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23/05/2014 1 Limites sem traumas: construindo cidadãos Júlio Furtado www.juliofurtado.com.br www.juliofurtado.com.br

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23/05/2014

1

Limites sem traumas: construindo cidadãos

Júlio Furtado

www.juliofurtado.com.br

www.juliofurtado.com.br

23/05/2014

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Da disciplina do medo

ao medo da disciplina.

O medo de ser rígidoO medo de ser rígido

Crianças não devem ser tolhidas nas suas reações para que se tornem adultos livres

e sem traumas.

Crianças não devem ser tolhidas nas suas reações para que se tornem adultos livres

e sem traumas.

23/05/2014

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A realidade:A realidade:

Adultos que, quando crianças, não tiveram limites, mostram-se indecisos, inseguros, incapazes de persistir e lidam muito mal com perdas e frustrações. Aprendem a manipular, mentir, como forma de obter

aquilo que desejam. Apresentam dificuldade em assumir responsabilidades e em manter

o que prometem.

O medo de ser liberalO medo de ser liberal

Pais ásperos cobram, com agressividade, comportamentos que fogem da sua expectativa,

mostram baixa manifestação de afeto, são incapazes de reconhecimento e do elogio.

Pais ásperos cobram, com agressividade, comportamentos que fogem da sua expectativa,

mostram baixa manifestação de afeto, são incapazes de reconhecimento e do elogio.

23/05/2014

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A realidade:A realidade:

Crianças e jovens acabam por apresentar baixa autoestima, sentem-

se culpados, buscam esconder o medo dos desafios, ora mostrando conduta obediente e passiva, ora rebelando-se

e mostrando explosões emocionais sem motivo aparente.

⇒Visão romântica da maternidade /

paternidade

⇒A dificuldade de se separar do

filho (pais que não aceitam que os

filhos cresçam).

⇒Pais que querem ser confidentes

dos filhos

⇒Pais que têm marcas amargas na

história da vida

⇒O “psicologismo” dos anos 60

⇒Mães que trabalham fora de casa

⇒Perda da guarda dos filhos

⇒Segundo casamento e suas

conseqüência

⇒Visão romântica da maternidade /

paternidade

⇒A dificuldade de se separar do

filho (pais que não aceitam que os

filhos cresçam).

⇒Pais que querem ser confidentes

dos filhos

⇒Pais que têm marcas amargas na

história da vida

⇒O “psicologismo” dos anos 60

⇒Mães que trabalham fora de casa

⇒Perda da guarda dos filhos

⇒Segundo casamento e suas

conseqüência

As dificuldades

para impor

limites

As dificuldades

para impor

limites

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PROTEGER X CUIDARPROTEGER X CUIDAR

O risco da vida sem riscos

• Autonomia

– Fazer escolhas

– Aceitar limites

– Assumir erros

• Crescer é conquistar independência.

• O pavor do fracasso como causa do fracasso.

• Fazer tudo para evitar a dor e a frustração.

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O papel da FamíliaO papel da FamíliaO papel da FamíliaO papel da Família

As 4 principais tarefas dos pais

DESENVOLVER:

1. Independência emocional

2. Autodisciplina

3. Capacidades

4. Moral

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“Se eu sou a pessoa mais poderosa aqui, quem vai cuidar de mim quando eu

estiver em apuros?”

Os limites dão segurança às

crianças.

Perseguidor Salvador

Vítima

Triangulo de Karpman

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Não permita que escapem das

tarefas!

A obrigação abre as portas para a possibilidade, que, por sua vez, inaugura a autoconfiança.

Indisciplinado

Autodisciplinado

Primeira Etapa:

Regras

Segunda Etapa:

Obediência

Terceira Etapa:

Escolha limitada

Quarta Etapa:

Tarefas combinadas

Deixa que oMundo ensina

Explique

Elogie/incentive

Ameace

Castigue

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Princípios e gostos

• Compromete a segurança?• É falta de respeito?• Mima a criança?

É duro ser adolescente!

Aceitação do corpo e da aparência.

Como ser igual e diferente ao mesmo tempo?

Como controlar a impulsividade?

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Cada uma no seu “quadrado”

O papel da escola

• A escola deve ser um

laboratório da vida em

sociedade.

• Deve valorizar o coletivo, o

público, a civilidade e a

democracia.

• A escola é o “útero da

sociedade”.

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• Os príncipes e princesinhas

viram alunos!

• A tentativa de monitorar tudo, todo o tempo.

• Meu filho não pode ficar no banco!

• A exigência de exclusividade.

• Na escola também se erra e que bom que isso acontece!

• Tá na hora de cortar o próprio bife!

O desafio da escola

Que geração é essa que está na escola?

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Produz efeitos Relação Social Controle

Poder é a capacidade de um agente de produzirdeterminados efeitos, sendo uma decorrência da relação social entre

pessoas, grupos ou organizações, onde uma das partes controla a

outra.

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play

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Os três tipos de poder segundo John Galbraith

Poder Condigno

O poder da punição

Poder Compensatório

O poder da troca

Poder Condicionado

O poder do convencimento

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Na relação de poder entre o professor e os

alunos encontram-se sempre duas crianças ou

dois adolescentes: a criança ou o adolescente

a quem ele deve educar e a criança ou

adolescente (reprimidos ou não) que ele

carrega consigo.

REGRAS DEVEM SER BASEADAS EM

PRINCÍPIOS!

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� Validar a transgressão

criativa e combater a

transgressão destrutiva.

� Equilibrar a necessidade de

transgredir e a necessidade

de ter limites.

Desafios da Pós-modernidade

O CASO DE GAUSS

�Somar todos os números de 1 a 100.

…100 + 1 = 101

…99 + 2 = 101

…98 + 3 = 101

…97 + 4 + 101

�101 x 50 = 5050505050505050

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PODERPODER ESTRATÉGIAESTRATÉGIA

O poder é sempre limitado, logo, não pode ser exercido sem estratégias.

O poder é sempre limitado, logo, não pode ser exercido sem estratégias.

O professor precisa ter consciência do seu “não-poder” para se tornar um bom estrategista.

O professor precisa ter consciência do seu “não-poder” para se tornar um bom estrategista.

O QUE É INDISCIPLINA?

São desacordos em relação a contratos e expectativas sociais, na esfera das relações entre sujeitos, bem como no campo das relações

desses com o conhecimento(GARCIA, 1999).

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INCIVILIDADE COMO INDISCIPLINA

�Incivilidades se referem a condutas que se contrapõe às condutas que se contrapõe às condutas que se contrapõe às condutas que se contrapõe às regras da boa convivência.regras da boa convivência.regras da boa convivência.regras da boa convivência.

Grosserias, desordens, ofensas verbais,

"falta de respeito". As incivilidades são

rupturas em nível das regras e

expectativas tácitas de convivência, dos

pactos sociais que perpassam as relações

humanas e cujo sentido muitas vezes

supomos seja de domínio público

desde a infância.

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REGRAS MORAIS X REGRAS CONVENCIONAIS

Erro comum em regimentos escolares é situar regras morais e convencionais num

mesmo patamar. As regras morais merecem mais atenção. As regras

convencionais estão mais ligadas ao andamento do trabalho. Ao distingui-las,

você será capaz de interpretar melhor uma transgressão e, assim, encaminhá-la

adequadamente.

Exigir ao máximo e respeitar ao máximo!

Tudo ao mesmo tempo.Anton Makarenko

Limites sem traumas

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