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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA EXPORTAÇÕES ENTRE BRASIL E CHINA: UMA ANÁLISE DESAGREGADA SOBRE O APROVEITAMENTO DE OPORTUNIDADES COMERCIAIS LEONARDO FERRAZ XAVIER RECIFE, 2013.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

EXPORTAÇÕES ENTRE BRASIL E CHINA:

UMA ANÁLISE DESAGREGADA SOBRE O APROVEITAMENTO

DE OPORTUNIDADES COMERCIAIS

LEONARDO FERRAZ XAVIER

RECIFE, 2013.

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LEONARDO FERRAZ XAVIER

EXPORTAÇÕES ENTRE BRASIL E CHINA:

UMA ANÁLISE DESAGREGADA SOBRE O APROVEITAMENTO

DE OPORTUNIDADES COMERCIAIS

TESE APRESENTADA AO PROGRAMA

DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO,

COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DO

TÍTULO DE DOUTOR EM ECONOMIA

ORIENTADOR:

PROF. DR. ECIO DE FARIAS COSTA

RECIFE, 2013.

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Catalogação na Fonte Bibliotecária Ângela de Fátima Correia Simões, CRB4-773

X3e Xavier, Leonardo Ferraz Exportações entre Brasil e China: uma análise desagregada sobre o

aproveitamento de oportunidades comerciais / Leonardo Ferraz Xavier. - Recife : O Autor, 2013. 186 folhas : il. 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Ecio de Farias Costa. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCSA.

Economia, 2013. Inclui bibliografia e apêndice. 1. Comércio exterior. 2. Cooperação internacional - Brasil-China. 3.

Oportunidades comerciais. I. Costa, Ecio de Farias (Orientador). II. Título. 338.883 CDD (22.ed.) UFPE (CSA 2013 – 093)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PIMES/PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE TESE DO DOUTORADO EM ECONOMIA DE:

LEONARDO FERRAZ XAVIER A Comissão Examinadora composta pelos professores abaixo, sob a presidência do primeiro, considera o Candidato Leonardo Ferraz Xavier APROVADO. Recife, 14/03/2013.

_______________________________________ Prof. Dr. Ecio de Farias Costa

Orientador

_______________________________________ Prof. Dr. Álvaro Barrantes Hidalgo

Examinador Interno

___________________________________________ Prof. Dr. João Policarpo Rodrigues Lima

Examinador Interno

_______________________________________ Prof. Dr. Edward Martins Costa Examinador Externo/UFRN

___________________________________________ Prof. Dr. Emanoel de Souza Barros

Examinador Externo/UFPE/Campus do Agreste

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A meus pais.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, propulsor de minhas realizações. Em sua honra rendo meu esforço e dedicação.

A Adelmo e Edna, meus pais, responsáveis pela minha formação e exemplos para minha vida

em todos os aspectos. Amo vocês.

A Lucíolo, meu irmão, esteio sempre a mim disponível. Em seu nome represento toda a

família, fortaleza e celeiro de aspirações.

A Renata, meu amor, fiel amiga de anos compartilhados que me trouxeram sensações de

plenitude. Juntos estamos em meus sonhos de lar.

A Tia Carmina, minha primeira professora, e a Ecio, meu orientador acadêmico, em

representação a todos os meus educadores, responsáveis pela instigação na busca pelo

conhecimento.

A Irene, que auxiliou nos cuidados de minha infância, em seu nome represento todos os

meus amigos, desde os de tempo de criança aos que tive a graça de conhecer mais

recentemente. Minha vida não seria tão animada sem vocês.

Etapas concluídas tornam-se marcos e se configuram em momentos oportunos para

reconhecer os principais responsáveis por estas realizações. Aproveito esta chance para

então demonstrar minha gratidão: sempre contem comigo e tenham a certeza de que

sempre estarão guardados em minha memória.

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RESUMO

O presente trabalho busca caracterizar os setores produtivos da pauta exportadora brasileira

segundo o aproveitamento de oportunidades comerciais existentes em seu principal

mercado no comércio exterior, que a partir de 2009 passou a ser representado pela

economia chinesa. Não obstante o consistente crescimento das transações com este país

nos últimos anos, verifica-se uma considerável tendência de concentração dessa pauta, o

que pode ser encarado como um potencial problema, visto que países caracterizados por

esse tipo de concentração tendem a sofrer mais com instabilidades decorrentes de choques

externos. Por outro lado, o pujante mercado doméstico da China fez com que esta se

tornasse recentemente o segundo maior importador mundial, caracterizando-se por uma

pauta de compras globais relativamente diversificada. Tal diagnóstico configura esse

mercado como uma importante alternativa para variados tipos de produtos, o que motiva a

busca por estratégias que se traduzam em maior inserção comercial, vindo a favorecer a

redução dos expressivos níveis de concentração registrados sobre a pauta de comércio

Brasil-China. Diante dessa perspectiva, o presente estudo combinou técnicas matemáticas e

econométricas para apontar, de forma desagregada, as melhores oportunidades de

aproveitamento comercial para produtos brasileiros no mercado chinês. Como principais

resultados, foi encontrada uma lista considerável de produtos com potencial de comércio

inexplorado naquele mercado e, ao se considerar a soma dos volumes de transações

potenciais, o Brasil poderia elevar suas vendas à China em quase 80%. Contudo, observou-se

que parte considerável desse potencial está associado a minérios de ferro, soja e produtos

químicos orgânicos. Tal constatação revela as dificuldades em se promover a diversificação

da pauta de exportações brasileiras junto à China, visto que os resultados apontam para a

existência de potenciais de comércio justamente naqueles produtos que já participam

fortemente da pauta brasileira com destino àquele mercado.

Palavras-chave: Comércio exterior, Cooperação internacional - Brasil-China, Oportunidades

comerciais.

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ABSTRACT

This study seeks characterize the sectors of exports from Brazil, according to the exploitation

of opportunities in its main partner trade, which since 2009 is represented by the Chinese

economy. Despite the growth of trade with this country in recent years, there is a strong

concentration of this exports, which can be looked upon as potential problem because

countries characterized by the concentration of exports are more affected by instabilities

caused by external shocks. Nevertheless, the booming domestic market in China led this

country to be the second largest importer in the world, with imports relatively diversified.

This indicates that this market is an important alternative for many products, which

motivates the search for insertion strategies to reduce the concentration of exports from

Brazil to China. Therefore, this study combined mathematical and econometric techniques to

indicate the opportunities for commercial exploitation for Brazilian products in the Chinese

market. As main results, was estimated a considerable list of products with untapped trade

potential in that market and the sum of the volumes of potential trade indicates that Brazil

could increase its exports to China by almost 80%. However, a considerable part corresponds

to products such as iron, soy and organic chemicals. These results show the difficulty of

diversifying exports from Brazil to China, since the estimated potentials are in products with

strong participation in this trade.

Keywords: Foreign trade, International cooperation - Brazil-China, Trade opportunities.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Principais destinos das exportações brasileiras: 1998 a 2011 .................................. 20

Tabela 2. Principais produtos na pauta de exportações brasileiras com destino à China:

2006 a 2011 .............................................................................................................................. 21

Tabela 3. Estimativa do equivalente ad valorem incidente sobre produtos brasileiros em

mercados selecionados: 2011 .................................................................................................. 24

Tabela 4. Principais origens das importações chinesas: 2006 a 2011 ...................................... 25

Tabela 5. Principais produtos na pauta de importações totais chinesas: 2006 a 2011 ........... 26

Tabela 6. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de Gutman-Miotti ..... 73

Tabela 7. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de confronto entre

os resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial ........................... 76

Tabela 8. Composição das amostras consideradas nos modelos gravitacionais: número

de observações não censuradas ............................................................................................... 86

Tabela 9. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 12 ........................................................................................................... 90

Tabela 10. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 14 ........................................................................................................... 92

Tabela 11. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 15 ........................................................................................................... 95

Tabela 12. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 25 ........................................................................................................... 98

Tabela 13. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 26 ......................................................................................................... 101

Tabela 14. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 27 ......................................................................................................... 103

Tabela 15. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 29 ......................................................................................................... 106

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Tabela 16. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 37 ......................................................................................................... 108

Tabela 17. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 39 ......................................................................................................... 110

Tabela 18. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 40 ......................................................................................................... 112

Tabela 19. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 41 ......................................................................................................... 114

Tabela 20. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 43 ......................................................................................................... 116

Tabela 21. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 44 ......................................................................................................... 119

Tabela 22. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 54 ......................................................................................................... 121

Tabela 23. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 55 ......................................................................................................... 123

Tabela 24. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 56 ......................................................................................................... 125

Tabela 25. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 70 ......................................................................................................... 127

Tabela 26. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 72 ......................................................................................................... 130

Tabela 27. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 84 ......................................................................................................... 133

Tabela 28. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional:

produtos do capítulo 85 ......................................................................................................... 135

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras ............................ 149

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas .............................. 160

Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China . 179

Tabela 32. Cálculo dos acréscimos potenciais segundo a Hipótese do Potencial Atingido ... 185

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Estratégia metodológica do estudo ........................................................................ 66

Quadro 2. Produtos identificados como potenciais: interseção entre os critérios de

Gutman-Miotti e confronto entre os resultados de IC��� e IEC��� ............................................... 82

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12

1.1. Problemática/Justificativa ......................................................................................... 15

1.2. Objetivo geral ............................................................................................................. 16

1.3. Objetivos específicos ................................................................................................. 16

1.4. Hipótese ..................................................................................................................... 16

2. CONTEXTUALIZAÇÃO E REVISÃO LITERÁRIA ..................................................................... 17

2.1. Relações sino-brasileiras: indicações prospectivas ................................................... 17

2.2. Identificação de oportunidades comerciais: aspectos teóricos ................................ 27

2.3. Identificação de oportunidades comerciais: estudos empíricos ............................... 32

3. METODOLOGIA E DADOS .................................................................................................. 43

3.1. Identificação de setores potenciais ........................................................................... 43

3.1.1. Vantagem Comparativa Revelada .......................................................................... 44

3.1.2. Desvantagem Comparativa Revelada .................................................................... 45

3.1.3. Taxa de Cobertura .................................................................................................. 46

3.1.4. Critério de Gutman-Miotti ..................................................................................... 47

3.1.5. Índice de Complementaridade ............................................................................... 48

3.1.6. Índice de Efetividade Comercial ............................................................................. 50

3.2. Estimativa do comércio potencial.............................................................................. 58

3.2.1. Estimativa segundo a Hipótese do Potencial Atingido .......................................... 59

3.2.2. Estimativa segundo a previsão do Modelo Gravitacional ...................................... 61

3.3. Dados utilizados e modelo empírico.......................................................................... 67

4. RESULTADOS ..................................................................................................................... 72

4.1. Identificação de setores potenciais ........................................................................... 72

4.2. Estimativa do comércio potencial.............................................................................. 84

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 136

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REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 142

APÊNDICE ................................................................................................................................ 149

Apêndice A: Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras e “pontos

fracos” das importações chinesas. ..................................................................................... 149

Apêndice B: Identificação dos produtos caracterizados como complementares nas relações

entre Brasil e China. ............................................................................................................ 179

Apêndice C: Cálculo dos acréscimos potenciais segundo a Hipótese do Potencial Atingido.

............................................................................................................................................ 185

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1. INTRODUÇÃO

A ampla discussão acerca da importância do comércio exterior para uma economia

consolida a ideia de que as transações entre diferentes regiões possibilitam a geração de

ganhos simultâneos para as mesmas. Do pensamento Mercantilista até a Nova Economia

Internacional, é presente a opinião de que um setor exportador desenvolvido é capaz de

gerar substanciais riquezas. Nesse contexto, Adam Smith lançou a tese de que um país

deveria se especializar na produção de bens que apresentassem maior vantagem produtiva –

ou mais eficientes – frente a outros países, o que se convencionou chamar Teoria das

Vantagens Absolutas; enquanto David Ricardo desenvolveu a recomendação de que um país

deveria se especializar em bens de menor custo de oportunidade frente a outros países e a

outras opções produtivas no próprio país, o que veio a se tornar conhecido como Teoria das

Vantagens Comparativas (BHAGWATI et al., 1998).

No Século XX, as Teorias Neoclássicas de Comércio Internacional, baseadas

fortemente em Eli Heckscher, Bertil Ohlin e Paul Samuelson, introduziram questões

relacionadas a fatores de produção e seus diferentes usos; enquanto, mais recentemente, a

Nova Economia Internacional, corrente cujo principal ícone refere-se a Paul Krugman,

incorporou aspectos de economia de escala, concorrência monopolística e comércio

intraindustrial (HELPMAN e KRUGMAN, 1985). Na envergadura dessas teorias modernas,

assim como nas clássicas supracitadas, é ponto comum a defesa pela liberalização do

comércio mundial, ainda que sob diferentes argumentos: na teoria clássica, a justificativa

baseava-se nas diferenças de coeficientes de produção; enquanto que, na teoria moderna, o

argumento passa pelas diferenças nas dotações de fatores.

Nesse contexto, vários benefícios podem ser observados quando países efetuam

trocas comerciais, conforme tem sido documentado por muitos autores1. Pelo lado das

exportações, o que é mais claramente observado, pesa-se a possibilidade de geração de

emprego e renda, bem como a dinamização produtiva local. Por outro lado, a importação de

bens não produzidos internamente propicia ganhos de bem-estar aos consumidores, visto

que se disponibiliza uma maior variedade de produtos a estes. Além disso, as relações

internacionais no sistema financeiro e no fluxo de mão de obra também podem facilitar a

1 Para um estudo mais aprofundado acerca do tema, ver Bouët (2008).

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entrada de recursos produtivos valiosos para uma economia2. Como indicação mais aceita,

uma economia poderia melhorar seu bem-estar ao participar do comércio exterior e

aproveitar as vantagens comparativas associadas a setores específicos: teria seu crescimento

elevado, devido à melhor eficiência alocativa da produção; estimularia o desenvolvimento

tecnológico, graças à exposição competitiva dos setores no mercado mundial; e, ainda,

melhoraria a distribuição de renda, tendo em vista a elevação na remuneração do fator de

produção abundante na região.

Independente da discussão quanto aos benefícios do comércio internacional, o que

se verifica na prática é que o processo de globalização dos mercados e o volume de

transações realizado no planeta têm apresentado fortes características de crescimento. Ao

se considerar apenas o desempenho das exportações mundiais no período Pós-Guerra Fria –

entre os anos de 1991 e 2010 –, observa-se que estas cresceram à taxa média de 8,0% ao

ano, segundo divulgação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

(BRASIL, 2012a). Tal evolução apresenta-se mais pujante que o próprio crescimento da

produção mundial no período – taxa média de 5,14% ao ano, segundo a mesma fonte. A fase

recente, portanto, foi marcada por amplo crescimento do volume de transações

internacionais como participação percentual no PIB mundial – esta se apresentava em

14,22% no ano de 1991, passando para 23,67% em 2010.

Por sua vez, ao se considerar esse mesmo espaço temporal, o Brasil caracterizou-se

por maior elevação das exportações frente ao resto do mundo, com taxa de crescimento

equivalente a 10,25% ao ano, o que é compatível com o processo de abertura comercial e

estabilização econômica que se verificou no país (BRASIL, 2012a). Além disso, a participação

do setor exportador brasileiro no total de exportações mundiais também demostrou

considerável evolução, a qual apresentava percentual de 0,93% em 1991, passando para

1,38% em 2010 – elevação equivalente a uma taxa de 2,08% ao ano. Contudo, é importante

salientar que o Brasil ainda apresenta baixa participação do setor exportador sobre seu PIB,

equivalente a 7,79% no ano de 1991 e evoluindo para 9,66% no ano de 2010 – tal resultado

2 Obviamente, os padrões observáveis do comércio internacional refletem distorções nos potenciais benefícios

trazidos: ocorrências como deterioração dos termos de troca, presença de grandes oligopólios, defesa de interesses nacionais, aplicação de tarifas, barreiras técnicas e outras não tarifárias, preferências de parceria entre países e concorrências desleais podem acabar por reduzir o bem-estar de uma região (BOUËT, 2008).

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poderia ser justificado pelas dimensões continentais do país, o que propicia a destinação da

produção local fortemente ao próprio mercado interno.

Quando comparado a outros países – como exemplo, toma-se aqui o desempenho

dos BRICs –, verifica-se que Índia, Rússia e China estão à frente do Brasil quanto à inserção

de produtos no comércio exterior (THE WORLD BANK, 2012). Como ilustração, ao se

considerar o desempenho desses países no ano de 2009, a Índia participou com 2,26% do

total de exportações mundiais; enquanto que a Rússia contribuiu com 2,28%; e a China com

expressivos 13,51%. Por sua vez, como participação do PIB doméstico, o setor exportador da

Índia representou, naquele ano, 19,58% de seu PIB; enquanto que, na Rússia, esse

percentual foi de 27,73%; e, na China, a participação do setor exportador foi de 26,74%.

Tende-se a crer, portanto, que o Brasil apresenta capacidades subexploradas

quanto à inserção de seus produtos no mercado internacional e à obtenção dos benefícios

relacionados a esta. Conforme exposto anteriormente, o aproveitamento de oportunidades

no mercado global, com consequente elevação de suas exportações, poderia contribuir para

a geração de emprego e renda, dinamizar sua economia e, ainda, aprimorar a distribuição de

riquezas. Na dimensão desse tema, os objetivos do presente trabalho recaem sobre o estudo

das oportunidades do país no mercado externo. Especificamente, a problemática incide

sobre o principal destino das exportações brasileiras, que no ano de 2009 passou a ser o

mercado chinês (BRASIL, 2012b). O interesse em analisar as relações e oportunidades

comerciais na República Popular da China justifica-se não só por esta configurar-se como

principal comprador de produtos brasileiros no exterior3, mas também pela atenção que a

mesma tem despertado ao redor do planeta.

Com efeito, desde 1979 – um ano após a reforma empreendida pelo líder Deng

Xiaoping4 – até 2009, mesmo atravessando períodos de intensa crise no mundo e em países

vizinhos, a economia chinesa caracterizou-se por pujante crescimento, alcançando uma

expressiva taxa de evolução do PIB real equivalente a 9,97% ao ano (THE WORLD BANK,

3 Ademais, o ritmo de exportações brasileiras com destino à China tem se caracterizado por forte aceleração:

apenas na década de 2000, a taxa média de crescimento foi equivalente a surpreendentes 32,1% ao ano (BRASIL, 2012b). 4 Deng Xiaoping foi secretário-geral do Partido Comunista Chinês e presidente da República Popular da China

entre 1978 e 1992 (WIKIPEDIA, 2012). Ainda no primeiro ano de posto, seu governo anunciou o processo de revitalização e abertura da economia local, vindo a empreender reformas no sistema de preços, finanças públicas, seguridade social, setor bancário, empresas estatais, comércio internacional e mercado de câmbio, além de mudanças nas áreas de educação e ciência e tecnologia (PUGA et al., 2004).

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2012). Ao se considerar um período mais recente, não obstante a crise asiática de 1997; os

eventos terroristas de 2001; as epidemias de SARS em 2003 e gripe aviária em 2005, que

assolaram, sobretudo, o continente asiático; bem como a crise mundial deflagrada em

meados de 2008; a China apresentou taxa média de crescimento da ordem de 9,83% ao ano

entre 1997 e 2009 (THE WORLD BANK, 2012). Espera-se que o país ultrapasse os Estados

Unidos na posição de maior PIB do planeta ainda antes de 2020 (IMF, 2011). No comércio

internacional, o país também tem intensificado sua inserção: entre 1999 e 2009, a China

elevou sua participação nas exportações globais em mais de quatro vezes (THE WORLD

BANK, 2012). Ademais, o país possui uma população de 1,33 bilhões de habitantes – dados

de 2009 –, o que representa 1/5 da população mundial e, portanto, notável mercado

consumidor (THE WORLD BANK, 2012).

1.1. Problemática/Justificativa

Como citado anteriormente, o Brasil apresenta características de produção voltadas

ao mercado interno, visto que, atualmente, menos de 10% de seu PIB está associado a suas

exportações – enquanto isso, as exportações mundiais chegam a quase 25% do PIB do

planeta. Nesse sentido, a busca por oportunidades de comércio no mercado internacional

pode auxiliar agentes domésticos – públicos e/ou privados – no intuito de inserir mais

fortemente seus setores produtivos no comércio exterior. A análise proposta no presente

trabalho recai particularmente sobre o aproveitamento de oportunidades no mercado

chinês, o que se justifica não só porque este é o principal destino das exportações

brasileiras, mas também pela importância desse país no atual contexto da economia

internacional. Como já explicitado, a China caracteriza-se pelo expressivo crescimento

econômico, pelo amplo mercado consumidor e pelo forte potencial que se espera no futuro.

Tais aspectos configuram a expectativa de oportunidades para o Brasil neste mercado, o que

dá relevância à necessidade de identificar em quais setores produtivos sua economia pode

obter maior inserção/aproveitamento comercial na China. Efetuar essa identificação

forneceria, portanto, subsídios à formulação de políticas de alavancagem comercial mais

direcionadas e, de acordo com o que foi exposto anteriormente, gerar empregos, elevar a

renda da população, dinamizar sua economia e melhorar o aspecto distributivo e de bem-

estar doméstico.

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1.2. Objetivo geral

• Caracterizar os setores produtivos da pauta exportadora brasileira segundo o

aproveitamento de oportunidades comerciais existentes em seu principal

mercado no comércio exterior, a economia chinesa.

1.3. Objetivos específicos

• Caracterizar o perfil das exportações do Brasil para a China, em termos da

pauta de produtos comercializados;

• Identificar os setores cujo comércio efetivamente observado encontra-se

aquém do potencial exportável do Brasil para a China;

• Calcular o volume de elevação potencial das exportações sobre os setores

cujo comércio efetivo encontra-se aquém do potencial exportável.

1.4. Hipótese

• O estudo é baseado na hipótese de existência de janelas comerciais no

mercado chinês para produtos brasileiros. Nesse sentido, considera-se que as

oportunidades comerciais na China não são completamente aproveitadas.

Fatores diversos podem levar a tal situação, como distância entre os

mercados, concorrência no comércio internacional, nível de proteção

comercial, bem como a própria estrutura produtiva e de escoamento do país.

Diante disso, seria possível corrigir ou pelo menos atenuar alguns desses

aspectos negativos, através de políticas de incentivo voltadas, sobretudo, aos

setores identificados pelo subaproveitamento comercial.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO E REVISÃO LITERÁRIA

A presente seção explana, inicialmente, sobre as interações político-comerciais

entre Brasil e China, vindo a tratar do histórico dessas relações, as principais dificuldades

enfrentadas, bem como as informações relativas ao comércio desses países, com destaque

para os principais produtos transacionados. Tais indicações levam à percepção de que é

recomendável ao Brasil propulsionar a diversificação de sua pauta exportadora com destino

à China e, nesse sentido, torna-se relevante a identificação de oportunidades comerciais

para produtos brasileiros no mercado em questão. Diante desse enfoque, também são

expostas, nesta seção, as principais bases teóricas que explicam as relações comerciais no

campo internacional, bem como uma revisão de estudos empíricos relacionados ao tema.

2.1. Relações sino-brasileiras: indicações prospectivas

A China carrega uma longa história que a levou ao status de país mais populoso do

planeta. Dentre as grandes potências econômicas mundiais, é a que tem demonstrado maior

crescimento na atualidade, com um gigantesco mercado interno e participando ativamente

no comércio internacional. Porém, o país depara-se com um forte problema de pobreza e

desigualdade social, principalmente no meio rural. Outros desafios são a redução da

corrupção, a restrição aos danos ambientais, bem como a redução das intervenções do

governo sobre o setor privado. Tais dificuldades e possíveis soluções já são observadas pelo

governo chinês – exemplo disso foi a aprovação, em 2007, da lei de reconhecimento da

propriedade privada e sua equiparação com a pública e coletiva (LAFUENTE, 2010). Não

obstante todos esses desafios, se a China continuar a crescer no atual ritmo, em poucos anos

construirá um império global que os Estados Unidos precisaram de um século para erguer,

como apontam as projeções do International Monetary Fund (IMF, 2011).

Tal perspectiva justifica o estudo das relações entre Brasil e China. Apesar das

eventuais dificuldades de entendimento, resultantes das diferenças culturais, o mercado

chinês tem potencialidades para merecer a continuada atenção do empresariado brasileiro.

Como sugere documento do Ministério das Relações Exteriores (BRASIL, 2004), o empresário

que pretende fazer negócios com a China deve compreender que as diferenças de civilização

determinam, igualmente, formas diversas daquelas vigentes no Ocidente na estruturação

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das empresas, nas negociações e na implementação de contratos – naquele país, por

exemplo, disputas e conflitos são, preferencialmente, resolvidos por meio de grupos de

discussão informais e não por intermédio de leis e regras impessoais, o que normalmente

substitui os contratos rigidamente estruturados do Ocidente.

Brasil e China começaram a estabelecer os primeiros contatos comerciais já em

1949, quando a República Popular da China foi criada. Contudo, devido à grande distância

geográfica, o volume de negócios permaneceu reduzido durante longo tempo. A partir de

1974, quando foram formalizadas as relações diplomáticas entre os dois países, o comércio

bilateral desenvolveu-se de forma positiva, embora modestamente em relação ao grande

potencial dos respectivos mercados (BRASIL, 2004). Em 1989, quando se iniciam os registros

disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (BRASIL,

2012b), as exportações do Brasil para a China chegaram ao volume de US$ 628,3 milhões.

No período de 1990 a 1991, as transações declinaram de forma acentuada, chegando a cair

para cerca de 1/3 do valor registrado em 1989. A partir de 1992, o comércio volta a crescer

e, em 1993, ultrapassa o valor registrado em 1989. Em 1995, as exportações atingem um

pico de US$ 1,2 bilhão, mas entre 1996 e 2000, um novo período de declínio foi observado –

em 2000, as exportações chegaram ao antigo patamar registrado em 1989. Somente na

década de 2000 é que o comércio bilateral passou a demonstrar uma evolução consistente.

Diante disso, no ano de 2009, a China tornou-se o principal parceiro nas exportações

brasileiras, com um volume de US$ 20,0 bilhões transacionados. Em 2011, como observado

através da Tabela 1, o comércio do Brasil para a China já respondia por 17,3% das

exportações totais brasileiras, com o registro recorde de US$ 44,3 bilhões.

Parte dessa considerável elevação das exportações brasileiras com destino à China,

nos últimos anos, deve-se ao desempenho nas vendas de soja e minérios de ferro. De fato,

de 1998 a 2011, a pauta de produtos exportados para os chineses tem se mostrado cada vez

mais concentrada e, neste último ano, os itens acima destacados responderam por mais de

70% das exportações totais para aquele mercado, quando respondiam, em 1998, por cerca

de 55%, percentual já bastante elevado. Para um período mais recente, a Tabela 2 traz a

estrutura da pauta de produtos exportados do Brasil para a China e, entre 2006 e 2011,

verifica-se que o índice de concentração passou de 0,407 para 0,492, o que revela a

tendência de especialização dessa pauta. Tal observação é encarada como um potencial

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problema, visto que países caracterizados pela concentração de sua pauta exportadora

tendem a sofrer com instabilidades decorrentes de choques externos, o que pode levar a

graves desequilíbrios estruturais no ambiente econômico doméstico. Por outro lado, pautas

mais diversificadas podem dar maior estabilidade ao setor exportador local, o qual estaria

menos vulnerável às oscilações da demanda (LOVE, 1979).

Ainda quanto às informações da Tabela 2, é interessante observar o crescimento

das vendas de minérios de ferro, especialmente os não aglomerados, visto que os

aglomerados têm tido um comportamento instável, além de apresentarem participação nas

vendas em nível bem inferior quando comparado aos minérios de ferro não aglomerados.

Algo semelhante diz respeito às vendas de soja, em que o produto bruto tem apresentado

considerável crescimento em suas exportações, enquanto o óleo de soja tem demonstrado

certa instabilidade, além de apresentar volume de comércio incipiente quando comparado à

soja bruta. Com relação a outros produtos, vale destacar o contínuo crescimento das vendas

de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, bem como a evolução das

exportações de açúcar de cana em bruto. Ganha destaque também o comércio de celulose e

aviões, ainda que apresentem valores comercializados bem inferiores ao que ocorre com os

minérios de ferro e a soja. Ademais, é interessante notar o crescimento de produtos como

algodão e pedaços congelados de frango, o que levou os mesmos a ganhar espaço entre os

dez principais produtos comercializados do Brasil para a China.

A evolução do intercâmbio comercial entre os dois países, contudo, é interpretada

de diferentes formas segundo os agentes econômicos. Como aponta Castilho (2007), para

alguns, a China aparece como um importante mercado potencial para o Brasil; para outros,

os produtos chineses são percebidos como concorrentes da produção brasileira, seja no

mercado doméstico, seja em terceiros mercados. Como forma de avaliar tais efeitos,

referida autora examinou o comportamento do mercado de trabalho brasileiro, observando

que, em termos quantitativos, há um balanço positivo que compensa a redução de

empregos em determinados setores. Contudo, a mesma indica que, em termos qualitativos,

o perfil de emprego gerado pelo comércio bilateral é demasiadamente concentrado nas

faixas de baixa qualificação. De fato, como observa Feistel e Hidalgo (2012), as exportações

do Brasil para a China têm demonstrado uma tendência de especialização em produtos com

intensidade fatorial relacionada, sobretudo, a recursos naturais.

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Tabela 1. Principais destinos das exportações brasileiras: 1998 a 2011.

Discr. 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

1º EUA 9,7 EUA 10,7 EUA 13,2 EUA 14,2 EUA 15,4 EUA 16,7 EUA 20,1

2º ARG 6,7 ARG 5,4 ARG 6,2 ARG 5,0 HOL 3,2 ARG 4,6 ARG 7,4

3º ALE 3,0 HOL 2,6 HOL 2,8 HOL 2,9 ALE 2,5 CHN 4,5 HOL 5,9

4º HOL 2,7 ALE 2,5 ALE 2,5 ALE 2,5 CHN 2,5 HOL 4,2 CHN 5,4

5º JAP 2,2 JAP 2,2 JAP 2,5 JAP 2,0 ARG 2,3 ALE 3,1 ALE 4,0

6º BEL 2,1 ITA 1,8 ITA 2,1 CHN 1,9 MEX 2,3 MEX 2,7 MEX 4,0

7º ITA 1,9 BEL 1,7 BEL 1,8 MEX 1,9 JAP 2,1 JAP 2,3 ITA 2,9

8º RUN 1,3 RUN 1,4 FRA 1,7 ITA 1,8 BEL 1,9 ITA 2,2 JAP 2,8

9º PAR 1,2 FRA 1,2 MEX 1,7 BEL 1,7 ITA 1,8 RUN 1,9 CHI 2,6

10º FRA 1,2 ESP 1,2 RUN 1,5 RUN 1,7 RUN 1,8 CHI 1,9 FRA 2,2

11º ESP 1,1 MEX 1,1 CHI 1,2 FRA 1,6 FRA 1,5 BEL 1,8 RUN 2,1

12º CHI 1,0 CHI 0,9 CHN 1,1 CHI 1,4 CHI 1,5 FRA 1,7 ESP 2,0

13º MEX 1,0 RUS 0,7 ESP 1,0 RUS 1,1 RUS 1,3 ESP 1,5 BEL 1,9

14º CHN 0,9 PAR 0,7 PAR 0,8 VEN 1,1 ESP 1,1 RUS 1,5 RUS 1,7

15º URU 0,9 CHN 0,7 VEN 0,8 ESP 1,0 COR 0,9 COR 1,2 VEN 1,5

Outros 14,0 13,2 14,1 16,4 18,3 21,2 30,2

Total 51,1 48,0 55,1 58,3 60,4 73,2 96,7

ICD3

0,266 0,279 0,292 0,285 0,287 0,272 0,257

%CHN4

-24,4 -25,3 60,5 75,3 32,5 79,8 20,0

Discr. 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

País1

Exp2

1º EUA 22,5 EUA 24,5 EUA 25,1 EUA 27,4 CHN 21,0 CHN 30,8 CHN 44,3

2º ARG 9,9 ARG 11,7 ARG 14,4 ARG 17,6 EUA 15,6 EUA 19,3 EUA 25,8

3º CHN 6,8 CHN 8,4 CHN 10,7 CHN 16,5 ARG 12,8 ARG 18,5 ARG 22,7

4º HOL 5,3 HOL 5,7 HOL 8,8 HOL 10,5 HOL 8,2 HOL 10,2 HOL 13,6

5º ALE 5,0 ALE 5,7 ALE 7,2 ALE 8,9 ALE 6,2 ALE 8,1 JAP 9,5

6º MEX 4,1 MEX 4,5 VEN 4,7 JAP 6,1 JAP 4,3 JAP 7,1 ALE 9,0

7º CHI 3,6 CHI 3,9 ITA 4,5 VEN 5,2 RUN 3,7 RUN 4,6 ITA 5,4

8º JAP 3,5 JAP 3,9 JAP 4,3 CHI 4,8 VEN 3,6 CHI 4,3 CHI 5,4

9º ITA 3,2 ITA 3,8 CHI 4,3 ITA 4,8 IND 3,4 ITA 4,2 RUN 5,2

10º RUS 2,9 VEN 3,6 MEX 4,3 RUS 4,7 BEL 3,1 RUS 4,2 COR 4,7

11º RUN 2,6 RUS 3,4 BEL 3,9 BEL 4,4 ITA 3,0 ESP 3,9 ESP 4,7

12º FRA 2,5 BEL 3,0 RUS 3,7 MEX 4,3 FRA 2,9 VEN 3,9 VEN 4,6

13º VEN 2,2 RUN 2,8 FRA 3,5 FRA 4,1 RUS 2,9 COR 3,8 FRA 4,3

14º ESP 2,2 FRA 2,7 ESP 3,4 ESP 4,0 MEX 2,7 MEX 3,7 RUS 4,2

15º BEL 2,1 CAN 2,3 RUN 3,3 RUN 3,8 COR 2,7 FRA 3,6 BEL 4,0

Outros 40,0 47,8 54,5 70,9 57,0 71,7 88,5

Total 118,5 137,8 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0

ICD3

0,243 0,235 0,225 0,218 0,220 0,230 0,243

%CHN4

25,6 22,9 27,9 53,7 27,1 46,6 43,9

Observações: 1. Principais países de destino5; 2. Exp = Exportações brasileiras em US$ bilhões;

3. ICD = Índice de Concentração por Destino6; 4. %CHN = Percentual de crescimento das exportações do

Brasil para a China no período, com relação ao ano anterior. Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

5 Codificação: ALE = Alemanha; ARG = Argentina; BEL = Bélgica; CAN = Canadá; CHI = Chile; CHN = China; COR =

Coreia do Sul; ESP = Espanha; EUA = Estados Unidos; FRA = França; HOL = Holanda; IND = Índia; ITA = Itália; JAP = Japão; MEX = México; PAR = Paraguai; RUN = Reino Unido; RUS = Rússia; URU = Uruguai; e VEN = Venezuela.

6 Dado por �� = �∑ ���� ���⁄ ���� , em que ��� são as exportações de � para � e ��� são as exportações totais

de �. Valores mais próximos de zero indicam menor grau de concentração da pauta de destinos (LOVE, 1979).

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Tabela 2. Principais produtos na pauta de exportações brasileiras com destino à China:

2006 a 2011.

Estrutura ordinária de produtos no ano de 2008 2006 2007 2008

Descrição NCM1

Posição

Exp2

Posição

Exp2

Posição

Exp2

Soja, mesmo triturada 120100 1º 2,43 2º 2,83 1º 5,32

Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 260111 2º 2,14 1º 3,12 2º 4,23

Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 270900 3º 0,84 3º 0,84 3º 1,70

Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 150710 7º 0,11 6º 0,31 4º 0,82

Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 260112 4º 0,49 4º 0,59 5º 0,77

Pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada - celulose

470329 5º 0,35 5º 0,39 6º 0,61

Ferronióbio 720293 9º 0,10 9º 0,21 7º 0,40

Fumo não manufaturado, total ou parcialmente destalado

240120 11º 0,08 7º 0,27 8º 0,37

Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 15.000 kg, vazios

880240 *** 0,00 *** 0,00 9º 0,20

Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor de manganês de => 20%, em peso, sobre o produto seco

260200 48º 0,01 44º 0,01 10º 0,20

Outros 1,86 2,18 1,88

Total 8,40 10,75 16,52

ICP3

0,407 0,409 0,433

Estrutura ordinária de produtos no ano de 2011 2009 2010 2011

Descrição NCM1

Posição

Exp2

Posição

Exp2

Posição

Exp2

Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 260111 1º 7,17 1º 12,18 1º 17,98

Soja, mesmo triturada 120100 2º 6,34 2º 7,13 2º 10,96

Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 270900 3º 1,34 3º 4,05 3º 4,88

Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 260112 5º 0,66 4º 1,16 4º 1,82

Açúcar de cana, em bruto, sem adição de aromatizantes ou de corantes

170111 18º 0,07 7º 0,51 5º 1,16

Pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada - celulose

470329 4º 0,89 5º 0,91 6º 1,06

Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 150710 6º 0,40 6º 0,78 7º 0,76

Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 15.000 kg, vazios

880240 8º 0,35 8º 0,37 8º 0,62

Algodão, não cardado nem penteado 520100 20º 0,07 16º 0,14 9º 0,57

Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados

20714 27º 0,04 11º 0,22 10º 0,42

Outros 17,5 10,8 9,2

Total 21,00 30,79 44,31

ICP3

0,465 0,481 0,492

Observações: 1. Classificação segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL a seis dígitos; 2. Exp = Volume exportado em US$ bilhões; 3. ICP = Índice de Concentração por Produto

7.

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

7 Dado por ��� = �∑ ����� ���⁄ ���� , em que ���� são as exportações do produto ou setor � de � para � e ��� são

as exportações totais de � para �. Valores mais próximos de zero indicam menor concentração (LOVE, 1979).

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É importante ainda analisar as barreiras comerciais existentes na China para

produtos advindos do Brasil. De acordo com informações da base Market Access Map (WTO,

2012a), que disponibiliza informações referentes ao equivalente ad valorem (EAV) incidente

sobre os produtos brasileiros importados pela China, verifica-se que os níveis de proteção

naquele mercado são, em geral, superiores aos observados em outros parceiros comerciais

do Brasil, o que pode ser demonstrado através da Tabela 3.

Nesse aspecto, destacam-se as barreiras que incidem sobre as seções8 de produtos

do reino vegetal, produtos das indústrias alimentares e de bebidas, matérias têxteis e suas

obras, produtos da indústria de calçados, material de transporte, bem como máquinas,

aparelhos e materiais elétricos. Vale ainda ressaltar que, dentre os 96 setores classificados

segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL a dois dígitos, o equivalente ad valorem

registrado na China é superior aos demais mercados descritos na Tabela 3 em 75% dos

casos.

Tais obstáculos, portanto, somam-se às próprias barreiras culturais e à distância

geográfica existente entre os países, ainda mais em tempos cujos custos de transporte

encontram-se elevados, em função especialmente do preço do petróleo. Além dessas

questões, pesa a desvalorização artificial do Yuan Renminbi chinês com relação ao Dólar

estadunidense, o que torna mais caros os produtos advindos do exterior. Nesse sentido, ao

se tomar a média da taxa cambial no ano de 2011, enquanto seriam necessários CN¥ 6,46

para se comprar US$ 1,00, a conversão do Real para o Dólar chegava a R$ 1,67 / US$ 1,00

(THE WORLD BANK, 2012).

Não obstante, diante do pujante mercado doméstico, a China tornou-se o segundo

maior importador mundial no ano de 2009, atrás apenas dos Estados Unidos e mantendo

essa posição até o presente. Em 2011, segundo a base Trade Map (WTO, 2012b), o país

chegou a importar US$ 1,7 trilhões, o que corresponde a 9,6% das importações totais do

planeta. Dentre seus principais parceiros, como apresentado na Tabela 4, destacam-se o

Japão, com 11,2% das importações totais chinesas em 2011; a Coreia do Sul, com 9,3% das

importações no mesmo ano; Taiwan, com participação de 7,2%; Estados Unidos, com 7,1%; e

Alemanha, que respondia por 5,3%. Nesse sentido, o Brasil não figura entre os principais

parceiros comerciais da China, ainda que tenha aumentado sua participação nas

8 Segundo a classificação da Nomenclatura Comum do MERCOSUL a um dígito.

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importações totais daquele país, chegando a 2,5% em 2011, quando seis anos antes

respondia por 1,1%.

Como principais produtos importados pela China, conforme apresenta a Tabela 5,

destacam-se óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, minérios de ferro não

aglomerados e seus concentrados, bem como circuitos integrados e microconjuntos

eletrônicos, principalmente processadores. Vale salientar que os dois primeiros itens são

importantes na pauta de comércio do Brasil para a China. No caso dos minérios de ferro, o

país responde por 17,0% do total de importações chinesas desse produto, ainda que fique

atrás da Austrália como principal país de origem, visto que este participa com 46,7% das

importações chinesas de minérios de ferro. Quanto aos óleos brutos de petróleo ou de

minerais betuminosos, o Brasil responde por somente 2,5% das importações totais chinesas,

enquanto seu principal importador, a Arábia Saudita, participa com 19,8%, e outros

importantes fornecedores deste produto à China – Angola, Irã, Rússia, Omã e Iraque –

respondem juntos por 44,3%. Não obstante, outro produto de especial interesse ao Brasil na

pauta de importações chinesas diz respeito à soja bruta, que está relacionada entre os dez

principais produtos importados pela China e, nesse caso, o Brasil responde por 36,9% de

suas importações nesse produto. Contudo, o Brasil concorre fortemente com os Estados

Unidos nessas vendas, visto que a participação deste chega a 42,3%.

Como também pode ser verificado por meio da Tabela 5, o índice de concentração

da pauta de produtos importados variou em torno de 0,15 entre 2006 e 2011, chegando a

0,157 neste último ano, o que revela um grau de especialização bem inferior quando

comparado ao nível de concentração da pauta de produtos exportados do Brasil para a

China. Tal observação configura o indício de que a China é um importante mercado para

variados tipos de produtos, dado o reduzido grau de concentração de sua pauta de

importações totais9 e o elevado volume de comércio demandado para satisfazer suas

necessidades domésticas. Esse mote pode propulsionar o empresariado brasileiro, bem

como seu governo, a buscar alternativas de inserção comercial no mercado chinês, o que

favoreceria a redução dos expressivos níveis de concentração registrados sobre a pauta de

comércio Brasil-China.

9 Para efeito de comparação, o ICP calculado para o ano de 2011, relativo ao comércio exterior realizado em

todo o planeta, corresponde a 0,108. Portanto, a concentração da pauta de importações chinesas não se encontra tão descolada daquele nível observado para o comércio mundial como um todo.

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Tabela 3. Estimativa do equivalente ad valorem incidente sobre produtos brasileiros em

mercados selecionados: 2011.

15 produtos com maior EAV sobre produtos brasileiros no mercado chinês

Estimativa de EAV sobre produtos brasileiros em mercados selecionados

Posição Descrição do produto NCM1

China Estados Unidos

União Europeia

América Latina

1º Cereais 10 38,49% 13,41% 0,85% 9,53%

2º Açúcares e produtos de confeitaria 17 32,30% 32,31% 16,67% 26,31%

3º Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glúten de trigo

11 26,29% 20,41% 0,35% 23,33%

4º Fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados 24 23,32% 51,99% 34,67% 25,69%

5º La, pêlos finos ou grosseiros; Fios e tecidos de crina 51 21,11% 2,41% 6,60% 3,93%

6º Penas e penugem preparadas, e suas obras; flores artificiais; Obras de cabelo

67 20,53% 0,00% 0,00% 9,82%

7º Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres; Suas partes e acessórios

87 19,77% 4,50% 1,63% 10,13%

8º Preparações alimentícias diversas 21 18,90% 10,14% 7,82% 9,83%

9º Instrumentos musicais; Suas partes e acessórios 92 18,86% 0,00% 0,03% 4,25%

10º Adubos ou fertilizantes 31 18,83% 3,14% 0,00% 0,15%

11º Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas

20 18,55% 20,76% 6,92% 8,98%

12º Obras diversas 96 17,90% 0,00% 0,52% 7,41%

13º Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; (...)

85 17,28% 0,30% 0,06% 2,12%

14º Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou de leite; Produtos de pastelaria

19 17,23% 28,00% 4,04% 7,15%

15º Chapéus e artefatos semelhantes, e suas partes 65 16,85% 0,00% 4,33% 7,93%

15 produtos com menor EAV sobre produtos brasileiros no mercado chinês

Estimativa de EAV sobre produtos brasileiros em mercados selecionados

Posição Descrição do produto NCM1

China Estados Unidos

União Europeia

América Latina

82º Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens

12 3,81% 0,19% 1,44% 1,48%

83º Móveis; mobiliário médico-cirúrgico, colchões, almofadas e semelhantes; (...)

94 3,75% 0,06% 0,26% 7,50%

84º Produtos farmacêuticos 30 3,65% 0,00% 0,00% 3,25%

85º Chumbo e suas obras 78 3,25% 1,56% 0,00% 1,05%

86º Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento 25 3,15% 0,08% 0,00% 2,22%

87º Madeira, carvão vegetal e obras de madeira 44 2,71% 0,68% 0,31% 4,55%

88º Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes 88 2,42% 0,00% 0,00% 1,70%

89º Cobre e suas obras 74 2,39% 0,40% 0,19% 2,59%

90º Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para esporte; Suas partes e acessórios

95 2,31% 0,00% 0,11% 3,55%

91º Livros, jornais, gravuras e outros produtos das indústrias gráficas; (...)

49 2,16% 0,00% 0,00% 2,46%

92º Zinco e suas obras 79 2,05% 2,24% 0,28% 1,17%

93º Níquel e suas obras 75 1,44% 0,00% 0,00% 1,10%

94º Combustíveis minerais, óleos Minerais e produtos da sua destilação; Matérias betuminosas; Ceras Minerais

27 1,16% 0,00% 0,48% 1,74%

95º Minérios, escórias e cinzas 26 0,14% 0,00% 0,00% 1,17%

96º Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão de reciclar (...)

47 0,00% 0,00% 0,00% 0,27%

Observação: 1. Código segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL a dois dígitos. Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012a).

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Tabela 4. Principais origens das importações chinesas: 2006 a 2011.

Discr.

2006 2007 2008 2009 2010 2011

País1

Import2

País1

Import2

País1

Import2

País1

Import2

País1

Import2

País1

Import2

1º JAP 115,7 JAP 134,0 JAP 150,6 JAP 130,9 JAP 176,7 JAP 194,6

2º COR 89,7 COR 103,8 COR 112,1 COR 102,6 COR 138,3 COR 162,7

3º TWN 87,1 TWN 101,0 TWN 103,3 TWN 85,7 TWN 115,7 TWN 124,9

4º EUA 59,3 EUA 69,5 EUA 81,6 EUA 77,8 EUA 102,7 EUA 123,1

5º ALE 37,9 ALE 45,4 ALE 55,8 ALE 55,8 ALE 74,3 ALE 92,7

6º MAL 23,6 MAL 28,7 AUS 37,4 AUS 39,4 AUS 61,1 AUS 82,7

7º AUS 19,3 AUS 25,8 MAL 32,1 MAL 32,3 MAL 50,4 MAL 62,1

8º TAI 18,0 FIL 23,1 ARA 31,0 TAI 24,9 TAI 33,2 ARA 49,5

9º FIL 17,7 TAI 22,7 TAI 25,7 ARA 23,6 ARA 32,8 BRA 44,3

10º SIN 17,7 RUS 19,7 RUS 23,8 RUS 21,3 BRA 30,8 RUS 40,4

11º RUS 17,6 ARA 17,6 ANG 22,4 BRA 21,0 RUS 25,9 TAI 39,0

12º ARA 15,1 SIN 17,6 IND 20,3 SIN 17,8 SIN 24,7 AFR 32,1

13º FRA 11,3 IND 14,6 SIN 20,2 ANG 14,7 ANG 22,8 IDS 31,3

14º ANG 10,9 FRA 13,4 IRA 19,6 IND 13,7 IND 20,8 IRA 30,3

15º HGK 10,8 IRA 13,3 FIL 19,5 IDS 13,7 IDS 20,8 SIN 28,1

Outros 239,9 306,1 377,2 330,4 464,8 605,5

Total 791,5 956,1 1.132,6 1.005,6 1.396,0 1.743,4

ICO3

0,262 0,254 0,240 0,242 0,235 0,221

%CHN4

19,93 20,80 18,45 -11,21 38,83 24,88

Observações: 1. Principais países de origem10

; 2. Import = Importações chinesas em US$ bilhões; 3. ICO = Índice de Concentração por Origem

11; 4. %CHN = Percentual de crescimento das importações totais

chinesas no período, com relação ao ano anterior. Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

10

Codificação: AFR = África do Sul; ALE = Alemanha; ANG = Angola; ARA = Arábia Saudita; AUS = Austrália; BRA = Brasil; COR = Coreia do Sul; EUA = Estados Unidos; FIL = Filipinas; FRA = França; HGK = Hong Kong; IDS = Indonésia; IND = Índia; IRA = Irã; JAP = Japão; MAL = Malásia; RUS = Rússia; SIN = Singapura; TAI = Tailândia; e TWN = Taiwan.

11 Dado por ��� = �∑ ���� ���⁄ ���� , em que ��� são as importações de � advindas de � e ��� são as

importações totais de �. Valores mais próximos de zero indicam menor grau de concentração da pauta de origem (LOVE, 1979).

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Tabela 5. Principais produtos na pauta de importações totais chinesas: 2006 a 2011.

Estrutura ordinária de produtos no ano de 2008 2006 2007 2008

Descrição NCM1

Posição

Imp2

Posição

Imp2

Posição

Imp2

Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 270900 2º 66,4 1º 79,9 1º 129,3

Processadores e controladores, mesmo combinados com memórias, conversores, circuitos lógicos, amplificadores, circuitos temporizadores e de sincronização, ou outros circuitos

854231 *** 0,0 2º 79,8 2º 80,9

Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 260111 5º 18,9 4º 30,9 3º 57,1

Outros dispositivos de cristais líquidos e outros aparelhos e instrumentos ópticos

901380 3º 32,8 3º 41,9 4º 45,0

Outros óleos de petróleo ou de minerais betuminosos e preparações, exceto desperdícios

271019 8º 15,1 8º 15,7 5º 27,3

Memórias 854232 *** 0,0 5º 24,9 6º 22,8

Outros circuitos integrados eletrônicos 854239 *** 0,0 6º 19,5 7º 22,1

Soja, mesmo triturada 120100 14º 7,5 11º 11,5 8º 21,8

Unidades de memória 847170 9º 13,3 9º 14,9 9º 17,3

Partes e acessórios para máquinas automáticas de processamento de dados e outras máquinas da posição 8471

847330 6º 18,2 7º 16,8 10º 15,0

Outros 619,3 620,3 693,9

Total 791,5 956,1 1.132,6

ICP3

0,153 0,144 0,161

Estrutura ordinária de produtos no ano de 2011 2009 2010 2011

Descrição NCM1

Posição

Imp2

Posição

Imp2

Posição

Imp2

Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 270900 1º 89,3 1º 135,3 1º 196,8

Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 260111 3º 47,0 3º 76,0 2º 105,6

Processadores e controladores, mesmo combinados com memórias, conversores, circuitos lógicos, amplificadores, circuitos temporizadores e de sincronização, ou outros circuitos

854231 2º 70,9 2º 86,1 3º 98,1

Outros dispositivos de cristais líquidos e outros aparelhos e instrumentos ópticos

901380 4º 35,1 4º 46,9 4º 47,4

Memórias 854232 6º 21,8 5º 34,9 5º 35,1

Outros circuitos integrados eletrônicos 854239 5º 23,7 6º 30,9 6º 31,3

Outros óleos de petróleo ou de minerais betuminosos e preparações, exceto desperdícios

271019 10º 15,4 10º 20,2 7º 30,2

Soja, mesmo triturada 120100 7º 18,8 7º 25,1 8º 29,7

Automóveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.500 cm3 e <= 3.000 cm3 - automóvel carros

870323 16º 8,4 13º 18,0 9º 26,3

Cátodos de cobre refinado e seus elementos, em formas brutas

740311 9º 15,6 8º 21,8 10º 24,8

Outros 659,5 900,9 1.118,1

Total 1.005,6 1.396,0 1.743,4

ICP3

0,141 0,146 0,157

Observações: 1. Código segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL a seis dígitos; 2. Imp = Volume importado em US$ bilhões; 3. ICP = Índice de Concentração por Produto

12.

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

12 Dado por ��� = �∑ ����� ���⁄ ���� , em que ���� são as importações de � para o produto ou setor � e ��� são

as importações totais de �. Valores mais próximos de zero indicam menor concentração (LOVE, 1979).

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Mesmo diante da importância de se buscar alternativas de inserção comercial para

produtos brasileiros no mercado chinês, poucos estudos são encontrados com o intuito de

suprir tal objetivo. Como exemplo, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e

Investimentos (APEX-BRASIL, 2008) elaborou um trabalho que apontou oportunidades13 nos

setores de alimentos e bebidas – carne de aves, farinhas para animais, frutas e sucos, massas

e preparações alimentícias –; máquinas e equipamentos – aviões, borracha, máquinas e

motores –; tecnologia e saúde – instrumentos de precisão e produtos químicos –; moda –

calçados, cosméticos e higiene pessoal, metais e pedras preciosas, peles e couros –; bem

como construção civil – ferramentas, madeiras, metais não-ferrosos, celulose, produtos

minerais, tintas e vidros –. O relatório ainda destaca que, mesmo diante da significativa

elevação das exportações brasileiras para a China, este mercado ainda é inexplorado tendo

em vista a modesta participação do Brasil no total das importações chinesas, o que

permitiria uma política de inserção mais arrojada naquele mercado. Por sua vez, Biato Junior

(2010) aponta para oportunidades principalmente no agronegócio; enquanto Puga et al.

(2004) prognosticaram melhores chances de aproveitamento de comércio nos mercados de

frango, celulose, máquinas e equipamentos, automóveis e autopeças, bem como aviação14.

Ademais, para melhor fundamentar a identificação dessas oportunidades e propor o

potencial de inserção do Brasil no mercado chinês, é necessário que se leve em consideração

aspectos teóricos relacionados ao campo da economia internacional, o que será

apresentado na próxima subseção.

2.2. Identificação de oportunidades comerciais: aspectos teóricos15

O comércio internacional começou a ser objeto de discussão entre os séculos XVI e

XVIII, época em que vigorava o pensamento mercantilista. Para estes, a acumulação de

metais preciosos seria o principal meio de enriquecimento das nações e, para tanto, o

13

No relatório, foram consideradas oportunidades aqueles setores com maior crescimento das importações totais chinesas e maior crescimento das exportações totais brasileiras, de forma simultânea. 14

Para tais indicações, os autores levaram em consideração o crescimento das importações totais chinesas – se o mesmo foi maior que a elevação de seu PIB –, critérios de corte referentes ao volume de comércio – foram descartados setores cujas importações chinesas ou exportações brasileiras não tenham superado a casa dos US$ 200 milhões –, além de informações obtidas sobre a economia chinesa – com ênfase em dados sobre a evolução recente de seu consumo. 15

Parte significativa desta subseção baseia-se em Ethier (1995), Krugman e Obstfeld (1991), Gonçalves et al. (1998) e Blaug (1997).

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comércio com o exterior deveria ser controlado, visto que as importações implicavam saída

de recursos, enquanto as exportações seriam benéficas à economia doméstica. A concepção

mercantilista justificaria a inquieta busca por parte das nações europeias, especialmente

aquelas que exploravam suas colônias, para obter expressivos saldos comerciais favoráveis

em suas transações com o exterior. Referida busca seria baseada em duras medidas

protecionistas, de forma que o país, além de alcançar um influxo de metais preciosos,

tornaria possível usar o trabalho de forma intensiva, sustentar o emprego doméstico e,

consequentemente, aumentar o nível de renda local.

Nos séculos XVIII e XIX, a teoria econômica clássica surge com Adam Smith e David

Ricardo como seus principais representantes e, ao contrário do pensamento mercantilista,

estes mostram que o comércio internacional pode ser favorável a todas as nações

participantes. Nesse sentido, passa-se ao entendimento de que seria um equívoco colocar as

exportações e as importações em posições antagônicas. Adam Smith baseava seu

argumento através do conceito de vantagens absolutas, ou seja, os países se beneficiariam

do comércio ao exportar aquelas mercadorias que produzem com menor custo frente aos

demais países e importar as que produzem com maior custo relativo. Dessa forma, os países

poderiam consumir mais mercadorias do que seriam capazes caso não realizassem

transações externas.

Por sua vez, David Ricardo argumentou os benefícios do comércio através do

conceito de vantagens comparativas. Em sua concepção, as transações entre os países

resultam das diferenças de produtividade e o comércio seria benéfico se a capacidade

relativa de produzir uma mercadoria fosse diferente entre os países, mesmo que a diferença

de custos relativos fosse mais ou menos intensa.

A teoria do comércio internacional surge então no início do século XX, com o

modelo de Eli Heckscher e Bertil Ohlin, o qual abandona a questão tecnológica como

abordada na teoria ricardiana e atribui as vantagens comparativas às diferenças entre

dotações dos fatores. Nesse aspecto, o padrão de comércio entre os países seria

interindustrial, ou seja, o comércio seria realizado como uma troca indireta de fatores de

produção abundantes por fatores escassos no país. Dentro dessa teoria tradicional, vale

ainda destacar as contribuições de Tadeusz Rybczynski, as quais demonstram que as

vantagens comparativas não são imutáveis no tempo e que os países podem alterar suas

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dotações, de forma a mudar seus padrões de especialização, o que pode ser alcançado por

meio de intervenções governamentais estratégicas.

Mais recentemente, a teoria do comércio internacional tem dado importância aos

rendimentos de escala para determinar a especialização nas transações. Nesse sentido,

quanto maior for a escala de produção, mais eficiente será a indústria e mais vantajosa será

a especialização dos países na comercialização de uma variedade limitada de bens. Essa

concepção justifica a ocorrência das transações intraindustriais, padrão de comércio não

captado no modelo de Heckscher-Ohlin. Além das economias de escala, a moderna teoria do

comércio, cujo principal ícone refere-se a Paul Krugman, aborda a concorrência

monopolística como um dos fatores explicativos dos fluxos de transações internacionais, o

que enfatiza as justificativas teóricas para evidenciar as trocas comerciais de bens com

intensidades semelhantes de fatores.

Na envergadura da literatura acerca do comércio internacional, pode-se verificar

um consenso de que países com similares dotações de fatores tendem a apresentar um

maior fluxo de comércio intraindustrial relativo às transações interindustriais. Por outro

lado, quanto mais diferentes forem as dotações dos parceiros, maiores as chances de

ocorrência de um comércio do tipo interindustrial. Nesse sentido, quanto mais similares

forem as estruturas produtivas em dois países16, maior será a proporção de comércio

intraindustrial, modelo de comércio verificado empiricamente entre países desenvolvidos ou

entre países em desenvolvimento. Do contrário, quanto mais dispersas forem as dotações

domésticas, maiores as chances de ocorrência do chamado modelo de comércio centro-

periferia, com transações essencialmente interindustriais.

De caráter mais empírico, o modelo de gravitação tem sido utilizado

contemporaneamente para auxiliar a análise dos padrões do comércio internacional e

explicar os fluxos de transações entre países. Introduzido por Tinbergen (1962), sua intuição

deriva da Lei de Gravitação Universal de Isaac Newton, a qual propõe que dois corpos

quaisquer se atraem por meio de uma força gravitacional que depende das massas desses

objetos (�� e ��) e da distância entre os mesmos ( ). No campo da economia internacional,

as forças de atração – que correspondem às massas econômicas dos parceiros – e as forças

16

Inclusive fatores relativos às condições sociais, infraestrutura, renda per capita, nível educacional etc.

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de repulsão ou fatores de atrito – que se referem à distância geográfica entre os mesmos –

poderiam explicar os fluxos de comércio inter-regionais17.

A análise gravitacional tem se apresentado robusta para modelar fluxos de

comércio entre países, o que veio a dar-lhe o status de principal ferramenta de trabalho para

cientistas ligados ao campo da economia internacional (HELBLE et al., 2007) e de um dos

modelos de maior sucesso empírico na análise econômica (ANDERSON e VAN WINCOOP,

2003). A fundamentação teórica da equação gravitacional parte essencialmente das obras de

Anderson (1979), Bergstrand (1989), Deardorff (1995), Anderson e Van Wincoop (2003) e

Anderson e Van Wincoop (2004), com estes dois últimos trabalhos atualmente considerados

como abordagem padrão para o modelo teórico.

Diante de sua fundamentação teórica, a equação gravitacional pode ser derivada

por meio de diversos modelos de comércio internacional: modelos de completa

especialização e preferências do consumidor idênticas, como apresentado por Anderson

(1979), Bergstrand (1985) e Deardorff (1995); modelos de diferenciação de produtos sob

competição monopolística, como defendido por Helpman (1987); modelos híbridos de

diferentes dotações de fatores e diferenciação de produtos, como observado por Bergstrand

(1989) e Evenett e Keller (2002); bem como modelos de especialização incompleta e custos

de transação, como apresentado por Haveman e Hummels (2004).

São diversos os tipos de estudo que têm aplicado equações gravitacionais. O uso

mais difundido diz respeito à análise dos determinantes das exportações de uma região ou

setor específico, como feito nas obras seminais de Tinbergen (1962), Pöyönen (1963) e

Linnemann (1966), bem como em estudos como os de Zahniser et al. (2002) e Tang (2003).

Outra importante aplicação diz respeito à avaliação de impactos de acordos comerciais,

como realizado por Aitken (1973), Pelzman (1977), Havrylyshyn e Pritchett (1991) e Krueger

(1999). A estimação do efeito-fronteira também tem sido uma relevante aplicação do

modelo gravitacional, para verificar em quantas vezes o comércio dentro da fronteira

nacional é superior ao comércio realizado com o exterior, como efetuado por McCallum

(1995), Helliwell (1996) e Feenstra (2003).

17

Nos estudos aplicados, os fluxos comerciais são regredidos em função das variáveis básicas do modelo, ou seja, PIB dos parceiros (��!� e ��!�) e distância entre os mesmos ( ��). Atualmente, as equações gravitacionais

assumem formas diversas à equação básica de variáveis explanatórias, através da inclusão de dummies e outras variáveis apropriadas ao alcance de certos objetivos.

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Mais recentemente, e com importância seminal para a fundamentação teórica do

presente trabalho, o modelo gravitacional tem sido empregado com o intuito de medir o

valor potencial de exportação entre dois parceiros, sendo a principal metodologia aplicada

em estudos que se debruçam sobre esse objetivo. As referências mais relevantes acerca

desse tipo de análise tratam-se das obras de Baldwin (1994), Nilsson (2000) e Egger (2002).

Nesse escopo, a estratégia de cálculo dos potenciais de exportação passa por dois estágios:

i) no primeiro, realiza-se a estimação da equação gravitacional, com as exportações

observadas como variável dependente e em função das variáveis básicas do modelo – PIB

dos parceiros e distância geográfica entre os mesmos –18; e ii) no segundo estágio, o valor

previsto é confrontado com o valor efetivamente observado. Dessa maneira, o potencial de

comércio é calculado como a diferença entre os fluxos de comércio observados e aqueles

estimados pela equação gravitacional, dados os valores observados das variáveis explicativas

– ou seja, os potenciais são calculados como os resíduos da equação estimada.

Segundo Benedictis e Vicarelli (2004),

The policy implications associated to the finding of a negative sign (untapped trade

potential) in the difference between effective and potential trade go from the

necessity of country specific export promotion and of broader bilateral integration,

to the need to anticipate relevant distribution changes due the effect of the

expansion in bilateral trade flows in the near future (BENEDICTIS e VICARELLI, 2004,

p.5).

A tentativa de apontar setores com oportunidades comerciais subexploradas e

quantificar o volume de comércio potencial entre duas regiões foi objeto de diversas

pesquisas aplicadas. Com efeito, referido tipo de estudo é útil no sentido de ampliar o

volume de exportações, um dos principais fundamentos para se alcançar o crescimento

econômico doméstico, o que tem sido demonstrado desde as hipóteses de North (1955),

passando pelas obras de Kaldor (1970) e Dixon e Thirlwall (1975). Exemplos da literatura

aplicada acerca das oportunidades comerciais são apresentados na subseção a seguir.

18

Como anteriormente descrito, outras variáveis podem ser tratadas como um modelo gravitacional expandido, como tarifas e outras barreiras, dummies de preferências comerciais, fronteira comum, idioma comum etc.

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32

2.3. Identificação de oportunidades comerciais: estudos empíricos

Uma parte significativa de estudos aplicados com o intuito de apontar

oportunidades comerciais existentes entre duas regiões associam suas pesquisas às ideias de

competitividade e vantagens comparativas. Lafay (1990) separa os dois conceitos da

seguinte maneira: para se analisar a competitividade, deve-se comparar os custos de duas

ou mais regiões para o mesmo produto; para as vantagens comparativas, verifica-se a

diferença dos custos entre diferentes produtos em uma mesma região. No aspecto

microeconômico, caracteriza-se um setor como competitivo se o mesmo apresentar boas

condições de preço e custo no mercado onde atua. Pelo lado macroeconômico, pesam as

variáveis exógenas à firma, associadas principalmente à taxa de câmbio. Quanto mais a

moeda da região exportadora for valorizada frente à externa, menores as condições

competitivas de seus setores produtivos.

Ademais, Hidalgo e Feistel (2007) destacam que os conceitos de competitividade e

vantagens comparativas podem ser associados quando a taxa de câmbio reflete a paridade

do poder de compra. Dessa maneira, a competitividade de diferentes bens em relação à

média mundial definiria claramente a estrutura das vantagens comparativas. Por outro lado,

ao haver sobrevalorização da moeda local, alguns produtos que apresentam vantagem

comparativa seriam penalizados, podendo-se tornar não competitivos no mercado

internacional. Os autores ainda destacam que a competitividade é também influenciada pela

participação em acordos bilaterais ou multilaterais de comércio, sistemas de preferências e

barreiras tarifárias e não-tarifárias.

Conforme diversas publicações científicas indicam, o trabalho que mais contribuiu

para a produção de indicadores mais precisos acerca das vantagens comparativas de uma

região foi o realizado por Balassa (1965), baseando-se na ideia de que o próprio comércio

exterior vigente seria capaz de revelar suas vantagens comparativas. Nesse sentido, uma

região teria vantagem comparativa em dado setor quanto melhor fosse seu desempenho no

mercado mundial. Ao levar em consideração essa hipótese, o autor desenvolveu o Índice de

Vantagem Comparativa Revelada (VCR)19 para apontar esse resultado. Assim, quando o peso

das exportações regionais de um setor sobre o total exportado por essa região for maior que 19

Dado pela expressão "�#�� = �$%& ∑ $%&&' ��$(& ∑ $(&&' �, em que ��� representa as exportações do país � no setor � e �)�

representa as exportações mundiais no mesmo setor.

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33

o peso das exportações mundiais do mesmo setor no total comercializado em todo o

mundo, a região revelaria sua vantagem comparativa nas exportações em referido setor20.

Hidalgo (2000) alerta que, a rigor, a vantagem comparativa deveria ser determinada

por preços relativos dos bens antes do comércio. Entretanto, o índice VCR de Balassa (1965)

é uma medida revelada, baseada em dados observados do comércio. Assim, a presença de

distorções como restrições tarifárias e não-tarifárias, subsídios à exportação, acordos

comerciais e grandes divergências de câmbio podem tornar inválido o resultado com base

no índice VCR. Para contornar o problema, o índice não toma por base dados de importação,

considerando-se que estes seriam bastante afetados por medidas protecionistas.

O conhecimento das vantagens comparativas contribui no sentido de indicar as

melhores oportunidades de competição no mercado externo, esperando-se, portanto, que

as medidas de política econômica devam ser consistentes com um melhor aproveitamento

das vantagens comparativas. Segundo Hidalgo e Mata (2004):

O conhecimento dos produtos que detêm vantagem comparativa no comércio

internacional é de extrema relevância para a formulação de estratégias de

crescimento e o bem-estar econômico de uma determinada região ou país. A

determinação de tais produtos permite estabelecer estratégias sólidas de inserção

internacional para a economia em um mundo que é cada vez mais globalizado e

competitivo (HIDALGO e MATA, 2004, p.967).

Nesse sentido, diversos estudos têm utilizado o indicador de Balassa (1965) e outros

inspirados neste para apontar oportunidades comerciais. No estudo de Kume e Piani (2004),

por exemplo, a indicação dos potenciais de exportação foi feita com base no índice VCR: se a

região exportadora tem vantagem comparativa em dado setor � e a região importadora tem

desvantagem no mesmo21, então o comércio entre estes poderia ser ampliado em �. Como

outro exemplo, o índice de Vollrath (1991), que parte do índice original de Balassa (1965)22,

foi utilizado por Bender e Li (2002) para analisar o padrão de comércio de manufaturados

20

O que ocorre quando "�#�� > 1. 21

Calculada de forma equivalente ao índice "�#��, mas tomando-se por base dados relativos às importações, em vez das exportações. 22

O mesmo elimina o viés existente quando a região estudada tem participação considerável no comércio mundial de determinado bem. Assim, simplesmente remove a dupla contagem nos termos da expressão

matemática do índice "�#�� de Balassa (1965). Assim, "�#"�� = ,$%& -�∑ $%&& �.$%&/' 0,�$(& .$%&� -�∑ $(&& �.$%&/' 0 e, se "�#"�� > 1, a

região � apresentaria vantagem comparativa nas exportações do setor �.

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34

em países selecionados. Por sua vez, o Índice de Contribuição do Saldo Comercial (ICSC)

desenvolvido por Lafay (1990)23, foi aplicado por Hidalgo (1998) para estudar a

competitividade do Nordeste brasileiro no comércio internacional.

Outros indicadores – como o Índice de Posição Relativa (POS)24, Índice de

Desempenho (DES)25, Índice de Orientação Regional (IOR)26 –, têm sido também empregados

com frequência para se analisar a posição dos setores produtivos domésticos no comércio

internacional. Em geral, a combinação de indicadores formam matrizes de potencialidade

que podem apontar as principais oportunidades, em determinados mercados, para produtos

exportados por certa economia. Por exemplo, Rubin e Ilha (2008) analisaram o potencial

exportador da carne de frango brasileira em cinco regiões selecionadas – União Europeia,

NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), CEI (Comunidade dos Estados

Independentes), China e Japão – e, para tanto, utilizaram método baseado em um quadro

dividido pelo cruzamento de dois indicadores: i) na vertical, a média das importações entre

os anos de 1999 e 2003 e entre as regiões selecionadas – total das importações dividido por

cinco vezes cinco27 –; e ii) na horizontal, a taxa média de crescimento das importações entre

1999 e 2003, de cada região selecionada. Assim, quatro quadrantes foram formados: i)

acima e à direita estariam os mercados “altamente atrativos”, referentes àqueles que

apresentaram tamanho e crescimento das importações acima da média das regiões no

23

Também inspirado pelo índice de Balassa (1965), o indicador de Lafay (1990) compara o saldo comercial

observado para cada setor com seu saldo teórico: ��1��� = �223$%45%6 �⁄ ∙ 3��� −���6 − 3�� −��6 ∙ �$%&45%&�3$%.5%6 �, em

que ��� e ��� representam as exportações e as importações da região � no setor �, enquanto �� e �� representam as exportações e as importações totais da região �. Se ��1��� > 0, a região � apresentaria vantagem comparativa nas exportações do setor �. 24

Dado por ��1�� = �$%&.5%&�$(& , em que ��� e ��� representam as exportações e as importações da região � no

setor �, enquanto �)� representa as exportações totais mundiais no mesmo setor. Se ��1�� > 0, a região � apresentaria saldo superavitário em �.

25 Dado por :1���; = �;.;< ∙ =����; − ����;< ∙ ∑ $%>&?&∑ $%>&?<& @, em que����; representa as exportações da região � para a

região � no setor �, calculadas no ano A; enquanto ����;< representa as exportações da região � para a região � no

setor �, calculadas no ano-base A2. Tal indicador permitiria avaliar se uma região � perdeu ou ganhou espaço no mercado do parceiro �, entre os anos A2 e A. Assim, se :1���; > 0, diz-se que o desempenho do setor no ano A foi superior ao verificado no ano-base.

26 Dado por ��#��� = $%>& ∑ $%>&&'$%(& ∑ $%(&&' , em que ���� representa as exportações de � para � no setor �, enquanto ��)�

representa as exportações de � para o mundo no mesmo setor. Se ��#��� > 1, a região � teria importância para

as exportações do setor �, realizadas pela região �. 27

Visto que a amostra analisada era composta por informações relativas a cinco anos e a cinco mercados distintos.

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período; ii) acima e à esquerda estariam os mercados “promissores”, referentes àqueles

que, apesar de menor tamanho frente à média das regiões, tiveram taxa de crescimento das

importações mais elevadas; iii) abaixo e à direita estariam os mercados “potenciais”, tidos

como aqueles caracterizados por tamanho acima da média e menor crescimento das

importações; e iv) abaixo e à esquerda estariam os mercados de “menor interesse”, com

tamanho e taxa de crescimento menores que a média das regiões.

Por sua vez, Fontenele et al. (2004) pretenderam expor a capacidade exportadora

do estado do Ceará por meio da manipulação do conceito de competitividade sistêmica. De

acordo com os autores, o desempenho dos setores poderia ser visto pela ótica específica da

competitividade revelada:

Esta visão de competitividade mostra um resultado (expresso no comércio exterior)

que, de alguma forma, revela esse ambiente externo que pode ter sido construído

(ou modificado) por ações de políticas econômicas com o objetivo específico de

promover tal competitividade ou proporcionar esta como consequência

(FONTENELE et al., 2004, p.157).

Com essa hipótese, os autores aplicaram um conjunto de indicadores de

competitividade: Coeficiente de Grau de Abertura (GA)28, que tomou a participação do

comércio total do Ceará no seu Produto Interno Bruto; Taxa de Cobertura (TC)29, que indicou

em quantas vezes as exportações de um setor cobre o volume de importações do mesmo;

Market Share (MS)30, que tomou a participação do comércio total do Ceará no comércio

total do Nordeste; Índice de Contribuição ao Saldo Comercial (ICSC), como já detalhado

anteriormente; e Coeficiente de Especialização (CE)31, que tomou a participação das

exportações cearenses de um setor sobre as exportações nordestinas do mesmo. Dessa

maneira, o movimento desses indicadores sinalizaria a competitividade dos setores diante

das condições sistêmicas.

28

Dado por BC� = �� D�⁄ , em que �� representa as exportações da região � e D� representa o PIB da mesma região. 29

Dado por E��� = ��� ���⁄ , em que ��� e ��� representam as exportações e as importações da região � no setor �. 30

Dado por �1� = �� �F⁄ , em que �� representa as exportações da região � e �F representa as exportações da região em que � está inserida. 31

Dado por �:�� = ��� �F�⁄ , em que ��� representa as exportações da região� no setor � e �F� representa as exportações no mesmo setor na região em que � está inserida.

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Já o estudo de Fontenele e Melo (2007), com o intuito de apontar setores com

potencial de ampliação das exportações do Nordeste, utilizaram método de comparação

entre o dinamismo destes na demanda mundial e o ganho de competitividade dos setores

exportadores nordestinos no comércio internacional. A análise foi feita especificamente por

Unidade Federativa e metodologias semelhantes foram aplicadas tanto para verificar o

dinamismo dos setores no mercado mundial, quanto para mensurar o ganho de

competitividade destes em cada estado nordestino. Basicamente, as estimativas foram

tomadas pelo Coeficiente de Especialização das Exportações, que mede a participação do

setor no total de exportações. Calculando-se o indicador para os anos de 1996 a 2001, os

autores classificaram os bens de acordo com as seguintes categorias: muito dinâmicos, caso

o coeficiente tenha crescido acima de 5% no período; dinâmicos, caso tenha crescido entre

3% e 5%; intermediários, entre 2% e 3%; em regressão, entre zero e 2%; e em decadência,

caso tenha ocorrido queda do coeficiente. Se fosse demonstrado que houve dinamismo do

produto na demanda mundial e, simultaneamente, que este não tivesse apresentado ganho

de competitividade pelo estado analisado, a conclusão seria de que o setor estudado teria

potencial para expandir suas exportações.

Metodologia semelhante foi aplicada por Fontenele e Melo (2003), para identificar

setores potenciais no estado do Ceará. Entretanto, a análise tomou por base dois

indicadores: o Coeficiente de Especialização (CE) e a participação do estado no mercado

mundial (PM). O período considerado na análise correspondeu aos anos de 1997 a 2001 e,

quando se verificasse crescimento em CE e queda em PM, a indicação seria de que houve

perda de oportunidades, tendo em vista a ascensão da demanda e, concomitantemente, a

redução da participação do Ceará no mercado. A classificação dos setores também foi feita

de acordo com seu dinamismo nas exportações: setores muito dinâmicos, quando o

crescimento das exportações fosse superior a 8%; dinâmicos, quando o crescimento

estivesse entre 6% e 8%; intermediários, entre 4% e 6%; e de baixo dinamismo, quando

abaixo de 4%.

Indicadores de concentração também têm sido amplamente utilizados para verificar

o desempenho de setores e países no comércio internacional. O conhecido Coeficiente de

Gini-Hirchman é utilizado como Índice de Concentração por Produto (ICP) e como Índice de

Concentração por Destino (ICD), a depender do critério de avaliação. Nos dois indicadores, o

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cálculo segue a mesma lógica: i) para cada produto (ou destino), toma-se o quadrado da

razão de suas exportações sobre as exportações totais da região estudada; ii) em seguida, os

termos obtidos para cada produto (ou destino) são somados e, posteriormente, obtém-se a

raiz quadrada dessa soma. O resultado encontrado varia entre zero e um, sendo que quanto

mais próximo da unidade, mais concentrada seria a estrutura produtiva (ou de destino) da

região estudada. Dentre outros estudos, Love (1979) utilizou tais indicadores para analisar as

relações entre a instabilidade das exportações e seus níveis de concentração para 52 países

selecionados.

O indicador de concentração intraindustrial de Grubel e Lloyd (GL), por sua vez, foi

construído com o propósito de verificar se a elevação dos fluxos comerciais em certo

período teria apresentado grau mais inter ou intrassetorial. Diversos estudos têm utilizado o

indicador, a exemplo do realizado por Hidalgo (1998) para estudar a competitividade do

Nordeste brasileiro no comércio internacional. O índice é obtido através do módulo da razão

entre o saldo comercial e a soma das exportações e importações totais da região �, referentes ao setor �. Assim, quanto mais próximo de zero, maior será o peso do comércio

intraindústria na região � para referido setor.

Outra ferramenta utilizada para verificar potenciais de comércio diz respeito aos

modelos de equilíbrio geral, principalmente no sentido de estimar os efeitos de mudanças

em variáveis relevantes sobre o comércio internacional. Através desse método, Oliveira e

Ferreira Filho (2006), por exemplo, analisaram os impactos da hipótese de eliminação de

barreiras tarifárias na União Europeia sobre o agronegócio da soja brasileira. Perobelli e

Haddad (2006) também aplicaram a metodologia com o objetivo de simular as implicações

do crescimento das exportações de estados específicos do Brasil sobre a estrutura de

exportações das demais Unidades Federativas.

Importante também destacar as simulações feitas através de Constant Market

Share (CMS), que compara o crescimento ocorrido nas exportações de � para � com o

crescimento potencial das exportações. Este, por sua vez, é assumido como o aumento que

teria acontecido caso tais vendas acompanhassem a evolução das importações gerais de �. Dessa maneira, o crescimento potencial mostra quanto deveria ser o aumento das

exportações de � para manter constante a participação de � nas importações de �, em um

ano-base A2. Quando o crescimento ocorrido se apresenta acima (ou abaixo) do potencial,

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dois aspectos poderiam explicar tal fato: i) o efeito da composição da pauta de exportações

de �, ou seja, as exportações de � poderiam ter se concentrado em produtos cuja demanda

de � cresceu acima (ou abaixo) da média do crescimento do país; ou ii) o efeito

competitividade, ou seja, teria havido ganho (ou perda) de participação dos produtos

exportados por � no mercado de �. O primeiro efeito seria calculado pelo somatório, em �, do produto formado pelos

seguintes termos: i) exportações do setor � no ano-base A2; e ii) taxa de crescimento das

importações de �, para o setor �, no período analisado, menos a taxa de crescimento das

importações totais de �, no mesmo período. Quanto ao efeito competitividade, este seria

calculado pelo somatório, em �, do seguinte termo: as exportações de �, para o produto �,

no último período; menos as exportações de � em A2, para o produto �; menos o produto das

exportações de � em A2, para o produto �, vezes a taxa de crescimento das importações de �, para o produto �, em todo o período analisado. Os resultados devem ser então avaliados

segundo o sinal dos efeitos: para o efeito da composição da pauta de exportações, se o

mesmo fosse positivo (ou negativo), seria indicado que os produtos exportados por � teriam

se concentrado em itens cuja demanda de � se elevou acima (ou abaixo) de seu crescimento

médio; para o efeito competitividade, se o mesmo fosse positivo (ou negativo), os indícios

seriam de que produtos exportados por � ganharam (ou perderam) participação no mercado

de �. A metodologia CMS tem sido aplicada em diversos estudos e, dentre estes, Puga et al.

(2004) utilizaram a mesma para identificar se o crescimento das exportações do Brasil para a

China, entre 1995 e 2002, teria sido devido ao dinamismo das importações chinesas ou

graças ao aumento da competitividade dos produtos brasileiros.

Análises econométricas também ganharam espaço na literatura aplicada à

identificação de potenciais de comércio. Como exemplo, Silva (1992) utilizou um modelo

para conhecer as elasticidades de substituição entre um país � e um determinado

concorrente � no mercado internacional do produto �. O modelo estimado teve como

variável dependente a quantidade exportada do bem � pelo país �, dividido pela quantidade

exportada do bem � pelo país �. Como variáveis explicativas, foram incorporadas as

seguintes: i) preço médio de exportação do bem �, praticado por �, dividido pelo preço

médio de exportação do mesmo bem, praticado pelo concorrente �; e ii) variável

dependente defasada em um período. O coeficiente esperado para a primeira variável

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explicativa seria negativo, mas a avaliação dos principais concorrentes do país � seria dada

pela magnitude desse coeficiente: quanto maior fosse seu valor em módulo, maior seria a

inserção do concorrente quando os preços praticados por � se elevassem. Quanto à variável

dependente defasada, esta indicaria a rigidez de mercado: se seu coeficiente estimado fosse

positivo, as evidências seriam de que as exportações em A teriam sido influenciadas

positivamente pelas verificadas em A − 1, o que indicaria uma posição favorável de � no

mercado internacional.

Outra metodologia amplamente difundida diz respeito ao critério de Gutman-

Miotti, desenvolvido em Gutman e Miotti (1996), em que as melhores oportunidades para

uma economia � no mercado de certa região � seriam associadas aos setores �

caracterizados como “pontos fortes” do comércio exterior na região � e, simultaneamente,

como “pontos fracos” da região �. Os setores caracterizados como “pontos fortes” seriam

aqueles que apresentassem, para a região �, vantagem comparativa nas exportações e,

simultaneamente, taxa de cobertura acima da unidade32. Por sua vez, os “pontos fracos” da

economia � seriam relacionados aos setores � que apresentassem desvantagem comparativa

nas importações de � e, simultaneamente, taxa de cobertura abaixo da unidade33. Dentre

outros estudos, tal critério foi adotado por Hidalgo (1998) para estudar a competitividade do

Nordeste brasileiro no comércio internacional. De acordo com o autor, a comparação dos

“pontos fortes” de um país exportador com os “pontos fracos” de um parceiro importador

seria capaz de sugerir os produtos com maior potencial de comércio, ou seja, aqueles em

que o primeiro país teria melhores oportunidades de inserção no segundo. Nesse sentido,

seria possível conhecer o grau de aproveitamento e adaptação da oferta dos produtos de

uma região à demanda internacional.

A ideia de investigar setores em que certa região apresenta vantagem comparativa

e outra apresenta desvantagem comparativa também está presente no Índice de

Complementaridade (IC)34, um dos diversos inspirados no índice original de Balassa (1965).

Dentre outros trabalhos que aplicaram referido indicador, Veiga e Castilho (2003) levaram-

no em consideração para avaliarem as convergências setoriais nas relações de comércio

32

Ou seja, aqueles que apresentassem "�#�� = �$%& ∑ $%&&' ��$(& ∑ $(&&' � > 1 e E��� = $%&5%& > 1.

33 Ou seja, aqueles com "�#�� = �5%& ∑ 5%&&' ��5 ∑ 5(&&⁄ � > 1 e E��� = $%&5%& < 1.

34 Dado por ����� = "�#�� ∙ "�#��. Se ����� > 1, as regiões seriam complementares no comércio do setor �.

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entre Brasil e Estados Unidos. Segundo os autores, o índice avalia a coincidência entre a

oferta exportadora de uma região e a demanda importadora de seu parceiro. Nesse sentido,

quanto mais elevado for o IC calculado, maior seria o grau de complementaridade e,

portanto, o volume de comércio esperado entre os parceiros, em decorrência de uma

combinação de elevadas vantagens comparativas do exportador e desvantagens do

importador, ou pela predominância de um desses efeitos.

Mais recentemente, Xavier et al. (2009) introduziram outro indicador às alternativas

de avaliação do desempenho e das oportunidades de comércio, tratado como Índice de

Efetividade Comercial (IEC). Segundo os autores, referido indicador pode ser utilizado para

se comparar os resultados de complementaridade – encontrados por meio do índice IC,

comentado anteriormente – frente ao comércio efetivo realizado entre dois parceiros. O

indicador foi construído a partir do cruzamento de duas informações, feita através do

produto desses termos: i) o quanto as exportações efetivas de � para � são mais

especializadas no comércio do setor � com relação ao que ocorre nas exportações de � para

o mundo; e ii) o quanto as importações efetivas de � advindas de � são mais especializadas

em � do que são nas importações de � advindas do mundo.

O resultado do cálculo do índice IEC é então comparado com o resultado do

indicador de complementaridade (IC). Segundo os autores, espera-se previamente que, para

dado setor �, o resultado de IEC > 1 seja compatível com a existência de complementaridade

entre as regiões � e � (IC > 1). Por outro lado, espera-se também que, para dado setor �, o

resultado de IEC < 1 seja compatível com a não existência de complementaridade entre � e � (IC < 1). Entretanto, se IEC > 1 e IC < 1, compreende-se que o comércio entre � e � apresenta

um nível de especialização em � acima do esperado, diante da não complementaridade

entre as regiões. Por outro lado, se IEC < 1 e IC > 1, há indícios de que o comércio efetivo

seja subaproveitado, visto que o comércio efetivo entre � e � apresenta um nível de

especialização em � incompatível com a existência de complementaridade. Nesses casos, em

que IC > 1 e IEC < 1, estariam, portanto, aqueles setores com potencial subexplorado, ou

seja, aqueles que não aproveitam a complementaridade existente entre � e �. Xavier (2009)35 incrementou referida metodologia com o intuito de responder a

seguinte questão: se são identificados setores subaproveitados na relação entre � e �, qual

35

Em estudo sobre as oportunidades de comércio para a região nordestina na União Europeia.

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seria o nível mínimo de acréscimo das exportações sobre esses setores, capaz de eliminar

suas condições de subaproveitamento? Diante disso, o autor sugeriu que, se para

determinado setor existe complementaridade entre as regiões estudadas (IC > 1) e essa

característica não é efetivamente bem aproveitada (IEC < 1), bastaria que as exportações

desse bem fossem ampliadas a um nível tal que, no mínimo, reflita o nível de especialização

esperado para o comércio desse setor. Ou seja, esse acréscimo deveria ser tal que, no

mínimo, pudesse levar cada item subaproveitado a obter IEC = 1. Para encontrar tais

acréscimos, o autor recorreu a métodos matemáticos iterativos para resolução de um

conjunto de equações de 3º grau, o que possibilitou indicar, de forma simultânea, todos os

potenciais mínimos de exportação associados aos setores subaproveitados. Adicionalmente,

o autor sugere que sejam observados os fatores de resistência ao comércio entre os

parceiros36, cujos efeitos podem restringir a ocorrência efetiva de tais exportações

potenciais.

Como visto, existe um expressivo elenco de técnicas que buscam apontar as

melhores oportunidades para produtos exportados por certa região � em determinado

mercado �. Contudo, poucas inferem os valores potenciais de exportação associados a

referidos produtos. A metodologia de confronto entre os indicadores IC e IEC, assim como as

simulações matemáticas realizadas através de Modelo de Equilíbrio Geral, bem como

através de Constant Market Share (CMS), são exemplos de metodologias que podem indicar

tais resultados, ou seja, de um volume de comércio potencial existente entre dois parceiros

em dado setor �.

Nesse sentido, a metodologia mais difundida na literatura relacionada ao cálculo de

potenciais de comércio entre duas regiões refere-se à utilização de equações gravitacionais.

A abordagem é relativamente recente e, no Brasil, não há exemplos de aplicações na

literatura, com exceção do trabalho de Almeida et al. (2011), que analisa especificamente o

mercado internacional de trigo. Na literatura internacional, os exemplos mais comuns

referentes ao uso de equações gravitacionais para previsão de potenciais de comércio

encontram-se em Baldwin (1994), que estudaram o potencial de comércio na Europa pós-

Guerra Fria; Nilsson (2000), que também se debruçaram sobre o comércio na União

36

O mesmo avaliou tais fatores apenas através do equivalente ad valorem de cada setor – que inclui barreiras tarifárias e não tarifárias – associado à região importadora.

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Europeia e os possíveis efeitos da entrada de países selecionados neste bloco; e Egger

(2002), estudo de caráter mais metodológico, que também observa o comércio potencial

existente entra a União Europeia e países do centro e do leste europeu. Como já descrito, a

ideia da aplicação do modelo gravitacional passa pelo cálculo das exportações potenciais em

dois estágios: i) um primeiro em que se estima uma equação de gravidade; e ii) um segundo

em que o valor previsto das exportações é confrontado com o valor efetivamente

observado. Assim, o potencial de comércio é calculado como a diferença entre os fluxos de

comércio observados e aqueles estimados pela equação gravitacional, dados os valores que

formam o vetor de variáveis explicativas.

Não obstante a importância das implicações dos resultados que podem ser

alcançados, a utilização de modelos gravitacionais com o intuito de calcular o potencial de

exportações possui uma forte limitação operacional quanto à análise desagregada por

setores ou produtos37. Com efeito, os trabalhos que utilizam referida metodologia

costumam avaliar o potencial de comércio de um único setor ou produto38, ou analisa as

oportunidades para todos os setores agregados39. No nível máximo de desagregação, os

estudos encontrados têm empreendido análise apenas sobre um conjunto limitado de

setores40. Tal dificuldade é comum porque, para satisfazer o objetivo de identificar

oportunidades – em setores e/ou produtos – em um mercado específico e computar o

potencial de comércio em cada uma destas, seria necessário, portanto, estimar diversas

equações gravitacionais – para cada um dos setores ou produtos. Apesar disso, as vantagens

da utilização de referido método continuam despertando o interesse de diversos

pesquisadores.

37

Com o intuito de não só computar o potencial de comércio entre duas regiões, seria interessante examinar as oportunidades de forma desagregada por setores ou produtos, o que possibilitaria a proposição de políticas comerciais mais direcionadas. 38

Como exemplos, encontram-se os trabalhos de Almeida et al. (2011), ao estudar o mercado mundial de trigo; e Martínez-Galán et al. (2006), que examinaram o comércio de produtos manufaturados na União Europeia. 39

Como exemplos, encontram-se os trabalhos de Egger (2002), que estudaram o comércio entre países da União Europeia; e Ozdeser e Ertac (2010), que avaliaram o comércio potencial da Turquia frente aos países da zona do Euro. 40

Como exemplo, encontra-se o trabalho de Melchior et al. (2009), que identificou as oportunidades da Noruega no mercado mundial de 12 diferentes agregados setoriais.

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43

3. METODOLOGIA E DADOS

Conforme exposto na revisão literária, a metodologia mais difundida relacionada ao

cálculo de potenciais de comércio entre duas regiões refere-se à utilização de equações

gravitacionais. Contudo, o presente estudo busca avaliar, de forma desagregada, os setores

da pauta exportadora brasileira segundo seu aproveitamento de comércio junto ao mercado

chinês, o que traz dificuldades quanto à operacionalização de estimativas de diversas

funções gravitacionais. Com efeito, o intuito é analisar, separadamente, o potencial de

comércio para mais de 5.700 produtos da pauta exportadora brasileira41. Portanto, realizar

tantas estimações de forma adequada, atentando-se para detalhes e testes econométricos

quanto à melhor especificação de cada modelo, significa demasiado esforço operacional.

Nesse sentido, pretende-se realizar a análise em dois estágios, com objetivos de

estabelecer, previamente, um critério para a seleção de setores relevantes para estimar suas

respectivas equações gravitacionais. No primeiro estágio, serão consideradas duas

metodologias – referentes aos critérios de Gutman-Miotti e de confronto entre os Índices de

Complementaridade (IC) e Efetividade Comercial (IEC) – para se estabelecer um elenco de

produtos relevantes a serem analisados por meio das equações gravitacionais. Portanto,

esse elenco será tratado como as principais oportunidades comerciais existentes na China

para produtos exportados pelo Brasil. Em seguida, no segundo estágio, serão estimadas

equações gravitacionais para cada produto elencado na etapa anterior, o que indicará o

volume esperado de comércio associado a cada setor potencial. Nesta seção, são

apresentadas particularidades referentes a essa proposta metodológica. Posteriormente, a

descrição dos dados a serem utilizados será feita em subseção específica.

3.1. Identificação de setores potenciais

Para tal caracterização, serão utilizadas duas metodologias: o critério de Gutman-

Miotti e o critério de confronto entre os resultados dos índices IC e IEC. As subseções

seguintes buscam aprofundar referidas metodologias a serem utilizadas.

41

Para tanto, será considerada a classificação da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) a seis dígitos, como será posteriormente descrita de forma mais detalhada.

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44

3.1.1. Vantagem Comparativa Revelada

O conceito de vantagem comparativa revelada parte da concentração ou

especialização das exportações da região � em determinado setor produtivo �. A

especialização é calculada a partir da participação das exportações de � sobre o total

exportado. Se essa participação é maior na região � do que é para o observado no comércio

mundial, diz-se que a região � tem vantagem comparativa nas exportações do setor �. Assim,

se a participação do setor � nas exportações da região � é maior que a participação do setor � nas exportações mundiais, então a região � é mais especializada em comercializar tais

produtos do que é observado no comércio mundial. Referido indicador é calculado como a

seguir:

"�#�� = I ��)�∑ ��)�� JI �))�∑ �))�� J

Em que:

• "�#�� refere-se à vantagem comparativa, no setor �, da região exportadora � –

no caso em análise, � corresponde ao Brasil ;

• K refere-se ao mundo – todos os países ;

• ��)� são as exportações, para cada setor �, de � para K;

• ∑ ��)�� são as exportações totais de � para K;

• �))� são as exportações totais de K, para cada setor �;

• ∑ �))�� são as exportações totais de K.

Nesse sentido, se um país é mais especializado no comércio em determinado setor,

seu "�#�� será maior que 1.

Como interpretação acerca do valor calculado de "�#��, o indicador aponta quantas

vezes a região � é mais ou menos especializada nas exportações do setor � frente ao

verificado no comércio mundial. Por exemplo, se "�#�� = 2, indica-se que a região � é duas

vezes mais especializada nas exportações do setor � do que é observado para o comércio

mundial. Por outro lado, se "�#�� = 0,5, indica-se que a região � é duas vezes menos

especializada nas exportações do setor � do que é observado para o comércio mundial (ou

seja, representa 50% da especialização registrada no comércio mundial).

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Mais recentemente, a literatura tem aplicado o indicador de vantagem comparativa

a partir da normalização do índice "�#��. Tal transformação é apropriada no sentido de se

obter resultados entre −1 e +1, diferentemente do índice "�#��, que pode variar entre 0 e +∞. Referido indicador, o qual se convencionou chamar Índice de Vantagem Comparativa

Simétrica ("�1��), pode ser expresso como abaixo:

"�1�� = "�#�� − 1"�#�� + 1

Como intepretação, diz-se que a região � é mais especializada no comércio do setor � quando o indicador "�1�� resulta em um valor positivo. Por outro lado, quando "�1�� < 0,

diz-se que a região � é menos especializada em comercializar tais produtos do que é

observado no comércio mundial.

3.1.2. Desvantagem Comparativa Revelada

Da ideia de "�#��, surge o conceito de "�#��, ou seja, uma medida para o quanto

a região � é especializada em importar produtos do setor � com relação ao observado para o

comércio mundial. Assim, se a participação do setor � nas importações da região � é maior

que a participação do setor � nas importações mundiais, então a região � é mais

especializada em importar tais produtos do que é observado no comércio mundial. Referido

indicador é calculado como a seguir:

"�#�� = = ��)�∑ ��)�� @I �))�∑ �))�� J

Em que:

• "�#�� refere-se à desvantagem comparativa, no setor �, da região

importadora � – no caso em análise, � corresponde à China ;

• K refere-se ao mundo – todos os países ;

• ��)� são as importações, para cada setor �, de � advindas de K;

• ∑ ��)�� são as importações totais de � advindas de K;

• �))� são as importações totais de K, para cada setor �;

• ∑ �))�� são as importações totais de K.

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Nesse sentido, se um país é mais especializado na importação de determinado bem,

seu "�#�� será maior que 1.

Como interpretação acerca do valor calculado de "�#��, o indicador aponta

quantas vezes a região � é mais ou menos especializada nas importações do setor � frente ao

verificado no comércio mundial. Por exemplo, se "�#�� = 2, indica-se que a região � é duas

vezes mais especializada nas importações do setor � do que é observado para o comércio

mundial. Por outro lado, se "�#�� = 0,5, indica-se que a região � é duas vezes menos

especializada nas importações do setor � do que é observado para o comércio mundial (ou

seja, representa 50% da especialização registrada no comércio mundial).

Analogamente ao descrito quanto ao índice "�#��, também é possível efetuar a

normalização de "�#��, no sentido de se obter resultados entre −1 e +1. Assim, o Índice

de Desvantagem Comparativa Simétrica ("�1��) pode ser expresso como abaixo:

"�1�� = "�#�� − 1"�#�� + 1

Como intepretação, diz-se que a região � é mais especializada nas importações do

setor � quando o indicador "�1�� resulta em um valor positivo. Por outro lado, quando "�1�� < 0, diz-se que a região � é menos especializada na importação de tais produtos do

que é observado no comércio mundial.

3.1.3. Taxa de Cobertura

Outro importante indicador utilizado como critério de identificação de setores-

chave em pautas de comércio diz respeito à Taxa de Cobertura. Trata-se de uma proporção

simples entre as exportações do setor � e suas importações, registradas na mesma região �. Assim, o quociente calcula em quantas vezes as exportações do setor � superam suas

importações, se E��� > 1; ou em quantas vezes as importações de tais produtos são maiores

que as exportações no mesmo setor, o que se caracteriza quando E��� < 1. Formalmente:

E��� = ��)���)�

Em que ��)� são as exportações totais de � no setor �, enquanto ��)� representa as

importações totais de � no mesmo setor.

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3.1.4. Critério de Gutman-Miotti

Com o intuito de elencar setores-chave nas pautas de comércio, Gutman e Miotti

(1996) desenvolveram uma metodologia para comparar os principais “pontos fortes” e

“pontos fracos” de uma economia frente a suas transações realizadas com o exterior. Para

os autores, constituiriam “pontos fortes” aqueles setores em que, simultaneamente,

caracterizarem-se por "�1�� > 0 e E��� > 1. Assim, para um setor � ser considerado “ponto

forte” para a economia �, esta região deveria ser mais especializada em � do que o

observado para o comércio mundial e, concomitantemente, as exportações nesse setor

deveriam superar o volume registrado para suas importações. Analogamente, seriam

considerados “pontos fracos” de uma economia os setores em que, simultaneamente,

caracterizarem-se por "�1�� > 0 e E��� < 1, ou seja, aqueles setores em que a região � é

mais especializada nas importações do que o observado para o comércio mundial e,

concomitantemente, as exportações nesse setor são inferiores ao volume observado para

suas importações.

É evidente que cada economia apresenta “pontos fortes” e “pontos fracos” frente a

suas transações com o exterior e, segundo o critério de Gutman-Miotti, a coincidência entre

“pontos fortes” de uma região � e “pontos fracos” de uma região �, poderia indicar um

potencial de comércio entre referidas economias. Apesar da simplicidade do método, seus

resultados podem gerar importantes indícios sobre as melhores oportunidades de inserção

comercial de � sobre o mercado importador de �. Ademais, de acordo com Hidalgo (1998), a

comparação dos “pontos fortes” de um país exportador com os “pontos fracos” de um

parceiro importador seria capaz de sugerir os produtos com maior potencial de comércio e,

assim, seria possível conhecer o grau de aproveitamento e adaptação da oferta dos produtos

de uma região à demanda internacional42. Dada a importância conclusiva de referido

critério, o mesmo será considerado como essencial para a seleção de produtos relevantes a

serem analisados por meio das equações gravitacionais e, por conseguinte, estimar o

potencial de comércio associado a estes.

42

Contudo, o autor salienta que o não aproveitamento das oportunidades comerciais pode ser decorrente da existência de barreiras tarifárias e não-tarifárias ou pela ocorrência de acordos de preferência comercial entre países.

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3.1.5. Índice de Complementaridade

O conceito de complementaridade parte dos resultados de "�#�� da região � exportadora e de "�#�� da região � importadora. O indicador busca avaliar a coincidência

entre a oferta exportadora da região � e a demanda importadora da região �. O índice é

calculado tomando-se o produto entre os indicadores de "�#�� e "�#�� para determinado

setor �. Referido indicador é calculado como a seguir:

����� = "�#�� ∙ "�#�� = Q ��)�∑ ��)���))�∑ �))��R ∙

STU ��)�∑ ��)���))�∑ �))�� VW

X = I ��)�∑ ��)�� J ∙ = ��)�∑ ��)�� @I �))�∑ �))�� J�

Em que:

• "�#�� refere-se à vantagem comparativa, no setor �, da região exportadora � –

no caso em análise, � corresponde ao Brasil ;

• "�#�� refere-se à desvantagem comparativa, no setor �, da região

importadora � – no caso em análise, � corresponde à China ;

• K refere-se ao mundo – todos os países ;

• ��)� são as exportações, para cada setor �, de � para K – aplica-se

analogamente para ��)� como as importações, para cada setor �, de � advindas de K ;

• ∑ ��)�� são as exportações totais de � para K – aplica-se analogamente para ∑ ��)�� como as importações totais de � advindas de K ;

• �))� são as exportações totais de K, para cada setor � – equivalente às

importações, ou seja, �))� ;

• ∑ �))�� são as exportações totais de K – equivalente às importações, ou

seja, ∑ �))�� .

Como destacado, no denominador da expressão de ����� , a multiplicação da

proporção das exportações do setor � no total mundial pela proporção das importações do

mesmo setor no total mundial, dado que são grandezas equivalentes, pode ser representada

por um desses termos elevado ao quadrado. Nesse sentido, opta-se pela escolha dos dados

de importação, conforme utilizado em diversos estudos anteriormente citados.

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Recapitulando, se ����� > 1, indica-se que há complementaridade entre as regiões

para o comércio do setor �, exportados de � para �. Vale ressaltar que o resultado de ����� > 1 é compatível com as seguintes situações:

• Sempre que "�#�� > 1 e "�#�� > 1, situação em que a região � é mais

especializada nas exportações dos produtos do setor � (frente à

especialização nas exportações mundiais) e a região � é mais especializada nas

importações dos produtos do setor � (frente à especialização nas importações

mundiais);

• "�#�� > 1 e "�#�� < 1, quando a região � é mais especializada nas

exportações dos produtos do setor � e compensa a não especialização relativa

da região � nas importações dos produtos do setor �;

• "�#�� < 1 e "�#�� > 1, quando a região � é especializada nas importações

dos produtos do setor � e compensa a não especialização relativa da região � nas exportações dos produtos do setor �.

Assim, o resultado de ����� > 1 nunca será compatível com a situação "�#�� < 1 e "�#�� < 1.

Uma crítica acerca do cálculo do ����� através do produto dos termos "�#�� e "�#��

recai sobre a falta de interpretação explícita do valor calculado. Nesse aspecto, as

interpretações acerca do ����� podem ser feitas somente com relação a seu ponto crítico, ou

seja, se o valor calculado é maior ou menor que 1. Assim, quando se analisa apenas um

setor, nada se pode afirmar quanto a seu valor de ����� , a não ser indicar a existência ou não

de complementaridade entre as regiões estudadas; porém, ao se analisar um conjunto de

setores, é possível identificar aqueles em que as regiões são mais ou menos

complementares.

Uma possível alternativa para dar uma interpretação sobre o valor calculado de �����

seria tomar a média dos termos "�#�� e "�#��. Dessa forma, o valor calculado poderia

indicar o quanto, em média, a especialização dos parceiros no comércio do setor � é maior

ou menor frente ao observado no comércio mundial. Porém, através de exemplos, verifica-

se que referida alternativa é inadequada, dado que os indicadores de "�#�� e "�#��

tratam-se de proporções sempre positivas. Por exemplo:

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• Como visto, o resultado de ����� > 1 pode ser compatível com as situações de "�#�� > 1 e "�#�� < 1, bem como de "�#�� < 1 e "�#�� > 1;

• Assim, considere-se a participação das exportações de � sobre o total

exportado por � equivalente a 0,5%, enquanto a participação das exportações

de � sobre o total exportado mundialmente seja 1,0%, ou seja, "�#�� = 2,Y%�,2% =0,5, o que indica que a especialização em � é duas vezes menor que a

verificada nas exportações mundiais do setor �;

• Considere-se também a participação das importações de � sobre o total

importado por � equivalente a 2%, enquanto a participação das importações

de � sobre o total importado mundialmente seja 1,0%, ou seja, "�#�� = �,2%�,2% = 2,0, o que indica que a especialização em � é duas vezes

maior que a verificada nas importações mundiais do setor �;

• Assim, ����� = 0,5 ∙ 2,0 = 1,0, o que indica que a não especialização relativa

em � (frente às exportações mundiais) é exatamente compensada pela

especialização relativa em � (frente às importações mundiais), ou seja, as

especializações balanceadas são equivalentes;

• Contudo, a média desses termos equivale a 2,Y4�,2� = 1,25, o que sobrestima a

medida de complementaridade das regiões, o que justifica a inadequada

utilização da média para se tentar interpretar o valor calculado de ����� .

3.1.6. Índice de Efetividade Comercial

O indicador �:���� é lançado com o intuito de comparar os resultados de

complementaridade frente ao comércio efetivamente observado entre os parceiros

estudados. Para tanto, o índice cruza duas medidas baseadas no método do quociente

locacional:

• O quanto a região � é mais especializada em � nas exportações para � frente à

especialização em � nas exportações de � para o mundo (medida doravante

referenciada como [\��� );

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• O quanto a região � é mais especializada em � nas importações advindas de � frente à especialização em � nas importações de � advindas do mundo

(medida doravante referenciada como [\��� ).

A especialização é calculada a partir da participação das exportações (ou

importações) de � sobre o total exportado (ou importado). Se essa participação é maior nas

exportações de � para � do que é para o observado nas vendas de � para o mundo, diz-se que

as exportações de � para � são mais especializadas em � do que são nas exportações de � para o mundo ([\��� > 1). Se essa participação é maior nas importações de � advindas de � do que é para o observado nas compras de � advindas do mundo, diz-se que as importações

de � advindas de � são mais especializadas em � do que são nas importações de � advindas

do mundo ([\��� > 1).

Assim, semelhante ao método proposto para o cálculo do indicador de

complementaridade, o índice �:���� é calculado tomando-se o produto entre as medidas

supracitadas:

�:���� = [\��� ∙ [\��� =STU ����∑ �������)�∑ ��)�� VW

X ∙STU ����∑ �������)�∑ ��)�� VW

X = = ����∑ ����� @�I ��)�∑ ��)�� J ∙ = ��)�∑ ��)�� @

Em que:

• ���� são as exportações, para cada setor �, de � para � – equivalente a ���� , ou

seja, às importações, para cada setor �, de � advindas de � ; • ∑ ����� são as exportações totais de � para � – equivalente a ∑ ����� , ou seja, às

importações totais de � advindas de � ; • K refere-se ao mundo – todos os países ;

• ��)� são as exportações, para cada setor �, de � para K – aplica-se

analogamente para ��)� como as importações, para cada setor �, de � advindas K ;

• ∑ ��)�� são as exportações totais de � para K – aplica-se analogamente para ∑ ��)�� como as importações totais de � advindas de K ;

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Como os dois termos do numerador são equivalentes, de forma semelhante ao que

ocorre no denominador do índice ����� , opta-se por reescrever a expressão colocando, no

numerador, o quadrado da proporção das exportações do setor � no total comercializado de � para �. A opção em favor das exportações, e não das importações, deve-se à facilidade de

obtenção desses dados através do banco de informações Aliceweb do MDIC (BRASIL, 2012b).

Se �:���� > 1, indica-se que há maior especialização em � no comércio entre � e � do

que a especialização em � balanceada quanto ao comércio total dessas regiões com o

mundo. O resultado de �:���� > 1 é compatível com as seguintes situações:

• Sempre que [\��� > 1 e [\��� > 1, situação em que as exportações de � para � são mais especializadas em � (frente à especialização em � nas exportações de � para o mundo) e as importações de � advindas de � são mais especializadas

em � (frente à especialização em � nas importações de � avindas do mundo);

• [\��� > 1 e [\��� < 1, quando as exportações de � para � são mais

especializadas em � e compensa a não especialização relativa da região � nas

importações dos produtos do setor � advindos da região �; • [\��� < 1 e [\��� > 1, quando as importações de � advindas de � são mais

especializadas em � e compensa a não especialização relativa da região � nas

exportações dos produtos do setor � para a região �. Nesse sentido, o resultado de �:���� > 1 nunca será compatível com a situação [\��� < 1 e [\��� < 1.

Assim como justificado sobre o índice ����� , o cálculo do �:���� através do produto

dos termos [\��� e [\��� não traz interpretações explícitas quanto ao valor calculado.

Novamente, as interpretações acerca do �:���� podem ser feitas somente com relação a seu

ponto crítico, ou seja, se o valor calculado é maior ou menor que 1. Assim, quando se analisa

apenas um setor, nada se pode afirmar quanto a seu valor de �:���� , a não ser indicar a

existência ou não de maior especialização relativa entre as regiões estudadas no comércio

de produtos do setor �; porém, ao se analisar um conjunto de setores, é possível identificar

aqueles em que as regiões apresentam maior ou menor especialização relativa no comércio

entre si frente ao comércio total dessas regiões com o mundo.

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Novamente, como apresentado acerca do índice ����� , vale ressaltar que também é

inadequado o cálculo da média entre os termos [\��� e [\��� na tentativa de se dar uma

interpretação sobre o valor calculado de �:���� . Por exemplo, tome-se o caso em que os

valores calculados de �:���� são 4 para o setor �� e 1 para o setor ��. Nesse caso, pode-se

afirmar que o comércio entre � e � é efetivamente mais especializado em �� do que é para os

produtos do setor ��, frente ao observado no comércio total dessas regiões com o mundo.

Contudo, não se pode afirmar que a especialização relativa no setor �� é quatro vezes maior

que a especialização relativa em ��.

Um questionamento relevante sobre o índice �:���� diz respeito a como os

resultados de [\��� e [\��� (termos usados no cálculo de �:���� ) se relacionam com os

resultados de "�#�� e "�#�� (termos usados no cálculo de ����� ). A princípio, não existe uma

relação direta entre essas medidas, no sentido de que não se pode dizer que, se "�#�� > 1

(ou "�#�� > 1), então [\��� (ou [\��� ) deve ser maior ou menor que 1. Contudo, a

observação combinada dos termos pode fornecer algumas indicações.

Nesse sentido, se a região � apresenta vantagens comparativas em � ("�#�� > 1) e,

simultaneamente, a região � apresenta desvantagens comparativas em � ("�#�� > 1),

então não seria esperado que a participação de � nas exportações de � para � fosse menor

que a participação de � nas exportações totais de � (o que implicaria [\��� < 1), ao mesmo

passo em que não seria esperado que a participação de � nas importações de � advindas de � fosse menor que a participação de � nas importações totais de � (o que implicaria [\��� < 1).

Por exemplo (Ex.A), considere-se que "�#�� = �,2%�,2% = 2,0 e "�#�� = �,2%�,2% = 2,0.

Nesse caso, as regiões � e � seriam caracterizadas como complementares no comércio de �,

visto que ����� = "�#�� ∙ "�#�� = 2,0 ∙ 2,0 = 4,0. Assim, não seria esperado que a

participação de � nas exportações de � para � fosse menor que 2%, tendo em vista a

existência de complementaridade entre os parceiros no comércio desse setor43; e, pela

43

Essa expectativa se dá porque a participação de � nas exportações totais de � (nesse exemplo, igual a 2%) corresponde a uma média ponderada das participações de � nas exportações totais de � para cada parceiro �. Assim, espera-se que � exporte mais produtos do setor � para regiões � que apresentam desvantagens comparativas nesse setor do que para outras regiões que não demonstram essas desvantagens. Além disso, se há complementaridade entre � e � no setor �, reforça-se a expectativa de que a participação de � nas exportações de � para � seja maior que o verificado no comércio para outras regiões em que não se verifica a complementaridade. Portanto, espera-se que a participação de � nas exportações de � para � seja, no mínimo, igual a 2%.

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mesma razão, não seria esperado que a participação de � nas importações de � advindas de � fosse menor que 2%. Portanto, no mínimo, [\��� deveria ser igual a 1 ([\��� = �,2%�,2% = 1,0),

assim como [\��� ([\��� = �,2%�,2% = 1,0).

Entretanto, considere-se o exemplo (Ex.B) em que "�#�� = �,2%�,2% = 2,0 e "�#�� = ^,2%�,2% = 3,0. Nesse caso, novamente, as regiões � e � seriam caracterizadas como

complementares no comércio de �, visto que ����� = "�#�� ∙ "�#�� = 2,0 ∙ 3,0 = 6,0. Assim,

não seria esperado que a participação de � nas exportações de � para � fosse menor que 2%,

tendo em vista a existência de complementaridade entre os parceiros no comércio desse

setor; e, pela mesma razão, não seria esperado que a participação de � nas importações de � advindas de � fosse menor que 3%. Contudo, a participação de � nas exportações de � para � equivale à participação de � nas importações de � advindas de �, o que configura uma

inconsistência sobre qual a participação mínima esperada de � nas transações de � para �. Por esse motivo, é conveniente a utilização dos produtos dos termos

("�#�� ∙ "�#�� e [\��� ∙ [\��� ) na tentativa de balancear as participações de � e indicar o

mínimo esperado. Tal apontamento implica outro questionamento relevante: se o valor

calculado de �:���� (�:���� = [\��� ∙ [\��� ) pode ser comparado com o resultado de

complementaridade (����� = "�#�� ∙ "�#��).

Ao se utilizar os dados do primeiro exemplo (Ex.A), diz-se que não seria esperado

que a participação de � nas exportações de � para � fosse menor que 2%, da mesma forma

que não seria esperado que a participação de � nas importações de � advindas de � fosse

menor que 2%. Dessa maneira, ao se encontrar ����� > 1, não seria esperado que [\��� fosse

menor que 1 (visto que, no mínimo, o comércio de � para � deveria apresentar [\��� = �,2%�,2% = 1,0), da mesma forma que não seria esperado que [\��� fosse menor que 1

(visto que, no mínimo, as importações de � advindas de � deveria apresentar [\��� = �,2%�,2% = 1,0). Assim, como �:���� = [\��� ∙ [\��� , também não seria esperado que, ao se

encontrar ����� > 1, o resultado de �:���� fosse menor que 1 (visto que, no mínimo, o valor

calculado deveria ser �:���� = ��a�[\��� � ∙ ��a�[\��� � = 1,0 ∙ 1,0 = 1,0).

Por sua vez, ao se utilizar os dados do segundo exemplo (Ex.B), diz-se que não seria

esperado que a participação de � nas exportações de � para � fosse menor que 2%, enquanto

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que não seria esperado que a participação de � nas importações de � advindas de � fosse

menor que 3%. Esse resultado, como comentado anteriormente, gera uma inconsistência

sobre qual a participação mínima esperada de � nas transações de � para �. Contudo, não é

relevante indicar qual a participação mínima esperada de � nas transações de � para �, mas

simplesmente apontar qual o valor mínimo que deve ser esperado para �:���� diante da

existência de complementaridade. Como apresentado, ao se encontrar ����� > 1, não seria

esperado que [\��� fosse menor que 1 (visto que, no mínimo, o comércio de � para � deveria

apresentar [\��� = �,2%�,2% = 1,0), da mesma forma que não seria esperado que [\��� fosse

menor que 1 (visto que, no mínimo, as importações de � advindas de � deveria apresentar [\��� = ^,2%^,2% = 1,0). Assim, como �:���� = [\��� ∙ [\��� , também não seria esperado que, ao se

encontrar ����� > 1, o resultado de �:���� fosse menor que 1 (visto que, no mínimo, o valor

calculado deveria ser �:���� = ��a�[\��� � ∙ ��a�[\��� � = 1,0 ∙ 1,0 = 1,0).

Assim, espera-se que um resultado de �:���� > 1 seja compatível com a existência

de complementaridade (����� > 1), visto que, se as regiões são complementares no comércio

de � para � relativo a produtos do setor �, então as transações efetivas entre essas regiões

devem ser, no mínimo, mais especializadas em � do que são nas transações de � e � com o

mundo. Analogamente, espera-se que um resultado de �:���� < 1 seja compatível com a

inexistência de complementaridade (����� < 1), visto que, se as regiões não são

complementares no comércio de � para � relativo a produtos do setor �, então as transações

efetivas entre essas regiões devem ser, no máximo, tão especializadas em � quanto o que

são nas transações de � e � com o mundo.

Contudo, se ocorrer �:���� > 1 e ����� < 1, verifica-se que, apesar da inexistência de

complementaridade no comércio de � para � relativo a produtos do setor �, as transações

efetivas entre essas regiões são mais especializadas em � do que são nas transações de � e � com o mundo, configurando-se em um caso de superaproveitamento comercial, ou seja, a

efetiva concentração de exportações em � no comércio de � para � é maior que o esperado,

diante da inexistência de complementaridade dessas regiões nesse setor.

Por outro lado, se ocorrer �:���� < 1 e ����� > 1, verifica-se que, mesmo diante da

existência de complementaridade no comércio de � para � relativo a produtos do setor �, as

transações efetivas entre essas regiões são menos especializadas em � do que são nas

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transações de � e � com o mundo, configurando-se em um caso de subaproveitamento

comercial, ou seja, a efetiva concentração de exportações em � no comércio de � para � é

menor que o esperado, diante da existência de complementaridade dessas regiões nesse

setor. Tal critério, portanto, seria capaz de indicar quais setores seriam caracterizados pela

ocorrência de um potencial inexplorado referente ao comércio de � para �. Diante da

importância desse resultado, o critério de confronto entre os índices ����� e �:���� será então

considerado como essencial, assim como o critério de Gutman-Miotti, para a seleção de

produtos relevantes a serem analisados por meio das equações gravitacionais.

Contudo, cabe ainda destacar outro questionamento relevante acerca do indicador �:���� , quanto à possível comparação da magnitude de seu valor calculado com relação à

magnitude do valor calculado de ����� . A princípio, os dois indicadores utilizam conceitos de

especialização comercial; mas tratam-se de indicadores caracterizados por diferentes

dimensões, em que a comparação se faz inadequada. No caso do índice ����� , toma-se o

produto dos termos "�#�� e "�#��, enquanto que para o índice �:���� , toma-se o produto

dos termos [\��� e [\��� :

• A magnitude do índice "�#�� traz o quanto a região � é mais ou menos

especializada nas exportações do setor � frente ao verificado para o comércio

mundial;

• A magnitude do quociente [\��� traz o quanto a região � é mais ou menos

especializada em � nas exportações para � frente ao verificado nas

exportações de � para o mundo;

• Por sua vez, a magnitude do índice "�#�� traz o quanto a região � é mais ou

menos especializada nas importações do setor � frente ao verificado no

comércio mundial;

• Por fim, a magnitude do quociente [\��� traz o quanto a região � é mais ou

menos especializada em � nas importações advindas de � frente ao verificado

nas importações de � advindas do mundo.

Assim, o índice ����� traz uma combinação balanceada do quanto as exportações de � e as importações de � são mais ou menos especializadas no setor � frente ao verificado para

o comércio mundial. Por outro lado, o índice �:���� traz uma combinação balanceada do

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quanto as exportações de � para � são mais ou menos especializadas no setor � frente ao

verificado para o comércio de � para o mundo e para o comércio de � advindo do mundo.

Apesar da sutil diferença, não haveria porque comparar as magnitudes desses

índices, ou seja, efetuar análises sobre resultados como ����� > �:���� ou ����� < �:���� .

Através de exemplos, pode-se observar que as análises só devem ser realizadas, como

anteriormente feito, sobre os níveis críticos dos índices (����� maior ou menor que 1 e �:����

maior ou menor que 1).

Por exemplo, Se "�#�� = �,2%�,2% = 2,0 e "�#�� = �,2%�,2% = 2,0, então � e � são mais

especializados em � frente ao observado para o comércio mundial (����� = "�#�� ∙ "�#�� =2,0 ∙ 2,0 = 4,0), o que implica existência de complementaridade. Nesse caso, a

especialização em � nas exportações de � para o mundo é duas vezes a verificada com

relação à especialização em � nas exportações totais mundiais, enquanto a especialização

em � nas importações de � advindas do mundo é duas vezes a verificada com relação à

especialização em � nas importações totais mundiais.

Por sua vez, se [\��� = �,2%�,2% = 0,5 e [\��� = �,2%�,2% = 0,5, então o comércio de � para � é menos especializado em � frente ao observado no comércio dessas regiões com o mundo

(�:���� = [\��� ∙ [\��� = 0,5 ∙ 0,5 = 0,25), o que não seria esperado diante da existência de

complementaridade entre as regiões nesse setor.

Porém, se [\��� = �,2%�,2% = 1,0 e [\��� = �,2%�,2% = 1,0, então, o comércio de � para � reflete a mesma especialização em � registrada no comércio dessas regiões com o mundo

(�:���� = [\��� ∙ [\��� = 1,0 ∙ 1,0 = 1,0), o que, no mínimo, seria esperado diante da

existência de complementaridade entre as regiões nesse setor.

Por outro lado, se [\��� = b,2%�,2% = 2,0 e [\��� = b,2%�,2% = 2,0, então o comércio de � para � reflete uma maior especialização em � frente ao observado no comércio dessas

regiões com o mundo (�:���� = [\��� ∙ [\��� = 2,0 ∙ 2,0 = 4,0), o que também seria esperado

diante da existência de complementaridade entre as regiões nesse setor.

Contudo, não seria necessário que �:���� fosse equivalente a ����� para que o

comércio entre � e �, no setor �, refletisse seu exato potencial existente. Nesse último

exemplo, em que �:���� = 4 (e ����� = 4), não seria necessário que, para refletir o exato

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potencial existente, a especialização em � nas exportações de � para � fosse duas vezes a

especialização em � nas exportações de � para o mundo, enquanto a especialização em � nas

importações de � advindas de � fosse duas vezes a especialização em � nas importações de � advindas do mundo. Isso se justifica porque nada impediria que o potencial de comércio

entre as regiões, que são complementares em �, fosse ainda maior. Além disso, se fosse

menor, seria suficiente que, no mínimo, a especialização em � no comércio de � para � fosse

capaz de registrar a mesma especialização em � quanto às transações de � e � com o mundo,

o que é representado por �:���� = 1, como comentado anteriormente.

Assim, se a especialização em � no comércio de � para � fosse menor que as

especializações em � relativas às transações de � e � com o mundo, então o comércio efetivo

entre as regiões não refletiriam a complementaridade existente entre estas. Dessa forma,

justifica-se que a análise do potencial existente deve ser feita somente acerca da

comparação dos índices frente a seus valores críticos (maior ou menor que 1).

Ademais, enfatiza-se que o registro do potencial refere-se ao mínimo concebível, ou

seja, ao se verificar complementaridade, se o valor calculado de �:���� for maior ou igual a 1,

então o comércio entre as regiões no setor � alcança o potencial mínimo existente. Por

exemplo, se para as regiões � e �, no comércio de produtos do setor �, verifica-se que ����� = 4 e �:���� = 1, então o comércio entre as regiões nesse setor reflete minimamente o

potencial indicado pela existência de complementaridade.

3.2. Estimativa do comércio potencial

Identificados os setores subaproveitados, caracterizados de acordo com os

resultados de ����� e �:���� , bem como aqueles que satisfazem o critério de Gutman-Miotti,

estabelece-se, portanto, a seleção de produtos relevantes a serem examinados

especificamente. É esperado que, dentre os cerca de 5.700 setores analisados, uma parcela

destes constituirá o elenco de setores potenciais, ou seja, condizentes com o critério de

Gutman-Miotti e, simultaneamente, com o critério de confronto entre os resultados de �����

e �:���� . As subseções seguintes buscam aprofundar a metodologia utilizada quanto à

estimativa do comércio potencial relativo aos setores elencados como potenciais na etapa

anterior.

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3.2.1. Estimativa segundo a Hipótese do Potencial Atingido

Como apresentado anteriormente, se ����� > 1 e �:���� < 1, verifica-se que, mesmo

diante da complementaridade entre � para � no comércio do setor �, as transações efetivas

entre essas regiões são menos especializadas em � do que são nas transações de � e � com o

mundo, configurando-se em um caso de subaproveitamento comercial. Assim, o comércio

de � para � relativo ao setor � não chega a refletir o potencial mínimo indicado pela

existência de complementaridade entre as regiões nesse setor. Contudo, uma evidente

questão que se levanta versa sobre qual volume de exportações seria necessário para que o

comércio de � para � passasse a refletir minimamente seu potencial em �.

Como visto, para ser compatível com o potencial existente, seria suficiente que, no

mínimo, a especialização em � no comércio de � para � fosse capaz de registrar a mesma

especialização em � quanto às transações de � e � com o mundo, o que é representado por �:���� = 1. Dessa forma, basta que se considere um acréscimo c��� tal que �:���� < 1 passe a

registrar �:���� = 1 para que o comércio em � entre � e � passe a refletir o potencial mínimo

apontado pela existência de complementaridade. Referido acréscimo pode ser então

incorporado a cada termo da expressão que define �:���� , igualando-se esta à unidade.

Assim, desenvolvendo a equação para cada item subaproveitado, encontra-se uma equação

de 3º grau com uma raiz positiva c��� capaz de levar o setor � a obter �:���� = 1.

�:���� = = ���� + c���∑ ���� + c���� @�= ��)� + c���∑ ��)� + c���� @ ∙ = ��)� + c���∑ ��)� + c���� @ = 1

∴ = ���� + c���∑ ���� + c���� @� = = ��)� + c���∑ ��)� + c���� @ ∙ = ��)� + c���∑ ��)� + c���� @

∴ e ∙ �c��� �^ + f ∙ �c��� �� + g ∙ c��� + h = 0

Em que:

• e = 2 ∙ i + j + k;

• f = − l + 2 ∙ �j ∙ ���� − k ∙ ∑ ����� � + m − n;

• g = ∙ j − l ∙ k + 2 ∙ �m ∙ ���� − n ∙ ∑ ����� �;

• h = m ∙ − n ∙ l;

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• i = ���� − ∑ ����� ;

• j = ∑ ��)�� + ∑ ��)�� ;

• k = ��)� +��)� ;

• = ����� ��;

• l = �∑ ����� ��;

• m = 3∑ ��)�� 6 ∙ �∑ ��)�� �;

• n = ��)� ∙ ��)� .

A resolução da equação de 3º grau para encontro da raiz c��� pode ser facilmente

realizada através do Método de Tartaglia, conforme demonstra Lima (1987). Primeiramente,

a equação deve ser transformada em um polinômio mônico o3c6, dividindo-se a mesma por e, de forma que o3c6 = c^ + C ∙ c� + ! ∙ c + �. Em seguida, deve-se encontrar os

seguintes parâmetros:

� = ! − C�3 [ = � − C ∙ !3 + 2 ∙ C^27 = �^27 + [�4

Quando o discriminante for negativo, a equação resultará em três raízes reais e

distintas, tais que:

q� = r2 ∙ √#t ∙ cosIE3Jx − C3

q� = r2 ∙ √#t ∙ cos IE + 2 ∙ y3 Jx − C3

q̂ = r2 ∙ √#t ∙ cosIE + 4 ∙ y3 Jx − C3

Em que:

# = z[4 +��� = √−E = arccosI −[2 ∙ #J

Quando o discriminante ≥ 0 a equação poderá resultar em uma raiz real e duas

conjugadas. A raiz real pode ser encontrada como q� = ~ + " − �̂, em que ~ = �.��t

e

" = �.�� − √t.

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Quanto às raízes conjugadas, deve-se antes calcular � = 2 ∙ 3C + q�6 + b∙��� .

Se � < 0, temos que q� = #:C\ + � ∙ ��CB e q̂ = #:C\ − � ∙ ��CB, em que

#:C\ = .3�4��6� e ��CB = �|�|� . Entretanto, se � ≥ 0, as outras duas raízes também serão

reais, equivalentes a q� = #:C\ + ��CB e q̂ = #:C\ − ��CB.

Encontrando-se a raiz c��� que leva �:���� = 1, diz-se que esta é o acréscimo mínimo

sobre o volume de exportações necessário para que o comércio de � para � passe a refletir

minimamente seu potencial em �, condizente com o resultado de complementaridade entre

as regiões. Vale esclarecer que essas conclusões não significam dizer que as possibilidades se

restringem ao valor expresso pela raiz c��� , sendo esta uma simples indicação do que os

setores classificados como subaproveitados podem atingir para que seu índice �:���� passe a

ser igual à unidade, ou seja, passe a ser condizente com o resultado de complementaridade.

3.2.2. Estimativa segundo a previsão do Modelo Gravitacional

Apesar do resultado intuitivo do encontro da raiz c��� , estimativa feita segundo a

Hipótese do Potencial Atingido, vale ressaltar que esse valor não leva em consideração a

existência de diversos fatores de fricção ao comércio internacional que explicariam a não

realização desse comércio nos níveis estimados. Assim, é possível que um setor �, avaliado

como subaproveitado nas relações de comércio entre � e �, na verdade esteja refletindo um

baixo desempenho efetivo justamente porque fatores de atrito atuam sobre as relações

entre essas regiões. Nesse sentido, é útil considerar as previsões feitas através da estimação

de um Modelo Gravitacional que aponte os determinantes das exportações de � no setor �.

Comumente, estimações econométricas são utilizadas na literatura para inferir

valores previstos para inúmeros tipos de variáveis. Por exemplo, regressões utilizando séries

temporais são frequentemente estimadas para prever valores de certa variável dependente

em um determinado horizonte de tempo posterior. Assim, com base em informações

passadas, tenta-se prever qual o valor esperado para a variável tratada no futuro44. Tais

resultados servem como importante subsídio ao direcionamento de diversas políticas, que

44

Da mesma forma, regressões utilizando cortes seccionais ou dados de painel são frequentemente estimadas com o intuito de apontar efeitos marginais de variáveis explanatórias sobre determinada variável dependente e, novamente, essas indicações são feitas com base em valores esperados para a variável dependente, diante de determinadas características lançadas no vetor de variáveis explicativas.

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podem ser balizadas em previsões sobre níveis de produção, exportações, arrecadações

tributárias, formação de poupança etc. Por exemplo, através de regressões utilizando séries

temporais, pode-se prever qual a arrecadação tributária esperada para certo governo em um

futuro próximo. Obviamente, quando as estimativas indicam que, no mês seguinte, a

arrecadação esperada equivale a D� , se o valor observado nesse mês for equivalente a D > D� ,

então a arrecadação efetiva mostra-se superior às expectativas indicadas pelo modelo de

previsão. Por sua vez, se a arrecadação efetiva nesse mês for equivalente a D < D� , então se

pode dizer que seu desempenho foi inferior ao esperado, configurando-se em

subaproveitamento diante das expectativas indicadas pelo modelo de previsão.

Diante disso, o que se pretende inferir com relação ao subaproveitamento

comercial entre � e � no setor � é o quanto essas exportações deveriam registrar diante dos

fatores de fricção ao comércio entre essas regiões. Se é esperado que se exporte ����� e as

exportações efetivas equivalem a ���� > ����� , então o desempenho comercial foi superior ao

esperado. Por sua vez, se a expectativa é de que se exporte ����� e as exportações efetivas

equivalem a ���� < ����� , então o desempenho observado é inferior ao esperado, o que

configura um subaproveitamento diante das expectativas de comércio.

A estimação do Modelo Gravitacional permite prever os fluxos comerciais entre

regiões diante de variáveis como PIB dos parceiros e distância entre os mesmos. Assim,

pode-se regredir as exportações de � para cada um de seus parceiros em função dessas

variáveis, encontrando-se um valor previsto para as exportações de � para qualquer �, diante

de características peculiares a essas regiões. Como descrito na revisão literária, o Modelo

Gravitacional atualmente assume, em muitas pesquisas, formas diversas à equação básica

de variáveis explanatórias correspondentes a PIB e distância dos parceiros45. A inclusão de

outros fatores relevantes no modelo deve ser benéfica ao reduzir vieses sobre ����� . Como

exemplos de variáveis incorporadas à formulação do modelo, podem ser destacados:

• PIBs per capita dos parceiros, pois o PIB per capita do importador poderia

captar a capacidade deste absorver mercadorias, enquanto o PIB per capita

do exportador captaria a capacidade do país gerar poupança interna, ou seja,

a capacidade de investimento na produção;

45

Como comentado anteriormente, os PIBs dos parceiros refletem as massas econômicas destes, enquanto a distância seria uma proxy relativa aos fatores de resistência aos fluxos comerciais.

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• Heterogeneidade de renda, captada pela diferença entre os PIBs per capita

dos parceiros, pois poderia testar a hipótese de que países similares tendem a

comercializar mais entre si;

• Contingentes populacionais dos parceiros, proxies do tamanho dos países e

associadas às massas econômicas do modelo gravitacional original;

• Áreas territoriais dos parceiros, também consideradas proxies do tamanho

dos países, bem como da disponibilidade de recursos naturais (o que poderia

reduzir a necessidade de comercialização com outros países);

• Distância relativa, ou seja, a distância dos países até seus parceiros,

ponderada pela participação destes nas exportações mundiais, PIB mundial ou

PIB amostral, pois captaria a resistência multilateral de comércio dos países,

isto é, o quanto os países estão isolados frente a seus parceiros;

• Relação entre moeda local e moeda estrangeira, pois poderia captar a

competitividade sistêmica referente a movimentos cambiais;

• Equivalente ad valorem, nível de tarifas ou dummies para outras barreiras,

pois acrescentaria informações sobre a resistência ao comércio bilateral;

• Dummies diversas, pois poderiam captar especificidades dos mercados

estudados (dentre estas, são usadas comumente a participação em blocos

regionais comuns, laços coloniais entre parceiros, idioma comum, fronteira

comum, localização em continentes ou regiões específicas, se a região é uma

ilha ou se a mesma possui acesso ao mar etc.).

Diante do objetivo de indicar os potenciais de exportação de � para �, tratando-se o

problema de forma desagregada segundo setores produtivos �, uma limitação explícita recai

sobre a operacionalidade do estudo, pois seria necessário realizar mais de 5.700 estimações

relativas a cada um dos produtos tratados46. Assim, faz-se indispensável o estabelecimento

de um critério de corte para a seleção de setores relevantes a serem examinados por meio

de estimações econométricas. Tal critério, portanto, é tomado a partir da identificação dos

setores subaproveitados realizada por meio dos resultados de ����� e �:���� , bem como

através da caracterização de setores potenciais indicados pelo critério de Gutman-Miotti.

46

Como posteriormente será detalhado, a análise será desagregada segundo a classificação da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) a seis dígitos, o que contempla mais de 5.700 diferentes produtos.

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Um questionamento relevante acerca desses critérios de corte versa sobre a

validade dos mesmos para se determinar o número de setores a serem examinados através

de estimações econométricas. Quanto ao critério de Gutman-Miotti, sua intuição de

observar coincidências entre “pontos fortes” do exportador e “pontos fracos” do

importador, já demonstra, por si, a importância de se estudar com maior profundidade as

melhores oportunidades para produtos do país � no país �. Inevitavelmente, setores

classificados como potenciais segundo o critério de Gutman-Miotti já expressam

complementaridade (����� > 1), visto que é necessário que � apresente vantagem

comparativa em �, enquanto � deve apresentar desvantagem comparativa no mesmo setor.

Por sua vez, se ����� > 1 e �:���� < 1, então mesmo diante da existência de

complementaridade no comércio de � para � relativo a produtos do setor �, as transações

efetivas entre essas regiões são menos especializadas em � do que são no comércio de � e � com o mundo, configurando-se em um caso de subaproveitamento do potencial mínimo

esperado47. Destarte, a combinação desses critérios, de fato, apontará quais são os setores

relevantes a serem analisados através de estimações econométricas.

Por exemplo, é possível que a região � apresente vantagens comparativas nas

exportações de � e a região � apresente desvantagens comparativas nas importações do

mesmo setor, o que configura a complementaridade entre � e � (����� > 1). Porém, os fatores

de fricção (como distância geográfica entre as regiões, por exemplo) poderiam justificar que

a participação desse setor fosse realmente menor no comércio entre � e � frente ao que

ocorre nas transações dessas regiões com o mundo, o que leva a �:���� < 1. Diante disso,

cabe realizar, para esse setor, uma análise econométrica que leve em conta os fatores de

atrito para apontar se, realmente, as exportações observadas estão aquém das esperadas (o

que se verifica quando ���� < ����� ) ou além do esperado (quando ���� > ����� ). Em outras

palavras, a análise econométrica irá apontar se esse setor é subaproveitado diante das

expectativas de comércio (se ���� < ����� ) ou se não é subaproveitado (quando ���� > ����� ).

Nesse sentido, para setores que apresentam ����� < 1 (mesmo que �:���� > 1 ou

que �:���� < 1), não seria relevante realizar a análise econométrica, pois não importa se o

47

Como anteriormente justificado, para ser compatível com o potencial existente, seria suficiente que, no mínimo, a especialização em � no comércio de � para � fosse capaz de registrar a mesma especialização em � quanto às transações de � e � com o mundo, o que é representado por �:���� = 1.

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desempenho de suas exportações mostrou-se além ou aquém do esperado: independente

disso, as regiões não são complementares para esses setores e, portanto, não seria

preferível direcionar políticas de alavancagem sobre essas exportações. Por sua vez, para

setores que apresentam ����� > 1 e �:���� > 1, seria menos interessante testar a análise

econométrica, visto que, independente do desempenho do comércio observado frente ao

estimado, esses setores já refletem, minimamente, o potencial indicado pela existência de

complementaridade.

Nesse sentido, o presente estudo pretende realizar uma estimação da equação

gravitacional para cada setor identificado previamente como potencial, observados os

critérios de Gutman-Miotti e de confronto entre os resultados de ����� e �:���� . A formulação

básica da equação gravitacional a ser estimada pode ser representada como a seguir:

���� = l�< ∙ ��!��� ∙ ��!����1E���t ∙ l�>& ∴ ln ���� = f2 + f� ∙ ln ��!� + f� ∙ ln ��!� + f^ ∙ ln�1E�� +���

Diante da equação estimada, se para determinado setor � é encontrado que ���� < ����� , diz-se que o mesmo pode ser considerado subaproveitado diante da

caracterização prévia de potencialidade observada diante dos critérios de Gutman-Miotti e

de confronto entre os resultados de ����� e �:���� . Por sua vez, se para determinado setor � é

encontrado que ���� > ����� , diz-se que o mesmo não pode ser considerado subaproveitado

(como o foi classificado previamente), pois fatores de fricção ao comércio entre as regiões

fizeram com que o resultado de �:���� não fosse compatível com a existência de

complementaridade.

Além disso, para os setores classificados como subaproveitados, o indicativo de

comércio potencial sobre o setor � pode ser dado justamente pela diferença entre ����� e ���� :

��o�A��� = ����� − ���� = ����� − l�< ∙ ��!��� ∙ ��!����1E���t ∙ l�>& = ����� − ����� ∙ l�>& = �1 − l��>&� ∙ �����

Por sua vez, o resultado de ��o�A��� pode ser comparado com a estimativa feita sob a

Hipótese do Potencial Atingido, dada pela raiz c��� , que corresponde ao acréscimo mínimo

capaz de levar a �:���� = 1. Assim, se ��o�A��� < c��� , diz-se que, apesar de haver um potencial

de exportações entre as regiões no setor � (dado por ��o�A��� ), esse potencial não chegaria a

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levar a um resultado de �:���� = 1, ou seja, os atritos no comércio de � entre as regiões

restringiriam o potencial indicado diante da existência de complementaridade. Por seu

turno, se ��o�A��� > c��� , diz-se que o potencial existente nesse setor, mesmo considerando os

fatores de fricção, levaria a resultados de �:���� > 1, ou seja, ao atingir o potencial, a

concentração de exportações em � no comércio de � para � passaria a ser maior que o

mínimo esperado diante da complementaridade das regiões.

Um quadro-resumo da estratégia metodológica do estudo é apresentado no

Quadro 1 a seguir.

Quadro 1. Estratégia metodológica do estudo.

Etapas Objetivos

(1) Cálculo de "�1��, "�1��, E��� e E���

Classificar os setores segundo o critério de Gutman-Miotti para identificar os “pontos fortes” das exportações brasileiras (dado por "�1�� > 0 e E��� > 1) e os “pontos fracos” das importações chinesas (dado por "�1�� > 0 e E��� < 1).

(2) Cálculo de ����� Classificar os setores em que Brasil e China são complementares (dado por ����� > 1).

(3) Cálculo de �:����

Comparar seus valores com o resultado de ����� e dar uma prévia

indicação sobre os setores que não aproveitam a complementaridade (dado por �:���� < 1 e ����� > 1).

(4)

Cálculo dos acréscimos c��� segundo a Hipótese

do Potencial Atingido

Indicar qual o potencial mínimo de exportações suficiente para levar cada setor subaproveitado a uma situação condizente com a existência de complementaridade (dado por �:���� = 1).

(5) Estimação de equações gravitacionais

Estimar uma equação gravitacional para cada setor previamente classificado como potencial segundo os critérios de Gutman-Miotti e confronto entre os resultados de ����� e �:���� , para encontrar os

efeitos dos fatores de atrito sobre as exportações brasileiras rumo à China nesses setores.

(6) Cálculo de ��o�A���

segundo as equações gravitacionais estimadas

Qualificar se os setores previamente classificados como subexplorados realmente não aproveitam o potencial, considerando agora a existência de atritos comerciais entre Brasil e China. Além disso, indicar qual o potencial de elevação das exportações nesses setores que não aproveitam o potencial.

(7) Confronto entre ��o�A��� e c���

Verificar se os potenciais de elevação encontrados na etapa anterior são capazes ou não de levar o setor a apresentar �:���� = 1, ou seja,

de levar o setor a apresentar comércio compatível com a existência de complementaridade.

Fonte: elaboração própria.

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3.3. Dados utilizados e modelo empírico

Como apresentado, as análises a serem efetuadas dividem-se em sete etapas que

podem ser discriminados em dois grupos-objetivo: um primeiro para a seleção prévia dos

setores potenciais, ou seja, a identificação das oportunidades de elevação das exportações

brasileiras para o mercado chinês; e um segundo para estipular o valor potencial de elevação

das exportações em termos do aproveitamento de comércio entre os países. Nesse sentido,

para o levantamento das informações necessárias ao cálculo dos índices "�1��, "�1��, E���, E���, ����� e �:���� , serão utilizadas as bases Aliceweb do MDIC (BRASIL, 2012b), com dados

das exportações brasileiras; e Trade Map (WTO, 2012b), com dados do comércio chinês e

mundial.

A análise será realizada sobre produtos classificados segundo a Nomenclatura

Comum do MERCOSUL (NCM) a seis dígitos. Nesse aspecto, a NCM compreende vários níveis

de agregação: compreende 21 seções a um dígito e 96 capítulos a dois dígitos48. Cada

capítulo, por sua vez, conta com uma variedade de itens ou posições, classificados a quatro

dígitos, que, por sua vez, engloba diversos produtos classificados a seis dígitos. Por exemplo,

a seção I – animais vivos e produtos do reino animal – compreende cinco capítulos, que vão

dos códigos 01 a 0549. Por sua vez, o capítulo 01 – animais vivos –, compreende seis

posições, que vão dos códigos 0101 a 010650. Já a posição 0101 – animais vivos das espécies

cavalar, asinina e muar – pode ser desagregada em dois produtos, classificados sob os

códigos 010110 – reprodutores de raça pura – e 010190 – outros. Ao se considerar o nível de

seis dígitos, o que será realizado neste estudo, a NCM desagrega mais de 5.700 diferentes

produtos.

Por sua vez, para as estimações das equações gravitacionais associadas a cada setor

previamente caracterizado como potencial, serão considerados sete modelos que

consideram diferentes vetores de variáveis explicativas:

48

A classificação a dois dígitos vai do código 01 ao 99. Contudo, os capítulos 77 e 98 não caracterizam produto algum, sendo reservados a futuras classificações. Já o código 99 diz respeito a “transações especiais”, incluindo-se doações, combustível de aeronaves, entre outras. Nesse sentido, optou-se pela eliminação deste código no presente estudo. 49

Suas descrições são: 01 – animais vivos –; 02 – carnes e miudezas, comestíveis; 03 – peixes, crustáceos (...) –; 04 – leite e laticínios, ovos, mel (...) –; e 05 – outros produtos de origem animal (...). 50

Suas descrições são: 0101 – animais vivos das espécies cavalar, asinina e muar –; 0102 – animais vivos da espécie bovina –; 0103 – animais vivos da espécie suína –; 0104 – animais vivos das espécies ovina e caprina –; 0105 – galos, galinhas, patos, (...), das espécies domésticas, vivos –; e 0106 – outros animais vivos.

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• Modelo 1: trata-se do modelo gravitacional básico, que considera as

exportações de � para � (���� ) como função do produto do PIB dos parceiros

(��!� ∙ ��!�)51 e da distância entre os mesmos (�1E��);

• Modelo 2: é equivalente ao Modelo 1, mas também considera como variáveis

explicativas o equivalente ad valorem incidente sobre o setor � no comércio

de � para � (EC#����� ) e a taxa de câmbio média anual entre a moeda local e a

estrangeira (�C�!��� );

• Modelo 3: é equivalente ao Modelo 2, mas também considera como variáveis

explicativas o produto dos contingentes populacionais dos parceiros

(���� ∙ ����), o produto das áreas territoriais dos parceiros (C#:C� ∙ C#:C�)

e a heterogeneidade de renda entre os parceiros (����!����), calculada

como o quadrado da diferença entre os PIBs per capita de � e �; • Modelos 4, 5 e 6: correspondem aos Modelos 1, 2 e 3, respectivamente, mas

também consideram como variáveis explicativas dummies auxiliares para

localização (C�#��C�, C�1~\� , C�\CE#:1E� , :~#�\:1E�, �#�:�E��, 1~C1�C� , C1�C#:1E� e ��:C��C�52), para países � adjacentes a � (C��),

para países � caracterizados como não litorâneos (1:�\�E�), para países � que

falam a língua portuguesa (\��B��#E�) e para países � com regime jurídico

civil em estado laico (��"�\\C����);

• Modelo 7: trata-se do modelo de melhor ajuste, em que são descartadas as

variáveis explicativas redundantes dentro do elenco apresentado nos modelos

anteriores.

Nesse sentido, para todos os modelos testados, o vetor da variável dependente é

composta por informações de � países, relativas às exportações de � para � no setor � (dado

por ���� ). Nesse aspecto, o vetor irá considerar um universo de � = 220 países, conforme

lista a base Aliceweb do MDIC (BRASIL, 2012b). Contudo, é óbvio que o Brasil não efetua

exportações para todo esse universo, qualquer que seja o setor �. Na verdade, em geral,

uma quantidade significativa de observações apresenta valores nulos para tais exportações

51

Como o presente modelo empírico toma � como constante (Brasil), não é possível separar referido produto. 52

Respectivamente, as dummies de localização referem-se a países do continente africano, da América do Sul, do resto da América Latina, do leste europeu, do Oriente Médio, do sudeste asiático, do resto da Ásia e da Oceania.

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(���� = 0) e diante disso, conforme aponta Wooldridge (2010), deve-se considerar a

existência de uma probabilidade de que a variável dependente assuma valor nulo. Nesse

sentido, torna-se problemática a aplicação de Mínimos Quadrados Ordinários para regredir

tal variável dependente, sendo apropriado o uso do Modelo Tobit.

Em geral, o Modelo Tobit, desenvolvido por Tobin (1958), expressa a resposta

observada � em termos de uma variável latente subjacente: � = �ic30, �∗6 �∗ = c ∙ f + �, �|c~�30, ��6 Nesse sentido, se o valor esperado de �∗ for negativo, então se impõe a restrição de

que �� = 0. Por outro lado, se �∗ ≥ 0, assume-se que �� = �∗, com �∗ sendo normalmente

distribuída, homocedástica e com média condicional linear. Além disso, a probabilidade de �

assumir valor nulo é dada por: �3� = 0|c6 = �3�∗ ≤ 0|c6 = �3� < −c ∙ f|c6 = = �3� �⁄ < −c ∙ f �⁄ |c6 = Φ3−c ∙ f �⁄ 6 = 1 − Φ3c ∙ f �⁄ 6 Por consequência, �3� > 0|c6 = Φ3c ∙ f �⁄ 6 e, dessa forma, é possível calcular :3�|� > 0, c6, visto que se pode lançar mão de um resultado das variáveis aleatórias

normalmente distribuídas: se �~�30, 16, então :3�|� > k6 = �3k6  1 − Φ3k6¡⁄ , para

qualquer constante k, em que �3∙6 corresponde à função de densidade normal-padrão e Φ3∙6 diz respeito à função de distribuição cumulativa normal-padrão. Vale destacar duas

propriedades importantes para os desenvolvimentos seguintes: primeiro, de que �3−k6 =�3k6; e, segundo, de que 1 − Φ3−k6 = Φ3k6. Assim: :3�|� > 0, c6 = c ∙ f + :3�|� > −c ∙ f6 = = c ∙ f + � ∙ :3� �⁄ |� �⁄ > −c ∙ f �⁄ 6 = = c ∙ f + � ∙ �3c ∙ f �⁄ 6 Φ3c ∙ f �⁄ 6⁄

De outra forma, pode-se expressar :3�|� > 0, c6 = c ∙ f + � ∙ ¢3c ∙ f �⁄ 6, sendo ¢3∙6 conhecida como razão inversa de Mills, em que ¢3∙6 = �3∙6 Φ3∙6⁄ . Diante desses

resultados, pode-se calcular o valor esperado de �, em função do vetor c, como: :3�|c6 = �3� > 0|c6 ∙ :3�|� > 0, c6 = = Φ3c ∙ f �⁄ 6 ∙  c ∙ f + � ∙ ¢3c ∙ f �⁄ 6¡ = = c ∙ f ∙ Φ3c ∙ f �⁄ 6 + � ∙ �3c ∙ f �⁄ 6

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Empiricamente, o valor de :3�|c6 será fundamental ao presente estudo, viso que

expressará ����� , ou seja, as exportações esperadas no setor � no comércio de � para �, o qual

será confrontado com seu valor observado ���� para se inferir sobre o potencial das

transações entre as regiões.

Como método de estimação, o Modelo Tobit utiliza a maximização da função log-

verossimilhança, a qual é expressa como:

£a3\6 = ¤ −12 ∙ ¥£�n32 ∙ y6 + £a3��6 + 3�� − c�′ ∙ f6��� §¨%©2 + ¤ £a ¥1 − Φ=c�′ ∙ f� @§¨%ª2

As duas partes da função log-verossimilhança correspondem, respectivamente, à

regressão clássica para as observações não limitadas (�� > 0) e às probabilidades relevantes

para as observações limitadas (�� = 0). O método, portanto, combina distribuições discreta

e contínua, em que as contribuições para a verossimilhança serão dadas por �3�∗ ≤ 0|c6 e �3�∗ > 0|c6. Um problema empírico relativo ao estudo é que, para muitos casos, é pequeno o

número de observações não censuradas para as exportações brasileiras em produtos

específicos. Por exemplo, uma amostra que conta com apenas dez parceiros comerciais

dentre os � = 220 países53 não apresentaria variabilidade suficiente para viabilizar a

produção de resultados adequados. Como solução, a estratégia utilizada passará a

considerar o empilhamento de amostras com inclusão de dummies para produtos

específicos. Assim, se um produto for selecionado previamente como potencial segundo os

critérios de Gutman-Miotti e de confronto entre os resultados de ����� e �:���� , sua amostra

será empilhada à amostra de observações referentes ao capítulo correspondente54. No

entanto, uma dummy deverá ser considerada sobre as observações que compreendem a

subamostra referente ao produto em questão. Dessa forma, a amostra empilhada contará

com mais observações, o que permite efetuar estimações bem ajustadas. Ademais, vale

ressaltar que, diante dessa estratégia, considera-se a hipótese de que os coeficientes

estimados sejam equivalentes para os produtos que compõem o capítulo, divergindo apenas

53

Caso do produto classificado sob o código 700232 – tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados –, em que o Brasil exporta para apenas dez outros países. Diversos outros casos semelhantes são apresentados na seção de resultados. 54

No exemplo do código 700232, sua amostra com dez observações não censuradas será empilhada à amostra do capítulo 70 – vidro e suas obras –, que conta com 141 observações não censuradas.

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o intercepto do produto estudado especificamente, o que será captado por meio da dummy

relativa a este55.

Quanto ao período de análise, as amostras dizem respeito a um corte seccional para

o ano de 2011, período mais recente em que se faz possível encontrar as informações

tratadas nos modelos. Nesse aspecto, justifica-se a não utilização de informações de uma

série temporal, visto que a distância é uma variável imutável no tempo e, para o modelo

gravitacional, esta é seminal para a observação de suas conclusões – o que também ocorre

sobre outras variáveis como a área e as diversas dummies testadas. Ademais, com relação às

fontes utilizadas, a variável dependente terá por base os dados disponibilizados pelo sistema

Aliceweb do MDIC (BRASIL, 2012b). Por sua vez, a base de informações do Banco Mundial

(THE WORLD BANK, 2012) será importante para se levantar o PIB dos parceiros, bem como

para colher dados sobre a população dos países, o PIB per capita e a relação entre a moeda

brasileira e a do país �, variáveis estas tratadas em modelos gravitacionais alternativos. Com

respeito à variável relativa ao equivalente ad valorem incidente sobre produtos brasileiros

nos diversos países, utilizou-se a base Market Access Map (WTO, 2012). Por fim, quanto às

demais variáveis, a consulta baseou-se nos dados do Centre d'Etudes Prospectives et

d'Informations Internationales (CEPII, 2012), que disponibiliza informações sobre a distância

entre os parceiros56, tratada no modelo básico; além da área dos países e as dummies de

localização, adjacência, país não litorâneo, língua comum e sistema jurídico comum, estas

tratadas nos modelos alternativos.

55

Caso mais de um produto num mesmo capítulo seja caracterizado previamente como potencial segundo os critérios de Gutman-Miotti e de confronto entre ����� e �:���� , essas subamostras serão empilhadas em conjunto

à subamostra referente ao capítulo correspondente, atribuindo-se dummies específicas para cada produto previamente tratado como potencial. 56

Dada pela distância geodésica entre as coordenadas das cidades mais populosas dos parceiros comerciais.

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4. RESULTADOS

A presente seção busca aplicar o modelo gravitacional para indicar os produtos com

potencial de comércio inexplorado no comércio do Brasil para a China. Contudo, como

justificado na descrição metodológica, é operacionalmente difícil analisar individualmente o

universo de produtos classificados pela NCM a seis dígitos. Diante disso, um primeiro estágio

busca selecionar previamente um conjunto de produtos relevantes a serem analisados por

meio de estimações econométricas, o que é feito ao se considerar os critérios de Gutman-

Miotti e de confronto entre os resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade

Comercial. Sobre tal elenco, em um segundo estágio, as análises através do modelo

gravitacional serão realizadas com o objetivo de estimar o comércio potencial esperado nas

transações brasileiras com destino ao mercado chinês.

4.1. Identificação de setores potenciais

Nesta subseção, busca-se elencar as principais oportunidades comerciais existentes

na China para produtos exportados pelo Brasil. Para tanto, conforme apresentado na

descrição metodológica, são considerados o critério de Gutman-Miotti, bem como o

confronto entre os resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial.

Os resultados desses cálculos implicarão a identificação dos produtos relevantes a serem

analisados por meio de equações gravitacionais, para que se aponte uma estimativa do

comércio potencial para cada caso.

Quanto ao critério de Gutman-Miotti, é necessário que se efetue cálculos

referentes ao Índice de Vantagem Comparativa Revelada Simétrica ("�1�� e "�1��) e à Taxa

de Cobertura (E��� e E���). Dessa forma, quando "�1�� > 0 e E��� > 1, diz-se que o setor � é

caracterizado como um “ponto forte” da região � no comércio exterior – no caso em análise, � corresponde ao Brasil. Por outro lado, quando "�1�� > 0 e E��� < 1, diz-se que o setor �

é caracterizado como um “ponto fraco” da região � no comércio exterior – no caso em

análise, � corresponde à China. Nesse sentido, o critério de Gutman-Miotti configura os

produtos com potencial de comércio a partir da coincidência entre “pontos fortes” do

exportador e “pontos fracos” do importador.

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Para o ano de 2011, a aplicação de referido critério identificou a existência de 465

produtos caracterizados como “pontos fortes” para o comércio exterior brasileiro,

principalmente nas seções de produtos minerais; produtos das indústrias alimentares;

produtos do reino vegetal; metais comuns e suas obras; animais vivos e produtos do reino

animal; material de transporte; máquinas, aparelhos, material elétrico e suas partes;

produtos das indústrias químicas; papel e celulose; bem como plásticos, borracha e suas

obras. Por outro lado, foram identificados 796 produtos caracterizados como “pontos

fracos” para o comércio exterior chinês, principalmente nas seções de produtos minerais;

máquinas, aparelhos, material elétrico e suas partes; instrumentos de óptica, fotografia,

cirúrgicos etc.; metais comuns e suas obras; produtos das indústrias químicas; plásticos,

borracha e suas obras; material de transporte; produtos do reino vegetal; matérias têxteis e

suas obras; bem como papel e celulose. A descrição dos 465 “pontos fortes” brasileiros e

796 “pontos fracos” chineses, com seus respectivos cálculos, encontra-se no Apêndice A.

Nesse sentido, a coincidência entre “pontos fortes” do exportador – Brasil – e

“pontos fracos” do importador – China – ocorreu em 82 produtos, conforme lista a Tabela 6.

Tais produtos, portanto, são identificados como potenciais para o comércio do Brasil para a

China, segundo o critério de Gutman-Miotti.

Tabela 6. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de Gutman-Miotti

(Continua).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ °«¬­±̄ ²¬®̄ ²¬±̄

120100 Soja, mesmo triturada 0,92 0,72 1.003,52 0,01

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas 0,49 0,55 27,62 0,01

140420 Línteres de algodão 0,59 0,69 15.916,19 0,01

150710 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 0,89 0,30 15.222,35 0,02

150810 Óleo de amendoim, em bruto 0,79 0,52 3.209,69 0,01

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados

0,14 0,50 2,49 0,00

152000 Glicerol em bruto; águas e lixívias, glicéricas 0,81 0,60 1.481,77 0,00

240120 Fumo não manufaturado, total ou parcialmente destalado 0,91 0,06 151,48 0,57

250610 Quartzo 0,21 0,39 8,42 0,30

251611 Granito em bruto ou desbastado 0,77 0,65 4.898,82 0,03

251612 Granito, cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular 0,95 0,52 1.726,23 0,03

252490 Outras formas de amianto (asbesto) 0,84 0,26 7,96 0,26

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares 0,47 0,71 6,73 0,03

260111 Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 0,87 0,75 5.308.632,83 0,00

260112 Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 0,91 0,39 1.633.948,88 0,00

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 6. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de Gutman-Miotti

(Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ °«¬­±̄ ²¬®̄ ²¬±̄

260200 Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor de manganês de => 20%, em peso, sobre o produto seco

0,61 0,69 266,05 0,01

260300 Minérios de cobre e seus concentrados 0,36 0,51 1,38 0,00

260400 Minérios de níquel e seus concentrados 0,04 0,77 111,03 0,00

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados 0,70 0,69 34,05 -

260900 Minérios de estanho e seus concentrados 0,49 0,35 15,05 -

261100 Minérios de tungstênio e seus concentrados 0,02 0,63 6,91 0,00

261590 Minérios de nióbio, tântalo ou vanádio, e seus concentrados 0,62 0,64 23,40 0,01

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 0,01 0,16 1,53 0,01

282760 Iodetos e oxiiodetos 0,68 0,02 3,96 0,08

290122 Propeno (propileno) não saturado 0,25 0,48 202,90 0,00

290230 Tolueno 0,17 0,43 385,84 0,01

290315 1, 2-Dicloroetano (cloreto de etileno) 0,36 0,30 4,44 -

290514 Outros butanóis 0,23 0,65 4,63 0,04

291614 Ésteres do ácido metacrílico 0,51 0,10 5,05 0,56

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres 0,22 0,02 5,42 0,46

291735 Anidrido ftálico 0,22 0,27 2,90 0,04

292610 Acrilonitrila 0,22 0,53 18,60 -

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

0,21 0,16 2,11 0,77

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

0,12 0,09 1,46 0,71

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária 0,26 0,33 1,38 0,05

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias 0,25 0,52 1,87 0,07

390210 Polipropileno, em forma primária 0,14 0,41 1,41 0,05

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias 0,03 0,08 1,55 0,05

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias 0,20 0,24 2,81 0,44

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,34 0,17 1,15 0,43

400270 Borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM) não conjugada, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,14 0,50 2,25 0,00

400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,19 0,18 1,27 0,60

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou tiras 0,19 0,08 1,17 0,33

410411 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue), plena flor, não divididos; divididos, com a flor

0,84 0,45 29,89 0,01

410419 Outros couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue)

0,69 0,37 156,34 0,03

410441 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado seco (crust), plena flor; não divididos; divididos, com a flor

0,90 0,39 97,19 0,01

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue)

0,07 0,23 1,93 0,01

410692 Couros e peles depilados de outros animais, mesmo divididos, curtidos, no estado seco (crust)

0,64 0,03 38,05 0,00

410712 Couros e peles inteiros, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem e couros e peles apergaminhados, depilados, divididos, com a flor

0,82 0,14 413,19 0,09

410792 Couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem, divididos, com a flor

0,67 0,57 115,92 0,14

410799 Outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem

0,37 0,10 15,09 0,20

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida

0,46 0,26 159,27 0,72

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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75

Tabela 6. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de Gutman-Miotti

(Conclusão).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ °«¬­±̄ ²¬®̄ ²¬±̄

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas 0,30 0,48 304,93 0,00

440729 Outras madeiras tropicais (cedro, ipê, pau-marfim, louro, etc), serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

0,67 0,15 61,19 0,03

440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

0,37 0,62 28,78 0,12

470200 Pasta química de madeira, para dissolução - celulose 0,76 0,63 24,00 0,01

470329 Pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada - celulose

0,91 0,43 16.868,55 0,00

480262 Papéis e cartões, não revestidos, contendo > 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, em folhas nas quais um lado <= 435 mm e o outro <= 297 mm, quando não dobradas

0,19 0,24 18,39 0,52

520100 Algodão, não cardado nem penteado 0,67 0,64 4,08 0,01

530500

Cairo (fibras de coco), abacá (cânhamo-de-manilha ou Musa textilis Nee), rami e outras fibras têxteis vegetais não especificadas nem compreendidas noutras posições, em bruto ou trabalhados, mas não fiados; estopas e desperdícios destas fibras (incluídos o

0,69 0,69 667,89 0,02

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos

0,33 0,29 4,70 0,62

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 0,04 0,36 1,84 0,02

550200 Cabos de filamentos artificiais 0,07 0,47 45,90 0,02

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2

0,08 0,06 1,70 0,86

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados 0,23 0,43 2,28 0,32

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados

0,56 0,12 21,14 0,66

710310 Pedras preciosas ou semipreciosas, em bruto ou simplesmente serradas ou desbastadas

0,73 0,39 18,38 0,05

710399 Outras pedras preciosas ou semipreciosas, trabalhadas de outro modo 0,45 0,63 91,72 0,01

720260 Ferroníquel 0,22 0,29 5.387,05 0,03

720293 Ferronióbio 0,96 0,32 3.792,10 0,01

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos 0,32 0,31 39,89 0,01

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW 0,59 0,30 1,47 0,77

841932 Secadores para madeiras, pastas de papel, papéis ou cartões 0,23 0,44 2,31 0,28

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos 0,35 0,05 1,32 0,53

843920 Máquinas e aparelhos para fabricação de papel ou cartão 0,49 0,60 16,22 0,10

844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis 0,40 0,00 1,21 0,38

844831 Guarnições de cardas 0,35 0,37 2,95 0,39

845530 Cilindros de laminadores, de metais 0,47 0,15 2,21 0,75

848310 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas

0,41 0,09 1,00 0,61

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW

0,65 0,20 3,43 0,54

880240 Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 15.000 kg, vazios 0,44 0,14 22,70 0,02

901841 Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados com outros equipamentos dentários

0,67 0,02 9,99 0,85

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

A partir do confronto entre os resultados dos Índices de Complementaridade e

Efetividade Comercial, é possível apontar os produtos cujo comércio efetivamente

observado encontra-se aquém do potencial exportável do Brasil para a China. Referido

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potencial é identificado por meio do Índice de Complementaridade (����� ), que cruza

informações da oferta exportadora da região � – Brasil – e da demanda importadora da

região � – China. O índice é calculado tomando-se o produto entre os indicadores de "�#�� e "�#�� para determinado setor �. Destarte, se ����� > 1, diz-se que as regiões são

complementares no comércio do setor �, exportados de � para �. Como resultados para o

ano de 2011, verifica-se a ocorrência de 269 produtos caracterizados como complementares

no comércio do Brasil para a China, principalmente nas seções de produtos minerais;

produtos do reino vegetal; material de transporte; metais comuns e suas obras; produtos

das indústrias alimentares; máquinas, aparelhos, material elétrico e suas partes; produtos

das indústrias químicas; animais vivos e produtos do reino animal; plástico, borracha e suas

obras; bem como papel e celulose. A lista completa desses produtos, com seus respectivos

cálculos, encontra-se no Apêndice B

Dos 269 produtos caracterizados como complementares, 195 são identificados

como subaproveitados, o que se configura através do cálculo do Índice de Efetividade

Comercial (�:���� ). Nesse sentido, quando ocorre �:���� < 1 e ����� > 1, verifica-se que,

mesmo diante da existência de complementaridade no comércio de � para �, relativo ao

setor �, as transações efetivas entre essas regiões são menos especializadas em � do que são

nas transações de � e � com o mundo, configurando-se em um caso de subaproveitamento

comercial. Tais produtos, portanto, são identificados como potenciais para o comércio do

Brasil para a China, segundo o critério de confronto entre os resultados dos Índices de

Complementaridade e Efetividade Comercial, conforme lista a Tabela 7.

Tabela 7. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de confronto entre os

resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial (Continua).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ 010511 Galos e galinhas vivos, das espécies domésticas, de peso não superior a 185 g 1,01 -

020230 Carnes de bovino, desossadas, congeladas - carnes 1,04 0,05

020322 Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados - carnes 12,31 -

020329 Outras carnes de suíno, congeladas 2,93 0,00

020629 Outras miudezas comestíveis de bovino, congeladas 1,15 0,02

020641 Fígados de suíno, congelados 5,16 -

020649 Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas 8,20 -

020727 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas

6,15 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 7. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de confronto entre os

resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial (Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ 030379

Outros peixes, congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

1,42 0,02

050400 Tripas, bexigas e estômagos de animais, exceto peixes, inteiros ou em pedaços, frescos, refrigerados, congelados, salgados, secos ou defumados

3,40 0,00

050790 Carapaças de tartarugas, barbas, chifres, galhadas, cascos, em bruto ou simplesmente preparados; seus pós e desperdícios

1,87 -

080121 Castanha-do-pará, fresca ou seca, com casca 1,20 0,75

080132 Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca 1,51 0,01

080450 Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos 6,12 -

090300 Mate 1,18 0,00

090411 Pimenta (do gênero piper), seca, não triturada nem em pó 1,36 0,00

100590 Milho, exceto para semeadura 1,17 0,00

100640 Arroz quebrado (trinca de arroz) 1,37 -

110814 Fécula de mandioca 1,19 -

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas 10,01 -

130190 Outras gomas, resinas, gomas-resinas, oleorresinas, naturais 1,48 0,00

140420 Línteres de algodão 21,05 0,42

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 3,96 -

170199 Outros açúcares de cana, de beterraba e sacarose quimicamente pura, no estado sólido 2,70 0,61

240391 Fumo manufaturado, homogeneizado ou reconstituído 1,70 -

250200 Piritas de ferro não ustuladas 1,08 -

250410 Grafita natural, em pó ou em escamas 2,61 0,00

250610 Quartzo 3,48 0,69

250620 Quartzitos, mesmo desbastados ou cortados, em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular

1,17 0,47

252490 Outras formas de amianto (asbesto) 19,99 0,00

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares 16,24 0,14

252810 Boratos de sódio, naturais e seus concentrados 1,00 -

253010 Vermiculita, perlita e cloritas, não expandidas 1,27 0,00

260300 Minérios de cobre e seus concentrados 6,41 0,19

260400 Minérios de níquel e seus concentrados 8,08 -

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados 29,99 -

260900 Minérios de estanho e seus concentrados 5,98 0,27

261000 Minérios de cromo e seus concentrados 2,96 0,88

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 1,39 0,84

271500 Misturas betuminosas à base de asfalto, de betumes, de alcatrão ou de breu de alcatrão mineral 1,39 -

280469 Outros silícios 2,22 -

281820 Óxidos de alumínio, exceto corindo artificial 8,11 0,00

282090 Outros óxidos de manganês 2,97 0,00

282590 Outras bases inorgânicas; óxidos, hidróxidos e peróxidos de outros metais 1,26 0,02

282990 Bromatos e perbromatos, iodatos e periodatos; percloratos 1,50 -

284330 Compostos de ouro 1,75 -

290122 Propeno (propileno) não saturado 4,75 0,03

290124 Buta-1, 3-dieno e isopreno não saturados 1,57 0,14

290129 Outros hidrocarbonetos acíclicos não saturados 1,67 -

290230 Tolueno 3,51 -

290243 p-Xileno 3,94 -

290319 Outros derivados clorados saturados dos hidrocarbonetos acíclicos 3,16 -

290519 Outros monoálcoois saturados 1,34 0,18

290532 Propilenoglicol (propano-1, 2-diol) 1,30 0,54

290539 Outros álcoois dióis, não saturados 1,64 0,13

290613 Esteróis e inositóis 1,57 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 7. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de confronto entre os

resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial (Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ 290711 Fenol (hidroxibenzeno) e seus sais 2,56 -

290713 Octilfenol, nonilfenol e seus isômeros; sais destes produtos 1,17 -

290723 4,4-Isopropilidenodifenol e seus sais 1,59 0,98

290919 Outros éteres acíclicos e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados 2,25 -

291020 Metiloxirano (óxido de propileno) 1,82 -

291413 4-Metilpentan-2-ona (metilisobutilcetona) 1,17 -

291440 Cetonas-álcoois e cetonas-aldeídos 1,83 0,26

291614 Ésteres do ácido metacrílico 3,73 0,00

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres 1,64 0,00

291735 Anidrido ftálico 2,75 -

291821 Ácido salicílico e seus sais 1,08 0,00

292143 Toluidinas e seus derivados e sais 1,31 -

292213 Trietanolamina e seus sais 1,35 0,04

292320 Lecitinas e outros fosfoaminolipídios 2,99 0,00

292421 Ureínas, seus derivados e sais 1,19 -

292610 Acrilonitrila 5,06 0,19

310520 Adubos ou fertilizantes contendo nitrogênio, fósforo e potássio 1,88 -

320210 Produtos tanantes orgânicos sintéticos 1,68 0,70

320290 Produtos tanantes inorgânicos; preparações tanantes; preparações enzimáticas para a pré-curtimenta

1,60 0,72

321100 Secantes preparados 1,43 0,00

350300 Gelatinas e seus derivados; ictiocola e outras colas de origem animal, exceto cola de caseína 1,15 0,00

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

2,10 -

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

1,50 -

380590 Outras essências terpênicas da destilação ou do tratamento de madeiras 1,42 -

380992 Outros agentes de apresto ou acabamento para a indústria do papel 1,17 0,02

380993 Outros agentes de apresto ou acabamento para a indústria do couro 6,35 0,65

390110 Polietileno de densidade < 0,94, em forma primária 1,78 0,71

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária 3,40 0,14

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias 5,32 0,90

390210 Polipropileno, em forma primária 3,11 0,96

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias 1,22 0,21

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias 2,45 0,00

391290 Outros celuloses e seus derivados químicos, em formas primárias 1,67 0,00

391739 Outros tubos flexíveis de plástico, inclusive com acessórios 2,48 0,00

392051 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de polimetacrilato de metila, sem suporte, não reforçadas 1,05 0,00

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

2,87 0,01

400260 Borracha de isopreno (IR) em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras 1,53 0,00

400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras 2,08 0,02

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou tiras 1,72 0,19

401130 Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em aviões 1,12 0,06

401290 Flaps, protetores, bandas de rodagem, para pneus de borracha 1,14 0,00

401610 Obras de borracha vulcanizada alveolar não endurecida 1,64 0,00

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue) 1,86 0,88

410799 Outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem

2,63 0,44

411410 Couros e peles acamurçados (incluída a camurça combinada) 1,96 0,07

411420 Couros e peles envernizados ou revestidos; couros e peles metalizados 1,07 0,77

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida 4,61 0,10

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas 5,34 0,03

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 7. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de confronto entre os

resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial (Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ 440349 Outras madeiras tropicais, em bruto 2,16 0,01

440722 Madeira de virola, imbuia ou balsa,serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm

3,54 0,13

440794 Madeira de cerejeira (Prunus spp.), serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm

7,83 0,00

440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm 9,15 0,26

470311 Pasta química de madeira de conífera, à soda ou sulfato, crua - celulose 1,03 0,02

480257 Outros papéis e cartões não revestidos, contendo <= 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, de peso => 40 g/m2 mas não > 150 g/m2, em rolos ou folhas

1,35 0,00

480411 Papel e cartão kraftliner, não revestidos, para cobertura, crus, em rolos ou folhas 1,87 0,00

480431 Papel e cartão kraft, crus, não revestidos, de peso <= 150 g/m2, em rolos ou folhas 1,11 0,00

510111 Lã de tosquia suja, incluída a lã lavada a dorso, não cardada nem penteada 2,95 -

520912 Tecido de algodão cru, em ponto sarjado, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

2,43 -

520943 Tecido de algodão, fios de diversas cores, em ponto sarjado, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

1,03 -

521120 Tecidos de algodão, branqueados, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

1,22 0,00

521149 Outros tecidos de algodão, de fios de diversas cores, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

2,01 -

521151 Tecido de algodão estampado, em ponto de tafetá, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

1,12 -

530890 Fios de outras fibras têxteis vegetais 4,04 -

540245 Outros fios simples de náilon ou de outras poliamidas, sem torção ou com torção <= 50 voltas por metro

1,07 -

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos 3,67 -

540773 Outros tecidos, de fios de diversas cores, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos 1,04 -

550120 Cabos de poliésteres 2,16 -

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 2,29 -

550200 Cabos de filamentos artificiais 3,18 -

550942 Outros fios retorcidos ou retorcidos múltiplos, de fibras sintéticas descontínuas, contendo => 85% em peso destas fibras, não para venda a retalho

1,37 -

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2 1,34 0,01

681140 Obras de fibrocimento, cimento-celulose ou semelhantes, contendo amianto 1,56 -

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados 4,04 0,00

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados 4,41 -

701342 Objetos para serviço de mesa, de vidro (exceto de vitrocerãmica), com coeficiente de dilatação linear não superior a 5x10-6 por Kelvin, entre 0°C e 300°C

2,14 0,86

720917 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de espessura => 0,5 mm e <= 1 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

1,07 0,00

721935 Produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados a frio, de largura => 600 mm e espessura < 0,5 mm - siderúrgicos

1,00 0,00

722490 Produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços - siderúrgicos 7,66 0,35

722550 Produtos laminados planos, de outras ligas de aços, de largura => 600 mm, laminados a frio - siderúrgicos

1,51 0,00

722620 Produtos laminados planos, de largura < 600 mm, de ligas de aços de corte rápido - siderúrgicos 3,55 0,18

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos 3,70 -

731582 Correntes de elos soldados, de ferro fundido, ferro ou aço 1,14 -

732020 Molas helicoidais de ferro ou aço 1,42 0,09

740311 Cátodos de cobre refinado e seus elementos, em formas brutas 1,98 0,38

740819 Outros fios de cobre refinado 1,77 0,00

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 7. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de confronto entre os

resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial (Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ 740829 Outros fios de ligas de cobre 1,24 0,02

740921 Chapas e tiras de ligas à base cobre-zinco, (latão), de espessura > 0,15 mm, em rolos 2,14 -

741521 Arruelas de cobre 1,21 0,01

750110 Mates de níquel 2,72 -

750210 Níquel não ligado, em formas brutas 2,92 0,00

750512 Barras e perfis, de ligas de níquel 1,09 -

790111 Zinco não ligado, em formas brutas, contendo, em peso, => 99,99% de zinco 1,15 0,37

811300 Ceramais (cermets) e suas obras, incluídos os desperdícios e resíduos 1,04 0,00

820240 Correntes cortantes de serras, de metais comuns 3,78 0,78

820291 Folha de serras retilíneas, para trabalhar metais, de metais comuns 1,42 0,06

830710 Tubos flexíveis de ferro ou aço, mesmo com acessórios 7,96 0,02

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW 7,10 -

840734 Motores de pistão alternativo, de ignição por centelha, para propulsão de veículos do capítulo 87, de cilindrada > 1.000 cm3

1,18 0,00

840991 Outras partes exclusiva ou principalmente destinadas aos motores de pistão, de ignição por centelha

1,21 0,06

841221 Motores hidráulicos, de movimento retilíneo (cilindros) 1,70 0,02

841360 Outras bombas volumétricas rotativas 1,39 0,00

841430 Compressores para equipamentos frigoríficos 2,84 0,24

841931 Secadores para produtos agrícolas 1,30 -

841939 Outros secadores 2,10 0,00

842010 Calandras e laminadores 1,90 -

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos 2,32 0,00

842832 Outros aparelhos elevadores ou transportadores de mercadorias, de caçamba 3,10 -

842839 Outros aparelhos elevadores ou transportadores, de ação contínua, para mercadorias 1,03 0,00

842911 Bulldozers e angledozers, de lagartas, autopropulsores 2,23 0,03

842920 Niveladores 1,16 0,02

843230 Semeadores, plantadores e transplantadores 3,33 0,00

843359 Outras máquinas e aparelhos para colheita 6,00 0,01

843710 Máquinas para limpeza, seleção ou peneiração de grãos ou de produtos hortícolas secos 1,11 0,08

843830 Máquinas e aparelhos para a indústria de açúcar 1,31 -

843910 Máquinas e aparelhos para fabricação de pasta de matérias fibrosas celulósicas 1,49 0,01

843930 Máquinas e aparelhos para acabamento de papel ou cartão 1,44 0,46

844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis 2,37 -

844831 Guarnições de cardas 4,49 0,11

845530 Cilindros de laminadores, de metais 3,75 0,26

846040 Máquinas-ferramentas para brunir metais ou ceramais 3,04 0,18

846210 Máquinas-ferramentas (incluídas as prensas) para forjar ou estampar, martelos, martelos-pilões e martinetes

2,15 0,05

847480 Outras máquinas e aparelhos para aglomerar ou moldar combustíveis minerais sólidos, pastas cerâmicas, cimento ou gesso, em pó ou em pasta

1,36 0,00

847989 Outras máquinas e aparelhos mecânicos com função própria 1,07 0,00

848310 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas

2,92 0,18

848330 Mancais (chumaceiras) sem rolamentos; bronzes 1,21 0,03

850152 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 750 W e <= 75 kW 2,54 0,00

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW 7,09 0,01

853210 Condensadores fixos para linhas elétricas de 50/60 Hz e capazes de absorver uma potência reativa => 0,5 kvar

1,49 0,59

853222 Condensadores fixos eletrolíticos, de alumínio 1,84 0,04

853225 Condensadores fixos com dielétricos de papel ou de plásticos 3,21 0,63

860730 Ganchos, e outros sistemas de engate, pára-choques e suas partes, de veículos para vias férreas 1,95 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 7. Produtos identificados como potenciais, segundo o critério de confronto entre os

resultados dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial (Conclusão).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ 870323

Automóveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.500 cm3 e <= 3.000 cm3 - automóvel carros

1,04 0,00

870423 Veículos automóveis para transporte de mercadorias, com motor de pistão, de ignição por compressão, de peso em carga máxima > 20 t - caminhão caminhões

1,26 -

870600 Chassis com motor para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 3,78 0,00

870840 Caixas de marchas (velocidade) e suas partes, para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 1,58 0,00

880230 Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 2.000 kg e <= 15.000 kg, vazios 2,17 -

890520 Plataformas de perfuração ou de exploração, flutuantes ou submersíveis 1,57 -

900110 Fibras ópticas, feixes e cabos de fibras ópticas 1,25 0,00

930621 Cartuchos para espingardas e carabinas de cano liso 1,91 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

Diante da importância dos critérios de Gutman-Miotti e confronto dos resultados de ����� e �:���� para a identificação de setores potenciais, toma-se o resultado combinado

destes como critério de seleção dos produtos relevantes a serem analisados por meio de

equações gravitacionais. Vale destacar que não há motivos para que os critérios aqui

tratados sejam estritamente convergentes, visto que a análise pesa diferentes aspectos: o

critério de Gutman-Miotti analisa as vantagens comparativas do exportador � e as

desvantagens do importador �, mas também dá peso às informações relativas às

exportações e às importações tanto de �, quanto de �, por meio da Taxa de Cobertura – o

que não é explorado pelo critério de confronto dos resultados de ����� e �:���� –; por outro

lado, o critério de confronto de ����� e �:���� , apesar de também analisar vantagens e

desvantagens comparativas, dá ainda peso às informações relativas às exportações efetivas

de � para � – o que não é explorado pelo critério de Gutman-Miotti.

Nesse sentido, dentre os 82 produtos identificados segundo o critério de Gutman-

Miotti e os 195 identificados segundo o critério de confronto dos resultados de ����� e �:���� ,

houve coincidência em 46 produtos, conforme lista o Quadro 1, sendo estes considerados

como de especial interesse para a seleção dos produtos relevantes a serem analisados por

meio de equações gravitacionais. Ressalta-se que referidos produtos encontram-se dispostos

em vinte diferentes setores agregados segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL a

dois dígitos (NCM2), os quais são compreendidos nas seções de produtos do reino vegetal,

gorduras animais ou vegetais e seus produtos, produtos minerais, produtos das indústrias

químicas, plásticos, borracha e suas obras, peles e couros, madeira e suas obras, matérias

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têxteis e suas obras, obras de pedra, gesso, cimento, mica etc., metais comuns e suas obras,

bem como máquinas, aparelhos, material elétrico e suas partes.

Quadro 2. Produtos identificados como potenciais: interseção entre os critérios de

Gutman-Miotti e confronto entre os resultados de µ¶·¹̧ e µº¶·¹̧ (Continua).

Cód.NCM Descrição

SEÇÃO II PRODUTOS DO REINO VEGETAL

12 Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais;

palhas e forragens

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas

14 Matérias para entrançar outros produtos de origem vegetal, não especificados nem compreendidos em

outros capítulos

140420 Línteres de algodão

SEÇÃO III GORDURAS E ÓLEOS ANIMAIS OU VEGETAIS; PRODUTOS DA SUA DISSOCIAÇÃO; GORDURAS ALIMENTARES ELABORADAS; CERAS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL

15 Gorduras e óleos animais ou vegetais; Produtos da sua dissociação; Gorduras alimentares elaboradas;

Ceras de origem animal ou vegetal

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados

SEÇÃO V PRODUTOS MINERAIS

25 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento

250610 Quartzo

252490 Outras formas de amianto (asbesto)

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares

26 Minérios, escórias e cinzas

260300 Minérios de cobre e seus concentrados

260400 Minérios de níquel e seus concentrados

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados

260900 Minérios de estanho e seus concentrados

27 Combustíveis minerais, óleos Minerais e produtos da sua destilação; Matérias betuminosas; Ceras

Minerais

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos

SEÇÃO VI PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS OU DAS INDÚSTRIAS CONEXAS

29 Produtos químicos orgânicos

290122 Propeno (propileno) não saturado

290230 Tolueno

291614 Ésteres do ácido metacrílico

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres

291735 Anidrido ftálico

292610 Acrilonitrila

37 Produtos para fotografia e cinematografia

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

SEÇÃO VII PLÁSTICOS E SUAS OBRAS; BORRACHA E SUAS OBRAS

39 Plásticos e suas obras

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias

390210 Polipropileno, em forma primária

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Quadro 2. Produtos identificados como potenciais: interseção entre os critérios de

Gutman-Miotti e confronto entre os resultados de ³¬®±̄ e ³´¬®±̄ (Conclusão).

Cód.NCM Descrição

SEÇÃO VII PLÁSTICOS E SUAS OBRAS; BORRACHA E SUAS OBRAS

40 Borracha e suas obras

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou tiras

SEÇÃO VIII PELES, COUROS, PELES COM PELO E OBRAS DESTAS MATÉRIAS; ARTIGOS DE CORREEIRO OU DE SELEIRO; ARTIGOS DE VIAGEM, BOLSAS E ARTEFATOS SEMELHANTES; OBRAS DE TRIPA

41 Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue)

410799 Outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem

43 Peleteria (peles com pêlo) e suas obras; Peleteria (peles com pêlo) artificial

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida

SEÇÃO IX MADEIRA, CARVÃO VEGETAL E OBRAS DE MADEIRA; CORTIÇA E SUAS OBRAS; OBRAS DE ESPARTARIA OU DE CESTARIA

44 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas

440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

SEÇÃO XI MATÉRIAS TÊXTEIS E SUAS OBRAS

54 Filamentos sintéticos ou artificiais

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos

55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos

550200 Cabos de filamentos artificiais

56 Pastas, feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos; artigos de cordoaria

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2

SEÇÃO XIII OBRAS DE PEDRA, GESSO, CIMENTO, AMIANTO, MICA OU DE MATÉRIAS SEMELHANTES; PRODUTOS CERÂMICOS; VIDRO E SUAS OBRAS

70 Vidro e suas obras

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados

SEÇÃO XV METAIS COMUNS E SUAS OBRAS

72 Ferro fundido, ferro e aço

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos

SEÇÃO XVI MÁQUINAS E APARELHOS, MATERIAL ELÉTRICO, E SUAS PARTES; APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE SOM, APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE IMAGENS E DE SOM EM TELEVISÃO, E SUAS PARTES E ACESSÓRIOS

84 Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos

844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis

844831 Guarnições de cardas

845530 Cilindros de laminadores, de metais

848310 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas

85

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução de

som; Aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e

acessórios

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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4.2. Estimativa do comércio potencial

Como discutido na revisão literária, o modelo gravitacional tem sido empregado

com o intuito de medir o valor potencial de exportação entre dois parceiros, sendo a

principal metodologia aplicada em estudos que se debruçam sobre esse objetivo. Contudo,

referida estratégia esbarra no problema operacional de se realizar uma análise desagregada,

como a que se propõe no presente estudo. Diante do objetivo de estudar mais de 5.700

diferentes produtos caracterizados sob códigos da Nomenclatura Comum do MERCOSUL a

seis dígitos, seria operacionalmente difícil, portanto, realizar a análise de todas as equações

gravitacionais de forma desagregada. Dessa forma, a partir dos critérios de Gutman-Miotti e

confronto dos resultados dos índices ����� e �:���� , a seleção de produtos de especial

interesse para a análise das equações gravitacionais restringe-se aos 46 produtos listados no

Quadro 2 anteriormente apresentado.

Vale destacar que, em muitos desses casos, o Brasil conta com poucos parceiros

comerciais, o que restringe fortemente o tamanho das amostras, o que pode ser observado

por meio da Tabela 8. Diante dessa dificuldade, existente mesmo quando se aplicam as

estimações por meio do modelo Tobit, a estratégia utilizada passou a considerar o

empilhamento de amostras com inclusão de dummies. Como exemplo ilustrativo, o código

120720 – sementes de algodão, mesmo trituradas – é exportado do Brasil para apenas nove

países, o que caracteriza uma amostra insuficiente para efetuar estimações bem ajustadas,

dado o reduzido número de observações não censuradas. Assim, a formação da amostra

passou também a considerar informações relativas ao comércio do setor agregado a dois

dígitos, ou seja, referente ao código 12 – sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e

frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens –, em que o Brasil conta

com um elenco de 103 países importadores. Dessa forma, a amostra empilhada passa a

contar com 112 observações não censuradas, incluindo-se uma dummy para as observações

referentes exclusivamente ao comércio no código 120720.

Destaca-se que, utilizando-se dessa estratégia, o número de estimações reduz-se a

vinte, correspondente ao número de amostras empilhadas referentes a cada setor agregado

sob códigos de dois dígitos. Vale ainda ressaltar que, diante dessa metodologia, considera-se

a hipótese de que os coeficientes estimados sejam equivalentes para os produtos que

compõem cada capítulo, divergindo apenas o intercepto dos produtos estudados

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especificamente. Por exemplo, a amostra relativa ao código 25 – sal; enxofre; terras e

pedras; gesso, cal e cimento – conta com informações específicas referentes a três produtos,

correspondentes aos códigos 250610 – quartzo –, 252490 – outras formas de amianto

(asbesto) –, e 252510 – mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares –, para os

quais são atribuídas uma dummy para cada caso. Dessa forma, considera-se que os

coeficientes estimados das variáveis explicativas são equivalentes dentro do mesmo

capítulo, para todos os seus produtos, exceto com respeito ao intercepto da equação,

atribuído por meio de cada uma das dummies. Dessa forma, é possível estimar as

exportações potenciais para cada um dos produtos específicos, o que vem a ser comparado

com o comércio efetivamente observado.

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Tabela 8. Composição das amostras consideradas nos modelos gravitacionais: número de observações não censuradas (Continua).

Produtos e capítulos considerados nos modelos Nº de observações não

censuradas

NCM-6 Descrição dos produtos (NCM-6) NCM-2 Descrição dos capítulos (NCM-2) NCM-6 NCM-2 Amostra

empilhada

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas 12 Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens

9 103 112

140420 Línteres de algodão 14 Matérias para entrançar outros produtos de origem vegetal, não especificados nem compreendidos em outros capítulos

4 21 25

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados

15 Gorduras e óleos animais ou vegetais; Produtos da sua dissociação (...)

16 104 120

250610 Quartzo

25 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento

40

91 156 252490 Outras formas de amianto (asbesto) 18

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares 7

260300 Minérios de cobre e seus concentrados

26 Minérios, escórias e cinzas

10

62 108 260400 Minérios de níquel e seus concentrados 2

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados 27

260900 Minérios de estanho e seus concentrados 7

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 27 Combustíveis minerais, óleos Minerais e produtos da sua destilação; Matérias betuminosas; Ceras Minerais

20 77 97

290122 Propeno (propileno) não saturado

29 Produtos químicos orgânicos

8

109 204

290230 Tolueno 4

291614 Ésteres do ácido metacrílico 35

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres 12

291735 Anidrido ftálico 25

292610 Acrilonitrila 11

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

37 Produtos para fotografia e cinematografia 29

68 133

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

36

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária

39 Plásticos e suas obras

57

173 386

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias 31

390210 Polipropileno, em forma primária 56

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias 41

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias 28

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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Tabela 8. Composição das amostras consideradas nos modelos gravitacionais: número de observações não censuradas (Conclusão).

Produtos e capítulos considerados nos modelos Nº de observações não

censuradas

NCM-6 Descrição dos produtos (NCM-6) NCM-2 Descrição dos capítulos (NCM-2) NCM-6 NCM-2 Amostra

empilhada

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas (...)

40 Borracha e suas obras

43

158 297 400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais (...) 25

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas (...) 71

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, úmidas (...) 41 Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros

9 76 133

410799 Outros couros e peles, (...) após curtimenta ou secagem 48

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida

43 Peleteria (peles com pêlo) e suas obras; Peleteria (peles com pêlo) artificial

56 61 117

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas

44 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira

6

151 219 440799

Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

62

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos

54 Filamentos sintéticos ou artificiais 11 70 81

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas

7 49 65

550200 Cabos de filamentos artificiais 9

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2

56 Pastas ("ouates"), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos; Artigos de cordoaria

30 101 131

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados

70 Vidro e suas obras 13

141 164

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados

10

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos 72 Ferro fundido, ferro e aço 3 116 119

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW

84 Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes

15

188 478

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos 110

844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis 6

844831 Guarnições de cardas 12

845530 Cilindros de laminadores, de metais 40

848310 Árvores (veios) de transmissão (...) 107

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW

85 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução de som; (...)

85 181 266

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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Inicialmente, com respeito ao produto classificado sob o código 120720 – sementes

de algodão, mesmo trituradas –, a amostra utilizada na estimação soma as nove observações

não censuradas referentes aos países para os quais o Brasil exporta esse produto, bem como

as 103 observações não censuradas referentes aos países para os quais o Brasil exporta no

capítulo 12 – sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas

industriais ou medicinais; palhas e forragens –, o que perfaz um total de 112 observações

não censuradas e, por conseguinte, 328 observações censuradas.

Nesse aspecto, vale lembrar que cada subamostra empilhada conta com um elenco

de � = 220 países em que o Brasil pode efetuar transações. Visto que, para essa estimação,

são empilhadas duas subamostras, uma relativa às exportações no código 120720 e outra

relativa às exportações totais no capítulo 12, então a amostra completa soma 440

observações, sendo 112 não censuradas e, portanto, 328 censuradas.

Como resultado, apresentado por meio da Tabela 9, verifica-se que o Modelo 7 –

aquele que descarta variáveis redundantes – relaciona como fatores explicativos das

exportações brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB dos parceiros, positivamente;

distância geográfica entre os mesmos, negativamente; população dos parceiros,

positivamente; dummy para países não litorâneos, negativamente; e dummy para países que

falam a língua portuguesa, positivamente.

Por meio das equações estimadas, verifica-se que o valor esperado para as

exportações do Brasil para a China no código 120720 corresponde a zero, valor equivalente

ao comércio efetivamente observado. Nesse sentido, apesar de o critério de seleção de

setores potenciais indicar este produto como subaproveitado, observa-se que os fatores de

atrito ao comércio devem atuar sobre essas transações, o que explica as exportações nulas

do Brasil para a China referentes a este produto.

Vale destacar que o comércio potencial calculado segundo a Hipótese do Potencial

Atingido aponta para um valor equivalente a US$ 4,52 milhões para o produto em questão57,

o que seria suficiente para levar seu Índice de Efetividade Comercial a �:���� = 1 e, assim,

caracterizar suas exportações efetivas como condizentes com a complementaridade

existente entre Brasil e China, indicada pelo resultado de ����� > 1. Diante dos resultados

57

Os valores referentes aos acréscimos calculados sob a Hipótese do Potencial Atingido encontram-se no Apêndice C.

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econométricos, portanto, verifica-se que tal volume de comércio não poderia ser alcançado

em razão dos fatores de atrito ao comércio relacionados às variáveis explicativas tratadas no

modelo de gravidade.

Não obstante, um importante resultado relacionado a esta estimação diz respeito

ao cálculo do valor esperado referente às exportações do Brasil para a China no capítulo

1258, o qual corresponde a um expressivo volume de US$ 15,8 bilhões, valor superior em

43,9% frente ao comércio efetivamente observado nesse capítulo. Nesse sentido, apesar de

o produto 120720 não apresentar potencial diante da estimação do modelo gravitacional,

observa-se que as exportações totais no capítulo 12 apresentam um considerável potencial

inexplorado, da ordem de US$ 4,8 bilhões, visto que as exportações efetivamente

observadas nesse setor correspondem a US$ 11,0 bilhões.

Tendo em vista que apenas outro produto deste capítulo, referente ao código

120100 – soja, mesmo triturada –, foi relacionado entre os critérios analisados neste estudo,

entende-se que referido potencial identificado diz respeito a este produto, o que sugere

consideráveis oportunidades para os exportadores brasileiros desta commodity59. Nesse

aspecto, ressalta-se que referido produto encontra-se listado como potencial segundo o

critério de Gutman-Miotti e, além disso, caracteriza-se como um produto complementar no

comércio entre Brasil e China60.

Ressalta-se que o mesmo apresentou �:���� > 1, o que indica que suas exportações

efetivas refletem minimamente61 a existência de complementaridade, o que omitiu tal

produto da lista daqueles a serem analisados especificamente por meio de estimações

econométricas. Portanto, ao se considerar o resultado encontrado para o comércio

esperado no capítulo 12, que se mostrou superior ao valor observado, pode-se indicar que

tal potencial refere-se ao produto classificado sob o código 120100 – soja, mesmo triturada

– e, como interpretação, indica-se que as exportações efetivas deste produto encontram-se

aquém do potencial, ainda que já reflitam os resultados de complementaridade.

58

Seu valor esperado é calculado ao atribuir valor nulo à dummy relacionada ao produto 120720. 59

Referido entendimento também parte da importância desse produto no volume total de exportações brasileiras no capítulo 12, a qual é refletida pela expressiva participação de 98,8% do valor comercializado nesse setor. Além disso, do comércio entre Brasil e China nesse capítulo, 100% das exportações referem-se ao produto 120100. 60

Vide Tabela 6 e Apêndice B. 61

Apenas minimamente, como ressaltado na discussão metodológica.

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90

Tabela 9. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 12.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 4,23 0,00 4,24 0,00 3,50 0,00 4,20 0,00 4,20 0,00 3,14 0,00 3,41 0,00

Dist -6,24 0,00 -6,39 0,00 -6,80 0,00 1,53 0,68 1,59 0,66 1,07 0,77 -6,08 0,00

Tarif - - 4,51 0,17 4,48 0,18 - - 3,16 0,32 3,95 0,20 - -

Camb - - -0,09 0,71 0,18 0,58 - - -0,39 0,19 -0,14 0,67 - -

Pop - - - - 1,61 0,05 - - - - 1,05 0,23 1,03 0,04

Area - - - - -0,56 0,22 - - - - 0,21 0,65 - -

DifPIBpc - - - - -0,20 0,47 - - - - -0,03 0,93 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 2,70 0,25 0,88 0,74 -1,46 0,62 - -

AmSul - - - - - - 6,23 0,23 3,35 0,54 3,01 0,58 - -

AmLatRest - - - - - - 8,82 0,01 8,27 0,01 7,51 0,02 - -

EuroLest - - - - - - -6,20 0,15 -6,69 0,13 -6,91 0,09 - -

OrientMd - - - - - - -3,93 0,28 -5,10 0,17 -4,98 0,18 - -

SudAsia - - - - - - -0,84 0,77 -2,80 0,34 -3,20 0,30 - -

AsiaRest - - - - - - 2,28 0,59 1,40 0,75 -0,10 0,98 - -

Oceania - - - - - - -4,79 0,34 -4,95 0,32 -5,30 0,29 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 5,99 0,08 8,06 0,02 6,54 0,08 - -

SemLit - - - - - - -5,15 0,03 -5,68 0,01 -5,79 0,01 -6,64 0,00

LingPort - - - - - - 11,18 0,00 11,65 0,00 11,91 0,00 9,98 0,00

CivilLaico - - - - - - 0,24 0,88 -0,09 0,95 0,22 0,89 - -

Dummies de Produto

NCM 120720 -23,31 0,00 -23,21 0,00 -23,18 0,00 -23,20 0,00 -23,02 0,00 -23,04 0,00 -23,53 0,00

Intercepto -43,09 0,00 -42,43 0,00 -35,22 0,01 -114,05 0,00 -114,36 0,00 -100,97 0,00 -39,83 0,00

Estatísticas de Interesse

F-Stat 94,65 0,00 60,71 0,00 41,09 0,00 25,20 0,00 22,71 0,00 19,68 0,00 59,26 0,00

Log-Veross. -493,15 -492,69 -490,72 -474,15 -473,01 -471,25 -480,76

Pseudo-R2 0,23 0,23 0,23 0,26 0,26 0,26 0,25

AIC / BIC 2,26 / -1.661,45 2,27 / -1.650,19 2,28 / -1.635,88 2,23 / -1.626,40 2,24 / -1.616,51 2,24 / -1.601,77 2,22 / -1.667,97

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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91

Por sua vez, ao se analisar o código 140420 – línteres de algodão –, a amostra

utilizada na estimação somou as quatro observações não censuradas referentes aos países

para os quais o Brasil exporta esse produto, bem como as 21 observações não censuradas

referentes aos países para os quais o Brasil exporta no capítulo 14 – matérias para entrançar

outros produtos de origem vegetal, não especificados nem compreendidos em outros

capítulos –, o que perfaz um total de 25 observações não censuradas e, por conseguinte, 415

observações censuradas. Ressalta-se que o reduzido número de observações não censuradas

pode prejudicar a estimação, visto que há poucos elementos de variabilidade na amostra.

Não obstante, como demonstrado por meio da Tabela 10, verifica-se que o Modelo

7 relaciona como fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes

variáveis: PIB dos parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos,

negativamente; taxa de câmbio, positivamente; diferença entre PIB per capita dos parceiros,

positivamente; dummy para países africanos, positivamente; dummy para países do sudeste

asiático, positivamente; dummy para países que falam a língua portuguesa, positivamente; e

dummy para países com regime jurídico civil em estado laico, positivamente.

Por meio das equações estimadas, verifica-se que o valor esperado para as

exportações do Brasil para a China no código 140420 corresponde a zero, enquanto seu

valor observado equivale a US$ 1,42 milhão. Assim, observa-se que as exportações efetivas

superam o comércio esperado diante das estimações62.

Vale destacar que o comércio potencial calculado segundo a Hipótese do Potencial

Atingido aponta para um valor equivalente a US$ 4,27 milhões para o produto em questão, o

que seria suficiente para levar seu Índice de Efetividade Comercial a �:���� = 1 e, assim,

caracterizar suas exportações efetivas como condizentes com a complementaridade

existente entre Brasil e China. Diante dos resultados econométricos, portanto, interpreta-se

que tal volume de comércio não poderia ser alcançado em razão dos fatores restritivos ao

comércio associados às variáveis explicativas tratadas no modelo gravitacional. Em outras

palavras, apesar do virtual potencial demonstrado nesse setor para o comércio entre Brasil e

China, a equação gravitacional estimada indica que as transações esperadas entre os

parceiros deveriam ser nulas.

62

Salienta-se que valor esperado para o capítulo 14, calculado ao atribuir valor nulo à dummy relacionada ao produto 140420, também corresponde a zero, inferior ao comércio observado equivalente a US$ 1,42 milhões – as exportações totais desse capítulo com destino à China correspondem ao próprio código 140420.

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Tabela 10. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 14.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 5,73 0,00 5,42 0,00 4,13 0,00 6,35 0,00 6,03 0,00 5,36 0,00 5,79 0,00

Dist -13,08 0,00 -12,50 0,00 -14,55 0,00 -16,17 0,00 -18,96 0,00 -28,13 0,00 -24,90 0,00

Tarif - - -30,64 0,42 -32,82 0,21 - - -46,58 0,17 -23,35 0,40 - -

Camb - - 0,43 0,49 0,45 0,55 - - 2,15 0,01 2,79 0,00 1,91 0,04

Pop - - - - 1,50 0,46 - - - - -1,79 0,42 - -

Area - - - - -0,13 0,91 - - - - 1,95 0,05 - -

DifPIBpc - - - - 1,63 0,03 - - - - 3,85 0,00 2,87 0,00

Dummies de Localização

África - - - - - - 2,85 0,49 11,17 0,01 14,87 0,01 11,46 0,03

AmSul - - - - - - -3,52 0,66 5,43 0,59 12,31 0,25 - -

AmLatRest - - - - - - *** *** *** *** *** *** - -

EuroLest - - - - - - *** *** *** *** *** *** - -

OrientMd - - - - - - *** *** *** *** *** *** - -

SudAsia - - - - - - 11,00 0,02 21,67 0,00 35,33 0,00 24,72 0,00

AsiaRest - - - - - - *** *** *** *** *** *** - -

Oceania - - - - - - *** *** *** *** *** *** - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 2,10 0,80 -7,36 0,35 -16,30 0,06 - -

SemLit - - - - - - 4,25 0,38 6,74 0,13 -1,17 0,80 - -

LingPort - - - - - - 19,66 0,00 16,55 0,00 14,55 0,00 15,44 0,00

CivilLaico - - - - - - 2,46 0,45 3,12 0,31 7,79 0,03 6,22 0,05

Dummies de Produto

NCM 140420 -3,36 0,30 -3,37 0,29 -3,41 0,27 -4,39 0,13 -4,31 0,12 -4,23 0,12 -4,50 0,10

Intercepto -47,14 0,15 -42,67 0,24 -43,89 0,23 -39,06 0,34 -4,50 0,92 23,36 0,65 -2,63 0,95

Estatísticas de Interesse

F-Stat 19,95 0,00 12,53 0,00 10,05 0,00 11,33 0,00 9,33 0,00 9,69 0,00 11,70 0,00

Log-Veross. -134,23 -133,40 -131,73 -125,38 -121,35 -116,34 -118,79

Pseudo-R2 0,21 0,21 0,22 0,26 0,28 0,31 0,30

AIC / BIC 0,63 / -2.379,29 0,64 / -2.368,77 0,64 / -2.353,85 0,62 / -2.354,38 0,62 / -2.350,26 0,61 / -2.342,02 0,59 / -2.373,65

*** Variáveis impossibilitadas de serem incluídas nos modelos por estrita invariabilidade nas observações não censuradas. Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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Quanto ao produto classificado sob o código 151530 – óleo de rícino e respectivas

frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados –, a amostra utilizada na

estimação soma as 16 observações não censuradas referentes aos países para os quais o

Brasil exporta esse produto, bem como as 104 observações não censuradas referentes aos

países para os quais o Brasil exporta no capítulo 15 – gorduras e óleos animais ou vegetais;

produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou

vegetal –, o que perfaz um total de 120 observações não censuradas e, portanto, 320

observações censuradas.

Como resultado, apresentado por meio da Tabela 11, verifica-se que o Modelo 7

relaciona como fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes

variáveis: PIB dos parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos,

negativamente; população dos parceiros, positivamente; dummy para países do leste

europeu, negativamente; dummy para países do sudeste asiático, positivamente; e dummy

para países não litorâneos, negativamente.

Por meio das equações estimadas, o valor esperado para as exportações do Brasil

para a China no código 151530 também corresponde a zero, como ocorrido nos dois casos

anteriores, referentes aos códigos 120720 e 140420. Contudo, esse valor esperado

corresponde ao próprio comércio efetivamente observado nesse produto. Assim,

novamente, apesar de os critérios de seleção de setores potenciais indicarem este produto

como subaproveitado, observa-se que os fatores associados às variáveis explicativas do

modelo gravitacional atuam sobre essas transações e, portanto, explicam as exportações

nulas referentes a este produto no comércio do Brasil para a China.

Quanto à Hipótese do Potencial Atingido, calculou-se um comércio potencial

equivalente a US$ 7,54 milhões para o produto em questão. Contudo, como explicitado

anteriormente, os resultados econométricos indicam que tal volume de comércio não

poderia ser alcançado.

Não obstante, um importante resultado diz respeito ao cálculo do valor esperado

referente às exportações do Brasil para a China no capítulo 1563, o qual corresponde a um

expressivo volume de US$ 1,5 bilhão, valor superior em 83,5% frente ao comércio

efetivamente observado neste capítulo. Assim, apesar de o produto 151530 não apresentar

63

Seu valor esperado é calculado ao atribuir valor nulo à dummy relacionada ao produto 151530.

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potencial diante da estimação do modelo gravitacional, observa-se que as exportações totais

no capítulo 15 apresentam um considerável volume de comércio subaproveitado, da ordem

de US$ 0,7 bilhão, visto que as exportações efetivamente observadas nesse setor

correspondem a US$ 0,8 bilhão.

Tendo em vista que outros produtos deste capítulo foram relacionados entre os

critérios analisados neste estudo, entende-se que referido potencial identificado esteja

relacionado a estes, os quais se referem aos códigos 150710 – óleo de soja, em bruto,

mesmo degomado –, 150810 – óleo de amendoim, em bruto – e 152000 – glicerol em bruto;

águas e lixívias, glicéricas. Nesse aspecto, ressalta-se que referidos produtos encontram-se

listados como potenciais segundo o critério de Gutman-Miotti e, além disso, caracterizam-se

como produtos complementares no comércio entre Brasil e China64. Além desses produtos

do capítulo 15, vale ressaltar o código 152110 – ceras vegetais, mesmo refinadas ou coradas

(exceto triglicerídeos) –, que se caracteriza como potencial segundo o critério de confronto

entre os resultados de ����� e �:���� 65, apesar de não ser listado como potencial segundo o

critério de Gutman-Miotti.

Contudo, dentre esses produtos, é salutar dar destaque ao código 150710 – óleo de

soja, em bruto, mesmo degomado –, já que este responde por 71,7% das exportações totais

brasileiras no capítulo 15 e apresenta a expressiva participação de 92,4% das exportações

rumo à China no mesmo capítulo. Diante da importância desse produto para o volume

exportado pelo Brasil no capítulo 15 ao mercado chinês, entende-se que o potencial

inexplorado estimado em US$ 0,7 bilhão diz respeito prevalentemente ao código 150710, o

que sugere consideráveis oportunidades para este produto. Portanto, ao se considerar o

resultado encontrado para o comércio esperado no capítulo 15, que se mostrou superior ao

valor observado, indica-se que as exportações efetivas do produto 150710 encontram-se

aquém do potencial, ainda que já reflitam minimamente a complementaridade identificada

entre os países66.

64

Vide Tabela 6 e Apêndice B. 65

Vide Tabela 7. 66

Tendo em vista os resultados de ����� > 1 e �:���� > 1, que indicam que o comércio efetivo neste produto já

reflete minimamente o potencial indicado pela existência de complementaridade.

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Tabela 11. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 15.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 3,83 0,00 4,07 0,00 3,45 0,00 3,99 0,00 4,07 0,00 3,62 0,00 2,48 0,00

Dist -11,45 0,00 -11,26 0,00 -12,96 0,00 -11,80 0,00 -11,22 0,00 -11,47 0,00 -11,83 0,00

Tarif - - 27,75 0,01 27,66 0,01 - - 20,91 0,03 23,11 0,02 - -

Camb - - -0,22 0,41 -0,09 0,78 - - -0,07 0,80 0,00 1,00 - -

Pop - - - - 2,51 0,01 - - - - 1,48 0,10 1,30 0,02

Area - - - - -1,61 0,00 - - - - -0,94 0,08 - -

DifPIBpc - - - - 0,16 0,68 - - - - 0,33 0,46 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 7,68 0,00 6,37 0,02 6,32 0,03 - -

AmSul - - - - - - 3,47 0,56 3,47 0,56 5,06 0,40 - -

AmLatRest - - - - - - 6,52 0,05 5,99 0,07 5,78 0,08 - -

EuroLest - - - - - - -14,93 0,00 -14,54 0,00 -11,52 0,00 -13,11 0,00

OrientMd - - - - - - 5,49 0,05 5,59 0,05 5,57 0,05 - -

SudAsia - - - - - - 8,87 0,00 7,88 0,01 6,26 0,05 4,32 0,07

AsiaRest - - - - - - 9,32 0,04 7,84 0,04 7,01 0,07 - -

Oceania - - - - - - 3,65 0,31 4,36 0,24 6,18 0,11 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - -1,23 0,81 -0,60 0,91 -0,25 0,96 - -

SemLit - - - - - - -10,37 0,00 -10,15 0,00 -10,41 0,00 -12,28 0,00

LingPort - - - - - - 3,14 0,28 4,37 0,13 4,07 0,16 - -

CivilLaico - - - - - - 0,65 0,67 0,81 0,58 0,95 0,52 - -

Dummies de Produto

NCM 151530 -23,88 0,00 -22,06 0,00 -21,87 0,00 -22,34 0,00 -21,09 0,00 -20,95 0,00 -22,78 0,00

Intercepto 12,64 0,42 1,67 0,91 8,71 0,57 8,32 0,82 -0,68 0,99 -6,13 0,87 30,37 0,09

Estatísticas de Interesse

F-Stat 90,18 0,00 61,39 0,00 38,85 0,00 21,71 0,00 20,47 0,00 18,00 0,00 41,21 0,00

Log-Veross. -482,25 -477,45 -472,39 -456,21 -453,44 -451,29 -460,67

Pseudo-R2 0,21 0,22 0,23 0,25 0,26 0,26 0,25

AIC / BIC 2,22 / -1.683,26 2,20 / -1.680,67 2,19 / -1.672,54 2,15 / -1.662,30 2,15 / -1.655,65 2,15 / -1.641.70 2,14 / -1.702,06

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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Com relação aos produtos do capítulo 25, a amostra somou as 40 observações não

censuradas do código 250610 – quartzo –, as 18 não censuradas do código 252490 – outras

formas de amianto (asbesto) –, as sete do código 252510 – mica em bruto ou clivada em

folhas ou lamelas irregulares –, bem como as 91 observações não censuradas referentes aos

países para os quais o Brasil exporta no capítulo 25 – sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal

e cimento –, o que perfaz 156 observações não censuradas e, portanto, 724 censuradas67.

Como resultado, apresentado por meio da Tabela 12, o Modelo 7 relaciona como

fatores explicativos das exportações nesse grupo as seguintes variáveis: PIB dos parceiros,

positivamente; distância geográfica entre os mesmos, negativamente; dummy para países

do leste europeu, negativamente; dummy para países do sudeste asiático, positivamente;

dummy para países do resto da Ásia – exclusive Oriente Médio –, positivamente; e dummy

para países com regime jurídico civil em estado laico, positivamente.

Por meio das equações estimadas, encontrou-se que o valor esperado para as

exportações no código 250610 – quartzo – equivale a US$ 3,44 milhões, superior em 10,5

vezes frente ao comércio observado neste produto. Assim, as exportações nesse código

apresentam um potencial inexplorado de US$ 3,11 milhões, já que as exportações

observadas nesse setor correspondem a somente US$ 328,59 mil. Tal potencial inexplorado

chega ainda a superar o potencial calculado segundo a Hipótese do Potencial Atingido, que

aponta para um valor equivalente a US$ 1,98 milhão para o produto em questão68.

Quanto ao código 252490 – outras formas de amianto (asbesto) –, seu valor

esperado chegou a US$ 55,85 mil, superior em 5,4 vezes frente ao comércio observado, que

corresponde a US$ 10,31 mil. Entretanto, tal potencial estimado, que é praticamente

inexpressivo, não chega a superar o potencial calculado segundo a Hipótese do Potencial

Atingido, que aponta para um valor de US$ 6,95 milhões. Assim, mesmo alcançando o valor

esperado de US$ 55,85 mil, as exportações efetivas não seriam suficientes para refletir

minimamente a complementaridade identificada entre Brasil e China neste produto.

Por fim, quanto ao código 252510 – mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas

irregulares –, calculou-se um valor esperado correspondente a zero, enquanto seu comércio 67

Como a amostra completa empilha quatro subamostras – três referentes aos produtos 250610, 252490 e 252510, respectivamente, e uma outra referente às vendas totais no capítulo 25 –, o número de observações totais chega a 880 países. Assim, como 156 observações são não censuradas, 724 referem-se a valores nulos. 68

O que significa que, ao alcançar o volume esperado de US$ 3,44 milhões, as exportações efetivas seriam suficientes para refletir a complementaridade identificada entre Brasil e China para este produto.

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97

observado equivale a US$ 58,23 mil e o potencial calculado sob a Hipótese do Potencial

Atingido aponta para um valor de US$ 857,00 mil. Diante desses resultados, entende-se que

os fatores associados às variáveis explicativas do modelo gravitacional restringem o

comércio desse produto, o que explica seu ínfimo desempenho no comércio Brasil-China.

Ademais, o resultado mais importante associado a esta estimação diz respeito ao

volume de comércio esperado para o capítulo 2569, o qual corresponde a um expressivo

valor de US$ 1,4 bilhão, superior em 9,1 vezes frente ao comércio efetivamente observado

neste capítulo. Nesse sentido, observa-se que as exportações totais no capítulo 25

apresentam um considerável potencial inexplorado, da ordem de US$ 1,27 bilhão, visto que

as exportações efetivamente observadas nesse setor correspondem a US$ 157,09 milhões.

Tendo em vista que outros produtos deste capítulo foram relacionados entre os

critérios analisados neste estudo, entende-se que o potencial identificado esteja relacionado

a estes, os quais se referem aos códigos 250220 – piritas de ferro não ustuladas –, 250410 –

grafita natural, em pó ou em escamas –, 250620 – quartzitos, mesmo desbastados ou

cortados (...) –, 251611 – granito em bruto ou desbastado –, 251612 – granito, cortado em

blocos ou placas de forma quadrada ou retangular –, 252810 – boratos de sódio, naturais e

seus concentrados – e 253010 – vermiculita, perlita e cloritas, não expandidas.

Nesse aspecto, ressalta-se que os produtos 250200, 250410, 250620, 252810 e

253010 encontram-se listados como potenciais segundo o critério de confronto de ����� e �:���� , ainda que não estejam assim caracterizados segundo o critério de Gutman-Miotti. Por

sua vez, os produtos 251611 e 251612 encontram-se listados como potenciais segundo o

critério de Gutman-Miotti e, além disso, caracterizam-se como produtos complementares.

Dentre esses produtos, é salutar dar destaque ao código 251612 – granito, cortado em

blocos ou placas de forma quadrada ou retangular –, já que este responde por 83,1% das

exportações rumo à China no capítulo 2570. Diante disso, entende-se que o potencial

inexplorado estimado em US$ 1,27 bilhão no capítulo 25 diz respeito prevalentemente ao

código 251612, o que sugere consideráveis oportunidades para este produto71.

69

Seu valor esperado é calculado ao atribuir valor nulo às dummies dos produtos 250610, 252490 e 252510. 70

Além disso, trata-se do segundo mais importante no comércio do Brasil para o mundo nesse capítulo. 71

Ainda que os resultados de ����� > 1 e �:���� > 1 para este produto indiquem que seu comércio efetivo entre

Brasil e China já reflita minimamente o potencial indicado pela existência de complementaridade.

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Tabela 12. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 25.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 4,56 0,00 4,50 0,00 3,57 0,00 4,49 0,00 4,46 0,00 3,59 0,00 4,30 0,00

Dist -7,35 0,00 -6,93 0,00 -8,36 0,00 -6,26 0,02 -6,22 0,02 -6,85 0,01 -9,93 0,00

Tarif - - -18,63 0,14 -22,34 0,12 - - -7,05 0,57 -9,15 0,49 - -

Camb - - -0,46 0,03 -0,23 0,35 - - -0,09 0,69 0,05 0,85 - -

Pop - - - - 2,47 0,00 - - - - 1,35 0,09 - -

Area - - - - -1,22 0,00 - - - - -0,35 0,38 - -

DifPIBpc - - - - 0,13 0,66 - - - - 0,30 0,36 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 2,63 0,20 2,65 0,23 1,45 0,54 - -

AmSul - - - - - - 5,06 0,34 4,38 0,42 4,72 0,38 - -

AmLatRest - - - - - - 5,55 0,02 5,52 0,02 4,90 0,04 - -

EuroLest - - - - - - -14,30 0,00 -13,96 0,00 -11,59 0,00 -15,05 0,00

OrientMd - - - - - - 0,66 0,78 0,76 0,75 0,91 0,70 - -

SudAsia - - - - - - 8,91 0,00 8,75 0,00 7,86 0,00 10,26 0,00

AsiaRest - - - - - - 5,80 0,05 5,64 0,06 4,27 0,15 6,07 0,03

Oceania - - - - - - 4,57 0,23 4,52 0,24 5,21 0,19 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 1,06 0,81 1,55 0,72 0,88 0,84 - -

SemLit - - - - - - -0,14 0,94 -0,20 0,91 -0,63 0,73 - -

LingPort - - - - - - 4,41 0,12 4,37 0,12 4,20 0,14 - -

CivilLaico - - - - - - 2,67 0,05 2,50 0,07 2,83 0,04 2,53 0,04

Dummies de Produto

NCM 250610 -11,63 0,00 -11,99 0,00 -12,11 0,00 -11,43 0,00 -11,56 0,00 -11,61 0,00 -11,46 0,00

NCM 252490 -15,49 0,00 -15,86 0,00 -15,90 0,00 -15,63 0,00 -15,73 0,00 -15,76 0,00 -15,58 0,00

NCM 252510 -24,30 0,00 -24,34 0,00 -24,41 0,00 -24,14 0,00 -24,16 0,00 -24,26 0,00 -24,23 0,00

Intercepto -43,85 0,00 -46,15 0,00 -36,96 0,00 -56,51 0,03 -55,76 0,03 -50,76 0,05 -16,77 0,14

Estatísticas de Interesse

F-Stat 105,62 0,00 79,19 0,00 56,55 0,00 34,87 0,00 31,42 0,00 27,52 0,00 61,30 0,00

Log-Veross. -717,64 -714,74 -708,25 -690,80 -690,58 -688,71 -693,44

Pseudo-R2 0,23 0,23 0,24 0,26 0,26 0,26 0,25

AIC / BIC 1,65 / -4.483,60 1,65 / -4.475,83 1,64 / -4.468,47 1,61 / -4.455,92 1,62 / -4.442,80 1,62 / -4.426,20 1,60 / -4.504,88

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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Quanto ao capítulo 26, a amostra somou dez observações não censuradas do

código 260300 – minérios de cobre e seus concentrados –, duas não censuradas do código

260400 – minérios de níquel e seus concentrados –, 27 do código 260600 – minérios de

alumínio e seus concentrados –, sete do código 260900 – minérios de estanho e seus

concentrados –, bem como 62 observações não censuradas referentes aos países para os

quais o Brasil exporta no capítulo 26 – minérios, escórias e cinzas –, o que perfaz um total de

108 observações não censuradas e, portanto, 992 observações censuradas72.

Como resultado, apresentado por meio da Tabela 13, verifica-se que o Modelo 7

relaciona como fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes

variáveis: PIB dos parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos,

negativamente; taxa de câmbio, positivamente; e dummy para países do sudeste asiático,

positivamente.

Diante das equações estimadas, os valores esperados para as exportações do Brasil

para a China corresponderam a zero nos código 260300 – minérios de cobre e seus

concentrados –, 260400 – minérios de níquel e seus concentrados – e 260900 – minérios de

estanho e seus concentrados. No caso do código 260400, esse valor estimado corresponde

ao comércio efetivamente observado, ou seja, apesar de o critério de seleção de setores

potenciais indicar este produto como subaproveitado, entende-se que as variáveis

gravitacionais restringem o comércio entre Brasil e China, o que justifica o valor nulo para o

comércio observado73. Com relação aos códigos 260300 e 260900, o comércio observado

registra valores de US$ 174,60 milhões e US$ 2,18 milhões, respectivamente, enquanto as

estimativas de potencial sob a Hipótese do Potencial Atingido apontam para US$ 439,05

milhões e US$ 4,44 milhões. Diante dos resultados econométricos, portanto, interpreta-se

que tal volume de comércio não poderia ser alcançado em razão dos fatores restritivos ao

comércio associados às variáveis explicativas tratadas no modelo gravitacional.

Porém, com relação ao código 260600 – minérios de alumínio e seus concentrados

–, as estimativas para o valor esperado indicam um volume de US$ 133,13 milhões, superior

72

Como a amostra completa empilha cinco subamostras – quatro referentes aos produtos 260300, 260400, 260600 e 260900, e uma outra referente às vendas totais no capítulo 26 –, o número de observações totais chega a 1.100 países. Assim, como 108 observações são não censuradas, 992 referem-se a valores nulos. 73

Ademais, o cálculo do potencial sob a Hipótese do Potencial Atingido aponta para um valor equivalente a US$ 77,78 milhões para o produto em questão. Diante dos resultados econométricos, portanto, verifica-se que tal volume de comércio não poderia ser alcançado.

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ao comércio efetivamente observado, que registrou valor nulo, bem como ao potencial

estimado sob a Hipótese do Potencial Atingido, equivalente a US$ 74,83 milhões. Tal

resultado significa que, ao produto 260600 alcançar o potencial de US$ 133,13 milhões, suas

exportações efetivas seriam suficientes para refletir minimamente a complementaridade

existente entre Brasil e China neste produto.

Outro importante resultado encontrado diz respeito ao valor esperado referente às

exportações do Brasil para a China no capítulo 26, o qual corresponde a um expressivo

volume de US$ 37,6 bilhões, valor superior em 86,5% frente ao comércio efetivamente

observado neste capítulo. Nesse sentido, observa-se que as exportações totais no capítulo

26 apresentam um considerável potencial inexplorado, da ordem de US$ 17,4 bilhões, visto

que as exportações efetivamente observadas nesse setor correspondem a US$ 20,2 bilhões.

Outros produtos deste capítulo relacionados entre os critérios de potencialidade

analisados referem-se aos códigos 260111 – minérios de ferro não aglomerados e seus

concentrados –, 260112 – minérios de ferro aglomerados e seus concentrados –, 261000 –

minérios de cromo e seus concentrados –, e 261590 – minérios de nióbio, tântalo ou

vanádio, e seus concentrados –, todos listados como potenciais segundo o critério de

Gutman-Miotti e, além disso, caracterizados como complementares no comércio entre Brasil

e China. Além desses produtos, vale ressaltar os códigos 261220 – tório e seus concentrados

– e 261900 – outras escórias e desperdícios da fabricação do ferro e aço –, que se

caracterizam como potenciais segundo o critério de confronto entre os resultados de ����� e �:���� , apesar de não serem listados como potenciais segundo o critério de Gutman-Miotti.

Dentre esses produtos, salienta-se o código 260111 – minérios de ferro não

aglomerados e seus concentrados –, que responde por 72,0% das exportações totais

brasileiras no capítulo 26 e apresenta a expressiva participação de 89,1% das exportações

rumo à China no mesmo capítulo. Diante disso, entende-se que o potencial inexplorado

estimado em US$ 17,4 bilhões no capítulo 26 diz respeito prevalentemente ao código

260111. Portanto, interpreta-se que as exportações efetivas deste produto encontram-se

aquém do potencial, ainda que já reflitam a complementaridade identificada entre os

países74.

74

Tendo em vista os resultados de ����� > 1 e �:���� > 1, que indicam que o comércio efetivo neste produto já

reflete minimamente o potencial indicado pela existência de complementaridade.

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Tabela 13. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 26.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 7,74 0,00 7,21 0,00 7,96 0,00 6,29 0,00 6,16 0,00 7,36 0,00 7,06 0,00

Dist -8,78 0,00 -8,59 0,00 -8,63 0,00 -4,82 0,25 -4,91 0,25 -4,70 0,27 -13,60 0,00

Tarif - - -56,95 0,16 -49,60 0,19 - - -15,98 0,59 -21,87 0,43 - -

Camb - - 0,66 0,10 0,45 0,32 - - 1,01 0,02 0,83 0,08 1,42 0,00

Pop - - - - -0,78 0,53 - - - - -2,30 0,10 - -

Area - - - - -0,15 0,83 - - - - 0,84 0,23 - -

DifPIBpc - - - - -0,10 0,81 - - - - 0,01 0,99 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - -9,19 0,01 -5,02 0,20 -2,92 0,51 - -

AmSul - - - - - - -6,60 0,38 0,13 0,99 -0,28 0,97 - -

AmLatRest - - - - - - -7,90 0,08 -5,87 0,21 -3,94 0,43 - -

EuroLest - - - - - - 3,04 0,60 6,32 0,27 8,11 0,20 - -

OrientMd - - - - - - -2,84 0,48 -0,01 1,00 0,44 0,92 - -

SudAsia - - - - - - 2,89 0,44 6,97 0,08 9,66 0,02 14,73 0,00

AsiaRest - - - - - - -23,33 0,00 -22,51 0,00 -23,82 0,00 - -

Oceania - - - - - - -9,59 0,07 -9,12 0,09 -11,53 0,04 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 18,39 0,00 13,91 0,02 14,49 0,01 - -

SemLit - - - - - - -6,63 0,06 -5,34 0,13 -5,20 0,13 - -

LingPort - - - - - - -10,09 0,23 -10,38 0,22 -10,38 0,21 - -

CivilLaico - - - - - - -1,57 0,51 -0,96 0,69 -1,12 0,66 - -

Dummies de Produto

NCM 260300 -24,81 0,00 -24,78 0,00 -24,79 0,00 -25,11 0,00 -25,04 0,00 -24,99 0,00 -24,99 0,00

NCM 260400 -40,17 0,00 -40,30 0,00 -40,32 0,00 -39,44 0,00 -39,38 0,00 -39,38 0,00 -39,79 0,00

NCM 260600 -14,18 0,00 -14,06 0,00 -14,10 0,00 -14,47 0,00 -14,43 0,00 -14,50 0,00 -14,09 0,00

NCM 260900 -33,69 0,00 -33,71 0,00 -33,55 0,00 -33,92 0,00 -34,14 0,00 -34,09 0,00 -34,66 0,00

Intercepto -118,25 0,00 -104,10 0,00 -106,95 0,00 -111,91 0,00 -108,38 0,01 -114,71 0,01 -56,26 0,01

Estatísticas de Interesse

F-Stat 78,62 0,00 59,25 0,00 43,83 0,00 27,63 0,00 24,92 0,00 21,49 0,00 61,14 0,00

Log-Veross. -553,23 -550,46 -550,09 -531,60 -529,11 -527,85 -542,42

Pseudo-R2 0,25 0,25 0,25 0,28 0,28 0,28 0,26

AIC / BIC 1,02 / -6.540,89 1,02 / -6.532,43 1,02 / -6.512,16 1,00 / -6.500,11 1,00 / -6.491,09 1,00 / -6.472,59 1,00 / -6.548,50

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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102

Ao se analisar o volume potencial de comércio entre Brasil e China no código

270900 – óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos –, a amostra utilizada na

estimação somou as 20 observações não censuradas referentes aos países para os quais o

Brasil exporta esse produto, bem como as 77 observações não censuradas referentes aos

países para os quais o Brasil exporta no capítulo 27 – combustíveis minerais, óleos minerais e

produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais. Nesse sentido, a amostra

completa contempla 97 observações não censuradas e, portanto, 343 observações

censuradas.

Como demonstrado por meio da Tabela 14, verifica-se que o Modelo 7 – aquele que

descarta as variáveis redundantes dentre aquelas que foram testadas – relaciona como

fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB dos

parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos, negativamente; taxa de

câmbio, positivamente; dummy para países latino-americanos (exclusive os sul-americanos),

positivamente; dummy para países do sudeste asiático, positivamente; e dummy para países

não litorâneos, negativamente.

Como valor esperado para o código 270900, as equações estimadas apontaram para

exportações nulas entre Brasil de China, o que se encontra aquém do comércio efetivamente

observado nesse código, que equivale a US$ 4,9 bilhões75. As variáveis explicativas tratadas,

portanto, tendem a interferir na expectativa de comércio entre os países para este produto.

Vale destacar que o comércio potencial calculado segundo a Hipótese do Potencial Atingido

aponta para um valor equivalente a US$ 5,5 bilhões para o produto em questão, o que seria

suficiente para levar seu Índice de Efetividade Comercial a �:���� = 1 e, assim, caracterizar

suas exportações efetivas como condizentes com a complementaridade existente entre

Brasil e China, o que é indicado, por sua vez, pelo resultado de ����� > 1. Nesse sentido,

diante dos resultados econométricos, verifica-se que tal volume de comércio não poderia ser

alcançado em razão dos fatores de atrito associados às variáveis explicativas que se

traduzem no modelo gravitacional.

75

Salienta-se que valor esperado para o capítulo 27, calculado ao atribuir valor nulo à dummy relacionada ao produto 270900, corresponde a US$ 39,26 milhões, também inferior ao comércio observado equivalente a US$ 4,9 bilhões – as exportações totais desse capítulo com destino à China correspondem ao próprio código 270900.

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Tabela 14. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 27.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 5,16 0,00 4,99 0,00 5,09 0,00 5,15 0,00 5,08 0,00 4,88 0,00 5,06 0,00

Dist -17,73 0,00 -17,81 0,00 -20,12 0,00 -22,34 0,00 -22,63 0,00 -25,77 0,00 -19,06 0,00

Tarif - - -4,51 0,75 -9,06 0,52 - - -6,37 0,67 -14,62 0,36 - -

Camb - - 0,69 0,04 0,35 0,36 - - 0,64 0,08 0,62 0,14 0,58 0,09

Pop - - - - 0,70 0,57 - - - - -1,03 0,44 - -

Area - - - - -1,02 0,11 - - - - 0,94 0,13 - -

DifPIBpc - - - - 1,48 0,00 - - - - 2,66 0,00 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - -4,00 0,15 -1,17 0,69 1,25 0,75 - -

AmSul - - - - - - -6,43 0,34 -2,27 0,74 1,39 0,84 - -

AmLatRest - - - - - - 3,47 0,38 4,04 0,32 8,28 0,06 5,92 0,03

EuroLest - - - - - - *** *** *** *** *** *** *** ***

OrientMd - - - - - - -0,03 0,99 1,73 0,67 4,52 0,27 - -

SudAsia - - - - - - 7,75 0,05 10,35 0,02 16,45 0,00 8,42 0,01

AsiaRest - - - - - - -2,87 0,77 -0,63 0,95 9,20 0,28 - -

Oceania - - - - - - -4,84 0,45 -4,49 0,49 -8,01 0,20 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - -2,42 0,64 -5,62 0,30 -7,70 0,15 - -

SemLit - - - - - - -9,80 0,00 -9,19 0,00 -12,51 0,00 -9,70 0,00

LingPort - - - - - - 8,76 0,03 8,24 0,04 7,13 0,08 - -

CivilLaico - - - - - - 1,03 0,67 1,65 0,50 2,83 0,21 - -

Dummies de Produto

NCM 270900 -15,28 0,00 -15,46 0,00 -15,50 0,00 -15,26 0,00 -15,32 0,00 -15,48 0,00 -15,33 0,00

Intercepto 31,00 0,10 37,78 0,06 29,29 0,12 73,69 0,08 77,70 0,07 64,93 0,12 46,20 0,04

Estatísticas de Interesse

F-Stat 84,51 0,00 53,93 0,00 36,37 0,00 21,14 0,00 18,41 0,00 16,38 0,00 40,73 0,00

Log-Veross. -465,88 -458,61 -457,47 -444,73 -460,91 -465,88 -458,61

Pseudo-R2 0,19 0,20 0,21 0,23 0,20 0,19 0,20

AIC / BIC 2,16 / -1685,55 2,16 / -1.663,58 2,16 / -1.653,68 2,12 / -1.660,89 2,14 / -1.701,57 2,16 / -1685,55 2,16 / -1.663,58

*** Variáveis impossibilitadas de serem incluídas nos modelos por estrita invariabilidade nas observações não censuradas. Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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104

Quanto ao capítulo 29, a amostra foi formada por oito observações não censuradas

do código 290122 – propeno (propileno) não saturado –, quatro do código 290230 – tolueno

–, 35 do código 291614 – ésteres do ácido metacrílico –, 12 do código 291712 – ácido

adípico, seus sais e ésteres –, 25 do código 291735 – anidrido ftálico –, 11 do código 292610

– acrilonitrila –, bem como 109 observações não censuradas referentes aos países para os

quais o Brasil exporta no capítulo 29 – produtos químicos orgânicos –, o que perfaz um total

de 204 observações não censuradas e, por conseguinte, 1.336 observações censuradas76.

Como mostra a Tabela 15, o Modelo 7 traz os seguintes fatores como explicativos

das exportações nesse grupo: PIB dos parceiros, positivamente; distância entre os mesmos,

negativamente; população dos parceiros, positivamente; dummy para sul-americanos,

positivamente; dummy para países do leste europeu, negativamente; dummy para países do

Oriente Médio, positivamente; dummy para países não litorâneos, negativamente; e dummy

para países com regime jurídico civil em estado laico, positivamente.

Diante disso, os valores esperados calculados para os códigos 290122 – propeno

(propileno) não saturado –, 290230 – tolueno –, 291712 – ácido adípico, seus sais e ésteres –

e 292610 – acrilonitrila – corresponderam a zero. No caso dos códigos 290230 e 291712,

esse valor corresponde ao comércio efetivamente observado, ou seja, apesar de o critério de

seleção de setores potenciais indicar estes produtos como subaproveitados, os fatores de

atrito associados às variáveis explicativas do modelo gravitacional explicariam o valor nulo

das exportações brasileiras com destino à China nesses dois produtos77. Com relação aos

códigos 290122 e 292610, o comércio observado registra exportações equivalentes a US$

10,39 milhões e US$ 5,55 milhões, respectivamente, enquanto o potencial calculado

segundo a Hipótese do Potencial Atingido corresponde a US$ 69,89 milhões e US$ 30,21

milhões. Diante desses resultados, verifica-se que tais volumes não poderiam ser alcançados

quando se leva em consideração o elenco de variáveis gravitacionais.

Porém, com relação aos códigos 291614 – ésteres do ácido metacrílico – e 291735 –

anidrido ftálico –, as estimativas para o valor esperado indicam volumes de US$ 270,93 mil e

US$ 11,50 mil, respectivamente, superiores ao comércio efetivamente observado para esses

76

Como a amostra completa empilha sete subamostras, o número de observações totais chega a 1.540 países. Assim, como 204 são não censuradas, 1.336 referem-se a valores nulos. 77

Ademais, o potencial calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido apontou para valores de US$ 19,37 milhões e US$ 7,80 milhões para os produtos em questão, respectivamente.

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105

produtos78. Para ambos os casos, porém, os volumes esperados são inferiores ao potencial

calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido, de US$ 18,43 milhões e US$ 4,96 milhões.

Tal resultado significa que, mesmo que esses produtos atinjam o volume esperado de

acordo com as estimações econométricas, suas exportações efetivas não seriam suficientes

para refletir a complementaridade identificada entre Brasil e China nesses produtos.

Mas o resultado mais importante quanto a essas estimações diz respeito ao valor

esperado no capítulo 2979, o qual corresponde a um expressivo volume de US$ 5,6 bilhões,

valor superior em quase 80 vezes frente ao comércio efetivamente observado entre Brasil e

China nesse capítulo. Assim observa-se que as exportações totais no capítulo 29 apresentam

um considerável potencial inexplorado, da ordem de US$ 5,5 bilhões, visto que as

exportações efetivamente observadas nesse setor correspondem a US$ 72,05 milhões.

Tendo em vista que diversos outros produtos deste capítulo foram relacionados

entre os critérios analisados neste estudo, entende-se que referido potencial identificado

esteja relacionado a estes, os quais são descritos na seção anterior, nas Tabelas 6 e 7. Dentre

estes, destacam-se os códigos 290122 – propeno (propileno) não saturado –, 290124 – buta-

1, 3-dieno e isopreno não saturados –, 290315 – 1, 2-dicloroetano (cloreto de etileno) –,

290514 – outros butanóis –, 290519 – outros monoálcoois saturados – e 290539 – outros

álcoois dióis, não saturados –, que juntos respondem por 62,2% das exportações rumo à

China no capítulo 29. Contudo, cabe lembrar que as exportações brasileiras para a China

neste capítulo são bastante pulverizadas em diversos produtos, com destaque para aqueles

situados nas posições 2901 – hidrocarbonetos acíclicos –, 2903 – derivados halogenados dos

hidrocarbonetos –, 2907 – fenóis; fenóis-álcoois –, 2922 – compostos aminados de funções

oxigenadas –, 2926 – compostos de função nitrilo –, 2938 – heterósidos, naturais ou

sintéticos, seus sais, éteres, ésteres e outros derivados – e 2909 – éteres (...) e seus

derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados. Nesse elenco, deve-se ainda

considerar produtos situados na posição 2902 – hidrocarbonetos cíclicos –, que se

encontram na lista dos principais produtos brasileiros exportados para o mundo no capítulo

29, mas ainda não têm expressão no comércio com os chineses.

78

Para o código 291614, o comércio efetivamente observado chegou a US$ 211,12 mil, enquanto que, para o código 291735, as exportações observadas foram nulas. 79

O valor esperado relacionado ao capítulo é calculado atribuindo-se valor nulo às dummies de produtos.

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Tabela 15. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 29.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 5,46 0,00 5,43 0,00 4,26 0,00 5,29 0,00 5,28 0,00 3,70 0,00 3,88 0,00

Dist -12,08 0,00 -11,71 0,00 -12,74 0,00 -5,19 0,03 -5,07 0,03 -5,95 0,01 -8,88 0,00

Tarif - - -24,44 0,23 -28,43 0,20 - - -22,36 0,25 -16,48 0,42 - -

Camb - - -0,18 0,36 0,19 0,43 - - -0,01 0,96 0,29 0,29 - -

Pop - - - - 3,00 0,00 - - - - 3,07 0,00 1,70 0,00

Area - - - - -1,29 0,00 - - - - -1,05 0,02 - -

DifPIBpc - - - - -0,33 0,14 - - - - -0,06 0,81 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 3,60 0,06 4,32 0,05 1,66 0,51 - -

AmSul - - - - - - 8,85 0,03 8,60 0,06 8,78 0,05 5,31 0,02

AmLatRest - - - - - - 6,24 0,01 6,48 0,01 4,25 0,08 - -

EuroLest - - - - - - -8,17 0,13 -7,86 0,14 -6,90 0,11 -7,88 0,00

OrientMd - - - - - - 4,30 0,06 4,38 0,07 4,23 0,07 4,20 0,05

SudAsia - - - - - - 0,51 0,82 0,69 0,77 -2,17 0,38 - -

AsiaRest - - - - - - 3,51 0,54 3,73 0,51 1,23 0,80 - -

Oceania - - - - - - -7,01 0,06 -7,13 0,05 -3,28 0,37 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 4,16 0,19 4,39 0,19 3,38 0,32 - -

SemLit - - - - - - -4,98 0,01 -5,05 0,01 -5,13 0,01 -6,31 0,00

LingPort - - - - - - 1,87 0,52 1,67 0,56 1,79 0,52 - -

CivilLaico - - - - - - 2,54 0,06 2,31 0,08 2,81 0,04 3,76 0,00

Dummies de Produto

NCM 290122 -28,76 0,00 -28,97 0,00 -28,86 0,00 -28,51 0,00 -28,67 0,00 -28,54 0,00 -28,52 0,00

NCM 290230 -34,79 0,00 -34,92 0,00 -34,71 0,00 -34,10 0,00 -34,24 0,00 -34,12 0,00 -34,19 0,00

NCM 291614 -15,90 0,00 -15,89 0,00 -15,77 0,00 -15,99 0,00 -15,97 0,00 -15,86 0,00 -15,90 0,00

NCM 291712 -25,76 0,00 -25,69 0,00 -25,61 0,00 -25,64 0,00 -25,57 0,00 -25,58 0,00 -25,72 0,00

NCM 291735 -19,02 0,00 -18,83 0,00 -18,87 0,00 -19,01 0,00 -18,82 0,00 -18,93 0,00 -19,10 0,00

NCM 292610 -25,83 0,00 -25,78 0,00 -25,80 0,00 -25,73 0,00 -25,67 0,00 -25,75 0,00 -25,81 0,00

Intercepto -20,63 0,03 -22,94 0,02 -10,16 0,28 -82,30 0,00 -82,51 0,00 -69,53 0,00 -39,25 0,00

Estatísticas de Interesse

F-Stat 94,58 0,00 76,18 0,00 58,61 0,00 38,81 0,00 35,15 0,00 30,62 0,00 54,64 0,00

Log-Veross. -964,00 -962,63 -952,76 -943,60 -942,80 -935,53 -943,01

Pseudo-R2 0,27 0,27 0,28 0,28 0,28 0,29 0,28

AIC / BIC 1,27 / -9.301,50 1,27 / -9.289,55 1,26 / -9.287,27 1,25 / -9.254,22 1,26 / -9.241,14 1,25 / -9.233,65 1,25 / -9.299,43

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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No que concerne às estimativas que tratam os produtos do capítulo 37, foi

considerada uma amostra composta por 29 observações não censuradas do código 370243 –

filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e

comprimento <= 200 m, em rolos – e 36 não censuradas do código 370244 – filmes,

sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm,

em rolos –, bem como as 68 observações não censuradas referentes aos países para os quais

o Brasil exporta no capítulo 37 – produtos para fotografia e cinematografia –, o que perfaz

um total de 133 observações não censuradas e, por conseguinte, 527 observações

censuradas80.

Como demonstrado por meio da Tabela 16, verifica-se que o Modelo 7 relaciona

como fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB

dos parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos, negativamente;

população dos parceiros, positivamente; dummy para países sul-americanos, positivamente;

dummy para países do leste europeu, negativamente; e dummy para países do Oriente

Médio, positivamente.

Por meio das equações estimadas, verifica-se que o valor esperado para as

exportações do Brasil para a China corresponde a zero, tanto para o código 370243, quanto

para o 370244, o que equivale ao comércio efetivamente observado nesses códigos, que

também apresenta valores nulos81.

Vale destacar que o potencial calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido

aponta para valores equivalentes a US$ 855,61 mil e US$ 1,27 milhão, respectivamente para

os códigos 370253 e 370244, o que seria suficiente para levar seu Índice de Efetividade

Comercial a �:���� = 1 e, assim, caracterizar suas exportações efetivas como condizentes

com a complementaridade identificada entre Brasil e China. Diante dos resultados

econométricos, portanto, verifica-se que tal volume de comércio não poderia ser alcançado

quando se consideram os fatores associados às variáveis gravitacionais.

80

Como a amostra completa empilha três subamostras – duas referentes aos produtos 370243 e 370244, respectivamente, e uma outra referente às vendas totais no capítulo 37 –, o número de observações totais chega a 660 países. Assim, como 133 dessas 660 observações são não censuradas, 527 referem-se a valores nulos. 81

Salienta-se que valor esperado para o capítulo 37, calculado ao atribuir valor nulo às dummies relacionadas aos produtos 370243 e 370244, também corresponde a zero, equivalente ao comércio observado no capítulo.

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Tabela 16. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 37.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 4,28 0,00 4,34 0,00 3,12 0,00 4,13 0,00 4,11 0,00 2,59 0,00 2,59 0,00

Dist -8,50 0,00 -8,25 0,00 -8,86 0,00 -2,86 0,30 -2,73 0,30 -3,50 0,20 -5,12 0,01

Tarif - - -5,69 0,62 -15,80 0,19 - - -5,86 0,67 -9,63 0,51 - -

Camb - - -0,52 0,03 -0,16 0,59 - - -0,44 0,10 -0,05 0,87 - -

Pop - - - - 3,00 0,00 - - - - 3,49 0,00 1,90 0,00

Area - - - - -1,27 0,01 - - - - -1,27 0,01 - -

DifPIBpc - - - - -0,65 0,03 - - - - -0,81 0,01 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 4,84 0,05 3,72 0,19 1,63 0,58 - -

AmSul - - - - - - 12,10 0,02 8,74 0,11 8,29 0,15 8,77 0,00

AmLatRest - - - - - - 7,77 0,01 7,38 0,02 4,93 0,11 - -

EuroLest - - - - - - -11,27 0,02 -11,22 0,02 -10,13 0,03 -13,77 0,00

OrientMd - - - - - - 12,57 0,00 11,54 0,00 11,63 0,00 10,81 0,00

SudAsia - - - - - - 4,24 0,18 2,79 0,41 -0,18 0,96 - -

AsiaRest - - - - - - 1,33 0,76 0,07 0,99 -3,90 0,34 - -

Oceania - - - - - - 2,24 0,55 2,13 0,57 6,36 0,10 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 3,67 0,45 6,14 0,20 5,20 0,31 - -

SemLit - - - - - - -0,70 0,74 -1,42 0,49 -0,78 0,69 - -

LingPort - - - - - - -0,55 0,87 -0,35 0,92 0,78 0,82 - -

CivilLaico - - - - - - -0,36 0,82 -0,79 0,62 -0,64 0,69 - -

Dummies de Produto

NCM 370243 -8,92 0,00 -8,93 0,00 -8,79 0,00 -9,07 0,00 -9,03 0,00 -8,97 0,00 -9,11 0,00

NCM 370244 -6,87 0,00 -6,87 0,00 -6,75 0,00 -7,01 0,00 -6,97 0,00 -6,91 0,00 -7,02 0,00

Intercepto -32,23 0,01 -36,68 0,00 -20,84 0,10 -83,23 0,00 -83,53 0,00 -62,87 0,02 -51,71 0,00

Estatísticas de Interesse

F-Stat 109,30 0,00 73,03 0,00 50,96 0,00 33,09 0,00 30,26 0,00 25,15 0,00 61,57 0,00

Log-Veross. -662,47 -660,41 -653,05 -636,13 -634,97 -625,66 -635,69

Pseudo-R2 0,14 0,14 0,15 0,17 0,17 0,18 0,17

AIC / BIC 2,03 / -2.920,99 2,03 / -2.912,12 2,01 / -2.907,37 1,98 / -2.895,75 1,99 / -2.885,09 1,97 / -2.884,23 1,96 / -2.948,58

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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Com respeito ao capítulo 39, a amostra somou 57 observações não censuradas do

código 390120 – polietileno de densidade => 0,94, em forma primária –, 31 não censuradas

do código 390130 – copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias –, 56 do

código 390210 – polipropileno, em forma primária –, 41 do código 390230 – copolímeros de

propileno, em formas primárias –, 28 do código 390940 – resinas fenólicas, em formas

primárias –, bem como as 173 observações não censuradas referentes aos países para os

quais o Brasil exporta no capítulo 39 – plásticos e suas obras –, o que perfaz um total de 386

observações não censuradas e, portanto, 934 observações censuradas.

Como apresenta a Tabela 17, o Modelo 7 relaciona como fatores explicativos das

exportações brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB dos parceiros, positivamente;

distância geográfica entre os mesmos, negativamente; dummy para países asiáticos (exceto

os localizados no sudeste e no Oriente Médio), positivamente; e dummy para países não

litorâneos, negativamente.

Nesse sentido, o valor esperado para as exportações no código 390120 corresponde

a US$ 562,65 mil, inferior ao comércio efetivamente observado neste produto, que chega a

US$ 48,40 milhões, bem como ao potencial calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido,

equivalente a US$ 156,67 milhões. Assim, ao se considerar as variáveis gravitacionais,

entende-se que as exportações nesse produto tenderiam a ser reduzidas, o que desconfigura

a expectativa de potencial inexplorado no comércio entre Brasil e China para esse produto.

Tal resultado também é verificado para os demais produtos tratados no capítulo 39.

Para o código 390130 – copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias –,

enquanto o comércio observado equivale a US$ 27,61 milhões e o potencial calculado sob a

Hipótese do Potencial Atingido chega a US$ 29,34 milhões, as estimativas gravitacionais

apontaram para um valor esperado de apenas US$ 1,14 mil. Para o código 390210 –

polipropileno, em forma primária –, esses valores corresponderam a US$ 116,73 milhões,

US$ 138,33 milhões e US$ 242 mil, respectivamente para o comércio observado, o potencial

calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido e o valor esperado estimado pelo modelo de

gravitação. Para o código 390230 – copolímeros de propileno, em formas primárias –, esses

valores chegaram a US$ 23,96 milhões, US$ 56,29 milhões e US$ 11,47 mil; enquanto que,

para o código 390940 – resinas fenólicas, em formas primárias –, corresponderam a US$

372,28 mil, US$ 11,78 milhões e apenas US$ 0,28 mil, respectivamente.

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Tabela 17. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 39.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 3,86 0,00 3,99 0,00 2,87 0,00 3,81 0,00 3,83 0,00 2,78 0,00 3,64 0,00

Dist -10,81 0,00 -10,81 0,00 -12,07 0,00 -7,88 0,00 -7,74 0,00 -8,26 0,00 -12,40 0,00

Tarif - - 5,45 0,42 5,17 0,45 - - 2,42 0,74 5,10 0,47 - -

Camb - - -0,50 0,00 -0,16 0,25 - - -0,24 0,09 -0,04 0,80 - -

Pop - - - - 2,80 0,00 - - - - 2,39 0,00 - -

Area - - - - -1,25 0,00 - - - - -1,09 0,00 - -

DifPIBpc - - - - -0,01 0,95 - - - - 0,09 0,58 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 6,02 0,00 5,00 0,00 3,64 0,01 - -

AmSul - - - - - - 8,85 0,00 7,22 0,01 7,92 0,00 - -

AmLatRest - - - - - - 3,28 0,03 3,04 0,04 1,65 0,27 - -

EuroLest - - - - - - -5,16 0,02 -5,59 0,01 -4,55 0,01 - -

OrientMd - - - - - - -1,10 0,48 -1,76 0,29 -1,87 0,24 - -

SudAsia - - - - - - 4,90 0,00 3,79 0,02 1,38 0,39 - -

AsiaRest - - - - - - 3,18 0,22 2,52 0,32 1,08 0,63 5,94 0,00

Oceania - - - - - - -2,24 0,34 -2,41 0,31 -0,32 0,88 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - -2,35 0,30 -1,08 0,64 -1,17 0,60 - -

SemLit - - - - - - -4,32 0,00 -4,54 0,00 -4,69 0,00 -3,89 0,00

LingPort - - - - - - 0,36 0,86 0,58 0,78 0,41 0,83 - -

CivilLaico - - - - - - 1,73 0,04 1,55 0,07 1,93 0,02 - -

Dummies de Produto

NCM 390120 -13,66 0,00 -13,58 0,00 -13,59 0,00 -13,67 0,00 -13,63 0,00 -13,50 0,00 -13,58 0,00

NCM 390130 -19,85 0,00 -19,82 0,00 -19,82 0,00 -19,89 0,00 -19,86 0,00 -19,70 0,00 -19,78 0,00

NCM 390210 -14,54 0,00 -14,50 0,00 -14,50 0,00 -14,57 0,00 -14,54 0,00 -14,39 0,00 -14,43 0,00

NCM 390230 -17,54 0,00 -17,46 0,00 -17,44 0,00 -17,51 0,00 -17,47 0,00 -17,30 0,00 -17,48 0,00

NCM 390940 -21,18 0,00 -21,08 0,00 -21,00 0,00 -21,09 0,00 -21,04 0,00 -20,81 0,00 -21,19 0,00

Intercepto 14,44 0,02 9,95 0,10 20,08 0,00 -13,74 0,33 -15,61 0,26 -10,97 0,43 34,37 0,00

Estatísticas de Interesse

F-Stat 158,33 0,00 124,77 0,00 94,38 0,00 60,23 0,00 55,09 0,00 49,04 0,00 121,91 0,00

Log-Veross. -1.665,21 -1.655,46 -1.632,88 -1.619,49 -1.618,03 -1.603,58 -1.644,17

Pseudo-R2 0,21 0,22 0,23 0,23 0,23 0,24 0,22

AIC / BIC 2,54 / -6.089,61 2,53 / -6.094,76 2,50 / -6.118,35 2,49 / -6.094,84 2,49 / -6.083,39 2,47 / -6.090,73 2,51 / -6.117,34

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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111

Ao se analisar o capítulo 40, a amostra somou 43 observações não censuradas do

código 400219 – outras borrachas de estireno-butadieno/estireno-butadieno-carboxiladas,

em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras –, 25 não censuradas do código 400299 –

outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras –,

71 do código 400591 – outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou

tiras –, bem como as 158 observações não censuradas referentes aos países para os quais o

Brasil exporta no capítulo 40 – borracha e suas obras –, o que perfaz um total de 297

observações não censuradas e, por conseguinte, 583 observações censuradas.

Como mostra a Tabela 18, o Modelo 7 traz os seguintes fatores como explicativos

das exportações nesse grupo: PIB dos parceiros, positivamente; distância, negativamente;

população, positivamente; dummy para países africanos, positivamente; dummy para países

sul-americanos, positivamente; dummy para os demais latino-americanos, positivamente;

dummy para países do leste europeu, negativamente; dummy para países do Oriente Médio,

positivamente; dummy para países da Oceania, positivamente; dummy para não litorâneos,

negativamente; e dummy para os de regime jurídico civil em estado laico, positivamente.

Como valores esperados, foram estimados US$ 518,27 mil para o código 400219,

inferior ao comércio observado, de US$ 2,29 milhões, bem como ao potencial calculado sob

a Hipótese do Potencial Atingido, de US$ 59,39 milhões. Tal resultado também se verificou

no código 400299: enquanto o comércio observado chega a US$ 815,91 mil e o potencial

calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido foi de US$ 8,66 milhões, as estimativas

gravitacionais apontaram para um valor esperado de apenas US$ 2,98 mil.

Contudo, para o código 400591 – outras borrachas misturadas, não vulcanizadas,

em chapas, folhas ou tiras –, as estimativas para o valor esperado das exportações do Brasil

para a China indicam um volume equivalente a US$ 10,61 milhões, superior ao comércio

efetivamente observado para esse produto, que registrou US$ 3,36 milhões exportados,

bem como ao potencial estimado segundo a Hipótese do Potencial Atingido, que aponta

para um valor equivalente a US$ 8,21 milhões para o produto em questão. Tal resultado

significa que, ao produto 400591 alcançar o potencial de US$ 10,61 milhões, suas

exportações efetivas seriam suficientes para refletir minimamente a complementaridade

identificada entre Brasil e China neste produto.

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112

Tabela 18. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 40.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 3,61 0,00 3,74 0,00 3,23 0,00 3,68 0,00 3,70 0,00 3,01 0,00 3,02 0,00

Dist -8,24 0,00 -8,46 0,00 -9,09 0,00 -3,12 0,03 -3,05 0,03 -3,47 0,01 -2,21 0,09

Tarif - - 15,24 0,01 13,78 0,01 - - 12,10 0,04 13,93 0,02 - -

Camb - - -0,07 0,53 0,07 0,63 - - 0,00 0,98 0,14 0,34 - -

Pop - - - - 1,55 0,00 - - - - 1,62 0,00 0,78 0,01

Area - - - - -0,82 0,00 - - - - -0,72 0,01 - -

DifPIBpc - - - - -0,16 0,26 - - - - -0,10 0,44 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 4,95 0,00 4,14 0,00 3,08 0,03 2,93 0,02

AmSul - - - - - - 11,12 0,00 11,12 0,00 11,15 0,00 9,96 0,00

AmLatRest - - - - - - 7,44 0,00 6,91 0,00 5,68 0,00 6,70 0,00

EuroLest - - - - - - -5,11 0,05 -5,51 0,04 -5,20 0,03 -8,07 0,00

OrientMd - - - - - - 1,85 0,17 1,45 0,30 1,29 0,35 10,81 0,00

SudAsia - - - - - - 3,14 0,03 2,40 0,14 0,70 0,66 - -

AsiaRest - - - - - - -1,86 0,57 -2,17 0,50 -3,25 0,27 - -

Oceania - - - - - - 5,61 0,00 5,23 0,01 6,24 0,00 4,38 0,01

Outras Dummies

Adj - - - - - - -1,13 0,60 -1,20 0,60 -1,21 0,59 - -

SemLit - - - - - - -1,19 0,24 -1,23 0,23 -1,27 0,21 -1,93 0,04

LingPort - - - - - - 1,04 0,52 1,23 0,43 1,25 0,43 - -

CivilLaico - - - - - - 1,67 0,02 1,87 0,02 1,99 0,01 1,62 0,02

Dummies de Produto

NCM 400219 -13,90 0,00 -13,32 0,00 -13,36 0,00 -13,66 0,00 -13,18 0,00 -13,05 0,00 -13,66 0,00

NCM 400299 -19,04 0,00 -18,50 0,00 -18,43 0,00 -18,86 0,00 -18,42 0,00 -18,21 0,00 -18,82 0,00

NCM 400591 -10,71 0,00 -10,30 0,00 -10,35 0,00 -10,63 0,00 -10,29 0,00 -10,23 0,00 -10,64 0,00

Intercepto -3,93 0,51 -6,23 0,30 0,39 0,95 -56,17 0,00 -57,84 0,00 -51,82 0,00 -59,05 0,00

Estatísticas de Interesse

F-Stat 181,46 0,00 132,51 0,00 91,52 0,00 56,71 0,00 52,17 0,00 44,98 0,00 73,50 0,00

Log-Veross. -1.191,01 -1.187,02 -1.178,43 -1.151,67 -1.149,72 -1.142,26 -1.152,03

Pseudo-R2 0,23 0,23 0,24 0,26 0,26 0,26 0,26

AIC / BIC 2,72 / -3.536,85 2,72 / -3.531,27 2,71 / -3.528,12 2,66 / -3.534,17 2,66 / -3.524,51 2,65 / -3.519,09 2,65 / -3.560,58

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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113

Por sua vez, para o capítulo 41, a amostra somou nove observações não censuradas

do código 410510 – peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo

wet blue) –, 48 não censuradas do código 410799 – outros couros e peles, incluídas as

ilhargas, de bovinos ou de equídeos, preparados após curtimenta ou secagem –, bem como

as 76 observações não censuradas referentes aos países para os quais o Brasil exporta no

capítulo 41 – peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros –, o que perfaz um total de

133 observações não censuradas e, por conseguinte, 527 observações censuradas.

Como resultado, apresentado por meio da Tabela 19, o Modelo 7 traz os seguintes

fatores como explicativos das exportações brasileiras nesse grupo: PIB dos parceiros,

positivamente; distância geográfica entre os mesmos, negativamente; população dos

parceiros, positivamente; dummy para países africanos, negativamente; dummy para países

do Oriente Médio, negativamente; e dummy para países não litorâneos, negativamente.

Diante disso, o valor esperado para as exportações no código 410510 – peles de

ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue) – corresponde a

zero, inferior ao comércio efetivamente observado de US$ 1,39 milhão e ao potencial

calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido, que aponta para US$ 1,50 milhão. Portanto,

aos se considerar as variáveis gravitacionais, é esperado que o comércio entre Brasil e China

nesse produto seja de fato inexpressivo.

Contudo, para o código 410799 – outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de

bovinos ou de equídeos, preparados após curtimenta ou secagem –, as estimativas para o

valor esperado das exportações do Brasil para a China indicam um volume equivalente a US$

46,98 milhões, superior ao comércio efetivamente observado para esse produto, que

registrou US$ 4,22 milhões exportados, bem como ao potencial estimado segundo a

Hipótese do Potencial Atingido, que aponta para um valor equivalente a US$ 8,33 milhões

para o produto em questão. Portanto, interpreta-se que as exportações efetivas deste

produto encontram-se aquém do potencial e, ao alcançar o potencial de US$ 46,98 milhões,

suas exportações efetivas seriam suficientes para refletir minimamente a

complementaridade identificada entre Brasil e China nesse produto, indicada pelo resultado

de ����� > 1.

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114

Tabela 19. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 41.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 5,27 0,00 5,29 0,00 5,41 0,00 4,47 0,00 4,52 0,00 3,94 0,00 4,57 0,00

Dist -2,79 0,06 -2,48 0,06 -2,82 0,07 -5,89 0,05 -6,17 0,02 -6,46 0,02 -2,59 0,04

Tarif - - -26,37 0,08 -23,15 0,13 - - 6,27 0,65 7,16 0,62 - -

Camb - - -0,62 0,01 -0,60 0,03 - - -0,69 0,01 -0,58 0,04 - -

Pop - - - - 0,95 0,23 - - - - 1,48 0,04 1,90 0,00

Area - - - - -1,03 0,03 - - - - -0,64 0,15 - -

DifPIBpc - - - - -0,63 0,01 - - - - -0,41 0,11 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - -7,50 0,00 -10,56 0,00 -11,77 0,00 -9,83 0,00

AmSul - - - - - - 1,14 0,78 -4,23 0,34 -4,95 0,27 - -

AmLatRest - - - - - - -0,91 0,74 -2,27 0,39 -3,85 0,15 - -

EuroLest - - - - - - -2,14 0,62 -4,13 0,27 -4,36 0,22 - -

OrientMd - - - - - - -7,27 0,02 -9,85 0,00 -10,01 0,00 -11,63 0,00

SudAsia - - - - - - 8,46 0,00 5,52 0,02 3,75 0,13 - -

AsiaRest - - - - - - -2,59 0,58 -3,51 0,39 -5,03 0,20 - -

Oceania - - - - - - 6,81 0,05 6,44 0,05 7,64 0,02 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - -2,34 0,34 1,01 0,69 0,81 0,76 - -

SemLit - - - - - - -3,07 0,10 -3,93 0,03 -3,45 0,06 -4,38 0,02

LingPort - - - - - - -4,81 0,25 -3,76 0,35 -3,55 0,35 - -

CivilLaico - - - - - - 3,15 0,05 2,50 0,11 2,41 0,12 - -

Dummies de Produto

NCM 410510 -22,69 0,00 -22,69 0,00 -22,47 0,00 -22,38 0,00 -22,20 0,00 -22,06 0,00 -22,48 0,00

NCM 410799 -7,12 0,00 -6,89 0,00 -6,87 0,00 -7,19 0,00 -7,24 0,00 -7,23 0,00 -7,11 0,00

Intercepto -104,73 0,00 -108,23 0,00 -99,76 0,00 -56,34 0,05 -54,70 0,03 -45,38 0,08 -85,19 0,00

Estatísticas de Interesse

F-Stat 97,44 0,00 71,56 0,00 49,57 0,00 34,74 0,00 30,98 0,00 26,92 0,00 70,86 0,00

Log-Veross. -613,38 -608,36 -604,14 -578,30 -574,56 -571,86 -591,22

Pseudo-R2 0,22 0,23 0,24 0,27 0,27 0,28 0,25

AIC / BIC 1,88 / -3.019,17 1,87 / -3.016,21 1,86 / -3.005,18 1,81 / -3.011,42 1,80 / -3.005,91 1,81 / -2.991,85 1,82 / -3.044,00

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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115

Quanto ao produto classificado sob o código 430219 – peleteria (peles com pêlo)

curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida –, as estimações levaram em

consideração uma amostra completa que reuniu 56 observações não censuradas referentes

aos países para os quais o Brasil exporta esse produto, bem como 61 observações não

censuradas referentes aos países para os quais o Brasil exporta no capítulo 43 – peleteria

(peles com pêlo) e suas obras; peleteria (peles com pêlo) artificial –. Portanto, a amostra é

composta por 117 observações não censuradas e, por conseguinte, 323 observações

censuradas.

Nesse aspecto, vale lembrar que cada subamostra empilhada conta com um elenco

de � = 220 países em que o Brasil pode efetuar transações. Visto que, para essa estimação,

são empilhadas duas subamostras, uma relativa às exportações no código 430219 e outra

relativa às exportações totais no capítulo 43, então a amostra completa soma 440

observações, sendo 117 não censuradas e, portanto, 323 censuradas.

Como demonstrado por meio da Tabela 20, verifica-se que o Modelo 7 – aquele que

descarta as variáveis redundantes dentre aquelas que foram testadas – relaciona como

fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB dos

parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos, negativamente; dummy

para países africanos, negativamente; dummy para países asiáticos (exceto os localizados no

sudeste e no Oriente Médio), negativamente; e dummy para países da Oceania,

positivamente.

Por meio das equações estimadas, verifica-se que o valor esperado para as

exportações do Brasil para a China no código 430219 corresponde a US$ 39,01 milhões, o

que, portanto, é superior ao comércio efetivamente observado para esse produto, que

registrou exportações de US$ 1,78 milhão. O valor esperado de US$ 39,01 milhões, calculado

através do modelo gravitacional, também se mostrou superior ao potencial estimado

segundo a Hipótese do Potencial Atingido, que aponta para um valor equivalente a US$

17,98 milhões para o produto em questão. Tal resultado significa que, ao produto 430219

alcançar o potencial de US$ 39,01 milhões, suas exportações efetivas seriam suficientes para

refletir minimamente a complementaridade identificada entre Brasil e China nesse produto,

indicada pelo resultado de ����� > 1.

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116

Tabela 20. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 43.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 4,86 0,00 4,47 0,00 5,20 0,00 4,31 0,00 4,29 0,00 4,27 0,00 4,31 0,00

Dist -3,97 0,00 -3,18 0,00 -3,83 0,00 -3,11 0,15 -2,32 0,24 -2,47 0,21 -3,57 0,00

Tarif - - -28,49 0,00 -22,85 0,01 - - -16,67 0,05 -15,29 0,08 - -

Camb - - -0,34 0,08 -0,54 0,01 - - -0,46 0,05 -0,48 0,05 - -

Pop - - - - -0,53 0,40 - - - - 0,32 0,59 - -

Area - - - - -0,48 0,13 - - - - -0,32 0,40 - -

DifPIBpc - - - - 0,07 0,79 - - - - 0,12 0,58 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - -5,50 0,00 -4,54 0,04 -4,47 0,03 -6,99 0,00

AmSul - - - - - - 2,33 0,42 -0,25 0,94 -0,09 0,98 - -

AmLatRest - - - - - - -0,38 0,85 0,80 0,70 0,54 0,79 - -

EuroLest - - - - - - 0,57 0,89 -0,33 0,93 -0,26 0,94 - -

OrientMd - - - - - - -0,28 0,90 -0,02 0,99 -0,29 0,89 - -

SudAsia - - - - - - 1,17 0,53 -0,11 0,95 -0,68 0,72 - -

AsiaRest - - - - - - -12,99 0,04 -11,50 0,04 -10,83 0,04 -11,48 0,03

Oceania - - - - - - 5,80 0,01 6,28 0,00 6,80 0,00 2,79 0,06

Outras Dummies

Adj - - - - - - -3,26 0,07 -0,74 0,70 -0,42 0,82 - -

SemLit - - - - - - 1,43 0,27 1,09 0,41 0,94 0,47 - -

LingPort - - - - - - 5,92 0,03 6,03 0,02 5,73 0,03 7,83 0,00

CivilLaico - - - - - - 4,93 0,00 4,58 0,00 4,61 0,00 - -

Dummies de Produto

NCM 430219 -0,90 0,37 -1,40 0,15 -1,32 0,16 -0,96 0,27 -1,23 0,15 -1,20 0,16 -1,00 0,28

Intercepto -86,36 0,00 -81,80 0,00 -82,11 0,00 -82,36 0,00 -88,38 0,00 -90,40 0,00 -74,19 0,00

Estatísticas de Interesse

F-Stat 126,23 0,00 83,11 0,00 53,14 0,00 31,24 0,00 29,60 0,00 27,22 0,00 57,91 0,00

Log-Veross. -473,13 -462,60 -472,39 -439,90 -435,86 -435,27 -451,75

Pseudo-R2 0,25 0,27 0,28 0,31 0,31 0,31 0,29

AIC / BIC 2,17 / -1.701,48 2,14 / -1.710,38 2,13 / -1.699,37 2,08 / -1.694,90 2,07 / -1.690,81 2,09 / -1.673,74 2,09 / -1.719,89

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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117

Com respeito aos produtos do capítulo 44, a amostra somou as seis observações

não censuradas do código 440122 – madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas

– e as 62 não censuradas do código 440799 – outras madeiras, serradas, cortadas em folhas

ou desenroladas, de espessura > 6 mm –, bem como as 151 observações não censuradas

referentes aos países para os quais o Brasil exporta no capítulo 44 – madeira, carvão vegetal

e obras de madeira –, o que perfaz um total de 219 observações não censuradas e, por

conseguinte, 441 observações censuradas82.

Como resultado, demonstrado por meio da Tabela 21, o Modelo 7 relaciona os

seguintes fatores como explicativos das exportações brasileiras nesse grupo: PIB dos

parceiros, positivamente; distância entre os mesmos, negativamente; taxa de câmbio,

positivamente; diferença entre PIB per capita dos parceiros, negativamente; dummy para

países sul-americanos, negativamente; dummy para países do leste europeu,

negativamente; dummy para países do sudeste asiático, positivamente; dummy para países

não litorâneos, negativamente; e dummy para países com regime jurídico civil em estado

laico, positivamente.

Nesse sentido, verificou-se que o valor esperado para as exportações brasileiras

com destino à China no código 440122 – madeira de não coníferas, em estilhas ou em

partículas – corresponde a zero, volume inferior ao comércio efetivamente observado nesse

produto, que chega a US$ 2,26 milhões. Ademais, o comércio potencial calculado segundo a

Hipótese do Potencial Atingido aponta para um valor equivalente a US$ 31,74 milhões para

o produto em questão, o que seria suficiente para levar seu Índice de Efetividade Comercial

a �:���� = 1 e, assim, caracterizar suas exportações efetivas como condizentes com a

complementaridade existente entre Brasil e China, indicada pelo resultado de ����� > 1.

Diante dos resultados econométricos, portanto, verifica-se que tal volume de comércio não

poderia ser alcançado quando são considerados os fatores restritivos tratados nas variáveis

do modelo gravitacional.

Analogamente, com relação ao código 440799 – outras madeiras, serradas,

cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm –, as estimativas para o valor

82

Como a amostra completa empilha três subamostras – duas referentes aos produtos 440122 e 440799, respectivamente, e uma outra referente às vendas totais no capítulo 44 –, o número de observações totais chega a 660 países. Assim, como 219 dessas 660 observações são não censuradas, 441 referem-se a valores nulos.

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118

esperado das exportações do Brasil para a China indicaram um volume equivalente a US$

3,64 milhões, também inferior ao comércio efetivamente observado para esse produto, que

registrou valor correspondente a US$ 18,85 milhões. Por sua vez, o potencial estimado

segundo a Hipótese do Potencial Atingido aponta para um valor equivalente a US$ 40,65

milhões para o produto em questão. Portanto, assim como verificado para o código 440122,

aos se considerar as variáveis gravitacionais, é esperado que o comércio entre Brasil e China

nesse produto não venha a ocorrer.

Não obstante essas observações, um importante resultado encontrado diz respeito

ao valor esperado referente às exportações do Brasil para a China no capítulo 4483, o qual

corresponde a um expressivo volume de US$ 2,04 bilhões, valor superior em 33,3 vezes

frente ao comércio efetivamente observado neste capítulo. Nesse sentido, observa-se que

as exportações totais no capítulo 44 apresentam um potencial inexplorado da ordem de US$

1,98 bilhão, visto que as exportações efetivamente observadas nesse setor correspondem a

apenas US$ 61,08 milhões.

Tendo em vista que outros produtos deste capítulo foram relacionados entre os

critérios analisados neste estudo, entende-se que referido potencial identificado esteja

relacionado a estes, os quais se referem aos códigos 440329 – outras madeiras tropicais, em

bruto –, 440722 – madeira de virola, imbuia ou balsa,serrada, cortada em folhas ou

desenrolada, de espessura > 6mm – e 440794 – madeira de cerejeira (Prunus spp.), serrada,

cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm. Nesse aspecto, ressalta-se que

referidos produtos encontram-se listados como potenciais segundo o critério de confronto

entre os resultados de ����� e �:���� 84, apesar de não serem listados como potenciais segundo

o critério de Gutman-Miotti. Além desses produtos do capítulo 44, vale ressaltar o código

440729 – outras madeiras tropicais (cedro, ipê, pau-marfim, louro, etc), serradas, cortadas

em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm –, que se caracterizam como potenciais

segundo o critério de Gutman-Miotti e, além disso, caracterizam-se como produtos

complementares no comércio entre Brasil e China85.

83

Vale lembrar que o valor esperado calculado para o capítulo deve atribuir valor nulo às dummies relacionadas aos produtos, no presente caso referentes aos códigos 440122 e 440799. 84

Vide Tabela 7. 85

Vide Tabela 6 e Apêndice B

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Tabela 21. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 44.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 3,09 0,00 2,98 0,00 3,49 0,00 2,87 0,00 2,86 0,00 3,17 0,00 2,92 0,00

Dist -5,75 0,00 -5,79 0,00 -5,84 0,00 -8,46 0,00 -8,58 0,00 -8,25 0,00 -8,58 0,00

Tarif - - -5,18 0,47 1,28 0,86 - - -3,59 0,66 -3,14 0,70 - -

Camb - - 0,51 0,01 0,35 0,10 - - 0,24 0,22 0,17 0,42 0,39 0,01

Pop - - - - 0,51 0,35 - - - - -0,01 0,99 - -

Area - - - - -0,98 0,00 - - - - -0,25 0,43 - -

DifPIBpc - - - - -0,59 0,00 - - - - -0,48 0,00 -0,44 0,00

Dummies de Localização

África - - - - - - -2,62 0,08 -1,31 0,53 -1,00 0,64 - -

AmSul - - - - - - -9,89 0,00 -8,23 0,03 -9,09 0,02 -8,55 0,00

AmLatRest - - - - - - 0,66 0,72 1,04 0,59 0,27 0,89 - -

EuroLest - - - - - - -5,38 0,03 -4,75 0,06 -5,09 0,05 -5,83 0,01

OrientMd - - - - - - -1,27 0,44 -0,55 0,74 -0,78 0,64 - -

SudAsia - - - - - - 2,96 0,11 4,09 0,03 3,46 0,08 4,75 0,00

AsiaRest - - - - - - -1,63 0,52 -1,06 0,68 -1,65 0,55 - -

Oceania - - - - - - 0,44 0,83 0,68 0,73 0,82 0,69 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 1,43 0,60 0,21 0,94 0,97 0,74 - -

SemLit - - - - - - -8,67 0,00 -8,35 0,00 -7,83 0,00 -8,28 0,00

LingPort - - - - - - 2,32 0,37 2,14 0,42 2,45 0,35 - -

CivilLaico - - - - - - 2,06 0,03 2,18 0,03 1,87 0,05 2,50 0,01

Dummies de Produto

NCM 440122 -26,45 0,00 -26,48 0,00 -26,05 0,00 -25,62 0,00 -25,69 0,00 -25,59 0,00 -25,60 0,00

NCM 440799 -11,50 0,00 -11,49 0,00 -11,38 0,00 -11,29 0,00 -11,33 0,00 -11,31 0,00 -11,29 0,00

Intercepto -13,89 0,11 -9,36 0,29 -8,45 0,33 17,23 0,38 18,62 0,34 19,69 0,33 24,88 0,02

Estatísticas de Interesse

F-Stat 168,55 0,00 111,64 0,00 75,96 0,00 48,14 0,00 42,89 0,00 37,20 0,00 67,27 0,00

Log-Veross. -910,46 -904,18 -893,35 -863,67 -862,62 -858,68 -861,24

Pseudo-R2 0,22 0,22 0,23 0,26 0,26 0,26 0,26

AIC / BIC 2,78 / -2.425,01 2,76 / -2.424,58 2,74 / -2.426,76 2,67 / -2.440,68 2,68 / -2.429,80 2,67 / -2.418,20 2,65 / -2.478,00

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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120

Quanto ao código 540771 – outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85%

em peso de filamentos sintéticos –, a amostra somou 11 observações não censuradas

referentes aos países para os quais o Brasil exporta esse produto e 70 observações não

censuradas referentes aos que o Brasil exporta no capítulo 54 – filamentos sintéticos ou

artificiais –, o que perfaz um total de 81 observações não censuradas e, portanto, 359 nulas.

A Tabela 22 mostra que o Modelo 7 relaciona os seguintes fatores explicativos das

exportações nesse grupo: PIB dos parceiros, positivamente; distância geográfica entre os

mesmos, negativamente; dummy para países sul-americanos, positivamente; dummy para os

demais países latino-americanos, positivamente; dummy para países do leste europeu,

negativamente; dummy para países que falam a língua portuguesa, positivamente; e dummy

para países com regime jurídico civil em estado laico, positivamente.

Diante disso, o valor esperado para as exportações no código 540771 correspondeu

a zero, volume equivalente ao comércio observado. O comércio potencial calculado sob a

Hipótese do Potencial Atingido, por sua vez, chegou a US$ 1,03 milhão. Portanto, ainda que

esse produto tenha sido relacionado como potencial, quando se consideram as variáveis

tratadas no modelo gravitacional, espera-se que as transações bilaterais sejam mesmo nulas.

Não obstante, um importante resultado diz respeito ao cálculo do valor esperado

para as exportações no capítulo 54, o qual corresponde a um volume de US$ 862,64 mil.

Mesmo demonstrando um potencial inexpressivo, esse valor é superior em 48,7 vezes frente

ao efetivamente observado neste capítulo para o comércio entre Brasil e China, o que

corresponde a US$ 17,71 mil.

Tendo em vista que outros produtos deste capítulo foram relacionados entre os

critérios analisados neste estudo, entende-se que referido potencial identificado esteja

relacionado a estes, os quais se referem aos códigos 540245 – outros fios simples de náilon

ou de outras poliamidas, sem torção ou com torção <= 50 voltas por metro – e 540773 –

outros tecidos, de fios de diversas cores, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos.

Nesse aspecto, ressalta-se que referidos produtos encontram-se listados como potenciais

segundo o critério de confronto entre os resultados de ����� e �:���� 86, ainda que não sejam

caracterizados como potenciais segundo o critério de Gutman-Miotti.

86

Vide Tabela 7.

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121

Tabela 22. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 54.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 4,17 0,00 4,00 0,00 3,44 0,00 4,17 0,00 4,21 0,00 3,54 0,00 4,21 0,00

Dist -12,61 0,00 -11,89 0,00 -12,51 0,00 -10,15 0,00 -9,87 0,00 -10,25 0,00 -7,62 0,00

Tarif - - -24,08 0,02 -26,85 0,02 - - -17,48 0,09 -19,58 0,06 - -

Camb - - 0,00 0,99 0,13 0,67 - - -0,05 0,88 0,08 0,81 - -

Pop - - - - 1,29 0,18 - - - - 0,68 0,47 - -

Area - - - - -0,55 0,28 - - - - 0,05 0,93 - -

DifPIBpc - - - - 0,14 0,69 - - - - 0,20 0,62 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - -0,16 0,94 1,58 0,53 0,57 0,84 - -

AmSul - - - - - - -1,17 0,82 -1,58 0,78 -1,49 0,79 5,86 0,08

AmLatRest - - - - - - 6,79 0,01 7,06 0,01 6,66 0,02 7,74 0,00

EuroLest - - - - - - -7,61 0,03 -7,47 0,03 -7,07 0,07 -10,01 0,00

OrientMd - - - - - - 1,21 0,73 1,27 0,72 1,38 0,69 - -

SudAsia - - - - - - 3,52 0,21 3,43 0,24 3,26 0,28 - -

AsiaRest - - - - - - -1,57 0,68 -1,31 0,72 -1,54 0,70 - -

Oceania - - - - - - 6,26 0,19 6,25 0,20 6,21 0,20 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 5,07 0,21 5,14 0,24 4,25 0,33 - -

SemLit - - - - - - -1,08 0,67 -1,02 0,70 -1,33 0,60 - -

LingPort - - - - - - 7,82 0,01 7,25 0,02 7,14 0,02 8,52 0,00

CivilLaico - - - - - - 3,57 0,03 3,32 0,04 3,53 0,03 2,84 0,08

Dummies de Produto

NCM 540771 -16,25 0,00 -16,06 0,00 -15,94 0,00 -15,71 0,00 -15,56 0,00 -15,54 0,00 -15,74 0,00

Intercepto 9,91 0,40 9,44 0,42 12,90 0,29 -16,26 0,54 -18,56 0,48 -13,02 0,63 -39,39 0,04

Estatísticas de Interesse

F-Stat 97,41 0,00 58,67 0,00 37,31 0,00 22,17 0,00 19,75 0,00 17,25 0,00 43,24 0,00

Log-Veross. -358,79 -356,47 -355,33 -344,58 -343,81 -343,25 -346,81

Pseudo-R2 0,24 0,25 0,25 0,27 0,28 0,28 0,27

AIC / BIC 1,65 / -1.930,17 1,65 / -1.922,64 1,66 / -1.906,66 1,64 / -1.885,55 1,65 / -1.874,92 1,66 / -1.857,76 1,62 / -1.923,69

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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122

Com relação ao capítulo 55, a amostra somou sete observações não censuradas do

código 550130 – cabos acrílicos ou modacrílicos – e nove não censuradas do código 550200

– cabos de filamentos artificiais –, bem como 49 não censuradas referentes aos países para

os quais o Brasil exporta no capítulo 55 – produtos para fotografia e cinematografia –, o que

perfaz um total de 65 observações não censuradas e, portanto, 595 nulas.

Como apresenta a Tabela 23, o Modelo 7 relaciona como fatores explicativos das

exportações brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB dos parceiros, positivamente;

distância, negativamente; equivalente ad valorem, negativamente; população dos parceiros,

positivamente; dummy para países sul-americanos, positivamente; dummy para os demais

latino-americanos, positivamente; e dummy para países do sudeste asiático, positivamente.

Diante disso, os valores esperados para as exportações do Brasil para a China, tanto

para o código 550130, quanto para o 550200, correspondem a zero, o que equivale ao

comércio observado nesses códigos. Quanto ao potencial sob a Hipótese do Potencial

Atingido, seus valores chegaram a US$ 6,27 milhões e US$ 15,41 milhões, respectivamente.

Assim, apesar de esses produtos serem relacionados como potenciais, ao se considerar os

fatores de atrito associados ao modelo gravitacional, espera-se que as transações nesses

códigos sejam de fato nulas para o comércio do Brasil com destino à China.

Entretanto, o resultado mais importante associado a essas estimações diz respeito

ao valor esperado calculado para as exportações no capítulo 55, o qual corresponde a um

volume de US$ 4,39 milhões, superior ao comércio nulo efetivamente observado entre Brasil

e China neste capítulo.

Tendo em vista que outros dois produtos deste capítulo foram relacionados entre

os critérios analisados neste estudo, entende-se que referido potencial identificado esteja

relacionado a estes, os quais se referem aos códigos 550120 – cabos de poliésteres – e

550942 – outros fios retorcidos ou retorcidos múltiplos, de fibras sintéticas descontínuas,

contendo => 85% em peso destas fibras, não para venda a retalho. Nesse aspecto, ressalta-

se que referidos produtos encontram-se listados como potenciais segundo o critério de

confronto entre os resultados de ����� e �:���� 87, ainda que não sejam caracterizados como

potenciais segundo o critério de Gutman-Miotti.

87

Vide Tabela 7.

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123

Tabela 23. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 55.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 4,89 0,00 4,81 0,00 2,73 0,01 5,20 0,00 5,26 0,00 3,01 0,02 3,40 0,00

Dist -17,17 0,00 -15,60 0,00 -19,75 0,00 -6,35 0,11 -5,68 0,15 -8,39 0,03 -8,25 0,02

Tarif - - -62,46 0,01 -73,44 0,01 - - -44,07 0,09 -42,55 0,07 -53,27 0,03

Camb - - -0,57 0,06 -0,10 0,82 - - -0,41 0,30 -0,11 0,81 - -

Pop - - - - 7,00 0,00 - - - - 6,20 0,00 2,19 0,03

Area - - - - -3,77 0,00 - - - - -3,25 0,00 - -

DifPIBpc - - - - 0,04 0,92 - - - - 0,65 0,23 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 2,82 0,43 4,24 0,31 2,68 0,60 - -

AmSul - - - - - - 16,95 0,03 13,68 0,10 14,93 0,05 14,61 0,00

AmLatRest - - - - - - 20,41 0,00 20,48 0,00 16,78 0,00 17,28 0,00

EuroLest - - - - - - -4,28 0,33 -5,07 0,25 0,24 0,96 - -

OrientMd - - - - - - 1,34 0,80 0,14 0,98 0,23 0,96 - -

SudAsia - - - - - - 8,86 0,04 7,37 0,11 0,73 0,87 6,50 0,12

AsiaRest - - - - - - -0,23 0,96 -0,22 0,96 -0,28 0,96 - -

Oceania - - - - - - 3,67 0,50 2,71 0,64 12,78 0,05 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 3,90 0,54 6,19 0,32 6,53 0,26 - -

SemLit - - - - - - 1,19 0,71 0,77 0,82 -0,27 0,94 - -

LingPort - - - - - - 6,17 0,14 5,21 0,20 4,91 0,29 - -

CivilLaico - - - - - - 2,91 0,26 2,10 0,40 2,74 0,28 - -

Dummies de Produto

NCM 550130 -19,86 0,00 -21,35 0,00 -21,51 0,00 -19,92 0,00 -20,81 0,00 -20,76 0,00 -21,20 0,00

NCM 550200 -16,04 0,00 -17,82 0,00 -18,80 0,00 -16,49 0,00 -17,66 0,00 -17,98 0,00 -18,06 0,00

Intercepto 25,00 0,16 15,89 0,38 38,19 0,02 -88,46 0,02 -93,29 0,02 -84,43 0,02 -53,73 0,09

Estatísticas de Interesse

F-Stat 77,91 0,00 46,95 0,00 28,03 0,00 18,10 0,00 16,20 0,00 13,42 0,00 30,04 0,00

Log-Veross. -341,12 -337,67 -323,38 -319,82 -318,21 -309,43 -318,16

Pseudo-R2 0,21 0,22 0,26 0,26 0,27 0,29 0,27

AIC / BIC 1,05 / -3.563,69 1,05 / -3.557,60 1,01 / -3.566,71 1,02 /-3.528,37 1,03 / -3.518,61 1,01 / -3.516,70 1,00 / -3.577,15

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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124

Para o código 560312 – falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso

> 25 g/m2 e <= 70 g/m2 –, a amostra somou 30 observações não censuradas referentes aos

países para os quais o Brasil exporta esse produto e 101 não censuradas do capítulo 56 –

pastas ("ouates"), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos; artigos de

cordoaria –, o que perfaz um total de 131 não censuradas e, portanto, 309 censuradas.

Como resultado, apresentado na Tabela 24, o Modelo 7 relaciona os seguintes

fatores explicativos das exportações brasileiras: PIB dos parceiros, positivamente; distância,

negativamente; dummy para países africanos, positivamente; dummy para os da América do

Sul, positivamente; dummy para os demais latino-americanos, positivamente; dummy para

países não litorâneos, negativamente; dummy os de língua portuguesa, positivamente; e

dummy para países com regime jurídico civil em estado laico, positivamente.

Assim, o valor esperado para as exportações no código 560312 corresponde a US$

0,27 mil, valor inferior ao comércio observado de US$ 227,40 mil e ao potencial calculado

sob a Hipótese do Potencial Atingido, que foi equivalente a US$ 10,39 milhões. Diante disso,

as variáveis tratadas no modelo gravitacional explicam o inexpressivo volume de transações

entre Brasil e China observadas nesse produto.

Não obstante, o valor esperado calculado para as exportações do Brasil para a China

no capítulo 56 foi calculado em US$ 6,73 milhões, valor superior em 5,8 vezes frente ao

comércio efetivamente observado neste capítulo. Nesse sentido, apesar de o produto

560312 não apresentar potencial diante da estimação do modelo gravitacional, observa-se

que as exportações totais no capítulo 56 apresentam um potencial inexplorado da ordem de

US$ 5,56 milhões, visto que as exportações efetivamente observadas nesse setor

correspondem a US$ 1,17 milhão.

Visto que o produto 560311 – falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais,

de peso <= 25 g/m2 – é o principal produto exportado pelo Brasil neste capítulo88, entende-

se que o potencial de US$ 5,56 milhões identificado no capítulo 56 esteja relacionado a este

produto. Contudo, ressalta-se que referido código não se encontra listado como potencial,

tanto segundo o critério de confronto entre os resultados de ����� e �:���� , quanto segundo o

critério de Gutman-Miotti.

88

Referido produto responde por 41,0% das vendas brasileiras para o mundo no capítulo 56, além de participar com 57,4% do comércio com a China no mesmo setor.

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125

Tabela 24. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 56.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 3,61 0,00 3,58 0,00 3,55 0,00 3,67 0,00 3,69 0,00 3,44 0,00 3,65 0,00

Dist -12,72 0,00 -12,46 0,00 -13,07 0,00 -6,92 0,00 -6,92 0,00 -7,13 0,00 -5,12 0,00

Tarif - - -7,30 0,39 -5,84 0,52 - - 6,26 0,43 6,04 0,44 - -

Camb - - -0,21 0,21 -0,21 0,28 - - -0,19 0,28 -0,15 0,46 - -

Pop - - - - 0,87 0,14 - - - - 0,39 0,50 - -

Area - - - - -0,74 0,02 - - - - -0,11 0,78 - -

DifPIBpc - - - - -0,11 0,55 - - - - 0,11 0,58 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 3,02 0,04 1,68 0,31 1,32 0,49 2,69 0,05

AmSul - - - - - - 9,43 0,01 8,08 0,03 8,23 0,03 11,38 0,00

AmLatRest - - - - - - 9,85 0,00 9,47 0,00 9,30 0,00 9,99 0,00

EuroLest - - - - - - 1,18 0,76 0,42 0,90 0,51 0,89 - -

OrientMd - - - - - - 2,42 0,19 1,70 0,39 1,69 0,39 - -

SudAsia - - - - - - 3,28 0,09 2,31 0,28 2,07 0,35 - -

AsiaRest - - - - - - -3,56 0,38 -4,16 0,26 -3,97 0,28 - -

Oceania - - - - - - 2,71 0,31 2,62 0,33 2,85 0,30 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 0,26 0,93 1,21 0,69 1,05 0,73 - -

SemLit - - - - - - -1,87 0,12 -2,21 0,06 -2,37 0,05 -2,51 0,04

LingPort - - - - - - 8,52 0,00 8,89 0,00 8,81 0,00 8,98 0,00

CivilLaico - - - - - - 2,77 0,01 2,70 0,02 2,75 0,02 2,20 0,04

Dummies de Produto

NCM 560312 -10,18 0,00 -10,22 0,00 -10,20 0,00 -10,14 0,00 -10,08 0,00 -10,08 0,00 -10,14 0,00

Intercepto 29,18 0,00 27,65 0,00 30,51 0,00 -29,77 0,12 -30,42 0,12 -28,99 0,15 -44,51 0,01

Estatísticas de Interesse

F-Stat 117,55 0,00 70,78 0,00 44,03 0,00 28,82 0,00 26,07 0,00 22,65 0,00 49,31 0,00

Log-Veross. -530,67 -529,79 -527,30 -500,61 -499,71 -499,40 -503,48

Pseudo-R2 0,23 0,23 0,24 0,28 0,28 0,28 0,27

AIC / BIC 2,44 / -1.586,417 2,44 / -1.575,99 2,44 / -1.562,72 2,36 / -1.573,49 2,36 / -1.563,11 2,37 / -1.545,46 2,34 / -1.604,27

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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Por sua vez, quanto aos produtos do capítulo 70, a amostra somou 13 observações

não censuradas do código 700231 – tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não

trabalhados – e dez não censuradas do código 700232 – tubos de outros vidros, com

coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados –, bem como as 141

observações não censuradas referentes ao capítulo 70 – vidro e suas obras –, o que perfaz

um total de 164 observações não censuradas e, portanto, 496 observações censuradas.

Como mostra a Tabela 25, o Modelo 7 relaciona como fatores explicativos as

seguintes variáveis: PIB dos parceiros, positivamente; distância, negativamente; dummy para

países africanos, positivamente; dummy para os sul-americanos, positivamente; dummy para

os demais países latino-americanos, positivamente; dummy para os países não litorâneos,

negativamente; e dummy para países com regime jurídico civil em estado laico,

positivamente.

Como resultado, o valor esperado para as exportações, tanto para o código 700231,

quanto para o 700232, corresponde a zero, o que equivale ao comércio observado nesses

códigos, que também apresenta valores nulos. Quanto ao potencial calculado sob a Hipótese

do Potencial Atingido, chegou-se a valores de US$ 4,34 milhões e US$ 1,24 milhão,

respectivamente. Diante desses resultados, verifica-se que tal volume de comércio não

poderia ser alcançado em razão das variáveis tratadas no modelo gravitacional.

Contudo, o valor esperado calculado para as exportações do Brasil para a China no

capítulo 7089, o qual corresponde a um volume de US$ 14,18 milhões, superior ao comércio

efetivamente observado nesse capítulo, que equivale a US$ 2,01 milhões. Tendo em vista

que somente outro produto desse capítulo foi relacionado entre os critérios analisados

neste estudo, entende-se que referido potencial identificado esteja relacionado a este, o

qual se refere ao código 701342 – objetos para serviço de mesa, de vidro (exceto de

vitrocerãmica), com coeficiente de dilatação linear não superior a 5x10-6 por Kelvin, entre

0°C e 300°C. Nesse aspecto, ressalta-se que referido produto encontra-se listado como

potencial segundo o critério de confronto entre os resultados de ����� e �:���� ,90 embora não

seja caracterizado como potencial segundo o critério de Gutman-Miotti.

89

Vale lembrar que o valor esperado calculado para o capítulo deve atribuir valor nulo às dummies relacionadas aos produtos, no presente caso referentes aos códigos 700231 e 700232. 90

Vide Tabela 7.

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127

Tabela 25. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 70.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 2,66 0,00 2,66 0,00 2,67 0,00 2,71 0,00 2,72 0,00 2,74 0,00 2,65 0,00

Dist -8,97 0,00 -8,75 0,00 -8,63 0,00 -4,14 0,06 -4,01 0,06 -3,99 0,06 -5,12 0,00

Tarif - - -5,05 0,36 -4,63 0,41 - - -3,10 0,64 -2,51 0,70 - -

Camb - - -0,22 0,22 -0,21 0,28 - - -0,22 0,25 -0,23 0,26 - -

Pop - - - - 0,36 0,41 - - - - 0,44 0,31 - -

Area - - - - -0,30 0,22 - - - - -0,38 0,16 - -

DifPIBpc - - - - -0,32 0,03 - - - - -0,28 0,05 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 3,91 0,00 3,39 0,05 3,33 0,06 3,51 0,01

AmSul - - - - - - 9,27 0,03 7,75 0,07 7,31 0,09 6,47 0,03

AmLatRest - - - - - - 4,82 0,02 4,71 0,02 3,96 0,05 3,72 0,05

EuroLest - - - - - - -1,70 0,64 -2,03 0,58 -2,14 0,55 - -

OrientMd - - - - - - 2,73 0,04 2,27 0,13 2,05 0,16 - -

SudAsia - - - - - - -1,26 0,53 -2,05 0,31 -2,85 0,17 - -

AsiaRest - - - - - - -2,10 0,56 -2,26 0,54 -2,72 0,46 - -

Oceania - - - - - - 2,17 0,33 2,11 0,34 2,51 0,24 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - -1,90 0,59 -0,76 0,83 -0,36 0,92 - -

SemLit - - - - - - -2,60 0,04 -2,83 0,03 -2,52 0,05 -3,56 0,00

LingPort - - - - - - 2,13 0,29 2,06 0,31 2,15 0,29 - -

CivilLaico - - - - - - 1,86 0,04 1,69 0,07 1,53 0,10 1,43 0,09

Dummies de Produto

NCM 700231 -18,39 0,00 -18,46 0,00 -18,41 0,00 -18,12 0,00 -18,16 0,00 -18,09 0,00 -18,20 0,00

NCM 700232 -20,26 0,00 -20,41 0,00 -20,37 0,00 -20,04 0,00 -20,15 0,00 -20,08 0,00 -20,11 0,00

Intercepto 23,20 0,00 21,27 0,00 23,48 0,00 -24,64 0,23 -25,83 0,20 -23,57 0,26 -13,46 0,43

Estatísticas de Interesse

F-Stat 156,14 0,00 103,90 0,00 69,90 0,00 42,80 0,00 38,18 0,00 32,65 0,00 71,59 0,00

Log-Veross. -634,59 -633,50 -631,28 -619,85 -619,02 -617,10 -624,40

Pseudo-R2 0,30 0,30 0,30 0,31 0,31 0,32 0,31

AIC / BIC 1,94 / -2.976,75 1,94 / -2.965,94 1,95 / -2.950,90 1,93 / -2.928,31 1,94 / -2.917,00 1,94 / -2.901,35 1,93 / -2.964,66

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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128

Quanto ao produto classificado sob o código 722710 – fio-máquina de aços de corte

rápido - siderúrgicos –, a amostra utilizada na estimação soma as três observações não

censuradas referentes aos países para os quais o Brasil exporta esse produto, bem como as

116 observações não censuradas referentes aos países para os quais o Brasil exporta no

capítulo 72 – ferro fundido, ferro e aço –, o que perfaz um total de 119 observações não

censuradas e, por conseguinte, 321 observações censuradas.

Como resultado, apresentado por meio da Tabela 26, verifica-se que o Modelo 7 –

aquele que descarta as variáveis redundantes dentre aquelas que foram testadas – relaciona

como fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB

dos parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos, negativamente; dummy

para países africanos, positivamente; dummy para países do Oriente Médio, positivamente;

e dummy para países não litorâneos, negativamente.

Diante das estimativas realizadas, verifica-se que o valor esperado para as

exportações do Brasil para a China no código 722710 corresponde a zero, valor equivalente

ao comércio efetivamente observado. Nesse sentido, apesar de o critério de seleção de

setores potenciais indicar este produto como subaproveitado, observa-se que os fatores de

atrito ao comércio devem atuar sobre essas transações, o que viria a explicar as exportações

nulas observadas no comércio do Brasil para a China referentes a este produto.

Vale destacar que o comércio potencial calculado segundo a Hipótese do Potencial

Atingido aponta para um valor equivalente a US$ 778,64 mil para o produto em questão, o

que seria suficiente para levar seu Índice de Efetividade Comercial a �:���� = 1 e, assim,

caracterizar suas exportações efetivas como condizentes com a complementaridade

existente entre Brasil e China, indicada pelo resultado de ����� > 1. Diante dos resultados

econométricos, portanto, verifica-se que, ao se considerar as variáveis tratadas no modelo

gravitacional, deve-se esperar que as transações sejam de fato nulas.

Não obstante, um importante resultado diz respeito ao cálculo do valor esperado

referente às exportações do Brasil para a China no capítulo 5491, o qual corresponde a um

expressivo volume de US$ 3,3 bilhões, valor superior em 4,8 vezes frente ao comércio

efetivamente observado neste capítulo. Nesse sentido, apesar de o produto 722710 não

apresentar potencial diante da estimação do modelo gravitacional, observa-se que as

91

Seu valor esperado é calculado ao atribuir valor nulo à dummy relacionada ao produto 540771.

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129

exportações totais no capítulo 70 apresentam um potencial inexplorado da ordem de US$

2,6 bilhões, visto que as exportações efetivamente observadas nesse setor correspondem a

US$ 680,91 milhões.

Tendo em vista que outros produtos deste capítulo foram relacionados entre os

critérios analisados neste estudo, entende-se que referido potencial identificado esteja

relacionado a estes, os quais se referem aos códigos 720917 – produtos laminados planos,

de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de espessura

=> 0,5 mm e <= 1 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos –, 721935 – produtos

laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados a frio, de largura => 600 mm e espessura <

0,5 mm - siderúrgicos –, 722490 – produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços -

siderúrgicos –, 722550 – produtos laminados planos, de outras ligas de aços, de largura =>

600 mm, laminados a frio - siderúrgicos –, e 722620 – produtos laminados planos, de largura

< 600 mm, de ligas de aços de corte rápido - siderúrgicos. Nesse aspecto, ressalta-se que

referidos produtos encontram-se listados como potenciais segundo o critério de confronto

entre os resultados de ����� e �:���� 92, ainda que não sejam caracterizados como potenciais

segundo o critério de Gutman-Miotti. Além desses produtos do capítulo 72, vale ressaltar os

códigos 720260 – ferroníquel – e 720293 – ferronióbio –, que se caracterizam como

potenciais segundo o critério de Gutman-Miotti e, além disso, caracterizam-se como

produtos complementares no comércio entre Brasil e China, tendo em vista o resultado de ����� > 193.

Contudo, dentre esses produtos, é salutar dar destaque ao código 720293 –

ferronióbio –, já que este responde por 54,8% das exportações brasileiras rumo à China no

capítulo 72. Diante disso, entende-se que o potencial inexplorado estimado em US$ 2,6

bilhões no capítulo 72 diz respeito prevalentemente ao código 720293, o que sugere

consideráveis oportunidades para este produto. Portanto, ao se considerar o resultado

encontrado para o comércio esperado no capítulo 72, que se mostrou superior ao valor

observado, indica-se que as exportações efetivas do produto 720293 encontram-se aquém

do potencial, ainda que já reflitam a complementaridade entre os países94.

92

Vide Tabela 7. 93

Vide Tabela 6 e Apêndice B. 94

Tendo em vista os resultados de ����� > 1 e �:���� > 1, que indicam que o comércio efetivo neste produto já

reflete minimamente o potencial indicado pela complementaridade identificada entre Brasil e China.

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130

Tabela 26. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 72.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 4,13 0,00 4,29 0,00 3,83 0,00 4,30 0,00 4,32 0,00 4,21 0,00 4,25 0,00

Dist -8,36 0,00 -8,52 0,00 -9,95 0,00 -7,33 0,01 -7,34 0,01 -7,56 0,01 -8,19 0,00

Tarif - - 16,15 0,14 16,52 0,12 - - 7,73 0,50 8,61 0,41 - -

Camb - - -0,27 0,20 -0,19 0,42 - - -0,14 0,54 -0,15 0,51 - -

Pop - - - - 1,86 0,02 - - - - 0,96 0,22 - -

Area - - - - -1,25 0,00 - - - - -0,82 0,05 - -

DifPIBpc - - - - 0,25 0,47 - - - - 0,19 0,58 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 6,29 0,00 5,21 0,02 5,60 0,03 4,75 0,00

AmSul - - - - - - 1,19 0,78 0,14 0,97 0,99 0,81 - -

AmLatRest - - - - - - 4,28 0,07 3,87 0,10 3,48 0,16 - -

EuroLest - - - - - - -6,62 0,19 -6,94 0,17 -5,97 0,20 - -

OrientMd - - - - - - 4,48 0,02 4,01 0,04 3,84 0,05 2,88 0,04

SudAsia - - - - - - 4,95 0,07 4,20 0,13 3,06 0,26 - -

AsiaRest - - - - - - -1,77 0,73 -2,36 0,63 -2,09 0,65 - -

Oceania - - - - - - -2,86 0,25 -3,25 0,22 -1,70 0,55 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - 1,24 0,69 1,88 0,54 2,64 0,36 - -

SemLit - - - - - - -3,25 0,15 -3,39 0,14 -3,50 0,12 -4,87 0,03

LingPort - - - - - - 1,70 0,58 2,01 0,52 1,52 0,64 - -

CivilLaico - - - - - - 0,43 0,75 0,54 0,68 0,65 0,62 - -

Dummies de Produto

NCM 722710 -29,94 0,00 -29,68 0,00 -29,55 0,00 -28,71 0,00 -28,65 0,00 -28,61 0,00 -29,16 0,00

Intercepto -18,76 0,07 -22,66 0,04 -17,72 0,09 -34,93 0,16 -35,43 0,15 -40,12 0,12 -23,94 0,03

Estatísticas de Interesse

F-Stat 108,16 0,00 65,37 0,00 40,67 0,00 29,22 0,00 25,99 0,00 22,55 0,00 58,92 0,00

Log-Veross. -486,18 -483,78 -478,54 -468,09 -467,69 -465,66 -477,14

Pseudo-R2 0,28 0,28 0,29 0,31 0,31 0,31 0,29

AIC / BIC 2,23 / -1.675,38 2,23 / -1.668,02 2,22 / -1.660,22 2,21 / -1.638,53 2,21 / -1.627,15 2,22 / -1.612,96 2,21 / -1.675,22

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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131

Com respeito aos produtos do capítulo 84, a amostra somou as 15 observações não

censuradas do código 840682 – outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW –, as 110 não

censuradas do código 842129 – outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos –, as seis do

código 844519 – outras máquinas para preparação de matérias têxteis –, as 12 do código

844831 – guarnições de cardas –, as 40 do código 845530 – cilindros de laminadores, de

metais –, as 107 do código 848310 – árvores (veios) de transmissão, incluídas as de

excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas –, bem como as 188 observações

não censuradas referentes aos países para os quais o Brasil exporta no capítulo 84 – reatores

nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes –, o que

perfaz um total de 478 observações não censuradas e, por conseguinte, 1.062 observações

censuradas95.

Como resultado das estimações econométricas, apresentado por meio da Tabela

27, verifica-se que o Modelo 7 relaciona como fatores explicativos das exportações

brasileiras nesse grupo as seguintes variáveis: PIB dos parceiros, positivamente; distância

geográfica entre os mesmos, negativamente; população dos parceiros, positivamente;

diferença entre PIB per capita dos parceiros, positivamente; dummy para países africanos,

positivamente; dummy para países sul-americanos, positivamente; dummy para os demais

países latino-americanos, positivamente; dummy países do leste europeu, negativamente;

dummy para países do Oriente Médio, positivamente; dummy para países da Oceania,

positivamente; e dummy para países com regime jurídico civil em estado laico,

positivamente.

Por meio das equações estimadas, verifica-se que os valores esperados

correspondem a zero no caso das exportações do Brasil para a China nos códigos 840682 –

outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW –, 844519 – outras máquinas para

preparação de matérias têxteis –, 844831 – guarnições de cardas – e 845530 – cilindros de

laminadores, de metais.

No caso dos códigos 840682 e 844519, esse valor estimado corresponde ao

comércio efetivamente observado. Vale destacar que o comércio potencial calculado

95

Como a amostra completa empilha sete subamostras – seis referentes aos produtos 840682, 842129, 844519, 844831, 845530 e 848310, respectivamente, e uma outra referente às vendas totais no capítulo 84 –, o número de observações totais chega a 1.540 países. Assim, como 478 dessas 1.540 observações são não censuradas, 1.062 referem-se a valores nulos.

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132

segundo a Hipótese do Potencial Atingido aponta para valores equivalentes a US$ 7,96

milhões e US$ 1,49 milhão para os produtos em questão, respectivamente. Diante dos

resultados econométricos, portanto, verifica-se que tal volume de comércio não poderia ser

alcançado ao se considerar os fatores restritivos associados às variáveis tratadas no modelo

gravitacional.

Com relação aos códigos 844831 e 845530, o comércio observado entre Brasil e

China registra volumes equivalentes a US$ 374,41 mil e US$ 5,69 milhões, respectivamente.

Assim, as exportações efetivas superam as esperadas diante das estimações, as quais se

mostraram nulas. Por sua vez, o potencial calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido

aponta para valores de US$ 1,41 milhão e US$ 14,41 milhões, respectivamente para os

produtos em questão. Novamente, ao se considerar as variáveis tratadas no modelo

gravitacional, deve-se esperar que não haja comércio nesses códigos entre os parceiros

estudados.

Por sua vez, o valor esperado para as exportações do Brasil para a China no código

848310 – árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins

(cambotas) e manivelas – corresponde a US$ 5,69 milhões. Contudo, esse valor é inferior ao

volume efetivamente observado entre Brasil e China, equivalente a US$ 24,47 milhões, bem

como frente ao potencial calculado sob a Hipótese do Potencial Atingido, que correspondeu

a US$ 61,92 milhões. Como outros resultados já discutidos, entende-se que as exportações

nesse código também não apresentem potencial quando se consideram os fatores restritivos

associados às variáveis gravitacionais.

Por outro lado, com relação ao código 842129 – outros aparelhos para filtrar ou

depurar líquidos –, as estimativas para o valor esperado das exportações do Brasil para a

China indicam volumes equivalentes a US$ 3,35 milhões, superiores ao comércio

efetivamente observado para esse produto, que corresponde a somente US$ 63,19 mil.

Contudo, vale ressaltar que o volume esperado ainda se mostra inferior frente às estimativas

do potencial segundo a Hipótese do Potencial Atingido, que apontam para um valor

equivalente a US$ 37,88 milhões. Tal resultado significa que, mesmo que esses produtos

atingissem o volume esperado de acordo com as estimações econométricas, suas

exportações efetivas não seriam suficientes para refletir a complementaridade identificada

entre Brasil e China nesse produto, indicada pelo resultado de ����� > 1.

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133

Tabela 27. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 84.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 2,93 0,00 3,00 0,00 2,30 0,00 3,15 0,00 3,17 0,00 2,46 0,00 2,48 0,00

Dist -8,01 0,00 -8,10 0,00 -8,60 0,00 -3,70 0,00 -3,72 0,00 -4,21 0,00 -4,25 0,00

Tarif - - 9,49 0,04 6,63 0,16 - - 4,54 0,35 4,16 0,39 - -

Camb - - -0,10 0,24 0,11 0,30 - - -0,03 0,73 0,11 0,33 - -

Pop - - - - 1,04 0,00 - - - - 0,92 0,00 0,71 0,00

Area - - - - -0,19 0,24 - - - - -0,13 0,46 - -

DifPIBpc - - - - 0,27 0,02 - - - - 0,36 0,01 0,37 0,01

Dummies de Localização

África - - - - - - 4,33 0,00 4,00 0,00 3,00 0,00 2,54 0,01

AmSul - - - - - - 5,77 0,04 5,48 0,06 6,10 0,03 7,01 0,00

AmLatRest - - - - - - 6,08 0,00 5,92 0,00 5,80 0,00 5,53 0,00

EuroLest - - - - - - -3,33 0,04 -3,33 0,04 -2,74 0,07 -2,99 0,01

OrientMd - - - - - - 1,21 0,21 1,00 0,32 1,07 0,29 - -

SudAsia - - - - - - 0,75 0,50 0,47 0,69 0,12 0,92 - -

AsiaRest - - - - - - 0,87 0,63 0,62 0,73 0,29 0,87 - -

Oceania - - - - - - 3,02 0,03 2,96 0,03 3,22 0,02 2,74 0,03

Outras Dummies

Adj - - - - - - 2,58 0,30 2,73 0,28 2,00 0,42 - -

SemLit - - - - - - 0,74 0,29 0,69 0,34 0,24 0,74 - -

LingPort - - - - - - 0,74 0,57 0,81 0,53 0,59 0,64 - -

CivilLaico - - - - - - 0,84 0,11 0,89 0,10 1,22 0,03 0,98 0,05

Dummies de Produto

NCM 840682 -23,69 0,00 -23,64 0,00 -23,61 0,00 -23,66 0,00 -23,63 0,00 -23,59 0,00 -23,61 0,00

NCM 842129 -11,16 0,00 -11,20 0,00 -11,23 0,00 -11,20 0,00 -11,21 0,00 -11,22 0,00 -11,20 0,00

NCM 844519 -28,99 0,00 -28,90 0,00 -28,79 0,00 -28,70 0,00 -28,66 0,00 -28,63 0,00 -28,71 0,00

NCM 844831 -25,87 0,00 -25,78 0,00 -25,75 0,00 -25,81 0,00 -25,77 0,00 -25,77 0,00 -25,84 0,00

NCM 845530 -17,85 0,00 -17,76 0,00 -17,79 0,00 -17,80 0,00 -17,76 0,00 -17,73 0,00 -17,79 0,00

NCM 848310 -10,63 0,00 -10,75 0,00 -10,76 0,00 -10,66 0,00 -10,71 0,00 -10,72 0,00 -10,67 0,00

Intercepto 15,03 0,00 13,75 0,00 16,68 0,00 -32,69 0,00 -32,85 0,00 -30,13 0,01 -28,39 0,01

Estatísticas de Interesse

F-Stat 229,25 0,00 184,33 0,00 143,29 0,00 97,30 0,00 88,46 0,00 78,20 0,00 119,24 0,00

Log-Veross. -1.833,01 -1.830,01 -1.820,15 -1.806,81 -1.806,35 -1.797,45 -1.799,85

Pseudo-R2 0,28 0,28 0,29 0,29 0,29 0,30 0,29

AIC / BIC 2,39 / -7.563,47 2,39 / -7.554,80 2,38 / -7.552,49 2,38 / -7.527,79 2,38 / -7.514,04 2,37 / -7.509,83 2,36 / -7.571,07

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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134

Quanto ao último produto relacionado como potencial segundo os critérios de

Gutman-Miotti e confronto dos resultados de ����� e �:���� , classificado sob o código 850153

– outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW –, a

amostra utilizada na estimação considerou duas subamostras, uma referente às 85

observações não censuradas associadas aos países para os quais o Brasil exporta esse

produto, e outra relativa às 181 observações não censuradas referentes aos países para os

quais o Brasil exporta no capítulo 85 – máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas

partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som; aparelhos de gravação ou de

reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios –. A amostra

completa, portanto, considera um total de 266 observações não censuradas e, por

conseguinte, 174 observações censuradas.

Nesse aspecto, vale lembrar que cada subamostra empilhada conta com um elenco

de � = 220 países em que o Brasil pode efetuar transações. Visto que, para essa estimação,

são empilhadas duas subamostras, uma relativa às exportações no código 850153 e outra

relativa às exportações totais no capítulo 85, então a amostra completa soma 440

observações, sendo 266 não censuradas e, portanto, 174 com valores nulos.

Como resultado, apresentado por meio da Tabela 28, verifica-se que o Modelo 7

relaciona como fatores explicativos das exportações brasileiras nesse grupo as seguintes

variáveis: PIB dos parceiros, positivamente; distância geográfica entre os mesmos,

negativamente; dummy para países sul-americanos, negativamente; e dummy para países

do sudeste asiático, positivamente.

Por meio das equações estimadas, verifica-se que o valor esperado para as

exportações do Brasil para a China no código 850153 corresponde a US$ 8,15 milhões,

superior ao comércio efetivamente observado para esse produto, que registrou US$ 2,00

milhões exportados. Contudo, o volume esperado ainda se mostra inferior às estimativas do

potencial segundo a Hipótese do Potencial Atingido, que apontam para um valor equivalente

a US$ 40,52 milhões. Como interpretação, entende-se que, ao atingir o volume potencial de

US$ 8,15 milhões estimado através do modelo gravitacional, esse comércio não seria

suficiente para refletir a complementaridade identificada entre Brasil e China nesse produto,

a qual se configura diante do resultado de ����� > 1.

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135

Tabela 28. Estimativa do potencial de exportação segundo o modelo gravitacional: produtos do capítulo 85.

Discriminação Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6 Modelo 7

Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value Coef. P-value

PIB 2,80 0,00 2,78 0,00 2,58 0,00 2,95 0,00 2,93 0,00 2,74 0,00 2,84 0,00

Dist -5,94 0,00 -5,90 0,00 -6,33 0,00 -5,80 0,00 -5,79 0,00 -5,92 0,00 -8,52 0,00

Tarif - - -4,46 0,45 -3,69 0,54 - - -13,24 0,03 -12,32 0,05 - -

Camb - - -0,03 0,81 0,01 0,94 - - -0,03 0,83 0,00 0,98 - -

Pop - - - - 0,94 0,01 - - - - 0,44 0,21 - -

Area - - - - -0,65 0,00 - - - - -0,22 0,25 - -

DifPIBpc - - - - -0,07 0,60 - - - - 0,08 0,55 - -

Dummies de Localização

África - - - - - - 1,79 0,06 2,45 0,04 2,19 0,09 - -

AmSul - - - - - - 2,38 0,33 2,16 0,42 2,40 0,36 -3,94 0,01

AmLatRest - - - - - - 5,23 0,00 5,64 0,00 5,47 0,00 - -

EuroLest - - - - - - -0,39 0,83 -0,37 0,85 -0,20 0,92 - -

OrientMd - - - - - - 2,57 0,05 3,04 0,02 2,92 0,03 - -

SudAsia - - - - - - 4,02 0,00 4,46 0,00 4,06 0,00 4,14 0,00

AsiaRest - - - - - - 1,42 0,49 1,74 0,40 1,58 0,44 - -

Oceania - - - - - - 2,23 0,12 2,44 0,10 2,70 0,08 - -

Outras Dummies

Adj - - - - - - -1,67 0,42 -1,43 0,52 -1,42 0,51 - -

SemLit - - - - - - -0,71 0,42 -0,62 0,49 -0,67 0,46 - -

LingPort - - - - - - 0,18 0,90 -0,04 0,98 -0,16 0,92 - -

CivilLaico - - - - - - -0,17 0,80 -0,37 0,59 -0,29 0,67 - -

Dummies de Produto

NCM 850153 -8,90 0,00 -8,97 0,00 -8,97 0,00 -8,83 0,00 -9,04 0,00 -9,02 0,00 -8,89 0,00

Intercepto -2,46 0,66 -2,19 0,70 0,48 0,93 -9,16 0,48 -8,39 0,52 -8,30 0,53 19,81 0,02

Estatísticas de Interesse

F-Stat 198,61 0,00 122,33 0,00 77,37 0,00 46,44 0,00 42,18 0,00 36,38 0,00 117,19 0,00

Log-Veross. -934,81 -934,50 -928,42 -913,53 -910,95 -909,92 -926,42

Pseudo-R2 0,20 0,20 0,20 0,21 0,22 0,22 0,20

AIC / BIC 4,27 / -778,13 4,28 / -766,56 4,27 / -760,47 4,23 / -747,65 4,23 / -740,62 4,24 / -724,44 4,24 / -782,73

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b), The World Bank (2012) e CEPII (2012).

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136

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho buscou caracterizar os setores produtivos da pauta

exportadora brasileira segundo o aproveitamento de oportunidades comerciais existentes

em seu principal mercado no comércio exterior, que a partir de 2009 passou a ser

representado pela economia chinesa. Nesse sentido, considerou-se que as oportunidades

comerciais para produtos brasileiros na China não são completamente exploradas, devido a

fatores diversos como distância entre os mercados, concorrência no comércio internacional,

nível de proteção comercial, bem como a própria estrutura produtiva e de escoamento do

país. Diante disso, seria possível corrigir ou pelo menos atenuar alguns desses aspectos

negativos, através de políticas de incentivo voltadas, sobretudo, aos setores identificados

pelo subaproveitamento comercial.

Como explanado no estudo, os primeiros contatos comerciais com este parceiro

foram estabelecidos já em 1949, quando a República Popular da China foi criada. Contudo,

somente nos anos 2000 é que se observou uma tendência consistente de crescimento no

comércio com os chineses, chegando ao pico de US$ 44,3 bilhões exportados pelo Brasil no

ano de 2011. Ressaltou-se ainda que parte considerável dessa elevação esteve associada ao

desempenho observado nas exportações de soja e, principalmente, minérios de ferro:

referidos produtos são tratados como aqueles que concentram a maior parte das transações

realizadas pelo Brasil com destino ao mercado chinês. Nesse sentido, apesar do consistente

crescimento das transações com este país, verificou-se uma considerável tendência de

concentração nessa pauta, o que pode ser encarado como um potencial problema, visto que

países caracterizados por esse tipo de concentração tendem a sofrer com instabilidades

decorrentes de choques externos, o que pode levar a graves desequilíbrios estruturais no

ambiente econômico doméstico.

Como principais produtos da pauta de exportações com destino à China,

destacaram-se então: i) os minérios de ferro, referentes aos não aglomerados – que

respondiam por 40,6% das exportações do Brasil ao mercado chinês no ano de 2011 – e, em

menor escala, aos minérios de ferro aglomerados – com participação equivalente a 4,1% –;

ii) os produtos da soja, referentes à soja bruta – que teve participação de 24,7% no mesmo

ano – e, em menor grau, aos óleos brutos de soja – que respondiam por 1,7% em 2011 –;

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137

iii) os óleos brutos de petróleo, com 11,0% das vendas totais rumo à China; iv) os açúcares

de cana em bruto, com participação de 2,6%; e v) a celulose, que contribuiu com 2,4% no

mesmo ano. Ao se considerar referido grupo de produtos, esse conjunto chegou a responder

por substanciais 87,1% das exportações totais brasileiras com destino ao mercado chinês no

ano de 2011.

Como discutido, tal concentração pode estar relacionada com a observância de

diversos entraves, dentre os quais se destacam as consideráveis barreiras existentes na

China a produtos comercializados pelo Brasil – o que pode ser captado pelos elevados

índices de equivalente ad valorem incidentes sobre os mesmos –, bem como pelas barreiras

culturais e a própria distância geográfica entre os países, ainda mais em tempos cujos custos

de transporte encontram-se elevados, em função especialmente do preço do petróleo. Além

dessas questões, pesa o fato de o governo chinês comumente utilizar suas reservas em

moeda estrangeira para produzir uma desvalorização artificial sobre sua moeda em relação a

moedas de outros países, o que torna mais caros os produtos advindos do exterior no

mercado local.

Não obstante, o pujante mercado doméstico da China fez com que esta se tornasse

o segundo maior importador mundial no ano de 2009, mantendo essa posição até o

presente. Contudo, mesmo elevando sua participação nas importações totais deste país,

verificou-se que o Brasil não figura entre seus principais parceiros comerciais, dos quais se

destacam Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Estados Unidos e Alemanha. Quanto a sua pauta

importadora, observou-se que a mesma é relativamente diversificada, com destaque para

produtos como óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, com 11,3% das

importações totais chinesas no ano de 2011; minérios de ferro não aglomerados e seus

concentrados, com participação de 6,1% no mesmo ano; bem como circuitos integrados e

microconjuntos eletrônicos, principalmente processadores, estes respondendo por 5,6% do

total importado pela China em 2011.

Dada a reduzida concentração de sua pauta importadora e o elevado volume de

comércio demandado para satisfazer suas necessidades domésticas, há indícios suficientes

para configurar o mercado chinês como uma importante alternativa para variados tipos de

produtos, ainda mais quando se leva em consideração a expectativa de forte crescimento

dessa economia com relação ao desempenho mundial. Nesse sentido, tais características

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138

podem propulsionar o empresariado brasileiro, bem como seu governo, a buscar estratégias

que se traduzam em maior inserção comercial naquele mercado, o que favoreceria a

redução dos expressivos níveis de concentração registrados sobre a pauta de comércio

Brasil-China, como anteriormente destacado.

Diante dessa perspectiva, as melhores oportunidades de aproveitamento comercial

para produtos brasileiros no mercado chinês foram apontadas por meio de modelos

gravitacionais. No entanto, como a análise proposta abordou produtos classificados segundo

a Nomenclatura Comum do MERCOSUL a seis dígitos, fez-se necessário considerar dois

critérios para uma seleção prévia de setores com potencial exportável subexplorado, os

quais se referem ao critério de Gutman-Miotti e ao critério de confronto entre os resultados

dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial. Tal elenco, portanto,

configurou-se como a lista de produtos relevantes a serem analisados por meio das

equações gravitacionais, as quais indicaram o volume esperado de comércio associado a

cada setor potencial.

Ao se considerar referida metodologia, quanto ao critério de Gutman-Miotti,

verificou-se que o Brasil conta com 465 produtos caracterizados como “pontos fortes” em

seu comércio exterior, enquanto foram identificados 796 “pontos fracos” nas importações

chinesas. A coincidência entre “pontos fortes” brasileiros e “pontos fracos” chineses ocorreu

em 82 desses produtos, sendo estes então caracterizados como potenciais para o comércio

do Brasil para a China, segundo o critério de Gutman-Miotti. Ademais, verificou-se que tais

produtos compõem principalmente os setores de produtos minerais; produtos do reino

vegetal; metais comuns e suas obras; produtos das indústrias químicas; plástico, borracha e

suas obras; papel e celulose; máquinas, aparelhos, material elétrico e suas partes; bem como

material de transporte.

Por sua vez, com respeito ao critério de confronto entre os resultados dos Índices

de Complementaridade e Efetividade Comercial, foram identificados 269 produtos

caracterizados como complementares nas exportações do Brasil para a China. Dentre estes,

195 foram identificados como subaproveitados, ou seja, suas exportações efetivas não

refletem minimamente o potencial indicado pela ocorrência de complementaridade entre

Brasil e China. Tal elenco, portanto, forma o conjunto de produtos potenciais segundo o

critério de confronto entre os resultados de ����� e �:���� , os quais compõem principalmente

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os setores de produtos minerais; material de transporte; metais comuns e suas obras;

máquinas, aparelhos, material elétrico e suas partes; produtos das indústrias químicas;

plástico, borracha e suas obras; animais vivos e produtos do reino animal; além de produtos

do reino vegetal.

Diante da importância dos critérios de Gutman-Miotti e confronto dos resultados de ����� e �:���� para a identificação de setores potenciais, tomou-se o resultado combinado

destes como critério de seleção dos produtos a serem analisados por meio de equações

gravitacionais. Nesse sentido, dentre os 82 produtos identificados segundo o critério de

Gutman-Miotti e os 195 identificados segundo o critério de confronto entre os resultados

dos Índices de Complementaridade e Efetividade Comercial, houve coincidência em 46

produtos, sendo estes considerados como de especial interesse para as análises

econométricas.

Referidos produtos encontram-se dispostos em vinte diferentes setores agregados

segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL a dois dígitos, quais sejam: capítulo 12 –

sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou

medicinais; palhas e forragens –; capítulo 14 – matérias para entrançar outros produtos de

origem vegetal, não especificados nem compreendidos em outros capítulos –; capítulo 15 –

gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares

elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal –; capítulo 25 – sal; enxofre; terras e pedras;

gesso, cal e cimento –; capítulo 26 – minérios, escórias e cinzas –; capítulo 27 – combustíveis

minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais

–; capítulo 29 – produtos químicos orgânicos –; capítulo 37 – produtos para fotografia e

cinematografia –; capítulo 39 – plásticos e suas obras –; capítulo 40 – borracha e suas obras

–; capítulo 41 – peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros –; capítulo 43 – peleteria

(peles com pêlo) e suas obras; peleteria (peles com pêlo) artificial –; capítulo 44 – madeira,

carvão vegetal e obras de madeira –; capítulo 54 – filamentos sintéticos ou artificiais –;

capítulo 55 – fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas –; capítulo 56 – pastas, feltros e

falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos; artigos de cordoaria –; capítulo 70 –

vidro e suas obras –; capítulo 72 – ferro fundido, ferro e aço –; capítulo 84 – reatores

nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes –; e

capítulo 85 – máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação

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140

ou de reprodução de som; aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som

em televisão, e suas partes e acessórios.

Dado o elenco de produtos identificados como potenciais, equações gravitacionais

foram estimadas com o intuito de calcular o valor esperado para as exportações do Brasil

para a China nesses produtos. Nesse aspecto, uma parte desses produtos apresentou

volume esperado de exportação correspondente a zero, sendo este equivalente ao comércio

efetivamente observado entre os parceiros. Por sua vez, outra parte registrou suas

exportações esperadas em nível inferior ao observado no comércio entre Brasil e China. E

além desses grupos, houve ainda uma parcela caracterizada por valores esperados para as

exportações acima do nível de comércio observado, mas em volume insuficiente para levar

essas transações a refletir a complementaridade identificada entre os parceiros, mesmo que

minimamente. Para esses três grupos de produtos, interpreta-se que os modelos

gravitacionais e suas variáveis explanatórias explicam o fato de estes não apresentarem nível

de comércio efetivo em volume condizente com a existência de complementaridade entre

Brasil e China. Mesmo para o terceiro bloco de produtos aqui destacado, em que as

exportações esperadas mostraram-se maiores que o volume observado, o que indica a

existência de um potencial inexplorado, estas não seriam capazes de levar o produto a

refletir minimamente a complementaridade identificada entre os parceiros. Salienta-se que

tal fato se deve à consideração de fatores restritivos ao comércio que não são captados nos

critérios de Gutman-Miotti e de confronto entre ����� e �:���� , como distância, tarifas,

câmbio, dentre outros associados às equações estimadas.

Por outro lado, para outra parcela considerável de produtos, verificou-se que o

Brasil teria oportunidades de ampliar suas exportações para a China em volumes que viriam

a refletir a existência de complementaridade entre os parceiros. Este, portanto, configuraria

o grupo-focal das melhores oportunidades para produtos brasileiros no mercado chinês,

visto que seus volumes estimados para as vendas esperadas superam o comércio

efetivamente observado entre os países e, dessa maneira, estariam em uma condição de

compatibilidade com a complementaridade identificada entre os parceiros. Como calculado,

ao se somar todos os volumes potenciais de comércio, o Brasil teria oportunidade de ampliar

suas exportações para a China em expressivos US$ 34,56 bilhões, o que significaria elevar

suas vendas àquele mercado em 77,98%, visto que as mesmas registraram volume de US$

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44,31 bilhões efetivamente transacionados no ano de 2011. Tal perspectiva sugere a

existência de um considerável e inexplorado potencial de vendas, que deveria ocorrer

quando se leva em consideração o elenco de fatores associados às variáveis tratadas nos

modelos gravitacionais.

Contudo, também se percebeu que, satisfeita a hipótese de aproveitamento dos

US$ 34,56 bilhões em exportações potenciais, a estrutura da pauta exportadora continuaria

extremamente concentrada. Nesse aspecto, destaca-se que, dos US$ 34,56 bilhões em

potencial, 50,5% diz respeito ao encontrado para o produto 260100 – minérios de ferro não

aglomerados e seus concentrados –; enquanto 15,9% associam-se a diversos produtos do

capítulo 29 – produtos químicos orgânicos –; 13,9% ao código 120100 – soja, mesmo

triturada –; 7,6% ao produto 720293 – ferronióbio –; 5,7% a produtos do capítulo 44 –

madeira, carvão vegetal e obras de madeira –; 3,7% ao produto 251612– granito, cortado

em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular –; 2,0% ao código 150710 – óleo de

soja, em bruto, mesmo degomado –; e o restante, correspondente a 0,7%, diz respeito a

outros códigos dispersos. Esses itens, portanto, configuram-se como as principais

oportunidades para produtos brasileiros na China.

Como conclusão, portanto, tem-se que, apesar de a análise desagregada feita no

estudo indicar um significativo potencial de exportação inexplorado no mercado chinês, os

resultados apontam para o entendimento de que as relações comerciais Brasil-China,

mesmo aproveitando as oportunidades existentes, seguiriam a mesma tendência de

concentração atualmente observada quanto a sua pauta de exportações. Em outras

palavras, revelam-se as dificuldades em se promover a diversificação da pauta de

exportações brasileiras junto à China, visto que os resultados apontam para a existência de

potenciais de comércio justamente naqueles produtos que já participam fortemente da

pauta brasileira com destino àquele mercado. De acordo com os resultados apresentados,

tal percepção deve-se ao fato de que muitos dos produtos tidos como complementares nas

relações de comércio entre Brasil e China caracterizam-se pela interferência de diversos

fatores de atrito relacionados ao comércio entre os países, ao que pesam a distância entre

os países, os custos de transporte relacionados a essa distância, as barreiras comerciais

existentes na China, a manipulação cambial de sua moeda, os obstáculos culturais existentes

entre os países, dentre outros.

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149

APÊNDICE

Apêndice A: Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras e

“pontos fracos” das importações chinesas.

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continua).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 010290 Outros bovinos vivos 0,64 106,96

010511 Galos e galinhas vivos, das espécies domésticas, de peso não superior a 185 g 0,42 12,39

020130 Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas -carnes 0,55 6,33

020230 Carnes de bovino, desossadas, congeladas - carnes 0,89 32,18

020629 Outras miudezas comestíveis de bovino, congeladas 0,82 853,12

020714 Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados 0,92 638,25

021099 Carnes de outros animais, comestíveis, salgadas, secas ou defumadas; miudezas, farinhas e pós

0,95 1.720,39

030110 Peixes ornamentais vivos - pescados 0,16 22,80

040700 Ovos de aves, com casca, frescos, conservados ou cozidos 0,39 5,61

050400 Tripas, bexigas e estômagos de animais, exceto peixes, inteiros ou em pedaços, frescos, refrigerados, congelados, salgados, secos ou defumados

0,72 3,41

050790 Carapaças de tartarugas, barbas, chifres, galhadas, cascos, em bruto ou simplesmente preparados; seus pós e desperdícios

0,43 97,89

051000 Âmbar-cinzento, castóreo, algália e almíscar; bílis, mesmo seca; glândulas e outras substâncias de origem animal utilizadas na preparação de produtos farmacêuticos, frescas, refrigeradas, congeladas ou provisoriamente conservadas de outro modo

0,86 3,17

051191 Produtos de peixes ou crustáceos, moluscos ou de outros invertebrados aquáticos, animais mortos do capítulo 3, impróprios para alimentação humana

0,40 19,13

051199 Outros produtos de origem animal, impróprios para alimentação humana; animais mortos

0,46 8,64

060110 Bulbos, tubérculos, raízes tuberosas, rebentos e rizomas, em repouso vegetativo 0,01 1,69

071339 Outros feijões (Vigna spp. ou Phaseolus spp.), secos, em grão, mesmo pelados ou partidos

0,05 6,36

080132 Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca 0,74 75.552,67

080420 Figos frescos ou secos 0,18 2,94

080450 Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos 0,72 11.767,53

080550 Limões e limas, frescos ou secos 0,37 36,29

080610 Uvas frescas 0,12 2,64

090300 Mate 0,96 20,71

090411 Pimenta (do gênero piper), seca, não triturada nem em pó 0,83 738,19

090700 Cravo-da-índia (frutos, flores e pedúnculos) 0,36 76,81

100510 Milho para semeadura 0,39 26,00

100590 Milho, exceto para semeadura 0,71 19,05

100610 Arroz (paddy) com casca 0,52 2,11

100630 Arroz semibranqueado ou branqueado, mesmo polido ou brunido (glaceado) 0,31 2,14

100640 Arroz quebrado (trinca de arroz) 0,69 3.097,28

110220 Farinha de milho 0,79 236,94

110620 Farinhas, sêmolas e pós, de sagu ou de raízes e tubérculos da posição 0714 0,30 60,20

120100 Soja, mesmo triturada 0,92 1.003,52

120220 Amendoins descascados, mesmo não triturados, não torrados nem de outro modo cozidos

0,41 108,45

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas 0,49 27,62

120929 Outras sementes forrageiras, para semeadura 0,83 34,35

130190 Outras gomas, resinas, gomas-resinas, oleorresinas, naturais 0,65 4,65

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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150

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 130219

Sucos e extratos de outros vegetais (mamão seco, semente de pomelo, ginkgo biloba seco)

0,09 1,06

130220 Matérias pécticas, pectinatos e pectatos 0,65 5,16

140420 Línteres de algodão 0,59 15.916,19

150710 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 0,89 15.222,35

150790 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados

0,80 1.943,82

150810 Óleo de amendoim, em bruto 0,79 3.209,69

151521 Óleo de milho, em bruto 0,72 275,21

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados

0,14 2,49

151710 Margarina, exceto a margarina líquida 0,43 29,78

152000 Glicerol em bruto; águas e lixívias, glicéricas 0,81 1.481,77

152110 Ceras vegetais, mesmo refinadas ou coradas (exceto triglicerídeos) 0,95 221,53

152190 Ceras de abelhas ou de outros insetos e espermacete, mesmo refinados ou corados 0,51 26,07

160100 Enchidos e produtos semelhantes de carne, miudezas ou sangue; preparações alimentícias à base de tais produtos

0,44 99,26

160232 Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas 0,72 9.550,95

160250 Preparações alimentícias e conservas, de bovinos 0,90 3.043,95

160300 Extratos e sucos de carnes, de peixes ou de crustáceos ou de outros invertebrados aquáticos

0,83 9.669,00

170111 Açúcar de cana, em bruto, sem adição de aromatizantes ou de corantes 0,95 1.852.251,1

6

170199 Outros açúcares de cana, de beterraba e sacarose quimicamente pura, no estado sólido 0,88 13.392,61

170410 Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar 0,53 8,12

170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau 0,13 5,59

180310 Pasta de cacau, não desengordurada 0,03 20,10

180400 Manteiga, gordura e óleo de cacau 0,33 381,38

180500 Cacau em pó, sem adição de açúcar ou outros edulcorantes 0,45 3,44

190300 Tapioca e seus sucedâneos preparados a partir de féculas, em flocos, grumos, grãos, pérolas ou formas semelhantes

0,15 331,49

190520 Pão de especiarias 0,50 1,23

200830 Cítricos preparados ou conservados 0,53 47,37

200911 Sucos de laranjas, congelados, não fermentados 0,94 4.109.597,2

2

200912 Sucos de laranja não congelados, não fermentados, com valor Brix <= 20 0,88 65,58

200919 Outros sucos de laranjas, não fermentados 0,93 268.915,85

200939 Outros sucos de outros cítricos, não fermentados 0,46 5,76

200949 Outros sucos de abacaxi, não fermentados 0,00 7.622,08

200969 Outros sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não fermentados 0,16 29,51

200979 Outros sucos de maçã, não fermentados 0,04 686,87

200980 Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados 0,47 12,47

210111 Extratos, essências e concentrados de café 0,81 613,56

210220 Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos 0,79 56,12

210420 Preparações alimentícias compostas, homogeneizadas 0,19 121,85

210610 Concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas 0,43 3,47

220710 Álcool etílico não desnaturado com volume de teor alcoólico => 80% 0,89 19,31

230110 Farinhas, pós e pellets de carnes ou de miudezas, impr.p/aliment.humana; torresmos 0,18 97,49

230210 Sêmeas, farelos e outros resíduos de milho 0,21 5,48

230400 Tortas e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja 0,89 676,22

230800 Matérias vegetais, subprodutos, resíduos e desperdícios vegetais, utilizados na alimentação de animais

0,78 224,64

240110 Fumo não manufaturado, não destalado 0,35 4,85

240120 Fumo não manufaturado, total ou parcialmente destalado 0,91 151,48

240130 Desperdícios de fumo 0,87 105,09

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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151

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 240391 Fumo manufaturado, homogeneizado ou reconstituído 0,41 46,78

240399 Extratos, molhos e outros produtos do fumo e seus sucedâneos, manufaturados 0,29 225,25

250410 Grafita natural, em pó ou em escamas 0,62 15,95

250490 Outras formas de grafita natural 0,25 2,75

250610 Quartzo 0,21 8,42

250620 Quartzitos, mesmo desbastados ou cortados, em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular

0,35 108,98

250700 Caulim e outras argilas caulínicas, mesmo calcinadas 0,80 23,44

251400 Ardósia, inclusive desbastada ou cortada em blocos ou placas 0,19 58.848,68

251611 Granito em bruto ou desbastado 0,77 4.898,82

251612 Granito, cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular 0,95 1.726,23

251830 Aglomerados de dolomita 0,29 37,41

251990 Magnésia eletrofundida, magnésia calcinada a fundo e outros óxidos de magnésio 0,33 3,02

252490 Outras formas de amianto (asbesto) 0,84 7,96

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares 0,47 6,73

253010 Vermiculita, perlita e cloritas, não expandidas 0,50 5,58

260111 Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 0,87 5.308.632,8

260112 Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 0,91 1.633.948,8

260200 Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor de manganês de => 20%, em peso, sobre o produto seco

0,61 266,05

260300 Minérios de cobre e seus concentrados 0,36 1,38

260400 Minérios de níquel e seus concentrados 0,04 111,03

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados 0,70 34,05

260900 Minérios de estanho e seus concentrados 0,49 15,05

261100 Minérios de tungstênio e seus concentrados 0,02 6,91

261590 Minérios de nióbio, tântalo ou vanádio, e seus concentrados 0,62 23,40

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 0,01 1,53

271600 Energia elétrica 0,02 19,66

280469 Outros silícios 0,82 24,32

281810 Corindo artificial, quimicamente definido ou não 0,15 1,25

281820 Óxidos de alumínio, exceto corindo artificial 0,85 107,07

281830 Hidróxido de alumínio 0,30 4,96

282090 Outros óxidos de manganês 0,74 45,62

282110 Óxidos e hidróxidos de ferro 0,46 2,66

282410 Monóxido de chumbo (litargírio, massicote) 0,38 6,75

282590 Outras bases inorgânicas; óxidos, hidróxidos e peróxidos de outros metais 0,71 33,23

282760 Iodetos e oxiiodetos 0,68 3,96

282990 Bromatos e perbromatos, iodatos e periodatos; percloratos 0,79 3,87

284310 Metais preciosos no estado coloidal 0,22 65,30

284321 Nitrato de prata 0,76 103,10

284329 Outros compostos de prata 0,59 28,38

284330 Compostos de ouro 0,29 73,59

284700 Peróxido de hidrogênio (água oxigenada), mesmo solidificado com uréia 0,58 6,62

284910 Carboneto de cálcio, quimicamente definido ou não 0,37 4,56

284920 Carboneto de silício, quimicamente definido ou não 0,56 28,44

290122 Propeno (propileno) não saturado 0,25 202,90

290123 Buteno (butileno) não saturado e seus isômeros 0,09 40,81

290124 Buta-1, 3-dieno e isopreno não saturados 0,32 8,25

290129 Outros hidrocarbonetos acíclicos não saturados 0,60 2,83

290219 Outros hidrocarbonetos ciclânicos, ciclênicos, cicloterpênicos 0,07 1,20

290220 Benzeno 0,31 41.525,08

290230 Tolueno 0,17 385,84

290315 1, 2-Dicloroetano (cloreto de etileno) 0,36 4,44

290319 Outros derivados clorados saturados dos hidrocarbonetos acíclicos 0,60 6,89

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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152

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 290514 Outros butanóis 0,23 4,63

290532 Propilenoglicol (propano-1, 2-diol) 0,36 2,31

290543 Manitol 0,65 3,94

290613 Esteróis e inositóis 0,30 1,96

290919 Outros éteres acíclicos e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados 0,48 41,44

290944 Outros éteres monoalquílicos do etilenoglicol ou do dietilenoglicol 0,67 4,69

291412 Butanona (metiletilcetona) 0,03 48,09

291440 Cetonas-álcoois e cetonas-aldeídos 0,66 1,41

291531 Acetato de etila 0,48 13,25

291614 Ésteres do ácido metacrílico 0,51 5,05

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres 0,22 5,42

291735 Anidrido ftálico 0,22 2,90

291811 Ácido láctico, seus sais e ésteres 0,29 1,10

291814 Ácido cítrico 0,36 1,31

291819 Outros ácidos carboxílicos de função álcool, mas sem outra função oxigenada, seus anidridos, halogenetos, peróxidos, perácidos e seus derivados

0,36 4,88

291821 Ácido salicílico e seus sais 0,87 69,85

292143 Toluidinas e seus derivados e sais 0,06 1,33

292241 Lisina e seus ésteres e sais 0,80 38,30

292242 Ácido glutâmico e seus sais 0,86 201,63

292320 Lecitinas e outros fosfoaminolipídios 0,66 14,50

292610 Acrilonitrila 0,22 18,60

293810 Rutosídeo (rutina) e seus derivados 0,70 8,30

300431 Medicamentos contendo insulina, mas não antibióticos, em doses, para venda a retalho 0,47 9,24

300510 Pensos adesivos e outros artigos com uma camada adesiva, impregnados ou recobertos de substâncias farmacêuticas ou acondicionados para venda a retalho, para usos medicinais, cirúrgicos dentários ou veterinários,

0,35 4,43

300610 Categutes esterilizados e materiais esterilizados semelhantes para suturas cirúrgicas; laminárias esterilizadas, hemostáticos absorvíveis esterilizados, barreiras antiaderentes esterilizadas, para cirugia ou odontologia.

0,21 4,27

300660 Preparações químicas contraceptivas à base de hormônios, de outros produtos da posição 2937 ou de espermicidas

0,19 1,23

310560 Adubos ou fertilizantes contendo fósforo e potássio 0,84 10,10

320619 Outros pigmentos e preparações à base de dióxido de titânio 0,22 1,21

320720 Composições vitrificáveis, engobos e preparações semelhantes 0,06 2,28

320810 Tintas, vernizes e soluções à base de poliésteres, dispersos ou dissolvidos em meio não aquoso

0,03 3,87

321310 Cores em sortidos para pintura artística, atividades educativas e similares 0,32 18,24

330112 Óleo essencial de laranja 0,91 28,45

330113 Óleo essencial de limão 0,03 1,12

330119 Óleo essencial de outros cítricos 0,49 3,32

330190 Soluções concentradas, subprodutos terpênicos e soluções aquosas de óleos essenciais; óleoressinas de extração

0,86 21,22

330520 Preparações para ondulação ou alisamento permanentes dos cabelos 0,13 34,15

330590 Outras preparações capilares 0,20 3,88

330610 Dentifrícios 0,35 2,68

330620 Fios utilizados para limpar espaços interdentais (fio dental) 0,59 4,57

330690 Outras preparações para higiene bucal ou dentária 0,31 2,12

340111 Sabões, produtos ou preparações tensoativos de toucador, incluídos os de uso medicinal 0,29 4,32

350211 Ovalbumina seca 0,15 3.694,63

350300 Gelatinas e seus derivados; ictiocola e outras colas de origem animal, exceto cola de caseína

0,80 18,64

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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153

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 360490

Foguetes de sinalização ou contra o granizo, bombas, petardos e outros artigos de pirotecnia

0,17 25,50

360500 Fósforos, exceto os artigos de pirotecnia 0,40 3,28

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

0,21 2,11

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

0,12 1,46

370320 Outros papéis, cartões, têxteis, para fotografia a cores, sensibilizados, não impressionados

0,17 6,92

380130 Pastas carbonadas para eletrodos e pastas semelhantes para revestimento interior de fornos

0,41 3,47

380510 Essências de terebintina, de pinheiro ou da pasta de papel ao sulfato 0,76 427,46

380590 Outras essências terpênicas da destilação ou do tratamento de madeiras 0,79 41,87

380610 Colofônias e ácidos resínicos 0,48 4,38

380690 Outras essências e derivados de colofônias ou de ácidos resínicos e óleos de colofônia 0,19 1,47

380992 Outros agentes de apresto ou acabamento para a indústria do papel 0,09 2,83

382000 Preparações anticongelantes e líquidos preparados para descongelação 0,33 3,68

382319 Outros ácidos graxos monocarboxílicos industriais e óleos ácidos de refinação 0,02 1,34

390110 Polietileno de densidade < 0,94, em forma primária 0,31 1,58

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária 0,26 1,38

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias 0,25 1,87

390210 Polipropileno, em forma primária 0,14 1,41

390220 Polisobutileno, em forma primária 0,06 2,85

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias 0,03 1,55

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias 0,20 2,81

391220 Nitrato de celulose, em forma primária 0,84 29,96

391739 Outros tubos flexíveis de plástico, inclusive com acessórios 0,71 5,39

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,34 1,15

400270 Borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM) não conjugada, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,14 2,25

400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,19 1,27

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou tiras 0,19 1,17

400610 Perfis para recauchutagem, de borracha não vulcanizada 0,29 1.268,00

400821 Chapas, folhas e tiras de borracha vulcanizada não alveolar, não endurecida 0,16 2,29

401140 Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em motocicletas 0,68 2,28

401163 Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em veículos e máquinas próprios para construções ou manutenção industrial, para aros de diâmetro > 61 cm, com bandas de rodagem em forma de espinha de peixe e semelhantes

0,67 3,44

401290 Flaps, protetores, bandas de rodagem, para pneus de borracha 0,71 12,76

410411 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue), plena flor, não divididos; divididos, com a flor

0,84 29,89

410419 Outros couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue)

0,69 156,34

410441 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado seco (crust), plena flor; não divididos; divididos, com a flor

0,90 97,19

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue) 0,07 1,93

410692 Couros e peles depilados de outros animais, mesmo divididos, curtidos, no estado seco (crust)

0,64 38,05

410711 Couros e peles inteiros, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem e couros e peles apergaminhados, depilados, plena flor, não divididos

0,61 239,13

410712 Couros e peles inteiros, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem e couros e peles apergaminhados, depilados, divididos, com a flor

0,82 413,19

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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154

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 410719

Outros couros e peles inteiros, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem e couros e peles apergaminhados, depilados

0,67 62,80

410792 Couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem, divididos, com a flor

0,67 115,92

410799 Outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem

0,37 15,09

420500 Outras obras de couro natural ou reconstituído 0,11 17,11

420600 Obras de tripa, de baudruches, de bexiga ou de tendões 0,88 718,22

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida 0,46 159,27

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas 0,30 304,93

440729 Outras madeiras tropicais (cedro, ipê, pau-marfim, louro, etc), serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

0,67 61,19

440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm 0,37 28,78

440810 Folhas de madeira para folheados e para compensados, de coníferas, de espessura <= 6 mm

0,23 111,24

440839 Folhas para folheados e para compensados, de outras madeiras tropicais, de espessura <= 6 mm

0,01 5,49

440910 Madeira de coníferas, perfilada 0,71 865,19

440929 Outras madeiras perfiladas de não coníferas 0,80 526,95

441192 Painéis de fibra de madeira ou de outras matérias lenhosas, mesmo aglomeradas com resinas ou outros algutinantes orgânicos, com densidade superior a 0,8g/cm3

0,11 7,30

441239 Outras madeiras compensadas constituídas por folhas de madeira, cada uma das quais de espessura não superior a 6 mm

0,77 1.529,83

441400 Molduras de madeira, para quadros, fotografias, espelho ou objetos semelhantes 0,04 11,40

441510 Caixotes, caixas, engradados, barricas e embalagens semelhantes, de madeira; carretéis para cabos, de madeira

0,34 27,28

441700 Ferramentas, armações e cabos de ferramentas, de escovas e de vassouras, de madeira; formas, alargadeiras e esticadores, de madeira, para calçados

0,82 238,43

441820 Portas e respectivos caixilhos, alizares e soleiras, de madeira 0,53 74,71

441872 Outros painéis montados para soalhos, de camadas múltiplas 0,03 222,37

470200 Pasta química de madeira, para dissolução - celulose 0,76 24,00

470329 Pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada - celulose

0,91 16.868,55

480254 Papéis e cartões, não revestidos, contendo <= 10%, em peso, de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, de peso < a 40 g/m2, em rolos

0,65 1,42

480255 Papéis e cartões, não revestidos, contendo <= 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, de peso => 40 g/m2 mas não > 150 g/m2, em rolos

0,51 4,56

480256 Papéis e cartões, não revestidos, contendo <= 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico -mecânico, de peso => 40 g/m2 mas não > 150 g/m2, em folhas nas quais um lado <= 435 mm e o outro <= 297 mm, quando não dobradas

0,73 18,98

480257 Outros papéis e cartões não revestidos, contendo <= 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, de peso => 40 g/m2 mas não > 150 g/m2, em rolos ou folhas

0,46 3,56

480262 Papéis e cartões, não revestidos, contendo > 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, em folhas nas quais um lado <= 435 mm e o outro <= 297 mm, quando não dobradas

0,19 18,39

480411 Papel e cartão kraftliner, não revestidos, para cobertura, crus, em rolos ou folhas 0,39 48,71

480431 Papel e cartão kraft, crus, não revestidos, de peso <= 150 g/m2, em rolos ou folhas 0,36 4,98

480820 Papel kraft para sacos de grande capacidade encrespado, mesmo gofrado, estampado ou perfurado, em rolos ou folhas

0,80 503,27

480830 Outros papéis kraft, encrespados ou plissados, mesmo gofrados, estampados ou perfurados, em rolos ou folhas

0,15 3,38

481029 Outros papéis e cartões, para escrita ou impressão, revestidos de caulim, contendo mais de 10% das fibras obtidas por processo mecânico, em rolos ou folhas

0,59 3,95

481092 Outros papéis e cartões de camadas múltiplas, exceto dos tipos utilizados para escrita ou finalidades gráficas, revestidos de caulim, em rolos ou em folhas

0,20 4,71

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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155

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 481159

Outros papéis e cartões coloridos ou decorados à superfície ou impressos, revestidos, impregnados ou recobertos de plástico, em rolos ou folhas

0,21 2,57

481320 Papel para cigarros, em rolos de largura <= 5 cm 0,38 4,52

481390 Outros papéis para cigarros 0,46 37,93

481930 Sacos de papel ou cartão, cuja base tenha largura => 40 cm 0,65 20,66

482020 Cadernos 0,53 7,36

500400 Fios de seda, não acondicionados para venda a retalho 0,73 29,35

520100 Algodão, não cardado nem penteado 0,67 4,08

520420 Linhas para costurar, de algodão, para venda a retalho 0,33 8,83

520710 Fios de algodão, para venda a retalho, contendo => 85% em peso de algodão 0,23 23,99

520922 Tecido de algodão branqueado, em ponto sarjado, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,64 31,76

520942 Tecidos de algodão, fios de diversas cores, denim, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,12 3,80

521120 Tecidos de algodão, branqueados, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,67 10,95

521149 Outros tecidos de algodão, de fios de diversas cores, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,09 4,49

521151 Tecido de algodão estampado, em ponto de tafetá, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,39 26,16

530500 Cairo (fibras de coco), abacá (cânhamo-de-manilha ou Musa textilis Nee), rami e outras fibras têxteis vegetais não especificadas nem compreendidas noutras posições, em bruto ou trabalhados, mas não fiados; estopas e desperdícios destas fibras (incluídos o

0,69 667,89

530890 Fios de outras fibras têxteis vegetais 0,73 735,62

540239 Outros fios texturizados de filamentos sintéticos 0,19 1,37

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos 0,33 4,70

550120 Cabos de poliésteres 0,87 308,39

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 0,04 1,84

550200 Cabos de filamentos artificiais 0,07 45,90

560311 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso <= 25 g/m2 0,59 3,35

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2 0,08 1,70

560721 Cordéis de sisal ou de outras fibras têxteis do gênero agave, para atadeiras ou enfardadeiras

0,95 698.322,58

560729 Outros cordéis, cordas e cabos, de sisal ou de outras fibras têxteis agave 0,45 13,58

560890 Outras redes de malhas com nós, em pano ou em peça, de matérias têxteis 0,11 1,82

570490 Outros tapetes e revestimentos para pavimentos, de feltro 0,01 13,24

580126 Tecidos de froco (chenille), de algodão 0,35 7,68

580219 Outros tecidos atoalhados, de algodão 0,72 46,42

580632 Outras fitas de fibras sintéticas ou artificiais 0,06 1,94

590800 Mechas de matérias têxteis, tecidas, entrançadas ou tricotadas, para candeeiros, velas e semelhantes

0,13 12,83

591132 Tecidos e feltros sem fim, utilizados em máquinas para fabricação de papel, de peso => 650 g/m2

0,32 1,68

611220 Macacões e conjuntos, de esqui, de malha 0,22 72,41

640220 Calçados de borracha ou plástico, com parte superior em tiras ou correias, com saliências (espigões) que se encaixam na sola - sapatos

0,71 27,29

640359 Outros calçados, com sola exterior de couro natural, parte superior de couro natural - sapatos

0,01 11,69

640399 Outros calçados, parte superior de couro natural - sapatos 0,11 7,84

640610 Partes superiores de calçados e seus componentes, exceto contrafortes e biqueiras rígidas - sapatos

0,44 3,69

640620 Solas exteriores e saltos, de borracha ou plástico - calçados sapatos 0,01 1,50

680100 Pedras para calcetar, meios-fios e placas (lajes), para pavimentação, de pedra natural 0,55 314,19

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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156

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 680223 Granito, talhado ou serrado, de superfície plana ou lisa 0,28 21,39

680229 Outras pedras de cantaria, talhadas ou serradas, de superfície plana ou lisa 0,78 38,22

680293 Granitos trabalhados de outro modo e suas obras 0,78 517,91

680299 Outras pedras de cantaria trabalhadas de outro modo e suas obras 0,00 15,31

680300 Ardósia natural trabalhada e obras de ardósia natural ou aglomerada 0,70 290,05

681140 Obras de fibrocimento, cimento-celulose ou semelhantes, contendo amianto 0,75 1.845,24

681381 Guarnições para freios, não montadas, não contendo amianto 0,78 3,09

681389 Outras guarnições de fricção, não montadas, não contendo amianto 0,68 3,92

681410 Placas, folhas ou tiras, de mica aglomerada ou reconstituída 0,33 1,11

681591 Outras obras contendo magnesita, dolomita ou cromita 0,64 181,33

690890 Outros ladrilhos e artigos semelhantes, de cerâmica, vidrados ou esmaltados 0,28 10,52

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados 0,23 2,28

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados

0,56 21,14

700910 Espelhos retrovisores para veículos 0,02 1,14

701342 Objetos para serviço de mesa, de vidro (exceto de vitrocerãmica), com coeficiente de dilatação linear não superior a 5x10-6 por Kelvin, entre 0°C e 300°C

0,64 5,52

710310 Pedras preciosas ou semipreciosas, em bruto ou simplesmente serradas ou desbastadas 0,73 18,38

710399 Outras pedras preciosas ou semipreciosas, trabalhadas de outro modo 0,45 91,72

710813 Ouro (incluído o ouro platinado) em outras formas semimanufaturadas, para usos não monetários

0,58 637,27

711299 Resíduos e desperdícios de prata ou de metais folheados ou chapeados de prata 0,22 1.375,18

711320 Artefatos de joalharia, de metais comuns folheados ou chapeados de metais preciosos - jóias

0,56 45,42

711510 Telas ou grades catalisadoras, de platina 0,62 377,53

720110 Ferro fundido bruto não ligado, contendo, em peso <= 0,5% de fósforo 0,88 5.124,37

720120 Ferro fundido bruto não ligado, contendo, em peso > 0,5% de fósforo 0,74 11.091,37

720221 Ferrossilício, contendo em peso > 55% de silício 0,62 15,84

720229 Outras ligas de ferrossilício 0,63 5,65

720230 Ferrossilício-manganês 0,21 13,44

720260 Ferroníquel 0,22 5.387,05

720293 Ferronióbio 0,96 3.792,10

720299 Outros ferroligas 0,47 9,43

720690 Ferro e aços não ligados, em outras formas primárias 0,53 348,42

720711 Produtos semimanufaturados, de ferro ou aços, não ligados, contendo em peso < 0,25% de carbono, de seção transversal quadrada ou retangular e largura < 2 vezes a espessura - siderúrgicos

0,52 637,10

720712 Outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços, não ligados, contendo em peso < 0,25% de carbono, de seção transversal retangular - siderúrgicos

0,85 538.363,83

720720 Outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços, não ligados, contendo em peso => 0,25% de carbono - siderúrgicos

0,53 103,34

720837 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a quente, de espessura => 4,75 mm e <= 10 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,04 1,29

720838 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a quente, de espessura => 3 mm e < 4,75 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,01 1,33

720839 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a quente, de espessura < 3 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,17 1,81

720852 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, não enrolados, laminados a quente, de espessura => 4,75 mm e <= 10 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,08 2,08

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

Page 159: LEONARDO FERRAZ XAVIER - UFPE · 2019-10-25 · Catalogação na Fonte Bibliotecária Ângela de Fátima Correia Simões, CRB4-773 X3e Xavier, Leonardo Ferraz Exportações entre

157

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 720915

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de espessura => 3 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,11 31,91

721012 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, estanhados, de espessura < 0,5 mm - siderúrgicos

0,32 7,05

721114 Outros produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura < 600 mm, laminados a quente, de espessura => 4,75 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,07 4,62

721391 Fio-máquina de ferro ou aços não ligados, de seção circular de diâmetro < 14 mm - siderúrgicos

0,25 1,44

721420 Barras de ferro ou aços não ligadas, laminadas a quente, dentadas, com nervuras, sulcos ou relevos, obtidos durante a laminagem, ou torcidas após a laminagem - siderúrgicos

0,15 3,53

721621 Perfis de ferro ou aços não ligados, em L, laminados, estirados ou extrudados a quente, de altura < 80 mm - siderúrgicos

0,27 3,42

721622 Perfis de ferro ou aços não ligados, em T, laminados, estirados ou extrudados a quente, de altura < 80 mm - siderúrgicos

0,09 2,13

721720 Fios de ferro ou aços não ligados, galvanizados - siderúrgicos 0,02 1,10

721921 Produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados a quente, de largura => 600 mm, não enrolados, de espessura > 10 mm - siderúrgicos

0,09 2,20

722490 Produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços - siderúrgicos 0,87 17,68

722591 Produtos laminados planos, de outras ligas de aços, de largura => 600 mm, galvanizados eletroliticamente - siderúrgicos

0,12 326,13

722592 Produtos laminados planos, de outras ligas de aços, de largura => 600 mm, galvanizados por outro processo - siderúrgicos

0,13 4,94

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos 0,32 39,89

722790 Outros fio-máquinas de outras ligas de aços - siderúrgicos 0,14 4,86

722850 Barras de outras ligas de aços, obtidas ou completamente acabadas a frio - siderúrgicos 0,29 6,90

730240 Talas de junção e placas de apoio ou assentamento, de ferro fundido, ferro ou aço 0,10 1,10

730290 Outros elementos de vias férreas, de ferro fundido, ferro ou aço 0,07 1,54

730419 Outros tubos, sem costura, de ferro ou aço, para oleodutos e gasodutos 0,05 1,06

730429 Outros tubos de revestimento de poços, de suprimento ou de produção, de ferro ou aço, sem costura, utilizados na extração de petróleo e gás

0,03 3,87

730511 Tubos de ferro ou aço, de seção circular, de diâmetro exterior > 406,4 mm, soldados longitudinalmente por arco imerso, utilizados para oleodutos ou gasodutos

0,24 103,84

730711 Acessórios moldados para tubos, de ferro fundido não maleável 0,20 3,86

730719 Outros acessórios moldados para tubos, de ferro fundido, ferro ou aço 0,13 1,80

730900 Reservatórios, tonéis, cubas e recipientes semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço, de capacidade > 300 litros, sem dispositivos mecânicos nem térmicos

0,20 2,11

731100 Recipientes para gases comprimidos ou liquefeitos, de ferro fundido, ferro ou aço 0,19 1,44

731300 Arame farpado, arames ou tiras retorcidos, de ferro ou aço, dos tipos utilizados em cercas

0,48 2,10

731582 Correntes de elos soldados, de ferro fundido, ferro ou aço 0,41 2,28

732620 Obras de fios de ferro ou aço 0,00 3,81

740829 Outros fios de ligas de cobre 0,27 3,71

741819 Outros artefatos de uso doméstico e suas partes, de cobre 0,62 8,13

750220 Ligas de níquel, em formas brutas 0,62 40,69

750512 Barras e perfis, de ligas de níquel 0,32 5,04

760110 Alumínio não ligado em forma bruta 0,49 4,12

760711 Folhas e tiras, de alumínio, de espessura <= 0,2 mm, sem suporte, simplesmente laminadas

0,05 1,27

761519 Outros artefatos e suas partes, de alumínio, de uso da espécie doméstica 0,03 4,03

790111 Zinco não ligado, em formas brutas, contendo, em peso, => 99,99% de zinco 0,10 1,48

790112 Zinco não ligado, em formas brutas, contendo, em peso, < 99,99% de zinco 0,13 4,21

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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158

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 800120 Ligas de estanho, em formas brutas 0,14 14,31

810390 Outras obras de tântalo 0,54 64,29

811299 Obras e outros produtos de gálio, germánio, háfnio, índio, nióbio, rênio e vanádio 0,87 185,21

820110 Pás, de metais comuns 0,30 28,04

820130 Alviões, picaretas, enxadas, sachos, ancinhos e raspadeiras, de metais comuns 0,24 19,04

820140 Machados, podões e ferramentas semelhantes com gume, de metais comuns 0,52 11,96

820240 Correntes cortantes de serras, de metais comuns 0,67 8,56

820291 Folha de serras retilíneas, para trabalhar metais, de metais comuns 0,55 32,62

820310 Limas e grosas, de metais comuns 0,49 2,67

820750 Ferramentas intercambiáveis de furar, de metais comuns 0,16 1,62

821191 Facas de mesa, de lâmina fixa, de metais comuns 0,60 6,29

821192 Outras facas de lâmina fixa, de metais comuns 0,48 4,76

821210 Navalhas e aparelhos, de barbear, de metais comuns 0,37 4,24

830710 Tubos flexíveis de ferro ou aço, mesmo com acessórios 0,91 25,89

830910 Cápsulas de coroa, de metais comuns, para embalagem 0,21 28,89

840220 Caldeiras denominadas de água superaquecida 0,42 21,49

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW 0,59 1,47

840710 Motores para aviação 0,07 1,21

840733 Motores de pistão alternativo, de ignição por centelha, para propulsão de veículos do capítulo 87, de cilindrada > 250 cm3 e <= 1.000 cm3

0,66 227,96

840734 Motores de pistão alternativo, de ignição por centelha, para propulsão de veículos do capítulo 87, de cilindrada > 1.000 cm3

0,13 2,40

840820 Motores de pistão, de ignição por compressão, diesel ou semi-diesel, utilizados para propulsão de veículos do capítulo 87

0,02 1,06

840999 Outras partes para motores diesel ou semidiesel 0,45 1,66

841012 Turbinas e rodas hidráulicas, de potência > 1.000 kW e <= 10.000 kW 0,26 52,88

841013 Turbinas e rodas hidráulicas, de potência > 10.000 kW 0,81 2,82

841090 Partes de turbinas e rodas hidráulicas, incluídos os reguladores 0,55 1,22

841311 Bombas para distribuição de combustíveis ou lubrificantes, com dispositivo medidor, utilizadas em postos de serviço ou garagens

0,34 51,70

841392 Partes de elevadores de líquidos 0,17 1,42

841430 Compressores para equipamentos frigoríficos 0,53 1,77

841931 Secadores para produtos agrícolas 0,49 2,13

841932 Secadores para madeiras, pastas de papel, papéis ou cartões 0,23 2,31

841940 Aparelhos de destilação ou de retificação 0,02 1,97

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos 0,35 1,32

842481 Outros aparelhos para agricultura ou horticultura, para projetar ou pulverizar líquidos ou pós

0,54 1,20

842832 Outros aparelhos elevadores ou transportadores de mercadorias, de caçamba 0,46 7,53

842911 Bulldozers e angledozers, de lagartas, autopropulsores 0,84 7,14

842920 Niveladores 0,90 18,07

843210 Arados e charruas 0,08 106,46

843230 Semeadores, plantadores e transplantadores 0,62 6,12

843290 Partes de máquinas e aparelhos agrícolas, hortícolas ou florestais, para preparação do solo

0,25 3,46

843351 Ceifeiras-debulhadoras 0,54 38,13

843352 Outras máquinas e aparelhos para debulhar 0,19 32,26

843359 Outras máquinas e aparelhos para colheita 0,80 4,29

843590 Partes de máquinas e aparelhos para fabricação de vinho, sidra, suco de frutas ou bebidas semelhantes

0,26 2,83

843710 Máquinas para limpeza, seleção ou peneiração de grãos ou de produtos hortícolas secos 0,55 2,68

843830 Máquinas e aparelhos para a indústria de açúcar 0,73 1.213,58

843860 Máquinas e aparelhos para preparação de frutas ou produtos hortícolas 0,09 1,76

843920 Máquinas e aparelhos para fabricação de papel ou cartão 0,49 16,22

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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159

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Continuação).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis 0,40 1,21

844831 Guarnições de cardas 0,35 2,95

845019 Outras máquinas de lavar roupa, de capacidade <= 10 kg em peso de roupa seca 0,19 151,47

845230 Agulhas para máquinas de costura 0,25 1,27

845320 Máquinas e aparelhos para fabricar ou consertar calçados 0,30 3,61

845530 Cilindros de laminadores, de metais 0,47 2,21

846781 Serras de corrente, hidráulicas o de motor não elétrico, de uso manual 0,55 2,93

846789 Outras ferramentas hidráulicas ou de motor não elétrico, de uso manual 0,06 1,09

847432 Máquinas para misturar matérias minerais com betume 0,56 13,20

847490 Partes de máquinas e aparelhos da posição 8474 0,28 1,97

847920 Máquinas e aparelhos para extração ou preparação de óleos ou gorduras vegetais fixos ou de óleos ou gorduras animais

0,37 8,87

848310 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas

0,41 1,00

850152 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 750 W e <= 75 kW

0,51 5,24

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW 0,65 3,43

850212 Grupos eletrogêneos de motor de pistão, de ignição por compressão, de potência > 75 kVA e <= 375 kVA

0,36 3,21

850300 Partes reconhecíveis como destinadas às máquinas das posições 8501ou 8502 0,09 1,36

850421 Transformadores de dielétrico líquido, de potência <= 650 kVA 0,28 1,89

850422 Transformadores de dielétrico líquido, de potência > 650 kVA e <= 10.000 kVA 0,05 3,86

850423 Transformadores de dielétrico líquido, de potência > 10.000 kVA 0,29 2,25

850710 Acumuladores elétricos, de chumbo, utilizados para arranque dos motores de pistão 0,09 3,69

851110 Velas de ignição para motores de ignição por centelha ou por compressão 0,11 2,03

851761 Estações base de telecomunicações para a transmissão ou recepção de voz, imagens ou outros dados

0,01 2,25

853210 Condensadores fixos para linhas elétricas de 50/60 Hz e capazes de absorver uma potência reativa => 0,5 kvar

0,33 1,14

853225 Condensadores fixos com dielétricos de papel ou de plásticos 0,23 2,28

853510 Fusíveis e corta-circuito de fusíveis, para tensão > 1.000 V 0,21 1,94

854610 Isoladores de vidro, para usos elétricos 0,79 2,46

870120 Tratores rodoviários para semi-reboques 0,34 5,09

870190 Outros tratores 0,32 4,61

870210 Veículos automóveis para transporte => 10 pessoas, com motor de pistão, de ignição por compressão - ônibus microônibus

0,11 1,43

870422 Veículos automóveis para transporte de mercadorias, com motor de pistão, de ignição por compressão, de peso em carga máxima > 5 t e <= 20 t - caminhão caminhões

0,39 45,58

870423 Veículos automóveis para transporte de mercadorias, com motor de pistão, de ignição por compressão, de peso em carga máxima > 20 t - caminhão caminhões

0,24 4,91

870431 Veículos automóveis para transporte de mercadorias, com motor de pistão, de ignição por centelha, de peso em carga máxima <= 5 t - caminhão caminhões carros

0,32 2,65

870600 Chassis com motor para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 0,87 115,97

870790 Outras carroçarias para tratores, veículos automóveis para transporte de => 10 passageiros, carga ou usos especiais

0,65 3,02

870821 Cintos de segurança, para veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05 0,09 2,21

870880 Sistemas de suspensão e suas partes (incluídos os amortecedores de suspensão), para veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05

0,12 1,30

870893 Embreagens e suas partes, para veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05 0,17 1,37

871120 Motocicletas e outros ciclos com motor de pistão alternativo, de cilindrada > 50 cm3 e <= 250 cm3

0,10 5,03

871130 Motocicletas e outros ciclos com motor de pistão alternativo, de cilindrada > 250 cm3 e <= 500 cm3

0,04 2,75

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

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160

Tabela 29. Identificação dos “pontos fortes” das exportações brasileiras (Conclusão).

NCM-6 Descrição «¬­®̄ ²¬®̄ 871620 Reboques e semi-reboques, autocarregáveis ou autodescarregáveis, para usos agrícolas 0,69 20,98

871639 Outros reboques e semi-reboques, para transporte de mercadorias 0,10 43,17

880230 Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 2.000 kg e <= 15.000 kg, vazios 0,70 1,71

880240 Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 15.000 kg, vazios 0,44 22,70

890790 Outras estruturas flutuantes 0,53 1,52

901832 Agulhas tubulares de metal e agulhas para suturas, para uso médico, cirúrgico, odontológico ou veterinário

0,18 1,59

901841 Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados com outros equipamentos dentários 0,67 9,99

902121 Dentes artificiais 0,00 6,59

902810 Contadores de gases 0,13 1,21

902820 Contadores de líquidos 0,46 3,24

902920 Indicadores de velocidade e tacômetros; estroboscópios 0,25 2,73

930320 Outras espingardas e carabinas, de caça ou de tiro-ao-alvo, com pelo menos um cano liso 0,41 353,39

930330 Outras espingardas e carabinas, de caça ou de tiro-ao-alvo 0,89 11.841,49

930599 Partes e acessórios de outras armas 0,03 10,96

930621 Cartuchos para espingardas e carabinas de cano liso 0,93 401,24

940210 Cadeiras de dentista, para salões de cabeleireiro e cadeiras semelhantes, e suas partes 0,50 7,44

940350 Móveis de madeira para quartos de dormir 0,30 155,01

960910 Lápis 0,65 2,80

960920 Minas para lápis ou lapiseiras 0,43 2,73

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b).

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continua).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 010210 Bovinos reprodutores de raça pura 0,30 0,00

010612 Live whales, dolphins and purpoises "mammals of the order Cetacea" and 0,79 0,03

020322 Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados - carnes 0,60 0,00

020442 Outras carnes de ovino, não desossadas, congeladas 0,18 0,02

020641 Fígados de suíno, congelados 0,27 -

020649 Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas 0,62 0,00

030319 Outros tipos de salmões, congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

0,63 0,03

030329 Salmonidae, nes,frozen,excluding heading No 03.04, livers and roes 0,52 0,01

030331 Linguados-gigantes, congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

0,19 0,22

030332 Plaice, frozen, excluding heading No 03.04, livers and roes 0,81 0,19

030351 Arenques (Clupea arengus, Clupea pallasii) congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

0,05 0,47

030352 Bacalhaus (Gadus morhua, Gadus ogac, Gadus macrocephalus), congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

0,62 0,03

030372 Haddock, frozen, excluding heading No 03.04, livers and roes 0,73 -

030373 Peixes-carvão, congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

0,59 -

030379 Outros peixes, congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

0,43 0,86

030380 Fígados, ovas e sêmen, de peixes, congelados - pescados 0,05 0,30

030621 Rock lobster&oth sea crawfish not fz,in shell/not,incl boild in shell 0,52 0,00

030624 Crabs, not frozen, in shell or not, including boiled in shell 0,48 0,19

040221 Leite em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 1,5%, concentrados, não adocicados

0,18 0,02

040410 Soro de leite, modificado ou não, mesmo concentrado ou adocicado 0,26 0,00

050710 Marfim, em bruto ou simplesmente preparado; seus pós e desperdícios 0,48 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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161

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 050800 Coral, conchas, carapaças de moluscos, em bruto ou preparadas; seus pós e desperdícios 0,08 0,21

071310 Ervilhas (pisum sativum), secas, em grão, mesmo peladas ou partidas 0,23 0,01

071390 Outros legumes de vagem, secos, em grãos, mesmo pelados ou partidos 0,48 0,07

071410 Raízes de mandioca cassava, frescas ou secas, mesmo cortadas em pedaços ou em pellets

0,80 0,00

080119 Cocos frescos, mesmo sem casca ou pelados 0,57 0,00

080920 Cerejas frescas 0,08 0,00

081060 Fresh durians 0,71 0,00

081090 Outras frutas frescas 0,43 0,23

081340 Pêras e outras frutas secas 0,10 0,98

110510 Farinha, sêmola e pó, de batata 0,01 0,07

110814 Fécula de mandioca 0,58 0,00

120100 Soja, mesmo triturada 0,72 0,01

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas 0,55 0,01

120740 Sementes de gergelim, mesmo trituradas 0,52 0,13

120924 Sementes de pasto dos prados de Kentucky, para semeadura 0,18 -

140120 Rotins para cestaria ou espartaria 0,68 0,10

140420 Línteres de algodão 0,69 0,01

150200 Gorduras de animais das espécies bovina, ovina ou caprina, exceto as da posição 1503 0,23 0,00

150710 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 0,30 0,02

150810 Óleo de amendoim, em bruto 0,52 0,01

151190 Outros óleos de dendê, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 0,46 0,00

151321 Óleo de palmiste ou de babaçu, em bruto 0,38 -

151411 Óleos de nabo silvestre ou de colza, com baixo teor de ácido erúcico, em bruto 0,18 -

151511 Óleo de linhaça, em bruto 0,30 0,04

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados

0,50 0,00

152000 Glicerol em bruto; águas e lixívias, glicéricas 0,60 0,00

190110 Preparações para alimentação de crianças acondicionadas para venda a retalho 0,26 0,00

220820 Aguardentes de vinho ou de bagaço de uvas 0,16 0,06

230120 Farinhas, pós e pellets de peixes ou crustáceos, impróprios para alimentação humana 0,61 0,00

230330 Borras e desperdícios da indústria da cerveja e das destilarias 0,34 0,03

230500 Tortas e outros resíduos sólidos da extração de óleo de amendoim 0,37 0,09

230641 Torta de sementes de nabo silvestre ou de colza, de baixo teor de ácido erúcico 0,21 0,01

230649 Oil-cake and other solid residues, whether or not ground or in the for 0,41 0,01

240120 Fumo não manufaturado, total ou parcialmente destalado 0,06 0,57

250200 Piritas de ferro não ustuladas 0,71 0,17

250300 Enxofre de qualquer espécie, exceto sublimado, precipitado ou coloidal 0,63 0,00

250610 Quartzo 0,39 0,30

251310 Pedra-pomes 0,12 0,23

251511 Mármores e travertinos, em bruto ou desbastados 0,71 0,01

251512 Mármores e travertinos, cortados em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular 0,77 0,00

251611 Granito em bruto ou desbastado 0,65 0,03

251612 Granito, cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular 0,52 0,03

251620 Arenito, mesmo desbastado ou cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular

0,49 0,05

252490 Outras formas de amianto (asbesto) 0,26 0,26

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares 0,71 0,03

252810 Boratos de sódio, naturais e seus concentrados 0,70 0,05

252890 Outros boratos naturais; ácidos bóricos naturais com teor máximo de 85% de H3BO3 em produto seco

0,57 0,00

253090 Outras matérias minerais (espodumênio, areias de zircônio, terras corantes) 0,10 0,72

260111 Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 0,75 0,00

260112 Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 0,39 0,00

260120 Piritas de ferro ustuladas (cinzas de piritas) 0,67 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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162

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 260200

Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor de manganês de => 20%, em peso, sobre o produto seco

0,69 0,01

260300 Minérios de cobre e seus concentrados 0,51 0,00

260400 Minérios de níquel e seus concentrados 0,77 0,00

260500 Minérios de cobalto e seus concentrados 0,79 -

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados 0,69 -

260700 Minérios de chumbo e seus concentrados 0,61 0,02

260800 Minérios de zinco e seus concentrados 0,44 0,00

260900 Minérios de estanho e seus concentrados 0,35 -

261000 Minérios de cromo e seus concentrados 0,79 0,00

261100 Minérios de tungstênio e seus concentrados 0,63 0,00

261220 Thorium ores and concentrates 0,79 -

261400 Minérios de titânio e seus concentrados 0,43 0,02

261510 Minérios de zircônio e seus concentrados 0,66 0,04

261590 Minérios de nióbio, tântalo ou vanádio, e seus concentrados 0,64 0,01

261690 Minérios de outros metais preciosos e seus concentrados 0,52 0,00

261710 Antimony ores and concentrates 0,79 0,01

261900 Outras escórias e desperdícios da fabricação do ferro e aço 0,73 0,00

270111 Hulha antracita, não aglomerada 0,57 0,26

270112 Hulha betuminosa, não aglomerada 0,07 0,13

270119 Outras hulhas, mesmo em pó, mas não aglomeradas 0,32 -

270210 Linhitas, mesmo em pó, mas não aglomeradas 0,81 0,00

270730 Xilol (xilenos), produto da destilação dos alcatrões de hulha a altas temperatura 0,43 0,14

270750 Outras misturas de hidrocarbonetos aromáticos 0,57 0,00

270820 Pitch coke 0,49 0,18

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 0,16 0,01

271311 Coque de petróleo não calcinado 0,15 0,49

271320 Betume de petróleo 0,20 0,09

271500 Misturas betuminosas à base de asfalto, de betumes, de alcatrão ou de breu de alcatrão mineral

0,64 0,03

280120 Iodo 0,15 0,01

280130 Flúor e bromo 0,58 0,00

280461 Silício, contendo, em peso, => 99,99% de silício 0,63 0,05

280480 Arsênio 0,22 0,92

280490 Selênio 0,55 0,14

281000 Óxidos de boro; ácidos bóricos 0,42 0,05

282120 Terras corantes contendo, em peso, => 70% de ferro combinado, expresso em FE2O3 0,47 0,37

282540 Óxidos e hidróxidos de níquel 0,12 0,20

282550 Óxidos e hidróxidos de cobre 0,32 0,05

282760 Iodetos e oxiiodetos 0,02 0,08

283719 Outros cianetos e oxicianetos 0,44 0,05

284019 Outros tetraboratos dissódicos (bórax refinado) 0,62 0,01

284130 Dicromato de sódio 0,13 0,04

284410 Natural uranium&its compounds;mixtures cntg natural uranium/its compds 0,40 -

284800 Fosfetos, exceto ferrofósforos, quimicamente definidos ou não 0,12 0,60

285000 Hidretos, nitretos, azidas, silicietos e boretos, quimicamente definidos ou não 0,16 0,80

290121 Etileno não saturado 0,26 0,01

290122 Propeno (propileno) não saturado 0,48 0,00

290230 Tolueno 0,43 0,01

290241 o-Xileno 0,68 0,03

290242 m-Xileno 0,12 0,00

290243 p-Xileno 0,64 0,07

290250 Estireno 0,57 0,02

290313 Clorofórmio (triclorometano) 0,59 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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163

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 290315 1, 2-Dicloroetano (cloreto de etileno) 0,30 -

290321 Cloreto de vinila (cloroetileno) 0,46 0,02

290323 Tetracloroetileno (percloroetileno) 0,31 0,11

290511 Metanol (álcool metílico) 0,38 0,01

290512 Álcool propílico (propan-1-ol) e álcool isopropílico (propan-2-ol) 0,11 0,03

290513 Butan-1-ol (álcool n-butílico) 0,68 0,00

290514 Outros butanóis 0,65 0,04

290516 Octanol (álcool octílico) e seus isômeros 0,57 0,01

290519 Outros monoálcoois saturados 0,50 0,08

290529 Outros monoálcoois acíclicos não saturados 0,37 0,42

290531 Etilenoglicol (etanodiol) 0,70 0,00

290539 Outros álcoois dióis, não saturados 0,38 0,10

290541 2-Etil-2- (hidroximetil) propano-1, 3-diol (trimetiolpropano) 0,25 0,30

290611 Mentol 0,49 0,62

290711 Fenol (hidroxibenzeno) e seus sais 0,50 0,07

290712 Cresóis e seus sais 0,29 0,82

290713 Octilfenol, nonilfenol e seus isômeros; sais destes produtos 0,19 0,08

290719 Outros monofenóis 0,01 0,63

290721 Resorcinol e seus sais 0,38 0,11

290723 4,4-Isopropilidenodifenol e seus sais 0,69 0,01

290819 Outros derivados apenas halogenados e seus sais 0,55 0,18

290941 2,2-Oxidietanol (dietilenoglicol) 0,63 0,01

290943 Eteres monobutilicos do etilenoglicol ou do dietilenoglicol 0,47 0,01

291020 Metiloxirano (óxido de propileno) 0,30 0,00

291090 Outros epóxidos, epoxálcoois, epoxifenóis e epoxiéteres com 3 (três) átomos no ciclo e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados

0,16 0,91

291219 Outros aldeídos acíclicos não contendo outras funções oxigenadas 0,18 0,53

291260 Paraformaldeído 0,19 0,34

291411 Acetona não contendo outras funções oxigenadas 0,55 0,00

291413 4-Metilpentan-2-ona (metilisobutilcetona) 0,11 0,07

291423 Iononas e metiliononas 0,02 0,94

291532 Acetato de vinila 0,13 0,11

291614 Ésteres do ácido metacrílico 0,10 0,56

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres 0,02 0,46

291732 Ortoftalatos de dioctila 0,08 0,22

291735 Anidrido ftálico 0,27 0,04

291736 Ácido tereftálico e seus sais 0,72 0,01

291737 Tereftalato de dimetila 0,10 0,00

291739 Outros ácidos policarboxílicos aromáticos, seus anidridos, halogenetos, peróxidos, perácidos e seus derivados

0,40 0,43

292121 Etilenodiamina e seus sais 0,59 0,16

292129 Outras poliaminas acíclicas, seus derivados e seus sais 0,36 0,29

292130 Monoaminas e poliaminas ciclânicas, ciclênicas ou cicloterpênicas, seus derivados e sais 0,10 0,99

292212 Dietanolamina e seus sais 0,48 0,02

292213 Trietanolamina e seus sais 0,32 0,00

292610 Acrilonitrila 0,53 -

292910 Isocianatos 0,08 0,38

293040 Metionina 0,38 0,03

293211 Tetraidrofurano 0,21 0,18

293331 Piridina e seus sais 0,56 0,62

293371 6-Hexanolactama (epsilon-caprolactama) 0,62 0,01

293430 Compostos heterocíclicos com ciclos fenotiazina sem outras condensações 0,64 0,10

310420 Cloreto de potássio para uso como fertilizante 0,19 0,01

320120 Extrato tanante de mimosa 0,22 0,02

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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164

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 320190

Outros extratos tanantes de origem vegetal; taninos, sais, éteres, ésteres e outros derivados dos taninos

0,24 0,06

320210 Produtos tanantes orgânicos sintéticos 0,43 0,13

320290 Produtos tanantes inorgânicos; preparações tanantes; preparações enzimáticas para a pré-curtimenta

0,37 0,15

320412 Corantes ácidos, mesmo metalizados e suas preparações 0,09 0,96

320641 Ultramar e suas preparações 0,04 0,39

321000 Outras tintas e vernizes; pigmentos a água preparados, utilizados para acabamento de couros

0,15 0,17

321100 Secantes preparados 0,41 0,15

321290 Outros pigmentos dispersos em meios não aquosos, no estado líquido ou pastoso 0,07 0,24

330125 Óleo essencial de outras mentas 0,22 0,48

340213 Agentes orgânicos de superfície, não iônicos, mesmo acondicionados para venda a retalho

0,06 0,24

340311 Preparações contendo óleos de petróleo ou de minerais betuminosos para tratamento de matérias têxteis, couro, peleteria ou de outras matérias

0,59 0,01

340391 Outras preparações para tratamento de matéria têxtil, couros, peleteria ou de outras matérias

0,59 0,06

340399 Outras preparações lubrificantes, antiaderentes ou antiferruginosas 0,28 0,14

340420 Ceras artificiais e ceras preparadas de polietileno-glicóis 0,26 0,07

340490 Outras ceras artificiais ou preparadas 0,20 0,05

350220 Lactalbumina, incluídos os concentrados de duas ou mais proteínas de soro de leite, contendo, em peso, calculado sobre matéria seca, mais de 80% de proteínas de soro de leite

0,32 0,00

350691 Adesivos à base de polímeros das posições 3901 a 3913 ou de borracha 0,37 0,49

350699 Outras colas e adesivos preparados 0,23 0,71

360100 Pólvoras propulsivas 0,01 0,09

370120 Filmes planos de revelação e copiagem instantâneas, sensibilizados, não impressionados 0,11 0,06

370210 Filmes para raios X, sensibilizados, não impressionados, em rolos 0,22 0,00

370242 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, exceto para fotografia a cores, de largura > 610 mm e comprimento > 200 m, em rolos

0,69 0,08

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

0,16 0,77

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

0,09 0,71

370310 Papel, cartões, têxteis, sensibilizados, não impressionados, em rolos de largura > 610 mm

0,61 0,14

370710 Emulsões para sensibilização de superfícies para uso fotográfico 0,70 0,21

370790 Outras preparações químicas (fixadores, reveladores) para usos fotográficos, exceto vernizes, colas ou adesivos, dosados ou acondicionados para venda a retalho

0,10 0,40

380110 Grafita artificial 0,23 0,86

380120 Grafita coloidal ou semicoloidal 0,02 0,21

380991 Outros agentes de apresto ou acabamento, aceleradores de tingimento ou de fixação e outros produtos para a indústria têxtil ou indústrias similares

0,05 0,27

380993 Outros agentes de apresto ou acabamento para a indústria do couro 0,50 0,11

381010 Preparações para decapagem de metais; pastas e pós para soldar, constituídos por metal e outras matérias

0,29 0,27

381090 Outros fluxos e preparações auxiliares para enchimento ou revestimento de eletrodos ou varetas, para soldar

0,11 0,17

381119 Outras preparações antidetonantes para combustíveis 0,39 0,05

381220 Plastificantes compostos para borracha ou plástico 0,26 0,18

381230 Preparações antioxidantes e outros estabilizadores compostos, para borracha ou plástico 0,06 0,45

381511 Catalisador em suporte, tendo como substância ativa o níquel ou um composto de níquel 0,26 0,06

382311 Ácido esteárico (ácido graxo monocarboxílico industrial) 0,21 0,11

382370 Outros álcoois graxos (gordos) industriais 0,16 0,05

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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165

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 382490

Outros produtos e preparações das indústrias químicas e conexas não incluídos em outras posições

0,16 0,39

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária 0,33 0,05

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias 0,52 0,07

390190 Outros polímeros de etileno, em formas primárias 0,50 0,11

390210 Polipropileno, em forma primária 0,41 0,05

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias 0,08 0,05

390290 Outros polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias 0,12 0,06

390319 Outros poliestirenos, em formas primárias 0,43 0,05

390320 Copolímeros de estireno-acrilonitrila, em formas primárias 0,58 0,04

390330 Copolímeros de acrilonitrila-butadieno-estireno 0,61 0,03

390390 Outros polímeros de estireno, em formas primárias 0,19 0,07

390410 Policloreto de vinila, não misturado com outras substâncias, forma primária 0,04 0,34

390421 Policloreto de vinila, não plastificado, em forma primária 0,13 0,09

390450 Polímeros de cloreto vinilideno, formas primárias 0,57 0,01

390469 Outros polímeros fluorados, em formas primárias 0,00 0,72

390599 Outros polímeros de ésteres de vinila e outros polímeros de vinila, em formas primárias 0,07 0,34

390610 Polimetacrilato de metila, em forma primária 0,59 0,06

390710 Poliacetais, em formas primárias 0,42 0,27

390720 Outros poliéteres, em formas primárias 0,08 0,47

390730 Resinas epóxidas, em formas primárias 0,23 0,28

390740 Policarbonatos, em formas primárias 0,58 0,18

390799 Outros poliésteres, em formas primárias 0,14 0,37

390810 Poliamidas -6, -11, -12, -6,6, -6,9, -6,10, ou -6,12, em forma primária 0,42 0,13

390890 Outras poliamidas, em formas primárias 0,25 0,48

390930 Outras resinas amínicas, em formas primárias 0,18 0,65

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias 0,24 0,44

390950 Poliuretanos, em formas primárias 0,02 0,43

391000 Silicones, em formas primárias 0,08 0,38

391110 Resinas de petróleo, de cumarona, de indeno, de cumarona-indeno e politerpenos, em formas primárias

0,06 0,89

391212 Acetato de celulose, plastificado, em forma primária 0,57 0,03

391290 Outros celuloses e seus derivados químicos, em formas primárias 0,12 0,53

391510 Desperdícios, resíduos e aparas, de polímeros de etileno 0,76 0,00

391520 Desperdícios, resíduos e aparas, de polímeros de estireno 0,56 0,00

391530 Desperdícios, resíduos, e aparas de polímeros de cloreto de vinila 0,80 0,00

391590 Desperdícios, resíduos e aparas, de outros plásticos 0,70 0,01

391990 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, de plásticos, auto-adesivas 0,27 0,62

392051 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de polimetacrilato de metila, sem suporte, não reforçadas

0,44 0,29

392059 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas de outros polímeros acrílicos, sem suporte, não reforçadas

0,26 0,05

392061 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de policarbonatos, sem suporte, não reforçadas 0,33 0,51

392062 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de poli(tereftalato de etileno), sem suporte, não reforçadas

0,52 0,19

392093 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de resinas amínicas, sem suporte, não reforçadas 0,61 0,25

392099 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de outros plásticos, sem suporte, não reforçadas 0,45 0,34

392113 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de poliuretanos, alveolares 0,10 0,56

400110 Látex de borracha natural, mesmo pré-vulcanizado 0,40 0,00

400121 Borracha natural em folhas fumadas 0,34 0,02

400122 Borracha natural tecnicamente especificada (TSNR) 0,50 0,00

400211 Látex de borracha sintética ou artificial 0,08 0,06

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,17 0,43

400220 Borracha de butadieno (BR), em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras 0,23 0,20

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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166

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 400231

Borracha de isobuteno-isopreno (butila) (IIR),em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,50 0,26

400239 Borracha de isobuteno-isopreno halogenada (CIIR ou BIIR), em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,55 0,01

400249 Borracha de cloropreno (clorobutadieno), em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,02 0,39

400251 Látex de borracha de acrilonitrila-butadieno (NBR) 0,06 0,36

400259 Borracha de acrilonitrila-butadieno (NBR), em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,38 0,05

400260 Borracha de isopreno (IR) em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras 0,19 0,04

400270 Borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM) não conjugada, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,50 0,00

400280 Misturas de borracha natural com borracha sintética ou artificial, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,68 0,00

400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,18 0,60

400510 Borracha, não vulcanizada, adicionada de negro de fumo ou de sílica, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

0,30 0,06

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou tiras 0,08 0,33

400599 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em formas primárias 0,76 0,00

400700 Fios e cordas, de borracha vulcanizada 0,33 0,41

400811 Chapas, folhas e tiras, de borracha vulcanizada alveolar não endurecida 0,04 0,63

400911 Tubos de borracha vulcanizada não endurecida, não reforçados com outras matérias, sem acessórios

0,01 0,54

401693 Juntas, gaxetas e semelhantes de borracha vulcanizada não endurecida 0,04 0,61

410150 Couros e peles de bovinos ou de eqüídeos, inteiros, de peso unitário > 16 kg 0,61 -

410210 Peles em bruto, de ovinos, com lã (não depiladas) 0,72 -

410221 Sheep or lamb skins, pickled, without wool on 0,25 0,01

410330 Raw hides and skins of swine, fresh, or salted, dried, limed, pickled 0,22 -

410390 Couros e peles em bruto, de outros animais, mesmo depilados ou divididos 0,04 0,02

410411 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue), plena flor, não divididos; divididos, com a flor

0,45 0,01

410419 Outros couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue)

0,37 0,03

410441 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado seco (crust), plena flor; não divididos; divididos, com a flor

0,39 0,01

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue) 0,23 0,01

410621 Couros e peles depilados de caprinos, mesmo divididos, no estado úmido (incluindo wet blue)

0,45 0,29

410622 Couros e peles depilados de caprinos, mesmo divididos, no estado seco (crust) 0,12 0,02

410631 Couros e peles depilados de suínos, mesmo divididos, curtidos, no estado úmido (incluindo wet blue)

0,49 0,01

410692 Couros e peles depilados de outros animais, mesmo divididos, curtidos, no estado seco (crust)

0,03 0,00

410712 Couros e peles inteiros, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem e couros e peles apergaminhados, depilados, divididos, com a flor

0,14 0,09

410792 Couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem, divididos, com a flor

0,57 0,14

410799 Outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem

0,10 0,20

411200 Couros de ovinos, preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, depilados, mesmo divididos

0,12 0,10

411310 Couros de caprinos, preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, depilados, mesmo divididos

0,31 0,03

411410 Couros e peles acamurçados (incluída a camurça combinada) 0,07 0,07

411420 Couros e peles envernizados ou revestidos; couros e peles metalizados 0,45 0,04

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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167

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 411510

Couro reconstituído, à base de couro ou de fibras de couro, em placas, folhas ou tiras, mesmo enroladas

0,02 0,15

430180 Peleteria em bruto, de outros animais, inteira, mesmo sem cabeça, cauda ou patas 0,69 0,01

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida 0,26 0,72

430220 Cabeças, caudas, patas, desperdícios e aparas, curtidas ou acabadas, não reunidas 0,56 0,06

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas 0,48 0,00

440320 Madeira de coníferas, em bruto 0,67 0,00

440341 Logs, Meranti red(dark, light, bakau) in rough 0,35 -

440349 Outras madeiras tropicais, em bruto 0,72 0,00

440391 Madeira de carvalho (Quercus spp.), em bruto, mesmo descascada, desalburnada ou esquadriada

0,57 -

440392 Logs, Beech 0,45 -

440399 Outras madeiras em bruto 0,69 0,00

440610 Dormentes de madeira, para vias férreas ou semelhantes, não impregnados 0,00 0,01

440710 Madeira de coníferas, serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6 mm 0,17 0,04

440722 Madeira de virola, imbuia ou balsa,serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm

0,39 0,01

440726 Lumber, Meranti nes, Lauan, Seraya, alan sawn >6mm 0,20 0,21

440729 Outras madeiras tropicais (cedro, ipê, pau-marfim, louro, etc), serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

0,15 0,03

440791 Madeira de carvalho (Quercus spp.), serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6 mm

0,45 0,04

440792 Madeira de faia (Fagus spp.), serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6 mm

0,21 0,01

440793 Madeira de ácer (Acer spp.), serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm

0,28 0,02

440794 Madeira de cerejeira (Prunus spp.), serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm

0,48 -

440795 Madeira de freixo (Fraxinus spp.), serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm

0,53 0,01

440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm 0,62 0,12

441019 Outros painéis de madeira (waferboard e outros) 0,07 0,76

470200 Pasta química de madeira, para dissolução - celulose 0,63 0,01

470311 Pasta química de madeira de conífera, à soda ou sulfato, crua - celulose 0,58 0,00

470319 Chemical wood pulp, soda or sulphate, non-coniferous, unbleached 0,24 -

470321 Pasta química de madeira de conífera, à soda ou ao sulfato semibranqueada ou branqueada - celulose

0,51 0,00

470329 Pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada - celulose

0,43 0,00

470411 Chemical wood pulp, sulphite, coniferous unbleached 0,37 -

470421 Pasta química de madeira de conífera, ao bissulfito, semibranqueada ou branqueada - celulose

0,16 0,00

470500 Pastas de madeira obtidas pela combinação de um tratamento mecânico e de um tratamento químico - celulose

0,60 -

470630 Pastas de fibras celulósicas obtidas de bambu - celulose 0,20 0,20

470691 Pastas mecânicas de outras matérias fibrosas celulósicas - celulose 0,01 0,00

470692 Pastas químicas de outras matérias fibrosas celulósicas - celulose 0,10 0,00

470710 Desperdícios de papel ou cartões, kraft, crus ou papéis ou cartões ondulados, de reciclar - celulose

0,74 0,00

470720 Outros papéis e cartões obtidos da pasta química branqueada, de reciclar - celulose 0,30 0,00

470730 Desperdícios de papel e cartão obtidos da pasta mecânica, de reciclar - celulose 0,67 -

470790 Desperdícios de outros papéis ou cartões, de reciclar, inclusive não selecionados - celulose

0,57 0,00

480240 Papel próprio para fabricação de papéis de parede, em rolos ou folhas 0,28 0,19

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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168

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 480262

Papéis e cartões, não revestidos, contendo > 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, em folhas nas quais um lado <= 435 mm e o outro <= 297 mm, quando não dobradas

0,24 0,52

480429 Outros papéis kraft para sacos de grande capacidade, não revestidos, em rolos ou folhas 0,03 0,01

480540 Papel-filtro e cartão-filtro, não revestidos, em rolos ou folhas 0,11 0,72

480550 Papel-feltro, cartão-feltro e papel e cartão lanosos, não revestidos, em rolos ou folhas 0,25 0,02

481200 Blocos e chapas, filtrantes, de pasta de papel 0,17 0,15

481420 Papel de parede, revestido do lado direito por uma camada de plástico granida, colorida ou decorada

0,06 0,99

490890 Outras decalcomanias de qualquer espécie 0,64 0,19

510111 Lã de tosquia suja, incluída a lã lavada a dorso, não cardada nem penteada 0,76 0,00

510121 Lã de tosquia, desengordurada, não carbonizada, não cardada nem penteada 0,48 0,08

510219 Fine animal hair, neither carded nor combed (excl. wool and hair of Ka 0,55 0,04

510220 Coarse animal hair, not carded or combed 0,62 -

511219 Outros tecidos contendo => 85% em peso de lã penteada ou de pêlos finos penteados 0,37 0,42

511220 Tecidos de lã penteada ou de pêlos finos penteados, combinados com filamentos sintéticos ou artificiais

0,40 0,42

511290 Outros tecidos de lã penteada ou de pêlos finos penteados 0,28 0,36

520100 Algodão, não cardado nem penteado 0,64 0,01

520210 Desperdícios de fios de algodão 0,44 0,03

520511 Fios de algodão simples, de fibras não penteadas, contendo => 85% em peso de algodão, título => 714,29 decitex, não acondicionadas para venda a retalho

0,67 0,13

520512 Fios de algodão simples, de fibras não penteadas, contendo => 85% em peso de algodão, título => 232,56 decitex, mas < 714,29 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,52 0,09

520513 Fios de algodão simples, de fibras não penteadas, contendo => 85% em peso de algodão, título => 192,31 decitex, mas < 232,56 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,26 0,26

520514 Fios de algodão simples, de fibras não penteadas, contendo => 85% em peso de algodão, título => 125 decitex, mas < 192,31 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,73 0,18

520522 Fios de algodão simples, de fibras penteadas, contendo => 85% em peso de algodão, título => 232,56 decitex, mas < 714,29 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,46 0,28

520523 Fios de algodão simples, de fibras penteadas, contendo => 85% em peso de algodão, título => 192,31 decitex, mas < 232,56 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,08 0,85

520542 Fios de algodão retorcidos ou retorcidos múltiplos, de fibras penteadas, contendo => 85% em peso de algodão, título => 232,56 decitex, mas < 714,29 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,68 0,69

520612 Fios de algodão simples, de fibras não penteadas, contendo < 85% em peso de algodão, título => 232,56 decitex, mas < 714,29 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,45 0,43

520613 Fios de algodão simples, de fibras não penteadas, contendo < 85% em peso de algodão, título => 192,31 decitex, mas < 232,56 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,56 0,53

520622 Fios de algodão simples, de fibras penteadas, contendo < 85% em peso de algodão, título => 232,56 decitex, mas < 714,29 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,47 0,34

520623 Fios de algodão simples, de fibras penteadas, contendo < 85% em peso de algodão, título => 192,31 decitex, mas < 232,56 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,41 0,53

520624 Fios de algodão simples, de fibras penteadas, contendo < 85% em peso de algodão, título => 125 decitex, mas < 192,31 decitex, não acondicionados para venda a retalho

0,55 0,60

520912 Tecido de algodão cru, em ponto sarjado, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,42 0,17

520941 Tecido de algodão, fios de diversas cores, em ponto tafetá, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,43 0,72

521131 Tecido de algodão tinto, em ponto de tafetá, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,36 0,40

521141 Tecido de algodão, de fios de diversas cores, em ponto de tafetá, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

0,47 0,57

521213 Outros tecidos de algodão tintos, com peso <= 200 g/m2 0,06 0,51

530121 Linho quebrado ou espadelado, mas não fiado 0,78 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 530130 Estopas e desperdícios de linho 0,56 0,10

530310 Juta e outras fibras têxteis liberianas, em bruto ou maceradas 0,61 0,00

530500 Cairo (fibras de coco), abacá (cânhamo-de-manilha ou Musa textilis Nee), rami e outras fibras têxteis vegetais não especificadas nem compreendidas noutras posições, em bruto ou trabalhados, mas não fiados; estopas e desperdícios destas fibras (incluídos o

0,69 0,02

530710 Fios simples de juta ou de outras fibras liberianas da posição 5303 0,31 0,00

540245 Outros fios simples de náilon ou de outras poliamidas, sem torção ou com torção <= 50 voltas por metro

0,45 0,19

540269 Outros fios de filamentos sintéticos, retorcidos ou retorcidos múltiplos 0,26 0,96

540333 Fios simples, de filamentos de acetato de celulose 0,28 0,00

540339 Fios simples, de outros filamentos artificiais 0,38 0,74

540349 Outros fios de filamentos artificiais, retorcidos ou retorcidos múltiplos 0,58 0,86

540500 Monofilamentos artificiais, título => 67 decitex e seção transversal <= 1 mm; lâminas e formas semelhantes de matérias têxteis artificiais, com largura < = 5mm

0,07 0,37

540741 Outros tecidos, crus ou branqueados, contendo => 85%, em peso, de filamentos de náilon ou de outras poliamidas

0,40 0,67

540742 Outros tecidos tintos, contendo => 85%, em peso, de filamentos de náilon ou de outras poliamidas

0,55 0,31

540743 Outros tecidos, de fios de diversas cores, contendo => 85% em peso de filamentos de náilon ou de outras poliamidas

0,49 0,49

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos 0,29 0,62

540782 Outros tecidos tintos, contendo < 85% em peso de filamentos sintéticos, combinados com algodão

0,37 0,09

540822 Tecidos tintos, contendo => 85% em peso de filamentos artificiais 0,09 0,46

540823 Tecidos, de fios de diversas cores, contendo => 85% em peso de filamentos artificiais 0,06 0,34

540832 Outros tecidos de filamentos artificiais, tintos 0,33 0,01

540833 Outros tecidos de filamentos artificiais, de fios de diversas cores 0,10 0,03

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 0,36 0,02

550200 Cabos de filamentos artificiais 0,47 0,02

550319 Outras fibras de náilon ou de outras poliamidas, não cardadas, não penteadas, para fiação

0,17 0,17

550330 Fibras descontínuas acrílicas ou modacrílicas, não cardadas, não penteadas, para fiação 0,56 0,02

550490 Outras fibras artificiais descontínuas, não cardadas, não penteadas 0,58 0,00

550510 Desperdícios de fibras sintéticas 0,30 0,01

550630 Fibras acrílicas ou modacrílicas, cardadas, penteadas 0,06 0,11

550700 Fibras artificiais descontínuas, cardadas, penteadas, para fiação 0,02 0,63

550992 Fios de outras fibras sintéticas descontínuas combinadas com algodão, não para venda a retalho

0,17 0,81

560221 Feltros de lã ou de pêlos finos, não impregnados, não revestidos, não recobertos nem estratificados

0,15 0,31

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2 0,06 0,86

591120 Gazes e telas para peneirar, mesmo confeccionadas 0,29 0,30

600543 Tecidos de malha-urdidura (incluídos os obtidos em teares para galões), de fibras artificiais, com fios de diversas cores, de largura > 30 cm

0,76 0,03

600590 Outros tecidos de malha-urdidura (incluídos os obtidos em teares para galões), de largura > 30 cm

0,14 0,22

600610 Outros tecidos de malha, de lã ou de pêlos finos, de largura > 30 cm 0,33 0,16

610331 Paletós de malha, de lã ou de pêlos finos, de uso masculino 0,30 0,69

631010 Trapos; cordéis, cordas e cabos, de matérias têxteis, em forma de desperdícios, escolhidos

0,41 0,05

631090 Trapos, cordéis, cordas e cabos, de matérias têxteis, em forma de desperdícios, não classificados

0,34 0,04

670300 Cabelos, lã, pêlos e outras matérias têxteis, preparados para a fabricação de perucas ou artefatos semelhantes

0,69 0,19

680423 Outros mós de pedras naturais e artefatos semelhantes 0,17 0,87

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 681599 Outras obras de pedras ou de outras matérias minerais 0,39 0,25

690600 Tubos, calhas ou algerozes e acessórios para canalizações, de cerâmica 0,14 0,34

700100 Cacos, fragmentos e outros desperdícios e resíduos de vidro; vidro em blocos ou massas 0,11 0,64

700220 Barras ou varetas, de vidro, não trabalhado 0,72 0,02

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados 0,43 0,32

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados

0,12 0,66

700319 Outras chapas e folhas, não armadas, de vidro vazado ou laminado 0,65 0,12

700330 Perfis de vidro vazado ou laminado 0,05 0,39

700490 Outro vidro estirado ou soprado, em folhas 0,39 0,06

700600 Vidro recurvado, biselado, gravado, brocado ou trabalhado de outro modo, mas não emoldurado

0,43 0,56

701110 Ampolas e invólucros de vidro, para iluminação elétrica 0,16 0,77

701120 Ampolas e invólucros de vidro, para tubos catódicos 0,62 0,69

701190 Outras ampolas e invólucros abertos, e suas partes, de vidro 0,04 0,18

701400 Artefatos de vidro para sinalização e elementos de óptica de vidro 0,45 0,54

701590 Vidros para relógios e aparelhos semelhantes, lentes não corretivas, não trabalhados opticamente, esferas de vidro ocas e seus segmentos

0,27 0,72

701952 Outros tecidos de fibras de vidro, de largura > 30 cm, em ponto de tafetá, com peso < 250 g/m2

0,51 0,41

702000 Outras obras de vidro 0,56 0,44

710310 Pedras preciosas ou semipreciosas, em bruto ou simplesmente serradas ou desbastadas 0,39 0,05

710399 Outras pedras preciosas ou semipreciosas, trabalhadas de outro modo 0,63 0,01

710490 Outras pedras sintéticas ou reconstituídas, mesmo trabalhadas ou combinadas, mas não enfiadas, nem montadas nem engastadas

0,08 0,44

710610 Pó de prata 0,32 0,02

711011 Platina em formas brutas ou em pó 0,29 -

711019 Platina em outras formas semimanufaturadas 0,42 0,07

711031 Ródio em formas brutas ou em pó 0,11 0,04

720241 Ferrocromo, contendo, em peso > 4% de carbono 0,52 0,05

720260 Ferroníquel 0,29 0,03

720293 Ferronióbio 0,32 0,01

720310 Produtos ferrosos obtidos por redução direta dos minérios de ferro 0,25 0,15

720449 Outros desperdícios e resíduos de ferro ou aço 0,05 0,00

720521 Pós de ligas de aços 0,23 0,35

720917 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de espessura => 0,5 mm e <= 1 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,23 0,82

720918 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de espessura < 0,5 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,51 0,29

721030 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, galvanizados eletroliticamente - siderúrgicos

0,42 0,10

721069 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, revestidos de alumínio - siderúrgicos

0,44 0,02

721090 Outros produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, folheados ou chapeados ou revestidos - siderúrgicos

0,23 0,52

721129 Outros produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura < 600 mm, laminados a frio, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

0,10 0,28

721220 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura < 600 mm, galvanizados eletroliticamente - siderúrgicos

0,28 0,26

721250 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura < 600 mm, revestidos de outras matérias - siderúrgicos

0,19 0,03

721260 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura < 600 mm, folheados ou chapeados - siderúrgicos

0,16 0,46

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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171

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 721891

Produtos semimanufaturados, de aços inoxidáveis, de seção transversal retangular - siderúrgicos

0,21 0,00

722020 Produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados a frio, de largura < 600 mm - siderúrgicos

0,17 0,36

722090 Outros produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, de largura < 600 mm - siderúrgicos

0,19 0,36

722511 Produtos laminados planos, de largura => 600 mm, de ligas de aços ao silício, denominados magnéticos, de grãos orientados - siderúrgicos

0,46 0,04

722519 Outros produtos laminados planos, de largura => 600 mm, de ligas de aços ao silício - siderúrgicos

0,38 0,33

722550 Produtos laminados planos, de outras ligas de aços, de largura => 600 mm, laminados a frio - siderúrgicos

0,42 0,01

722620 Produtos laminados planos, de largura < 600 mm, de ligas de aços de corte rápido - siderúrgicos

0,30 0,03

722691 Produtos laminados planos, de largura < 600 mm, de outras ligas de aços, laminados a quente - siderúrgicos

0,02 0,60

722692 Produtos laminados planos, de largura < 600 mm, de outras ligas de aços, laminados a frio - siderúrgicos

0,19 0,03

722699 Produtos laminados planos, de outras ligas de aços, de largura < 600 mm - siderúrgicos 0,43 0,26

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos 0,31 0,01

730459 Outros tubos de outras ligas de aços, sem costura, de seção circular 0,19 0,70

730650 Outros tubos de outras ligas de aços, soldados, de seção circular 0,21 0,70

731519 Partes de correntes de elos articulados, de ferro fundido ou aço 0,31 0,59

731821 Arruelas de pressão e de segurança, não roscadas, de ferro fundido, ferro ou aço 0,01 0,92

731822 Outras arruelas de ferro fundido, ferro ou aço 0,14 0,95

731824 Chavetas, cavilhas e contrapinos ou troços, de ferro fundido, ferro ou aço 0,49 0,39

732020 Molas helicoidais de ferro ou aço 0,09 0,41

740100 Mates de cobre, cobre de cementação (precipitado de cobre) 0,58 -

740200 Cobre não refinado (afinado); ânodos de cobre para refinação (afinação) eletrolítica 0,60 0,00

740311 Cátodos de cobre refinado e seus elementos, em formas brutas 0,58 0,06

740321 Ligas de cobre-zinco (latão), em formas brutas 0,38 0,00

740322 Ligas de cobre-estanho (bronze), em formas brutas 0,19 -

740400 Desperdícios e resíduos, de cobre 0,66 0,00

740721 Barras e perfis de ligas de cobre, à base de cobre-zinco (latão) 0,19 0,05

740819 Outros fios de cobre refinado 0,28 0,05

740821 Fios de ligas de cobre-zinco (latão) 0,09 0,80

740921 Chapas e tiras de ligas à base cobre-zinco, (latão), de espessura > 0,15 mm, em rolos 0,43 0,16

740931 Chapas e tiras de ligas à base de cobre-estanho (bronze), de espessura > 0,15 mm, em rolos

0,50 0,34

740940 Chapas e tiras, de ligas à base de cobre-níquel, (cuproníquel) ou de cobre-níquel-zinco (maillechort), de espessura > 0,15 mm

0,23 0,16

740990 Chapas e tiras, de outras ligas de cobre, de espessura > 0,15 mm 0,27 0,14

741011 Folhas e tiras, de cobre refinado (afinado), sem suporte, de espessura <= 0,15 mm 0,69 0,20

741012 Folhas e tiras, de ligas de cobre, sem suporte, de espessura <= 0,15 mm 0,57 0,17

741021 Folhas e tiras, de cobre refinado (afinado), com suporte, de espessura <= 0,15 mm (excluído o suporte)

0,60 0,64

741022 Folhas e tiras, de ligas de cobre, com suporte, de espessura <= 0,15 mm (excluído o suporte)

0,03 0,14

741510 Tachas, pregos, percevejos, escápulas e artefatos semelhantes, de cobre ou de ferro ou aço com cabeça de cobre

0,12 0,30

741521 Arruelas de cobre 0,52 0,30

741991 Outras obras de cobre, vazadas, moldadas, estampadas ou forjadas, mas sem qualquer outro trabalho

0,19 0,14

741999 Outras obras de cobre 0,22 0,55

750110 Mates de níquel 0,07 -

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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172

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 750120 Sinters de óxidos de níquel e outros produtos intermediários da metalurgia do níquel 0,59 -

750210 Níquel não ligado, em formas brutas 0,52 0,17

750400 Pós e escamas, de níquel 0,08 0,28

750610 Chapas, tiras e folhas, de níquel não ligado 0,21 0,18

750620 Chapas, tiras e folhas, de ligas de níquel 0,10 0,03

750712 Tubos de ligas de níquel 0,19 0,07

750810 Telas metálicas e grades, de fio de níquel 0,47 0,83

750890 Outras obras de níquel 0,12 0,20

760200 Desperdícios e resíduos, de alumínio 0,56 0,00

761610 Tachas, pregos, escápulas, parafusos, pinos, roscados, porcas, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos, arruelas e artefatos semelhantes, de alumínio

0,16 0,91

790120 Ligas de zinco, em formas brutas 0,28 0,01

790390 Pós e escamas, de zinco 0,06 0,22

790400 Barras, perfis e fios, de zinco 0,37 0,31

800300 Barras, perfis e fios, de estanho 0,28 0,19

810330 Desperdícios e resíduos de tântalo 0,03 0,00

810520 Mates de cobalto e outros produtos intermediários da metalurgia do cobalto; cobalto em formas brutas; pós

0,41 0,26

810720 Cádmio em formas brutas; pós 0,64 0,01

810790 Obras e outros produtos de cádmio 0,40 0,09

810920 Zircônio em formas brutas; pós 0,03 0,26

811212 Berílio em formas brutas; pós 0,49 -

811300 Ceramais (cermets) e suas obras, incluídos os desperdícios e resíduos 0,47 0,08

820220 Folhas de serras de fita, de metais comuns 0,04 0,56

820730 Ferramentas intercambiáveis de embutir, estampar ou de puncionar, de metais comuns 0,18 0,29

820810 Facas e lâminas cortantes, para máquinas ou aparelhos mecânicos, para trabalhar metais, de metais comuns

0,72 0,39

820890 Outras facas e lâminas cortantes, para máquinas ou para aparelhos mecânicos, de metais comuns

0,17 0,29

831120 Fios revestidos interiormente para soldar a arco, de metais comuns 0,12 0,80

831130 Varetas revestidas exteriormente e fios revestidos interiormente, para soldar à chama, de metais comuns

0,28 0,79

840140 Partes de reatores nucleares 0,67 0,01

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW 0,30 0,77

840810 Motores de pistão, de ignição por compressão, diesel ou semi-diesel, para propulsão de embarcações

0,63 0,03

840890 Outros motores de pistão, de ignição por compressão, diesel ou semidiesel 0,37 0,25

841221 Motores hidráulicos, de movimento retilíneo (cilindros) 0,29 0,31

841229 Outros motores hidráulicos 0,48 0,18

841231 Motores pneumáticos, de movimento retilíneo (cilindros) 0,13 0,65

841319 Outras bombas para líquidos, com dispositivo medidor ou concebidas para comportá-lo 0,22 0,31

841350 Outras bombas volumétricas alternativas 0,27 0,35

841360 Outras bombas volumétricas rotativas 0,18 0,90

841410 Bombas de vácuo 0,12 0,30

841610 Queimadores para alimentação de fornalhas, de combustíveis líquidos 0,24 0,35

841620 Outros queimadores para alimentação de fornalhas, incluídos os mistos 0,27 0,38

841780 Outros fornos industriais ou de laboratório, não elétricos 0,26 0,80

841932 Secadores para madeiras, pastas de papel, papéis ou cartões 0,44 0,28

841939 Outros secadores 0,27 0,67

841950 Trocadores (permutadores) de calor 0,03 0,37

841989 Outros aparelhos e dispositivos para tratamento de matérias por meio de operações que impliquem mudança de temperatura

0,01 0,49

842010 Calandras e laminadores 0,68 0,07

842091 Cilindros para calandras e laminadores 0,26 0,08

842099 Outras partes para calandras e laminadores 0,40 0,09

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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173

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 842119 Outros centrifugadores 0,44 0,27

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos 0,05 0,53

842230 Máquinas e aparelhos para encher, fechar, arrolhar ou rotular garrafas, caixas, latas, sacos ou outros recipientes; máquinas e aparelhos para gaseificar bebidas

0,12 0,43

842240 Outras máquinas e aparelhos para empacotar ou embalar mercadorias 0,06 0,28

842320 Básculas de pesagem contínua em transportadores 0,04 0,78

842489 Outros aparelhos mecânicos (mesmo manuais) para projetar ou pulverizar líquidos ou pós

0,27 0,77

842539 Outros guinchos e cabrestantes 0,11 0,86

842630 Guindastes de pórtico 0,46 0,91

842820 Aparelhos elevadores ou transportadores, pneumáticos 0,03 0,44

842831 Aparelhos elevadores ou transportadores de mercadorias, para uso subterrâneo 0,03 0,16

842839 Outros aparelhos elevadores ou transportadores, de ação contínua, para mercadorias 0,36 0,59

842860 Teleféricos (incluídos as telecadeiras e os telesquis); mecanismos de tração para funiculares

0,03 0,10

842890 Outras máquinas e aparelhos de elevação, de carga, de descarga ou de movimentação 0,05 0,50

842930 Raspo-transportadores (scrapers), autopropulsores 0,38 0,45

842952 Máquinas escavadoras, com capacidade de efetuar uma rotação de 360 graus, autopropulsores

0,11 0,28

843039 Outras máquinas para perfuração de túneis e galerias 0,11 0,10

843149 Partes de outras máquinas e aparelhos das posições 8426, 8429 e 8430 0,05 0,93

843910 Máquinas e aparelhos para fabricação de pasta de matérias fibrosas celulósicas 0,58 0,25

843920 Máquinas e aparelhos para fabricação de papel ou cartão 0,60 0,10

843930 Máquinas e aparelhos para acabamento de papel ou cartão 0,61 0,21

843991 Partes de máquinas ou aparelhos para fabricação de pasta de matérias fibrosas celulósicas

0,03 0,40

843999 Partes de máquinas e aparelhos para fabricação ou acabamento de papel ou cartão 0,15 0,28

844110 Cortadeiras de papel ou cartão 0,09 0,94

844313 Outras máquinas e aparelhos de impressão, por offset 0,48 0,05

844314 Máquinas e aparelhos de impressão, tipográficos, alimentados por bobinas, exceto máquinas e aparelhos flexográficos

0,33 0,91

844317 Máquinas e aparelhos de impressão, heliográficos 0,57 0,24

844319 Outras máquinas e aparelhos de impressão por meio de blocos, cilindoros e outros elementos de impressão

0,12 0,47

844400 Máquinas para extrudar, estirar, texturizar ou cortar matérias têxteis sintéticas ou artificiais

0,65 0,28

844511 Cardas para preparação de matérias têxteis 0,32 0,87

844512 Penteadoras de matérias têxteis 0,14 0,42

844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis 0,00 0,38

844520 Máquinas para fiação de matérias têxteis 0,20 0,85

844540 Máquinas de bobinar ou de dobar, matérias têxteis 0,59 0,03

844590 Outras máquinas e aparelhos para fabricação e preparação de fios têxteis 0,56 0,16

844610 Teares para tecidos de largura <= 30 cm 0,24 0,73

844630 Teares para tecidos, de largura > 30 cm, sem lançadeiras 0,61 0,17

844711 Teares circulares para malhas, com cilindro de diâmetro <= 165 mm 0,57 0,20

844712 Teares circulares para malhas, com cilindro de diâmetro > 165 mm 0,18 0,91

844720 Teares retilíneos para malhas; máquinas de costura por entrelaçamento (couture-tricotage)

0,68 0,12

844811 Ratieras e mecanismos jacquard; redutores, perfuradores e copiadores de cartões; máquinas para enlaçar cartões após perfuração

0,08 0,40

844820 Partes e acessórios de máquinas da posição 8444 ou das suas máquinas e aparelhos auxiliares

0,32 0,38

844831 Guarnições de cardas 0,37 0,39

844833 Fusos e suas aletas, anéis e cursores, para máquinas da posição 8445 0,49 0,12

844839 Outras partes e acessórios de máquinas e aparelhos da posição 8445 0,43 0,66

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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174

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 844842 Pentes, liços e quadros de liços, de teares para tecidos 0,22 0,49

844851 Platinas, agulhas e outros artigos utilizados na formação de malhas 0,36 0,20

844859 Outras partes e acessórios dos teares, máquinas ou aparelhos da posição 8447 ou das suas máquinas e aparelhos auxiliares

0,36 0,98

845140 Máquinas para lavar, branquear ou tingir 0,44 0,45

845150 Máquinas para enrolar, desenrolar, dobrar, cortar ou dentear tecidos 0,25 0,80

845180 Outras máquinas e aparelhos para trabalhar matérias têxteis 0,56 0,27

845310 Máquinas e aparelhos para preparar, curtir ou trabalhar couros ou peles 0,11 0,82

845430 Máquinas de vazar (moldar), para metalurgia, aciaria ou fundição 0,41 0,46

845510 Laminadores de tubos metálicos 0,28 0,99

845521 Outros laminadores a quente e laminadores a quente e a frio, de metais 0,09 0,59

845522 Laminadores a frio, de metais 0,65 0,50

845530 Cilindros de laminadores, de metais 0,15 0,75

845610 Máquinas-ferramentas operando por laser ou por outros feixes de luz de fótons 0,41 0,15

845630 Máquinas-ferramentas operando por eletro-erosão 0,34 0,62

845710 Centros de usinagem, para trabalhar metais 0,64 0,03

845720 Máquinas de sistema monostático, para trabalhar metais 0,07 0,66

845730 Máquinas de estações múltiplas, para trabalhar metais 0,44 0,01

845811 Tornos horizontais, de comando numérico, para trabalhar metais 0,07 0,40

845891 Outros tornos, de comando numérico, para trabalhar metais 0,31 0,08

845921 Outras máquinas para furar metais, de comando numérico 0,40 0,06

845931 Outras mandriladoras-fresadoras de metais, de comando numérico 0,10 0,05

845940 Outras máquinas-ferramentas para mandrilar metais 0,58 0,10

845951 Máquinas-ferramentas para fresar metais, de console, de comando numérico 0,14 0,09

845961 Máquinas-ferramentas para fresar metais, sem console, de comando numérico 0,45 0,05

846011 Máquinas-ferramentas para retificar superfícies planas, de metais, de comando numérico, cujo posicionamento pode ser estabelecido com precisão de pelo menos 0,01 mm

0,56 0,02

846019 Outras máquinas-ferramentas para retificar superfícies planas de metais, cujo posicionamento pode ser estabelecido com precisão de pelo menos 0,01 mm

0,06 0,61

846021 Máquinas-ferramentas para retificar metais, cujo posicionamento pode ser estabelecido com precisão de pelo menos 0,01 mm, de comando numérico

0,62 0,01

846029 Outras máquinas-ferramentas para retificar metais ou ceramais, cujo posicionamento pode ser estabelecido com precisão de pelo menos 0,01 mm

0,03 0,38

846031 Máquinas-ferramentas para afiar metais ou ceramais, de comando numérico 0,69 0,01

846040 Máquinas-ferramentas para brunir metais ou ceramais 0,64 0,03

846130 Máquinas-ferramentas para brochar 0,57 0,02

846140 Máquinas-ferramentas para cortar ou acabar engrenagens 0,63 0,05

846190 Outras máquinas-ferramentas que operem por eliminação de metal ou de ceramais 0,18 0,15

846210 Máquinas-ferramentas (incluídas as prensas) para forjar ou estampar, martelos, martelos-pilões e martinetes

0,56 0,06

846221 Máquinas-ferramentas (incluídas as prensas) para enrolar, arquear, dobrar, endireitar ou aplanar metais, de comando numérico

0,26 0,25

846231 Máquinas-ferramentas (incluídas as prensas) para cisalhar metais, de comando numérico 0,52 0,30

846241 Máquinas-ferramentas (incluídas as prensas) para puncionar ou chanfrar metais, de comando numérico

0,56 0,09

846249 Outras máquinas-ferramentas (incluídas as prensas) para puncionar ou chanfrar metais 0,37 0,09

846291 Prensas hidráulicas, para trabalhar metais 0,41 0,35

846299 Outras prensas para trabalhar metais ou carbonetos metálicos 0,05 0,32

846310 Bancas para estirar barras, perfis, fios ou semelhantes 0,34 0,53

846320 Máquinas-ferramentas para fazer roscas internas ou externas por laminagem 0,37 0,49

846390 Outras máquinas-ferramentas para trabalhar metais ou ceramais, sem eliminação de matérias

0,30 0,29

846410 Máquinas-ferramentas para serrar pedra, produtos cerâmicos, concreto ou matérias minerais semelhantes, inclusive trabalho a frio do vidro

0,56 0,37

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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175

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 846420

Máquinas-ferramentas para esmerar ou polir pedra, produtos cerâmicos, concreto ou matérias minerais semelhantes, inclusive trabalho a frio do vidro

0,48 0,40

846490 Outras máquinas-ferramentas para trabalhar pedra, produtos cerâmicos, concreto ou matérias minerais semelhantes

0,45 0,50

846592 Máquinas-ferramentas para desbastar ou aplainar; máquinas para fresar ou moldurar madeira, plásticos duros ou matérias duras semelhantes

0,20 0,87

846593 Máquinas para esmerilar, lixar ou polir madeira, plásticos duros ou matérias duras semelhantes

0,25 0,31

846595 Máquinas-ferramentas para furar ou escatelar madeira, plásticos duros ou matérias duras semelhantes

0,41 0,13

846596 Máquinas-ferramentas para fender, seccionar ou desenrolar madeira, cortiça, plásticos duros ou matérias semelhantes

0,27 0,82

846620 Porta-peças para outras máquinas-ferramentas 0,30 0,36

846630 Dispositivos divisores e outros especiais, para máquinas-ferramentas 0,45 0,11

846693 Partes e acessórios de máquinas-ferramentas das posições 8456 a 8461 0,19 0,47

846880 Outras máquinas e aparelhos para soldar 0,32 0,99

847170 Unidades de memória 0,48 0,71

847340 Partes e acessórios para máquinas e aparelhos da posição 8472 0,27 0,64

847439 Outras máquinas e aparelhos para misturar ou amassar substâncias minerais sólidas 0,19 0,88

847510 Máquinas para montagem de lâmpadas, tubos ou válvulas, elétricos ou eletrônicos, ou de lâmpadas de luz relâmpago (flash)

0,12 0,32

847521 Máquinas para fabricação de fibras ópticas e seus esboços 0,74 0,00

847529 Outras máquinas para fabricação ou trabalho a quente do vidro e suas obras 0,22 0,60

847710 Máquinas de moldar borracha ou plásticos, por injeção 0,25 0,92

847720 Extrusoras para borracha ou plástico 0,34 0,47

847730 Máquinas de moldar borracha ou plásticos, por insuflação 0,28 0,54

847740 Máquinas de moldar borracha ou plásticos a vácuo, e outras máquinas de termoformar 0,50 0,41

847759 Outras máquinas e aparelhos para moldar ou dar forma a borrachas ou plásticos 0,15 0,62

847780 Outras máquinas e aparelhos para trabalhar borracha ou plásticos ou para fabricação de seus produtos

0,34 0,64

847810 Máquinas e aparelhos para preparar ou transformar fumo (tabaco) 0,42 0,09

847950 Robôs industriais 0,36 0,16

847981 Máquinas e aparelhos para tratamento de metais, incluídas as bobinadoras para enrolamentos elétricos

0,62 0,13

847982 Máquinas e aparelhos para misturar, amassar, moer, separar, peneirar, homogeneizar, emulsionar ou agitar

0,24 0,41

847989 Outras máquinas e aparelhos mecânicos com função própria 0,35 0,15

848110 Válvulas redutoras de pressão 0,09 0,49

848120 Válvulas para transmissões óleo-hidráulicas ou pneumáticas 0,38 0,06

848130 Válvulas de retenção 0,20 0,80

848140 Válvulas de segurança ou de alívio 0,09 0,19

848230 Rolamentos de roletes em forma de tonel 0,16 0,56

848240 Rolamentos de agulhas 0,06 0,95

848250 Rolamentos de roletes cilíndricos 0,48 0,17

848310 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas

0,09 0,61

848340 Engrenagens e rodas de fricção, eixos de esferas ou de roletes; caixas de transmissão, redutores, multiplicadores e variadores de velocidade

0,15 0,61

848360 Embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação 0,01 0,86

848390 Rodas dentadas e outros órgãos elementares de transmissão apresentados separadamente; partes de produtos da posição 8483

0,18 0,98

848420 Juntas de vedação, mecânicas 0,01 0,69

848610 Máquinas e aparelhos para fabricação de esferas (boules) ou de plaquetas (wafers) 0,65 0,01

848620 Máquinas e aparelhos para fabricação de dispositivos semicondutores ou de circuitos integrados eletrônicos

0,39 0,02

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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176

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 848630 Máquinas e aparelhos para fabricação de dispositivos de visualização de tela plana 0,73 0,01

848640 Outras máquinas e aparelhos especificados na Nota 9 C do Capítulo 84 0,62 0,19

848710 Hélices para embarcações e suas pás 0,60 0,15

850151 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência <= 750 W 0,09 0,91

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW 0,20 0,54

850213 Grupos eletrogêneos de motor de pistão, de ignição por compressão, de potência > 375 kVA

0,11 0,77

850450 Outras bobinas de reatância e de auto-indução 0,49 0,83

850790 Partes de acumuladores elétricos 0,37 0,30

851090 Partes de aparelhos ou máquinas de barbear, cortar cabelo ou tosquiar, depilar, de motor elétrico incorporado

0,38 0,98

851410 Fornos de resistência industriais ou de laboratório (de aquecimento indireto) 0,66 0,14

851420 Fornos elétricos industriais ou de laboratório, funcionando por indução ou por perdas dielétricas

0,40 0,30

851430 Outros fornos elétricos industriais ou de laboratório 0,39 0,32

851440 Outros aparelhos industriais ou de laboratório para tratamento térmico de matérias, por indução ou por perdas dielétricas

0,39 0,18

851519 Outras máquinas e aparelhos para soldadura forte ou fraca 0,13 0,22

851521 Máquinas e aparelhos para soldar metais por resistência, inteira ou parcialmente automáticos

0,14 0,60

851531 Máquinas e aparelhos para soldar metais por arco ou jato de plasma, inteira ou parcialmente automáticos

0,06 0,35

851580 Outras máquinas e aparelhos para soldar por outros processos, elétricos 0,44 0,36

852329 Discos, fitas e outros suportes magnéticos para gravação 0,37 0,36

853221 Condensadores fixos elétricos, de tântalo 0,51 0,38

853222 Condensadores fixos eletrolíticos, de alumínio 0,57 0,54

853223 Condensadores fixos, com dielétrico de cerâmica, de uma só camada 0,45 0,23

853224 Condensadores fixos com dielétrico de cerâmica, de camadas múltiplas 0,62 0,33

853229 Outros condensadores fixos, elétricos 0,13 0,38

853290 Partes de condensadores elétricos, fixos, variáveis ou ajustáveis 0,31 0,39

853310 Resistências elétricas fixas, de carbono, aglomeradas ou de camada 0,28 0,25

853321 Outras resistências elétricas fixas, para potência <= 20 W 0,49 0,53

853331 Resistências variáveis bobinadas, elétricas, para potência <= 20 W 0,28 0,17

853340 Outras resistências, elétricas, variáveis (incluídos os reostatos e os potenciômetros) 0,37 0,86

853390 Partes de resistências elétricas 0,53 0,31

853400 Circuitos impressos 0,53 0,90

853521 Disjuntores, para tensão > 1 kV e < 72,5 kV 0,19 0,29

853610 Fusíveis e corta-circuito de fusíveis, para tensão <= 1 kV 0,37 0,38

853630 Outros aparelhos para proteção de circuitos elétricos, para tensão <= 1 kV 0,16 0,59

853669 Plugues e tomadas de corrente (machos-e-fêmeas), para tensão <= 1 kV 0,14 0,82

853690 Outros aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, ligação de circuitos elétricos, para tensão <= 1 Kv

0,36 0,62

853710 Quadros, painéis, consoles e outros suportes com dois ou mais aparelhos das posições 85.35 ou 85.36, para comando ou distribuição de energia elétrica, para tensão <= 1 kV

0,02 0,88

853890 Outras partes destinadas aos aparelhos das posições 85.35, 85.36 e 85.37 0,22 0,62

853939 Outras lâmpadas e tubos de descarga 0,54 0,51

854071 Tubos para microondas, magnétrons 0,32 0,50

854099 Partes para lâmpadas, tubos e válvulas, eletrônicos 0,49 0,18

854110 Diodos, exceto fotodiodos e diodos emissores de luz 0,47 0,63

854121 Transistores com capacidade de dissipação < 1 W, exceto fototransistores 0,63 0,41

854129 Outros transistores, exceto fototransistores 0,37 0,63

854160 Cristais piezo elétricos montados 0,60 0,41

854190 Partes de diodos, transistores, semicondutores e semelhantes 0,63 0,18

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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177

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 854231

Processadores e controladores, mesmo combinados com memórias, conversores, circuitos lógicos, amplificadores, circuitos temporizadores e de sincronização, ou outros circuitos

0,66 0,17

854232 Memórias 0,63 0,29

854233 Amplificadores 0,70 0,14

854239 Outros circuitos integrados eletrônicos 0,31 0,15

854310 Aceleradores de partículas 0,64 -

854320 Geradores de sinais, elétricos 0,24 0,18

854330 Máquinas e aparelhos de galvanoplastia, eletrólise ou eletroforese 0,63 0,20

854520 Escovas de carvão, para usos elétricos 0,16 0,68

854590 Carvões para lâmpadas, pilhas e artigos de grafita ou carvão, com ou sem metal, para usos elétricos

0,36 0,89

854720 Peças isolantes de plásticos, para máquinas, aparelhos e instalações elétricas 0,24 0,37

854890 Partes elétricas de máquinas e aparelhos não especificadas nem compreendidas em outras posições do Capítulo 85

0,63 0,39

860400 Veículos para inspeção e manutenção de vias férreas ou semelhantes, mesmo autopropulsores

0,33 0,05

860712 Outros bogies e bísseis de veículos para vias férreas 0,53 0,28

860721 Freios (travões) à ar comprimido e suas partes, de veículos para vias férreas 0,47 0,10

860729 Outros freios e suas partes, de veículos para vias férreas 0,08 0,52

860730 Ganchos, e outros sistemas de engate, pára-choques e suas partes, de veículos para vias férreas

0,51 0,32

870290 Outros veículos automóveis para transporte => 10 pessoas - ônibus microônibus 0,09 0,98

870323 Automóveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.500 cm3 e <= 3.000 cm3 - automóvel carros

0,08 0,05

870324 Automóveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 3.000 cm3 - automóvel carros

0,04 0,00

870840 Caixas de marchas (velocidade) e suas partes, para veículos automóveis das posições 8701 a 8705

0,28 0,11

870894 Volantes, barras, caixas de direção, e suas partes, para veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05

0,01 0,60

880240 Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 15.000 kg, vazios 0,14 0,02

890800 Embarcações e outras estruturas flutuantes, para demolição 0,73 -

900110 Fibras ópticas, feixes e cabos de fibras ópticas 0,36 0,35

900120 Matérias polarizantes, em folhas e placas 0,62 0,31

900190 Prismas, espelhos e outros elementos de óptica, de qualquer matéria, não montados 0,64 0,42

900220 Filtros ópticos, montados 0,24 0,28

900290 Outros elementos de óptica, de qualquer matéria, montados 0,14 0,92

900661 Aparelhos de tubo de descarga para produção de luz-relâmpago (flashes eletrônicos) 0,11 0,89

900792 Partes e acessórios de projetores cinematográficos 0,64 0,09

901010 Aparelhos e material para revelação automática de películas fotográficas, de filmes cinematográficos ou de papel fotográfico, em rolos, ou para copiagem automática de películas reveladas em rolos de papel fotográfico

0,12 0,08

901050 Outros aparelhos e material para laboratórios fotográficos ou cinematográficos; negatoscópios

0,60 0,08

901110 Microscópios estereoscópicos 0,22 0,30

901120 Outros microscópios, para fotomicrografia, cinefotomicrografia ou microprojeção 0,71 0,03

901180 Outros microscópios ópticos 0,18 0,71

901210 Microscópios (exceto ópticos) e difratógrafos 0,33 0,01

901320 Lasers, exceto os diodos laser 0,32 0,30

901380 Outros dispositivos de cristais líquidos e outros aparelhos e instrumentos ópticos 0,73 0,63

901390 Partes e acessórios de miras telescópicas, periscópios, lunetas, lasers e dispositivos de cristais líquidos

0,61 0,34

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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178

Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Continuação).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 901600 Balanças sensíveis a pesos <= 5 cg, com ou sem pesos 0,04 0,85

901790 Partes e acessórios de instrumentos de desenho, cálculo ou de medida de distância de uso manual

0,22 0,84

901812 Aparelhos de diagnóstico por varredura ultra-sônica (scanners) 0,29 0,70

901813 Aparelhos de diagnóstico por visualização de ressonância magnética 0,16 0,40

901814 Aparelhos de cintilografia 0,19 0,01

901841 Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados com outros equipamentos dentários 0,02 0,85

902212 Aparelhos de tomografia computadorizada 0,36 0,43

902214 Aparelhos baseados no uso de raios X, para usos médicos, cirúrgicos ou veterinários 0,23 0,16

902219 Aparelhos de raios X, de radiofotografia ou de radioterapia, para outros usos 0,27 0,57

902229 Aparelhos de radiação alfa, beta, gama, para outros usos 0,00 0,08

902230 Tubos de raios X 0,11 0,08

902410 Máquinas e aparelhos para ensaios de metais 0,26 0,27

902480 Outras máquinas e aparelhos para ensaios de propriedades mecânicas (dureza, tração, elasticidade) de materiais

0,17 0,16

902590 Partes e acessórios de termômetros e outros instrumentos da posição 9025 0,15 0,55

902690 Partes e acessórios para instrumentos e aparelhos para medida ou controle de líquidos ou gases

0,16 0,69

902720 Cromatógrafos e aparelhos de eletroforese 0,49 0,15

902730 Espectrômetros, espectrofotômetros e espectrógrafos que utilizem radiações ópticas (UV, visíveis, IV)

0,14 0,19

902750 Outros aparelhos e instrumentos para análises físicas ou químicas que utilizem radiações ópticas (uv, visíveis, iv)

0,10 0,07

902780

Outros instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas, para ensaios de viscosidade porosidade, tensão superficial ou semelhantes, ou para medidas calorimétricas, acústicas ou fotométricas (incluídos os indicadores de tempo de exposição)

0,29 0,25

903020 Osciloscópios e oscilógrafos, catódicos 0,25 0,83

903039 Outros aparelhos e instrumentos para medida ou controle da tensão, intensidade, resistência ou potência, com dispositivo registrador

0,38 0,03

903040 Instrumentos e aparelhos, especialmente concebidos para telecomunicação 0,46 0,06

903082 Instrumentos e aparelhos para medida ou controle de discos (wafers) ou de dispositivos semicondutores

0,31 0,26

903084 Outros instrumentos e aparelhos, com dispositivo registrador 0,50 0,27

903089 Outros instrumentos e aparelhos para medida ou verificação de tensão, intensidade, resistência e potência de grandezas elétricas

0,15 0,27

903090 Partes e acessórios para instrumentos e aparelhos das subposições 9030.10/31/39/82/83

0,14 0,40

903110 Máquinas de equilibrar peças mecânicas 0,17 0,45

903120 Bancos de ensaio 0,34 0,10

903141 Instrumentos e aparelhos ópticos, para controle de discos (wafers) ou de dispositivos semicondutores ou para controle de máscaras ou retículas utilizadas na fabricação de dispositivos semicondutores

0,01 0,03

903149 Outros instrumentos e aparelhos ópticos 0,56 0,09

903180 Outros instrumentos, aparelhos e máquinas de medida ou controle 0,29 0,33

903190 Partes e acessórios para instrumentos e aparelhos de medida ou controle 0,01 0,36

903289 Outros instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 0,34 0,31

903290 Partes e acessórios para instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos

0,37 0,39

903300 Partes e acessórios para máquinas, aparelhos e instrumentos ou artigos do capítulo 90 0,37 0,80

910221 Outros relógio de pulso, de corda automática 0,08 0,04

910400 Relógios para painéis de instrumentos e relógios semelhantes para automóveis, veículos aéreos, embarcações ou outros veículos

0,01 0,52

910811 Maquinismos de pequeno volume para relógios, completos e montados, funcionando eletricamente, de mostrador mecânico

0,36 0,78

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

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Tabela 30. Identificação dos “pontos fracos” das importações chinesas (Conclusão).

NCM-6 Descrição °«¬­±̄ ²¬±̄ 910820

Maquinismos de pequeno volume para relógios, completos e montados, de corda automática

0,19 0,65

911019 Rough movements of watches 0,09 0,79

911180 Caixas de outros materiais, para relógios de pulso e de bolso 0,31 0,80

911440 Platinas e pontes para aparelhos de relojoaria 0,38 0,14

920110 Pianos verticais 0,24 0,98

920120 Pianos de cauda 0,05 0,68

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em WTO (2012b).

Apêndice B: Identificação dos produtos caracterizados como complementares nas

relações entre Brasil e China.

Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China

(Continua).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ 010511 Galos e galinhas vivos, das espécies domésticas, de peso não superior a 185 g 1,01

020230 Carnes de bovino, desossadas, congeladas - carnes 1,04

020322 Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados - carnes 12,31

020329 Outras carnes de suíno, congeladas 2,93

020629 Outras miudezas comestíveis de bovino, congeladas 1,15

020641 Fígados de suíno, congelados 5,16

020649 Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas 8,20

020714 Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados 16,30

020727 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas 6,15

030379 Outros peixes, congelados, exceto fígado, ovas, sêmen, ou filés e outras carnes da posição 0304 - pescados

1,42

050400 Tripas, bexigas e estômagos de animais, exceto peixes, inteiros ou em pedaços, frescos, refrigerados, congelados, salgados, secos ou defumados

3,40

050790 Carapaças de tartarugas, barbas, chifres, galhadas, cascos, em bruto ou simplesmente preparados; seus pós e desperdícios

1,87

051000 Âmbar-cinzento, castóreo, algália e almíscar; bílis, mesmo seca; glândulas e outras substâncias de origem animal utilizadas na preparação de produtos farmacêuticos, frescas, refrigeradas, congeladas ou provisoriamente conservadas de outro modo

1,75

080121 Castanha-do-pará, fresca ou seca, com casca 1,20

080132 Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca 1,51

080450 Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos 6,12

090300 Mate 1,18

090411 Pimenta (do gênero piper), seca, não triturada nem em pó 1,36

100590 Milho, exceto para semeadura 1,17

100640 Arroz quebrado (trinca de arroz) 1,37

110814 Fécula de mandioca 1,19

120100 Soja, mesmo triturada 138,35

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas 10,01

130190 Outras gomas, resinas, gomas-resinas, oleorresinas, naturais 1,48

130220 Matérias pécticas, pectinatos e pectatos 1,51

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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180

Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China

(Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ 140420 Línteres de algodão 21,05

150710 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 33,35

150810 Óleo de amendoim, em bruto 27,76

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 3,96

152000 Glicerol em bruto; águas e lixívias, glicéricas 36,82

152110 Ceras vegetais, mesmo refinadas ou coradas (exceto triglicerídeos) 33,35

170111 Açúcar de cana, em bruto, sem adição de aromatizantes ou de corantes 33,39

170199 Outros açúcares de cana, de beterraba e sacarose quimicamente pura, no estado sólido 2,70

200830 Cítricos preparados ou conservados 4,28

200911 Sucos de laranjas, congelados, não fermentados 24,43

230800 Matérias vegetais, subprodutos, resíduos e desperdícios vegetais, utilizados na alimentação de animais

3,04

240120 Fumo não manufaturado, total ou parcialmente destalado 22,82

240391 Fumo manufaturado, homogeneizado ou reconstituído 1,70

250200 Piritas de ferro não ustuladas 1,08

250410 Grafita natural, em pó ou em escamas 2,61

250610 Quartzo 3,48

250620 Quartzitos, mesmo desbastados ou cortados, em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular 1,17

250700 Caulim e outras argilas caulínicas, mesmo calcinadas 5,45

251611 Granito em bruto ou desbastado 35,37

251612 Granito, cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular 119,81

252490 Outras formas de amianto (asbesto) 19,99

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares 16,24

252810 Boratos de sódio, naturais e seus concentrados 1,00

253010 Vermiculita, perlita e cloritas, não expandidas 1,27

260111 Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 101,37

260112 Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 50,10

260200 Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor de manganês de => 20%, em peso, sobre o produto seco

22,75

260300 Minérios de cobre e seus concentrados 6,41

260400 Minérios de níquel e seus concentrados 8,08

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados 29,99

260900 Minérios de estanho e seus concentrados 5,98

261000 Minérios de cromo e seus concentrados 2,96

261100 Minérios de tungstênio e seus concentrados 4,51

261220 Thorium ores and concentrates 23,23

261590 Minérios de nióbio, tântalo ou vanádio, e seus concentrados 19,66

261900 Outras escórias e desperdícios da fabricação do ferro e aço 2,78

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 1,39

271500 Misturas betuminosas à base de asfalto, de betumes, de alcatrão ou de breu de alcatrão mineral 1,39

280469 Outros silícios 2,22

281820 Óxidos de alumínio, exceto corindo artificial 8,11

282090 Outros óxidos de manganês 2,97

282110 Óxidos e hidróxidos de ferro 4,02

282590 Outras bases inorgânicas; óxidos, hidróxidos e peróxidos de outros metais 1,26

282760 Iodetos e oxiiodetos 5,46

282990 Bromatos e perbromatos, iodatos e periodatos; percloratos 1,50

284330 Compostos de ouro 1,75

290122 Propeno (propileno) não saturado 4,75

290124 Buta-1, 3-dieno e isopreno não saturados 1,57

290129 Outros hidrocarbonetos acíclicos não saturados 1,67

290230 Tolueno 3,51

290243 p-Xileno 3,94

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China

(Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ 290315 1, 2-Dicloroetano (cloreto de etileno) 3,94

290319 Outros derivados clorados saturados dos hidrocarbonetos acíclicos 3,16

290514 Outros butanóis 7,62

290516 Octanol (álcool octílico) e seus isômeros 1,17

290519 Outros monoálcoois saturados 1,34

290532 Propilenoglicol (propano-1, 2-diol) 1,30

290539 Outros álcoois dióis, não saturados 1,64

290613 Esteróis e inositóis 1,57

290711 Fenol (hidroxibenzeno) e seus sais 2,56

290713 Octilfenol, nonilfenol e seus isômeros; sais destes produtos 1,17

290723 4,4-Isopropilidenodifenol e seus sais 1,59

290919 Outros éteres acíclicos e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados 2,25

290944 Outros éteres monoalquílicos do etilenoglicol ou do dietilenoglicol 4,13

291020 Metiloxirano (óxido de propileno) 1,82

291413 4-Metilpentan-2-ona (metilisobutilcetona) 1,17

291440 Cetonas-álcoois e cetonas-aldeídos 1,83

291614 Ésteres do ácido metacrílico 3,73

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres 1,64

291735 Anidrido ftálico 2,75

291821 Ácido salicílico e seus sais 1,08

292143 Toluidinas e seus derivados e sais 1,31

292213 Trietanolamina e seus sais 1,35

292320 Lecitinas e outros fosfoaminolipídios 2,99

292421 Ureínas, seus derivados e sais 1,19

292610 Acrilonitrila 5,06

293810 Rutosídeo (rutina) e seus derivados 1,86

300431 Medicamentos contendo insulina, mas não antibióticos, em doses, para venda a retalho 2,01

310520 Adubos ou fertilizantes contendo nitrogênio, fósforo e potássio 1,88

320120 Extrato tanante de mimosa 53,16

320190 Outros extratos tanantes de origem vegetal; taninos, sais, éteres, ésteres e outros derivados dos taninos

2,63

320210 Produtos tanantes orgânicos sintéticos 1,68

320290 Produtos tanantes inorgânicos; preparações tanantes; preparações enzimáticas para a pré-curtimenta 1,60

321100 Secantes preparados 1,43

330112 Óleo essencial de laranja 10,15

330190 Soluções concentradas, subprodutos terpênicos e soluções aquosas de óleos essenciais; óleoressinas de extração

3,89

350300 Gelatinas e seus derivados; ictiocola e outras colas de origem animal, exceto cola de caseína 1,15

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

2,10

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

1,50

380590 Outras essências terpênicas da destilação ou do tratamento de madeiras 1,42

380992 Outros agentes de apresto ou acabamento para a indústria do papel 1,17

380993 Outros agentes de apresto ou acabamento para a indústria do couro 6,35

390110 Polietileno de densidade < 0,94, em forma primária 1,78

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária 3,40

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias 5,32

390210 Polipropileno, em forma primária 3,11

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias 1,22

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias 2,45

391290 Outros celuloses e seus derivados químicos, em formas primárias 1,67

391739 Outros tubos flexíveis de plástico, inclusive com acessórios 2,48

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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182

Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China

(Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ 392051 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas, de polimetacrilato de metila, sem suporte, não reforçadas 1,05

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

2,87

400260 Borracha de isopreno (IR) em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras 1,53

400270 Borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM) não conjugada, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

3,89

400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras 2,08

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou tiras 1,72

401130 Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em aviões 1,12

401290 Flaps, protetores, bandas de rodagem, para pneus de borracha 1,14

401610 Obras de borracha vulcanizada alveolar não endurecida 1,64

410411 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue), plena flor, não divididos; divididos, com a flor

30,27

410419 Outros couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado úmido (incluindo wet blue)

11,99

410441 Couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado seco (crust), plena flor; não divididos; divididos, com a flor

42,75

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue) 1,86

410621 Couros e peles depilados de caprinos, mesmo divididos, no estado úmido (incluindo wet blue) 1,00

410692 Couros e peles depilados de outros animais, mesmo divididos, curtidos, no estado seco (crust) 4,72

410712 Couros e peles inteiros, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem e couros e peles apergaminhados, depilados, divididos, com a flor

13,83

410719 Outros couros e peles inteiros, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem e couros e peles apergaminhados, depilados

1,09

410792 Couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem, divididos, com a flor

18,77

410799 Outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem

2,63

411410 Couros e peles acamurçados (incluída a camurça combinada) 1,96

411420 Couros e peles envernizados ou revestidos; couros e peles metalizados 1,07

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida 4,61

430220 Cabeças, caudas, patas, desperdícios e aparas, curtidas ou acabadas, não reunidas 1,95

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas 5,34

440349 Outras madeiras tropicais, em bruto 2,16

440722 Madeira de virola, imbuia ou balsa,serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm 3,54

440729 Outras madeiras tropicais (cedro, ipê, pau-marfim, louro, etc), serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

6,89

440794 Madeira de cerejeira (Prunus spp.), serrada, cortada em folhas ou desenrolada, de espessura > 6mm 7,83

440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm 9,15

470200 Pasta química de madeira, para dissolução - celulose 31,69

470311 Pasta química de madeira de conífera, à soda ou sulfato, crua - celulose 1,03

470329 Pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada - celulose

53,28

480254 Papéis e cartões, não revestidos, contendo <= 10%, em peso, de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, de peso < a 40 g/m2, em rolos

2,55

480257 Outros papéis e cartões não revestidos, contendo <= 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, de peso => 40 g/m2 mas não > 150 g/m2, em rolos ou folhas

1,35

480262 Papéis e cartões, não revestidos, contendo > 10% de fibras obtidas por processo mecânico ou químico-mecânico, em folhas nas quais um lado <= 435 mm e o outro <= 297 mm, quando não dobradas

2,39

480411 Papel e cartão kraftliner, não revestidos, para cobertura, crus, em rolos ou folhas 1,87

480431 Papel e cartão kraft, crus, não revestidos, de peso <= 150 g/m2, em rolos ou folhas 1,11

500300 Desperdícios de seda (incluídos os casulos de bicho-da-seda impróprios para dobar, os desperdícios de fios e os fiapos).

1,05

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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183

Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China

(Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ 510111 Lã de tosquia suja, incluída a lã lavada a dorso, não cardada nem penteada 2,95

520100 Algodão, não cardado nem penteado 23,33

520912 Tecido de algodão cru, em ponto sarjado, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

2,43

520943 Tecido de algodão, fios de diversas cores, em ponto sarjado, contendo => 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

1,03

521120 Tecidos de algodão, branqueados, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

1,22

521149 Outros tecidos de algodão, de fios de diversas cores, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

2,01

521151 Tecido de algodão estampado, em ponto de tafetá, com fibras sintéticas ou artificiais, contendo < 85% em peso de algodão, com peso > 200 g/m2

1,12

530500 Cairo (fibras de coco), abacá (cânhamo-de-manilha ou Musa textilis Nee), rami e outras fibras têxteis vegetais não especificadas nem compreendidas noutras posições, em bruto ou trabalhados, mas não fiados; estopas e desperdícios destas fibras (incluídos o

30,32

530890 Fios de outras fibras têxteis vegetais 4,04

540245 Outros fios simples de náilon ou de outras poliamidas, sem torção ou com torção <= 50 voltas por metro

1,07

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos 3,67

540773 Outros tecidos, de fios de diversas cores, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos 1,04

550120 Cabos de poliésteres 2,16

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 2,29

550200 Cabos de filamentos artificiais 3,18

550942 Outros fios retorcidos ou retorcidos múltiplos, de fibras sintéticas descontínuas, contendo => 85% em peso destas fibras, não para venda a retalho

1,37

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2 1,34

591132 Tecidos e feltros sem fim, utilizados em máquinas para fabricação de papel, de peso => 650 g/m2 1,69

681140 Obras de fibrocimento, cimento-celulose ou semelhantes, contendo amianto 1,56

681389 Outras guarnições de fricção, não montadas, não contendo amianto 3,37

681410 Placas, folhas ou tiras, de mica aglomerada ou reconstituída 1,63

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados 4,04

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados 4,41

701342 Objetos para serviço de mesa, de vidro (exceto de vitrocerãmica), com coeficiente de dilatação linear não superior a 5x10-6 por Kelvin, entre 0°C e 300°C

2,14

710310 Pedras preciosas ou semipreciosas, em bruto ou simplesmente serradas ou desbastadas 14,75

710399 Outras pedras preciosas ou semipreciosas, trabalhadas de outro modo 11,45

720110 Ferro fundido bruto não ligado, contendo, em peso <= 0,5% de fósforo 12,06

720260 Ferroníquel 2,85

720293 Ferronióbio 99,25

720712 Outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços, não ligados, contendo em peso < 0,25% de carbono, de seção transversal retangular - siderúrgicos

1,17

720917 Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados, de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de espessura => 0,5 mm e <= 1 mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos

1,07

721935 Produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados a frio, de largura => 600 mm e espessura < 0,5 mm - siderúrgicos

1,00

722490 Produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços - siderúrgicos 7,66

722550 Produtos laminados planos, de outras ligas de aços, de largura => 600 mm, laminados a frio - siderúrgicos

1,51

722620 Produtos laminados planos, de largura < 600 mm, de ligas de aços de corte rápido - siderúrgicos 3,55

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos 3,70

731582 Correntes de elos soldados, de ferro fundido, ferro ou aço 1,14

732020 Molas helicoidais de ferro ou aço 1,42

740100 Mates de cobre, cobre de cementação (precipitado de cobre) 1,19

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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184

Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China

(Continuação).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ 740311 Cátodos de cobre refinado e seus elementos, em formas brutas 1,98

740819 Outros fios de cobre refinado 1,77

740829 Outros fios de ligas de cobre 1,24

740921 Chapas e tiras de ligas à base cobre-zinco, (latão), de espessura > 0,15 mm, em rolos 2,14

741521 Arruelas de cobre 1,21

750110 Mates de níquel 2,72

750210 Níquel não ligado, em formas brutas 2,92

750220 Ligas de níquel, em formas brutas 3,47

750512 Barras e perfis, de ligas de níquel 1,09

790111 Zinco não ligado, em formas brutas, contendo, em peso, => 99,99% de zinco 1,15

810390 Outras obras de tântalo 5,67

811212 Berílio em formas brutas; pós 11,76

811299 Obras e outros produtos de gálio, germánio, háfnio, índio, nióbio, rênio e vanádio 5,71

811300 Ceramais (cermets) e suas obras, incluídos os desperdícios e resíduos 1,04

820240 Correntes cortantes de serras, de metais comuns 3,78

820291 Folha de serras retilíneas, para trabalhar metais, de metais comuns 1,42

830710 Tubos flexíveis de ferro ou aço, mesmo com acessórios 7,96

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW 7,10

840734 Motores de pistão alternativo, de ignição por centelha, para propulsão de veículos do capítulo 87, de cilindrada > 1.000 cm3

1,18

840991 Outras partes exclusiva ou principalmente destinadas aos motores de pistão, de ignição por centelha 1,21

841090 Partes de turbinas e rodas hidráulicas, incluídos os reguladores 1,25

841221 Motores hidráulicos, de movimento retilíneo (cilindros) 1,70

841360 Outras bombas volumétricas rotativas 1,39

841430 Compressores para equipamentos frigoríficos 2,84

841931 Secadores para produtos agrícolas 1,30

841932 Secadores para madeiras, pastas de papel, papéis ou cartões 4,09

841939 Outros secadores 2,10

842010 Calandras e laminadores 1,90

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos 2,32

842832 Outros aparelhos elevadores ou transportadores de mercadorias, de caçamba 3,10

842839 Outros aparelhos elevadores ou transportadores, de ação contínua, para mercadorias 1,03

842911 Bulldozers e angledozers, de lagartas, autopropulsores 2,23

842920 Niveladores 1,16

843230 Semeadores, plantadores e transplantadores 3,33

843359 Outras máquinas e aparelhos para colheita 6,00

843710 Máquinas para limpeza, seleção ou peneiração de grãos ou de produtos hortícolas secos 1,11

843830 Máquinas e aparelhos para a indústria de açúcar 1,31

843910 Máquinas e aparelhos para fabricação de pasta de matérias fibrosas celulósicas 1,49

843920 Máquinas e aparelhos para fabricação de papel ou cartão 11,68

843930 Máquinas e aparelhos para acabamento de papel ou cartão 1,44

844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis 2,37

844831 Guarnições de cardas 4,49

845530 Cilindros de laminadores, de metais 3,75

846040 Máquinas-ferramentas para brunir metais ou ceramais 3,04

846210 Máquinas-ferramentas (incluídas as prensas) para forjar ou estampar, martelos, martelos-pilões e martinetes

2,15

847480 Outras máquinas e aparelhos para aglomerar ou moldar combustíveis minerais sólidos, pastas cerâmicas, cimento ou gesso, em pó ou em pasta

1,36

847989 Outras máquinas e aparelhos mecânicos com função própria 1,07

848310 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas

2,92

848330 Mancais (chumaceiras) sem rolamentos; bronzes 1,21

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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Tabela 31. Identificação dos produtos complementares nas relações entre Brasil e China

(Conclusão).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ 850152 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 750 W e <= 75 kW 2,54

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW 7,09

853210 Condensadores fixos para linhas elétricas de 50/60 Hz e capazes de absorver uma potência reativa => 0,5 kvar

1,49

853222 Condensadores fixos eletrolíticos, de alumínio 1,84

853225 Condensadores fixos com dielétricos de papel ou de plásticos 3,21

854130 Tiristores, diacs e triacs, exceto os dispositivos fotossensíveis 1,69

860730 Ganchos, e outros sistemas de engate, pára-choques e suas partes, de veículos para vias férreas 1,95

870323 Automóveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.500 cm3 e <= 3.000 cm3 - automóvel carros

1,04

870423 Veículos automóveis para transporte de mercadorias, com motor de pistão, de ignição por compressão, de peso em carga máxima > 20 t - caminhão caminhões

1,26

870600 Chassis com motor para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 3,78

870840 Caixas de marchas (velocidade) e suas partes, para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 1,58

880230 Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 2.000 kg e <= 15.000 kg, vazios 2,17

880240 Aviões e outros veículos aéreos, de peso > 15.000 kg, vazios 3,42

890520 Plataformas de perfuração ou de exploração, flutuantes ou submersíveis 1,57

890800 Embarcações e outras estruturas flutuantes, para demolição 4,94

900110 Fibras ópticas, feixes e cabos de fibras ópticas 1,25

901841 Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados com outros equipamentos dentários 5,32

930621 Cartuchos para espingardas e carabinas de cano liso 1,91

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

Apêndice C: Cálculo dos acréscimos potenciais segundo a Hipótese do Potencial

Atingido.

Tabela 32. Cálculo dos acréscimos potenciais segundo a Hipótese do Potencial Atingido

(Continua).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ Comércio potencial (US$)

120720 Sementes de algodão, mesmo trituradas 10,01 - 4.523.453,74

140420 Línteres de algodão 21,05 0,42 4.273.129,48

151530 Óleo de rícino e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados

3,96 - 7.535.356,08

250610 Quartzo 3,48 0,69 1.978.013,83

252490 Outras formas de amianto (asbesto) 19,99 0,00 6.946.028,46

252510 Mica em bruto ou clivada em folhas ou lamelas irregulares 16,24 0,14 856.996,28

260300 Minérios de cobre e seus concentrados 6,41 0,19 439.046.829,40

260400 Minérios de níquel e seus concentrados 8,08 - 77.777.867,83

260600 Minérios de alumínio e seus concentrados 29,99 - 74.833.087,41

260900 Minérios de estanho e seus concentrados 5,98 0,27 4.440.992,78

270900 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 1,39 0,84 5.450.449.245,34

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).

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186

Tabela 32. Cálculo dos acréscimos potenciais segundo a Hipótese do Potencial Atingido

(Conclusão).

NCM-6 Descrição ³¬®±̄ ³´¬®±̄ Comércio potencial (US$)

290122 Propeno (propileno) não saturado 4,75 0,03 69.894.726,55

290230 Tolueno 3,51 - 19.374.300,71

291614 Ésteres do ácido metacrílico 3,73 0,00 18.431.968,02

291712 Ácido adípico, seus sais e ésteres 1,64 0,00 7.796.876,81

291735 Anidrido ftálico 2,75 - 4.955.388,47

292610 Acrilonitrila 5,06 0,19 30.211.753,41

370243 Filmes sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 610 mm e comprimento <= 200 m, em rolos

2,10 - 855.608,06

370244 Filmes, sensibilizados, não impressionados, não perfurados, de largura > 105 mm, mas <= 610 mm, em rolos

1,50 - 1.267.552,10

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em forma primária 3,40 0,14 156.672.453,34

390130 Copolímeros de etileno e acetato vinila, em formas primárias 5,32 0,90 29.338.731,10

390210 Polipropileno, em forma primária 3,11 0,96 138.328.869,67

390230 Copolímeros de propileno, em formas primárias 1,22 0,21 56.294.520,74

390940 Resinas fenólicas, em formas primárias 2,45 0,00 11.775.572,41

400219 Outras borrachas de estireno-butadieno ou de estireno-butadieno-carboxiladas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

2,87 0,01 51.391.191,85

400299 Outras borrachas sintéticas e artificiais, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras

2,08 0,02 8.660.509,63

400591 Outras borrachas misturadas, não vulcanizadas, em chapas, folhas ou tiras

1,72 0,19 8.205.502,58

410510 Peles de ovinos, depiladas, mesmo divididas, no estado úmido (incluindo wet blue)

1,86 0,88 1.500.848,29

410799 Outros couros e peles, incluídas as ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos, preparados após curtimenta ou secagem

2,63 0,44 8.325.425,39

430219 Peleteria (peles com pêlo) curtida ou acabada de outros animais, inteira, não reunida

4,61 0,10 6.116.672,28

440122 Madeira de não coníferas, em estilhas ou em partículas 5,34 0,03 31.744.498,81

440799 Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de espessura > 6 mm

9,15 0,26 40.647.545,73

540771 Outros tecidos crus ou branqueados, contendo => 85% em peso de filamentos sintéticos

3,67 - 1.032.453,55

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 2,29 - 6.266.455,94

550200 Cabos de filamentos artificiais 3,18 - 15.413.677,14

560312 Falsos tecidos de filamentos sintéticos ou artificiais, de peso > 25 g/m2 e <= 70 g/m2

1,34 0,01 10.393.349,46

700231 Tubos de quartzo ou de outras sílicas fundidos, não trabalhados 4,04 0,00 4.342.285,84

700232 Tubos de outros vidros, com coeficiente de dilatação linear <= 5x106 por Kelvin, não trabalhados

4,41 - 1.237.680,65

722710 Fio-máquina de aços de corte rápido - siderúrgicos 3,70 - 778.637,71

840682 Outras turbinas a vapor, de potência <= 40 MW 7,10 - 7.964.204,67

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos 2,32 0,00 37.879.392,30

844519 Outras máquinas para preparação de matérias têxteis 2,37 - 1.490.435,11

844831 Guarnições de cardas 4,49 0,11 1.410.543,07

845530 Cilindros de laminadores, de metais 3,75 0,26 14.405.267,23

848310 Árvores (veios) de transmissão, incluídas as de excêntricos (cames) e virabrequins (cambotas) e manivelas

2,92 0,18 61.924.802,31

850153 Outros motores elétricos de corrente alternada, polifásicos, de potência > 75 kW

7,09 0,01 40.521.690,48

Fonte: elaboração própria, a partir de informações colhidas em Brasil (2012b) e WTO (2012b).