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Jornal Regional de Limeira www.redebrasilatual.com.br LIMEIRA nº 28 Agosto de 2014 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA jornal brasil atual jorbrasilatual Sindicalista expõe relação entre lucros bilionários e avanço do assédio moral Pág. 2 OPINIãO BRADESCO Equipe limeirense é campeã brasileira e disputa seletiva mundial Pág. 7 VIDEOGAME KABUM! E-SPORTS Indústria de joias explora trabalho de crianças e adolescentes Pág. 3 TRABALHO INFÂNCIA ROUBADA CPI revela contratos escusos entre governos tucanos e concessionárias em SP PEDáGIOS RELAçõES PERIGOSAS REFORMA POLíTICA Consulta sobre mudanças no sistema político será realizada entre os dias 1º e 7 de setembro em todo Brasil Pág. 6 PLEBISCITO INDAGA SOBRE CONSTITUINTE EXCLUSIVA

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Jornal Regional de Limeira

www.redebrasilatual.com.br limeira

nº 28 Agosto de 2014

DistribuiçãoGratuita

jornal brasil atual jorbrasilatual

Sindicalista expõe relação entre lucros bilionários e avanço do assédio moral

Pág. 2

oPinião

bradesco

Equipe limeirense é campeã brasileira e disputa seletiva mundial

Pág. 7

videogame

Kabum! e-sports

Indústria de joias explora trabalho de crianças e adolescentes

Pág. 3

trabalho

InfâncIa roubada

CPI revela contratos escusos entre governos tucanos e concessionárias em SP

Pedágios

relações Perigosas

reforma Política

Consulta sobre mudanças no sistema político será realizada entre os dias 1º e 7 de setembro em todo Brasil

Pág. 6

Plebiscito indaga sobre constituinte exclusiva

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2 Limeira

expediente rede brasil atual – Limeiraeditora Gráfica atitude Ltda. – diretor de redação Paulo Salvador secretário de redação Enio Lourenço redação Ana Lucia Ramos, Giovanni Giocondo, Ivanice Santos e William da Silva revisão Malu Simões foto capa <vozdoaposentado.org.br> diagramação Leandro Siman telefone (19) 99264-6550 – (11) 3295-2820 tiragem: 15 mil exemplares distribuição Gratuita

editorialNa edição de junho da Revista do Brasil, do grupo Rede Brasil

Atual, a reportagem de capa “Eles vêm aí, de novo” tratou do tema da especulação nas eleições, principalmente das inúmeras manifesta-ções do mercado financeiro com viés puramente eleitoral.

Em 1989, quando Lula disputou sua primeira eleição presiden-cial e perdeu para Collor – que recebeu uma boa ajuda da TV Globo e depois deu no que deu –, o empresário Mario Amato chegou a va-ticinar que, se Lula ganhasse, os empresários iriam embora do país.

Após 12 anos, Lula ganhou e provocou enorme mudança na polí-tica econômica em meio a crises internacionais, fazendo crescimento a partir da inclusão social: pôs dinheiro no bolso do povo, mexeu no crédito, fez desonerações fiscais e o Brasil acelerou seu crescimento.

Desta vez foi o banco espanhol Santander que se meteu em fazer política, reiterando o discurso dos especuladores sobre “o fim do Brasil”, com um pretenso comunicado a clientes de alta renda. O banco sofreu a mais dura invertida em toda sua trajetória no Brasil. A Internet “bombou” condenando a posição do banco dirigido por Emilio Botín, mesmo após a sua retratação e demissão do gerente responsável pela mensagem.

Estamos a pouco menos de dois meses das eleições e o tiroteio é forte. Recomendamos que os leitores do jornal Brasil Atual deixem de lado o ódio e procurem se informar com opiniões seguras e de credibilidade. O que está em discussão é um retrocesso aos governos neoliberais ou o avanço em conquistas populares e sociais.

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique <www.rede-brasilatual.com.br/jornais> e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected] ou [email protected] face-book jornal brasil atual twitter @jorbrasilatual

jornal on-line

oPinião

Lucros bilionários não fazem banco frear assédio moralbradesco: gestão do inferno

No balanço divulgado pelo Banco Bradesco, o lucro do primeiro semestre de 2014 foi de R$7,2 bilhões, representan-do um crescimento de 22,9% em relação ao mesmo período o ano passado.

Porém, nem todo esse lucro é o bastante para que o banco invista na qualidade de sua ges-tão. Com métodos ultrapassados, ainda na “lei do chicote”, as reu-niões são pautadas por ameaças aos bancários e terrorismo para o cumprimento das metas.

Demissões e transferências são temas constantes e presen-tes no cotidiano das agências, onde sobra trabalho e faltam funcionários. Tudo isso se

configura em assédio moral. Os funcionários devem ser

tratados com respeito e digni-dade. A pressão e o desrespeito faz com que os bancários adoe-çam, e não contribuem em nada para a melhoria no atendimento

à população, que já paga altas tarifas e está cada vez mais in-satisfeita com o Bradesco.

Dalva Radeschi, 58, é diretora do Sindicato dos Bancários de Limeira e diretora da Fetec-Cut/SP.

gênero

Evento celebra oito anos da Lei Maria da Penha mulheres contra a violência

No dia 7 de agosto, o Con-selho da Mulher, a Procura-doria Especial da Mulher e o Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom) de Li-meira realizaram um evento, na Praça Toledo de Barros, para celebrar os oito anos da Lei Maria da Penha – que co-íbe a violência doméstica e familiar contra a mulher.

O ato ofereceu orientação jurídica, assistência social e um espaço de beleza, onde as mulheres puderam renovar o visual, além de exames bási-cos de saúde.

A presidente do Ceprosom, Ana Maria Sampaio, considera que a ação em conjunto é ne-cessária para que se conquis-tem direitos e difundam os de-bates sobre questões de gênero.

Ela lembra que em breve a cidade terá a Rede Mulher, que ampliará as ações em defesa das mulheres.

Para a vereadora Érica Monteiro (PT), integrante da Procuradoria Especial da Mulher, “quando as mulheres começam a lutar por seus di-reitos, passa a haver uma cons-cientização da população. A mulher ganha com uma nova estrutura, porque ela fica mais forte no trabalho e na família, mas ainda é preciso muita luta para que os casos de agressões sejam reduzidos”.

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trabalho

Indústria de joias segue utilizando crianças e adolescentes em linhas de produção informaisa exploração do trabalho tem o rosto jovem

juventude roubada erradicação do trabalho infantil

danos físicos permanentes

Um estudo elaborado em 2007 pelos pesquisadores Rodolfo Vilela e Marcos Antonio Ferreira, da Uni-versidade Metodista de Pira-cicaba (Unimep) constatou que 27% dos alunos da rede pública estadual de Limeira trabalhavam na montagem e na solda de joias e bijuterias.

Desse total, 20% tinham menos de 17 anos, e estavam dentro de um fluxo produti-vo que continua a se proli-

ferar na cidade: o trabalho infantil, precário e prejudi-cial à saúde, à educação e ao desenvolvimento físico e psíquico.

Segundo informações do Sindicato das Indústrias de Joias (Sindijoias), mais de 150 empresas clandestinas operam na cidade e cerca de 12.000 trabalhadores atuam na informalidade.

O negócio é lucrativo para as grandes corporações,

que estão no final desta ca-deia produtiva, e responde por cerca de 40% da econo-mia limeirense.

No entanto, o mesmo re-torno financeiro não ocorre entre os trabalhadores ter-ceirizados: um soldador ex-periente (não é o caso dos adolescentes), por exemplo, recebe uma média de R$ 500,00 por mês (menos que um salário mínimo, atual-mente em R$ 724,00).

Segundo Luis Eduardo La-corte, Coordenador do Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador do Programa de-Saúde do Trabalhador (PST) de Limeira, as indústrias pa-gam entre R$ 5 e R$ 10 pela montagem de 1.000 peças simples – na soldagem pode chegar até R$ 25.

“A produção informal chega às casas de pessoas de baixa renda e é feita de forma descontrolada, dentro de um sistema de metas, que força o trabalhador a extra-polar seus limites”, conta.

Tiago Santana, auxiliar de serviços gerais no Centro de Referência em Assistên-cia Social (CRAS) do bairro CECAP, diz que, entre os 11 e os 16 anos, produziu joias em uma linha de montagem dentro da própria casa.

“Eram 3.000 peças por dia, mas eu fazia isso pra ganhar meu dinheiro, não era obrigado”, revela.

O artigo “Trabalho Infantil

na Indústria de Semijoias e suas Repercussões nos Processos de Escolarização”, elaborado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFS-Car) e da Universidade Federal de Sergipe (UFSE), mostra ou-tra realidade.

Em um universo de 183 crianças limeirenses, com ida-des entre 8 e 12 anos, 73 afir-maram trabalhar com semijoias para garantir o próprio sustento e completar a renda familiar.

O estudo de Vilela e Ferrei-ra, de 2007, indicou que apro-ximadamente 6.000 crianças e adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos, trabalham cerca de 7 horas por dia na monta-gem, cravação ou soldagem de joias e bijuterias.

Para 38,1% dos entrevista-dos desta pesquisa, “trabalhar dá sono e cansaço na escola”, o que faz com que eles não respondam aos estímulos de aprendizagem e, mais tarde, continuem na periferia das situ-ações de trabalho.

Em 2007, foi instalado o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que passou a discutir a implanta-ção de políticas públicas para enfrentar esse desafio. Entre as entidades participantes está o Centro de Promoção Social Municipal (Cepro-som), que congrega centros comunitários e o CRAS.

Segundo Sonia Bovi, assistente social do Cepro-som, as entidades têm ofe-recido às famílias o Serviço de Convivência e Fortaleci-mento de Vínculos.

Crianças e adolescentes de 6 a 18 anos fazem atividades de música, dança, circo, o que “garante aquisições progressi-vas de acordo com o ciclo de vida dos atendidos e, em con-

junto com outros trabalhos, previnem a ocorrência de situações de risco social”, explica Bovi.

Para Luis Eduardo La-corte, “enquanto o trabalho infantil não representar um problema para o empresa-riado e eles não se envolve-rem nessa transformação, dificilmente as políticas públicas existentes vão conseguir eliminar esse problema”.

A Associação Limeirense de Joias (ALJ) não atendeu à reportagem.

A solda fria é a maior vilã para a saúde dos que trabalham com joias. Pelo procedimento, o ourives “banha” a peça em chumbo, boro ou cromo dentro de um pires e faz a liga com o me-tal por meio da solda movi-da a energia elétrica.

Sem proteção adequada, a fumaça da fundição e o contato com os produtos pode levar a per-da das digitais, irritação das vias respiratórias e queima da pele.

Para o Secretário de Saúde de Limeira, Luiz Antonio da Silva, esse é o maior problema com o qual o poder público se

depara. “As substâncias têm efeito cumulativo no corpo, e também vão para a comi-da e para a água, mas as pes-soas não sabem do perigo.”

As trabalhadoras ainda podem apresentar problemas na gestação, como abortos ou má-formação de fetos.

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Pedágios

Tarifa mais cara do Brasil pode ter levado concessionárias a lucros irregulares de R$ 2 bi Por Giovanni Giocondo

cPi revela contratos escusos dos governos tucanos em sP

O valor da tarifa dos pedá-gios em 19 rodovias do Estado de São Paulo, que são concedi-das à iniciativa privada desde 1998 (governo Mário Covas), sofreu reajuste médio de 5,29% no dia 1º de julho de 2014. O aumento foi adotado pouco mais de um ano após as mani-festações de 2013, que levaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a “congelar” os preços.

Paralelamente, ocorre na Assembleia Legislativa do Es-tado de São Paulo (Alesp), des-de abril, uma Comissão Parla-mentar de Inquérito (CPI), que apura suspeitas de irregularida-des em contratos firmados en-tre gestões do governo estadual (todas do PSDB) e as conces-sionárias das rodovias – duran-te três anos, a CPI foi bloquea-da pela base governista.

As investigações têm mos-trado diversas medidas ilegais e cálculos errôneos adotados pelos governos tucanos (des-de 1994 no Estado), como a concessão de lucros exorbi-tantes às concessionárias, e processos judiciais atabalhoa-dos, que mexem no bolso dos paulistas, os mais afetados pe-los valores estratosféricos das tarifas de pedágio no Estado.

uso das rodovias afeta orçamento de trabalhadores

o toma lá da cá do governo e das concessionárias

O trabalhador autônomo Renan da Silva, de 25 anos, morador de Brodowski (re-gião nordeste do Estado), concilia o trabalho com a graduação em educação física na cidade vizinha de Batatais (22 km de distân-cia). Para ir e voltar, ele

gasta diariamente R$ 15,60 com pedágio. Em 20 dias úteis, são R$ 312,00 deixa-dos nos bloqueios, o equiva-lente a um terço do valor da faculdade de Renan. “O valor é altíssimo tendo em vista o fluxo de veículos na Rodovia Cândido Portinari”, lamenta.

O representante comer-cial Yuri Pereira, de 28 anos, morador de Piracicaba, vive situação parecida. Ele viaja cerca de 580 quilômetros por dia pelas rodovias Bandeiran-tes, Anhanguera, Marechal Rondon, Castelo Branco, Wa-shington Luiz e Imigrantes.

Yuri gasta 5% do salário com pedágios. Para ele, as estradas são boas, mas bem mais caras que as de outros Estados. “Uma mudança no sistema rodoviário deveria incluir a manutenção dos serviços, com preços mais baixos”, propõe.

Desde a adoção do rea-juste, a Associação Brasi-leira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) tem en-trado em atrito com o gover-no estadual, porque queria um aumento maior.

Em nota, a entidade disse que considera que a medida foi adotada “unilateralmen-te” e “sem respaldo jurídico”, por não compensar as perdas com a ausência de reajuste no ano passado, além de “colo-car em risco a credibilidade do Programa de Concessão”.

Para a Agência de Trans-porte do Estado de São Paulo

(Artesp), o reajuste está “to-talmente previsto nos termos do contrato e da legislação” e “manteve o equilíbrio econômi-co e financeiro dos convênios”.

A agência ainda informou que “não houve falta de diálo-go com os representantes das administradoras de rodovias sobre o processo de reajuste tarifário dos pedágios”.

Cristovan Granzina, do Movimento Passe Livre nos Pedágios (MPLP), afirma que o reajuste é uma medida de “bandeira falsa” do atual go-verno, Artesp e concessioná-rias. “O aumento é um disfar-

ce para que um teto superior [de cobrança] seja obtido nos tribunais e o ônus fique com o judiciário”, explica.

Apesar do congelamento das tarifas em 2013, o governo do Estado soltou uma portaria em julho do mesmo ano, benefician-

do a arrecadação das concessio-nárias. A partir dela, o ônus vari-ável pago pelas concessionárias à Artesp foi reduzido pela meta-de, de 3% para 1,5%.

Para o deputado estadual Gerson Bittencourt (PT), relator da “CPI dos Pedágios”, o meca-nismo “é frágil para um contra-to dessa magnitude, sobretudo pela falta de termos aditivos para ratificar essa decisão”.

A portaria também determi-nou que as empresas passassem a ter o direito de cobrar dos ca-minhoneiros a tarifa por eixo sus-penso do veículo, nos mesmos moldes das rodovias federais.

Para Luiz Carlos Neves, presidente da Federação Na-cional das Associações de Caminhoneiros e Transpor-tadores (Fenacat), chegará um momento em que o ca-minhoneiro “terá de parar de trabalhar devido aos preços dos pedágios”.

O caminhoneiro, que também reclama da segu-rança de algumas rodovias paulistas, ressalta que o cus-to final do frete das mercado-rias, com as novas tarifações, é repassado ao comércio, à indústria, à agricultura e à população em geral.

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índices colocam tarifas e convênios em xeque

a “caixa preta” que pode guardar r$ 2 bilhões irregulares

Outro fator nebuloso que impera no sistema rodoviário paulista é a cobrança das ta-rifas de pedágios baseada na conjuntura econômica do país.

Em 67% das rodovias, os valores são reajustados confor-me o avanço da inflação medi-da pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fun-dação Getúlio Vargas (FGV).

Entre junho de 1998 e maio de 2013, a variação do IGP-M foi de 248%. No en-tanto, a inflação oficial (Índi-ce de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) nesse perí-odo, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), foi de 152%.

Essa é uma das pautas da CPI dos Pedágios. Segundo o deputado estadual Antonio Mentor (PT), vice-presidente

da Comissão, os aumentos ado-tados ao longo dos anos não le-varam em consideração a “me-lhoria da situação econômica e a redução dos riscos de investi-mentos no Brasil”.

Entre 1998 e 1999, quando as concessões das rodovias foram iniciadas em São Paulo, a taxa básica de juros (Selic) chegou a ultrapassar os 42% ao mês, nunca

ficando abaixo dos 19%. Como forma de garantir o aporte finan-ceiro das empresas, o governo do PSDB estabeleceu em 70% das concessões uma Taxa Inter-na de Retorno (TIR) em torno de 20%, para que as empresas não tivessem prejuízo. Mesmo com os juros caindo gradativamente ao longo dos anos e fixados em 10,9% no último mês de julho, a

TIR não foi reduzida.Essa diferença pode ser

sentida na disparidade entre o custo das viagens em rodovias sob o modelo tucano, mais caro, e aquele pago em rodovias fe-derais, sob concessão em um sistema que privilegia o menor preço da tarifa.

Uma ida de São Paulo a Presidente Prudente, que tota-liza 558 km, custa R$ 77,70 só em pedágios de três rodovias. Já da capital paulista até Belo Horizonte, que dá 562 km pela rodovia Fernão Dias, gasta-se R$ 12,00 com os bloqueios.

Um estudo da consultoria Austin Rating, de 2009, constatou que a rentabilidade média de 15 empresas concessionárias em São Paulo foi de 30%. Só a CCR/Au-toban, que rege o sistema Anhan-guera-Bandeirantes, teve alta de

80,5% nos lucros líquidos. Em 2013, juntas, as con-

cessionárias arrecadaram R$ 6,891 bilhões, segundo projeções do Pedagiômetro – ferramenta que projeta fa-turamento das concessioná-rias com base em relatórios de arrecadação oficial.

Até o dia 4 de agosto, as empresas acumulavam pouco mais de R$ 4,311 bilhões em 2014. Contudo, o valor abso-luto é misterioso até mesmo para a Artesp.

Em depoimento à CPI dos Pedágios, o engenheiro Ale-xandre Gonçalves, funcioná-rio da holding que controla a concessionária Colinas/Tri-ângulo do Sol, afirmou que a agência não tem acesso em tempo real à arrecadação das praças de pedágio.

Uma semana antes da abertura da CPI, em abril, o governo paulista, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), ingressou na Justiça com uma ação de nulidade de ato jurídico contra quatro con-cessionárias: Autoban, CCR Via Oeste, Ecovias e Colinas/Triângulo do Sol,

A ação pretende cancelar os aditivos contratuais assina-dos pela Secretaria Estadual de Transportes com essas empre-sas no final de 2006, quando os convênios foram renovados por mais oito anos, durante a gestão do governador Claudio Lembo – vice de Alckmin na época, que assumiu o cargo para o atual governador dispu-tar a Presidência da República.

Na ação, a PGE baseou- -se em estudo elaborado pela Fundação Instituto de Pesqui-

sas Econômicas (FIPE), que demonstrou que o cálculo do reequilíbrio financeiro usado na época levou em considera-ção “receitas totais estimadas (fictícias), e não a receita real das concessionárias com a ar-recadação dos pedágios”.

A ação diz que a compen-sação “foi maior do que a perda sofrida pelas concessio-nárias” e “provocou o dese-quilíbrio das contas em favor das empresas”.

Os aditivos contratuais tam-bém elevaram irregularmente a Taxa Interna de Retorno de 19,85% para 21,05%, e foram assinados sem o aval da con-sultoria jurídica da Artesp.

Os cálculos da Fipe apon-tam um possível ganho extra de até R$ 2 bilhões pelas conces-sionárias, entre 2007 e 2012.

Durante o depoimento à

CPI, o ex-diretor geral da Ar-tesp, Ulisses Carraro (rema-nejado para outra função pelo governador Lembo), disse que as ações judiciais são um “de-sespero” do governo estadual para reduzir o valor das tarifas em 2014, ano eleitoral.

O ex-secretário estadual de Transportes e ex-presidente da Desenvolvimento Rodovi-ário S/A (Dersa), Dario Rais

Lopes, que também deixou o governo na época, disse à CPI que os aditivos foram aprova-dos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e que o Ministé-rio Público Estadual arquivou o processo que questionava a legalidade dos cálculos de re-equilíbrio financeiro das con-cessionárias.

Para o deputado Mentor, o governador faz muita “fuma-

ça” em cima do caso, nos mes-mos moldes dos processos que envolveram o cartel do Metrô e da CPTM, denunciado pela multinacional Alemã Siemens.

“Na resposta ao processo, o juiz disse que a ação era des-necessária porque o governo poderia cancelar a prorrogação administrativamente”, explica.

Em depoimentos à CPI, os presidentes das empresas que são alvo da ação da PGE fo-ram unânimes em afirmar que um acordo poderia ter sido feito para evitar o desgaste do processo.

Agora, com o trâmite jurídi-co em pleno ano eleitoral, há um temor entre as pessoas que de-pendem das rodovias, que uma “guerra fratricida” entre o PSDB e seus aliados onere ainda mais os bolsos dos paulistas, os maio-res interessados no serviço.

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cidadania rodeio

Câmara de Vereadores Juniores auxilia parlamentares Justiça proíbe violência contra animaisjovens políticos limeirenses fim das montarias

Em 2014, Limeira vol-tou a conceder protagonis-mo aos jovens na política com a retomada da Câmara de Vereadores Juniores, que é formada por 21 adolescen-tes, com idades entre 13 e 17 anos. Eles são eleitos em suas escolas, com mandato de um ano.

Os jovens políticos se reú-nem a cada 15 dias na Câmara Municipal. Além de apresen-tarem, discutirem e debaterem projetos trazidos de suas co-munidades, eles realizam cur-so de redação e oratória.

Os projetos aprovados pelo grupo são encaminha-dos à Câmara Municipal, onde cada um tem o seu “vereador padrinho”, que acolhe as propostas e pode levá-las para votação.

Amanda Pompeu, de 16 anos, avalia a experiência po-sitivamente, e acredita que a sua participação no projeto auxilie no seu primeiro voto. “Quem escolhe nas eleições? Somos nós. Muitos não en-tram na política por medo e não sabem o poder que têm na mão”, afirma.

O presidente da Câmara de Vereadores Juniores, Gabriel

Ragazzo, de 17 anos, consi-dera a vivência política váli-da. “Conhecemos o funcio-namento dos partidos, das ideologias”, ressalta.

Para ele, quem não se envolve com a política é fa-cilmente influenciável. Ga-briel, inclusive, já projeta uma carreira. “Eu me vejo concorrendo a um cargo eletivo”, diz.

A ideia de Gabriel não é nova. Criador do projeto em 1998, o vereador Júlio dos Santos (DEM) lembra que, dos jovens daquela época, três concorreram à Câma-ra em 2012. “É importante despertar isso neles, porque tudo envolve política. Se abandonarmos os jovens, a situação da política ficará ainda mais caótica.”

Os touros e cavalos não serão mais a principal atra-ção do Rodeio de Limeira. A organização da 30ª edi-ção do evento, que aconte-ce entre os dias 4 e 14 de setembro, decidiu cancelar as provas de montaria para atender a decisão da Justiça.

O parecer, tomado em

reforma Política

Plebiscito ocorre entre os dias 1º e 7 de setembro; maior participação política está na pautaentidades querem constituinte para sistema político

Entre os dias 1º e 7 de se-tembro, entidades e movimentos sociais realizarão um plebiscito em todo o país, que vai questio-nar a populacão sobre a criação de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema políti-co. O assunto, entretanto, ainda é desconhecido ou gera dúvida em parte considerável da população.

De acordo com Arthur Ragusa, diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipe-tro-SP), a integração de toda a sociedade é fundamental para a campanha dar certo.

“A discussão sobre empode-

ramento e participação política das mulheres, população negra, grupos LGBT é a mais importan-te para estruturar a nossa campa-nha. E para que o resultado dela reflita essa estrutura, queremos a Constituinte já”, explicou.

O deputado estadual Antonio Mentor (PT) acredita que é fun-damental engajar os mais diver-sos movimentos da sociedade ci-vil nessa campanha, e conquistar a confiança da população.

“As pessoas precisam en-tender que só conseguiremos avançar com as mudanças necessárias e estruturais que o Brasil precisa por meio da

reforma política”, ressaltou.Ana Lúcia Ramos, presiden-

te do Sindicato dos Bancários de Limeira, destaca o modelo atual do financiamento das cam-panhas políticas. “Se as grandes empresas privadas financiam candidatos e partidos, elas irão cobrar essa fatura no futuro. É preciso corrigir isso.”

Em Limeira, as urnas do ple-biscito ficarão no Sindicato dos Bancários, no Terminal Rodovi-ário Urbano e na Praça Toledo de Barros. Algumas urnas itine-rantes também percorrerão ban-cos, escolas públicas e fábricas da cidade. d

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1ª instância em 2008 e ra-tificado pela 2ª instância em 2010, proíbe o uso de equipamentos como espo-ra, peiteira, polaco e sedém, que causam sofrimento aos animais.

Os espetáculos musicais programados para o rodeio, no entanto, serão mantidos.

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videogame

escolinha

Equipe da Kabum! e-Sports é campeã brasileira e disputa seletiva mundial do jogo League of Legends

Com o projeto “Jogando Junto”, equipe limeirense difunde esporte entre os mais novos

limeira entra no mapa mundial dos games

a vida dos profissionais do videogame

cuidados com a saúde

O “Jogando Junto” con-tinua com as inscrições abertas para meninos dos 7 aos 15 anos. A escolinha de basquete da Winner/Ka-bum Limeira, em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, tem o objetivo social de iniciar as crianças no meio esportivo, além de lapidar futuros ta-lentos para o time principal.

O treinador da escolinha,

Telmo Oliveira, que atuou du-rante seis anos na equipe pro-fissional, explica que “a práti-ca esportiva e a convivência também são importantes para o caráter desses jovens”.

“Criamos uma metodolo-gia de trabalho diferente para a escolinha, mas os alunos vão treinar em um horário pouco antes dos juvenis e dos profis-sionais. É um espelho, e eles vão poder conviver com os

atletas nessa rotina”, conta Renato Lamas Pinto, super-visor geral da Winner.

Os treinamentos acon-tecem no ginásio Vô Luca-to, às segundas, quartas e sextas-feiras, no período da manhã, e também em po-los nos bairros Piratininga, Ouro Verde e Santa Eulália. Para participar, os meninos precisam levar a certidão de nascimento ou o RG.

Winner busca talentos para o futuro do basquete

Seis jovens limeirenses “por adoção”, da equipe Kabum! e-Sports, foram campeões do Circuito Brasileiro do jogo de computador League of Legends (LOL), e se credenciaram para disputar a seletiva mundial da modalidade nos Estados Uni-dos no final deste mês.

O grupo mora em uma casa semelhante a uma re-pública estudantil, em um condomínio de Limeira, que é regida por uma logística com horários definidos para as duas sessões de treinos diárias, alimentação, lazer e descanso.

O técnico da equipe é o brasiliense Pedro Ferreira “Ziriguidum”, de 20 anos. Ele é o responsável pela parte teórica do jogo e tra-balha com as informações dos adversários. Orientar

Segundo o reumatologis-ta Milton Helfenstein Junior, tanto os profissionais como os iniciantes precisam ter cui-dados com a postura e o ma-nuseio do mouse e do teclado.

“É preciso fazer alonga-mentos nos dedos, punhos, costas, ombros e pescoço nos intervalos entre uma partida e outra, para impe-dir traumas nos tendões e articulações. A dica é ob-servar o excesso de inclina-ções e desvios da cabeça e dos cotovelos.”

Outras precauções in-cluem o preparo ergonômi-co da cadeira que será uti-lizada (sempre com curva anatômica do encosto e re-gulagem de altura) e o uso de apoio para os pés. A prá-tica de outras atividades físi-cas também é recomendada.

Em caso de classificação, eles devem ir para Taiwan, Singapura e Coreia do Sul, países onde o profissiona-lismo do videogame está em um patamar de grandes in-vestimentos, a ponto de ter as partidas transmitidas ao vivo pela televisão.

os companheiros é uma de suas tarefas. “Eles me respei-tam, mas eu não mando ne-les”, conta.

O carioca Daniel Dias, o “Dans”, de 24 anos, é o mais velho do grupo e faz parte do mundo do LOL há apenas um ano e meio. Sua experiência em outros jogos é fundamen-tal para a equipe. “Com de-dicação, foco e treinamento, é possível que qualquer um chegue a um patamar compe-titivo”, comenta.

Outro garoto vindo do Rio

de Janeiro é Gustavo Alves, o “Minerva”, que valoriza a amizade criada com os com-panheiros de equipe. Aos 18 anos, ele demonstra amadure-cimento ao falar dos desafios da rotina. “Quanto mais tem-po juntos, com certeza a gen-te vai estar mais forte”, pon-dera sobre a sincronia “fora das telas”.

Menos afeito aos holofo-tes, Tiago Sartori, o Tim, é o caçula da equipe, com apenas 17 anos. Para encarar a res-ponsabilidade de um campeo-

nato mundial, ele afasta a timidez da “vida real” quando uma batalha se ini-cia no League of Legends. “No jogo eu sou bem mais extrovertido”, revela com bom humor.

Acostumado com o as-sédio conquistado nas úl-timas competições, Daniel Drummond, o “Danagorn”, não titubeia em ratificar que dar autógrafos, tirar fotos com fãs e ver seu nome ou nickname (apelido) em evi-dência é “muito legal”.

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8 Limeira

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

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BANCO 7

OCLFINSALUBRELRNZURHELIOPEN

A

SATELITENFVLLAD

LICORPERASMET

RAGEMCRIMINOSOAEOGSN

ALQUIMIAAT

E

UERAINPO

LIVALENTEVETETGEMBAIXADO

R

Destino decães reco-lhidos pelacarrocinha

(?) negra: ilumina-ção deboates

Diz-se doambientenocivo àsaúde

Lou Reed,músico doVelvet Un-derground

Região on-de vivem

os gaúchos(abrev.)

Sindicalis-tas coopta-dos pelogoverno

(?)Oiticica,

criador doParangolé

Afonso (?),presidentedo Brasil(1906-09)

Consoanteque rece-be o til noespanhol

Titã, emrelação aSaturno(Astr.)

Vestuáriomasculinopara ocasi-ão formal

Cogita insisten-temente

(fig.)

Cointreau, Frangeli-

co ouAmarula

Tipo de vi-lão perse-guido porBatman

Estudo quebuscava a pedrafilosofal

Bem muitovalorizadoem sedesda Copa

Terceiranota

musical

Maiormamíferoda faunabrasileira

A vacinacontravárias

doenças

"(?) deNoiva", no-vela de Ja-nete Clair

"Arquivo(?)", sériede ficçãocientífica

Solteirona(pop.)

Alto postode repre-sentação

diplomática

Local de realização doúltimo baile do Impé-rio, antes da Procla-mação da República

Rapaz, eminglês

Cavalo de pouco valor

Marília (?), atriz

"Três", em "triângulo"

Norma dasociedade

(Dir.)

Registroescrito dereunião

Chuva, em inglêsEspetáculo do Cirquedu Soleil com músi-

cas dos Beatles (ing.)

União Europeia (sigla)

Longa-(?):duraçãode filmeRepouso

Existirá;aconte-

ceráInclusive

Rua, em francês

Atriz brasileira indi-cada ao Oscar por"Central do Brasil"

Marca doZorro

Óleo, eminglês

3/lad — oil — rue. 4/love — rain. 5/licor.

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6 74 87 4 3 91 3 88 6

3 2 78 3 1 6

9 23 5

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Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3).sudoku

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

foto síntese – gruta municiPal

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