linguagem clássica séc xv xvi

Upload: danielle-maciel

Post on 31-Oct-2015

144 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Quattrocento Florentino

Linguagem Clssica nos Sc. XV e XVI (na Idade do Humanismo)Ana Milcia de Lima 148831Anglica Alves 150242Lariane Favaro 142488Laura Konorat - 148759Letcia Borchert 150391Natlia Franco 132077

O classicismo um movimento cultural que valoriza e resgata elementos artsticos da cultura clssica (greco-romana). Nas artes plsticas, teatro e literatura, o classicismo ocorreu no perodo do Renascimento cultural (sculos XIV ao XVI). J na msica, ele apareceu na metade do sculo XVIII (Neoclassicismo), ou seja, o classicismo a manifestao artstica da Renascena.Renascimento o nome que se d ao perodo da histria europeia, caracterizado por um interesse pelo passado grego-romano clssico, que vai do sculo XV ao sculo XVI. Fundamentado no conceito de que o homem a medida de todas as coisas, o renascimento significou um retorno s formas e propores da antiguidade greco-romana.Este movimento artstico comeou a se manifestar na Itlia, no sculo XIV, mais precisamente em Florena, e difundiu-se por toda a Europa, durante os sculos XV e XVI. Em poucos anos, o renascimento difundiu-se pelas demais cidades italianas (perodo conhecido como quattrocento), e no final sculo XV, ao resto do continente europeu, no chamado cinquecento, ou renascimento clssico. A base desse movimento era proporcionada pela filosofia, o humanismo, e apoiava o retorno s virtudes da antiguidade.

Plato, Aristteles, Virglio e outros autores greco-romanos foram traduzidos e rapidamente difundidos, e assim este perodo inovou especialmente nos campos cultural e cientfico. Desse modo, a antiga filosofia clssica no levou muito tempo para inundar as cortes da nova aristocracia burguesa.

Com isto as famlias ricas atraram para seu mundo artistas de grande renome, aos quais deram seu apoio, tornando-se, seus mecenas. Msicos, poetas, filsofos, escultores, pintores, ourives e arquitetos saram do anonimato imposto pelo perodo medieval e viram crescer seu nome e sua fama, juntamente com a de seus clientes. No norte da Europa, o pensamento humanista j tinha dado seus primeiros passos significativos.Aarquitetura renascentista representou um momento de rompimento nahistria da arte arquitetnica.

Os arquitetos, neste perodo, investiram-se de uma autonomia cada vez maior, adotando um estilo individual. Eles foram fortemente influenciados pelo Classicismo, particularmente pela criao arquitetnica desta poca, respeitada como o padro mais primoroso de todas as produes artsticas e at mesmo da existncia humana.

Esta arquitetura primou especialmente pelo resgate daAntiguidade Clssica. Ela procurava aliar a viso de mundo cristo com este universo considerado pago pela Igreja.

Assim, tudo que pertencia ao mundo antigo dos gregos e romanos era aproveitado na concepo arquitetnica renascentista:

a busca da beleza mais perfeita, a disposio ordenada dos elementos de um prdio, os arcos de volta-perfeita, a influncia da composio formal da natureza, que era vista como modelo de perfeio, a singeleza das obras, a forte presena dos aspectos humanistas, a utilizao sistemtica da perspectiva, entre outros elementos.Nunca ser inteno do Renascimento copiar abertamente os edifcios antigos; o que se prope conseguir um novo mtodo de construo no qual as formas da arquitetura clssica sejam empregadas livremente para criar o novos modelos de beleza e harmonia.Neste momento artstico as Artes se revelam esferas livres, agindo por conta prpria; assim, a escultura e a pintura atuam independentemente da arquitetura. Basicamente ela se enraza em dois alicerces importantes o Classicismo e o Humanismo. Embora este estilo no tenha se libertado completamente das concepes e costumes da Era Medieval, ele busca incessantemente o desligamento da arte medieval.

Giorgio Vasari publicou, em 1550, a obra "Vidas dos grandes artistas", onde realizou uma verdadeira interpretao linear da histria, cuja a concluso tem grande importncia na compreenso global do fenmeno humanista, e, inclusive, na compreenso e na historiografia da arquitetura moderna.De acordo com a estruturao de Vasari, o ciclo humanista apresenta evoluo progressiva:

uma prima maneira (primeira maneira), que inclui os precursoresuma seconda maneira (segunda maneira), na qual se colocam os problemas, mas sem desenvolver todas as suas consequnciasuma terza maneira (terceira maneira) na qual se chega a superar o exemplo dos antigos. Considerada a maneira perfeita.

Depois delas apareceria o maneirismo, ou seja, a decadncia ou corrupo lingustica da arquitetura.Cristo Era Medieval

Cristo - Arte no Classicismo

Quattrocento FlorentinoO estilo florentino, pois o renascer arquitetnico do sculo XV inicialmente se centra em um artista, Brunelleschi, e em uma cidade, Florena, considerada, com justia, como o bero da cultura humanista.Verdadeiro uomo universalis (arquiteto e escultor, tcnico e organizador de obras), Filippo Brunelleschi (1377-1446) volta sua ateno recuperao de idias e tcnicas do mundo romano. Sua personalidade e obra preenchem a primeira metade do sculo XV, fechando a Idade Mdia e iniciando o Renascimento com a cpulo do Duomo, ou catedral de Santa Maria del Fiore, de Forena, obra de indiscutvel importncia arquitetnica tanto por si prpria como por sua escala urbana, que simboliza o comeo da arquitetura renascentista.

Cpula do Duomo, ou catedral de Santa Maria del Fiore, de FlorenaEm 1528, o escritor italiano BaltasarCastiglione, observando a cpula da Catedral de Florenafez o seguinte registro:"De Deus nasce a beleza, como um crculo cujo centro a bondade; como no pode existir crculo sem centro no pode existir beleza sem bondade.O jovemarquitetoitalianoFillipo Brunelleschipensou sobre o espaoarquitetnicoe na melhor forma de construir umaimensa cpulacom91 m de altura,dimetrode 45,5 m, em forma dupla com 463 degraus no interior, umpeso de aproximadamente37.000 toneladase utilizando cerca de4 milhes de tijolostudo isso sem o uso de andaimes. Venceu o concurso para realizao da obra e transformou acpula da Catedral de Florena em um local de investigao cientfica e simblica. Suas estruturas eram uma novidade para a poca assim com aextraordinria dimenso da cpula que acabou atraindo cientistas interessados em testar novas teorias e tecnologias.

A Baslica di Santa Maria del Fiore a catedral, ou Duomo, da Arquidiocese da Igreja Catlica Romana de Florena. Famosa pela sua monumental domo (ou cpula) - obra do celebre arquiteto renascentista Brunelleschi - e pelo campanrio, de Giotto, uma das obras da arte gtica e da primeira renascena italiana, considerada de fundamental importncia para a Histria da Arquitetura, registro da riqueza e do poder da capital da Toscana nos sculos XIII e XIV. Seu nome (cuja traduo Santa Maria da Flor) parece referir-se ao lilium, smbolo de Florena, mas, documento do Sculo XV, por outro lado, informa que flor, no caso, refere a Cristo.O Duomo de Florena, como vemos hoje, o resultado de um trabalho que se estendeu por seis sculos. Seu projeto bsico foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do sculo XIII, sua cpula obra de Filippo Brunelleschi, e sua fachada teve de esperar at o sculo XIX para ser concluda. Ao longo deste tempo uma srie de intervenes estruturais e decorativas no exterior e interior enriqueceriam o monumento, entre elas a construo de duas sacristias e a execuo de esculturas e afrescos por Paolo Uccello, Andrea del Castagno, Giorgio Vasari e Federico Zuccari, autor do Juzo Final no interior da cpula.Corte e a Planta da Catedral...

Em 1420 comeou a tomar forma oprojetoaudacioso que precisou de um estudo acurado das construes da antiga Grcia e Roma. Brunelleschiusou omodo construtivo de tijolosintertravadossem nenhum tipo de apoio subindo em crculos e se fechando assim como ele tinha estudado no Panteo Romano e nas runas em Roma.

Brunelleschiestava convencido que atravs da fsica matemtica e outras cincias relacionadas, isso seria possvel.Eleprojetouoito lados simbolizando os oito lados de uma flor dando assimorigem ao nome Santa MariadelFioree uma nica cpula significa a f em um nico Deus. A cpula vista de quase toda a cidade como queria Brunelleschi, era "para cobrir o cu da Toscana".

COLOCAO DOS TIJOLOS

Apoiavam-se uns aos outros durante o fechamento das paredes da cpula, j que no existia qualquer tipo de escoramento.

Junto soluo para a execuo da cpula, outras idias, to brilhantes e revolucionrias quanto esta, foram anunciadas por Brunelleschi. Ente elas a diviso da cpula em duas partes. A primeira seria uma cpula interna, espessa e em forma de concha, tendo em sua base 2 metros de espessura e em seu topo 1,5 metros.

A segunda, externa, com o intuto de proteo contra o vento, a gua e qualquer tipo de intempries, menos espessa e com uma forma mais majestosa. Entre as duas cpulas, buscando facilitar a inspeo e acerto de reparos, foi construda uma escadaria curva, hoje muito utilizada para a visitao. Essas cpulas eram reforadas por 24 nervuras de arenito, sendo 8 delas definindo os vrtices do octgono e, as restantes, menores e inseridas na estrutura, duas a duas nos lados do octgono.

Corredor entre as Cpulas...

Observamos que vrias partes da Catedral mostram as diferentes fases durante o longo perodo de tempo passado desde a fundao e sua finalizao. Oestilo romano aparece na forma dos arcos exteriorese no interior os seus imensos arcos, portas e janelas apresentam uma feio gtica. Odomo puraarte da Renascena e afachada emestilo gtico.

Ainda no interior, na forma de uma cruz latina, apresenta-se a nave e os corredores laterais.Macios pilares com capitis compsitos suportam as imensas e curvas abbadas gticas dando ao conjunto arquitetnico uma aparncia monumental. A Catedral de Florena fruto da unio da f com a cincia, uma precisou da outra para a sua realizao. A planta do interior basilical, com trs naves, divididas por grandes arcos suportados por colunas monumentais. Tem 153 metros de comprimento por 38 metros de largura, e 90 metros no transepto. Seus arcos se elevam at 23 metros de altura, e o cume da cpula, a 90 metros.

Revestimento externo com mrmores e decorao em torno das entradas laterais, aPorta dei Canonici(sul) e aPorta della Mandorla(norte).

SulNorte

Fachada da CatedralConvergindo ao pico da cpula, com aproximadamen- te 90 metros de altura, as principais pilastras se encon- travam circundando um seraglio(pedra principal circundada por pequenas janelas), o qual ainda suportava a oca lanterna de mrmore e ainda um telhado cnico.O grande peso da cpula, atravs da rede de nervuras, era levado at a base do octgono, sendo que as 24 nervuras e as duas cpulas recebiam o peso simultaneamente.Desta forma a Catedral teve sua grandiosidade assegurada atravs do projeto de Brunelleschi, sem a utilizao de arcobotantes, abbadas ogivais e contrafortes, antes utilizados no perodo gtico, mas que deixaram de fazer parte da arquitetura renascentista.

27Igrejas de So Loureno e Do Esprito SantoApesar do alarde tcnico e da importncia urbana que a construo da cpula representou, nas Igrejas de So Loureno e do Esprito Santo que foi onde Brunelleschi realmente mostra suas novas idias e a nova linguagem humanista.

Nelas desaparece qualquer reminiscncia formal gtica e surgem as formas clssicas em toda a sua plenitude: a coluna e a pilastra romanas coroadas por capitis clssicos; o entablamento emoldurado; o arco de meio ponto; a cpula sobre pendentes, etc.

Capitel Corntio

Aqui v-se que as arcadas no so to elegantemente proporcionadas e as colunas, maiores, esto mais juntas, formando uma espcie de cortina entre a nave central e as laterais. Foi o vocabulrio clssico, uniformizado e rigoroso, em que as propores das colunas s podem variar dentro dos limites estreitos e o arco de volta-perfeita s tem um traado possvel, que permitiram a Brune- lleschi a criao do seu mdulo padro.

Igreja de So Loureno

Planta da Igreja de So Loureno

Igreja do Esprito SantoA imagem externa da Igreja acabou por sustentar a modstia caracterstica da cautela poltica dos governantes da cidade. Reflete-se uma preocupao com a ordenao clssica apenas no interior, legando o exterior ao relativo anonimato. Mais importante na articulao externa a dilogo entre a massa das baslicas e os vazios urbanos laterais, marcando-os na malha urbana e abrindo o espao necessrio a sua visualizaoA construo da Baslica duraria at 1482, seguindo apenas os projetos e instrues deixados pelo arquiteto, as quais apesar de inmeras alteraes no permitiam a concluso final externa: onde o conhecimento de Brunelleschi avanaria com sua sntese no espao externo pblico.

Edifcios Civis que se destacaramO Hospital dos Inocentes, to poderoso que gera um espao novo e magistral, caracterizado pela sua proporo e pela repetio de colunas, foi considerada a primeira manifestao de uma nova arquitetura, clara e organizada de forma racional.Continuou a trabalhar o seu mdulo padro no Hospital dos Inocentes, onde desenvolveu um conjunto de formas sistemticas: o edifcio devia resplandecer no pelas suas propores monumentais como no caso da cpula mas pela sua execuo esttica, atravs de uma coeso sbria e harmoniosa, conseguida pela repetio dos elegantes arcos de volta-perfeita no primeiro nvel horizontal, aos quais corresponde um vo, uma janela, com um fronto triangular no segundo nvel horizontal: o mesmo mdulo pode ser repetido indefinidamente.

Palcio Pitti, foi onde Brunelleschi cria o novo tipo Clssico de Palcio renascentista, de indiscutvel transcendncia ulterior tanto em sua organizao como em seus elementos e texturas.

Agressivo e robusto este palcio criou um novo estilo palaciano renascentista. O Palcio Pitti, como prottipo do estilo palaciano renascentista, prescinde, evidentemente, da torre defensiva, tpica nas casas senhoriais daIdade Mdia. Para proteger a manso, Brunelleschi inspira-se na arquitetura romana, recorrendo a paredes muito grossas e a janelas pequenas e muito elevadas. Deste modo, Brunelleschi cria um palcio robusto, moderno e agressivo.

Junto a Brunellechi, no quattrocento italiano deve ser ressaltado a personalidade de Leon Battista Albertti (1402-1472), em sua obra se destaca especialmente a utilizao do arco de triunfo romano como fonte de inspirao para criar o novo tipo de igreja renascentista (Alfonso V de Arago j havia decorado o velho castelo gtico de Npoles com um grande portal concebido como arco de triunfo) e essa sugesto reutilizada por Albertti no Templo Malatestiano de Rmini, para o qual projeta uma fachada baseada no arco romano que se eleva justo s portas da cidade.

Em Santo Andr de Mntua, Albertti leva esta mesma idia de fachada ao seu interior e toma como modelo para as arcadas das naves, como se toda a igreja fosse um arco de triunfo levado s trs dimenses, criando assim uma estrutura lgica que serve de modelo eclesistico durante os sculos seguintes.

A obra artstica mais significativa do quattrocento romano ser a fachada da Capela Sistina do Vaticano, traada talvez pelo prprio Albertti e construda por Giovanni Dolci, assim como sua primeira decorao pictrica executada por volta de 1480 por Botticelli, Ghirlandaio e Perugino.

Brunelleschi considerado o pioneiro na Arquitetura Renascentista. Realizou muitas obras durante a sua vida, como a sacristia de So Loureno, a Capela Pazzi, a Igreja do Esprito Santo, o Palcio Pitti e outros. O Cinquecento Romano .OCinquecento a derradeira fase da Renascena, quando o movimento se transforma, se expande para outras partes da Europa e Roma sobrepuja definitivamente Florena como centro cultural, especialmente a partir do pontificado deJlio II. Roma at ento no havia produzido grandes artistas renascentistas, e o classicismo havia sido plantado atravs da presena temporria de artistas de outras partes. Mas com a fixao na cidade de mestres do porte deRafael,MichelangeloeBramanteformou-se uma escola local, tornando a cidade o mais rico repositrio da arte da Alta Renascena e da sua continuaocinquecentesca, onde a poltica cultural do papado deu uma feio caracterstica a toda esta faseBoa parte dessa nova influncia romana derivou do desejo de reconstituir a grandeza e a virtude cvica daRoma Antiga, o que se refletiu na intensificao do mecenato e na recriao de prticas sociais e simblicas que imitavam as da Antiguidade, como os grandes cortejos de triunfo, as festas pblicas suntuosas, as representaes plsticas e teatrais grandiloquentes, cheias de figuras histricas, mitolgicas e alegricas.

O alto Renascimento ou Cinquecento floresceu entre 1490 e 1527, ano em que Roma, que substituiu Florena como centro artstico, foi saqueada pelas tropas imperiais de Carlos V. O perodo contou com trs figuras de primeira magnitude: Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael. Cada um desses artistas personificou um aspecto peculiar desse momento: Da Vinci foi o homem renascentista, um gnio solitrio que se interessou pelas facetas mltiplas do conhecimento; Michelangelo encarnou o poder criador e concebeu vrios projetos inspirando-se no corpo humano como veculo essencial para a expresso de emoes e sentimentos; e Rafael exemplificou o esprito clssico da harmonia, da beleza e da serenidade.Esta fase ocorrida no sculo XVI considerada como o ltimo perodo do renascimento, em que as obras de arte atingiram seu mais elevado grau de elaborao. Neste perodo o renascimento est difundido por toda a Europa e comea a entrar em decadncia abrindo espao para o maneirismo, um estilo "anticlssico" e o barroco.

Entretanto, importante ressaltar que foi neste momento que se cristalizaram ideais que caracterizam todo o movimento renascentista: o Humanismo, a noo de autonomia da arte, a emancipao do artista de sua condio de arteso e equiparao ao cientista e ao erudito, a busca pela fidelidade natureza, e o conceito de gnio, to corretamente aplicado a Da Vinci, Michelangelo e Rafael.O grande mecenas do perodo foi o papa Jlio II que pretendia reforar a grandiosidade e o poder de Roma. Iniciou as obras da nova baslica de So Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decorao cargo de Rafael Snzio e Michelangelo ,apesar de destacar-se como o pintor da capela Sistina foi o grande escultor da Renascena.

A Catedral de So pedro no uma reconstruo literal de um templo romano, mas a ampliao de uma ideia tomada dele, onde o plinto e a colunata ao redor de um ncleo cilndrico e coroado por uma cpula so belas invenes de Bramante que aparecero posteriormente.

Seu primeiro eco se faz quase imediatamente na mesma Roma , no projeto do prprio para So Pedro do Vaticano ,cuja antiga baslica paleocrist demolida em 1503 por estar sob risco de iminente desabamento. Encarregado do povo projeto por Julio II,Bramante faz de So Pedro uma Ampliao em escala gigantesca do tema deselvovimento em escala humana em So Pedro de montorio,multiplicando sete ou oito vezes as dimenses deste, cujo centro coroado por uma cpula o tema de partida da nova igreja

Planta Da Catedral de So Pedro do Vaticano Retificada por Michelangelo

Planta Da Catedral de So Pedro do Vaticano ,a proposta por BramanteDepois da morte de Julio II e de Bramante, a construo avana lentamente com correes em seu projeto. Pouco antes da metade do sculo, Paulo III encarrega Michelangelo de continuar as obras, e ele reforma o projeto de bramante, fazendo desaparecer as trs entradas laterais dispensando as sacristia alojadas nas torres e transformando a cpula; ele torna suas propores muito mais elegante e eleva a catedral at alcanar os 131 metros, com o que ela se converte- assim como em Florena .O Maneirismo: reviso e difuso da arquitetura humanistaO Maneirismo um estilo renascentista que representa uma poca que colore a linguagem clssica e enriquece seu vocabulrio, inverte as normas clssicas de um modo revisionista de romper modelos e desprezar a perfeio alcanada no cinquecento.Uma evidente tendncia para a estilizao exagerada e um capricho nos detalhes comeam a ser sua marca, extrapolando assim as rgidas linhas dos cnones clssicos. Portanto, maneirismo um estilo caracterizado pela plasticidade das figuras exageradas, cujas posturas so, quase sempre, foradas, utilizando-se das cores de modo arbitrrio e tratando os espao de maneira irreal, criando, com frequncia, efeitos dramticos.Assim o Maneirismo restabelece o problema de escala como elemento arquitetnico em sua concepo geral.Um artifcio usado na arquitetura maneirista era a discordncia entre elementos de escalas diferentes colocadas em justaposio.

Igreja de Santo Estevo, Salamanca(Juan lava)Na Catedral de So Pedro, na abdise, no somente se alteram as salincias grandes e pequenas para tirar melhor proveito do movimento de massas e da dramtica definio do plano, mas nelas se produz um jogo deliberado entre a escala gigantesca do conjunto principal de pilastras e a escala mais prxima humana com a qual se expressam os nichos e as janelas intercaladas nela. E o resultado disso tem grandes consequncias na reviso maneirista e na arquitetura posterior.

Catedral de So Pedro Vaticano (Donato Bramante)Sebastiano Serlio, foi de suma importncia para o revisionismo, pois criou o tratado Larquitettura que teve seu primeiro volume publicado em Veneza. Esse tratado tinha como finalidade prtica, difundir o Renascimento em toda a Europa e proporcionar um repertrio amplo de motivos lingusticos e de solues formais ricas e diversas aos arquitetos e construtores. As publicaes de Serlio chamaram a ateno do reida Frana. A carreira do arquiteto decola quando recebe um convite deste rei para ser conselheiro na construo e decorao doChteau de Fontainebleau.

Mas sua maior contribuio para o maneirismo foi seu tratado, tido como guia prtico para arquitetos, que teve grande repercusso naFrana,Holanda eInglaterra.

Chteau de FontainebleauFontainebleau-Frana(Gilles le Breton)

Maneirismo de Roma

A Villa Giulia um palcio de Roma, situado numa zona que era conhecida como Vigna Vecchia (Vinha Velha), e que confinava, em tempos, com a muralha da cidade. Ergue-se na encosta do Monte Parioli que desce at ao Tibre. A villa atual constitui apenas uma pequena parte de uma propriedade anterior que continha trs vinhas.

Este palcio foi construdo para o Papa Jlio III, um afvel humanista, um profundo conhecedor das artes, mas no um telogo.A Villa Giulia hospeda, atualmente, o Museo Nazionale Etrusco.

O edifcio foi construdo segundo um projeto de Pirro Ligorio entre 1551 e 1553. o Papa despendeu de elevadas cifras de dinheiro para aumentar a beleza da villa, a qual um dos exemplos mais delicado da arquitetura maneirista.

A frente urbana, constituda por uma severa fachada de dois andares, possuindo ambos os pisos a mesma altura. Ao centro possui o ritmo triplo de um arco triunfal plenamente detalhado, flanqueado por duas alas simtricas de apenas duas janelas. A fachada fechada em cada extremidade por uma pilastra drica. Esta fachada da Villa Giulia constitui a ideia apontada pelas villas georgianas do sculo XVIII com sete janelas, reproduzidas frequentemente nas residncias da Virgnia.

O Palazzo del Te, ou Palazzo Te, um palcio da Itlia construdo em Mntua entre 1525 e 1534, por encomenda de Federico II Gonzaga. a obra mais clebre do arquiteto italiano Giulio Romano.Tal como acontecia na Villa Farnesina (em Roma, no bairro do Trastevere), a localizao extra-muros permitia uma arquitetura simultaneamente de palcio e de villa romana.

Em 1525, Giulio Romano comeou a criar o corpo da construo, um edifcio retangular em volta dum ptio quadrado, decorado com um labirinto, com quatro entradas nos quatro lados. por um perodo de 18 meses. A entrada principal, voltada cidade, possui uma loggia, a chamada Loggia Grande, composta no exterior por trs grandes arcos sobre pilastras colmeadas. A construo estendeu-se por um perodo de 18 meses e foi completada por um jardim bordejado por filas de colunas nos edifcios, eles prprios terminados por um hemiciclo de colunas (exedra).O ptio segue, igualmente, uma ordem drica, mas as suas colunas de mrmore foram deixadas quase em estado bruto; visvel um entablamento drico, o qual s no perfeito pela presena dum trglifo nos lados este e oeste, que parece deslizar para baixo ao centro de cada espao entre as colunas, como se estivesse instalado em chave de arco; nestes dois lados, tal como acontece no exterior, tambm espaos entre as colunas no so todos iguais.

No lado oeste, a abertura um vestbulo quadrado, com quatro colunas que o dividem em trs naves. A abbada da nave central em bero, enquanto as duas laterais mostram o teto plano ( maneira do atrium descrito por Vitrvio e que tanto sucesso fez nos palcios italianos do Cinquecento).O palcio possui propores inslitas: apresenta-se como um bloco largo e baixo, com um nico andar, cuja altura representa cera de um quarto da largura.

O Palazzo del Te , atualmente, sede do Museu Cvico.

Este Palazzo Farnese, tambm conhecido como Villa Farnese ou Villa Caprarola, um palcio da Itlia, localizado na cidade de Caprarola, Provncia de Viterbo, Norte do Lazio, Roma.O Palazzo Farnese uma macia construo, edificada cerca de 1550. Tem uma planta pentagonal, e constitudo por pedra vermelha dourada; contrafortes suportam o piano nobile, com dois andares por cima, o que acolhe uma quase completa villa de dois pisos, por si prpria. Cada face do pentgono fica inclinada para dentro, em direo ao seu centro, para permitir atacar o fogo numa suposta fora de escalada, tanto do centro como dos basties avanados de cada ngulo de canto da fortaleza. por esse motivo que o circular ptio central tambm determinado pelas necessidades da planta pentagonal.

O Palazzo Farnese foi encomendado, em 1559, pelo Cardeal Alessandro Farnese, um neto do Papa Paulo III, que ficou conhecido por promover as ambies das suas relaes. Este selecionou para arquiteto Giacomo Barozzi da Vignola, que trabalhou na villa de Caprarola at sua morte, em 1573.

A deciso de construir a igreja nasceu em 1550, para substituir a pequena igreja contgua ao edifcio da Ordem e que hoje ainda o colgio internacional dos jesutas. Em 1568, Giacomo Vignola recebeu do cardeal Alessandro Farnese o encargo de iniciar o trabalho. Trata-se de um dos edifcio dos quais se diz que deram incio a uma nova tendncia na arquitetura ocidental.A ideia inovadora de Vignola foi fundir a nave da baslica medieval com o desenho de um edifcio planificado tpico da Alta Renascena, criando uma estrutura com domo sobre o cruzamento, tornando-se o modelo de futuras igrejas barrocas. Aps a morte do arquiteto, os membros da Ordem completaram o edifcio que foi consagrado em 1584.

A fachada (1575) rene elementos da Renascena e do Barroco e se deve a Giacomo Barozzi da Vignola. A diviso da estrutura por pilastras reflete a parte interna. A maneira pela qual a ordem arquitetnica se ergue para o centro enfatizada pelo relevo poderoso das superfcies das paredes, com aberturas, pilastras, colunas e cornichas.

O interior espetacular. O arquiteto Vignola, no interior cruciforme, criou sem talvez o desejar o prottipo das igrejas romanas. A nfase especial est posta na nave, que pode acomodar enorme quantidade de fiis. Com a interseo e a bside, cria impresso de uma rea nica, unificada e as capelas laterais para prece privada, confisso ou recordao dos mortos tem funo subsidiria. O altar visvel de todas as partes da igreja, para que os fiis possam seguir a missa. A ornamentao barroca, com jogo de mrmores variados, estuques, douramentos, afrescos e esculturas, pouco deixa ver da simples decorao original do Cinquecento. As paredes da nave se dividem por estruturas semelhantes a pilastras, iluminadas por lunetas com janelas. Arcadas entre elas do acesso s capelas laterais. Os arcos da interseo suportam o peso do cilindro que se ala para o domo, que conclui numa calota hemisfrica.

A Baslica de So Jorge Maior (em italiano: Basilica di San Giorgio Maggiore) uma baslica na pequena ilha de San Giorgio Maggiore, frente Praa de So Marcos, em Veneza. Faz parte do mosteiro homnimo. Ambos foram construdos pelo arquiteto de Vicenza, Andrea Palladio, sendo uma das suas obras mais destacadas.Palladio cria uma maniera simples, monumental e representativa a partir do emprego de grandes colunas e prticos com frontes maneira dos templos helnicos, que emprestam um aspecto clssico tanto a suas obras residenciais com s religiosas.

A fachada em forma de templo clssico, com uma s entrada, com quatro colunas compostas sobre altos plintos, com um entablamento por cima onde se sustem um tmpano clssico. A soluo inventada por Palladio para esta fachada fantasiosa e uma contribuio original para a resoluo de um dos problemas mais sentidos pelos arquitetos renascentistas, que era o de encontrar o modo de dotar um aspecto inspirado no templo clssico a um edifcio tripartido como a igreja crist de trs naves. O sereno interior de propores perfeitas tambm tpico de Palladio.

A Villa Capra, tambm conhecida como Villa Rotonda, uma das mais belas e famosas villas de Andrea Palladio (1508 - 1580) e provavelmente de todas as villas do Veneto, sendo um dos mais celebrados edifcios da Histria da Arquitetura da poca moderna. uma residncia de campo aristocrtica, perto de Vicenza, Itlia, construda a partir de 1566. O nome "Capra" deriva do apelido dos dois irmos que completaram o edifcio, depois de lhes ter sido cedido em 1591.

definida por um bloco quadrado, encimado por uma cpula e apresentando nas quatro fachadas prticos idnticos, a modo de frontarias de templo. A Villa Rotonda (Casa Redonda) tem quatro lados rigorosamente idnticos, cada qual com um prtico e forma de fachada de templo, agrupados em torno de um amplo trio que recorda o Panteo Romano.O projeto foi muito copiado e deu nascimento ao to propalado Estilo palladiano. A sua estrutura extremamente lgica, obedecendo a uma racionalidade geomtrica e matemtica.O telhado coberto de telhas ajuda a segurar as paredes, sustentando a cpula. Os prticos auxiliam tambm os arcobotantes nas paredes exteriores da villa.A Villa Capra est classificada pela UNESCO, desde Dezembro de 1994, como Patrimnio Mundial, juntamente com outras obras de Palladio em Vicenza.

Descrever a villa como "rotonda", todavia, tecnicamente incorreto, dado que a planta no circular mas representa antes a interseco de um quadrado com uma cruz grega. Todas as quatro fachadas eram dotadas de um corpo avanado com uma galeria que se podia alcanar subindo uma escadaria; cada uma das quatro entradas principais conduzia, atravessando um breve vestbulo ou corredor, sala central coroada por uma cpula. Esta sala central e todas as outras divises tinham propores calculadas com preciso matemtica, com base nas regras prprias da arquitetura de Palladio.

A arquitetura paladiana teve uma grande projeo posterior, principalmente na Inglaterra do sculo XVII e nos momentos classicistas e neoclssicos dos sculos XVIII e XIX na Europa e na Amrica, onde chegou a ser considerada o cnone clssico para a arquitetura civil.

Tanto Palladio com Vignola publicaram seus respectivos tratados de arquitetura, uma sensvel interpretao modular da linguagem clssica que gozou de grande popularidade.