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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores INTRODUÇÃO - A evangelização é universal e precisa alcançar todos os segmentos da humanidade, mesmo aqueles de mais difícil contato. - A Igreja precisa se fazer de tudo para, todos os meios, conseguir salvar alguns.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

INTRODUÇÃO

- A evangelização é universal e precisa alcançar todos os segmentos da humanidade, mesmo aqueles de mais difícil contato.

- A Igreja precisa se fazer de tudo para, todos os meios, conseguir salvar alguns.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

I – A SEGMENTAÇÃO DA SOCIEDADE E A NECESSIDADE DO ALCANCE DE TODOS OS HOMENS PELA EVANGELIZAÇÃO

- A evangelização é universal, pois o Senhor Jesus mandou que se pregasse o Evangelho por todo o mundo a toda a criatura (Mc.16:15), e que se fosse e ensinasse todas as nações (Mt.28:19), que em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações (Lc.24:47).

- Por isso, a Igreja precisa ter uma versatilidade, uma capacidade de adaptação para que venha a levar a mensagem do Evangelho a todos os homens, a “inculturação”, ou seja, a imersão da Igreja nas diversas culturas humanas, no modo de viver diferenciado de cada segmento da sociedade, para que possa a mensagem do Evangelho ser comunicada.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Na “inculturação”, devemos ter o devido discernimento para identificar tanto os elementos pecaminosos das culturas, que jamais devem ser acolhidos na evangelização, como os elementos culturais que podem apontar para a mensagem do Evangelho, que podem ser vir de ponto de contato entre a cultura ou subcultura e as boas novas de salvação, o “fator Melquisedeque”, como denominou o missionário Dnn Richardson

- A sociedade humana, enferma que está por causa do domínio do maligno sobre a humanidade, gera situações injustas, efetua uma marginalização de pessoas e a Igreja, na evangelização, precisa superar esta marginalização, que é um obstáculo a mais na pregação do Evangelho.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Estes segmentos marginalizados foram denominados de “grupos desafiadores” nesta lição. São segmentos da sociedade de mais difícil acesso, pelo distanciamento, pela marginalização que sofrem, a exigir uma mais intensa “inculturação” por parte dos incumbidos de realizar a evangelização.

- O Evangelho é “inclusivista”, ou seja, pretende levar todos os homens à vida eterna, à comunhão com Deus. Este “inclusivismo” do Evangelho abrange as pessoas, jamais as suas práticas pecaminosas.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

II – A EVANGELIZAÇÃO DOS ENCARCERADOS

- A população carcerária tem crescido em todo o mundo e, portanto, é uma parcela que deve ser levada em consideração na evangelização.

- Temos aqui a importância da “capelania carcerária” ou “capelania prisional”. Capelania é dar assistência espiritual a regimentos militares, escolas, hospitais, presídios, asilos, favelas, enfim, a carentes de tal ministério.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Em relação aos presos, é oportuno observar que, em nosso país, há previsão legal desta assistência espiritual e religiosa, sendo uma área em que as portas estão abertas para uma cooperação entre Igreja e Estado, máxime diante da falência do sistema penitenciário no seu objetivo de reintegração social dos condenados.

- A evangelização dos presos encontra pleno respaldo bíblico, como nos casos do “julgamento das nações”(Mt.25:36 “in fine”), da salvação do ladrão arrependimento na (Lc.23:40-43) e da evangelização de Paulo na prisão em Roma (Fp.1:13).

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A evangelização dos encarcerados exige um preparo todo especial dos evangelizadores, porquanto o ambiente dos presídios segue um modo de viver totalmente diferenciado, como os diversos “códigos de comportamento” existentes entre os presos e o chamado “mundo do crime”.

- Na evangelização dos encarcerados, não há que se perquirir a respeito da culpa ou inocência da pessoa, não há que se indagar a respeito da prática, ou não, de crimes, mas, sim, da necessidade que todas as pessoas têm de ser salvas na pessoa de Cristo Jesus.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A evangelização dos encarcerados tem um fator que a favorece muito, qual seja, os encarcerados são pessoas que não nutrem ilusões pelo mundo.

- Outro grande desafio da evangelização dos encarcerados é o instante do reingresso no convívio social, onde se tem de dar um efetivo apoio ao chamado “egresso”, o que significa enfrentamento de preconceitos, cada vez maiores ante o quadro de violência e criminalidade vivido na atualidade.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

III – A EVANGELIZAÇÃO DAS PROSTITUTAS

- Outro segmento marginalizado da sociedade é o que abrange os chamados “profissionais do sexo”, onde encontram posição de destaque as prostitutas (se bem que, hoje em dia, aumenta o número também de “prostitutos”).

- A imoralidade e desregramento sexuais são apontados, pelo apóstolo Paulo, como um degrau a mais no aprofundamento do pecado na humanidade, uma sequência do processo iniciado com a idolatria (Rm.2:24), circunstância que representa mais um obstáculo, um esforço a mais na evangelização deste segmento.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A lei de Moisés proibia expressamente a prática da prostituição (Dt.23:19) e a abjeção a esta prática era tanta que era terminantemente proibido que se aceitasse como oferta ou dízimo o ganho proveniente do exercício desta atividade (Dt.23:19).

- Por isso mesmo, a Igreja deve sempre se posicionar contra toda e qualquer tentativa de legalização ou “normalização” desta espécie de atividade.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A necessidade de evangelização deste segmento é evidenciada na passagem da parábola dos dois filhos, onde o Senhor Jesus expressamente fala na conversão de prostitutas (Mt.21:31,32).

- O episódio da “mulher pecadora” em Lc.7:36-50 e a figura de Maria Madalena não podem ser considerados como exemplos de evangelização de prostitutas.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Este grupo de pessoas está a aumentar diante da intensificação da imoralidade sexual em nossos dias e precisa ser alcançado pelo Evangelho.

- A evangelização deste grupo, pelo fato de estarmos diante de um estágio mais avançado de pecaminosidade, exige um profundo preparo espiritual por parte dos evangelizadores que, não raras vezes, irão se defrontar com “as profundezas de Satanás” no trato com estas pessoas. É um trabalho a ser feito com jejum e oração.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A abordagem deve ser feita sem qualquer intento acusatório ou discriminatório. A Igreja prossegue a ação do Senhor Jesus que não veio para condenar o mundo, mas com atitudes que levem em conta a profunda dilaceração da autoestima destas pessoas, como também a realidade de, no mais das vezes, estarem envolvidas em uma atividade de criminalidade organizada que as explora.

- É importante que a evangelização se faça com pessoas do mesmo sexo da que exerce a atividade de prostituição ou com casais, para se evitar qualquer mal entendido na abordagem ou situações constrangedoras e que não correspondam ao dever de fugir da aparência do mal.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- As igrejas locais devem ser treinadas e preparadas para receber prostitutas nas reuniões e a ter a devida tolerância com a necessária delonga na total reinserção das pessoas na normalidade da vida social.

- A evangelização há de ter sequência com atitudes que possibilitem que as pessoas que se prostituem consigam se inserir no mercado de trabalho e sejam libertas das redes de tráfico de pessoas de que foram vítimas.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

IV – A EVANGELIZAÇÃO DOS HOMOSSEXUAIS

- Outro segmento da sociedade que apresenta grandes dificuldades de evangelização é a dos homossexuais, principalmente depois que ganhou corpo em todo o mundo o chamado “movimento homossexual”, o “ativismo homossexual”, uma bem organizada empreitada do “espírito do anticristo” para fazer apologia do homossexualismo e para enfrentar os valores morais judaico-cristãos.

- De pronto, precisamos evitar o antagonismo entre Cristianismo e homossexuais que este “ativismo” tem propagandeado, uma artimanha satânica que faz querer surgir entre os cristãos o ódio aos homossexuais, uma tentativa de impedir que o Evangelho seja proclamado a quem acaba sendo enganado pelo discurso de apologia ao homossexualismo.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A evangelização aos homossexuais precisa distinguir o ativismo homossexual, a prática homossexual e a pessoa homossexual.

- A evangelização deve buscar levar Cristo para as pessoas homossexuais. O ativismo homossexual deve ser denunciado e a prática homossexual, repudiada.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A prática homossexual é o mais avançado degrau de rebeldia contra Deus, um grande aprofundamento no pecado (Rm.1:26,27).

- Esta circunstância faz com que o homossexual seja a pessoa de mais difícil evangelização, mas isto não significa, em absoluto, que seja um segmento que não possa ser evangelizado, pois não há pecado que não tenha perdão, com exceção da blasfêmia contra o Espírito Santo (Rm.5:20).

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A evangelização dos homossexuais exige, ante o elevado grau de aprofundamento no pecado, de um preparo espiritual redobrado, com oração e jejum.

- A evangelização dos homossexuais tem pleno respaldo bíblico, pois Abraão intercedeu por Sodoma (Gn.18:23-33).

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A evangelização dos homossexuais tem de ser acompanhada por uma compreensão e acolhida pelas igrejas locais, pois há um longo processo de reinserção da pessoa na normalidade da vida social, bem como situações extremamente difíceis, como as que envolvem o “travestismo” com deformação do corpo e o transexualismo com alterações físicas.

- Lamentavelmente, as igrejas locais estão longe de saber lidar com estas situações, o que representa um obstáculo muito grande para que seja exitosa a evangelização de tais pessoas. É preciso que a membresia aprenda a ter o “olhar de Barnabé” (At.11:23).

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V – A EVANGELIZAÇÃO DOS DEPENDENTES QUÍMICOS

- Outro segmento que tem crescido muito nos últimos anos e que demanda um esforço de evangelização é a dos dependentes químicos, que o comentarista denominou de “viciados”.

- O número de dependentes químicos cresce assustadoramente em todo o mundo, como um reflexo até da multiplicação da iniquidade e do vazio existencial resultante de um mundo materialista, consumista e que tem deixado Deus de lado.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A dependência química é uma das mais expressivas facetas do trabalho de destruição efetuado pelo maligno contra a humanidade.

- Quando vemos os verdadeiros “zumbis” em que se transformam os quimiodependentes, como nas “cracolândias” que têm aumentado em número em todas as cidades do mundo, como são conhecidas as aglomerações dos quimiodependentes nas cidades, onde vivem em função única e exclusivamente das drogas que as estão destruindo a cada dia, vemos como o trabalho de Satanás outro não é senão “matar, roubar e destruir” (Jo.10:10), uma demonstração clarividente de que o diabo é “homicida desde o princípio” (Jo.8:44).

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Levar um viciado à conversão e ao serviço a Deus exige um trabalho especial. O álcool e as drogas escravizam os homens, fazendo-os seus dependentes. Não é fácil para um homem escravo do álcool e das drogas libertar-se assim tão rapidamente.

- É preciso um trabalho sério, espiritual, psicológico, social e médico. Daí a importância das casas de recuperação para esses viciados que, aceitando a Cristo, desejam libertar-se das drogas; ou desejando libertar-se das drogas, acabam aceitando a Cristo como seu Salvador.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Na evangelização dos quimiodependentes, devemos evitar dois extremos:

a) o entendimento de que sempre haverá uma libertação radical e imediata do vício pelo poder do nome de Jesus, o que nem sempre ocorre. O cego de Betsaida, por exemplo, não passou a ver imediatamente (Mc.8:22-26);

b) a confusão entre evangelização e a ação social, ou seja, achar que “evangelizar os dependentes químicos” é encaminhá-los a casas de recuperação, a terapias como a dos Alcoólicos Anônimos ou Narcóticos Anônimos.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- A evangelização dos quimiodependentes deve ser feita de tal maneira que haja uma parceria entre as igrejas locais e estabelecimentos especializados na recuperação dos quimiodependentes, no seu tratamento, as chamadas “casas de recuperação”. Experiência exitosas são a Missão Batista Cirstolândia e o Ministério Desafio Jovem, iniciado por David Wilkerson (1931-2011).

- Lamentavelmente, as casas de recuperação são, via de regra, desprezadas pelas igrejas locais e perseguidas pelo governo, máxime quanto evidenciado seu caráter evangelístico.

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VI – A EVANGELIZAÇÃO DOS MORADORES DE RUA E DOS HABITANTES DAS ÁREAS EXCLUÍDAS DA SOCIEDADE URBANA

- A evangelização dos moradores de rua apresenta uma primeira dificuldade, pois tais pessoas estão tão marginalizados na sociedade que é como se não existissem, como se fossem “fantasmas”.

- As pessoas nem sequer notam a sua presença e elas não fazem qualquer diferença para os indivíduos, já que não são considerados em quaisquer estatísticas.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Esta indiferença chega também às igrejas locais, já que no dia-a-dia, tais pessoas não são levadas em conta. Assim, ir ao seu encontro para lhes levar a mensagem do Evangelho já é um grande esforço, pois é preciso que a membresia reconheça que elas existem e que precisam de salvação.

- A evangelização destas pessoas, ademais, envolve um treinamento e preparação específicos pois, no mais das vezes, são pessoas que se encontram em situação extremamente lamentável, sendo usuários de drogas, pessoas sem qualquer autoestima, que têm um dia-a-dia traumático e trágico, buscando a sobrevivência a todo custo e que, não raras vezes, são também alvo de possessão demoníaca, a exigir, portanto, também um preparo espiritual redobrado, com oração e jejum.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- O episódio do endemoninhado gadareno (Mt.8:28-34; Mc.5:1-20; Lc.8:26-39) é um exemplo bíblico que se deve tomar para comprovar a necessidade de evangelização destas pessoas.

- Aqui também há de se evitar a confusão entre a evangelização e a simples obra de ação social, que também é desenvolvida e, para vergonha da Igreja, com muito mais intensidade por grupos religiosos que propagam a salvação pelas obras, como é o caso dos espíritas

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- A evangelização deste segmento exige a conjugação da proclamação do Evangelho com a ação social, visto que tais pessoas precisam ser salvas e se tornar “sal da terra” e “luz do mundo” e isto implica na sua reinserção na sociedade, o que exige esta assistência que vai além da proclamação da Palavra de Deus.

- Esta reinserção destes moradores de rua exige, também, a devida preparação da membresia, a superação do preconceito e da indiferença que, como vimos, faz com que estas pessoas sejam verdadeiros “fantasmas” no dia-a-dia da população.

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- As favelas são assentamentos urbanos informais densamente povoados caracterizados por moradias precárias e miséria.

- As favelas são áreas que, por não terem a presença do Estado, são regiões onde não há lei, onde a ausência da autoridade permite o surgimento de relações sociais diferenciadas e que não encontram similaridade com as demais áreas das cidades, sendo certo que são regiões muito propícias a caírem sob o domínio do crime organizado, de um “poder paralelo”, o que faz com que se criem códigos de comportamento diferenciados a exigir, portanto, da parte da Igreja, ante esta “subcultura”, uma “inculturação”, que exija um treinamento e preparação para a pregação do Evangelho.

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Lição 6 – A evangelização dos grupos desafiadores

- Apesar desta realidade de domínio de esmagadora maioria das favelas por parte do crime organizado, é oportuno afirmar que não devemos, em absoluto, confundir os moradores de favelas com criminosos.

- A evangelização das favelas exige uma “inculturação” dos evangelizadores e toda uma estratégia que permita não só a transformação dos indivíduos, mas da própria área, com a urbanização das favelas, no investimento da qualidade das pessoas e numa mentalidade geral em toda a sociedade de acolhida de apreço pelos habitantes das favelas. A transformação social operada pelo Evangelho deve ser complementada pela ação do Estado e da sociedade.