
Norte e apenas um no Nordeste, a Bahia.
Os outros estados que monitoram o ar são Rio
de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Goiás,
Paraná e Rio Grande do Sul.
A poluição do ar é a quarta causa de mortes
no mundo e a primeira causa ambiental,
alertou a representante do Instituto Saúde e
Sustentabilidade, Evangelina Vormittag.
Em São Paulo, o número de mortes
provocadas pela poluição do ar é duas vezes
maior do que em acidentes de trânsito.
"Nós temos resoluções e leis que não são
cumpridas. Então, de uma certa forma
precisamos de uma lei de fato que imponha
metas, sanções, de forma que não haja a
possibilidade de não se cumprir todo o
arcabouço legal que existe em relação a isso",
observou.
Críticas A mesma opinião tem a representante
do Conselho Internacional do Transporte
Público, Carmen Araújo, que afirma que
algumas resoluções do Conama não se
conectam.
Opinião diferente tem o representante da
Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph
Júnior, que considera um erro se a Política
Nacional da Qualidade do Ar entrar em
detalhes que poderiam ser supridos por
resoluções do Conama, que são menos
burocráticas e mais facilmente atualizadas
com base em recentes pesquisas científicas.
O relator do projeto, deputado José Ricardo
(PT-AM), entende a preocupação da indústria.
"O setor empresarial se preocupa com a nova
lei que vai criar obrigações pra ele, vai apertar
e exigir que ele faça investimentos para
diminuir a poluição, no caso fabricantes de
veículos, mais regras para produzir veículos
que poluam menos.
Mas essa é razão de uma legislação. Forçar a
barra pra agentes poluidores ou agentes que
produzam equipamentos que poluam o meio
10
Grupo de Comunicação
ambiente sejam pressionados a encontrar
tecnologias para poluir menos.
Acho que essa é a lógica", observou.
O relator da proposta espera que o projeto
seja votado na Comissão de Desenvolvimento
Urbano em meados de outubro.
O representante da Anfavea chamou atenção
para a idade da frota de veículos do Brasil. De
cada 10 veículos, 8 são automóveis com mais
de 10 anos de fabricação, mesmo tempo de
vida de quatro em cada 10 caminhões e pouco
mais de um terço dos ônibus em circulação.
Mortes de crianças
Outros números foram apresentados pela
representante do Instituto Alana, Thaís
Dantas. Segundo ela, em todo o mundo, 169
mil mortes de crianças com menos de 5 anos
de idade são causadas pela poluição do ar.
A analista de projetos do Instituto de Energia
e Meio Ambiente, Beatriz Oyama, afirmou que
o texto do projeto precisa considerar as
características das diversas fontes de poluição
do ar e as diferentes responsabilizações: as
'fontes móveis', como automóveis, são de
responsabilidade municipal.
Segundo ela, cabe ao município melhorar o
sistema viário e estimular o uso transporte
público.
Já o controle das chamadas 'fontes fixas'
(indústria, usinas termelétricas e mineração) é
estadual e tem articulação com a área de
licenciamento ambiental, de acordo com a
Política Nacional de Meio Ambiente.
https://www.douradosagora.com.br/noticias/
meio-ambiente/debatedores-defendem-
aprovacao-de-projeto-sobre-qualidade-do-ar
Voltar ao Sumário
11
Grupo de Comunicação
Veículo: Leio a Gazeta
Data: 10/09/2019
Cinco loteamentos de Arujá serão regularizados nos próximos meses
De acordo com a prefeitura, falta liberação da
Cetesb e detalhes de iluminação e sinalização
Arujamérica Gleba D, Penhinha, Retiro, Jardim
Josely e Vila Arujá devem ser os próximos
loteamentos legalizados pelo programa de
regularização fundiária da Secretaria Municipal
de Habitação. De 2017 até agora, a
administração municipal beneficiou mais de
6,3 mil pessoas que residem em cerca de 1,8
mil lotes dos bairros Mirante, Barbosas,
Codhar e Vila Flora Regina.
Em vídeo de prestação de contas divulgado
nas redes sociais, o prefeito José Luiz Monteiro
(MDB), o Zé Luiz, comentou a continuidade do
programa municipal, realizado em conjunto
com a Secretaria de Estado da Habitação, por
meio da Cidade Legal. Somente nos próximos
cinco núcleos serão cerca de 470 lotes
regularizados.
“Nisso, Arujá é campeã estadual e, por isso, o
trabalho da Secretaria de Habitação é tão
importante e é mantido”, afirma o prefeito,
lembrando que a cidade é responsável por
legalizar mais de 11,3 mil lotes e beneficiar
diretamente cerca de 40 mil pessoas.
LEGITIMAÇÃO – Uma das novidades do
programa de regularização é a legitimação
fundiária, cujo título é emitido sem custos
para o contribuinte e possibilita a requisição
de matrícula do imóvel junto ao Cartório de
Registro de Imóveis de Santa Isabel.
Proprietários de centenas de imóveis do
Mirante, Jardim Pinheiro e Barbosas devem
procurar a Secretaria Municipal de Habitação e
solicitar o documento. A estimativa da
Secretaria é que o prazo entre a solicitação e
o recebimento do documento de legitimação
leve aproximadamente 60 dias.
Devem ser apresentados cópias de RG, CPF,
comprovante de residência (água, luz ou
telefone), documentos do imóvel, carnê do
Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU),
certidão de casamento, com averbação se
houve divórcio, e em caso de óbito, um
atestado.
“Emitimos o título para qualquer proprietário
que ainda não o possui, desde que viva em
um dos núcleos que regularizamos. Muitas
vezes a pessoa perde o que chamamos de
cadeia sucessória, muito comum de acontecer
com imóveis que foram vendidos várias vezes.
Estamos à disposição para atender os
interessados e tirar todas as dúvidas”, explica
o secretário de Habitação, José Orlando da
Silva.
https://www.leiaogazeta.com.br/cinco-
loteamentos-de-aruja-serao-regularizados-
nos-proximos-meses/
Voltar ao Sumário
12
Grupo de Comunicação
Veículo: GCN Net
Data: 10/09/2019
Câmara vota projeto sobre Expansão
Urbana nesta terça-feira
O projeto já entrou em pauta outras vezes na
Casa de Leis. Na primeira vez foi rejeitado e
por outras vezes adiado.
Uma audiência pública já realizada contou com
a participação de empreendedores imobiliários
e profissionais da área. Também houve
manifestação dos órgãos ambientais, como
Sabesp, CPFL e CETESB, não se opondo à
expansão.
A Câmara Municipal de Franca vota o projeto
sobre Expansão Urbana do Município na
sessão desta terça-feira, 10. O projeto já
entrou em pauta outras vezes na Casa de Leis.
Na primeira vez foi rejeitado e por outras
vezes adiado. Agora seguindo as etapas
recomendadas, inclusive pelo Ministério
Público, a propositura do Poder Executivo vai à
apreciação dos vereadores.
Uma audiência pública já realizada contou com
a participação de empreendedores imobiliários
e profissionais da área. Também houve
manifestação dos órgãos ambientais, como
Sabesp, CPFL e CETESB, não se opondo à
expansão.
O projeto amplia limites urbanos atuais para
crescimento da cidade, com o surgimento de
novos investimentos para o setor habitacional
do município.
https://gcn.net.br/noticias/402138/franca/201
9/09/-camara-vota-projeto-sobre-expansao-
urbana-nesta-terca-feira
Voltar ao Sumário
13
Grupo de Comunicação
Veículo1: Marília Notícias
Data: 10/09/2019
Estado anuncia investimentos de R$ 15 milhões para Marília
Aumento de câmeras de segurança e unidade
do ‘Canal Direto-SP Mais perto’ estão no
pacote.
O prefeito Daniel Alonso (PSDB) e o secretário
estadual de Desenvolvimento Regional, Marco
Vinholi, anunciaram no último sábado, dia 7,
no auditório do gabinete da Prefeitura (2º
andar do Paço Municipal), investimentos em
torno de R$ 15 milhões para Marília.
As novidades ficam por conta do aumento de
câmeras na Central de Videomonitoramento e
uma unidade do “Canal Direto SP Mais Perto”
na cidade.
Esta foi a segunda vez que o representante do
governador João Doria esteve na cidade. Na
outra oportunidade, Marco Vinholi veio no
início do ano em uma de suas primeiras visitas
no Estado logo que assumiu a secretaria.
Dentre as novidades, Vinholi anunciou um
aumento das câmeras de segurança na
Central de Videomonitoramento já existente
em Marília. A cidade será contemplada com
mais 24 unidades, chegando ao total de 36
câmeras. Nesse anúncio os investimentos
passam dos R$ 5 milhões.
Já a 6ª unidade do “Canal Direto SP Mais
Perto” será implantado no prédio que hoje
abriga órgãos do governo, como Cati
(Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral), órgão da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo; e a
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo.
O prédio pertencente ao município, fica rua
Santa Helena, ao lado do Bosque Municipal e
vai unir todos os órgãos do governo instalados
na cidade em um só local. O valor da reforma
do prédio será de aproximadamente R$ 10
milhões.
Além dos novos anúncios, Vinholi destacou a
vinda da empresa Passaredo para Marília,
fazendo voos diretos para a Capital e a
liberação das verbas para a construção da
Ponte do Ricardão e do recape e construção de
ciclovia na vicinal Marília-Avencas – obras já
anunciadas pelo prefeito Daniel Alonso. Ao
todo, os novos anúncios somaram mais de
R$15 milhões de investimentos em Marília.
“Estamos muito felizes em fazer esse anúncio
em Marília. Todos os pedidos foram feitos pelo
prefeito Daniel Alonso, que desde o início vem
lutando e fazendo reivindicações para Marília.
Nós colocamos a casa em ordem e hoje
podemos fazer esses anúncios e muitos
outros”, disse Marco Vinholi.
“Ficamos muito felizes com esses anúncios.
Estávamos lutando desde o início do governo
por essas melhorias e elas chegaram.
Agradeço ao nosso governador por ter um
carinho com a nossa cidade e tenho certeza
que muitas outras novidades estão por vir”,
disse Daniel Alonso.
A cerimônia do anúncio ocorreu com a
presença dos vereadores Marcos Santana
Rezende (presidente da Câmara), José Carlos
Albuquerque e Evandro Galete. “Assim como a
Câmara de Vereadores está alinhada com o
prefeito Daniel Alonso, também estamos
alinhados com o Governo do Estado aqui
representado pelo nosso secretário Marco
Vinholi. Estamos trabalhando e muito para
uma Marília melhor”, disse Marcos Rezende.
Participaram ainda da cerimonia o presidente
da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São
Paulo), o ex-deputado Federal Walter Ihoshi,
secretários municipais e autoridades regionais
como prefeitos e vereadores. O presidente do
PSDB de Marília, professor Dr. Fábio Manhoso
representou o partido na cerimônia.
Vinholi anunciou também a vinda do
governador João Doria a Marília no dia 11 de
novembro para a abertura dos Jogos Abertos
do Interior, que acontecem na cidade de 11 a
23 daquele mês. João Doria deve também
inaugurar outras obras na cidade.
https://marilianoticia.com.br/estado-anuncia-
investimentos-de-r15-milhoes-para-marilia/
Voltar ao Sumário
14
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Santos
Data: 07/09/2019
Embarcações de pesca paralisam travessia de balsas no litoral de SP
Travessia entre Guarujá e Bertioga ficou
paralisada por mais de 2 horas na manhã
deste sábado (7). Movimento aconteceu
também em Santos (SP) para reivindicar
direitos para a pesca artesanal.
Em movimento realizado por pescadores do
litoral de São Paulo, ao menos 10
embarcações de pesca paralisaram por mais
de 2 horas a travessia de balsas entre Guarujá
e Bertioga na manhã deste sábado (7). O
protesto reivindicou direitos para a pesca
artesanal. Em Santos também houve
manifestação.
A Dersa, responsável pela travessias
litorâneas, informou que a travessia Bertioga-
Guarujá foi paralisada às 7h43 devido à
manifestação de pescadores. O serviço voltou
a operar normalmente às 10h02. Os
pescadores, por sua vez, disseram que não foi
solicitada a paralisação da travessia.
Em Santos, próximo ao Deck do Pescador,
também houve manifestação. No local, ao
menos 20 embarcações fizeram o protesto,
mas não houve interrupção nos serviços de
balsas, barcas ou no Canal de Navegação do
Porto de Santos.
"Essa é uma manifestação pacífica pelos
direitos da pesca em todo litoral de São Paulo.
São centenas de barcos reunidos em todo o
litoral, mais de 15 associações e colônias de
pescadores. Buscamos a regulamentação da
pesca artesanal no Estado de São Paulo",
disse Fabrício Gandini, diretor do Instituto
Maramar.
Em nota, a Secretaria de Agricultura e
Abastecimento de São Paulo disse que está
em diálogo com a categoria por meio dos seus
pesquisadores. A pasta planeja a realização de
um programa para atendimento do setor, na
mesma linha do Programa 'Cidadania no
Campo'.
A Fundação Florestal, da Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente, está
elaborando o plano de manejo da Área de
Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral
Norte em conjunto com a sociedade civil. A
Polícia Miitar informou que cumpre a
fiscalização prevista na legislação federal.
A Marinha do Brasil e a Polícia Federal
acompanharam a manifestação. Foram
mobilizados botes de casco semi-rígido, da
Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), e o
Navio-Patrulha Gurupi (P47) e a lancha
blindada Mangangá, ambos do Grupamento de
Patrulha Naval do Sul e Sudeste.
Segundo o capitão dos portos de São Paulo, o
capitão-de-mar-e-guerrra Daniel Américo Rosa
Menezes, as equipes no mar têm o objetivo de
garantir a segurança do tráfego aquaviário e
não interferir na manifestação. A PF
acompanhou por ser responsável pelo
policiamento marítimo.
Em caso de obstrução de via navegável ou
ação que colocasse em risco embarcações,
passageiros e tripulantes, os responsáveis
poderiam ser penalizados. O artigo 261 do
Código Penal brasileiro estabelece multa e
15
Grupo de Comunicação
prisão de até dois anos aos infratores desse
tipo de crime.
Outro protesto
Em maio de 2018, pescadores realizaram uma
manifestação em apoio ao movimento dos
caminhoneiros que ocorria pelo país.
Embarcações foram posicionadas no canal do
Estuário e impediram a manobra de dois
navios no Porto de Santos. A travessia de
balsas ficou interrompida durante uma hora
pela manifestação.
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/09/07/embarcacoes-de-
pesca-paralisam-travessia-de-balsas-no-
litoral-de-sp.ghtml
Voltar ao Sumário
16
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 07/09/2019
Ação conjunta realiza fiscalização de ocupações irregulares no Parque Estadual Restinga de Bertioga
Equipes demoliram quatro barracos
construídos na zona de amortecimento
Além da demolição, equipes recolheram
centenas de metros de cabos para ligações de
energia (Divulgação)
Uma ação conjunta para fiscalizar as
ocupações irregulares na Zona de
Amortecimento do Parque Estadual Restinga
de Bertioga (PERB) foi realizada na última
terça-feira (3).
Além da Prefeitura de Bertioga, o trabalho
integrado teve a participação da Fundação
Florestal, Polícia Militar Ambiental e da
Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio
Ambiente, por meio da Coordenadoria de
Fiscalização e Biodiversidade. A ação também
contou com o apoio da distribuidora de
energia Elektro.
As equipes realizaram a demolição de quatro
barracos construídos recentemente e
apreenderam centenas de metros de cabos
para ligações clandestinas de energia.
Segundo o secretário de Meio Ambiente de
Bertioga, Fernando Poyatos, a ação vai ao
encontro do que a Prefeitura já tem feito.
“Realizamos constantemente operações de
fiscalização e derrubada de construções
irregulares em áreas protegidas. Temos obtido
resultados positivos nesse sentido, inclusive
com uso de monitoramento por câmeras de
vídeos em áreas embargadas, como no bairro
Chácaras”, disse Poyatos.
A população pode denunciar ocupações e
invasões irregulares pelo telefone do
Departamento de Operações Ambientais: (13)
3317-7073.
PERB
O Parque Estadual Restinga de Bertioga é uma
área de 9.312,32 hectares. Em dezembro
passado, foi aprovado o plano de manejo do
PERB, que trouxe diretrizes para o uso do
PERB, levando em conta três objetivos:
conservação da natureza; uso público e
educação ambiental, como lazer e turismo; e
promoção de pesquisa cientifica. O documento
dispõe sobre o regulamento da área de e
como ela pode ser explorada para gerar
renda, protegendo a biodiversidade e os
recursos hídricos no Município.
https://www.atribuna.com.br/cidades/bertioga
/a%C3%A7%C3%A3o-conjunta-realiza-
fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-de-
ocupa%C3%A7%C3%B5es-irregulares-no-
parque-estadual-restinga-de-bertioga-1.66392
Voltar ao Sumário
17
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 10/09/2019
Lago do Parque Morumbi ainda espera por despoluição
Há nove anos, o Parque do Morumbi espera
por uma ação efetiva para despoluir o lago
formado pelas nascentes do bairro. Mais uma
vez, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos
(Semae) promete iniciar licitação para resolver
o problema. O assunto foi debatido com a
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) em reunião nesta semana,
convocada pelo Ministério Público do Meio
Ambiente.
A situação no local se arrasta desde 2010,
quando o líder comunitário Décio Rodrigues
Lopes fez a primeira denúncia à Cetesb. Desde
então, ele diz que diversas análises da água
do lago símbolo do bairro, formado pelas
nascentes, foram coletadas. “Aqui, as casas
usam fossa e a gente nunca vê um caminhão
vir limpar, então claro que isso afeta o lençol
freático. As análises da água mostram
coliformes fecais. Aqui produz tanta água, mas
acaba tudo indo para o esgoto”, enfatiza.
Ainda segundo Lopes, em 17 de junho deste
ano, o Ministério Público determinou prazo de
um ano para a Prefeitura de Mogi adotar
medidas a fim de obstar o lançamento de
esgoto sem tratamento em qualquer curso
d’água da cidade.
A alternativa que vem sendo apontada há
anos para resolver o problema é a construção
da Estação Elevatória de Esgoto Bruto (EEEB),
que vai integrar o novo Coletor Ipiranga, para
acompanhar o projeto que beneficiará a região
do Parque Morumbi. A licença prévia para
execução foi emitida em outubro de 2017.
A Prefeitura de Mogi informou que prepara a
licitação para construção do coletor-tronco
Ipiranga, entre o Parque Morumbi e o Centro,
com 6,7 quilômetros de redes coletoras. O
sistema atenderá ainda os moradores da Vila
da Prata, Mogi Moderno, São João, Jardim
Camila, Caputera e parte da região central. A
população beneficiada será de 65.323
pessoas, com o investimento de R$
9.029.393,41, sendo R$ 7.665.779,91 do
Governo Federal e o restante de contrapartida
da administração municipal.
Ainda de acordo com a administração
municipal, os trâmites para a licitação
demoraram porque a Prefeitura teve de
aguardar a autorização do Governo Federal.
A denúncia do líder comunitário é
acompanhada com rigor por ele. Segundo
Lopes, desde então, o Semae chegou a ser
autuado por deixar a situação se arrastar por
todos este ano. No entanto, de acordo com o
denunciante, agora a Cetesb arquivou o
processo, de modo que as irregularidades
antes apontadas são “anistiadas”, e abriu novo
processo.
A reportagem de O Diário questionou a Cetesb
sobre o assunto, a fim de esclarecer o motivo
para isso. A companhia não respondeu ao
questionamento e ressaltou apenas que a
pauta da reunião foi o saneamento básico em
Mogi, sendo que a Diretoria do Semae se
comprometeu a apresentar um “mapeamento”
geral da situação do esgotamento sanitário no
município, além de sugerir que as informações
sobre a situação na cidade fossem
questionadas à Promotoria de Justiça do Meio
Ambiente, que convocou a reunião.
O Semae também foi questionado sobre a
situação e informou que desde 2012 trabalha
para implantação de sistema de coleta e
tratamento de esgoto no Parque Morumbi. De
outubro daquele ano a fevereiro de 2013, a
autarquia instalou toda a tubulação para
coleta de esgoto no bairro. Quanto ao
tratamento, o Semae apresentou projeto para
instalação de uma estação compacta. A
proposta não foi aceita pela Cetesb e a
autarquia fez projeto para coletor-tronco e
buscou recursos para a obra.
Em 2016, o município conseguiu R$
7.665.779,91 da Secretaria Nacional de
Saneamento Ambiental (que pertencia ao
então Ministério das Cidades), que com a
contrapartida de R$ 1.363.613,50 somará
investimento de R$ 9.029.393,41.
Ao longo desses três anos, a Prefeitura não
abriu licitação porque aguardava liberação dos
recursos, pelo Governo Federal, que por meio
dos analistas da Caixa Econômica Federal,
solicitou recorrentes revisões do projeto.
“Com a autorização emitida este ano, a
Prefeitura prepara a abertura da licitação,
18
Grupo de Comunicação
conforme informamos. Na atual gestão, não
há multas aplicadas pela Cetesb por falta de
tratamento de esgoto no Parque Morumbi”,
destacou a nota enviada a O Diário.
http://cloud.boxnet.com.br/yyxu8z75
Voltar ao Sumário
19
Grupo de Comunicação
Veículo: GC Net
Data: 10/09/2019
Câmara vota projeto sobre Expansão
Urbana nesta terça-feira
O projeto já entrou em pauta outras vezes na
Casa de Leis. Na primeira vez foi rejeitado e
por outras vezes adiado.
Uma audiência pública já realizada contou com
a participação de empreendedores imobiliários
e profissionais da área. Também houve
manifestação dos órgãos ambientais, como
Sabesp, CPFL e CETESB, não se opondo à
expansão.
A Câmara Municipal de Franca vota o projeto
sobre Expansão Urbana do Município na
sessão desta terça-feira, 10. O projeto já
entrou em pauta outras vezes na Casa de Leis.
Na primeira vez foi rejeitado e por outras
vezes adiado. Agora seguindo as etapas
recomendadas, inclusive pelo Ministério
Público, a propositura do Poder Executivo vai à
apreciação dos vereadores.
O projeto amplia limites urbanos atuais para
crescimento da cidade, com o surgimento de
novos investimentos para o setor habitacional
do município.
https://gcn.net.br/noticias/402138/franca/201
9/09/-camara-vota-projeto-sobre-expansao-
urbana-nesta-terca-feira
Voltar ao Sumário
20
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Difusora Franca
Data: 10/09/2019
Câmara vota projeto sobre Expansão Urbana do município
http://cloud.boxnet.com.br/y6epolxb
Voltar ao Sumário
21
Grupo de Comunicação
Veículo: O Dia de Marília
Data: 10/09/2019
Vinholi visita Marília e anuncia verba de R$ 15 milhões para câmeras e ciclovia
https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
B8DBBB647CE26981BB4EC88C1F4D21F9ADA
5C31307794A8FCC2F9C4EB90D6696B23DF8B
7C2DD5F3663578660102E6E64F48060914EC
7CC1B0ADD2FA3D95F1BECB28EF2DBE388AD
4E971118ECAE414DE3
Voltar ao Sumário
22
Grupo de Comunicação
Veículo: A Comarca Regional de Avaré
Data: 10/09/2019
Obras da rede de esgoto no bairro Chácara das Flores terão início neste
mês
Vereador Patrick se reuniu com o
superintendente regional da Sabesp
Em reunião com o superintendente regional da
Sabesp, Ivan Sobral, o vereador e presidente
da Câmara de laras, Patrick Morales, discutiu
vários assuntos ligados ao saneamento básico
do município, como 0 início das obras da rede
de esgoto do bairro Chácara das Flores,
previsto para este mês de setembro, que tem
valor estimado em R$ 1 milhão, entre
materiais e mão de obra.
"Também coloquei em pauta com o
superintendente a implantação de rede esgoto
em duas ruas da cidade, a Rua Luzia
Aparecida Sacomano dos Santos ea Rua João
Moreira de Oliveira. Esse pedido será avaliado
e encaminhado para análise, e se for aprovado
será executado", afirmou Patrick.
O presidente da Câmara também citou o fato
da cidade ter um encarregado da Sabesp,
"inclusive por termos uma demanda grande e
futura novas instalações de água e esgoto.
Esse pedido será encaminhado para os
superiores e saindo a resposta nos será
enviada", frisou Patrick Morales.
O superintendente Ivan Sobral durante
reunião com Patrick
http://cloud.boxnet.com.br/yxcafrpc
Voltar ao Sumário
23
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta Bragantina
Data: 10/09/2019
Prefeito diz que Sabesp está
brincando com a saúde pública
"Sabesp esta bricandocom a saude publica"'diz
prefeito Jesus
Em reunião realizada ontem no Palácio Santo
Agostinho, o prefeito Jesus Chedid fez
cobranças enérgicas à Superintendente da
Sabesp, Débora Pierini Longo, sobre a
situação do processo judicial do Lago da Hípica
Jaguari, na Zona Norte, além de atenção a lei
que regula reparos na rede de água e esgoto
sem permissão da Prefeitura.
Segundo o chefe do Executivo, as obras de
recuperação da área do Lago da Hípica,
degradada pela Sabesp, já deveriam ter
começado e o estudo não foi entregue no
prazo estipulado pela própria
Superintendência em 4 de junho na Prefeitura.
"A situação da Hípica é uma vergonha, nós
fomos condenados com 20% de
responsabilidade de recuperar a área. Abri
mão de recorrer judicialmente para começar a
obra logo. Faz 95 dias que os serviços estão
atrasados. Quem não cumpriu a promessa
com a população foi a Sabesp, não foi eue
nem o deputado Edmir Chedid ".
Promessa - Segundo Pierini, a licitação será
aberta nesta semana no valor de R$ 6 milhões
com prazo de execução em 12 meses. Ela
ainda reconheceu o atraso do projeto. "A
Sabesp já fez o estudo do solo e nesses meses
fizemos análises da água para verificar o nível
de contaminação. Temos o projeto executivo
pronto, mas houve atraso, pois foi mais
complexo de que prevíamos. O prazo dado foi
da Sabesp, houve desenvolvimento técnico
devido à complexidade e nesta semana o
certame licitatório será aberto, vamos cumprir
a determinação judicial".
Outra questão éa insatisfação com a violação
da lei municipal 868/2019 que determina as
concessionárias prestadoras de serviço no
município solicitar autorização para executar
obras no prazo de 30 dias ou 48 horas após o
recebimento da notificação expedida pela
Secretaria Municipal de Serviços acusando o
dano. No último sábado a Sabesp foi multada
ao ser flagrada executando serviços sem
autorização na rua Õswaldo Russomano,
Parque dos Estados. O prefeito disse que a
partir de hoje, a orientação para as
Secretarias de Saúde e Serviços é multar a
Sabesp pelas irregularidades por ventura
praticadas no município.
Ao reconhecer que esta é uma situação que
precisa ser melhorada, Pierini disse que a
Sabesp precisa melhorar de acordo com os
níveis de exigência das empresas terceirizadas
pela companhia para executar serviços.
Afirmou ainda que a concessionária tem 99%
da rede coletora e 100% do esgoto tratado.
Jesus contestou a sabespiana e elencou vários
bairros que não tem rede coletora, como o
Green Park, Jardim Paturi ea situação do
condomínio Marcelo Stefani, e cobrou uma
solução rápida. “Vocês estão brincando com a
saúde pública. No Green Park já tem estudos
para as ruas 2, 3e4eo esgoto ainda está
correndo a céu aberto e nada foi feito".
Participaram da reunião o prefeito Jesus
Chedid, vice Amauri Sodré, secretários
municipais Luciano Lima (Finanças), André
Monteiro (Obras), Aniz Adib Junior (Serviços),
Darwin da Cruz (Administração), vereador e
líder do prefeito na Câmara Paulo Mário
Arruda e os representantes da Sabesp, Débora
Pierini Longo, superintendente regional, César
Fornazari Ridolpho, gerente geral, Eliana
Ramos Ruffo, departamento de Planejamento
Integral eo advogado Cristian Ferrari.
Prefeito Jesus saiu em defesa do município
com duras críticas ao serviço prestado pela
empresa; justiça responsabilizou a Sabesp em
80% pela recuperação do Lago da Hípica
http://cloud.boxnet.com.br/yygv2cgn
Voltar ao Sumário
24
Grupo de Comunicação
Veículo: Bragança Jornal
Data: 10/09/2019
Sabesp faz nova “promessa” para recuperar Lago da Hípica
Concessionária afirma que licitação será
lançada ainda nesta semana
Companhia de Saneamento Bá-Asico do
Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou que
abrirá nesta semana a licitação paradarinício
às obras de recuperação do Lago da Hípica, na
zona norte da cidade, imbróglio que se arrasta
há mais de dez anos.
A "promessa” foi feita pela superintendente da
empresa, Débora Pierini Longo, em reunião na
Prefeitura de Bragança Paulista, na manhã
dessa segunda-feira, 9 de setembro. Em 4 de
junho último, ela havia assumido o
compromisso, junto ao prefeito Jesus Chedid e
deputado estadual Edmir Chedid, de que
iniciaria
as obras em 60 dias. Passados 90 dias, nada
foi feito. "O prefeito está correto em cobrar a
Sabesp com relação ao Lago da Hípica. Nósjá
fizemos o projeto, a licitação será lançada
nesta semana. Sabemos que é um ônus para
o município e estamos correndo para atender
a demanda. Tivemos problemas técnicos na
execução do projeto e temos o recurso
liberado. Houve uma falha por parte nossa
[Sabesp], eu que passei o prazo, não foi o
prefeito e nem o deputado”, afirmou a
superintendente Débora.
O valor da licitação é RS 6 milhões e o prazo
para a conclusão dos trabalhos é 12 meses,
após aassinatura de contrato.
A empresa respondeu vários questionamentos
da impressa, como: coleta de esgoto, obras
em diversos bairros, contrato de concessão
que está vencido, entre outros.
O prefeito Jesus Chedid por vários momentos
se alterou com o posicionamento da empresa
em relação ao município. “A Sabesp é um
estoque de mentiras. É uma falta de respeito
com a cidade, emporcalham a cidade e não
melhoram nada. A Sabesp está desrespeitando
Bragança Paulista”, afirmou o prefeito.
HISTÓRICO
O Bragança-Jornal acompanha o caso sobre o
Lago da Hípica desde o início, que se arrasta
desde 2005 com a abertura de um Inquérito
Civil instaurado pelo Ministério Público, por
meio da Promotoria do Meio Ambiente, que
gerou uma Ação Civil Pública (ACP). 0
Ministério Público apontou como responsáveis
a Sabesp pelo lançamento do lodo oriundo da
sua Estação de Tratamento de Águas (ETA) no
Jardim Santa Lúcia, eaPrefeitura pelas erosões
das ruas não pavimentadas dos loteamentos
Hípica Jaguari, Jardim do Cedro, Conjunto
Habitacional CDHU e obras de pavimentação
da Rua Alziro de Oliveira.
Desde então o processo teve inúmeros
andamentos, inclusive com acordos firmados e
não cumpridos, o que resultou na
sentençajudicial
13 anos depois, datada de 7 de fevereiro de
2018, quejulgou parcialmente procedente a
ação, para o fim de determinar que Sabesp ea
Prefeitura executem a recuperação e de
impedimento de assoreamento do Lago da
Hípica, conforme as obrigações apontadas em
laudo pericial apresentado, que concluiu pela
responsabilidade de 80% pela recuperação é
da Sabesp, que durante 30 anos carreou lodo
da ETA para o lago, e os outros 20% de
responsabilidade é da Prefeitura em razão da
erosão das ruas adjacentes.
Em 2016, a Sabesp começou a fazer a limpeza
da vegetação no lago, mas não concluiu.
25
Grupo de Comunicação
Vista aérea do Lago da Hípica Jaguary: no
local será implantado o Parque Ecológico Frei
Constâncio Nogara DIMP
http://cloud.boxnet.com.br/yy6yp38p
Voltar ao Sumário
26
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Piracicaba/EPTV/ Rádio CBN
Campinas
Data: 10/09/2019
Carro fica pendurado em barra de ferro com duas rodas no ar após acidente em Piracicaba
Acidente aconteceu no cruzamento entre as
ruas Prudente de Moraes e Santa Cruz, no
Bairro Alto. Ninguém ficou ferido.
Por G1 Piracicaba e Região
Um carro ficou pendurado em uma barra de
ferro com duas rodas no ar após um acidente
no cruzamento entre as ruas Prudente de
Moraes e Santa Cruz, no Bairro Alto, em
Piracicaba (SP), na tarde desta segunda-feira
(9).
Um outro carro se envolveu na colisão, mas
não há informações sobre qual condutor
ultrapassou o sinal de pare na via. Ninguém
ficou ferido e o cruzamento precisou ser
interditado para a remoção do veículo que
colidiu com a barra de ferro, que pertence ao
Departamento de Águas e Energia Elétrica
(Daee) de São Paulo.
Um guincho e o Corpo de Bombeiros foram
acionados para a remoção do veículo.
Segundo comerciantes da região, é comum a
ocorrência de acidentes no cruzamento.
https://g1.globo.com/sp/piracicaba-
regiao/noticia/2019/09/09/carro-fica-
pendurado-em-barra-de-ferro-com-duas-
rodas-no-ar-apos-acidente-em-
piracicaba.ghtml
Voltar ao Sumário
27
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Santos / A Tribuna de Santos
Data: 10/09/2019
Hidrante explode e provoca
inundação em avenidas de Santos
Acidente aconteceu na Avenida Senador Feijó,
no bairro da Encruzilhada, em frente a um
centro comercial.
Por G1 Santos
Um vazamento de água causado pela explosão
de um hidrante inundou vias de Santos, no
litoral de São Paulo, na manhã desta terça-
feira (10). De acordo com a Sabesp, equipes
de emergência foram acionadas para conter o
vazamento na Avenida Senador Feijó, no
bairro da Encruzilhada, mas ainda não há
previsão para a conclusão dos reparos.
Segundo apurado pelo G1, o vazamento
começou na madrugada desta terça-feira, por
volta das 3h, em frente a um centro comercial
na Avenida Senador Feijó. Trechos de vias
adjacentes, como a Rua Doutor Carvalho de
Mendonça, também foram atingidos pela
água.
De acordo com a Companhia de Engenharia de
Tráfego de Santos (CET-Santos), equipes
foram acionadas por volta das 6h para isolar o
local, que oferece riscos a pedestres e
motoristas.
Ainda de acordo com a CET, os agentes de
trânsito aguardavam a chegada das equipes
da Sabesp para a realização dos reparos para
identificar a necessidade de interdição do
tráfego na avenida. A calçada permanece
isolada e a via sinalizada.
A Sabesp informou que foi notificada do
vazamento por volta das 3h e técnicos estão
no local, onde foram realizadas manobras no
sistema para providenciar os reparos após o
rompimento de uma tubulação. A previsão é
de que as obras sejam finalizadas por volta
das 12h.
Agentes da CET sinalizam vias e interditam
calçada após vazamento em Santos, SP —
Foto: Solange Freitas/G1Agentes da CET
sinalizam vias e interditam calçada após
vazamento em Santos, SP — Foto: Solange
Freitas/G1
Agentes da CET sinalizam vias e interditam
calçada após vazamento em Santos, SP —
Foto: Solange Freitas/G1
http://cloud.boxnet.com.br/yypo4l7j
Voltar ao Sumário
28
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Jornal da Ciência
Data: 10/09/2019
Pesquisadores premiados divulgam carta aberta em defesa da ciência,
educação e meio-ambiente
“A construção de um Brasil melhor deve partir
fundamentalmente de uma profunda
indagação sobre qual o tipo de
desenvolvimento que queremos”, diz o grupo
de pesquisadores brasileiros ganhadores do
prêmio Green Talents, concedido anualmente
pelo Ministério da Educação e Pesquisa da
Alemanha
Os primeiros meses do atual governo têm
gerado significativa consternação à
comunidade científica brasileira, que se
preocupa com os efeitos danosos e de longo
prazo das políticas e posturas adotadas
particularmente no que se refere ao ensino,
pesquisa e inovação no Brasil e à agenda da
sustentabilidade, que muito depende desta
tríade. Diante da sequência de cortes
anunciados pelo Ministro da Educação e da
leniência do Ministro do Meio Ambiente com as
recentes queimadas na Amazônia, nós, um
grupo de brasileiros e brasileiras,
pesquisadores e pesquisadoras ganhadores do
prêmio Green Talents (www.greentalents.de),
concedido anualmente pelo Ministério da
Educação e Pesquisa da Alemanha em
reconhecimento da excelência de nossas
pesquisas na área de sustentabilidade, nos
unimos para manifestar nosso pesar com as
escolhas políticas do governo nessas duas
frentes, e compartilhar possíveis alternativas
para a construção de um Brasil melhor e mais
justo. Muito mais do que oferecer argumentos
de autoridade ou soluções prontas, nossa
intenção é a de convidar a comunidade em
geral para uma reflexão acerca de alguns
aspectos relevantes do contexto atual.
Amazônia:
O monitoramento das alterações da cobertura
vegetal na região amazônica é realizado pelo
governo federal por meio do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE) desde 2004. O
órgão esteve recentemente no epicentro de
uma polêmica envolvendo seu ex-diretor Prof.
Ricardo Galvão e o Presidente Jair Bolsonaro
em virtude da divulgação de dados que
indicavam o aumento do desmatamento na
Amazônia. O governo federal contestou os
dados científicos do INPE, os quais foram
amplamente validados pela comunidade
acadêmica, inclusive pela NASA, e abriu um
edital para contratação de uma empresa
privada para realização de serviço análogo de
monitoramento. O episódio culminou na
exoneração do Prof. Galvão do cargo de
diretor no começo de Agosto.
Convidado pelo governo para assumir a
presidência do INPE temporariamente,
Darcton Policarpo Damião, disse em entrevista
ser “muito natural” que o Presidente da
República seja previamente informado sobre
dados referentes ao desmatamento antes de
sua divulgação. O que o diretor interino define
como natural, contudo, tem, para nós, ar de
censura. Submeter os dados à apreciação
prévia abre uma brecha significativa para que
estes sejam alterados ou indisponibilizados,
conforme seu agrado. Vale lembrar que a
publicidade de dados de interesse público é
preceito geral derivado de norma
constitucional. Se o compromisso do governo
é disponibilizar dados fiéis à realidade, não se
pode aceitar que estejam sujeitos a um crivo
prévio.
Merece destaque o fato de que o atual Ministro
do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi
condenado em primeira instância pela justiça
paulista em ação civil pública movida pelo
Ministério Público do Estado em 2018 pela
prática de improbidade administrativa quando
estava à frente da Secretaria do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo. Segundo a
condenação, o então Secretário atuou para
adulterar mapas e assim reduzir áreas de
proteção ambiental beneficiando empresas de
mineração. Vale ainda notar que desde o início
do seu mandato, Salles vem implementando
uma série de cortes nos orçamentos de
diversas agências de proteção e regulação
ambiental. Tais fatos contribuem para uma
sensação de que está em curso um desmonte
do aparato institucional de conservação,
monitoramento e fiscalização do meio
ambiente.
Ainda que não seja o pulmão do mundo, título
que competiria com mais propriedade às algas
marinhas por lançarem na atmosfera uma
quantidade maior de oxigênio, a floresta
Amazônica é um elemento chave na
manutenção do regime hídrico do país,
principalmente no que diz respeito às chuvas
29
Grupo de Comunicação
no Centro-Oeste, Sul e Sudeste,
desempenhando assim papel fundamental na
agricultura e no abastecimento de água
nessas regiões. O ecossistema amazônico
funciona ainda como um grande mecanismo
de sequestro de carbono da atmosfera, sendo
uma ferramenta importante no controle do
aquecimento global e do clima de vários
países da região. Durante as queimadas, o
carbono absorvido pelas árvores é lançado de
volta à atmosfera, o que pode agravar ainda
mais as mudanças climáticas.
Os efeitos do desmatamento da floresta,
portanto, não se restringem às suas
imediações, podendo ter graves impactos
sobre a economia do país – sendo a mais
óbvia delas a ameaça internacional de
embargo aos produtos brasileiros. O
desmatamento da região está atrelado a um
modelo retrógrado de desenvolvimento,
ancorado em produtos de baixo valor
agregado, como a agropecuária extensiva. A
premissa de que aumentar a produção
agrícola requer maior área plantada ignora
que, no último século, os ganhos de
produtividade foram impulsionados pelos
grandes avanços científicos e tecnológicos,
inclusive voltados para práticas ecológicas de
produção. Faremos muito mais pela economia
se reconhecermos que nossas florestas valem
muito mais em pé do que derrubadas,
podendo prover insumos valiosos para
indústrias de média ou alta intensidade
tecnológica, como a farmacêutica e a de
cosméticos.
Não apenas do ponto de vista econômico a
floresta vale mais conservada. O bioma
amazônico é um ecossistema que luta para se
manter em equilíbrio, abrigando rara
biodiversidade, além de diversas comunidades
tradicionais, cuja sobrevivência é colocada em
risco pela destruição da floresta. Segundo o
IPAM, a Amazônia Legal abriga 69% das terras
indígenas existentes no território nacional e
55% de suas populações, as quais dependem
da floresta para perpetuar sua cultura e modo
de vida. Algumas das práticas das
comunidades tradicionais representam, aliás,
significativos avanços sociotécnicos de uso
sustentável dos recursos naturais.
Historicamente, líderes dessas comunidades
têm vivido conflitos permeados pelo interesse
econômico de empresários e fazendeiros pela
floresta. O ataque às terras da comunidade
Waiapi é apenas um dos exemplos recentes da
série de invasões e agressões contínuas (e
cada vez mais frequentes) aos territórios
indígenas da região. Além disso, o atual
governo já manifestou, em diversas ocasiões,
a intenção de liberar a exploração mineral e o
garimpo em terras indígenas, o que poderia
aumentar conflitos e gerar desequilíbrios
ecológicos.
A Constituição Federal garante o direito
originário dos indígenas sobre as terras que
tradicionalmente ocupam, além de prever a
valorização e difusão de suas manifestações
culturais, de modo que qualquer postura que
dê licença implícita ao desrespeito e à
violência contra as comunidades indígenas
deve ser fortemente coibida. Considerando o
papel relevante que as unidades de
conservação e as terras indígenas prestam
para a floresta, evitando desmatamento e
queimadas, garantindo o modo de vida dos
povos tradicionais, e fornecendo serviços
ecossistêmicos essenciais à humanidade, é
imperativo evitar que estas sejam expostas à
exploração de grandes corporações ou sujeitas
à redução.
Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação:
Igualmente essencial para um projeto sólido
de desenvolvimento nacional, a educação vem
sofrendo com a política de cortes do governo
federal. As universidades públicas e os
institutos federais são responsáveis por mais
de 95% das publicações científicas brasileiras,
o que evidencia seu papel fundamental na
geração de conhecimento e na produção de
inovações, ambos motores do
desenvolvimento de um país. O
contingenciamento de recursos discricionários
e o bloqueio orçamentário das Instituições
Federais de Ensino Superior (IFES) posto em
prática desde Abril, não só coloca em xeque a
ciência no Brasil, como compromete a
continuidade de atividades de extensão e
ensino que beneficiam diretamente a
população em geral.
A iminente suspensão de cerca de 84.000
bolsas relacionadas a projetos de pesquisa,
por exemplo, resultará na interrupção de
investigações em curso e na abrupta e
traumática alteração nos planos de vida de
toda uma geração de jovens cientistas,
principalmente aqueles oriundos dos estratos
socioeconômicos mais baixos, colaborando
para o aumento da desigualdade social no
país. Vale ressaltar que, pelas regras vigentes
do CNPq e da Capes, os estudantes de pós-
30
Grupo de Comunicação
graduação beneficiários de bolsas concedidas
pelo órgão devem dedicar-se exclusiva e
integralmente às suas atividades acadêmicas,
não tendo, portanto, outra fonte de renda. A
previsão orçamentária feita pelo governo
federal para 2020 é ainda mais alarmante, um
prenúncio de fim para a pós-graduação pública
e gratuita no país, com cortes de 87% dos
recursos do CNPq e 50% da Capes. Sem
perspectiva de futuro na academia no Brasil,
assistimos a uma fuga de cérebros e auto-
exílio de cientistas brasileiros, que partem
rumo ao exterior em busca de oportunidades
de pesquisa e condições adequadas de
trabalho. Caso esse cenário não seja
contornado em breve, o rombo científico que
se abrirá levará anos para ser superado.
Compreendemos o contexto financeiramente
delicado pelo qual passa nosso país, mas
estamos certos de que o fomento à ciência e à
educação, assim como a conservação do meio
ambiente – e a promoção da saúde -, são
áreas prioritárias e que, portanto, deveriam
ser as menos impactadas pelo
contingenciamento. A nosso ver, os cortes
deveriam voltar-se a própria classe política e
aos altos escalões dos três poderes, com a
concentração dos esforços do governo na
aprovação, em caráter emergencial, de uma
reforma administrativa substantiva, a fim de
acabar com os supersalários e as diversas e
excessivas verbas acessórias de que
desfrutam muitos operadores da máquina
pública. A crise financeira do Brasil deriva da
má alocação de recursos e de uma carga
tributária regressiva com baixa contribuição
proporcional dos mais abastados,
principalmente daqueles detentores de
grandes fortunas. Os cortes anunciados pelos
Ministros da Educação, de Ciência, Tecnologia,
Informação e Comunicação e do Meio
Ambiente vão, portanto, na contramão da
superação da crise, já que desestruturam os
frágeis sistemas de pesquisa e ensino, e de
monitoramento e conservação ambiental
vigentes.
A construção de um Brasil melhor deve partir
fundamentalmente de uma profunda
indagação sobre qual o tipo de
desenvolvimento queremos. Acreditamos que
tanto a educação como um meio ambiente
sadio são condições essenciais para qualquer
modelo de desenvolvimento que preze pelo
bem-estar das pessoas e pela prosperidade
econômica de um país. Por isso, subscrevemos
esta carta convidando a população a se unir a
essa reflexão crítica sobre o Brasil que
estamos construindo.
Coletivo Articulado de Green Talents do Brasil
*O artigo expressa exclusivamente a opinião
dos autores
http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/5-
pesquisadores-premiados-divulgam-carta-
aberta-em-defesa-da-ciencia-educacao-e-
meio-ambiente/
Voltar ao Sumário
Voltar ao Sumário
31
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Rio Preto
Data: 10/09/2019
Queimada atinge área de preservação permanente em Castilho
Brigadistas e bombeiros realizam o trabalho
de combate a queimada, que já dura mais de
cinco horas.
Uma queimada atinge uma área de
preservação permanente em Castilho (SP), na
noite desta segunda-feira (9). Esse é o
segundo incêndio registrado no local em
menos de um mês.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as
chamas começaram na tarde desta segunda-
feira (9) em uma área às margens do Rio
Paraná e se alastraram rapidamente.
Queimada em área de preservação
permanente mobiliza bombeiros e brigadistas
em Castilho
Brigadistas e agentes da corporação realizam
o trabalho de combate a queimada, que já
dura mais de cinco horas e deve perdurar a
noite toda.
Ainda segundo os bombeiros, mais de 600
ocorrências em vegetações foram registradas
somente neste ano.
https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-
preto-
aracatuba/noticia/2019/09/09/queimada-
atinge-area-de-preservacao-permanente-em-
castilho.ghtml
Voltar ao Sumário
32
Grupo de Comunicação
Veículo: Metro Jornal
Data: 10/09/2019
Polícia ambiental prende grupo de baloeiros
Um grupo de baloeiros foi preso em flagrante
no último domingo na região de Sumaré,
interior de São Paulo, quando acabava de
soltar um balão.
Policiais da Polícia Militar Ambiental haviam
sido informados que baloeiros estariam agindo
na Estrada Municipal Luís Fernandes Brada. Ao
investigarem, viram o balão subindo e
encontraram quatro homens, que foram
levados à delegacia. Os carros que dirigiam,
uma caminhonete GM Montana e duas
motocicletas do modelo Honda CG, foram
apreendidas.
De acordo com lei de 1998, fabricar, vender,
transportar ou soltar balões que possam
provocar incêndios nas florestas e demais
formas de vegetação é crime com pena de
detenção de um a três anos ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente.
https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/0
9/09/policia-ambiental-prende-grupo-de-
baloeiros.html
Voltar ao Sumário
33
Grupo de Comunicação
Veículo: O Globo
Data: 26/07/2019
MÍRIAM LEITÃO Metas e planos da
Petrobras
A Petrobras tem como meta uma redução da
dívida corporativa dos atuais US$ 100 bilhões
para US$ 60 bilhões em dois anos. É meta
considerada agressiva no setor, mas é a que
ela está mirando. Isso será conseguido com a
venda de partes da companhia, e os valores
arrecadados serão usados para pagamento
antecipado de débitos. lá o dinheiro que virá
da União, no programa de cessão onerosa,
será usado para investir no próprio pré-sal.
A estatal tem que manter três bolas no ar:
reduzir o endividamento, aumentar o
investimento e enxugar custos. Ela tem uma
dívida alta e precisa continuar ampliando a
produção. Para manter a produção, precisa
investir no mínimo US$ 3 bilhões por ano. O
custo dos juros da dívida é de US$ 7 bilhões
anuais.
A empresa bateu recorde de produção no mês
de agosto, chegando a 3,1 milhões de
barris/dia e, se o crescimento for mantido, só
o Rio de laneiro pode vir a ser, muito em
breve, o terceiro maior produtor das Américas,
atrás dos Estados Unidos e do Canadá.
O setor receberá também muito capital
privado. Há um grande interesse de
companhias estrangeiras no leilão da cessão
onerosa. Uma delas é a Equinor. O risco é a
norueguesa ser pressionada internamente em
seu pais a não elevar investimentos aqui em
decorrência da crise ambiental. Hoje, o Brasil
é seu segundo maior local de inversões da
Equinor, depois da própria Noruega.
Por ironia do destino, o grande acontecimento
econômico deste primeiro ano do governo
Bolsonaro é decorrente de uma operação feita
no governo do PT, a cessão onerosa. Era uma
jabuticaba, inicialmente. Para capitalizar a
empresa, o governo, em 2010, ofereceu à
Petrobras o direito de exploração de 5 bilhões
de barris na Bacia de Campos, sem licitação.
Esse excedente virou o grande ativo, que está
para ser leiloado, por causa da competência
técnica demonstrada pela Petrobras. Além do
que vai receber da União, como ressarcimento
por ter encontrado mais petróleo do que o
originalmente negociado nas áreas cedidas,
receberá também das empresas que
arrematarem no leilão. Isso sem falar no que
arrecadarão a União, os estados e os
municípios.
Nesse equilíbrio entre novos investimentos e
pagamento da dívida, a Petrobras está
vendendo quatro refinarias: RNEST, a famosa
Abreu e Lima; RLAM, na Bahia; Repar, no
Paraná; e a Refap, no Rio Grande do Sul. Até
agora já houve mais de 20 interessados, e
essa privatização está prevista inicialmente
para março de 2020.
Além disso, está entregando concessão ou
vendendo negócios no Uruguai e Paraguai. O
leilão do gasoduto Brasil-Bolívia tem um
calendário mais incerto, porque depende da
negociação de um contrato com o governo da
Bolívia. Serão vendidos diretamente, ou
através de IPO, as "rotas", ou seja, os
gasodutos submarinos e as 15 termelétricas.
Os campos maduros e em terra têm sido
vendidos paulatinamente.
Ao fim, a Petrobras será inteiramente focada
em produção de óleo e gás. Com refinarias no
Rio, São Paulo e Espírito Santo. E talvez volte
a crescer na área petroquímica usando gás
natural . Para reduzir o endividamento, a
empresa está ao mesmo tempo pré -pagando
dívida, como fez com seu maior credor, o
China Development Bank, a quem pagou US$
3 bilhões dos US$ 18 bilhões que devia e
pretende quitar antecipadamente outros US $
5 bi. Com o lançamento de bônus, ela vem
também alongando a dívida concentrada no
curto prazo. O ex-presidente Ivan Monteiro
havia começado o processo de alongamento,
que está sendo ampliado agora.
Ao mesmo tempo, a estatal tenta reduzir
custos que vieram do grande inchaço da
companhia em anos anteriores. Um exemplo
disso é a sede em Salvador, um prédio tão
superdimensionado que estão vazios 17 dos
34
Grupo de Comunicação
seus 22 andares. Ou a sede no Espírito Santo,
prédio ao qual está amarrada por um contrato
de aluguel de mais de 20 anos.
Outras petrolíferas estão migrando para serem
empresas de energia com cada vez mais
ativos em fontes de baixa emissão. A
orientação na Petrobras é focar em petróleo.
Da perspectiva da economia, o encolhimento
da estatal vai abrir espaço para haver no país
uma indústria de refino com competição, um
setor de produção de águas rasas e campos
terrestres com produtores pequenos e médios,
e uma indústria de distribuição de gás.
Em dois anos, Petrobras quer reduzir 40% de
sua dívida, vendendo ativos em varias áreas e
mantendo foco em óleo e gás
multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=308
55351&e=577
Voltar ao Sumário
35
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 26/07/2019
A conta do aquecimento global
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=30857887&e=577
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
36
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO
Empresa que faz cadastro do lixo em SP
também vende projetos ambientais para empresários
A empresa que recebe e gerencia os dados de
controle do lixo de São Paulo —e portanto tem
acesso a informações sobre a participação na
cadeia do lixo de todos os estabelecimentos
comerciais e industriais da capital— faz parte de
um grupo empresarial que também vende
soluções ambientais para pessoas jurídicas.
Em abril, a gestão Bruno Covas (PSDB)
inaugurou uma plataforma para cadastro de
pequenos e grandes geradores de lixo (acima de
200 litros por dia) da capital. Devem se registrar
todas as empresas com CNPJ na capital (inclusive
MEIs, microempresa, Eireli, entre outros).
O prazo para cadastro seria encerrado nesta
segunda-feira (9), o que assustou empresários
que não sabiam da medida. Diante da
repercussão, a prefeitura estendeu o prazo até
31 de outubro para que todos se cadastrem no
site gerenciado pela Green Platforms
(www.ctre.com.br), empresa que doou a
plataforma em 2017 para o poder público.
A Green Platforms Gerenciamento de Dados
propôs a doação, em 2017, de um software
avaliado em R$ 6 milhões para que a prefeitura
fizesse o gerenciamento dos grandes geradores
de lixo.
Francisco Miguel Goulão Rego, que assinou o
contrato com a prefeitura como procurador da
empresa, é dono da Greening Inovação e
Sustentabilidade. Ele atende pelo apelido Chicko
Sousa, e seu grupo de empresas é conhecido
como Plataforma Verde.
Criada em 2016, a empresa tem 66 funcionários
e escritórios em São Paulo, Londres e Los
Angeles, por meio dos quais atende negócios do
Brasil, do Chile, do Reino Unido e dos Estados
Unidos. No total, a Plataforma Verde tem mais de
70 mil clientes cadastrados.
A empresa oferece ampla gama de serviços
ligados à cadeia de gestão de resíduos sólidos.
De acordo com seu site, ela faz “gerenciamento
de resíduos em indústrias e comércios, focando
na redução dos custos operacionais e no
aumento de receitas”.
A Greening afirma ainda efetuar projetos de
logística reversa, planejando a reinserção de
produtos no mercado por meio da reciclagem.
Segundo a Junta Comercial, Rego é diretor
presidente da Green Platforms e sócio-
administrador da Greening. As duas empresas
chegaram a funcionar no mesmo prédio, na rua
Jesuíno Barbosa, no Itaim Bibi (zona oeste de
SP).
Um segundo sócio da Greening, Federico German
Paz, também é dono da FG Ambiental, que atua
na mesma área da primeira empresa.
O site informado pela prefeitura para cadastro de
dados de comerciantes (ctre.com.br) está no
nome de Rego, conforme revelou o jornalista
Marcelo Soares nesta segunda (9) em sua conta
no Twitter.
“O site disponibilizado pela prefeitura para fazer
o cadastro curiosamente não terminava com
http://sp.gov.br e sim com http://com.br”,
escreveu. “Esse site está registrado no nome de
um particular — no caso, o sujeito que assinou
pela empresa o contrato com a prefeitura em
abril de 2018”.
A história não contada do cadastro do lixo da
@prefsp, parte 1:
Em 2018, a prefeitura aceita uma "doação" de
software de uma empresa privada chamada
Green Platforms Gerenciamento de Dados.
A reportagem ligou para os telefones das
empresas e mandou email para Rego, mas não
obteve retorno até a publicação deste texto.
No site divulgado pela prefeitura para cadastro
de empresários, os pequenos geradores de lixo
têm de inserir dados como número do IPTU,
CPNJ e endereço. Eles também devem informar a
frequência de coleta, o número de colaboradores,
o consumo mensal de energia, o local do
empreendimento (prédio, casa, galpão,
shopping), a área total do imóvel que ocupam e
a área construída.
Os grandes geradores deverão também informar
a massa mensal de resíduos sólidos produzidos
pelo estabelecimento, a empresa que contratou
para a realização dos serviços de coleta e a
destinação final dos resíduos sólidos.
Data: 10/09/2019
37
Grupo de Comunicação
A ideia do cadastro, segundo a gestão Bruno
Covas (PSDB), é melhorar o gerenciamento das
emissões e destinos de resíduos sólidos gerados
na cidade.
Realizando o cadastramento de forma virtual
(antes era presencialmente) e anualmente (antes
era a cada três anos), a prefeitura planeja
elaborar métricas de controle de geração de
resíduos mais precisas, que possibilitarão a
redução de gastos com a coleta pública de lixo.
Nos primeiros meses da atual gestão municipal,
com João Doria (PSDB) como prefeito, foi
publicado um edital de chamamento para
empresários que tivessem interesse em doar
serviços ou equipamentos para o poder público.
À época, o grupo de que faz parte a Green
Plataforms foi o único a oferecer uma ferramenta
do tipo, que foi aceita pela prefeitura mediante
publicação no Diário Oficial.
À Folha, o diretor de gestão de serviços da
Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza
Urbana), Evaldo Azevedo, disse que a empresa
não poderá usar os dados a que terá acesso na
plataforma para outros fins que não a gestão da
própria plataforma doada.
"As informações são de propriedade da
prefeitura. A empresa só faz a gestão. Mas a
informação ela não pode usar. A empresa tem
acesso, mas, por cláusula contratual, não pode
usar para nada", afirma.
"Essa empresa se posicionou querendo doar esse
tipo de sistema para a gente. Foi feito da
maneira correta, a gente publicou um edital de
chamamento, nenhuma outra empresa
manifestou interesse, apenas a plataforma verde
[Green Platforms]", explica.
Segundo Azevedo, tudo ocorreu dentro da
legalidade. "Ela [a empresa] tem que manter o
sigilo das informações que estão dentro do
sistema, e estamos transferindo todas as
informações para dentro da Prodam, um sistema
da prefeitura. O site vai ser só um canal de
entrada e saída de informações."
O diretor afirmou que, caso os empresários
utilizem as informações da plataforma para
elaborar estratégias de negócios que os
beneficiem em relação a suas concorrentes, eles
estarão infringindo regras do contrato e estarão
sujeitos a penalidades na Justiça.
"Pode até haver a possibilidade de conflito [de
interesses], mas as cláusulas do contrato não
permitem que nenhuma informação seja usada
para além da própria gestão do sistema", afirma.
A Folha procurou representantes da Green
Platforms, mas não teve retorno até a publicação
desta reportagem.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
9/empresa-que-faz-cadastro-do-lixo-em-sp-
tambem-vende-projetos-ambientais-para-
empresarios.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
38
Grupo de Comunicação
PAINEL - Conduta de Deltan deve ser
alvo de novo embate no CNMP
Tiro ao alvo
A atuação do chefe da força-tarefa da Lava Jato
de Curitiba, Deltan Dallagnol, deve ser alvo de
nova discussão no Conselho Nacional do
Ministério Público, nesta terça (10). A expectativa
no órgão é a de que o corregedor Orlando
Rochadel libere seu entendimento a respeito de
recurso de Renan Calheiros (MDB-AL) contra o
procurador. Não há expectativa de que o CNMP
acolha pedido de suspensão de Dallagnol, mas
há, sim, chances de que um terceiro processo
disciplinar seja aberto contra ele.
Verão
passado O emedebista acusa Deltan de ter
usado suas redes sociais para atacá-lo e
influenciar a eleição de presidente do Senado.
Xadrez
O CNMP virou palco de forte queda de braço. Se
de um lado há entusiastas de uma punição, do
outro, aliados do chefe da força-tarefa de
Curitiba também se movimentam. A indicação de
Luciano Nunes Maia ao colegiado, já aprovada
pelo Senado, não foi encaminhada pelo Ministério
da Justiça, sob a alçada de Sergio Moro.
Árvore genealógica Maia é parente do ministro do
Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Maia, um
crítico dos métodos da Lava Jato –dos quais ele
próprio já foi alvo.
Arte da guerra
Indicado por Jair Bolsonaro para suceder Raquel
Dodge na Procuradoria-Geral da República,
Augusto Aras convidou a procuradora Thaméa
Danelon para integrar sua equipe, segundo
aliados. O movimento deixa claro que o escolhido
do presidente tenta diminuir a resistência
interna.
Arte da guerra 2
Danelon chegou a coordenar a Lava Jato em SP.
Ela aparece em conversas reveladas pelo The
Intercept Brasil como aliada de Deltan Dallagnol
e, recentemente, defendeu que o próximo
procurador-geral fosse escolhido dentro da lista
tríplice que Bolsonaro ignorou.
Vigiai
Já o convite de Aras a Eitel Santiago para a
secretaria-geral do Ministério Público intrigou
membros da carreira. A escolha foi vista como
“sintoma de aparelhamento”. Eitel é procurador
aposentado e foi candidato a deputado ano
passado pelo PP.
Vigiai 2
Há quem defenda Eitel, dizendo que ele fez bom
mandato no Conselho Superior do MPF e como
corregedor. Mesmo esses reconhecem que os
problemas administrativos são muitos e, por isso,
também preveem dificuldades para ele no novo
posto.
Passa para cá
A defesa do ex-presidente Lula recorreu de
decisão em que o ministro Edson Fachin, do STF,
rejeitou o compartilhamento das mensagens
obtidas pela Polícia Federal com o suspeito de
hackear procuradores e outras autoridades.
Recordar é viver
No agravo, os advogados do ex-presidente citam
reportagem publicada pela Folha em parceria
com o The Intercept, no domingo (8). O texto
mostrou que diálogos mantidos em sigilo pela
Lava Jato colocam em xeque o entendimento que
levou o então juiz Sergio Moro a divulgar
grampos do petista com Dilma Rousseff.
Recordar é viver 2
O lance foi determinante para a derrocada de
Dilma, que, na época, ameaçada de
impeachment, tentava nomear Lula ministro da
Casa Civil. O caso deve ser apreciado pela
Segunda Turma.
Tem alguém aí?
Contratantes de transporte rodoviário reclamam
do silêncio do governo sobre a tabela do frete. A
linha está cortada há duas semanas, antes de o
Supremo suspender julgamento provocado pelo
setor privado.
Na boleia
Os donos de cargas se incomodaram com a
avaliação do ministro Tarcísio de Freitas
(Infraestrutura) sobre a saída para a crise dos
caminhoneiros –ele disse que a volta do
crescimento dissolverá insatisfações.
Na boleia 2
Empresários calculam, porém, que junto com o
PIB crescerá a compra de caminhões novos,
aumentando a frota e deprimindo preços do
frete. A solução, articulada com a Anfavea, é
Data: 10/09/2019
39
Grupo de Comunicação
estimular a retirada de caminhões velhos das
estradas.
É o cara
Secretário especial da Previdência, Rogério
Marinho, já articula todas as pautas importantes
da Economia no Congresso. Trabalhou pela MP da
Liberdade Econômica e abre frentes para o pacto
federativo e a reforma tributária.
TIROTEIO
As manifestações mostram a Augusto Aras que
não impõe liderança e confiança quem desdenha
da própria casa
Do procurador Blal Dalloul, terceiro colocado na
lista tríplice, sobre a indicação de novo
procurador-geral fora da seleção do MPF
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/09/10/
httpsfotografia-folha-uol-com-
brgaleriasnova1624950136302507-este-e-
deltan-dallagnolfoto-1624950136550152/
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
40
Grupo de Comunicação
Mônica Bérgamo - Flávio Dino articula
frente contra governo de Bolsonaro em eleições de 2020 em SP
Ele acredita que grupo pode ser fechado em São
Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto
Alegre
A formação de uma frente de centro-esquerda
que possa se contrapor a Jair Bolsonaro nas
eleições municipais de 2020 começa a ser
discutida também em São Paulo.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-
MA), já conversou sobre o assunto com o ex-
governador de São Paulo, Márcio França (PSB-
SP), que deve se lançar candidato a prefeito da
capital paulista.
MARCO
As tratativas são iniciais, mas também em
setores do PT paulistano há simpatia pela ideia,
apesar das dificuldades: seria a primeira vez,
desde 1985, que a legenda não teria candidato
próprio na capital.
TRILHA
Dino afirma que a gravidade do momento exigiria
uma frente plebiscitária contra Bolsonaro que
incluiria PDT, PSB, PCdoB, PSOL e PT. Ele
acredita que, apesar das dificuldades, ela poderia
ser fechada em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de
Janeiro e Porto Alegre.
PAGAR QUANTO?
O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou para a
quarta-feira (11) o julgamento de uma ação
contra um executivo da Casas Bahia, um
procurador e um advogado por corrupção e
lavagem de dinheiro. O Ministério Público de SP
afirma que o procurador teria recebido R$ 1
milhão em propina para favorecer a empresa na
Justiça.
NÃO PODE
A Casas Bahia afirma que não corrobora e não
estimula seus colaboradores a realizarem tal
prática. “Sobre o caso em questão, a empresa
prestou todos os esclarecimentos necessários e o
caso está sob análise do Poder Judiciário.”
QUADRINHOS
Parlamentares vão lançar nesta terça-feira (10),
na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar
Mista em Defesa do Livro, da Leitura e da Escrita.
A iniciativa surgiu após o prefeito do Rio de
Janeiro, Marcello Crivela (PRB) mandar censurar
exemplares do gibi dos Vingadores na Bienal do
Livro.
APOIO
Cerca de 200 deputados e senadores assinaram a
petição para a criação da frente, que será
presidida pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN)
e pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL-
RS).
PARCERIA MUSICAL
Os músicos Maria Gadu e Chico César se
apresentaram juntos no Coala Festival 2019, no
Memorial da América Latina, no domingo (8). O
rapper Djonga também subiu ao palco, assim
como os cantores Saulo Duarte, Mariana Aydar e
Curumin, que foi acompanhado do seu filho,
Benedito.
LÁPIS
Organizações da sociedade civil vão protocolar
um mandado de segurança no Supremo Tribunal
Federal contra o decreto do presidente Bolsonaro
que altera a configuração do Conselho Nacional
dos Direitos da Criança e do Adolescente
(Conanda).
BORRACHA
O documento, assinado por Instituto Alana, de
combate à publicidade infantil e garantias para a
plena infância, Conselho Federal de Psicologia e
outras sete entidades, pede a restauração
imediata do Conanda com sua configuração
original com os conselheiros eleitos para até
2020.
CANETA
Em decreto publicado na quinta (5), o presidente
Jair Bolsonaro retirou os membros do conselho e
fez mudanças que diminuem o poder do órgão. O
governo federal nega o sucateamento do órgão.
CLARA
O diretor Zé Celso quase foi atingido por um ovo
arremessado de um apartamento do prédio ao
lado do Teatro Oficina durante apresentação do
espetáculo “Roda Viva” no sábado (7). O teto do
teatro, retrátil, foi fechado imediatamente após o
ataque.
GEMA
Foi a primeira vez que a peça recebeu ovada do
prédio vizinho. “Urina e frutas são mais
recorrentes”, afirma a assessoria do teatro. A
equipe do teatro planeja marcar ainda essa
Data: 10/09/2019
41
Grupo de Comunicação
semana uma conversa com moradores do edifício
para apaziguar os ânimos.
TECNOLOGIA
O hospital Vila Nova Star, em São Paulo, está
aguardando a aprovação da Anvisa para o pedido
de importação de um aparelho de eletroporação.
Segundo a instituição, o equipamento será usado
para tratamentos de combate a casos de câncer
avançado no peritônio, membrana que envolve
os órgãos do abdômen.
RG
“Sustenidos” é o novo nome da Associação
Amigos do Projeto Guri, que gere o Projeto Guri
em SP e programas socioculturais na Fundação
CASA. O reposicionamento da marca acontece
para reforçar a identidade do grupo antes de
expandir sua atuação para outros estados.
CURRÍCULO
Desde 1997, a associação atendeu a mais de 770
mil crianças e jovens. Em março, 1.500 pessoas
empregadas no Projeto Guri chegaram a receber
aviso prévio após cortes anunciados por Doria na
Cultura. Mas o governador afirmou que o
programa não sofreria redução, e prometeu
ampliá-lo em 2020.
PARA OS PEQUENOS
O ator Lázaro Ramos lançou o livro infantil “Sinto
o que Sinto” em SP, no sábado (7). A atriz
Adriana Lessa , o editor Diego Rodrigues e o
compositor Jarbas Bittencourt compareceram ao
evento.
CURTO-CIRCUITO
Angela Motta lança a quinta collab com Consuelo
Blocker. Nesta terça (10), às 14h, na r. Coronel
Joaquim Ferreira Lobo, 172.
Carla Amorim apresenta a coleção Água, com
exposição de fotos. Nesta terça (10), às 17h, no
Shopping Iguatemi.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/09/flavio-dino-articula-frente-
contra-governo-de-bolsonaro-em-eleicoes-de-
2020-em-sp.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
42
Grupo de Comunicação
O fator Bolsonaro
É difícil mensurar o impacto de atitudes do
presidente na letargia econômica
Enquanto se consolida o fiasco econômico deste
2019, analistas do setor privado começam a
abandonar expectativas de um desempenho mais
robusto no próximo ano.
Como noticiou esta Folha, profissionais de bancos
e consultorias já projetam taxas de crescimento
do Produto Interno Bruto abaixo de 2% em 2020.
Desde o fim da brutal recessão de 2014-16 o país
não atinge esse patamar medíocre.
Não se pode acusar o mercado de pessimismo.
Ao longo desta década, os resultados do PIB têm
sido sistematicamente inferiores às previsões
iniciais. Não será diferente neste ano, em que a
expansão esperada rondava os 2,5% em janeiro.
O desapontamento chegou à percepção geral.
Segundo o Datafolha, a parcela do eleitorado que
diz acreditar na melhora da situação econômica
recuou de 65% para 40% ao longo de 2019.
Inexiste um diagnóstico completo e consensual
para a letargia. Sabe-se que ela está associada à
míngua dos investimentos: dados publicados por
este jornal apontam que as obras de
infraestrutura têm representado pouco mais de
1,8% do PIB, menos da metade do que se
considera necessário em estudo da Inter.B
Consultoria.
Na conjuntura atual, o cenário externo
acrescenta dificuldades. O conflito comercial
entre EUA e China provoca impacto imediato nos
mercados financeiros, e a crise da Argentina
prejudica exportações da indústria brasileira.
Outro fator, menos palpável, tem sido citado com
alguma frequência —o efeito de declarações
disparatadas e atitudes erráticas do presidente
Jair Bolsonaro (PSL) sobre o ânimo de
empresários e investidores domésticos e
estrangeiros.
É preciso boa dose de cautela diante de tal
análise, e não apenas pela virtual impossibilidade
de mensurar o fenômeno com os indicadores
disponíveis. As decepções com o PIB, repita-se,
não vêm de agora.
Entretanto o presidente de fato fomenta a
instabilidade política e torna menos previsível a
agenda de seu governo. A reforma da
Previdência avançou graças ao senso de
sobrevivência do Congresso, mas não se pode
garantir o mesmo em relação a outros projetos
cruciais.
Temem-se ainda consequências negativas da
piora da imagem do país no exterior, em
particular na área ambiental. Nesse caso, a conta
viria a prazo mais longo.
A melhor hipótese é que Bolsonaro compreenda o
quanto a economia tende a ser decisiva na
recuperação de sua popularidade —e que isso
baste para moderá-lo.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/
o-fator-bolsonaro.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
43
Grupo de Comunicação
ESTADÃO
Transparência nas estatais estaduais
Em 2018, os Estados transferiram às estatais sob
seu controle R$ 11,4 bilhões como reforço de
capital e R$ 4,7 bilhões em subvenções
Não causa estranheza o fato de que a Região
Nordeste, entre as mais carentes de
desenvolvimento, abrigue 91 empresas estatais
estaduais, ou 35% das 258 companhias do
gênero no País, segundo estudo recente do
Tesouro Nacional. Afinal, estatais são, muitas
vezes, braços políticos do poder local, dando
abrigo a centenas ou milhares de amigos,
correligionários e parentes dos governantes.
Sob o título As 258 empresas dos Estados
brasileiros, o Tesouro compilou e consolidou
informações valiosas sobre as companhias,
muitas das quais criadas para oferecer serviços
básicos à população, mas que raramente seguem
regras comuns às grandes empresas privadas,
como boa governança corporativa, elevada
produtividade, rigor administrativo e uso
cauteloso de recursos.
Em 2018, os Estados transferiram às estatais sob
seu controle R$ 11,4 bilhões como reforço de
capital e R$ 4,7 bilhões em subvenções,
recebendo R$ 2,2 bilhões de dividendos. O
desembolso líquido dos Estados, muitos dos
quais enfrentando gravíssimos problemas fiscais,
foi de cerca de R$ 14 bilhões, montante que teve
por origem a arrecadação tributária, operações
de crédito e royalties, entre outras fontes.
O Tesouro trabalhou só com informações
disponíveis, notando-se que 120 das 258 estatais
analisadas nada informaram quanto a capital,
subvenções ou dividendos. O Estado de São
Paulo é uma das exceções. Tem o maior número
de estatais (20) e divulga, anualmente, balanços
e informações no site do governo.
As estatais avaliadas pelo Tesouro estão divididas
entre dependentes – que receberam do Estado
controlador recursos para pagar despesas com
pessoal, custeio e capital – e não dependentes.
Minas Gerais tem o segundo maior número de
estatais (19). O Rio está em pior situação: tem
11 empresas e todas são dependentes. Apenas
três estatais mineiras são dependentes. Em São
Paulo, há seis nessa condição.
O estudo do Tesouro propicia transparência ao
Estado, mostrando a urgência de distinguir
estatais saudáveis de estatais deficitárias. Estas
têm de ser saneadas ou fechadas. Já as
empresas lucrativas que atuam em energia e
saneamento – setor que gerou quase R$ 5
bilhões de lucro no ano passado – ou na área
financeira poderiam ser privatizadas, ajudando a
recuperação fiscal dos Estados.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-
economico,transparencia-nas-estatais-
estaduais,70003003831
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
44
Grupo de Comunicação
Diplomacia ambiental O Brasil é o país
que mais tem a ganhar com o reforço dos padrões de sustentabilidade
Rubens Barbosa*,
O debate atual sobre as queimadas, o
desmatamento e o garimpo ilegais ganhou
repercussão internacional e transformou-se na
mais grave crise externa brasileira desde os anos
70 e 80, causada também por críticas às políticas
de meio ambiente e de direitos humanos.
No Brasil, vivíamos num governo militar e um de
seus dogmas era “Amazônia, integrar para não
entregar”. A visão defensiva prevalecia em 1972,
por ocasião da histórica Conferência
Internacional sobre Meio Ambiente, organizada
pela ONU, em Estocolmo. A retórica do atual
governo repete os argumentos dos militares de
então. Na época, a sanção foi política, com a
deterioração da imagem do Brasil no exterior.
No último dia 29, sucedi ao naturalista e homem
público Paulo Nogueira Neto na Academia
Paulista de Letras. Em discurso de posse,
recordei a atualidade da atuação de Nogueira
Neto, responsável pela política ambiental, pela
legislação interna e pela criação de estruturas
administrativas como a Sema e o Ibama, que
desaguaram no atual Ministério do Meio
Ambiente. No âmbito governamental, participou
da referida conferência de Estocolmo de chefes
de Estado. A atuação do Brasil é lembrada por
sua oposição a uma agenda meramente
ambientalista e pela proposta de associar meio
ambiente a desenvolvimento, antecipando a
evolução da agenda ambiental e assegurando a
defesa da soberania do País. Pode-se dizer que o
Brasil, nas negociações ambientais, passou de
posição defensiva para a de um país com atuação
ativa e construtiva e, até recentemente, à de
indiscutível liderança.
A partir da Rio-92, meio ambiente passou a ser
considerado uma questão social global. Novas
forças se associaram às políticas públicas: o
consumidor, as ONGs e, mais recentemente, a
onda verde na Europa. Atuam punindo os
infratores com boicotes, mudanças de hábitos de
consumo e pressionando por regras
internacionais verificáveis.
A mudança climática obedece à lei da física, e
não a princípios ideológicos. Nos fóruns
internacionais esse tema deverá permanecer vivo
e em pauta, pela crescente preocupação com a
saúde do planeta. Até os cardeais, no próximo
sínodo no Vaticano, vão discutir a Amazônia. Na
Organização Mundial do Comércio discute-se um
acordo sobre meio ambiente que, juntamente
com cláusulas ambientais incluídas nos acordos
comerciais, é mandatório. Levado à consideração
do G-7, que congrega países desenvolvidos, sem
ameaças à soberania, ficou decidido que recursos
técnicos e financeiros serão oferecidos aos países
amazônicos, o Brasil incluído.
Diferentemente do ocorrido nas décadas de 1970
e 1980, hoje as consequências negativas para o
Brasil, além de políticas, são comerciais.
Os interesses em jogo são muito grandes. Nos
próximos dez anos, projeta-se uma crescente
demanda de produtos brasileiros. A política
comercial tornou-se um instrumento da política
climática. A proteção do meio ambiente tornou-
se questão de competitividade internacional. A
ausência de diretrizes objetivas sobre o tema é
vista como afetando o cumprimento dos
compromissos assumidos pelo Brasil,
comprometendo seu papel protagônico exercido
globalmente, mas também passa a impressão de
retrocessos nos esforços de redução de emissões
de gases de efeito estufa, nas necessárias ações
de fiscalização e no não cumprimento da Política
Nacional sobre Mudança do Clima. Alguns países
europeus ameaçam não ratificar o acordo
comercial com o Mercosul. O mundo está
observando nossas ações que terão o poder de
salvar ou destruir a maior floresta tropical do
planeta, como ressaltou a influente e insuspeita
The Economist em sua principal matéria no início
de agosto.
A confrontação alimenta campanhas contra o
País, estimuladas por motivações políticas e
comerciais. Sob pressão dos acontecimentos, o
governo declarou tolerância zero com as
queimadas e prometeu medidas drásticas para
conter os desmatamentos e o garimpo ilegais,
com Ibama, ICMBio, Polícia Federal e Forças
Armadas, e vai promover iniciativas para tentar
mudar a imagem negativa no exterior, como
tristemente exemplificada pelas manifestações
contra embaixadas brasileiras em muitas
capitais.
Data: 10/09/2019
45
Grupo de Comunicação
O Brasil deve abandonar a posição defensiva que
passou a adotar. Se não por convicção arraigada,
que seja por pragmatismo e realismo político,
para a defesa de interesses comerciais concretos
e para restabelecer a percepção externa sobre o
Brasil. Não há como confrontar a tendência
global de definir políticas de preservação do meio
ambiente e de mudança do clima. Esse tema
passará a interferir cada vez mais na estratégia
de negócios. Urge a definição de uma estratégia
que retire o Brasil do isolamento e, em especial,
proteja o setor do agronegócio, que sofrerá as
consequências caso o País descumpra os
compromissos internacionais assumidos,
inclusive no acordo recente com a União
Europeia. Os interesses da agroindústria estão
associados à preservação ambiental da
Amazônia, parte essencial do exercício da
soberania. Aguarda-se com expectativa o
pronunciamento do presidente no tocante à
questão ambiental na abertura da Assembleia-
Geral das Nações Unidas, este mês.
Impõe-se o exame objetivo dos compromissos
internacionais assumidos voluntariamente pelo
Brasil e o grau de seu cumprimento pelo governo
brasileiro. A divulgação dos resultados
desapaixonados desse trabalho poderia ser
utilizada pelo governo e pelo setor privado no
que estou chamando de diplomacia ambiental.
Essa ação esclarecerá o engajamento e as
medidas concretas necessárias para defesa do
interesse nacional e fazer o que foi feito na crise
dos anos 70-80: uma política de transparência
para esvaziar a campanha contra as políticas do
atual governo.
O Brasil é certamente o país que mais tem a
ganhar com o reforço dos padrões mundiais de
exigência quanto à sustentabilidade. Nossa
liderança nessa área nos poria à frente dos
principais concorrentes não só para o comércio,
mas também para a captação de investimentos.
*PRESIDENTE DO INSTITUTO DE RELAÇÕES
INTERNACIONAIS E COMÉRCIO EXTERIOR
(IRICE)
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,diplomacia-ambiental,70003003689
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
46
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO
Aposta em energia solar mira cidades isoladas da Amazônia
A região amazônica ainda concentra a maior
parte dos chamados sistemas isolados, regiões
não conectadas à rede de transmissão e
distribuição de energia do Brasil, dependentes de
geradores caros e poluentes a diesel e óleo
combustível. Uma iniciativa privada pretende
fomentar na região a geração de energia solar
fotovoltaica, com ganhos também no
desenvolvimento da indústria local e na geração
de empregos.
A iniciativa partiu da Associação Brasileira de
Geração Distribuída (ABGD), em parceria com a
Fundação Charles Stewart Mott. O objetivo é
estimular políticas públicas voltadas à
implementação de energia solar, principalmente
no Estado do Amazonas.
O projeto prevê reuniões com prefeitos de 62
municípios que têm regiões isoladas no
Amazonas, com apresentação e discussão de
propostas para geração de energia menos
poluente. A ABGD tem parceria com o Senai para
formação de mão de obra qualificada no Estado.
Hoje, o Amazonas tem instalados 267 sistemas
de geração distribuída, todos utilizando a fonte
solar fotovoltaica, segundo a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel). A expectativa da ABGD
é que o projeto possa no mínimo dobrar o
número de instalações na região.
O orçamento do projeto da ABGD com a
Fundação Mott é modesto: US$ 150 mil na
primeira fase e uma segunda de US$ 450 mil.
"Ao fim, se tudo der certo, deverá chegar a US$
1 milhão", disse Carlos Evangelista, presidente
da ABGD. Os recursos são da fundação, que já
trabalha com entidades na região amazônica.
"Queremos utilizar os recursos para fomentar
políticas públicas na região", disse Evangelista.
Segundo ele, a ABGD vem tratando do assunto
também com Tatiane Simão, responsável pela
captação de Novos Negócios do Amazonas, além
de Leandro Benevides, chefe da representação do
governo do Amazonas em São Paulo.
"Temos 7 mil empresas no Brasil no mercado de
geração distribuída. Estamos preparados para
divulgar a oportunidade, fazer treinamento e
capacitação", afirmou Evangelista. De acordo
com ele, o projeto pode resultar em "milhares de
empregos" e crescimento da economia na região.
A energia solar fotovoltaica é ideal para a região
amazônica pois não há quedas d'água para
centrais de geração hidrelétrica nem proximidade
com centros de produção de biomassa. O regime
de chuvas local, contudo, é um obstáculo que
prejudica a geração de energia solar, admitiu
Evangelista. "Por isso também queremos levar
baterias, que são carregadas durante o período
de insolação", disse. Hoje, como há muitas
comunidades totalmente isoladas da rede
elétrica, são usadas bombas a gasolina, que só
geram energia durante pequena parte do dia, a
um elevado custo e com baixa qualidade.
Nessas regiões isoladas, as instalações de
energia solar associada às baterias configurariam
"micro grids", e não geração distribuída, já que
esta última modalidade envolve a injeção da
energia não consumida na rede. Segundo
Evangelista, as tradicionais baterias de chumbo-
ácido (tradicionalmente usadas em veículos)
podem ser usadas com essa finalidade, mas as
baterias de lítio, mais eficientes, estão com custo
cada vez menor. "O custo de armazenamento já
é mais baixo que o do gerador a diesel."
O projeto da ABGD tem ainda "sinergia" com o
programa Luz Para Todos, do governo federal,
que tem o objetivo de universalizar o acesso à
energia no país até 2022. "Nosso papel também
envolve fomentar políticas nas prefeituras para
que possam se beneficiar do programa", disse.
Data: 10/09/2019
47
Grupo de Comunicação
A Fundação Mott, criada em 1926, gerencia
fundos privados de filantropia e apoia projetos
para a promoção da sustentabilidade em diversos
lugares do mundo. "Temos o prazer de fazer
parceria com a ABGD para promover a geração
distribuída a energia renovável e cadeias de
suprimento para comunidades isoladas na
Amazônia brasileira", disse Traci Romine, gerente
do programa.
https://www.valor.com.br/brasil/6428173/aposta
-em-energia-solar-mira-cidades-isoladas-da-
amazonia
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
48
Grupo de Comunicação
Ruralistas tentam emplacar venda de terra a estrangeiro
Por Cristiano Zaia e Fernando Exman
A bancada ruralista intensificou as articulações
para dar novo impulso a uma proposta que
provoca divisões no próprio setor do
agronegócio: a regulamentação da venda de
terras para estrangeiros. A iniciativa consta de
um projeto de lei apresentado em maio pelo
senador Irajá Abreu (PSD-TO), que nas últimas
semanas realizou um périplo na Esplanada dos
Ministérios e no Palácio do Planalto para reduzir
as históricas resistências de militares e outros
setores do governo.
Embora a equipe econômica tenha uma
orientação liberal, na campanha eleitoral o
próprio presidente Jair Bolsonaro disse ser
contrário à venda de terras para estrangeiros.
Suas críticas se dirigiam principalmente à China.
Agora, no entanto, entidades do segmento
agropecuário estimam que a abertura desse
mercado possa gerar investimentos de R$ 50
bilhões por ano.
"Esse projeto pode ajudar a agropecuária
brasileira sem deixar janelas para que se tenha a
invasão de fundos soberanos de outros países ou
concentração de terras", disse ao Valor a ministra
da Agricultura, Tereza Cristina, que sempre
apoiou a compra de terras por empresas
estrangeiras. "Tem gente que ainda não quer,
mas o PL [projeto de lei] é conservador e traz
limites para a compra de terras. Agora vamos
trabalhar para vencer as resistências que o GSI
[Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República] nos levantou",
acrescentou.
Em estágio inicial de tramitação, o projeto está
na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
(CAE). Após a votação do parecer do relator,
senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a proposta
seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da casa em regime terminativo. Ou seja,
se aprovada e não houver apresentação de
recurso, seguirá diretamente para a Câmara dos
Deputados, sem passar pelo plenário do Senado.
Caso seja aprovado pela Câmara, o texto será
então enviado para sanção presidencial. Segundo
o Valor apurou, até agora a liderança do governo
no Senado ainda não foi orientada pelo Palácio
do Planalto sobre o tema.
O senador Irajá Abreu, integrante da bancada do
agronegócio, esteve recentemente com os
ministros da Economia, Paulo Guedes, e da
Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Reuniu-se
também com governadores e com o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Também apresentou a ideia ao deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e ao senador Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ), filhos do presidente da
República.
Na semana passada, foi levado pela ministra da
Agricultura para uma audiência com o ministro
do GSI, Augusto Heleno. "A reunião foi
proveitosa e o objetivo foi atingido: discutir o
tema e nivelar conhecimento. Isso ajudará a
tramitação do projeto no Parlamento", informou
a pasta por meio de sua assessoria de imprensa.
Na reunião, o senador detalhou as "travas" que
incluiu no texto com o objetivo de limitar a posse
e a concentração de terras por empresas
estrangeiras, proteger o bioma amazônico e a
faixa de fronteira, além de restringir a atuação de
fundos soberanos estrangeiros que tenham mais
de 10% de participação acionária em empresas
brasileiras. Em todos esses casos, será
necessária uma aprovação do Conselho de
Defesa Nacional.
De acordo com o texto, estrangeiros não podem
possuir áreas rurais que ultrapassem 25% do
território total de um município. E pessoas da
mesma nacionalidade não poderão adquirir mais
do que 10% da área rural do município.
Data: 10/09/2019
49
Grupo de Comunicação
"Há um interesse econômico grande no assunto
por conta do momento de crise, e sentimos um
ambiente governamental e político favorável ao
projeto. Para comprar terra no Brasil o
estrangeiro terá que abrir empresa aqui, gerar
empregos aqui e cumprir nossas leis
trabalhistas", destaca Irajá Abreu. "Essas travas
são para não promover concorrência desleal com
os produtores brasileiros", complementou o
senador.
Apesar da mobilização política, o tema ainda
enfrenta obstáculos até dentro do próprio setor
de agronegócios. Grandes empresas ou
produtores de grãos, como o ex-ministro da
Agricultura Blairo Maggi, são contra. Eles
defendem limites para propriedades com cultivo
de soja e milho, por exemplo, e temem o
aumento do preço da terra, um impeditivo à
expansão de seus negócios. Já pequenos
produtores veem uma oportunidade para a
valorização de suas propriedades e um potencial
aumento de liquidez desses ativos.
Além do setor florestal em especial, que
vislumbra grande aporte de fundos estrangeiros
para investimento em áreas no Brasil, os bancos
também são grandes defensores do projeto. As
instituições financeiras estrangeiras reivindicam
executar terras de produtores em caso de
inadimplência de crédito rural, o que é vedado
hoje pela legislação brasileira.
Em 2010, um parecer da Advocacia-Geral da
União (AGU) praticamente inviabilizou a compra
e o arrendamento de terras por estrangeiros no
país. Mas desde 2015 os ruralistas intensificaram
as articulações para destravar o tema no
Congresso, mas resistências sobretudo do
Ministério da Defesa travaram o andamento de
projetos anteriores. O tema foi retomado agora
por Irajá, filho da ex-ministra da Agricultura e
também senadora, Kátia Abreu (PDT-TO).
Para o deputado Alceu Moreira (MDB-RS),
presidente da Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA), é preciso fazer um trabalho
"muito benfeito" de convencimento dentro do
próprio setor e junto ao Executivo para vencer
possíveis resistências. "Esse PL com algumas
emendas é um belo instrumento para
regulamentarmos a compra de terras de tal
maneira que o capital estrangeiro não seja só
dono de terras", afirmou. "Se estrangeiro pode
comprar hospital e montar fábrica no Brasil, por
que o setor do agronegócio não? Não pode ter
preconceito."
https://www.valor.com.br/brasil/6428179/ruralis
tas-tentam-emplacar-venda-de-terra-estrangeiro
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
50
Grupo de Comunicação
Privatização é crítica para elevar
produtividade, diz Castello Branco Por Marcos de Moura e Souza | Valor
BELO HORIZONTE - O presidente da Petrobras,
Roberto Castello Branco, criticou nesta terça-feira
o número elevado de empresas estatais no Brasil
e afirmou que a privatização é um movimento
crítico para o aumento da produtividade e para
redução da dívida pública.
No entanto, ele não mencionou a Petrobras como
ativo a ser privatizado pelo governo do
presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista ao
Valor, o Ministro da Economia Paulo Guedes
afirmou que é favorável à privatização de todas
as estatais.
“A privatização é crítica para o aumento da
produtividade e para o abatimento da dívida
pública”, afirmou Castelo Branco, em uma
palestra a empresário do setor de mineração
ocorrida em Belo Horizonte. Ele afirmou que um
dos problemas do Brasil é o número elevado de
estatais e citou que são 392, sendo 134 federais.
“Na Petrobras nós temos em curso um amplo
programa de desinvestimento que até agora
realizou um total de US$ 15,3 bilhões”, disse. “A
ideia é realocar os recursos para os ativos em
que a Petrobras é a dona natural, onde os
retornos são mais elevados e também para pagar
a dívida que ainda é muito elevada, da ordem de
U$ 101 bilhões, o que representa cerca de três
vezes o fluxo de caixa anual”, afirmou o
executivo.
O foco da empresa é exploração e produção em
águas profundas e ultraprofundas. “Estamos
desinvestindo em campos maduros, em águas
rasas e (campos) terrestres, em ativos de
logística e do chamado downstream, parte do
refino e distribuição de combustíveis e gás
natural, cujos retornos não são compatíveis com
o nosso custo de capital”, disse.
Ele afirmou ainda que até o fim do mandato de
Bolsonaro, a Petrobras será uma empresa melhor
e mais equilibrada. “Em 2022 a Petrobras será
uma empresa muito mais eficiente, muito menos
endividada e a sua reestruturação trará
consideráveis benefícios para a economia
brasileira.”
https://www.valor.com.br/empresas/6428841/pri
vatizacao-e-critica-para-elevar-produtividade-diz-
castello-branco
Voltar ao Sumário
Data: 10/09/2019
51
Grupo de Comunicação
Gasto crescente com pessoal
enfraquece os investimentos
A crise fiscal está tendo impacto fulminante nos
investimentos em todos os níveis de governo,
não só da União, com reflexos negativos no
crescimento econômico e no emprego.
Levantamento elaborado pelo Valor (2/9)
mostrou que os investimentos feitos pelos
Estados, pelo Distrito Federal e por 24 das 26
capitais somaram apenas R$ 9,21 bilhões no
primeiro semestre. O valor é praticamente a
metade dos R$ 19,49 bilhões investidos nos
primeiros seis meses de 2015, que também
marcam o início de um novo governo estadual.
Os investimentos despencaram 52,5% nos
Estados, para R$ 6,96 bilhões. Um dos casos
mais dramáticos é o do Rio, que teve que reduzir
essas despesas em 96%. Até mesmo Estados
mais ricos fizeram cortes, como o de 47% no
caso de São Paulo. Nas 24 capitais que enviaram
informações ao Tesouro Nacional, a queda foi de
53,4% para R$ 2,25 bilhões.
O fraco desempenho da arrecadação não ajuda.
As receitas correntes dos Estados cresceram
apenas 0,6% em termos reais do primeiro
semestre de 2015 para o mesmo período deste
ano. Por outro lado, as despesas com pessoal e
encargos sociais aumentaram 4,2% reais em
igual base de comparação. Pode-se constatar que
o comprometimento crescente das receitas com
as despesas correntes, sobretudo as de pessoal,
é um dos principais motivos da redução dos
investimentos dos Estados e municípios - além
da mudança na política de concessão de aval pelo
Tesouro a partir de 2015, que dificultou a tomada
de empréstimos.
Embora abarque um período diferente, outro
levantamento do Valor (9/9) confirma o
diagnóstico. As despesas com a folha do
Executivo dos 26 Estados e Distrito Federal
cresceu 4,86% nominais nos 12 meses
encerrados em abril em comparação com o
mesmo período terminado em 2018, ligeiramente
abaixo dos 4,94% da inflação nesse espaço de
tempo. Já a despesa com inativos e pensionistas
avançou bem mais, quase o dobro, com uma alta
nominal de 8,22%, no mesmo espaço de tempo.
Nada menos do que 16 Estados gastam mais com
aposentados e pensionistas do que com
servidores ativos. Essa tendência deve se
disseminar, agravando o déficit previdenciário
estadual que, no fim de 2018, já somava R$
101,3 bilhões nos Estados, considerando os
dados dos programas de ajuste fiscal, de acordo
com o Tesouro.
O quadro sublinha a importância da mudança das
regras da previdência que, para alguns analistas
ouvidos pelo Valor, seria mais necessária e
urgente para os Estados e municípios do que
para a própria União. A proposta original da
reforma da previdência chegou a prever que as
novas regras seriam automaticamente aplicadas
aos servidores dos governos regionais. Mas, em
consequência das disputas políticas, o projeto
aprovado pela Câmara acabou deixando os
Estados de fora, embora número relevante de
governadores fosse a favor da inclusão.
O Senado retomou a proposta e a consolidou na
chamada PEC paralela, estabelecendo que os
Estados poderão aderir à reforma previdenciária
nos mesmos termos da União. Para isso, porém,
terão de aprovar lei ordinária em suas
respectivas Assembleias Legislativas. Caso o
Estado aprove a mudança, a adesão de seus
municípios será automática. O município que
desejar poderá desfazer a adesão à mudança de
regras por meio de lei aprovada na Câmara de
Vereadores.
Apesar de imperfeita, a PEC paralela é a saída
que sobrou. Mas há dúvidas em relação a sua
tramitação, que pode enfrentar resistências ou
atrasar. Até porque contém outros dispositivos
polêmicos como a cobrança gradual de
contribuições previdenciárias das exportadoras
do setor do agronegócio. Ela exigirá também que
os governadores interessados se empenhem em
aprovar a legislação no âmbito estadual. A
influência das eleições municipais no próximo ano
não pode ser menosprezada no jogo político.
O pior de tudo é que o governo federal está em
situação igualmente calamitosa em relação ao
déficit previdenciário e aos investimentos. Na
Data: 10/09/2019
52
Grupo de Comunicação
União, os investimentos pagos de janeiro a julho
somaram R$ 21,6 bilhões, com queda de 45,9%
em relação a igual período de 2015, de acordo
com recente relatório do Tesouro. No acumulado
em 12 meses até julho de 2019, os
investimentos foram de R$ 49,4 bilhões. Em
percentual do PIB, o nível de investimento nesse
período é de 0,71%, inferior ao do ano de 2007,
quando atingiu 0,8%. A proposta orçamentária
para 2020 é ainda mais dura e prevê
investimentos de R$ 19 bilhões, o menor valor
em dez anos.
https://www.valor.com.br/opiniao/6428219/gast
o-crescente-com-pessoal-enfraquece-os-
investimentos
Voltar ao Sumário