liberte-se da obsessão - lar harmonia · do evangelho no lar, da oração, etc. mas, além disso,...

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P ara que alguém se livre da obsessão tem que primeiro tomar consciência de que existe um fator espiritual estranho, influenciando o seu psiquismo e interferindo no seu comportamento. para adquirir essa certeza há que recorrer a pessoas que conhecem o assunto, para que realizem um diag- nóstico efetivo de que tal influência espiritual perniciosa, externa, sobre sua mente, existe mesmo. ou se não é uma psicopatia tratável pela psi- coterapia convencional. sem dúvida, em sendo constata- da obsessão, o caso será encami- nhado para o tratamento, conhecido como desobsessão. paralelamente a essa pneumoterapia, existe uma con- duta complementar a ser seguida, isto é, apoios pneumoterapêuticos como: freqüência a reuniões doutrinárias, recebimento de ener- gias através de passes, leituras de livros específicos, adoção da prática do evangelho no Lar, da oração, etc. Mas, além disso, deve o obsedia- do começar a se inquirir, não apenas do “porquê” da obsessão, pois os motivos normalmente são fáceis de constatar, mas sobre o “para quê” de sua obsessão. Ficando apenas numa análise regressiva, identificará seus proble- mas psíquicos, que serviram de via de acesso à ação obsessiva. Mas, a busca do “para quê” ficou obsediado, é muito mais rica e transformadora. a visão de comportamentos pas- sados conduz a mudança em alguns modos de ser. todavia, a busca do sentido da patologia espi- ritual dirige para um encontro com a necessidade da individuação. toda e qualquer doença, física ou psíquica, é uma exigência para uma análise sobre o sentido que se está dando à própria existência. Qual o empenho para cumprimento da de- signação pessoal. a obsessão, sendo um fenômeno espiritual, indica a necessidade de um encontro com a espiritualidade. Geralmente, as pessoas são reli- giosas, mas isto não significa que tenham espiritualidade, ou seja, a qualidade de ser espiritual. a religião pode ser um mero rótulo social, a espiritualidade é um modo de ser do indivíduo. por isso é necessário que se encare a obsessão como sendo um convite a um encontro com o numi- noso em si mesmo, não apenas no externo. pois, em sendo necessário uma terapia espiritual, que exige mudança de comportamento, o aprendizado de uma nova maneira de encarar a vida e a atitude renova- da face à religião, o fenômeno obsessivo é um chamamento à ordem, uma forma do inconsciente convidar, de forma drástica, para uma nova postura da consciência face à existência que está em curso. estando você obsediado, busque dedicar mais atenção ao novo cami- nho que ela lhe convida a trilhar, pois isto é o que a sua vida necessita, para mais facilmente cumprir o seu desígnio, realizar sua individuação. Liberte-se da obsessão Por Djalma argollo 27/09 - Domingo - 9 às 13h seminário: psicologia, Mediunidade e obsessão adenáuer novaes / sede da FLh 25/10 - Domingo - 9 às 13h seminário: Libertando-se da obsessão djalma argollo / sede da FLh 29/10 - Quinta-feira - 20h evento do núcleo Jurídico 29/11 - Domingo - 9 às 13h seminário: amor, sexo e espiritualidade adenáuer novaes / sede da FLh 06/12 - Domingo - 7h Caminhada e Café da Manhã 12/12 - Sábado - 19h encontro com as religiões Calendário 2009 Ano VI | Nº 69 | Setembro de 2009 4 4 Missão: Contribuir para o despertar do ser huMano eM todas as suas diMensões. Rua Deputado Paulo Jackson, 560 - Piatã Mais Informações: 71 3286 7796 harmonia 69:harmonia 39.qxd 22/09/2009 11:41 page 1

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Para que alguém se livre daobsessão tem que primeirotomar consciência de que

existe um fator espiritual estranho,influenciando o seu psiquismo einterferindo no seu comportamento.para adquirir essa certeza há querecorrer a pessoas que conhecem oassunto, para que realizem um diag-nóstico efetivo de que tal influênciaespiritual perniciosa, externa, sobresua mente, existe mesmo. ou se nãoé uma psicopatia tratável pela psi-coterapia convencional.

sem dúvida, em sendo constata-da obsessão, o caso será encami -nhado para o tratamento, conhecidocomo desobsessão. paralelamente aessa pneumoterapia, existe uma con-duta complementar a ser seguida,isto é, apoios pneumoterapêuticoscomo: freqüência a reuniõesdoutrinárias, recebimento de ener-gias através de passes, leituras delivros específicos, adoção da práticado evangelho no Lar, da oração, etc.

Mas, além disso, deve o obsedia-do começar a se inquirir, não apenasdo “porquê” da obsessão, pois osmotivos normalmente são fáceis deconstatar, mas sobre o “para quê” desua obsessão.

Ficando apenas numa análiseregressiva, identificará seus proble-mas psíquicos, que serviram de viade acesso à ação obsessiva. Mas, abusca do “para quê” ficou obsediado,é muito mais rica e transformadora.

a visão de comportamentos pas-sados conduz a mudança emalguns modos de ser. todavia, abusca do sentido da patologia espi -ritual dirige para um encontro com anecessidade da individuação. todae qualquer doença, física oupsíquica, é uma exigência para umaanálise sobre o sentido que se estádando à própria existência. Qual oempenho para cumprimento da de -signação pessoal.

a obsessão, sendo um fenômenoespiritual, indica a necessidade deum encontro com a espiritualidade.Geralmente, as pessoas são reli-giosas, mas isto não significa quetenham espiritualidade, ou seja, aqualidade de ser espiritual. a religiãopode ser um mero rótulo social, aespiritualidade é um modo de ser do

indivíduo.por isso é necessário que se

encare a obsessão como sendo umconvite a um encontro com o numi-noso em si mesmo, não apenas noexterno. pois, em sendo necessáriouma terapia espiritual, que exigemudança de comportamento, oaprendizado de uma nova maneirade encarar a vida e a atitude renova-da face à religião, o fenômenoobsessivo é um chamamento àordem, uma forma do inconscienteconvidar, de forma drástica, parauma nova postura da consciênciaface à existência que está em curso.

estando você obsediado, busquededicar mais atenção ao novo cami -nho que ela lhe convida a trilhar, poisisto é o que a sua vida necessita,para mais facilmente cumprir o seudesígnio, realizar sua individuação.

Liberte-se da obsessãoPor Djalma argollo

27/09 - Domingo - 9 às 13h

seminário: psicologia, Mediunidade eobsessãoadenáuer novaes / sede da FLh

25/10 - Domingo - 9 às 13h

seminário: Libertando-se da obsessãodjalma argollo / sede da FLh

29/10 - Quinta-feira - 20h

evento do núcleo Jurídico

29/11 - Domingo - 9 às 13h

seminário: amor, sexo eespiritualidadeadenáuer novaes / sede da FLh

06/12 - Domingo - 7h

Caminhada e Café da Manhã

12/12 - Sábado - 19h

encontro com as religiões

Calendário 2009

Ano VI | Nº 69 | Setembro de 200944

Missão: Contribuir para o despertar do ser huMano eM todas as suas diMensões.

Rua Deputado Paulo Jackson, 560 - PiatãMais Informações: 71 3286 7796

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adenáuer novaes

Professores

ano Vi l nº 69l setembro de 2009

Éuma pena que tenhamos tão

poucos políticos com for-

mação em pedagogia. talvez esse

devesse ser o principal requisito para

quem desejasse ingressar na car-

reira. o profissional de pedagogia

ocupa sua mente com a tarefa de

educar, de transformar e de facilitar

a compreensão das potencialidades

do outro. É na tarefa de educar que

ele atinge a excelência de sua mis-

são, tornando-se o real agente de

transformação da sociedade. sua

valorização tem tido pouca atenção

dos governos e até mesmo da

própria sociedade que, de forma

cruel, o expõe à violência e à intimi-

dação de infratores, a salários avil-

tantes e escolas desaparelhadas e

sem conservação. a evolução do

espírito, enquanto imerso no corpo

físico, depende sobremaneira da

escola e de bons professores. a tare-

fa de educar não pertence só aos

pais, mas, principalmente à escola,

onde a criança passa mais tempo do

que em companhia deles.

A educação é a chavepara a paz e o

desenvolvimento das sociedades

A obsessão indica anecessidade de um encontro

com a espiritualidade

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O universo conspira a nossofavor. Será que nós

conspiramos a nosso favor?

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Há alguns meses, uma fun-cionária de um dos hospitaisonde eu trabalho, veio falar

comigo:- doutor, me ajude! eu não con-

sigo mais trabalhar no setor que euestou.

eu lhe perguntei:-e por que você não quer sair do

setor?- não quero?- respondeu, ela,

indignada.- É, não quer.- pois eu até já ameacei pedir

demissão, se não me transferissem.- Mas eu não estou perguntando

o que você disse, e, sim, o porquêde você não querer sair. Você temcompetência para trabalhar emvários setores desse hospital,então, o que é que está lhe pren-dendo nesse setor?

ela parou e rapidamente enten-deu o que eu estava querendodizer:

- o que eu faço, várias colegasjá tentaram e não conseguiram.

- então é sua vaidade que estálhe prendendo.

- pode ser - reconheceu, ela.- Coloque na balança o que é

bom e o que é ruim. se as coisasboas prevalecerem, continue lá epare de reclamar.

duas semanas depois, ela veiofalar comigo, sorridente:

- estou em outro setor.

e eu, irônico,perguntei-lhe:

- Mas não eravocê que não con-seguia transferên-cia?

Contei esse fatopara ilustrar comonós sabotamos oque achamos quequeremos. acreditoque o universo, re -presentando as Leisdivinas, conspirama favor da nossaevolução, mas nós mesmos, muitasvezes, não concordamos com o quedesejamos, não agimos de acordocom o que dizemos que queremos,ou, no fundo, achamos que nãosomos merecedores de determi-nadas coisas.

Vejam um exemplo mundial:todos nós nos chocamos com asguerras, com as bombas, com aconduta orgulhosa, ambiciosa eegoísta de governantes pelomundo. reunimo-nos a clamar pelapaz, fazemos orações e campa -nhas. porém nos esquecemos queo mundo é composto por todos nós.esquecemos que a paz não existe,exatamente porque nós não agimosconsoantes com a paz, a harmoniae o respeito ao próximo. somosincapazes de perdoar as menoresagressões. Vejam o trânsito, quan-do alguém, que nem conhecemos e

que esqueceremos na próximacurva, nos dá uma fechada oucruza na nossa frente. Qual é anossa reação? procurar entenderas razões que levaram aquela pes-soa a fazer isso? de certo que não.

no âmbito pessoal, desejamosvárias coisas e sabemos o caminhopara conquistá-las, mas não oseguimos e ficamos a achar quedeus não olha para nós. Queremosganhar mais. sabemos que paraisso, precisamos nos capacitar me -lhor, estudar, fazer uma faculdade ànoite ou um curso de especializa-ção, mas achamos isso muito tra-balhoso. Queremos só ganhar mais.no fundo temos a certeza de quenão merecemos, porque não fize-mos por merecer.

tenho certeza de que o universoconspira a nosso favor, mas restauma pergunta: será que nós cons -piramos a nosso favor?

Por ShelDon menezeS

Ano VI | Nº 69 | Setembro de 200922

O universo conspira a nosso favor?

Jornalista responsávelCarla Aragão - Mtb 1843

ediçãoAdenáuer Novaes

reportagemAdenáuer Novaes, Djalma Argollo,

Fernando Santos, Rosemeire Fernandes e Sheldon Menezes.

design GráficoLuca Pedreira

apoioCIPÓ - Comunicação Interativa

impressão - Contraste Editora Gráficatiragem - 2000 exemplares

rua deputado paulo Jackson(antiga rua da Fazenda), 560 - piatã

salvador - bahia - brasil Fone 71 3286 7796

[email protected]

“o aMor É a Força propuLsora do uniVerso”

Expediente

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Arazão, sem o sentimento, é fria eimplacável como os números; e

os números podem servir comofatores de observação e catalogaçãoda atividade da vida, mas nunca acriaram. neste aspecto, Claudebernard defendeu a especificidadedos fenômenos vitais, pois a dimen-são físico-química, sob a qual a ciên-cia clássica firma seus postulados,não é capaz "de harmonizar os fenô-menos na ordem e na sucessão rela-tivas especialmente aos seres vivos".

no decorrer da história da medici-na diversos médicos buscaramresponder qual a essência da medici-na, obtendo respostas diferentes.Com isso, estabeleceram caminhosque parecem ser essencialmentediferentes, culminando na riqueza decorrentes de pensamento existentesna medicina atual.

no século XX, o enorme avanço

tecnológico consolidou o modeloreducionista e mecanicista que domi-na o pensamento da ciência médicaclássica, determinando uma compar-timentalização excessiva do cuidadoao indivíduo, como vemos pela multi-plicidade de especialidades médicase de terapêuticas complementares ealternativas, incluindo dentre estas apsicologia, conduzindo à perda pro-gressiva da visão global do ser. Épreciso uma integração entre estasidéias originais para entender a suainteração dinâmica naquilo que con-cebemos como binômio saúde-doença.

estamos frente a um novo para-digma para a humanidade, em parti -cular para a medicina, com a propos-ta de assistência holística à saúde,que contemple o ser humano inte-gral: mente, corpo e espírito. Comuma abordagem que assuma afunção de ponto de coalescência deinformações relacionadas a cada

indivíduo, a partir de

uma equipe multiprifissional e multi-disciplinar que o atenda em suasnecessidades.

para isto, não necessitamos defórmulas místicas, mágicas, como sede fato pudessem existir, mas simapreender que a sabedoria é con-quistada quando razão e sentimentoandam de mãos dadas. À exemplodas marcantes conquistas do huma -nismo no processo evolutivo dahumanidade. o ideal é que ambasas formas de atuação humana seintegrem, de tal forma que o compor-tamento se entrelace entre os doispa radigmas. para que isto seja pos-sível é necessário que a ciênciapasse a enxergar o ser humano deforma integral, conectado a umaimensa rede invisível, que englobatodas as coisas, do micro ao macro-cosmo, valorizando principalmente aintegração da espiritualidade à vidahumana, fortalecendo o princípio deque o binômio saúde-doença englo-ba o indivíduo (o todo) e não a parte(o orgão ou sistema), e assim deveser abordado.

Por FernanDo SantoS

Falamos muito em cidadania ena importância da atuação decada indivíduo na sua cons -

trução. também registramos que osdireitos humanos não são oferta-dos. ao contrário, resultam de lutase ações sociais. têm que ser con-quistados, construídos.

É a nossa capacidade de organi-zação, de participação e de inter-venção sociais que nos conduzem àconstrução dos direitos humanos e,portanto, da Cidadania. e, quantomelhor for a educação de um povo,maior será a sua consciência socialcrítica, nos campos individual ecoletivo, e mais efetiva a suacapacidade de transformação social.

É através da educação que o serhumano torna-se apto a desenvolverplenamente as suas potenciali-dades, habilitando-se a ser partícipecons ciente e ativo na construção daprópria história. “a educação do

gênero humano é cada vez maisentendida como a chave para a paze o desenvolvimento dassociedades e para a realização efelicidade das pessoas”1. em facedisso, por que ainda nãoalcançamos a educação ideal?

a educação, talvez o maishumano dos direitos, é univer-salmente reconhecida como a molapropulsora do progresso material emoral da humanidade. apesardisso, e talvez exatamente por isso,não tem recebido a atençãonecessária, embora todo oarcabouço legal e a obrigaçãodaqueles investidos no poder. semdúvida que, “tornar efetivo o direitoà educação é, portanto, uma tarefafundamental dos estados de direitodos nossos dias”2. sem educação,não há democracia.

desde 1948, a declaraçãouniversal dos direitos humanos fixaque “a educação deve visar o plenodesenvolvimento da personalidadehumana, de modo a habilitar cada

pessoa a desempenhar um papelútil numa sociedade livre e a pro-mover a compreensão, a tolerânciae a amizade entre todas as naçõese grupos, raciais, étnicos e reli-giosos”.

reconhecido em nossos diascomo um direito Fundamental, odireito à educação de qualidade éindispensável e indivisível dosrestantes direitos. “o direito à edu-cação é o mais humano dos direitosfundamentais”3 exatamente porque,uma vez concretizado, vai instru-mentalizar todos os outros direitos.para fazer valer os direitos, mesmoaqueles já assegurados por lei, épreciso que o cidadão os conheça ese aproprie deles.

1prof. dr. antónio pedro barbashomem, in habeas educationem, doprof. Carlos rátis, pg. 11.

2rátis, Carlos. habeaseducationem, ed. Juspodium, 2009,pg.12.

3idem, pg. 17.

Ano VI | Nº 69 | Setembro de 2009 33

Educação: o mais humano dos direitosPor roSemeire FernanDeS

A sabedoria emerge da interação

entre razão e sentimento

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