licenciamento projeto de infraestruturas elÉtricas

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COMEÇOBRIGATÓRIO, LDA. 537 LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS CONSTRUÇÃO DE UM RECINTO MOTOR TRAVESSA PONTE RANHA - FAFE JULHO 2020

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Page 1: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS

COMEÇOBRIGATÓRIO, LDA. 537

LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS CONSTRUÇÃO DE UM RECINTO MOTOR TRAVESSA PONTE RANHA - FAFE

JULHO 2020

Page 2: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS

Anexo 1.1

DGEG.DSEE.Mod_Ident.Projeto_v2018.1 1/1

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE SERVIÇO PARTICULAR

(artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 96/2017, de 10 de agosto)

1 Promotor / Entidade Exploradora

Nome: Começobrigatório, Lda.

Telefone: --- E-mail: --- NIF: 514 333 545

Morada: Rua José Ribeiro Vieira Castro, n.º 105

C. Postal: 4820-273 Fafe

2 Técnico responsável pelo projeto

Nome: Carlos Miguel Ferreira Oliveira

N.º BI/CC: 12528816 6ZX5

Telefone: 933923823 E-mail: [email protected] NIF: 214 652 041

N.º DGEG: 56414 N.º OE: --- N.º OET: 20188

Morada: Rua da Holanda, n.º 13, R/C

C. Postal: 4820-188 Fafe

3 Identificação do imóvel

Lugar/Rua: Travessa Ponte Ranha

Freguesia: Fafe

Concelho: Fafe Distrito: Braga

Coordenadas GPS: 41° 27' 01,23" N / 08° 09' 46,51" W NIP: 10 888 458

Tipo de estabelecimento: Recinto Motor

Tensão da RESP [kV]: 0,4 Potência a alimentar pela RESP [kVA]: 27,60

4 Identificação da instalação elétrica

Tipo de instalação Instalação nova

Instalação existente

Observações

SE/PS/PTC

Rede MT/AT

Rede BT

Instalação de utilização MT/AT

Instalação de utilização BT X

Grupos geradores

Declaro que a informação apresentada identifica a instalação elétrica. 08/04/2020

(Data e assinatura do técnico responsável pelo projeto)

Legenda: SE: Subestações; PS: Postos de Seccionamento; PTC: Postos de Transformação de Consumo. RESP: Rede Elétrica de Serviço Público; MT/AT: Média e Alta Tensão; BT: Baixa Tensão.

Page 3: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS

Anexo 1.6

DGEG.DSEE.Mod_Caract.IU-BT_v2018.1 1/1

CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DA INSTALAÇÃO DE UTILIZAÇÃO BT

(Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de setembro, na redação atual: RTIEBT)

1 Características da instalação

Tipo de estabelecimento Instalação de utilização Tensão nominal [kV] Nome do QE S do QE [kVA] Nome dos QP S dos QP [kVA]

Recinto Motor Recinto Motor 0,23 / 0,40 Q.E.G. 27,60 --- ---

2 Dimensionamento das canalizações

Quadros elétricos

(origem – destino)

Esque-ma de

neutro

S

[kVA]

Ib

[A]

Tipo de

proteção

In

[A]

I2

[A]

Mét.

Ref.

Modo de

instalação

Iz

[A]

1,45 Iz’ [A]

Canalização L

[m] U

[%]

U’ [%]

Icc máx

[kA]

Pdc

[kA]

Icc min

[kA]

Regu-lação

[kA]

Portinhola – Q.E.G. TT 27,60 40 Fusível 63 100,80 D Enterrado 90,40 131,08 XV/ 4x16 mm² - PEADØ63 mm 2 0,16 0,16 -- 3 -- --

Legenda: S: Potência aparente; QE: Quadro de Entrada; QP: Quadro Parcial; Ib: Corrente de serviço do circuito; In: Corrente estipulada do dispositivo de proteção; I2: Corrente convencional de funcionamento do dispositivo de

proteção; Iz: Corrente admissível na canalização; Iz’: Corrente admissível na canalização, corrigida; Met. Ref.: Método de Referência; L: Comprimento simples da canalização; U: Queda de tensão relativa; U’: Queda de tensão relativa, desde o Quadro Geral de Baixa Tensão; Icc máx: Corrente de curto-circuito máxima; Pdc: Poder de corte; Icc min: Corrente de curto-circuito mínima.

Notas: Tipo de proteção: Fusível, Disjuntor. Equipamentos elétricos: motores, transformadores, aparelhagem, aparelhos de medição, dispositivos de proteção, elementos constituintes de uma canalização, aparelhos de utilização, etc. Deve ser efetuada uma caracterização por cada instalação elétrica distinta, incluindo as instalações coletivas e entradas, as instalações elétricas em condomínios fechados e as instalações elétricas temporárias (exemplos:

estaleiros, feiras, exposições, recintos de espetáculos, etc.).

3 Classificação dos equipamentos e dos locais onde estão inseridos

Equipamentos

elétricos

I

P

I

K

Código da influência externa

AA AB AC AD AE AF AG AH AJ AK AL AM AN AP AR AS BA BB BC BD BE CA CB

Casa das

Máquinas 43 07 4 4 1 1 2 1 1 1 -- 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1

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Começobrigatório, Lda.537 2

Projeto de Infraestruturas Elétricas

1. Introdução ........................................................................................................................ 3

2. Abastecimento de Energia Elétrica ................................................................................ 3

3. Classificação dos Locais ................................................................................................ 3

4. Cálculo das Canalizações Elétricas ............................................................................... 4

5. Tipo de Utilização ............................................................................................................ 5

6. Alimentação em Baixa Tensão (B.T.) ............................................................................. 5

6.1. Concepção Geral da Instalação ................................................................................ 5 6.2. Constituição dos Quadros Elétricos ........................................................................ 5 6.3. Canalizações – Métodos de Referência e Modos de Colocação Cap. 521.3 das RTIEBT ................................................................................................................................. 6 6.4. Proteção Contra Contatos Diretos - Cap. 412 das RTIEBT .................................... 6 6.5. Proteção Contra Contatos Indiretos - Cap. 413 das RTIEBT .................................. 6 6.6. Rede de Terras - Cap. 542.2 das RTIEBT ................................................................. 7 6.7. Ensaios ....................................................................................................................... 8

7. Considerações Finais ...................................................................................................... 9

Quadro de Dimensionamento ......................................................................................... 10

Peças Desenhadas .......................................................................................................... 11

Page 5: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

1. Introdução

A presente memória descritiva e justificativa refere-se ao projeto de infraestruturas elétricas de um Recinto Motor, sita em Travessa Ponte Ranha, freguesia e concelho de Fafe, distrito de Braga, cujo licenciamento foi requerido por Começobrigatório, Lda..

Pretende-se com estas Especificações Técnicas, definir as condições a que deve obedecer a Instalação das Instalações Elétricas de Utilização. As Instalações Elétricas serão alimentadas são do tipo C a partir da Rede Pública de baixa Tensão da EDP – Distribuição Energia, S.A..

As instalações elétricas integrar-se-ão perfeitamente na perspetiva geral do Projeto de Segurança, e serão concebidas, de acordo com as Normas e Regulamentos seguintes:

Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão – RTIEBT; Conformidade do material com a marca CE; Normas Portuguesas NP e Normas Europeias EN aplicáveis, as recomendações técnicas da

CEI, do CENELEC e demais regulamentação aplicável; Ligação de Clientes de BT – Soluções Técnicas Normalizadas, da EDP Distribuição; Normas DMA da EDP Distribuição e, ainda, as determinações das entidades reguladoras e

licenciadoras; EDP Distribuição e respetivas Áreas de Rede; Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e respetivas DRE´s.

Procuramos nas páginas seguintes, definir com o máximo rigor os parâmetros do presente projeto, a concepção das instalações, o nível de qualidade dos equipamentos, as exigências de montagem e ainda os limites de fornecimento bem como os trabalhos complementares das restantes especialidades, no sentido de se atingir a integração indispensável de todas as disciplinas que constituem o Projeto.

Todos os aspetos susceptíveis de interferir com a Arquitetura foram cuidadosamente acautelados, minimizando-se tanto quanto possível as situações de conflito nos percursos e localizações de redes e equipamentos.

Finalmente, referimos que as marcas e modelos dos equipamentos, têm como único objectivo a orientação do empreiteiro, no sentido de se aperceber do tipo e qualidade dos materiais exigíveis, não constituindo, por si, uma limitação à apresentação de outras marcas e modelos.

2. Abastecimento de Energia Elétrica

O abastecimento de energia elétrica é efetuado em BT a partir da Portinhola P100, localizada junto à entrada do local, conforme localização indicada nas peças desenhadas. A alimentação faz-se a partir da rede Aérea de Baixa Tensão de 0,4 kV, frequência de 50 Hz, sendo a Empresa Distribuidora a EDP Distribuição.

3. Classificação dos Locais

O edifício, atendendo às suas condições de estabelecimento e segundo o CAP. 32 – INFLUENCIAS

EXTERNAS – das RTIEBT, é classificada do acordo com o que vem descrito na ficha de caracterização sumária da instalação de utilização BT.

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

4. Cálculo das Canalizações Elétricas

O dimensionamento das instalações e o cálculo das canalizações eléctricas foi realizado de acordo com a secção 433 das RTIEBT tendo em conta as seguintes condições:

Rede de Alimentação

230/400 V, 50 Hz.

Dimensionamento dos circuitos

Intensidade de corrente máxima admissível no cabo (Iz); Os factores de correcção em função da temperatura máxima previsível de funcionamento e

da proximidade de várias canalizações; A queda de tensão máxima admissível em função do comprimento e utilização dos circuitos;

e ainda, as condições seguintes:

Z

ZnB

II

III

45,12

em que:

In – é a intensidade de corrente nominal do aparelho de protecção; IB – é a intensidade de corrente de serviço; Iz – é a intensidade de corrente máxima admissível na canalização; I2 – é a intensidade de corrente convencional de funcionamento do aparelho de protecção.

No Quadro de Dimensionamento presente em anexo é possível verificar todas as condições acima apresentadas.

Quedas de Tensão Máxima Admissíveis

As quedas de máximas admissíveis em Instalações Colectivas Cap. 803.2.4.4.2 das RTIEBT não de verão ser superiores a:

Instalações individuais – Troço entre os ligadores de saída da portinhola e origem da instalação eléctrica – 1,5%;

O cálculo das quedas de tensão é executado com recurso à expressão simplificada:

100%

SU

LIu

S

sendo: u = queda de tensão [%]; Us = tensão nominal simples da rede pública [V]; I = intensidade de corrente nominal [A]; L = comprimento do cabo [m]; p = resistividade dos condutores: almas de cobre [0,0225 Ω x mm² / m]; almas de alumínio

[0,036 Ω x mm² / m]; S = secção do condutor [mm²].

No Quadro de Dimensionamento presente em anexo é possível ver os valores das quedas de tensão nas situações mais desfavoráveis, bem como verificar que estes se encontram abaixo dos valores máximos admissíveis.

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

5. Tipo de Utilização

A presente instalação será utilizada para efeito de alimentação de recinto motor, foi considerado a instalação de um Quadro Elétrico, constituído pelos seguintes circuitos no seu interior: com uma tomada com encravamento, instalada no interior do mesmo.

1 Circuito de Tomadas Normais; 1 Circuito de Tomadas de Encravamento.

6. Alimentação em Baixa Tensão (B.T.)

A alimentação de energia ao edifício será feita a partir da Rede de Distribuição Pública da EDP, responsabilidade do Distribuidor.

A tubagem de entrada do ramal deverá ser instalada a uma profundidade de 0,8m em relação ao pavimento exterior acabado.

A tubagem de entrada/saída deverá ser conforme as peças desenhadas.

A sua instalação deverá respeitar os atravancamentos mínimos previstos na NP 1270.

A portinhola será equipada por fusíveis de APC com calibre adequado à proteção da entrada, conforme indicado nas peças desenhadas/quadro de dimensionamento.

A montante do Quadro Geral será instalado o equipamento de contagem de energia num painel de dimensões apropriadas.

No Quadro de Dimensionamento em anexo mostra os cálculos das canalizações de abastecimento elétrico de cada piso, bem como as proteções a utilizar respetiva cablagem.

6.1. Conceção Geral da Instalação

O equipamento utilizado – Cap. 803.2.2 das RTIEBT.

O equipamento a utilizar nas instalações colectivas e entradas ligadas directamente à rede de distribuição em esquema de ligações à terra TT deve, para além das regras indicadas na secção 511 das RTIEBT., ser da classe II de isolamento ou de isolamento equivalente, satisfazendo às condições indicadas na secção 413.2 das RTIEBT.

6.2. Constituição dos Quadros Elétricos

Nos quadros de barramento múltiplo deverá figurar junto do interruptor de corte geral de cada barramento, uma placa de trafolite de cor vermelha com a indicação:

“ Para efetuar o corte geral deste quadro, devem desligar-se os interruptores de corte geral de

todos os barramentos ”.

Alimentação dos Quadros

Os tipos dos cabos elétricos de alimentação dos quadros, as seções dos condutores de fase, neutros e terra bem como a proteção elétrica respetiva, são a indicada nas peças desenhadas e no Quadro de Dimensionamento.

Localização dos Quadros

Os quadros elétricos deverão ser localizados junto de um acesso do exterior, em nicho próprio para o efeito.

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

6.3. Canalizações – Métodos de Referência e Modos de Colocação Cap. 521.3 das RTIEBT

Os métodos de referência utilizados e método de colocação das canalizações segundo a secção 521.3 das RTIEBT nos circuitos utilizados:

Circuitos de Tomadas e equipamentos:

Método de referência – B – condutores isolados em condutas (tubos), embebidos nos elementos de construção ou à vista, em parede, pavimento ou teto – Quadro 52H das RTIEBT.

Correntes admissíveis – Quadro 52-C2 e/ou Quadro 52-C4 das RTIEBT.

Canalização desde a Portinhola até ao Quadro Elétrico:

Método de referência – D – cabos momo ou multicondutores, em condutas enterradas – Quadro 52H das RTIEBT.

Correntes admissíveis – Quadro 52-C30 das RTIEBT

No Quadro de Dimensionamento presente em anexo é possível verificar todos os cálculos utilizando os métodos e modos acima apresentadas.

6.4. Proteção Contra Contatos Diretos - Cap. 412 das RTIEBT

A proteção contra contactos diretos deve satisfazer os seguintes pontos:

Proteções por isolamento das partes ativas – As partes ativas da instalação devem ser completamente revestidas por um isolamento que apenas possa ser retirado por destruição. Para os equipamentos montados em fábrica, o isolamento deve satisfazer às regras correspondentes relativas a estes equipamentos. Para os outros equipamentos, a proteção deve ser garantida por um isolamento capaz de suportar, de forma durável, as solicitações a que possa vir a ser submetido (tais como, as influências mecânicas, químicas, eléctricas e térmicas). De um modo geral, não se considera que as tintas, os vernizes, as lacas e os produtos análogos constituam isolamento suficiente no âmbito da proteção contra os contatos diretos.

Proteção por meio de barreiras ou de invólucros. Proteção por meio de obstáculos. Proteção complementar por dispositivos de protecção sensíveis à corrente diferencial-residual

(abreviadamente dispositivos diferenciais).

6.5. Proteção Contra Contatos Indiretos - Cap. 413 das RTIEBT

A proteção contra contatos indiretos deve satisfazer os seguintes pontos:

Proteção por corte automático da alimentação - Corte da alimentação – Esta medida de protecção contra os contatos indiretos destina-se a impedir que, entre partes condutoras simultaneamente acessíveis, possam manter-se, durante um tempo suficiente para criar riscos de efeitos fisiopatológicos perigosos para as pessoas, tensões de contato presumidas superiores às tensões limites convencionais (UL) seguintes:

a) 50 V em corrente alternada (valor eficaz); b) 120 V em corrente contínua lisa.

Proteção por utilização de equipamentos da classe II ou por isolamento equivalente.

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

Proteção por recurso a locais não condutores. Proteção por ligações equipotenciais locais não ligadas à terra. Proteção por separação elétrica.

Ligações Equipotenciais Suplementares – Cap. 413.1.2.2 das RTIEBT

A ligação equipotencial suplementar deve interligar todas as partes condutoras simultaneamente acessíveis, quer se trate das massas dos equipamentos fixos quer dos elementos condutores quer, ainda, sempre que possível, das armaduras principais do betão armado utilizadas na construção dos edifícios. Todos os condutores de proteção de todos os equipamentos, incluindo os das fichas e os das tomadas, devem ser ligados a este sistema equipotencial.

6.6. Rede de Terras - Cap. 542.2 das RTIEBT

Prevê-se a instalação de uma terra de proteção à qual ligará o barramento de terra do quadro de colunas e, através destes, todos os restantes quadros elétricos, bem como todas as partes metálicas normalmente sem tensão.

A partir dos diversos quadros elétricos a rede de terras de proteção será constituída pelo condutor de protecção existente em todos os circuitos, que terá sempre secção igual à dos condutores de neutro e isolamento de cor verde/amarela.

As ligações entre os circuitos de terras principais e, entre estes e as derivações, deverão ser efetuadas de modo a que ofereçam o mínimo de resistência eléctrica, assegurem um bom contacto e não sejam deterioradas facilmente por acções corrosivas.

A terra de proteção será constituída por um elétrodo de terra em cobre, tipo piquet (vareta) enterrado na vertical (Excepto os cabos) à profundidade mínima de 0,8 m abaixo da superfície do solo (Topo superior do elétrodo). O condutor de ligação é do tipo VV 0,6/1kv, 1G25, ver peças desenhadas.

O barramento de terra do quadro geral será ligado ao elétrodo de terra de proteção através do respetivo ligador amovível e condutor de terra.

Os elétrodos de terra devem, sempre que possível, ser enterrados nas partes mais húmidas dos terrenos disponíveis, afastados de depósitos ou de locais de infiltração de produtos que os possam corroer (fumeiros, estrumeiras, nitreiras, produtos químicos, coque, etc.) e longe de locais de passagem frequente de pessoas.

No quadro III do anexo IV das RTIEBT são indicadas as dimensões mínimas do elétrodo de terra mais usuais.

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

Quadro III

Segundo o quadro III e tendo em conta que o elétrodo considerado é uma vareta em cobre colocada na vertical, as suas dimensões são as seguintes:

Espessura: 0,7 mm; Diâmetro exterior: 15 mm; Comprimento: 2 m.

6.7. Ensaios

O fabricante dos quadros deverá apresentar certificados de ensaios dos sistemas dos quadros eléctricos, incluindo ensaios de curto-circuito realizados em laboratório independente. Todos os quadros serão objecto de ensaios individuais por parte do fabricante e deverão incluir:

Inspeção mecânica de ligação dos condutores, barramentos e terra; Testes de isolamento entre fases, entre fases e neutro e entre fases e terra, com 2500V; Verificação de ligação entre bornes de saída e a aparelhagem; Testes de manobra e segurança de aparelhagem; Testes de funcionamento da aparelhagem de comando; Verificação da continuidade elétrica da estrutura; Verificação das distâncias de isolamento e das linhas de fuga; Verificação de acabamentos e marcação do quadro; Limpeza geral do interior do quadro.

Tipos de

Elétrodos

Material

Constituinte

Su

pe

rfíc

ie d

e

co

nta

cto

co

m

a t

err

a (

m2)

Es

pe

ss

ura

(mm

)

Diâ

me

tro

exte

rio

r (m

m)

Co

mp

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Dim

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Se

ão

(m

m2)

Diâ

me

tro

s

do

s f

ios

co

nsti

tuin

tes

(mm

)

Ho

rizo

nta

l Cabos Cobre 1 -- -- -- -- 25 1,8 Nus Aço galvanizado (1) 1 -- -- -- -- 100 1,8 Fitas Cobre 1 2 -- -- -- 25 --

Aço galvanizado (1) 1 3 -- -- -- 100 -- Varões Aço galvanizado (1) 1 -- 10 -- -- -- --

Chapas Cobre 1 2 -- -- -- -- -- Aço galvanizado (1) 1 3 -- -- -- -- --

Ve

rtic

al

Cobre -- -- 15 2 -- -- -- Varetas Aço revestido a

cobre -- 0,7

(2) 15 2 -- -- --

Aço galvanizado (1) -- -- 15 2 -- -- -- Tubos Cobre -- 2 20 2 -- -- --

Aço galvanizado (1) -- 2,5 25 2 -- -- -- Perfilados Aço galvanizado (1) -- 3 -- 2 60 -- --

Horizontal - Elétrodos horizontais

Vertical - Elétrodos verticais (1) - A proteção deve ser garantida por meio de galvanização por imersão a quente com uma espessura mínima de revestimento de 120 µm. (2) - A espessura do revestimento. Admite-se que este valor seja reduzido desde que os elétrodos sejam executados com tecnologia adequada e sujeitos a aprovação prévia da Direção Geral de Energia e Geologia.

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

7. Considerações Finais

A execução da obra a que se refere esta memória descritiva e justificativa deverá obedecer integralmente ao que estipulam os regulamentos em vigor e demais legislação, nomeadamente no que diz respeito as Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT), as Normas Portuguesas e da CEI.

No início da execução da obra deverá ser comunicado à empresa distribuidora, conforme estipula o Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10 de Agosto, com redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 61/2018

de 21 de Agosto.

Nas peças desenhadas e escritas estão contidas as indicações julgadas necessárias para a boa execução das instalações.

Em toda a parte omissa nas peças escritas e desenhadas, proceder-se-á de harmonia com as boas normas de construção, as indicações das entidades competentes e dos técnicos responsáveis, bem como o cumprimento de todos os regulamentos em vigor. Todas as alterações feitas no decurso da obra serão da inteira responsabilidade do proprietário ou empreiteiro, caso não tenham sido previamente comunicadas, por escrito, aos técnicos responsáveis.

Fafe, Julho de 2020 Carlos Miguel Ferreira Oliveira, Eng.º Técnico Eletrotécnico CC - n.º 12528816 / OET n.º 20188

Page 12: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS

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Projeto de Infraestruturas Elétricas

Projeto de Especialidade

Projeto de Infraestruturas Elétricas

Quadro de Dimensionamento

Page 13: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS

Tipo In (A) I2 (A)

Metodo D - Canalizações Enterradas -

Quadro 52-C30 das RTIEBTPortinhola

Quadro Eléctrico Geral

(Q.E.G.)27,60 20 40 F 63 100,80 69,60 100,92 0,16 2,00

LEGENDA:

In - Corrente nominal do aparelho de protecção (A)

(m) - Alimentação monofásica I2 - Corrente convencional de funcionamento do aparelho de protecção (A)

Pi - Potência instalada (calculada) (KVA) Iz - Corrente máxima admissível na canalização (A)

Pc - Potência a contratar (KVA) D - Disjuntor

Ib - Intensidade de serviço na canalização (A) F - Fusível

XV/ 4x10 mm² - PVC 1"

Quadro de Dimensionamento

Pc (kVA)Quadro a Alimentar OrigemMétodo de Referência de Acordo com

as RTIEBT

ProtecçäoTemp.

Amb.

(ºC)

Constituição da Canalização

Instalações Elétricas do Tipo C

L (m)ΔU

(%)

1,45 Iz

(A)

Iz

Cabo

(A)

Ib (A)

Construção de um Recinto Motor

Travessa Ponte Ranha - Fafe

Começobrigatório, Lda.537

Projeto de Infraestruturas Elétricas

1

Page 14: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS

Começobrigatório, Lda.537 11

Projeto de Infraestruturas Elétricas

Projeto de Especialidade

Projeto de Infraestruturas Elétricas

Peças Desenhadas

Page 15: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS
Page 16: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS
Page 17: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS
Page 18: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS
Page 19: LICENCIAMENTO PROJETO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS