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REVISTA MERCADO RURAL ANO 5 Nº 19 JUNHO - 2016 JUNHO - 2016 • Nº 19 xxxxxxxxxxxxxxxx Exposição Nacional da Raça Simental Exposição Estadual Agropecuária Expocachaça ExpoZebu Agrishow Megaleite Karakul Nelore pintado Entrevista: Jorge Salum, presidente da ABCCCAmpolina LinkGen Laboratório 20 anos de compromisso com a excelência

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016

JUNHO - 2016 • Nº 19

xxxxxxxxxxxxxxxx

Exposição Nacional da Raça SimentalExposição Estadual AgropecuáriaExpocachaçaExpoZebuAgrishow

MegaleiteKarakul

Nelore pintado

Entrevista: Jorge Salum, presidente

da ABCCCAmpolina

LinkGen Laboratório20 anos de compromisso com a excelência

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3REVISTA MERCADO RURAL

JUNHO - 2016

Apresentamos a vocês, leitores amigos, mais uma edição da Revista Mercado Rural.

É com muita satisfação que lançamos mais um número e agradecemos a cada um

de nossos anunciantes que, por confiarem em nosso trabalho, nos ajudam a tornar

possíveis as publicações.

Procuramos melhorar a cada edição, trazendo sempre assuntos relevantes e variados

sobre o mundo que envolve a agropecuária. A cada edição, um motivo de muita alegria.

Conversamos com o novo presidente da ABCCCampolina, Sr. Jorge Salum, que falou

sobre sua paixão pela raça Campolina e sobre sua atuação na associação. A cantora e

compositora Paula Fernandes participa desta edição na seção personagens e fala sobre

sua infância no campo e da paixão pela música.

A nossa matéria de capa traz o laboratório de biotecnologia veterinária Linkgen, refe-

rência em exames que utilizam a tecnologia DNA, que recebeu recentemente o Certifica-

do de Acreditação. Confiram a matéria completa sobre a atuação do Linkgen.

Na seção Como Fazer, ensinamos os passos para fazer uma horta caseira em peque-

nos espaços. A beleza das carpas Nishikigois estão na Seção Exótica. A esperteza e devo-

ção do Pastor Belga de Malinois podem ser conferidas na Seção Pet. A história da bebida

que é a cara do Brasil, a caipirinha, você encontra da editoria Bebidas. E já que falamos em

bebida, confira a cobertura da Expocachaça, Expozebu, Exposição Agropecuária Estadual,

Agrishow e MegaLeite.

Temos ainda a beleza dos nelores pintados, os ovinos Karakul, cacau, gengibre,

cambucá, peixes ornamentais, brucelose, mosca-dos-chifres, agricultura biodinâmi-

ca, agrotóxicos e muito, muito mais.

Vale a pena conferir esses assuntos interessantes

que agora estão a sua disposição, que elaboramos com

muito carinho para os nossos leitores.

Boa leitura.

Marcelo Lamounier

EDITORIAL

A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas

em artigos assinados por terceiros.

RedaçãoUnique Comunicação e Eventos Tel.: (31) [email protected]

Diretor GeralMarcelo [email protected]

Diretor ComercialMarcelo [email protected].: (31) 3063-0208 / 9198-4522

Jornalista responsávelSabrina Braga Bellardini - MTB 09.941 [email protected]

Direção de ArteOtávio Vieira Lucinda [email protected]

AssinaturasUnique Comunicação e Eventos

PeriodicidadeTrimestral

Tiragem 5.000 exemplares

ImpressãoGráfica Del Rey

www.revistamercadorural.com.br

Valeu pela revista, a cada edição fica cada vez melhor!Tamiris Cristina - Piraju, MG

Excelente a qualidade e a quantidade de informações que essa revista transmite. Parabéns.Márcio Pires - Belo Horizonte, MG

Parabéns, Marcelo! A Mercado Rural traz assuntos diversificados e interessantes!Rosali Oliveira - Itapecerica, MG

Parabéns pela edição. A revista ficou excelente!Augusto Lobato - Belo Horizonte, MG

Após ter tido oportunidade de conhecer a Revista Mercado Rural, na sua edição de março/2016, que apresenta em sua capa o titular do plantel MAAB, confesso que me encantei com as matérias e seus conteúdos. Como criador de Nelore e Campolina, tomei então a iniciativa de entrar em contato e solicitar a minha inclusão no quadro de criadores que têm o privilégio de recebê-la periodicamente. Carlos Augusto Carvalho Patrocínio - Teixeira de Freitas, BA

Sr. Lamounier, fico grata em ter recebido em minha casa a sua belíssima revista Mercado Rural. Fiquei maravilhada pelos conteúdos que propõe para nós leitores, fora a quantidade de conhecimento e curiosidades que ela nos dá em relação ao mundo agropecuário. Há coisas que eu não conhecia e passei a conhecer, informações as quais tive o prazer de acompanhar e pesquisar. Contudo, parabéns por essa maravilhosa revista. Estou admirada. Agradeço de coração.Any Lopes Silva - Pará de Minas,MG

Estou muito impressionado, não sabia que a publicação da revista estava tão consistente com tantos anunciantes de segmentos diferentes, matérias diversas e diagramação tão caprichada. Parabéns!Eduardo Mascarenhas Soares - Belo Horizonte, MG

C@rtasAcesse o Facebook e deixe sua crítica ou sugestão

Curta nossa página

Mercado Rural

Entrevista: JORGE SALUM, presidente da ABCCCAmpolina

PERSONAGEM: Paula Fernandes

COMO FAZER: Horta caseira

CAMBUCÁ, pouco conhecida e muito saborosa

KARAKUL: ovino oferece carne e pelagem de primeira qualidade

BRAQUIÁRIA: África recebe curso ministrado por pesquisadora brasileira EXPOSIÇÃO NACIONAL DA SIMENTAL revela melhor expositor e criador de Minas

GENGIBRE: Raiz terapêutica de benefícios curativos

AGRICULTURA BIODINÂMICA: Modo de cultivo com recursos biodegradáveis ganha força no Brasil

ASSOCIAÇÃO DOS PISCICULTORES: Piscicultores cobram incentivo

MEGALEITE: Evento reúne cadeia produtiva e quebra de recordes

SOJA BRASILEIRA exportada em grande volume para a China

BRUCELOSE: Prevenir é a melhor solução

GESTÃO E NUTRIÇÃO de equinos – alimentação correta reduz custos

AGROTÓXICOS: Manuseio e descarte corretos podem evitar muito problemas

Investir no controle biológico reduz infestação da MOSCA DOS CHIFRES

EXPOZEBU: 82ª edição movimentou milhões em leilões

LINKGEN: laboratório de biotecnologia veterinária recebe Certificado de Acreditação do Inmetro

QUEIJO DE TIRADENTES é escolhido o melhor de Minas Gerais em concurso

AGRISHOW 2016: centenas de marcas apresentam novidades para o setor agrícola

CACAU: Agricultores otimistas com aumento da produção

Recorde de público na 56ª EXPOSIÇÃO ESTADUAL AGROPECUÁRIA

NELORE PINTADO atrai criadores por sua beleza e rusticidade

SESSÃO ECONOMIA: alta do dólar contribui para aumento da exportação de café

SESSÃO MEIO AMBIENTE: Grafite esfoliado extraído em Minas gerais pode substituir o silício na produção de eletrônicos MADEIREIRA E SERRALHERIA SÃO GERALDO é tradição familiar em cidade do interior

ALTA GENETICS lidera mercado de inseminação artificial

EXPOCACHAÇA: Feira alcança 38 milhões em negócios

BEBIDAS: Caipirinha: a cara do Brasil

TURISMO: Rede de resort Iberostar encanta por beleza e infraestrutura

AUTOMÓVEIS: Duster Oroch oferece qualidades de um SUV e versatilidade de uma picape

DICAS DA AGROSID

RECEITA: Caldo verde de batata baroa

SESSÃO PET: Pastor Belga Malinois

CRIAÇÕES EXÓTICAS: Carpas Nishikigoi

EVENTOS: Leilões Maab e Feira de vinhos Super Nosso GIRO RURAL

AGENDA RURAL

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5REVISTA MERCADO RURAL4 JUNHO 2016

MR: De onde vem a paixão pela Raça Campolina e qual o diferencial dessa raça em relação às outras?

Jorge Salum: A paixão vem de muito

tempo atrás, desde que as exposições da

Campolina, Manga Larga e Pega eram jun-

tas. Mas quem me iniciou, quando come-

cei a me interessar por criar Campolina foi

meu primo Emir Cadar, que foi presidente

da Associação por 12 anos.

A Raça Campolina se difere das outras

raças por ser de porte médio a grande e de

uma beleza inquestionável. É uma raça de

marcha pura que mantém o seu dna pre-

servado, por não ter livro aberto.

MR: Como surgiu a ABCCCampoli-na e como a associação atua?

Jorge Salum: A associação foi funda-

da pela separação das raças em eventos

oficiais. Inicialmente partiu do Sr. Bolivar

de Andrade que foi o primeiro presidente

da ABCCC e que gerou o nome do Parque

da Gameleira com muita honra. A ABCCC

atua como uma instituição cartorial onde

cadastra, registra e controla todos os ani-

mais da raça que tem origem e registros.

Outra função da associação é a de promo-

Creio que estas ações contribuirão para

maior visibilidade da ABCCC e, principal-

mente, para que a Raça Campolina alcan-

ce maiores patamares.

MR: E quanto ao mercado, é pro-missor? Quais dicas você daria para quem quer iniciar a criação dessa raça de cavalo?

Jorge Salum: O mercado é promissor

sim, ficou retraído pela crise, mas é uma si-

tuação de momento e teremos que estar

preparados para numa melhor oportuni-

dade, termos o produto certo para oferecer

ao futuro criador.

Para quem deseja iniciar a criação é

necessário, inicialmente, identificar qual a

Presidente empossado para o triênio 2016-2018 da ABCCCampolina, Jorge Salum é apaixonado por cavalos e tem uma admiração especial pela raça Campolina. À frente da associação em uma época de crise política e econômica, Jorge tem planos de restaurar financeiramente a ABCCC, além de aumentar o número de associados.

Em entrevista à Revista Mercado Rural Jorge fala de seu trabalho e dá dicas para quem deseja iniciar sua criação de campolina.

ver eventos e divulgações no site orientan-

do seus associados a terem informações

corretas e úteis. Também na área técnica,

oferece cursos para formação profissional

com juízes e técnicos de registro.

MR: Quais os principais eventos re-alizados pela Associação?

Jorge Salum: A ABCCC tem dois

eventos anuais. O primeiro é a Brasileira do

Cavalo Campolina que é itinerante, realiza-

do cada ano em um estado da união.

O segundo evento é a Nacional do

Campolina, sempre realizado no Parque

da Gameleira, anualmente. Este visa ser um

evento de grande porte premiando os me-

lhores da raça em toda função de marcha

e morfologia, além de objetivar também

ser uma festa de união dos criadores onde

promovemos leilões e premiamos os gran-

des campeões da raça.

MR: Qual a atuação dos sócios na ABCCCampolina?

Jorge Salum: Os sócios são ligados à

associação pelos serviços cartoriais da raça

como comunicado de nascimento, regis-

tros provisórios e definitivos. Os sócios es-

finalidade da criação: lazer, esporte, pista

ou cavalgada. Antes da compra do animal

é importante procurar a ABCCC para ob-

ter informações sobre as características e

mais informações sobre a raça. Além disso,

a pessoa precisa saber dos custos para a

compra e tratamento de um cavalo.

Cavalo em geral é um animal maravi-

lhoso. O desenvolvimento da humanida-

de está ligado ao dorso do cavalo, lazer,

esporte e uso em lidas e trabalho. O ca-

valo é um laço importante da interação

social familiar, onde formamos grandes

amizades, além do prazer enorme de ter-

mos este belo animal como amigo. Quem

tem cavalo fala isso e nunca se arrepende

de ter um na sua vida.

colhem os juízes da Nacional Campolina e

levam seus animais na pista. Participam de

convenções do cavalo onde são discutidos

os rumos e o futuro da raça.

MR: Para que a raça continue avan-çando no cenário nacional são neces-sários investimentos. Neste tempo de crise econômica nacional houve algu-ma queda tanto em arrecadação quan-to em realização?

Jorge Salum: A última gestão da asso-

ciação foi de realizações, mas deixou muita

dívida que aos poucos temos que pagar.

Juntando com a inadimplência pela crise

atual do país, nos limitou a fazer muitas

coisas que planejamos.

MR: Quais são as principais propos-tas em seu mandato?

Jorge Salum: Pretendo em meu

mandato recompor a vida financeira da

associação; expandir a raça para todos os

estados da União, aumentando o número

de associados; proteger e fomentar os nú-

cleos do cavalo em todo o país e melho-

rar o marketing do cavalo para dar melhor

viabilidade para expansão de mercado.

ENTREVISTA

Jorge Salum

Fotos: Revista Força Campolina - Arquivo

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7REVISTA MERCADO RURAL6 JUNHO 2016

PERSONAGEM

A cantora que hoje arrasta multidões e

emociona por onde passa teve suas raízes

na roça, sentindo cheiro de mato, em con-

tato com a natureza e os animais. Quando

criança, Paula Fernandes conta que morou

às margens da Serra do Cipó, numa casa

bem modesta. “Tinha córrego nos fundos,

curral, pocilga, galinheiro, engenho de

cana de açúcar, moinho e horta. Moráva-

mos numa casinha bem simples”.

Para passar o tempo Paula lembra

que “passava o dia inteiro no meio dos

bichos, subindo em árvores de fruta”. Ela

conta também que adorava andar à ca-

valo e desbravar lugares desconhecidos.

“Creio que tenha vivido a melhor fase de

minha vida lá, onde a natureza é quem

colocava os limites. Aprendi a amá-la e

respeita-la como meu lar”.

des explicou o que é necessário para dar

certo “a letra tem que mexer comigo e me

emocionar. Creio que a poesia cantada é

melhor assimilada pelas pessoas”.

Paula Fernandes está na carreira mu-

sical há 24 anos trabalhando sua arte com

disciplina e dedicação, mas conta que não é

fácil. “Sempre enfrentei muitas barreiras por

ser mulher, compositora e instrumentista.

Mas creio que esta realidade esteja mu-

dando, já que a mulher tem mostrado com

muito talento suas capacidades pra exercer

sua profissão, independente da área”.

Paula alcançou o sucesso, é querida por

todos os brasileiros e chama atenção por

sua beleza singular. Fato que poderia,

em função dos inúmeros compro-

missos, afastá-la de suas raízes. Po-

deria, mas não foi o que aconteceu.

Sempre que tem uma folga

A paixão da cantora por animais fez

com que ela e sua família criassem dentro

de casa um bezerro, nascido de sua vaca Ca-

nara. O animalzinho, chamado Canarinho,

nasceu muito fraco e precisava de cuida-

dos especiais. Paula teve vários animais de

estimação. “Tive uma porquinha chamada

Pedrica que acabou virando meu apelido”.

Além do bezerro e da porquinha, ela teve

muitos cachorros e um cavalo em especial,

o Queimado, de quem ela lembra com mui-

to carinho. “Esse cavalo relinchava quando

me via e vinha sempre em minha direção.

Eu era a única pessoa em casa que busca-

va o bichinho no pasto sem usar nenhum

artifício para atraí-lo, como açúcar, cenoura

ou milho pra agradar. Ele vinha até mim, eu

colocava o cabresto e subia no cupinzeiro,

para montar no pelo e voltar pra casa”.

procura ficar com a família, os amigos e o

namorado, mas sem abrir mão de um am-

biente mais rústico, rural, já que adora ca-

valgadas. “Procuro sempre manter minhas

raízes, o campo não sai de mim. Tenho uma

propriedade em Minas Gerais aonde crio

meus bichos com muito carinho. Lá tenho

pavões, galinhas, cachorros, cavalos, marre-

cos, peixes, garnisés, galinha de Angola, e al-

guns animais livres como Tucanos que esco-

lheram algumas árvores de lá para chocar.”

Apaixonada por seu estado, Minas

Gerais, Paula Fernandes sente orgulho

em representar sua terra e poder levar

para o mundo suas riquezas.

A mineirinha alcançou

o sucesso e atribui a isso

ingredientes valiosos: de-

terminação, disciplina,

garra, honestidade, hu-

mildade, amor, famí-

lia, parceria, talento

e sonho. “Tudo isso

me ajudou muito

a superar as tantas

barreiras e continu-

ar batalhando pelo

que eu sempre

Mas havia outra paixão na vida de Pau-

la Fernandes: a música. Ainda criança, aos

8 anos, cantava em festas e casas de show

de sua cidade natal, Sete Lagoas (MG) e ar-

redores. “De lá pra cá não parei mais. Cresci

ouvindo música sertaneja de raiz. Amava ar-

tistas maravilhosos como Tião Carreiro. Mas

gosto de tudo, sou eclética para escutar

música. No carro tenho alguns artistas es-

trangeiros como John Mayer e Taylor Swift”.

O incentivo para seguir a carreira veio

da família, principalmente de sua mãe. A

inspiração para compor é intuitiva. “O meu

processo para compor músicas envolve

histórias vividas por mim, ou que eu escu-

to, ou vejo acontecer. São inspirações que

estão ao meu redor, procuro sempre estar

atenta para registrar tudo, para não perdê-

-las”. Mas não é apenas isso. Paula Fernan-

quis, e o sonho é fundamental, pois en-

quanto você ainda tiver sonhos a realizar

você batalha para conquistar todos eles”.

E ela não pára. Sempre envolvida em

projetos, o foco no momento é a divul-

gação do disco e da turnê “Amanhecer”.

O DVD deste álbum foi gravado recen-

temente em São Paulo e também será

lançado em breve. “Logo vou contar mais

algumas novidades para vocês. Mas há

muito pra se fazer, aprender, conquistar.

Meu universo criativo não para”.

A fama não a afastoude suas raízesEM ENTREVISTA À MERCADO RURAL, PAULA FERNANDES

RELEMBROU A INFÂNCIA NA ROÇA E FALOU DO AMOR À MÚSICA

Ping PongFamília: Tudo

Viagem: Recife

Comida: Quase todas

Um lugar: Minha casa

Uma companhia: Meu namorado

Música: Gosto de muitas

Filme: Antes de partir

O que te distrai: Ouvir música, andar a cavalo

Felicidade: Momentos felizes

Tristeza: Ver o quanto os valores

têm se perdido com o tempo

Cavalos: Paixão

Fotos: Guto Costa

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9REVISTA MERCADO RURAL8 JUNHO 2016

O PHD Pace Hospital comemorou seus

15 anos de fundação com a inauguração

do Serviço de Ortopedia, oferecendo ao

paciente o que há de mais avançado na

área, além de outras especialidades, sem-

pre com qualidade e tratamento humani-

tário, características do PHD Pace.

Agora, os resultados são outro motivo

de comemoração. Entre setembro de 2015

e junho de 2016 foram realizados 183 proce-

dimentos cirúrgicos da equipe de ortopedia.

Um dos principais diferenciais do Ser-

viço de Ortopedia do PHD Pace Hospital é

sua infraestrutura que conta com equipa-

mentos de ponta, como o Intensificador de

Imagens, além do que há de mais inovador

em instrumentais, como aqueles para ar-

troscopia. Todas as subespecialidades da

ortopedia integram o Serviço de Ortopedia

do PHD Pace Hospital, tais como cirurgia

de mão, coluna, quadril, joelho, pé e torno-

zelo, ombro e traumatologia esportiva.

CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL

A especialidade Cirurgia e Trauma-

tologia Bucomaxilofacial é uma área da

Odontologia que diagnostica e trata o

trauma, a patologia bucal e as malfor-

mações faciais na região. A especialidade

complementa o Serviço de Ortopedia

no PHD Pace Hospital oferecendo ao pa-

ciente um serviço completo e de muita

qualidade. O número de pacientes, víti-

mas de trauma da face vem aumentando

a cada dia. Na maioria das vezes, o trau-

ma da face está associado a lesões em

outras partes do corpo, principalmente

em membros superiores e inferiores.

O atendimento de urgência de Ortope-

dia e Cirurgia Bucomaxilofacial funciona de

segunda a sexta das 07:00 às 19:00 horas.

PHD Pace Hospital Referência em Atendimento de Ortopedia

Serviço de Ortopedia do PHD Pace HospitalRua Conde Linhares, 20

Cidade Jardim Belo Horizonte

Telefone: 31 3343-6615 Site: www.phdpacehospital.com.br

Equipe de Ortopedia e Cirurgia Bucomaxilofacial

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COMO FAZER

Horta Ter uma horta caseira, além de ser uma opção muito saudável, é fácil, pois é possível mantê-la em espaços variados: lote vago, quintal e até mesmo em vasos, pneus ou caixotes. Independente do lugar onde a horta será cultivada, alguns cuidados devem ser observados para se conseguir uma boa produção, seja através do Sistema SAT, sem uso de agrotóxicos com utilização de adubos minerais solúveis e fontes orgânicas; ou do Sistema Orgânico, com utilização de insumos de acordo com a legislação vigente.

Compilamos algumas dicas importantes disseminadas pela Emater-MG para que você possa fazer a sua horta, veja:

LOCAL DA HORTA• Opte por um local que receba sol nos períodos da manhã e tarde• Escolha um terreno plano ou com leve inclina-ção e livre de encharcamento• O local deve estar afastado, no mínimo, 5 metros de esgotos, chiqueiros ou instalações sanitárias

PREPARO DO TERRENO• Cave ou are o terreno na profundidade de 20 cm• Com uma enxada desmanche os torrões para que o terreno fique bem fofo

CANTEIROS• Faça os canteiros com altura entre 15 a 20 cm• Comprimento e altura são variáveis em função do tamanho do terreno• Dê uma distância de 30 a 40 centímetros entre um canteiro e outro

ADUBAÇÃO E PLANTIO • Para o Sistema SAT pode-se utilizar o adubo NPK 04-14-08 e para o Sistema Orgânico, composto orgânico.

TRATOS CULTURAIS• Capinas: retire sempre que necessário o mato que nascer entre as plantas para que o desenvolvimento das hortaliças não seja prejudicado.• Fofamento: o fofamento dos canteiros deve ser feito sempre que se apresentarem muito compactados.• Irrigação: A irrigação periódica é muito importante. De modo geral, para cada m² de área cultivada o ideal são de 2 a 5 litros de água por dia.

CUIDADOS• Observe validade, variedade e procedência das sementes ao comprá-las• Utilize técnicas preventivas contra pragas e doenças• Após cada colheita ou encerramento de uma cultura, alterne com o plantio de outra hortaliça de família botânica diferente.

11REVISTA MERCADO RURAL10 JUNHO 2016

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13REVISTA MERCADO RURAL12 JUNHO 2016

“Quem tem um amigo, tem tudo. Quem

tem um cambucá, tem muitos amigos.”

Quem já experimentou o sabor de um Cam-

bucá sabe muito bem o significado deste

ditado popular. Uma fruta brasileira, típica

da Mata Atlântica, das áreas litorâneas da

Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná

e Santa Catarina. Para muitos, o gosto é uma

mistura de maracujá com jabuticaba, outros

definem seu paladar como algo que lembra

o mamão papaia e a manga, juntos. Certo é

que o Cambucá tem sido considerado uma

das frutas mais saborosas do Brasil, embora

muita gente nunca tenha ouvido falar.

Assim, como várias espécies da Mata

Atlântica, o Cambucazeiro (Plinia edulis)

tem se tornado cada vez mais raro devido

à ação humana. Bela e frondosa, sua árvore,

da família Myrtaceae, pode alcançar de 5 a

10 metros quando cultivada e até 20 me-

tros na floresta primária.

Com a redução da Mata Atlântica, di-

versos institutos de pesquisa e projetos

ambientais buscam incentivar o plantio e

a popularidade do Cambucá. Tanto que na

região é comum ver árvores desta espécie

plantadas em sítios, fazendas e quintais.

CARACTERÍSTICAS

O livro “Colecionando Frutas”, do autor e

dono da maior coleção de plantas frutíferas

do país, Helton Josué Teodoro Muniz, traz

um relato de 100 espécies de frutas nativas

e exóticas, entre elas não poderia faltar o

Cambucá. A publicação é um registo técni-

co/cientifico, histórico e cultural dessas fru-

tas e ainda reúne dicas de cultivo e plantio.

De acordo com o autor, o Cambucazeiro

é uma árvore de crescimento lento, mais de

fácil cultivo, podendo ser plantada em todo

o Brasil. “A planta prefere climas chuvosos,

mas resiste a baixas temperaturas (até - 4

graus), vegeta bem em altitudes superiores

a 500 m, embora frutifique no nível do mar

no litoral onde o clima é quente e chuvoso.

O solo deve ser profundo, úmido, neutro (5,0

a 6,5), com constituição arenosa ou argilosa

(solo vermelho). É preciso plantar no mínimo

duas plantas para uma melhor produção. O

Cambucá é muito exigente a água”, informa.

Os frutos tem de 4 a 7 cm de diâmetro,

são arredondados e achatados nos polos,

tem a casca lisa, com sulcos de leve relevo

longitudinais e coloração intensamente ama-

relo-alaranjada. A polpa é suculenta com se-

mentes grandes, e a frutificação inicia-se com

oito a 11 anos para as com tronco vermelho

e 20 anos para variedade de tronco creme. Os

frutos amadurecem de janeiro a março. Outra

característica é o belo efeito ornamental des-

ta árvore, que possui copa densa e piramidal.

O termo cambucá vem da língua indíge-

na tupi-guarani e significa “fruto de mamar”, o

que explica bem a forma de degusta-la, pois a

polpa precisa ser sugada da casca. Por ser uma

espécie que anda muito limitada no Brasil, en-

tão se você tem espaço no quintal, no sítio ou

na fazenda, que tal plantar um cambucá?

OS SABORES DE UM

cambucá

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15REVISTA MERCADO RURAL14 JUNHO 2016

Originária do Oriente médio, na re-

gião do deserto de Bukhara, a raça Karakul

é considerada a primeira raça de ovinos

domesticada pelo homem. De porte mé-

dio, especializada em lã escura e carne,

foi introduzida no Brasil pelo gaúcho Jo-

aquim Francisco Assis Brasil, sendo o es-

tado do Rio Grande do Sul o detentor dos

maiores planteis. De conformação angu-

losa, é um animal esperto e ágil. O Karakul

integra o grupo das raças de cola grossa,

com armazenamento de gordura para ser

consumida em períodos de restrição ali-

mentar, já que esta é uma característica

adquirida do clima de origem e da grande

amplitude térmica diária.

Por ser oriunda de uma região seca,

com temperaturas extremas entre 36º e

46ºC, se adaptou perfeitamente à Serra

Gaúcha, exigindo especial atenção às do-

enças respiratórias e de cascos. Apresenta

maior rusticidade que os outros ovinos, a

algumas doenças, inclusive à verminose.

Talvez o menor acometimento de endopa-

rasitos também seja atribuído ao seu hábi-

to de pastejo que não lhe permite perma-

necer muito tempo no mesmo lugar, pois

a busca por novos pastos afasta-os de suas

fezes e isso diminui sua provável infestação.

Seus derivados movimentam uma in-

dústria lucrativa na Rússia, Afeganistão e

África, sendo que a Namíbia possui o maior

rebanho mundial. A pele dos cordeiros ne-

onatos é chamada Astrakan e é utilizada na

confecção de roupas caras, por sua resis-

tência e qualidade. A lã é ideal para artesa-

nato por ser naturalmente colorida. A gor-

dura da cola é muito apreciada na culinária

exótica e a carne é considerada uma das

proteínas de origem animal mais saboro-

sas e saudáveis, pois, assim como o camelo,

armazenam a gordura fora dos músculos .

Muito precoces, seus cordeiros ficam

em pé logo após o parto e apresentam

desenvolvimento rápido, superando os 20

kg de carcaça aos cinco meses de idade.

Sua carne de sabor gourmet e sua maciez

alcançam um preço diferenciado no merca-

do, fato que também ocorre em relação ao

valor da pele, atingindo faturamento supe-

rior ao dobro do alcançado nas outras raças

ovinas. Este fato faz do Karakul uma das me-

lhores alternativas da ovinocultura brasileira.

A criação de ovinos naturalmente co-

loridos tem se tornado moda na região Sul

do País. Muitas raças originalmente claras

têm buscado o gen preto, na tentativa de

resgatar o mercado perdido para o Karakul

na venda de pelegos e artesanato. Mesmo

assim, a raça apresenta o diferencial das

inúmeras tonalidades: preta, cinza, lilás e

marron. Outro ponto a ser ressaltado é a

apresentação de dois tipos de fios em seu

couro, um comprido e medular considera-

do pelo e outro fino e mais curto conside-

rado lã legítima. A proporção dessas duas

fibras é que define seu valor comercial,

sendo o ideal de dois terços de pelos lon-

gos e um terço de lã curta.

Largamente utilizado em cruzamen-

tos, o Karakul tem uma predominância de

suas características que padroniza reba-

nhos em três gerações. Esse fator tem des-

pertado o interesse de investidores em um

mercado competitivo onde o diferencial é,

muitas vezes, o responsável pela sobrevi-

vência do empreendimento.

KarakulCONHEÇA SOBRE O OVINO DE CARNE E PELAGEM DIFERENCIADAS

Responsável pelas informações: Dr. Gustavo Herter Terra, Médico Veterinário, MSc.Reprodução Animal. MBA Gestão Empresarial, FGV.

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17REVISTA MERCADO RURAL16 JUNHO 2016

Referência em melhoramento genético

vegetal no Brasil, Cacilda Borges do Valle, pes-

quisadora da Embrapa Gado de Corte, em

Campo Grande, Mato Grosso do Sul rompeu

fronteiras e foi convidada a ministrar um trei-

namento no Centro Nacional de Pesquisa de

Gado de Gado, no Quênia, na cidade de Naku-

ru que fica a 160 km da capital Nairóbi. No

Quênia a braquiária ocorre naturalmente, mas

instituições de pesquisa da África ainda preci-

sam de informações para desenvolver mate-

riais adaptados às condições do continente.

Pesquisadores de várias instituições do

país receberam um treinamento ocorrido

em março através de um programa de me-

lhoramento desenvolvido através da Agên-

cia Internacional de Energia Atômica (IAEA,

sigla em inglês) – ligada à Organização das

Nações Unidas (ONU).

Cacilda auxiliou no planejamento de

um passo-a-passo para o melhoramento de

braquiária irradiada e mostrou aos pesqui-

sadores africanos, por exemplo, como é fei-

ta a determinação do modo de reprodução.

“Se eles estão enviando material assexuado

para ser irradiado pode ser que a radiação

quebre a apomixia e apareçam plantas se-

xuais, então eles precisam saber como de-

terminar se a planta está se reproduzindo

por modo sexual ou assexual”, explica.

Ainda este ano, dois pesquisadores das

áreas de melhoramento e produção de se-

mentes, que participaram do curso, devem

visitar a Embrapa Gado de Corte em busca

de mais conhecimentos. “É interessante

porque comecei minha carreira trabalhan-

do com uma gramínea africana então ago-

ra, em final de carreira, tenho a chance de

retribuir pelo que o Brasil lucrou com isso”,

finaliza a pesquisadora.

braquiária na África

Pesquisadora brasileira

MINISTRA CURSO SOBRE

Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte do Quênia

Arq

uivo

Pes

soal

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19REVISTA MERCADO RURAL18 JUNHO 2016

A 25ª Exposição Nacional da Raça Si-

mental foi realizada durante a Emapa 2016,

em Avaré- SP, entre os dias 21 a 25 de ju-

nho, promovida pela Associação Brasileira

de Criadores das Raças Simental e Simbrasil

– ABCRSS e pelo Centro Paulista da Raça Si-

mental – CPRS. Na pista, animais de plantéis

de São Paulo e Minas Gerais. O evento tam-

bém foi palco do Leilão Evolution Simental,

um dos grandes destaques da Feira.

GRANDE CAMPEONATO

No Grande Campeonato de Fêmeas,

PWM On Dance AS, pertencente a Paulo de

Castro Marques, da Casa Branca Agropastoril,

Fazenda Água Limpa em Fama - MG, conquis-

tou o título de Grande Campeã, seguida por

Realeza do Anguita, como Reservada Grande

Campeã, de Júlio César Anguita, Fazendinha

Bela Vista, Boituva - SP. O título de 3ª Melhor

Fêmea da raça ficou com PWM New Rose

AS também do criador e expositor Paulo de

Castro Marques. No Grande Campeonato de

Machos, o Grande Campeão foi LGPM Salvat-

tore, do criador Leonardo Pinheiro Machado

e expositor Paulo de Castro Marques, tendo

como Reservado Grande Campeão o touro

Sutil de Amica, de Eolo José Vicentini, Cháca-

ra Amica, Dois Córregos - SP. O 3º Melhor Ma-

cho foi Patrol AS Alamabary TE, do expositor

e criador David Jesus Gil Fernandez, Fazenda

Alambary, Botucatu - SP.

MELHOR CRIADOR E EXPOSITOR NACIONAL

Pelo segundo ano consecutivo, Paulo

de Castro Marques fez a dobradinha máxi-

ma da Nacional do Simental. Na categoria

Melhor Criador ele venceu com 1.243,33

pontos. Na categoria Melhor Expositor Paulo

de Castro Marques somou 2.035,00 pontos.

LEILÃO EVOLUTION SIMENTAL

Promovido pela Agropecuária Anguita,

Casa Branca Agropastoril e Simental Alam-

bary, o Leilão Evolution Simental negociou

R$ 196,5 mil com a venda de 21 animais Si-

mental PO, fechando em R$ 9,3 mil a média

por animal. Lote de maior cotação, a fêmea

Realeza do Anguita, de 22 meses, perten-

cente a Júlio César Anguita foi arrematada

por R$ 26,4 mil pelo criador David Fernan-

dez, da Simental Alambary.

MINEIRO CONQUISTA PELO SEGUNDO

ANO CONSECUTIVO OS TÍTULOS DE

MELHOR EXPOSITOR E CRIADOR 2016

25ª Exposição Nacional da Raça Simental

Reservado Grande Campeão Simental 2016 - Sutil de Amica

Grande Campeão Simental 2016 - LGPM Salvattore

Reservada Campeã Simental 2016 - Realeza do Anguita

Grande Campeã Simental 2016 - PWM On Dance AS

Alan Fraga, Marisa Saad, Paulo Marques, Luísa Oliveira, Leonardo Machado, Leonardo Pinheiro e Gustavo Pinheiro

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21REVISTA MERCADO RURAL20 JUNHO 2016

Há séculos o gengibre tem sido utiliza-

do em vários países por conter característi-

cas medicinais. No Brasil, relatos apontam

que esta poderosa planta herbácea che-

gou pouco tempo depois do descobri-

mento pelos portugueses. Hoje, os maiores

cultivadores do gengibre estão localizados

no litoral do Espírito Santo, Santa Catarina,

Paraná e no sul de São Paulo, devido aos

fatores climáticos e solo adequado.

Originário da Índia e da China, o gen-

gibre é responsável por diversos benefícios

para a saúde. A lista é grande e a parte mais

usada da planta para fins medicinais e tera-

pêuticos é a raiz, que pode ser consumida

“in natura”, em sucos ou como tempero.

Entre os benefícios curativos do gengibre,

diversos sites sobre medicina alternativa e

natural destacam sua ação como antioxi-

dante e anti-inflamatória.

Acrescentar o gengibre na dieta tam-

bém ajuda a combater resfriados e inflama-

ções, mas aten-

ção, o consumo

deve ser em

doses certas, em

formas de chá, em

pó ou em pequenas

lasquinhas em con-

serva. Muitos especia-

listas defendem ainda o uso

do gengibre para diminuir os efeitos colate-

rais da quimioterapia ou durante a gravidez.

No Japão, é usado para massagens.

Neste caso, utiliza-se o óleo de gengibre

para problemas de coluna e nas articula-

ções. Chamada de rizoma, no Brasil e “Gan

Jiang”, na China, a raiz do gengibre ainda é

utilizada contra a perda de apetite, diarreia,

vômitos e dores abdominais, podendo ali-

viar a dor nos ciclos menstruais.

Para quem ainda não incluiu o gengi-

bre em sua dieta, vale a pena conferir mais

alguns benefícios curativos desta planta,

altamente recomendada por nutricionis-

tas e especialistas em fitoterapia: alívio de

problemas digestivos, náuseas e dores; re-

dução da inflamação e do risco de doença

cardíaca; diminuição dos níveis de coleste-

rol e auxílio nas funções cerebrais.

Depois de tantos benefícios encon-

trados no gengibre, que tal pensar em

adicionar esta rica planta em seus hábitos

alimentares? Na internet é possível en-

contrar diversas receitas de como utilizar

o gengibre em sucos, temperos e chás.

Vale a pena escolher uma.

GengibreA RAIZ TERAPÊUTICA

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23REVISTA MERCADO RURAL22 JUNHO 2016

Muitos já devem ter ouvido falar sobre

agricultura biodinâmica, mas poucos sabem

exatamente do que se trata. Diferente da agri-

cultura orgânica, este tipo de cultivo utiliza os

recursos biodegradáveis disponíveis existen-

tes na área e os preparados biodinâmicos

que, de acordo com João Carlos Ávila, profes-

sor, agricultor e consultor credenciado pela

Associação Brasileira de Agricultura Biodinâ-

mica, “funcionam como catalisadores que

direcionam os processos que acontecem na

pilha de composto e na planta gerando um

produto de qualidade superior e com maior

valor nutritivo, maior imunidade às doenças e

maior resistência às pragas, além de apresen-

tar maior tempo de conservação ou tempo

de prateleira no pós colheita”.

Com o manejo biodinâmico a planta

desenvolve, segundo João Carlos, “uma

imunidade natural de forma a se constituir

no alimento ideal para as necessidades nu-

tricionais e espirituais do ser humano mo-

derno”. Mas o que parece simples, não é. O

consultor explica que este tipo de agricultu-

ra não pode ser praticado por qualquer pes-

soa e nem em qualquer terreno. “A prática

da agricultura biodinâmica pressupõe uma

formação do ser humano voltada para seu

interior, de modo que ele se capacite sobre

os processos naturais que promovem a evo-

lução da Terra e do homem”. Para entender-

mos sobre a colocação de João Carlos, preci-

samos entender o conceito deste processo.

O movimento biodinâmico nasceu a par-

tir de oito conferências por Rudolf Steiner, em

1924, na atual Polônia e pressupõe a harmo-

nia com a natureza e o cosmos. A designação

“biodinâmica” significa que se trabalha em

consonância com as energias que criam e

mantêm a vida. A palavra tem raízes em duas

palavras gregas, “bios”, vida e “dynamis”, força.

A biodinâmica vem ganhando força no

Brasil, apesar da maioria dos agricultores

alternativos optarem por métodos orgâni-

cos ou agro ecológicos no cultivo da terra.

“O número de pessoas que se abrem para

as alternativas biodinâmicas está crescen-

do. Essas pessoas se dispõem a praticar os

princípios básicos desse método tais como

a confecção e a aplicação dos preparados

no solo, na planta e no composto”.

Agnaldo Martins é mentor em oficinas,

cursos e palestras sobre o assunto, além de

ser o idealizador do Cestão Biodinâmico

Orgânico, uma rede de distribuição dos

alimentos biodinâmicos produzidos na

região de Campinas por pequenos agricul-

tores familiares e baseado no modelo de

economia colaborativa sustentável. “Desde

2014 trabalhamos o Cestão em Campinas

e região e a partir daqui expandimos para

outras cidades e estados do Brasil.”

Outro projeto importante, segundo

Agnaldo, é o Curso de Agricultura Biodinâ-

mica “A magia da Terra”. “Através do curso

pode-se praticar e vivenciar os fundamen-

tos da Agricultura Biodinâmica em 5 mó-

dulos com duração de 6 meses. O curso

é ministrado numa fazenda centenária na

cidade de Itatiba próximo a Campinas”.

Agricultura BiodinâmicaHARMONIA COM A

NATUREZA E ISENÇÃO DE TOXINAS

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25REVISTA MERCADO RURAL24 JUNHO 2016

A piscicultura ornamental começou a

ganhar força no Município de Patrocínio do

Muriaé, em Minas Gerais, em 1999 e desde

então vem se consolidando como a principal

atividade e fonte de renda do produtor rural.

Hoje, os produtores estão organizados

em uma associação que surgiu em 2006

com o apoio do executivo municipal e do

Sebrae. Atualmente a AAQUIPAM – BMA -

Associação dos Aquicultores de Patrocínio

do Muriaé e Barão do Monte Alto – conta

com associados dos 80 piscicultores locali-

zados nos dois Municípios.

Atualmente cada associado produz

cerca de quatro mil unidades de peixes por

mês, volume que ainda não é suficiente

para atender à demanda nacional, uma vez

que os peixes ornamentais são cada vez

mais procurados como um pet. De acordo

com o presidente da Associação, Getúlio

Dias Leite, o apoio governamental seria

uma forma dos aquicultores aumentarem

a produção. “O governo deve incentivar

fornecendo profissionais que prestem as-

sistência técnica ao produtor, além de criar

linhas de créditos específicas para a ativi-

dade, pois isso acontece apenas em algu-

mas regiões e não abrange a todos”.

Apesar da importância da piscicultura

ornamental região da Zona da Mata en-

quanto fonte de renda para a agricultura

familiar, para Getúlio, a atividade ainda não

tem a força que deveria ter. Fato que pode

se modificar a partir da instalação do Polo,

já previsto em lei. “Esperamos que com a

efetiva criação do Polo os piscicultores te-

nham acesso à assistência técnica especia-

lizada e que haja colaboração no processo

de registro da piscicultura”.

As variedades produzidas são Betta,

Colisa, Guppy, Molinésia, Tricogaster, Aca-

rás Bandeira e Disco, Mexerica, Melanotae-

nia, Oscar, Plati, Carpa e Kinguio.

Peixes ornamentaisPISCICULTORES COBRAM INCENTIVO

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27REVISTA MERCADO RURAL26 JUNHO 2016

A 13ª edição da Megaleite que sempre

acontecia em Uberaba (MG) foi transferida

para Belo Horizonte e os resultados foram

positivos. Organizada pela Associação Bra-

sileira dos Criadores de Girolando, a Mega-

leite reuniu toda a cadeia produtiva do lei-

te em torno do grande evento e mostrou

a potencialidade do setor, tanto que foi

registrado faturamento superior a quatro

milhões com as vendas em oito leilões e

dois shoppings, mais que o dobro em re-

lação ao evento realizado em 2015. Aproxi-

madamente 75 mil pessoas passaram pela

Megaleite, que aconteceu entre os dias 21

e 26 de junho no Parque da Gameleira.

LEILÕES E SHOPPING

No ano passado foram reali-

zados quatro leilões que geraram

R$1.818.020,00. Este ano o valor total dos

leilões ultrapassou R$ 3 milhões com a

venda de mais de 300 lotes.

Animais Girolando e Holandês foram

negociados durante toda a Megaleite pela

Fazenda Barreiro Alto no Shopping Genética

do Futuro. Também foram realizadas vendas

diretas de animais, de material genético e

de diversos produtos pecuários pelos expo-

sitores e 80 empresas presentes na Megalei-

te. De acordo com a assessoria do evento,

os valores gerados com essas vendas ainda

não foram totalmente contabilizados, mas

informações preliminares apresentam cifras

que ultrapassam R$10 milhões.

TORNEIO LEITEIRO

Outras marcas batidas são em relação

ao número de Girolando inscritos e à pro-

dução de leite no concurso. Várias raças

competiram na pista da Megaleite, que reu-

niu no total 1.400 animais de mais de 240

expositores. A 27ª Exposição Nacional de

Girolando contou com 781 animais inscri-

tos, novo recorde de participação da raça.

No Torneio Leiteiro, com 24 fêmeas

participantes, houve a quebra de 4 recor-

des. A vaca Capitu FIV Agro SD conquis-

tou o título de Grande Campeã ao atingir

uma produção de 270,540 kg/leite em 9

ordenhas e média de 90,180 kg/leite. Com

esse desempenho, ela passa a ser a nova

recordista (entre as vacas 5/8) de todas as

edições da exposição. Entre as fêmeas 1/4,

a recordista é a vaca Liberdade FIV Teatro

que produziu 150,700 kg/leite. A recordista

entre as fêmeas 1/2 é a novilha Solar do En-

genho Bélgica que, além de ser recordista

da Megaleite, é recordista nacional.

A raça Gir Leiteiro realizou durante a

Megaleite sua 8ª Exposição Internacional

e contou com 358 animais inscritos. A raça

Holandesa teve 152 animais inscritos para

a 25ª Exposição de Gado Holandês de Mi-

nas Gerais – Exphomig 2016, que ocorreu

dentro da programação da Megaleite. Já

a 32ª Exposição Nacional da Raça Pardo-

-Suíça teve julgamento 64 animais. Além

disso aconteceu a Mostra Especial da Raça

Jersey com 45 exemplares.

A Megaleite seguiu ainda com assina-

tura de convênio de acordo internacional.

Associações de criadores de Honduras e

Costa Rica receberão a assistência técnica

da entidade brasileira para que possam re-

gistrar animais Girolando em seus respecti-

vos países. O compromisso foi firmado por

meio de convênio de cooperação técnica.

Projetos educacionais voltado para

crianças em espaço didático e interativo foi

montado no evento. Outro evento ocorri-

do na Megaleite foi o Concurso Queijo Mi-

nas Artesanal, com matéria nesta edição da

Revista Mercado Rural. Homenagens foram

feitas a várias entidades pela contribuição

ao crescimento da raça Girolando que

completa 20 anos em 2016.

RECORDE BRASILEIRO DE EXPORTAÇÃO

FATURAMENTO 127,8% MAIOR E QUEBRA

DE RECORDES

Megaleite 2016

SojaNo primeiro trimestre de 2016 o Brasil

vendeu 38,5 milhões de toneladas de soja.

Deste total, 75% foi destinado às exporta-

ções para a China. Em 2015, no mesmo pe-

ríodo, o volume de exportações registrou

32,2 milhões de toneladas do grão, dos

quais 76% foram para os orientais.

Representantes da Associação Nacional

dos Exportadores de Cereais (Anec) acre-

ditam que as recentes compras da China

parecem reforçar o estreitamento da rela-

ção com o Brasil. As expectativas na Anec

é que o país fechará o ano com 75 milhões

de toneladas embarcadas ao exterior, 4%

mais que o volume exportado em 2015. O

aumento da produtividade está associado

aos avanços tecnológicos, ao manejo e efi-

ciência dos produtores.

Cultivada especialmente nas regi-

ões Centro Oeste e Sul do país, a soja

se firmou como um dos produtos mais

destacados da agricultura nacional e na

balança comercial. Os municípios que

mais produzem soja no Brasil estão nos

estados do Mato Grosso, Mato Grosso do

Sul, Paraná e Goiás.

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29REVISTA MERCADO RURAL28 JUNHO 2016

Retenção da placenta, juntas inchadas

(artrite), bolsa escrotal inchada e aborto

entre o sétimo e nono mês de gestação

são os sintomas de uma grave doença que

ataca bovinos, suínos, equinos, caprinos e

ovinos: a brucelose.

Causada pela bactéria chamada Bruce-

la, a doença não tem cura, pode ser trans-

mitida aos seres humanos e a vacinação é

a única forma de evitá-la.

De acordo com informações do Ministé-

rio da Agricultura, a brucelose bovina é uma

das zoonoses mais difundidas no mundo e

tem como principal sinal clínico o aborto,

com consequente queda na produção de

carne e leite. No Brasil, a doença é endêmica

e existe heterogeneidade entre as regiões

quanto a sua prevalência, variando de 0,06 a

10,2% de fêmeas infectadas. As incidências

mais baixas estão nos estados da região Sul.

De acordo com a pesquisadora da Em-

brapa Gado de Corte, Grácia Maria Soares

Rosinha, “as principais perdas econômicas

estão relacionadas a abortos, baixos índi-

ces reprodutivos, ao aumento no intervalo

entre partos, à diminuição na produção de

leite e morte de bezerros”.

TRANSMISSÃO

Quando a fêmea infectada aborta ou

dá cria, a bactéria causadora da doen-

ça contamina os alimentos, estábulos,

água, pastagens e até mesmo outros

animais. Isso ocorre por meio dos res-

tos de placenta, do feto abortado ou do

corrimento vaginal.

A brucelose causa prejuízos importan-

tes à pecuária e pode ser transmitida para

o homem. Os humanos são infectados

ao entrar em contato com os animais, ou

consumir produtos animais contamina-

dos com a bactéria, em especial laticínios

produzidos com o leite não pasteurizado.

Os sintomas, no homem, são similares aos

da gripe, incluindo febre, dores e fraqueza.

Nos casos mais graves, pode acometer os

rins, fígado e coração.

VACINAÇÃO E PREVENÇÃO

A vacina é aplicada somente uma vez

em bezerras com idade entre três a oito

meses. No Brasil, é aplicada a vacina B19,

por profissionais autorizados. Uma única

dose protege a fêmea por toda a vida. Os

machos não são vacinados.

Para prevenir a contaminação, os fetos

abortados devem ser enterrados, assim

como restos de placenta e animais mortos.

A aquisição de bezerras deve ser cautelosa,

com exigência da vacinação ou certificado

negativo para a Brucelose.

BruceloseA VACINAÇÃO É A MELHOR FORMA

DE PREVENIR A DOENÇA

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31REVISTA MERCADO RURAL30 JUNHO 2016

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RT - Cláudio Augusto Pinto Nutrição Animal - CRMV 1963-Z

33REVISTA MERCADO RURAL32 JUNHO 2016

Para que os equinos desempenhem

bem suas atividades, seja em trabalho,

competições, lazer ou terapias, é impres-

cindível que o criador invista em uma

nutrição equilibrada. De acordo com o

zootecnista e especialista em nutrição

animal, Cláudio Augusto Pinto, a alimen-

tação dos equinos corresponde a um

percentual significativo do total de cus-

tos, mas que pode apresentar custo me-

nor. “Conhecer os tipos de alimentos que

podem ser utilizados na dieta dos ani-

mais, bem como suas limitações de uso

para atender a exigência nutricional dos

animais, reduz custos sem que haja per-

da no desenvolvimento, desempenho e

no bem estar dos equinos”.

Para a implantação de um programa

nutricional adequado, criadores e técnicos

devem trabalhar em conjunto em todas as

etapas envolvidas na alimentação animal,

desde a produção do alimento que compre-

ende o volumoso e os grãos, passando pelo

controle de qualidade, análise bromatológi-

ca, balanceamento, mistura adequada, esti-

mulação do consumo e monitoramento do

desempenho até chegar no equilíbrio entre

alimentação e saúde dos animais.

ALIMENTAÇÃO BALANCEADA

O zootecnista explica ainda que,

em relação ao balanceamento entre

alguns nutrientes e minerais essenciais

na alimentação dos equinos, “é impres-

cindível que pelo menos 50% da ener-

gia digestível da dieta venha do volu-

moso e a água limpa e disponível pode

ser um fator limitante da dieta, pois são

consumidos pelo animal de 2 a 3 litros

de água para cada quilo de matéria

seca consumido”.

Outros fatores limitantes na dieta

total listados por Cláudio Augusto são a

matéria prima da ração, a relação entre

cálcio e fósforo e as porcentagens de

amido, gordura, fibra bruta e óleo.

Diante disso, independente do pro-

cesso de fabricação, fica fácil entender

que as rações balanceadas apresentam

inúmeras vantagens quando compa-

radas às tradicionais misturas de se-

mentes, uma vez que oferecem, ain-

da, maior digestibilidade e destruição

de organismos patogênicos, além de

maior palatabilidade.

ROTINA DE ALIMENTAÇÃO

Quanto à rotina de alimentação que

deve ser aplicada aos equinos, Cláudio ex-

plica que, para animais em manutenção são

necessários dois tratos; três para potros, ga-

ranhões e trabalho leve e quatro tratos para

animais em trabalho intenso. “A rotina do

trato também é de suma importância obser-

vando o horário certo e a não interrupção de

dias. É interessante que a primeira refeição do

dia seja o concentrado com intervalo de pelo

menos uma hora para novo fornecimento

de volumoso o que melhora a absorção e

aproveitamento do concentrado”. Fornecer

o concentrado para o animal em completo

jejum, segundo o veterinário, pode levar ao

que é denominado boom de fermentação.

Cláudio explica ainda que um bom pla-

nejamento alimentar é necessário principal-

mente quando se trata de equinos, pois é um

animal cuja fisiologia não condiz com seu “es-

tereótipo”. “Vários fatores deverão ser levados

em consideração mas, o mais importante é

saber entender a natureza do animal, um her-

bívoro, com milhares de anos, mas ainda em

plena evolução, evolução essa que não acom-

panhou a evolução das tecnologias”, conclui.

NUTRIÇÃO EQUILIBRADA E BOA GESTÃO PODEM REDUZIR CUSTOSEquinos

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35REVISTA MERCADO RURAL34 JUNHO 2016

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37REVISTA MERCADO RURAL36 JUNHO 2016

Os agrotóxicos químicos utilizados em

controle das pragas que atacam a agricul-

tura são considerados veneno e, como tal,

devem ser manuseados com muita caute-

la. Cuidados especiais tanto na comerciali-

zação quanto no uso do produto podem

evitar a toxidade para o homem, para os

animais e para o meio ambiente.

Em Minas Gerais, o Instituto Mineiro de

Agropecuária (IMA) é a autarquia responsá-

vel pela fiscalização do comércio, armaze-

namento e uso dos agrotóxicos liberados

para uso. Para exercer este papel com efi-

ciência é cobrada a aplicação de normas

legais e de segurança, inclusive com possi-

bilidade de penalidades ao infrator.

Minas Gerais se consolida como referên-

cia na fiscalização de agrotóxicos no país. Em-

bora seja o sexto do ranking brasileiro no con-

sumo desse insumo agrícola, o Estado lidera

as ações de fiscalização com 27% do total na-

cional. Com estas ações, o Instituto Mineiro

de Agropecuária (IMA) reforça o objetivo de

manter uma oferta de alimentos de qualidade

e coibir o uso indiscriminado de agrotóxicos.

A primeira importante observação diz

respeito à aquisição comercial do agrotó-

xico que só pode ser adquirido mediante

apresentação de receita agronômica emi-

tida por profissional habilitado. Na receita

deve conter informações sobre a quanti-

dade, época de aplicação, cultura indicada,

destino das embalagens vazias, período de

carência e também sobre a proteção do

trabalhador e do meio ambiente.

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Adquirido, é hora de transportar correta-

mente. É importante que o produto seja bem

acondicionado para que não haja danificação

de sua embalagem. A nota fiscal deve sem-

pre acompanhar o agrotóxico e este nunca

deve ser transportado juntamente a pessoas,

alimentos, animais e outras mercadorias.

O armazenamento ideal é em prateleiras,

em locais exclusivos, sem umidade, iluminado,

AgrotóxicosUTILIZAR COM SEGURANÇA EVITA ACIDENTES E MULTAS

ventilado e ao mesmo tempo fechado. Identi-

ficar o produto como tóxico é importante.

APLICAÇÃO

Durante o manuseio e aplicação de agro-

tóxico é obrigatório usar Equipamento de

Proteção Individual (EPI) para proteção con-

tra risco de intoxicação. Máscara protetora,

óculos, luvas, avental, botas, capacetes e rou-

pas compridas compõem um bom aparato.

Obedecer às instruções da receita e

orientações da bula, ao intervalo de segu-

rança e ao período de exposição de pesso-

as e animais às áreas tratadas é primordial.

A pulverização deve ser feita nas horas mais

frescas do dia e sempre a favor do vento.

EMBALAGENS VAZIAS

No estado de Minas Gerais, por lei, toda

e qualquer embalagem vazia de agrotóxico

deve ser devolvida em postos ou centrais

de recebimento pelo prazo de até um ano

após a compra. Em caso de não cumpri-

mento desta obrigação, por exemplo, o usu-

ário pagará multa no valor de R$ 3.278,91.

Já a produção, manipulação, comer-

cialização, armazenamento e utilização de

agrotóxico sem registro gera uma multa de

R$ 10.641,00, de acordo com a Lei nº 10.545/1991.

INTOXICAÇÃO E ACIDENTE

Em caso de acidente, a parte do corpo em

contato com o produto deve ser lavada com

água e sabão neutro em abundância. No caso

dos olhos, usar apenas água. O atendimento

médico deve ser providenciado com urgência.

Em derramamento do agrotóxico no

chão, deve-se jogar cal virgem no local e

fazer a limpeza após 48 horas. O caso deve

ser informado ao órgão responsável.

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39REVISTA MERCADO RURAL38 JUNHO 2016

Considerada uma das piores pragas de

bovinos no Brasil, a mosca-dos-chifres (Ha-

ematobia irritans) é um inseto hematófago

que possui picada dolorosa que causa irri-

tação nos animais gerando perda de 60ml

de sangue por dia, além de perda de peso

e queda na produção de leite.

A mosca vive aproximadamente de

quatro a seis semanas. Na região central do

Brasil, desenvolve-se durante todo o ano,

diminuindo a produção no período mais

seco. Em picos de infestação, pode haver

de 5 mil a 10 mil moscas em cada animal,

o que causa muitos danos aos animais e

consequentemente à produção.

O ciclo de desenvolvimento das mos-

cas é influenciado pela temperatura am-

biente e pela umidade e qualidade do bolo

fecal, uma vez que elas se desenvolvem nas

fezes frescas de bovinos. No inverno, o ciclo

de desenvolvimento é prolongado por até

30 dias. Em épocas de chuva esse intervalo

cai para 9 dias. Assim sendo, a orientação de

especialistas é que os tratamentos estraté-

gicos de combate ao inseto sejam iniciados

na primeira quinzena de outubro e na últi-

ma de março. Por tratamentos estratégicos

entendem-se os banhos de pulverização

com medicamentos apropriados ou aplica-

ção de inseticidas no dorso dos animais. Es-

sas ações conseguem controlar a infestação

no período chuvoso que é o mais propício

para infestação da mosca-dos-chifres.

BESOURO AFRICANO

Além dos tratamentos estratégicos,

outra medida que auxilia no controle das

moscas é a manutenção de um ambiente

favorável ao desenvolvimento do besou-

ro africano, também conhecido como

“rola-bosta”. O besouro também utiliza as

fezes frescas para construção das peras

de gestação e também para alimentação

de suas larvas. Os machos constroem ga-

lerias no solo, abaixo do bolo fecal, levan-

do as fezes. Essa eficiência no enterrio das

fezes compromete o desenvolvimento

das larvas das moscas.

A utilização dos besouros podem redu-

zir em até 40% as moscas-dos-chifres, além

de diminuir a liberação de amônia presente

nas fezes, que é um elemento tóxico à pasta-

gem. Também favorece a rebrota do capim

e melhora a fertilização do solo, uma vez que

as fezes enterradas favorecem a absorção de

nutrientes pelas raízes das pastagens.

Mosca-dos-chifresBESOURO AFRICANO GARANTE CONTROLE

BIOLÓGICO

Fonte de pesquisa: Boletim Técnico – nº 94 – 2010 - Epamig

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41REVISTA MERCADO RURAL40 JUNHO 2016

Entre os dias 30 de abril e 7 de maio

de 2016, Uberaba (MG) sediou a 82ª Expo-

Zebu, promovida pela Associação Brasileira

dos Criadores de Zebu (ABCZ) e maior ex-

posição da pecuária zebuína no mundo. O

tema desta edição foi “Genética Capaz de

Mudar”. Com extensa programação voltada

para o setor, a exposição apresentou tam-

bém rodeios e shows de diversos artistas.

De acordo com a organização do even-

to mais de 160 mil visitantes passaram pela

exposição, dentre eles muitos estrangeiros.

Os leilões de animais são o maior atrativo aos

criadores e movimentaram neste ano mais de

34 milhões de reais em 24 leilões. Faturamen-

to superior ao de 2015 na ordem de 11,3%,

mesmo diante do cenário de crise econômica

nacional. “Foi um resultado excelente. A Ex-

poZebu comprovou, mais uma vez, a força da

pecuária zebuína de corte e leite. Os negócios

em leilões e das empresas de insumos, pro-

dutos e serviços comprovam o bom momen-

to da pecuária, em que pese as adversidades

da economia brasileira”, assinalou Luiz Claudio

Paranhos, presidente da ABCZ.

EXPOZEBU DINÂMICA

A Expozebu Dinâmica, mostra espe-

cializada em soluções para a pecuária e

apresentações práticas de equipamentos,

cultivares e insumos comprovou sua força.

Este evento recebeu mais de 3 mil visitantes

e obteve crescimento de 30% no número

de empresas participantes e resultados de

negócios em relação a 2015. “Os pecuaristas

podem acompanhar demonstrações sobre

as características das máquinas, dos cultiva-

res, dos insumos, a área de Integração La-

voura-Pecuária-Floresta, produção de leite e

pasto”, complementa Luiz Claudio Paranhos.

CONCURSO LEITEIRO

Tradicional e valorizado, o Concurso

Leiteiro da 82ª Expozebu premiou vacas em

categorias por raças: Gir, Guzerá, Sindi e a

raça Guzolando que participou do concur-

so pela primeira vez. Além do Concurso Lei-

teiro Natural 2016 que teve como grande

campeã em produção de leite a vaca adulta

Geada FIV Badajós (Gir), com produção total

de 105,12 kg e média diária de 21,02 kg.

NOVIDADES DO PMGZ

Os novos indicadores genéticos dos

rebanhos participantes do PMGZ -Progra-

ma de Melhoramento Genético Zebuíno

– foram divulgados na ExpoZebu: imple-

mentação de cinco novas características

(DEPs): peso ao ano, perímetro escrotal ao

ano, stayability, área de olho de lombo e

acabamento de carcaça; módulo avançado:

reposição e descarte de matrizes, mudanças

fenotípicas anuais, origem das matrizes e

impacto da genética materna; e fenótipo

de animais FIV/TE nas avaliações genéticas:

as pesagens dos animais oriundos das bio-

tecnologias de FIV ou TE, desde que os pro-

dutos tenham sido gestados em vaca zebuí-

na, foram incluídas nas avaliações genéticas.

PRESTÍGIO POLÍTICO

O Conselho Nacional dos Secretários

de Estado da Agricultura, o Conseagri, reu-

niu o Secretário de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz

Reis Filho; secretários estaduais de Agri-

cultura de dez estados e representantes

de entidades importantes, como Embra-

pa Brasília, Epamig Oeste, Emater, IMA e

Secretaria Municipal de Desenvolvimento

do Agronegócio de Uberaba. A realização

de uma conferência nacional para propor

nova sistemática para a agricultura nacio-

nal, como a implantação da ATER (Progra-

ma de Assistência Técnica e Extensão Ru-

ral) e Pesquisa Agropecuária e Inovação,

Defesa Agropecuária, Abastecimento e

Segurança Alimentar e sobre o Cadastro

Ambiental Rural foi assunto da pauta.

A reunião teve a participação do de-

putado Federal e presidente da Frente

Parlamentar Mista da Agropecuária (FPA),

Marcos Montes, e do presidente da ABCZ,

Luiz Claudio Paranhos.

ExpoZebu 2016 MAIOR EXPOSIÇÃO DA PECUÁRIA ZEBUÍNA DO MUNDO MOVIMENTOU MILHÕES EM LEILÕES

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Equipe Linkgen

43REVISTA MERCADO RURAL42 JUNHO 2016

As atividades do Laboratório LinkGen

Biotecnologia, com sede em São Paulo, fo-

ram iniciadas em 1996 e marcaram o pio-

neirismo na realização de exames usando a

técnica de DNA para a verificação de vínculo

genético na área veterinária na América do

Sul. Naquela época um ou outro produtor

rural conhecia a técnica que, na verdade, não

se difere do DNA feito em humanos. A reali-

zação do teste é igual com os animais, o que

ocorre é que regiões específicas são analisa-

das, já que são espécies diferentes. “Em 1996

muita atenção era dada ao teste de DNA na

área humana no Brasil e, como no exterior o

teste de DNA já estava sendo usado na área

veterinária, surgiu a ideia de atuarmos neste

segmento no qual a comprovação de víncu-

lo genético era feita por tipagem sanguínea,

um teste bem menos preciso do que a téc-

nica de análise do DNA”, explica Sergio Paulo

Bydlowski, sócio da empresa.

Um trabalho de divulgação do serviço

foi realizado com afinco e mostrou que a

análise do DNA gerava resultados mais

confiáveis. De acordo com Cynthia Rachid

Bydlowski, sócia na LinkGen, “a Associação

Brasileira de Criadores de Cavalos Quar-

to de Milha se interessou e introduziu, no

início de maneira tímida, o teste de DNA

para a verificação de parentesco em casos

onde a paternidade não era comprovada.

Consideramos este início nossa maior con-

quista. Não foi um trabalho fácil. Vencer as

resistências naturais a qualquer mudança

foi nosso maior obstáculo”.

ACREDITAÇÃO PELO INMETRO

Atualmente o laboratório realiza o

exame de Genotipagem (perfil genéti-

co) para a verificação de parentesco em

equinos, bovinos, ovinos e caprinos, assim

como testes para verificar a presença de

genes para doenças genéticas: HYPP em

Equinos, BLAD, DUMPS, CITRULINEMIA e

deficiência de fator XI em bovinos; para

cor de pelagem em equinos: homozigo-

se para tobiano, preto e tordilho; e o mais

recente, sexagem de aves e genotipagem

para comprovação de parentesco de aves

e cães. Tudo sempre obedecendo à legis-

lação brasileira, cumprindo todos os requi-

sitos para o credenciamento junto ao Mi-

nistério da Agricultura (MAPA). Tanta ética,

compromisso e responsabilidade conferi-

ram ao LinkGen o Certificado de Acredita-

ção pelo Inmetro segundo à ISO 17025.

A acreditação laboratorial demonstra a

seriedade e a qualidade dos serviços pres-

tados. Exames só podem garantir resulta-

dos precisos se forem utilizados métodos

e técnicas que garantam a qualidade e os

resultados. E disso o LinkGen entende.

Para a realização dos testes são usados

equipamentos importados de última gera-

ção. “Trabalhamos para oferecer alta quali-

dade técnica e de atendimento aos nossos

clientes, associações e criadores interessa-

dos na identificação genética e outros tes-

tes genéticos. A identificação é necessária

para o Registro Genealógico e também

agrega valor na comercialização do animal.

Nosso atendimento é personalizado: para

nós cada cliente é único”, comenta Cynthia.

A IMPORTÂNCIA DO EXAME DE DNA

Ainda segundo Cynthia Bydlowski, a

técnica de análise de DNA mais utilizada

hoje no Brasil e regulamentada pelo Minis-

tério da Agricultura (MAPA) para a compro-

vação de parentesco é a de microssatélites.

“Esta técnica consiste na detecção de pe-

quenas sequências de DNA nas amostras

em processo de análise. As sequencias

denominam-se marcadores moleculares.

A comprovação do vínculo genético faz-

-se pela comparação dos marcadores de

determinado produto (filho) com os mar-

cadores de seus genitores”.

A análise de DNA, por ter maior preci-

são, aumenta a confiança na comprovação

de origem para obtenção do registro gene-

alógico. E isto, consequentemente, interfe-

re no valor comercial dos rebanhos. “Este

aumento na confiança, gerando uma maior

segurança no registro genealógico, pos-

sibilitou que técnicas como Inseminação

Artificial, Transferência de Embrião e outras

fossem mais utilizadas. Estas técnicas possi-

bilitam um aumento do rebanho em me-

nor tempo, uma seleção genética melhor,

além de possibilitar a fecundação de uma

matriz através do sêmen de um touro com

características genéticas desejáveis mesmo

depois de sua morte”, explica Cynthia.

APRIMORAMENTO

O Laboratório LinkGen conta com

uma equipe de profissionais especializa-

da e está sempre preocupado com sua

base científico-tecnológica. Tanto que

já realizou quatro projetos de pesquisa

com o apoio da Fapesp (Fundação de

Amparo a Pesquisa do Estado de São

Paulo). “Estes projetos visam um apri-

moramento da técnica, assim como o

desenvolvimento de novos testes para

serem oferecidos aos clientes. Nós inves-

timos em pesquisa na área de inovação

tecnológica, contando, para isso, com

apoio de instituições, além de recursos

próprios. Temos como essência de traba-

lho o bem estar dos nossos clientes, seja

no atendimento, no desenvolvimento do

trabalho ou na pós-venda. Essas carac-

terísticas fazem parte da identidade da

LinkGen”, finaliza Cynthia.

Laboratório LinkGenCREDIBILIDADE, QUALIDADE, ÉTICA E RESULTADO

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45REVISTA MERCADO RURAL44 JUNHO 2016

A Emater-MG em parceria com a Se-

cretaria de Estado de Agricultura e com

a Associação Brasileira dos Criadores de

Girolando promoveu o 9º Concurso Esta-

dual do Queijo Minas Artesanal. A disputa

aconteceu no dia 23 de junho, no Parque

da Gameleira, em Belo Horizonte, durante

a Megaleite 2016. Foram escolhidos os cin-

co melhores queijos de Minas Gerais, entre

27 concorrentes. O Concurso Estadual do

Queijo Minas Artesanal tem como objeti-

vos valorizar e divulgar uma das mais tradi-

cionais iguarias de Minas Gerais.

O queijo vencedor é de Tiradentes, região

do Campo das Vertentes, produzido por Lúcia

Maria Resende que fabrica, em média, dez

queijos por dia, comercializados na região.

Sabor da Serra é o nome do queijo vencedor

que foi avaliado, juntamente aos outros, de

acordo com critérios de apresentação, cor,

textura, consistência, paladar e olfato. A co-

missão julgadora do concurso foi formada por

nove integrantes. Entre eles, profissionais da

extensão rural, inspeção e gastronomia, além

de pesquisadores e professores universitários.

Participaram do concurso concorren-

tes das sete regiões produtoras de Queijo

Minas Artesanal: Serro, Canastra, Araxá,

Campo das Vertentes, Cerrado, Triângulo

Mineiro e Serra do Salitre. Todos os produ-

tores recebem orientação da Emater-MG e

têm suas queijarias cadastradas no Institu-

to Mineiro de Agropecuária (IMA).

Durante a premiação, a produtora Lúcia

Maria Resende, foi representada pelo técnico

da Emater-MG, Odair José Gerônimo, respon-

sável pela assistência técnica na região.

Queijo de Tiradentes é o melhor queijo artesanal de Minas

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47REVISTA MERCADO RURAL46 JUNHO 2016

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49REVISTA MERCADO RURAL48 JUNHO 2016

Entre os dias 25 e 29 de abril foi realiza-

da em Ribeirão Preto (SP) a 23ª edição da

Feira Internacional de Tecnologia Agrícola,

a Agrishow 2016, que se consolidou não

apenas como a mais importante vitrine de

inovações, tendências e lançamentos para

o agronegócio, mas também como o local

ideal para que produtores rurais de todo o

Brasil encontrem boas oportunidades para

fechamento de negócios. Na feira é possível

ver máquinas e implementos que estarão

nas plantações, levando cada vez mais pro-

dutividade para o campo e, consequente-

mente, mais competitividade para o setor.

RECORDES

A realização de negócios no evento,

até o último dia da feira, contabilizados em

curto prazo, somava R$ 1,95 bilhão, supe-

rando a edição de 2014 que fechou em

R$1,9 bilhão. Já a 17ª Rodada Internacional

de Negócios obteve um recorde de US$ 18

milhões de vendas, entre negócios fecha-

dos e futuros, com prospecções para os

próximos 12 meses, o que representa um

incremento de 23% em comparação com

a rodada anterior.

Outro recorde alcançado foi em relação

ao número de empresas nacionais inscritas:

46 fabricantes. O fato culminou na realiza-

ção de mais de 400 reuniões com compra-

dores da Argélia, Canadá, Colômbia, Egito,

EUA, Etiópia, México, Quênia, Senegal,

Tailândia e Zimbábue. Trata-se do Projeto

Comprador, organizado pelo Programa

Brazil Machinery Solutions, em parceria com

a Agência Brasileira de Promoção de Ex-

portações e Investimentos (Apex-Brasil) e

a Associação Brasileira da Indústria de Má-

quinas e Equipamentos (ABIMAQ).

As 800 marcas expositoras presen-

tes realizaram os lançamentos do ano na

Agrishow 2016. Os 152 mil visitantes, pre-

dominantemente compradores e produ-

tores rurais de pequeno, médio e grande

portes do Brasil e do exterior, puderam ver

novidades em máquinas e implementos

agrícolas, tecnologias para a agricultura

de precisão, soluções para irrigação e agri-

cultura sustentável, insumos para diversos

tipos de culturas, lançamentos para a pe-

cuária, além de tendências inovadoras para

o agronegócio do futuro.

PRÓXIMA EDIÇÃO

Para a edição 2017, a organização pre-

tende trazer novidades em termos de in-

fraestrutura e soluções tecnológicas que

contribuam para a visitação dos profissionais

do agronegócio. Neste ano, por exemplo, foi

implantada a venda de ingressos online, que

facilitou a entrada dos visitantes; foram inse-

ridas novas ferramentas no APP da Agrishow,

que trouxeram mais agilidade e organização

para uma visita organizada do produtor rural;

e foi desenvolvido o canal de conteúdo ex-

clusivo com informações relevantes do setor.

A Agrishow 2016 é uma iniciativa das

principais entidades do agronegócio no

país: Abag – Associação Brasileira do Agro-

negócio, Abimaq– Associação Brasileira da

Indústria de Máquinas e Equipamentos,

Anda – Associação Nacional para Difusão

de Adubos, Faesp – Federação da Agricul-

tura e da Pecuária do Estado de São Paulo

e SRB - Sociedade Rural Brasileira, e é orga-

nizado pela Informa Exhibitions, integrante

do Grupo Informa, um dos maiores promo-

tores de feiras, conferências e treinamento

do mundo com capital aberto.

Agrishow 2016FEIRA BATE RECORDE DE VENDAS E APRESENTA

NOVIDADES PARA O SETOR AGRÍCOLA

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51REVISTA MERCADO RURAL50 JUNHO 2016

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53REVISTA MERCADO RURAL52 JUNHO 2016

Uma cifra de R$14 bilhões por ano é

o que movimenta o agronegócio do ca-

cau no Brasil, segundo dados da Comissão

Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira

(Ceplac), vinculada ao Ministério da Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A safra estimada para este ano é de 263

mil toneladas, conforme levantamento do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-

tica (IBGE). Os números trazem otimismo

aos produtores, pois em 2015 foi registrada

uma queda para 255 mil toneladas em rela-

ção a 2014, que fechou com 278 mil.

O relatório da Ceplac, publicado em

2015, registrou safra recorde nos últimos

19 anos. “Depois da queda da produção em

1995, que se encontrava em 296,7 mil tone-

ladas, foi parar no fundo do poço com 170

mil toneldas em 2003, com recuperação no

decorrer do período”, aponta o documento.

EXPORTAÇÕES

A retomada das exportações é outro

fator importante que aumenta a expectati-

va dos produtores. A Bahia, principalmente

o Sul do estado, maior produtor de cacau

do país, ficou afastada do mercado externo

por causa da “vassoura-de-bruxa”, uma pra-

ga que deixa os ramos do cacaueiro secos

como uma vassoura velha e arruinou as la-

vouras da região por longos períodos,

forçando o país a importar o produto.

Com o retorno à exportação de

amêndoas de cacau, os produtores brasileiros

buscam investir cada vez mais em tecnologia

e melhoria da produção, trabalhando de for-

ma integrada com órgãos governamentais e

empresas de assistência técnica no setor. No

ano passado, foram exportadas pelos agricul-

tores baianos, 6,6 mil toneladas de amêndoas

de cacau – avaliadas em R$ 15 milhões.

PRODUÇÃO

O município de Canavieiras é conside-

rado o berço do plantio de cacau na Bahia,

mas é em Ilhéus, devido ao clima e solo

favoráveis, que se encontra a maior produ-

ção da fruta, 95% do cacau brasileiro está

na região. O segundo maior produtor do

país é o Pará. De acordo com o Ministério

da Agricultura, a produtividade das lavou-

ras é de 416 kg/hectare por ano.

PREOCUPAÇÃO

De acordo com a Secreta-

ria da Agricultura da Bahia (Se-

agri), um dos grandes entraves

é o risco fitossanitário decorrente

da entrada do produto importado

no Brasil, já que outras pragas vin-

das de fora podem amea-

çar novamente as lavouras. Sobre a vassoura-

-de-bruxa, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

reforça que o controle desta praga deve ser

feito logo no início, porque ela se espalha de

forma muito rápida pelo vento e pela água.

RESULTADOS

A Ceplac atribui os bons resultados às

formas inovadoras no manejo da lavoura,

que incluem sistemas de fertilização e fer-

tirrigação e às conquistas com as pesquisas

de melhoramento genético do cacaueiro,

que permitiram o uso de clones de alta

produtividade, disponibilizando aos pro-

dutores uma série de 55 cultivares e nove

linhagens de cacaueiros já registradas.

No Brasil, o dia do Cacau é celebrado em

26 de março e reverenciar esta fruta sem lem-

brar do chocolate é praticamente impossível.

A expectativa é que o mercado desta gosto-

sura movimente cerca de R$ 2,7 bilhões neste

ano. Em 2015, os números foram de 2,67 bi.

Além do otimismo na produção de cacau

e do crescimento do mercado, a fruta possui

propriedades antioxidantes e benefícios para

a saúde, assunto que podemos retomar em

outra edição. Por enquanto, vamos torcer para

que os números positivos e o apri-

moramento das la-

vouras se con-

solidem.

MELHORIAS NA PRODUÇÃO REACENDE

OTIMISMO DOS AGRICULTORES

Cacau

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55REVISTA MERCADO RURAL54 JUNHO 2016

Tradicional em Minas Gerais, a Exposição

Estadual Agropecuária realizou sua 56ª edi-

ção entre os dias 31 de maio e 5 de junho,

no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte

(MG). Pecuaristas, produtores rurais, profissio-

nais do agronegócio e estudantes de áreas

afins se uniram a um público recorde de 55

mil pessoas, durante os seis dias de evento.

Neste ano, além dos tradicionais jul-

gamentos de raça e leilões, uma série de

novas atrações surpreendeu o público que

respondeu positivamente. Foram ministra-

dos diversos cursos e palestras técnicas so-

bre temas como sanidade animal, doenças

nos rebanhos e crédito rural. A mostra e o

concurso de peixes ornamentais, a expo-

sição de flores e folhagens, bem como a

Feira do Pró- Genética e Pró-Fêmeas, agra-

daram em cheio aos participantes.

1ª FEIRA PRÓ-GENÉTICA E PRÓ-FÊMEAS DE BH

Promovida pela primeira vez, a feira

disponibilizou para venda animais da mais

alta qualidade de criadores filiados à As-

sociação dos Criadores de Girolando e à

Associação Brasileira dos Criados de Zebu

(ABCZ). Foi dada a oportunidade a pecua-

ristas de pequeno e médio porte de adqui-

rirem animais de padrões elevados geneti-

camente para melhoria do rebanho.

Segundo o coordenador de Bovinocul-

tura da Emater-MG, José Alberto de Ávila Pi-

res, os animais comercializados “são livres de

doenças como brucelose e tuberculose, e

possuem registro genealógico”. Foram ven-

didos oito machos das raças guzerá, sene-

pol e tabapuã e oito fêmeas meio sangue.

ACARÁS E GÉRBERAS

Nos aquários, exemplares das espécies

betta, guppy, acará bandeira e killifish,

entre outros. Participaram do Concurso

Nacional de Peixes Ornamentais criadores

de Minas, Rio Grande do Norte, Paraná, São

Paulo e Rio de Janeiro entre outros. O aquá-

rio mais bonito eleito pelo voto do público

foi o de Belo Horizonte que apresentou es-

pécies acará disco e neon innesi, ambas de

origem brasileira, oriundas de água doce.

Já no espaço das flores, a beleza e a

riqueza das espécies de flores do campo

representadas por crisântemos, gérberas e

lisianthus, arrancaram suspiros. As flores tro-

picais também chamaram a atenção com

destaque para as helicônias, bastão do impe-

rador e sorvetão (Zingiber spectabile griff ),

apresentados por produtores de Rio Casca e

Região Metropolitana de Belo Horizonte. O

público ainda participou de minicursos de

arte floral, produzindo belos arranjos.

LEILÕES E VENCEDORES

Foram realizados três leilões que ren-

deram a venda de 84 animais, totalizando

R$ 874 mil. O destaque foi para o leilão de

jumentos pega que contabilizou R$ 395

mil. Porém, o animal mais caro foi Rambo

de São João, um campolina arrematado

por R$ 45 mil.

Animais de diversas raças de criadores

de vários estados do país e de Minas Ge-

rais desfilaram no gramado do parque. O

pônei Kojac D’Luca de Sergipe ficou com o

título de grande campeão nacional da raça

e também o de campeão dos campeões. A

novilha Brahman Miss 2322 Portobello, do

Rio de Janeiro, ficou em primeiro lugar na

categoria novilha menor. Ela tem 12 meses

e pesa 328 quilos. Já a fêmea guzerá Nanda

FIV Tiata, tem 20 meses e pesa 620 quilos.

De Curvelo (MG), o animal foi premiado

como a grande campeã da raça. .

56ª Exposição Estadual AgropecuáriaRECORDE DE PÚBLICO E NOVAS ATRAÇÕES

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57REVISTA MERCADO RURAL56 JUNHO 2016

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Beleza, rusticidade e elegância defi-

nem bem a raça que representa 80% da

força produtiva da indústria da carne no

Brasil: nelore. Em sua maioria brancos ou,

vez ou outra, totalmente vermelhos, a mis-

tura em pintas das duas cores marca o exo-

tismo do Nelore Pintado.

Diferindo-se do nelore branco e dos ver-

melhos apenas na pelagem, o nelore pintado

existe há muitos anos no Brasil, mas apenas

recentemente em níveis históricos passou a

ser mais disseminado. De acordo com Adal-

ton Pires Rodrigues, criador de Nelore Pinta-

do no estado do Pará, “o nelore pintado veio

da Índia assim como o nelore branco na im-

portação da década de 60 e ficou por muito

tempo concentrado na região sul do Brasil,

especificamente falando no Mato Grosso do

Sul. Mas como tinham poucos criadores sele-

cionando a raça, pela dificuldade de opção

genética de acasalamento, o nelore pintado

não ficou tão conhecido na época”.

Com a consolidação da raça e a contri-

buição do marketing, os produtores, com

o passar do tempo, adquiriram maios co-

nhecimentos e passaram a investir na raça.

“Nós, criadores de nelore pintado, passa-

mos a usar touros da linhagem branca que

produzem filhos manchados para melho-

rar o gado pintado. Estamos difundindo a

raça e já temos vários criadores espalhados

por quase todo o Brasil, como é o meu caso

aqui no Pará”, afirma Adalton.

MANEJO E ALIMENTAÇÃO

Por serem animais de clima tropical, a

adaptação do nelore pintado foi tranquila

em todas as regiões do Brasil, de acordo com

o criador. “Tanto no Sul que é mais frio, quan-

to aqui no Norte, ele responde e desenvolve

muito bem seu papel reprodutivo”. Os cui-

dados de manejo são os de praxe: vacinas,

tratamentos de rotina e oferecer uma vida

sem stress aos animais. “Procuramos não

estressar os animais e isso tem nos rendido

bons frutos nos índices reprodutivos como:

taxa de fertilidade, prenhes, natalidade, peso

no desmame, peso ao sobre ano, idade ao

primeiro parto e intervalo entre partos”. De

acordo com Adalton, foi feita recentemente

em seu plantel de nelore pintado um diag-

nóstico de gestação das matrizes e obtida

taxa de prenhes de 96,22%, quando a média

nacional da taxa de prenhes é 80%.

Adalton destaca ainda a adaptação do

animal em sistemas de criação extensiva.

“Se saíram muito bem em pastagens forra-

geiras e não precisam de grãos como com-

plemento de suas dietas alimentares diárias”.

REPRODUÇÃO E MERCADO

Com o aumento do número de criado-

res aumentou as opções de touros nas cen-

trais de sêmen e isso, consequentemente,

gerou mais facilidade na reprodução da

raça e disseminação do nelore pintado.

A comercialização do nelore pintado

encontra-se, segundo Adalton, numa situ-

ação onde a oferta é muito menor do que

a procura. “Desta forma o criador consegue

agregar mais valor ao produto. Temos que

enfatizar que o nelore pintado tem um valor

bom não só em decorrência de sua beleza

e pelagem diferenciada, mas porque, assim

como o nelore branco ou como o vermelho,

é excelente para corte e produção leiteira”.

Nelore pintadoBELEZA EXÓTICA E FUNCIONALIDADE

59REVISTA MERCADO RURAL58 JUNHO 2016

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61REVISTA MERCADO RURAL60 JUNHO 2016

O aumento das exportações e a valori-

zação do dólar incrementaram os negócios

da Cooxupé (Cooperativa Regional dos Ca-

feicultores em Guaxupé), maior cooperati-

va de café arábica do mundo, que fica na

região Sul de Minas Gerais. O faturamento

da cooperativa em 2015 foi 57% maior do

que a receita gerada em 2014, contabilizan-

do R$ 4 bilhões. Com isso, liderou mais uma

vez as exportações de café arábica no país.

As exportações cresceram 26%, o equiva-

lente a 4,1 milhões de sacas de 60 quilos

de café verde tipo arábica, mesmo em um

ano de quebra da produção de café, que

foi prejudicada pela estiagem rigorosa.

Para este ano, se a moeda americana con-

tinuar valorizada e se as condições climáticas

continuarem favoráveis, a meta da Cooxupé

é de faturar R$4,6 bilhões. Isso significa que

terão que ser exportadas 4,8 milhões de sa-

cas de café de um total de 6 milhões de sacas,

o que representa alta de 15,38% em relação a

2015, ano em que foram comercializadas 5,6

milhões de sacas. Deste total, 5,2 milhões de

sacas forma entregues pelos cooperados, va-

lor 15% maior do que a safra de 2014.

Pelo jeito a meta deverá ser alcançada,

pois a Cooxupé informou que a colheita da

safra de seus cooperados atingiu 34,5 por

cento da área total em 1° de julho de 2016,

em patamar mais avançado que no mes-

mo período do ano passado. No mesmo

período do ano passado a área dos coope-

rados correspondia a 21,9%.

Com faturamento em alta, os inves-

timentos aumentam também. No ano

passado a área de atuação da cooperativa

foi ampliada com abertura de escritórios

em quatro municípios mineiros: Lambari,

Andradas, Nepomuceno, Cássia, e no mu-

nicípio paulista de Altinópolis. Com o au-

mento de cidades na rede, o número de

cooperados também subiu. O ano de 2015

foi encerrado com 12.666 associados, 705 a

mais que em 2014.

CaféCOOPERATIVA AUMENTA VOLUME DE PRODUÇÃO E EXPORTAÇÕES

ECONOMIA

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63REVISTA MERCADO RURAL62 JUNHO 2016

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O extrativismo mineral sempre foi uma

das maiores atividades econômicas de

Minas Gerais, considerado o mais impor-

tante estado minerador do país, atividade

presente em mais de 250 municípios. Entre

a grande variedade da produção de bens

minerais, o grafite vem despertando gran-

de interesse de pesquisadores, indústria e

governo. Mas não é em sua forma natural

e sim aliada à nanotecnologia, pois Minas

possui capacidade técnica e científica para

desenvolver algo bem mais valioso a partir

da esfoliação do grafite, o grafeno.

De acordo com a revista “Scientific

American Brasil”, o grafeno, uma das formas

cristalinas do carbono, é o material mais

forte já demonstrado, cerca de 200 vezes

mais resistente que o aço. É uma folha bem

fina e possui a espessura de um átomo. De

olho neste potencial econômico, conside-

rado o novo “ouro negro” de Minas Gerais,

uma parceria entre o Centro de Desenvol-

vimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), por

meio do laboratório de Química de Nano-

estruturas de Carbono (LQN); Universidade

Federal de Minas Gerais e o Governo do

Estado, por meio da Companhia de De-

senvolvimento de Minas Gerais (Codemig)

criou a primeira planta piloto do Brasil para

a produção de grafeno a partir da esfolia-

ção do grafite. A iniciativa pioneira prevê

investimento de R$ 21,3 milhões em três

anos, para desenvolver a tecnologia e im-

plantar a produção em escala piloto.

A produção de grafeno a partir do gra-

fite natural agrega enorme valor a este mi-

neral. Para se ter uma ideia deste potencial,

uma tonelada métrica de grafite é comer-

cializada por cerca de US$ 1 mil no merca-

do internacional, uma tonelada métrica de

grafeno chega a valer quase 100 vezes esse

valor, podendo atingir US$100 por grama.

Um estudo realizado pela Coordena-

doria de Transferência e Inovação Tecno-

lógica (CTIT) da UFMG identificou cerca

de cem empresas relacionadas ao grafeno

no mundo. Se depender da qualidade dos

pesquisadores da área de nanotecnologia e

da disposição do governo em incentivar a

pesquisa para potencializar a produção mi-

neira para além da extração, Minas Gerais

tem tudo para se despontar no desenvol-

vimento de grafeno, pois uma das maiores

reservas mundial de grafite está em Minas.

GRAFENO

Trata-se de camada plana de átomos

de carbono, da família do grafite e diaman-

te. Possui propriedades muito interessan-

tes: resistente, leve, flexível, quase transpa-

rente, e como excelente condutor poderá

substituir o silício na produção de alguns

equipamentos eletrônicos, tornando-os

mais rápidos, compactos e eficientes.

As aplicações do grafeno parecem in-

finitas: nanotecnologia, acesso mais veloz

à Internet, baterias mais duráveis e recarre-

gáveis em poucos minutos, além de filtros

de água mais eficientes, cimentos mais

resistentes, motores mais econômicos e

menos poluentes.

Grafeno GRAFITE ESFOLIADO DESPONTA COMO NOVO OURO NEGRO DE MINAS

MEIO AMBIENTE

65REVISTA MERCADO RURAL64 JUNHO 2016

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67REVISTA MERCADO RURAL66 JUNHO 2016

Tudo começou por causa do carvão. O Sr.

Geraldo Arantes trabalhava com carvão e era

construtor. Montar uma madeireira não pare-

cia ser um mau negócio e não foi. Em 1965

era inaugurada a Madeireira e Serraria São

Geraldo, em Itapecerica, município que fica

a 180 km da capital mineira, Belo Horizonte.

Apesar das dificuldades encontradas

como qualquer novo negócio encontra, a

Madeireira persistiu e passou pelas mãos

de outras pessoas da família. Logo depois

de Sr. Geraldo, quem assumiu foi seu filho, o

Sr. José Alves Arantes Neto, mais conhecido

como “Zé Gordo” e é ele quem relembra que

houve uma época em “que o transformador

da companhia de energia elétrica não su-

portava que todas as máquinas fossem li-

gadas”. O carregamento de caminhões foi

outro desafio, conforme relata o genro de

Zé Gordo e atual proprietário da Madeireira,

Ismael Elias Oliveira. “Havia esforço dobrado

para carregar os caminhões de tora. Não ti-

nha o equipamento adequado e todos os

funcionários eram levados para o meio do

mato para carregar o caminhão”.

Mas a persistência falou mais alto e com

muito planejamento a empresa permanece

firme. Na Madeireira são comercializadas ma-

deiras para telhado, telhas, porteiras, móveis

rústicos, portas e mourões. O atendimento

abrange a região de Itapecerica e toda a

zona rural. Atualmente são empregados 12

funcionários que mantém as regras de bom

atendimento e rapidez na entrega, fatores

chave segundo Ismael para adquirir a con-

fiança dos clientes e torna-los fieis à empresa.

A esposa de Zé Gordo, Sra. Inês Apare-

cida Mendes Arantes foi quem administrou

o empreendimento antes do genro assumir.

Ela conta que as grandes parcerias feitas no

início foram importantes para que o negócio

da família prosperasse. “Conseguir grandes e

importantes clientes nos primeiros anos foi

essencial para que nos firmássemos. Já for-

necemos material para a Siderúrgica, Eletro

Manganês e para a prefeitura”, explica.

A falta de crédito que atinge o mercado

da construção civil em decorrência da atual

crise econômica afetou os negócios da famí-

lia que teve jogo de cintura para contornar

a situação. “Fizemos alguns ajustes de custos

e estamos conseguindo manter o negócio.

Acima de tudo, manter a excelência em nos-

so trabalho é primordial”, esclarece Ismael.

Para “Zé Gordo” manter o negócio cria-

do pelo pai é gratificante, assim como per-

ceber a satisfação dos clientes. “A Serraria

virou uma tradição da família e acho que

era um desejo do meu pai vê-la prosperar.

Hoje, somos reconhecidos e muito gratos

ao esforço de todos nossos colaboradores

e preferência de nossos clientes”, conclui.

Madeireira e Serraria São GeraldoTRADIÇÃO FAMILIAR GARANTE EXCELÊNCIA NOS NEGÓCIOS EM ITAPECERICA

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69REVISTA MERCADO RURAL68 JUNHO 2016

A Alta Genetics completa 20 anos no

Brasil e comemora os resultados positivos.

Em 2015 a empresa produziu seis milhões

de doses de sêmen, além do recorde de

2014 que foi quatro milhões de doses ven-

didas no mesmo ano. Números que colo-

cam a empresa como líder no segmento

de inseminação artificial. “E ainda temos

muito para crescer já que 89% das matri-

zes no Brasil não são inseminadas. Temos

um longo caminho pela frente e estamos

confiantes já que a Alta conta com uma

equipe técnica qualificada que entende a

realidade do mercado e busca as melho-

res opções”, destaca Heverardo Carvalho,

Diretor da Alta Genetics.

De origem canadense, a empresa atua

em mais de 90 países com nove centrais

de coleta: Brasil, Estados Unidos, Canadá,

Argentina, Holanda e China. No Brasil, a

empresa está estrategicamente localizada

em Uberaba/MG e recebe mais de 12 mil

visitas por ano, sendo inclusive ponto tu-

rístico e conhecida pelos bonitos girassóis.

A central tem capacidade de 300 touros e

atende todas as exigências da Organização

Mundial de Saúde Animal e do Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Tem ainda 88 escritórios regionais pelo País

e 700 técnicos em campo. A empresa tam-

bém faz parte da Koepon Holding, uma das

maiores organizações privadas da agricul-

tura e agronegócios do mundo, com um

rebanho holandês de cinco mil matrizes.

Pensando no futuro, a empresa procu-

ra estar à frente do mercado e apresenta

novidades para o desenvolvimento da

pecuária brasileira: o Peak Genetics é um

programa inovador e exclusivo da empre-

sa. O principal objetivo é a produção de

touros que se posicionem no topo da raça

em potencial genético, suprindo assim

a maior parte de demanda gerada pela

Alta e parceiros. A Alta também passa a

fornecer ao mercado colostro em pó para

a bezerra, logo após o nascimento. É indi-

cado em casos em que a quantidade de

colostro materno seja inadequado para

atender às necessidades de transferência

passíveis ao bezerro. “O colostro também

pode ser usado após o primeiro dia de

vida como um ingrediente complementar

para a alimentação dos recém-nascidos”,

detalha Fábio Fogaça, Gerente de Leite

Importado da Alta Genetics.

Outro projeto importante é o Concept-

Plus Corte. Este projeto exclusivo identifica

os touros de maior fertilidade em progra-

mas de Inseminação Artificial em Tempo

Fixo (IATF). Cerca de 700 fazendas parceiras,

com média de 550 inseminações cada, con-

tribuem com informações para a central.

Após a coleta, os dados são expostos a um

criterioso método bioestatístico para reco-

nhecer e validar o índice de fertilidade do

touro. Atualmente há mais de 80 técnicos

distribuídos pelo Brasil, sendo veterinários

da equipe da Alta, autônomos e de fazen-

das parceiras que cedem as informações de

IATF para compor a base do ConceptPlus.

20 ANOS NO BRASIL E LÍDER NO SEGMENTO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Informações fornecidas por Alfapress

Alta Genetics Mais uma edição da Expocachaça acon-

teceu em Belo Horizonte, entre os dias 9 e

12 de junho, no Expominas. Dois impor-

tantes acontecimentos da cena cultural da

capital mineira dividiram harmoniosamente

o mesmo espaço pelo segundo ano: a Ex-

pocachaça e o BrasilBier. Em formato de fei-

ra e festival, os eventos uniram o que há de

melhor em entretenimento, diversão, gas-

tronomia, cultura e negócios. Os visitantes

da Expocachaça apreciam desde 2015 outra

cadeia produtiva: a da cerveja artesanal.

O evento reúne toda a cadeia produtiva

do agronegócio da cachaça, de micro e pe-

quenas empresas, produtores, associações

e sindicatos e entidades do setor, empresas

de insumos, serviços, equipamentos, entre

outras.Durante os quatro dias, o Expominas

recebeu 41.532 visitantes, entre pagantes e

convidados, que puderam apreciar os 110

estandes, distribuídos em uma área 30%

maior em relação ao ano passado. O espa-

ço ocupado neste ano foi de 10.000m².

Entre os produtos expostos, cervejas e ca-

chaças para todos os gostos. Foram 83 marcas

de cerveja e 465 marcas de cachaça, de pro-

dutores de 22 estados brasileiros, entre eles

Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande

do Sul, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais,

Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

A praça gastronômica apresentou pra-

tos de restaurantes tradicionais do estado.

Bandas de diversos estilos musicais como

sertanejo, rock e MPB animaram a festa

com shows em todos os dias do evento.

Considerando as negociações reali-

zadas durante e após a feira em insumos,

equipamentos, serviços e produtos, a esti-

mativa é que o evento alcance o número

de R$ 38 milhões em negócios gerados.

Esse número reforça ainda mais a impor-

tância da Expocachaça, já consolidada

como a maior e mais importante vitrine

do agronegócio da cachaça, tendo sido

responsável pela promoção e divulgação

da bebida nos mercados interno e externo.

Em 19 anos de evento, a Expocachaça

recebeu cerca de 2 milhões de visitantes e

ofertou 86 mil empregos. A maior feira de ca-

chaça do mundo gerou em negócios, desde

a primeira edição, na feira e pós-feira, o equi-

valente a R$ 250 milhões em negócios.

26ª Expocachaça: 38 MILHÕES EM NEGÓCIOS

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71REVISTA MERCADO RURAL70 JUNHO 2016

Embora as pessoas inventem a todo

instante novos sabores e estilos para esta

bebida, não tem jeito, é a tradicional que

sempre agrada mais e até a que identifica

nosso país ao lado dos termos: futebol e do

carnaval. Limão, cachaça, açúcar e gelo, es-

tes são os componentes reais da boa e tão

bem quista caipirinha.

Muito famosa em nosso país, a bebida

já ganhou inúmeras versões e variações:

caipivodka, caipifruta, caipirinha de manga,

de kiwi, de morango, de uva com manjeri-

cão, de manga, maracujá e até de pimenta.

Tem com vinho e também com saquê. Está

em todos os bares e restaurantes brasilei-

ros, para nossa alegria. Mas e qual será a

história dessa bebida?

Reza a lenda que no interior

de São Paulo, em 1918, uma

receita foi criada a partir da re-

ceita de xarope contra a gripe

espanhola. Essa receita levava

limão, alho e mel e, às vezes, um

pouco de cachaça. Num certo

dia, alguém resolveu tirar o

alho e o mel e colocar açúcar

para diminuir a acidez do limão.

Agradou! Nascia a Caipirinha.

CaipirinhaDE ONDE VEIO A FAMOSA BEBIDA?

BEBIDAS

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73REVISTA MERCADO RURAL72 JUNHO 2016

IBEROSTAR Hotels & Resorts é uma rede

de resorts fundada em Palma de Mallorca

(Ilhas Baleares, Espanha) pela família Fluxá,

em 1986. Parte integrante do Grupo Iberos-

tar, um dos principais consórcios turísticos

espanhóis com mais de 80 anos de história,

IBEROSTAR Hotels & Resorts tem atualmente

mais de 100 hotéis ao redor do mundo. Atu-

almente, a rede possui três grandes empre-

endimentos no Brasil, todos trabalhando no

sistema all inclusive, no qual estão incluídas

no valor da diária todas as despesas com ali-

mentação, bebidas, taxas e gorjetas.

HOTÉIS IBEROSTAR PRAIA DO FORTE E IBEROSTAR BAHIA

O IBEROSTAR Praia do Forte Golf & Spa

Resort é um complexo hoteleiro localiza-

do no Litoral Norte da Bahia, composto

por dois hotéis 5 estrelas: O IBEROSTAR

Bahia, inaugurado em 2006, e o IBEROS-

TAR Praia do Forte, aberto em 2008. O

primeiro está na categoria Premium e ofe-

rece cinco piscinas, academia,e atividades

de entretenimento, shows de música ao

vivo à noite e ainda, para crianças de 4 a 12

anos, os programas Miniclub e BabyClub.

A gastronomia de destaca em diferentes

especialidades: japonesa, mediterrânea,

steak house e francesa, além de um buffet

internacional e três bares. Todos os apar-

tamentos têm varanda e vista parcial ou

total das piscinas, dos jardins ou da praia.

Já o IBEROSTAR Praia do Forte é um re-

sort de categoria Premium Gold com estru-

tura exclusiva e independente. Conta com

atrativos como serviço de quarto, restauran-

tes de diversas cozinhas – francesa, baiana,

oriental e surf & turf – e cinco bares. Tem seis

piscinas e quadras de squash e tênis, além

de brinquedo aquático. Os hóspedes do

IBEROSTAR Praia do Forte podem freqüentar

também a estrutura do IBEROSTAR Bahia.

Os hotéis do Complexo IBEROSTAR

na Praia do Forte possuem uma comple-

ta infraestrutura de lazer, com programas

de entretenimento, SPA, campo de golf e

fitness center, para que casais e famílias se

preocupem apenas em relaxar e se divertir.

SPA SENSATIONS BY SPA COLLECTION

Situado entre os resorts IBEROSTAR

Bahia e IBEROSTAR Praia do Forte, o SPA

Sensations by SPA Collection oferece uma

vasta gama de tratamentos inspirados nas

propriedades benéficas da água e das algas

marinhas, cultivando a beleza e a saúde para

que os hóspedes se sintam como estrelas.

Apresenta excelente estrutura com 14 sa-

las de tratamento, piscinas térmicas cobertas,

sauna e hamman (banho turco), a estrutura

oferece o SPA Kids e SPA Baby, espaços para

que as crianças possam relaxar enquanto seus

pais desfrutam de momentos de bem-estar.

IBEROSTAR GRAND AMAZON HOTEL-SHIP

O primeiro projeto turístico do GRUPO

IBEROSTAR no Brasil foi o luxuoso navio-ho-

tel categoria Grand Collection, a mais alta

do Grupo IBEROSTAR. Uma aventura pela

selva amazônica com conforto e requin-

te de um navio de cruzeiro: é isso que se

pode encontrar a bordo e nos passeios por

trilhas na maior floresta tropical do mun-

do, visitas à comunidade ribeirinha, sho-

ws folclóricos da região, pesca e passeios

de lancha. O navio ainda possui piscina e

sala fitness. Saindo do porto de Manaus, o

IBEROSTAR Grand Amazon navega duran-

te o ano todo e opera dois itinerários com

programação exclusiva: um cruzeiro de três

noites pelo rio Solimões e outro de quatro

noites pelo Rio Negro.

NIGHT PASS - JANTAR DO COMANDANTE

A IBEROSTAR lançou a oportunidade

inédita de visitar o Grand Amazon para o

night pass Jantar do Comandante, para

aqueles que querem embarcar em um

passeio noturno pela Amazônia. Todas as

quintas-feiras, de 19h à meia noite, o navio-

-hotel está aberto para um jantar de gala,

no sistema all inclusive (jantar, sobremesa,

bebidas alcoólicas e não alcoólicas, nacio-

nais e importadas).

IBEROSTAR HOTÉIS & RESORTS BRASIL

TURISMO

Page 39: LinkGen Laboratório · A cantora e compositora Paula ... Na seção Como Fazer, ensinamos os passos para fazer uma horta caseira em peque- ... des explicou o que é necessário para

extensor: até 2m de diagonal e capacidade

de 650 kg ou 683 litros de carga sem roubar

espaço do banco traseiro. O extensor é ven-

dido separadamente como acessório.

O acesso do estepe da Duster Oroch é

feito por baixo do veículo. O modelo tam-

bém vem com uma exclusiva tampa com

trava antifurto para garantir mais seguran-

ça na hora de deixar o carro estacionado.

SUSPENSÃO MULTILINK

O sistema Multilink é mais estável, mais

confortável e menos barulhento, reduz a vi-

bração e melhora acústica no veículo, man-

tém excelente capacidade de carga e oferece

conforto para uma utilização em cabine dupla

mesmo em baixas velocidades e pouca carga.

A altura em relação ao solo permite

a entrada e saída de declives acentuados

sem raspar. O novo para choque integrado

aos paralamas, a nova grade de radiador e

nova identidade mundial da marca criam

uma frente mais agressiva. Com todos os

itens de séries, a Duster Oroch é potente

em suas duas versões: 1.6 e 2.0.

A francesa Renault trouxe para as ruas

e estradas brasileiras um veículo que reúne

o conforto de um SUV e a versatilidade de

uma picape: Duster Oroch, boa para vias

urbanas e excelente para estradas, segun-

do testes já realizados.

O espaço interno corresponde ao SUV

Duster, com bancos ergonômicos e muito es-

paço. São cinco lugares para acomodação dos

passageiros e quatro portas independentes.

Os bancos possuem ajustes e forrações espe-

ciais, além do volante que aparece em versão

mais ergonômica e em couro, com regulagem

de altura, direção hidráulica e teclas do regula-

dor e também de limitador de velocidade.

TECNOLOGIA

Os vidros, tanto o traseiro quanto o

dianteiro vem com função one touch, an-

tiesmagamento e fechamento pela chave

na versão Dynamique.

O piloto automático é um diferencial. Ao

atingir a velocidade pré-estabelecida, o sis-

tema mantém a aceleração permitindo que

o motorista possa “descansar” sem precisar

encostar o pé no acelerador. Quanto ao limi-

tador de velocidade, o motorista estabelece a

velocidade máxima que deseja e o limitador

não permite que ela seja ultrapassada. Isso fa-

cilita muito a evitar multas com radares e limi-

tes máximos. A função é desabilitada quando

o motorista pisa fundo o pedal do acelerador.

A função eco-mode, ou seja, modo eco-

lógico, quando acionada reduz em até 10%

o consumo de combustível, mas, limita o

toque e potência do motor e reduz o siste-

ma de ar condicionado ou de aquecimen-

to. Além da própria economia, vale para

aqueles momentos onde se precisa chegar

a um posto para o reabastecimento.

Em meio a tanta tecnologia, não poderia

faltar o computador de bordo. Ele vem com a

função GSI (Indicador de Troca de Marchas) para

realizar uma condução mais eficiente e econô-

mica realizando as trocas no tempo certo.

CAÇAMBA

A picape apresenta ampla caçamba

com oito pontos de fixação para proteger

a carga contra impactos, capota marítima

para manter o material isolado em qualquer

condição climática e a possibilidade de um

Duster Oroch

AUTOMÓVEIS

CONFORTO E VERSATILIDADE

75REVISTA MERCADO RURAL74 JUNHO 2016

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77REVISTA MERCADO RURAL76 JUNHO 2016

IMUNIZAÇÃO CONTRA AS DOENÇAS REPRODUTIVAS

Rebanhos bovinos

Proteger os animais quanto aos diversos

tipos de doenças infecciosas é uma preocu-

pação constante dos produtores. Muitas en-

fermidades comprometem o desempenho

reprodutivo e produtivo dos bovinos como é

o caso da IBR (Rinotraqueite Infecciosa Bovi-

na), BVD (Diarreia Viral Bovina) e da Leptospi-

rose. Estas enfermidades são causadoras de

50% das perdas de gestação, segundo estu-

dos. É importante descrever sobre o que tais

doenças podem causar para que criadores e

tratadores saibam identificar e para que, prin-

cipalmente, imunizem seu rebanho.

IBR (RINOTRAQUEITE INFECCIOSA BOVINA)

Doença altamente infecciosa que cau-

sa distúrbios respiratórios, falta de apeti-

te, febre, infecções venéreas, problemas

reprodutivos, aborto em qualquer fase

da gestação, conjuntivites, encefalites e

diarreia. A infecção se dá por transmissão

através das secreções orais e nasais, geni-

tais, contato com o feto abortado, e ainda

pode ocorrer o contágio através da respira-

ção, coito ou da inseminação artificial com

sêmen contaminado.

BVD (DIARREIA VIRAL BOVINA)

Essa doença está associada a manifes-

tações distintas que variam desde ausência

de sinais clínicos até a Doença das Muco-

sas, que é altamente fatal. Podem ocorrer

problemas respiratórios, hemorrágicos,

morte dos embriões, abortos, malforma-

ção fetal, mumificação do feto e mesmo

nascimento de bezerros inviáveis.

LEPTOSPIROSE

Trata-se de uma zoonose que tem os

animais como hospedeiros primários e que

causam impactos de ordem econômica à

saúde do animal. Nos bovinos essas perdas

estão relacionadas às falhas reprodutivas,

tais como: infertilidade, aborto e queda na

produção de leite e de carne, além de cus-

tos com despesas de assistência veteriná-

ria, vacinas e testes laboratoriais.

DICAS DA AGROSID

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79REVISTA MERCADO RURAL78 JUNHO 2016

RECEITA

• 4 linguiças calabresas• 5 dentes de alho• 1 cebola média ou alho poró• 6 batatas baroas médias• 2 maços de couve

• Refogue as linguiças picadas no alho e na cebola (ou alho poró fatiado) até que as linguiças fiquem bem fritinhas. Reserve as linguiças e na mesma panela, aproveitando o sabor do refogado, adicione as batatas cortadas em cubos, tempere à gosto e cubra com água. Cozinhe até que as batatas comecem a desmanchar.

• Pode-se utilizar um mixer para bater as batatas cozidas, na própria panela, ou utilizar o liquidificador. Volte esse creme ao fogo baixo e acrescente a couve picada bem fininha e as linguiças fritas. Se estiver muito grosso, acrescente mais água. Aproveite para acertar o sal.

Ingredientes

Modo de preparo

Estamos no inverno e com as temperaturas mais baixas, a procura por pratos quentes e caldos é quase unânime. O caldo verde, tradicionalmente feito com batatas inglesas, pode ser preparado também com a batata baroa. Fica muito leve e com sabor inigualável. Nada mal para uma noite fria. O melhor de tudo? O preparo é simples e este legume traz muitos benefícios à saúde.

A batata baroa, mandioquinha, batata salsa ou cenoura amarela, como é conhecida, pertence à família Apiaceae, é rica em fósforo, vitamina A e em niacina. É indicada para melhorar a visão, além de fortalecer unhas e cabelos. Também contém Vitamina C que melhora a imunidade e vitaminas do complexo B, fundamentais para os tecidos.

Quando for selecionar o legume no mercado, escolha os mais amarelinhos e mais firmes. Vamos à receita?

Caldo verde de batata baroa

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quilos. Os belgas podem ter alguns pro-

blemas de saúde e desenvolver displasia,

epilepsia e atrofia progressiva da retina. Os

problemas mais frequentes com essa raça

estão relacionados com dermatites, pois o

pelo tende a emaranhar ou sujar, criando

ambientes propícios ao surgimento de

bactérias. É importante escová-lo no mí-

nimo duas vezes por semana.

ALIMENTAÇÃO

Os cães pastores possuem o apetite

bastante aguçado, por causa de sua vi-

talidade. Pode consumir em média, 3,5%

de seu peso vivo de ração seca de boa

qualidade. A quantidade varia de acordo

com a qualidade da ração e de seus com-

ponentes, da atividade do cão ou fase da

vida. Um cão jovem de 20 quilos em fase

de crescimento, por exemplo, demanda

um consumo de ração maior que um cão

adulto somente em manutenção.

REPRODUÇÃO

A reprodução da raça ocorre a partir do

segundo cio ou com um ano e meio de ida-

de até os sete anos. A gestação dura cerca de

60 dias, podendo variar de 58 a 63 dias. São

produzidos, em média, oito filhotes em uma

única ninhada anual. Os filhotes, que come-

çam a comer a partir dos 25 dias de vida, de-

vem ser mantidos juntos da mãe para ama-

mentação até completarem um mês.

MERCADO

Um filhote de Pastor Belga Malinois cus-

ta em média R$ 1.500,00. O retorno ocorre

em torno de dois anos e para criação míni-

ma são necessários duas fêmeas e um ma-

cho. Prefira exemplares que assegurem as

características da raça. A ossatura já pode

ser observada a partir de 2 meses de idade,

assim como temperamento, comporta-

mento e aptidão para treinamento.

Pastor Belga Malinoispróxima à boca ou até ultrapassar o limite dos

olhos. É o mais popular entre as variedades.

TEMPERAMENTO

De acordo com o criador de cães do canil

Império das Raças, o Pastor Belga Malinois, é

um cão vigilante e ativo, de muita vitalidade e

está sempre pronto para a ação. “Ele reúne to-

das as qualidades requeridas para ser um cão

de pastoreio, de guarda, de defesa e de servi-

ço”. De caráter calmo e corajoso, ao mesmo

tempo está sempre alerta. Lealdade e devo-

ção ao criador são outras duas qualidades que

possui. Apesar de contar com um tempera-

mento amigável, age com energia quando é

necessário defender o dono ou a propriedade.

MANEJO

Os cães machos costumam pesar

entre 25 e 30 quilos e as fêmeas 20 e 25

Embora as variedades das cores do Pas-

tor Belga tenham gerado muitas controvér-

sias há anos, as opiniões sobre a morfologia,

caráter e aptidão desta raça para o trabalho

não se divergem. De acordo com Confede-

ração Brasileira de Cinofilia, foi em 1910 que

o tipo e o caráter do Pastor Belga tinham

sido fixados. Oriundo da Bélgica é um cão

harmoniosamente proporcionado, juntan-

do elegância e poder, de tamanho médio,

musculatura seca e forte.

O pelo é de comprimento e direção, de

aspecto e cores variadas o que foi adotado

como critério para distinguir as quatro varie-

dades da raça: o Malinois, o Groenendael, o

Tervueren e o Laekenois. Vamos abordar so-

bre o Pastor Malinois (pronuncia-se malinoá),

que é considerado o representante mais

velho dentre estas variações. Possui pelos

mais curtos e apresenta uma cor que varia de

ruivo-queimado à pinhão-escuro. Possuem

uma máscara negra na face que pode ser

CALMA, CORAGEM E VITALIDADE

SEÇÃO PET

81REVISTA MERCADO RURAL80 JUNHO 2016

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• Kōhaku. Um koi com padrões vermelhos sobre base branca

• Sanke. Um koi com padrões vermelhos e pretos sobre base branca

• Showa. Um koi com padrões vermelhos e brancos sobre base preta

• Utsurimono. Um koi com padrões vermelhos, brancos ou amarelos sobre base preta

• Bekko. Um koi com padrões pretos sobre base branca, vermelha ou amarela

• Asagui/Shusui. Um koi com dorso azul e abdômen vermelho, sendo o Shusui, um

Asagui doitsu (alemão).

• Koromo. Um koi originado do cruzamento com um Asagui, apresenta segmentos

de escamas azuis

• Kawarimono. Um koi tipo miscelânea. Carpas pretas, amarelas, cor de chá e verdes

• Ogon. Um koi com uma única cor sólida, normal ou metálica, nas cores vermelha,

laranja, platinada, amarela ou creme.

• Hikarimoyomono. Um koi com padrões coloridos sobre base metálica e um koi com 2 cores metálicas

• Hikari-Utsurimono. Um koi resultante do cruzamento do Ogon com Utsuri

• Kinguinrin. Um koi com escamas cintilantes. Literalmente, escamas douradas prateadas

• Tantyo. Qualquer koi com um único círculo vermelho em sua testa. Há o Tantyo Kohaku, Tantyo Sanke, Tantyo Showa e outros mais

As carpas e suas coresEm 1983 havia 13 variedades de Nishikigois definidas oficialmente:

83REVISTA MERCADO RURAL82 JUNHO 2016

mostra mais recente aconteceu nos dias

11 e 12 de junho, no Parque Maeda em Itu,

localizada a 100 km da capital paulista, e

contou com cerca de 200 exemplares. As

fotos das campeãs da 35ª Exposição já fo-

ram divulgadas no Facebook da Associação

Brasileira de Nishikigoi.

CRIAÇÃO

A produção de carpas pode ser tanto

para a ornamentação quanto para o con-

sumo, neste caso as espécies são a carpa

comum (Cyprinus carpio), que possuem as

variações “húngara” e “escama”; a carpa-ca-

pim (Ctenopharyngodon idella) e a carpa-

-cabeçuda (Aristichthys nobilis).

Especialistas recomendam alguns pon-

tos importantes como a escolha da área, que

não deve ser um local muito frio e a análise

da água, que envolve quantidade, qualida-

de, PH, alcalinidade, oxigênio, temperatura e

turbidez. Uma das vantagens é a resistência

exposições ao longo da vida e podem valer

até R$ 20 mil, dependendo do tamanho,

tonalidade das cores e do formato das man-

chas. Outra curiosidade é que cada animal é

único em suas características de cor e estam-

pas, ou seja, não existem duas carpas iguais.

Nos jardins de órgãos governamentais

ou pontos turísticos em várias regiões, as car-

pas ornamentais são muito comuns devido à

exuberância e brilho de suas cores e o desen-

volvimento da espécie em águas pouco pro-

fundas. O PH ideal para esses peixes é de 6,5

a 7,5, com temperatura em torno dos 20°C.

Em dois locais bem conhecidos e im-

ponentes, o Palácio do Planalto em Brasília

e o Parque Ibirapuera de São Paulo, existem

exemplares de Nishikigois que vieram do Ja-

pão, representando um ato de amizade com

o Brasil, pois as carpas ornamentais também

simbolizam prosperidade e longevidade.

Nas exposições, as Nishikigois são clas-

sificadas de acordo com o tamanho, que

varia de 18 cm até as com mais 75 cm. A

Quem nunca parou diante de um lago

para apreciar a beleza das cores e a exube-

rância dos peixes ornamentais, como se

estivesse diante de um quadro? Na maioria

das vezes, os responsáveis por esta verda-

deira aquarela são as carpas, peixes que en-

cantam pela harmonia de suas estampas e

pelo tamanho. Algumas espécies podem

chegar até um metro de comprimento,

atraindo cada vez mais admiradores e cria-

dores de todas as partes do país.

Originárias da província de “Niigata”, no

Japão, as carpas ornamentais possuem duas

espécies diferentes: as comuns e as Nishiki-

gois, estas são resultado de uma variação

genética, aperfeiçoada pelos japoneses,

que obtiveram três tipos híbridos, segun-

do informações da Associação Brasileira de

Nishikigoi (ABN), fundada em 1978. Os tipos

são: Higoi (carpa vermelha), Asagui (carpa

azul e vermelha) e Bekko (branca e preta).

As carpas Nishikigois chegam a viver

mais de 60 anos, muitas participam de várias

O BRILHO DAS CORES E A LONGEVIDADE DAS

Carpas Nishikigois

SEÇÃO EXÓTICA

diversos são utilizados pelos piscicultores

do Estado, segundo a Empresa de Pesqui-

sa Agropecuária e Extensão Rural de Santa

Catarina (Epagri).

Voltando à criação para fins orna-

mentais, no Brasil existem cerca de 4,5 mil

criadores, do total 450 estão na região de

Muriaé (MG), na Zona da Mata mineira e

200 nas cidades circunvizinhas a Magé (RJ),

com isso Minas Gerais ganha força como

fornecedor de peixes ornamentais, incluin-

do outras espécies como Betta e Guppy,

um mercado que movimenta mais de um

bilhão de dólares apenas no Brasil.

Diante do cenário promissor e do cres-

cimento da piscicultura ornamental ainda

teremos muitas aquarelas para apreciar,

proporcionadas pela exuberância das co-

res, a imponência e docilidade das milena-

res carpas Nishikigois.

das carpas em condições ambientais desfa-

voráveis em águas de baixa qualidade, no

entanto pode causar aquele “gosto de barro”

em sua carne. As carpas criadas em águas

mais limpas são mais saborosas.

Outra vantagem é que chegam a um

quilo em um ano, com alimentação e manejo

adequado. Quanto à alimentação, as carpas

são omnívoras. As desvantagens, apontadas

por especialistas do ramo, são a concorrência

no mercado, pois não são valorizadas como

a Tilápia, por exemplo, e a conformação das

espinhas, o que dificulta a filetagem.

MERCADO

A região Sul é a maior produtora de

carpas do País, com maior concentração

no estado de Santa Catarina. Diferentes

espécies desse peixe e sistemas de cultivo

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85REVISTA MERCADO RURAL84 JUNHO 2016

EVENTO/ LEILÃO

Joana Barbosa, Antônia Barbosa, Marco Antonio e Maria Claudia

Antônia Barbosa, Lourdinha Barbosa e Marco AntônioIara Marquez, Marco Antônio e Arnaldo Manuel

Ernando Ramos, João Antonio Gabriel e Wilson Gomes

Ana Dulce, Daniel Vilela, Marco Antônio, João Gabriel e Marcos Resende

Marcio Villela, Marco Antônio, Célia Regina e Vicente ResendeJuraci Martins, Marco Antônio e Bráulio Ferreira

Marco Antônio e Paulo Piau

Flavio Paiva, Joana Barbosa, Bruno Simões Dias, Marcio Jose, Antônia Barbosa, Marco Antonio e Aysllan Rodrigues

No dia 4 de maio, na Fazenda da Índia em Uberaba, o criador Marco Antônio Andrade Barbosa, recebeu familiares, autoridades, amigos e criadores para o seu tradicional leilão: 14º Leilão Nelore MAAB e o 17º Special MAAB Jumentos Pêga e Muares. O leilão mais diversificado da Expozebu foi sucesso de público e de vendas, superando todas as expectativas, com participação de vários convidados especiais. Foram comercializados animais da raça Nelore (PO e POI), Nelore Pintado, jumentos e jumentas Pêga, muares e equinos.

Leilão MAABFotos: Décio Luiz

EVENTO / FEIRA DE VINHOS

Ludmilla Araújo e Euler Fuad Nejm

Entre os dias 14 e 19 de junho, o Espaço Meet recebeu a 7ª edição da Feira de Vinhos Super Nosso. Ao todo, foram mais de 30 expositores e 600 rótulos nacionais e internacionais reunidos num dos locais mais bonitos de Belo Horizonte, com vista para a Serra do Curral. A novidade deste ano foi o rodízio harmonizado com vinho em uma palestra guiada pelo professor Eugênio Echeverria, e a presença de Raúl Pérez, eleito melhor enólogo do mundo, em 2015, pela Le Grand Tasting Shanghai – China, que ministrou uma das degustações da feira.

Feira de Vinhos Super NossoFotos: Flávio Borges

Karina Capanema e Rodolfo Nejm Fernando Júnior e Rafaela Nejm

Helder Mendonça, Cristina Teixeira, Jader Kalid, Ludmilla Araújo, Rafaela Nejm e Fernando Júnior

Pedro Nogueira, Fernando Júnior e Fernando Viana

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87REVISTA MERCADO RURAL86 JUNHO 2016

GIRO RURAL

Um termo de cooperação firmado em 10 de maio, em Belo Horizonte, entre a Emater-MG, a

Ruralminas e o Instituto Bioatlântica (IBIO), visa a promoção do desenvolvimento rural sustentável

em municípios pertencentes à bacia hidrográfica do Rio Doce. O documento foi assinado pelo presi-

dente da Emater-MG, Amarildo Kalil, o diretor presidente do IBIO, Eduardo Figueiredo e o gerente de

Meio Ambiente da Ruralminas, Augusto Duarte Castro.

De acordo com o termo, serão discutidas e implementadas ações de melhoria nos sistemas de

produção agropecuária com a adoção de práticas de manejo sustentáveis, além do desenvolvimento

de projetos técnicos com o acompanhamento dos profissionais da extensão rural.

Por meio desse termo de cooperação, que terá duração de três anos podendo ser pror-

rogado, serão realizados o registro de estabelecimentos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), cursos

de manejo de pastagem e de esgotamento sanitário rural, proteção de nascentes, implantação de

sistemas agroflorestais em Áreas de Preservação Permanente (APP), instalação de caixas de infiltração

de água no solo e adequação de estradas vicinais.

O Gerente de Produto Corte

Zebu da Alta Genetics, Rafael de

Oliveira, foi premiado por contribuir

para o fomento da raça Brahman do

Brasil. A cerimônia de entrega da

Comenda Dr. José Amauri Dimarzio,

foi realizada pela Associação dos

Criadores de Brahman do Brasil du-

rante a ExpoZebu 2016, na Casa da

Brahman, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG, na noite de 1º de maio.

Rafael de Oliveira recebeu o título que outorga a comenda pela primeira vez. O executivo

atua há 11 anos no setor, sendo oito deles dedicados a Alta.

“Estamos orgulhosos com essa homenagem. Nossa equipe sempre discutiu estratégias

para expandir a utilização e passar para o mercado a qualidade da raça. E nós fazemos isso por-

que gostamos e queremos contribuir com o desenvolvimento da pecuária brasileira”, destacou.

Outro executivo homenageado foi o Gerente da Central da Alta Genetics, Luis Deragon,

pela contribuição da expansão da raça.

Universalizar o serviço de assistência

técnica e extensão rural no Estado de Mi-

nas Gerais é um dos principais desafios

do setor apontado pelo novo presidente

da Emater-MG, Glenio Martins. Para isso,

o presidente dará continuidade aos pro-

gramas já desenvolvidos pela empresa

em parceria com a Secretaria de Estado

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,

como o Certifica Minas Café, Minas Pecu-

ária e o Projeto de Irrigação do Jaíba. Ele

também destaca que é preciso ampliar a

inserção das famílias de agricultores em

políticas públicas dirigidas à educação, la-

zer, cultura, segurança pública e redução

da pobreza rural.

Outro ponto considerado essencial

nesta nova gestão é o estímulo à inova-

ção tecnológica para levar mais conhe-

cimento aos agricultores. “Nós também

buscaremos trazer os recursos necessários

para o melhor funcionamento da empre-

sa, resultando na boa execução de suas

atividades”, afirma Martins.

Desenvolvimento rural sustentável na região da bacia hidrográfica do Rio Doce Emater-MG tem

novo presidente

Alta Genetics é homenageada durante ExpoZebu 2016

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89REVISTA MERCADO RURAL88 JUNHO 2016

GIRO RURAL

AGENDA RURAL

SET

EM

BR

OJU

LHO

04 a 09/07 IV Exponel Vila Velha ES

06 a 10/07 Exposição e Leilão da Raça Mangalarga Marchador Imperatriz MA

08 e 09/07 6ª Feira de Reposição de Terneiros, Ventres e Reprodutores Selecionados São José do Ouro RS

08 a 18/07 51ª ExpoAraçatuba Araçatuba SP

13 a 17/07 51ª Expodores Dores do Indaia MG

13 a 23/07 35ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador Belo Horizonte MG

13 a 24/07 74ª Exposição Agropecuária de Cordeiro Cordeiro RJ

14 a 16/07 Minas Lactea Juiz de Fora MG

20 a 23/07 Super Leite Pompéu MG

26 a 29/07 2º Show Pecuário Cascavel PR

31/07 a 02/08 Agrifam Lençóis Paulista SP

03 e 04/08 Interleite Brasil 2016 Uberlândia MG

05 a 07/08 ExpoVet Minas Belo Horizonte MG

08 a 15/08 44ª Exposul Rondonópolis MT

15 a 17/08 VI Congresso Andav Fórum e Exposição São Paulo SP

17 a 20/08 STA –Semana Tecnológica do Agronegócio Santa Tereza ES

20 a 28/08 Expo Genética Uberaba MG

23 a 26/08 Fenasucro & Agrocana Sertãozinho SP

27/08 a 04/09 Expointer Esteio RS

01 a 04/09 Exposição Agropecuária de Muriaé Muriaé MG

02 a 25/09 36ª Festa das Flores e Morangos de Atibaia Atibaia SP

06 a 11/09 Expo Serra e 36ª Festa do Peão Tangará da Serra ES

13 a 16/09 11ª Mercoagro Chapecó SC

17 a 19/09 Expo Cavalos São Paulo SP

20 a 22/09 Interconf 2016 – Conferência Internacional de Confinadores Goiânia GO

21 a 23/09 Semana Internacional do Café Belo Horizonte MG

AGO

STO

No dia 4 de maio aconteceu o Torneio Leiteira da 21ª edição

da Fenasoja, em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. A campeã

e a vice são filhas de touros da bateria CRI Genética. As matri-

zes holandesas CR 1153 Shampoo e CR 1238 Lazarith produ-

ziram 64,380 kg de leite e 59,530, respectivamente.

A campeã é filha do Pine-Tree Martha Shampoo-ET e a vice

tem como pai CO-OP Shottle Lazarith-ET. Elas pertencem ao

criador Sérgio Rodrigues da Cabanha Rottilli Rodrigues que

destacou que o bom resultado é recompensa do trabalho do

criatório na seleção de animais. Ele está na atividade leiteira há 30 anos e há 25 faz acasalamentos com material genético da CRI.

Em sua propriedade, Rodrigues produz diariamente 3.500 litros de leite com 140 animais em lactação. “Nosso plantel é bem conhecido, já tivemos outros

animais premiados na Fenasoja, na Fenasul e estes destaques, além de divulgar, valorizam a nossa propriedade e o nosso trabalho”, afirmou.

CRI tem campeã e vice premiadas na Fenasoja

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90 JUNHO 2016