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LINGUAGEM DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA Prof. Helder Salvador

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LINGUAGEM DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSAProf. Helder Salvador

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MITO - INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE

• Mito é uma narrativa, um relato. Não é uma explicação;

• No mito há uma relação intima com a história; • No mito se interpreta a história numa perspectiva

transcendental; • O mito é uma interpretação da experiência religiosa

(originária);

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• Nenhuma religião se constrói sem o mito ( o mito interpreta o símbolo que ajuda na construção da religião);• Ex: A bíblia toda ela é um mito (midrashe é um nome mais bonito

para não dizer mito);• O mito é o relato de um acontecimento originário, no

qual os deuses agem e cuja finalidade é dar sentido a uma realidade significativa;

• O mito situa-se em um lugar e em um tempo, e, consequentemente, apresenta-se como uma história;

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• O mito abre caminho para buscar conhecer a realidade;

• Portanto, sem o MITO não há experiência religiosa;

• Nos mitos os deuses são os autores;

• O mito: O mito é um relato dos atos dos deuses.

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MITO LENDA CONTO

Tempo Remoto Recente Qualquer

Lugar Primordial ou outro mundo

Mundo atual Qualquer

Crença Fato Fato Ficção

Característica Sagrado Sagrado ou secular

Secular

Protagonista Divino Humano Humano ou não

Função Instaura Ensina e cria modelos

Diverte

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• Portanto, o mito não é fábula. É um relato verdadeiro;• A fábula e a parábola é para ajudar um fato anterior –

Já o mito está relacionado há um acontecimento originário;

• O mito sempre se refere a uma “criação”, conta como uma coisa chegou a existir, ou como um comportamento, uma instituição, uma maneira de ser, de trabalhar foi fundida, por isso, os mitos constituem o paradigma de todo o ato humano significativo.

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• Conhecendo o mito, conhece as origens das coisas;• Vive-se o mito quando se rememora e atualiza o

acontecimento narrado = tornar-se rito;• Por fim, o mito é o relato de um acontecimento

originário, no qual os deuses agem e cuja finalidade é dar sentido a uma realidade significativa.

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RITO - manifestação gestual da religião

• A experiência religiosa é ritualizada;

• O rito atualiza a experiência originária (vivência da mesma experiência);

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• Função social do Rito: • O Rito expressa a identidade do grupo;

• No Rito também há pessoas: sacerdote, cacique, Rei etc. São atores do rito;

 • A pessoa sagrada é aquele escolhido – eleito para

oficiar o rito que remete a experiência originária;

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DOUTRINA

• Uma vez feita tradição, oral ou escrita, (mas terminando sempre como “escrita”) a revelação constitui uma doutrina normativa das idéias, dos ritos e da práxis, segundo o modelo de religião;

• O cânon implica um fechamento na interpretação dos textos transmitidos e uma forma de assegurar-se contra o desvio da doutrina;

 • Após a constituição do cânon numa determinada

religião, acontece o processo de sacralização;

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• Uma vez aceito e consolidado o cânon, seu conteúdo assume o valor de doutrina, ou seja, se impõe à crença e à prática;

• Da doutrina a ética. (A doutrina quer ser a dimensão teórica. A ética a dimensão prática);

 • Toda experiência religiosa está intimamente ligado à

vida ativa, como um conjunto de práticas sociais dentro de um grupo definitivo. Toda religião defende a vida;

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• A ética está em consonância cm a teovisão e a antropologia do grupo;

• A doutrina (não deve ser algo definido e inacabado) necessita de uma contínua releitura;

 • Não podemos confundir a experiência originária com

verdades eclesiásticas, como também não sacralizar doutrinas e normas eclesiásticas:

 • Ex: Os santos• Ex: Os sacramentos• Ex: A bíblia

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• Só é sagrado na medida que remete ao transcendente;•  • Não é a coisa em si que tem a sacralidade, mas está

na comunidade religiosa enquanto remete uma abertura ao transcendente.