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1 Departamento de Estudos e Planeamento SIARS ACES LINHA DIRECTA N. 16 28-12-2012 SIARS – Erros e Dúvidas mais frequentes Esclarecer Compreender Confiar Evoluir Com o final do ano aumentam significativamente os pedidos de esclarecimentos colocados pelas várias unidades funcionais, relacionados especialmente com o cumprimento dos objetivos de contratualização, mas muitas delas encerram dúvidas de utilização do SIARS ou dúvidas de interpretação dos outputs decorrentes das pesquisas efetuadas. Daí termos reunido um conjunto de questões mais comuns, para que todos possam rever e reavivar alguns conceitos, que quem não lida diariamente com esta ferramenta pode não ter presente, suscitando daí alguma perplexidade com os valores apurados. Esperemos que possa ajudar! A - Dúvidas de Utilização a) Objectos do Relatório Começamos por uma dúvida relacionada com a utilização da aplicação: acontece frequentemente quando se pretende acrescentar um atributo a um relatório a caixa “objetos do relatório” não estar visível. Por exemplo: Consideremos o relatório “Total de consultas” da pasta Consultas SINUS. Este relatório permite acrescentar diversos atributos como Grupo Etário, Médico, Período Horário, etc. Imaginemos que, ao executar o relatório, surge um ecrã idêntico ao da imagem seguinte. Não está visível a lista de objetos passíveis de ser acrescentados ao relatório (“Objetos do relatório”).

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SIARS – Erros e Dúvidas mais frequentes

Esclarecer

Compreender

Confiar

Evoluir

Com o final do ano aumentam significativamente os pedidos de esclarecimentos colocados pelas várias unidades funcionais, relacionados especialmente com o cumprimento dos objetivos de contratualização, mas muitas delas encerram dúvidas de utilização do SIARS ou dúvidas de interpretação dos outputs decorrentes das pesquisas efetuadas. Daí termos reunido um conjunto de questões mais comuns, para que todos possam rever e reavivar alguns conceitos, que quem não lida diariamente com esta ferramenta pode não ter presente, suscitando daí alguma perplexidade com os valores apurados. Esperemos que possa ajudar!

A - Dúvidas de Utilização

a) Objectos do Relatório

Começamos por uma dúvida relacionada com a utilização da aplicação: acontece frequentemente quando se pretende acrescentar um atributo a um relatório a caixa “objetos do relatório” não estar visível. Por exemplo: Consideremos o relatório “Total de consultas” da pasta Consultas SINUS. Este relatório permite acrescentar diversos atributos como Grupo Etário, Médico, Período Horário, etc. Imaginemos que, ao executar o relatório, surge um ecrã idêntico ao da imagem seguinte. Não está visível a lista de objetos passíveis de ser acrescentados ao relatório (“Objetos do relatório”).

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Para visualizar os “Objetos do relatório

depois clicar no botão . Só é possível acrescentar ou retirar atributos com

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Como ilustra a imagem abaixo, do lado esquerdo do ecrã aparece a caixa “ Todos os objetos a negrito são agora passíveis de ser acrescentados, bastando para tal fazeda respetiva designação.

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s do relatório” é necessário selecionar o separador Ferramentas

Só é possível acrescentar ou retirar atributos com o perfil do ACES.

Como ilustra a imagem abaixo, do lado esquerdo do ecrã aparece a caixa “Objetos do relatório

passíveis de ser acrescentados, bastando para tal faze

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separador Ferramentas (figura seguinte) e

Objetos do relatório”.

passíveis de ser acrescentados, bastando para tal fazer dois cliques em cima

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b) Grupos Etários

Outra dúvida de utilização frequente prende-se com os grupos etários disponíveis em alguns relatórios. Recebemos várias questões como “O grupo etário que está disponível no relatório não é adequado ao pretendido. É possível obter a informação agregada de outra forma?”

Não é possível criar novos grupos etários, no entanto podemos efectuar um drill down de grupo etário para idade (utilizando o lado direito do rato) e depois exportar para excel ou filtrar os dados no SIARS.

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B - Dúvidas de interpretação

a) Atributo Médico

Nos mapas de consultas o atributo Médico refere-se sempre ao médico que efectuou a consulta. Da mesma forma, nos relatórios de prescrição e faturação, o médico é aquele que prescreveu a medicação ou o MCDT. Só na pasta utentes inscritos é que o atributo Médico corresponde ao médico de família (inclusive no mapa Inscritos com doenças crónicas com ICPC's à escolha).

b) Indicadores Oficiais (Contratualização, DGS)

Os indicadores oficiais seguem vários critérios específicos e distintos dos utilizados tradicionalmente. Os critérios adotados para o cálculo dos indicadores de contratualização (e consequentemente listas de não cumpridores) correspondem aos expostos no documento "CÁLCULO DE INDICADORES DE DESEMPENHO" que pode ser consultado no site da ACSS: http://www.acss.min-saude.pt/DownloadsePublicações/CuidadosdeSaúdePrimários/tabid/118/language/pt-PT/Default.aspx Os Indicadores da DGS obedecem aos critérios explicitados nas normas publicadas no site oficial da instituição http://www.dgs.pt/

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1- Utentes inscritos no período em análise

Relativamente a utentes inscritos pode ler-se no documento da ACSS: "Este conceito aplica-se a todos os utentes inscritos traduzindo-se como todas as pessoas que estiveram inscritas pelo menos um dia no período em análise. Assim, incluem-se nesta definição: Todos os utentes que saíram da USF durante o período em análise; Todos os utentes com óbito durante o período em análise; Todos os novos utentes inscritos durante o período em análise"

Apesar de este conceito ser amplamente conhecido, por vezes as implicações do mesmo ainda não são inteiramente compreendidas. Continuamos a receber das unidades funcionais listagens de utentes que faleceram ou foram transferidos durante o ano 2012, solicitando a remoção dos mesmos das listas de não cumpridores de indicadores do MIM@UF. Na realidade, não há nenhum erro na listagem produzida: desde que o utente tenha estado inscrito pelo menos um dia do ano, na unidade em causa, ele é contabilizado no denominador do indicador. Caso não preencha os critérios para ser integrado no numerador, aparece nas listagens de não cumpridores. Só no ano seguinte é que deixará de ser contabilizado. A justeza deste critério é outra discussão. Este conceito de utente inscrito também tem suscitado dúvidas quando são analisadas as listagens dos médicos das unidades. Quando se trata de indicadores oficiais, é muito frequente um utente aparecer simultaneamente nas listagens de 2 médicos de família, basta que o utente tenha mudado de médico durante o período em análise.

2- Períodos temporais de análise

Nos relatórios de Indicadores Oficiais existem 3 tipos de períodos (a selecionar pelo utilizador): Fixo, Flutuante e Acumulado. Apesar de este assunto já ter sido discutido na Linha Directa nº 10, verificamos pelos emails recebidos que ainda persistem algumas dúvidas.

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Assim importa recordar: Período Fixo: - Registos acumulados desde o início do período (no caso de Novembro é um acumulado de registos deste o mês de Janeiro). - Disponível para TODOS os indicadores. - No caso dos indicadores 5.10M i e 5.4M é necessária a existência de registos nos 2 semestres para o utente ser contabilizado no numerador. Período Flutuante: - O período (em nº de meses) mantém-se, variando o mês de início e de fim conforme se vai avançando no tempo (ano). Por exemplo, para os indicadores de Novembro de 2012, um período de 12 meses corresponde a Dezembro 2011 – Novembro 2012. - Em Dezembro, estes indicadores serão iguais aos indicadores de Período Fixo - Está disponível apenas para os Indicadores:

· 5.10 i(f) - % de hipertensos com registo de pressão arterial nos últimos 6 meses · 5.10M i(f) - % de hipertensos com registo de Pressão Arterial em cada semestre · 5.4M (f) - % de diabéticos com >= 3 HbA1C reg. nos últimos 12 meses, desde q abranjam 2 sem. - No caso dos indicadores 5.10M i e 5.4M é necessário que existam registos nos 2 semestres para o utente ser contabilizado no numerador.

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Período Acumulado: -Tal como no Período Fixo, trata-se de registos acumulados desde o início do período. -Disponível para o 5.10M i e 5.4M mas aqui (ao contrário dos períodos fixos e flutuantes) não são verificadas as

abrangências em ambos os semestres. · 5.10M i(a) - % de hipertensos com registo de Pressão Arterial no Período · 5.4M (a) - % de diabéticos com registo HbA1C no Período Portanto: são iguais ao período fixo mas não exigem medições nos 2 semestres, p.ex. basta o hipertenso ter registos de pressão arterial em 2012 para entrar para o numerador, daí ser muito mais elevado…. Estes valores permitem perceber, por comparação com os outros, qual é o potencial de crescimento que a USF tem nesse indicador, já que estão presentes os registos de atividade exigidos, mas não é cumprido o período temporal determinado. Esta explicação responde a várias questões frequentemente colocadas: Questão 1: O indicador 5.10 Mi(f) apresenta como não cumpridores vários utentes que tiveram consulta com registo da PA nos 2 semestres; por exemplo: a utente X, com consulta de HTA e respetivo registo em 07-06-2012 e 31-08-2012, é considerada não cumpridora do indicador 5.10 Mi(f) e cumpridora do indicador 5.10 M f e 5.10 i. Resposta: 5.10 Mi (f) – Neste indicador o período de tempo é flutuante, ou seja para Novembro de 2012, o primeiro semestre é constituído por Dezembro de 2011, Janeiro, Fevereiro, Março, Abril e Maio de 2012. O segundo semestre é constituído por Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro e Novembro de 2012. Ou seja, não é considerado o ano civil, mas sim os últimos 12 meses disponíveis. Para ser dado como cumpridor o utente tem que ter pelo menos um registo de pressão arterial em cada semestre. A utente X tem registos em 07-06-2012 e 31-08-2012, ou seja ambos nos últimos 6 meses disponíveis -não cumpre os critérios deste indicador. 5.10 M f – Neste indicador o período de tempo é fixo, ou seja, respeita o ano civil. Assim em Novembro de 2012, são considerados os registos realizados desde Janeiro de 2012 (11 meses). O primeiro semestre vai desde 1 de janeiro a 30 de junho e o segundo de 1 de julho a 30 de Novembro. Este indicador também exige um registo em cada semestre do período em análise. A utente X tem um registo em cada semestre do período em análise -cumpre os critérios deste indicador. Em Dezembro é indiferente usar o período de tempo fixo ou flutuante uma vez que são idênticos, pelo que para efeitos de contratualização esta questão não é relevante (a utente vai ser considerada cumpridora). 5.10 i – neste indicador o período de tempo é fixo e apenas é exigido um registo no último semestre do período em análise. A utente em questão cumpre os requisitos deste indicador.

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Questão 2 – Verificamos que existe uma discrepância na listagem dos não cumpridores do indicador 5.10 M i(f) e 5.10 M f, apesar do universo de utentes (numerador e denominador) ser o mesmo. A que se devem estas diferenças? Resposta:

A resposta agora é fácil. De facto, os critérios de inclusão são idênticos nos dois indicadores, a diferença reside no período de tempo a que se aplicam.

3- Consultas de vigilância, SI, PF e SM

Indicadores que pressupõem a realização de determinado tipo de consultas programadas, possuem um critério adicional além daqueles descritos no BI individual. Integram –se neste grupo de indicadores os seguintes:

4.9 – Número médio de consultas de vigilância de Saúde Infantil dos 0 aos 11 meses 4.9 M – Percentagem de crianças com pelo menos 6 consultas de vigilância de Saúde Infantil dos 0 aos 11 meses 4.10 – Número médio de consultas de Saúde Infantil no 2º ano de vida 4.10 M - Percentagem de crianças com pelo menos 3 consultas de Saúde Infantil no 2º ano de vida 6.9 – Percentagem de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre 6.9 M - Percentagem de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre 6.4 – Percentagem de grávidas com revisão do puerpério efetuada

Tal como é mencionado nas páginas 8 e 9 do documento “CÁLCULO DE INDICADORES DE DESEMPENHO” da ACSS, só são contabilizadas consultas com determinados registos de ICPC no “A” do SOAP (Avaliação): Consulta de Vigilância: Requisito – Código de ICPC A98 Consulta de Planeamento Familiar: Requisito – Código de ICPC W10, W11, W12, W13, W14 ou W15, quando registadas pelo médico. - Quando a consulta for realizada pelo enfermeiro, podem ser utilizados estes códigos de ICPC ou os códigos CIPE: CIPE 1.0: 10007622 / CIPE B2: 1A.1.2.1.1, CIPE 1.0: 10005103 / CIPE B2: 1A.1.1.2.2.1.1.9.1.1.1.1, CIPE 1.0: 10008782 / CIPE B2: 1A.1.1.2.2.1.1.9 e pelo menos 3 intervenções efetivadas dos focos referidos. Consulta de Saúde Materna Requisito – Código de ICPC W78, W79 ou W84, quando registadas pelo médico. - Quando a consulta for realizada pelo enfermeiro, podem ser utilizados estes códigos ICPC ou os códigos CIPE: CIPE B2: 1A.1.2.1.1.3, CIPE B2: 1A.1.1.2.2.2.2.6, CIPE 1.0: 10004284, CIPE 1.0: 10008782 / CIPE B2: 1A.1.1.2.2.1.1.9 e pelo menos 3 intervenções efetivadas dos focos referidos.

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Consulta de Saúde Infantil e Juvenil Requisito – Código de ICPC A98, quando a consulta for registada pelo médico. - Quando a consulta for realizada pelo enfermeiro, pode ser utilizado o código do ICPC ou os códigos CIPE: CIPE 1.0: 10004324 / CIPE B2: 1A.1.1.1.16.1.2, CIPE 1.0: 10008563, CIPE B2: 1A.1.1.2.2.2.2.6, CIPE 1.0: 10004284 e pelo menos 3 intervenções efectivadas dos focos referidos. Consulta de revisão do puerpério Requisito – Código de ICPC W78, W79 ou W84, quando registadas pelo médico. - Quando a consulta for realizada pelo enfermeiro podem ser utilizados os códigos CIPE: CIPE 1.0: 10003645, CIPE B2: 1A.1.2.1.1.4.1.1.1. Além do mencionado realça-se que apenas são considerados válidos os registos (i.e. alterações, introdução de registos) de consultas efectuados até 5 dias após data da sua realização. Para ser considerada válida, qualquer consulta médica/enfermagem deve ter o registo de pelo menos um dos componentes do SOAP (Subjectivo, Objectivo, Avaliação, Plano) ou do FDI (Foco, Diagnóstico e Intervenção). Excetuam-se desta regra as consultas sem presença do doente.

De seguida propomos a análise de uma questão colocada por uma UF, e cuja explicação estava relacionada precisamente com os códigos de ICPC atribuídos às consultas.

Questão: Ao analisarmos as nossas listas de não cumpridores, detetamos que a criança X, no 2º ano de vida, aparece como não cumpridora do indicador 4.9M. No entanto, a utente em questão tem um número de consultas suficiente para satisfazer os critérios explicitados no BI do indicador. Resposta: A tabela abaixo diz respeito a registos SAM de consultas realizadas à utente X, nascida a 04-01-2011. Realmente, a utente X, parece ter o número de consultas exigidas pelos indicadores, mas é preciso ter em atenção se estão codificadas como consultas de vigilância. A verde encontram-se as consultas realizadas até aos 330 dias, ou seja até 30-11-2011. Existem, de facto, 6 registos de consulta, mas um destes registos (a verde mais escuro) não está codificado com o ICPC A98, associado a vigilância, daí a criança não ser contabilizada no numerador do indicador 4.9 M – Percentagem de crianças com pelo menos 6 consultas de vigilância de saúde infantil dos 0 aos 11 meses. A azul estão sinalizadas as consultas realizadas entre os 331 e os 700 dias de vida, ou seja entre 01-12-2011 e 05-12-2012. Existem 3 consultas de vigilância. A criança é contabilizada no numerador do indicador 4.10M – Percentagem de crianças com pelo menos 3 consultas de saúde infantil no 2º ano de vida.

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Dia Tipo Contacto Tipo Consulta (MED) Local Consulta Códigos ICPC(2)

20110115 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20110205 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO

20110305 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20110507 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20110709 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20111015 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20120107 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20120415 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20120607 Directo CONS ABERTA CONSULTÓRIO Z09 PROBLEMA LEGAL

20120729 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A98 MEDICINA PREVENTIVA / DE ACOMPANHAMENTO GERAL

20120827 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A78 OUTRA DOENÇA INFECCIOSA, NE

20121012 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO D10 VÓMITOS

20121022 Directo S.INFAN. CONSULTÓRIO A03 FEBRE

20121206 Directo CONS ABERTA CONSULTÓRIO R05 TOSSE

20121214 Directo CONS ABERTA CONSULTÓRIO R05 TOSSE

4- Indicadores de diabetes

Dado o grande número de indicadores relacionados com diabetes disponível no SIARS, alguns bastante recentes, temos recebido inúmeras questões relacionadas com este tema. A dúvida mais frequente está relacionada com as diferenças consideráveis entre os denominadores/ numeradores de indicadores, quando à primeira vista era expectável que fossem idênticos. As tabelas seguintes ilustram os critérios assumidos nos denominadores dos vários indicadores (sempre que nos referimos aos numeradores damos essa indicação entre parenteses). As linhas foram ordenadas por ordem decrescente de valores de um determinado ACES, para que a leitura da tabela fosse o mais intuitiva possível.

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Assim, constata-se que o indicador da DGS 2011.001.01 tem como denominador o universo de utentes distintos identificados no SAM com os códigos de ICPC T89 ou T90, e que estiveram inscritos no ACES no período em análise. Os denominadores, dos restantes indicadores da primeira tabela mais não são que subconjuntos deste universo.

Tipo de

indicador Indicador Valor

ICPC T89 ou

T90 ativo no

período ano

em análise

Ter

compromisso

de vigilância

no programa

de diabetes

Ter de registo de

prescrição de

antidiabéticos

orais no período

em análise

18-75

anos de

idade

Diagnostico

efetuado até

30 junho do

ano em

análise

DGS 2011.001.01 % diab. c/ prescr. antidiab. orais 8.081 X

DGS 2011.001.06 % diab. c/ prescr. insulina e metformina 6.967 X X

DGS 2011.005.01 % Diabéticos vigiados c/ reg. risco ulceração pé

6.967 X X

DGS 2011.008.01 % Diabéticos vig. c/ reg. microalbuminúria por tira-teste

6.967 X X

DGS 2011.008.02 % Diabéticos vig. c/ reg. album./proteinúria e creatinémia (MCDT)

6.967 X X

DGS 2011.008.03 % Diabéticos vigiados c/ reg. TA < 130/80 6.967 X X

DGS 2011.001.02 % diab. c/ prescr. exclusiva metformina 5.553 X X X

DGS 2011.001.03 % diab. c/ prescr. antidiab. orais s/ metformina

5.553 X X X

DGS 2011.001.04 % diab. c/ presc. assoc. dupla antidiab. orais c/metf.

5.553 X X X

DGS 2011.001.05 % diab. c/ presc. assoc. tripla antidiab. orais c/metf.

5.553 X X X

ACES 8.5 % Inscritos c/ diagnostico diabetes (Numerador)

5.424 X X

ACES 8.9 % Diabeticos c/ compr. vigil. (Denominador) 5.424 X X

Financeiro 6.19M % diab. 18-75a c/ cons. enf 4.681 X X X

Financeiro 5.7 % diab. c/ >=1exame pés no ano 4.681 X X X

ACES 8.9 % Diabeticos c/ compr. vigil. (Numerador) 4.681 X X X

Institucional 5.4M % diab. >=3HbA1C reg. últ 12m 4.459 X X X X

Institucional 5.4M 2 % diab. >=2HbA1C reg. últ 12m 4.459 X X X X

A segunda tabela ilustra um grupo de indicadores que tem por base os utentes com diagnóstico ativo de diabetes tipo 1 ou tipo2, separadamente.

Tipo de indicador

Indicador Valor ICPC T89 activo no

período ano em análise

ICPC T90 activo no período ano em

análise

Ter compromisso de vigilância no programa

de diabetes

DGS 2011.002.02 % inscr. c/ diagn. Diabetes tipo 2 (Numerador) 7.001 X

DGS 2011.002.05 % inscr. c/ diagn. Diabetes tipo 2 c/ vigilância DB (Numerador)

6.044 X X

DGS 2011.025.01 % diab. tipo 2 vig. c/ terap. insulina 6.044 X X

DGS 2011.025.02 % diab. tipo 2 vig. c/ terap. insulina e HbA1c<7% 6.044 X X

DGS 2011.025.03 % diab. tipo 2 vig. c/ terap. insulina isofânica 6.044 X X

DGS 2011.025.04 % diab. tipo 2 vig. c/ terap. insulina (análog. acção prolong.)

6.044 X X

DGS 2011.002.01 % inscr. c/ diagn. Diabetes tipo 1 (Numerador) 1.226 X

DGS 2011.002.04 % inscr. c/ diagn. Diabetes tipo 1 c/ vigilância DB (Numerador)

1.050 X X

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À primeira vista, seria expectável que a adição dos numeradores dos indicadores 2011.002.01 e 2011.002.02, inscritos com diagnóstico diabetes tipo 1 e inscritos com diagnóstico diabetes tipo 2, coincidisse com o denominador do indicador 2011.001.01, que corresponde à população diabética inscrita no ACES. No entanto, tal não acontece. No ACES em análise temos como resultado da operação referida, 8.227 diabéticos, e o denominar do indicador 2011.001.01 apresenta apenas 8.081. Isto deve-se ao facto de existirem utentes que no período em análise apresentaram as duas codificações T89, T90. Tal acontece quando o quadro clínico do doente efetivamente se alterou durante o período, ou quando, em casos de registos antigos, o médico inseria uma nova codificação sem remover a antiga (neste momento o SAM já não permite este erro). Assim, o mesmo utente pode ser contabilizado nos numeradores dos indicadores 2011.002.01 e 2011.002.02, mas só irá contar uma vez no denominador do indicador 2011.001.01. Também nos é perguntado frequentemente porque é que o denominador do indicador 2011.001.01, que como referido corresponde a todos os diabéticos identificados no SAM, não coincide com o valor apurado no mapa “Inscritos com doenças crónicas com ICPC à escolha” da estatística tradicional. De facto, para Novembro de 2012, o ACES em análise apresenta 7.762 diabéticos e não 8.081 como apresentado no indicador 2011.001.01.

Isto prende-se, mais uma vez, com o conceito de utente inscrito, que também aqui tem implicações. No mapa “Inscritos com doenças crónicas com ICPC à escolha”, são considerados apenas os utentes inscritos do último dia do período em análise. Na pasta “Indicadores Oficiais” (e só aqui) o conceito de utente inscrito contempla todos os utentes inscritos pelo menos um dia do período em análise. Assim, dos 8.081 diabéticos inscritos no ACES em 2012, 319 faleceram ou foram transferidos, de tal forma que a 30 de Novembro a sua inscrição já não se encontrava ativa.

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Departamento de

Estudos e

Planeamento

SIARS – ACES

LINHA DIRECTA N. 16

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Elaboração

Departamento de Estudos e Planeamento

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Andreia Pereira, Fernando Tavares

Coordenação

Fernando Tavares

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