licitação municipal- lei 13278

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  TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ISO 9001 LICITAÇÃO MUNICIPAL Lei nº 13.278, de 07/01/02 (Atualizada até a Lei nº 14.145, de 7/4/06) e Decreto nº 44.279, de 24/12/03 (Atualizado até o Decreto nº 56.144, de 1/6/15) Unidade Técnica de Biblioteca e Documentação Junho de 2015

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  • TRIBUNAL DE CONTAS DO

    MUNICPIO DE SO PAULO ISO 9001

    LICITAO MUNICIPAL Lei n 13.278, de 07/01/02

    (Atualizada at a Lei n 14.145, de 7/4/06)

    e

    Decreto n 44.279, de 24/12/03 (Atualizado at o Decreto n 56.144, de 1/6/15)

    Unidade Tcnica de Biblioteca e Documentao

    Junho de 2015

  • Atualizao n 1/15

    IMPORTANTE:

    Para que seu Caderno de Legislao seja realmente funcional e

    eficiente, arquive/substitua imediatamente as folhas de atualizao que estamos remetendo.

    Atualizao Pgina(s) Incluir Substituir Excluir

    1/15 Pgina de rosto X

    Sumrio X

    07 at 18 X

  • SUMRIO

    Lei n 13.278, de 07 de janeiro de 2002

    CAPTULO I Das Disposies Gerais ................................................................ 01

    Seo I Dos Princpios e das Definies (arts. 1 e 2) .................................. 01

    Seo II Do Sistema de Registro de Preos (arts. 3 a 14) ............................. 01

    CAPTULO II Da Licitao .................................................................................. 02

    Seo I Da Competncia e das Modalidades Licitatrias (arts. 15 a 22) ....... 02

    Seo II Da Habilitao (arts. 23 a 25) .......................................................... 05

    CAPTULO III Dos Contratos (art. 26 a 29) .......................................................... 05

    CAPTULO IV Disposies Finais (arts. 30 a 34) ................................................... 06

    Decreto n 44.279, de 24 de dezembro de 2003

    CAPTULO I Disposies Preliminares ............................................................... 07

    CAPTULO II Dos Procedimentos Instrutrios .................................................. 07

    CAPTULO III Da Divulgao ............................................................................... 09

    CAPTULO IV Da Contratao direta .................................................................. 09

    CAPTULO V Das Competncias ......................................................................... 10

    CAPTULO VI Do Prego ...................................................................................... 11

    CAPTULO VII Do Sistema de Registro de Preos................................................ 13

    CAPTULO VIII Da Regularidade Fiscal ................................................................ 15

    CAPTULO IX Dos Contratos ............................................................................... 16

    CAPTULO X Das Penalidades Administrativas ................................................. 17

    CAPTULO XI Das Disposies Finais .................................................................. 18

    Atualizao n 1/15

  • 1

    LEI N 13.278, DE 07 JANEIRO DE 2002

    Dispe sobre normas especficas em matria de licitao e

    contratos administrativos no mbito do Municpio de So Paulo.

    MARTA SUPLICY, Prefeita do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe

    so conferidas por lei, faz saber que a Cmara Municipal, em sesso de 28 de dezembro

    de 2001, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

    CAPTULO I

    Das Disposies Gerais

    SEO I

    Dos Princpios e das Definies

    Art. 1 - As licitaes e os contratos administrativos, no mbito do Municpio de So

    Paulo, sujeitar-se-o legislao federal e s normas especficas desta lei.

    Pargrafo nico - Subordinam-se ao regime desta lei os rgos da administrao municipal

    direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as

    sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta e ou indiretamente pelo

    Municpio.

    Art. 2 - Para os fins desta lei, adotar-se-o as definies da legislao federal, s quais se

    acrescem as seguintes:

    I - reforma: espcie de obra que consiste em modificao de rea edificada, estrutura,

    compartimentao vertical, volumetria, restauro ou modificao em edificao preexistente, ainda

    que no utilizada ou finalizada, com ou sem alterao de uso.

    II - servio de engenharia: toda atividade tcnica relacionada com obra, em que

    predominem servios profissionais sobre o fornecimento de materiais, como consertos, pequenos

    reparos, servios de limpeza ou manuteno de obras, alm de trabalhos tcnico-cientficos, a

    exemplo de projetos, laudos, pareceres, cuja execuo exija atuao ou acompanhamento de

    profissional sujeito fiscalizao do sistema CONFEA/CREA.

    SEO II

    Do Sistema de Registro de Preos

    Art. 3 - O fornecimento de materiais em geral e a prestao de quaisquer servios, em

    ambos os casos, desde que habituais ou rotineiros, podero ser contratados pelo sistema de registro

    de preos.

    Art. 4 - O sistema de registro de preos ser regulamentado por decreto, atendidas as

    peculiaridades do Municpio e observado o disposto nesta lei.

    Art. 5 - O registro de preos ser feito mediante concorrncia, a ser processada pelo rgo

    que tenha interesse na contratao de fornecimento ou prestao de servio, cujas quantidade e

    periodicidade tenham que ser definidas em funo de convenincia futura da Administrao

    Municipal.

    1 - Excetuam-se do caput deste artigo os casos em que houver inviabilidade de competio, podendo ser efetuado o registro de preos por inexigibilidade de licitao,

    condicionada sua manuteno permanncia da condio inicial a cada contratao.

  • 2

    2 - O registro de preos ser feito com a previso de utilizao da respectiva ata por

    todos os rgos interessados em seu objeto.

    Art. 6 - O preo registrado ser utilizado por todas as unidades da Administrao

    Municipal, salvo quando a contratao revelar-se antieconmica ou quando houver necessidade

    especfica devidamente justificada.

    Art. 7 - Fica facultada a utilizao, pelos rgos municipais, dos registros de preos do

    Governo Federal e do Governo do Estado de So Paulo, obedecidas as condies estabelecidas nas

    respectivas legislaes.

    Art. 8 - A Administrao Municipal poder centralizar, em unidade competente, as

    atribuies de acompanhamento da evoluo dos preos no mercado, e de incluso, atualizao e

    cancelamento dos dados referentes ao sistema de registro de preos.

    Art. 9 - O controle e o reajuste dos preos de bens e servios, considerada sua natureza,

    ser estabelecido mediante ampla pesquisa de mercado.

    Pargrafo nico - Os vencedores da concorrncia que tiverem seus preos registrados

    ficam obrigados a fornecer todos os dados necessrios ao atendimento do disposto no caput deste artigo.

    Art. 10 - A existncia de preos registrados no obriga a Administrao a firmar as

    contrataes de que deles podero advir, facultada a realizao de licitao especfica para a

    aquisio pretendida, sendo assegurada ao detentor do registro de preos a preferncia em igualdade

    de condies.

    Art. 11 - A qualquer tempo, cada um dos preos registrados poder ser revisto em

    decorrncia de eventual reduo daqueles praticados no mercado, cabendo ao rgo responsvel

    convocar os fornecedores registrados para estabelecer o novo valor.

    Art. 12 - O detentor da ata de registro de preos, assegurado o contraditrio e a ampla

    defesa, ter seu registro cancelado quando:

    I - descumprir as condies da ata de registro de preos;

    II - descumprir o estabelecido no pargrafo nico do artigo 9;

    III - no retirar a respectiva nota de empenho ou instrumento equivalente no prazo

    estabelecido pela Administrao, sem justificativa aceitvel;

    IV - no aceitar reduzir o seu preo registrado, na hiptese de tornar-se superior queles

    praticados no mercado;

    V - presentes razes de interesse pblico.

    Art. 13 - O prazo de vigncia da ata de registro de preos de um ano, prorrogvel por at

    igual perodo.

    Pargrafo nico - A expirao do prazo de vigncia da ata de registro de preos no

    implica a extino dos contratos dela decorrentes, ainda em execuo.

    Art. 14 - A ata de registro de preos poder ser rescindida nas hipteses previstas para a

    resciso dos contratos em geral.

    CAPTULO II

    Da Licitao

    SEO I

    Da Competncia e das Modalidades Licitatrias

    Art. 15 - A competncia para autorizar a abertura de procedimento licitatrio ser dos

  • 3

    Secretrios Municipais ou de autoridades de nvel equivalente na Administrao Indireta, autrquica

    e fundacional, podendo ser delegada.

    Art. 16 - As modalidades de licitao so aquelas previstas na legislao federal e o

    processamento de cada uma delas no Municpio de So Paulo estar sujeito s normas

    especficas previstas nesta lei, devendo obedecer ao seguinte procedimento:

    I no dia, hora e local designados, ser realizada sesso pblica para recebimento dos envelopes contendo a proposta e os documentos relativos habilitao, bem como da declarao

    dando cincia de que o licitante cumpre plenamente os requisitos da habilitao;

    II abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes;

    III verificao da conformidade e compatibilidade de cada proposta com os requisitos e especificaes do edital ou convite e, conforme o caso, com os preos correntes no mercado ou

    fixados pela Administrao ou por rgo oficial competente ou, ainda, com os constantes do

    sistema de registro de preos, quando houver, promovendo-se a desclassificao das propostas

    desconformes ou incompatveis;

    IV julgamento e classificao das propostas, de acordo com os critrios de avaliao constantes do ato convocatrio;

    V devoluo dos envelopes fechados aos concorrentes desclassificados, contendo a respectiva documentao de habilitao, desde que no tenha havido recurso ou aps a sua

    denegao;

    VI abertura dos envelopes e apreciao da documentao relativa habilitao dos concorrentes cujas propostas tenham sido classificadas at os trs primeiros lugares;

    VII deliberao da Comisso de Licitao sobre a habilitao dos trs primeiros classificados;

    VIII se for o caso, abertura dos envelopes e apreciao da documentao relativa habilitao de tantos concorrentes classificados quantos forem os inabilitados no julgamento

    previsto no inciso VII deste artigo;

    IX deliberao final da autoridade competente quanto homologao do procedimento licitatrio e adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor, no prazo de 10

    (dez) dias teis aps o julgamento.

    1 - As licitaes do tipo melhor tcnicas e tcnica e preo tero incio com a abertura

    das propostas tcnicas, as quais sero analisadas e julgadas pela Comisso de Licitao.

    2 - Por deciso fundamentada da autoridade competente, o processamento da

    licitao seguir a ordem prevista na legislao federal.

    3 - Todos os documentos contidos nos envelopes sero rubricados pelos licitantes

    presentes e pela Comisso ou servidor por ela designado.

    4 - facultado Comisso ou autoridade superior, em qualquer fase da licitao,

    promover diligncia destinada a esclarecer ou complementar a instruo do processo licitatrio,

    vedada a criao de exigncia no existente no edital.

    5 - Para os efeitos do disposto no inciso VI do "caput", admitir-se- o saneamento de

    falhas, desde que, a critrio da Comisso de Licitao, os elementos faltantes possam ser

    apresentados no prazo mximo de 3 (trs) dias, sob pena de inabilitao do licitante e aplicao

    da multa prevista no edital.

    6 - Os erros materiais irrelevantes sero objeto de saneamento, mediante ato motivado

    da Comisso de Licitao.

    Atualizao n 2/06

  • 4

    7 - vedada a participao de uma nica pessoa como representante de mais de um

    licitante.

    8 - O disposto neste artigo aplica-se concorrncia, e, no que couber, ao concurso, ao

    leilo, tomada de preos e ao convite.

    9 - Iniciada a sesso de abertura das propostas, no mais caber a desistncia do

    licitante, salvo motivo justo, decorrente de fato superveniente e aceito pela Comisso.

    10 - Poder a autoridade competente, at a assinatura do contrato, excluir o licitante

    ou o adjudicatrio, por despacho motivado, se, aps a fase de habilitao, tiver cincia de fato ou

    circunstncia, anterior ou posterior ao julgamento da licitao, que revele inidoneidade ou falta

    de capacidade tcnica ou financeira.

    11 - O licitante que ensejar o retardamento do certame, no mantiver a proposta ou

    fizer declarao falsa, inclusive aquela prevista no inciso I do "caput" deste artigo, garantido o

    direito prvio de citao e ampla defesa, ficar impedido de licitar e contratar com a

    Administrao, pelo prazo de at 5 (cinco) anos, enquanto perdurarem os motivos determinantes

    da punio ou at que seja promovida a reabilitao perante a prpria autoridade que aplicou a

    penalidade, sem prejuzo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominaes

    legais.

    Alterado pelo artigo 1 da Lei 14.145, de 7/4/06

    Art. 17 - As formas e prazos de publicidade de atos convocatrios so aqueles a seguir

    definidos:

    I - editais de concorrncia e de concurso sero publicados, ao menos uma vez, no Dirio

    Oficial do Municpio e em jornal de grande circulao local, com antecedncia mnima de 30

    (trinta) dias entre a primeira publicao e a data para recebimento de documentao e propostas ou

    para recebimento dos trabalhos;

    II - editais de tomada de preos sero publicados, por uma vez, no Dirio Oficial do

    Municpio, observando-se o prazo mnimo de 15 (quinze) dias entre a publicao e a data de

    recebimento de documentao e propostas;

    III - instrumentos convocatrios de convite sero encaminhados diretamente a, pelo menos,

    3 (trs) potenciais interessados, cadastrados ou no, com antecedncia mnima de 3 (trs) dias teis

    entre a data de entrega e a designada para recebimento de propostas;

    IV - editais de leilo sero publicados, por uma vez, no Dirio Oficial do Municpio e em

    jornal de grande circulao local, com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias entre a publicao e

    a data designada para abertura dos trabalhos.

    1 - As publicaes sero feitas resumidamente, contendo os dados essenciais

    identificao do certame, por modalidade e nmero de registro; do rgo licitante; objeto licitado;

    data, hora e local designados para o recebimento de documentos e propostas, e endereo e telefone

    do local onde os interessados podero obter a ntegra do edital e esclarecimentos suplementares.

    2 - Os atos convocatrios, sem distino de modalidade, sero sempre disponibilizados

    para consulta nas reparties e divulgados seus extratos pela Internet.

    3 - As publicaes dos editais de concorrncia e tomada de preos para a contratao de

    servios e obras de menor complexidade podero ter os prazos reduzidos para 20 (vinte) e 10 (dez)

    dias, respectivamente, a critrio da autoridade competente para autorizar a abertura do

    procedimento licitatrio, levando-se em conta a natureza do objeto a ser licitado, os requisitos para

    a formulao das propostas e as demais exigncias do edital.

    Art. 18 - As modificaes no edital exigem divulgao pela mesma forma dada ao texto

    original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido.

    Atualizao n 2/06

  • 5

    1 - Quando a alterao no afetar de forma substancial a formulao da proposta, o

    prazo de divulgao poder ser reaberto pela metade, por deliberao da Comisso de Licitao.

    2 - Quando a mudana no implicar alteraes ou reformulao da proposta, ou o

    cumprimento de novas exigncias, no haver necessidade de reabertura de prazo.

    Art. 19 - Tambm podero ser utilizadas as modalidades de licitao que possam ser

    processadas por meio eletrnico, observada a legislao federal pertinente.

    Art. 20 - O Municpio poder adotar a modalidade prego, instituda pela Unio, para a

    aquisio de bens ou servios comuns, que ser regulamentada por decreto, observada a legislao

    federal pertinente.

    Art. 21 - vedada a utilizao de modalidade de limite inferior para parcelas de um

    mesmo fornecimento, servio ou obra, que possam ser enquadradas em modalidade de limite

    superior, configurando fracionamento.

    Pargrafo nico - Para efeito da aplicao do caput deste artigo, caracterizar-se- fracionamento, no mbito de uma mesma unidade oramentria, a realizao de licitaes ou

    contrataes de parcelas do mesmo fornecimento, servio ou obra, cujo somatrio, no prazo de 30

    (trinta) dias contados da formalizao do ajuste, exigisse modalidade de limite superior ao daqueles

    utilizados.

    Art. 22 - A modalidade de licitao ser eleita em funo do valor originrio do ajuste, no

    sendo computadas as prorrogaes de contrato legalmente permitidas.

    SEO II

    Da Habilitao

    Art. 23 - As exigncias mximas para habilitao nas licitaes no mbito do Municpio

    de So Paulo so aquelas previstas na legislao federal, observado, no que couber, o previsto nesta

    seo.

    Art. 24 - O Poder Executivo regulamentar a apresentao de documentos necessrios e

    aptos a comprovar a regularidade fiscal dos licitantes.

    Art. 25 - Os licitantes que estejam em dbito para com a Fazenda Municipal podero ser

    considerados habilitados desde que comprovem a suspenso da exigibilidade do crdito.

    CAPTULO III

    Dos Contratos

    Art. 26 - O termo de contrato e seus aditamentos devero ser publicados, na ntegra ou em

    extrato, no Dirio Oficial do Municpio, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura.

    Art. 27 - O contratado apresentar, quando necessrio, para assinatura do contrato, o

    cronograma fsico-financeiro do ajuste, com indicao dos prazos e das diversas etapas de

    execuo, para anlise e aprovao da fiscalizao.

    Art. 28 - A Administrao poder:

    I - Exigir a prestao integral da garantia, at a finalizao do contrato, e permitir o

    levantamento parcial de valores percentualmente compatveis com a parte do contrato j realizada;

    II - Utilizar a garantia para satisfao de dbitos decorrentes da execuo do contrato ou de

    multas, estabelecendo para o contratado prazo para sua recomposio ou, se este ltimo entender

    conveniente, para substituio por garantia diversa da inicial.

    Art. 29 - As hipteses de resciso contratual so aquelas previstas na legislao federal.

  • 6

    Pargrafo nico - Tambm implicar a resciso unilateral do contrato a aplicao ao

    contratado da pena de declarao de inidoneidade ou a suspenso temporria para licitar e contratar

    com a Administrao Pblica, ainda que em decorrncia de falta cometida em outro procedimento

    administrativo.

    CAPTULO IV

    Das Disposies Finais

    Art. 30 - A intimao de quaisquer atos relativos a procedimentos licitatrios ser sempre

    feita atravs de publicao no Dirio Oficial do Municpio, salvo se o interessado dele tiver tomado

    cincia diretamente.

    Art. 31 - Os prazos fixados em meses tero como termo final, no ms de vencimento, o

    mesmo dia em que se iniciaram, e aqueles fixados em anos, o mesmo dia do ms em que passaram a

    fluir.

    Pargrafo nico - S se iniciam e vencem os prazos em dia de expediente normal.

    Art. 32 - Os rgos mencionados no pargrafo nico do artigo 1 desta lei podero celebrar

    convnios com outros rgos da administrao pblica, inclusive federais e estaduais, visando

    utilizao compartilhada de recursos de tecnologia da informao para a realizao das respectivas

    contrataes de obras, servios e fornecimentos.

    Art. 33 - O Executivo regulamentar a presente lei no prazo de 60 (sessenta) dias,

    contados de sua publicao.

    Art. 34 - Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em

    contrrio, em especial a Lei n 10.544, de 31 de maio de 1988, e alteraes posteriores.

    Publicado no DOM de 08/01/02, p. 01

  • Atualizao n 1/15

    7

    DECRETO N 44.279, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2003

    Dispe sobre o processo de licitao e regulamenta dispositivos

    da Lei n 13.278, de 7 de janeiro de 2002.

    MARTA SUPLICY, Prefeita do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe

    so conferidas por lei,

    DECRETA:

    CAPTULO I

    Disposies Preliminares

    Art.1 - O processo de licitao destina-se ao ordenamento formal de toda contratao de

    servios, obras, compras, alienaes, concesses e locaes da administrao direta, dos fundos

    especiais, das autarquias municipais, das fundaes pblicas, das empresas pblicas, das sociedades

    de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Municpio.

    CAPTULO II

    Dos Procedimentos Instrutrios

    Art. 2 - O processo de licitao, devidamente autuado, dever ser instrudo, conforme o

    caso, com os seguintes elementos:

    I - requisio de material ou justificativas para contratao;

    II - especificaes tcnicas;

    III - condies de fornecimento ou mtodo de execuo;

    IV - projeto bsico;

    V - memorial descritivo;

    VI - planilha de oramento ou pesquisa de preo;

    VII - indicao da disponibilidade oramentria;

    VIII - estoques existentes;

    IX - previso de consumo;

    X - informao sobre ata de registro de preos, porventura em vigor.

    Art. 3 - Instrudo o processo conforme previsto no artigo 2 deste decreto, devero ser

    elaboradas as minutas de edital e de contrato.

    1 - As minutas, a que se refere o "caput" deste artigo, sero apreciadas pela rea jurdica

    ou devero ter seguido os modelos padronizados, previamente aprovados.

    2 - Nas hipteses de contratao direta, a minuta de edital dever ser substituda pelas

    justificativas de dispensa ou inexigibilidade de licitao, observado o disposto nos artigos 12 a 17

    deste decreto.

    Art. 4 A pesquisa de preos para a aquisio de bens e contratao de servios em geral

    ser realizada mediante a utilizao de um dos seguintes parmetros, preferencialmente de

    acordo com a seguinte ordem:

    I bancos de dados de preos praticados no mercado;

  • Atualizao n 1/15

    8

    II pesquisa publicada em mdia especializada, listas de instituies privadas renomadas na formao de preos, stios eletrnicos especializados ou de domnio amplo, desde

    que contenha a data e a hora de acesso;

    III bancos de dados de preos praticados no mbito da Administrao Pblica;

    IV contrataes similares de outros entes pblicos, em execuo; ou

    V mltiplas consultas diretas ao mercado.

    1 No mbito de cada parmetro, o resultado da pesquisa de preos ser a mdia dos

    preos obtidos.

    2 A utilizao de outro mtodo para a obteno do resultado da pesquisa de preos,

    que no o previsto no 1, bem como a no observncia da ordem prevista nos incisos do

    caput, ambos deste artigo, dever ser devidamente justificada.

    3 Excepcionalmente, mediante justificativa, ser admitida a pesquisa com menos de

    trs preos ou fornecedores.

    4 Para a obteno do resultado da pesquisa de preos, no podero ser considerados

    os preos inexequveis ou os excessivamente elevados, conforme critrios fundamentados e

    descritos no processo administrativo.

    5 No sero admitidas estimativas de preos obtidas em stios de leilo ou de

    intermediao de vendas.

    6 As consultas podero ser realizadas por qualquer meio de comunicao e, na

    hiptese de serem informais, devero ser certificadas pelo funcionrio responsvel, que apontar

    as informaes obtidas e as respectivas fontes.

    7 A pesquisa de preo, a critrio da comisso de licitao ou da autoridade

    competente para autorizar a contratao, dever ser repetida sempre que necessrio

    preservao do interesse pblico, considerados o tempo decorrido, a sazonalidade de mercado ou

    outras condies econmicas especficas.

    8 A Secretaria Municipal de Gesto poder estabelecer, mediante portaria, diretrizes e

    procedimentos visando orientar as unidades contratantes acerca do cumprimento do disposto

    neste artigo.(NR)

    Alterado pelo artigo 28 do Decreto n 56.144, de 1/6/15

    Art. 5 - A Secretaria Municipal de Gesto Pblica implantar, progressivamente, banco

    de dados de preos praticados para utilizao pela administrao municipal, o qual dever ser

    disponibilizado na "internet" para consultas livres.

    Art. 6 - O processo de licitao, devidamente instrudo, ser submetido autoridade

    competente para autorizar a abertura do procedimento licitatrio, na modalidade adequada.

    Pargrafo nico : A modalidade licitatria cabvel para a execuo total de obra, servio ou

    fornecimento ser observada em todas as hipteses de execuo parcial.

    Art. 7 - Aplicam-se ao processo de licitao, no que couber, as disposies do processo

    comum relativas a movimentao, juntada de folhas e documentos, desentranhamento e devoluo

    de documentos, chamada de interessados para esclarecimentos, instruo e nova tramitao de

    processos arquivados.

    Pargrafo nico : O desentranhamento de documentos ser feito mediante termo, devendo

    ficar nos autos do processo cpia reprogrfica do original.

    Art. 8 - Assinado o contrato ou retirado o instrumento equivalente, o processo ser

    remetido unidade incumbida de sua fiscalizao, onde permanecer at o recebimento definitivo

    do objeto.

  • Atualizao n 1/15

    9

    1. Durante a execuo do objeto contratual sero juntados ao processo especial de

    licitao os documentos relacionados ao contrato.

    2. Sero autuados processos especficos para pagamentos.

    CAPTULO III

    Da Divulgao

    Art. 9 - Observado o disposto no artigo 17 da Lei n 13.278, de 7 de janeiro de 2002, os

    atos convocatrios devero ser divulgados pela "internet", na pgina da Prefeitura do Municpio de

    So Paulo.

    1 - A divulgao, de que trata o "caput" deste artigo, ser feita, sempre que possvel,

    atravs da ntegra do edital ou atravs do respectivo extrato, contendo os dados essenciais

    identificao do certame.

    2 - As unidades responsveis pelo processamento da licitao devero encaminhar, por

    correio eletrnico, o extrato do edital ou sua verso integral Coordenadoria do Governo Eletrnico

    da Secretria Municipal de Comunicao e Informao Social.

    Art. 10 - Sem prejuzo da divulgao pela imprensa e via internet, os demais instrumentos convocatrios e todos os demais atos essenciais do procedimento licitatrio devero

    ser afixados no painel de licitaes, de que trata a Lei Municipal n 13.225, de 27 de novembro de

    2001.

    Art. 11 - A faculdade prevista no 3 do artigo 17 da Lei n 13.278, de 2002. somente

    poder ser exercida quando presentes as seguintes condies :

    I - obras e servios rotineiramente licitados;

    II - plena disponibilidade, desde a publicao do ato convocatrio, de todos os elementos

    tcnicos necessrios elaborao da proposta;

    III - fcil e imediato acesso ao local da execuo a todos os interessados em realizar

    vistorias.

    CAPTULO IV

    Da Contratao Direta

    Art. 12 - Nas hipteses de dispensa ou de inexigibilidade de licitao, dever ser autuado

    processo especial, visando formalizao da contratao direta, mediante perfeita caracterizao da

    exceo prevista em lei, fundamentadas razes para escolha do contratado e jnstificativa do preo.

    Art. 13 - Para os fins deste captulo, consideram-se:

    I - servios tcnico-profissionais especializados aqueles assim definidos na legislao

    federal;

    II - pessoas fsicas ou jurdicas de notria especializao aquelas cujo conceito no campo

    de sua especialidade, decorrente de sua experincia anterior, estudos, publicaes, organizao,

    aparelhamento ou equipe tcnica, permita inferir que seu trabalho seja o mais adequado ao pleno

    atendimento da necessidade administrativa.

    Pargrafo nico : Para a caracterizao da natureza dos servios e da qualidade da pessoa

    contratada, podero ser levados em considerao os seguintes elementos:

    I - estilo, orientao ou mtodo prprio ou pessoal, alicerados em conhecimentos

    cientficos ou tcnicos, que impossibilitem o cotejo objetivo com outro servio prestado por pessoa

    fsica ou jurdica, de igual ou equivalente capacitao;

  • Atualizao n 1/15

    10

    II - tempo de atuao profissional do prestador do servio ou de sua equipe tcnica, no

    caso de pessoa jurdica;

    III - pertinncia entre os estudos, experincias, publicaes, organizao, aparelhamento

    ou equipe tcnica do prestador dos servios e o objeto da contratao;

    IV - comprovada titulao do prestador individual dos servios ou dos membros da equipe

    tcnica da pessoa jurdica e sua pertinncia com o objeto do contrato;

    V - grau de reconhecimento pblico, nos meios acadmicos, profissionais ou tcnico-

    cientficos, de que goze a pessoa fsica ou jurdica a ser contratada.

    Art. 14 - No caso de contratao de servios com pessoas fsicas ou jurdicas de notria

    especializao, a autoridade competente para autorizar a contratao direta por inexigibilidade de

    licitao constituir comisso especial com nmero mpar, integrada por pelo menos dois servidores

    efetivos da rea tcnica especfica relacionada ao objeto do contrato.

    Art. 15 - A comisso, de que trata o artigo anterior, dever emitir parecer conclusivo sobre

    a singularidade do objeto do contrato e a notria especializao do futuro contratado.

    Art.16 - As contrataes de natureza artstica por inexigibilidade de licitao devero ser

    precedidas de parecer, em que se ateste o reconhecimento, pela crtica ou pelo pblico, do artista a

    ser contratado.

    Art.17 - O parecer, de que trata o artigo 16 deste decreto, ser emitido por comisso

    especial ou permanente, de nmero mpar de servidores, dos quais pelo menos dois sejam efetivos.

    CAPTULO V

    Das Competncias

    Art. 18. Compete aos Secretrios Municipais, Subprefeitos e Ouvidor Geral do Municpio,

    no mbito dos respectivos rgos, autorizar licitaes e contrataes diretas.

    1 - Na administrao indireta, a competncia, de que trata o "caput" deste artigo, ser

    de seus dirigentes.

    2 - Compete, ainda, s autoridades referidas no "caput" e no I deste artigo:

    I - homologar licitaes e adjudicar os objetos respectivos;

    II - assinar e rescindir contratos;

    III - autorizar liberao e substituio de garantias contratuais;

    IV - autorizar devoluo ou substituio de garantia para participar de licitao;

    V - autorizar alteraes contratuais;

    VI - aprovar tabelas de preos unitrios e extracontratuais, ressalvadas as competncias

    prprias das Secretarias de Servios e Obras e de Infra- Estrutura Urbana;

    VII - anular e revogar licitaes;

    VIII - declarar a licitao deserta ou prejudicada;

    IX - aplicar penalidades a participantes de licitao e a contratados.

    3 - As competncias de que trata este artigo podero ser delegadas a autoridade ou

    rgo subordinado, exceto nos casos de emergncia ou de calamidade pblica, previstos no

    inciso IV do caput do artigo 24 da Lei Federal n 8.666, de 21 de junho de 1993, e alteraes.

    Alterado pelo artigo 1 do Decreto n 50.689, de 26/6/09

    4 - No caso de compras e servios comuns s secretarias municipais e subprefeituras, as

    competncias do "caput" deste artigo podero ser delegadas ao Departamento de Gesto de

  • Atualizao n 1/15

    11

    Suprimentos - DGS da Secretaria Municipal de Gesto Publica, mediante portaria conjunta, que

    poder ser nica, abrangendo vrios objetos.

    5 - Em se tratando de gneros alimentcios, utilizados por mais de uma secretaria ou

    subprefeitura, a delegao poder ser feita Secretaria Municipal de Abastecimento - SEMAB,

    6 - Quando se tratar de ata de registro de preos, compete ao rgo gestor da ata a

    aplicao ou a dispensa da penalidade, ouvido, previamente, o rgo contratante, que dir,

    tambm, se a infrao contratual ocorreu por fatos imputveis Administrao, por culpa da

    detentora da ata ou por motivos de fora maior, instruindo o processo nos termos do artigo 54

    deste decreto.

    Revogado pelo artigo 31 do Decreto n 56.144, de 1/6/15

    7 - Especificamente no caso das Subprefeituras, a celebrao de contratos nas

    hipteses de emergncia ou de calamidade pblica, conforme previsto no inciso IV do caput do artigo 24 da Lei Federal n 8.666, de 1993, e alteraes, ficar condicionada prvia ratificao,

    pelo Secretrio Municipal de Coordenao das Subprefeituras, da situao devidamente

    caracterizada pela Subprefeitura interessada como passvel de enquadramento em referida

    previso legal. Atualizao n 1/09

    Acrescido pelo artigo 1 do Decreto n 50.689, de 26/6/09

    8 - O Secretrio Municipal de Coordenao das Subprefeituras estabelecer,

    mediante portaria, normas complementares destinadas consecuo do disposto no 7 deste

    artigo.

    Acrescido pelo artigo 1 do Decreto n 50.689, de 26/6/09

    Art. 19 - Compete s comisses de licitao:

    I - processar e julgar licitaes;

    II - decidir sobre pedidos de inscrio em registro cadastral e suas alteraes.

    1 - De acordo com as peculiaridades de cada rgo, as competncias estabelecidas no

    inciso II do "caput" deste artigo podero ser deferidas a comisso de cadastro.

    2 - Ao presidente da comisso de licitao cabe datar e assinar os atos convocatrios.

    CAPTULO VI

    Do Prego

    Art. 20 - No Municpio de So Paulo, o prego ser processado na forma prevista na

    legislao federal, observados os procedimentos previstos neste captulo.

    Revogado pelo artigo 15 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Art. 21 - Na forma da legislao federal, o prego a modalidade de licitao para

    aquisio de bens e servios comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratao.

    Revogado pelo artigo 15 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Pargrafo nico: Poder ser realizado prego por meio eletrnico, nos termos de

    regulamentao especfica.

    Revogado pelo artigo 15 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Art. 22 - Consideram-se bens e servios comuns aqueles cujos padres de desempenho e

    qualidade possam ser, concisa e objetivamente, definidos em edital, com base em especificaes

    usuais de mercado.

  • Atualizao n 1/15

    12

    Revogado pelo artigo 15 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Art. 23 - Os preges sero processados por comisses permanentes ou especiais de

    licitao, cabendo a funo de pregoeiro ao respectivo presidente.

    Revogado pelo artigo 15 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Art. 24 - O procedimento dos preges, em sua fase instrutria, seguir, no que couber, o

    previsto para as demais modalidades, iniciando-se sua fase externa com a convocao dos

    interessados atravs da publicao do respectivo edital, com antecedncia mnima de 8 (oito) dias

    teis, no Dirio Oficial do Municpio e na internet ou tambm em dirio de grande circulao, observados os limites que venham a ser estabelecidos em portaria do Secretrio de Finanas e

    Desenvolvimento Econmico.

    Revogado pelo artigo 15 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Art. 25 - Na sesso pblica de prego, sero observados os seguintes procedimentos :

    I - identificao dos proponentes, que obrigatoriamente devero estar representados por

    credenciados, com poderes especficos para a prtica de todos os atos inerentes ao certame;

    II - entrega e recepo dos envelopes contendo as propostas comerciais e a

    documentao de habilitao;

    III - abertura dos envelopes, contendo as propostas comerciais, com a desclassificao

    daquelas que no atenderem s exigncias essenciais do edital e a classificao provisria das

    demais, em ordem crescente de preos;

    IV - abertura de oportunidade para lances verbais aos representantes do licitante cuja

    proposta tenha sido classificada em primeiro lugar, e daqueles cujas propostas tenham valores

    at 10% (dez por cento) superiores quela;

    V - no havendo pelo menos 3 (trs) ofertas nas condies definidas no inciso IV,

    podero, os representantes dos licitantes autores das melhores propostas, at o mximo de 3

    (trs), alm da primeira classificada, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que

    sejam os preos oferecidos;

    VI - os lances verbais devero ser formulados em valores distintos e decrescentes, a

    partir da proposta de maior preo e, os demais, em ordem decrescente de valor, at o momento

    em que no haja novos lances de preos, menores aos j ofertados.

    VII - a desistncia em apresentar lance verbal, quando convocado pelo pregoeiro,

    implicar a excluso do licitante da etapa de lances verbais e a manuteno do ltimo preo

    ofertado para efeito de classificao das propostas.

    VIII - classificao definitiva das propostas;

    IX - abertura apenas do envelope contendo os documentos de habilitao, apresentado

    pelo licitante cuja proposta comercial tenha sido classificada em primeiro lugar;

    X - deliberao sobre a habilitao do licitante primeiro classificado ou sobre sua

    inabilitao, prosseguindo-se, se for o caso, com a abertura do envelope de documentao

    apresentado pelo segundo classificado;

    XI - adjudicao do objeto ao licitante vencedor e homologao do certame pela

    autoridade competente;

    XII - havendo empate entre propostas, sero convocados para a disputa verbal de lances

    todos os proponentes at que s obtenham trs ofertas de valores distintos.

    1 - Para fins do inciso III do "caput" deste artigo, consideram-se exigncias

    essenciais do edital aquelas que no possam ser atendidas, no ato, por simples manifestao de

    vontade do proponente. .

  • Atualizao n 1/15

    13

    2 - Para os fins do inciso IX do "caput" deste artigo, admitir-se- o saneamento de

    falhas, desde que, a critrio da comisso, os elementos faltantes possam ser apresentados no

    prazo mximo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de inabilitao do primeiro classificado e

    aplicao da multa prevista no edital.

    3 - Na hiptese de inabilitao de todos os licitantes que participaram da disputa

    verbal, poder ser convocada nova sesso competitiva, com os classificados remanescentes.

    Revogado pelo artigo 15 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    CAPTULO VII

    Do Sistema de Registro de Preos

    Art. 26 - Podero ser objeto de registro de preos os materiais e os servios, considerados

    de uso habitual ou rotineiro, para os quais no se possa prever o exato quantitativo a ser

    demandado pela administrao, em especial quando houver:

    I - necessidade de contrataes freqentes; ou

    II - convenincia de entregas parceladas; ou

    III - necessidade de atendimento a mais de um rgo ou entidade.

    Art. 27 - Caber ao Departamento de Gesto de Suprimentos -DGS da Secretaria

    Municipal de Gesto Pblica efetuar o registro de preos para as compras e servios comuns a

    todas as Secretarias, Subprefeituras e Ouvidoria Geral do Municpio, mediante delegao dos

    respectivos titulares.

    Pargrafo nico : Na hiptese de o Departamento de Gesto de Suprimentos - DGS no

    ter capacidade operacional para realizar registro de preos de materiais e servios de interesse

    comum, qualquer um dos rgos referidos poder iniciar o processo, incluindo a necessidade de

    todos os demais, que para tanto sero consultados.

    Art. 28 - O registro de preos, elaborado na forma do artigo 27 deste decreto, ser

    obrigatoriamente utilizado por todos os rgos municipais da administrao direta, salvo quando

    a contratao revelar-se antieconmica ou quando houver necessidade especifica devidamente

    justificada.

    Pargrafo nico : Na hiptese de a utilizao do registro revelar-se antieconmica, o

    rgo interessado dever comunicar o fato ao gerenciador da ata.

    Art. 29 - O registro de preos para fornecimento de materiais ou prestao de servios

    que no se enquadrem no artigo 27 poder ser efetuado pelo rgo diretamente interessado.

    1 - Quando dois ou mais rgos tiverem interesse em registrar preos para

    fornecimento de materiais ou prestao de servios, podero a seu critrio estabelecer qual deles

    o registrar, com a possibilidade de utilizao do registro pelos demais.

    2 - No caso previsto no pargrafo 1 deste artigo, podero os rgos interessados

    delegar ao Departamento de Gesto de Suprimentos - DGS competncia para efetuar o registro

    de preos.

    Art. 30 - Para efetuar o registro de preos, o rgo responsvel dever consultar os

    demais sobre o interesse pelo material ou servio cujo preo ser registrado, mediante

    correspondncia eletrnica ou outro meio eficaz.

    Pargrafo nico : Os rgos interessados devero manifestar-se no prazo estipulado,

    fornecendo estimativa de consumo ou cronograma de contratao.

    Art. 31 - A ata de registro de preos poder ser utilizada por qualquer rgo dos Poderes

    Executivo e Legislativo do Municpio de So Paulo, inclusive o Tribunal de Contas do Municpio

  • Atualizao n 1/15

    14

    de So Paulo, pelas autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas, sociedades de economia

    mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Municpio, ainda que dela no

    participantes, mediante consulta ao rgo gerenciador, desde que devidamente comprovada a

    vantagem.

    Alterado pelo artigo 1 do Decreto n 51.278, de 4/2/10

    1. Caber ao detentor da ata, observadas as condies nela estabelecidas, optar pela

    aceitao ou no do fornecimento, independentemente dos quantitativos inicialmente estimados e

    desde que no haja prejuzo ao atendimento das obrigaes anteriormente assumidas.

    Alterado pelo artigo 1 do Decreto n 47.014, de 21/2/06

    Alterado pelo artigo 1 do Decreto n 51.278, de 4/2/10

    2. As aquisies ou contrataes adicionais no podero exceder, no conjunto, a

    100% (cem por cento) dos quantitativos registrados na ata de registro de preos.

    Acrescido pelo artigo 1 do Decreto n 51.278, de 4/2/10

    3. Outros entes e entidades da Administrao Pblica do Estado de So Paulo e da

    Unio Federal podero igualmente utilizar-se da ata de registro de preos, mediante prvia

    consulta ao rgo gerenciador, desde que observadas as condies estabelecidas no 1 e 2

    deste artigo.

    Acrescido pelo artigo 1 do Decreto n 51.278, de 4/2/10

    Art. 32 A relao de materiais, servios e respectivos preos registrados por todos os rgos e entidades da Administrao Direta e Indireta ser mensalmente publicada no Dirio

    Oficial da Cidade e disponibilizada na Internet, na pgina da Prefeitura Municipal de So Paulo,

    a fim de possibilitar consulta geral e acesso a todo cidado.

    Alterado pelo artigo 13 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Art. 33 - Competem Comisso Municipal de Controle de Preos de Materiais e

    Servios COMPREMS, da Secretaria Municipal de Gesto Pblica, as atribuies de

    acompanhamento da evoluo de preos registrados para fornecimento de materiais e para a

    prestao de servios, quando no houver ndices setoriais especficos, ndices gerais de preos

    para a concesso de reajustes ou outros ndices publicados pela Secretaria de Finanas e

    Desenvolvimento Econmico.

    Art. 34 A celebrao dos contratos decorrentes das atas de registro de preos dever ser precedida de prvia pesquisa de preo que revele a convenincia da contratao, na forma do

    artigo 4 deste decreto.

    Alterado pelo artigo 14 do Decreto n 46.662, de 24/11/05

    Alterado pelo artigo 1 do Decreto n 50.605, de 11/5/09

    Art. 35 - Podero ser registrados vrios preos para o mesmo objeto em funo da

    capacidade de fornecimento ou de outro critrio julgado conveniente, desde que previsto no

    instrumento convocatrio, que estabelecer as condies para as futuras contrataes.

    Pargrafo nico : Ser obrigatrio, dentre outras condies, a previso de que os

    fornecimentos por qualquer das detentoras somente ocorrero mediante manifestao expressa

    de desinteresse pelas detentoras antecedentes com preos menores na ordem de classificao

    Art. 36 - As atas de registro de preos podero ter seu prazo inicial prorrogado, nos

    termos do artigo 13 da Lei n 13.278, de 2002, observados os procedimentos estabelecidos nos

    incisos I e II do artigo 46 deste decreto.

    Revogados pelo artigo 31 do Decreto n 56.144, de 1/6/15

  • Atualizao n 1/15

    15

    CAPTULO VIII

    Da Regularidade Fiscal

    Art. 37 - Nas modalidades de concorrncia pblica e tomada de preos, para fins de

    demonstrao da regularidade fiscal dos licitantes, devero ser exigidos documentos que

    comprovem:

    I - inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas

    Jurdicas (CNPJ);

    II - inscrio no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao

    domiclio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatvel com o objeto

    contratual;

    III - regularidade perante a Fazenda Federal do domiclio ou sede do licitante;

    IV - regularidade perante a Fazenda Estadual, pertinente ao seu ramo de atividade e quanto

    aos tributos relacionados com a prestao licitada;

    V - regularidade perante a Fazenda do Municpio de So Paulo, quanto aos tributos

    relacionados com a prestao licitada; Atualizao n 1/10

    VI - regularidade perante a Seguridade Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Servio

    (FGTS), demonstrando situao regular no cumprimento dos encargos sociais institudos por lei.

    Pargrafo nico. A prova de regularidade perante a Fazenda Federal far-se- pela

    apresentao conjunta da Certido de Tributos e Contribuies Federais, expedida pela Secretaria

    da Receita Federal, e da Certido da Dvida Ativa da Unio, expedida pela Procuradoria da Fazenda

    Nacional.

    Art. 38 - A exigncia prevista no inciso V do "caput" do artigo 37 deste decreto

    aplicvel tambm aos licitantes com sede fora do Municpio de So Paulo.

    Alterado pelo artigo 1 do Decreto n 47.014, de 21/2/06

    Pargrafo nico : Caso no esteja cadastrado como contribuinte no Municpio de So

    Paulo, o licitante dever apresentar declarao, firmada por seu representante legal, sob as penas da

    lei, de no-cadastramento e de que nada deve Fazenda do Municpio de So Paulo, relativamente

    aos tributos relacionados com a prestao licitada.

    Art. 39 - Nos convites, os documentos comprobatrios da regularidade fiscal restringir-se-

    o apenas aos que comprovem:

    I - inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas

    Jurdicas (CNPJ);

    II - regularidade perante a Seguridade Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Servio

    (FGTS), demonstrando situao regular no cumprimento dos encargos sociais institudos por lei;

    III - regularidade perante a Fazenda do Municpio de So Paulo, quando aos tributos

    relacionados com a prestao licitada, aplicveis as normas do artigo 38 deste decreto.

    Art. 40 - Na celebrao de contratos por dispensa ou inexigibilidade de licitao, exigir-se-

    o do contratado, apenas, os documentos que comprovem:

    I - inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas

    Jurdicas (CNPJ);

    II - regularidade perante a Seguridade Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Servio

    (FGTS), demonstrando situao regular no cumprimento dos encargos sociais institudos por lei;

  • Atualizao n 1/15

    16

    III - regularidade perante a Fazenda do Municpio de So Paulo, quanto aos tributos

    relacionados com a prestao licitada, aplicveis as normas do artigo 38 deste decreto.

    Pargrafo nico : A critrio da autoridade competente, observados os limites da legislao

    federal, podero ser exigidos outros documentos complementares, relacionados no artigo 37 deste

    decreto, nas hipteses em que o objeto da contratao assim o recomende.

    Art. 41 - Podero ser aceitas:

    I - certides positivas com efeito de negativas;

    II - certides positivas cujos dbitos estejam judicialmente garantidos ou com sua

    exigibilidade suspensa por deciso judicial.

    Art. 42 - As condies de habilitao sero aquelas previstas na legislao federal,

    observadas as normas deste captulo exclusivamente para a comprovao da regularidade fiscal.

    CAPTULO IX

    Dos Contratos

    Art. 43 - A celebrao e a execuo de contratos administrativos no mbito do Municpio

    de So Paulo observaro os princpios de direito pblico, as normas gerais da legislao federal e as

    normas especficas da legislao municipal, aplicando-se-lhes subsidiariamente os preceitos de

    direito privado.

    Art. 44 - Ser nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a administrao, salvo o que

    importe em pequenas despesas de pronto pagamento, que devero ser afetuadas de acordo com a

    legislao vigente.

    Art. 45 - vedado atribuir efeitos financeiros retroativos aos contratos regidos por este

    decreto, sob pena de invalidade do ato e responsabilidade de quem lhe deu causa.

    Pargrafo nico - O disposto no "caput no se aplica s hipteses do artigo 24, IV, da Lei Federal n 8.666, de 21 de junho de 1993, quando, diante de comprovada urgncia, eventual demora

    para prvia celebrao do contrato possa acarretar danos irreparveis, situao em que sua

    formalizao dar-se- oportunamente, convalidando a contratao de obra, fornecimento ou servio,

    cuja execuo j se tenha iniciado.

    Art. 46 - Observado o limite de 60 (sessenta) meses, os contratos de prestao de servios

    continuados, mantidas as mesmas condies avenadas, podero ser prorrogados por prazos iguais

    ou inferiores ao originalmente pactuado, desde que:

    I - o contratado haja cumprido satisfatoriamente suas obrigaes;

    II - pesquisa prvia revele que os preos so compatveis com os de mercado, nos termos

    do artigo 4 deste decreto.

    Pargrafo nico : Excepcionalmente, desde que com prvia justificativa e autorizao do

    agente competente para a contratao, o prazo fixado no "caput" deste artigo poder ser prorrogado

    em at 12 (doze) meses.

    Art. 47 - Observado o limite de 48 (quarenta oito) meses, os contratos cujo objeto seja a

    locao de equipamentos de informtica ou a utilizao de programas dessa natureza podero ser

    prorrogados por prazos .iguais ou inferiores ao originalmente pactuado, observadas as condies

    previstas nos incisos I e II do artigo 46 deste decreto.

    Art. 48 - Sero fixados atravs de aditamento os preos unitrios de obras servios

    necessrios concluso do objeto contratual, sempre que esses no tenham sido previstos no ajuste

    inicial ou no integrem tabela de preos da administrao.

  • Atualizao n 1/15

    17

    Pargrafo nico : A aprovao de preos extracontratuais deve vir obrigatoriamente

    acompanhada de planilha oramentria (preos unitrios e quantitativos), como tambm de novo

    organograma fsico-financeiro, de maneira a demonstrar o impacto da despesa sobre o valor

    contratual.

    Art. 49 - As alteraes contratuais devero ser previamente justificadas por escrito e

    autorizadas por autoridade competente, devendo ser formalizadas por termo de aditamento.

    Art. 50 - O objeto do contrato, no caso de obras e servios, ser recebido provisoriamente

    pelo responsvel por seu acompanhamento e fiscalizao, mediante termo circunstanciado, assinado

    pelas partes dentro de 15 (quinze) dias da comunicao escrita do contratado, se outro no tiver sido

    o prazo estipulado no referido ajuste.

    Art. 51 - O objeto do contrato, no caso de obras e servios, ser recebido definitivamente

    por servidor ou comisso designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado,

    assinado pelas partes, aps o decurso do prazo de observao ou vistoria, no superior a 90

    (noventa) dias, comprovada a adequao do objeto aos termos contratuais.

    Pargrafo nico : No caso de a contratada recusar-se a assinar o termo de recebimento

    definitivo, a Administrao lavrar unilateralmente termo circunstanciado, relatando o fato, com

    subseqente arquivamento do processo.

    Art. 52 - As hipteses de resciso contratual so aquelas previstas na legislao federal.

    Pargrafo nico : Tambm implicar resciso unilateral do contrato a aplicao ao

    contratado da pena de suspenso temporria do direito de licitar e contratar com a administrao ou

    de declarao de sua inidoneidade, ainda que em decorrncia de falta cometida em outro

    procedimento administrativo.

    Art. 53 - Nos casos de resciso contratual, sero sempre asseguradas as faculdades da

    administrao segundo o regime de direito pblico, a que se sujeitam os contratos administrativos.

    CAPTULO X

    Das Penalidades Administrativas

    Art. 54 - As penalidades administrativas so aquelas previstas na legislao federal,

    impondo-se para sua aplicao a observncia dos seguintes procedimentos:

    I - proposta de aplicao da pena, feita pelo responsvel pelo acompanhamento da

    execuo do contrato ao titular da pasta, mediante caracterizao da infrao imputada ao

    contratado;

    II - acolhida a proposta de aplicao de sanes de advertncia e multa, intimar-se- o

    contratado nos termos do artigo 57 deste decreto, devendo, nas propostas de aplicao das demais

    sanes, ser o contratado intimado na pessoa de seu representante legal, pessoalmente ou por

    carta com aviso de recebimento.

    Alterado pelo artigo 1 do Decreto 47.014, de 21/2/06

    III - observncia do prazo legal para apresentao de defesa pelo contratado;

    IV - manifestao dos rgos tcnicos e da rea jurdica sobre as razes de defesa;

    V - deciso da autoridade competente;

    VI - intimao do contratado;

    VII - observncia do prazo legal para interposio de recurso.

    Art. 55 - Aplicada a pena e transcorrido o prazo recursal sem interposio de recurso ou

    denegado provimento ao recurso interposto, executar-se- a penalidade aplicada.

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    Pargrafo nico - Na hiptese de aplicao de multa, o valor correspondente poder ser

    descontado do que o contratado tiver a receber.

    Art. 56 - Para a dispensa da aplicao de penalidade imprescindvel expressa

    manifestao do responsvel pelo acompanhamento da execuo do contrato, esclarecendo os fatos

    que motivaram o inadimplemento, ou no caso de fora maior, que a contratada comprove, atravs

    de documentao nos autos, a ocorrncia do evento impeditivo do cumprimento da obrigao, no

    bastando, em qualquer dos casos, a mera alegao da inexistncia de prejuzo ao andamento dos

    servios ou ao errio.

    CAPTULO XI

    Das Disposies Finais

    Art. 57 - A intimao de quaisquer atos relativos a procedimentos licitatrios e a contrato

    em execuo ser sempre feita mediante publicao no Dirio Oficial do Municpio, salvo se o

    interessado dele tiver tomado cincia diretamente.

    Art. 58 - As entidades da administrao indireta podero editar regulamentos prprios para

    processamento de suas licitaes, formalizao e execuo de seus contratos, observados os

    princpios da legislao vigente, inclusive federal no que diz respeito s normas gerais.

    Pargrafo nico - Os regulamentos referidos no "caput" deste artigo, aps prvia aprovao

    do secretrio da pasta qual a entidade da administrao indireta esteja vinculada, devero ser

    publicados no Dirio Oficial do Municpio.

    Art. 59 - A terceirizao de servios restringir-se- s hipteses de atividades-meio da

    administrao, nas quais no se configurem subordinao e pessoalidade, nem a prtica de ato

    administrativo.

    Art. 60 - Este decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogado o Decreto n

    41.772, de 8 de maro de 2002, com as alteraes dos Decretos n 42.404, de 17 de setembro de

    2002, n 43.080, de 10 de abrl de 2003, e n 43.563, de 31 de julho de 2003.

    Publicado no DOM de 25/12/03, p.5

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