leitura e producao textual

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  • Equipe EAD

    REITORIAProf. Ms. Cristina Nitz da Cruz

    PR-REITORIA DE GRADUAOProf. Ms. Marcos Barros

    COORDENAO GERALRicardo Teodoro Martins

    ASSESSORIA PEDAGGICASandra Regina Pinto Pestana

    DESIGN INSTRUCIONALSamira Santana Dias

    REVISO TEXTUALAricinara Porto OFarrell

    DESIGN GRFICOJoo Mrio Chaves Jnior

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    Apresentao

    Ol, estudante! Seja bem-vindo(a)!

    Voc est iniciando mais uma disciplina na modalidade de Educao a Distncia. Trata-se de Leitura e Produo Textual.

    Na vida pessoal, o domnio do portugus pode ser a base de projetos de vida bem-sucedidos. No campo profissional, pode fazer a diferena.

    O presente material est estruturado em quatro mdulos devidamente organizados e sistematizados apresentando o contedo de forma abrangente, significativa e prtica. O mdulo I compe-se dos Fundamentos Linguisticos da Comunicao, abordando todos os aspectos e elementos envolvidos no processo da comunicao. O mdulo II discorre sobre Texto e Textualidade. O mdulo III traz o entendimento da Gramtica. Para finalizar, o mdulo IV trata da Redao Oficial e da Correspondncia Empresarial.

    O objetivo deste material dar suporte para a capacitao do aluno, atravs das orientaes transmitidas e apreendidas, alm de atividades prticas que iro proporcionar o uso correto da linguagem e, consequentemente, a lavra adequada de um texto, seja no campo profissional, quando na execuo das tarefas no ambiente de trabalho, seja fora deste.

    Passar-se- a compreender que quando um profissional codifica suas ideias em mensagens, medida que se comunica com outra pessoa, ele precisa refletir na sua habilidade, atitude, conhecimento e sistema sociocultural, de forma a reduzir, minimizar ou mesmo eliminar, qualquer distoro no processo de comunicao.

    Seja bem-vindo ao processo pela busca do saber, onde voc um sujeito ativo e o professor um mediador, e que juntos, possamos estabelecer uma cumplicidade valorizada por curiosidade, motivao e exigncia.

    O hbito de leitura e estudo para alm deste material, so condies essenciais para um melhor aproveitamento do curso. Dessa forma, o ambiente virtual de aprendizagem (AVA-Moodle) uma ferramenta importante na complementao do aprendizado, seja pelos fruns, chats, atividades ou acesso bibliografia complementar.

    Faz-se necessrio lembrar que todas as orientaes para a formatao e uniformizao dos trabalhos acadmicos esto apresentadas e seguem os critrios da ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas, atravs das Normas Brasileiras Regulamentadoras - NBR 6023 (Referncias) e NBR 10520 (Citaes), como aqueles definidos pelo UNICEUMA.

    Bons estudos!

    Prof Alessandra Sampaio Couto

  • Sum

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    Sumrio

    APRESENTAO ....................................................................................................03

    MDULO I FUNDAMENTOS LINGUSTICOS DA COMUNICAO

    1. COMUNICAO E LINGUAGEM ....................................................................082. ELEMENTOS DA COMUNICAO ................................................................113. FUNES DA LINGUAGEM ............................................................................124. SIMULTANEIDADE E TRANSITIVIDADE DAS FUNES DA LINGUAGEM .............................................................................................................135. LNGUA ORAL E LNGUA ESCRITA ...............................................................146. NVEIS DA LINGUAGEM ..................................................................................15

    MDULO II TEXTO E TEXTUALIDADE

    1. O QUE TEXTO? ..................................................................................................202. TIPOLOGIA TEXTUAL ........................................................................................22

    MDULO III GRAMTICA

    1 PONTUAO ...........................................................................................................262. SINTAXE: A CONSTRUO DOS ENUNCIADOS .......................................293 EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS .......................................................31

    MDULO IV REDAO OFICIAL E CORRESPONDNCIA

    1. REDAO OFICIAL E CORRESPONDNCIA EMPRESARIAL ..............422. TIPOS DE DOCUMENTOS ................................................................................442.1 Memorando ............................................................................................................442.2 Ofcio ........................................................................................................................462.3 Procurao ..............................................................................................................492.4 Relatrio ..................................................................................................................503 FORMAS DE TRATAMENTO UTILIZADAS NA REDAO OFICIAL .....514. O E-MAIL OU CORREIO ELETRNICO .....................................................56

    REFERNCIAS ............................................................................................................64

  • Mdulo

    I

    Fundamentos Lingusticos da Comunicao

    A linguagem o nico privilgio de que o homem dispe para exprimir a superioridade de sua inteligncia sobre as demais criaturas

    (ANDRADE apud JONHSON, Ben, 2006, p.3)

  • 8Leitura e Produo Textual

    1. COMUNICAO E LINGUAGEM

    A palavra comunicar vem do latim communicare, que significa por em comum. A palavra comunicar est associada ideia de convivncia, vida em comum, em sociedade, podemos dizer que o objetivo da comunicao o entendimento entre os homens (ANDRADE E MEDEIRO, 2006, p.3).

    Encontra-se comunicao em diversas formas, no apenas a comunicao verbal, falada ou escrita, mas tambm os gestos, imagens, sons, artes, sinais de computador e outros, que faz parte da linguagem no-verbal. A linguagem serve para estruturar as comunicaes interpessoais, o mundo interior, o pensar, o conhecer, as emoes.

    A comunicao se utiliza da linguagem atravs de um sistema de signos e smbolos, de qualquer natureza, seja ela uma lngua ou um dialeto falado ou escrito, gestos, batidas, cores, uma inscrio em pedra, sinais luminosos ou sinais sonoros, como os do cdigo Morse, ou ainda, uma srie de pulsos de nmero binrio em um computador.

    Muitas so as teorias que tentam esclarecer as origens da linguagem humana, que deve ter surgido a partir da necessidade que o homem sentiu de trocar ideias e experincias com outros membros do seu grupo nos estgios primitivos, o que temos certo a respeito do assunto que a linguagem apareceu e desenvolveu-se para servir a comunicao (ANDRADE E MEDEIROS, 2006, p.4)

    O homem se utiliza da linguagem verbal e no-verbal. O homem fala atravs do corpo (linguagem corporal), de gestos, por meio de imagens. Os sinais de trnsito so exemplos de comunicao no verbal.

    O problema desse tipo de linguagem informal, como os gestos, no apresenta significados universais. O mesmo gesto pode ter diferentes significados de acordo com o lugar.

    EXEMPLOS DO SIGNIFICADO DOS GESTOS EM DIFERENTES LOCAIS

    Apertar a ponta da orelha

    No Brasil - um sinal de aprovao

    Na ndia - uma forma de se desculpar, ou de mostrar arrependimento por uma falha ou erro cometido.

    Na Itlia - Indica que a pessoa que est sendo apontada homossexual

    Apontar com o polegar para cima, com os quatro outros dedos fechados na palma

    No Japo - Significa o nmero 5

    Na Alemanha - Significa o nmero 1

    No Brasil - Significa que est tudo certo e serve tambm para pedir carona

    Na Europa e EUA - o pedido de carona

    Na Turquia - Significa uma cantada para sair com homossexual

    Na Nigria e Austrlia - um gesto obsceno.

  • 9 Curso de Graduao a Distncia

    Diferente dos smbolos convencionais considerados linguagem universal, so mais facilmente identificados e codificados, como as placas para sinalizao turstica.

    http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/rodovias-do-parana-terao-placas-de-sinalizacao-turistica

    Conclui-se que a comunicao realizada atravs da linguagem e existem vrias formas de linguagem tanto verbal como no-verbal.

    ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM:

    Leia o texto: A televiso e a volta das cavernas e responda:

    O que o autor quis dizer com a palavra desinventam no terceiro pargrafo, linha 10?

    Voc concorda com o autor? Por qu?

    D seu ponto de vista sobre a evoluo da comunicao.

  • 10

    Leitura e Produo Textual

    Anlise de texto:

    A televiso e a volta s cavernas

    Tende-se a esquecer, nestes tempos, que o melhor meio de comunicao j inventado a palavra

    Qual a minha porta? Est o leitor, ou a leitora, diante dos toaletes de um restaurante, um teatro ou hotel, e com frequncia experimentar um momento de vacilao. No que tenha dvida quanto ao prprio sexo. A dvida com relao queles sinais inscritos sobre cada uma das duas portas -- que querem dizer? Olha-se bem. Procura-se decifrar seu significado profundo. Enfim, vem a iluminao: ah, sim, este um boneco de calas. Sim, parece ser isso. E aquela silhueta, ali ao lado, parece ser uma boneca de saia. Ento, esta a minha porta, concluir o leitor. E aquela a minha, concluir a leitora.

    A humanidade demorou milhes de anos para inventar a linguagem escrita e vm agora as portas dos toaletes e a desinventam. Por que no escrever homens e mulheres, reunio de letras que proporciona a segurana da clareza e do entendimento imediato? No. Algumas portas exibem silhuetas de calas e saias. Outras, desenhos de cartolas, luvas, bolsas, gravatas, cachimbos e outros adereos de uso supostamente exclusivo de um sexo ou outro. Milhes de anos de progresso da humanidade, at a inveno da comunicao escrita, so jogados fora, porta dos toaletes.

    E no entanto a palavra, a palavra escrita especialmente, continua sendo um estupendo meio de comunicao. Deixa-se um bilhete para um colega de trabalho dizendo Fui para casa, e vazado nesses termos, com o uso dessas trs singelas palavrinhas, ser sem dvida de entendimento mais fcil e unvoco do que se se desenhar uma casinha de um lado, um hominho de outro, e uma flecha indicando o movimento de um para a outra. Vivemos um tempo de culto da imagem. Esquece-se o valor inestimvel da palavra.

    A comunicao escrita muito eficiente, inclusive porque tem o dom de atravessar os sculos. Tomemos Cames. Claro que se algum cinegrafista amador tivesse registrado o naufrgio do poeta, perto da foz do Rio Mekong, nos confins da sia, e as cenas em que ele, como diz a lenda, procurava a salvao simultnea da prpria vida e da obra, nadando com um brao e com o outro segurando os originais dos Lusadas, acima da linha dgua para mant-los secos, seria um documento de grande valor. Teramos uma edio de gala do Jornal Nacional. Mas o filme s despertaria esse interesse porque Cames Cames. Ou seja, porque autor de uma obra escrita que atravessou os sculos. Cames comunica-se conosco, quatro sculos depois de sua morte, porque se utilizou dessa ferramenta insubstituvel que a palavra gravada num papel, ou num papiro, ou numa prensa.

    O pensador italiano Norberto Bobbio, em seu ltimo livro publicado no Brasil (O Tempo da Memria), afirma que se irrita em falar ao telefone. Bobbio cita outro italiano, Guido Ceronetti, que escreveu: Sempre que posso (...) fao apaixonada apologia de escrever cartas entre seres pensantes, ainda no embrutecidos, que se comunicam apenas pelo telefone, ou ento por fax ou telefone celular. (...) O homem que pensa de verdade escreve cartas aos amigos.

    O homem do sculo XX acostumou-se a pensar que o sculo XX maravilhoso. Em matria de cincia e tecnologia, suas conquistas seriam inigualveis. V l, o telefone representou um avano. Mas consideremos, por um momento, o que ele ps a perder. O hbito de escrever cartas, como diz Ceronetti, e o exerccio de inteligncia que isso representa. A conversa direta, olho no olho. O hbito de fazer visitas, de procurar diretamente as pessoas. Com telefone, no teria havido este ponto alto da criao humana que o romance do sculo XIX. Os enredos tm base em visitas, encontros inesperados, notcias que chegam tarde. Com telefone, no h histria de Dostoievski, Balzac, Dickens ou Ea de Queiroz que resista.

  • 11

    Curso de Graduao a Distncia

    A desvalorizao da comunicao escrita, em nosso tempo, comea numa banalidade como as portas dos toaletes e culmina neste smbolo do sculo que o culto das conquistas tecnolgicas -- do rdio ao telefone celular, no caso das comunicaes. Ora, conquista por conquista, continua insupervel, no mesmo ramo das comunicaes, em primeiro lugar a inveno de uma lngua comum, em cada determinada comunidade, e em segundo a reproduo dessa lngua em signos escritos.

    Lorde Thomson of Monifieth, um ingls que j presidiu a Independent Broadcasting Authority, rgo de superviso do sistema de rdio e televiso na Gr-Bretanha, disse certa vez numa conferncia que lamenta no ter surgido na histria da humanidade primeiro a televiso, e depois os tipos mveis de Gutenberg. Penso que imprimir e ler representam formas mais avanadas de comunicao civilizada do que a transmisso de TV, afirmou. Esse lcido ingls confessou que, em seus momentos sombrios, se sente incomodado com o pensamento de que a humanidade caminhou milhes de anos para voltar ao ponto de partida. Comeou magnetizada pelos desenhos nas paredes das cavernas e terminou magnetizada diante das figuras de alta definio nas paredes onde se embutem os aparelhos de televiso.

    (Roberto Pompeu de Toledo. Veja, 25 jun. 1997.)

    2. ELEMENTOS DA COMUNICAO

    Para que ocorra a comunicao, so necessrios seis elementos fundamentais:

    Emissor remetente , destinador;

    Destinatrio receptor, ouvinte, leitor;

    Canal meio (jornal, emissora de rdio ou televiso, carta, etc.)

    - Natural rgos sensoriais

    - Tecnolgico Espacial (leva a mensagem de um lugar para o outro Ex. rdio, televiso

    - Temporal (leva a mensagem de uma poca para outra)

    Cdigo conjunto de sinais estruturados. Pode ser verbal (palavra escrita ou falada) e no verbal (visual ou sonoro);

    Referente ou Informao assunto da comunicao;

    Mensagem tudo que transmitido pelo emissor.

    Para que ocorra a mensagem necessrio que todos os elementos funcionem adequadamente, caso contrrio no haver comunicao, mas sim um rudo.

  • 12

    Leitura e Produo Textual

    3. FUNES DA LINGUAGEM

    O primeiro a estudar as funes da linguagem foi Karl Buhler, que estabeleceu uma relao entre o emissor (1. Pessoa), o receptor (2. Pessoa) e as coisas que se fala (3. Pessoa). Atualmente adotado um esquema desenvolvido por Roman Jakobson em Lingustica e Comunicao (ANDRADE E ANDRADE, 1999. Pag.22):

    Funo ftica (ou de contato) visa estabelecer, prolongar ou interromper a comunicao e serve para testar a eficincia do canal. Ex: Al, al, astronautas na Lua, vocs conseguem me ouvir?

    Funo metalingustica consiste numa recodificao, existe quando a linguagem fala de si mesma. Ex: A Lua um satlite natural da Terra.

    Funo potica centra-se na mensagem, que aqui mais do que um meio. Ocorre o predomnio da conotao e do subjetivismo. Ex: ... a lua era um desparrame de prata.

    Funo emotiva (ou expressiva) nfase no emissor, no eu. Portanto, h a expresso de emoes, opinies. Dotada de linguagem subjetiva, esta funo muito encontrada em textos biogrficos, cartas, dirios, em algumas poesias etc. Ex.: Eu gosto tanto de voc, que at prefiro esconder, deixa assim ficar subentendido... (Lulu Santos)

    Funo apelativa (ou conativa) nfase no receptor. O texto volta-se para tentar convenc-lo a mudar de ideia, postura, atitude. comum o uso de vocativo, de pronomes de tratamento como tu e voc, de verbos no imperativo, com o intuito de aproximar-se deste receptor. Esta funo muito encontrada nos sermes e nos textos publicitrios. Ex.: Beba Coca-cola.

    Funo informativa (denotativa ou referencial) nfase no assunto, informao ou referente. Linguagem denotativa, clara, objetiva, com termos no sentido real e ou dicionarizado so comuns aos textos que tm esta funo como predominante. muito encontrada nos textos de notcias, nos livros didticos, nos textos tcnicos. Ex.: O Brasil est entre os pases que apresenta maior nmero de crianas obesas.

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    Curso de Graduao a Distncia

    4. SIMULTANEIDADE E TRANSITIVIDADE DAS FUNES DA LINGUAGEM

    Todos os estudiosos sobre linguagem enfatizam a simultaneidade das funes da linguagem, isto , em uma mesma mensagem coexiste vrias funes. A determinao da funo predominante depender da finalidade da comunicao.

    Por exemplo, um anncio de venda de um imvel apresenta como principal funo a funo conativa (dirige-se ao comprador), apresenta a funo referencial (apresenta informaes) e pode contar com a funo emotiva e potica. Veja:

    GUARUJ!!!!88!Jovem jornalista vende seu apartamento, ninho comprado com muito amor e carinho. Veja s: pertinho do mar, com dois dormitrios, 2 banheiros, sala com terrao. Tem ainda boa cozinha, rea de servio, garagem. Mobiliado!!! Prdio novinho! Com dor no corao vende por 9 milhes vista. TRATAR Av. D. Pedro I 70 ou pelo telefone 22-5927.

    ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM:

    Responda as questes abaixo sobre funo da linguagem.

    Historinha I

    Historinha II

    Qual a funo da linguagem comum s duas historinhas?

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    Leitura e Produo Textual

    5. LNGUA ORAL E LNGUA ESCRITA

    A linguagem pode ser oral ou escrita. Apesar de a lngua ser a mesma, mas h uma grande diferena na maneira de falar e de escrever. Tais como:

    LINGUAGEM ORAL LINGUAGEM ESCRITARepetio de palavras Vocabulrio rico e variado, emprego de sinnimosEmprego de gria e neologismo Emprego de termos tcnicosMaior uso de onomatopeias Vocbulos eruditos, substantivos abstratosEmprego restrito de certos tempos e aspectos verbais

    Emprego do mais-que-perfeito, subjuntivo, futuro do pretrito

    Colocao pronominal livre Colocao pronominal de acordo com a gramticaSupresso dos relativos (p.ex. cujo) Emprego de pronomes relativos

    2. (CESUPA - CESAM - COPERVES) Segundo o lingusta Roman Jakobson, dificilmente lograramos (...) encontrar mensagens verbais que preenchem uma nica funo... A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da funo predominante.

    Meu canto de morte

    Guerreiros, ouvi.

    Sou filho das selvas

    Nas selvas cresci.

    Guerreiros, descendo

    Da tribo tupi.

    Da tribo pujante,

    Que agora anda errante

    Por fado inconstante.

    Guerreiros, nasci:

    Sou bravo, forte,

    Sou filho do Norte

    Meu canto de morte,

    Guerreiros, ouvi.

    (Gonalves Dias)

    Indique a funo predominante no fragmento acima transcrito, justificando a indicao.

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    Curso de Graduao a Distncia

    Frases feitas, chaves Variedade na construo das frasesAnacolutos (ruptura de construo) Sintaxe bem elaboradaFrases inacabadas Frases bem construdasFormas contradas, omisso de termos no interior das frases

    Clareza na redao, sem omisses e ambiguidades

    Predomnio da coordenao Emprego de coordenao e subordinao

    ANDRADE E ANDRADE,1999.pag. 34

    A linguagem falada usualmente pessoal, para conversao, sendo composta durante o ato de falar. A linguagem escrita, na maioria dos casos, premeditada para ser lida na ausncia do autor (Colin Cherry)

    6. NVEIS DA LINGUAGEM

    Para que ocorra uma comunicao eficiente, precisamos observar as variaes lingusticas ou dialetos.

    Essas variaes sofrem vrias influncias etrios, geogrficas, sociolgicas ou contextuais.

    A lngua falada pode ser:

    CultaColoquialVulgar ou incultaRegional

    GrupalGriaTcnica

    A lngua escrita pode ser:No-literria

    Lngua-padroColoquialVulgar ou incultaRegional

    GrupalGriaTcnica

    Literria

    Lngua Falada

    a) Lngua Culta a lngua falada pelas pessoas de instruo. Obedece gramtica da lngua-padro.

    b) Lngua Coloquial a lngua espontnea sem preocupao com as formas lingusticas. a lngua cotidiana, que comete pequenos deslizes gramaticais.

  • 16

    Leitura e Produo Textual

    c) Lngua Vulgar ou inculta prpria das pessoas sem instruo. Infringe totalmente as regras gramaticais.

    d) Lngua Regional est circunscrita regies geogrficas.e) Lngua Grupal pertence a grupos fechados.f) Tcnica est relacionada com as cincias e as profisses.g) Gria relaciona-se a grupos fechados, que pode ser formado pela profisso, idade, grupo social e outros. Quando a gria grosseira chamamos de Calo.

    Lngua Escrita

    a) Lngua No-literria possui as mesmas caractersticas das variantes da lngua falada, tais como: lngua padro(culta), coloquial, vulgar, regional e grupal, possuindo as mesmas finalidades e registros.

    b) Lngua literria o instrumento utilizado pelos escritores, podendo ocorrer certas infraes gramaticais.

    Signos

    Considera-se que os sinais ou signos classificam-se em dois tipos: verbais e no-verbais.

    Os signos verbais so as palavras que constituem uma Lngua.Os signos no-verbais referem-se a qualquer outro signo que no seja a palavra falada ou escrita.

    Esses signos so criados com desenhos, sons, cores etc.

    Ento, a linguagem um conjunto de signos organizados, formando um sistema, formando de meio um comunicao dentre os indivduos.

    NVEIS DE LINGUAGEM: VAMOS REFLETIR?

    Leia com ateno o texto abaixo e redija um comentrio acerca das falas dos personagens presentes no texto.

    A, Galera

    Jogadores de futebol podem ser vtimas de estereotipao. Por exemplo, voc pode imaginar um jogador de futebol dizendo estereotipao? E, no entanto, por que no?

    - A, campeo. Uma palavrinha pra galera.

    - Minha saudao aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso de seus lares.

  • 17

    Curso de Graduao a Distncia

    - Como ?

    - A, galera.

    - Quais so as instrues do tcnico?

    - Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de conteno coordenada, com energia otimizada, na zona de preparao, aumentam as probabilidades de, recuperado o esfrico, concatenarmos um contragolpe agudo, com parcimnia de meios e extrema objetividade, valendo-nos na desestruturao momentnea do sistema oposto, surpreendido pela reverso inesperada do fluxo da ao.

    - Ahn?

    - pra dividir no meio e ir pra cima pra pegar eles sem cala.

    - Certo. Voc quis dizer mais alguma coisa?

    - Posso dirigir uma mensagem de carter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsvel e piegas, a uma pessoa qual sou ligado por razes, inclusive, genticas?

    - Pode.

    - Uma saudao para a minha progenitora.

    - Como ?

    - Al, mame!

    - Estou vendo que voc um, um...

    - Um jogador que confunde o entrevistador, pois no corresponde expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expresso e assim sabota a estereotipao?

    - Estereoqu?

    - Um chato?

    - Isso.

    (Luis Fernando Verssimo)

    Variedade e Unidade da Lngua Portuguesa

    O conceito de lngua bastante amplo, englobando as manifestaes da fala, com suas incontveis possibilidades. Dentro desse extenso universo, h tambm variaes que no so decorrentes do uso individual da lngua, mas sim, de outros fatores. Esses fatores podem ser: geogrficos, sociais, profissionais e situacionais.

    a) Geogrficos: h variaes entre as formas que a lngua portuguesa assume nas diferentes regies em que falada. Basta pensar nas evidentes diferenas entre o modo de falar, por exemplo, de um lisboeta (natural ou habitante de Lisboa) e de um carioca ou na expresso de um gacho em contraste com a de um paraense. Essas variaes regionais constituem os falares e os dialetos;

  • 18

    Leitura e Produo Textual

    b) Sociais: o portugus empregado pelas pessoas que tm acesso escola e aos meios de instruo difere daquele empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de lngua que goza de prestgio, enquanto outras, so vtimas de preconceito por empregarem formas menos prestigiadas. Cria-se, desta maneira, uma modalidade de lngua a norma culta -, que deve ser adquirida durante a vida escolar e cujo domnio solicitado como forma de ascenso profissional e social. O idioma , portanto, um instrumento de dominao e discriminao.

    Tambm so socialmente condicionadas certas formas de lngua que alguns grupos desenvolvem a fim de evitar a compreenso por parte daqueles que no pertencem ao grupo. O emprego dessas formas de lngua proporciona o reconhecimento fcil dos integrantes de uma comunidade restrita, seja um grupo de estudantes, seja uma quadrilha de contrabandistas. Assim se formam as grias, variantes lingusticas sujeitas a contnuas transformaes;

    c) Profissionais: o exerccio de certas atividades requer o domnio de certas formas de lngua chamadas lnguas tcnicas. Abundantes em termos especficos, essas variantes tm seu uso praticamente restrito ao intercmbio tcnico de engenheiros, mdicos, qumicos, linguistas e outros especialistas;

    d) Situacionais: em diferentes situaes comunicativas, um mesmo indivduo emprega diferentes formas de lngua. Basta pensar nas atitudes assumidas em situaes formais (um discurso numa solenidade de formatura, por exemplo) e em situaes informais (uma conversa descontrada com amigos). Em cada uma dessas oportunidades, emprega-se formas de lngua diferentes, procurando adequar o nvel vocabular e sinttico ao ambiente lingustico em que o sujeito se encontra.

    Quando o uso da lngua abandona as necessidades estritamente prticas do cotidiano comunicativo e passa a incorporar preocupaes estticas, surge a lngua literria. Nesse caso, a escolha e a combinao de elementos lingusticos subordinam-se atividades criadoras e imaginativas. Cdigo e mensagem adquirem uma importncia elevada, deslocando o centro de interesse para aquilo que a lngua em detrimento daquilo para que ela serve.

    (Texto de Ulisses Infante. Do texto ao texto. So Paulo. Ed. Scipione.)

  • Mdulo

    II

    Texto e Textualidade

  • 20

    Leitura e Produo Textual

    1. O QUE TEXTO?

    A palavra texto tem sua origem no latim textum, que significa tecido, entrelaamento. Portanto, podemos dizer que o texto resulta de um trabalho de entrelaar vrias partes inter-relacionadas formando um todo significativo, que depende da coerncia conceitual, da coeso sequencial e tambm da adequao s circunstncias e condies de uso da lngua.

    Em sentido mais abrangente, uma pintura, uma escultura, um desenho, uma foto, tambm so formas textuais, uma vez que todos esses objetos geram um todo de sentido. Desse modo, podemos falar de texto verbal, texto visual, texto pictrico, etc. No entanto, apesar da importncia de todos os tipos de texto, para o nosso estudo, vamos priorizar o texto verbal, aquele que utiliza a palavra.

    Entende-se por texto todo componente verbalmente enunciado de um ato de comunicao pertinente a um jogo de atuao comunicativa, caracterizado por uma orientao temtica e cumprindo uma funo comunicativa identificvel, isto , realizando um potencial elocutrio determinado. (SCHMIDT, S. J. Lingustica e teoria do texto. So Paulo: Pioneira, 1978

    Podemos definir texto como uma unidade bsica de organizao e transmisso de ideias, conceitos e informaes, ou seja, uma unidade lingustica com propriedades estruturais especficas.

    Um texto no , portanto, uma sequncia de frases soltas. Existem caractersticas que diferem um texto de um aglomerado de frases: estrutura, organizao, propsito, coeso, carter sociocomunicativo, etc.

    Ao descrever os mecanismos de estruturao textual, Mira Mateus et al (1983) denominam textualidade o conjunto de propriedades que uma manifestao da linguagem humana deve possuir para ser um texto e consideram esse conjunto formado das seguintes propriedades: conectividade, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, intertextualidade, informatividade.

    Vamos compreender melhor cada uma dessas propriedades:

    Conectividade a interdependncia semntica de ocorrncias textuais. Essa interdependncia se estabelece a partir de dois mecanismos: COERNCIA E COESO

    A coerncia essencial, faz com que uma sequncia lingustica qualquer seja vista como um texto. a coerncia, atravs de vrios fatores, que permite estabelecer relaes (sinttico-gramaticais, semnticas e pragmticas) entre os elementos da sequncia (morfemas, palavras, expresses, frases, pargrafos, captulos, etc), permitindo constru-la e perceb-la, na recepo, como constituindo uma unidade significativa global. Portanto a coerncia que d textura e textualidade sequncia lingustica, entendendo-se por textura ou textualidade aquilo que converte uma sequncia lingustica em texto. Assim sendo, podemos dizer que a coerncia d incio textualidade. (KOCH, I.V. & TRAVAGLIA L. C. A coerncia textual. So Paulo, Contexto, 1995. p.45)

    A coeso, segundo o Dicionrio de Linguagem e Lingustica, de R. Larry Trask a presena em um discurso de ligaes lingusticas explicitas que criam estrutura. Em outras palavras, a coeso ocorre quando a interpretao de algum elemento no discurso depende da interpretao de um outro elemento.

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    Curso de Graduao a Distncia

    Intencionalidade diz respeito ao empenho do produtor em construir um discurso coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente numa situao comunicativa (informar, convencer, pedir, impressionar, ofender, etc);

    Aceitabilidade a disposio que o receptor tem para aceitar o que est sendo dito (contrato de cooperao entre os interlocutores);

    Situacionalidade diz respeito aos elementos responsveis pela pertinncia e relevncia do texto em relao ao contexto em que ocorre, ou seja, a adequao do texto situao sociocomunicativa. Vale dizer que o contexto pode definir o sentido do discurso e orienta tanto a produo quanto a recepo;

    Informatividade diz respeito seleo e apresentao das informaes que o texto veicula;

    Intertextualidade a relao entre um texto e outros textos que constituem a experincia compartilhada pelo produtor e pelo recebedor.

    necessrio compreender que cada fator depende dos demais, no podendo ser entendido de modo isolado.

    ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM:

    Sobre coerncia e coeso:

    I- Ateno! Leia a sequncia abaixo para responder as questes que seguem :

    Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de So Paulo. Ele era to fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direo. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino no pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de l o motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o at a calada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.

    1- Podemos dizer que essa sequncia um texto? Justifique.

    2- Aponte os recursos coesivos usados na elaborao do texto.

    3- Identifique o que h de incoerente nessa sequncia.

    4- Elabore um texto dissertativo para explicar em que consiste um texto coerente.

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    Leitura e Produo Textual

    2. TIPOLOGIA TEXTUAL

    Cada tipo de texto mantm suas peculiaridades e caractersticas.

    1. Descrio: tipo de texto em que se representa verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicao de aspectos caractersticos, de pormenores individualizantes. Numa abordagem mais abstrata, podemos at descrever sensaes ou sentimentos. Descrever mais que apontar. Por isso, impe-se o uso de palavras especficas, exatas.

    Ex.: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudao, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moa da adorvel Dorinha..

    2. Narrao: uma modalidade textual em que se conta um fato fictcio ou real. Seus elementos constitutivos so: personagens, circunstncias, ao; o seu ncleo o incidente, o episdio, e o que a distingue da descrio a presena de personagens atuantes, que esto quase sempre em conflito.

    Ex.: Numa tarde de primavera, a moa caminhava a passos largos em direo ao convento. L estariam a sua espera o irmo e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e o medo de no mais ser esperada...

    Em geral, a narrao e descrio se misturam nos textos, tornando-se difcil, s vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos.

    A Narrao envolve:1- Quem? Personagem;

    2- Qu? Fatos, enredo;

    3- Quando? A poca em que ocorreram os acontecimentos;

    4- Onde? O lugar da ocorrncia;

    5- Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;

    6- Por qu? A causa dos acontecimentos

    3. Dissertao: dissertar expor ideias, defender um ponto de vista baseado em argumentos lgicos.. Aqui no basta expor, narrar ou descrever, necessrio explanar e explicar. O raciocnio que deve imperar neste tipo de composio.

    Ex.: Tem havido muitos debates em torno da ineficincia do sistema educacional do Brasil. Ainda no se definiu, entretanto, uma ao nacional de reestrutura do processo educativo, desde a base ao ensino superior.

    4. Injuntivo: texto utilizado para aconselhar. A caracterstica forte nesse tipo de texto o verbo no imperativo. Um exemplo o modo de preparo nas receitas.

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    Curso de Graduao a Distncia

    Gneros Textuais.

    Os gneros textuais como prticas scio-histricas contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. So tipos especficos de textos de qualquer natureza, literrios ou no. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funes sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Desse modo, podem ser considerados exemplos de gneros textuais: crnicas, notcias convites, anncios, atas, avisos, bulas, cartas, contos, editoriais, ementas, ensaios, entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos polticos, instrues de uso, letras de msica, leis etc.

    Diferena entre gneros textuais e tipos textuais.

    Gneros Textuais so os textos materializados, encontrados em nosso cotidiano. Apresentam caractersticas sociocomunicativas definidas por seu estilo, funo, composio, contedo e canal. Alguns tericos denominam descrio, narrao e dissertao como modos de organizao textual, diferenciando-os das nomenclaturas especficas que so consideradas gneros textuais.

    ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM:

    Sobre coerncia e coeso:

    1 - A coerncia e a coeso so dois fatores de textualidade. D o conceito de cada um, relacione as principais diferenas entre estes e justifique a necessidade desses dois fatores na elaborao do discurso e realizao da linguagem.

    2 - Considere verdadeiras ou falsas as afirmaes abaixo e, a seguir, justifique o seu ponto de vista.

    I - Pode haver texto sem coerncia, mas no sem coesoII - Pode haver texto coeso, embora esteja incoerente

    3 - Leia a sequncia que segue e responda, a seguir, o que se pede. No esquea de justificar as suas respostas.

    Um certo empresrio veio para o Brasil, para aqui abrir um negcio. O pas passa por uma crise cambial, com a elevao do dlar, nestes ltimos dias. Tambm muitos pases apresentam uma desigualdade social

    a) Podemos dizer que esse fragmento um texto? Por qu?

    b) O fragmento apresenta coeso textual?

    c) Se considerar necessrio, faa a reescritura do fragmento.

  • Mdulo

    III

    Gramtica

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    Leitura e Produo Textual

    1 PONTUAO

    USA-SE A VRGULA:

    1- Entre os termos da orao

    a) Em caso de aposto: - Reginaldo de Castro, notvel advogado, tem apresentado larga contribuio para o novo Cdigo Civil.

    b) Em caso de vocativo:- Que ideias ttricas, meu senhor!

    c) Em caso de enumerao:- Bacharis, Advogados, Juzes, Desembargadores esto envolvidos, compromissadamente, com as reformas do Poder Judicirio.

    d) Em datas:- So Lus, de de 200...

    e) Com certas palavras e/ou expresses explicativas, conclusivas, retificativas ou enfticas tais como: pois, porm, outrossim, isto , a saber, assim, bem, com efeito, sim, no, ou melhor, digo, por exemplo, etc.:

    - Com efeito, valeu a pena o nosso esforo.

    - Todos viram o filme, ou melhor, a maioria.

    f) Em caso de Zeugma (supresso do verbo):- Excelente profissional, aquele rapaz

    - Alessandra l contos; Rafhaela, romances.

    - O ENADE, perto de voc.

    g) Com Adjuntos adverbiais, especialmente quando deslocados:- No banquinho de trs ps, o caboclo enrolava seu cigarro.

    Obs: Se o adjunto for curto, mesmo deslocado, no precisa ser isolado por vrgula, a no ser que haja uma sequncia de adjuntos:

    -O Diretor voltou hoje.

    -Hoje o Diretor voltou.

    Hoje, agorinha mesmo, inesperadamente, o Diretor voltou.

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    h) Adjunto modificando uma orao inteira:

    - Lamentavelmente, ela no foi nova Europa.

    i) Nome de rua e n do imvel:- Rua 21 de novembro, 7023.

    j) Antes de ETC:- O juiz mostrou-se calmo, amvel, educado, etc.

    l) Em casos de gradao:- Aqui, canta-se; ali, dana-se; acol, bebe-se.

    m) Em oraes assindticas: - Eu pensei em mim, eu pensei em ti, eu chorei por ns G.Gil.

    n) Para separar oraes sindticas, exceto as iniciadas com a conjuno e: - A palestra foi interessante, porm tudo foi ilustrado.

    - Estuda, trabalha e ainda pratica esporte.

    NO SE USA A VRGULA:

    a) Entre o verbo e o seu complemento.- Ofereci um livro ao amigo.

    b) Entre o verbo e seu sujeito.- Os alunos leram bastante.

    c) Entre o nome e o seu complemento.- Temos necessidade de auxlio mtuo.

    d) Entre o aposto e a palavra fundamental.- O orador romano Ccero era senador.

    e) Entre o verbo e o ltimo termo do sujeito composto.- A terra, o cu, o mar so obras de Deus.

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    Leitura e Produo Textual

    O PONTO E VRGULA

    a) Separar oraes Coordenadas extensas: Muitos daqueles antigos livros de poesias populares eram interessantes; porm a maioria do povo daquela cidade do interior desconhecia a existncia deles.

    b) Separar oraes Coordenadas que j venham quebradas por vrgula:Com razo, aquelas pessoas, muitas vezes, reivindicam seus direitos; porm os insensveis burocratas, em tempo algum, deram ateno a elas.

    c) Separar vrios itens de um, considerando uma enumerao:

    Considerando:

    a) A valorizao;

    b) As altas de juros;

    c) E o crescente desemprego.

    DOIS PONTOS

    a) Para dar incio a uma fala ou citao.

    b) Para dar incio a uma sequncia que explica, esclarece, desenvolve, discrimina uma ideia anterior.

    A Pontuao faz uma grande diferena... Leia com ateno o texto a seguir:

    A IMPORTNCIA DA PONTUAO

    Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:

    Deixo meus bens minha irm no a meu sobrinho jamais ser paga a conta do alfaiate nada aos pobres

    Morreu antes de pontuar a frase. A quem deixava ele a fortuna?

    Eram quatro concorrentes.

    1) O sobrinho fez a seguinte pontuao:

    Deixo meus bens minha irm? No! A meu sobrinho. Jamais ser paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.

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    Curso de Graduao a Distncia

    2) A irm chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

    Deixo meus bens minha irm. No a meu sobrinho. Jamais ser paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.

    3) O alfaiate pediu cpia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele:

    Deixo meus bens minha irm? No! A meu sobrinho? Jamais! Ser paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.

    4) A, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretao:

    Deixo meus bens minha irm? No! A meu sobrinho? Jamais! Ser paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.

    Assim a vida. Somos ns quem colocamos os pontos. E isso faz a diferena!

    (AUTOR DESCONHECIDO)

    2. SINTAXE: A CONSTRUO DOS ENUNCIADOS

    Os tipos de sintaxe so:

    SINTAXE DE CONCORDNCIA:a) Concordncia Verbal

    b) Concordncia Nominal

    SINTAXE DE REGNCIA:a) Regncia Verbal

    b) Regncia Nominal

    SINTAXE DE COLOCAOA parte da gramtica normativa que trata da correta colocao dos pronomes oblquos

    tonos na frase, chamada de colocao pronominal.

    Os pronomes oblquos tonos podem ocupar trs posies em relao ao verbo.

    Exemplos:

    - Convidaram-me para a reunio (nclise)

    - No me convidaram para a reunio (prclise)

    - Convidar-me-o para a reunio (mesclise)

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    Leitura e Produo Textual

    O USO DA NCLISE

    1. Com verbos no incio da frase:- Emprestaram-me os livros.

    - Revelaram-nos os segredos.

    2. Verbo no imperativo afirmativo:

    - Todos, retirem-se imediatamente.

    3. Com verbo no gerndio:- Retirou-se, deixando-nos a ss.

    4. Verbo no Infinitivo Pessoal:

    - Era necessrio esper-la por instantes.

    - Calou-se para no magoar-se

    - Calou-se para no me magoar

    O USO DA MESCLISE

    Somente possvel quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro de pretrito, desde que o verbo no venha precedido por palavra atrativa.

    Exemplos:

    - Entregar-me-o os processos ainda hoje.

    - Entregar-me-iam os processos ainda hoje.

    - No me entregaro os processos

    - Nunca me entregariam os processos.

    O USO DA PRCLISE

    obrigatria quando houver palavra atrativa antes do verbo, desde que entre a palavra atrativa e o verbo no haja pausa marcada na escrita por sinal de pontuao.

    Principais Palavras Atrativas:a) De sentido negativo:

    (no, nunca, jamais, nada, ningum, etc.)

    - Nada nos interessa no presente.

    - Ningum lhe dava valor.

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    Curso de Graduao a Distncia

    b) A maioria dos advrbios:- Sempre me convidavam para audincias.

    - Aqui se estuda com afinco.

    c) Conjunes subordinativas e pronomes relativos:- Quando me falaram no dei crdito.

    - H acontecimentos que nos causam d.

    d) Pronomes indefinidos e Pronomes demonstrativos neutros:

    - Tudo se acaba no decorrer do tempo.

    - Aquilo nos diz respeito.

    e) Oraes interrogativas: - Quem te falou sobre o assunto?

    - Quando nos devolvero os documentos?

    f) Oraes iniciadas por palavras exclamativas ou optativas: - Quanto nos vale essa boa lembrana!

    - Deus te abenoe.

    3 EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS

    - USO DE PORQUE / POR QU / POR QU / PORQU

    Escreve-se Por que (pelo qual)Ex: No encontrei os documentos por que procurei.

    Escreve-se Por qu (quando depois dele vier escrita ou subentendida a palavra razo. Ao final da frase ser acentuado)

    Ex: Por que razo voc no foi ao Juizado?

    Por que ele no compareceu ao Jri?

    No sabemos por que ele faltou.

    Voc no foi por qu?

    Escreve-se Porque (quando se tratar de conjuno explicativa ou causal nesse caso, geralmente equivale a pois).

    Ex: Faltou ao Seminrio porque estava viajando.

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    Leitura e Produo Textual

    Escreve-se Porqu (quando se tratar de um substantivo). Ex: A sociedade sabe o porqu dos problemas sociais.

    - USO DE ONDE / AONDE

    Aonde: emprega-se com verbos que do ideia de movimento.Ex: Aonde voc vai com tanta pressa?

    Onde: emprega-se, evidentemente, com os verbos que no do ideia de movimento.Ex: Onde voc fica no Tribunal?

    - USO DE MAL / MAU

    Mau: sempre um adjetivo, seu antnimo bom.Ex: O senhor no mau advogado.

    Mal: pode ser:a) Advrbio de modo, equivale a bem.

    Ex: Comportou-se mal no tribunal

    b) Conjuno temporal, equivale a logo que.

    Ex: Mal entrou na Delegacia, brigou.

    c) Substantivo, haver sempre um determinante.

    Ex: O mal se paga com o prprio mal.

    ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM:

    As dificuldades mais frequentes na Lngua Portuguesa

    A FIM ou AFIM?O gosto dela era ................ ao da turma. (semelhante)

    Ela no est ................ do rapaz. (finalidade)

    A PAR ou AO PAR?As aes foram cortadas ..... (sem gio no cmbio)

    Maria no est ................ do assunto. (ciente)

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    Curso de Graduao a Distncia

    A CERCA DE, ACERCA DE ou H CERCA DE?Conversaram ................ de poltica. (sobre)

    Moro neste apartamento....................... de dois anos. (faz ou existe(m) aproximadamente)

    AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?Isso vem ............................ do desejo da turma. (favorvel a, junto de)

    Um carro foi ................ a outro. (contra)

    H ou A?Ele saiu ................ dez minutos. (j tiver decorrido o tempo)

    Ela no voltar daqui............. dez minutos. (o espao de tempo ainda no transcorreu)

    PARA EU (TU) ou PARA MIM (TI)?Empresta-me este livro ................ ler. (eu ou tu sujeito, geralmente seguido de infinitivo)

    Empresta este livro...... (quando aps essa expresso no existir verbo)

    difcil ...............entender essa gente. (ou estando ali o pronome no ser seu sujeito)

    ENTRE EU E TU ou ENTRE MIM E TI?...........................,no h problemas.

    Os gritos chegaram at........... (significando perto de)

    Todos foram criticados; at..... (significando incluso)

    Afinal, todos, exceto........, compareceram reunio. (com as preposies acidentais)

    ENFIM ou EM FIM............ ss, graas a Deus! (finalmente).

    Estes professores esto........... de carreira: sua aposentadoria est prevista para breve. (no final)

    HAVER ou TERNo............ mais po na padaria.

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    Leitura e Produo Textual

    TRABALHARAM e TRABALHAROSe houver oportunidade, eles......................... na fbrica. (futuro )

    Eles ........................na fbrica (passado)

    SE NO ou SENO..................... chover, viajarei amanh (quando o se pode ser substitudo por caso ou na hiptese de)

    V de uma vez,.................voc chegar atrasado.(significando caso contrrio)

    Nada havia a fazer .............. conforma-se com a situao. (significando a no ser)

    As pedras achadas pelo bandeirante no eram esmeraldas, ..................... turmalinas, puras turmalinas. (significando mas)

    No havia um ................. naquela criatura. (significando defeito)

    TI ou TE AMOEu ......amo.

    Dirigiu-se a ......... e no a mim. (pronome oblquo tnico acompanhado de preposio)

    Eu ...... elogiarei para o diretor. (pronome pessoal oblquo tono que se liga diretamente ao verbo)

    ENTERTE(M) ou ENTRETM (EM)A criana se...........................jogando bola.

    As crianas se...........................jogando bola.

    HAJA(M) VISTA ou HAJA VISTO?O trnsito nas estradas tem estado catico:...................o trgico acidente de ontem.(significando a propsito)

    EM VEZ DE ou AO INVS DE?..........................Paulo, foi Pedro quem trabalhou hoje. (significando em lugar de)

    .......................... de proteger, resolveu no assumir. (significando ao contrrio de)

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    Curso de Graduao a Distncia

    TODO O ou TODO?..........................Brasil deu as mos. (significando inteiro)

    ..........................mundo entrou na dana. (significando qualquer)

    OBS: no plural a presena do artigo obrigatria. Ex: Todos os seres so mortais.

    NAMORAR ou NAMORAR COM?Maria comeou a ..........................Paulo no ms passado. ( um verbo transitivo direto)

    A PRINCPIO ou EM PRINCPIO?.........................., eles foram muito felizes. (significando no comeo, inicialmente)

    .........................., o preo solicitado parece-nos justo. (significando em tese)

    HOMNIMOS E PARNIMOS: MUITAS DVIDAS...

    QUE TAL PRATICAR?

    1. Marque a frase em que deve ser empregada a primeira das duas palavras que aparecem entre parnteses:

    a) Essas hipteses _________ das circunstncias (emergem - imergem) ;

    b) Nunca o encontro na _________ em que trabalha (sesso - seo);

    c) J era decorrido um _______ que ela havia partido, (lustre - lustro);

    d) O prazo j estava _______ (prescrito - proscrito);

    e) O fato passou completamente ________ (desapercebido- despercebido).

    2. Marque a frase que se completa com o segundo elemento do parnteses:

    a) A recesso econmica do pas faz com que muitos _________ (emigrem - imigrem);

    b) Antes de ser promulgada, a Constituio j pedia muitos ________ (consertos - concertos);

    c) A ditadura _________ muitos polticos de oposio; (caou - cassou);

    d) Ao sair do barco, o assaltante foi preso em___________ (flagrante - fragrante);

    e) O juiz _________ expulsou o atleta violento (incontinenti- incontinente).

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    Leitura e Produo Textual

    3. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parnteses:

    a) O sapato velho foi restaurado com a aplicao de algumas ________ (tachas-taxas);

    b) Slvio _________ na floresta para caar macacos (imergiu-emergiu);

    c) Para impedir a corrente de ar, Lus _______ a porta (cerrou-serrou);

    d) Bonifcio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava);

    e) Quando foi realizado o ltimo ________ ? (censo-senso).

    4. Marque a alternativa que se completa com o primeiro elemento do parnteses:

    a) A polcia federal combate o _________ de cocana (trfego-trfico);

    b) No Brasil vedada a ________ racial; embora haja quem a pratique (discriminao-descriminao);

    c) Voc precisa melhorar seu __________ de humor (censo-senso);

    d) O presidente _________ antecipou a queda do muro de Berlim (ruo-russo);

    e) O balo, tremelizindo _________ para o cu estrelado (acendeu-ascendeu).

    5.Em o prefeito deferiu o requerimento do contribuinte, o termo grifado poderia perfeitamente ser substitudo por:

    a) apreciou;

    b) arquivou;

    c) despachou favoravelmente;

    d) invalidou;

    e) despachou negativamente.

    6.As ideias liberais saram inclumes, ainda que se pensasse que seriam dilapidadas, completamente. Os termos grifados so antnimos, respectivamente de:

    a) arrasadas - dilaceradas;

    b) intactas - arrasadas;

    c) intactas - dilaceradas;

    d) depauperadas - prestigiadas;

    e) N.R.A.

  • 37

    Curso de Graduao a Distncia

    7.Complete as lacunas com a expresso correta (entre parnteses):

    O _______ (cervo - servo) prendia-se nos arbustos, fugindo dos _______ (cartuchos - cartuxos) que pipocavam por toda a _______ (rea - aria);

    a) cervo cartuxos rea;

    b) servo cartuchos aria;

    c) cervo cartuchos rea;

    d) servo cartuchos rea;

    e) servo cartuchos aria.

    8. Complete as lacunas, com a expresso necessria, que consta nos parnteses:

    necessrio ________ (cegar-segar) os galhos salientes do _______ (bucho-buxo), de modo a que se possa fazer _____ (x-ch) com as folhas mais novas.

    a) segar buxo ch;

    b) segar bucho x;

    c) cegar buxo x;

    d) cegar bucha ch;

    e) segar bucha x.

    9.O __________ (emrito-imrito) causdico ____________ (dilatou-delatou) o plano de fuga do meliante, que se encontrava na __________(eminncia-iminncia) de escapar da priso:

    a) emrito delatou iminncia;

    b) imrito dilatou eminncia;

    c) emrito dilatou iminncia;

    d) imrito delatou iminncia;

    e) emrito dilatou eminncia.

    10. O ________ (extrato-estrato) da conta bancria , por si s, insuficiente para cobrir o _________(cheque-xeque), ainda que haja algum capital (incerto-inserto).

    a) extrato xeque inserto;

    b) estrato cheque incerto;

    c) extrato cheque inserto;

    d) estrato xeque incerto;

    e) extrato xeque incerto.

  • 38

    Leitura e Produo Textual

    11.Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau):

    Pedro e Joo ____ entraram em casa, perceberam que as coisas no iam bem,pois sua irm caula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas frias; _____ seus, dois irmos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.

    a) mau - mal - mais - mas;

    b) mal - mal - mais - mais;

    c) mal - mau - mas - mais;

    d) mal - mau -mas - mas;

    e) mau - mau - mas - mais.

    12. Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas:

    Estou ________ de que tais _______ deveriam ser _______ a bem da moralidade do servio pblico.

    a) cnscio privilgios extintos;

    b) cncio privilgios estintos;

    c) cnscio privilgios estintos;

    d) cncio previlgios estintos;

    e) cnscio previlgios extintos.

    13. Observe as oraes seguintes:

    I - Por que no apontas a vendedora por que foste ludibriado?

    II - A secretria no informa por que linha, de nibus chega-se ao escritrio.

    III - Por que ser que o governo no divulga o porqu da inflao.

    H erro na grafia:

    a) na I apenas;

    b) em duas apenas;

    c) na II apenas;

    d) na III apenas;

    e) em nenhuma.

    14.Complete as lacunas com (estada / estadia /onde / aonde):

    _____ quer que eu me hospede, procuro logo saber o preo da _______, quanto custa a _______de um carro alugado, bem como _______ se possa ir noite.

    a) aonde estadia estada onde;

    b) onde estada estadia aonde;

  • 39

    Curso de Graduao a Distncia

    c) onde estadia estada aonde;

    d) aonde estada estadia onde;

    e) onde estadia estadia aonde.

    15. Leia as frases abaixo:

    1 - Assisti ao ________ do bal Bolshoi;

    2 - Daqui ______ pouco vo dizer que ______ vida em Marte.

    3 - As _________ da cmara so verdadeiros programas de humor.

    4 - ___________ dias que no falo com Alfredo.

    Escolha a alternativa que oferece a sequncia correta de vocbulos para as lacunas existentes:

    a) concerto h a cesses h;

    b) conserto a h sesses h;

    c) concerto a h sees a;

    d) concerto a h sesses h;

    e) conserto h a sesses a .

    16. Indique a alternativa que contm a sequncia necessria para completar as lacunas abaixo:

    A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande _______ na humanidade e a deixa _______com relao ao futuro da vida na terra.

    a) espectativa tenso exitante;

    b) espectativa teno hesitante;

    c) expectativa tenso hesitante;

    d) expectativa tenso hezitante;

    e) espectativa teno exitante.

    17. Complete corretamente as lacunas:

    O _______ de veculos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trnsito; forando a que os motoristas dos carros menores ________,muitas delas, completamente sem _________ ;

    a) trfico infraes inflijam concerto;

    b) trfego infraes inflijam conserto;

    c) trfego inflaes infrinjam conserto;

    d) trfego infraes infraes conserto;

    e) trfico infraes infraes concerto.

  • Mdulo

    IV

    Redao Oficial e Correspondncia Empresarial

    Saber comunicar-se numa lngua requer, portanto, muito mais do que o domnio das palavras e da gramtica que as organiza em construes maiores. Ningum escolhe com absoluta liberdade suas formas de expresso lingustica, nem tampouco os contedos da conversao; alis, escolhe-os em funo de uma necessidade de sintonia com os componentes do contexto de comunicao

    (AZEREDO, 2002, 20)

  • 42

    Leitura e Produo Textual

    1. REDAO OFICIAL E CORRESPONDNCIA EMPRESARIAL

    Vimos no I Mdulo de nosso estudo que a comunicao essencial vida em sociedade. Mas h um tipo de comunicao que requer nossa ateno e cuidado, pois se trata da comunicao que se efetiva no mercado de trabalho, que evidencia relaes poltico-econmicas, que responsvel pela lucratividade de determinadas empresas: a comunicao oficial e a empresarial.

    A comunicao e/ou redao oficial aquela que se estabelece entre instituies pblicas. Obviamente, as instituies privadas tambm precisam se comunicar com as pblicas e, nestas ocasies, o ideal que estas empresas conheam o protocolo da correspondncia oficial. Os exemplos clssicos desse tipo de correspondncia so o Ofcio, o Memorando Oficial, a Procurao, entre outros. A linguagem empregada burocrtica, cheia de formalidades e deve primar pelo uso da variedade padro da lngua portuguesa. H o Manual da Presidncia da Repblica que disciplina toda elaborao desta natureza na esfera da administrao pblica, objeto da Instruo Normativa n 4, de 6 de maro de 1992, padronizao recomendada pela Secretaria de Administrao Federal.

    J a comunicao empresarial, corresponde ao conjunto de documentos que so elaborados e trocados entre empresas privadas. O melhor exemplo deste tipo de correspondncia a carta comercial. Como se trata de uma correspondncia formal, tambm h traos de registro formal da lngua (pela presena dos pronomes adequados de tratamento tambm), de linguagem mais elaborada e cuidados com o portugus padro.

    Atualmente, percebe-se que os tipos de correspondncia transitam nas esferas pblica e privada com muita facilidade. Contudo, faz-se necessrio ter o cuidado com os elementos que compem o processo de comunicao. Assim, fundamental que o emissor pense em seu receptor, que analise o contexto da situao comunicativa, o tipo de cdigo a ser empregado, o canal escolhido etc.

    Documentos oficiais Documentos empresariais Documentos administrativosOfcioMemorando oficialProcuraoEditalAtas de reuniesOutros

    MemorandoCarta comercialRelatrioEditalAtas de reuniesOutros

    MemorandoEditalRelatriosProcuraoDeclarao Atas de reuniesOutros

    CUIDADOS NECESSRIOS EM TODO TIPO DE COMUNICAO:

    Pensar no leitor: uso de pronome de tratamento adequado; Tratar de um assunto por carta: contribui para o entendimento e o atendimento s solicitaes;

    Destacar o assunto: express-lo com objetividade, clareza, conciso e cortesia.

  • 43

    Curso de Graduao a Distncia

    Confira a seguir algumas sugestes quanto a expresses usadas nestas correspondncias:

    Expresses evitveis Substituir porAcima citadoAcusamos o recebimentoAgradecemos antecipadamenteAnexo presenteAnexo segueAntecipadamente somos gratosAnterior aAt o presente momentoComo dissemos acimaCom referncia aoConforme assunto em referncia acima citadoConforme acordadoConforme segue abaixo relacionadoDatada deEncaminhamos em anexoEstamos anexandoEstamos remetendo-lheEstou escrevendo-lheLevando ao seu conhecimentoOcorrido no corrente msReferncia supracitadaSeguem em anexoTemos a informar queVimos solicitar

    CitadoRecebemosAgradecemosAnexoAnexoAgradecemosAntes deAt o momentoMencionadoReferente aoMencionadoDe acordo comRelacionado a seguirde ..../ ..../ ....AnexamosAnexamosRemetemos-lheEscrevo-lheInformamosOcorrido neste msMencionadaAnexos ou anexamosInformamos queSolicitamos

    Princpios da Redao Oficial (cf. SOUZA, 2008):

    1. Adoo de formatos padronizados;

    2. Uso da digitao;

    3. Emprego da ortografia oficial;

    4. Clareza, preciso e sobriedade de linguagem;

    5. Imparcialidade e cortesia;

    6. Conciso na elucidao do assunto;

    7. Transcrio dos dispositivos da legislao citados;

    8. Margem esquerda de 20 espaos e direita de 10 espaos;

    9. Pargrafos em entrada de 5 espaos;

    10. Espao interlinear de 1 para o texto;

    11. Espao simples (um) para citaes ou transcries;

    12. Espao duplo entre pargrafos;

  • 44

    Leitura e Produo Textual

    13. Numerao dos pargrafos: no so numerados o primeiro e o fecho;

    14. Cabealho ou timbre so os dizeres impressos na folha a ser usada para a digitao da mensagem;

    15. Uso de diplomacia, mas sem chegar ao servilismo;

    16. Inferior para superior redige: Solicitamos envie ou providencie;

    17. Superior para inferior: Solicito envie ou providencie.

    A ementa deve ser clara e concisa; localiza-se no alto, direita. Toda referncia a elementos constantes de outros documentos deve ser feita citando-se a pgina ou folha onde se encontra.

    2. TIPOS DE DOCUMENTOS

    2.1 Memorando

    O memorando representa a forma de correspondncia interna entre autoridades de um mesmo rgo ou entre diretores e chefes ou vice-versa. Aborda assuntos rotineiros e, desse modo, caracteriza-se pela simplicidade, conciso e clareza. um tipo de correspondncia que adaptou o formato do Ofcio s suas especificidades. comum que o Memorando (ou simplesmente MEMO) seja empregado para a exposio de projetos, ideias, diretrizes.

    So caractersticas deste tipo de comunicao:

    Agilidade na tramitao das decises;

    Simplicidade;

    Objetividade, conciso e coerncia no texto escrito;

    Possibilidade de conter os despachos no prprio documento;

    Alternativa para a administrao registrar e documentar as decises.

    No memorando devem constar:

    a) nmero do documento e sigla de identificao de sua origem (ambas as informaes devem figurar na margem esquerda superior do expediente). Exemplo: Memorando n 19/DJ (n do documento: 19; rgo de origem: Departamento Jurdico).

    b) data (deve figurar na mesma linha do nmero e identificao do memorando):

    Exemplo: Memorando n 19/DJ Em 12 de Abril de.......

    c) destinatrio do memorando: no alto da comunicao, depois dos itens a e b acima indicados; o destinatrio mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplo: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administrao.

    d) assunto: resumo do teor da comunicao, datilografado em espao um:

    assunto: Administrao. Instalao de microcomputadores.

    e) Texto: desenvolvimento do teor da comunicao. O corpo do texto deve ser iniciado 4 cm ou quatro espaos duplos (espao dois) verticais, abaixo do item assunto, e digitado em espao duplo (espao dois). Todos os pargrafos devem ser numerados, na margem esquerda do corpo do texto, excetuados o primeiro e o fecho (este procedimento facilita eventuais remisses passagens especficas, em despachos ou em respostas comunicao original);

  • 45

    Curso de Graduao a Distncia

    f) fecho:

    Atenciosamente, ou Respeitosamente, conforme o caso.

    g) nome e cargo do signatrio da comunicao: 4 cm ou quatro espaos duplos (espaos dois) verticais aps o fecho.

    Observe abaixo um exemplo de memorando:

    Memorando n 19/DJ Em 4 de setembro de....

    Ao Sr. Chefe do Departamento de Administrao

    Assunto: Administrao, Instalao de microcomputadores.

    4 cm

    Nos termos do Plano geral de informatizao, solicito a V. Sa. verificar a possibilidade de que sejam instalados trs microcomputadores neste Departamento.

    2. Sem descer a maiores detalhes tcnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rgido e de monitor padro EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de texto, e outro gerenciador de banco de dados.

    3. O treinamento de pessoal para operao dos micros poderia ficar a cargo da Seo de Treinamento do Departamento de Modernizao, cuja chefia j manifestou seu acordo a respeito.

    4. Devo mencionar, por fim, que a informatizao dos trabalhos deste Departamento ensejar uma mais racional distribuio de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos servios prestados.

    1 cm

    Atenciosamente,

    4 cm

    (Nome e cargo do signatrio)

  • 46

    Leitura e Produo Textual

    2.2 Ofcio

    O Ofcio texto proveniente de uma autoridade, que consiste em comunicao de qualquer assunto de ordem administrativa, ou estabelecimento de uma ordem; distingue-se da carta por apresentar carter pblico e s poder ser expedido por rgo da administrao pblica, como uma secretaria, um ministrio, uma prefeitura e outros. O destinatrio pode ser rgo pblico ou um cidado particular.

    uma participao escrita em forma de carta que as autoridades das secretarias endeream a seus subordinados. um meio de comunicao por escrito dos rgos do servio pblico. O que o distingue de uma carta o carter oficial de seu contedo.

    As partes de um ofcio so:

    1. Timbre ou cabealho: dizeres impressos na folha, smbolo (escudo, armas);

    2. ndice e nmero: iniciais do rgo que expede o ofcio, seguidas do nmero de ordem do documento. Separa-se do ndice do nmero por uma diagonal. O nmero de ofcio e o ano so separados por hfen: Of. N DRH/601-2008 = Ofcio nmero 601, do ano de 2008, expedido pelo Departamento de Recursos Humanos;

    3. Local e data: na mesma altura do ndice e do nmero. Coloca-se ponto aps o ano: Braslia, 20 de setembro de ...

    4. Assunto ou ementa: s justificvel quando o documento extenso. Assunto: Exonerao de Cargo.

    5. Vocativo ou invocao: tratamento ou cargo do destinatrio - Senhor Presidente, Senhor Diretor. Na correspondncia oficial no se usa Prezado Senhor.

    6. Texto: exposio do assunto. Se o texto for longo, pode-se numerar os pargrafos a partir do segundo, que dever receber o nmero 2. Se o texto do ofcio ocupar mais de uma folha, escrevem-se 10 linhas na primeira folha e o restante nas demais. Nesse caso, colocam-se endereo e iniciais na primeira folha. Repetem-se o ndice e o nmero das demais folhas, acrescentando-se o nmero da folha. Exemplo: Ofcio n 52/ - fl.2

    7. Fecho ou cumprimento final: no ser numerado.

    8. Assinatura: nome do signatrio, cargo e funo. O designativo do cargo ou funo deve ser separado por vrgula do nome do signatrio. Trata-se de um aposto:

    Jos Carlos, Marcos da Silva, Supervisor Presidente.

    No se antepe qualquer ttulo profissional ao nome do signatrio. O nome, cargo ou funo do signatrio so grafados preferencialmente com letras minsculas, exceto as iniciais.

    9. Anexos: se o ofcio contm anexo, colocar:

    /3 (o ofcio contm trs anexos) /4 (o ofcio contm quatro anexos)

    Quando se trata de um anexo somente, procede-se do seguinte modo: Anexo: diploma de 3 grau. Anexa: nota fiscal.

    Observa-se que a palavra anexa deve concordar em gnero e nmero com o substantivo a que se refere.

    10. Endereo: frmula de tratamento, nome civil do receptor e cargo ou funo do signatrio, seguidos da localidade e do destino.

    11. Iniciais: primeiras letras dos nomes e sobrenomes do redator e digitador. Usar letras maisculas. Se o redator e o digitador forem os mesmos, basta colocar iniciais aps a barra diagonal: /MIR.

  • 47

    Curso de Graduao a Distncia

    Observe abaixo um modelo de ofcio:

    Ofcio n DRH/601-08

    Braslia, 27 de setembro de...........

    Senhor Deputado,

    1,5 cm

    Em complemento s observaes transmitidas pelo telegrama n 154, de 24 de abril ltimo, informo Vossa Excelncia de que as medidas mencionadas em sua carta n 6.708, dirigida ao Senhor Presidente da Repblica, esto amparadas pelo procedimento administrativo de demarcao de terras indgenas institudo pelo Decreto n 22, de 4 de fevereiro de 20... (cpia anexa).

    2. Em sua comunicao, Vossa Excelncia ressaltava a necessidade de que na definio e demarcao das terras indgenas fossem levadas em considerao as caractersticas socioeconmicas regionais.

    3. Nos termos do Decreto n 22, a demarcao de terras indgenas dever ser precedida de estudos e levantamentos tcnicos que atendam ao disposto no art. 231, - 1, da Constituio Federal. Os estudos devero incluir aspectos etno-histricos, sociolgicos, cartogrficos e fundirios. O exame deste ltimo aspecto dever ser feito conjuntamente com o rgo federal ou estadual competente.

    4. Os rgos pblicos federais, estaduais e municipais devero encaminhar as informaes que julgarem pertinentes sobre a rea em estudo. igualmente assegurada a manifestao de entidades representativas da sociedade civil.

    A Sua Excelncia o Senhor

    Deputado (nome)

    Cmara dos Deputados

    70160-000 Braslia DF

    1,5 cm

    2,5 cm

    5 cm

    5,5 cm

    6,5 cm

    10 cm

    2 cm

  • 48

    Leitura e Produo Textual

    Os estudos tcnicos elaborados pelo rgo federal de proteo ao ndio sero publicados juntamente com as informaes recebidas dos rgos pblicos e das entidades civis acima mencionadas.

    Como Vossa Excelncia pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a deciso a ser baixada pelo Ministro da Justia sobre os limites e a demarcao de terras indgenas seja informada de todos os elementos necessrios, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessria transparncia e agilidade.

    1 cm

    Atenciosamente,

    2,5 cm

    (Nome e

    cargo do signatrio)

    IMPORTANTE: assim como as empresas se modernizam, a forma de se expressar destas empresas deve acompanhar tais avanos. Portanto, evite expresses antigas e que nada acrescentam aos seus objetivos comunicacionais. Confira!

    INTRODUES ANTIGAS

    -Vimos, por intermdio do presente, levar ao conhecimento de V. Sa. que ...

    - Este tem por finalidade levar ao conhecimento de V. Sa. que ...

    INTRODUES ATUAIS

    - Comunicamos a V.Sa. que...

    - Informamos a V. Exa. que...

    FECHOS ANTIGOS

    - Com os protestos de estima e apreo...

    - Com os protestos de elevada estima e distinta considerao.

    - Aproveitamos o ensejo para reafirmar a V. Sa. nossos protestos de estima e apreo.

    FECHOS ATUAIS

    - Atenciosas saudaes.

    - Respeitosas saudaes.

    - Atenciosamente.

    - Respeitosamente.

    2,5 cm

    1 cm

  • 49

    Curso de Graduao a Distncia

    2.3 Procurao

    Em linguagem jurdica, significa o instrumento do mandato, isto , o escrito ou documento em que se outorga o mandato e se explicitam os poderes conferidos. Por extenso, designa o prprio mandato. Assim, define-se como sendo o ttulo ou documento por meio do qual um indivduo, chamado mandante, confere a outra pessoa, chamado mandatrio, poderes para praticar atos em seu nome e por sua conta. A procurao pode ser particular ou por escrita pblica. Conforme os poderes, a procurao recebe vrios nomes: procurao ad judicia, procurao em causa prpria, procurao em termos gerais, procurao especial, procurao extrajudicial, procurao geral, procurao particular, procurao pblica, procurao insuficiente, e outras.

    Exemplo de procurao ad judicia:

    PROCURAO

    ................................................, ............................................, .................................................. (nome) (nacionalidade) (estado civil)

    ................................................., ..................................................., ............................, .................., (profisso) (residncia) (cidade) (Estado)

    Portador do RG n ..........., CPF n........, pelo presente instrumento de procurao, constitui e nomeia seu bastante procurador,

    ........................................................................, ..............................................., ..............................., (nome) (nacionalidade) (estado civil)

    ............................................, com escritrio na ............................................, ................................. (profisso) (cidade) (Estado)

    inscrito na OAB, seo de ................, sob n ........., CPF n ...........................................

    Para que em seu nome, como se presente fosse, em qualquer juzo ou tribunal, possa requerer tudo o que em direito for permitido, usando os poderes AD JUDICIA, em toda sua extenso, podendo, tambm, acordar, transigir, receber e dar quitao, substabelecer, praticando, enfim, todos os atos permitidos em direito, por mais especiais que sejam, o que tudo dar por firme e valioso, a bem deste mandato.

    ..................., ............ de ................... de .........

    (assinatura com firma reconhecida)

    Testemunhas....................................................................

    Texto-base para qualquer procurao

    Texto especfico

  • 50

    Leitura e Produo Textual

    2.4 Relatrio

    narrao ou exposio, escrita ou oral, sobre um ou vrios fatos, em que se discriminam seus aspectos e elementos. dirigido ao superior hierrquico e dele consta exposio circunstanciada sobre atividades em funo do cargo que exerce.

    Os dados que constam no relatrio so:

    1. Ttulo: Relatrio.

    2. Invocao: frmula de tratamento; cargo ou funo da autoridade a quem dirigido. Exemplos: Sr. Presidente, Exmo. Sr. Governador.

    3. Texto: exposio do assunto.

    4. Fecho: frmula de cortesia. Pode-se usar as mesmas frmulas do ofcio.

    5. Local e data

    6. Assinatura: nome, cargo ou funo da autoridade ou servidor que apresenta o relatrio.

    Modelo de relatrio:

    RELATRIO

    Exmo. Sr. Ministro de Estado da Educao e Cultura:

    Honrados com a designao de V. Exa. para integrarmos a Comisso de Inqurito Administrativo (...), apresentamos o relatrio, aps audincia de testemunhas e da realizao de diligncias.

    2. Os fatos chegaram ao conhecimento de V. Exa. (...) quando V. Exa. houve por bem nos designar, baixando a Portaria n.... de.... de 20...., para apurao das irregularidades apontadas no processo anteriormente mencionado.

    3. Esta comisso conseguiu apurar que (...) cabe a maior responsabilidade ao Chefe de Setor do rgo competente, uma vez que negligenciou quando da remessa das cartas-convites...

    Certos de havermos enviado todos os esforos no cumprimento do mandato que V. Exa. nos conferiu, despedimo-nos, atenciosamente,

    Presidente

  • 51

    Curso de Graduao a Distncia

    3 FORMAS DE TRATAMENTO UTILIZADAS NA REDAO OFICIAL

    Apresentam-se, no quadro abaixo, as formas de tratamento utilizadas na redao oficial, considerando-se as autoridades s quais se referem.

    AUTORIDADES DO PODER EXECUTIVO

    ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    CIVIS

    Presidente da Repblica e Vice-Presidente da Repblica

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Ministros de Estados Excelentssimo Senhor Ministro Vossa Excelncia V.Ex.

    Secretrio-Geral da Presidncia da Repblica

    Excelentssimo Senhor Secretrio-Geral da Presidncia da Repblica

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Consultor-Geral da RepblicaExcelentssimo Senhor

    Consultor-GeralVossa Excelncia V.Ex.

    Chefe do Gabinete Pessoal da Presidncia da Repblica

    Excelentssimo Senhor Chefe do Gabinete da

    Presidncia da RepblicaVossa Excelncia V.Ex.

    Secretrios da Presidncia da Repblica

    Excelentssimo Senhor Secretrio da Presidncia da Repblica

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Secretrio Executivo e Secretrio de Ministrios

    Excelentssimo Senhor Secretrio Executivo

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Embaixadores Excelentssimo Senhor Embaixador Vossa Excelncia V.Ex.

    Advogado-Geral da Unio e Membros da Advocacia-Geral da Unio

    Excelentssimo Senhor Advogado-Geral da Unio

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Governadores e Vice-Governadores de Estado

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Governador e Vice-Governador do Distrito Federal

    Excelentssimo Senhor(cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Procurador-Geral de Estado e Membros da Procuradoria-Geral de Estado

    Excelentssimo Senhor Procurador-Geral

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Secretrios de Estado dos Governos Estaduais

    Excelentssimo Senhor Secretrio Vossa Excelncia V.Ex.

    Prefeitos e Vice-Prefeitos Municipais

    Excelentssimo Senhor(cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex.

    Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais

    Senhor Diretor(cargo respectivo)

    Vossa Senhoria V.S.

  • 52

    Leitura e Produo Textual

    AUTORIDADES DO PODER EXECUTIVO

    ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    MILITARES

    Chefe do Estado-Maior das Foras Armadas

    Excelentssimo Senhor Chefe do Estado-Maior das Foras Armadas

    Vossa Excelncia V.Ex

    Chefe do Gabinete Militar da Presidncia da Repblica

    Excelentssimo Senhor Chefe do Gabinete Militar da Presidncia da

    RepblicaVossa Excelncia V.Ex

    Oficiais Generais da Foras Armadas

    Excelentssimo Senhor(respectiva patente)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Outras PatentesSenhor

    (respectiva patente)Vossa Senhoria V.S

    AUTORIDADES DO PODER JUDICIRIO

    ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal (STF)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros do Superior Tribunal de Justia (STJ)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros do Superior Tribunal Militar (STM)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Auditores da Justia Militar Excelentssimo Senhor Auditor Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Federais (TRFs)

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros dos Tribunais de Justia

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

  • 53

    Curso de Graduao a Distncia

    AUTORIDADES DO PODER LEGISLATIVO

    ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    Presidente, Vice-Presidente e Membros da Cmara dos Deputados e do Senado Federal.

    Excelentssimo Senhor (cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Deputados Federais e Estaduais Excelentssimo Senhor Deputado Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros de Tribunal de Contas da Unio e dos Estados

    Excelentssimo Senhor(cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    Presidente e Membros das Cmaras Municipais

    Excelentssimo Senhor(cargo respectivo)

    Vossa Excelncia V.Ex

    AUTORIDADES DO MINISTRIO PBLICO E DEFENSORIA PBLICA

    ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    Procurador-Geral da Repblica e Membros da Procuradoria-Geral da Repblica

    Excelentssimo Senhor Procurador-Geral da Repblica

    Vossa Excelncia V.Ex

    Procurador-Geral de Justia e Membros da Procuradoria-Geral de Justia

    Excelentssimo Senhor Procurador-Geral de Justia

    Vossa Excelncia V.Ex

    Defensor Pblico Geral e Membros da Defensoria Pblica

    Excelentssimo Senhor Defensor Pblico Geral

    Vossa Excelncia V.Ex

    AUTORIDADES ECLESISTICAS

    ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    Papa Santssimo Padre Vossa Santidade V. S

    Cardeais Eminentssimo Senhor CardealVossa Eminncia Reverendssima

    V. Em. Rev.

    Arcebispos e Bispos Reverendssimo SenhorVossa Excelncia Reverendssima

    V.Ex. Rev.

    Monsenhorias, Cnegos e Superiores Religiosos.

    Reverendssimo SenhorVossa

    ReverendssimaV.Rev.

    Sacerdotes, Clrigos e demais Religiosos.

    Reverendo Senhor Vossa Reverncia V.Rev.

    AUTORIDADES MONRQUICAS

    ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    Reis e ImperadoresSua Majestade

    Sua Majestade ImperialVossa Majestade V.M.

    PrncipesSua Alteza

    Sua Alteza RealSua Alteza Serenssima

    Vossa Alteza V.A.

  • 54

    Leitura e Produo Textual

    OUTROS TTULOS ENDEREAMENTO EM ENVELOPES PESSOALMENTE ABREV.

    Dom Dignssimo Dom Vossa Senhoria V. S

    Doutor (a) Senhor(a) Doutor(a) Doutor(a) Dr./Dra.Comentador(a) Senhor Comentador Comentador Com.Professor(a) Senhor(a) Professor(a) Professor(a) Prof./Prof

    FORMAS DE TRATAMENTO ABREV. VOCATIVO

    Vossa Excelncia V.Ex. Excelentssimo Senhor

    Vossa Senhoria V.S. Senhor

    Vossa Magnificncia V.Mag. Magnfico Reitor

    Vossa Santidade V.S. Santssimo Padre

    Vossa Eminncia ouVossa Eminncia Reverendssima

    V.Em. ou V.Em. Rev.

    Eminentssimo Senhor

    Vossa Excelncia Reverendssima V.Ex. Rev. Reverendssimo Senhor

    Vossa Reverendssima ou Vossa Senhoria Reverendssima

    V.Rev. ou V.S. Ver.

    Reverendssimo Senhor

    Vossa Reverncia V.Rev. Reverendo Senhor

    NVEISEXRCITO

    ABREVIATURA POSTO OU GRADUAO

    OFICIAIS-GENERAIS

    Mar. Marechal*Gen. Ex. General-de-ExrcitoGen. Div General-de-DivisoGen. Bda. General-de-Brigada

    OFICIAIS SUPERIORES

    Cel. CoronelTen. Cel. Tenente-Coronel

    Maj. MajorOFICIAIS INTERMEDIRIOS Cap. Capito

    OFICIAIS SUBALTERNOS

    1 Ten Primeiro-Tenente2 Tem Segundo-Tenente

    Asp Aspirante-a-Oficial

    GRADUADOS

    ST ou Subten Subtenente1 Sgt. Primeiro-Sargento2 Sgt. Segundo-Sargento3 Sgt. Terceiro-Sargento

    Cb. CaboSd. Soldado

  • 55

    Curso de Graduao a Distncia

    NVEISMARINHA

    ABREVIATURA POSTO OU GRADUAO

    OFICIAIS-GENERAIS

    Alte. Almirante*Alte. Esq. Almirante-de-Esquerda

    V. Alte Vice-AlmiranteC. Alte. Contra-Almirante

    OFICIAIS SUPERIORES

    CMG Capito-de-Mar-e-GuerraCF Capito-de-FragataCC Capito-de-Corveta

    OFICIAIS INTERMEDIRIOS CT Capito-Tenente

    OFICIAIS SUBALTERNOS

    1 Ten. Primeiro-Tenente2 Ten. Segundo-Tenente

    GM Guarda-Marinha

    GRADUADOS

    SO Suboficial1 Sgt. Primeiro-Sargento2 Sgt. Segundo-Sargento3 Sgt. Terceiro-Sargento

    Cb. CaboMN Marinheiro

    NVEISEXRCITO

    ABREVIATURA POSTO OU GRADUAO

    OFICIAIS-GENERAIS

    Mar. Ar. Marechal-do-Ar*Ten. Brig. Tenente-BrigadeiroMaj. Brig. Major-Brigadeiro

    Brig. Brigadeiro

    OFICIAIS SUPERIORES

    Cel. CoronelTen. Cel. Tenente-Coronel

    Maj. MajorOFICIAIS INTERMEDIRIOS Cap. Capito

    OFICIAIS SUBALTERNOS

    1 Ten Primeiro-Tenente2 Tem Segundo-Tenente

    Asp Aspirante-a-Oficial

    GRADUADOS

    SO Suboficial1 Sgt. Primeiro-Sargento2 Sgt. Segundo-Sargento3 Sgt. Terceiro-Sargento

    Cb. CaboSd. Soldado

    * Esses postos s existem em perodos de guerra

    (Fonte: Manual de Redao da Assemblia Legislativa de Minas Gerais)

  • 56

    Leitura e Produo Textual

    DICAS (RODRIGUES, 2006, 24):

    Construa frases curtas;

    Prefira o simples ao complexo;

    Amplie seu vocabulrio;

    Evite palavras desnecessrias;

    Proponha ao nos verbos;

    Associe-se experincia de seu leitor;

    Use palavras que o leitor possa entender;

    Faa amplo uso das variaes;

    Escreva como se fala;

    Exprima e no impressione.

    4. O E-MAIL OU CORREIO ELETRNICO

    gil, flexvel, moderna so adjetivos relacionados a este tipo de correspondncia. Num mundo cuja necessidade de se obter respostas o mais rpido possvel impera, o e-mail supre esta funo. Seu formato pode ser comparado a uma carta comercial na verso digital, onde campos obrigatrios desta se apresentam em outros campos: emissor, destinatrio, assunto, anexos, data etc. uma correspondncia menos rgida, mas, como veicula a imagem da empresa, requer os cuidados com formalidade (embora esta possa oscilar conforme os pblicos), com a correta grafia da lngua portuguesa e com os cuidados ao anexar os documentos.

    Confira um modelo a seguir:

    De: Tereza

    Para: Eric, Alberto, Jos

    Assunto: Reunio Pessoal,

    Estou confirmando nossa reunio de quinta-feira, s 14h. No se atrasem, pois temos vrios assuntos para analisar. Vocs esto sabendo que as concluses devero ser apresentadas diretoria na prxima segunda-feira, portanto, tragam j os assuntos estudados.

    Saudaes,

    Tereza.

    OBS.: Valor documentalNos termos da legislao em vigor, para que a mensagem de correio eletrnico tenha valor documental,

    isto , para que possa ser aceito como documento original, necessrio existir certificao digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

  • 57

    Curso de Graduao a Distncia

    DESAFIO:

    1. Sobre as tendncias modernas de correspondncia comercial, avalie os dois modelos abaixo e aponte, pelo menos, 02 (duas) diferenas entre o modelo antigo ( esquerda) e a proposta moderna ( direita).

    13/2008 So Lus, 18 de abril de 2008.

    Ilmos. Srs.M.M ArrudaCaixa Postal 355So Lus MA

    Prezados Senhores:

    Desejamos acusar o recebimento do seu prezado favor, datado de maro prximo passado, ao encaminhar-nos as mercadorias solicitadas.

    Outrossim, informamos que as mercadorias em referncia chegaram em perfeitas condies.

    Sem mais para o momento, subscrevemo-nos.

    Atenciosamente,

    SUPERMERCADOS BRASILCARLOS CUNHA

    Gerente

    GER 13 So Lus, 18 de abril de 2008.

    M.M Arruda

    Prezados Senhores,

    Informamos o recebimento das mercadorias solicitadas, ressaltando que elas chegaram em perfeitas condies.

    Atenciosamente,

    Carlos CunhaGerente

    ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM:

    QUESTO 01: (FADESP - 2009 - Pref. de Conceio do Araguaia/PA)

    H caractersticas de ofcio em

    a) Impossvel enviar documentao VG motivo atraso pagamento mensalidade PT. Favor enviar recibo assinado urgente PT.

    b) Ilmo Senhor Diretor da E. E. XYZ, Solicitamos a V.S. permisso para utilizar, nos dias 14 e 15 deste ms, o ginsio de esportes de sua escola para a realizao de uma campanha de doao de alimentos a crianas carentes. Certos de merecer sua ateno, subscrevemo-nos, atenciosamente.

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    Leitura e Produo Textual

    c) Cludia de Oliveira Melo, que atualmente ocupa o cargo de secretria, com exerccio no Departamento de Ensino Mdio, requer a V.S. se digne conceder-lhe auxlio-doena nos termos do artigo 143, do Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis da Unio.

    d) Sueli Martins Silva, portadora do RG n......, residente e domiciliada Tv. RXP, n. 92, nesta cidade, estudante deste estabelecimento de ensino, cursando atualmente o 3. ano do Ensino Mdio.

    QUESTO 02: (CESPE 2010)

    preciso que o funcionrio identifique-se como autor do ofcio, devendo, pois, informar seu nome e o cargo que ocupa logo abaixo do local reservado para sua assinatura. Certo ou Errado?

    QUESTO 03: (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judicirio - rea Jud.)

    Considerando-se as qualidades exigidas na redao de documentos oficiais, est INCORRETA a afirmativa:

    a) A conciso procura evitar excessos lingusticos que nada acrescentam ao objetivo imediato do documento a ser redigido, dispensando detalhes irrelevantes e evitando elementos de subjetividade, inapropriados ao texto oficial.

    b) A impessoalidade, associada ao princpio da finalidade, exige que a redao de um documento seja feita em nome do servio pblico e tenha por objetivo o interesse geral dos cidados, no sendo permitido seu uso no interesse prprio ou de terceiros.

    c) Clareza e preciso so importantes na comunicao oficial e devem ser empregados termos de conhecimento geral, evitando-se, principalmente, a possibilidade de interpretaes equivocadas, como na afirmativa: O Diretor informou ao seu secretrio que os relatrios deveriam ser encaminhados a ele.

    d) A linguagem empregada na correspondncia oficial, ainda que respeitando a norma culta, deve apresentar termos de acordo com a regio e com requinte adequado importncia da funo desempenhada pela autoridade a quem se dirige o documento.

    e) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com a formalidade, ou seja, h certos procedimentos, normas e padres que devem ser respeitados com base na observncia de princpios ditados pela civilidade, como cortesia e polidez, expressos na forma especfica de tratamento.

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    Curso de Graduao a Distncia

    QUESTO 04: (FCC/ 2010 TRT (12 REGIO SC)

    Ao se redigir um documento oficial, deve-se atentar para as seguintes recomendaes:

    I. Praticar a conciso e a clareza, de modo a que poucas palavras possam trazer muita informao, no d