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2ª Conferência da REDE de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos 1° Congresso Brasileiro de Avaliação de Impacto cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc Associação Brasileira de Avaliação de Impacto Este trabalho foi recebido pela Comissão Cientifica e pertence aos anais do Congresso. O conteúdo do trabalho é de inteira responsabilidade do autor. LEVANTAMENTO E CONSERVAÇÃO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COUTO MAGALHÃES Sheiza Daianne Carvalho Ferreira 1 , Fabiana Angélica Santos Rodrigues Ferreira 1 , Cláudio Veloso Mendonça 1 , Pablo Vinícius Clemente Mathias 1 , Fábio Antônio de Oliveira 1 , Jeremiah Jadrien Barbosa 1 , Renato Cardoso Barbosa 1 , Tiago Guimarães Junqueira 1 , Luana Barbosa Monteiro 1 , Carla Patrícia Pereira Alves 1 e Paulo Cesar Rodrigues 1 . contato: [email protected] 1 Biólogos; Biota Projetos e Consultoria Ambienta. Fone: 62 3945 2461. Rua 86 - C nº 64. CEP 74083-360 - Setor Sul - Goiânia - Goiás - Brasil RESUMO Os mamíferos são importantes para a manutenção da qualidade do ambiente. Os morcegos frugívoros, os marsupiais e algumas espécies de carnívoros e ungulados, como os porcos-do-mato e a anta, são notáveis dispersores de sementes e atuam nos processos de regeneração dos ecossistemas que habitam. O objetivo deste trabalho foi inventariar e caracterizar os mamíferos na área do AHE Couto Magalhães, municípios de Alto Araguaia-MT e Santa Rita do Araguaia-GO. Foram amostradas 9 áreas, sendo 3 na AII; 3 na AID; 2 na AID e ADA e 1 na ADA. Os registros foram realizados em duas campanhas, período seco e chuvoso, através de métodos diretos e indiretos que incluíram entrevistas com moradores locais, armadilhas fotográficas, armadilhas de captura e busca por vestígios tais como carcaças, fezes entre outros. Ao longo de 45 dias de campo foram registradas 69 espécies de mamíferos terrestres, voadores e semi-aquáticos. Da riqueza encontrada foi registrada a presença de 19 espécies que estão ameaçadas de extinção. Dentre a mastofauna registrada, alguns grupos podem ser destacados como bioindicadores: os pequenos mamíferos, que possuem uma estreita relação com microhabitats ou habitats específicos e algumas espécies de morcegos sensíveis às mudanças ambientais, como representantes da subfamília Phyllostominae, pois algumas espécies parecem ter sua abundância relativa negativamente influenciada pela ação antrópica. Mamíferos topo de cadeia alimentar ou próximos também podem ser citados, porque podem ser afetados por qualquer mudança nos outros níveis tróficos. Palavras-chave: inventário, mamíferos, empreendimento hidrelétrico. INTRODUÇÃO O Cerrado é um dos maiores biomas brasileiros, perdendo em área apenas para o bioma Amazônico. Seu território compreende 1.783.200 km 2 e estima-se que apenas 356.630 km 2 deste total estejam intactos (SCARIOT, et al, 2005). Esta perda em extensão de território natural foi um dos critérios que classificaram e elevaram o Cerrado a hot spot(ALHO, 2005). Historicamente este bioma sempre foi pressionado

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2ª Conferência da REDE de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos 1° Congresso Brasileiro de Avaliação de Impacto

cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc Associação Brasileira de Avaliação de Impacto

Este trabalho foi recebido pela Comissão Cientifica e pertence aos anais do Congresso. O conteúdo do trabalho é de inteira responsabilidade do autor.

LEVANTAMENTO E CONSERVAÇÃO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COUTO MAGALHÃES

Sheiza Daianne Carvalho Ferreira1, Fabiana Angélica Santos Rodrigues Ferreira1, Cláudio Veloso Mendonça1, Pablo Vinícius Clemente Mathias1, Fábio Antônio de Oliveira1, Jeremiah Jadrien Barbosa1, Renato Cardoso Barbosa1, Tiago Guimarães Junqueira1, Luana Barbosa Monteiro1, Carla Patrícia Pereira Alves1 e Paulo Cesar Rodrigues1.

contato: [email protected]

1 Biólogos; Biota Projetos e Consultoria Ambienta. Fone: 62 3945 2461. Rua 86 - C nº 64. CEP 74083-360 - Setor Sul - Goiânia - Goiás - Brasil

RESUMO Os mamíferos são importantes para a manutenção da qualidade do ambiente. Os morcegos frugívoros, os marsupiais e algumas espécies de carnívoros e ungulados, como os porcos-do-mato e a anta, são notáveis dispersores de sementes e atuam nos processos de regeneração dos ecossistemas que habitam. O objetivo deste trabalho foi inventariar e caracterizar os mamíferos na área do AHE Couto Magalhães, municípios de Alto Araguaia-MT e Santa Rita do Araguaia-GO. Foram amostradas 9 áreas, sendo 3 na AII; 3 na AID; 2 na AID e ADA e 1 na ADA. Os registros foram realizados em duas campanhas, período seco e chuvoso, através de métodos diretos e indiretos que incluíram entrevistas com moradores locais, armadilhas fotográficas, armadilhas de captura e busca por vestígios tais como carcaças, fezes entre outros. Ao longo de 45 dias de campo foram registradas 69 espécies de mamíferos terrestres, voadores e semi-aquáticos. Da riqueza encontrada foi registrada a presença de 19 espécies que estão ameaçadas de extinção. Dentre a mastofauna registrada, alguns grupos podem ser destacados como bioindicadores: os pequenos mamíferos, que possuem uma estreita relação com microhabitats ou habitats específicos e algumas espécies de morcegos sensíveis às mudanças ambientais, como representantes da subfamília Phyllostominae, pois algumas espécies parecem ter sua abundância relativa negativamente influenciada pela ação antrópica. Mamíferos topo de cadeia alimentar ou próximos também podem ser citados, porque podem ser afetados por qualquer mudança nos outros níveis tróficos. Palavras-chave: inventário, mamíferos, empreendimento hidrelétrico. INTRODUÇÃO O Cerrado é um dos maiores biomas brasileiros, perdendo em área apenas para o bioma Amazônico. Seu território compreende 1.783.200 km2 e estima-se que apenas 356.630 km2 deste total estejam intactos (SCARIOT, et al, 2005). Esta perda em extensão de território natural foi um dos critérios que classificaram e elevaram o Cerrado a “hot spot” (ALHO, 2005). Historicamente este bioma sempre foi pressionado

2ª Conferência da REDE de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos 1° Congresso Brasileiro de Avaliação de Impacto

cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc Associação Brasileira de Avaliação de Impacto

Este trabalho foi recebido pela Comissão Cientifica e pertence aos anais do Congresso. O conteúdo do trabalho é de inteira responsabilidade do autor.

pela implantação de culturas e é considerado a última fronteira agrícola do planeta (BORLAUG, 2002). A avaliação da diversidade da fauna tem sido um meio eficaz de valoração dos biomas brasileiros, em especial, o Cerrado. Nesse contexto, deve-se levar em consideração também que muitas das informações básicas da diversidade de vertebrados do Cerrado só têm se tornado conhecidas graças aos estudos e programas ambientais executados por empreendimentos hidrelétricos. A mastofauna do Cerrado, apesar de altamente diversificada (195 espécies) apresenta baixa taxa de endemismos (n=18 ou 9,2%) (REIS et al., 2006; 2011) , com 51% das espécies de mamíferos encontradas no Cerrado também encontradas na Amazônia, 38% na Caatinga, 49% no Chaco e 58% na Floresta Atlântica (REDFORD & FONSECA, 1986; MARINHO-FIHO & REIS, 1989). Marinho-Filho & Guimarães (2001) consideram que as retrações e expansões das ‘Matas de Galeria’ ao longo do quaternário, favoreceram a manutenção de espécies relacionadas aos ambientes úmidos (mésicos) encontradas nessas matas. Esta hipótese é corroborada pela ausência de mamíferos com especializações para ambientes xéricos, como seria esperado para o Cerrado, haja vista este Bioma apresentar secas bem marcadas (SILVA et al., 2008). Contudo, deve-se salientar que as taxas de endemismo do Cerrado variam de grupo para grupo e entre grupos, pois dependem muito do nível do conhecimento taxonômico. Todavia, a presença de espécies endêmicas mostra que, ao contrário do que se assumiu por algum tempo (VANZOLINI, 1974, 1976), o Cerrado possui fauna própria, distinta daquela presente nas Caatingas e no Chaco (RODRIGUES, 1988; COLLI, 2003). Ela resulta de uma história bastante complexa, associada ao soerguimento dos Planaltos Brasileiro e das Guianas no final do Cretáceo e durante o Terciário, e à instalação na área de uma vegetação original e sua modificação desde então (COLLI, 2003). Objetivou-se com este trabalho inventariar e caracterizar os mamíferos na área da AHE Couto Magalhães, municípios de Alto Araguaia-MT e Santa Rita do Araguaia-GO. DESENVOLVIMENTO A energia hidráulica corresponde a 80,0% da fonte energética do país e a indústria é o setor que exige a maior demanda (BALANÇO ENERGÉTICO,2011). De 2009 para 2010 houve aumento de 13,0% na demanda energética por este setor no Brasil. Esta exigência tende a aumentar à medida que o país fortalece sua indústria. Considerando a oferta hídrica abundante inúmeros projetos de empreendimentos hidrelétricos vem sendo propostos. Os grandes projetos de construção de hidrelétricas no Brasil visam não apenas a produção de energia, mas são também a base de apoio para o processo de industrialização e expansão de novas tecnologias para a produção nacional (BORTOLETO, 2001). No entanto, vários são os problemas gerados por esse tipo de empreendimento, os quais são percebidos tanto no âmbito ambiental quanto no social. O alagamento de áreas de agricultura, florestas, a abertura de novas estradas e canteiros de obras, bem como a saída de populações atingidas (LEÃO, 2008). Área de estudo O AHE Couto Magalhães está inserido na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Araguaia, nos municípios de Santa Rita do Araguaia (GO) e Alto Araguaia (MT). (Figura 1).

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Figura 1 – Descrição e localização das regiões de amostragem para mamíferos,

nos estudos ambientais do AHE Couto Magalhães, rio Araguaia, MT/GO.

Metodologia

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Este trabalho foi recebido pela Comissão Cientifica e pertence aos anais do Congresso. O conteúdo do trabalho é de inteira responsabilidade do autor.

As nove regiões estudadas foram escolhidas em função de sua importância no contexto do empreendimento, sendo distribuídas nas três áreas de influência consideradas do estudo de impacto ambiental, AII - Área de Influência Indireta, AID - Área de Influência Direta e a ADA - Área Diretamente Afetada. (Quadro 1).

Quadro 1 - Descrição e localização das áreas

Região Descrição Coordenadas em UTM

1 (AII)

Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO). Área de difícil acesso em função do solo arenoso, com vegetação predominante de cerrado senso restrito e cerradão na bacia do ribeirão Zeca Novato.

266368/ 8055416

2 (AII)

Localizada no município de Alto Araguaia (MT) as margens do ribeirão do Sapo. Ocorrem Vereda, Mata de Galeria e Cerrado senso restrito.

256813/ 8058111

3 (AID)

Localizada no município de Alto Araguaia (MT) nas margens do ribeirão Claro e do córrego Coqueiro. Área com Mata Ciliar, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem).

258556/ 8092722

4 (ADA)

Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO) às margens do rio Babilônia, cujas fisionomias são Mata Ciliar, Cerradão, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem).

270827/ 8093966

5 (AID)

Localizada no município de Alto Araguaia (MT). Na bacia do ribeirão Claro, próximo à estrada MT-100, área com Mata de Galeria, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem).

266207/ 8093324

6 (AID,ADA)

Localizada no município de Alto Araguaia (MT), próximo a foz do ribeirão Claro, na margem esquerda do rio Araguaia. Mata Ciliar e Floresta estacional semidecidual, influenciados por áreas de pastagens.

270079/ 8096950

7 (AID, ADA)

Localizada no município de Alto Araguaia (MT) as margens do rio Araguaia incluindo o local da cachoeira Couto de Magalhães. Mata Ciliar, Floresta estacional semidecidual, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagem e plantações).

274627/ 8105697

8 (AII)

Localizada no município de Alto Araguaia (MT) na margem esquerda do rio Araguaia, a aproximadamente 30km a jusante da área do empreendimento. Mata Ciliar, Mata de Galeria, Cerrado senso restrito e Ambiente Antrópico (pastagens).

280453/ 8116712

9 (inserido na

Região 4) (AID - “Área

Controle”)

Localizada no município de Santa Rita do Araguaia (GO) na margem direita do rio Babilônia. Ambiente com Mata Ciliar, Floresta estacional semidecidual. Esta região foi escolhida como controle por apresentar bom estado de conservação.

273337/ 8088563

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O estudo contemplou 45 dias de atividades em campo, realizados entre 14 de abril e 14 de maio e entre 18 de junho e 1 de julho de 2009. Para que os dados levantados retratassem a riqueza de espécies da área da maneira mais fiel possível, foram utilizadas diferentes técnicas de campo, descritas a seguir: a) Capturas de pequenos mamíferos (roedores e marsupiais) por meio de armadilhas. Foram usadas armadilhas de captura-viva (“live traps”) no modelo gaiola (tipo Tomahawk) em cada uma das nove regiões amostrais e instaladas três linhas (1, 2 e 3) com 30 armadilhas e 15 estações de captura cada, sendo que cada estação continha duas armadilhas, uma sob o solo e a outra elevada (entre 1 e 3 metros de altura). b) Captura de mamíferos voadores por meio de redes As técnicas mais usuais para a amostragem deste grupo de mamíferos são a rede-neblina (ou “mist-net”) e a busca ativa em abrigos naturais (ocos de árvores, cavernas, galerias subterrâneas) e artificiais (construções abandonadas) (KUNZ, 1990). c) Captura de Mamíferos de médio e grande porte Foram adotadas as três técnicas que mais se destacam para este grupo:

Varreduras

Consiste na buscas de vestígios (pegadas, restos alimentares, fezes, tocas) (BECKER & DALPONTE, 1991; OLIVEIRA & CASSARO, 1999; CHAME, 2003) e fortuitas visualizações. Foram efetuadas a pé ou de carro por 15 dias em cada campanha, nos períodos matutino e vespertino, perfazendo um total de 180 horas, considerando cinco horas por região/fase. Para avaliação da mastofauna aquática realizaram-se vistorias às margens de rios e córregos, assim como de lancha ao longo do leito do rio Araguaia, tanto a montante quanto a jusante da cachoeira Couto de Magalhães.

Armadilhas fotográficas (camera-traps) Foram utilizadas 18 armadilhas fotográficas (“camera-traps”), modelo Tigrinus, distribuídas aos pares nas nove regiões amostrais.

Entrevistas As entrevistas foram realizadas com os moradores mostrando-se figuras de várias espécies e questionando o entrevistado sobre a ocorrência ou não daquela espécie na área, ou de forma indireta, quando apenas são recolhidas as informações, sem interferência do entrevistador.

A lista de espécies, instrumento primário para as análises subsequentes, segue o ordenamento taxonômico de Wilson & Reeder (2005). A lista foi composta considerando-se àquelas espécies identificadas em campo e as espécies de provável ocorrência na área sob influência, diretamente afetada, direta e indireta do AHE Couto Magalhães, baseada na literatura disponível, tais como Emmons (1990), Nowak (1991), Redford & Eisenberg (1992), Eisenberg & Redford (1999), Reis et al. (2006; 2011), Reis et al. (2007), Wilson & Reeder (1996 e 2005), além daquelas citadas na introdução. O status de conservação das espécies segue a Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (IBAMA, 2003) e os parâmetros conservacionistas da IUCN (2009), assim como os preconizados pela lista CITES (2009).

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CONCLUSÕES O diagnóstico da mastofauna das áreas de influência do AHE Couto Magalhães registrou 69 espécies de mamíferos terrestres, voadores e semi-aquáticos. Este levantamento identificou uma riqueza de espécies expressiva, quando comparada aos outros levantamentos no Cerrado e permitiu identificar a ocorrência de pelo menos 16 espécies ameaçadas de extinção. Nos estudos anteriores para a região a diversidade registrada foi sempre menor (36 espécies em 1998; 25 espécies em 2000 e; 47 espécies em 2002), comparativamente 16 espécies registradas nos estudos anteriores não foram observadas em 2009, indicando que a diversidade de mamíferos na região pode chegar a 85 espécies.

Quadro 2 - Espécies diagnosticadas

Táxon Nome popular CP HA LO HAB

DIDELPHIMORPHIA

Didelphidae

Caluromys philander cuíca-lanosa II fru/omn

arb MC/MG/FE

Chironectes minimus cuíca-d'água III pis/her

ter/saq

MC

Didelphis albiventris gambá-de-orelha-branca

III/IV fru/omn

esc MC/MG/FE/CE/AA Gracilinanus agilis cuíca, gaiquica I ins/o

mn arb MC/MG/FE/C

E/CD Lutreolina crassicaudata cuíca III car ter MG

Marmosa murina cuíca, marmosa I ins/omn

esc MC/MG/FE/CE Micoureus demerarae cuíca II ins/o

mn arb MG

CINGULATA

Dasypodidae

Cabassous unicinctus tatu-rabo-de-couro

IV ins ter AA

Priodontes maximus tatu-canastra V ins/omn

ter MG

Dasypus novemcinctus tatu-galinha IV ins/omn

ter MG/AA

Euphractus sexcinctus tatu-peba IV/V omn ter MC/AA

PILOSA

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira

V ins ter MS/MG/CE/AA Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim V ins esc MG

PRIMATES

Cebidae

Sapajus libidinosus macaco-prego IV omn arb MC/FE

Callithrix penicillata sagui III omn arb MG

Atelidae

Alouatta caraya bugio V omn arb FE

LAGOMORPHA

Leporidae

Sylvilagus brasiliensis tapiti, lebrinha III her ter MC/FE/CE/CD

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Táxon Nome popular CP HA LO HAB

CHIROPTERA

Mormoopidae

Pteronotus gymnonotus morcego I ins voa FE

Pteronotus parnellii morcego I ins voa FE/MC/MG

Phyllostomidae

Desmodus roundus morcego-vampiro I hem voa MC/FE

Anoura caudifer morcego I fru/pol

voa MC

Anoura geoffroyi morcego I fru/pol

voa MC/MG/AA

Glossophaga soricina morcego I fru/pol

voa MC/MG/FE/CE/AA Phyllostomus hastatus morcego I omn voa FE

Carollia perspicillata morcego I fru/pol

voa MC/MG/FE/CE/AA Rhinophylla pumilio morcego I fru/po

l voa AA

Artibeus planirostris morcego I her voa FE/CE/AA

Artibeus lituratus morcego I her voa FE

Platyrrhinus lineatus morcego I Ins/pol

voa MC/FE/CE/AA

Sturnira lilium morcego I her voa MC/MG

Vampyressa pussila morcego I her voa FE

Molossidae

Eumops sp. morcego I ins voa CE/AA

Eumops glaucinus morcego I ins voa CE

Molossops temminckii morcego I ins voa CE/AT

CARNIVORA

Felidae

Leopardus pardalis jaguaritica V car ter MC/CE

Leopardus tigrinus gato-do-mato-pequeno

IV car esc CE

Leopardus colocolo gato-palheiro IV car ter CE

Puma concolor onça-parda, suçuarana

V car ter MC/MG/CE

Puma yagouaroundi gato-mourisco IV car ter FE/CE/AA

Canidae

Cerdocyon thous cachorro-do-mmmmator

V omn ter FE/CE/CD/VE/AA Chrysocyon brachyurus lobo-guará V omn ter MG/FE/CE

Lycalopex vetulus raposa V omn ter AA

Mustelidae

Eira barbara irara, papa-mel IV/V omn esc MG

Galictis cuja furão IV car ter AA

Mephitidae

Conepatus semistriatus jaratataca IV omn ter CE

Procyonidae

Nasua nasua quati IV/V omn esc FE/MG/CE

Procyon cancrivorus mão-pelada IV/V omn ter MC/CE

PERISSODACTYLA

Tapiridae

Tapirus terrestris anta V her ter FE/CE/AA

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Táxon Nome popular CP HA LO HAB

ARTIODACTYLA

Tayassuidae

Pecari tajacu cateto V her ter MC

Cervidae

Mazama americana veado-mateiro V her ter CE/AA

Mazama gouazoubira veado-catingueiro V her ter CE/AA

RODENTIA

Cricetidae

Euryoryzomys cf. nitidus rato-do-mato II omn esc MG

Holochilus sciureus rato-d'água II her saq MC

Rhipidomys macrurus rato-do-mato I her esc MC/MG/FE/CE Necromys lasiurus rato-do-mato I omn ter CE/AA

Nectomys rattus rato-d'água II omn saq MC/MG

Oecomys bicolor rato-da-árvore II her arb MC/MG/FE

Oecomys cf. mamorae rato-da-árvore II her arb FE/CD

Oecomys sp. rato-da-árvore II her arb FE/MC

Oligoryzomys sp. rato-do-mato I omn ter FE

Hylaeamys megacephalus

rato-do-mato II omn esc MC/MG/FE

Cerradomys sp. rato-do-mato I/II fru/omn

ter MG/VE

Oxymycterus delator rato-do-mato I/II ins/omn

fos VE

Caviidae

Cavia aperea preá II her ter AA

Hydrochoerus hydrochaeris hydrochaeris

capivara V her saq MC

Cuniculidae

Cuniculus paca paca V her ter MG/MC

Dasyproctidae

Dasyprocta azarae cutia IV her ter MC/MG/FE/CE/CD/AACCD Echimyidae

Proechimys cf. longicaudatus

rato-de-espinho II her arb MC/FE

Muridae

Rattus rattus rato-preto II omn ter AA Legenda: classes de peso (CP)

* hábito (HA) * locomoção (LO) * habitat (HAB) *

I ... >= 100g pol = polinívoro arb = arborícola MC= Mata Ciliar

II 101 >= 500g ins = insetívoro ter = terrestre MG= Mata de Galeria

III 501 >= 1000g omn = omnívoro saq = semi-aquático MS= Mata Seca

IV 1001 >= 5000g car = carnívoro voa = voador CD= Cerradão

V 5001 > ... her = herbívoro fos = semi-fossorial CE= Cerrado stricto sensu

fru = frugívoro esc = escansorial VE= Vereda

hem = hematófago AA= Ambiente Antrópico

pis = piscívora

*Fonseca et al. (1996), Eisenberg & Redford (1999)

A riqueza total observada foi de 69 espécies de dez ordens, 23 famílias e 59 gêneros. Esta diversidade pode ser considerada alta, por incluir 35,3% dos mamíferos do

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Cerrado brasileiro (REIS et al., 2006; 2011) e 82,7% dos registrados por Rodrigues et al. (2002) para o Parque Nacional da Emas, incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção. Dentre a mastofauna registrada, alguns grupos podem ser destacados como bioindicadores: os pequenos mamíferos, que possuem uma estreita relação com microhabitats ou habitats específicos e algumas espécies de morcegos sensíveis às mudanças ambientais, como representantes da subfamília Phyllostominae, pois algumas espécies parecem ter sua abundância relativa negativamente influenciada pela ação antrópica. Mamíferos topo de cadeia alimentar ou próximos também podem ser citados, porque podem ser afetados por qualquer mudança nos outros níveis tróficos. Em comparação com a AID e ADA, a AII apresentou 15 espécies exclusivas, também se destacando neste aspecto, sendo: três morcegos (Vampyressa pusilla, Molossops temminckii, Phyllostomus hastatus), um xenartro (Dasypus novemcinctus, tatu galinha), quatro carnívoros (Procyon cancrivorus, mão-pelada; Conepatus semistriatus, jaratataca; Leopardus colocolo, gato palheiro; L. tigrinus, gato do mato), cinco roedores (Cavia aperea, preá; Euryoryzomys cf. nitidus, rato do mato; Oxymycterus delator, rato-focinhudo; Rattus rattus, rato-preto; Cerradomys sp., rato do mato) e dois marsupiais (Lutreolina crassicaudata, cuíca; Micoureus demerarae, cuíca). Em comparação com a AII e ADA, a AID apresentou dez espécies exclusivas: um morcego (Pteronotus gymnonotous), dois primatas (Alouatta caraya, bugio; Callithrix penicillata, sagui), dois xenartros (Priodontes maximus, tatu canastra; Tamandua tetradactyla, tamanduá-mirim), um marsupial (Chironectes minimus, cuíca-d´água), três carnívoros (Eira Barbara, irara; Lycalopex vetulus, raposinha; Nasua nasua, quati) e um roedor (Oligoryzomys sp., camundongo do mato). Em relação aos mamíferos aquáticos, foram realizados transectos no rio e pontos de avistamentos, porém não houve registros a jusante e a montante da cachoeira Couto de Magalhães. Em relação a espécies endêmicas, no caso do presente estudo, considera-se endêmica a espécie com ocorrência restrita para ao Cerrado. Neste sentido uma única espécie foi encontrada: Lycalopex vetulus (raposinha do campo). Contudo grande número de espécies identificadas são regularmente associadas como típicas de formações savânicas ou estépicas ou de zonas ecotonais com florestas, entre elas temos o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), a cuíca (Lutreolina crassicaudata), o tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o tatu canastra (Priodontes maximus), o macaco prego (Sapajus libidinosus), o gato palheiro (Leopardus colocolo), a jaratataca (Conepatus semistriatus), todos registrados em campo.

Na área de estudo foram detectadas 16 espécies ameaçadas, ou 23,2 % das registradas. Essas se encontram distribuídas desta forma: dez na lista nacional, oito na lista da IUCN e 14 no CITES. Desse total, cinco espécies, ou seja, 7,3% do total deste inventário ou 31,3% das ameaçadas foram comuns as três áreas analisadas: Leopardus colocolo, L. tigrinus, Priodontes maximus, Chrysocyon brachyurus e Myrmecopha tridactyla, indicando um grau de ameaça comum em toda a área de distribuição dessas espécies. A lista CITES é a mais inclusiva contendo três espécies, consideradas comuns, mas com forte pressão sobre suas populações: Cerdocyon thous, Puma yagouaroundi e Callithrix penicillata.

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Este trabalho foi recebido pela Comissão Cientifica e pertence aos anais do Congresso. O conteúdo do trabalho é de inteira responsabilidade do autor.

Quadro 3 - Espécies de mamíferos registrados para a região do AHE Couto Magalhães, caracterizados como ameaçados.

Táxon Nome comum IBAMA IUCN CITES

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira vu qa II

Priodontes maximus tatu canastra vu vu I

Sapajus libidinosus macaco-prego qa --- II

Alouatta caraya bugio qa --- II

Callithrix penicillata sagui --- --- II

Tapirus terrestris anta --- vu II

Cerdocyon thous cachorro-do-mato --- --- II

Chrysocyon brachyurus lobo-guará vu qa II

Puma concolor ssp. sussuarana vu, qa --- I

Puma yagouaroundi jaguarundi --- --- II

Leopardus pardalis ssp. jaguatirica vu --- I

Leopardus tigrinus gato-do-mato vu vu I

Leopardus colocolo gato-palheiro vu qa II

Pecari tajacu cateto --- --- II

Mazama americana veado-materio --- dd ---

Dasyprocta azarae cutia qa dd ---

Legenda: ssp

: algumas de suas subespécies são ameaçadas, como elas não são bem definidas, foram consideradas nesta listagem. Para lista federal e estadual: Cr, criticamente em perigo; dd, dados deficientes; ep, em perigo; vu, vulnerável; qa, quase ameaçada; --, não consta (modificado de Fonseca et al., 1994; IBAMA, 2003; IUCN, 2012); para lista CITES: apêndice I, espécies ameaçadas, cujo comércio pode afetar suas populações ; apêndice II, espécies ameaçadas ou não, cujo comércio pode potencialmente afetar as suas populações (CITES, 2012).

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