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Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim Estado do Espírito Santo Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMMADES Licenciamento Ambiental Fiscalização Ambiental Cadastro Ambiental Legislação Ambiental

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Prefeitura Municipal de Cachoeiro de ItapemirimEstado do Espírito Santo

Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -SEMMADES

Licenciamento AmbientalFiscalização Ambiental

Cadastro AmbientalLegislação Ambiental

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Lincenciamento AmbientalFiscalização Ambiental

Cadastro AmbientalLegislação Ambiental

ÍNDICE

Lei Municipal Nº 5286/28-12-2001Decreto Municipal Nº 13661/28-12-2001Lei Federal Nº 4771/19-09-1965Medida Provisória Nº 2.166-67/24-08-2001Lei Federal Nº 6938/31-08-1981Lei Federal Nº 9.605/13-02-1998Decreto Federal Nº 3.179/21-09-1999Lei Federal Nº 9.985/18-07-2000Resolução CONAMA 04/18-09-1985Resolução CONAMA 01/08-03-1990Resolução CONAMA 09/31-08-1993Resolução CONAMA 237/19-12-1997Resolução CONAMA 273/20-11-2000Resolução CONAMA 276/25-04-2001

Prefeitura Municipal de Cachoeiro de ItapemirimSecretaria de Meio Ambiente

Maio/2002

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ÍNDICE DA LEI N° 5.286/2001

SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL E PODER DE POLÍCIAADMINISTRATIVO

ART.Capítulo I – Do Sistema de Licenciamento Ambiental - SLAAP 1°/7°

Capítulo II - Da Emissão das Licenças AmbientaisSeção I – Do procedimento 8°/8°Seção II – Dos Prazos 9°/11Seção III – Das Licenças Ambientais 12/17Seção IV – Da Renovação e Revisão das Licenças 18/22

Capítulo III – Das Taxas Devidas p/ processamento das Taxas Ambientais 23/28

Capítulo IV – Da Avaliação e do Enquadramento 29/31

Capítulo V – Do Cadastro de Empreendimentos, Atividades e Serviços efetiva ou potencialmente poluidores E/ou degradadores 32/33

Capítulo VI – Do Poder de Polícia AmbientalSeção I – Da Fiscalização 34/46Seção II – Da Auditoria Ambiental 47/48

Capítulo VII – Das Sanções Aplicáveis às Infrações Administ. 49/50Seção I – Da Notificação 51/52Seção II – Das Multas 53/60Seção III – Da Suspensão 61/62Seção IV – Da Apreensão e Depósito de pro- dutos e Instrumentos 63/63Seção V – Da Perda ou Restrição de Benefí- cios, Incentivos e Ajuda Técnica concedidas pelo Município 64/64

Capítulo VIII – Do Procedimento Administrativo para Co- brança das Penalidades PecuniáriasSeção I – Da Defesa e do recurso 65/70Seção II – Da Atualização Monetária 71/73Seção III – Do Parcelamento de Débitos 74/75Seção IV – Da Inscrição em Dívida Ativa 76/76

Capítulo IX – Das Infrações e Penalidades 77/94

Capítulo X – Das Disposições Transitórias 95/102

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Prefeitura Municipal de Cachoeiro de ItapemirimSecretaria de Meio Ambiente

LEI N° 5286

DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTALDE EMPREENDIMENTOS, ATIVIDADES E SERVIÇOSCONSIDERADOS EFETIVA OU POTENCIALMENTE POLUIDORESE/OU DEGRADADORES DO MEIO AMBIENTE – SLAAP E SOBREO PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVO, DISCIPLINANDO ASINFRAÇÕES AO MEIO AMBIENTE E SUAS PENALIDADES, E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim APROVA e o Prefeito Municipal SANCIONA ePROMULGA a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DO SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE EMPREENDIMENTOS,ATIVIDADES E SERVIÇOS CONSIDERADOS EFETIVA OU POTENCIALMENTE

POLUIDORES E/OU DEGRADADORES DO MEIO AMBIENTE- SLAAP

Art. 1º - Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável – SEMMADES, a execução da política municipal de meio ambiente, aplicando o dispostonesta lei e na legislação ambiental pertinente.

Art. 2º - O SLAAP representa o conjunto de instruções, normas e diretrizes, definidosnesta Lei, e de outros atos pertinentes ao licenciamento ambiental de empreendimentos, atividades eserviços considerados efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente cujoimpacto seja local.

Art. 3º - Para os fins e efeitos desta Lei, define-se:I - Licenciamento Ambiental : procedimento técnico-administrativo para a concessão

de Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação para empreendimentos, atividades eserviços efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente;

II - Licença Ambiental : ato administrativo que estabelece as condições, restrições emedidas de controle ambiental que deverão ser observadas pelo empreendedor;

III - Impacto Local : é a interferência no meio ambiente proveniente de atividadeslocalizadas ou desenvolvidas no Município ou em Unidades de Conservação de domínio municipal,cujos impactos ambientais diretos não ultrapassem o respectivo limite territorial;

IV - Estudos Ambientais : são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectosambientais relacionados à localização, instalação e operação de um empreendimento, atividade ouserviço, apresentados como subsídios para a análise do licenciamento, em especial:

a) Relatório Técnico Ambiental Prévio – RETAP : estudo ambiental prévioobrigatório para a concessão da Licença Prévia e da Anuência Prévia, tendo por objetivo:

1) esclarecer se o empreendimento, a atividade ou o serviço produzirá apenas impactoambiental local;

2) aprovar sua localização;3) descrever seu entorno e os possíveis impactos ambientais que o empreendimento, a

atividade ou o serviço causam ou possam vir a causar;4) estabelecer as medidas para minimizar ou corrigir seus impactos negativos.

b) Relatório de Controle Ambiental - RCA: documento apresentado peloempreendedor ao órgão ambiental competente contendo informações referentes ao empreendimento,atividade ou serviço, obtidas mediante levantamentos e/ou estudos realizados pelo empreendedor, comvistas à identificação de não-conformidades legais relativas à poluição;

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c) Plano de Controle Ambiental - PCA: documento apresentado pelo empreendedorao órgão ambiental competente contendo propostas que visam prevenir ou corrigir não-conformidadeslegais relativas à poluição, conforme identificadas no RCA;

d) Diagnóstico Ambiental: é o resultado ou conclusão do estudo técnico-científicorealizado por profissional habilitado com o fim de identificar a qualidade ambiental de determinadoecossistema;

e) Plano de Manejo : é um conjunto de métodos e procedimentos pelos quais seestabelece a utilização racional e sustentável dos recursos naturais;

f) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD: plano de apresentaçãoobrigatória em todos os casos de implantação de empreendimentos cujo potencial depoluição/degradação de uma dada área seja médio ou grande, contendo informações claras acerca dasmedidas que serão adotadas pelo empreendedor para a recuperação dos sítios alterados pelosdanos/impactos do empreendimento, visando garantir condições de estabilidade e sustentabilidade domeio ambiente;

g) Análise Preliminar de Risco: é a descrição preliminar, após estudo técnico, dosprováveis impactos ambientais que poderão advir da implantação e operação de determinada atividade;

h) Estudo de Impacto Ambiental - EIA: estudo técnico-científico, elaborado porequipe multidisciplinar, necessário para o licenciamento de empreendimentos de grande porte e/ou degrande potencial poluidor/degradador, contemplando, entre outras informações pertinentes:

1) descrição detalhada do empreendimento, com indicação de alternativastecnológicas e de localização;

2) limites da área geográfica que, direta ou indiretamente, será afetada pelosimpactos ambientais decorrentes da implementação do empreendimento, com uma descrição detalhadados mesmos;

3) diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento;4) proposta de medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos ambientais

decorrentes da implementação do empreendimento;5) proposta de monitoramento, planos, programas e projetos ambientais;6) descrição detalhada do meio físico (solo, subsolo, recursos hídricos, superficiais e

subterrâneos, clima, topografia, recursos atmosféricos etc.), do meio biológico (fauna e flora, comcaracterização detalhada do(s) ecossistema(s) da área de implantação do empreendimento) e do meioantrópico (aspectos sócio-econômicos da área).

i) Relatório de Impacto Ambiental - RIMA : documento obrigatório para olicenciamento de empreendimentos de grande porte e/ou de grande potencial poluidor/degradador,elaborado com base nas informações obtidas através do EIA, visando transmitir, em linguagem clara eacessível, sem prejuízo do seu caráter científico, informações fundamentais do EIA a todos osseguimentos da sociedade, mostrando claramente as vantagens e desvantagens da implementação doempreendimento e todas as suas conseqüências ambientais.

V – Anuência Prévia – APRA: permite a emissão do Alvará de Localização eFuncionamento, pelo Município, para os empreendimentos, atividades e serviços considerados efetivaou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente que não sejam de impacto local ecujo licenciamento se dê em outro nível de competência;

VI – Licença Prévia – LP : licencia a localização dos empreendimentos, atividades eserviços considerados efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente deimpacto local, por competência direta ou através de poderes delegados, sendo pré-requisito para aemissão do Alvará de Localização e Funcionamento pelo Município e para o LicenciamentoAmbiental;

VII - Licença de Instalação - LI: licencia a instalação dos empreendimentos,atividades e serviços de impacto local, por competência direta ou através de poderes delegados, deacordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo asmedidas de controle ambiental e as demais condicionantes;

VIII - Licença de Operação - LO: licencia a operação dos empreendimentos,atividades e serviços de impacto local, por competência direta ou através de poderes delegados, apósverificação do efetivo cumprimento das exigências constantes nas licenças anteriores.

Art. 4º - Dependerão de licenciamento ambiental pela SEMMADES, na forma dalegislação pertinente, a localização, a instalação e a operação dos empreendimentos, atividades eserviços considerados efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente ecujo impacto ambiental seja local, além daqueles que forem delegados ao Município pela União oupelo Estado, por instrumento legal ou convênio.

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§ 1º - A listagem e classificação das atividades, empreendimentos e serviços a que serefere o caput deste artigo será regulamentada através de Decreto Municipal.

§ 2º - Nos casos em que a emissão das licenças de que trata o caput deste artigodepender da elaboração de EIA/RIMA, será formada uma Comissão Técnica, para análise e emissão deparecer favorável, ou não, à concessão da licença ambiental solicitada, e que deverá ser posteriormentesubmetida à deliberação do Conselho Municipal do Meio Ambiente - CMMA.

§ 3º - O Município deverá, quando do requerimento do Alvará de Localização eFuncionamento das atividades a que se refere o caput deste artigo, encaminhar o respectivo processopara análise e classificação pela Coordenadoria de Planejamento – COPLAN, segundo as normas deuso e parcelamento do solo urbano, e às demais Secretarias, de acordo com a necessidade, para, após,encaminhá-lo a SEMMADES, para análise técnica ambiental.

Art. 5º - Todos os projetos e estudos a serem apresentados à SEMMADES deverãoestar acompanhados da respectiva ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, do responsáveltécnico.

Art. 6º - A SEMMADES, mediante ato administrativo, e após análise conclusiva doRETAP, bem como, de parecer dos demais órgãos competentes, quando couber, emitirá:

I - Anuência Prévia para os empreendimentos, atividades e serviços efetiva oupotencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente cujo impacto não seja local;

II - Licença Prévia para os empreendimentos, atividades e serviços efetiva oupotencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente de impacto local ou delegados.

§ 1º – A Anuência Prévia poderá estabelecer condicionantes a serem respeitadas pelosempreendimentos e/ou atividades a que se refere o inciso I deste artigo.

§ 2º - A Taxa devida para a emissão da Anuência Prévia tem por fato gerador oexercício regular do poder de polícia, decorrente das análises feitas pela SEMMADES no tocante aviabilidade ou não do exercício de atividades, empreendimentos e serviços efetiva ou potencialmentepoluidores e/ou degradadores do meio ambiente no Município, cujo licenciamento se dê em outro nívelde competência.

§ 3º - O valor da Taxa referida no parágrafo anterior será regulado segundo a classe deenquadramento do empreendimento, atividade ou serviço, resultado do entroncamento do seu porte epotencial poluidor, conforme Tabela IV, do ANEXO I, parte integrante desta Lei.

Art. 7º - A SEMMADES, após análise técnica com parecer favorável do RETAP,adotará procedimento simplificado de licenciamento ambiental para os empreendimentos, atividades eserviços de porte mínimo ou pequeno e potencial poluidor mínimo ou pequeno, em que se dispensará aemissão da LI.

CAPÍTULO IIDA EMISSÃO DAS LICENÇAS AMBIENTAIS

SEÇÃO IDO PROCEDIMENTO

Art. 8º - A LP, a LI e a LO serão emitidas mediante requerimentos das partesinteressadas acompanhados dos documentos obrigatórios que serão estabelecidos por DecretoMunicipal, e da comprovação do cumprimento das condicionantes da licença anterior, quando for ocaso.

§ 1º - Os modelos das licenças serão estabelecidos por Decreto Municipal.§ 2º - A SEMMADES publicará no Diário Oficial do Município, mensalmente, a

relação das licenças requeridas e das licenças emitidas, retiradas ou não pelo empreendedor.§ 3º - O empreendedor deverá tornar público, mediante publicação no Diário Oficial do

Município e em jornal de grande circulação no Município, o pedido de licenciamento em qualquer desuas modalidades, sua concessão e a respectiva renovação, conforme Termo de Referência a serestabelecido por Decreto Municipal.

§ 4º - Somente com o atendimento ao disposto no caput deste artigo a SEMMADESdará início à análise da licença ambiental requerida, e a ausência de qualquer um deles implicará noarquivamento do processo no Arquivo Municipal.

§ 5º - O arquivamento do processo de licenciamento, previsto no parágrafo anterior,não impedirá que o empreendedor requeira o seu desarquivamento, respeitado o prazo máximo de 01(um) ano a contar da data de seu arquivamento.

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§ 6º - Não respeitado o prazo estipulado no parágrafo anterior, o empreendedor ficaobrigado a requerer novamente o licenciamento, mediante apresentação dos documentos a que serefere o caput deste artigo, inclusive, o recolhimento das taxas estipuladas.

SEÇÃO IIDOS PRAZOS

Art. 9 º- A Licença Prévia será emitida no prazo máximo de 30 (trinta) dias e aslicenças de instalação e de operação serão emitidas no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados apartir do recebimento dos respectivos processos, observado o disposto no art. 8º, § 4º, desta Lei.

§ 1º - A SEMMADES poderá estabelecer prazos de análise diferenciados em funçãodas peculiaridades do empreendimento, atividade ou serviço, bem como para a formulação deexigências complementares, respeitado o prazo máximo de 06 (seis) meses e, nos casos em que houverexigência de EIA/RIMA ou Audiência Pública, o prazo máximo de 12 (doze) meses.

§ 2º – Os prazos a que se refere este artigo poderão ser alterados, desde que justificadose com a concordância do empreendedor e da SEMMADES.

§ 3º - A contagem dos prazos previstos neste artigo será suspensa durante a elaboraçãodos estudos complementares ou preparação de esclarecimentos solicitados pela SEMMADES aorequerente do licenciamento.

Art. 10 - O empreendedor deverá atender à solicitação formal de esclarecimentoscomplementares, dentro do prazo estipulado, contado a partir da solicitação, sob pena de ser arquivadoo processo de licenciamento.

Parágrafo único - Os prazos estipulados para a apresentação de qualquer documentopoderão ser prorrogados, desde que haja justificativa convincente da solicitação.

Art. 11 – Caso a SEMMADES não cumpra os prazos estipulados, o licenciamentopoderá ser solicitado ao órgão que detenha competência para atuar supletivamente.

Parágrafo único - Neste caso, o requerente deverá pedir, previamente, a baixa doprocesso, com a devida justificativa, anexando cópia do requerimento ao órgão que atuarásupletivamente.

SEÇÃO IIIDAS LICENÇAS AMBIENTAIS CONCEDIDAS PELA SEMMADES

Art. 12 - A LP será concedida após análise e aprovação do RETAP.§ 1º - O RETAP é um estudo ambiental obrigatório para a concessão da Licença Prévia

e Anuência Prévia, observadas as exigências constantes do Termo de Referência a ser estabelecido porDecreto Municipal, devidamente acompanhado da respectiva ART, sujeito à análise técnica conclusivada SEMMADES.

§ 2º - A LP deverá, quando couber, especificar as condições a serem atendidas para queo empreendimento, a atividade ou o serviço, bem como seus equipamentos e sistemas de controle depoluição, possam ter sua instalação requerida na SEMMADES.

§ 3º - O prazo máximo de validade da LP será de 01 (um) ano, prorrogável por igualperíodo, sem ônus.

Art. 13 - A SEMMADES, após análise do RETAP e verificado que oempreendimento, a atividade ou o serviço não são enquadrados como de porte e potencial poluidormínimo ou pequeno, definirá os estudos ambientais pertinentes para a emissão da LI.

Art. 14 - A LI será concedida após o atendimento das condições estabelecidas na LP ea análise e aprovação do Estudo Ambiental pertinente ao respectivo processo de licenciamento ouProjeto Técnico Específico, quando este for solicitado, em razão da natureza e característica doempreendimento, atividade e serviço.

Parágrafo único - O prazo máximo de validade da LI será de 02 (dois) anos,prorrogável por igual período, sem ônus.

Art. 15 - A LO será concedida após o cumprimento das condicionantes estabelecidasna LI e mediante apresentação do Atestado de Conclusão e da ART da Execução do ProjetoAmbiental, observado o seguinte: *

I – o Atestado de Conclusão será emitido pelo empreendedor, ao final da instalação,devendo estar acompanhado da respectiva ART da Execução do Projeto Ambiental;

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II – quando do requerimento de licenciamento ambiental na SEMMADES, para osempreendimentos em que os projetos não tenham sido executados por profissional habilitado, deverá oempreendedor apresentar a ART de Regularização de Serviço, devidamente acompanhada dorespectivo Laudo Técnico;

III – o profissional responsável deverá assinar o Atestado de Conclusão juntamentecom o empreendedor.

§ 1º - Na procedimento simplificado a que se refere o art. 7º desta Lei, se exigirá ocumprimento das condicionantes estabelecidas na LP e, a critério do Diretor do DLA, porrecomendação do seu corpo técnico, poderá ser exigido o disposto no inciso I ou II.

§ 2º - Na LO deverá constar, entre outras, a condicionante imposta ao interessado paraa execução dos cronogramas de monitoramento de efluentes, com base em padrões de emissão dequalidade ambiental.

§ 3º - O prazo de validade da LO será de 04 (quatro) anos.§ 4º - As licenças de Operação emitidas pela SEMMADES até 31 de dezembro de

2001, terão seus prazos adequados aquele previsto no parágrafo terceiro deste artigo, sem ônus.* Artigo alterado pela Lei Municipal N.º 5320, de 02 de maio de 2002.Art. 16 - A ampliação de empreendimentos, de atividades e serviços autorizados a

operar no Município, que implique em aumento da capacidade nominal de produção ou prestação deserviços, dependerá da emissão de LI e LO para a parte a ser ampliada, sendo que esta últimasubstituirá a LO anterior e corresponderá a todo o parque já instalado e a parte ampliada.

Parágrafo único – As licenças a que se refere o caput deste artigo serão emitidas apósanálise e aprovação do seu requerimento, atendido o estabelecido nesta Lei para a emissão da LI e daLO.

Art. 17 - Sempre que necessário, a SEMMADES solicitará, formalmente,esclarecimentos e/ou documentos complementares para a apreciação de requerimento de qualquerlicença prevista nesta Lei, sob pena de arquivamento do processo de licenciamento, inclusive, doRelatório Técnico Periódico após a concessão da LO.

SEÇÃO IVDA RENOVAÇÃO E DA REVISÃO DAS LICENÇAS EXPEDIDAS

Art. 18 – Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade,empreendimento ou serviço, a SEMMADES poderá, mediante decisão motivada, alterar o prazo devalidade a que se refere o § 2º do art. 15 desta Lei, aumentando-o, após avaliação do desempenhoambiental da atividade, empreendimento ou serviço no período de vigência anterior, observado o limitemáximo estipulado em âmbito federal.

Art. 19 - A renovação da LO pela SEMMADES dependerá de comprovação documprimento das condições da licença vincenda e seu custo será o equivalente aos valores da licençade operação, estabelecidos de acordo com as Tabelas I e II, constantes do ANEXO I, parte integrantedesta Lei.

Art. 20 – Todo empreendimento, atividade ou serviço cadastrado na SEMMADES oulicenciado pela mesma receberá, após a emissão da LO, uma visita anual, no mínimo, visando atestar ocumprimento das condicionantes estabelecidas e vistoriar os equipamentos antipoluentes, dentreoutros, para efeito de aplicação das medidas.

Parágrafo único – A SEMMADES deverá publicar, mensalmente, no Diário Oficialdo Município, a relação das empresas fiscalizadas para os fins que dispõe o caput deste artigo e osrespectivos números de sua LO.

Art. 21 - A revisão das licenças concedidas pela SEMMADES, independente do prazode validade, ocorrerá sempre que:

I - houver alteração dos padrões de emissão e de qualidade ambiental vigentes, queimplique na necessidade de redimensionamento dos equipamentos e sistemas de controle de poluiçãodos empreendimentos e/ou atividades que estejam operando mediante a respectiva licença;

II - surgir tecnologias mais eficazes de controle de poluição, posteriores às licençasconcedidas pela SEMMADES, desde que comprovada tecnicamente a necessidade de sua implantaçãopara proteção do meio ambiente;

III – os prazos, apreciados e definidos em função do projeto, determinarem;IV – determinada pelo Chefe do Poder Executivo, quando o interesse público assim o

exigir;V – a atividade colocar em risco a saúde ou a segurança da população, para além

daquele normalmente considerado quando do licenciamento;

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VI – a continuidade de a operação comprometer de maneira irremediável recursosambientais não inerentes à própria atividade;

VII – ocorrer o descumprimento das condicionantes do licenciamento, desde que nãojustificado e aceito pela SEMMADES.

VIII – houver alteração da razão social da empresa, caso em que será emitida umanova licença, nos mesmos moldes da que está sendo substituída, sem ônus, com a nova razão social. *

* Inciso acrescentado pela Lei Municipal N.º 5320, de 02 de maio de 2002.Art. 22 – A SEMMADES, ao verificar a ocorrência de quaisquer das hipóteses

constantes dos incisos do artigo anterior poderá, mediante decisão motivada, modificar ascondicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender empreendimentos, atividades ouserviços, e, firmar Termo de Compromisso, até que se comprove a correção da irregularidade e/ou areparação do dano sem prejuízo da aplicação de outras penalidades previstas em lei.

Parágrafo único – A SEMMADES, quando julgar necessário, convocará o CMMA,para manifestar-se sobre o disposto no caput deste artigo.

CAPÍTULO IIIDAS TAXAS DEVIDAS PARA O PROCESSAMENTO DAS LICENÇAS AMBIENTAIS

Art. 23 - As Taxas de Licenciamento Ambiental, devidas para o processamento daslicenças ambientais, e a Taxa de Renovação de LO têm por fato gerador o exercício regular do poderde polícia, decorrente do licenciamento ambiental para o exercício de empreendimentos, atividades eserviços efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente, no âmbitomunicipal.

Art. 24 – O valor das Taxas previstas no artigo anterior será definido de acordo com oporte e potencial poluidor do empreendimento, atividade ou serviço, os quais serão enquadradosconforme Tabela I, culminando nas classes de enquadramento I, II, III, IV, V, VI e VII, obedecidos osvalores contidos na Tabela II, ambas do ANEXO I, parte integrante desta Lei.

§ 1º - Os valores das taxas de licenciamento poderão ser parcelados em até 06 (seis)vezes, não podendo nenhuma das parcelas ter valor inferior a R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais).

§ 2º - Sobre as taxas lançadas e não quitadas até o vencimento incidirão juros e multasde acordo com a legislação municipal vigente.

Art. 25 – Os empreendimentos, atividades e serviços de grande porte e/ou de grandepotencial poluidor/degradador ficam sujeitos ao recolhimento de taxa para a análise do EIA/RIMA, nostermos desta Lei, e segundo a classificação disposta na Tabela III, do ANEXO I, parte integrante destaLei.

Art. 26 - As cópias dos comprovantes de recolhimento da respectiva taxa referida noartigo 23 serão apensados ao respectivo requerimento de Licenciamento Ambiental.

Art. 27 - Os valores recolhidos não serão devolvidos, salvo se comprovada a nãoprestação de serviço, pela SEMMADES, relacionado com o recolhimento.

Art. 28 - Os valores das Taxas de Licenciamento Ambiental serão corrigidosmonetariamente, segundo índices oficiais do Governo Federal, por Ato do Poder Executivo Municipal.

CAPÍTULO IVDA AVALIAÇÃO E DO ENQUADRAMENTO

Art. 29 - O enquadramento dos empreendimentos, atividades e serviços efetiva oupotencialmente poluidores tem como objetivo definir o valor do licenciamento necessário a cada umdeles e estabelecer as bases de cálculo para a cobrança dos serviços de análise dos pedidos e da licençarequerida a SEMMADES.

Art. 30 - O enquadramento de que trata o artigo anterior será feito de acordo com alistagem e classificação das atividades, empreendimentos e serviços efetiva ou potencialmentepoluidores, a ser regulamentada através de Decreto do Poder Executivo Municipal.

Art. 31 - Os valores das Taxas de Licenciamento Ambiental serão estabelecidos combase no licenciamento solicitado e pela interseção do enquadramento quanto ao porte com o potencialpoluidor, conforme expresso nas Tabelas I e II, constantes do ANEXO I, parte integrante desta Lei.

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CAPÍTULO VDO CADASTRO DE EMPREENDIMENTOS, ATIVIDADES E SERVIÇOS EFETIVA OU

POTENCIALMENTE POLUIDORES E/OU DEGRADADORES

Art. 32 - Deverão cadastrar-se obrigatoriamente na SEMMADES empreendimentos,atividades e serviços considerados efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meioambiente.

Parágrafo único - O formulário do cadastro deverá ser apresentado junto aorequerimento ou renovação da LO e, quando necessário, em outro período estabelecido pelaSEMMADES e aprovado pelo CMMA.

Art. 33 – As empresas instaladas e em operação regular no Município, comlicenciamento em outro nível de competência, também ficam sujeitas ao Cadastro deEmpreendimentos, Atividades e Serviços potencial ou efetivamente poluidores e/ou degradadores domeio ambiente, mediante apresentação da LO e ao recolhimento da Taxa de Cadastramento, constantena Tabela IV do ANEXO I e regulada segundo as classes de enquadramento do empreendimento,atividades e serviços, resultado da interseção de seu porte e potencial poluidor, parte integrante destalei.

Parágrafo único - A Taxa de Cadastramento prevista no caput deste artigo tem porfinalidade a feitura de um banco de dados para que o corpo técnico e/ou a fiscalização daSEMMADES possam proceder à inspeção para controle e fiscalização ambiental de suas atividades noTerritório do Município.

CAPÍTULO VIDO PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL

SEÇÃO IDA FISCALIZAÇÃO

Art. 34 - A SEMMADES deverá exercer o poder de polícia na fiscalização daqualidade ambiental, mediante o controle, o monitoramento e a avaliação do uso dos recursosambientais.

Art. 35 - A SEMMADES exercerá fiscalização do cumprimento no disposto nesta Leie na legislação ambiental em vigor.

§ 1º - No exercício regular de suas atribuições, ficam asseguradas, aos agentes fiscais eà Guarda Ambiental Municipal, quando solicitada pelo agente fiscal, a entrada, a qualquer dia e hora, ea permanência, pelo tempo que se fizer necessário, em qualquer tipo de empreendimento, atividade eserviço considerados efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente.

§ 2º - A entidade fiscalizada deve colocar à disposição dos agentes fiscais daSEMMADES as informações necessárias e promover os meios adequados à perfeita execução de seudever funcional.

§ 3º - Os agentes fiscais da SEMMADES, quando obstados, poderão requisitar forçapolicial para o exercício de suas atribuições, em qualquer parte do território do Município.

Art. 36 - Aos agentes fiscais no exercício de sua função, compete:

I - efetuar vistorias/inspeções em geral e levantamentos;II - efetuar medições e coletas de amostras;III - elaborar relatórios de vistorias/inspeções;IV - exercer outras atividades que lhes forem designadas;V - lavrar notificações e autos de infração;VI - verificar a ocorrência de infrações e aplicar as respectivas penalidades, nos termos

da legislação vigente;VII – lacrar, mediante auto de embargo/interdição, devidamente assinado pelo

Secretário, equipamentos, unidades produtivas ou instalações, nos termos da legislação vigente;VIII – apreender animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,

petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;IX – exercer outras atividades correlatas.

Art. 37 – O setor técnico subsidiará, quando solicitado, pelo agente fiscal daSEMMADES, sua atuação, através de relatórios técnicos e avaliações ou, ainda, acompanhando-onaquelas situações que assim o exigirem.

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Art. 38 - As atividades de controle e monitoramento ambiental têm como objetivos:I - aferir o atendimento aos padrões de emissão e aos padrões de qualidade ambiental

previamente ou a serem estabelecidos;II - subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou

episódios críticos de poluição.Art. 39 - Os responsáveis pelos empreendimentos, atividades e serviços considerados

efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente ficam obrigados, a critérioda SEMMADES, a apresentar, para a sua apreciação, laudo técnico, a análise de seus riscos, suasconseqüências e sua vulnerabilidade.

Parágrafo único - A análise de riscos a que se refere o caput deste artigo deverá estardisponível ao público externo, devendo ser comunicados os riscos involuntários aos quais acomunidade local estará exposta/submetida.

Art. 40 - A SEMMADES poderá exigir:I - a instalação e a operação de equipamentos automáticos de medição, com

registradores, nas fontes de poluição, para monitoramento quantitativo e qualitativo dos poluentesemitidos, cabendo à SEMMADES, a vista dos respectivos registros, fiscalizar seu funcionamento;

II - que os responsáveis pelas fontes de poluição, através da realização de amostragense análises, mediante relatório técnico, demonstrem a quantidade e qualidade dos poluentes emitidos,utilizando-se de métodos e parâmetros estabelecidos em lei.

Art. 41 - A SEMMADES exigirá que os responsáveis pelas fontes de poluição do meioambiente adotem medidas de segurança para evitar os riscos ou a efetiva poluição/degradação daságuas, do ar, do solo e do subsolo, assim como outros efeitos indesejáveis ao bem-estar dacomunidade.

Art. 42 – Deverão ser respeitados os padrões de emissão e os parâmetros de qualidadeambiental, qualitativos e quantitativos, estabelecidos por normas federais, sob pena de serem aplicadasas penalidades legais.

Art. 43 - No caso de inexistência de padrões legais estabelecidos, os responsáveispelas fontes de poluição deverão adotar sistemas de controle baseados na melhor tecnologia práticadisponível ou medidas tecnicamente adequadas, desde que aceitos pela SEMMADES ou CMMA.

Art. 44 - A SEMMADES, ouvido o CMMA, poderá exigir a relocalização deatividades poluidoras que, em razão de sua localização, processo produtivo ou fatores delesdecorrentes, mesmo após a adoção de sistemas de controle, não tenham condições de atender àsnormas e padrões legais.

Art. 45 - O empreendedor ficará sujeito à apresentação periódica de relatório demonitoramento ambiental, quando a SEMMADES ou o CMMA o solicitar.

Parágrafo único - O monitoramento será de responsabilidade técnica e financeira doempreendedor.

Art. 46 - Quando necessário, os procedimentos técnicos e administrativos serãoregulamentados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal.

SEÇÃO IIDA AUDITORIA AMBIENTAL

Art. 47 – Todo empreendimento, atividade e serviço efetiva ou potencialmentepoluidor e/ou degradador do meio ambiente de impacto ambiental local, deverá, a critério daSEMMADES e mediante aprovação pelo CMMA, submeter-se, periodicamente, à AuditoriaAmbiental, com o objetivo de verificar o cumprimento da legislação, das normas, dos regulamentos edas técnicas relativas à proteção do meio ambiente.

Art. 48 - Para os efeitos desta Lei, entende-se por Auditoria Ambiental a avaliaçãosistemática, objetiva e periódica dos aspectos legais, técnicos e administrativos relacionados àsatividades de todas as unidades produtivas de uma empresa ou instituição, visando:

I - verificar a observância de normas legais municipais, estaduais e federais;II - verificar o cumprimento das restrições e recomendações das licenças ambientais

e/ou Estudos Ambientais definidos no art. 3º, IV, desta Lei, quando houver;III - avaliar os efeitos de políticas, planos, programas e projetos de gestão ambiental e

de desenvolvimento econômico e social;IV - verificar a adequação dos procedimentos da empresa e/ou instituição quanto aos

padrões de qualidade ambiental da região em que se localizam.

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§ 1º - Os resultados da auditoria ambiental deverão ser de domínio público, salvo noscasos de sigilo empresarial.

§ 2º - O responsável pela realização da Auditoria Ambiental deverá ter acesso a todasas informações relevantes para o exercício de sua função.

§ 3º - A Auditoria Ambiental será objeto de controle e fiscalização pelos agentes fiscaise/ou corpo técnico da SEMMADES, podendo ser solicitadas complementações e alterações.

§ 4º A Auditoria Ambiental é de responsabilidade técnica e financeira doempreendedor.

CAPÍTULO VIIDAS SANÇÕES APLICÁVEIS ÀS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 49 - Toda ação ou omissão que viole as regras de uso, gozo, promoção, proteção erecuperação do meio ambiente é considerada infração administrativa ambiental e será punida com assanções previstas nesta Lei, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades previstas nas legislaçõesmunicipal, estadual e federal.

Art. 50 - As infrações constatadas pela fiscalização serão punidas com as seguintespenalidades, aplicadas independente ou cumulativamente:

I - notificação;II - multa simples ou diária;III - suspensão de empreendimentos, atividades e serviços;IV – apreensão e depósito de produtos e instrumentos utilizados na infração;V - suspensão ou restrição de benefícios, incentivos e ajuda técnica, concedidos pelo

Município.

SEÇÃO IDA NOTIFICAÇÃO

Art. 51 – Far-se-á notificação:I – para que o empreendedor, operando sem o devido licenciamento ambiental,

providencie a regularização do empreendimento ou atividade junto ao órgão ambiental competente;II – quando constatada qualquer irregularidade passível de ser sanada,

independentemente da aplicação de outras penalidades por danos ao meio ambiente.

§ 1º - A notificação será entregue pessoalmente ao notificado ou a quem tenha podereslegais para recebê-la.

§ 2º- Constatada a irregularidade ou verificada a possibilidade de sua ocorrência, oagente fiscal estipulará prazo para o atendimento da notificação, sob pena de aplicação de multaespecífica.

§ 3º - A pedido do notificado, o prazo para a correção da irregularidade poderá serprorrogado, por uma única vez, a critério do agente fiscal que verificou a irregularidade ou peloSecretário da SEMMADES.

§ 4º - Negando-se o infrator a assinar a notificação, esta será assinada por duastestemunhas que presenciarem o fato e encaminhada por Carta Registrada com Aviso de Recebimento-AR.

Art. 52 - Para cada irregularidade constatada pelo agente fiscal, lavrar-se-ãonotificações distintas, especificando os fundamentos de fato e de direito da notificação.

SEÇÃO IIDAS MULTAS

Art. 53 - Constatada a infração, o agente fiscal da SEMMADES deverá lavrar o Autode Infração em 04 (quatro) vias, sendo a primeira delas entregue ao infrator, a segunda encaminhada aoSetor de Tributação, a terceira, juntamente com o relatório circunstanciado e o processo, quandohouver, encaminhada à Procuradoria Geral do Município para avaliação da necessidade de comunicaro fato ao Ministério Público, e a quarta arquivada na SEMMADES.

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§ 1º - Os encaminhamentos de que trata o caput deste artigo só poderão ser feitos, sedecorrido o prazo de recurso em primeira instância.

§ 2º - Na ocorrência de crime ambiental, o fato será encaminhado ao MinistérioPúblico para as providências cabíveis.

Art. 54 - O formulário do Auto de Infração deverá conter:I – Número e Série;II- Data/Horário da Infração;III – Número do Cadastro de Pessoas Físicas – CPF e/ou do Cadastro Nacional de

Pessoas Jurídicas;IV – Número da Inscrição Estadual;V – Número da Inscrição Municipal;VI – Nome do Autuado;VII – Endereço completo;VIII – Descrição da infração;IX – Especificação do dispositivo legal ou regulamentar transgredido;X - Valor da multa;XI - Local da infração;XII - Assinatura do autuado;XIII - Assinatura e carimbo do autuante;XIV – Prazo para apresentação de defesa.

Art. 55 – O original do Auto de Infração, devidamente assinado pelo autuado ou, emcaso de pessoa jurídica, por seu representante legal, será entregue a ele pessoalmente.

§ 1º - Negando-se o infrator a assinar o Auto de Infração, este será assinado por 02(duas) testemunhas que presenciarem o fato e remetido por carta registrada com Aviso de Recebimento– AR, contando-se o prazo de 30 (trinta) dias para a apresentação da defesa, a partir do recebimento damesma.

§ 2º - O prazo para o pagamento da multa será de 30 (trinta) dias, contados dorecebimento do Auto de Infração.

§ 3º - Não efetuado o pagamento nem apresentada a defesa no prazo legal, o débitoreferente à multa será considerado procedente e inscrito em dívida ativa.

Art. 56 – O agente fiscal lavrará, para cada conduta tida por infracional, autos deinfração distintos.

Art. 57 - A aplicação da penalidade de multa deverá levar em consideração asseguintes circunstâncias:

I - redução em 50% (cinqüenta por cento) do seu valor na ocorrência das seguintesatenuantes:

a) menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;b) reparação espontânea do dano ou limitação da degradação ambiental;c) comunicação prévia do infrator às autoridades competentes, em relação ao perigo

iminente da degradação ambiental;d) colaboração com os agentes fiscalizadores do controle ambiental.II – duplicação do seu valor, na ocorrência dos seguintes agravantes:a) reincidência específica ou genérica;b) maior extensão do dano ambiental;c) dolo;d) ocorrência de efeitos sobre a propriedade alheia;e) atingir área sob proteção legal;f) infração ocorrida em perímetro urbano;g) danos permanentes à saúde humana;h) emprego de métodos cruéis na morte ou captura de animais;i) utilização da condição de agente público para a prática da infração;j) tentativa de eximir-se da responsabilidade, atribuindo-a a outrem;l) impedir ou dificultar a ação da fiscalização;m) ação sobre espécies raras, vulneráveis ou em risco de extinção.Parágrafo único - Constitui reincidência a prática de nova infração ambiental

cometida pelo mesmo agente infrator no período de 03 (três) anos, classificada como:I – Específica: cometimento de infração da mesma natureza;II – Genérica: o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.

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Art. 58 - As exigências originárias da ação fiscal poderão ser firmadas mediante Termode Compromisso, obrigando-se o infrator, entre outras, à adoção de medidas específicas para cessar oucorrigir a degradação ambiental.

§ 1º - As multas poderão ter a sua exigibilidade suspensa, após assinado Termo deCompromisso entre o infrator e o Secretário da SEMMADES.

§ 2º - Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa seráreduzida em 90% (noventa por cento) do valor atualizado monetariamente.

§ 3º - Na hipótese do não cumprimento total ou parcial do Termo de Compromisso amulta tornar-se-á exigível e terá seu valor atualizado monetariamente.

§ 4° - Os valores apurados nos §§ 2° e 3° deverão ser recolhidos no prazo de 5 (cinco)dias do recebimento da notificação.

Art. 59 – Deverá ser firmado, entre o infrator e a SEMMADES, Termo deCompromisso homologado pelo CMMA, quando este visar à transformação da penalidade pecuniáriana conversão em produção e/ou fornecimento de material educativo, equipamentos técnicos para usona fiscalização, mudas, materiais para a realização de cursos na área de Educação Ambiental, bemcomo qualquer outra medida de interesse para proteção ambiental.

Art. 60 - A multa diária poderá ser aplicada sempre que o cometimento da infração seprolongar no tempo, até a sua afetiva cessação ou regularização da situação mediante a celebração,pelo infrator, de termo de compromisso de reparação de dano.

SEÇÃO IIIDA SUSPENSÃO

Art. 61 - A suspensão do empreendimento, da atividade ou de serviço, após análise eparecer do corpo técnico e ouvido o CMMA, poderá ser aplicada pelo Secretário da SEMMADES nosseguintes casos:

I - reincidência e/ou de ação contínua que esteja provocando poluição/degradaçãoambiental ou perigo iminente à vida humana ou à saúde pública;

II – operar ou prosseguir empreendimentos, atividades e serviços efetiva oupotencialmente poluidores sem licença para operar ou em desacordo com as condicionantes pré-estabelecidas.

Parágrafo único - A penalidade de suspensão perdurará até cessar a ocorrência depoluição/degradação ambiental e o perigo iminente à vida humana ou à saúde pública ou até aregularização do licenciamento ambiental.

Art. 62 - Em caso de resistência por parte do infrator para o cumprimento dapenalidade de suspensão da atividade, esta será realizada com requisição de força policial pelaSEMMADES.

SEÇÃO IVDA APREENSÃO E DEPÓSITO DE PRODUTOS E INSTRUMENTOS

Art. 63 - Os instrumentos e produtos utilizados para a prática da infração poderão serapreendidos pela SEMMADES, nos casos em que o infrator não respeitar a aplicação da penalidade desuspensão de atividade ou de infração continuada.

§ 1º - Salvo os casos previstos no § 2º, os instrumentos e produtos apreendidos poderãoser devolvidos, se atendidas as seguintes condições:

I - se os instrumentos e produtos forem de pessoas contratadas pelo infrator e firmaremtermo de compromisso perante a SEMMADES de não os utilizarem mais para o fim que motivou aapreensão;

II - após a comprovação do pagamento da multa, caso tenha sido aplicada, e aassinatura de termo de compromisso pelo infrator, comprometendo-se a não voltar a cometer airregularidade que motivou a apreensão;

III - ter autorização exigida para uso do instrumento ou produto apreendido.§ 2º - Serão destruídos os produtos que importem em risco para o meio ambiente e

para a saúde humana ou estiverem em condições irregulares no Município, sem possibilidade deregularização.

§ 3º - Os custos da disposição final e/ou destruição de que trata o parágrafo anteriorserão de responsabilidade do infrator.

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§ 4º – Fica determinado como fiel depositária dos instrumentos e produtos amunicipalidade.

§ 5º - Decorridos 06 (seis) meses, os produtos e/ou instrumentos apreendidos que nãotiverem sido retirados pelo(s) infrator(es) serão doados a instituições sociais sem fins lucrativos ouleiloados e, neste caso, os recursos serão destinados ao Fundo Municipal do Meio Ambiente - FMMA.

SEÇÃO VDA PERDA OU RESTRIÇÃO DE BENEFÍCIOS, INCENTIVOS E AJUDA TÉCNICA

CONCEDIDOS PELO MUNICÍPIO

Art. 64 - A penalidade de suspensão ou restrição de benefícios, incentivos e ajudatécnica, concedidos pelo Município, será aplicada quando da ocorrência do disposto no Art. 61 destaLei.

CAPÍTULO VIIIDO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA COBRANÇA

DAS PENALIDADES PECUNIÁRIAS

SEÇÃO IDA DEFESA E DO RECURSO

Art. 65 - Da ação fiscal que resultar na aplicação de penalidade, o autuado poderáapresentar defesa, em primeira instância, encaminhada ao Secretário Municipal de Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentável, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de recebimento do Auto deInfração.

Parágrafo Único - A defesa mencionará:I – a autoridade julgadora a quem é dirigida;II – a qualificação do recorrente;III – os fundamentos de fato e de direito do recurso;IV – o pedido.

Art. 66 - Oferecida a defesa, o processo será encaminhado ao agente fiscal autuante,que sobre ela se manifestará, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, via relatório motivado.

Art. 67 – Anexado o relatório motivado do agente fiscal autuante, o processo seráencaminhado para Junta de Impugnação Fiscal – JIF, para análise e emissão de relatório técnico sobrea matéria de fato impugnada.

§ 1º - A JIF, formada por todos os diretores do quadro funcional da SEMMADES, teráprazo de 05 (cinco) dias para emitir relatório técnico.

§ 2º - O relatório técnico da JIF servirá de subsídio à decisão do Secretário daSEMMADES, que será dada no prazo máximo de 20 (vinte) dias.

Art. 68 - Da decisão do Secretário da SEMMADES que indeferir o pedido, mantendo apenalidade aplicada, caberá recurso, em segunda instância, ao CMMA, no prazo máximo de 30 (trinta)dias a contar da ciência, por escrito, do indeferimento.

Art. 69 - Será condição de admissibilidade de recurso à segunda instância o depósitointegral e em moeda corrente do valor litigado, a título de caução.

§ 1º - O recolhimento do depósito caução será efetuado mediante guia emitida peloSetor Municipal de Tributação, a ser depositada em conta específica.

§ 2º - Em caso de deferimento do recurso, o valor caucionado será devolvido pelaautoridade competente pelo controle da verba arrecadada.

§ 3º - Nos casos de cobrança judicial dos valores que não forem objeto de depósito, ouem casos de depósito insuficiente, a Secretaria Municipal da Fazenda encaminhará o processo àProcuradoria Geral do Município para análise e providências cabíveis.

Art. 70 - Das decisões não unânimes proferidas pelos membros do CMMA caberárecurso em terceira instância ao Chefe do Poder Executivo Municipal.

§ 1º - As decisões proferidas pelo Chefe do Poder Executivo Municipal serãoirrecorríveis, na esfera da Administração Municipal.

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§ 2º - O depósito recolhido a título de caução converter-se-á em renda, transferindo-separa conta corrente específica do FMMA, valendo como pagamento e extinguindo a obrigação naproporção do depósito, sem prejuízo de outras sanções estabelecidas.

SEÇÃO IIDA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

Art. 71 - Sobre os débitos lançados e não quitados, até o vencimento, incidirão juros emultas de acordo com a legislação municipal vigente.

Art. 72 - Os valores das multas serão corrigidos monetariamente, segundo índicesoficiais do Governo Federal, mediante Ato do Poder Executivo Municipal.

Art. 73 – Aplicada a penalidade de multa, o autuado que efetuar o seu pagamento noprazo de 15 (quinze) dias, contados a partir do recebimento da mesma, obterá um descontocorrespondente a 30% (trinta por cento) sobre o valor da penalidade pecuniária.

SEÇÃO IIIDO PARCELAMENTO DE DÉBITOS

Art. 74 - Os valores das multas constantes do Auto de Infração poderão ser parceladosem até 06 (seis) vezes, respeitando um valor mínimo que não poderá ser inferior a R$ 150,00 (cento ecinqüenta reais).

Art. 75 - Para que seja concedido o parcelamento, o infrator deverá protocolar pedidodirigido ao Secretário da SEMMADES, que emitirá parecer sobre o pedido e, em caso de deferimento,definirá o número de parcelas.

§ 1º - O valor da primeira parcela será ajustado de forma que a soma das parcelascoincida com o total do débito.

§ 2º - O atraso no pagamento de duas parcelas, consecutivas ou não, acarretará nocancelamento automático do parcelamento.

SEÇÃO IVDA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA

Art. 76 - Esgotados os prazos de pagamento e recurso, sem que o autuado tenhatomado as providências cabíveis, o Auto de Infração será encaminhado, pelo Setor de Tributação, paraa inscrição em dívida ativa.

CAPÍTULO IXDAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 77 - São Infrações Administrativas Ambientais aquelas previstas nesta Lei e nasLeis Federais em vigor.

Art. 78 - Na constatação de prática de Infração Administrativa Ambiental pelafiscalização da SEMMADES aplicar-se-ão as penalidades específicas previstas na Legislação Federal,desde que não previstas em Lei Municipal, quando, então, aplicar-se-ão estas.

Parágrafo único - O valor da penalidade de multa será o dobro do valor mínimoprevisto para as infrações específicas descritas na Legislação Federal, exceto quando se tratar deinfração prevista na Legislação Municipal, quando, então, será aplicado o valor nela previsto.

Art. 79 - Na ZPR – Zona de Proteção e Reflorestamento, correspondente às áreaslocalizadas em topos de montanhas, não abrangidas pelo PDU (Plano Diretor Urbano) e nas áreas comdeclividade igual ou superior a 45º (quarenta e cinco graus) ou 100% (cem por cento) na sua linha demaior declive, são proibidos o uso comercial, industrial e minerário, classificados como efetiva oupotencialmente poluidores por esta Lei:

Penalidade – Multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) por hectare ou fração.

Art. 80 - Na ZPAI - Zona de Proteção Ambiental Integral, nela compreendidas asUnidades de Conservação, as Áreas de Preservação Permanente, os Pontões, os Penedos, osRemanescentes da Mata Atlântica em estágios avançados de regeneração, além das áreas de recarga deaqüíferos subterrâneos, áreas com vegetação arbórea em declividade superior a 45º (quarenta e cincograus) ou 100% (cem por cento) na sua linha de maior declive e áreas marginais a cursos d’água,

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nascente, olhos d’água, lagoas e outros reservatórios superficiais, são proibidos o uso comercial eindustrial e as atividades minerárias.

Penalidade – Multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) por hectare ou fração.

Art. 81 - Na ZPAI são proibidas, ainda, as seguintes atividades:I - movimentação de terra:Penalidade – Multa de R$ 100,00 (cem reais) por m³ (metro cúbico) ou fração.

II – deposição de lixo de qualquer natureza, terra proveniente de desmonte, efluenteindustrial, entulho (da construção civil, cascalhos, etc.), objetos usados ou descartáveis:

Penalidade – Multa de R$ 450,00 (quatrocentos e cinqüenta reais) por m3 ou fração ouR$ 100,00 (cem reais) por unidade lançada.

III - realização de queimadas em matas ou florestas:Penalidade – Multa de R$ 1.000,00 (um mil reais) por hectare ou fração.IV – deposição de efluentes industriais, terra proveniente de desmonte, lixo de

qualquer natureza, animais mortos, entre outros, em curso d’água que causem ou não seuassoreamento:

Penalidade – Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por m3 ou fração ou R$ 150,00(cento e cinqüenta reais) por unidade lançada.

V - desmatamento ou remoção da cobertura vegetal:Penalidade – Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare ou fração.Art. 82 – É proibido depositar/lançar ou permitir o depósito/lançamento de rejeitos

provenientes de empreendimentos, atividades e serviços efetiva ou potencialmente poluidores e/oudegradadores do meio ambiente em áreas não licenciadas.

Penalidade – Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acréscimo de:I – R$ 800,00 (oitocentos reais) por hectare ou fração quando causar contaminação de

área cultivada em índices que tornem os produtos cultivados impróprios para consumo ou perigosospara a saúde;

II - R$ 2.000,00 (dois mil reais) por hectare ou fração quando tornar área urbanaimprópria para ocupação humana;

III - R$ 2.000,00 (dois mil reais) por hectare ou fração quando provocar destruição ououtros efeitos adversos à biota nativa, às plantas cultivadas ou à criação de animais;

IV – R$ 2.000,00 (dois mil reais) por hectare ou fração quando tornar o solo imprópriopara cultivo ou adverso à biota nativa.

Art. 83 - É proibido à pessoa jurídica lançar efluentes líquidos provenientes de áreasde lavagem de veículos e de tanques de lavagem de peças e outros assemelhados, sem o adequadotratamento.

Penalidade – Multa de R$ 350,00 (trezentos e cinqüentas reais).Art. 84 - É obrigatória a preservação da cobertura vegetal arbórea e arbustiva existente

nos lotes e terrenos urbanos, até a edificação.Penalidade – Multa de R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais) por unidade suprimida.Art. 85 - Cortar/derrubar árvores no perímetro urbano ou na sede dos distritos, sem

autorização prévia do Departamento de Parques e Jardins da Secretaria de Agricultura. Penalidade – Multa de:I - R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais) por unidade suprimida e/ou reposição da

mesma unidade ou em triplo no mesmo local ou em local apropriado designado pelo agente fiscal;II – R$ 300,00 (trezentos reais) por unidade suprimida nos logradouros públicos e/ou

reposição da mesma unidade ou em triplo no mesmo local ou em local apropriado designado peloagente fiscal;

III - R$ 2.000,00 (dois mil reais) por unidade de espécie declarada imune ao corte ouporta-semente.

Art. 86 - Danificar ou sacrificar árvores no perímetro urbano ou na sede dos distritos.Penalidade – Multa de R$ 350,00 (trezentos e cinqüenta reais) por unidade danificada

ou sacrificada e reposição da mesma unidade ou em triplo no mesmo local ou em local apropriadodesignado pelo agente fiscal.

Art. 87 - Os estabelecimentos que comercializem pilhas e baterias portáteis utilizadasem telefonia, equipamentos eletro-eletrônicos, entre outros, bem como a rede de assistência técnicadesses produtos, ficam obrigados a ter em local visível, no estabelecimento, recipiente apropriado paraa coleta das unidades usadas.

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Penalidade – Multa de 500,00 (quinhentos reais).Art. 88 - Os empreendimentos, atividades e serviços efetiva ou potencialmente

poluidores e/ou degradadores do meio ambiente não poderão produzir ruídos de qualquer natureza queultrapassem os níveis legalmente previstos para as diferentes zonas de uso e horários, a seremestipulados por Decreto Municipal, em conformidade com as normas legais federais vigentes.

Penalidade – Multa de R$ 750,00 (setecentos e cinqüenta reais).Art. 89 - Toda ação ou omissão que dificulte a ação fiscalizadora estará sujeita a

sanções legais.Parágrafo único – Ficam previstas as seguintes penalidades, segundo a ação praticada:I – advertido por irregularidades, deixar de saná-las, por negligência ou dolo:Penalidade - Multa de R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais);II - deixar de atender convocação da SEMMADES para regularização de atividades:Penalidade - Multa de R$ 350,00 (trezentos e cinqüenta reais);III – sonegar dados ou informações:Penalidade - Multa de R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais);IV – prestar informações falsas ou adulterar dados técnicos:Penalidade - Multa de R$ 300,00 (trezentos reais).

Art. 90 - Ficam proibidas, no Município de Cachoeiro de Itapemirim, a localização,instalação, operação e ampliação de empreendimentos, atividades e serviços efetiva ou potencialmentepoluidores e/ou degradadores sem o respectivo licenciamento, prevendo-se as seguintes penalidadespara os casos abaixo:

I – não possuir ou não apresentar LP no ato da fiscalização:Multa de R$ 1.000,00 (um mil reais);II - não possuir ou não apresentar LI no ato da fiscalização:Multa de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais);III - não possuir ou não apresentar LO no ato da fiscalização:Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais);IV - ampliar sem a devida licença da SEMMADES:Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Art. 91 - É proibido operar qualquer fonte de poluição com equipamento paratratamento de efluentes desligado, desativado ou com eficiência reduzida.

Penalidade – Multa de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais).

Art. 92 - O não cadastramento dos empreendimentos, atividades e serviços efetiva oupotencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente sujeitará o infrator a:

Penalidade – Multa de R$ 200,00 (duzentos reais).

Art. 93 – O descumprimento total ou parcial do Termo de Compromisso sujeitará oinfrator à:

Penalidade – Multa de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Art. 94 – Os empreendimentos, atividades e serviços efetiva ou potencialmentepoluidores ou degradadores do meio ambiente, não poderão operar ou prosseguir suas atividades emdesacordo com as condicionantes estabelecidas no processo de licenciamento.

Penalidade – Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) por condicionante não atendida.

CAPÍTULO XDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 95 - Ficam criados, na SEMMADES, em seu Departamento de EducaçãoAmbiental, até 06 (seis) cargos de Guarda Ambiental Municipal - GAM, a serem ocupados por pessoascom conhecimento e treinamento especial para essa atribuição e com formação técnica de nívelsuperior nas áreas de Direito, Engenharia Florestal, Engenharia Agronômica ou Biologia, podendo serutilizados, opcionalmente, estagiários dos cursos de graduação em epígrafe, mediante convênio, comregulamentação por Decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal.*

* Artigo alterado pela Lei Municipal N.º 5320, de 02 de maio de 2002.

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§ 1º - A função principal da GAM é a vigilância diurna e noturna do PatrimônioAmbiental do Município e dar suporte para as atividades exercidas pelos agentes fiscais, quandonecessário.

§ 2º - Fica autorizada a contratação de estagiários dos cursos de Direito, EngenhariaFlorestal , Engenharia Agronômica ou Biologia, na forma da Lei, mediante convênio com asrespectivas instituições de ensino.

Art. 96 – Os integrantes da GAM serão treinados pela SEMMADES e, após estágio,receberão Certificado de aptidão para o desempenho das funções específicas que exercerão.

Art. 97 – Fica o Chefe do Poder Executivo Municipal autorizado a criar, por Decreto,mais 02 (dois) Departamentos na Estrutura Administrativa Básica da Secretaria Municipal de MeioAmbiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMMADES, instituída pela Lei nº 4293, de 06 de maiode 1997, cujas atribuições deverão atender o disposto na presente Lei.*

* Artigo alterado pela Lei Municipal N.º 5320, de 02 de maio de 2002.

Art. 98 – A SEMMADES, para atender ao disposto nesta Lei poderá ter até 02 (dois)Assessores Técnicos de Meio Ambiente, Símbolo CC.2, cujo ocupante deverá ter formação de nívelsuperior e com os devidos registros em seu Órgão de Classe.

Art. 99 – Fica a SEMMADES autorizada a proceder à revisão de lançamentos,anteriores à vigência desta Lei, das Taxas de Licenciamento Ambiental, requerido e não emitido, cujosvalores sejam superiores aos previstos na Tabela I, do Anexo I, enquadrando-se nos novos valoresregulamentados nesta Lei. *

Parágrafo Único – Constatados pela SEMMADES os casos de pagamentosantecipados das Taxas de Licenciamento Ambiental em quantia superior aos valores previstos nestaLei, a critério da Secretaria Municipal da Fazenda, haverá restituição de valores e/ou a compensação decrédito no pagamento de Taxas de Licenciamento Ambiental posteriores e/ou multas previstas nestaLei.

* Artigo alterado pela Lei Municipal N.º 5320, de 02 de maio de 2002.

Art. 100 - As licenças emitidas até 31 de dezembro de 2001 e não retiradas serãoautomaticamente arquivadas a partir de 01 de janeiro de 2002.

Parágrafo Único – O atendimento ao disposto no caput deste artigo deverá serpublicado no Diário Oficial do Município.

Art. 101 – A destinação final, mesmo que temporária, dos resíduos do setor de rochasornamentais é considerado aterro para fins de licenciamento ambiental, mesmo que em área contíguaao processo de produção.

Art. 102 – Esta Lei entra em vigor em 01 de janeiro de 2002, revogadas as disposiçõesem contrário.

Cachoeiro de Itapemirim, 28 de dezembro de 2001.

THEODORICO DE ASSIS FERRAÇOPrefeito Municipal

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ANEXO I

TABELA I

ENQUADRAMENTO DAS ATIVIDADES EM FUNÇÃO DO PORTE DOEMPREENDIMENTO E DE SEU POTENCIAL POLUIDOR/DEGRADADOR

POTENCIAL POLUIDORPI PII M G

PI I II III IVPII II III IV VM III IV V VI

PO

RT

E

G IV V VI VII

LEGENDA:

POTENCIAL POLUIDORPI – MÍNIMO POTENCIALPII – PEQUENO POTENCIALM – MÉDIO POTENCIALG – GRANDE POTENCIAL

PORTE DO EMPREENDIMENTO

PI – MÍNIMO PORTEPII – PEQUENO PORTEM – MÉDIO PORTEG – GRANDE PORTE

TABELA II

VALORES (EM REAIS) PARA A EMISSÃO DE LICENÇAS EM FUNÇÃODO ENQUADRAMENTO ESPECIFICADO NA TABELA I

CLASSES DE ENQUADRAMENTOI II III IV V VI VII

LP 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00

LI 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00

LIC

EN

ÇA

LO 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00

TABELA III

FORMA DE CÁLCULO DAS LICENÇAS COM ANÁLISE DO ESTUDO DE IMPACTOAMBIENTAL (EIA) E DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA)

Licença Prévia 05 (cinco) vezes o valor do enquadramento

Licença de Instalação 80% (oitenta por cento) do valor estabelecido para aLicença Prévia

Licença de Operação 80% (oitenta por cento) do valor estabelecido para aLicença Prévia

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TABELA IV

TABELA DE VALORES (EM REAIS) DA ANUÊNCIA PRÉVIA AMBIENTALE DA TAXA DE CADASTRO

CLASSES DE ENQUADRAMENTO

I II III IV V VI VII

APRA 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00

CADASTRO 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00

DECRETO Nº 13.661

DISPÕE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DA LEI Nº 5286, DE 28 DEDEZEMBRO DE 2001.

O Prefeito Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, no uso das atribuições legais que lhe são conferidaspelo Art. 69, inc. IV, da Lei Orgânica Municipal.

DECRETA:

CAPÍTULO I

DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DEEMPREENDIMENTOS, ATIVIDADES E SERVIÇOS EFETIVA OU POTENCIALMENTE

POLUIDORES E/OU DEGRADADORES DO MEIO AMBIENTE

Art. 1º - São considerados efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores domeio ambiente os empreendimentos, atividades e serviços listados no Anexo I deste Decreto, emconformidade com o § 1° do Art. 4°, da Lei n° 5.286, de 28 de dezembro de 2001.

§ 1º A SEMMADES concederá, após análise conclusiva do Relatório TécnicoAmbiental Prévio – RETAP, o seguinte: *

I. Licença Ambiental , apenas aos empreendimentos, atividades e serviçosconsiderados de impacto local, passíveis de licenciamento junto a SEMMADES e, cujas atividadessão classificadas como: mínimo, ou pequeno potencial poluidor e mínimo, pequeno, médio ou grandeporte;

II. Anuência Prévia Ambiental. – APRA, para as atividades não enquadradas noinciso anterior.

* Parágrafo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de março de 2002.

§ 2º É facultado ao requerente, licenciar-se em outro nível de competência, Estado ouUnião, se admitido por aqueles, devendo, neste caso, requerer a APRA a SEMMADES. *

* Parágrafo acrescentado pelo Decreto Municipal N.º 13.746 , de 08 de março de2002.

§ 3º - Os pedidos de licenciamento ambiental requeridos e protocolizados até 27 dedezembro de 2001 e não concluídos, que envolvam empreendimentos, atividades ou serviçosconsiderados efetiva ou potencialmente poluidores e ou degradadores do meio ambiente, cujo impacto

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seja local, de qualquer porte e potencial poluidor, deverão ser concluídos pela SEMMADES, comrevisão das taxas nos termos da Lei 5286, de 28 de dezembro de 2001. *

* Parágrafo acrescentado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de2002.

§ 4º - Para fins da conclusão referida no parágrafo anterior, qualquer exigência previstana Lei 5286/01, ficará a critério do Diretor do Departamento de Licenciamento Ambiental. *

* Parágrafo acrescentado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de2002.

Art. 2º - A emissão de Anuência Prévia, Licença Prévia, Licença de Instalação eLicença de Operação obedecerá ao modelo constante nos Anexos III, IV, V e VI, respectivamente.

§ 1º - A APRA e as licenças ambientais emitidas pela SEMMADES deverão serassinadas pelo profissional responsável pela análise conclusiva do processo de licenciamentoambiental ou pelo Diretor de Departamento ou Chefe de Divisão em conjunto com o SecretárioMunicipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

§ 2º - A retirada da APRA e das licenças ambientais emitidas pela SEMMADES é decompetência única e exclusiva do requerente, que o fará por ato próprio ou por terceiro, medianteprocuração específica para tal, após encerrado o procedimento administrativo da anuência ou licençarequerida.

Art. 3º - O requerimento da anuência ou do licenciamento, em qualquer de suasmodalidades, a concessão e a respectiva renovação deverão ser publicados no Diário Oficial doMunicípio e em jornal de grande circulação no Município, conforme modelo constante no Anexo II.

§ 1º - A comprovação da publicação do requerimento de Licenças Ambientais deveráser feita no ato de sua retirada, mediante apresentação de cópia dos documentos a que se refere o“caput” deste artigo. *

* Parágrafo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de março de 2002.§ 2º - As licenças ambientais terão como condicionante a publicação de sua concessão,

no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data da retirada junto à SEMMADES.§ 3º - O cumprimento do disposto no parágrafo anterior se dará mediante a entrega, na

SEMMADES, da cópia da publicação, conforme modelo a que se refere o Anexo II.Art. 4º - Os requerimentos de Licenciamento Ambiental, nas suas respectivas

modalidades, e de Anuência Prévia deverão estar devidamente instruídos com os documentosconstantes do Anexo VII.

Art. 5º - O empreendedor, antes de protocolar seu requerimento com os documentosconstantes no anexo VII, deverá dirigir-se a SEMMADES com a finalidade de conferência eenquadramento na tabela constante do Anexo I deste Decreto.

Parágrafo único - Feito o enquadramento a que se refere o caput deste artigo, dar-se-áTermo de Revisão ao interessado, consoante modelo constante no Anexo VIII deste Decreto, para finsde emissão de Guia de Recolhimento pelo Departamento de Tributação e Receitas, da SecretariaMunicipal da Fazenda - SEMFA, para pagamento e posterior protocolização.

Art. 6º - Na elaboração do RETAP, estudo ambiental sujeito à análise conclusiva daSEMMADES e obrigatório para a concessão da APRA e da LP, deverão ser observadas as exigênciasconstantes no Anexo IX.

Art. 7º - Os documentos a serem utilizados para a aplicação das penalidades denotificação e multa deverão obedecer os modelos constantes nos Anexos X e XI, respectivamente, e,para aplicação das penalidades de suspensão de atividade e apreensão e depósito de produtos einstrumentos, o modelo constante no Anexo XII.

Art. 8º - O formulário para o cadastramento de empreendimentos, atividades e serviçosefetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente será fornecido pelaSEMMADES.

Art. 9º - Os termos de compromisso deverão obedecer às exigências previstas nalegislação federal vigente e serão elaborados pela SEMMADES, após análise conclusiva, pelo Diretordo Departamento de Licenciamento Ambiental e seu corpo técnico, do que foi proposto pelo infrator.

CAPÍTULO II

DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CONTROLEDA EMISSÃO DE RUÍDOS

Art. 10 - O controle da Emissão de Ruídos, previsto no art. 88 da Lei n° 5826, de28/12/01, visa garantir o conforto, o sossego e o bem estar da comunidade, evitando sua perturbação

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por emissões excessivas ou incômodas de sons de qualquer natureza ou que contrariem os níveismáximos fixados em lei, na Resolução CONAMA nº 01/90, na norma NBR 10.151, e nesteregulamento.

Art. 11 - Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável - SEMMADES, órgão executivo da política municipal de meio ambiente, o controle, aprevenção e as providências para a redução da emissão de ruídos no Município de Cachoeiro deItapemirim, gerados pelos empreendimentos, atividades e/ou serviços listados no Anexo I desteDecreto.

Art. 12 - Os níveis de pressão sonora, fixados por este Decreto, bem como osequipamentos e métodos utilizados para a medição e avaliação, obedecerão as recomendações daslegislações citadas no art. 10 deste Decreto.

Parágrafo único - O nível de pressão sonora equivalente, LAeq, em dB(A), deve sercalculado pela expressão:

n Li/10 LAeq = 10 log 1/n . ∑ . 10 i = 1

Onde:

Li = é o nível de pressão sonora, em dB(A), lido em resposta rápida (fast) a cada 5 segundos, durante o tempo de medição do

ruído, e o valor medido deverá ser aproximado ao valor inteiro mais próximo.

n = é o número total de leituras.

Art. 13 - O Município adotará, para o conforto da comunidade, os seguintes limitesmáximos de emissão de ruídos, para as áreas abaixo especificadas, em decibéis (dB), no horário diurnoe noturno:

ÁREAS

HORÁRIO

DIURNONOTURNO

I – Áreas de sítios e fazendas 40 dB(A) 35 dB(A)

II – Área Sensível a RuídosÁreas vizinhas de hospitais, sanatórios,

templos religiosos, escolas, internatos,creches, hotéis, bibliotecas, unidades desaúde, asilos, casas de repouso, em horáriosde funcionamento.*

50 dB(A) 45 dB(A)

III – Àrea Estritamente ResidencialUrbana.*

50 dB(A) 45 dB(A)

IV – ZR 01 e ZR 02 da Lei Municipal Nº4.172/96.*

55 dB(A) 50 dB(A)

V- ZR 03 da Lei Municipal Nº 4.172/96.* 60 dB(A) 55 dB(A)

VI – ZAD 01 – ZAD 02 e ZAD 03 da LeiMunicipal Nº 4.172/96.*

65 dB(A) 55 dB(A)

VII – Área Predominantemente Industrial,definida no art. 43 da Lei Municipal Nº4.172/96.

70 dB(A) 60 dB(A)

* Redação alterada pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de março de 2002.

Art. 14 - Quando a fonte poluidora causar incômodo em propriedade localizada emdiferente zona de uso e ocupação, serão considerados os limites estabelecidos para a zona em que selocaliza o incomodado.

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Art. 15 - Quando a propriedade onde se dá o suposto incômodo tratar-se de áreasensível a ruídos, independentemente da efetiva zona de uso, deverá ser observada a faixa de 200 m(duzentos metros) de distância da fonte poluidora, a partir do limite da propriedade.

Art. 16 - As explosões de arrebentamento de rochas e as demolições, quandodispensadas de licenciamento ambiental, deverão ser previamente autorizadas pelos órgãos desegurança competentes.

Art. 17 – A Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito implantará a sinalização desilêncio nas proximidades das áreas sensíveis a ruídos e em quaisquer outras áreas que vierem a exigirproteção sonora.

Art. 18 - A SEMMADES deverá fiscalizar a implantação e a operação deempreendimentos e/ou atividades efetiva ou potencialmente causadoras de poluição sonora, ou quepossam produzir ruídos em níveis incompatíveis com o estabelecido para as diferentes zonas de uso ehorários, podendo, no exercício regular do poder de polícia administrativo, aplicar as sanções cabíveispara cada caso concreto.

Art. 19 – A emissão de som em decorrência de qualquer atividade social, recreativa,industrial, comercial, religiosa, prestação de serviços, inclusive propaganda comercial, eleitoral,manifestação pública, e atividades similares que estiverem em desacordo com os limites estabelecidosneste Decreto, deverão promover as adequações necessárias dentro das condições e prazosestabelecidos pela SEMMADES, podendo esta, entre outras medidas, solicitar o projeto de tratamentoacústico.

CAPÍTULO III

DAS TAXAS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 20 - Quando do parcelamento das taxas devidas para o licenciamento ambiental,as respectivas licenças ambientais somente poderão ser retiradas mediante a comprovação dorecolhimento da primeira parcela.

CAPÍTULO IV

DO PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL

Art. 21 - Sendo necessário encaminhar a notificação ou o auto de infração por CartaRegistrada com aviso de recebimento - AR, o encaminhamento será feito mediante entrega pessoal àspessoas legitimadas a que se refere a Lei.

CAPÍTULO V

DO DEPARTAMENTO DE GERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO E DODEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 22 – Ficam criados, na estrutura administrativa da SEMMADES, estabelecidapela Lei nº 4293, de 10 de março de 1997, o Departamento de Gerenciamento Administrativo e oDepartamento de Licenciamento Ambiental, conforme Organograma em anexo.

SEÇÃO I

DAS ATRIBUIÇÕES DO DEPARTAMENTO DEGERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO

Art. 23 – O Departamento de Gerenciamento Administrativo tem por função principalfornecer apoio operacional aos Departamentos e assessoria ao Gabinete do Secretário e ao ConselhoMunicipal de Meio Ambiente - CMMA.

Art. 24 - São atribuições do Departamento de Gerenciamento Administrativo:I – assessorar o Gabinete do Secretário;II – assessorar o CMMA;III - centralizar e direcionar informações de todos os Departamentos da SEMMADES,

otimizando o funcionamento da Secretaria em seus aspectos técnico, jurídico, administrativo efinanceiro, inclusive o seu protocolo geral;

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IV – organizar e manter atualizado um banco de dados referente a todas as atividadesda Secretaria, inclusive gerenciamento do núcleo de processamento de dados;

V – elaborar levantamentos, análises, consolidação e manutenção de fluxo deinformações setoriais inerentes aos objetivos da Secretaria;

VI – acompanhar e avaliar a execução de planos, programas e projetos, zelando paraque sua implementação se dê, rigorosamente, de acordo com as políticas e diretrizes do Plano de Açãodo Governo Municipal;

VII – garantir a perfeita articulação e compatibilização do planejamento setorial,através de ação implementada pela Coordenadoria de Planejamento, com os planos gerais e setoriais daAdministração Municipal;

VIII – viabilizar o processo de planejamento setorial em sua totalidade, executando oseu gerenciamento, inclusive mediante coleta e análise de informações relevantes para o processo deplanejamento da Secretaria;

IX – elaborar estudos que forneçam análise e propostas de alternativas para aformulação e revisão contínua das políticas setoriais, no decorrer da sua implementação;

X – elaborar análises técnicas que permitam a avaliação periódica e sistemática dasatividades internas, bem como da implementação e consecução dos objetivos das políticas setoriais,avaliando seus efeitos;

XI – elaborar a proposta orçamentária da Secretaria, encaminhando-a à Coordenadoriade Planejamento;

XII – supervisionar e controlar a execução orçamentária e financeira da Secretaria;XIII – atuar na proteção física e patrimonial da Secretaria;XIV – gerenciar os recursos materiais da Secretaria;XV – gerenciar a freqüência dos servidores;XVI – exercer outras atividades correlatas à sua competência.

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO DEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 25 - Constitui objetivo principal do Departamento de Licenciamento Ambientalrealizar a análise técnica e o licenciamento dos empreendimentos, atividades e serviços efetiva e/oupotencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente do Município, bem como omonitoramento ambiental de suas condicionantes.

Art. 26 – São atribuições do Departamento de Licenciamento Ambiental:I – licenciar, mediante análise e emissão de parecer técnico, a localização, instalação,

operação e/ou ampliação de empreendimentos, atividades e serviços efetiva e/ou potencialmentepoluidores e/ou degradadores do meio ambiente de impacto local do Município, listados no Anexo I;

II – conceder Anuência Prévia Ambiental para as atividades não enquadradas no IncisoI;

III - apoiar tecnicamente o CMMA;IV - colaborar com áreas afins na elaboração de programas de fiscalização e controle

do uso do solo;V - exigir o cumprimento das normas técnicas, parâmetros e padrões de controle

ambiental definidos pela legislação do Município, em consonância com as legislações pertinentes,estadual e federal;

VI – participar da análise dos Estudos de Impacto Ambiental e dos respectivosRelatórios de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, dando o devido parecer técnico;

VII - determinar a realização de auditorias ambientais;VIII – controlar e disciplinar a localização, implantação, operação e ampliação de

atividades, de qualquer natureza, efetiva e/ou potencialmente poluidoras/degradadoras do meioambiente do Município;

IX – fornecer, para o Departamento de Gerenciamento Administrativo, os dados paraelaboração e/ou atualização do cadastro das fontes de poluição instaladas no Município;

X - emitir parecer técnico sobre os pedidos de loteamento e conjuntos residenciais,analisando-os sob seus aspectos ambientais e de acordo com a legislação ambiental em vigor;

XI - emitir pareceres técnicos referentes a projetos de sistemas de controle de poluição,de recuperação de ecossistemas e áreas degradadas;

XII – emitir parecer técnico sobre os pedidos de aprovação para localização eimplantação de estação de tratamento de efluentes no Município;

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XIII - emitir parecer técnico sobre processos para localização de aterros sanitários aserem instalados no Município;

XIV – apoiar tecnicamente os demais setores da Secretaria, quando necessário;XV - exercer outras atividades correlatas.

Parágrafo único – O Departamento de Licenciamento Ambiental - DLA, para oefetivo desempenho de suas atribuições, trabalhará em estreita parceria com o Departamento deGerenciamento Administrativo - DGA, em especial para o gerenciamento dos prazos processuais epara a implantação de banco de dados contendo o cadastro dos empreendimentos, atividades e serviçosefetiva e/ou potencialmente poluidores/degradadores do meio ambiente do Município.

Art. 27 - A Divisão de Análise Técnica e Licenciamento - DITL passa a subordinar-seao Departamento de Licenciamento Ambiental.

Parágrafo único - A DITL será composta por três fiscais e técnicos especializados.Art. 28 - A divisão de estudos, pesquisas e projetos - DEPP passa a subordinar-se ao

Departamento de Controle da Qualidade Ambiental - DCQA.

§ 1º - O DCQA deve priorizar, em parceria com a COPLAN, os projetos constantes daLei nº 5235, de 03 de setembro de 2001, como segue:

I- Parque Ecológico o Frade e a Freira;II- Parque do Itabira;III- Parque Dr. João de Deus Madureira Filho, composto de :a- Parque das Águas;b- Jardim Botânico;c- Escola Ecológica “Dalila Moreira Ferraço”.

§ 2º - O DCQA deve apoiar a Secretaria de Cultura e Turismo na elaboração deproposta para consolidação de um convênio de parceria com a Universidade São Camilo, visando apreservação da Ilha do Meirelles.

§ 3º - O DCQA deve implementar o projeto de parceria com a Reserva do PatrimônioNatural de Cafundó - RPPN, conforme Decreto Municipal N.º 12.452, de 16 de junho de 2000.

§ 4º - O DCQA, em conjunto com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos -SEMSUR, desenvolverá estudos para implantação da Usina de Triagem e Compostagem de ResíduosSólidos [Lixo Urbano]. *

* Parágrafo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de março de 2002

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 29 – Os anexos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIII são parteintegrante deste Decreto, assim definidos:

Anexo I - Tabela de Empreendimentos, Atividades e Serviços Efetiva ouPotencialmente Poluidores e/ou Degradadores do Meio Ambiente; *

* Anexo I alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de março de 2002 Anexo II - Modelos para Publicação; Anexo III - APRA; Anexo IV - LP; Anexo V - LI Anexo VI - LO; Anexo VII - Instruções para entrada de documentos na SEMMADES; * *Anexo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002 Anexo VIII - Termo de Revisão para fins de Licenciamento Ambiental; Anexo IX - Termo de Referência;* *Anexo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002 Anexo X - Notificação;* *Anexo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002 Anexo XI - Auto de infração;* *Anexo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002 Anexo XII - Autos de Apreensão/Depósito e Suspensão/Interdição;

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Anexo XIII – Organograma da SEMMADES.Art. 30 – Ficam revogados os Decretos Municipais nº 12.166, de 11 de novembro de

1999, nº 12.314, de 24 de março de 2000, nº 12.616, de 06 de novembro de 2000 e nº 12.942, de 10 dejaneiro de 2001.

Art. 31 - Este Decreto entra em vigor em 1º de janeiro de 2002, revogadas asdisposições em contrário.

Cachoeiro de Itapemirim, 28 de dezembro de 2001.

THEODORICO DE ASSIS FERRAÇOPrefeito Municipal

ANEXO I(A que se refere o Art. 29, do Decreto n° 13.661/2001)

TABELA DE EMPREENDIMENTOS, ATIVIDADES E SERVIÇOS EFETIVA OUPOTENCIALMENTE POLUIDORES E/OU DEGRADADORES DO MEIO AMBIENTE

LEGENDA

AA = animal abatido por diaAI = área inundada (hectares)AU = área útil (hectares)AU (1) = área útil (hectares) titulada pelo DNPMB (1) = (barril/dia)CN = capacidade nominal do equipamento (ton/h)L = comprimento (Km)NA = número de árvoresNB = número de berçosNC = número de cabeçasNCA = número de camposNE = número de empregadosNL = número de leitosNM = números de matrizesNP = número de poçosNV = número de veículos, vagões, embarcações ou aeronaveP = potência instalada (MW)PD = produção diáriaPM = produção mensal de ROM (metros cúbicos)PM (1) = produção mensal (m3)PM (2) = produção mensal (m2)PM (3) = produção mensal (t/mês)PS = produção por safra (ton.)Q = vazão máxima prevista (l/s)VA (1) = volume armazenado (barril)VA (2) = volume armazenado (m3)VC = volume coletado/consumido (ton/dia)VD = volume dragado (m3)

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Considera-se área útil (AU), em hectare (ha), a área total usada pelo empreendimento,incluindo-se a área construída e a não construída, mas utilizada para estocagem oupara outros fins.

00 – MINERAIS00.01 – Extração de Rochas Ornamentais (granitos, mármores, gnaisses)

PM (1) ≤ 80 >80 e <300 ≥ 300AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP

< 2 P M M M G M≥ 2 e < 5 M M M M G M

≥ 5 G M G M G M

00.02 – Extração de Rochas para produção de britas/calcáriosPM (1) ≤ 800 > 800 e < 2000 ≥ 2000

AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP< 2 P M M M G M

≥ 2 e < 5 M M M M G M≥ 5 G M G M G M

00.03 – Extração de Minérios para produção de cerâmica (argila)PM (1) ≤ 1000 > 1000 e < 3000 ≥ 3000

AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP< 2 P M M M G M

≥ 2 e < 5 M M M M G M≥ 5 G M G M G M

00.04 – Extração de Minérios para uso direto na construção civil (areia leito de rio)PM (1) PORTE PP≤ 600 Mn P

> 600 e < 1200 P M≥ 1200 e < 3000 M M

≥ 3000 G M

00.05 – Extração de Minério para uso direto na construção civil (areia restingaquartzito friável)

PM (1) ≤ 1000 >1000 e < 2500 ≥ 2500AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP

≤ 2 P M M M G M> 2 e < 5 M M M M G M

≥ 5 G M G M G M

00.06 – Extração de Minério para uso em pavimentação (saibreiras)AU PORTE PP≤ 1 Mn P

>1 e < 2 P M≥ 2 M M

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00.07 – Extração de outros minériosAU PORTE PP≤ 5 P M

> 5 e < 8 M M≥ 8 G M

00.08 – Extração de combustíveis fósseisNCA = 1 ≥ 2 e < 5 ≥ 5

NP PORTE PP PORTE PP PORTE PP

≤10 P M P M P G> 10 e < 20 M M M M M G

≥ 20 G M G G G G

00.09 – Extração de combustíveis fósseis (produção)NCA ≤ 1 > 2 e < 5 > 5

PM (1) PORTE PP PORTE PP PORTE PP≤ 900 P M P M P G

> 900 e < 1800 M M M M M G≥ 1800 G G G G G G

00.10– Instalações de indústria de Petróleo e Gás.AU PORTE PP≤ 2 P M

> 2 e < 8 M M≥ 8 G G

01 – ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS

01.01 – SilviculturaAU PORTE PP

≤ 300 P P> 300 e < 500 M P

≥ 500 G M

01.02 – Projeto Agrícola IrrigaçãoAU PORTE PP≤ 50 P P

> 50 e < 100 M P≥ 100 G M

01.03 – Criação de animas confinados de grande porte (bovinos, equinos, bubalinos,muares etc.)

NC PORTE PP≤ 200 P Mn

> 200 e < 500 M P≥ 500 G M

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01.04 – Criação de animais cofinados de médio porte (suínos, ovinos, caprinos etc.)NC PORTE PP

≤ 1000 P G> 1000 e < 3000 M G

≥ 3000 G G

01.05 – Cunicultura/AviculturaNC PORTE PP

≤ 1000 P P> 1000 e < 3000 M M

≥ 3000 G M

02 - VEGETAL

02.01 – Exploração econômica da madeira ou lenha.NA PORTE PP

≤ 50000 P G> 50000 e < 500000 M G

≥ 500000 G G

03 - AQUICULTURA

03.01 – Pisicultura, Carcinicultura. *AU AI PORTE PP≤ 5 < 0,5 Mn Mn

> 5 e < 10 > 0,5 e < 1 P P≥ 10 > 1 M M

*Tabela alterada pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de março de 2002

03.02 - Criação de animais confinados de pequeno porte ranicultura, meticultura e outros.AI PORTE PP

≤ 0,2 Mn Mn> 0,2 e < 1 P P

≥ 1 M M

04 - MINERAIS NÃO METÁLICOS

04.0104.01.01 – Desdobramento [Serraria], aparelhamento [polimento] de pedras e execuçãode trabalhos em mármore, ardósia, granito e outras pedras. *04.01.02 A – Aparelhamento [polimento] de pedras e execução de trabalhos, comcorte, em mármore, ardósia, granito e outras pedras. *04.01.02 B - Aparelhamento [polimento] de pedras e execução de trabalhos, sem corte,em mármore, ardósia, granito e outras pedras. *

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04.01.03 A - Execução de trabalhos, com corte, em mármore, ardósia, granito e outraspedras;04.01.03 B - Execução de trabalhos, sem corte, em mármore, ardósia, granito e outraspedras.

NE ≤ 15 > 15 e < 30 ≥ 30AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP

≤ 0,3 P P P M P M> 0,3 e <1 P M P M M M

≥ 1 M M M M G Ga) Não se aplica o contido no artigo 7º da Lei n.º. 5.286/01 aos itens 04.01.01,04.01.02A e 04.01.02B. *b) Caso o projeto não contemple depósito de lama com revestimento, será consideradocomo médio potencial poluidor, com substituição da LP por APRA. ** Alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de março de 2002.04.02 - Beneficiamento de Minerais com Cominuição. Moagem de Calcário

NE ≤ 15 > 15 e < 30 ≥ 30PM (1) PORTE PP PORTE PP PORTE PP

≤ 300 P M P M M M> 300 e < 600 M M M M M M

≥ 600 M M G M G G

04.03 - Beneficiamento de Minerais com Flotação.CN PORTE PP≤ 50 P G

> 50 e < 150 M G≥ 150 G G

04.04 - Fabricação de cal virgem, hidratada ou extinta.CN PORTE PP

≤ 0,2 P M> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G G

04.05 - Fabricação de telhas, tijolos e outros artigos de barro cozido exclusive decerâmica . *

NE ≤ 15 > 15 e < 30 ≥ 30AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP

≤ 0,3 Mn P Mn M P M> 0,3 e < 1 M P P M M M

≥ 1 G M M M G M* Tabela alterada pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de marco de 2002.

04.06 – Fabricação de material cerâmicoPM (2) ≤ 100000 > 100000 e < 400000 ≥ 400000

AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP≤ 0,3 P M M M M M

> 0,3 e < 1 M M M M G G≥ 1 M M G G G G

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04.07 – Fabricação de cimentoPM (3) PORTE PP≤ 15000 P G

> 15000 e < 70000 M G≥ 70000 G G

04.08 – Fabricação de peças, ornatos, pré-moldados e estruturas de cimento e gessoNE ≤ 15 > 15 e < 100 ≥ 100

AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP≤ 0,3 Mn P Mn P P P

> 0,3 e < 1 P P P P P P≥ 1 P P P P P P

04.09 – Fabricação de peças, ornato e estrutura de amiantoNE ≤ 15 > 15 e < 100 ≥ 100

AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP≤ 0,3 Mn P Mn P P P

> 0,3 e < 1 P M P M P M≥ 1 P M M M M M

04.10 – Fabricação e elaboração de vidro e cristalNE < 15 > 15 e < 100 ≥ 100

AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP≤ 0,3 Mn P P P M P

> 0,3 e < 1 P M M M M M≥ 1 M M G M G M

04.11 – Beneficiamento e preparação de carvão mineral, não associado à extraçãoNE ≤ 15 > 15 e < 100 ≥ 100

AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP≤ 0,3 Mn M P M P M

> 0,3 e < 1 P M M M M M≥ 1 M M M G G G

04.12 – Fabricação e elaboração de produtos diversos de minerais não metálicos(abrasivos, lixas, esmeril, etc.)

NE ≤ 50 > 50 e < 100 ≥ 100AU PORTE PP PORTE PP PORTE PP

≤ 0,3 P P P M M M> 0,3 e < 1 M M M M M M

≥ 1 M G G G G G

05 – METALURGIA

05.01 – Siderúrgica e elaboração de produtos siderúrgicos com redução de minérios,inclusive ferro-gusa

PM (3) PORTE PP< 20000 M G≥ 20000 G G

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05.02 – Produção de ferro e aço e suas ligas em qualquer forma, redução de minério,com fusão.

AU PORTE PP< 20000 M G≥ 20000 G G

05.03 – Produção de laminados de aço – inclusive ferro-ligas, a quente, sem fusãoPM (3) PORTE PP< 20000 M M≥ 20000 G M

05.04 – Produção de laminados de aço – inclusive ferro-ligas, a frio, sem tratamentoquímico superficial e/ou galvanotécnico

PM (3) PORTE PP< 20000 M M≥ 20000 G M

05.05 – Produção de laminados de aço – inclusive ferro-ligas, a frio, com tratamentoPM (3) PORTE PP< 20000 M G≥ 20000 G G

05.06 – Produção de canos e tubos de ferro e aço, com fusão e tratamento químicosuperficial e/ou galvanotécnico

PM (3) PORTE PP< 20000 M G≥ 20000 G G

05.07 – Produção de canos e tubos de ferro e aço, sem fusão, com tratamento químicosuperficial e/ou galvanotécnico

PM (3) PORTE PP< 20000 M G≥ 20000 G G

05.08 – Produção de canos e tubos de ferro, aço, sem fusão e sem tratamento químicosuperficial e/ou galvanotécnico

PM (3) PORTE PP< 20000 M M≥ 20000 G M

05.09 – Produção de fundidos de ferro e aço em forno cubilot, com ou sem tratamentoquímico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M M≥ 0,3 G G

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05.10 – Produção de fundidos de ferro e aço exclusive em forno cubilot, semtratamento químico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M M≥ 0,3 G G

05.11 – Produção de fundidos de ferro e aço, exclusive em forno cubilot, comtratamento químico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.12 – Produção de forjados, arames e relaminados de aço, a quente, com tratamentoquímico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.13 – Produção de forjados, arames e relaminados de aço, a frio com tratamentoquímico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.14 – Produção de forjados, arames e relaminados de aço, a frio, sem tratamentoquímico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P P

> 0,05 e < 0,3 M M≥ 0,3 G M

05.15 – Metalurgia dos metais não-ferrosos em formas primárias – inclusive metaispreciosos.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

05.16 – Produção de ligas de metais não-ferrosos em formas primárias – inclusivemetais preciosos.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

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05.17 – Produção de laminados de metais e de ligas de metais não-ferrosas (placas,discos, chapas lisas ou corrugadas, bobinas, tiras e fitas, perfís, barras redondas,chatas ou quadradas, vergalhões), com fusão – exclusive canos, tubos e arames.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

05.18 - Produção de laminados de metais e de ligas de metais não-ferrosos (placas,discos, chapas lisas ou corrugadas, bobinas, tiras e fitas, perfís, barras redondas,chatas ou quadradas, vergalhões), sem fusão – exclusive canos, tubos e arames.

AU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 2 M M≥ 2 G M

05.19 – Produção de canos e tubos de metais não-ferrosos – inclusive ligas, com ousem fusão e com tratamento químico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

05.20 – Produção de canos e tubos de metais não-ferrosos – inclusive ligas, comfusão e com tratamento químico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

05.21 – Produção de canos e tubos de metais não-ferrosos – inclusive ligas, semfusão e sem tratamento químico superficial e/ou galvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 2 M M≥ 2 G M

05.22 – Produção de formas, moldes e peças fundidas de metais não-ferrosos –inclusive ligas em forno cubilot com ou sem tratamento químico superficial e/ougalvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

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05.23 – Produção exclusive em forno cubilot, de formas, moldes e peças fundidas demetais não-ferrosos – inclusive ligas, com tratamento químico superficial e/ougalvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.24 – Produção exclusive em forno cubilot, de formas, moldes e peças fundidas demetais não-ferrosos – inclusive ligas, sem tratamento químico superficial e/ougalvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M M≥ 0,3 G M

05.25 – Produção de fios e arames de metais e de ligas de metais não-ferrosos –inclusive fios, cabos e condutores elétricos, com fusão.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.26 – Produção de fios e arames de metais e de ligas de metais não-ferrosos –inclusive fios, cabos e condutores elétricos, sem fusão.

AU PORTE PP≤ 0,05 P P

> 0,05 e < 0,3 M M≥ 0,3 G M

05.27 – Relaminação de metais não-ferrosos – inclusive ligas.AU PORTE PP

≤ 0,05 P P> 0,05 e < 0,3 M M

≥ 0,3 G M

05.28 – Produção de soldas e ânodos.AU PORTE PP

≤ 0,05 P M> 0,05 e < 0,3 M M

≥ 0,3 G M

05.29 – Metalurgia dos metais preciosos.AU PORTE PP

≤ 0,05 P P> 0,05 e < 0,3 M P

≥ 0,3 G P

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05.30 – Metalurgia do pó – inclusive peças moldadas.AU PORTE PP

≤ 0,05 P G> 0,05 e < 0,3 M G

≥ 0,3 G G

05.31 – Fabricação de estruturas metálicas, com tratamento químico superficial e/oupintura por aspersão.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

05.32 – Fabricação de estruturas metálicas, sem tratamento químico superficial e/oupintura por aspersão. *

AU PORTE PP≤ 1 P P

> 1 e < 2 M M≥ 2 G M

* Tabela alterada pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de marco de 2002.

05.33 – Fabricação de artefatos de trefilados de ferro e aço e de metais não-ferrosos –exclusive móveis, com tratamento químico superficial e/ou galvanotécnico e/oupintura por aspersão.

AU PORTE PP≤ 0,05 P G

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.34 - Fabricação de artefatos de trefilados de ferro e aço e de metais não-ferrosos –exclusive móveis, sem tratamento químico superficial e/ou galvanotécnico e/oupintura por aspersão.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M M≥ 0,3 G M

05.35 – Estamparia, funilaria e latoaria, com tratamento químico superficial e/ougalvanotécnico e/ou pintura por aspersão e/ou aplicação de verniz e/ou esmaltação.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

05.36 – Estamparia, funilaria e latoaria, sem tratamento químico superficial e/ougalvanotécnico e/ou pintura por aspersão e/ou aplicação de verniz e/ou esmaltação.

AU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 2 M M≥ 2 G M

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05.37 – Serralheria, fabricação de tanques, reservatórios e outros recipientesmetálicos e de artigos de caldeireiro com tratamento químico superficial e/ougalvanotécnico e/ou pintura por aspersão e/ou esmaltação.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

05.38 – Serralheria, fabricação de tanques, reservatórios e outros recipientesmetálicos e de artigos de caldeireiro, sem tratamento químico superficial e/ougalvanotécnico e/ou pintura por aspersão e/ou esmaltação.

AU PORTE PP≤ 1 P M

1 < AU < 2 M M≥ 2 G M

05.39 – Fabricação de artigos de cutelaria, armas, ferramentas manuais e fabricaçãode artigos de metal para escritório, usos pessoal e doméstico, com tratamento químicosuperficial e/ou galvanotécnico e/ou pintura por aspersão.

AU PORTE PP≤ 0,05 P G

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.40 – Fabricação de artigos de cutelaria, armas, ferramentas manuais e fabricaçãode artigos de metal para escritório, usos pessoal e doméstico, sem tratamento químicosuperficial e/ou galvanotécnico e/ou pintura por aspersão.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 0,3 M M≥ 0,3 G M

05.41 – Têmpera e cementação de aço, recozimento de arames e serviços degalvanotécnico.

AU PORTE PP≤ 0,05 P G

> 0,05 e < 0,3 M G≥ 0,3 G G

05.42 – Fabricação de outros artigos de metal, não especificados ou não classificados,com tratamento químico superficial e/ou pintura por aspersão e/ou aplicação deverniz e/ou esmaltação.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

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05.43 – Estocagem e comercialização de placas, discos, chapas lisas ou corrugadas,bobinas, tiras e fitas, perfis, barras redondas, chatas ou quadradas e vergalhões semfusão – inclusive canos, tubos e arames de metais e ligas de metais ferrosos e nãoferrosos.

AU PORTE PP< 1 P P≥ 1 M P

06 – MECÂNICA

06.01 – Fabricação de máquinas, aparelhos, peças e acessórios, com tratamentotérmico e/ou galvantécnico e/ou fundição.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 2 M G≥ 2 G G

06.02 – Fabricação de máquinas, aparelhos, peças e acessórios sem tratamentotérmico e/ou galvanotécnico e/ou fundição.

AU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 2 M M≥ 2 G M

06.03 – Serviço industrial de: usinagem, soldas e semelhantes, reparação oumanutenção de máquinas, aparelhos, equipamentos e veículos.

AU PORTE PP≤ 0,05 P P

> 0,05 e < 0,3 M P≥ 0,3 G P

06.04 – Estocagem e comercialização de máquinas e equipamentos.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

06.05 – Serviço industrial de usina em, soldas e semelhantes, lavagem,armazenamento e reparação de recipientes vazios transportáveis de GLP.

AU PORTE PP≤ 0,2 P P

> 0,2 e < 1 M P≥ 1 G P

07 – MATERIAL ELÉTRICO E COMUNICAÇÕES

07.01 – Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores.AU PORTE PP

≤ 0,3 P G> 0,3 e < 1 M G

≥ 1 G G

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07.02 – Fabricação de material elétrico (peças, geradores, motores, etc.).AU PORTE PP

≤ 0,3 P M> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G M

07.03 – Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos para comunicação einformática

AU PORTE PP≤ 0,2 P P

> 02 e < 1 M P≥ 1 G P

07.04 – Montagem, reparação ou manutenção de máquinas, aparelhos, baterias,acumuladores e equipamentos industriais e comerciais e elétricos e eletrônicos.

AU PORTE PP≤ 0,1 Mn P

> 0,1 e ≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

08 – MATERIAL DE TRANSPORTE

08.01 – Montagem e reparação de veículos rodoviários e aeroviáriosAU PORTE PP

≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G G

08.02 – Fabricação de veículos rodoviários, aeroviários e navais, peças e acessóriosAU PORTE PP

≤ 0,3 P M> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G G

09 – MADEIRA

09.01 – SerrariasAU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G M

09.02 – Fabricação de estruturas de madeira e artigos de carpintaria. *AU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G M* Tabela alterada pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de marco de 2002.

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09.03 – Fabricação de chapas e placas de madeira aglomerada ou prensada.AU PORTE PP

≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P

09.04 – Fabricação de madeira compensada, revestidas ou não com material plásticoAU PORTE PP

≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P

09.05 – Fabricação de artigos de tanoaria e madeira arqueada.AU PORTE PP

≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P

09.06 – Indústria de tratamentos químicos e orgânicos em madeiraAU PORTE PP

≤ 0,5 P M> 0,5 e < 1 M G

≥ 1 G G

09.07 – Fabricação de cabos para ferramentas e utensíliosAU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P

09.08 – Fabricação de artefatos de madeira torneadaAU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P

09.09 – Fabricação de saltos e solados de madeiraAU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P

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09.10 – Fabricação de formas e modelos de madeira – exclusive de madeira arqueadaAU PORTE PP

≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P09.11 – Fabricação de molduras e execução de obras de talha, inclusive para usodoméstico, comercial e industrial (exceto artigos de mobiliário)

AU PORTE PP≤ 0,5 P P

> 0,5 e < 1 M P≥ 1 G P

09.12 – Fabricação de artefatos de bambu, vime, junco, xaxim ou palha trançada,cortiça

AU PORTE PP≤ 0,5 P P

> 0,5 e < 1 M P≥ 1 G P

10 – MOBILIÁRIO

10.01 – Fabricação de móveis de madeira, vime e junco.AU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,5 P P> 0,5 e < 1 M P

≥ 1 G P

10.02 – Fabricação de artigos de colchoaria, estofadosAU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 05 P P

> 05 e < 1 M P≥ 1 G P

11 – PAPEL E PAPELÃO

11.01 – Fabricação de cellulosePM (3) PORTE PP≤ 50000 P G

> 50000 e < 100000 M G≥ 100000 G G

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11.02 – Fabricação de papelPM (3) PORTE PP≤ 150 P G

> 150 e < 500 M G≥ 500 G G

11.03 – Fabricação de pasta mecânicaPM (3) PORTE PP≤ 1200 P G

> 1200 e < 2400 M G≥ 2400 G G

11.04 – Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina e cartão, impressos ounão, simples ou plastificado, não associada à produção de papel, papelão, cartolina ecartão

AU PORTE PP≤ 0,2 P M

> 0,2 e < 1 M M≥ 1 G M

12 – BORRACHA

12.01 – Beneficiamento de borracha naturalPM (3) PORTE PP≤ 100 P G

> 100 e < 200 M G≥ 200 G G

12.02 – Fabricação e recondicionamento de pneumáticos e câmaras-de-ar e fabricaçãode material

AU PORTE PP≤ 0,3 P M

> 0,3 e < 1 M M≥ 1 G M

12.03 – Fabricação de artefatos de espuma de borracha (peças e acessórios paraveículos, máquinas e aparelhos, correias, canos, tubos, artigos para uso doméstico,galochas e botas) – exclusive artigos de vestuário.

AU PORTE PP≤ 0,3 P M

> 0,3 e < 1 M M≥ 1 G M

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13 - COUROS E PELES E PRODUTOS SIMILARES

13.01 – Curtimento e outra preparações de couros e peles.PM (3) PORTE PP≤ 30 P G

> 30 e < 90 M G≥ 90 G G

13.02 – Fabricação de artefatos diversos de couros e pelesAU PORTE PP

≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M P

≥ 1 G P

14 – QUÍMICA

14.01 – Produção de elementos químicos e produtos químicos inorgânicos, orgânicos,organo-inorgânico – exclusive produtos derivados de processamento de petróleo, derochas oleigenas, do carvão mineral e de madeira.

AU PORTE PP≤ 0,3 P G

> 0,3 e < 1 M G≥ 1 G G

14.02 – Fabricação de produtos derivados do processamento do petróleo, de rochasoleignenas e do carvão mineral.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 3 M G≥ 3 G G

14.03 – Fabricação de resinas, fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látexsintéticos.

AU PORTE PP≤ 0,2 P M

>0,2 e < 1 M M≥ 1 G M

14.04 – Fabricação de adubos , fertilizantes e corretivos de soloAU PORTE PP

≤ 0,5 P G>0,5 e < 2 M G

≥ 2 G G

14.05 – Fabricação de pólvora, explosivos, detonantes, munição para caça e desporto,fósforo de segurança e artigos pirotécnicos.

AU PORTE PP≤ 0,2 P G

> 0,2 e < 1 M G≥ 1 G G

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14.06 – Fabricação de corantes e pigmentos.AU PORTE PP

≤ 0,2 P G> 0,2 e < 1 M G

≥ 1 G G

14.07 – Fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventese secantes.

AU PORTE PP≤ 0,2 P G

> 0,2 e < 1 M G≥ 1 G G

14.08 – Produção de óleos, gorduras e ceras vegetais e animais em bruto, de óleos deessências vegetais, e outros produtos de destilação da madeira – exclusive refinaçãode produtos alimentares.

AU PORTE PP≤ 0,2 P M

> 0,2 e < 1 M M≥ 1 G M

14.09 – Recuperação e refino de óleos minerais, vegetais e animais.AU PORTE PP

≤ 0,2 P G> 0,2 e < 1 M G

≥ 1 G G

14.10 – Fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos –inclusive mescla.

AU PORTE PP≤ 0,2 P M

> 0,2 e < 1 M M≥ 1 G M

14.11 – Fabricação de sabão, detergentes e glicerina.AU PORTE PP

≤ 0,2 P M> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G M

14.12 – Fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes einseticidas, germinadas e fungicidas.

AU PORTE PP≤ 0,2 P G

> 0,2 e < 1 M G≥ 1 G G

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14.13 – Fabricação de produtos de perfumaria.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

14.14 – Fabricação de velas.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

14.15 – Fabricação / Industrialização de isoporAU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G M

15 – PRODUTOS FARMACÊUTICOS E VETERINÁRIOS

15.01 – Fabricação de medicamentos de qualquer natureza e de produtosfarmacêuticos e/ou veterinários

AU PORTE PP≤ 0,2 P P

> 0,2 e < 1 M M≥ 1 G M

16 – REFINO DE PETRÓLEO E DESTILAÇÃO DO ÁLCOOL

16.01 – Destilação de álcool por processamento de cana de açúcar, mandioca,madeira e outros vegetais.

AU PORTE PP≤ 1 P G

> 1 e < 3 M G≥ 3 G G

16.02 – Refino de petróleo.B PORTE PP

≤ 40000 P G> 40000 e < 200000 M G

≥ 200000 G G

17 – PRODUTOS DE MATÉRIAS PLÁSTICAS

17.01 – Fabricação de laminados plásticos.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

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17.02 – Fabricação de artigos de material plástico para usos industriaisAU PORTE PP

≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M P

≥ 1 G P

17.03 – Fabricação de artigos de material plástico para usos doméstico pessoal –exclusive calçados, artigos do vestuário e de viagem.

AU PORTE PP≤ 0,3 P P

> 0,3 e < 1 M P≥ 1 G P

17.04 – Fabricação de material plástico para embalagem e condicionamento,impressos ou não.

AU PORTE PP≤ 0,2 P M

> 0,2 e < 1 M M≥ 1 G M

17.05 – Fabricação de manilhas, canos tubos, e conexões de material plásticos paratodos os fins.

AU PORTE PP≤ 1 P P

> 1 e < 3 M P≥ 3 G P

17.06 – Fabricação de artigos diversos de material plástico, fitas , flâmulas, dísticos,brindes, objetos de adornos, artigos de escritórios.

AU PORTE PP≤ 0,3 P P

> 0,3 e < 1 M P≥ 1 G P

17.07 – Fabricação de artigos diversos de material plástico, não especificado ou nãoclassificados.

AU PORTE PP≤ 0,2 P P

> 0,2 e < 1 M P≥ 1 G P

17.08 – Comércio e estocagem de material plástico para embalagen econdicionamento ou não.

AU PORTE PP≤ 0,2 P P

> 0,2 e < 1 M P≥ 1 G P

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18 – TÊXTIL

18.01 – Beneficiamento, fiação e tecelagem de fibras texteis vegetais, com tingimentoPD PORTE PP

≤ 8000 P G> 8000 e < 20000 M G

≥ 20000 G G

18.02 – Beneficiamento, fiação e tecelagem de fibras texteis artificiais e sintéticas,com tingimento.

PD PORTE PP≤ 8000 P G

> 8000 e < 20000 M G≥ 20000 G G

18.03 – Fabricação de estopa, de materiais para estofos e recuperação de resíduostexteis

AU PORTE PP≤ 0,2 P P

> 0,2 e < 1 M P≥ 1 G P

18.04 – Fabricação de artigo de passamanaria, fitas, filós, rendas e bordadosAU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

18.05 – Fabricação artefatos, texteis não especificados, com estamparia e/ou tinturaAU PORTE PP

≤ 0,2 P M> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G M

19 –VESTUÁRIO E ARTEFATOS DE TECIDOS

19.01 – Confecções de roupas e artefatos de tecido de cama, mesa, copa e banho.AU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,2 P P

> 0,2 e < 1 M P≥ 1 G P

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19.02 – Tingimento, estamparia e outros acabamentos em roupas, peças do vestário eartefatos diversos de tecidos.

AU PORTE PP≤ 0,3 P G

> 0,3 e < 1 M G≥ 1 G G

20 – PRODUTOS ALIMENTARES

20.01 – Beneficamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares.AU PORTE PP

≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G M

20.02 – Fabricação de fécula, amido e seus derivados.PS PORTE PP

≤ 6000 P G> 6000 e < 15000 M G

≥ 15000 G G

20.03 – Fabricação e refino de açúcar.AU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 3 M G≥ 3 G G

20.04 – Fabricação de balas, caramelos, pastilhas, drops, bombons e chocolates etc. –inclusive goma de mascar.

AU PORTE PP≤ 0,1 Mn P

> 0,1 e ≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G M

20.05 – Refeições conservadas, conservas de frutas, legumes e outros vegetais,fabricação de doces – exclusive de confeitarias e preparação de especiarias econdimentos.

AU PORTE PP≤ 0,1 Mn P

> 0,1 e ≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G M

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20.06 – Preparação de sal de cozinha.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

20.07 – Refino e preparação de óleos e gorduras vegetais, produção de manteiga decacau e gorduras de origem animal destinadas a alimentação.

AU PORTE PP≤ 0,2 P P

> 0,2 e < 1 M M≥ 1 G M

20.08 – Fabricação de vinagre.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G M

20.09 – Abate de animais em abatedouros, frigoríficos e charqueadas, preparação deconservas de carnes e produção de banha de porco e de outras gorduras domésticas deorigem animal.

AU PORTE PP≤ 2 P G

> 2 e < 4 M G≥ 4 G G

20.10 – Abate de bovinos em abatedouros, frigoríficos e charqueadas e preparação deconservas de carnes.

AU PORTE PP≤ 50 P G

> 50 e < 100 M G≥ 100 G G

20.11 – Preparação e comércio de pescado.AU PORTE PP

≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G G

20.12 – Comércio de pescado.AU PORTE PP≤ 1 P P

> 1 e < 3 M P≥ 3 G M

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20.13 – Pasteurização de leite.AU PORTE PP

≤ 0,1 P P> 0,1 e < 0,3 M P

≥ 0,3 G M

20.14 – Resfriamento e distribuição de leite.AU PORTE PP

≤ 0,1 P P> 0,1 e < 0,3 M P

≥ 0,3 G M20.15 – Fabricação de massas alimentícias e biscoitos.

AU PORTE PP≤ 0,1 Mn P

> 0,1 e ≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G M

20.16 – Fabricação de produtos de padaria, confeitaria e pastelaria.AU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

20.17 – Fabricação de sorvetes e tortas geladas – inclusive coberturas.AU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G M

20.18 – Fabricação de fermentos e leveduras.AU PORTE PP

≤ 0,3 P P> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G M

20.19 – Fabricação de gelo.AU PORTE PP

≤ 0,03 Mn P> 0,03 e ≤ 0,05 P P> 0,05 e < 0,2 M P

≥ 0,2 G M

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20.20 – Fabricação de rações balanceadas e de alimentos praparados para animais –inclusive farinhas de carne, sangue, osso peixe e pena.

AU PORTE PP≤ 0,3 P M

> 0,3 e < 1 M G≥ 1 G G

20.21 – Fabricaçãode produtos alimentares de origem animal.AU PORTE PP

≤ 0,1 P P> 0,1 e < 0,3 M M

≥ 0,3 G M

20.22 – Industrialização de embutidos, derivados, distribuição e venda de carnes.AU PORTE PP

≤ 0,01 P M> 0,01 e < 0,5 M G

≥ 0,5 G G

21 – BEBIDAS E ÁLCOOL ETÍLICO

21.01 – Fabricação e engarrafamento de aguardentes, vinhos, licores e outras bebidas alcóolicas.AU PORTE PP

≤ 0,1 P P> 0,1 e < 0,5 M M

≥ 0,5 G M

21.02 – Fabricação e engarrafamento de cervejas, chopes, exclusive maltes.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G M

21.03 – Fabricação e engarrafamento de cervejas, chopes, inclusive maltes.AU PORTE PP

≤ 0,3 P M> 0,3 e < 1 M G

≥ 1 G G

21.04 – Fabricação de bebidas não alcóolicas – inclusive engarrafamento egaseificação de águas minerais.

AU PORTE PP≤ 0,3 P P

> 0,3 e < 1 M M≥ 1 G M

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22 - FUMO

22.01 - Preparação de fumo, fabricação de cigarros, charutos e cigarrilhas e outrasatividades de elaboração do tabaco, não especificadas ou não classificadas.

AU PORTE PP≤ 1 P P

> 1 e < 3 M M≥ 3 G M

23 - EDITORIAL E GRÁFICA

23.01 - Todas as atividades da indústria editorial e/ou gráfica e/ou confecções deletreiros e placas.

AU PORTE PP≤ 0,1 Mn P

> 0,1 e ≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G G

24 - DIVERSOS

24.01 - Usinas de produção de concreto.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G M

24.02 - Usina de produção de concreto asfáltico.AU PORTE PP

≤ 0,3 P G> 0,3 e < 1 M G

≥ 1 G G

24.03 - Fabricação de carvão vegetal, ativado e cardiff.AU PORTE PP

≤ 0,3 P G> 0,3 e < 1 M G

≥ 1 G G

24.04 – Envasamento, industrialização e distribuição de gás.AU PORTE PP

≤ 0,2 P P> 0,2 e < 1 M P

≥ 1 G P

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25 - CONSTRUÇÃO CIVIL

25.01 - Construções Viárias.L PORTE PP

≤ 30 P G> 30 e <

100M G

≥ 100 G G

25.02 - Barragens de geração.AI PORTE PP

≤ 10 P G> 10 e < 50 M G

≥ 50 G G

25.03 - Barragens de irrigação, saneamento.AI PORTE PP

≤ 10 P G> 10 e < 50 M G

≥ 50 G G

25.04 - Barragens de perenização.AI PORTE PP

≤ 20 P G> 20 e < 50 M G

≥ 50 G G

25.05 - Canais para drenagem.L PORTE PP

≤ 0,2 P M> 0,2 e 1 M G

≥ 1 G G

25.06 - Canais para irrigação.Q PORTE PP

≤ 27 P G> 27 e < 10 M G≥ 110 G G

25.07 – Retificação e canalização de cursos d’águaL PORTE PP

≤ 0,2 P G> 0,2 e < 1 M G

≥ 1 G G

25.08 – Aberturas de barras e embocaduras (extensão até a abertura)L PORTE PP

≤ 0,1 P G> 0,1 e < 0,5 M G

≥ 0,5 G G

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25.09 – Molhes e guias de correntes e similaresL PORTE PP

≤ 0,1 P M> 0,1 e < 0,5 M G

≥ 0,5 G G

25.10 – DiquesL PORTE PP

≤ 0,5 P G> 0,5 e < 1 M G

≥ 1 G G

25.11 – DragagemVD PORTE PP

≤ 100000 P G> 100000 e < 500000 M G

≥ 500000 G G

26 – SERVIÇOS INDUSTRIAIS DE UTILIDADE PÚBLICA

26.01 – Produção de energia termoelétricaP PORTE PP

≤ 150 P G> 150 e < 400 M G

≥ 400 G G

26.02 – Transmissão de energia termoelétricaL PORTE PP

≤ 20 P M> 20 e < 100 M M

≥ 100 G M

26.03 – Distribuição de energia elétrica e telefonia.L PORTE PP

≤ 50 P P> 50 e < 200 M P

≥ 200 G P

26.04 – Substação de distribuição e transmissão de energia elétrica.AU PORTE PP≤ 1 P P

> 1 e < 2 M P≥ 2 G M

26.05 – Estação de Telecomunicações (Telefonia).AU PORTE PP

≤ 0,1 P P> 0,1 e < 0,3 M P

≥ 0,3 G P

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26.06 – Produção de gás e biogás.AU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 2 M M≥ 2 G G

26.07 – Distribuição de gás canalizado (doméstico/industrial).L PORTE PP

≤ 5 P P> 5 e < 10 M M

≥ 10 G G

26.08 – Captação, adução e/ou tratamento de água para abastecimento público.Q PORTE PP

≤ 50 P M> 50 e < 150 M M

≥ 150 G G

26.09 – Coleta, recalque, tratamento e disposição final de esgotos sanitários.Q PORTE PP

≤ 50 P M> 50 e < 150 M M

≥ 150 G G

26.10 – Emissários.Q PORTE PP

≤ 100 P G> 100 e < 300 M G

≥ 300 G G

26.11 – Atividade de limpa-fossa e afinsNV PORTE PP≤ 3 P G

> 3 e < 6 M G≥ 6 G G

26.12 – Coleta, transporte de resíduos urbanosVC PORTE PP≤ 15 P P

> 15 e < 50 M P≥ 50 G P

26.13 – Tratamento e/ou disposição final de resíduos urbanos.VC PORTE PP≤ 50 P M

> 50 e < 100 M M≥ 100 G G

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27 – COMÉRCIO VAREJISTA

27.01 – Postos de abastecimento de álcool e derivados do refino de petróleo.AU PORTE PP

≤ 0,03 P P> 0,03 e < 0,1 M P

≥ 0,1 G P27.02 – Postos de abastecimento de álcool e derivados de refino de petróleo, comlavagem e lubrificação de veículos.

AU PORTE PP≤ 0,03 P P

> 0,03 e < 0,1 M P≥ 0,1 G P

27.03 – Oficinas mecânicas, pinturas, reparação ou manutenção em geral em veículose/ou maquinários.

AU PORTE PP≤ 0,03 P P

> 0,03 e < 0,1 M P≥ 0,1 G P

27.04 – Comércio e estocagem de material de Construção em Geral.AU PORTE PP

≤ 0,10 P P> 0,10 e < 0,30 M P

≥ 0,30 G P

28 – COMÉRCIO ATACADISTA E DEPÓSITOS

28.01 – Produtos extrativos de origem mineral em bruto.AU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 ≤ 0,5 P P> 0,5 e < 2 M P

≥ 2 G M

28.02 – Produtos extrativos de origem vegetal.AU PORTE PP

≤ 0,5 P P> 0,5 e < 2 M P

≥ 2 G M

28.03 – Produtos químicos, inclusive fogos, explosivos e agrotóxicos.AU PORTE PP

≤ 0,1 P G> 0,1 e < 0,3 M G

≥ 0,3 G G

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28.04 – Combustíveis e lubrificantes de origem vegetal e mineral.VA (2) PORTE PP≤ 10000 P M

> 10000 e < 80000 M M≥ 80000 G G

28.05 – Produtos extrativos de origem vegetal e animal.AU PORTE PP

≤ 0,5 P P> 0,5 e < 2 M P

≥ 2 G M

29 – TRANSPORTE E TERMINAIS

29.01 – Transporte rodoviário de cargas perigosas.NV PORTE PP≤ 10 P G

> 10 e < 50 M G≥ 50 G G

29.02 – Transporte ferroviário de cargas perigosas.NV PORTE PP≤ 50 P M

>50 e < 100 M M≥ 100 G M

29.03 – Transporte hidroviário de cargas perigosas.NV PORTE PP≤ 5 P G

> 5 e < 10 M G≥ 10 G G

29.04 – Transporte aéreo de cargas perigosas.NV PORTE PP≤ 15 P M

> 15 e < 30 M M≥ 30 G M

29.05 – Transporte por oleodutos, gasodutos e minerodutos.L PORTE PP

≤ 20 P M> 20 e < 80 M M

≥ 80 G G

29.06 – Correias transportadoras.L PORTE PP

≤ 0,5 P M> 0,5 e < 1 M M

≥ 1 G M

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29.07 – Aeroportos.AU PORTE PP≤ 30 P G

> 30 e < 80 M G≥ 80 G G

29.08 – Heliportos.AU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 2 M M≥ 2 G M

29.09 – Terminal de minério.AU PORTE PP≤ 15 P G

> 15 e < 50 M G≥ 50 G G

29.10 – Terminal de petróleoVA (1) PORTE PP≤ 10000 P M

>10000 e < 80000 M M≥ 80000 G G

29.11 – Terminal de produtos químicos.AU PORTE PP≤ 15 P G

> 15 e < 50 M G≥ 50 G G

29.12 – Terminal rodoviário.AU PORTE PP≤ 1 P P

> 1 e < 2,5 M P≥ 2,5 G P

29.13 – Terminal ferroviário.AU PORTE PP≤ 2 P P

> 2 e < 3 M P≥ 3 G P

30 – SERVIÇOS PESSOAIS

30.01 – Lavanderias e TinturariasAU PORTE PP

≤ 0,1 P M> 0,1 e < 0,3 M G

≥ 0,3 G G

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30.02 – CemitériosAU PORTE PP

≤ 2,5 P P> 2,5 e < 5 M P

≥ 5 G M30.03 – Crematórios.

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

>0,05 e < 0,1 M M≥ 0,1 G M

31 – SERVIÇOS MÉDICOS-HOSPITALAR, LABORATORIAL EVETERINÁRIO

31.01 – Hospitais, sanatórios, clínicas, maternidades, casas de saúde e policlínicas.NL PORTE PP≤ 80 P G

> 80 e < 200 M G≥ 200 G G

31.02 – Laboratório de análise clínicas e/ou radiologia.NE PORTE PP≤15 P G

> 15 e ≤ 30 M G> 30 G G

31.03 – Farmácia de manipulaçãoNE PORTE PP≤15 P M

> 15 e ≤ 30 M M> 30 G M

31.04 – Hospitais e clínicas para animaisNE PORTE PP≤ 15 P M

>15 e ≤ 30 M M> 30 G M

32 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURANÇA

32.01 – Estabelecimento prisionaisAu PORTE PP

≤ 20 P P>20 e < 50 M P

≥ 50 G M

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33 – ATIVIDADES DIVERSAS

33.01 – Loteamento exclusiva ou predominantemente residencialAU PORTE PP≤ 20 P P

> 20 e <50

M M

≥ 50 G M

33.02 – Serviços de terraplenagemAU PORTE PP≤ 1 P M

> 1 e < 5 M G≥ 5 G G

33.03 – Distrito industrialAU PORTE PP≤ 50 P G

> 50 e < 100 M G≥ 100 G G

33.04 – Zona estritamente industrialAU PORTE PP≤ 50 P G

> 50 e < 100 M G≥ 100 G G

33.05 – Zona estritamente de exportação/estocagemAU PORTE PP≤ 50 P M

> 50 e < 100 M M≥ 100 G M

33.06 – Beneficiamento de resíduos sólidos (reciclagem)AU PORTE PP

≤ 0,2 P M> 0,2 e < 1 M M

≥ 1 G G

33.07 – Atividades relacionadas a incineração/co-processamento de resíduosindustriais

VC PORTE PP≤ 10 P G

> 10 e < 20 M G≥ 20 G G

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33.08 – Depósito e aterro de rejeitos de mineração – exclusive carvão mineralAU PORTE PP≤ 5 P M

> 5 e < 15 M M≥ 15 G G

33.09 – Coleta e transporte de resíduos sólidos industriaisVC PORTE PP≤ 5 P M

> 5 e < 15 M M≥ 15 G G

33.10 – Tratamento e disposição final de resíduos industriais (aterro industrial)VC PORTE PP≤ 15 P M

> 15 e < 30 M G≥ 30 G G

33.11 – Reprocessamento de resíduos oleososPM (3) PORTE PP≤ 50000 P M

>50000 e < 200000 M G≥ 200000 G G

33.12 – Neutralização, remoção, transporte e estocagem de produtos químicos emcaso de acidentes ecológicos

AU PORTE PP≤ 0,05 P M

> 0,05 e < 1 M M≥ 1 G G

33.13 – Hotéis e similares. *AU PORTE PP

≤ 0,1 Mn P> 0,1 e ≤ 0,3 P M> 0,3 e < 1 M M

≥ 1 G M* Tabela alterada pelo Decreto Municipal N.º 13.746, de 08 de marco de 2002.

33.14 – Empreendimentos desportivos, recreativos, turísticos ou de lazer.AU PORTE PP≤ 3 P P

> 3 e < 10 M P≥ 10 G M

33.15 – Serviços nas áreas de limpeza, conservação e dedetizaçãoAU PORTE PP

≤ 0,05 P P>0,05 e < 0,10 M P

≥ 0,10 G M

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ANEXO IIMODELOS PARA PUBLICAÇÃO

(A que se refere o Art. 29, do Decreto n° 13.661/2001)

1. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO DE LICENÇA NO DIÁRIOOFICIAL DO MUNICÍPIO E EM JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO MUNICÍPIO

(Razão social /nome fantasia) torna público que requereu à SEMMADES a Licença (modalidade daLicença), para (finalidade da licença) a (atividade e local).Foi determinado estudo de impacto ambiental e/ou não foi determinado estudo de impacto ambiental.

2. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE LICENÇA NO DIÁRIO OFICIALDO MUNICÍPIO E EM JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO MUNICÍPIO

(Razão social/nome fantasia) torna público que recebeu da SEMMADES a Licença (modalidade dalicença), para (finalidade de Licença), com validade de (prazo de validade), a (atividade e local).

3. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO DELICENÇA NO DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO E EM JORNAL DE GRANDE

CIRCULAÇÃO NO MUNICÍPIO

(Razão social/nome fantasia) torna público que requereu à SEMMADES a renovação de sua Licença(modalidade de Licença), para (finalidade da licença) a (atividade e local).

4. MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE RENOVAÇÃO DE LICENÇA NODIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO E EM JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO

MUNICÍPIO

(Razão social /nome fantasia) torna público que recebeu da SEMMADES a renovação da Licença (tipode licença) para( finalidade da licença) até a data x, para (atividade e local).

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ANEXO VII(A que se refere o Art. 29, do Decreto n° 13.661/2001)

INSTRUÇÕES PARA A ENTRADA DE DOCUMENTOS NA SEMMADES

1 - DOCUMENTOS A APRESENTARa. identificação do requerenteb. requerimentoc. documentos específicos para cada fase do licenciamento

1A - IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE (PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA) A SER LICENCIADONome ou razão social/nome fantasia:

Ramo da Atividade:Endereço(Rua/Av.):

Bairro:

Endereço para correspondência(Rua/Av.):Bairro:

Telefone: Fax: e-mail:

CPF/CNPJ: Insc. Est.: Insc. Mun.:Pessoa de contato: Tel:

1B - MODELO DE REQUERIMENTO

......................................................... (nome ou razão social/nome fantasia) vem requerer a análise dos documentosanexos para solicitação de ...................................... (Anuência Prévia - APRA, Licença Prévia - LP, Licença de Instalação -LI e Licença de Operação - LO) para a atividade de ............................................. (descrição da atividade conforme Anexo Ido presente Decreto).

Assinatura do requerente.

1C - DOCUMENTOS ESPECÍFICOS PARA CADA FASE DO LICENCIAMENTOLICENÇA REQUERIDA

DOCUMENTOS APRA LP LI LO

Requerimento x x x x

Relatório Técnico Ambiental Prévio - RETAP conforme Termode Referência constante do Anexo IX deste Decreto.

x x

Cópia dos documentos pessoais - CPF e Carteira de identidade x x Cópia do título de domínio da área ou contrato delocação/arrendamento.

x

Cópia da Declaração de Firma Individual ou do Contrato Sociale suas alterações.

x

Cópia do cartão CNPJ x Cópia da Inscrição Municipal * xCópia da LP da SEMMADES x Cópia da LI da SEMMADES xEstudo Ambiental (sempre que exigido) x Guia de recolhimento das taxas já pagas, cujo valor seráfornecido pela SEMMADES na autorização para protocolar.

x x x x

Cadastro da SEMMADES xCertidão de vistoria de regularização do Corpo de Bombeiros. xAtestado de Conclusão e Capacidade Técnica x* Tópico alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002.

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ANEXO VIII(A que se refere o Art. 29, do Decreto 13.661/2001)

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL -SEMMADES

TERMO DE REVISÃO PARA FINS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

DOCUMENTOS ESPECÍFICOS PARA CADA FASE DO LICENCIAMENTO

DOCUMENTOSAPRA LP LI LO CONFERÊNCIA

Requerimento x x x x

Relatório Técnico Ambiental Prévio - RETAP conforme Termo deReferência constante do Anexo IX deste Decreto.

x x

Cópia dos documentos pessoais-CPF e Carteira de Identidade x x Cópia do título de domínio da área ou contrato delocação/arrendamento

x

Cópia da Declaração de Firma Individual ou do Contrato Social esuas alterações.

x

Cópia do cartão CNPJ x

Cópia da Inscrição Municipal x

Cópia da LP da SEMMADES x

Cópia da LI da SEMMADES x

Estudo Ambiental (sempre que exigido) x

Guia de recolhimento(fornecido pela SEMFA) das taxas já pagas,cujo valor será fornecido pela SEMMADES na autorização paraprotocolar.

x x x x

Cadastro da SEMMADES x

Certidão de vistoria de regularização do Corpo de Bombeiros. x

Atestado de Conclusão e Capacidade Técnica x

Classificação da atividade:

Valor da taxa:

Nº de folhas a protocolar:A SEMMADES , após análise da documentação apresentada para requerer a ...................................., mediante este termo de revisão, autoriza o seu protocolo. Cachoeiro de Itapemirim......../......./.......Assinatura e carimbo do Agente Fiscal .

ANEXO IX *

(A que se refere o Art. 29, do Decreto 13.661/2001)

TERMO DE REFERÊNCIA

RELATÓRIO TÉCNICO AMBIENTAL PRÉVIO – RETAP

É obrigatório que o respectivo instrumento contenha:

1. QUALIFICAÇÃO DA EMPRESA (Razão Social, CNPJ, Inscrição Estadual eMunicipal, endereço completo com CEP, Caixa Postal, e-mail e endereço para correspondência).

2. COORDENADAS GEOGRÁFICAS (latitude e longitude, em ° - graus, ´ -minutos e ´´ - segundos).

3. CROQUI DE LOCALIZAÇÃO (com roteiro e referências).4. ÁREA ÚTIL (área total utilizada pelo empreendimento, incluindo-se a área

construída e a não construída, mas utilizada para estocagem ou para outros fins – prevista e atual).5. NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS (administrativo e da produção - previstos e

atuais).6. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA (descrição sucinta do local e do entorno em

um raio de 100 metros, especificando):

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6.1. Meio Físico:� uso e ocupação do solo;� cursos d’água;� topografia;� recursos minerais;� áreas de encosta (especificar a declividade);� vias de acesso.

6.2. Meio Biótico:� fauna e flora;� áreas de preservação.

6.3. Meio Antrópico:� ocupação territorial;� aspectos econômicos, culturais, históricos, turísticos e arqueológicos.7. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO/ATIVIDADE E

DESCRIÇÃO DOS SEUS IMPACTOS QUANTO A:7.1. emissão de poluentes atmosféricos;7.2. emissão dos efluentes líquidos industriais: informar a destinação final com

coordenadas geográficas;7.3. produção de resíduos industriais e domésticos: informar a destinação final com

coordenadas geográficas;7.3.1 – Classificação do resíduo a ser produzido, segundo NBR 10.004 ( ) Classe I - Perigosos ( ) Classe II - Não Inertes ( ) Classe III – Inertes7.4. emissão de ruídos;7.5. alteração da cobertura vegetal (supressão da vegetação);7.6. abastecimento de água: informar o consumo em l/s (litros por segundo).8. FASE ATUAL DO EMPREENDIMENTO.9. INFORMAR SE O EMPREENDIMENTO PROVOCA ALTERAÇÃO NO

TRÂNSITO.10. PARA ATIVIDADES MINERÁRIAS DEVERÁ SER ESPECIFICADO:10.1. nome do titular do direito minerário;10.2. número do processo no DNPM;10.3. nome do proprietário superficiário;10.4. substância mineral;10.5. fase do processo (requerimento de pesquisa, alvará de pesquisa, guia de

utilização, pedido de lavra e portaria de concessão de lavra);10.6. contrato de arrendamento averbado no DNPM.11. MEDIDAS MITIGADORAS.12. INFORMAR A INFLUÊNCIA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO

EMPREENDIMENTO/ATIVIDADE/SERVIÇO (LOCAL OU REGIONAL), COM A DEVIDAJUSTIFICATIVA.

13. RESPONSABILIDADE TÉCNICA:13.1. responsável técnico;13.2. formação profissional;13.3. registro do CREA;13.4. telefone/fax/e-mail.14. ASSINATURA DO REPRESENTANTE LEGAL (acompanhada da cópia do

documento de identificação) E DO RESPONSÁVEL TÉCNICO.15. ANEXAR AO RELATÓRIO TÉCNICO AMBIENTAL PRÉVIO – RETAP,

CÓPIA AUTENTICADA OU ORIGINAL DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA– ART DEVIDAMENTE RECOLHIDA.

*Anexo Alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002.

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ANEXO X *

(A que se refere o Art. 29, do Decreto n° 13.661/2001)

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIMSECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

Rua: D. Pedro II nº 30 – B. IndependênciaCachoeiro de Itapemirim/ES – CEP: 29.306-120

Tel.: (28) 3155 – 5326site: www.cachoeiro.es.gov.br /e-mail: [email protected]

NOTIFICAÇÃO

Número

Série

01. LAVREI A PRESENTE NOTIFICAÇÃO HORAS MINUTOS DIA MÊS ANO

02. INSCRIÇÃO MUNICIPAL

ÀS DE DE DE 03. INSCRIÇÃO ESTADUAL

04. NOME DO NOTIFICADO 05. CPF/CNPJ

06. ENDEREÇO

07. BAIRRO/DISTRITO 08. MUNICIPIO 09. CEP 10. UF

11. DESCRIÇÃO DA NOTIFICAÇÃO

13. RESPONSÁVEL COM PODERES LEGAIS, CASO O NOTIFICADO NÃO ESTEJA PRESENTENOME

CPF/RG

FUNÇÃO

ENDEREÇO

12. O NOTIFICADO DEVERÁ CUMPRIR, NO PRAZODE __________________ DIAS/HORAS, A CONTARDA EMISSÃO DESTA NOTIFICAÇÃO, ODETERMINADO NO CAMPO 11 (ONZE).O NÃO CUMPRIMENTO CONSTITUI INFRAÇÃOPREVISTA NA LEGISLAÇÃO PERTINENTE

BAIRRO/DISTRITO MUNICIPIO CEP UF

14. ASSINATURA DO NOTIFICADO OU RESPONSÁVEL QUALIFICADO NO CAMPO 13 15. CARIMBO E ASSINATURA DO AGENTE FISCAL

16. TESTEMUNHA

NOME ________________________________________________________________________

CPF/RG _____________________________________________________________________

ASSINATURA _________________________________________________________________

17. TESTEMUNHA

NOME _______________________________________________________________________

CPF/RG _____________________________________________________________________

ASSINATURA _________________________________________________________________

1ª via (Branca) NOTIFICADO 2ª via (Amarela) PROCESSO 3ª via (Verde) SEMMADES

* Anexo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002.

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ANEXO XI *

(A que se refere o Art. 29, do Decreto n° 13.661/2001)

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Rua: D. Pedro II, nº 30 – B. Independência Cachoeiro de Itapemirim/ES – CEP 29306 - 120 Tel.: (28) 3155 – 5326 site: www.cachoeiro.es.gov.br – e-mail: [email protected]

AUTO DE INFRAÇÃO

Número

Série

01. LAVREI O PRESENTE AUTO HORAS MINUTOS DIA MÊS ANO

ÀS DE DE DE

02. NOME DO AUTUADO

03. INSCRIÇÃO MUNICIPAL 04. INSCRIÇÃO ESTADUAL 05. CNPJ 06. CPF

DADOS COMPLEMENTARES DO AUTUADO07. FILIAÇÃO

08. NATURALIDADE 09. RG/TÍTULO ELEITOR/CTPS 10. ESTADO CIVIL

11. ENDEREÇO

12. BAIRRO/DISTRITO 13. MUNICÍPIO 14. CEP 15. UF

16. DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO

INFRAÇÃO DE ACORDO COM O (S) REDUÇÃO DUPLICAÇÃO17. ART. ITEM/PARÁGRAFO C/C ART. ITEM/PARÁGRAFO 17A C/C ART. ITEM/PARÁGRAFO 17B C/C ART. ITEM/PARÁGRAFO

LEI: DECRETO: LEI : DECRETO: LEI : DECRETO:

18. LOCAL DA INFRAÇÃO

19. VALOR DA MULTAINFORMAÇÕES:• O INFRATOR TEM PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS PARA RECOLHER A MULTA OU APRESENTAR DEFESA• O RECOLHIMENTO DEVERÁ SER EFETUADO EM GUIA FORNECIDA PELA PMCI (DEPARTAMENTO DE TRIBUTAÇÃO E RECEITAS)• A FALTA DE RECOLHIMENTO DA MULTA/DEFESA NO PRAZO ESTIPULADO IMPLICARÁ EM INSCRIÇÃO EM DIVIDA ATIVA• O INFRATOR QUE RECOLHER A MULTA NO PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS CONTADOS A PARTIR DO RECEBIMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO OBTERÁ UM DESCONTO DE 30% (TRINTA POR CENTO) SOBRE O VALOR DA PENALIDADE PECUNIÁRIA

20. DATA/HORA DA AUTUAÇÃO

21. ASSINATURA DO AUTUADO 22. CARIMBO E ASSINATURA DO AGENTE FISCAL

23. TESTEMUNHA

Nome _____________________________________________________________________________________________

CPF/RG ____________________________________________________________________________________________

Assinatura __________________________________________________________________________________________

24. TESTEMUNHA

Nome _____________________________________________________________________________________________

CPF/RG ____________________________________________________________________________________________

Assinatura __________________________________________________________________________________________

1ª Via (Branca) AUTUADO 2ª Via (Azul) SEMFA 3ª Via (Amarela) PROCESSO 4ª Via (Verde) SEMMADES

* Anexo alterado pelo Decreto Municipal N.º 13.789, de 05 de abril de 2002.

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ANEXO XII(A que se refere o Art. 29, do Decreto 13.661/2001)

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

RUA 25 DE MARÇO, 26 – CENTRO – CAIXA POSTAL, 37CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES – CEP 29300 – 100

TEL.: 3155-5326 – FAX: (028) 3155-5311

Número/série

TERMOS: APREENSÃO/DEPÓSITO SUSPENSÃO/INTERDIÇÃO

01. BENS APREENDIIDOS E DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E/OU PETRECHOS APREENDIDOS E OUTROS

02. AUTUADO

03. FILIAÇÃO

04. NATURALIDADE 05. C. IDENT./TÍTUL ELEITOR/CTPS./CPF/CNPJ 06. EST. CIVIL

07. ENDEREÇO

08. BAIRRO OU DISTRITO 09. MUNICÍPIO 10. UF 11. CEP

12. EM FUNÇÃO DO NÃO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE E DE ACORDO COMO AUTO DE INFRAÇÃO 13. APREENDI SUSPENDI / NTERDITEI

TERMO LAVRADO ASNº DATA HORA DIA MÊS ANO

|_______________|_________|____________________________________|________|14. LOCAL

15 - JUSTIFICATIVA DO EMBARGO

FICA O DEPOSITÁRIO ADVERTIDO DE QUE NÃO PODERÁ VENDER, EMPRESTAR OU USAR OS MENCIONADOS BENS, ZELANDO PELO SEU BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO SENDORESPONSÁVEL POR QUALQUER DANO QUE VENHA A SER CAUSADO AOS MESMOS ATÉ A DECISÃO FINAL DA AUTORIDADE COMPETENTE, QUANDO OS RESTITUIRÁ NAS MESMAS

CONDIÇÕES EM QUE OS RECEBEU. ( ARTIGOS 1.265 A 1.281 DO CÓDIGO CIVIL)

16. NOME DO FIEL DEPOSITÁRIO 17. CPF/CNPJ

18. ENDEREÇO

19. BAIRRO / DISTRITO 20. MUNICIPIO 21. UF 22 CEP

23. AOS BENS APREEDIDOS CONSTANTES DESTE TERMO FOI ATRIBUIDO O VALOR DE R$ (___________________________________________________________________________________)

24. ASSINATURA DO AUTUADO

25. ASSINATURA DO DEPOSITÁRIO

26. ASSINATURA E CARIMBO DO AUTUANTE

27. TESTEMUNHA (NOME) 30. TESTEMUNHA (NOME)

28. ENDEREÇO 31. ENDEREÇO

29. ASSINATURA 32. ASSINATURA

1ª VIA (BRANCA) Notificado 2ª VIA (AZUL) Depositário 3ª VIA (AMARELA) Processo 4ª VIA (VERDE) SEMMADES

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ANEXO XIII(A que se refere o Art. 29, do Decreto 13.661/2001)

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LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965

Institui o novo Código Florestal

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação,reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes doPaís, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral eespecialmente esta Lei estabelecem.

Parágrafo único. As ações ou omissões contrárias às disposições deste Código nautilização e exploração das florestas são consideradas uso nocivo da propriedade (art. 302, XI b, doCódigo de Processo Civil).

Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestase demais formas de vegetação natural situadas:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixamarginal cuja largura mínima será: (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;(Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

2 - de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50(cinquenta) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200(duzentos) metros de largura; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600(seiscentos) metros de largura; (Número acrescentado pela Lei nº 7.511, de 7.7.1986 e alterado pelaLei nº 7.803 de 18.7.1989)

5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600(seiscentos) metros; (Número acrescentado pela Lei nº 7.511, de 7.7.1986 e alterado pela Lei nº7.803 de 18.7.1989)

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que

seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura; (Redação dadapela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100%

na linha de maior declive;f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em

faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; (Redação dada pela Lei nº 7.803 de18.7.1989)

h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja avegetação. (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

i) nas áreas metropolitanas definidas em lei. (Alínea acrescentada pela Lei nº 6.535,de 15.6.1978)

Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nosperímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas,em todo o território abrangido, obervar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso dosolo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo. (Parágrafo acrescentado pela Leinº 7.803 de 18.7.1989)

Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim declaradaspor ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:

a) a atenuar a erosão das terras;b) a fixar as dunas;c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;

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h) a assegurar condições de bem-estar público.§ 1° A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será

admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for necessária à execução deobras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social.

§ 2º As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao regime depreservação permanente (letra g) pelo só efeito desta Lei.

Art. 4° Consideram-se de interesse público:a) a limitação e o controle do pastoreio em determinadas áreas, visando à adequada

conservação e propagação da vegetação florestal;b) as medidas com o fim de prevenir ou erradicar pragas e doenças que afetem a

vegetação florestal;c) a difusão e a adoção de métodos tecnológicos que visem a aumentar

economicamente a vida útil da madeira e o seu maior aproveitamento em todas as fases demanipulação e transformação.

Art. 5° Revogado pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000:Texto original: O Poder Público criará:a) Parques Nacionais, Estaduais e Municipais e Reservas Biológicas, com a finalidade

de resguardar atributos excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna edas belezas naturais com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos;

b) Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, com fins econômicos, técnicos ousociais, inclusive reservando áreas ainda não florestadas e destinadas a atingir aquele fim.

Parágrafo único. Ressalvada a cobrança de ingresso a visitantes, cuja receita serádestinada em pelo menos 50% (cinquenta por cento) ao custeio da manutenção e fiscalização, bemcomo de obras de melhoramento em cada unidade, é proibida qualquer forma de exploração dosrecursos naturais nos parques e reservas biológicas criados pelo poder público na forma deste artigo.(Redação dada pela Lei nº 7.875, de 13.11.1989)

Art. 6º Revogado pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000:Texto original: O proprietário da floresta não preservada, nos termos desta Lei, poderá

gravá-la com perpetuidade, desde que verificada a existência de interesse público pela autoridadeflorestal. O vínculo constará de termo assinado perante a autoridade florestal e será averbado à margemda inscrição no Registro Público.

Art. 7° Qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, mediante ato do PoderPúblico, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes.

Art. 8° Na distribuição de lotes destinados à agricultura, em planos de colonização e dereforma agrária, não devem ser incluídas as áreas florestadas de preservação permanente de que trataesta Lei, nem as florestas necessárias ao abastecimento local ou nacional de madeiras e outros produtosflorestais.

Art. 9º As florestas de propriedade particular, enquanto indivisas com outras, sujeitas aregime especial, ficam subordinadas às disposições que vigorarem para estas.

Art. 10. Não é permitida a derrubada de florestas, situadas em áreas de inclinação entre25 a 45 graus, só sendo nelas tolerada a extração de toros, quando em regime de utilização racional,que vise a rendimentos permanentes.

Art. 11. O emprego de produtos florestais ou hulha como combustível obriga o uso dedispositivo, que impeça difusão de fagulhas suscetíveis de provocar incêndios, nas florestas e demaisformas de vegetação marginal.

Art. 12. Nas florestas plantadas, não consideradas de preservação permanente, é livre aextração de lenha e demais produtos florestais ou a fabricação de carvão. Nas demais florestasdependerá de norma estabelecida em ato do Poder Federal ou Estadual, em obediência a prescriçõesditadas pela técnica e às peculiaridades locais.

Art. 13. O comércio de plantas vivas, oriundas de florestas, dependerá de licença daautoridade competente.

Art. 14. Além dos preceitos gerais a que está sujeita a utilização das florestas, o PoderPúblico Federal ou Estadual poderá:

a) prescrever outras normas que atendam às peculiaridades locais;b) proibir ou limitar o corte das espécies vegetais consideradas em via de extinção,

delimitando as áreas compreendidas no ato, fazendo depender, nessas áreas, de licença prévia o cortede outras espécies;

c) ampliar o registro de pessoas físicas ou jurídicas que se dediquem à extração,indústria e comércio de produtos ou subprodutos florestais.

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Art. 15. Fica proibida a exploração sob forma empírica das florestas primitivas dabacia amazônica que só poderão ser utilizadas em observância a planos técnicos de condução e manejoa serem estabelecidos por ato do Poder Público, a ser baixado dentro do prazo de um ano.

Art. 16. As florestas de domínio privado, não sujeitas ao regime de utilização limitadae ressalvadas as de preservação permanente, previstas nos artigos 2° e 3° desta lei, são suscetíveis deexploração, obedecidas as seguintes restrições:

a) nas regiões Leste Meridional, Sul e Centro-Oeste, esta na parte sul, as derrubadas deflorestas nativas, primitivas ou regeneradas, só serão permitidas, desde que seja, em qualquer caso,respeitado o limite mínimo de 20% da área de cada propriedade com cobertura arbórea localizada, acritério da autoridade competente;

b) nas regiões citadas na letra anterior, nas áreas já desbravadas e previamentedelimitadas pela autoridade competente, ficam proibidas as derrubadas de florestas primitivas, quandofeitas para ocupação do solo com cultura e pastagens, permitindo-se, nesses casos, apenas a extraçãode árvores para produção de madeira. Nas áreas ainda incultas, sujeitas a formas de desbravamento, asderrubadas de florestas primitivas, nos trabalhos de instalação de novas propriedades agrícolas, sóserão toleradas até o máximo de 30% da área da propriedade;

c) na região Sul as áreas atualmente revestidas de formações florestais em que ocorre opinheiro brasileiro, "Araucaria angustifolia" (Bert - O. Ktze), não poderão ser desflorestadas de formaa provocar a eliminação permanente das florestas, tolerando-se, somente a exploração racional destas,observadas as prescrições ditadas pela técnica, com a garantia de permanência dos maciços em boascondições de desenvolvimento e produção;

d) nas regiões Nordeste e Leste Setentrional, inclusive nos Estados do Maranhão ePiauí, o corte de árvores e a exploração de florestas só será permitida com observância de normastécnicas a serem estabelecidas por ato do Poder Público, na forma do art. 15.

§ 1º Nas propriedades rurais, compreendidas na alínea a deste artigo, com área entrevinte (20) a cinqüenta (50) hectares computar-se-ão, para efeito de fixação do limite percentual, alémda cobertura florestal de qualquer natureza, os maciços de porte arbóreo, sejam frutícolas, ornamentaisou industriais. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

§ 2º A reserva legal, assim entendida a área de , no mínimo, 20% (vinte por cento) decada propriedade, onde não é permitido o corte raso, deverá ser averbada à margem da inscrição dematrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada, a alteração de sua destinação,nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento da área. (Parágrafo acrescentadopela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

§ 3º Aplica-se às áreas de cerrado a reserva legal de 20% (vinte por cento) para todosos efeitos legais. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

Art. 17. Nos loteamentos de propriedades rurais, a área destinada a completar o limitepercentual fixado na letra a do artigo antecedente, poderá ser agrupada numa só porção em condomínioentre os adquirentes.

Art. 18. Nas terras de propriedade privada, onde seja necessário o florestamento ou oreflorestamento de preservação permanente, o Poder Público Federal poderá fazê-lo sem desapropriá-las, se não o fizer o proprietário.

§ 1° Se tais áreas estiverem sendo utilizadas com culturas, de seu valor deverá serindenizado o proprietário.

§ 2º As áreas assim utilizadas pelo Poder Público Federal ficam isentas de tributação.Art. 19. A exploração de florestas e de formações sucessoras, tanto de domínio público

como de domínio privado, dependerá de aprovação prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, bem como da adoção de técnicas de condução,exploração, reposição floretal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a coberturaarbórea forme. (Redação dada pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Parágrafo único. No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos quecontemplem a utilização de espécies nativas. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.803, de18.7.1989)

Art. 20. As empresas industriais que, por sua natureza, consumirem grandequantidades de matéria prima florestal serão obrigadas a manter, dentro de um raio em que aexploração e o transporte sejam julgados econômicos, um serviço organizado, que assegure o plantiode novas áreas, em terras próprias ou pertencentes a terceiros, cuja produção sob exploração racional,seja equivalente ao consumido para o seu abastecimento.

Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, além das penalidadesprevistas neste Código, obriga os infratores ao pagamento de uma multa equivalente a 10% (dez por

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cento) do valor comercial da matéria-prima florestal nativa consumida além da produção da qualparticipe.

Art. 21. As empresas siderúrgicas, de transporte e outras, à base de carvão vegetal,lenha ou outra matéria prima florestal, são obrigadas a manter florestas próprias para exploraçãoracional ou a formar, diretamente ou por intermédio de empreendimentos dos quais participem,florestas destinadas ao seu suprimento.

Parágrafo único. A autoridade competente fixará para cada empresa o prazo que lhe éfacultado para atender ao disposto neste artigo, dentro dos limites de 5 a 10 anos.

Art. 22. A União, diretamente, através do órgão executivo específico, ou em convêniocom os Estados e Municípios, fiscalizará a aplicação das normas deste Código, podendo, para tanto,criar os serviços indispensáveis. (Redação dada pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Parágrafo único. Nas áreas urbanas, a que se refere o parágrafo único do art. 2º destaLei, a fiscalização é da competência dos municípios, atuando a União supletivamente. (Parágrafoacrescentado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Art. 23. A fiscalização e a guarda das florestas pelos serviços especializados nãoexcluem a ação da autoridade policial por iniciativa própria.

Art. 24. Os funcionários florestais, no exercício de suas funções, são equiparados aosagentes de segurança pública, sendo-lhes assegurado o porte de armas.

Art. 25. Em caso de incêndio rural, que não se possa extinguir com os recursosordinários, compete não só ao funcionário florestal, como a qualquer outra autoridade pública,requisitar os meios materiais e convocar os homens em condições de prestar auxílio.

Art. 26. Constituem contravenções penais, puníveis com três meses a um ano de prisãosimples ou multa de uma a cem vezes o salário-mínimo mensal, do lugar e da data da infração ouambas as penas cumulativamente:

a) destruir ou danificar a floresta considerada de preservação permanente, mesmo queem formação ou utilizá-la com infringência das normas estabelecidas ou previstas nesta Lei;

b) cortar árvores em florestas de preservação permanente, sem permissão da autoridadecompetente;

c) penetrar em floresta de preservação permanente conduzindo armas, substâncias ouinstrumentos próprios para caça proibida ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais,sem estar munido de licença da autoridade competente;

d) causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais, bem como àsReservas Biológicas;

e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e demais formas de vegetação, semtomar as precauções adequadas;

f) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nasflorestas e demais formas de vegetação;

g) impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas devegetação;

h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, semexigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente e sem munir-se da viaque deverá acompanhar o produto, até final beneficiamento;

i) transportar ou guardar madeiras, lenha, carvão e outros produtos procedentes deflorestas, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pelaautoridade competente;

j) deixar de restituir à autoridade, licenças extintas pelo decurso do prazo ou pelaentrega ao consumidor dos produtos procedentes de florestas;

l) empregar, como combustível, produtos florestais ou hulha, sem uso de dispositivoque impeça a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios nas florestas;

m) soltar animais ou não tomar precauções necessárias para que o animal de suapropriedade não penetre em florestas sujeitas a regime especial;

n) matar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação delogradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou árvore imune de corte;

o) extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente,sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer outra espécie de minerais;

p) (Vetado).q) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive para qualquer efeito industrial, sem

licença da autoridade competente. (Alínea acrescentada pela Lei nº 5.870, de 26.3.1973)Art. 27. É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação.

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Parágrafo único. Se peculiaridades locais ou regionais justificarem o emprego do fogoem práticas agropastoris ou florestais, a permissão será estabelecida em ato do Poder Público,circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução.

Art. 28. Além das contravenções estabelecidas no artigo precedente, subsistem osdispositivos sobre contravenções e crimes previstos no Código Penal e nas demais leis, com aspenalidades neles cominadas.

Art. 29. As penalidades incidirão sobre os autores, sejam eles:a) diretos;b) arrendatários, parceiros, posseiros, gerentes, administradores, diretores, promitentes

compradores ou proprietários das áreas florestais, desde que praticadas por prepostos ou subordinadose no interesse dos preponentes ou dos superiores hierárquicos;

c) autoridades que se omitirem ou facilitarem, por consentimento legal, na prática doato.

Art. 30. Aplicam-se às contravenções previstas neste Código as regras gerais doCódigo Penal e da Lei de Contravenções Penais, sempre que a presente Lei não disponha de mododiverso.

Art. 31. São circunstâncias que agravam a pena, além das previstas no Código Penal ena Lei de Contravenções Penais:

a) cometer a infração no período de queda das sementes ou de formação das vegetaçõesprejudicadas, durante a noite, em domingos ou dias feriados, em épocas de seca ou inundações;

b) cometer a infração contra a floresta de preservação permanente ou material delaprovindo.

Art. 32. A ação penal independe de queixa, mesmo em se tratando de lesão empropriedade privada, quando os bens atingidos são florestas e demais formas de vegetação,instrumentos de trabalho, documentos e atos relacionados com a proteção florestal disciplinada nestaLei.

Art. 33. São autoridades competentes para instaurar, presidir e proceder a inquéritospoliciais, lavrar autos de prisão em flagrante e intentar a ação penal, nos casos de crimes oucontravenções, previstos nesta Lei, ou em outras leis e que tenham por objeto florestas e demais formasde vegetação, instrumentos de trabalho, documentos e produtos procedentes das mesmas:

a) as indicadas no Código de Processo Penal;b) os funcionários da repartição florestal e de autarquias, com atribuições correlatas,

designados para a atividade de fiscalização.Parágrafo único. Em caso de ações penais simultâneas, pelo mesmo fato, iniciadas por

várias autoridades, o Juiz reunirá os processos na jurisdição em que se firmou a competência.Art. 34. As autoridades referidas no item b do artigo anterior, ratificada a denúncia

pelo Ministério Público, terão ainda competência igual à deste, na qualidade de assistente, perante aJustiça comum, nos feitos de que trata esta Lei.

Art. 35. A autoridade apreenderá os produtos e os instrumentos utilizados na infraçãoe, se não puderem acompanhar o inquérito, por seu volume e natureza, serão entregues ao depositáriopúblico local, se houver e, na sua falta, ao que for nomeado pelo Juiz, para ulterior devolução aoprejudicado. Se pertencerem ao agente ativo da infração, serão vendidos em hasta pública.

Art. 36. O processo das contravenções obedecerá ao rito sumário da Lei n. 1.508 de l9de dezembro de 1951, no que couber.

Art. 37. Não serão transcritos ou averbados no Registro Geral de Imóveis os atos detransmissão "inter-vivos" ou "causa mortis", bem como a constituição de ônus reais, sôbre imóveis dazona rural, sem a apresentação de certidão negativa de dívidas referentes a multas previstas nesta Leiou nas leis estaduais supletivas, por decisão transitada em julgado.

Art. 38. Revogado pela Lei nº 5.106, de 2.9.1966:Texto original: As florestas plantadas ou naturais são declaradas imunes a qualquer

tributação e não podem determinar, para efeito tributário, aumento do valor das terras em que seencontram.

§ 1° Não se considerará renda tributável o valor de produtos florestais obtidos emflorestas plantadas, por quem as houver formado.

§ 2º As importâncias empregadas em florestamento e reflorestamento serão deduzidasintegralmente do imposto de renda e das taxas específicas ligadas ao reflorestamento.

Art. 39. Revogado pela Lei nº 5.868, de 12.12.1972:Texto original: Ficam isentas do imposto territorial rural as áreas com florestas sob

regime de preservação permanente e as áreas com florestas plantadas para fins de exploraçãomadeireira.

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Parágrafo único. Se a floresta for nativa, a isenção não ultrapassará de 50%(cinqüenta por cento) do valor do imposto, que incidir sobre a área tributável.

Art. 40. (Vetado).Art. 41. Os estabelecimentos oficiais de crédito concederão prioridades aos projetos de

florestamento, reflorestamento ou aquisição de equipamentos mecânicos necessários aos serviços,obedecidas as escalas anteriormente fixadas em lei.

Parágrafo único. Ao Conselho Monetário Nacional, dentro de suas atribuições legais,como órgão disciplinador do crédito e das operações creditícias em todas suas modalidades e formas,cabe estabelecer as normas para os financiamentos florestais, com juros e prazos compatíveis,relacionados com os planos de florestamento e reflorestamento aprovados pelo Conselho FlorestalFederal.

Art. 42. Dois anos depois da promulgação desta Lei, nenhuma autoridade poderápermitir a adoção de livros escolares de leitura que não contenham textos de educação florestal,previamente aprovados pelo Conselho Federal de Educação, ouvido o órgão florestal competente.

§ 1° As estações de rádio e televisão incluirão, obrigatoriamente, em suasprogramações, textos e dispositivos de interêsse florestal, aprovados pelo órgão competente no limitemínimo de cinco (5) minutos semanais, distribuídos ou não em diferentes dias.

§ 2° Nos mapas e cartas oficiais serão obrigatoriamente assinalados os Parques eFlorestas Públicas.

§ 3º A União e os Estados promoverão a criação e o desenvolvimento de escolas para oensino florestal, em seus diferentes níveis.

Art. 43. Fica instituída a Semana Florestal, em datas fixadas para as diversas regiõesdo País, do Decreto Federal. Será a mesma comemorada, obrigatoriamente, nas escolas eestabelecimentos públicos ou subvencionados, através de programas objetivos em que se ressalte ovalor das florestas, face aos seus produtos e utilidades, bem como sobre a forma correta de conduzí-lase perpetuá-las.

Parágrafo único. Para a Semana Florestal serão programadas reuniões, conferências,jornadas de reflorestamento e outras solenidades e festividades com o objetivo de identificar asflorestas como recurso natural renovável, de elevado valor social e econômico.

Art. 44. Na região Norte e na parte Norte da região Centro-Oeste enquanto não forestabelecido o decreto de que trata o artigo 15, a exploração a corte razo só é permissível desde quepermaneça com cobertura arbórea, pelo menos 50% da área de cada propriedade.

Parágrafo único. A reserva legal, assim entendida a área de, no mínimo, 50%(cinquenta por cento), de cada propriedade, onde não é permitido o corte raso, deverá ser averbada àmargem da inscrição da matrícula do imóvel no registro de imóveis competente, sendo vedada aalteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento daárea. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Art. 45. Ficam obrigados ao registo no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis - IBAMA os estabelecimentos comerciais responsáveis pelacomercialização de moto-serras, bem como aqueles que adquirirem este equipamento. (Artigoacrescentado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

§ 1º A licença para o porte e uso de moto-serras será renovada a cada 2 (dois) anosperante o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

§ 2º Os fabricantes de moto-serras ficam obrigados, a partir de 180 (cento e oitenta)dias da publicação desta Lei, a imprimir, em local visível deste equipamento, numeração cujaseqüência será encaminhada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA e constará das correspondentes notas fiscais. (Parágrafo acrescentado pela Leinº 7.803, de 18.7.1989)

§ 3º A comercialização ou utilização de moto-serras sem a licença a que se refere esteartigo constitui crime contra o meio ambiente, sujeito à pena de detenção de 1 (um) a 3 (três) meses emulta de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos de referência e a apreensão da moto-serra, sem prejuízo daresponsabilidade pela reparação dos danos causados. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.803, de18.7.1989)

Art. 46. No caso de florestas plantadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis - IBAMA zelará para que seja preservada, em cada município, áreadestinada à produção de alimentos básicos e pastagens, visando ao abastecimento local. (Artigoacrescentado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

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Art. 47. O Poder Executivo promoverá, no prazo de 180 dias, a revisão de todos oscontratos, convênios, acordos e concessões relacionados com a exploração florestal em geral, a fim deajustá-las às normas adotadas por esta Lei. (Art. 45 renumerado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Art. 48. Fica mantido o Conselho Florestal Federal, com sede em Brasília, como órgãoconsultivo e normativo da política florestal brasileira. (Art. 46 renumerado pela Lei nº 7.803, de18.7.1989)

Parágrafo único. A composição e atribuições do Conselho Florestal Federal,integrado, no máximo, por 12 (doze) membros, serão estabelecidas por decreto do Poder Executivo.

Art. 49. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei, no que for julgadonecessário à sua execução. (Art. 47 renumerado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Art. 50. Esta Lei entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias após a data de suapublicação, revogados o Decreto nº 23.793, de 23 de janeiro de 1934 (Código Florestal) e demaisdisposições em contrário. (Art. 48 renumerado pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)

Brasília, 15 de setembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.

H. CASTELLO BRANCOHugo Leme

Octaavio Gouveia de BulhõesFlávio Lacerda

MEDIDA PROVISÓRIA No 2.166-67, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.

Altera os arts. 1o, 4o, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965,que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, e dá outrasprovidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 62, e tendo em vistao disposto no art. 225, § 4o, da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1o Os arts. 1o, 4o, 14, 16 e 44, da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passama vigorar com as seguintes redações:

"Art. 1o ............................................................§ 1o As ações ou omissões contrárias às disposições deste Código na utilização e

exploração das florestas e demais formas de vegetação são consideradas uso nocivo da propriedade,aplicando-se, para o caso, o procedimento sumário previsto no art. 275, inciso II, do Código deProcesso Civil.

§ 2o Para os efeitos deste Código, entende-se por:I - pequena propriedade rural ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o

trabalho pessoal do proprietário ou posseiro e de sua família, admitida a ajuda eventual de terceiro ecuja renda bruta seja proveniente, no mínimo, em oitenta por cento, de atividade agroflorestal ou doextrativismo, cuja área não supere:

a) cento e cinqüenta hectares se localizada nos Estados do Acre, Pará, Amazonas,Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e nas regiões situadas ao norte do paralelo 13o S, dosEstados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Estado do Maranhão ou noPantanal mato-grossense ou sul-mato-grossense;

b) cinqüenta hectares, se localizada no polígono das secas ou a leste do Meridiano de44º W, do Estado do Maranhão; e

c) trinta hectares, se localizada em qualquer outra região do País;II - área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2o e 3o desta

Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, apaisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo eassegurar o bem-estar das populações humanas;

III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural,excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, àconservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo eproteção de fauna e flora nativas;

IV - utilidade pública:a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;

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b) as obras essenciais de infra-estrutura destinadas aos serviços públicos de transporte,saneamento e energia; e

c) demais obras, planos, atividades ou projetos previstos em resolução do ConselhoNacional de Meio Ambiente - CONAMA;

V - interesse social:a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais

como: prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteçãode plantios com espécies nativas, conforme resolução do CONAMA;

b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedadeou posse rural familiar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a funçãoambiental da área; e

c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do CONAMA;VI - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia,

Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13o S, dos Estados de Tocantins eGoiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Estado do Maranhão." (NR)

"Art. 4o A supressão de vegetação em área de preservação permanente somente poderáser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social, devidamente caracterizados emotivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional aoempreendimento proposto.

§ 1o A supressão de que trata o caput deste artigo dependerá de autorização do órgãoambiental estadual competente, com anuência prévia, quando couber, do órgão federal ou municipal demeio ambiente, ressalvado o disposto no § 2o deste artigo.

§ 2o A supressão de vegetação em área de preservação permanente situada em áreaurbana, dependerá de autorização do órgão ambiental competente, desde que o município possuaconselho de meio ambiente com caráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia doórgão ambiental estadual competente fundamentada em parecer técnico.

§ 3o O órgão ambiental competente poderá autorizar a supressão eventual e de baixoimpacto ambiental, assim definido em regulamento, da vegetação em área de preservação permanente.

§ 4o O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da autorizaçãopara a supressão de vegetação em área de preservação permanente, as medidas mitigadoras ecompensatórias que deverão ser adotadas pelo empreendedor.

§ 5o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, ou de dunas e mangues,de que tratam, respectivamente, as alíneas "c" e "f" do art. 2o deste Código, somente poderá serautorizada em caso de utilidade pública.

§ 6o Na implantação de reservatório artificial é obrigatória a desapropriação ouaquisição, pelo empreendedor, das áreas de preservação permanente criadas no seu entorno, cujosparâmetros e regime de uso serão definidos por resolução do CONAMA.

§ 7o É permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente,para obtenção de água, desde que não exija a supressão e não comprometa a regeneração e amanutenção a longo prazo da vegetação nativa." (NR)

"Art. 14. ........................................................................................................................b) proibir ou limitar o corte das espécies vegetais raras, endêmicas, em perigo ou

ameaçadas de extinção, bem como as espécies necessárias à subsistência das populações extrativistas,delimitando as áreas compreendidas no ato, fazendo depender de licença prévia, nessas áreas, o cortede outras espécies;

............................................................" (NR)"Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as situadas em

área de preservação permanente, assim como aquelas não sujeitas ao regime de utilização limitada ouobjeto de legislação específica, são suscetíveis de supressão, desde que sejam mantidas, a título dereserva legal, no mínimo:

I - oitenta por cento, na propriedade rural situada em área de floresta localizada naAmazônia Legal;

II - trinta e cinco por cento, na propriedade rural situada em área de cerrado localizadana Amazônia Legal, sendo no mínimo vinte por cento na propriedade e quinze por cento na forma decompensação em outra área, desde que esteja localizada na mesma microbacia, e seja averbada nostermos do § 7o deste artigo;

III - vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formasde vegetação nativa localizada nas demais regiões do País; e

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IV - vinte por cento, na propriedade rural em área de campos gerais localizada emqualquer região do País.

§ 1o O percentual de reserva legal na propriedade situada em área de floresta e cerradoserá definido considerando separadamente os índices contidos nos incisos I e II deste artigo.

§ 2o A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizadasob regime de manejo florestal sustentável, de acordo com princípios e critérios técnicos e científicosestabelecidos no regulamento, ressalvadas as hipóteses previstas no § 3o deste artigo, sem prejuízo dasdemais legislações específicas.

§ 3o Para cumprimento da manutenção ou compensação da área de reserva legal empequena propriedade ou posse rural familiar, podem ser computados os plantios de árvores frutíferasornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou emconsórcio com espécies nativas.

§ 4o A localização da reserva legal deve ser aprovada pelo órgão ambiental estadualcompetente ou, mediante convênio, pelo órgão ambiental municipal ou outra instituição devidamentehabilitada, devendo ser considerados, no processo de aprovação, a função social da propriedade, e osseguintes critérios e instrumentos, quando houver:

I - o plano de bacia hidrográfica;II - o plano diretor municipal;III - o zoneamento ecológico-econômico;IV - outras categorias de zoneamento ambiental; eV - a proximidade com outra Reserva Legal, Área de Preservação Permanente, unidade

de conservação ou outra área legalmente protegida.§ 5o O Poder Executivo, se for indicado pelo Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE

e pelo Zoneamento Agrícola, ouvidos o CONAMA, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério daAgricultura e do Abastecimento, poderá:

I - reduzir, para fins de recomposição, a reserva legal, na Amazônia Legal, para atécinqüenta por cento da propriedade, excluídas, em qualquer caso, as Áreas de Preservação Permanente,os ecótonos, os sítios e ecossistemas especialmente protegidos, os locais de expressiva biodiversidadee os corredores ecológicos; e

II - ampliar as áreas de reserva legal, em até cinqüenta por cento dos índices previstosneste Código, em todo o território nacional.

§ 6o Será admitido, pelo órgão ambiental competente, o cômputo das áreas relativas àvegetação nativa existente em área de preservação permanente no cálculo do percentual de reservalegal, desde que não implique em conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo, e quando asoma da vegetação nativa em área de preservação permanente e reserva legal exceder a:

I - oitenta por cento da propriedade rural localizada na Amazônia Legal;II - cinqüenta por cento da propriedade rural localizada nas demais regiões do País; eIII - vinte e cinco por cento da pequena propriedade definida pelas alíneas "b" e "c" do

inciso I do § 2o do art. 1o.§ 7o O regime de uso da área de preservação permanente não se altera na hipótese

prevista no § 6o.§ 8o A área de reserva legal deve ser averbada à margem da inscrição de matrícula do

imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos detransmissão, a qualquer título, de desmembramento ou de retificação da área, com as exceçõesprevistas neste Código.

§ 9o A averbação da reserva legal da pequena propriedade ou posse rural familiar égratuita, devendo o Poder Público prestar apoio técnico e jurídico, quando necessário.

§ 10. Na posse, a reserva legal é assegurada por Termo de Ajustamento de Conduta,firmado pelo possuidor com o órgão ambiental estadual ou federal competente, com força de títuloexecutivo e contendo, no mínimo, a localização da reserva legal, as suas características ecológicasbásicas e a proibição de supressão de sua vegetação, aplicando-se, no que couber, as mesmasdisposições previstas neste Código para a propriedade rural.

§ 11. Poderá ser instituída reserva legal em regime de condomínio entre mais de umapropriedade, respeitado o percentual legal em relação a cada imóvel, mediante a aprovação do órgãoambiental estadual competente e as devidas averbações referentes a todos os imóveis envolvidos."(NR)

"Art. 44. O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área de floresta nativa,natural, primitiva ou regenerada ou outra forma de vegetação nativa em extensão inferior aoestabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, ressalvado o disposto nos seus §§ 5o e 6o, deve adotaras seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente:

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I - recompor a reserva legal de sua propriedade mediante o plantio, a cada três anos, deno mínimo 1/10 da área total necessária à sua complementação, com espécies nativas, de acordo comcritérios estabelecidos pelo órgão ambiental estadual competente;

II - conduzir a regeneração natural da reserva legal; eIII - compensar a reserva legal por outra área equivalente em importância ecológica e

extensão, desde que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma microbacia,conforme critérios estabelecidos em regulamento.

§ 1o Na recomposição de que trata o inciso I, o órgão ambiental estadual competentedeve apoiar tecnicamente a pequena propriedade ou posse rural familiar.

§ 2o A recomposição de que trata o inciso I pode ser realizada mediante o plantiotemporário de espécies exóticas como pioneiras, visando a restauração do ecossistema original, deacordo com critérios técnicos gerais estabelecidos pelo CONAMA.

§ 3o A regeneração de que trata o inciso II será autorizada, pelo órgão ambientalestadual competente, quando sua viabilidade for comprovada por laudo técnico, podendo ser exigido oisolamento da área.

§ 4o Na impossibilidade de compensação da reserva legal dentro da mesma micro-baciahidrográfica, deve o órgão ambiental estadual competente aplicar o critério de maior proximidadepossível entre a propriedade desprovida de reserva legal e a área escolhida para compensação, desdeque na mesma bacia hidrográfica e no mesmo Estado, atendido, quando houver, o respectivo Plano deBacia Hidrográfica, e respeitadas as demais condicionantes estabelecidas no inciso III.

§ 5o A compensação de que trata o inciso III deste artigo, deverá ser submetida àaprovação pelo órgão ambiental estadual competente, e pode ser implementada mediante oarrendamento de área sob regime de servidão florestal ou reserva legal, ou aquisição de cotas de quetrata o art. 44-B.

§ 6o O proprietário rural poderá ser desonerado, pelo período de trinta anos, dasobrigações previstas neste artigo, mediante a doação, ao órgão ambiental competente, de árealocalizada no interior de Parque Nacional ou Estadual, Floresta Nacional, Reserva Extrativista,Reserva Biológica ou Estação Ecológica pendente de regularização fundiária, respeitados os critériosprevistos no inciso III deste artigo." (NR)

Art. 2o Ficam acrescidos os seguintes dispositivos à Lei no 4.771, de 15 de setembro de1965:

"Art. 3o-A. A exploração dos recursos florestais em terras indígenas somente poderáser realizada pelas comunidades indígenas em regime de manejo florestal sustentável, para atender asua subsistência, respeitados os arts. 2o e 3o deste Código." (NR)

"Art. 37-A. Não é permitida a conversão de florestas ou outra forma de vegetaçãonativa para uso alternativo do solo na propriedade rural que possui área desmatada, quando forverificado que a referida área encontra-se abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada,segundo a vocação e capacidade de suporte do solo.

§ 1o Entende-se por área abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada,aquela não efetivamente utilizada, nos termos do § 3o, do art. 6o da Lei no 8.629, de 25 de fevereiro de1993, ou que não atenda aos índices previstos no art. 6o da referida Lei, ressalvadas as áreas de pousiona pequena propriedade ou posse rural familiar ou de população tradicional.

§ 2o As normas e mecanismos para a comprovação da necessidade de conversão serãoestabelecidos em regulamento, considerando, dentre outros dados relevantes, o desempenho dapropriedade nos últimos três anos, apurado nas declarações anuais do Imposto sobre a PropriedadeTerritorial Rural - ITR.

§ 3o A regulamentação de que trata o § 2o estabelecerá procedimentos simplificados:I - para a pequena propriedade rural; eII - para as demais propriedades que venham atingindo os parâmetros de produtividade

da região e que não tenham restrições perante os órgãos ambientais.§ 4o Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão da vegetação que

abrigue espécie ameaçada de extinção, dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadorasque assegurem a conservação da espécie.

§ 5o Se as medidas necessárias para a conservação da espécie impossibilitarem aadequada exploração econômica da propriedade, observar-se-á o disposto na alínea "b" do art. 14.

§ 6o É proibida, em área com cobertura florestal primária ou secundária em estágioavançado de regeneração, a implantação de projetos de assentamento humano ou de colonização parafim de reforma agrária, ressalvados os projetos de assentamento agro-extrativista, respeitadas aslegislações específicas." (NR)

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"Art. 44-A. O proprietário rural poderá instituir servidão florestal, mediante a qualvoluntariamente renuncia, em caráter permanente ou temporário, a direitos de supressão ou exploraçãoda vegetação nativa, localizada fora da reserva legal e da área com vegetação de preservaçãopermanente.

§ 1o A limitação ao uso da vegetação da área sob regime de servidão florestal deve ser,no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal.

§ 2o A servidão florestal deve ser averbada à margem da inscrição de matrícula doimóvel, no registro de imóveis competente, após anuência do órgão ambiental estadual competente,sendo vedada, durante o prazo de sua vigência, a alteração da destinação da área, nos casos detransmissão a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade." (NR)

"Art. 44-B. Fica instituída a Cota de Reserva Florestal - CRF, título representativo devegetação nativa sob regime de servidão florestal, de Reserva Particular do Patrimônio Natural oureserva legal instituída voluntariamente sobre a vegetação que exceder os percentuais estabelecidos noart. 16 deste Código.

Parágrafo único. A regulamentação deste Código disporá sobre as características,natureza e prazo de validade do título de que trata este artigo, assim como os mecanismos queassegurem ao seu adquirente a existência e a conservação da vegetação objeto do título." (NR)

"Art. 44-C. O proprietário ou possuidor que, a partir da vigência da Medida Provisóriano 1.736-31, de 14 de dezembro de 1998, suprimiu, total ou parcialmente florestas ou demais formas devegetação nativa, situadas no interior de sua propriedade ou posse, sem as devidas autorizaçõesexigidas por Lei, não pode fazer uso dos benefícios previstos no inciso III do art. 44." (NR)

Art. 3o O art. 10 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de 1996, passa a vigorar com aseguinte redação:

"Art. 10. ............................................................§ 1o ............................................................I - ............................................................II - ............................................................a) ............................................................b) ............................................................c) ............................................................d) as áreas sob regime de servidão florestal.............................................................§ 7o A declaração para fim de isenção do ITR relativa às áreas de que tratam as alíneas

"a" e "d" do inciso II, § 1o, deste artigo, não está sujeita à prévia comprovação por parte do declarante,ficando o mesmo responsável pelo pagamento do imposto correspondente, com juros e multa previstosnesta Lei, caso fique comprovado que a sua declaração não é verdadeira, sem prejuízo de outrassanções aplicáveis." (NR)

Art. 4o Fica autorizada a transferência de recursos, inclusive os oriundos de doações deorganismos internacionais ou de agências governamentais estrangeiras e a respectiva contrapartidanacional, aos governos estaduais e municipais, às organizações não-governamentais, associações,cooperativas, organizações da sociedade civil de interesse público, dentre outras selecionadas para aexecução de projetos relativos ao Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil.

Art. 5o A transferência dos recursos de que trata o art. 4o será efetivada após análise daComissão de Coordenação do Programa Piloto.

Art. 6o Os executores dos projetos referidos no art. 4o apresentarão prestação de contasdo total dos recursos recebidos, observadas a legislação e as normas vigentes.

Art. 7o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória no

2.166-66, de 26 de julho de 2001.Art. 8o Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de agosto de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSOMarcus Vinicius Pratini de Moraes

José Sarney FilhoEste texto não substitui o publicado no D.O.U. de 25.8.2001 (Edição extra)

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LEI N° 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismo de formulação eaplicação, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte lei:

Art. 1° - Esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 225 daConstituição , estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos deformulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e institui oCadastro de Defesa Ambiental.

DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTEArt. 2° - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,

melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condiçõesao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidadeda vida humana, atendidos os seguintes princípios:

I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meioambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista ouso coletivo;

II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;e largura;III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional e a

proteção dos recursos ambientais;VII - recuperação de áreas degradadas;IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da

comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.Art. 3° - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:I - meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem

física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;II - degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio

ambiente;III - poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta

ou indireta:a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;c) afetem desfavoravelmente a biota;d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.IV - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,

direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os

estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera.DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTEArt. 4° - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da

qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao

equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dosTerritórios e dos Municípios;

III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normasrelativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o usoracional de recursos ambientais;

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados einformações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade a necessidade depreservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico.

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VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilizaçãoracional e disponibilidade permanente, concorrendo para manutenção do equilíbrio ecológico propícioà vida;

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizaros danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com finseconômicos.

Art. 5° - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formulados emnormas e planos, destinados a orientar a ação dos Governo da União, dos Estados, do Distrito Federal,dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental emanutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios estabelecidos no artigo 2° desta Lei.

Parágrafo Único - As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas emconsonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTEArt. 6° - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos

territórios e dos Municípios, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pelaproteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do meio Ambiente -SISNAMA, assim estruturado:

I - Órgão Superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidenteda República, na formulação da políticaa nacional e nas diretrizes governamentais para o meioambiente e os recursos ambientais;

II - Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente -CONAMA, com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes depolíticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de suacompetência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado eessencial à sadia qualidade de vida;

III - Órgão Central: o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e daAmazônia Legal, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgãofederal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;

IV - Órgão Executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizesgovernamentais fixadas para o meio ambiente;

V - Órgãos Setoriais: os órgãos ou entidades integrantes da Administração PúblicaFederal Direta ou Indireta, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, cujas atividadesestejam associadas às de proteção da qualidade ambiental ou àquelas de disciplinamento do uso derecursos ambientais.

VI - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execuçãode programas, projetos e pelo controle e fiscalização das atividades capazes de provocar degradaçãoambiental;

VII - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle efiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.

§ 1° - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição,elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente,observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.

§ 2° - Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, tambémpoderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.

§ 3° - Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverãofornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoalegitimamente interessada.

§ 4° - De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criaruma Fundação de apoio técnico e científico às atividades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.

DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTEArt. 7° - Revogado pela Lei 8.028/90Art. 8º - Incluir-se-ão entre as competências do CONAMA:I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para licenciamento de

atividades afetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado peloIBAMA;

II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e daspossíveis conseqüentes ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais,estaduais e municipais, bem como a entidade privadas, as informações indispensáveis para apreciação

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dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades designificativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional ;

III - decidir, como última instância administrativa em grau de recurso, mediantedepósito prévio sobre as multas e outras penalidades impostas pela IBAMA;

IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias naobrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental (vetado);

V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefíciosfiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão departicipação em linhas de financiamento em estabelecimento oficiais de crédito;

VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluiçãopor veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;

VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção daqualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente oshídricos.

Parágrafo Único: O Ministro do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, oPresidente do CONAMA.

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTEArt. 9° - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;II - o zoneamento ambiental;III - a avaliação de impactos ambientais;IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;V - os incentivos à produção e instalação de equipamento e a criação ou absorção de

tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as de

relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal;VII - O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e instrumentos de defesa ambiental;IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não-cumprimento das medidas

necessárias à preservação ou correção de degradação ambiental.X - a instituição do Relaatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado

anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBAMA;XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se

o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes;XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou

utilizadoras dos recursos ambientais.Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e

atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bemcomo os capazes sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de préviolicenciamento por órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, e do Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outraslicenças exigíveis.

§ 1° - Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serãopublicadosno jornal oficial do Estado, bem como em um periódico regional ou local de grandecirculação.

§ 2° - Nos casos e prazos previstos em resolução do CONAMA, o licenciamento deque trata este artigo dependerá de homologação do IBAMA.

§ 3° - O órgão estadual do meio ambiente e o IBAMA, esta em caráter supletivo,poderão, se necessário e sem prejuízo das penalidades pecuniárias cabíveis, determinar a redução dasatividades geradoras de poluição, para manter as emissões gasosas, os efluentes líquidos e os resíduossólidos dentro das condições e limites estipulados no licenciamento concedido.

§ 4° - Caberá exclusivamente ao Poder Executivo Federal, ouvidos os GovernosEstadual e Municipal interessados, o licenciamento previsto no"caput" deste artigo quando relativo apólos petroquímicos, bem como a instalações nucleares e outras definidas em lei.

Art. 11 - Compete ao IBAMA propor ao CONAMA normas e padrões paraimplantação, acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no artigo anterior, além dasque forem oriundas do próprio CONAMA.

§ 1° - A fiscalização e o controle da aplicação de critérios, normas e padrões dequalidade ambiental serão exercidos pelo IBAMA, em caráter supletivo da atuação do órgão estadual emunicipal competentes.

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§ 2° - Inclui-se na competência da fiscalização e controle a análise de projetos deentidades, públicas ou privadas, objetivando à preservação ou à recuperação de recursos ambientais,afetados por processos de exploração predatórios ou poluidores.

Artigo 12 - As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentaiscondicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao licenciamento, na forma destaLei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos pelo CONAMA.

Parágrafo Único - As entidades e órgãos referidos no "caput" deste artigo deverãofazer constar dos projetos a realização de obras e aquisição de equipamentos destinados ao controle dedegradação ambiental e à melhoria da qualidade do meio ambiente.

Art. 13 - O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas para o meio ambiente,visando:

I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos tecnológicos destinados areduzir a degradação da qualidade ambiental;

II - à fabricação de equipamento antipoluidores;III - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos ambientais.Parágrafo Único - Os órgãos, entidades e programas do Poder Público, destinados ao

incentivo das pesquisas científicas e tecnológicas, considerarão, entre as suas metas prioritárias, oapoio aos projetos em que visem a adquirir e desenvolver conhecimentos básicos e aplicáveis na áreaambiental e ecológica.

Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual emunicipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientese danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:

I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, nomáximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN's, agravada em casos dereincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União se já tiversido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios;

II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo PoderPúblico;

III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento emestabelecimentos oficiais de crédito;

IV - à suspensão de sua atividade.§ 1° - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor

obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meioambiente e a terceiros, efetuados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terálegitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meioambiente.

§ 2° - No caso da omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao Secretário doMeio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas neste artigo.

§ 3° - Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da perda,restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou financeira que concedeu osbenefícios, incentivos ou financiamentos cumprindo resolução do CONAMA.

§ 4° - Nos casos de poluição provocada pelo derramamento ou lançamento de detritosou óleo em águas brasileiras, por embarcações e terminais marítimos ou fluviais, prevalecerá odisposto na Lei n° 5.357, de 17 de Novembrode 1967.

Art. 15 - O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetalou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito a pena de reclusão de 1 (um) a3 (três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000 MVR.

§ 1° - A pena é aumentada até o dobro se:I - resultar:a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente;b) lesão corporal grave;II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte;III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou feriado.§ 2° - Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de promover as

medidas tendentes a impedir a prática das condutas acima descritas.Art. 16 - Revogado pela Lei 7.804/89Art. 17 - Fica Instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

e dos Recursos Naturaais Renováaveis - IBAMA:I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para

registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre

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problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentosdestinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadorasde Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam aatividades potencialmente poluidoras e/ou a extração, produção, transporte e comercializaçãao deprodutos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como produtos e subprodutos da fauna eflora.

Art. 18 - São transformadas em reservas ou estações ecológicas, sob a responsabilidadedo IBAMA, as florestas e as demais formas de vegetação natural de preservação permanente,relacionadas no artigo 2° da Lei n° 4.771, de 15 de Setembro de 1995 - Código Florestal, e os pousosdas aves de arribação protegidas por convênios, acordos ou tratados assinados pelo Brasil com outrasnações.

Parágrafo Único - As pessoas físicas ou jurídicas que, de qualquer modo, degradaremreservas ou estações ecológicas, bem como outras áreas declaradas como relevante interesse ecológico,estão sujeitas às penalidades previstas no artigo 14 desta Lei.

Art. 19 - Ressalvando o disposto nas Leis nºs. 5.357, de 17 de novembro de 1967 e7.661, de 16 de maio de 1988, a receita proveniente da aplicação desta lei será recolhida de acordo como disposto no artigo 4º , da Lei nº. 7.735, de 22 de fevereiro de 1989.

Art. 20 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.Art. 21 - Revogam-se as disposições em contrário.Publicado no Diário Oficial de 02.09.1981.

LEI Nº 9.605, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1998

DISPÕE SOBRE SANÇÕES DERIVADAS DE CONDUTAS E ATIVIDADES LESIVAS AOMEIO AMBIENTE.DOU DE 13/02/1998

O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I - Disposições Gerais - Artigos 01 a 05.Artigo Número: 1Teor do Artigo: (VETADO).Artigo Número: 2Teor do Artigo: Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos

nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, oadministrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto oumandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a suaprática, quando podia agir para evitá-la.

Artigo Número: 3Teor do Artigo: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e

penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão deseu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da suaentidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoasfísicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

Artigo Número: 4Teor do Artigo: Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua

personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.Artigo Número: 5Teor do Artigo: (VETADO).

CAPÍTULO II - Da Aplicação da Pena - Artigos 06 a 24.Artigo Número: 6Teor do Artigo: Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente

observará:I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências

para a saúde pública e para o meio ambiente;

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II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesseambiental;

III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.Artigo Número: 7Teor do Artigo: As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as

privativas de liberdade quando:I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a

quatro anos;(v. CP 44, I) “Art. 44 As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem asprivativas de liberdade, quando: I - aplicada pena privativa de liberdade inferior a 1 (um) anoou se o crime for culposo;”

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado,bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente paraefeitos de reprovação e prevenção do crime. (v. CP 44, III e 59) “Art.44 As penas restritivas dedireitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: III - a culpabilidade, osantecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e ascircunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.”

O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidadedo agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento davítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:”

Parágrafo único. As penas restritivas de direito a que se refere este artigo terão amesma duração da pena privativa de liberdade substituída.

(v. CP 55) “Art. 55 As penas restritivas de direitos terão a mesma duração dapena privativa de liberdade substituída.”

Artigo Número: 8Teor do Artigo: As penas restritivas de direito são:(v. CP 43) Este artigo deve ser interpretado com o art. 21I - prestação de serviços à comunidade;(v. CP 43, I e 9° desta lei)II - interdição temporária de direitos;(v. CP 43, II e 10 desta lei)III - suspensão parcial ou total de atividades; (inserido – 11 desta lei)IV - prestação pecuniária;(inserido – 12 desta lei)V - recolhimento domiciliar.(inserido – 13 desta lei)Artigo Número: 9Teor do Artigo: A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao

condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no casode dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível.

(v. CP 46) “Art.46 A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição aocondenado de tarefas gratuitas junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outrosestabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.”

Artigo Número: 10Teor do Artigo: As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o

condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios,bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de trêsanos, no de crimes culposos.

(v. CP 47) “Art.47 As penas de interdição temporária de direitos são: I - proibiçãodo exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; II - proibiçãodo exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ouautorização do poder público; III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigirveículo.”

(para o texto “participar de licitações, v. Constituição MT 263, XII)Artigo Número: 11Teor do Artigo: A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem

obedecendo às prescrições legais.Artigo Número: 12Teor do Artigo: A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou

à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a umsalário mínimo nem superior a trezentos e sessentas salários mínimos. O valor pago será deduzido domontante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.

Artigo Número: 13Teor do Artigo: O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de

responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer

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atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou emqualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.

* Os artigos acima (9° a 13) especificam os incisos do art. 8°.Artigo Número: 14Teor do Artigo: São circunstâncias que atenuam a pena:I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitaçãosignificativa da degradação ambiental causada;

III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.Artigo Número: 15Teor do Artigo: São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou

qualificam o crime:I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;II - ter o agente cometido a infração:a) para obter vantagem pecuniária;b) coagindo outrem para a execução material da infração;c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio

ambiente;d) concorrendo para danos à propriedade alheia;e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder

Público, a regime especial de uso;f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;g) em período de defeso à fauna;h) em domingos ou feriados;i) à noite;j) em épocas de seca ou inundações;l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;n) mediante fraude ou abuso de confiança;o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas

ou beneficiada por incentivos fiscais;q) atingido espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades

competentes;r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.Este artigo diz respeito às circunstâncias atenuantes e o art. 15 das circunstâncias

agravantes do crime ambiental.Artigo Número: 16Teor do Artigo: Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode

ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.(inovou – v. CP 77) “Art.77 A execução da pena privativa de liberdade, não

superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: I - ocondenado não seja reincidente em crime doloso;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente,bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; III - não sejaindicada ou cabível a substituição prevista no art.44 deste Código. PAR.1º A condenaçãoanterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.

PAR.2º A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 4 (quatro)anos, poderá ser suspensa, por 4 (quatro) a 6 (seis) anos, desde que o condenado seja maior de 70(setenta) anos de idade.”

Artigo Número: 17Teor do Artigo: A verificação da reparação a que se refere o §2º do art.78 do Código

Penal será feita mediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelojuiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.__Ref. Legislativa:

DECRETO.LEI.2848 ART.78 PAR.2Artigo Número: 18

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Teor do Artigo: A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; serevelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo emvista o valor da vantagem econômica auferida.

(v. CP 49) “Art.49 A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciárioda quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, nomáximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. PAR.1º O valor do dia-multa será fixado pelojuiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempodo fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. PAR.2º O valor da multa será atualizado,quando da execução, pelos índices de correção monetária.”

(aumento – v. CP 60 par. 1°) “Art.60 Na fixação da pena de multa o juiz deveatender, principalmente, à situação econômica do réu.

PAR.1º A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, emvirtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.”

__Ref. Legislativa:

DECRETO.LEI.2848Artigo Número: 19Teor do Artigo: A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível,

fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser

aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório.Artigo Número: 20Teor do Artigo: A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor

mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos peloofendido ou pelo meio ambiente.

Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderáefetuar-se pelo valor fixado nos termos do "caput", sem prejuízo da liquidação para apuração do danoefetivamente sofrido.

Artigo Número: 21Teor do Artigo: As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas

jurídicas, de acordo com o disposto no art.3º, são:I - multa;(v. 18 e 79 desta lei)II – restritivas de direitos;III - prestação de serviços à comunidade.(v. 23 desta lei)Artigo Número: 22Teor do Artigo: As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:I - suspensão parcial ou total de atividades;(v. Lei 6.938/81 – 14, IV)II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios,

subvenções ou doações. (v. lei 6938/81 – 14, II e III)PAR.1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem

obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meioambiente.

PAR.2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionandosem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ouregulamentar.

PAR.3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios,subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos.

Artigo Número: 23Teor do Artigo: A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá

em:I - custeio de programas e de projetos ambientais;II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;III - manutenção de espaços públicos;IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.Artigo Número: 24Teor do Artigo: A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o

fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidaçãoforçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do FundoPenitenciário Nacional. (pena de perda de bens CF 5°, XLVI, b – CP 91, II, a) e b)

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CAPÍTULO III - Da Apreensão do Produto e do Instrumento de InfraçãoAdministrativa ou de Crime - Artigo 25.

Artigo Número: 25Teor do Artigo: Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos,

lavrando-se os respectivos autos.PAR.1º Os animais serão libertados em seu "habitat" ou entregues a jardins zoológicos,

fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicoshabilitados.

PAR.2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doadosa instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.

PAR.3º Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doadosa instituições científicas, culturais ou educacionais.

PAR.4º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida asua descaracterização por meio de reciclagem.

CAPÍTULO IV - Da Ação e do Processo Penal - Artigos 26 a 28.Artigo Número: 26Teor do Artigo: Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública

incondicionada.Parágrafo único. (VETADO).Artigo Número: 27Teor do Artigo: Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de

aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art.76 da Lei nº9099, de 26 desetembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do danoambiental, de que trata o art.74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

__Ref. Legislativa:

LEI.9099 ART.74 ART.76Artigo Número: 28Teor do Artigo: As disposições do art.89 da Lei nº9099, de 26 de setembro de 1995,

aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintesmodificações:

I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o §5º do artigo referido no"caput", dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada aimpossibilidade prevista no inciso I do §1º do mesmo artigo;

II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa areparação, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigoreferido no "caput", acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;

III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IVdo §1º do artigo mencionado no "caput";

IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo deconstatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamenteprorrogado o período de suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observando odisposto no inciso III;

V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidadedependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as providências necessárias àreparação integral do dano.

__Ref. Legislativa:

LEI.9099 ART.89 PAR.1 INCISO.1 INCISO.2 INCISO.3 INCISO.4 PAR.5

CAPÍTULO V - Dos Crimes Contra o Meio Ambiente - Artigos 29 a 69.SEÇÃO I - Dos Crimes Contra a Fauna - Artigos 29 a 37.Os crimes contra a fauna previstos nesta Seção revogaram os arts. 27 e 34 da Lei

5.197, de 3 de janeiro de 1967.Estabelecia os artigos 27 e 34:“Art. 27 - Constitui crime com pena de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos à

violação do disposto nos art. 29, 39, 17 e 18 desta Lei.

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§ 1º - É considerado crime punível com a pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos aviolação do disposto no artigo 1º e seus parágrafos, 4º, 8º e suas alíneas a, b e c, 10 e suas alíneas a, b,c, d, e, f, g, h, l, j, l, e m, e 14 e seu § 3º desta Lei.

§ 2º - Incorre na pena prevista no caput deste artigo quem provocar, pelo uso direto ouindireto de agrotóxicos ou de qualquer outra substância química, o perecimento de espécimes da faunaictiologia existente em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou mar territorial brasileiro.

§ 3º - Incide na pena prevista no § 1º deste artigo quem praticar pesca predatória,usando instrumento proibido, explosivo, erva ou substância química de qualquer natureza.

§ 4º - O parágrafo 4º e alíneas do Art. 27 foram revogados pela Lei nº 7679, de23/11/88 que dispõe sobre a proibição de pesca de espécies em períodos de reprodução e dá outrasprovidências.

§ 5º - Quem, de qualquer maneira, concorrer para os crimes previstos no caput e no §1º deste artigo incidirá nas penas a eles cominadas.

§ 6º - Se o autor da infração considerada crime nesta Lei for estrangeiro, será expulsodo País, após o cumprimento da pena que lhe foi imposta. (VETADO), devendo a autoridade judiciáriaou administrativa remeter, ao Ministério da Justiça, cópia de decisão cominativa da pena aplicada, noprazo de 30 (trinta) dias do trânsito em julgado de sua decisão.”

“Art. 34 - Os crimes previstos nesta Lei são inafiançáveis e serão apurados medianteprocesso sumário, aplicando-se, no que couber, as normas do TÍTULO II, CAPÍTULO V do Código doProcesso Penal .”

Logo, os crimes previstos nesta Seção são, a princípio afiançáveis.Revogou-se também o art. 2° da Lei 7.643, de 18 de dezembro de 1987 que

estabelecia:“Art. 2° - A infração ao disposto nesta Lei será punida com pena de 2 (dois) a 5 (cinco)

anos de reclusão e multa de 50 (cinqüenta) a 100 (cem) Obrigações do Tesouro Nacional – OTN, comperda de embarcação em favor da União, em caso de reincidência.”

Revogado o art. 8° da Lei 7.679, de 23 de novembro de 1988 que estabelecia:“Art. 8° - Constitui crime, punível com pena de reclusão de 3 (três) meses a 1 (um)

ano, a violação ao disposto nas alíneas a e b do item IV do art. 1°.”Artigo Número: 29Teor do Artigo: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,

nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridadecompetente, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.PAR.1º Incorre nas mesmas penas:I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com

a obtida;II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou

depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rotamigratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ousem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

PAR.2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada deextinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

PAR.3º São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espéciesnativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclode vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

PAR.4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no

local da infração;II - em período proibido à caça;III - durante a noite;IV - com abuso de licença;V - em unidade de conservação;VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em

massa.PAR.5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça

profissional.PAR.6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.Artigo Número: 30

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Teor do Artigo: Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto,sem a autorização da autoridade ambiental competente:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.Artigo Número: 31Teor do Artigo: Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial

favorável e licença expedida por autoridade competente:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.Estabelecia o art. 4º da Lei 5.197, de 3 de janeiro de 1967:“Art. 4° - Nenhuma espécie poderá ser introduzida no País, sem parecer técnico oficial

favorável e licença na forma da lei.”Artigo Número: 32Teor do Artigo: Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,

domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.PAR.1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em

animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.PAR.2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.Artigo Número: 33Teor do Artigo: Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o

perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águasjurisdicionais brasileiras:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio

público;II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença,

permissão ou autorização da autoridade competente;III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de

moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.Artigo Número: 34Teor do Artigo: Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares

interditados por órgão competente:Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores

aos permitidos;II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos,

petrechos, técnicas e métodos não permitidos;III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da

coleta, apanha e pesca proibidas.Artigo Número: 35Teor do Artigo: Pescar mediante a utilização de:I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:Pena - reclusão de um ano a cinco anos.Artigo Número: 35Teor do Artigo: Pescar mediante a utilização de:I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:Pena - reclusão de um ano a cinco anos.Artigo Número: 37Teor do Artigo: Não é crime o abate de animal, quando realizado:I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de

animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;III - (VETADO);IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

SEÇÃO II - Dos Crimes Contra a Flora - Artigos 38 a 53.

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Os crimes previstos nesta Seção derrogaram o art. 26 e revogaram o art. 45 da Lei4.771, de 15 de setembro de 1965, (Código Florestal) que estabeleciam:

“Art. 26.º - Constituem contravenções penais, puníveis com três meses a um ano deprisão simples ou multa de um a cem vezes o salário-mínimo mensal do lugar e da data da infração ouambas as penas cumulativamente:

a) destruir ou danificar a floresta considerada de preservação permanente, mesmo queem formação, ou utiliza-la com infringência das normas estabelecidas ou previstas nesta Lei;

b) corta árvore em florestas de preservação permanente, sem permissão da autoridadecompetente;

c) penetrar em florestas de preservação permanente, conduzindo armas, substâncias ouinstrumentos próprios para caça proibida ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais,sem estar munido de licença da autoridade competente;

d) causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais, bem como àsReservas Biológicas;

e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e demais formas de vegetação semtomar as precauções adequadas;

f) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nasflorestas e demais formas de vegetação;

g) impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas devegetação;

h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, semexigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente e sem munir-se da viaque deverá acompanhar o produto, até final beneficiamento;

i) transporta ou guardar madeiras, lenha, carvão e outros produtos procedentes deflorestas, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pelaautoridade competente;

j) deixar de restituir à autoridade licenças extintas pelo decurso do prazo ou pelaentrega ao consumidor dos produtos procedentes de florestas;

l) empregar, como combustível, produtos florestais ou hulha, sem uso de dispositivosque impeçam a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios nas florestas;

m) soltar animais ou não tomar precauções necessárias para que o animal de suapropriedade não penetre em florestas sujeitas a regime especial;

n) matar, lesar ou maltratar por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação delogradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou árvore imune de corte;

o) extrair de florestas de domínio publico ou consideradas de preservação permanentes,sem prévia autorização: pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais;

p) Vetado;q) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive para qualquer efeito industrial, sem

licença da autoridade competente.”Permanecem em vigor as alíneas e e l do dispositivo supracitado.“Art. 45.º - Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA os estabelecimentos comerciais responsáveis pelacomercialização de moto-serras, bem como aqueles que adquirirem este equipamento.

§ 3.º A comercialização ou utilização de moto-serras sem licença a que se refere esteartigo constitui crime contra o meio ambiente, sujeito à pena de detenção de 1 (um) a 3 (três) meses emulta de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos de referência e a apreensão da moto-serra, sem prejuízo daresponsabilidade pela reparação dos danos causados.”

Artigo Número: 38Teor do Artigo: Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente,

mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.O presente dispositivo revogou o art. 26, a da Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965.Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.Artigo Número: 39Teor do Artigo: Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente,

sem permissão da autoridade competente:Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.O artigo supracitado revogou o art. 26, b da Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965.Artigo Número: 40

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Teor do Artigo: Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreasde que trata o art.27 do Decreto nº99274, de 06 de junho de 1990, independentemente de sualocalização:

Revogou a alínea d do art. 26 da Lei 4.771/65.Pena - reclusão, de um a cinco anos.PAR.1º Entende-se por Unidades de Conservação as Reservas Biológicas, Reservas

Ecológicas, Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, Florestas Nacionais,Estaduais e Municipais, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico eReservas Extrativistas ou outras a serem criadas pelo Poder Público.

PAR.2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior dasUnidades de Conservação será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.

PAR.3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.__

Ref. Legislativa:DECRETO.99274 ART.27Artigo Número: 41Teor do Artigo: Provocar incêndio em mata ou floresta:Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e

multa.Artigo Número: 42Teor do Artigo: Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar

incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo deassentamento humano:

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.Revogou a alínea f do art. 26 da Lei 4.771/65.Artigo Número: 43Teor do Artigo: (VETADO).Artigo Número: 44Teor do Artigo: Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação

permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Revogou a alínea o do art. 26 da Lei 4.771/65.Artigo Número: 45Teor do Artigo: Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por

ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômicaou não, em desacordo com as determinações legais:Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

Revogou a alínea q do art. 26 da Lei 4.771/65.Artigo Número: 46eor do Artigo: Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha,

carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgadapela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até finalbeneficiamento:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Revogou a alínea h do art. 26 da Lei 4.771/65.Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em

depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licençaválida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Artigo Número: 47Teor do Artigo: (VETADO).Artigo Número: 48Teor do Artigo: Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais

formas de vegetação:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Artigo Número: 49Teor do Artigo: Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio,

plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente.

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Revogou a alínea n do art. 26 da Lei 4.771/65.Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.Artigo Número: 50Teor do Artigo: Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação

fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.Artigo Número: 51Teor do Artigo: Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais

formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.Revogou o art. 45 da Lei 4.771/65.Artigo Número: 52Teor do Artigo: Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou

instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licençada autoridade competente:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Artigo Número: 53Teor do Artigo: Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a

um terço se:I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do

regime climático;II - o crime é cometido:a) no período de queda das sementes;b) no período de formação de vegetações;c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente

no local da infração;d) em época de seca ou inundação;e) durante a noite, em domingo ou feriado.

SEÇÃO III - Da Poluição e Outros Crimes Ambientais - Artigos 54 a 61.De acordo com Fábio Nusdeo:“Poluição significa a presença de elementos exógenos num determinado meio, de

molde a lhe deteriorar a qualidade ou a lhe ocasionar perturbações tornando-o inadequado a uma dadautilização.

Artigo Número: 54Teor do Artigo: Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou

possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou adestruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.PAR.1º Se o crime é culposo:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.PAR.2º Se o crime:I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos

habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento

público de água de uma comunidade;IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleosou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em lei ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.PAR.3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de

adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco dedano ambiental grave ou irreversível.

Este artigo revogou o art. 15 da Lei 6.938, de 1981, alterada pela lei 7.804/89 queestabelecia:

“Art. 15 - O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal,ou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão de 1 (um) a3(três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR.

§ 1º - A pena é aumentada até o dobro se:

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I - resultar:a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente;b) lesão corporal grave;II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte;III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em feriado;§ 2º - Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de promover as

medidas tendentes a impedir a prática das condutas acima descritas.”* Redação do art. 15 e §§ dada pela Lei nº 7.804/89.* Redação original da Lei nº 6.938/81.Artigo Número: 55Teor do Artigo: Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a

competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área

pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação doórgão competente.

Artigo Número: 56Teor do Artigo: Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar,

fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica,perigosa ou nociva à saúde humana, ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigênciasestabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.PAR.1º Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou substâncias

referidos no "caput", ou os utiliza em desacordo com as normas de segurança.PAR.2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de

um sexto a um terço.Este artigo revoga os arts. 20 e 22 da Lei 6.453, de 17 de outubro de 1977.PAR.3º Se o crime é culposo:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Artigo Número: 57Teor do Artigo: (VETADO).Artigo Número: 58Teor do Artigo: Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas:I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em

geral;II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem;III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do

fato não resultar crime mais grave.Artigo Número: 59Teor do Artigo: (VETADO).Artigo Número: 60Teor do Artigo: Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer

parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, semlicença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais eregulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.Artigo Número: 61Teor do Artigo: Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à

agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas:Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

SEÇÃO IV - Dos Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural- Artigos 62 a 65.

Artigo Número: 62Teor do Artigo: Destruir, inutilizar ou deteriorar:I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar

protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

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Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção,sem prejuízo da multa.

Trata-se de modalidade especial do crime de dano previsto no art. 163 do CódigoPenal. Sobre este assunto vide Lei 3.624, de 26 de julho de 1991.

Artigo Número: 63Teor do Artigo: Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente

protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico,turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, semautorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Artigo Número: 64Teor do Artigo: Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim

considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural,religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou emdesacordo com a concedida:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Artigo Número: 65Teor do Artigo: Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou

monumento urbano:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude

do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa.A objetividade jurídica é o normal desenvolvimento da máquina administrativa,

destacando suas atividades no setor ambiental.

SEÇÃO V - Dos Crimes Contra a Administração Ambiental - Artigos 66 a 69.Artigo Número: 66Teor do Artigo: Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a

verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou delicenciamento ambiental:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.Artigo Número: 67Teor do Artigo: Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em

desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende deato autorizativo do Poder Público:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção,

sem prejuízo da multa.Artigo Número: 68Teor do Artigo: Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de

cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:Pena - detenção, de um a três anos, e multa.Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo

da multa.Artigo Número: 69Teor do Artigo: Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de

questões ambientais:Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

CAPÍTULO VI - Da Infração Administrativa - Artigos 70 a 76.Artigo Número: 70Teor do Artigo: Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão

que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.PAR.1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar

processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de MeioAmbiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes dasCapitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

PAR.2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representaçãoàs autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.

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PAR.3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental éobrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena deco-responsabilidade.

PAR.4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio,assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.

Artigo Número: 71Teor do Artigo: O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve

observar os seguintes prazos máximos:I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração,

contados da data da ciência da autuação;II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data

da sua lavratura, apresentadas ou não a defesa ou impugnação;III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do

Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério daMarinha, de acordo com o tipo de autuação;

IV - cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento danotificação.

Artigo Número: 72Teor do Artigo: As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções,

observado o disposto no art.6º:I - advertência;

II - multa simples;III - multa diária;IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,

petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;V - destruição ou inutilização do produto;VI - suspensão de venda e fabricação do produto;VII - embargo de obra ou atividade;VIII - demolição de obra;IX - suspensão parcial ou total de atividades;X - (VETADO);XI - restritiva de direitos.PAR.1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão

aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.PAR.2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da

legislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas nesteartigo.

PAR.3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no

prazo assinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério daMarinha;

II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dosPortos, do Ministério da Marinha.PAR.4º A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação daqualidade do meio ambiente.PAR.5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.

PAR.6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do "caput" obedecerãoao disposto no art.25 desta Lei.PAR.7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do "caput" serão aplicadas quando o produto, a obra,a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares.

PAR.8º As sanções restritivas de direito são:I - suspensão de registro, licença ou autorização;II - cancelamento de registro, licença ou autorização;III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em

estabelecimentos oficiais de crédito;V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.Ref. Legislativa:Lei.9605 Art.6 Art.25Artigo Número: 73

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Teor do Artigo: Os valores arrecadados em pagamento de multas por infraçãoambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº7797, de 10 dejulho de 1989, Fundo Naval, criado pelo Decreto nº20923, de 08 de janeiro de 1932, fundos estaduaisou municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.__Ref. Legislativa:

LEI.7797DECRETO.20923Artigo Número: 74Teor do Artigo: A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou

outra medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado.Artigo Número: 75Teor do Artigo: O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento

desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente,sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões dereais).

Artigo Número: 76Teor do Artigo: O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito

Federal ou Território substitui a multa federal na mesma hipótese de incidência.

CAPÍTULO VII - Da Cooperação Internacional para a Preservação do MeioAmbiente - Artigos 77 a 78.

Artigo Número: 77Teor do Artigo: Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons

costumes, o Governo brasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação aoutro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para:

I - produção de prova;II - exame de objetos e lugares;III - informações sobre pessoas e coisas;IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a

decisão de uma causa;V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados

de que o Brasil seja parte.PAR.1º A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça, que

a remeterá, quando necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou aencaminhará à autoridade capaz de atendê-la.

PAR.2º A solicitação deverá conter:I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante;II - o objeto e o motivo de sua formulação;III - a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante;IV - a especificação da assistência solicitada;V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso.Artigo Número: 78Teor do Artigo: Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente para a

reciprocidade da cooperação internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar ointercâmbio rápido e seguro de informações com órgãos de outros países.

CAPÍTULO VIII - Disposições Finais - Artigos 79 a 82.Artigo Número: 79Teor do Artigo: Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código

Penal e do Código de Processo Penal.Art. 79-A - Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes

do SISNAMA, responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dosestabelecimentos e das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizadosa celebrar, com força de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas oujurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos eatividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores.

§ 1º - O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á,exclusivamente, a permitir que as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover

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as necessárias correções de suas atividades, para o atendimento das exigências impostas pelasautoridades ambientais competentes, sendo obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre:

I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivosrepresentantes legais;

II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade dasobrigações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, compossibilidade de prorrogação por igual período;

III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e ocronograma físico de execução e de implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais aserem atingidas;

IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e oscasos de rescisão, em decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas;

V - o valor da multa de que trata o inciso anterior não poderá ser superior ao valor doinvestimento previsto;

VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes.§ 2º - No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998,

envolvendo construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividadesutilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura dotermo de compromisso deverá ser requerida pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito protocolizado junto aos órgãos competentes doSISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do estabelecimento.

§ 3º - Da data da protocolização do requerimento previsto no parágrafo anterior eenquanto perdurar a vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relaçãoaos fatos que deram causa à celebração do instrumento, a aplicação de sanções administrativas contra apessoa física ou jurídica que o houver firmado.

§ 4º - A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede aexecução de eventuais multas aplicadas antes da protocolização do requerimento.

§ 5° - Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quandodescumprida qualquer de suas cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior.

§ 6° - O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados daprotocolização do requerimento.§ 7° - O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as informaçõesnecessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano.

§ 8° - Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados noórgão oficial competente, mediante extrato.

Art. 79-A, com nova redação dada pela Medida Provisória n. 2.073-33, de 25 dejaneiro de 2001.

Redação anterior:"Art. 79-A - Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais

integrantes do SISNAMA, responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle efiscalização das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados acelebrar, com força de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas oujurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos eatividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bemcomo os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.

§ 1º - O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á,exclusivamente, a permitir que as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promoveras necessárias correções de suas atividades, para o atendimento das exigências impostas pelasautoridades ambientais competentes, sendo obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre:

I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivosrepresentantes legais;

II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade dasobrigações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de cinco anos, compossibilidade de prorrogação por igual período;

III - a descrição detalhada de seu objeto e o cronograma físico de execução e deimplantação das obras e serviços exigidos;

IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e oscasos de rescisão, em decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas;

V - o foro competente para dirimir litígios entre as partes.

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§ 2º - No tocante aos empreendimentos em curso no dia 30 de março de 1998,envolvendo construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividadesutilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como oscapazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, a assinatura do termo de compromissodeverá ser requerida pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998,mediante requerimento escrito protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA.

§ 3º - Da data da protocolização do requerimento previsto no parágrafo anterior eenquanto perdurar a vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relaçãoaos fatos que deram causa à celebração do instrumento, a aplicação e a execução de sançõesadministrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado.

§ 4º - Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados noórgão oficial competente, mediante extrato."

__Ref. Legislativa:

DECRETO.LEI.2848DECRETO.LEI.3689

Artigo Número: 80Teor do Artigo: O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias a

contar de sua publicação.Artigo Número: 81Teor do Artigo: (VETADO).Artigo Número: 82Teor do Artigo: Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

DECRETO No 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999

Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividadeslesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, daConstituição, e tendo em vista o disposto no Capítulo VI da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,nos §§ 2o e 3o do art. 16, nos arts.19 e 27 e nos §§ 1o e 2o do art. 44 da Lei no 4.771, de 15 de setembrode 1965, nos arts. 2o, 3o, 14 e 17 da Lei no 5.197, de 3 de janeiro de 1967, no inciso IV do art. 14 e noinciso II do art. 17 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, no art. 1o da Lei no 7.643, de 18 dedezembro de 1987, no art. 1o da Lei no 7.679, de 23 de novembro de 1988, no § 2o do art. 3o e no art. 8o

da Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, nos arts. 4o, 5o, 6o e 13 da Lei no 8.723, de 28 de outubro de1993, e nos arts. 11, 34 e 46 do Decreto-Lei no 221, de 28 de fevereiro de 1967,

D E C R E T A :CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1o Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção,

proteção e recuperação do meio ambiente é considerada infração administrativa ambiental e serápunida com as sanções do presente diploma legal, sem prejuízo da aplicação de outras penalidadesprevistas na legislação.

Art. 2o As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:I - advertência;II - multa simples;III - multa diária;IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,

petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;V - destruição ou inutilização do produto;VI - suspensão de venda e fabricação do produto;VII - embargo de obra ou atividade;VIII - demolição de obra;IX - suspensão parcial ou total das atividades;X - restritiva de direitos; e

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XI - reparação dos danos causados.§ 1o Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão

aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.§ 2o A advertência será aplicada pela inobservância das disposições deste Decreto e da

legislação em vigor, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.§ 3o A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:I - advertido, por irregularidades, que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no

prazo assinalado por órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA ou pelaCapitania dos Portos do Comando da Marinha;

II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dosPortos do Comando da Marinha.

§ 4o A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria erecuperação da qualidade do meio ambiente.

§ 5o A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongarno tempo, até a sua efetiva cessação ou regularização da situação mediante a celebração, pelo infrator,de termo de compromisso de reparação de dano.

§ 6o A apreensão, destruição ou inutilização, referidas nos incisos IV e V do caputdeste artigo, obedecerão ao seguinte:

I - os animais, produtos, subprodutos, instrumentos, petrechos, equipamentos, veículose embarcações de pesca, objeto de infração administrativa serão apreendidos, lavrando-se osrespectivos termos;

II - os animais apreendidos terão a seguinte destinação:a) libertados em seu habitat natural, após verificação da sua adaptação às condições de

vida silvestre;b) entregues a jardins zoológicos, fundações ambientalistas ou entidades assemelhadas,

desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados; ouc) na impossibilidade de atendimento imediato das condições previstas nas alíneas

anteriores, o órgão ambiental autuante poderá confiar os animais a fiel depositário na forma dos arts.1.265 a 1.282 da Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, até implementação dos termos antesmencionados;

III - os produtos e subprodutos perecíveis ou a madeira apreendidos pela fiscalizaçãoserão avaliados e doados pela autoridade competente às instituições científicas, hospitalares, penais,militares, públicas e outras com fins beneficentes, bem como às comunidades carentes, lavrando-se osrespectivos termos, sendo que, no caso de produtos da fauna não perecíveis, os mesmos serãodestruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais;

IV - os produtos e subprodutos de que tratam os incisos anteriores, não retirados pelobeneficiário no prazo estabelecido no documento de doação, sem justificativa, serão objeto de novadoação ou leilão, a critério do órgão ambiental, revertendo os recursos arrecadados para a preservação,melhoria e qualidade do meio ambiente, correndo os custos operacionais de depósito, remoção,transporte, beneficiamento e demais encargos legais à conta do beneficiário;

V - os equipamentos, os petrechos e os demais instrumentos utilizados na prática dainfração serão vendidos pelo órgão responsável pela apreensão, garantida a sua descaracterização pormeio da reciclagem;

VI - caso os instrumentos a que se refere o inciso anterior tenham utilidade para usonas atividades dos órgãos ambientais e de entidades científicas, culturais, educacionais, hospitalares,penais, militares, públicas e outras entidades com fins beneficentes, serão doados a estas, após préviaavaliação do órgão responsável pela apreensão;

VII - tratando-se de apreensão de substâncias ou produtos tóxicos, perigosos ounocivos à saúde humana ou ao meio ambiente, as medidas a serem adotadas, seja destinação final oudestruição, serão determinadas pelo órgão competente e correrão às expensas do infrator;

VIII - os veículos e as embarcações utilizados na prática da infração, apreendidos pelaautoridade competente, somente serão liberados mediante o pagamento da multa, oferecimento dedefesa ou impugnação, podendo ser os bens confiados a fiel depositário na forma dos arts. 1.265 a1.282 da Lei no 3.071, de 1916, até implementação dos termos antes mencionados, a critério daautoridade competente;

IX - fica proibida a transferência a terceiros, a qualquer título, dos animais, produtos,subprodutos, instrumentos, petrechos, equipamentos, veículos e embarcações de pesca, de que trataeste parágrafo, salvo na hipótese de autorização da autoridade competente;

X - a autoridade competente encaminhará cópia dos termos de que trata este parágrafoao Ministério Público, para conhecimento.

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§ 7o As sanções indicadas nos incisos VI, VII e IX do caput deste artigo serãoaplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo àsdeterminações legais ou regulamentares.

§ 8o A determinação da demolição de obra de que trata o inciso VIII do caput desteartigo, será de competência da autoridade do órgão ambiental integrante do SISNAMA, a partir daefetiva constatação pelo agente autuante da gravidade do dano decorrente da infração.

§ 9o As sanções restritivas de direito aplicáveis às pessoas físicas ou jurídicas são:I - suspensão de registro, licença, permissão ou autorização;II - cancelamento de registro, licença, permissão ou autorização;III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em

estabelecimentos oficiais de crédito; eV - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.§ 10. Independentemente de existência de culpa, é o infrator obrigado à reparação do

dano causado ao meio ambiente, afetado por sua atividade.Art. 3o Reverterão ao Fundo Nacional do Meio Ambiente-FNMA, dez por cento dos

valores arrecadados em pagamento de multas aplicadas pelo órgão ambiental federal, podendo oreferido percentual ser alterado, a critério dos demais órgãos arrecadadores.

Art. 4o A multa terá por base a unidade, o hectare, o metro cúbico, o quilograma ououtra medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado.

Art. 5o O valor da multa de que trata este Decreto será corrigido, periodicamente, combase nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais),e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).

Art. 6o O agente autuante, ao lavrar o auto-de-infração, indicará a multa prevista para aconduta, bem como, se for o caso, as demais sanções estabelecidas neste Decreto, observando:

I - a gravidade dos fatos, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüênciaspara a saúde pública e para o meio ambiente;

II - os antecedentes do infrator, quanto ao cumprimento da legislação de interesseambiental; e

III - a situação econômica do infrator.Art. 7o A autoridade competente deve, de ofício ou mediante provocação,

independentemente do recolhimento da multa aplicada, majorar, manter ou minorar o seu valor,respeitados os limites estabelecidos nos artigos infringidos, observando os incisos do artigo anterior.

Parágrafo único. A autoridade competente, ao analisar o processo administrativo deauto-de-infração, observará, no que couber, o disposto nos arts. 14 e 15 da Lei no 9.605, de 12 defevereiro de 1998.

Art. 8o O pagamento de multa por infração ambiental imposta pelos Estados,Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária pelo órgãofederal, em decorrência do mesmo fato, respeitados os limites estabelecidos neste Decreto.

Art. 9o O cometimento de nova infração por agente beneficiado com a conversão demulta simples em prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meioambiente, implicará a aplicação de multa em dobro do valor daquela anteriormente imposta.

Art. 10. Constitui reincidência a prática de nova infração ambiental cometida pelomesmo agente no período de três anos, classificada como:

I - específica: cometimento de infração da mesma natureza; ouII - genérica: o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.Parágrafo único. No caso de reincidência específica ou genérica, a multa a ser

imposta pela prática da nova infração terá seu valor aumentado ao triplo e ao dobro, respectivamente.

CAPÍTULO IIDAS SANÇÕES APLICÁVEIS ÀS INFRAÇÕES COMETIDAS CONTRA O

MEIO AMBIENTESeção IDas Sanções Aplicáveis às Infrações Contra a FaunaArt. 11. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos

ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ouem desacordo com a obtida:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade com acréscimo por exemplarexcedente de:

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I - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial defauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da Comércio Internacional das Espécies da Flora eFauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES; e

II - R$ 3.000,00 (três mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial defauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.

§ 1o Incorre nas mesmas multas:I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com

a obtida;II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; ouIII - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou

depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rotamigratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ousem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2o No caso de guarda doméstica de espécime silvestre não considerada ameaçada deextinção, pode a autoridade competente, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a multa, nostermos do § 2o do art. 29 da Lei no 9.605, de 1998.

§ 3o No caso de guarda de espécime silvestre, deve a autoridade competente deixar deaplicar as sanções previstas neste Decreto, quando o agente espontaneamente entregar os animais aoórgão ambiental competente.

§ 4o São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas,migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vidaocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou em águas jurisdicionais brasileiras.

Art. 12. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável elicença expedida pela autoridade competente:

Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acréscimo por exemplar excedente de:I - R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade;II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da CITES; eIII - R$ 3.000,00 (três mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.Art. 13. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem

autorização da autoridade competente:Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acréscimo por exemplar excedente de:I - R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade;II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da CITES; eIII - R$ 3.000,00 (três mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.Art. 14. Coletar material zoológico para fins científicos sem licença especial expedida

pela autoridade competente:Multa de R$ 200,00 (duzentos reais), com acréscimo por exemplar excedente de:I - R$ 50,00 (cinqüenta reais), por unidade;II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da CITES;III - R$ 3.000,00 (três mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas:I - quem utilizar, para fins comerciais ou esportivos, as licenças especiais a que se

refere este artigo; e,II - a instituição científica, oficial ou oficializada, que deixar de dar ciência ao órgão

público federal competente das atividades dos cientistas licenciados no ano anterior.Art. 15. Praticar caça profissional no País:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), com acréscimo por exemplar excedente de:I - R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade;II - R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da CITES; eIII - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.Art. 16. Comercializar produtos e objetos que impliquem a caça, perseguição,

destruição ou apanha de espécimes da fauna silvestre:

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Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), com acréscimo de R$ 200,00 (duzentos reais), porexemplar excedente.

Art. 17. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acréscimopor exemplar excedente:

I - R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade;II - R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da CITES; eIII - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de

fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas, quem realiza experiência dolorosa ou

cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursosalternativos.

Art. 18. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, operecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águasjurisdicionais brasileiras:

Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas, quem:I - causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio

público;II - explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão

ou autorização da autoridade competente; eIII - fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de

moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.Art. 19. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por

órgão competente:Multa de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), com acréscimo

de R$ 10,00 (dez reais), por quilo do produto da pescaria.Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas, quem:I - pescar espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores

aos permitidos;II - pescar quantidades superiores às permitidas ou mediante a utilização de aparelhos,

petrechos, técnicas e métodos não permitidos; eIII - transportar, comercializar, beneficiar ou industrializar espécimes provenientes da

coleta, apanha e pesca proibida.Art. 20. Pescar mediante a utilização de explosivos ou substâncias que, em contato

com a água, produzam efeitos semelhantes, ou substâncias tóxicas, ou ainda, por outro meio proibidopela autoridade competente:

Multa de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), com acréscimode R$ 10,00 (dez reais), por quilo do produto da pescaria.

Art. 21. Exercer pesca sem autorização do órgão ambiental competente:Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais).Art. 22. Molestar de forma intencional toda espécie de cetáceo em águas jurisdicionais

brasileiras:Multa de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).Art. 23. É proibida a importação ou a exportação de quaisquer espécies aquáticas, em

qualquer estágio de evolução, bem como a introdução de espécies nativas ou exóticas em águasjurisdicionais brasileiras, sem autorização do órgão ambiental competente:

Multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).Art. 24. Explorar campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, bem como

recifes de coral sem autorização do órgão ambiental competente ou em desacordo com a obtida:Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Seção IIDas Sanções Aplicáveis às Infrações Contra a FloraArt. 25. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo

que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:Multa de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), por

hectare ou fração.

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Art. 26. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sempermissão da autoridade competente:

Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), porhectare ou fração, ou R$ 500,00 (quinhentos reais), por metro cúbico.

Art. 27. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de quetrata o art. 27 do Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).Art. 28. Provocar incêndio em mata ou floresta:Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), por hectare ou fração queimada.Art. 29. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios

nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamentohumano:

Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade.Art. 30. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação

permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:Multa simples de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), por hectare ou fração.Art. 31. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada em ato do

Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não,em desacordo com as determinações legais:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por metro cúbico.Art. 32. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha,

carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgadapela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até finalbeneficiamento:

Multa simples de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade,estéreo, quilo, mdc ou metro cúbico.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas, quem vende, expõe à venda, tem emdepósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licençaválida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Art. 33. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas ou demais formas devegetação:

Multa de R$ 300,00 (trezentos reais), por hectare ou fração.Art. 34. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de

ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por árvore.Art. 35. Comercializar motosserra ou utilizá-la em floresta ou demais formas de

vegetação, sem licença ou registro da autoridade ambiental competente:Multa simples de R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade comercializada.Art. 36. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou

instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licençada autoridade competente:

Multa de R$ 1.000,00 (mil reais).Art. 37. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de

dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), por hectare ou fração.Art. 38. Explorar área de reserva legal, florestas e formação sucessoras de origem

nativa, tanto de domínio público, quanto de domínio privado, sem aprovação prévia do órgãoambiental competente, bem como da adoção de técnicas de condução, exploração, manejo e reposiçãoflorestal:

Multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos reais), por hectare ou fração, oupor unidade, estéreo, quilo, mdc ou metro cúbico.

Art. 39. Desmatar, a corte raso, área de reserva legal:Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), por hectare ou fração.Art. 40. Fazer uso de fogo em áreas agropastoris sem autorização do órgão competente

ou em desacordo com a obtida:Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), por hectare ou fração.

Seção IIIDas Sanções Aplicáveis à Poluição e a Outras Infrações Ambientais

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Art. 41. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possamresultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruiçãosignificativa da flora:

Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), oumulta diária.

§ 1o Incorre nas mesmas multas, quem:I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana;II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos

habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento

público de água de uma comunidade;IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias

oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos; eVI - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de

precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.§ 2o As multas e demais penalidades de que trata este artigo serão aplicadas após laudo

técnico elaborado pelo órgão ambiental competente, identificando a dimensão do dano decorrente dainfração.

Art. 42. Executar pesquisa, lavra ou extração de resíduos minerais sem a competenteautorização, permissão, concessão ou licença ou em desacordo com a obtida:

Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), por hectare ou fração.Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas, quem deixar de recuperar a área

pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação doórgão competente.

Art. 43. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer,transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ounociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ouem seus regulamentos:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).§ 1o Incorre nas mesmas penas, quem abandona os produtos ou substâncias referidas no

caput, ou os utiliza em desacordo com as normas de segurança.§ 2o Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a multa é aumentada ao

quíntuplo.Art. 44. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do

território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ouautorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentospertinentes:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).Art. 45. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à

agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).Art. 46. Conduzir, permitir ou autorizar a condução de veículo automotor em

desacordo com os limites e exigências ambientais previstas em lei:Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais).Art. 47. Importar ou comercializar veículo automotor sem Licença para Uso da

Configuração de Veículos ou Motor-LCVM expedida pela autoridade competente:Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e correção

de todas as unidades de veículo ou motor que sofrerem alterações.Art. 47-A. Importar pneu usado ou reformado:(Artigo incluído pelo Decreto nº 3.919,

de 14.9.2001)Multa de R$ 400,00 (quatrocentos reais), por unidade.Parágrafo único. Incorre na mesma pena, quem comercializa, transporta, armazena,

guarda ou mantém em depósito pneu usado ou reformado, importado nessas condições. (Parágrafoúnico incluído pelo Decreto nº 3.919, de 14.9.2001)

Art. 48. Alterar ou promover a conversão de qualquer item em veículos ou motoresnovos ou usados, que provoque alterações nos limites e exigências ambientais previstas em lei:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por veículo, ecorreção da irregularidade.

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Seção IVDas Sanções Aplicáveis às Infrações Contra o Ordenamento Urbano e o

Patrimônio CulturalArt. 49. Destruir, inutilizar ou deteriorar:I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; ouII - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar

protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).Art. 50. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido

por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico,artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização daautoridade competente ou em desacordo com a concedida:

Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).Art. 51. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim

considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural,religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou emdesacordo com a concedida:

Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).Art. 52. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento

urbano:Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada, em virtude

de seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a multa é aumentada em dobro.

Seção VDas Sanções Aplicáveis às Infrações Administrativas Contra a Administração

AmbientalArt. 53. Deixar de obter o registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades

Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, as pessoas físicas e jurídicas, quese dedicam às atividades potencialmente poluidoras e à extração, produção, transporte ecomercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos esubprodutos da fauna e flora:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).Art. 54. Deixar, o jardim zoológico, de ter o livro de registro do acervo faunístico ou

mantê-lo de forma irregular:Multa de R$ 1.000,00 (mil reais).Art. 55. Deixar, o comerciante, de apresentar declaração de estoque e valores oriundos

de comércio de animais silvestres:Multa R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade em atraso.Art. 56. Deixar, os comandantes de embarcações destinadas à pesca, de preencher e

entregar, ao fim de cada viagem ou semanalmente, os mapas fornecidos pelo órgão competente:Multa: R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade.Art. 57. Deixar de apresentar aos órgãos competentes, as inovações concernentes aos

dados fornecidos para o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), por produto.Art. 58. Deixar de constar de propaganda comercial de agrotóxicos, seus componentes

e afins em qualquer meio de comunicação, clara advertência sobre os riscos do produto à saúdehumana, aos animais e ao meio ambiente ou desatender os demais preceitos da legislação vigente:

Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).Art. 59. Deixar, o fabricante, de cumprir os requisitos de garantia ao atendimento dos

limites vigentes de emissão de poluentes atmosféricos e de ruído, durante os prazos e quilometragensprevistos em normas específicas, bem como deixar de fornecer aos usuários todas as orientações sobrea correta utilização e manutenção de veículos ou motores:

Multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

CAPÍTULO IIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIASArt. 60. As multas previstas neste Decreto podem ter a sua exigibilidade suspensa,

quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pela autoridade competente, obrigar-se àadoção de medidas específicas, para fazer cessar ou corrigir a degradação ambiental.

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§ 1o A correção do dano de que trata este artigo será feita mediante a apresentação deprojeto técnico de reparação do dano.

§ 2o A autoridade competente pode dispensar o infrator de apresentação de projetotécnico, na hipótese em que a reparação não o exigir.

§ 3o Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa seráreduzida em noventa por cento do valor atualizado, monetariamente.

§ 4o Na hipótese de interrupção do cumprimento das obrigações de cessar e corrigir adegradação ambiental, quer seja por decisão da autoridade ambiental ou por culpa do infrator, o valorda multa atualizado monetariamente será proporcional ao dano não reparado.

§ 5o Os valores apurados nos §§ 3o e 4o serão recolhidos no prazo de cinco dias dorecebimento da notificação.

Art. 61. O órgão competente pode expedir atos normativos, visando disciplinar osprocedimentos necessários ao cumprimento deste Decreto.

Art. 62. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 21 de setembro de 1999; 178o da Independência e 111o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSOJosé Sarney Filho

LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000

Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o SistemaNacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza

– SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades deconservação.

Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo aságuas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público,com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual seaplicam garantias adequadas de proteção;

II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo apreservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural,para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seupotencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivênciados seres vivos em geral;

III - diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas as origens,compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos eos complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies,entre espécies e de ecossistemas;

IV - recurso ambiental: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, osestuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;

V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteçãoa longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos,prevenindo a simplificação dos sistemas naturais;

VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas porinterferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais;

VII - conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais e amanutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso deespécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedadescaracterísticas;

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VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação dadiversidade biológica e dos ecossistemas;

IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dosrecursos naturais;

X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursosnaturais;

XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dosrecursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demaisatributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável;

XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modosustentável, de recursos naturais renováveis;

XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestredegradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original;

XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestredegradada o mais próximo possível da sua condição original;

XV - (VETADO)XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com

objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condiçõespara que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz;

XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nosobjetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas quedevem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturasfísicas necessárias à gestão da unidade;

XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde asatividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar osimpactos negativos sobre a unidade; e

XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais,ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota,facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção depopulações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela dasunidades individuais.

CAPÍTULO IIDO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃODA NATUREZA – SNUCArt. 3o O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC é

constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais, de acordo como disposto nesta Lei.

Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos:I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no

território nacional e nas águas jurisdicionais;II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas

naturais;IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;V - promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no

processo de desenvolvimento;VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;VII - proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica,

espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;VIII - proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos;IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;X - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e

monitoramento ambiental;XI - valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;XII - favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a

recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico;XIII - proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações

tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social eeconomicamente.

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Art. 5o O SNUC será regido por diretrizes que:I - assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam representadas

amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas doterritório nacional e das águas jurisdicionais, salvaguardando o patrimônio biológico existente;

II - assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvimento dasociedade no estabelecimento e na revisão da política nacional de unidades de conservação;

III - assegurem a participação efetiva das populações locais na criação, implantação egestão das unidades de conservação;

IV - busquem o apoio e a cooperação de organizações não-governamentais, deorganizações privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas,práticas de educação ambiental, atividades de lazer e de turismo ecológico, monitoramento,manutenção e outras atividades de gestão das unidades de conservação;

V - incentivem as populações locais e as organizações privadas a estabelecerem eadministrarem unidades de conservação dentro do sistema nacional;

VI - assegurem, nos casos possíveis, a sustentabilidade econômica das unidades deconservação;

VII - permitam o uso das unidades de conservação para a conservação in situ depopulações das variantes genéticas selvagens dos animais e plantas domesticados e recursos genéticossilvestres;

VIII - assegurem que o processo de criação e a gestão das unidades de conservaçãosejam feitos de forma integrada com as políticas de administração das terras e águas circundantes,considerando as condições e necessidades sociais e econômicas locais;

IX - considerem as condições e necessidades das populações locais nodesenvolvimento e adaptação de métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos naturais;

X - garantam às populações tradicionais cuja subsistência dependa da utilização derecursos naturais existentes no interior das unidades de conservação meios de subsistência alternativosou a justa indenização pelos recursos perdidos;

XI - garantam uma alocação adequada dos recursos financeiros necessários para que,uma vez criadas, as unidades de conservação possam ser geridas de forma eficaz e atender aos seusobjetivos;

XII - busquem conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis e respeitadasas conveniências da administração, autonomia administrativa e financeira; e

XIII - busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado de unidadesde conservação de diferentes categorias, próximas ou contíguas, e suas respectivas zonas deamortecimento e corredores ecológicos, integrando as diferentes atividades de preservação da natureza,uso sustentável dos recursos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas.

Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente -

Conama, com as atribuições de acompanhar a implementação do Sistema;II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de coordenar o

Sistema; eIII - Órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis - Ibama, os órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar oSNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais emunicipais, nas respectivas esferas de atuação.

Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do Conama,unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas para atender a peculiaridadesregionais ou locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser satisfatoriamente atendidos pornenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas características permitam, em relação a estas, uma claradistinção.

CAPÍTULO IIIDAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃOArt. 7o As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos,

com características específicas:I - Unidades de Proteção Integral;II - Unidades de Uso Sustentável.§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo

admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei.

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§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar aconservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintescategorias de unidade de conservação:

I - Estação Ecológica;II - Reserva Biológica;III - Parque Nacional;IV - Monumento Natural;V - Refúgio de Vida Silvestre.Art. 9o A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a

realização de pesquisas científicas.§ 1o A Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas

particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.§ 2o É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de

acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico.§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela

administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem comoàquelas previstas em regulamento.

§ 4o Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas nocaso de:

I - medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados;II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica;III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas;IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele

causado pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em umaárea correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil equinhentos hectares.

Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota edemais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificaçõesambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações demanejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e osprocessos ecológicos naturais.

§ 1o A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreasparticulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.

§ 2o É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordocom regulamento específico.

§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pelaadministração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem comoàquelas previstas em regulamento.

Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemasnaturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisascientíficas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação emcontato com a natureza e de turismo ecológico.

§ 1o O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particularesincluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.

§ 2o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano deManejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelasprevistas em regulamento.

§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pelaadministração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem comoàquelas previstas em regulamento.

§ 4o As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serãodenominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal.

Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturaisraros, singulares ou de grande beleza cênica.

§ 1o O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que sejapossível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais dolocal pelos proprietários.

§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ounão havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela

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administração da unidade para a coexistência do Monumento Natural com o uso da propriedade, a áreadeve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.

§ 3o A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano deManejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelasprevistas em regulamento.

Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturaisonde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da floralocal e da fauna residente ou migratória.

§ 1o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares, desde queseja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturaisdo local pelos proprietários.

§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ounão havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pelaadministração da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade,a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.

§ 3o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano deManejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelasprevistas em regulamento.

§ 4o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pelaadministração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem comoàquelas previstas em regulamento.

Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categoriasde unidade de conservação:

I - Área de Proteção Ambiental;II - Área de Relevante Interesse Ecológico;III - Floresta Nacional;IV - Reserva Extrativista;V - Reserva de Fauna;VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; eVII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo

grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmenteimportantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivosbásicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar asustentabilidade do uso dos recursos naturais.

§ 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas.§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e

restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de ProteçãoAmbiental.

§ 3o As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreassob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade.

§ 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condiçõespara pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais.

§ 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgãoresponsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, deorganizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento destaLei.

Art. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequenaextensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ouque abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais deimportância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo comos objetivos de conservação da natureza.

§ 1o A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras públicas ouprivadas.

§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas erestrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Relevante InteresseEcológico.

Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espéciespredominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos

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florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestasnativas.

§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreasparticulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.

§ 2o Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais quea habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano deManejo da unidade.

§ 3o A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para omanejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração.

§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgãoresponsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e àquelasprevistas em regulamento.

§ 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgãoresponsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizaçõesda sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes.

§ 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, serádenominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal.

Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistastradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura desubsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meiosde vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.

§ 1o A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populaçõesextrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica,sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com oque dispõe a lei.

§ 2o A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido peloórgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, deorganizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuserem regulamento e no ato de criação da unidade.

§ 3o A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses locais ede acordo com o disposto no Plano de Manejo da área.

§ 4o A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorizaçãodo órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas eàs normas previstas em regulamento.

§ 5o O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho Deliberativo.§ 6o São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou

profissional.§ 7o A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases

sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas na ReservaExtrativista, conforme o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade.

Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espéciesnativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicossobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.

§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreasparticulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.

§ 2o A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo daunidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração.

§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional.§ 4o A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas

obedecerá ao disposto nas leis sobre fauna e regulamentos.Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga

populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursosnaturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e quedesempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidadebiológica.

§ 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico preservar anatureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e amelhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populaçõestradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo doambiente, desenvolvido por estas populações.

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§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, sendo que asáreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordocom o que dispõe a lei.

§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regulado de acordocom o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica.

§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um ConselhoDeliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantesde órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área,conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade.

§ 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentávelobedecerão às seguintes condições:

I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com osinteresses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área;

II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, àmelhor relação das populações residentes com seu meio e à educação ambiental, sujeitando-se à préviaautorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por esteestabelecidas e às normas previstas em regulamento;

III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da populaçãoe a conservação; e

IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime demanejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas aozoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área.

§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonasde proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovadopelo Conselho Deliberativo da unidade.

Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada comperpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

§ 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinadoperante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será averbado à margemda inscrição no Registro Público de Imóveis.

§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conformese dispuser em regulamento:

I - a pesquisa científica;II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais;III - (VETADO)§ 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão

orientação técnica e científica ao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para aelaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade.

CAPÍTULO IVDA CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DAS UNIDADES DE

CONSERVAÇÃOArt. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público.§ 1o (VETADO)§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos

e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequadospara a unidade, conforme se dispuser em regulamento.

§ 3o No processo de consulta de que trata o § 2o, o Poder Público é obrigado a fornecerinformações adequadas e inteligíveis à população local e a outras partes interessadas.

§ 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória aconsulta de que trata o § 2o deste artigo.

§ 5o As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem sertransformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral, por instrumentonormativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos osprocedimentos de consulta estabelecidos no § 2o deste artigo.

§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dosseus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo domesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consultaestabelecidos no § 2o deste artigo.

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§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode serfeita mediante lei específica.

Art. 23. A posse e o uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais nas ReservasExtrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável serão regulados por contrato, conforme sedispuser no regulamento desta Lei.

§ 1o As populações de que trata este artigo obrigam-se a participar da preservação,recuperação, defesa e manutenção da unidade de conservação.

§ 2o O uso dos recursos naturais pelas populações de que trata este artigo obedecerá àsseguintes normas:

I - proibição do uso de espécies localmente ameaçadas de extinção ou de práticas quedanifiquem os seus habitats;

II - proibição de práticas ou atividades que impeçam a regeneração natural dosecossistemas;

III - demais normas estabelecidas na legislação, no Plano de Manejo da unidade deconservação e no contrato de concessão de direito real de uso.

Art. 24. O subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem na estabilidade doecossistema, integram os limites das unidades de conservação.

Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e ReservaParticular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente,corredores ecológicos.

§ 1o O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normasespecíficas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento e doscorredores ecológicos de uma unidade de conservação.

§ 2o Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivasnormas de que trata o § 1o poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente.

Art. 26. Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categoriasdiferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas,constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa,considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença dabiodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contextoregional.

Parágrafo único. O regulamento desta Lei disporá sobre a forma de gestão integradado conjunto das unidades.

Art. 27. As unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo.§ 1o O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de

amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração àvida econômica e social das comunidades vizinhas.

§ 2o Na elaboração, atualização e implementação do Plano de Manejo das ReservasExtrativistas, das Reservas de Desenvolvimento Sustentável, das Áreas de Proteção Ambiental e,quando couber, das Florestas Nacionais e das Áreas de Relevante Interesse Ecológico, será asseguradaa ampla participação da população residente.

§ 3o O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazode cinco anos a partir da data de sua criação.

Art. 28. São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer alterações, atividadesou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o seu Plano de Manejo e seusregulamentos.

Parágrafo único. Até que seja elaborado o Plano de Manejo, todas as atividades eobras desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção integral devem se limitar àquelasdestinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade objetiva proteger, assegurando-se àspopulações tradicionais porventura residentes na área as condições e os meios necessários para asatisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais.

Art. 29. Cada unidade de conservação do grupo de Proteção Integral disporá de umConselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído porrepresentantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil, por proprietários de terraslocalizadas em Refúgio de Vida Silvestre ou Monumento Natural, quando for o caso, e, na hipóteseprevista no § 2o do art. 42, das populações tradicionais residentes, conforme se dispuser emregulamento e no ato de criação da unidade.

Art. 30. As unidades de conservação podem ser geridas por organizações da sociedadecivil de interesse público com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado como órgão responsável por sua gestão.

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Art. 31. É proibida a introdução nas unidades de conservação de espécies nãoautóctones.

§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo as Áreas de Proteção Ambiental, asFlorestas Nacionais, as Reservas Extrativistas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável, bemcomo os animais e plantas necessários à administração e às atividades das demais categorias deunidades de conservação, de acordo com o que se dispuser em regulamento e no Plano de Manejo daunidade.

§ 2o Nas áreas particulares localizadas em Refúgios de Vida Silvestre e MonumentosNaturais podem ser criados animais domésticos e cultivadas plantas considerados compatíveis com asfinalidades da unidade, de acordo com o que dispuser o seu Plano de Manejo.

Art. 32. Os órgãos executores articular-se-ão com a comunidade científica com opropósito de incentivar o desenvolvimento de pesquisas sobre a fauna, a flora e a ecologia dasunidades de conservação e sobre formas de uso sustentável dos recursos naturais, valorizando-se oconhecimento das populações tradicionais.

§ 1o As pesquisas científicas nas unidades de conservação não podem colocar em riscoa sobrevivência das espécies integrantes dos ecossistemas protegidos.

§ 2o A realização de pesquisas científicas nas unidades de conservação, exceto Área deProteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, depende de aprovação prévia e estásujeita à fiscalização do órgão responsável por sua administração.

§ 3o Os órgãos competentes podem transferir para as instituições de pesquisanacionais, mediante acordo, a atribuição de aprovar a realização de pesquisas científicas e decredenciar pesquisadores para trabalharem nas unidades de conservação.

Art. 33. A exploração comercial de produtos, subprodutos ou serviços obtidos oudesenvolvidos a partir dos recursos naturais, biológicos, cênicos ou culturais ou da exploração daimagem de unidade de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular doPatrimônio Natural, dependerá de prévia autorização e sujeitará o explorador a pagamento, conformedisposto em regulamento.

Art. 34. Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de conservaçãopodem receber recursos ou doações de qualquer natureza, nacionais ou internacionais, com ou semencargos, provenientes de organizações privadas ou públicas ou de pessoas físicas que desejaremcolaborar com a sua conservação.

Parágrafo único. A administração dos recursos obtidos cabe ao órgão gestor daunidade, e estes serão utilizados exclusivamente na sua implantação, gestão e manutenção.

Art. 35. Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de ProteçãoIntegral mediante a cobrança de taxa de visitação e outras rendas decorrentes de arrecadação, serviçose atividades da própria unidade serão aplicados de acordo com os seguintes critérios:

I - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, naimplementação, manutenção e gestão da própria unidade;

II - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na regularizaçãofundiária das unidades de conservação do Grupo;

III - até cinqüenta por cento, e não menos que quinze por cento, na implementação,manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral.

Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativoimpacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudode impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar aimplantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com odisposto neste artigo e no regulamento desta Lei.

§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidadenão pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação doempreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau deimpacto ambiental causado pelo empreendimento.

§ 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação aserem beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor,podendo inclusive ser contemplada a criação de novas unidades de conservação.

§ 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zonade amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste artigo só poderá ser concedidomediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que nãopertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação definidaneste artigo.

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CAPÍTULO VDOS INCENTIVOS, ISENÇÕES E PENALIDADESArt. 37. (VETADO)Art. 38. A ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importem

inobservância aos preceitos desta Lei e a seus regulamentos ou resultem em dano à flora, à fauna e aosdemais atributos naturais das unidades de conservação, bem como às suas instalações e às zonas deamortecimento e corredores ecológicos, sujeitam os infratores às sanções previstas em lei.

Art. 39. Dê-se ao art. 40 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, a seguinteredação:

"Art. 40. (VETADO)"§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações

Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios deVida Silvestre." (NR)

"§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior dasUnidades de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixaçãoda pena." (NR)

"§ 3o ...................................................................."Art. 40. Acrescente-se à Lei no 9.605, de 1998, o seguinte art. 40-A:"Art. 40-A. (VETADO)"§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de

Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as ReservasExtrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as ReservasParticulares do Patrimônio Natural." (AC)

"§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior dasUnidades de Conservação de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixaçãoda pena." (AC)

"§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade." (AC)

CAPÍTULO VIDAS RESERVAS DA BIOSFERAArt. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão

integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação dadiversidade biológica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, aeducação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações.

§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por:I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza;II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não

resultem em dano para as áreas-núcleo; eIII - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de

ocupação e o manejo dos recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e embases sustentáveis.

§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado.§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas

pelo Poder Público, respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoriaespecífica.

§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado porrepresentantes de instituições públicas, de organizações da sociedade civil e da população residente,conforme se dispuser em regulamento e no ato de constituição da unidade.

§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "OHomem e a Biosfera – MAB", estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.

CAPÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIASArt. 42. As populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas quais

sua permanência não seja permitida serão indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes edevidamente realocadas pelo Poder Público, em local e condições acordados entre as partes.

§ 1o O Poder Público, por meio do órgão competente, priorizará o reassentamento daspopulações tradicionais a serem realocadas.

§ 2o Até que seja possível efetuar o reassentamento de que trata este artigo, serãoestabelecidas normas e ações específicas destinadas a compatibilizar a presença das populações

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tradicionais residentes com os objetivos da unidade, sem prejuízo dos modos de vida, das fontes desubsistência e dos locais de moradia destas populações, assegurando-se a sua participação naelaboração das referidas normas e ações.

§ 3o Na hipótese prevista no § 2o, as normas regulando o prazo de permanência e suascondições serão estabelecidas em regulamento.

Art. 43. O Poder Público fará o levantamento nacional das terras devolutas, com oobjetivo de definir áreas destinadas à conservação da natureza, no prazo de cinco anos após apublicação desta Lei.

Art. 44. As ilhas oceânicas e costeiras destinam-se prioritariamente à proteção danatureza e sua destinação para fins diversos deve ser precedida de autorização do órgão ambientalcompetente.

Parágrafo único. Estão dispensados da autorização citada no caput os órgãos que seutilizam das citadas ilhas por força de dispositivos legais ou quando decorrente de compromissoslegais assumidos.

Art. 45. Excluem-se das indenizações referentes à regularização fundiária das unidadesde conservação, derivadas ou não de desapropriação:

I - (VETADO)II - (VETADO)III - as espécies arbóreas declaradas imunes de corte pelo Poder Público;IV - expectativas de ganhos e lucro cessante;V - o resultado de cálculo efetuado mediante a operação de juros compostos;VI - as áreas que não tenham prova de domínio inequívoco e anterior à criação da

unidade.Art. 46. A instalação de redes de abastecimento de água, esgoto, energia e infra-

estrutura urbana em geral, em unidades de conservação onde estes equipamentos são admitidosdepende de prévia aprovação do órgão responsável por sua administração, sem prejuízo da necessidadede elaboração de estudos de impacto ambiental e outras exigências legais.

Parágrafo único. Esta mesma condição se aplica à zona de amortecimento dasunidades do Grupo de Proteção Integral, bem como às áreas de propriedade privada inseridas noslimites dessas unidades e ainda não indenizadas.

Art. 47. O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pelo abastecimento deágua ou que faça uso de recursos hídricos, beneficiário da proteção proporcionada por uma unidade deconservação, deve contribuir financeiramente para a proteção e implementação da unidade, de acordocom o disposto em regulamentação específica.

Art. 48. O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pela geração edistribuição de energia elétrica, beneficiário da proteção oferecida por uma unidade de conservação,deve contribuir financeiramente para a proteção e implementação da unidade, de acordo com odisposto em regulamentação específica.

Art. 49. A área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral éconsiderada zona rural, para os efeitos legais.

Parágrafo único. A zona de amortecimento das unidades de conservação de que trataeste artigo, uma vez definida formalmente, não pode ser transformada em zona urbana.

Art. 50. O Ministério do Meio Ambiente organizará e manterá um Cadastro Nacionalde Unidades de Conservação, com a colaboração do Ibama e dos órgãos estaduais e municipaiscompetentes.

§ 1o O Cadastro a que se refere este artigo conterá os dados principais de cada unidadede conservação, incluindo, dentre outras características relevantes, informações sobre espéciesameaçadas de extinção, situação fundiária, recursos hídricos, clima, solos e aspectos socioculturais eantropológicos.

§ 2o O Ministério do Meio Ambiente divulgará e colocará à disposição do públicointeressado os dados constantes do Cadastro.

Art. 51. O Poder Executivo Federal submeterá à apreciação do Congresso Nacional, acada dois anos, um relatório de avaliação global da situação das unidades de conservação federais doPaís.

Art. 52. Os mapas e cartas oficiais devem indicar as áreas que compõem o SNUC.Art. 53. O Ibama elaborará e divulgará periodicamente uma relação revista e atualizada

das espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção no território brasileiro.Parágrafo único. O Ibama incentivará os competentes órgãos estaduais e municipais a

elaborarem relações equivalentes abrangendo suas respectivas áreas de jurisdição.

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Art. 54. O Ibama, excepcionalmente, pode permitir a captura de exemplares deespécies ameaçadas de extinção destinadas a programas de criação em cativeiro ou formação decoleções científicas, de acordo com o disposto nesta Lei e em regulamentação específica.

Art. 55. As unidades de conservação e áreas protegidas criadas com base naslegislações anteriores e que não pertençam às categorias previstas nesta Lei serão reavaliadas, no todoou em parte, no prazo de até dois anos, com o objetivo de definir sua destinação com base na categoriae função para as quais foram criadas, conforme o disposto no regulamento desta Lei.

Art. 56. (VETADO)Art. 57. Os órgãos federais responsáveis pela execução das políticas ambiental e

indigenista deverão instituir grupos de trabalho para, no prazo de cento e oitenta dias a partir davigência desta Lei, propor as diretrizes a serem adotadas com vistas à regularização das eventuaissuperposições entre áreas indígenas e unidades de conservação.

Parágrafo único. No ato de criação dos grupos de trabalho serão fixados osparticipantes, bem como a estratégia de ação e a abrangência dos trabalhos, garantida a participaçãodas comunidades envolvidas.

Art. 58. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que for necessário à suaaplicação, no prazo de cento e oitenta dias a partir da data de sua publicação.

Art. 59. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 60. Revogam-se os arts. 5o e 6o da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965; o

art. 5o da Lei no 5.197, de 3 de janeiro de 1967; e o art. 18 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Brasília, 18 de julho de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIELJosé Sarney Filho

Publicado no D.O. de 19.7.2000

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 004, de 18 de setembro de 1985

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições quelhe conferem a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o que estabelece a Lei nº4.771, de 15 de setembro de 1965, alterada pela Lei nº 6.535, de 15 de junho de 1978, e pelo quedetermina a Resolução CONAMA no 008/84, RESOLVE:

Art. lº - São consideradas Reservas Ecológicas as formações florísticas e as áreas deflorestas de preservação permanente mencionadas no Artigo 18 da Lei nº 6.938/81, bem como as queestabelecidas pelo Poder Público de acordo com o que preceitua o Artigo lº do Decreto nº 89.336/84.

Art. 2º - Para efeitos desta Resolução são estabelecidas as seguintes definições:a) - pouso de aves - local onde as aves se alimentam, ou se reproduzem, ou pernoitam

ou descansam;b) - aves de arribação - qualquer espécie de ave que migre periodicamente;c) - leito maior sazonal - calha alargada ou maior de um rio, ocupada nos períodos

anuais de cheia;d) - olho d'água, nascente - local onde se verifica o aparecimento de água por

afloramento do lençol freático;e) - vereda - nome dado no Brasil Central para caracterizar todo espaço brejoso ou

encharcado que contém nascentes ou cabeceiras de cursos d'água de rede de drenagem, onde háocorrência de solos hidromórficos com renques buritis e outras formas de vegetação típica ;

f) - cume ou topo - parte mais alta do morro, monte, montanha ou serra;g) - mono ou monte - elevação do terreno com cota do topo em relação a base entre 50

(cinqüenta) a 300 (trezentos) metros e encostas com declividade superior a 30%. (aproximadamente17º) na linha de maior declividade; o termo "monte" se aplica de ordinário a elevação isoladas napaisagem;

h) - serra - vocábulo usado de maneira ampla para terrenos acidentados com fortesdesníveis, freqüentemente aplicados a escarpas assimétricas possuindo uma vertente abrupta e outramenos inclinada;

i) - montanha - grande elevação do terreno, com cota em relação a base superior a 300(trezentos) metros e freqüentemente formada por agrupamentos de morros;

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j) - base de mono, monte ou montanha - plano horizontal definido por planície ousuperfície de lençol d'água adjacente ou nos relevos ondulados, pela cota da depressão mais baixa aoseu redor;

l) - depressão - forma de relevo que se apresenta em posição altimétrica mais baixa doque porções contíguas;

m) - linha de cumeada - interseção dos planos das vertentes, definindo uma linhasimples ou ramificada, determinada pelos pontos mais altos a partir dos quais divergem os declives dasvertentes; também conhecida como "crista", "linha de crista" ou "cumeada";

n) - restinga - acumulação arenosa litorânea, paralela à linha da costa, de formageralmente alongada, produzida por sedimentos transportados pelo mar, onde se encontramassociações vegetais mistas características, comumente conhecidas como "vegetação de restingas" ;

o) - manguezal - ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos sujeitos à açãodas marés localizadas em áreas relativamente abrigadas e formado por vasas lodosas recentes às quaisse associam comunidades vegetais características;

p) - duna - formação arenosa produzida pela ação dos ventos no todo, ou em parte,estabilizada ou fixada pela vegetação;

q) - tabuleiro ou chapada - formas topográficas que se assemelham a planaltos, comdeclividade média inferior a 10% (aproximadamente 6º) e extensão superior a 10 (dez) hectares,terminadas de forma abrupta; a "chapada" se caracteriza por grandes superfícies a mais de 600(seiscentos) metros de altitude;

r) - borda de tabuleiro ou chapada - locais onde tais formações topográficasterminam por declive abrupto, com inclinação superior a 100% (cem por cento) ou 45º (quarenta ecinco) graus;

Art. 3º - São Reservas Ecológicas:a) - os pousos das aves de arribação protegidos por Convênio, Acordos ou trajados

assinados pelo Brasil com outras nações;b) - as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:I - ao longo dos rios ou de outro qualquer corpo d'água, em faixa marginal além do

leito maior sazonal medida horizontalmente, cuja largura mínima será:II - de 5 (cinco) metros para rios com menos de 10 (dez) metros de largura;- igual á metade da largura dos corpos d'água que meçam de 10 (dez) a 200 (duzentos)

metros;- de 100 (cem) metros para todos os cursos d'água cuja largura seja superior a 200

(duzentos) metros;II - ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais, desde o

seu nível mais alto medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mínima será:- de 30 (trinta) metros para os que estejam situados em áreas urbanas;- de 100 (cem) metros para os que estejam em áreas rurais, exceto os corpos d'água

com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinqüenta) metros;- de 100 (cem) metros para as represas hidrelétricas.III - nas nascentes permanentes ou temporárias, incluindo os olhos d'água e veredas,

seja qual for sua situação topográfica, com uma faixa mínima de 50 (cinqüenta) metros e a partir desua margem, de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia de drenagem contribuinte.

IV no topo de morros, montes e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva denível correspondente a 2/3 (dois terços), da altura mínima da elevação em relação à base;

V - nas linhas de cumeada, em área delimitada a partir da curva de nívelcorrespondente a 2/3 (dois terços) da altura, em relação à base, do pico mais baixo da cumeada,fixando-se a curva de nível para cada segmento da linha da cumeada equivalente a 1000 (mil) metros;

VI - nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 100% (cem por cento)ou 45º (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive;

VII nas restingas, em faixa mínima de 300 (trezentos) metros a contar da linha depreamar máxima;

VIII nos manguezais, em toda a sua extensão;IX - nas dunas, como vegetação fixadora;X - nas bordas de tabuleiros ou chapadas, em faixa com largura mínima de 100 (cem)

metros;XI - em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a sua

vegetação;XII- nas áreas metropolitanas definidas em lei, quando a vegetação natural se encontra

em clímax ou em estágios médios e avançados de regeneração.

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Art. 4º - Nas montanhas ou serras, quando ocorrem dois ou mais morros cujos cumesestejam separados entre si por distâncias inferiores a 500 (quinhentos) metros, a área total protegidapela Reserva Ecológica abrangerá o conjunto de morros em tal situação e será delimitada a partir dacurva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) a altura, em relação à base do morro mais baixo doconjunto,

Art. 5º - Os Estados e Municípios, através de seus órgãos ambientais responsáveis,terão competência para estabelecer normas e procedimentos mais restritivos que os contidos nestaResolução, com vistas a adequá-las às peculiaridades regionais e locais.

Art. 6º - O CONAMA estabelecerá, com base em proposta da SEMA. normas, critériose padrões de caráter geral que forem necessários ao cumprimento da presente Resolução.

Art. 7º - Os casos omissos ou excepcionais serão examinados e definidos peloCONAMA.

Art. 8º - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 08 de março de 1990

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições quelhe confere o Inciso I, do § 2º, do Art 8º do seu Regimento Interno, o Art 1o da Lei 7.804 de I5 dejulho de 1989, e

Considerando que os problemas dos níveis excessivos de ruído estão incluídos entreos sujeitos ao Controle da Poluição de Meio Ambiente;

Considerando que a deterioração da qualidade de vida, causada pela poluição, estásendo continuamente agravada nos grandes centros urbanos;

Considerando que os critérios e padrões deverão ser abrangentes e de forma a permitirfácil aplicação em todo o Território Nacional, RESOLVE:

I - A emissão de ruídos, em decorrência de qualquer atividades industriais, comerciais,sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política. obedecerá, no interesse da saúde, dosossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Resolução.

II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior aosruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10.152 - Avaliação doRuído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da Associação Brasileira de NormasTécnicas - ABNT.

III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações paraatividades heterogêneas, o nível de som produzido por uma delas não poderá ultrapassar os níveisestabelecidos pela NBR l0.152 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto dacomunidade, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

IV - A emissão de ruídos produzidos por veículos automotores e os produzidos nointerior dos ambientes de trabalho, obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo ConselhoNacional de Trânsito - CONTRAN, e pelo órgão competente do Ministério do Trabalho.

V - As entidades e órgãos públicos (federais, estaduais e municipais) competentes, nouso do respectivo poder de política, disporão de acordo com o estabelecido nesta Resolução, sobre aemissão ou proibição da emissão de ruídos produzidos por qualquer meios ou de qualquer espécie,considerando sempre os local, horários e a natureza das atividades emissoras, com vistas acompatibilizar o exercício das atividades com a preservação da saúde e do sossego público.

VI - Para os efeitos desta Resolução, as medições deverão ser efetuadas de acordo coma NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, daABNT.

VII - Todas as normas reguladoras da poluição sonora, emitidas a partir da presentedata, deverão ser compatibilizadas com a presente Resolução.

VIII - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.RETIFICAÇÃO. No D.O.U, de 02.04.90, pág. 6.408, Seção I, no item II, da Resolução CONAMA nº

001 de 08.03.90, onde se lê: NBR 10.152, LEIA-SE: NBR 10,151.. No D.O.U. de 02.04.90, pág. 6.408, Seção I, no item III, da Resolução CONAMA nº

001 de 08.03.90, onde se lê: ... Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto dacomunidade..., LEIA - SE: ...níveis de Ruído para conforto acústico...

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RESOLUÇÃO Nº 9, DE 31 DE AGOSTO DE 1993

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuiçõesprevistas na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pelas Leis nº 7.804, de 18 de julho de1989, e nº 8.028, de 12 de abril de 1990, e regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 06 de junhode 1990, e no Regimento Interno aprovado pela Resolução/conama/nº 025, de 03 de dezembro de1986,

Considerando que o uso prolongado de um óleo lubrificante resulta na suadeterioração parcial, que se reflete na formação de compostos tais como ácidos orgânicos, compostosaromáticos polinucleares, "potencialmente carcinogênicos", resinas e lacas, ocorrendo tambémcontaminações acidentais ou propositais;

Considerando que a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em suaNBR-10004, "Resíduos Sólidos - classificação", clasisifica o óleo lubrificante usado como perigosopor apresentar toxicidade;

Considerando que o descarte de óleos lubrificantes usados ou emulsões oleosas para osolo ou cursos d'água gera graves danos ambientais;

Considerando que a combustão dos óleos lubrificantes usados pode gerar gasesresiduais nocivos ao meio ambiente;

Considerando a gravidade do ato de se contaminar o óleo lubrificante usado compoliclorados (PCB's), de caráter particularmente perigoso;

Considerando que as atividades de gerenciamento de óleos lubrificantes usadosdevem estar organizadas e controladas de modo a evitar danos à saúde, ao meio ambiente;

Considerando ainda que a reciclagem é instrumento prioritário para a gestãoambiental, resolve:

Art. 1º Para efeito desta Resolução, entende-se por:I - Óleo lubrificante básico: principal constituinte do óleo lubrificante. De acordo com

sua origem, pode ser mineral (derivado de petróleo), ou sintético (derivado de vegetal ou de síntesequímica);

II - Óleo lubrificante: produto formulado a partir de óleos lubrificantes básicos eaditivos;

III - Óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável: óleo lubrificante que, emdecorrência do seu uso normal ou por motivo de contaminação, tenha se tornado inadequado à suafinalidade original, podendo, no entanto, ser regenerado através de processos disponíveis no mercado;

IV - Óleo lubrificante usado ou contaminado não regenerável: óleo lubrificante usadoou contaminado, conforme definição do item anterior, não podendo, por motivos técnicos, serregenerado, através de processos disponíveis no mercado;

V - Reciclagem de óleo lubrificante usado ou contaminado: consiste no seu uso ouregeneração. A reciclagem via uso envolve a utilização do mesmo como substituto de um produtocomercial ou utilização como matéria-prima em outro processo industrial. A reciclagem viaregeneração envolve o processamento de frações utilizáveis e valiosas contidas no óleo lubrificanteusado e a remoção dos contaminantes presentes, de forma a permitir que seja reutilizado como matéria-prima. Para fins desta Resolução, não se entende a combustão ou incineração como reciclagem;

VI - Óleo lubrificante reciclável: material passível de uso, ou regeneração;VII - Rerrefino: processo industrial de remoção de contaminantes, produtos de

degradação e aditivos dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, conferindo aos mesmoscaracterísticas de óleos básicos, conforme especificação do DNC;

VIII - Combustão: queima com recuperação do calor produzido;IX - Incineração: queima sob condições controladas, que visa primariamente destruir

um produto tóxico ou indesejável, de forma a não causar danos ao meio ambiente;X - Produtor de óleo lubrificante: formulador, ou envaziliador, ou importador de óleo

lubrificante;XI - Gerador de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa física ou jurídica que,

em decorrência de sua atividade, ou face ao uso de óleos lubrificantes gere qualquer quantidade de óleolubrificante usado ou contaminado;

XII - Receptor de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa jurídica quecomercialize óleo lubrificante no varejo;

XIII - Coletor de óleo usado ou contaminado: pessoa jurídica, devidamentecredenciada pelo Departamento Nacional de Combustíveis, que se dedica à coleta de óleoslubrificantes usados ou contaminados nos geradores ou receptores;

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XIV - Rerrefinador de óleo lubrificante usado ou contaminado: pessoa jurídica,devidamente credenciada para a atividade de rerrefino pelo Departamento Nacional de Combustíveis(DNC) e licenciamento pelo órgão estadual de meio ambiente;

Art. 2º Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado será, obrigatoriamente,recolhido e terá uma destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente.

Art. 3º Ficam proibidos:I - quaisquer descartes de óleo usados em solos, águas superficiais, subterrâneas, no

mar territorial e em sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais;II - qualquer forma de eliminação de óleos usados que provoque contaminação

atmosférica superior ao nível estabelecido na legislação sobre proteção do ar atmosférico (PRONAR);Art. 4º Ficam proibidos a industrialização e comercialização de novos óleos

lubrificantes não recicláveis, nacionais ou importados.§ 1º Casos excepcionais serão submetidos à aprovação do IBAMA, com base em

laudos de laboratórios devidamente credenciados.§ 2º No caso dos óleos não recicláveis, atualmente comercializados no mercado

nacional, o IBAMA, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da publicação desta Resolução, efetuaráestudos e proposição para a sua substituição.

Art. 5º Fica proibida a disposição dos resíduos derivados no tratamento do óleolubrificante usado ou contaminado no meio ambiente sem tratamento prévio, que assegure:

I - a eliminação das características tóxicas e poluentes do resíduo;II - a preservação dos recursos naturais; eIII - o atendimento aos padrões de qualidade ambiental.Art. 6º A implantação de novas indústrias destinadas à regeneração de óleos

lubrificantes usados, assim como a ampliação das existentes, deverá ser baseada em tecnologias queminimizem a geração de resíduos a serem descartados no ar, água, solo ou sistemas de esgotos.Parágrafo único. As indústrias existentes terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para apresentar aoÓrgão Estadual de Meio Ambiente um plano de adaptação de seu processo industrial, que assegure aredução e tratamento dos resíduos gerados.

Art. 7º Todo o óleo lubrificante usado deverá ser destinado à reciclagem.§ 1º A reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável deverá ser

efetuada através do rerrefino.§ 2º Qualquer outra utilização do óleo regenerável dependerá de aprovação do órgão

ambiental competente.§ 3º Nos casos onde não seja possível a reciclagem, o órgão ambiental competente

poderá autorizar a sua combustão, para aproveitamento energético ou incineração, desde queobservadas as seguintes condições:

I - o sistema de combustão/incineração esteja devidamente licenciado ou autorizadopelo órgão ambiental;

II - sejam atendidos os padrões de emissões estabelecidas na legislação ambientalvigente. Na falta de algum padrão, deverá ser adotada a NB 1266, "Incineração de resíduos sólidosperigosos - Padrões de desempenho";

III - a concentração de PCB's no óleo deverá atender aos limites estabelecidos na NBR8371 - "Ascaréis para transformador e capacitores - Procedimento".

Art. 8º Das obrigações dos produtores:I - divulgar, no prazo máximo de 12 meses, a partir da data de publicação desta

Resolução, em todas as embalagens de óleos lubrificantes produzidos ou importados, bem como eminformes técnicos a destinação imposta pela lei e a forma de retorno dos óleos lubrificantes usadoscontaminados, recicláveis ou não;

II - ser responsável pela destinação final dos óleos usados não regeneráveis, origináriasde pessoas físicas, através de sistemas de tratamento aprovados pelo órgão ambiental competente;

III - submeter ao IBAMA para prévia aprovação, o sistema de tratamento e destinaçãofinal dos óleos lubrificantes usados, após o uso recomendado, quando da introdução no mercado denovos produtos, nacionais ou importados.

Art. 9º Obrigações dos geradores de óleos usados:I - armazenar os óleos usados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em

recipientes adequados e resistentes a vazamentos;II - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado venha a ser

contaminado por produtos químicos, combustíveis, solventes e outras substâncias, salvo as decorrentesda sua normal utilização;

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III - destinar o óleo usado ou contaminado regenerável para a recepção, coleta,rerrefino ou a outro meio de reciclagem, devidamente autorizado pelo órgão ambiental competente;

IV - fornecer informações aos coletores autorizados sobre os possíveis contaminantesadquiridos pelo óleo usado industrial, durante o seu uso normal;

V - alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados provenientes de atividadesindustriais exclusivamente aos coletores autorizados;

VI - manter os registros de compra de óleo lubrificante e alienação de óleo lubrificanteusado ou contaminado disponíveis para fins fiscalizatórios, por dois anos, quando se tratar de pessoajurídica com consumo de óleo for igual ou superior a 700 litros por ano;

VII - responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usadoscontaminados não regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão ambiental competente;

VIII - destinar o óleo usado não regenerável de acordo com a orientação do produtor,no caso de pessoa física.

Art. 10. Obrigações dos receptores de óleos usados:I - alienar o óleo lubrificante contaminado ou regenerável exclusivamente para o

coletor ou rerrefinador autorizado;II - divulgar, em local visível ao consumidor a destinação disciplinada nesta

Resolução, indicando a obrigatoriedade do retorno dos óleos lubrificantes usados e locais derecebimentos;

III - colocar, no prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da publicação desta Resolução, àdisposição de sua própria clientela, instalações ou sistemas, próprios ou de terceiros, para troca deóleos lubrificantes e armazenagem de óleos lubrificantes usados;

IV - reter e armazenar os óleos usados de forma segura, em lugar acessível à coleta, emrecipientes adequados e resistentes a vazamentos, no caso de instalações próprias.

Art. 11. No caso dos postos de abastecimento de embarcações não se aplica aexigência de instalações de troca de óleo lubrificante, devendo o gerenciamento do óleo lubrificanteusado atender a legislação específica.

Art. 12. Obrigações dos coletores de óleos usados:I - recolher todo o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável, emitindo, a

cada aquisição, para o gerador ou receptor, a competente Nota Fiscal, extraída nos moldes previstospela Instrução Normativa nº 109/84 da Secretaria da Receita Federal

II - tomar medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado venha a sercontaminado por produtos químicos, combustíveis, solventes e outras substâncias;

III - alienar o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável coletado,exclusivamente ao meio de reciclagem autorizado, através de nota fiscal de sua emissão;

IV - manter atualizados os registros de aquisições e alienações, bem como cópias dosdocumentos legais a elas relativos, disponíveis para fins fiscalizatórios, por 2 anos;

V - responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados oucontaminados não regeneráveis, quando coletados, através de sistemas aprovados pelo órgão ambientalcompetente;

VI - garantir que as atividades de manuseio, transporte e transbordo do óleo usadocoletado sejam efetuadas em condições adequadas de segurança e por pessoal devidamente treinado,atendendo à legislação pertinente.

Art. 13. Obrigações dos rerrefinadores de óleos usados:I - receber todo o óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável, exclusivamente

de coletor autorizado;II - - manter atualizados os registros de aquisições e alienações, bem como cópias dos

documentos legais a elas relativos, disponíveis para fins fiscalizatórios, por 2 anos;III - responsabilizar-se pela destinação final de óleos lubrificantes usados ou

contaminados não regeneráveis, através de sistemas aprovados pelo órgão ambiental competente;VI - os óleos lubrificantes rerrefinados não devem conter compostos policlorados

(PCB's) em teores superiores a 50 ppm.Parágrafo único. Os óleos básicos procedentes do rerrefino não devem conter resíduos

tóxicos ou perigosos, de acordo com a CB 155 e não conter policlorados (PCB's/PCB's) emconcentração superior a 50 ppm (limite vigente para óleos aprovados pelo órgão ambientalcompetente).

Art. 14. Armazenagem de óleos lubrificantes usados ou contaminados: as unidades dearmazenamento do óleo lubrificante usado devem ser construídas e mantidas de forma a evitarinfiltrações, vazamentos e ataque pelo seu conteúdo e riscos associados, e quanto às condições desegurança no seu manuseio, carregamento e descarregamento, de acordo com as normas vigentes.

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Art. 15. Embalagens e transporte de óleos lubrificantes usados ou contaminados: asembalagens destinadas ao armazenamento e transporte do óleo lubrificante usado devem serconstruídas de forma a atender aos padrões estipulados pelas normas vigentes.

Art. 16. O CONAMA recomendará ao Ministério da Fazenda, à vista dos problemasambientais descritos nos considerandos desta Resolução, que sejam realizados estudos no sentido deconsiderar não tributável a receita obtida com a alienação, nos moldes deste instrumento, do óleolubrificante usado ou contaminado regenerável.

Art. 17. O não cumprimento ao disposto nesta Resolução acarretará aos infratores assanções previstas na Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, e na sua regulamentação pelo Decreto 99.274,de 06 de junho de 1990.

Art. 18. Os óleos lubrificantes usados ou contaminados, reconhecidos comobiodegradáveis, pelos processos convencionais de tratamento biológico, não são abrangidos por estaResolução, quando não misturados aos óleos lubrificantes usados regeneráveis.

Parágrafo único. Caso o óleo usado biodegradável seja misturado ao óleo usadoregenerável, a mistura será considerada como óleo usado não regenerável.

Art. 19. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

RESOLUÇÃO Nº 237 , DE 19 DE dezembro DE 1997

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições ecompetências que lhe são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentadaspelo Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu RegimentoInterno, e

Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios utilizados nolicenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento comoinstrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente;

Considerando a necessidade de se incorporar ao sistema de licenciamento ambientalos instrumentos de gestão ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e a melhoria contínua;

Considerando as diretrizes estabelecidas na Resolução CONAMA nº 011/94, quedetermina a necessidade de revisão no sistema de licenciamento ambiental;

Considerando a necessidade de regulamentação de aspectos do licenciamentoambiental estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente que ainda não foram definidos;

Considerando a necessidade de ser estabelecido critério para exercício da competênciapara o licenciamento a que se refere o artigo 10 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981;

Considerando a necessidade de se integrar a atuação dos órgãos competentes doSistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA na execução da Política Nacional do MeioAmbiente, em conformidade com as respectivas competências, resolve:

Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos eatividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras oudaquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposiçõeslegais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas peloempreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ouatividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ouaquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectosambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ouempreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatórioambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnósticoambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

III – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afetediretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou maisEstados.

Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação deempreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou

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potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causardegradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, semprejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1º- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividadesrelacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução.

§ 2º – Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de exigibilidade, odetalhamento e a complementação do Anexo 1, levando em consideração as especificidades, os riscosambientais, o porte e outras características do empreendimento ou atividade.

Art. 3º- A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetivaou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo deimpacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com aregulamentação.

Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ouempreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente,definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.

Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere oartigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativoimpacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:

I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no marterritorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou emunidades de conservação do domínio da União.

II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de

um ou mais Estados;IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor

material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas eaplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;

V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislaçãoespecífica.

§ 1º - O IBAMA fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exametécnico procedido pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em que se localizar a atividade ouempreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento.

§ 2º - O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar aos Estados olicenciamento de atividade com significativo impacto ambiental de âmbito regional, uniformizando,quando possível, as exigências.

Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamentoambiental dos empreendimentos e atividades:

I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades deconservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;

II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural depreservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e emtodas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um oumais Municípios;

IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ouconvênio.

Parágrafo único. O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará olicenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedido pelos órgãosambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento, bem como, quandocouber, o parecer dos demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, envolvidos no procedimento de licenciamento.

Art. 6º - Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes daUnião, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental deempreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas peloEstado por instrumento legal ou convênio.

Art. 7º - Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível decompetência, conforme estabelecido nos artigos anteriores.

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Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá asseguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento doempreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidadeambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fasesde sua implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividadede acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo asmedidas de controle ambiental e demais condicionantes , da qual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento,após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas decontrole ambiental e condicionantes determinados para a operação.

Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ousucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.

Art. 9º - O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas,observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, acompatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação eoperação.

Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas:I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor,

dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamentocorrespondente à licença a ser requerida;

II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dosdocumentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dosdocumentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quandonecessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambientalcompetente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos,projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesmasolicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental

competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver reiteração dasolicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;

VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida

publicidade.§ 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a

certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estãoem conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, aautorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãoscompetentes.

§ 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impactoambiental - EIA, se verificada a necessidade de nova complementação em decorrência deesclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediantedecisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá formular novo pedido decomplementação.

Art. 11 - Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizadospor profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor.

Parágrafo único - O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudosprevistos no caput deste artigo serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se àssanções administrativas, civis e penais.

Art. 12 - O órgão ambiental competente definirá, se necessário, procedimentosespecíficos para as licenças ambientais, observadas a natureza, características e peculiaridades daatividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapasde planejamento, implantação e operação.

§ 1º - Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades eempreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão ser aprovados pelosrespectivos Conselhos de Meio Ambiente.

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§ 2º - Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental parapequenos empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para aqueles integrantes de planos dedesenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão governamental competente, desde que definida aresponsabilidade legal pelo conjunto de empreendimentos ou atividades.

§ 3º - Deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os procedimentosde licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos que implementem planos e programasvoluntários de gestão ambiental, visando a melhoria contínua e o aprimoramento do desempenhoambiental.

Art. 13 - O custo de análise para a obtenção da licença ambiental deverá serestabelecido por dispositivo legal, visando o ressarcimento, pelo empreendedor, das despesasrealizadas pelo órgão ambiental competente.

Parágrafo único. Facultar-se-á ao empreendedor acesso à planilha de custos realizadospelo órgão ambiental para a análise da licença.

Art. 14 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análisediferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades daatividade ou empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, desde queobservado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seudeferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública,quando o prazo será de até 12 (doze) meses.

§ 1º - A contagem do prazo previsto no caput deste artigo será suspensa durante aelaboração dos estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos peloempreendedor.

§ 2º - Os prazos estipulados no caput poderão ser alterados, desde que justificados ecom a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente.

Art. 15 - O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos ecomplementações, formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro do prazo máximo de 4(quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação

Parágrafo Único - O prazo estipulado no caput poderá ser prorrogado, desde quejustificado e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente.

Art. 16 - O não cumprimento dos prazos estipulados nos artigos 14 e 15,respectivamente, sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha competência para atuarsupletivamente e o empreendedor ao arquivamento de seu pedido de licença.

Art. 17 - O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apresentaçãode novo requerimento de licença, que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos no artigo 10,mediante novo pagamento de custo de análise.

Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cadatipo de licença, especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os seguintesaspectos:

I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecidopelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ouatividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, oestabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superiora 6 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos decontrole ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

§ 1º - A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos devalidade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I e II

§ 2º - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade específicospara a Licença de Operação (LO) de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza epeculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em prazos inferiores.

§ 3º - Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ouempreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar oudiminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ouempreendimento no período de vigência anterior, respeitados os limites estabelecidos no inciso III.

§ 4º - A renovação da Licença de Operação(LO) de uma atividade ou empreendimentodeverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo devalidade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestaçãodefinitiva do órgão ambiental competente.

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Art. 19 – O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificaros condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida,quando ocorrer:

I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais.II - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição

da licença.III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.Art. 20 - Os entes federados, para exercerem suas competências licenciatórias, deverão

ter implementados os Conselhos de Meio Ambiente, com caráter deliberativo e participação social e,ainda, possuir em seus quadros ou a sua disposição profissionais legalmente habilitados.

Art. 21 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando seusefeitos aos processos de licenciamento em tramitação nos órgãos ambientais competentes , revogadasas disposições em contrário, em especial os artigos 3o e 7º da Resolução CONAMA nº 001, de 23 dejaneiro de 1986.

GUSTAVO KRAUSE GONÇALVES SOBRINHOPresidente

RAIMUNDO DEUSDARÁ FILHOSecretário-Executivo

ANEXO 1

ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOS SUJEITAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTALExtração e tratamento de minerais- pesquisa mineral com guia de utilização- lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento- lavra subterrânea com ou sem beneficiamento- lavra garimpeira- perfuração de poços e produção de petróleo e gás naturalIndústria de produtos minerais não metálicos- beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração- fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção de materialcerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.Indústria metalúrgica- fabricação de aço e de produtos siderúrgicos- produção de fundidos de ferro e aço / forjados / arames / relaminados com ou sem tratamento desuperfície, inclusive galvanoplastia- metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro- produção de laminados / ligas / artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície,inclusive galvanoplastia- relaminação de metais não-ferrosos , inclusive ligas- produção de soldas e anodos- metalurgia de metais preciosos- metalurgia do pó, inclusive peças moldadas- fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia- fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície,inclusive galvanoplastia- têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfícieIndústria mecânica- fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico e/oude superfícieIndústria de material elétrico, eletrônico e comunicações- fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores- fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática- fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticosIndústria de material de transporte- fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios- fabricação e montagem de aeronaves- fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes

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Indústria de madeira- serraria e desdobramento de madeira- preservação de madeira- fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada- fabricação de estruturas de madeira e de móveisIndústria de papel e celulose- fabricação de celulose e pasta mecânica- fabricação de papel e papelão- fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensadaIndústria de borracha- beneficiamento de borracha natural- fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de pneumáticos- fabricação de laminados e fios de borracha- fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha , inclusive látexIndústria de couros e peles- secagem e salga de couros e peles- curtimento e outras preparações de couros e peles- fabricação de artefatos diversos de couros e peles- fabricação de cola animalIndústria química- produção de substâncias e fabricação de produtos químicos- fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira- fabricação de combustíveis não derivados de petróleo- produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais e outros produtos dadestilação da madeira- fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos- fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-desporto, fósforo de segurança eartigos pirotécnicos- recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais- fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos- fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e fungicidas- fabricação de tintas, esmaltes, lacas , vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes- fabricação de fertilizantes e agroquímicos- fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários- fabricação de sabões, detergentes e velas- fabricação de perfumarias e cosméticos- produção de álcool etílico, metanol e similaresIndústria de produtos de matéria plástica- fabricação de laminados plásticos- fabricação de artefatos de material plásticoIndústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos- beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos- fabricação e acabamento de fios e tecidos- tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos diversos de tecidos- fabricação de calçados e componentes para calçadosIndústria de produtos alimentares e bebidas- beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares- matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal- fabricação de conservas- preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados- preparação , beneficiamento e industrialização de leite e derivados- fabricação e refinação de açúcar- refino / preparação de óleo e gorduras vegetais- produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação- fabricação de fermentos e leveduras- fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais- fabricação de vinhos e vinagre- fabricação de cervejas, chopes e maltes- fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação de águas minerais- fabricação de bebidas alcoólicas

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Indústria de fumo- fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do fumoIndústrias diversas- usinas de produção de concreto- usinas de asfalto- serviços de galvanoplastiaObras civis- rodovias, ferrovias, hidrovias , metropolitanos- barragens e diques- canais para drenagem- retificação de curso de água- abertura de barras, embocaduras e canais- transposição de bacias hidrográficas- outras obras de arteServiços de utilidade- produção de energia termoelétrica-transmissão de energia elétrica- estações de tratamento de água- interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário- tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos)- tratamento/disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens usadas ede serviço de saúde, entre outros- tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas- dragagem e derrocamentos em corpos d’água- recuperação de áreas contaminadas ou degradadasTransporte, terminais e depósitos- transporte de cargas perigosas- transporte por dutos- marinas, portos e aeroportos- terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos- depósitos de produtos químicos e produtos perigososTurismo- complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromosAtividades diversas- parcelamento do solo- distrito e pólo industrialAtividades agropecuárias- projeto agrícola- criação de animais- projetos de assentamentos e de colonizaçãoUso de recursos naturais- silvicultura- exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais- atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre- utilização do patrimônio genético natural- manejo de recursos aquáticos vivos- introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas- uso da diversidade biológica pela biotecnologia

RESOLUÇÃO No 273 DE 29 DE NOVEMBRO 2000

O Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, no uso das competências que lhe foramconferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no 99.274, de6 de julho de 1990, e tendo em vista o disposto na Resolução CONAMA no 237, de 19 dedezembro de 1997 e em seu Regimento Interno, e

considerando que toda instalação e sistemas de armazenamento de derivados depetróleo e outros combustíveis, configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmentepoluidores e geradores de acidentes ambientais;

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considerando que os vazamentos de derivados de petróleo e outros combustíveispodem causar contaminação de corpos d'água subterrâneos e superficiais, do solo e do ar;

considerando os riscos de incêndio e explosões, decorrentes desses vazamentos,principalmente, pelo fato de que parte desses estabelecimentos localizam-se em áreas densamentepovoadas;

considerando que a ocorrência de vazamentos vem aumentando significativamentenos últimos anos em função da manutenção inadequada ou insuficiente, da obsolescência do sistema eequipamentos e da falta de treinamento de pessoal;

considerando a ausência e/ou uso inadequado de sistemas confiáveis para a detecçãode vazamento;

considerando a insuficiência e ineficácia de capacidade de resposta frente a essasocorrências e, em alguns casos, a dificuldade de implementar as ações necessárias, resolve:

Art. 1o A localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação depostos revendedores, postos de abastecimento, instalações de sistemas retalhistas e postos flutuantes decombustíveis dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo deoutras licenças legalmente exigíveis.

§ 1o Todos os projetos de construção, modificação e ampliação dos empreendimentosprevistos neste artigo deverão, obrigatoriamente, ser realizados, segundo normas técnicas expedidaspela Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT e, por diretrizes estabelecidas nesta Resoluçãoou pelo órgão ambiental competente.

§ 2o No caso de desativação, os estabelecimentos ficam obrigados a apresentar umplano de encerramento de atividades a ser aprovado pelo órgão ambiental competente.

§ 3o Qualquer alteração na titularidade dos empreendimentos citados no caput desteartigo, ou em seus equipamentos e sistemas, deverá ser comunicada ao órgão ambiental competente,com vistas à atualização, dessa informação, na licença ambiental.

§ 4o Para efeito desta Resolução, ficam dispensadas dos licenciamentos as instalaçõesaéreas com capacidade total de armazenagem de até quinze m3, inclusive, destinadas exclusivamenteao abastecimento do detentor das instalações, devendo ser construídas de acordo com as normastécnicas brasileiras em vigor, ou na ausência delas, normas internacionalmente aceitas.

Art. 2o Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:I - Posto Revendedor-PR: Instalação onde se exerça a atividade de revenda varejista de

combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos,dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos eequipamentos medidores.

II - Posto de Abastecimento-PA: Instalação que possua equipamentos e sistemas para oarmazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume apropriado para oabastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações oulocomotivas; e cujos produtos sejam destinados exclusivamente ao uso do detentor das instalações oude grupos fechados de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas em forma deempresas, cooperativas, condomínios, clubes ou assemelhados.

III - Instalação de Sistema Retalhista-ISR: Instalação com sistema de tanques para oarmazenamento de óleo diesel, e/ou óleo combustível, e/ou querosene iluminante, destinada aoexercício da atividade de Transportador Revendedor Retalhista.

IV - Posto Flutuante-PF: Toda embarcação sem propulsão empregada para oarmazenamento, distribuição e comércio de combustíveis que opera em local fixo e determinado.

Art. 3o Os equipamentos e sistemas destinados ao armazenamento e a distribuição decombustíveis automotivos, assim como sua montagem e instalação, deverão ser avaliados quanto à suaconformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.

Parágrafo único. Previamente à entrada em operação e com periodicidade nãosuperior a cinco anos, os equipamentos e sistemas, a que se refere o caput deste artigo deverão sertestados e ensaiados para a comprovação da inexistência de falhas ou vazamentos, segundoprocedimentos padronizados, de forma a possibilitar a avaliação de sua conformidade, no âmbito doSistema Brasileiro de Certificação.

Art. 4o O órgão ambiental competente exigirá as seguintes licenças ambientais:I - Licença Prévia-LP: concedida na fase preliminar do planejamento do

empreendimento aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental eestabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de suaimplementação;

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II - Licença de Instalação-LI: autoriza a instalação do empreendimento com asespecificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo medidas de controleambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação-LO: autoriza a operação da atividade, após a verificação doefetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental econdicionantes determinados para a operação.

§ 1o As licenças Prévia e de Instalação poderão ser expedidas concomitantemente, acritério do órgão ambiental competente.

§ 2o Os estabelecimentos definidos no art. 2º que estiverem em operação na data depublicação desta Resolução, ficam também obrigados à obtenção da licença de operação.

Art. 5o O órgão ambiental competente exigirá para o licenciamento ambiental dosestabelecimentos contemplados nesta Resolução, no mínimo, os seguintes documentos:

I - Para emissão das Licença Prévia e de Instalação:a) projeto básico que deverá especificar equipamentos e sistemas de monitoramento,

proteção, sistema de detecção de vazamento, sistemas de drenagem, tanques de armazenamento dederivados de petróleo e de outros combustíveis para fins automotivos e sistemas acessórios de acordocom as Normas ABNT e, por diretrizes definidas pelo órgão ambiental competente;

b) declaração da prefeitura municipal ou do governo do Distrito Federal de que o locale o tipo de empreendimento ou atividade está em conformidade com o Plano Diretor ou similar.

c) croqui de localização do empreendimento, indicando a situação do terreno emrelação ao corpo receptor e cursos d'água e identificando o ponto de lançamento do efluente das águasdomésticas e residuárias após tratamento, tipos de vegetação existente no local e seu entorno, bemcomo contemplando a caracterização das edificações existentes num raio de 100 m com destaque paraa existência de clínicas médicas, hospitais, sistema viário, habitações multifamiliares, escolas,indústrias ou estabelecimentos comerciais;

d) no caso de posto flutuante apresentar cópia autenticada do documento expedido pelaCapitania dos Portos, autorizando sua localização e funcionamento e contendo a localização geográficado posto no respectivo curso d'água;

e) caracterização hidrogeológica com definição do sentido de fluxo das águassubterrâneas, identificação das áreas de recarga, localização de poços de captação destinados aoabastecimento público ou privado registrados nos órgãos competentes até a data da emissão dodocumento, no raio de 100 m, considerando as possíveis interferências das atividades com corposd'água superficiais e subterrâneos;

f) caracterização geológica do terreno da região onde se insere o empreendimento comanálise de solo, contemplando a permeabilidade do solo e o potencial de corrosão;

g) classificação da área do entorno dos estabelecimentos que utilizam o Sistema deArmazenamento Subterrâneo de Combustível-SASC e enquadramento deste sistema, conforme NBR13.786;

h) detalhamento do tipo de tratamento e controle de efluentes provenientes dostanques, áreas de bombas e áreas sujeitas a vazamento de derivados de petróleo ou de resíduos oleosos;

i) previsão, no projeto, de dispositivos para o atendimento à Resolução CONAMA no9, de 1993, que regulamenta a obrigatoriedade de recolhimento e disposição adequada de óleolubrificante usado.

II - Para a emissão de Licença de Operação:a) plano de manutenção de equipamentos e sistemas e procedimentos operacionais;b) plano de resposta a incidentes contendo:1. comunicado de ocorrência;2. ações imediatas previstas; e3. articulação institucional com os órgãos competentes;c) atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros;d) programa de treinamento de pessoal em:1. operação;2. manutenção;3. e resposta a incidentes;

e) registro do pedido de autorização para funcionamento na Agência Nacional dePetróleo-ANP;

f) certificados expedidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização eQualidade Industrial-INMETRO, ou entidade por ele credenciada, atestando a conformidade quanto a

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fabricação, montagem e comissionamento dos equipamentos e sistemas previstos no art. 4o destaResolução;

g) para instalações em operação definidas no art. 2o desta Resolução, certificadoexpedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada, atestando a inexistência de vazamentos.

§ 1o Os estabelecimentos definidos no art. 2o que estiverem em operação na data depublicação desta Resolução para a obtenção de Licença de Operação deverão apresentar osdocumentos referidos neste artigo, em seu inciso I, alíneas "a", "b" (que poderá ser substituída porAlvará de Funcionamento), "d", "g", "h, "i" e inciso II, e o resultado da investigação de passivosambientais, quando solicitado pelo órgão ambiental licenciador.

§ 2o Os estabelecimentos abrangidos por esta Resolução ficam proibidos de utilizaremtanques recuperados em instalações subterrâneas-SASCs

Art. 6o Caberá ao órgão ambiental competente definir a agenda para o licenciamentoambiental dos empreendimentos identificados no art. 1o em operação na data de publicação destaResolução.

§ 1o Todos os empreendimentos deverão, no prazo de seis meses, a contar da data depublicação desta Resolução, cadastrar-se junto ao órgão ambiental competente. As informaçõesmínimas para o cadastramento são aquelas contidas no Anexo I desta Resolução.

§ 2o Vencido o prazo de cadastramento, os órgãos competentes terão prazo de seismeses para elaborar suas agendas e critérios de licenciamento ambiental, resultante da atribuição deprioridades com base nas informações cadastrais.

Art. 7o Caberá ao órgão ambiental licenciador, exercer as atividades de fiscalizaçãodos empreendimentos de acordo com sua competência estabelecida na legislação em vigor.

Art. 8o Em caso de acidentes ou vazamentos que representem situações de perigo aomeio ambiente ou a pessoas, bem como na ocorrência de passivos ambientais, os proprietários,arrendatários ou responsáveis pelo estabelecimento, pelos equipamentos, pelos sistemas e osfornecedores de combustível que abastecem ou abasteceram a unidade, responderão solidariamente,pela adoção de medidas para controle da situação emergencial, e para o saneamento das áreasimpactadas, de acordo com as exigências formuladas pelo órgão ambiental licenciador.

§ 1o A ocorrência de quaisquer acidentes ou vazamentos deverá ser comunicadaimediatamente ao órgão ambiental competente após a constatação e/ou conhecimento, isolada ousolidariamente, pelos responsáveis pelo estabelecimento e pelos equipamentos e sistemas.

§ 2o Os responsáveis pelo estabelecimento, e pelos equipamentos e sistemas,independentemente da comunicação da ocorrência de acidentes ou vazamentos, deverão adotar asmedidas emergenciais requeridas pelo evento, no sentido de minimizar os riscos e os impactos àspessoas e ao meio ambiente.

§ 3o Os proprietários dos estabelecimentos e dos equipamentos e sistemas deverãopromover o treinamento, de seus respectivos funcionários, visando orientar as medidas de prevençãode acidentes e ações cabíveis imediatas para controle de situações de emergência e risco.

§ 4o Os tanques subterrâneos que apresentarem vazamento deverão ser removidos apóssua desgaseificação e limpeza e dispostos de acordo com as exigências do órgão ambientalcompetente. Comprovada a impossibilidade técnica de sua remoção, estes deverão ser desgaseificados,limpos, preenchidos com material inerte e lacrados.

§ 5o Responderão pela reparação dos danos oriundos de acidentes ou vazamentos decombustíveis, os proprietários, arrendatários ou responsáveis pelo estabelecimento e/ou equipamentose sistemas, desde a época da ocorrência.

Art. 9o Os certificados de conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro deCertificação, referidos no art. 3o desta Resolução, terão sua exigibilidade em vigor a partir de 1o dejaneiro de 2003.

Parágrafo único. Até 31 de dezembro de 2002, o órgão ambiental competente,responsável pela emissão das licenças, poderá exigir, em substituição aos certificados mencionados nocaput deste artigo, laudos técnicos, atestando que a fabricação, montagem e instalação dosequipamentos e sistemas e testes aludidos nesta Resolução, estão em conformidade com as normastécnicas exigidas pela ABNT e, na ausência destas, por diretrizes definidas pelo órgão ambientalcompetente.

Art. 10. O Ministério do Meio Ambiente deverá formalizar, em até sessenta dias,contados a partir da publicação desta Resolução, junto ao Instituto Nacional de Metrologia,Normalização e Qualidade Industrial-INMETRO, a lista de equipamentos, sistemas e serviços quedeverão ser objeto de certificação, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.

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Art. 11. A cada ano, no segundo trimestre, a partir de 2003, o Ministério do MeioAmbiente deverá fornecer ao CONAMA informações sobre a evolução de execuções das medidasprevistas nesta Resolução, por Estado, acompanhadas das análises pertinentes.

Art. 12. O não cumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará os infratores àssanções previstas nas Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981; 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e noDecreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999.

Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ SARNEY FILHOPresidente do CONAMA JOSÉ CARLOS CARVALHO

Secretário-Executivo

RESOLUÇÃO No 276 , DE 25 DE ABRIL DE 2001.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências quelhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no99.274, de 6 de julho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, anexo àPortaria nº 326, de 15 de dezembro de 1994, resolve:

Art. 1o Prorrogar o prazo de seis meses, constante no art. 6o, § 1o, da Resolução no273, de 29 de novembro de 2000, publicada no Diário Oficial da União de 8 de janeiro de 2001, SeçãoI, pág. 20, por mais noventa dias, a contar do seu término.

Art. 2o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ SARNEY FILHOPresidente do CONAMA

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