leucemia aguda mielóide helena cabral mariela rodrigues natália andré turma 1

48
Leucemia Aguda Leucemia Aguda Mielóide Mielóide Helena Cabral Helena Cabral Mariela Rodrigues Mariela Rodrigues Natália André Natália André Turma 1 Turma 1

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

117 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Leucemia Aguda Leucemia Aguda MielóideMielóide

Helena CabralHelena CabralMariela RodriguesMariela Rodrigues

Natália AndréNatália AndréTurma 1Turma 1

Page 2: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Leucemia mielóide agudaLeucemia mielóide aguda

Infiltração do sangue, medula óssea e outros tecidos por células neoplásicas da linha mielóide do sistema hematopoiético

Evolução rápida com atingimento de células ainda imaturas, que ficam assim impedidas de funcionar normalmente

É causada por um defeito genético adquirido no DNA de células em desenvolvimento na medula óssea, levando a:

• Proliferação exagerada de células imaturas e acumulação de blastos

• Bloqueio da hematopoiese normal, levando à diminuição de glóbulos rubros (anemia), plaquetas (trombocitopenia) e leucócitos, principalmente neutrófilos (neutropenia)

Page 3: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

IncidênciaIncidência3,6/100.000 pessoas por ano (EUA)Forma predominante de leucemia no período pré-natalIncidência aumenta com a idade15-20% das leucemias agudas em crianças80% das leucemias agudas em adultosMais frequente no sexo masculino

EtiologiaEtiologiaEm muitos casos de LAM, a causa não é evidente. No entanto, há vários factores associados a um risco mais elevado.

Predisposição genética – Síndrome de Down, Klinefelter (XXY) e Patau (trissomia 13) associados com maior incidência de LAM

Doenças hematológicas – síndromes mielodisplásicos Exposição a altas doses de radiação - por ex, Nagasaki e Hiroshima. A radiação

terapêutica tem um risco muito reduzido, aumentando no entanto quando associada a determinados fármacos (por ex. agentes alquilantes usados em quimioterapia)

Medicamentos – agentes alquilantes, inibidores da topoisomerase II e outros Exposição a químicos - por ex, benzeno na indústria farmacêutica, pesticidas e

vários componentes do fumo do tabaco

Não há qualquer evidência de etiologia viral.

Page 4: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

ClassificaçãoClassificação1. Morfológica e citoquímica

◦ ≥20% mieloblastos no sangue e/ou medula óssea (OMS)◦ Pontuado basófilo fino; 2 a 5 grandes nucléolos por célula◦ Grânulos citoplasmáticos “Auer rods”◦ Reacção mieloperoxidase + em >3% dos blastos – Dx diferencial com LAL

2. Imunofenotípica ◦ Citometria de fluxo, com células marcadas com atc monoclonais para atg de

superfície

3. Cromossómica ◦ Anomalias citogenéticas (patognomónico): t(15;17)(q22;q12) em M3 e inv(16)

(p13;q22) em M4Eo

◦ Anomalias cromossómicas: t 11q23 em M5, t(8;21) e t(15;17) em pacientes mais novos e del(5q) e del(7q) em pacientes mais velhos

4. Molecular ◦ Vários genes estão envolvidos na génese da leucemia. As alterações moleculares

encontradas são usadas para diagnóstico e detecção de doença residual, após o tratamento.

Page 5: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

French-American-British French-American-British ClassificationClassification

M0M0 Minimally differentiated leukemiaMinimally differentiated leukemia

M1M1 Myeloblastic leukemia without Myeloblastic leukemia without maturationmaturation

M2M2 Myeloblastic leukemia with Myeloblastic leukemia with maturationmaturation

M3M3 Hypergranular promyelocytic Hypergranular promyelocytic leukemialeukemia

M4M4 Myelomonocytic leukemiaMyelomonocytic leukemia

M4EM4Eoo

Variant: increase in abnormal Variant: increase in abnormal marrow eosinophilsmarrow eosinophils

M5M5 Monocytic leukemiaMonocytic leukemia

M6M6 ErythroleukemiaErythroleukemia

M7M7 Megakaryoblastic leukemiaMegakaryoblastic leukemia

World Health Organization ClassificationWorld Health Organization Classification

II AML with recurrent genetic abnormalitiesAML with recurrent genetic abnormalities

AML with t(8;21)(q22;q22); AML1(CBFAML with t(8;21)(q22;q22); AML1(CBFαα)/ETO)/ETO

AML with abnormal bone marrow eosinophilsAML with abnormal bone marrow eosinophils

Acute promyelocytic leukemiaAcute promyelocytic leukemia

AML with 11q23 (MLL) abnormalitiesAML with 11q23 (MLL) abnormalities

IIII AML with multilineage dysplasiaAML with multilineage dysplasia

Following a myelodysplastic syndrome or myelodysplastic Following a myelodysplastic syndrome or myelodysplastic syndrome/myeloproliferative disordersyndrome/myeloproliferative disorder

Without antecedent myelodysplastic syndromeWithout antecedent myelodysplastic syndrome

IIIIII AML and myelodysplastic syndromes. Therapy-relatedAML and myelodysplastic syndromes. Therapy-related

Alkylating agent-relatedAlkylating agent-related

Topoisomerase type II inhibitor-relatedTopoisomerase type II inhibitor-related

Other typesOther types

IVIV AML not otherwise categorizedAML not otherwise categorized

AML minimally differentiatedAML minimally differentiated

AML without maturationAML without maturation

AML with maturationAML with maturation

Acute myelomonocytic leukemiaAcute myelomonocytic leukemia

Acute monoblastic and monocytic leukemiaAcute monoblastic and monocytic leukemia

Acute erythroid leukemiaAcute erythroid leukemia

Acute megakaryoblastic leukemiaAcute megakaryoblastic leukemia

Acute basophilic leukemiaAcute basophilic leukemia

Acute panmyelosis with myelofibrosisAcute panmyelosis with myelofibrosis

Myeloid sarcomaMyeloid sarcoma

Page 6: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Alterações cromossómicasAlterações cromossómicas

Alteração Alteração cromossómicacromossómica

Associação morfológicaAssociação morfológica PrognósticoPrognóstico

Trissomia 8 (20%)Trissomia 8 (20%) VariávelVariável Alta taxa de sucesso da Alta taxa de sucesso da induçãoindução

Monossomia 7Monossomia 7 M2, M4, M5M2, M4, M5 Baixa resposta ao txBaixa resposta ao tx

Monossomia 5, del(5q)Monossomia 5, del(5q) M1, M2M1, M2

t(8;21)8q22;122) (10%)t(8;21)8q22;122) (10%) M2M2, M4, M4 Resposta favorável ao txResposta favorável ao tx

t(15;17)(q22;q11-12)t(15;17)(q22;q11-12) M3M3 Resposta favorável ao txResposta favorável ao tx

t(9;11)(p22;q23)t(9;11)(p22;q23) M5M5, M4, M2, M4, M2 Resposta favorável ao txResposta favorável ao tx

del(11)(q22-23)del(11)(q22-23) M5M5, M4, M2, M4, M2 Alto riscoAlto risco

Inv(16)(p13;q22), Inv(16)(p13;q22), del(16q)del(16q)

M4EoM4Eo, M2, M5, M2, M5 Bom prognósticoBom prognóstico

t(6;9)(p23;q34) (2%)t(6;9)(p23;q34) (2%) M1, M2, M4, Basofilia na M1, M2, M4, Basofilia na MOMO

Baixa resposta ao txBaixa resposta ao tx

t(9;22)(q34;q11)t(9;22)(q34;q11) M1M1

Page 7: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

ClínicClínicaaSintomas

• Consequência da anemia

Fadiga, palidez, anorexia e perda de peso

• Consequência da trombocitopenia

Alterações da hemostase (hemorragias, petéquias e equimoses frequentes) (5%)

• Consequências da leucopenia e presença de blastos

Febre com ou sem infecção identificada (10%)

Dor óssea ou articular, linfadenopatia

Atingindo o cérebro e medula espinhal pode provocar cefaleias e vómitos.

Muito raramente, aparecem sarcomas granulocíticos ou cloromas.

Sinais Febre, esplenomegalia, hepatomegalia, linfadenopatia, e evidência de infecção e hemorragias

15% dos doentes apresentam hemorragia na retina

Page 8: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Achados hematológicosAchados hematológicos

- Anemia (geralmente normocrómica, normocítica)- Anemia (geralmente normocrómica, normocítica)Diminuição dos reticulócitos e da sobrevida dos eritrócitosDiminuição dos reticulócitos e da sobrevida dos eritrócitosHemorragias activasHemorragias activas

- Alterações funcionais e morfológicas dos neutrófilos- Alterações funcionais e morfológicas dos neutrófilosAlteração da fagocitose e migraçãoAlteração da fagocitose e migraçãoLobulação e granulação alteradasLobulação e granulação alteradas

- Trombocitopenia- TrombocitopeniaDiminuição da produção e da sobrevida das plaquetasDiminuição da produção e da sobrevida das plaquetasPlaquetas grandes e bizarras, com granulação anormalPlaquetas grandes e bizarras, com granulação anormalIncapacidade de agregaçãoIncapacidade de agregação

Avaliação pré-tratamentoAvaliação pré-tratamentoEstudo da história clínica, exame físico, exames complementares de diagnóstico Estudo da história clínica, exame físico, exames complementares de diagnóstico (laboratoriais e radiológicos), acompanhado de aconselhamento ao paciente.(laboratoriais e radiológicos), acompanhado de aconselhamento ao paciente.

Deve-se clarificar o subtipo de LAM e avaliar a integridade funcional de sistemas e Deve-se clarificar o subtipo de LAM e avaliar a integridade funcional de sistemas e orgãos, para poder decidir qual o tipo de tratamento mais adequado e poder avaliar o orgãos, para poder decidir qual o tipo de tratamento mais adequado e poder avaliar o prognóstico da doença.prognóstico da doença.

Page 9: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Factores prognósticosFactores prognósticos (influenciam a entrada em remissão completa, a duração dessa mesma remissão e a possibilidade de cura da LAM)

Estudando o sangue e medula óssea:

◦ Neutrófilos (sangue) ≥ 1500 µL ◦ Plaquetas ≥ 100000 µL ◦ Blastos circulantes ausentes (<5% na medula óssea) ◦ Presença de 3 linhagens em maturação na medula óssea, com celularidade > 20% ◦ Leucemia extramedular não deve estar presente Nota: A [Hb] e o hematócrito não são considerados.

Para doentes em remissão completa, são usadas técnicas de RT-PCR e FISH para se detectar doença residual e assim avaliar a necessidade de tratamento adicional e/ou alternativo.

Page 10: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Factores de risco para o tratamento

Idade ao diagnóstico – quanto mais avançada a idade, pior o prognóstico (LAM mais resistente)

• Doenças crónicas concomitantes – limitam a tolerância à terapêutica rígida da LAM

• Achados cromossómicos e marcadores celulares

• Bom prognóstico: t(8;21), inv(16) e t(15;17)

• Mau prognóstico: inv(3)

• Intervalo sintomático prolongado com citopenias a preceder o diagnóstico; doenças hematológicas prévias – diminuição do tempo de sobrevivência do doente (quando mais prolongada a doença, menor a resposta à quimioterapia)

• Leucócitos muito elevados durante a remissão completa (>100000 uL) – a duração da remissão completa é inversamente relacionada com a contagem de leucócitos ou mieloblastos circulantes

Page 11: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Diagnósticos diferenciaisDiagnósticos diferenciais

Leucemia aguda em crianças com síndrome de Down deve Leucemia aguda em crianças com síndrome de Down deve distinguir-se de doença mieloproliferativa transitóriadistinguir-se de doença mieloproliferativa transitória

Pseudoleucemia (situação em que o aspecto da MO é Pseudoleucemia (situação em que o aspecto da MO é semelhante à leucemia promielocítica) resultante de semelhante à leucemia promielocítica) resultante de agranulocitose por Pseudomonas aeruginosa ou induzida agranulocitose por Pseudomonas aeruginosa ou induzida por drogas – os valores de plaquetas podem ser normais por drogas – os valores de plaquetas podem ser normais mas a leucopenia é mais acentuada que na LAM e os mas a leucopenia é mais acentuada que na LAM e os promielócitos não tem “Auer rods”promielócitos não tem “Auer rods”

Reacções do tipo “leucémico” e pancitopenias não-Reacções do tipo “leucémico” e pancitopenias não-leucémicas devem distinguir-se da LAM pela ausência de leucémicas devem distinguir-se da LAM pela ausência de blastos leucémicos no sangue ou MO.blastos leucémicos no sangue ou MO.

Page 12: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

TRATAMENTOTRATAMENTO

2 fases:2 fases: Indução (CR)Indução (CR) Pós-remissão (prolongar sobrevida e Pós-remissão (prolongar sobrevida e

curar)curar)

Nota: muito importante a influência da Nota: muito importante a influência da idadeidade

Page 13: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

INDUÇÃOINDUÇÃO

QT com citarabina e antraciclinaQT com citarabina e antraciclina

Antimetabolito específico para a fase

S do ciclo celular

Interfere na síntese de

DNA

Inibe a topoisomerase II,

originando quebras do DNA

Page 14: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1
Page 15: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Depois da indução, faz-se o estudo Depois da indução, faz-se o estudo da MO para determinar se leucemia foi da MO para determinar se leucemia foi eliminada.eliminada.

Se existirem Se existirem >5% dos blastos com >5% dos blastos com ≥20% celularidade, o doente tem de ≥20% celularidade, o doente tem de retomar o tx com citarabina e retomar o tx com citarabina e antraciclinaantraciclina em doses similares às em doses similares às iniciais.iniciais.

Em doentes que falham a CR depois Em doentes que falham a CR depois de 2 induções, opta-se por transplante de 2 induções, opta-se por transplante alogénico das stem cells, se existir um alogénico das stem cells, se existir um dador apropriado.dador apropriado.

Page 16: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Cuidados de suporte:Cuidados de suporte:

Vigiar níveis de granulócitosVigiar níveis de granulócitos Vigiar níveis de plaquetasVigiar níveis de plaquetas CVCCVC Vigiar níveis de GR e manter níveis de Vigiar níveis de GR e manter níveis de

Hb Hb >80g/L>80g/L Assegurar sangue necessário para Assegurar sangue necessário para

transfusõestransfusões Estudo viralEstudo viral

Page 17: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

As As infecçõesinfecções são a maior causa de são a maior causa de mortalidade e morbilidade, durante a mortalidade e morbilidade, durante a indução e pós-remissão. indução e pós-remissão.

A administração profiláctica de antibióticos A administração profiláctica de antibióticos na ausência de febre é controversa. Em doentes na ausência de febre é controversa. Em doentes com febre, é instituída a administração de com febre, é instituída a administração de antibiótico (+ antifúngico, depois do 7ºdia). A antibiótico (+ antifúngico, depois do 7ºdia). A vancomicina é usada se houver suspeita de vancomicina é usada se houver suspeita de Gram + ou mucosite ou em neutropénicos com Gram + ou mucosite ou em neutropénicos com febre há mais de 3 dias.febre há mais de 3 dias.

Para pacientes que têm atc para o vírus Para pacientes que têm atc para o vírus herpes simplex, a profilaxia com aciclovir é herpes simplex, a profilaxia com aciclovir é efectiva na prevenção de reactivação das efectiva na prevenção de reactivação das infecções.infecções.

Page 18: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

PÓS-REMISSÃOPÓS-REMISSÃO

Erradicar todas as células Erradicar todas as células leucémicas residuaisleucémicas residuais

Prevenir recaídas e aumentar a Prevenir recaídas e aumentar a sobrevidasobrevida<55/65 A:

QT intensiva e SCT alogénico ou

autólogo

>55/65 A:

QT ou SCT alogénico não mieloabelativo

ou

Novos agentes

Page 19: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

RECIDIVASRECIDIVAS

Factores que predispõem a recidiva:Factores que predispõem a recidiva:

- duração da CR- duração da CR

- CR em 1 ou 2 fases- CR em 1 ou 2 fases

- tipo de terapia pós-remissão- tipo de terapia pós-remissão

Page 20: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Para doentes com Para doentes com >60 A: >60 A:

gemtuzumab ozogamicina – atc gemtuzumab ozogamicina – atc antiCD33 ligado a caliqueanicina antiCD33 ligado a caliqueanicina (antibiótico antitumoral)(antibiótico antitumoral)

Page 21: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

BibliografiaBibliografia

Kasper, Braunwald, Fauci, Hauser, Longo, Jameson. Kasper, Braunwald, Fauci, Hauser, Longo, Jameson. Harrison’s Principles Harrison’s Principles of Internal Medicineof Internal Medicine McGraw-Hill (2005) 16 McGraw-Hill (2005) 16th th Edition Edition

Lee, Bithell, Foerster, Athens, Lukens. Lee, Bithell, Foerster, Athens, Lukens. Wintrobe’s Clinical Hematology Wintrobe’s Clinical Hematology 22ndnd volume volume Lea & Febiger (1993) 9 Lea & Febiger (1993) 9thth Edition Edition

Williams, Beutler, Erslev, Lichtman. Williams, Beutler, Erslev, Lichtman. HematologyHematology McGraw-Hill (1990) 4 McGraw-Hill (1990) 4thth Edition Edition

The Leukemia & Lymphoma Society – The Leukemia & Lymphoma Society – www.leukemia-lymphoma.orgwww.leukemia-lymphoma.org National Cancer Institute - National Cancer Institute - http://www.meds.com/pdq/myeloid_pro.htmlhttp://www.meds.com/pdq/myeloid_pro.html OncoLink Abramson Cancer Center of the University of Pennsylvania – OncoLink Abramson Cancer Center of the University of Pennsylvania –

www.oncolink.comwww.oncolink.com Massachusetts General Hospital Cancer Center – Massachusetts General Hospital Cancer Center –

www.massgeneral.org/cancerwww.massgeneral.org/cancer Medline Plus Encyclopedia – Medline Plus Encyclopedia – www.nlm.nih.gov/medlinepluswww.nlm.nih.gov/medlineplus National Marrow Donor Program – National Marrow Donor Program – www.marrow.org/PATIENT/aml.htmlwww.marrow.org/PATIENT/aml.html Merck Manual 2Merck Manual 2ndnd Home Edition, online version – Home Edition, online version – www.merck.comwww.merck.com//mmhemmhe

Page 22: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

História ClínicaHistória Clínica

Page 23: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

MLPP, ♀, 71 anosMLPP, ♀, 71 anosReformadaReformada

Natural de Paços de Ferreira, reside Natural de Paços de Ferreira, reside em Freamundeem FreamundeCasada, 1 filhaCasada, 1 filha

Page 24: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA CLINICAHISTÓRIA CLINICA

Residiu 34 anos em França, durante os quais prestou Residiu 34 anos em França, durante os quais prestou serviços domésticos em casa de particular. serviços domésticos em casa de particular.

Regressou a Portugal em 2001, altura pela qual Regressou a Portugal em 2001, altura pela qual começaram a aparecer os primeiros sintomas, começaram a aparecer os primeiros sintomas, nomeadamente fadiga para pequenos esforços, sem nomeadamente fadiga para pequenos esforços, sem dor. Nega qualquer outra sintomatologia para além dor. Nega qualquer outra sintomatologia para além desta. Terá procurado o médico assistente, tendo este desta. Terá procurado o médico assistente, tendo este pedido análises sanguíneas as quais revelaram pedido análises sanguíneas as quais revelaram anemia.anemia.

Page 25: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA CLÍNICAHISTÓRIA CLÍNICA Refere agravamento dos sintomas, sobretudo Refere agravamento dos sintomas, sobretudo

cansaço, a partir de 2002, pelo que foi encaminhada cansaço, a partir de 2002, pelo que foi encaminhada para o Hospital de Penafiel. Aí terá realizado análises para o Hospital de Penafiel. Aí terá realizado análises sanguíneas. O médico assistente terá considerado o sanguíneas. O médico assistente terá considerado o encaminhamento para a consulta externa de encaminhamento para a consulta externa de Hematologia do HSJ a fim de realizar exames mais Hematologia do HSJ a fim de realizar exames mais precisos. Os exames complementares terão revelado precisos. Os exames complementares terão revelado anemia crónica, pelo que nesse mesmo ano realizou anemia crónica, pelo que nesse mesmo ano realizou transfusões sanguíneas. Desde então é seguida neste transfusões sanguíneas. Desde então é seguida neste

serviço com regularidade.serviço com regularidade.

Page 26: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA CLÍNICAHISTÓRIA CLÍNICA Refere uma transfusão a 11/03/2003 em virtude de Refere uma transfusão a 11/03/2003 em virtude de

um episódio agudo de agravamento da um episódio agudo de agravamento da sintomatologia. Durante este episódio refere também sintomatologia. Durante este episódio refere também a realização de mielograma, o qual apresentou a realização de mielograma, o qual apresentou alterações. Foi seguida semanalmente na consulta e alterações. Foi seguida semanalmente na consulta e de duas em duas semanas fazia análises sanguíneasde duas em duas semanas fazia análises sanguíneas. . Ter-lhe-ão dito que teria uma deficiência na produção Ter-lhe-ão dito que teria uma deficiência na produção dos componentes sanguíneos, por alteração da dos componentes sanguíneos, por alteração da medula óssea, tendo por isso de realizar transfusões medula óssea, tendo por isso de realizar transfusões regulares. regulares.

Page 27: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA CLÍNICAHISTÓRIA CLÍNICA Há cerca de 2 meses foi convocada para consulta no HSJ Há cerca de 2 meses foi convocada para consulta no HSJ

pois o hemograma e mielograma de rotina revelaram pois o hemograma e mielograma de rotina revelaram alterações alterações – blastos no sangue periférico associados – blastos no sangue periférico associados a trombocitopenia agravada; mielograma com 32% a trombocitopenia agravada; mielograma com 32% de blastos; citogenética normalde blastos; citogenética normal. Deu entrada a . Deu entrada a 16/11/2005 para a realização de protocolo de 16/11/2005 para a realização de protocolo de quimioterapia:quimioterapia:

início 53% de blastos;início 53% de blastos; a neutropenia foi transitória ;a neutropenia foi transitória ; após 12 dias de quimioterapia registou-se um aumento após 12 dias de quimioterapia registou-se um aumento

de linfócitos, tendo sido detectados blastos circulantes;de linfócitos, tendo sido detectados blastos circulantes; não fez 2ª dose de GO (Gemtuzumab Ozogamicina – anti não fez 2ª dose de GO (Gemtuzumab Ozogamicina – anti

CD 33) prevista para o 14º dia, tendo iniciado MICE ao CD 33) prevista para o 14º dia, tendo iniciado MICE ao 15º;15º;

ao 8º dia de MICE registou-se nova aplasia a qual durou ao 8º dia de MICE registou-se nova aplasia a qual durou 17 dias;17 dias;

a avaliação da medula óssea pós–arranque revelou a avaliação da medula óssea pós–arranque revelou critérios morfológicos e fenotípicos de remissão critérios morfológicos e fenotípicos de remissão completa.completa.

Page 28: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA CLÍNICAHISTÓRIA CLÍNICA A 16/01/2006 foi internada para iniciar o protocolo de A 16/01/2006 foi internada para iniciar o protocolo de

quimioterapia de consolidação:quimioterapia de consolidação: doente bem disposta, com exame físico sem doente bem disposta, com exame físico sem

alterações de novo;alterações de novo; teve uma infecção ocular – celulite/blefarite – a qual teve uma infecção ocular – celulite/blefarite – a qual

foi tratada e já se encontra resolvida;foi tratada e já se encontra resolvida; plano: rotinas, avaliação da função cardíaca e plano: rotinas, avaliação da função cardíaca e

quimioterapia conforme o protocolo.quimioterapia conforme o protocolo.

Dada a idade da doente não se equaciona o Dada a idade da doente não se equaciona o transplante de medula.transplante de medula.

Page 29: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA MÉDICA HISTÓRIA MÉDICA PRÉVIAPRÉVIA

Sarampo aos 6 anos de idade;Sarampo aos 6 anos de idade; Varicela em idade que não sabe precisar;Varicela em idade que não sabe precisar; Hipertensa desde os 50 anos, medicada e controlada Hipertensa desde os 50 anos, medicada e controlada

(não sabe precisar medicação);(não sabe precisar medicação); Diabética insulino–dependente desde 2003;Diabética insulino–dependente desde 2003; Nega dislipidemia;Nega dislipidemia; Refere terapêutica com cortisona há 7 anos para um Refere terapêutica com cortisona há 7 anos para um

problema ósseo que não sabe precisar;problema ósseo que não sabe precisar; Menarca aos 14 anos, menopausa aos 54 anos, Menarca aos 14 anos, menopausa aos 54 anos,

medicada com terapêutica hormonal de substituição;medicada com terapêutica hormonal de substituição; Refere apendicectomia há cerca de 30 anos; há cerca Refere apendicectomia há cerca de 30 anos; há cerca

de 5 anos realizou cirurgia ao joelho em virtude de de 5 anos realizou cirurgia ao joelho em virtude de um traumatismo;um traumatismo;

Tirar véu atrás do útero aos 56 anos;Tirar véu atrás do útero aos 56 anos; Refere ter efectuado vacina anti-gripal;Refere ter efectuado vacina anti-gripal; Refere alergia à medicação hormonal de substituição Refere alergia à medicação hormonal de substituição

pelo que terá suspendido a mesma.pelo que terá suspendido a mesma.

Page 30: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA OCUPACIONAL HISTÓRIA OCUPACIONAL E AMBIENTALE AMBIENTAL

Consumo de 20g álcool/dia;Consumo de 20g álcool/dia; Refere viagem a França, terá permanecido 34 anos Refere viagem a França, terá permanecido 34 anos

naquele país;naquele país; Refere contacto com porcos, galinhas e cães.Refere contacto com porcos, galinhas e cães.

Page 31: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA FAMILIARHISTÓRIA FAMILIAR Mãe: refere asma e bronquite, terá falecido aos 80 Mãe: refere asma e bronquite, terá falecido aos 80

anos por problemas cardíacos;anos por problemas cardíacos; Pai: terá falecido aos 80 anos em consequência de um Pai: terá falecido aos 80 anos em consequência de um

carcinoma na próstata;carcinoma na próstata; Tem 8 irmãos sendo todos eles saudáveis.Tem 8 irmãos sendo todos eles saudáveis.

Page 32: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

HISTÓRIA SOCIALHISTÓRIA SOCIAL Não sabe ler nem escrever, não frequentou a escola;Não sabe ler nem escrever, não frequentou a escola; Vive em Freamunde com o marido em casa da filha, Vive em Freamunde com o marido em casa da filha,

boas condições.boas condições.

Page 33: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

INTERROGATÓRIO POR INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMASAPARELHOS E SISTEMAS

GeralGeral Nega intolerância ao frio ou ao calor bem como Nega intolerância ao frio ou ao calor bem como

qualquer tipo de exposição a radiações.qualquer tipo de exposição a radiações. Refere diminuição do peso habitual, fatigabilidade, Refere diminuição do peso habitual, fatigabilidade,

anemia, tendência a hemorragias e transfusões anemia, tendência a hemorragias e transfusões sanguíneas.sanguíneas.

Page 34: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

INTERROGATÓRIO POR INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMASAPARELHOS E SISTEMAS

Pele e FanerasPele e Faneras Refere equimoses fáceis. Refere queda do cabelo e Refere equimoses fáceis. Refere queda do cabelo e

alteração na textura das unhas após inicio de alteração na textura das unhas após inicio de quimioterapia.quimioterapia.

CabeçaCabeça Refere vertigens.Refere vertigens.OlhosOlhos Refere uso de óculos desde há um ano por miopiaRefere uso de óculos desde há um ano por miopiaOuvidosOuvidos Nega qualquer sintomatologia ou patologiaNega qualquer sintomatologia ou patologiaNarizNariz Nega qualquer sintomatologia ou patologiaNega qualquer sintomatologia ou patologiaBoca e GargantaBoca e Garganta Tem dentes tratados, 2 implantesTem dentes tratados, 2 implantes

Page 35: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

INTERROGATÓRIO POR INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMASAPARELHOS E SISTEMAS

PescoçoPescoço Nega qualquer sintomatologia ou patologiaNega qualquer sintomatologia ou patologiaTóraxTórax Refere tosse e asmaRefere tosse e asmaCardíacoCardíaco Nega palpitações ou dor torácica.Nega palpitações ou dor torácica. É hipertensa desde os 50 anos (vide supra historia É hipertensa desde os 50 anos (vide supra historia

médica prévia)médica prévia) Último ECG estava normalÚltimo ECG estava normalVascularVascular Nega edemas, refere dor nas pernasNega edemas, refere dor nas pernasMama e GenitalMama e Genital Refere realização de mamografia e Refere realização de mamografia e

colpocervicocitologia anuais; os últimos não revelaram colpocervicocitologia anuais; os últimos não revelaram alteraçõesalterações

Page 36: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

INTERROGATÓRIO POR INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMASAPARELHOS E SISTEMAS

GastrointestinalGastrointestinal Refere diminuição do apetite.Refere diminuição do apetite. Nega hematemeses ou melenas.Nega hematemeses ou melenas.UrinárioUrinário Nega qualquer sintomatologia ou patologiaNega qualquer sintomatologia ou patologiaMúsculo – EsqueléticoMúsculo – Esquelético Refere diminuição da força muscular e ciatalgiaRefere diminuição da força muscular e ciatalgiaNeurológicoNeurológico Nega qualquer sintomatologia ou patologia.Nega qualquer sintomatologia ou patologia.

Page 37: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO OBSERVAÇÃO GERALOBSERVAÇÃO GERAL

Doente consciente, colaborante e orientado no tempo, Doente consciente, colaborante e orientado no tempo, espaço e em relação aos outros. Razoável estado espaço e em relação aos outros. Razoável estado geral e nutricional. Idade aparente superior à idade geral e nutricional. Idade aparente superior à idade real. Sem posição preferencial no leito. Queda total real. Sem posição preferencial no leito. Queda total do cabelo devido à quimioterapia. Hidratado. Pele e do cabelo devido à quimioterapia. Hidratado. Pele e mucosas sem palidez e cianose e anictéricas.mucosas sem palidez e cianose e anictéricas.

SINAIS VITAISSINAIS VITAISPulso Arterial RadialPulso Arterial Radial = 78 pulsações/minuto; = 78 pulsações/minuto; rítmico, amplo, regular, simétrico e sustentadorítmico, amplo, regular, simétrico e sustentadoP.AP.A = 140/75 mmHg (MSE, posição sentado) = 140/75 mmHg (MSE, posição sentado)F.RF.R = 11 ciclos/minuto, regular = 11 ciclos/minuto, regularT. AxilarT. Axilar = 37,2º C = 37,2º C

DADOS ANTROPOMÉTRICOSDADOS ANTROPOMÉTRICOSAltura: Altura: 1,55 m1,55 m Peso: Peso: 54,2 Kg54,2 Kg

IMC: IMC: 22,56 Kg/m22,56 Kg/m22

Page 38: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO CABEÇACABEÇA

CrânioCrânio: sem dismorfias, cicatrizes ou tumefacções.: sem dismorfias, cicatrizes ou tumefacções. FaceFace: mímica facial simétrica. Corrugação da fronte normal. Sem : mímica facial simétrica. Corrugação da fronte normal. Sem

tumefacções e telangiectasias. Sem dor à palpação dos seios tumefacções e telangiectasias. Sem dor à palpação dos seios perinasais.perinasais.

OlhosOlhos: diminuição da acuidade visual (usa óculos). Sem edema : diminuição da acuidade visual (usa óculos). Sem edema palpebral. Mobilidade palpebral e ocular normal. Conjuntivas palpebral. Mobilidade palpebral e ocular normal. Conjuntivas coradas e hidratadas. Escleróticas anictéricas.coradas e hidratadas. Escleróticas anictéricas.

OuvidosOuvidos: Pavilhões auriculares com implantação, configuração e : Pavilhões auriculares com implantação, configuração e consistência normais. Sem ulcerações, nódulos ou escorrências. consistência normais. Sem ulcerações, nódulos ou escorrências. Canais auditivos externos sem lesões e sem escorrências. Canais auditivos externos sem lesões e sem escorrências.

NarizNariz: septo em posição central. Sem escorrências, pólipos ou : septo em posição central. Sem escorrências, pólipos ou tumefacções.tumefacções.

BocaBoca: lábios com coloração normal, hidratados e sem lesões. Peças : lábios com coloração normal, hidratados e sem lesões. Peças dentárias em razoável estado de conservação. Mucosa bucal dentárias em razoável estado de conservação. Mucosa bucal hidratada e sem lesões. Língua e palato sem alterações. Orofaringe hidratada e sem lesões. Língua e palato sem alterações. Orofaringe sem sinais inflamatórios. Glândulas salivares de consistência e sem sinais inflamatórios. Glândulas salivares de consistência e dimensões normais. Sem nódulos e não dolorosas à palpação.dimensões normais. Sem nódulos e não dolorosas à palpação.

Page 39: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO PESCOÇOPESCOÇO

InspecçãoInspecção: Simétrico e sem tumefações. Ausência de : Simétrico e sem tumefações. Ausência de turgescência venosa jugular a 45ºe sem refluxo hepato-jugular.turgescência venosa jugular a 45ºe sem refluxo hepato-jugular.

PalpaçãoPalpação: Canal laríngeo-traqueal central, móvel e indolor. : Canal laríngeo-traqueal central, móvel e indolor. Pulsos carotídeos presentes bilateralmente, simétricos e rítmicos, Pulsos carotídeos presentes bilateralmente, simétricos e rítmicos, amplos, regulares e sustentados. Sem frémitos. Tiróide não amplos, regulares e sustentados. Sem frémitos. Tiróide não palpávelpalpável

AuscultaçãoAuscultação: Pulsos carotídeos sem sopros. Tiróide sem sopros.: Pulsos carotídeos sem sopros. Tiróide sem sopros.

Page 40: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO TÓRAXTÓRAX

Sem cicatrizes ou outras lesões cutâneas. Sem telangiectasias. Distribuição Sem cicatrizes ou outras lesões cutâneas. Sem telangiectasias. Distribuição pilosa de acordo com o sexo e idade.pilosa de acordo com o sexo e idade.

Sem deformidades e sem rede venosa superficial visível. Simétrico e de Sem deformidades e sem rede venosa superficial visível. Simétrico e de configuração normal.configuração normal.

APARELHO RESPIRATÓRIOAPARELHO RESPIRATÓRIO

InspecçãoInspecção: movimentos respiratórios de amplitude normal, rítmicos e com : movimentos respiratórios de amplitude normal, rítmicos e com relação expiração/inspiração normais. relação expiração/inspiração normais.

PalpaçãoPalpação: expansibilidade simétrica. Sem frémitos e sem dor à palpação. : expansibilidade simétrica. Sem frémitos e sem dor à palpação. Sem alteração na transmissão das vibrações vocais.Sem alteração na transmissão das vibrações vocais.

PercussãoPercussão: ressonância típica em toda a área pulmonar. Macicez abaixo do : ressonância típica em toda a área pulmonar. Macicez abaixo do 7º espaço intercostal direito – corresponde à área hepática.7º espaço intercostal direito – corresponde à área hepática.

AuscultaçãoAuscultação: sons respiratórios simétricos e normais. Ausência de sons : sons respiratórios simétricos e normais. Ausência de sons adventícios.adventícios.

ÁREA CARDÍACAÁREA CARDÍACA

InspecçãoInspecção: área de impulso máximo e outras pulsatilidades não visíveis: área de impulso máximo e outras pulsatilidades não visíveis PalpaçãoPalpação: área de impulso máximo não palpável. Ausência de frémitos: área de impulso máximo não palpável. Ausência de frémitos AuscultaçãoAuscultação: 1º e 2º sons cardíacos normais, rítmicos e regulares. 3º e 4º : 1º e 2º sons cardíacos normais, rítmicos e regulares. 3º e 4º

sons não audíveis. Ausência de outros sons.sons não audíveis. Ausência de outros sons.

Page 41: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO ABDOMÉNABDOMÉN

InspecçãoInspecção: Mobilidade normal com os movimentos : Mobilidade normal com os movimentos respiratórios. Sem circulação colateral, distensão ou respiratórios. Sem circulação colateral, distensão ou hérnias. Cicatriz umbilical de conformação e implantação hérnias. Cicatriz umbilical de conformação e implantação normal.normal.

PalpaçãoPalpação : indolor à palpação superficial e profunda e : indolor à palpação superficial e profunda e sem rigidez. Sem hepatoesplenomegalia palpável.sem rigidez. Sem hepatoesplenomegalia palpável.

PercussãoPercussão: timpanismo normal. Sem macicez variável nos : timpanismo normal. Sem macicez variável nos flancos. Sinal da onda líquida negativo.flancos. Sinal da onda líquida negativo.

AuscultaçãoAuscultação: sons hidroaéreos presentes, de : sons hidroaéreos presentes, de características normais e sem soproscaracterísticas normais e sem sopros

Fígado:Fígado: limite superior à percussão no 7º espaço limite superior à percussão no 7º espaço intercostal direito na linha médio-clavicular.intercostal direito na linha médio-clavicular.

Page 42: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO MEMBROS SUPERIORES E INFERIORESMEMBROS SUPERIORES E INFERIORES

InspecçãoInspecção: Sem deformidades ou posições viciosas. Leito : Sem deformidades ou posições viciosas. Leito ungueal sem hemorragias, palidez ou cianose. Sem ungueal sem hemorragias, palidez ou cianose. Sem hipocratismo digital. Veias varicosas superficiais em hipocratismo digital. Veias varicosas superficiais em ambos os MI. Mobilidade activa preservada.ambos os MI. Mobilidade activa preservada.

PalpaçãoPalpação: Sem edemas e massas palpáveis. Movimentos : Sem edemas e massas palpáveis. Movimentos passivos e contra resistência normais. Articulações sem passivos e contra resistência normais. Articulações sem tumefacções. Pulsos radial, femural, tibial posterior e tumefacções. Pulsos radial, femural, tibial posterior e pedioso simétricos, rítmicos, amplos, regulares e pedioso simétricos, rítmicos, amplos, regulares e sustentados. Articulações sem tumefacções.sustentados. Articulações sem tumefacções.

Page 43: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO DORSODORSO

InspecçãoInspecção: sem deformidades e sem posições viciosas. : sem deformidades e sem posições viciosas. Sem desvios nos planos sagital e coronal. Mobilidade Sem desvios nos planos sagital e coronal. Mobilidade activa preservada.activa preservada.

PalpaçãoPalpação: mobilidades passiva preservadas. Sem dor à : mobilidades passiva preservadas. Sem dor à palpação de estruturas vertebrais.palpação de estruturas vertebrais.

CADEIAS GANGLIONARESCADEIAS GANGLIONARES Sem adenomegalias palpáveis ao nível dos gânglios pré e Sem adenomegalias palpáveis ao nível dos gânglios pré e

retroauriculares, cervicais, supraclaviculares, axilares e retroauriculares, cervicais, supraclaviculares, axilares e inguinais.inguinais.

EXAME GENITAL E RECTAL EXAME GENITAL E RECTAL não efectuados.não efectuados.

Page 44: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO EXAME NEUROLÓGICOEXAME NEUROLÓGICO

Consciente, atenta e orientada no tempo, no espaço e em Consciente, atenta e orientada no tempo, no espaço e em relação aos outros.relação aos outros.

Pupilas de diâmetro médio, isocóricas e fotorreactivas. Pupilas de diâmetro médio, isocóricas e fotorreactivas. Reflexo acomodação-convergência preservado. Exame Reflexo acomodação-convergência preservado. Exame oftalmoscópio sem alterações.oftalmoscópio sem alterações.

Pares craneanos II-XII sem alterações. Pares craneanos II-XII sem alterações. Sensibilidade (proprioceptiva, táctil e dolorosa) e força Sensibilidade (proprioceptiva, táctil e dolorosa) e força

conservadas. Reflexos osteo-tendinosos presentes conservadas. Reflexos osteo-tendinosos presentes bilateralmente e semelhantes. Sem alterações da bilateralmente e semelhantes. Sem alterações da coordenação e do equilíbrio. coordenação e do equilíbrio.

Sem alterações da marcha. Sem alterações da marcha. Testes de Rinne e Weber normais. Exame otoscópio sem Testes de Rinne e Weber normais. Exame otoscópio sem

alteraçõesalterações Prova de Romberg, dinanometria, prova dedo-nariz e prova Prova de Romberg, dinanometria, prova dedo-nariz e prova

calcanhar-joelho sem alterações.calcanhar-joelho sem alterações.

Page 45: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Exames Complementares de Exames Complementares de DiagnósticoDiagnóstico

WBCWBC 0.4 *L0.4 *L101033/mm/mm33

RBCRBC 2.95 l2.95 l 101066/mm/mm33

HGBHGB 9.1 l9.1 l g/dLg/dL

HCTHCT 26.2 l26.2 l %%

MCVMCV 89 fl89 fl µmm33

MCHMCH 30.930.9 pgpg

MCHCMCHC 34.834.8 g/dLg/dL

RDWRDW 11.0 l11.0 l %%

PLTPLT 42 *L42 *L101033/mm/mm33

MPVMPV 8.2 *8.2 * µmm33

PCTPCT 0.034*L0.034*L %%

PDWPDW 19.5 *h19.5 *h %%

LYM%LYM% 65.7 H65.7 H0.23*L0.23*LMON%MON% 3.93.90.01*L0.01*LNEU%NEU% 28.0 L28.0 L0.10*L0.10*LEOS%EOS% 1.31.3 0.00*0.00*BAS%BAS% 1.11.1 0.00*0.00*

Hemograma Hemograma 23/01/0623/01/06

Anemia normocrómica normocítica

Leucopenia

Trombocitopenia

Neutropenia

Linfocitose

Page 46: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Exames Complementares de Exames Complementares de DiagnósticoDiagnóstico

Marcadores víricos Marcadores víricos 18/01/0618/01/06

Marcadores HIV Resultados anteriores(07/11/05)

HIV (Ag + Ac HIV-1/2) 0.1 (NR<0.9)-(R>1.1)0.1

Marcadores Hepatite C

Atc. HCV 0.1 (NR<0.9)-(R>1.1) 0.0

Marcadores Hepatite B

Atg. HBs 0.3 (NR<0.9)-(R>1.1) 0.3

Atc. HBc 1.3 (NR<0.9)-(R>1.1) 2.9

Atc. HBs 1.2 (NR<0.9)-(R>1.1) 0.5

Page 47: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Exames Complementares de Exames Complementares de DiagnósticoDiagnóstico

HemostasHemostasee

APTT 29.8 seg (24.5-36.5)

T. Quick 12.8 seg(11.0-13.3)

Fibrinogénio 391 mg/dL (190.0-400.0)

17/01/0617/01/06

23/01/0623/01/06 APTT 35.7 seg (24.5-36.5)

T. Quick 12.4 seg(11.0-13.3)

Fibrinogénio 414 mg/dL (190.0-400.0)

Page 48: Leucemia Aguda Mielóide Helena Cabral Mariela Rodrigues Natália André Turma 1

Exames Complementares de Exames Complementares de DiagnósticoDiagnóstico