lição 9 - o prenúncio do tempo do fim
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Prof. Ms. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br
LIÇÃO 9
O PRENÚNCIO DO TEMPO DO FIM
Pr. Moisés Sampaio de Paula 2
LEITURA BÍBLICA:
Dn 8.1,3-11
ESCOLA BIBLICA
DOMINICAL NA WEBTV
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• O capítulo 8 pertence a segunda parte do livro de
Daniel (término da parte em aramaico).
• Neste capítulo é relatado a queda dos Impérios:
Medo-persa e Grego-macedônico, representados,
agora, pelas figuras de um bode e um carneiro.
Ênfase para o imperialismo de Antíoco IV
Epífanes. Paralelo com capítulos 2 e 7.
• Visão em um livro apocalíptico tem um sentido
artificial, um modo velado de tratar de um assunto
delicado (crítica ao imperialismo).
INTRODUÇÃO
I – A D E C A D Ê N C I A D O I M P É R I O P E R S A E A
A S C E N S Ã O D O I M P É R I O G R E G O
I – A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO PERSA E
A ASCENSÃO DO IMPÉRIO GREGO
• “Apareceu-me, a mim, Daniel” (8.1). Daniel passa
de intérprete para receptor de visões.
• O caráter das visões moral e espiritual Vs
material e político????
• Há uma repetição do predito na visão do capítulo
7 sobre o segundo e o terceiro impérios.
I – A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO PERSA E
A ASCENSÃO DO IMPÉRIO GREGO
• A visão de Daniel retratava ascensão e queda dos
dois impérios que aparecem na visão como o
carneiro e como o bode (figuras mitológicas).
• O carneiro da visão era forte e tinha dois chifres,
um maior que o outro (8.3): símbolo da aliança
imperial dos medos e dos persas, o chifre maior
(Dn 8.20).
• Os reis persas utilizavam um emblema com a
cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça.
I – A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO PERSA E
A ASCENSÃO DO IMPÉRIO GREGO
• “Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente
e para o norte, e para o meio dia” (Dn 8.4). O
Império Persa que se expandiu em três direções:
1. Do leste para o oeste (Babilônia, Síria e Ásia Menor);
2. Tanto no norte (Armênia);
3. Como no sul (Egito e Etiópia).
• Na cultura persa, a figura do carneiro era muito
popular. Seus chifres são símbolos do poder de
domínio e autoridade do carneiro para defender
seu rebanho.
I – A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO PERSA E
A ASCENSÃO DO IMPÉRIO GREGO
• “Eis que um bode vinha do ocidente sobre a terra,
mas sem tocar no chão” (8.5). Bode com chifre
entre os olhos, uma espécie de unicórnio.
• Figura de Alexandre, o Grande, que surgiu com
força incrível e com grande mobilidade para
conquistar o mundo.
I – A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO PERSA E
A ASCENSÃO DO IMPÉRIO GREGO
• Quebrou os dois chifres do carneiro (Dn 8.6-7):
• Em 334 a.C., Alexandre cruzou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas;
• Pouco tempo depois, venceu Dario III na batalha de Issos (333 a.C.);
• Em 331, venceu o grosso das forças medo-persas na famosa batalha de Gaugamela.
• Em apenas treze anos Alexandre conquistou todo
o mundo conhecido de sua época.
I I . A DIVISÃO DO IMPÉRIO
GREGO
I I . A D IV ISÃO DO IMPÉRIO GREGO
• “Aquele bode tinha uma ponta notável entre
os olhos” (8.5): Império Grego, que liderado por
Alexandre, o Grande, que suplantava tudo e
agiam com muita rapidez.
• “Mas, estando na sua maior força, aquela
grande ponta foi quebrada” (8.8).
• Alexandre, quando estava no auge de sua glória
militar e política, inesperadamente morre no ano
323 a.C.
I I . A D IV ISÃO DO IMPÉRIO GREGO
• “E subiram no seu lugar quatro também
notáveis, para os quatro ventos do céu” (8.8).
• Surgem “quatro pontas notáveis no lugar da
“ponta (chifre) notável”: os quatro principais
generais de Alexandre:
• Casandro couberam a Macedônia e a Grécia, no ocidente.
• Lisímaco governou a Trácia e a Bitínia, no norte.
• Ptolomeu governou a Palestina, a Arábia e o Egito, no sul.
• Selêuco governou a Síria e a Babilônia, no oriente.
I I . A D IV ISÃO DO IMPÉRIO GREGO
• Os quatro chifres que surgem em lugar do chifre
notável são representados pelas quatro cabeças
do leopardo de Dn 7.6.
• Houve muita disputa entre as “quatro cabeças”,
em especial, entre duas delas: surgimento do
“chifre pequeno”.
I I . A D IV ISÃO DO IMPÉRIO GREGO
“Dividido, o império perdeu a sua universalidade,
e a unidade passou a ser garantida apenas pela
cultura grega, comum aos quatro.”
(STORNIOLO, 1994, p. 75)
III . A ASCENSÃO E QUEDA DO
“CHIFRE PEQUENO”
I I I . A ASCENSÃO E QUEDA DO “CHIFRE
PEQUENO”
• “E de uma delas saiu uma ponta (chifre) mui
pequena, a qual cresceu...” (8.9): “o chifre
pequeno” que surge de um dos quatro chifres do
bode é Antíoco Epifânio IV (família dos selêucidas
– Síria - 175 a 167 a.C.). Ver também Dn 7.8.
• Esta “ponta pequena” cresceu muito,
especialmente direcionada para a “terra formosa”
(Judá).
I I I . A ASCENSÃO E QUEDA DO “CHIFRE
PEQUENO”
• Os versículos 10 e 11 falam de suas ações
ultrajantes: profanação do santuário de Israel
(entronização de uma estátua de Zeus-Júpiter e
sacrifício de porco) e tentativa de acabar com o
“sacrifício contínuo” dos judeus.
• Por essas ações, dentre outras, ele é tido com
uma figura do anticristo (Ap 13.2). Ver
tipologia.
• A visão se cumpriria no “tempo do fim” (8.19):
uma época escatológica ou apocalíptica para o
povo de Israel?
I I I . A ASCENSÃO E QUEDA DO “CHIFRE
PEQUENO”
• “Até quando durará a visão do contínuo
sacrifício e da transgressão assoladora?”;
“Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes
e manhãs; e o santuário será purificado”
(8.14).
• Tempo da perseguição de Antíoco Epifânio e
resistência dos judeus (171 a 165 a. C.)
• A interpretação da visão é obrigatória num
apocalipse: Gabriel, anjo intérprete (figura típica
do gênero apocalipse).
I I I . A ASCENSÃO E QUEDA DO “CHIFRE
PEQUENO”
• O anjo esclarece que se trata de uma visão sobre
o tempo final (fim da ira 8.17-19).
• “Sem ninguém fazer nada, ele será destruído”: 1)
morte por depressão (1 Mc 6); 2) infecção interna
fatal (2 Mc 9).
• Virá o Reino de Deus: vinda do messias (Jesus
que anunciou o Reino de Deus).
• Os apocalipses são livros de intensa crítica
política.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
• A visão de Daniel demonstra como os medo-
persas, que pareciam indestrutíveis são
derrotados pelo império grego-macedônico com
Alexandre, o Grande, “o chifre nótável”.
• O grande Império Grego também teve seu fim.
• O imperialismo não prevalece contra o Reio de
Deus.
• De forma geral, demonstra o controle de Deus
sobre a história da humanidade.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CABRAL, Elienai. Integridade moral e espiritual: o legado do livro de Daniel para a Igreja hoje. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
CAZELLES, H. História Política de Israel, desde as origens até Alexandre Magno. São Paulo: Paulus, 1986.
COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON. Vol. 4. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
DONNER, H. História de Israel e dos Povos Vizinhos. vol. 2, 4ª Edição. São Paulo: Sinodal e EST, 2006.
LIÇÕES BÍBLICAS. Integridade moral e espiritual: o legado do livro de Daniel para a Igreja hoje. 4º Trimestre de 2014. Rio de janeiro: CPAD, 2014.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: o reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
NOTH, Martin. História de Israel. Barcelona: Ediciones Garriga, 1966.
GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos, 2005.
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, f. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
RÖMER, T. A chamada História Deuteronomista. Petrópolis: Vozes, 2008.
STORNIOLO, Ivo. Como ler o Livro de Daniel: reino de Deus X imperialismo. São Paulo: Paulus, 1994.
VON RAD, G. Teologia do Antigo Testamento. vol. 1-2, São Paulo: ASTE, 1974.
ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ESCOLA BIBLICA
DOMINICAL NA WEBTV
Comentários: Ev. Natalino das Neves
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