libertador das amarras mundanas
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Hino a Ramakrishna Khandana BhavaTRANSCRIPT
Destruidor dos laços mundanos
Um hino para Ramakrishna
Composição original em bengali de Swami Vivekananda. Tradução para o
inglês de Christopher Isherwood. Revisão de Irmão William.
Destruidor dos laços mundanos, amado por todos os homens, eu o adoro.
Imaculado, encarnado em forma humana, Ó purificador, você está acima das três gunas¹.
Divino Conhecimento, não a carne; matéria do cosmos, joia do mundo. Deixe-me olhar profundamente em seus olhos, neles brilha a Sabedoria Divina capaz de me despertar do feitiço de Maya.
Deixe-me agarrar firmemente aos seus pés e atravessar as turbulências do mundo rumo à segurança.
Ó embriagado de amor, amante da divina intoxicação, os caminhos de
todos os yogas em você se encontram. Senhor dos mundos, você é meu, filho do meu tempo, fácil de ser
alcançado. Ó Misericordioso, se aos poucos me aproximo de Deus nas minhas súplicas, é somente pela sua graça, pois todas as suas austeridades foram praticadas
em meu favor. Quão grande foi o seu sacrifício, ao escolher livremente nascer na prisão da
Idade de Ferro², para fazer-me um ser livre.
Ó Perfeito, a luxúria não pode corrompê-lo, nem a paixão ou o ouro chegar perto.
Ó mestre de todos os renunciantes, encha o meu coração de amor por você. Você dissipou todo o medo e a dúvida ao permanecer firme na visão de Deus.
Refúgio de todos aqueles que abdicaram fama, fortuna e amigos. Sem receio algum, você me abriga, e o grande oceano do mundo em toda a
sua fúria parece encolhido numa poça d’água numa pegada no barro.
As palavras nem a mente podem contê-lo, mesmo assim, sem você não posso falar nem pensar.
Amor, você que não é parcial a ninguém, somos todos iguais diante do seu olhar. Removedor das minhas aflições, eu o saúdo, ainda que eu seja cego.
Venha à caverna escura do meu coração e ilumine-a, Luz das luzes.
1. As três gunas - sattvas, rajas e tamas - são consideradas as constituintes do
mundo material em vários sistemas filosóficos hindus.
2. Kaliyuga, a quarta grande era, dita como sendo de grande obscuridade
espiritual, mas durante a qual é ainda fácil se tornar espiritualmente realizado.