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LICENÇA AMBIENTAL Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador INTERGADOS, Comercialização, Integração e Produção de Animais, S.A. com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 502009187, para a instalação Conceição, Gomes & Pereira – Pecuária e Agricultura, S.A. sita no local da Herdade do Reguenguinho, Cercal do Alentejo, freguesia de Cercal do Alentejo e concelho de Santiago do Cacém, para o exercício da actividade de criação intensiva de suínos (porcas reprodutoras), incluída na categoria 6.6c do Anexo I do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, e classificada com a CAE n.º 01230 (Suinicultura), de acordo com as condições fixadas no presente documento. A presente licença é válida até 8 de Agosto de 2012. Amadora, 8 de Agosto de 2005 O Presidente João Gonçalves

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Page 1: LICENÇA AMBIENTAL INTERGADOS ... - CCDR Alentejo · Cercal do Alentejo e concelho de Santiago do Cacém, para o exercício da actividade de criação intensiva de suínos (porcas

LICENÇA AMBIENTAL

Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador

INTERGADOS, Comercialização, Integração e Produção de Animais, S.A.

com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 502009187, para a instalação

Conceição, Gomes & Pereira – Pecuária e Agricultura, S.A.

sita no local da Herdade do Reguenguinho, Cercal do Alentejo, freguesia de Cercal do Alentejo e concelho de Santiago do Cacém, para o exercício da actividade de criação intensiva de suínos (porcas reprodutoras), incluída na categoria 6.6c do Anexo I do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, e classificada com a CAE n.º 01230 (Suinicultura), de acordo com as condições fixadas no presente documento.

A presente licença é válida até 8 de Agosto de 2012.

Amadora, 8 de Agosto de 2005

O Presidente

João Gonçalves

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LA n.º 20/2005

1. PREÂMBULO

Esta Licença Ambiental (LA) é emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (Diploma PCIP), para a actividade de produção de suínos (porcas reprodutoras), em regime intensivo, desenvolvida em 10 pavilhões, com um efectivo de base constituído por reprodutores (900 porcas reprodutoras e 14 varrascos) e leitões em lactação e recria (capacidade instalada para 3.500 leitões), com uma área correspondente de 14.870 m2, que com o sistema de tratamento perfaz aproximadamente 30.000 m2.

A actividade PCIP realizada na instalação é a criação intensiva de suínos (porcas reprodutoras), identificada através da categoria 6.6c do Anexo I do Diploma PCIP. A capacidade instalada da actividade PCIP corresponde a 900 porcas reprodutoras.

O operador fica ainda autorizado a efectuar a valorização agrícola dos resíduos de produção própria (lamas de depuração provenientes do sistema de tratamento de águas residuais) e dos tamisados (subprodutos de categoria 2), nos locais permitidos nesta licença para esse efeito e de acordo com as condições indicadas na mesma, correspondendo a actividade de valorização agrícola de lamas de depuração, de acordo com o Anexo III B da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março, a uma operação de valorização R10 (Tratamento no solo em benefício da agricultura ou para melhorar o ambiente). O espalhamento no solo dos tamisados terá ainda de respeitar os termos do Regulamento 1774/2002, de 3 de Outubro, e legislação complementar.

Trata-se de uma instalação existente, sendo a presente licença emitida para a instalação no seu todo, no âmbito do disposto no Art. 13º do Diploma PCIP.

A actividade deve ser explorada e mantida de acordo com o projecto aprovado e com as condições estabelecidas na licença.

Os relatórios periódicos a elaborar pelo operador (ver ponto 7), nomeadamente o Plano de Desempenho Ambiental (PDA) e o Relatório Ambiental Anual (RAA), constituem mecanismos de acompanhamento da presente Licença Ambiental.

Esta LA será ajustada aos limites e condições sobre prevenção e controlo integrados da poluição, sempre que o Instituto do Ambiente (IA) entenda por necessário. É conveniente que o operador consulte regularmente a página do IA, www.iambiente.pt, para acompanhamento dos vários aspectos relacionados com este assunto.

Os procedimentos, valores limite de emissão e as frequências de amostragens e análises, âmbito dos registos, relatórios e monitorizações previstos na licença, podem ser alterados pelo IA, ou aceites por esta entidade no seguimento de proposta do operador, após avaliação dos resultados apresentados.

Nenhuma alteração relacionada com a actividade, ou com parte dela, pode ser realizada ou iniciada sem a prévia notificação à Entidade Coordenadora do Licenciamento - ECL (Direcção Geral de Veterinária - DGV) e análise por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR).

A presente licença é independente e não substitui qualquer outra a que o operador esteja obrigado.

2. PERÍODO DE VALIDADE

Esta Licença Ambiental é válida por um período de 7 anos, excepto se ocorrer, durante o seu prazo de vigência, algum dos itens previstos no parágrafo seguinte que motivem a sua renovação.

A renovação da LA poderá ser obrigatoriamente antecipada sempre que:

• ocorra uma alteração substancial da instalação;

• a poluição causada pela instalação for tal que exija a revisão dos valores limite de emissão estabelecidos na licença ou a fixação de novos valores limite de emissão;

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LA n.º 20/2005

• alterações significativas das melhores técnicas disponíveis permitirem uma redução considerável das emissões, sem impor encargos excessivos;

• a segurança operacional do processo ou da actividade exigir a utilização de outras técnicas;

• novas disposições legislativas assim o exijam.

O titular da Licença Ambiental tem de solicitar a sua renovação no prazo de 6 meses antes do seu termo.

O pedido de renovação terá de incluir todas as alterações da exploração que não constem da actual Licença Ambiental, seguindo os procedimentos previstos no Art. 16º do Diploma PCIP.

3. GESTÃO AMBIENTAL DA ACTIVIDADE

O n.º 1 do Anexo I apresenta uma descrição sumária da actividade da instalação.

3.1 Fase de operação

3.1.1 Condições gerais de operação

A instalação deve ser operada de forma a serem adoptadas todas as regras de boas práticas e medidas de minimização das emissões, bem como no que se refere às emissões difusas, durante o funcionamento normal da instalação.

Qualquer alteração do regime de funcionamento normal da instalação deverá ser comunicada ao IA.

Deverão ser adoptadas todas as medidas adequadas ao nível do funcionamento do sistema de tratamento de águas residuais, do armazenamento de tamisados e da manutenção de equipamentos (nomeadamente do equipamento de extracção da captação de água, do tamisador, do sistema de bombagem do efluente e das máquinas de limpeza das instalações), de modo a evitar emissões excepcionais, fugas e/ou derrames, bem como minimizar os seus efeitos.

Em caso da ocorrência de acidente com origem na operação da instalação deverá ser efectuado o previsto no ponto 5 da licença (Gestão de situações de emergência), salientando-se que a notificação deverá incluir os períodos de ocorrência e, sempre que aplicável, os caudais excepcionais descarregados.

A gestão dos equipamentos utilizados na actividade deve ser efectuada tendo em atenção a necessidade de controlar o ruído, particularmente através do cumprimento do Regulamento das Emissões Sonoras para o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 76/2002, de 26 de Março.

No RAA devem constar os dados sobre a produção efectiva de suínos (em toneladas e n.º de animais) desse ano civil, acompanhados das respectivas Declarações das Existências, bem como as entradas de matérias primas (consumo de rações), expressas em toneladas.

3.1.2 Utilização de Melhores Técnicas Disponíveis

Relativamente à utilização de Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) na actividade PCIP de criação intensiva de suínos, deverá ser analisado pelo operador o Documento de Referência no âmbito PCIP (BREF) específico desta actividade: Reference Document on Best Available Techniques for Intensive Rearing of Poultry and Pigs (publicado no JOC 170, de 19 de Julho de 2003, e disponível em http://eippcb.jrc.es).

A actividade da instalação deve assim ser operada tendo em atenção as melhores técnicas actualmente disponíveis que englobam medidas relacionadas com Boas Práticas Agrícolas, técnicas nutricionais, sistemas de criação mais adequados para a redução das emissões para a atmosfera, minimizarão dos consumos de água e de energia, armazenamento e processamento interno de águas residuais e resíduos, e técnicas de espalhamento no solo.

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Algumas das MTD já em uso pelo operador encontram-se listadas no n.º 2 do Anexo I.

No que se refere à utilização de MTD transversais deverão ser analisados os seguintes documentos, que se encontram disponíveis em http://eippcb.jrc.es:

• Reference Document on Best Available Techniques on Emissions from Storage of Bulk or Dangerous Materials, Comissão Europeia (versão aprovada em Janeiro de 2005 e a aguardar adopção pela Comissão Europeia);

• Reference Document on the General Principles of Monitoring, Comissão Europeia (publicado no JOC 170, de 19 de Julho de 2003).

O Plano de Desempenho Ambiental a desenvolver pelo operador (ver ponto 7.1) deverá incluir a identificação das MTD já implementadas, bem como a calendarização prevista para a adopção pela instalação das restantes MTD estabelecidas no BREF. Para eventuais técnicas referidas no documento mas não aplicáveis à instalação, deverá o operador apresentar a fundamentação desse facto, tomando por base nomeadamente as especificidades técnicas dos processos desenvolvidos.

3.1.3 Gestão de recursos

3.1.3.1 Água

A água de abastecimento da instalação é proveniente de um furo de captação de água subterrânea (AC1), sendo utilizada na lavagem das instalações, no processo produtivo e nas instalações sanitárias do pessoal, quarentena e enfermaria. O consumo total de água é estimado em cerca de 13.140 m3/ano (36 m3/dia).

É autorizada a utilização do domínio hídrico em conformidade com as condições estabelecidas no n.º 3 do Anexo I desta licença.

O operador fica obrigado a instalar um medidor de caudal com totalizador na captação, que permita efectuar leituras regulares dos volumes totais de água extraídos.

No RAA devem ser incluídos relatórios síntese compreendendo as leituras mensais verificadas no medidor de caudal e os respectivos volumes de água extraídos (em m3/mês), devendo ainda indicar o consumo mensal e consumo específico de água (em m3 de água consumida/animal produzido e em m3 de água consumida/tonelada de produto acabado), discriminados, sempre que possível, pelos seus diferentes tipos de uso.

3.1.3.2 Energia

O consumo médio anual de energia eléctrica na instalação é de cerca de 90.000 kWh (26,1Tep1).

Relatórios síntese dos consumos mensais de energia eléctrica deverão ser incluídos no RAA, bem como relatórios síntese dos consumos específicos mensais (em tep/animal produzido e tep/tonelada de produto acabado). Deverá ainda ser efectuada explicitação da forma de cálculo dos valores apresentados.

3.1.3.3 Solo

O operador irá proceder à aplicação no solo de lamas de depuração e tamisados para valorização agrícola e ao espalhamento de águas residuais brutas. As aplicações serão efectuadas em parcelas de terreno pertencentes ao operador e localizadas nas imediações da instalação, as quais se encontram identificadas no n.º 4 do Anexo I.

3.1.4. Sistemas de tratamento e controlo

O operador deverá efectuar a exploração e manutenção adequadas dos sistemas de tratamento e controlo existentes na instalação, de modo a reduzir ao mínimo os seus períodos de indisponibilidade e permitir manter um nível de eficiência elevado.

1 Tep – Toneladas equivalente de petróleo. Para as conversões de unidades de energia foram utilizados os factores de conversão constantes dos Despachos da DGE (Direcção-Geral de Energia) publicados no D.R. n.º 98, II Série, de 1983.04.29, e no D.R. n.º 34, II Série, de 2002.02.09 (Despacho n.º 3157/2002).

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No RAA deverá ser explicitado o plano de manutenção efectuado aos sistemas de tratamento e controlo instalados de forma a manter um nível elevado de eficiência de tratamento, incluindo indicação da periodicidade das operações de manutenção de rotina efectuadas e detalhe dos procedimentos a realizar nesse âmbito.

3.1.4.1 Águas residuais e pluviais

As águas residuais domésticas provenientes das instalações sanitárias do pessoal, quarentena e enfermaria são drenadas e tratadas em conjunto com os efluentes resultantes do processo produtivo, sendo depois encaminhadas para a linha de água (Ribeira de Refroias).

O sistema de tratamento de águas residuais existente na instalação assenta num processo de lagoas de estabilização (lagunagem natural), sendo constituído por: um tanque de recepção/bombagem (volume útil de 84,9 m3), um tamisador, 3 lagoas anaeróbias e uma lagoa facultativa.

O tamisador é do tipo rotativo e tem capacidade nominal de tratamento de 18 m3/hora.

A 1.ª lagoa anaeróbia tem um volume útil de 3.272 m3, a 2.ª lagoa anaeróbia 824 m3 e a 3.ª lagoa 375,6 m3. A lagoa facultativa apresenta um volume útil de 8.286 m3 e uma área à superfície do líquido de 5.994 m2. As lagoas têm o fundo e as paredes laterais compactadas.

Nos pavilhões, os sistemas de descarga de dejectos são constituídos por uma vala de betão localizada sob a área do pavimento em grelha e fechada por uma comporta de abertura manual, estando ligada ao sistema de drenagem de cada pavilhão, que depois descarrega no colector subterrâneo que conduz ao sistema de tratamento. Na enfermaria existe uma pequena calha de drenagem ligada ao sistema de drenagem do pavilhão, que depois também descarrega no colector subterrâneo que conduz ao sistema de tratamento.

O efluente bruto segue para o tanque de recepção por gravidade, sendo depois bombeado para o tamisador. Os tamisados são recolhidos e armazenados para posterior aplicação no solo, enquanto o efluente segue para as lagoas anaeróbias, implantadas em série, e depois para a lagoa facultativa.

Da 1ª lagoa anaeróbia o efluente, após depuração parcial, passa por gravidade para a 2.ª e 3.ª lagoas anaeróbias, seguindo também graviticamente para a lagoa facultativa.

Após o tratamento o efluente é lançado na linha de água através de uma vala de drenagem, devendo ser construída uma caixa de visita à saída da lagoa facultativa que possibilite a recolha de amostras. A vala de drenagem que permite a condução das águas residuais tratadas à linha de água receptora deve ser executada em meia cana, com rebordo lateral, e implantada contiguamente a uma vedação existente no local, sem acompanhar a linha de drenagem natural do terreno. No 1.º RAA deverá ser apresentada a memória descritiva das obras efectuadas.

O operador deverá ainda alterar a saída da primeira lagoa anaeróbia por forma a situar-se, o mais possível, numa posição diametralmente oposta à entrada e assim minimizar a existência de “zonas mortas” e curto-circuitos hidráulicos. O 1.º RAA deverá incluir planta actualizada do sistema de tratamento de águas residuais.

Relativamente aos procedimentos de manutenção do sistema de tratamento, o operador deve promover a limpeza periódica das lagoas (remoção de lamas em excesso) por forma a manter a eficiência de tratamento e assegurar as condições de funcionamento e manutenção dos restantes orgãos/equipamentos do sistema. A operação de limpeza das lagoas deverá ser seguida de regularização e compactação dos taludes, permitindo um bordo livre de 0,5 m. Igualmente, dever-se-á efectuar a limpeza e manutenção regular dos taludes das lagoas, tendo em vista a prevenção de deslizamentos de terras. As operações de limpeza e manutenção dos orgãos do sistema de tratamento devem ser registadas, conforme estipulado no ponto 6 desta licença, e descritas no RAA.

Não há rede de recolha de águas pluviais.

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3.1.4.2 Resíduos

Os cuidados veterinários levados a cabo na instalação levam à produção de resíduos hospitalares, alguns dos quais equiparados a resíduos sólidos urbanos.

Com base no Despacho n.º 242/96, de 13 de Agosto do Ministério da Saúde, as agulhas de uso veterinário (resíduos hospitalares perigosos - grupo IV) devem ser acondicionadas em recipientes imperfuráveis, facilmente manuseáveis, resistentes e estanques. O local de armazenamento deve ser dimensionado em função da periodicidade de recolha destes resíduos, devendo encontrar-se devidamente sinalizado. O 1.º RAA deverá incluir a descrição das condições de acondicionamento e armazenamento dos resíduos hospitalares acima referidos.

3.1.4.3 Subprodutos

A actividade normal da instalação gera determinados fluxos materiais designados por “subprodutos” da actividade compreendendo, nomeadamente, os cadáveres de animais e tecidos resultantes dos partos na exploração, bem como os tamisados.

Relativamente aos tamisados, estes devem ser armazenados em local coberto, com superfície impermeabilizada e com capacidade de armazenagem para, pelo menos, 3 meses. O armazenamento deve ser efectuado sob a forma de pilhas ou medas, as quais devem ser revolvidas periodicamente, com vista à estabilização do subproduto. As escorrências provenientes do armazenamento devem ser encaminhadas para o sistema de tratamento de águas residuais. No 1.º RAA deverá apresentar as peças desenhadas, a uma escala adequada, relativas à configuração do local de armazenamento dos tamisados e do sistema de recolha e drenagem das respectivas escorrências, acompanhadas de uma descrição das obras efectuadas.

3.1.5 Emissões

3.1.5.1 Águas residuais e pluviais

As águas residuais tratadas são rejeitadas na margem direita da Ribeira de Refroias (sub-bacia da Albufeira da Barragem de Campilhas - Ribeira de Campilhas, Bacia Hidrográfica do Rio Sado), através de um único ponto de descarga (EH1), de coordenadas M(m):155.490 e P(m):93.550.

Está autorizada a utilização do domínio hídrico para os efeitos de rejeição das águas residuais no ponto EH1, para um caudal médio de 36 m3/dia.

É ainda autorizada a rejeição das águas residuais brutas no solo (espalhamento), para fins agrícolas, nos locais indicados no n.º 4 do Anexo I, e de acordo com as condições descritas no ponto 3.1.5.5.

As águas residuais a aplicar no solo só podem ser retiradas do tanque de recepção/bombagem, a fim de minimizar eventuais perturbações no funcionamento do sistema de tratamento e na eficiência do processo de depuração do efluente.

3.1.5.2 Resíduos produzidos na instalação

Em conformidade com o disposto nos artigos 6º e 7º do Decreto-Lei n.º 239/97, de 9 de Setembro, que estabelece as regras a que fica sujeita a gestão de resíduos, deverá ser assegurado que os resíduos resultantes da laboração da instalação sejam encaminhados para operadores devidamente legalizados para o efeito.

Em matéria de transporte de resíduos, este apenas pode ser realizado pelas entidades definidas no n.º 2 da Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, e de acordo com as condições aí estabelecidas. A este propósito salienta-se a necessidade de utilização das guias de acompanhamento dos resíduos, aprovadas na referida Portaria, que consistem nos modelos exclusivos da Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) n.º 1428, para os resíduos em geral, e n.º 1429, para o acompanhamento dos resíduos hospitalares perigosos.

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No que se refere às lamas de depuração, estas poderão ser aplicadas no solo de acordo com o referido nesta licença (ver ponto 3.1.5.5).

3.1.5.3 Subprodutos produzidos na instalação

Para efeitos de aprovação do destino dos subprodutos (tecidos e cadáveres de animais), o operador deverá no prazo de 3 meses apresentar proposta de gestão dos mesmos, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1774/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de Outubro (alterado pelo Regulamento (CE) n.º 808/2003 da Comissão, de 12 de Maio), que estabelece as regras sanitárias relativas aos subprodutos animais não destinados ao consumo humano.

No que se refere aos tamisados, estes poderão ser aplicados no solo de acordo com o referido nesta licença (ver ponto 3.1.5.5).

3.1.5.4 Emissões para a atmosfera

Ocorrem emissões difusas para a atmosfera provenientes do metabolismo dos suínos, do sistema de tratamento (lagoas) e das operações de espalhamento no solo.

O operador deverá efectuar no PDA a identificação das MTD já implementadas para redução de emissões difusas para a atmosfera, bem como a calendarização prevista para a adopção pela instalação das restantes MTD estabelecidas neste âmbito no BREF.

3.1.5.5 Espalhamento no solo

Para além da rejeição das águas residuais brutas no solo, é autorizado o espalhamento dos tamisados e das lamas de depuração provenientes do sistema de tratamento de águas residuais, nas quantidades e locais indicados no n.º 4 do Anexo I.

O espalhamento no solo deverá respeitar o Código de Boas Práticas Agrícolas, assim como as seguintes medidas:

- Respeito pelo período de proibição de aplicação nas culturas, designadamente:

• Prados ou culturas forrageiras – dentro das 3 semanas imediatamente anteriores à apascentação do gado ou à colheita de forragens;

• Culturas hortícolas ou frutícolas (excepto árvores de fruto) – durante o período vegetativo;

• Solos destinados a culturas hortícolas ou frutícolas (normalmente em contacto directo com o solo e para consumo em cru): durante os 10 meses anteriores à colheita e durante a colheita;

- Respeito pelas seguintes distâncias mínimas:

• Habitações isoladas – 100 m;

• Povoações, escolas e outras – 200 m;

• Poços e furos de captação de água para rega – 50 m;

• Poços e furos de captação de água para consumo humano – 100 m;

- A aplicação das águas residuais brutas no solo deve efectuar-se a mais de 35 m de qualquer linha de água e, tanto quanto possível, a jusante de qualquer captação;

- A aplicação de lamas e tamisados deve fazer-se sobre solos bem desenvolvidos e profundos (mínimo de 25 cm), tendo em conta as necessidades nutricionais das plantas, por forma a proteger adequadamente a qualidade do solo e das águas superficiais e subterrâneas;

- As lamas e tamisados devem ser incorporados no solo, no máximo, 24 horas após a sua aplicação. Relativamente às águas residuais brutas, estas deverão ser incorporados de imediato no solo através de uma mobilização;

- A inclinação dos terrenos onde se procede à aplicação das águas residuais não deve ultrapassar 10%, a fim de minimizar as escorrências;

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- A fim de minimizar os impactes de natureza ambiental, será conveniente o recurso à utilização de equipamentos que permitam a injecção do efluente na camada arável do solo;

- A distribuição das águas residuais apenas pode ser efectuada com o solo em boas condições de humidade, sobretudo se este for argiloso, para evitar que a passagem dos equipamentos de distribuição provoquem a sua consequente compactação;

- Convém que os dispositivos de distribuição do efluente funcionem em baixa pressão, por forma a reduzir as perdas de azoto por volatização e a libertação de cheiros desagradáveis;

- Caso as culturas a praticar nas áreas de espalhamento se destinem à alimentação de animais, dever-se-á ter em conta intervalos mínimos de segurança de três semanas;

- Adoptar sempre que possível a barra de distribuição da cisterna de modo a que a distribuição do efluente seja efectuada em bandas, próximo da superfície do solo;

- É proibido efectuar o espalhamento sob condições climatéricas adversas, designadamente durante períodos de alta pluviosidade.

Caso o destino a dar aos tamisados e às lamas provenientes da limpeza das lagoas seja diverso do autorizado nesta licença, a caracterização da nova parcela deverá ser transmitida ao IA, em três exemplares, para devida aprovação.

3.2 Fase de desactivação

Deverá ser elaborado um Plano de Desactivação da instalação, a apresentar ao IA, em dois exemplares, para aprovação nos 12 meses anteriores à data de cessação da exploração da instalação, parcial ou total (encerramento definitivo), devendo conter no mínimo o seguinte:

a) o âmbito do plano;

b) os critérios que definem o sucesso da desactivação da actividade ou de parte dela, de modo a assegurarem um impacte mínimo no ambiente;

c) um programa para alcançar aqueles critérios, que inclua os testes de verificação;

d) um plano de recuperação paisagística do local, quando aplicável.

Após o encerramento definitivo o operador deverá entregar ao IA, em dois exemplares, um relatório de conclusão do plano, para aprovação.

4. MONITORIZAÇÃO E VALORES LIMITE DE EMISSÃO

O operador deve realizar as amostragens, medições e análises de acordo com o mencionado na licença e especificações constantes nos pontos seguintes.

A frequência, âmbito e método de monitorização, amostragem, medições e análises, para os parâmetros especificados no Anexo II da licença, ficam estabelecidos para as condições normais de funcionamento da instalação durante a fase de operação. Em situação de emergência, o plano de monitorização será alterado de acordo com o previsto no ponto 5 da licença (Gestão de situações de emergência).

O operador deve assegurar o acesso permanente e em segurança aos pontos de amostragem e de monitorização.

O equipamento de monitorização e de análise deve ser operado de modo a que a monitorização reflicta com precisão as emissões e as descargas, respeitando os respectivos programas de calibração e de manutenção.

Todas as colheitas de amostras e as análises referentes ao controlo das emissões devem preferencialmente ser efectuadas por laboratórios acreditados.

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4.1 Monitorização das matérias primas e utilidades

Dado a água proveniente da captação existente poder ser utilizada para consumo humano, esta deverá ser submetida a controlo analítico regular, no cumprimento do DL n.º 243/2001, de 5 de Setembro, devendo o programa de controlo de qualidade da água para consumo humano ser submetido à aprovação da autoridade competente (Instituto Regulador de Águas e Resíduos). Uma cópia da aprovação do referido plano deverá constar no 1.º RAA.

4.2 Monitorização e valores limite das emissões da instalação

4.2.1 Controlo da descarga das águas residuais

O autocontrolo das águas residuais após tratamento deverá ser efectuado como especificado no n.º 1 do Anexo II da licença, não devendo nenhum parâmetro de emissão exceder os valores limite de emissão (VLE) aí mencionados.

A colheita de amostras de águas residuais deverá ser efectuada na caixa de visita da lagoa facultativa, e deverão ser registados os valores de caudal do efluente tratado descarregado na Ribeira de Refroias. A amostra deve ser composta e representativa da descarga de água residual, proporcional ao caudal e efectuada num período de 24 horas, tendo em consideração o período de descarga de águas residuais praticado pela instalação. Neste sentido, em cada RAA deverão ser explicitados os procedimentos tomados de forma a assegurar a representatividade das medições efectuadas neste ponto.

Relatórios dos resultados desta monitorização devem ser enviados semestralmente à CCDR, até 31 de Julho e 31 de Janeiro, devendo constar os caudais de efluente a que dizem respeito, bem como estimativa dos caudais médios diários afluentes. A metodologia seguida para a determinação de todos os valores apresentados deverá ser explicada.

Se for verificada alguma situação de incumprimento nas medições efectuadas devem ser adoptadas de imediato medidas correctivas adequadas após as quais deverá ser efectuada uma nova avaliação da conformidade. Deverá ainda ser cumprido o estipulado no ponto 5 (Gestão de situações de emergência).

O operador fica obrigado a instalar à saída do sistema de lagunagem um medidor de caudal com totalizador, que permita conhecer com rigor os volumes totais de águas residuais descarregados, num dado período de tempo. No 1.º RAA deverá ser efectuado ponto de situação relativamente a este aspecto, com identificação do tipo de medidor de caudal instalado e sua localização, em peça desenhada a escala adequada.

Relatórios síntese da qualidade das águas residuais rejeitadas no meio hídrico, dos volumes mensais de efluente descarregado e das leituras do medidor de caudal associadas às descargas devem ser integrados como parte do RAA. Em particular, para cada parâmetro monitorizado este relatório deverá apresentar, para além dos valores de concentração medidos, a respectiva carga poluente (expressa em massa/unidade de tempo).

4.2.2 Controlo dos resíduos produzidos

Deverá ser dado cumprimento ao estipulado no Art. 16º do Decreto-Lei n.º 239/97, de 9 de Setembro, quanto ao registo de resíduos. Deste modo, deverá o operador possuir obrigatoriamente um registo actualizado do qual conste:

• a quantidade e o tipo de resíduos produzidos na instalação, segundo a classificação da Lista Europeia de Resíduos (LER), constante no Anexo I da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março;

• a origem e o destino dos resíduos, incluindo informação sobre a operação de tratamento/valorização/eliminação a que os mesmos estão sujeitos.

Os registos devem ser mantidos na instalação durante um período mínimo de 5 anos, devendo estar disponíveis para inspecção das autoridades competentes em qualquer altura.

Anualmente, e até 15 de Fevereiro, deverá ser enviado à CCDR o Mapa de Registo de Resíduos Industriais, ao qual correspondem os modelos n.º 1513 e n.º 1514 da Imprensa

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Nacional - Casa da Moeda (INCM), em conformidade com a Portaria n.º 792/98, de 22 de Setembro. Um relatório síntese dos mapas atrás referidos deve ser integrado como parte do RAA.

No que se refere aos resíduos hospitalares produzidos deve também ser mantido um registo que contenha os quantitativos e códigos LER destes resíduos bem como a sua classificação de acordo com o Despacho n.º 242/96, de 13 de Agosto do Ministério da Saúde. Este registo deve conter as datas de entrega dos resíduos, bem como nome do(s) responsável(is) pela recolha/transporte e destino final dos mesmos. O registo da gestão destes resíduos, de acordo com os modelos constantes na Portaria n.º 178/97, de 11 de Março, deverá ser enviado anualmente à Direcção Geral de Saúde até 31 de Janeiro do ano seguinte àquele a que se reportam os dados. Independentemente do registo atrás referido, estes resíduos deverão ser incluídos no mapa de registo de resíduos industriais.

No que se refere à valorização interna de lamas de depuração, por espalhamento no solo, o operador deverá apresentar no RAA um relatório síntese com a caracterização das quantidades valorizadas, bem como dos locais onde o espalhamento tenha sido efectuado, de acordo com o solicitado no ponto 4.3.1 (Controlo do espalhamento no solo).

4.2.3 Controlo dos subprodutos produzidos

Deverá existir um registo actualizado das quantidades de animais mortos a partir da data de emissão desta licença, bem como de outros subprodutos produzidos incluindo indicação do seu destino final, devendo ser incluído no RAA um relatório síntese destes registos.

No que se refere à valorização interna de tamisados, por espalhamento no solo, o operador deverá apresentar no RAA um relatório síntese com a caracterização das quantidades valorizadas, bem como dos locais onde o espalhamento tenha sido efectuado, de acordo com o solicitado no ponto 4.3.1 (Controlo do espalhamento no solo).

4.3 Monitorização ambiental

4.3.1 Controlo do espalhamento no solo

Os valores limite de concentração de metais pesados nas lamas e nos tamisados destinados à valorização agrícola são os definidos no Quadro II.2 do Anexo II.

É proibida a aplicação quando as quantidades de metais pesados introduzidos nos solos, por unidade de superfície, numa média de 10 anos, ultrapassem os valores limite fixados no Quadro II.3 do Anexo II.

É proibida a aplicação quando a concentração de um ou vários metais pesados nos solos ultrapasse os valores limite fixados no Quadro II.4 do Anexo II.

Relativamente à aplicação no solo de lamas e de tamisados, o operador deve incluir no RAA a seguinte informação:

a) Caracterização das lamas e tamisados, antes do seu espalhamento, de acordo com os parâmetros e condições de monitorização indicados no Quadro II.2 do Anexo II;

b) Indicação das quantidades de lamas e tamisados aplicados no solo, por parcela, método de aplicação, período de aplicação e tipo de culturas beneficiadas;

c) Caracterização de cada um dos locais onde é feita a aplicação de lamas e tamisados (área de aplicação e n.º da parcela correspondente), devendo os respectivos solos ser caracterizados de acordo com os parâmetros e condições de monitorização constante no Quadro II.4 do Anexo II.

O operador deve ainda remeter semestralmente à Direcção Regional de Agricultura do Alentejo os Mapas de Registo de Aplicação, de acordo com o previsto no n.º 9 do Despacho Conjunto n.º 309-G/2005, de 19 de Abril.

Relativamente ao espalhamento de águas residuais brutas no solo, o operador deve incluir no RAA a seguinte informação:

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a) Caracterização das águas residuais brutas, antes do seu espalhamento, de acordo com os parâmetros pH, Condutividade (µS/cm), Matéria Orgânica (mg/l), CQO (mg/l O2), SST (mg/l), Azoto Total (mg N/l), Fósforo Total (mg P/l), Potássio (mg/l K), Cálcio (mg/l Ca), Sódio (mg/l Na), Magnésio (mg/l Mg), Zinco (mg Zn/l) e Cobre (mg Cu/l) e com uma frequência de monitorização semestral.

b) Indicação do volume de águas residuais aplicado por parcela, método de aplicação, período de aplicação e tipo de culturas beneficiadas;

c) Caracterização de cada uma das parcelas de solo onde é feita a aplicação de águas residuais brutas, devendo os respectivos solos ser analisados de acordo com os parâmetros pH, Condutividade, Matéria Orgânica, Azoto Total, Fósforo Total, Potássio, Cálcio, Sódio, Magnésio, Zinco e Cobre e com uma frequência de monitorização anual.

Deverão ser realizadas análises às águas subterrâneas, nas captações (furos/poços) existentes nas áreas de espalhamento de águas residuais brutas, tamisados e lamas de depuração, pelo menos uma vez por ano, por forma a controlar as suas características bacteriológicas e o pH, salvaguardando possíveis problemas de natureza patogénica.

5. GESTÃO DE SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

O operador deve declarar uma situação de (potencial) emergência sempre que ocorra:

a) qualquer falha técnica (passível de se traduzir numa potencial emergência) detectada no equipamento de produção;

b) qualquer disfunção ou avaria dos equipamentos de controlo ou de monitorização, passíveis de conduzir a perdas de controlo dos sistemas de redução da poluição;

c) qualquer outra libertação não programada para a atmosfera, água ou solo, por outras causas, nomeadamente falha humana e/ou causas externas à instalação (de origem natural ou humana);

d) qualquer registo de emissão que não cumpra com os requisitos desta licença.

Em caso de ocorrência de qualquer situação de (potencial) emergência, o operador deve notificar a CCDR, a Inspecção-Geral do Ambiente (IGA) e a DGV desse facto, por fax, tão rapidamente quanto possível e no prazo máximo de 24 horas após a ocorrência. A notificação deve incluir a data e a hora da ocorrência, a identificação da sua origem, detalhes das circunstâncias que a ocasionaram (causas iniciadoras e mecanismos de afectação) e as medidas adoptadas para minimizar as emissões e evitar a sua repetição. Neste caso, se considerado necessário, a CCDR notificará o operador via fax do plano de monitorização e/ou outras medidas a cumprir durante o período em que a situação se mantiver.

O operador enviará à CCDR, num prazo de 15 dias após a ocorrência, um relatório onde conste:

• os factos que determinaram as razões da ocorrência da emergência (causas iniciadoras e mecanismos de afectação);

• o plano de acções para corrigir a não conformidade com requisito específico;

• as acções preventivas implementadas de imediato e outras acções previstas implementar, correspondentes à situação encontrada.

No caso de se verificar que o procedimento de resposta a emergências não é adequado, este deverá ser revisto e submetido a aprovação do IA, em dois exemplares, num prazo de 3 meses, após notificação escrita.

Um relatório síntese dos acontecimentos, respectivas consequências e acções correctivas, deve ser integrado como parte do RAA.

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6. REGISTOS, DOCUMENTAÇÃO E FORMAÇÃO

O operador deve:

- registar todas as amostragens, análises, medições e exames, realizados de acordo com os requisitos da licença;

- registar todas as operações de gestão e manutenção da instalação e equipamentos, nomeadamente as operações que decorrem de obrigações desta licença (e.g. limpeza das lagoas);

- registar todas as ocorrências que afectem o normal funcionamento da exploração da actividade e que possam criar um risco ambiental;

- elaborar por escrito todas as instruções relativas à exploração, para todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com a licença, de forma a transmitir conhecimento da importância das tarefas e das responsabilidades de cada pessoa para dar cumprimento à Licença Ambiental e suas actualizações. O operador deve ainda manter procedimentos que concedam formação adequada a todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com a licença;

- registar todas as queixas de natureza ambiental que se relacionem com a exploração da actividade. Cada um destes registos deve especificar em detalhe a data, a hora e a natureza da queixa e o nome do queixoso. Também deve ser guardado o registo da resposta a cada queixa. O operador deve enviar um relatório à CCDR no mês seguinte à existência da queixa e informar com detalhe os motivos que deram origem às queixas. Uma síntese do número e da natureza das queixas recebidas deve ser incluída no Relatório Ambiental Anual.

Os relatórios de todos os registos, amostragens, análises, medições e exames devem ser verificados e assinados pelo Técnico Responsável da instalação, e mantidos organizados em sistema de arquivo devidamente actualizado. Todos os relatórios devem ser conservados na instalação por um período não inferior a 5 anos e devem ser disponibilizados para inspecção sempre que necessário.

7. RELATÓRIOS PERIÓDICOS

7.1 Plano de Desempenho Ambiental

O operador deve estabelecer e manter um Plano de Desempenho Ambiental que integre todas as exigências da licença e as acções de melhoria ambiental a introduzir de acordo com estratégias nacionais de política do ambiente e melhores técnicas disponíveis aprovadas, ou a aprovar, para o BREF referente ao sector de actividade PCIP da instalação, bem como outros BREF relacionados, com o objectivo de minimizar ou, quando possível, eliminar os efeitos adversos no ambiente. Devem também ser identificadas as MTD já implementadas para a redução de emissões difusas para a atmosfera (provenientes do metabolismo dos suínos, do sistema de tratamento de águas residuais e das operações de espalhamento no solo), bem como a calendarização prevista para a adopção das restantes MTD existentes neste âmbito no BREF, conforme referido em 3.1.5.4.

O PDA deverá ainda abordar a implementação de eventuais medidas de carácter nutricional que visem a redução da quantidade de nutrientes excretados pelos animais, por forma a permitir uma redução das emissões difusas para a atmosfera, nomeadamente de amoníaco, evitando-se assim a necessidade de implementação de outras medidas a jusante do sistema de produção.

O PDA incluirá a calendarização das acções a que se propõe, para um período máximo de 5 anos, clarificando as etapas e todos os procedimentos que especifiquem como prevê o operador alcançar os objectivos e metas de desempenho ambiental para todos os níveis relevantes, nomeadamente os aspectos decorrentes dos Documentos de Referência sobre MTD, tanto o sectorial, como os transversais relacionados com a actividade. Por objectivo deve ainda incluir:

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a) os meios para os alcançar;

b) o prazo para a sua execução.

O PDA deve ser apresentado ao IA, em dois exemplares, no prazo de 6 meses após a data de emissão da licença, para aprovação.

Um relatório síntese da execução das acções previstas no PDA deve ser integrado como parte do Relatório Ambiental Anual correspondente.

7.2 EPER - Registo europeu de emissões poluentes

O operador deverá elaborar um relatório de emissões, segundo modelo, periodicidade e procedimentos definidos pelo IA. Este relatório deverá incluir os valores de emissão de fontes pontuais e difusas, para o ar e para a água, de cada poluente EPER (Decisão do Conselho 2000/479/EC, de 17 de Julho – Decisão EPER) emitido pela instalação.

Um relatório síntese dos registos EPER, quando aplicável, deve ser integrado como parte do Relatório Ambiental Anual.

7.3 Relatório Ambiental Anual

O operador deve enviar ao IA dois exemplares do Relatório Ambiental Anual, que reuna os elementos demonstrativos do cumprimento da licença, incluindo os sucessos alcançados e dificuldades encontradas para atingir as metas acordadas. O RAA deverá reportar-se ao ano civil anterior e dar entrada no IA até 15 de Março do ano seguinte. O 1.º RAA será referente ao ano de 2006.

O RAA deverá ser organizado da seguinte forma:

1) Âmbito;

2) Ponto de situação relativamente às condições gerais de operação;

3) Ponto de situação relativamente à gestão de recursos (matérias primas, água e energia);

4) Ponto de situação relativamente aos sistemas de tratamento e controlo e pontos de emissão;

5) Ponto de situação relativamente à monitorização e cumprimento dos VLE associados à licença, com apresentação da informação de forma sistematizada e ilustração gráfica da evolução dos resultados das monitorizações efectuadas;

6) Síntese das emergências verificadas no último ano e subsequentes acções correctivas implementadas;

7) Síntese das reclamações apresentadas;

8) Ponto de situação relativamente à execução das metas do Plano de Desempenho Ambiental previstas para esse ano;

9) Relatório síntese dos registos EPER (quando aplicável).

8. ENCARGOS FINANCEIROS

8.1 Taxas

O operador estará sujeito ao pagamento dos custos decorrentes das utilizações de domínio hídrico da instalação, de acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 47/94, de 22 de Fevereiro, quando regulamentados.

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8.2 Desactivação definitiva

O operador é responsável por adoptar as medidas necessárias aquando da desactivação definitiva da instalação, de modo a evitar qualquer risco de poluição e a repor o local em estado satisfatório.

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ANEXO I – Gestão ambiental da actividade

1. Descrição sumária da actividade da instalação

A instalação dedica-se à produção de leitões em regime intensivo, estando dimensionada para trabalhar com um efectivo médio de 900 reprodutoras. O ciclo de produção da exploração é o seguinte:

Inseminação artificial – controlo de gestação – parto – lactação – desmame

De início, as porcas são estimuladas, através de alterações na alimentação e no maneio, de modo a entrarem em cio para poderem ser posteriormente inseminadas. 3 a 4 semanas após a inseminação e através de ecografia, são detectadas as reprodutoras que não estão gestantes (as quais são reenviadas para a zona de inseminação) e encaminhadas para as salas de gestação aquelas cuja gestação foi confirmada. A fase de gestão dura cerca de 129 dias.

Uma semana antes da data prevista para o parto, as porcas dão entrada na sala de maternidade. Após o parto, permanecem 24 dias em lactação, sendo então desmamadas e encaminhadas para a inseminação, recomeçando de novo o ciclo.

Os leitões desmamados passam às salas de recria (com cerca de 6 kg de peso), sendo aí mantidos até atingirem cerca de 25 kg. Após um período máximo de permanência de 48 dias, são retirados da instalação para serem engordados noutra exploração.

Em qualquer das fases do processo produtivo, sempre que os animais mudam de sala (em regime “all in-all out”), é feita uma lavagem, desinfecção e vazio sanitário.

Existe também uma secção de Quarentena, para as reprodutoras destinadas à renovação do efectivo de recém-chegadas, e a Enfermaria, para os animais em tratamento ou observação. O cais é utilizado para carregamento nos veículos dos animais produzidos.

A exploração possui ainda um sistema de tratamento de águas residuais composto por um tanque de recepção/bombagem, um tamisador, 3 lagoas anaeróbias e uma lagoa facultativa.

De seguida apresentam-se os principais sectores da instalação e respectivas capacidades:

Sector de gestação: • Pavihão A - 10 parques de gestação em grupo com capacidade para 119 porcas e

cais embarque; • Pavihão B - 82 celas de gestação individual; • Pavihão C - 122 celas de gestação individual; • Pavihão D - 140 celas de gestação individual; • Pavihão I - 26 parques de gestação em grupo com capacidade para 150 porcas; • Pavihão H - 239 celas de gestação individual, uma sala para estimulação de cios e 4

parques para varrascos;

Sector de maternidades: • Pavihão F - 196 celas de parto; • Pavihão G - 44 celas de parto;

Sector de Recria – Baterias: • Pavihão E - 30 parques com capacidade para 1500 leitões; • Pavihão G - 13 salas com capacidade para 2000 leitões;

Anexos: • Estrutura M - 5 parques de quarentena com capacidade para 21 marrãs; • Pavihão L - Vestiário com desinfecção e arrumos; • Estrutura N- Enfermaria /cais embarque com 4 parques com 4,70 m2 cada; • Pavihão J - Pavilhão para varrascos com 10 parques de colheita de sémen, um

laboratório para colheita de sémen e um armazém; • Rodilúvio para desinfecção obrigatória de viaturas.

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2. Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) adoptadas na instalação

Listam-se de seguida as MTD identificadas pelo operador como em uso na instalação.

MTD para redução dos consumo de água:

- Lavagem das instalações, após cada ciclo de produção, com máquina de alta pressão;

- Calibração periódica dos bebedouros por forma a evitar derrames;

- Detecção e reparação de fugas nos bebedouros, tubagens e torneiras;

MTD para redução das emissões difusas de amoníaco para a atmosfera:

- Sistemas de criação com pavimentos parcialmente ripados e valas de recolha de dejectos de reduzidas dimensões;

MTD de processamento interno de estrume:

- Separação mecânica da fracção sólida do chorume no tamisador e tratamento do efluente líquido num sistema de lagoas de estabilização (lagunagem natural).

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3. Requisitos de exploração do furo de captação de água

Quadro I.1 – Captação de água subterrânea

Localização da captação Condições da captação e bombagem

Coo

rden

adas

(m)

Código

Freg

uesi

a, C

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lho

M P

N.º

Car

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Utilização

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(m3 /m

ês)

AC1

Cercal do Alentejo, Santiago

do Cacém

155.150

093.875

536

Actividade Pecuária, Consumo Humano

102 5,5 2 1095

4. Espalhamento no solo

Quadro I.2 – Quantidades e locais permitidos para espalhamento no solo

Tipo de produto Valor máximo

anualmente permitido para espalhamento

Valor máximo diário permitido

para espalhamento

Local permitido para o espalhamento

Tamisados 70 ton 18 ton/ha* n.a.

Águas residuais brutas 1000 m3 28 m3/ha* 12 m3/dia

Parcela 1540938981002** - Reguenguinho de Baixo (18,07 ha)

Parcela 1540938981003** - Reguenguinho de Baixo (18,40 ha) Parcela 1550938323006** - Reguenguinho de Baixo (2,27 ha)

Lamas de depuração 162 ton 6 ton/ha* n.a.

Parcela 1550934980001** - Reguenguinho de Baixo (27,41 ha)

n.a. - não aplicável * independentemente do n.º de aplicações/ano ** n.º de parcelário, de acordo com o Sistema de Identificação do Parcelar Agrícola do INGA – Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola

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ANEXO II – Monitorização das emissões da instalação e valores limite de emissão

1. Monitorização das emissões para a água

Quadro II.1 – Monitorização das águas residuais tratadas (ponto de descarga EH1)

Parâmetro VLE(1) Expressão dos resultados Método analítico de determinação Frequência da

monitorização

Caudal 36 m3/dia - Diária

pH 6,0 – 9,0 Escala de Sorensen Electrometria

Sólidos Suspensos Totais (SST) 500 mg/l

Centrifugação (tempo mínimo de cinco minutos, aceleração média de 2800 g a 3200 g), secagem a 105 ºC e pesagem;

filtração através de membrana filtrante de 0.45 µm, secagem a 105º C e pesagem

Carência Bioquímica de Oxigénio (CBO5, 20 ºC)

500 mg/l O2

Determinação de O2 dissolvido antes e após cinco dias de incubação a 20 ºC ± 1 ºC ao abrigo da luz, com adição de um

inibidor de nitrificação

Carência Química de Oxigénio (CQO) - mg/l O2 Método do dicromato de potássio

Azoto Amoniacal - mg/l NH4Espectrometria de absorção molecular;

volumetria Bimestral(1)

Azoto Total - mg/l N Espectrometria de absorção molecular

Fósforo Total - mg/l P Espectrometria de absorção molecular

Zinco Total - mg/l Zn

Espectrometria de absorção molecular; espectroscopia de absorção atómica; espectrometria de emissão óptica com

plasma (ICP)

Cobre Total 1,0 mg/l Cu

Espectrometria de absorção molecular; espectroscopia de absorção atómica; espectrometria de emissão óptica com

plasma (ICP)

(1) - quando ocorre descarga na linha de água Notas:

• A amostra deverá ser composta e representativa do efluente tendo em conta todo período em que decorrem as emissões, bem como o regime de descarga das águas residuais produzidas. O valor médio mensal (amostra composta) não deverá exceder o valor limite de emissão;

• Nos relatórios de emissão deverá constar local, data e hora da colheita da amostra, além do caudal de efluente registado na altura da colheita.

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2. Monitorização do espalhamento no solo

Quadro II.2 – Monitorização de lamas e tamisados destinados à agricultura

Parâmetros Expressão dos resultados Valores Limite Frequência da

monitorização

pH - - Matéria seca - Matéria orgânica - Azoto total - Azoto nítrico - Azoto amoniacal - Fósforo Total

% (ou outra unidade em massa/massa tida por

conveniente) -

Cádmio(1) 20 Cobre 1000 Níquel(1) 300 Chumbo 750 Zinco 2500 Mercúrio(1) 16 Crómio(1)

mg/kg de matéria seca

1000

2 vezes/ano (uma no período

Primavera/Verão e outra no período

Outono/Inverno)

(1) – A monitorização destes parâmetros não é necessária para os tamisados Notas:

• A amostragem das lamas para análise deve ser feita de modo a que as amostras sejam colhidas em vários locais, a diferentes profundidades e horas, sendo posteriormente homogeneizadas, antes de se proceder à sua análise;

• Os métodos de análise a utilizar deverão considerar o seguinte: - A análise dos metais pesados é efectuada após digestão com água régia; - O método de referência é a espectrofotometria de absorção atómica; - O limite de detecção para cada metal não deve exceder 10% do respectivo valor limite de concentração.

Quadro II.3 – Valores limite para as quantidades anuais de metais pesados que podem ser introduzidos nos solos cultivados, com base numa média de 10 anos

Parâmetros Expressão dos resultados Valores Limite

Cádmio 0.15 Cobre 12 Níquel 3 Chumbo 15 Zinco 30 Mercúrio 0.1 Crómio

kg/ha.ano de matéria seca

4.5

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Quadro II.4 - Monitorização de solos sujeitos à aplicação de lamas e tamisados

Parâmetros Expressão dos resultados Valores Limite Frequência da

monitorização

pH - - Matéria seca - Matéria orgânica - Azoto total - Azoto nítrico - Azoto amoniacal - Fósforo Total

%

(ou outra unidade em massa/massa tida por

conveniente)

- Cádmio(1) 3 Cobre 100 Níquel(1) 75 Chumbo 300 Zinco 300 Mercúrio(1) 1.5 Crómio(1)

mg/kg de matéria seca

200

1 vez/ ano

(1) – A monitorização destes parâmetros não é necessária para os tamisados Notas:

• O terreno em que se pretende aplicar as lamas deverá ser dividido em parcelas de área não superior a 5 ha, cada uma com aspecto uniforme quanto à cor, textura, declive, drenagem, tipo de cultivo utilizado nos últimos anos (mesmo tipo de cultura, estrumações, adubações, calagens, etc);

• Em cada uma desta parcelas proceder-se-á à colheita de uma amostra representativa, constituída por 25 subamostras do mesmo tamanho, colhidas ao acaso na camada arável do solo até 25 cm de profundidade, utilizando sempre que possível sonda apropriada feita de material não contaminante. As subamostras são recolhidas num recipiente de material não contaminante, procedendo-se no fim à mistura cuidadosa da terra colhida por forma a ficar homogénea. Desta amostra retira-se uma porção de meio quilo, que é colocada num saco apropriado, devidamente etiquetado e enviado para o laboratório;

• Os métodos de análise a utilizar deverão considerar o seguinte: - A análise dos metais pesados é efectuada após digestão com água régia (segundo DIN 38414); - O método de referência é a espectrofotometria de absorção atómica; - O limite de detecção para cada metal não deve exceder 10% do respectivo valor limite de

concentração.

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ÍNDICE

1. PREÂMBULO ........................................................................................................................... 1

2. PERÍODO DE VALIDADE ........................................................................................................ 1

3. GESTÃO AMBIENTAL DA ACTIVIDADE................................................................................ 2 3.1 FASE DE OPERAÇÃO .............................................................................................................. 2

3.1.1 CONDIÇÕES GERAIS DE OPERAÇÃO ................................................................................... 2 3.1.2 UTILIZAÇÃO DE MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS............................................................2 3.1.3 GESTÃO DE RECURSOS.....................................................................................................3

3.1.3.1 Água ........................................................................................................................ 3 3.1.3.2 Energia.....................................................................................................................3 3.1.3.3 Solo.......................................................................................................................... 3

3.1.4 SISTEMAS DE TRATAMENTO E CONTROLO................................................... ........................3 3.1.4.1 Águas residuais e pluviais .......................................................................................4 3.1.4.2 Resíduos.......................................................................................... ........................5 3.1.4.3 Subprodutos.............................................................................................................5

3.1.5 EMISSÕES........................................................................................................................5 3.1.5.1 Águas residuais e pluviais.......................................................................................5 3.1.5.2 Resíduos produzidos na instalação....................................................................... ..5 3.1.5.3 Subprodutos produzidos na instalação.................................................................... 6 3.1.5.4 Emissões para a atmosfera.................................................................... .................6 3.1.5.5 Espalhamento no solo..............................................................................................6

3.2 FASE DE DESACTIVAÇÃO .. ......................................................................................................7

4. MONITORIZAÇÃO E VALORES LIMITE DE EMISSÃO ......................................................... 7 4.1 MONITORIZAÇÃO DAS MATÉRIAS PRIMAS E UTILIDADES........................................................... 8 4.2 MONITORIZAÇÃO E VALORES LIMITE DAS EMISSÕES DA INSTALAÇÃO ......................................... 8

4.2.1 Controlo da descarga das águas residuais.................................................................8 4.2.2 Controlo dos resíduos produzidos............................................................................ ..8 4.2.3 Controlo dos subprodutos produzidos............ ...........................................................9

4.3 MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................................. 9 4.3.1 Controlo do espalhamento no solo ............................................................................9

5. GESTÃO DE SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA...................................................................... 10

6. REGISTOS, DOCUMENTAÇÃO E FORMAÇÃO................................................................... 11

7. RELATÓRIOS PERIÓDICOS ................................................................................................. 11 7.1 PLANO DE DESEMPENHO AMBIENTAL.................................................................................... 11 7.2 EPER - REGISTO EUROPEU DE EMISSÕES POLUENTES ........................................................ 12 7.3 RELATÓRIO AMBIENTAL ANUAL ............................................................................................ 12

8. ENCARGOS FINANCEIROS.................................................................................................. 12 8.1 TAXAS ................................................................................................................................ 12 8.2 DESACTIVAÇÃO DEFINITIVA .................................................................................................. 13

ANEXO I - GESTÃO AMBIENTAL DA ACTIVIDADE................................................................14 1. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA ACTIVIDADE DA INSTALAÇÃO..............................................................14 2. MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS (MTD) ADOPTADAS NA INSTALAÇÃO...................................15 3. REQUISITOS DE EXPLORAÇÃO DO FURO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA............................................... 16 4. ESPALHAMENTO NO SOLO................................... ................................................................... 16

ANEXO II - MONITORIZAÇÃO DAS EMISSÕES DA INSTALAÇÃO E VALORES LIMITE DE EMISSÃO................................................................................................................................... 17

1. MONITORIZAÇÃO DAS EMISSÕES PARA A ÁGUA.........................................................................17 2. MONITORIZAÇÃO DO ESPALHAMENTO NO SOLO........................................................................18

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