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Leishmaniose Profa Dra Carolina G. P. Beyrodt

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Leishmaniose

Profa Dra Carolina G. P. Beyrodt

Filo Protozoa

Classe Zoomastigophora

Ordem Kinetoplastida

Família Trypanosomatidae

Gênero Leishmania

Agente etiológico: Leishmania sp

Classificação das espécies

Complexo Donovani

Complexo Mexicana

Complexo Braziliensis

Complexo Tropica

Classificação das espécies

Complexo Donovani

Características: causa infecção visceral no hospedeirohumano; maior parasitemia em macrófagos do baço, fígadoe medula óssea; os promastigotas desenvolvem-se nointestino médio e anterior do vetor

L. donovani donovani (V.M.)

L. donovani infantum (V.M.)

L. donovani chagasi (N.M.)

Classificação das espéciesComplexo Mexicana

Características: causa infecção cutânea no hospedeirohumano; presente no Novo Mundo; forma lesões fechadas ounodulares; os promastigotas desenvolvem-se no intestinomédio e anterior do vetor

L. mexicana mexicana

L. mexicana amazonensis (sp presente no Brasil)

L. pifanoi

Classificação das espécies

Complexo Braziliensis

Características: causa infecção cutânea no hospedeirohumano; baixa parasitemia nas lesões; presente no NovoMundo; amastigotas crescem lentamente em cultura e sãopouco virulentos em hamsters e camundongos BALB/c; ospromastigotas desenvolvem-se no intestino médio e anteriordo vetor

L. braziliensis braziliensis

L. braziliensis guyanensis

L. braziliensis panamensis

L. lainsoni

L. naiffi

Classificação atual

Espécies divididas em dois subgêneros:

Subgênero Leishmania - espécies pertencentes aos

complexos Donovani, Mexicana e Tropica

Ex. Leishmania (Leishmania) amazonensis

Subgênero Viannia - espécies pertencentes ao complexo

Braziliensis

Ex. Leishmania (Viannia) braziliensis

Distribuição geográfica - LV

No Brasil: Leishmania (L.) chagasi

Leishmaniose visceral- Brasil

Distribuição geográfica - LC

No Brasil: Leishmania (L.) amazonensis

Leishmania (V.) braziliensis

Leishmania (V.) guyanensis

Situação Atual (WHO)

12 milhões de pessoas encontram-se atualmente infectadas;

350 milhões de pessoas estão sob risco de infecção;

estima-se que ocorram aproximadamente 2 milhões de novos casos

por ano, dos quais somente 600.000 são oficialmente declarados;

88 países constituem regiões endêmicas (76 deles países em

desenvolvimento).

Formas Evolutivas

Amastigota (no hospedeiro vertebrado)

intracelular, arredondada e desprovida de flagelo livre

Parasita exclusivamente células do sistema retículo endotelial (preferencialmente macrófagos)

amastigota

Formas Evolutivas

Promastigota (no intestino do inseto vetor)

extracelular, alongada e provida de flagelo

procíclico - forma de divisão

metacíclico - forma infectiva

cinetoplasto

núcleo

flagelo

Ciclo Evolutivo

Ciclo de Vida – Leishmania spp.(Várias formas de leishmaniose)

Os amastigotas são

liberados no intestino

do inseto e os

parasitas se reprodu-

zem como

promastigotas

O hospedeiro vertebra-

do é infectado com

promastigotas quando

picado pelo inseto

vetor

O inseto ingere

macráfagos juntamen-

te com o sangue do

hospedeiro vertebrado

Os promastigotas

entram em macráfagos

circulantes e se

reproduzem como

amastigotas

Os macrófagos rompem,

os amastigotas são libe-

rados e infectam novos

macrófagos.

O tipo de leishmaniose é deter-

minado pela localização dos

macrófagos infectados.

Transmissão

Ocorre pela inoculação de

formas promastigotas durante a

picada de insetos da sub-

família Phlebotominae.

(gêneros: Phlebotomus no Velho

Mundo e Lutzomya no Novo

Mundo)

Ciclo Epidemiológico

homem

reservatório

inseto

Reservatórios

LC – animais silvestres

LV – cão doméstico e raposa

Tipos de Leishmaniose (formas clínicas da doença)

Visceral (Leishmania chagasi)

Cutânea (Leishmania amazonensis, L. braziliensis e L. guyanensis)

Mucocutânea (Leishmania braziliensis e L. guyanensis)

Cutâneo difusa (Leishmania amazonensis)

Leishmaniose Visceral

Sinais gerais1 Sinais viscerais2

óbito

1. Febre, anemia, leucopenia, trombocitopenia,

enfraquecimento, etc.

2. Hepatomegalia e esplenomegalia.

Leishmania chagasi

Período de incubação de 2-6

meses.

Leishmaniose Cutânea

Lesão inicial Formação de pápula Auto-cura(Leishmaniose Cutânea)

Lesões disseminadas(Leishmaniose Cutâneo Difusa)

úlceras // Comprometimento de mucosas(Leishmaniose (Leishmaniose Mucocutânea)Cutânea)

Leishmania braziliensis

Causa lesões ulceradas ou

abertas.

Pode evoluir para leishmaniose

mucocutânea (LMC).

Leishmania amazonensis

Causa lesões nodulares ou

fechadas.

Pode evoluir para a forma

cutâneo difusa (LCD).

Diagnóstico – LV e LCParasitológico:

Análise de material obtido de punção biópsia de medula óssea ouaspirado esplênico (LV).

Análise de material obtido de raspagem, aspirado ou biópsia daslesões (LC).

* Pesquisa de formas amastigotas em esfregaços corados

* Pesquisa de formas promastigotas em meios de cultura pré-semeados

Métodos sorológicos

* ELISA e IF

Método molecular

* PCR

Medidas Profiláticas

Controle do inseto vetor

Controle dos hospedeiros reservatórios

Medidas de proteção individual

Imunização

Tratamento

Antimoniais pentavalentes (ex. Glucantime® )

Anfotericina B

Esquemas de tratamento incluindo INF-g ou Leishvacin® .