leiloeiro rural apostila

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FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração Regional do Estado de São Paulo Rua Barão de Itapetininga, 224 – Centro – São Paulo/SP – CEP: 01042-907 TeleFax: (11) 3257-1300 / 3258-7233 – www.faespsenar.com.br FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - FAESP

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I – INTRODUÇÃO.

O LEILÃO, que é uma forma especial de contrato, consistindo no convite a pessoas indeterminadas para que, em lugar, dia e hora previamente designados, ofereçam publicamente propostas verbais, com a conseqüente formação de um contrato entre o leiloeiro e a pessoa que oferecer a condição mais vantajosa para a compra do bem que está sendo oferecido, ou seja, a pessoa que oferecer o maior preço.

Antes da instituição do Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1.932, que regulamentou a profissão de leiloeiro, já existiam essas pessoas que possuíam uma habilidade especial para ativar os compradores na venda pública, dos bens que lhes eram confiados para esse fim; eram denominados “AGENTES DE LEILÕES” e regidos pelo Código Comercial Brasileiro.

Como nosso Código Comercial data de 1.850, e tais regras, embora reguladas por outros decretos posteriores, já não mais correspondiam à realidade dos fatos, houve por bem o governo, atualizar essa situação, o que aconteceu com a publicação do Decreto 21.981/32 que veio dar condições àqueles profissionais de exercerem privativamente as funções de leiloeiros.

Assim, passou e competir-lhes privativamente desde que legalmente matriculados, o exercício da profissão, mediante autorização por alvará judicial ou por conta e ordem de terceiros, a venda em leilão público de bens imóveis, semoventes, mercadorias ou quaisquer outros efeitos comerciais, mediante comissão.

Verificamos portanto, que o aludido Decreto, eliminou os leiloeiros eventuais, ou seja, aqueles que não exerciam essa função como atividade principal, do campo daqueles profissionais propriamente ditos.

Com o progresso da técnica e a conseqüente evolução social, os profissionais começaram a seguir para o campo das “ESPECIALIZAÇÕES”, o mesmo acontecendo com a profissão de leiloeiro, na qual existe uma especialização, qual seja a de leiloeiro rural, criado pela lei 4.021, de 20 de dezembro de 1.961.

A criação de leiloeiro rural, foi sem dúvida, o resultado do esforço do proprietário rural.

O leilão rural consiste em promover a venda, em público pregão, de estabelecimentos rurais, semoventes, produtos agrícolas, veículos, máquinas, utensílios e outros bens pertencentes aos que militar no setor agrícola.

Compete, legal e privativamente, ao leiloeiro rural o desempenho do leilão.

A intenção do legislador foi dar maior segurança aos compradores, pois um leiloeiro rural saberá ressaltar as qualidades do gado que oferece, e o comprador terá maior segurança no negócio, visto que dependendo daquelas qualidades é se tem noção do seu valor comercial.

A FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - FAESP, órgão máximo de representatividade do empresário agrícola na esfera estadual, tem a atribuição de nomear, destituir e suspender os leiloeiros rurais, cujo número será fixado em cada estado pela respectiva Federação.

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São profissionais que possuem conhecimentos técnicos e específicos das qualidades dos bens rurais a serem leiloados.

Criou-se, portanto, uma especialidade profissional dentro da atividade leiloeira, a do leiloeiro rural.

Com a investida da tecnologia refletindo diretamente no campo comercial, tornou-se imperiosa a especialização do leiloeiro rural, cuja atividade depende de requisitos ligados ao conhecimento da agricultura e, em especial, da pecuária. É neste setor que os leilões assumem uma característica bem própria e, geralmente, aparecem integrados numa iniciativa global, onde se somam outros eventos, como exposições, festas, feiras e rodeios.

Não só os agropecuaristas, mas até os órgãos públicos, como a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e a Fepasa, por várias vezes, tem requisitado o concurso de um dos leiloeiros rurais do quadro da FAESP, para dirigir os leilões promovidos por algumas de suas autarquias ou empresas mistas.

Excluem-se do competência dos leiloeiros rurais a venda dos bens imóveis nas arrematações por execuções de sentença ou hipotecárias, dos bens pertencentes a menores sob tutela e interditos e dos que estejam gravados por disposições testamentárias.

A atividade do leiloeiro rural representa mais um sinal de que a agricultura caminha para uma fase de progresso, mais aparelhada administrativamente e bem representada na sua liderança.

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II – O DIREITO.

O artigo 1º da Lei 4.021/61, estabeleceu substancial distinção entre as duas espécies de leiloeiros:

“Verbis: Fica criada a profissão de leiloeiro rural que se regerá por esta Lei”.

Outra distinção que há nas normas aplicáveis entre leiloeiro oficial e o rural, é que aquele é nomeado pela Junta Comercial e este pela Federação da Agricultura e Pecuária, nada impedindo que uma pessoa seja ao mesmo tempo leiloeiro oficial e rural.

Assim, o legislador excluiu da competência das Juntas Comerciais a nomeação do leiloeiro rural, outorgado às “Federações das Associações Rurais”, tal direito.

Assim sendo, cumpre preliminarmente, lembrar que, quando da promulgação da Lei 4.021/61, a entidade representativa da classe rural em cada Estado, era a “Federação das Associações Rurais”, que hoje não mais existem, visto que pela Lei 4.214, de 02 de março de 1.965, ditas entidades foram obrigadas a se transformarem em órgãos sindicais,

desaparecendo portanto a Associação Rural e surgindo em seu lugar o Sindicato Rural, cujo órgão de cúpula em cada Estado é a Federação da Agricultura e Pecuária.

À Federação da e Agricultura Pecuária de cada Estado, compete portanto, a nomeação dos leiloeiros rurais, visto ser a única entidade representativa da classe rural, por força de lei, razão porque o atestado de capacidade técnica exigido no item IV do artigo 2º, deve ser fornecido pelo Sindicato Rural competente e não pela Associação Rural, conforme reza o dispositivo.

A lei 4.021/61 deixou a critério da Federação, a fixação do número de leiloeiros rurais que se fazem necessários para cada Estado, não estabelecendo qualquer limite, seja máximo ou mínimo.

Assim é de se entender que a qualquer tempo a Federação poderá elevar o número de leiloeiros rurais, não podendo contudo, diminuir esse número voluntariamente, uma vez que a lei somente autoriza a Federação a destituir os leiloeiros, quando estes estiverem infringindo qualquer dispositivo da lei que os criou, ou a que a eles seja aplicado subsidiariamente o Decreto 21.981/32.

A lei 4.021/61 foi omissa no que diz respeito aos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios, não outorgou ao leiloeiro rural expressamente, o direito de fazer qualquer leilão dos referidos bens, mesmo quando estes estejam afeitos à sua especialidade.

Entretanto, segundo o artigo 17, as normas comuns que regem a profissão de leiloeiro oficial, devem em primeiro plano suprir as omissões da lei 4.021/61; daí a razão de examinarmos o artigo 42 do Decreto 21.981/32, que trata especificamente do assunto. “Verbis”:

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“Na venda de bens móveis ou imóveis pertencentes à União, aos Estados e Municípios, os leiloeiros funcionarão por distribuição rigorosa de escala da antigüidade, a começar pelo mais antigo”.

A mesma regra, portanto, deve ser aplicada para os leiloeiros rurais, combinada com o artigo 4º da lei 4.021/62, ou seja:

“Onde houver leiloeiros rurais, compete-lhes privativamente a venda em público pregão de estabelecimentos rurais, SEMOVENTES, produtos agrícolas, veículos, máquinas, utensílios e outros bens pertencentes aos profissionais da agricultura”.

Portanto, claro que, após a nomeação dos leiloeiros rurais pela Federação da Agricultura e Pecuária, não poderá o Poder Público, entregar a um leiloeiro oficial, para venda de pregão em público, os bens descritos no supra mencionado artigo.

Impõe a lei 4.021/61 algumas restrições ao leiloeiro rural, através do parágrafo único do artigo 4º, pois lhe tirou a competência para a venda dos bens imóveis nas arrematações por execuções de sentença ou hipotecárias, dos bens pertencentes a menores sob tutela e interditos e dos que estejam gravados por disposições testamentárias.

Uma inovação trazida pela lei 4.021/61, foi a que diz respeito à publicidade do leilão, pois através do seu artigo 8º obriga ao menos 01 (um) anúncio no jornal do lugar, com vinte dias de antecedência, na falta de imprensa através de um edital (com igual prazo

de antecedência), e que deverá ser afixado na sede do Sindicato Rural, e na falta deste em lugar público.

A expressão usada pelo legislador “em lugar público”, parece um pouco elástica, razão pela qual entendemos que na falta de uma imprensa local e do Sindicato Rural, o aviso do leilão deverá ser feito por edital afixado, em primeiro lugar na sede da Prefeitura do Município e em segundo, nos lugares mais freqüentadores pela população do local, tais como - clube esportivo, bares, etc...

É de tal importância a publicidade do leilão que o artigo 8º reza expressamente que:

“Nenhum leilão poderá realizar-se sem anúncio no jornal do lugar ...”.

Contudo, não estabeleceu qualquer multa aos infratores, ao contrário do Decreto 21.981/32, artigo 38, que além desse impedimento, estipulou uma multa pecuniária.

Na eventualidade de ter sido realizado um leilão, sem que o leiloeiro rural haja cumprido as determinações do artigo 8º, duas são as sanções que poderá sofrer: a primeira será a de responder judicialmente por perdas e danos por quem se julgar prejudicado, e a outra, pela Federação da Agricultura e Pecuária que poderá destituí-lo do cargo, com fundamento no parágrafo único do artigo 3º, ou somente suspendê-lo do exercício da profissão pelo tempo que houver por bem determinar a Diretoria.

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Convém observar que o leiloeiro rural não ficará isento de qualquer responsabilidade, no caso do leilão ter sido realizado irregularmente pelo seu preposto, pois nesse sentido é bem claro o artigo 6º:

“O preposto indicado pelo leiloeiro é considerado mandatário legal do proponente para efeito de substituí-lo e de praticar, sob sua responsabilidade, os atos que lhe forem inerentes”.

A realização de leilões por preposto, somente acontece em caráter excepcional, ou seja, por moléstia ou outro impedimento justificável do leiloeiro principal, pois caso contrário, determine a lei, que o mesmo deverá exercer pessoalmente suas funções.

Destarte, na hipótese de um impedimento justificável, deverá o leiloeiro, através de requerimento, demonstrar e provar a sua impossibilidade de realizar o leilão e indicar o seu preposto, juntando para tanto todos os documentos exigidos no artigo 2º ou seja, provar que o mesmo preenche todos os requisitos que se fazem necessários para que uma pessoa seja nomeada leiloeiro rural.

Entretanto, se o impedimento do leiloeiro se der após a publicação dos anúncios necessários, e, não havendo um preposto habilitado, o leilão será realizado por outro leiloeiro rural, de sua escolha, mediante prévia comunicação à Federação da Agricultura e Pecuária.

É importante observar que, caso seja o impedimento do leiloeiro rural proveniente de uma pena de suspensão de suas atividades, imposta pela Federação da Agricultura e Pecuária, estará automaticamente impedido, por igual tempo, o seu preposto, competindo nesse caso à Federação, a escolha e designação do leiloeiro que deverá realizar naquela localidade, o leilão.

De outro lado, entendemos ser vedado o exercício simultâneo das funções de leiloeiro, pelo agente e seu preposto.

E, nenhum leiloeiro será nomeado se não preencher os requisitos exigidos pela lei, especialmente aquele referente ao atestado de sua capacidade e de seus conhecimentos técnicos imprescindíveis para o exercício da profissão, o qual deverá ser expedido pelo Sindicato Rural.

O atestado deverá ser requerido pelo interessado, e o Sindicato Rural fornecerá, se for o caso, o documento a que se refere o item IV do artigo 2º, o qual deverá ser feito em papel próprio do Sindicato e assinado pelo seu Presidente.

Após a nomeação, deverá a entidade - Federação, fornecer ao leiloeiro um “título de nomeação”, que lhe garantirá o exercício de suas funções e servirá como prova para todos os fins de direito.

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III – DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A NOMEAÇÃO DE LEILOEIRO RURAL PELA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO:

01 - Requerimento do candidato ao Presidente da FAESP;

02 - Curriculum Vitae (do candidato e do fiador);

03 - Fotocópia autenticada do Título de Eleitor (do candidato e do fiador);

04 - Fotocópia autenticada da Carteira de Identidade (do candidato e do fiador);

05 - Fotocópia autenticada do Certificado Militar (do candidato e do fiador);

06 - Fotocópia autenticada do CPF (do candidato e do fiador);

07 - Prova de domicílio no Estado de São Paulo, por mais de um ano;

08 - Atestado de Antecedentes Criminais pelo Departamento Estadual de Investigação Criminal (DEIC); Rua Zak Narchi, nº 152, Carandiru, São Paulo – Capital.

09 - Certidão negativa do Distribuidor Cível; Fórum Central da Capital – João Mendes.

10 - Certidão negativa do Distribuidor da Justiça Federal; www.cartoriobrasileiro.com.br ou na Av. Paulista nº ____ São Paulo – Capital.

11 - Certidão Negativa do Distribuidor Criminal; Fórum Central da Capital – João Mendes.

12 - Certidão Negativa dos Cartórios de Protesto; Rua. 15 de Novembro, nº 175, Centro, São Paulo – Capital.

13 - Indicação e Atestado de conhecimentos indispensáveis ao exercício da profissão, a ser fornecido pelo Sindicato Rural do Município em que é domiciliado;

14 - Autorização para divulgação na web de dados pessoais para contato;

15 - 02 (duas) fotos ¾;

16 - Declaração (conforme modelo fornecido pela FAESP), assinar, mas não datar;

17 - Carta de Fiança (conforme modelo fornecido pela FAESP), não datar, porém deve conter a assinatura do fiador;

18 - Declaração de 01 (um) Banco em que o candidato e o fiador tenha conta corrente, declarando idoneidade moral e financeira em seu negócios com o Banco;

19 - Termo de Compromisso e Posse, assinar, mas não datar.

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IV – LIVROS OBRIGATÓRIOS PARA O LEILOEIRO RURAL.

O artigo 14 da lei 4.021/61 traz a relação dos livros que deverão ser utilizados pelo leiloeiro rural no exercício de sua profissão.

O primeiro deles é o “DIÁRIO DE ENTRADA”, no qual o leiloeiro anotará os bens semoventes que recebeu para o leilão, bem como o nome e domicílio da pessoa que os enviou.

Outro livro é o “DIÁRIO DE SAÍDA”, no qual serão anotadas todas as vendas que forem efetuadas, os respectivos preços e condições de pagamento, além do nome e domicílio dos adquirentes.

Os livros, “CONTAS-CORRENTES”, “DIÁRIO DE LEILÕES”, “LIVRO-TALÃO” e “COPIADOR DE CARTAS”, dispensam maiores comentários, visto que o legislador foi bastante claro no que diz respeito as finalidades dos mesmos.

Tal como acontece nos livros comerciais em geral, que, para terem validade, se faz necessário que todas as folhas sejam numeradas e rubricadas pela Junta Comercial, os livros dos leiloeiros rurais não fogem à essa regra, visto que para merecerem fé, terão obrigatoriamente que ser numerados e rubricados pelo Presidente da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Uma vez preenchidas essas formalidades, as certidões extraídas dos livros, pelos leiloeiros, terão fé pública e servirão como meio de prova para qualquer fim de direito.

V – COMISSÃO DEVIDA AOS SINDICATOS RURAIS OU A FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

A lei 4.021/61, ao criar a profissão de leiloeiro rural prescreveu-lhe direitos e obrigações, pois esta, como ato-regra que é, seu caráter normativo obriga a todos aqueles que a partir do momento que se investem dessa profissão. E, essa referida lei atribuiu ao leiloeiro pelo artigo 13, o direito de perceber obrigatoriamente do comitente, a comissão de 3% (três por cento) incidente sobre o total das vendas efetuadas, salvo convenção em contrário.

Em seguida, preceitua o parágrafo 1º do artigo supra aludido, determinando que da comissão de 3% que deve receber do comitente, 75% (setenta e cinco por cento) caberão ao próprio leiloeiro e 25% (vinte e cinco por cento) à Associação Rural do Município onde se realizar o leilão, ou na falta desta, caberá esse recebimento à Federação das Associações Rurais do Estado, como ordena o parágrafo 2º do mesmo texto de lei.

E porque assim a faz ?

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Notada evidência traz consigo o artigo 13 e seus parágrafos, porquanto, além de fazer uma especificação de interessados (comitente e leiloeiro) nos resultados dos leilões, vemos, ainda, inclusive nessa relação de direito as Associações Rurais e a Federação das Associações Rurais (hoje Sindicatos Rurais e Federação da Agricultura e Pecuária).

Assim determina essa lei 4.021/61, para disciplinar a coexistência dos que integram esse meio rural, pois a manutenção do seu equilíbrio evita a desintegração do interesse social.

Quando o artigo 13 da lei 4.021/61 diz que “o comitente fica obrigado ao pagamento da comissão de 3% (três por cento) sobre o montante das verbas efetuadas, salvo convenção em contrário”, certo é que a primeira parte do supra mencionado artigo manda que o comitente faça pagamento de 3% ao leiloeiro. E quando na sua segunda parte, menciona que : “salvo convenção em contrário”, pode a comissão ser modificada. No entanto, essa modificação implica numa manifestação expressa de vontades das partes, inclusive, das que tem tanto interesse quanto as dos comitentes, como sejam : os Sindicatos Rurais e as respectivas Federações Rurais necessitam autorização da Assembléia Geral para poder concordar com uma convenção a menor da comissão fixada pela mencionada lei, ou seja, 25% de 3%.

A técnica jurídica explica o vocábulo “convenção” como “acordo” ou o “ajuste” que, fundado na manifestação da vontade das partes, ou seja, no mútuo consentimento, é firmado entre elas, com a intenção de regular ou estabelecer uma relação jurídica que possa surgir.

Deferidos pelos parágrafos 1º e 2º do artigo 13 da lei 4.021/61, que dá comissão de 3%, caberão setenta e cinco por cento ao leiloeiro e vinte e cinco por cento à Associação Rural do Município, hoje Sindicato Rural, onde se realizar o leilão, ou, a sua falta, à Federação das Associações Rurais do Estado, hoje Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, não resta a menor dúvida que a entidade rural ou a respectiva Federação é parte integrante desse contexto da lei, por isso, não podem o comitente e o leiloeiro, isoladamente, fixar a certa comissão em porcentagem menor à prevista no aludido dispositivo, sem a concordância do Sindicato interessado ou da Federação, na falta daquele.

Admitir que comitente e leiloeiro arbitram livremente comissão menor do que a prefixada no artigo 13 do citado dispositivo, é consentir a ambos manuseio com o dinheiro e o patrimônio dos Sindicatos ou da Federação.

Está naturalmente muito bem claro pelo texto em apreço que, há necessidade da anuência do Sindicato ou da Federação para que a celebração de convenção levada a efeito pelo comitente e leiloeiro possa ter validade que a própria lei determina.

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VI - OBRIGAÇÕES DOS LEILOEIROS RURAIS JUNTO À FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Objetivando, dentro das normas vigentes, coordenar e fiscalizar as atividades dos leiloeiros rurais, resguardando os interesses dos pecuaristas e Sindicatos Rurais filiados, a Diretoria da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - FAESP, baixou as seguintes obrigações:

1ª - obrigatória a comunicação prévia com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da realização de cada leilão pelo leiloeiro, juntando folha de jornal no qual foi publicado o anúncio do leilão;

2ª - obrigatório o fornecimento de relação constante dos animais inscritos para o leilão na data do mesmo, ao fiscal da FAESP;

3ª - a prestação de contas deverá ser apresentada 30 (trinta) dias após a realização de cada leilão ao Departamento Financeiro a Contabilidade da FAESP; e,

4ª - o leiloeiro se obriga a participar de reuniões previamente marcadas pela FAESP.

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VII – LEGISLAÇÃO

- Lei 4.021 - de 20 de dezembro de 1.961 - CRIA A PROFISSÃO DE LEILOEIRO RURAL e dá outras providências.

- Decreto 21.981 - de 19 de outubro de 1.932 - Regula a profissão de LEILOEIRO no território da República, com as modificações introduzidas pelo Decreto 22.427 de 1º de fevereiro de 1.933. (Este decreto somente é aplicado no que a lei que criou a profissão de leiloeiro rural, for omissa).

LEI Nº 4.021 - DE 20 DE DEZEMBRO DE 1.961. CRIA A PROFISSÃO DE LEILOEIRO RURAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica criada a profissão de leiloeiro rural, que se regerá por esta lei.

Art. 2º - Para exercer a profissão de leiloeiro rural, o interessado, deverá:

I - ser maior de idade e estar em gozo dos direitos civis;

II - ser domiciliado, por mais de um ano, no lugar em que pretende fazer centro da profissão;

III - ter boa conduta, comprovada com atestado policial e folha corrida passada pelo cartório do foro do seu domicílio;

IV - possuir conhecimento indispensável ao exercício de profissão, atestado pela Associação Rural do Município do seu domicílio.

Art. 3º - O número de leiloeiros rurais será fixado, em cada Estado, pela respectiva Federação das Associações Rurais, que os nomeará atendendo as condições previstas no artigo anterior.

Parágrafo Único - Compete, também, às Federações das Associações Rurais, destituir e suspender os leilões quando infringirem as disposições da presente lei.

Art. 4º - Onde houver leiloeiros rurais nomeados, compete-lhes, privativamente a venda, em público pregão, de estabelecimentos rurais, semoventes, produtos agrícolas, veículos, máquinas, utensílios e outros bens pertencentes aos profissionais da agricultura e pecuária.

Parágrafo Único - Excetuam-se da competência dos leiloeiros rurais a venda de bens imóveis nas arrematações por execuções de sentença ou hipotecárias, dos bens pertencentes a menores sob tutela e a interditos e dos que estejam gravados por disposições testamentárias. ( I )

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Art. 5º - O leiloeiro exercerá pessoalmente suas funções, não podendo delegá-las, senão por moléstia ou impedimento ocasional, a seu preposto.

Art. 6º - O preposto indicado pelo leiloeiro é considerado mandatário legal do proponente para o efeito de substituí-lo e de praticar, sob sua responsabilidade, os atos que lhe forem inerentes.

Parágrafo Único - A nomeação do preposto far-se-á mediante requerimento do proponente à Federação das Associações Rurais, instituído com as provas de que preenche as condições exigidas no art. 2º.

Art. 7º - É proibido ao leiloeiro, sob pena de destituição:

I - vender a prazo ou a crédito sem expressa autorização do comitente;

II - adquirir para si, para sócio ou para pessoas de sua família, bens de cuja venda tenha sido incumbido;

III - aceitar propostas de seus empregados ou dependentes.

Art. 8º - Nenhum leilão poderá realizar-se, sem anúncio no jornal do lugar com vinte dias de antecedência. Na falta de imprensa, o aviso será feito por edital afixado na sede de Associação Rural ou em lugar público.

Art. 9º - Os leiloeiros não poderão suspender a venda por considerar que o lance é baixo, salvo se o comitente fixou o mínimo do preço e este não foi atingido.

Art. 10 - Aceitos os lances sem condições nem reservas os arrematantes ficam obrigados a cumprir as condições de venda anunciadas pelo leiloeiro.

Parágrafo Único - A não ser se realizar o pagamento no prazo estipulado, o leiloeiro ou o proprietário do estabelecimento ou dos animais terá opção para rescindir a venda, perdendo o arrematante o sinal dado, ou para demandá-lo, pelo preço com os juros de mora por ação executiva, instruída com certidão do leiloeiro em que se declare não ter sido completado o preço de arrematação ou prazo marcado no ato do leilão.

Art. 11 - Os leiloeiros não poderão vender bens em leilão, senão mediante autorização por carta ou relação em que o comitente declare as instruções que julgar convenientes as despesas que autoriza a fazer e, se assim o entender, o mínimo dos preços que pretende.

Parágrafo Único - O leiloeiro é obrigado a cumprir fielmente as ordens que receber dos seus comitentes, sob pena de responder por perdas e danos.

Art. 12 - Os leiloeiros são obrigados a declarar até cinco dias depois do leilão, no aviso e conta de venda que remeterem ao comitente, nos casos de venda, o pagamento, os prazos estipulados, o nome e domicílio dos compradores.

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Art. 13 - O comitente fica obrigado ao pagamento de comissão de 3% (três por cento) sobre o montante das vendas efetuadas, salvo convenção em contrário.

Parágrafo Primeiro - Do total das comissões pagas pelas partes caberão 75% (setenta e cinco por cento) ao leiloeiro e 25% (vinte e cinco por cento) à Associação Rural do Município onde se realizar o leilão.

Parágrafo Segundo - Se não existir Associação Rural no Município onde se realizar o leilão, o produto dos 25% (vinte e cinco por cento) a que se refere o parágrafo primeiro reverterá em benefício da Federação das Associações Rurais do Estado.

Parágrafo Terceiro - Os leiloeiros poderão cobrar judicialmente dos comitentes a sua comissão e as quantias que tiverem desembolsado com anúncios e a realização do leilão.

Art. 14 - São livros obrigatórios dos leiloeiros rurais:

I - Diário de entrada, destinado ao assentamento dos bens e semoventes, com indicação dos nomes e domicílios das pessoas de quem os receberam, registrando, ainda, marcas, sinas e outras características necessárias à sua identificação;

II. - Diário de saída, no qual assentarão as vendas efetuadas, preço, condições de pagamento, sinal e comissão, assim como o nome e domicílio dos adquirentes;

III - Livro de contas correntes para as que existam entre os leiloeiros e os comitentes;

IV - Diário de leilões, que será escriturado no ato dos leilões com indicação de sua data, nome de quem o autorizou, nome dos compradores, preço de venda de cada cousa, semovente ou lote;

V - Livro-talão, de cópia carbônica, para extração das faturas destinadas aos arrematantes, com indicação do nome e domicílio;

VI - Copiador de cartas e correspondência.

Art. 15 - Todos os livros de leiloeiro serão encadernados, numerados e rubricados em todas as suas folhas pelo Presidente da Associação Rural do Município de sua sede, que subscreverá os termos de abertura e encerramento.

Parágrafo Único - A escrituração dos livros será feita pela ordem cronológica, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras, raspaduras ou emendas, a fim de merecer fé.

Art. 16 - As certidões ou contas que os leiloeiros extraírem dos seus livros quando estes se apresentarem em forma regular relativamente às vendas, têm fé pública.

Art. 17 - No que esta Lei for omissa, aplicam-se as normas comuns sobre a profissão de leiloeiro.

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Art. 18 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

OBS.: “Por força de investidura sindical, onde se lê : Federação das Associações Rurais, leia-se FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA; e onde se lê Associação Rural, leia-se SINDICATO RURAL”.

( I ) - Ver CPC. arts. 686, parágrafo 2º e 705.

DECRETO Nº 21.981 - DE 19 DE OUTUBRO DE 1.932 REGULA A PROFISSÃO DE LEILOEIRO NO TERRITÓRIO DA REPÚBLICA.

REGULAMENTO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº 21.981, DE 19 DE OUTUBRO DE 1.932, COM AS MODIFICAÇÕES INTRODUZIDAS PELO DECRETO Nº 22.427 DE 1º DE FEVEREIRO DE 1933.

CAPÍTULO I - DOS LEILOEIROS

Art. 1º - A profissão de leiloeiro será exercida mediante matrícula concedida pelas Juntas Comerciais, do Distrito Federal, dos Estados e Territórios do Acre, de acordo com as disposições deste Regulamento. ( I )

Art. 2º - Para ser leiloeiro, é necessário provar:

a) ser cidadão brasileiro e estar em gozo dos direitos civis, e políticos;

b) ser maior de vinte e cinco anos;

c) ser domiciliado no lugar que pretende exercer a profissão há mais de cinco anos;

d) ter idoneidade, comprovada com apresentação de caderneta de identidade e de certidões negativas dos distribuidores, no Distrito Federal, da Justiça Federal e das varas criminais da Justiça local, ou de folhas corridas, passados cartórios das mesmas justiças e nos Estados e no Território do Acre, pelos cartórios da Justiça Federal e local do Distrito em que o candidato tiver o seu domicílio.

Apresentará, também, o candidato certidão negativa de ações ou execuções movidas contra ele no foro Federal e local e correspondente ao seu domicílio e relativo ao último qüinqüênio.

Art. 3º - Não podem ser leiloeiros:

a) os que não podem ser comerciantes;

b) os que tiverem sido destituídos anteriormente dessa profissão, salvo se houverem sido a pedido;

c) os falidos não habilitados e os reabilitados, quando a falência tiver sido qualificada como culposa ou fraudulenta.

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Art. 4º - Os leiloeiros serão nomeados pelas Juntas Comerciais, de conformidade com as condições prescritas por este Regulamento no art. 2º e suas alíneas.

Art. 5º - Haverá no Distrito Federal vinte leiloeiros e, em cada Estado e no Território do Acre, o número que for fixado pelas respectivas Juntas Comerciais.

Art. 6º - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1933) - O leiloeiro, depois de habilitado devidamente, perante as Juntas Comerciais, fica obrigado, mediante despacho das mesmas Juntas, a prestar fiança em dinheiro ou em apólices da Dívida Pública Federal, que será recolhida, no Distrito Federal, ao Tesouro Nacional e, nos Estados e Territórios do Acre, às Delegacias Fiscais, Alfândegas ou Coletorias Federais. O valor dessa fiança será, no Distrito Federal, de 40.000.000 e, nos Estados e Territórios do Acre, o que for arbitrado pelas respectivas Juntas Comerciais.

Parágrafo Primeiro - A fiança em apólices nominativas será prestada com o caucionamento desses títulos na Caixa de Amortização, ou nas repartições federais competentes para recebê-la, nos Estados e no Território do Acre, mediante averbações que as conservem intransferíveis, até que possam ser levantadas legalmente, cabendo aos seus proprietários a percepção dos respectivos juros.

Parágrafo Segundo - Quando se oferecerem como fiança depósitos feitos nas Caixas Econômicas, serão as respectivas cadernetas caucionadas na forma do parágrafo anterior, percebendo igualmente os proprietários os juros limites arbitrários por aqueles institutos.

Parágrafo Terceiro - A caução da fiança em qualquer das espécies admitidas e, bem assim, o seu levantamento serão efetuados sempre à requisição da Junta Comercial perante a qual se tiver processado a habilitação do leiloeiro.

Art. 7º - A fiança responde pelas dívidas ou responsabilidades do leiloeiro, originadas por multas, infrações de disposições finais, impostos federais e estaduais relativos à profissão, saldos e produtos de leilões ou sinais que ele tenha recebido e pelas vendas efetuadas de bens de qualquer natureza, e subsistirá até 120 dias, após haver deixado o exercício da profissão por exoneração voluntária, destituição ou falecimento.

Parágrafo Primeiro - Verificada a vaga do cargo de leiloeiro em qualquer desses casos, a respectiva Junta Comercial, durante 120 dias, tornará pública a ocorrência por edital repetido no mínimo uma vez por semana convidando os interessados a apresentarem suas reclamações dentro desse prazo.

Parágrafo Segundo - Somente depois de satisfeitas, por dedução do valor de fiança, todas as dívidas e responsabilidades de que trata este artigo será entregue a quem de direito o saldo porventura restante.

Parágrafo Terceiro - Findo o prazo mencionado no parágrafo primeiro, não se apurando qualquer alcance por dívidas oriundas da profissão ou não tendo havido reclamação, fundada na falta de liquidação de atos praticados pelo leiloeiro no exercício de suas funções, expedirá a Junta certidão de quitação, com que ficará exonerada e livre a fiança para o seu levantamento.

Art. 8º - O leiloeiro só poderá entrar no exercício da profissão depois de aprovada a fiança oferecida e ter assinado compromisso perante a Junta Comercial.

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Art. 9º - Os leiloeiros são obrigados a registrar nas Juntas Comerciais, dentro de 15 dias após a cobrança, os documentos comprobatórios do pagamento do pagamento dos impostos federais e estaduais relativos à sua profissão, sob pena de suspensão, de que não haverá recurso.

Parágrafo Único - Se, decorridos seis meses, o leiloeiro ainda não tiver cumprido a disposição deste artigo, será destituído do cargo, afixando-se na porta de seu estabelecimento a folha do órgão oficial em que houver sido publicado o edital respectivo.

Art. 10 - Os leiloeiros não poderão vender em leilão estabelecimentos comerciais ou industriais sem que provem terem os respectivos vendedores quitação do imposto de indústrias e profissões relativo ao exercício vencido ou corrente, sob pena de ficarem os mesmos leiloeiros responsáveis pela dívida existente. Ficam isentos desta obrigação quando se tratar de leilões judiciais ou de massas falidas. (2)

Art. 11 - O leiloeiro exercerá pessoalmente suas funções, não podendo delegá-las senão por moléstia ou impedimento ocasional em seu preposto.

Art. 12 - O preposto indicado pelo leiloeiro prestará as mesmas provas de habilitação exigidos no art. 2º, sendo considerado mandatário legal de preponente para efeito de substituí-lo e de praticar, sob a sua responsabilidade, os atos que lhe forem inerentes. Não poderá, entretanto, funcionar conjuntamente com o leiloeiro sob pena destituição e tornar-se o leiloeiro incurso na multa de 2.000.000.

Parágrafo Único - A destituição dos prepostos poderá ser dada mediante simples comunicação dos leiloeiros às Juntas Comerciais, acompanhada da indicação do respectivo substituto.

Art. 13 - Quando o leiloeiro não tiver preposto habilitado, poderá, nos leilões já anunciados, ser substituído por outro leiloeiro de sua escolha, mediante prévia comunicação à Junta Comercial ou adiar os respectivos pregões se, em qualquer dos casos, nisso convierem os comitentes por declaração escrita, que será conservada pelo leiloeiro no seu próprio arquivo.

Parágrafo Único - Os leilões efetuados com desrespeito deste artigo serão nulos, sujeitando-se o leiloeiro à satisfação de perdas e danos que lhe for exigida pelos prejudicados.

Art. 14 - Os leiloeiros, ou os prepostos, serão obrigados a exigir, ao iniciar os leilões quando isso lhes for exigido, a prova de se acharem no exercício de suas funções, apresentando a carteira de identidade a que se refere o art. 2º, alínea “d”, ou o seu título de nomeação sob as mesmas penas cominadas no parágrafo único do artigo precedente.

Art. 15 - Os leiloeiros poderão fazer a novação com as dívidas provenientes do salão dos leilões convertendo-as em promissórias ou qualquer outro título, e responderão como fiéis depositários para com seus comitentes, sob as penas da lei.

Parágrafo Único - Verificada a infração deste artigo, mediante de denúncia cuja procedência as Juntas Comerciais apurarão em processo, será multado o leiloeiro em quantia correspondente à quarta parte da fiança, com os mesmos efeitos do artigo 9º.

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CAPÍTULO II - DAS PENALIDADES APLICÁVEIS AOS LEILOEIROS

Art. 16 - São competentes para suspender, destituir e multar os leiloeiros, nos casos em que estas penas são aplicáveis:

a) as Juntas Comerciais, com recurso para o Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, no prazo de 10 dias, no caso de suspensão, imposição de multas e destituição, com efeito devolutivo, quando não se tratar de casos do art. 9º e seu parágrafo;

b) as justiças ordinárias, nos casos de mora e falta de pagamento, nas ações intentadas contra os leiloeiros segundo as disposições deste Regulamento.

Parágrafo Único - A condenação em perdas e danos só pode ser levada a efeito pelos meios ordinários.*

Art. 17 - Às Juntas Comerciais cabe impor apenas:

a) ex offício.

b) por denúncia dos prejudicados.

Parágrafo Primeiro - Todos os atos de cominações de penas aos leiloeiros e seus prepostos far-se-ão públicos por edital.

Parágrafo Segundo - A imposição de pena de multa, depois de confirmada pela decisão do recurso, se houver, importa concomitantemente na suspensão dos leiloeiros até que satisfaçam o pagamento das respectivas importâncias.

Parágrafo Terceiro - Suspenso o leiloeiro, também o estará tacitamente o seu preposto.

Art. 18 - Os processos administrativos contra os leiloeiros obedecerão às seguintes normas:

a) havendo denúncia de irregularidades praticadas por qualquer leiloeiro, falta de exação no cumprimento dos seus deveres ou infração a disposição deste Regulamento, dará a respectiva Junta Comercial início ao processo, juntando à denúncia os documentos recebidos, com o parecer do diretor ou de quem suas vezes fizer, relativamente aos fatos argüidos e intimará o leiloeiro a apresentar defesa, com vista do processo na própria Junta, pelo prazo de cinco dias, que poderá ser prorrogado, a requerimento do interessado, por igual tempo, mediante termo que lhe for deferido;

b) vencido o prazo e a prorrogação, se a houver, sem que o acusado apresente defesa, será o processo julgado à revelia, de conformidade com a documentação existente;

c) apresentada defesa, o diretor ou quem suas vezes fizer, juntando-a ao processo, fará este concluso à Junta, acompanhado de relatório, para o julgamento;

d) as decisões das Juntas, que cominarem penalidades aos leiloeiros, serão sempre fundamentadas.

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CAPÍTULO III - DAS FUNÇÕES DOS LEILOEIROS

Art. 19 - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1.933). Compete aos leiloeiros públicos, pessoal e privativamente, a venda em público pregão, dentro de suas próprias casas ou fora dessas, de tudo que, por autorização de seus donos, forem encarregados, tais como móveis, imóveis, utensílios, semoventes e demais efeitos e a bens móveis e imóveis pertencentes às massas falidas ou liquidantes, quando gravados com hipoteca. (3)

Parágrafo único - Excetuam-se da competência dos leiloeiros as vendas de bens imóveis arrematados por execuções de sentenças ou hipotecárias; dos bens pertencentes a menores, sob tutela, e interditos; dos que estejam gravados por disposições testamentárias; dos títulos da dívida pública federal, municipal ou estadual, bem como dos efeitos que estiverem excluídos por disposição legal.

Art. 20 - Os leiloeiros não poderão vender em leilão, em suas casas ou fora delas, quaisquer efeitos senão mediante autorização, por carta ou relação, em que o comitente os especifique, declarando as ordens ou instruções que julgar convenientes e fixando, se assim o entender, o mínimo dos preços pelos quais os mesmos efeitos deverão ser negociados; sob pena de multa na importância correspondente à quinta parte da fiança e, pela reincidência, na de destituição. (5)

Art. 21 - Os leiloeiros são obrigados a acusar o recebimento das mercadorias móveis e de tudo que lhes for confiado para venda e constar na carta ou relação a que se refere o artigo precedente, dando para o efeito de indenizações, no caso de incêndio, quebras ou extravios, e na hipótese do comitente haver omitido os respectivos valores a avaliação que julgar razoável, mediante comunicação que deverá ser entregue pelo protocolo ou por meio de carta registrada.(4)

Parágrafo único - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1.933). O comitente, não concordando com a avaliação feita como limite provável para a venda em leilão, deverá retificar os objetos, dentro de oito dias contados da comunicação respectiva, sob pena de serem vendidos pelo maior preço que alcançarem sem direito a reclamação alguma.

Art. 22 - Os leiloeiros, quando exercerem o seu ofício dentro de suas casas e fora delas, não se achando presentes os donos dos efeitos que tiverem de ser vendidos, serão reputados verdadeiros consignatários ou mandatários, competindo-lhes nesta qualidade: (5)

a) cumprir fielmente as instruções que receberem dos comitentes;

b) zelar pela boa guarda e conservação dos efeitos consignados e de que são responsáveis, salvo caso fortuito ou força maior, ou de provir a deterioração de vício inerente à natureza da coisa;

c) avisar os comitentes, com a possível brevidade, de qualquer dano que sofrerem os efeitos em seu poder, e verificar, em forma legal, a verdadeira origem do dano; devendo praticar iguais diligências todas as vezes que, ao receber os efeitos, notarem avaria, diminuição ou estado diverso daquele que constar das guias de remessa, sob pena de responderem, para os comitentes, pelos mesmos efeitos nos termos designados nessas guias, sem que se lhes admita outra defesa que não seja a prova de terem praticado tais diligências;

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d) declarar, no aviso e conta que remeterem ao comitente nos casos de vendas e pagamento, o nome e domicílio dos compradores e os prazos estipulados; presumindo-se a venda efetuada a dinheiro de contado, sem admissão de prova em contrário, quando não fizerem tais declarações;

e) responder, perante os respectivos donos, seus comitentes, pela perda ou extravio de fundos em dinheiro, metais ou pedras preciosas, existentes em seu poder, ainda mesmo que o dano provenha de caso fortuito ou de força maior, salvo a prova de que na sua guarda empregaram a diligência que em casos semelhantes empregam os comerciantes acautelados, e bem assim pelos riscos sobrevenientes na devolução de fundos em seu poder para as mãos dos comitentes, se se desviarem das ordens e instruções recebidas por escrito, ou na ausência delas, dos meios usados no lugar da remessa;

f) exigir dos comitentes uma comissão pelo seu trabalho, de conformidade com o que dispõe este regulamento, e a indenização da importância dispendida no desempenho de suas funções, acrescida dos juros legais, pelo tempo que demorar o seu reembolso e, quando os efeitos a ser vendidos ficarem em depósito litigioso, por determinação judicial, as comissões devidas e o aluguel da parte do armazém que os mesmos ocuparem, calculado na proporção da área geral e do preço do aluguel pago por esse armazém.

Art. 23 - Antes de começarem o ato do leilão, os leiloeiros farão conhecidas as condições da venda, a forma do pagamento e da entrega dos objetos que vão ser apregoados, o estado e qualidade desses objetos, principalmente quando, pela simples intuição, não puderem ser conhecidos facilmente, e bem assim o seu peso, medida ou quantidade, quando o respectivo valor estiver adstrito a essas indicações, sob pena de incorrerem na responsabilidade que no caso couber por fraude, dolo, simulação ou omissão culposa.

Art. 24 - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1.933). A taxa de comissão dos leiloeiros será regulada por convenção escrita que, sobre todos ou alguns dos efeitos a vender, estabelecerem com os comitentes. Em falta de estipulação prévia, regulará a taxa de cinco por cento sobre móveis, mercadorias, jóias e outros efeitos e a de três por cento sobre bens imóveis de qualquer natureza. (6)

Parágrafo único - Os compradores pagarão obrigatoriamente cinco por cento sobre quaisquer bens arrematados.

Art. 25 - O comitente, no ato de contratar o leilão, dará por escrito uma declaração assinada no máximo das despesas que autoriza a fazer com publicações, carretos e outras que se tornarem indispensáveis, não podendo o leiloeiro reclamar à indenização de maior quantia porventura despendida sob esse título.

Art. 26 - Os leiloeiros não poderão vender a crédito ou a prazo sem autorização por escrito dos comitentes. (7)

Art. 27 - A conta de venda dos leilões será fornecida até cinco dias úteis depois da realização dos respectivos pregões, da entrega dos objetos vendidos ou assinatura da escritura de venda, e o seu pagamento efetuado no decurso dos cindo dias seguintes. (8)

Parágrafo primeiro - As contas de venda, devidamente autenticadas pelos leiloeiros, demonstrarão os preços alcançados nos pregões de cada lote e serão entregues aos comitentes mediante remessa pelo protocolo ou por meio de carta registrada.

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Parágrafo segundo - Devem as contas de venda conferir com os livros e assentamentos do leiloeiro, sob pena de incorrerem nas sanções deste Regulamento. (9)

Parágrafo terceiro - Se o comitente não procurar receber a importância do seu crédito, proveniente da conta de venda recebida, vencido o prazo de que trata este artigo, o leiloeiro depositá-la-á na Caixa Econômica ou Agência do Banco do Brasil, em nome de seu possuidor, salvo se a soma respectiva não atingir a 500.000, ou tiver ordem, por escrito, do comitente para não fazer o depósito.

Parágrafo quarto - Havendo mora por parte do leiloeiro, poderá o credor, exibindo a respectiva conta de venda, requerer ao Juízo competente a intimação dele, para pagar dentro de 24 horas, em cartório, o produto do leilão, sem dedução da comissão que lhe cabia, sob pena de prisão, como depositário remisso, até que realize o pagamento.

Art. 28 - Nos leilões judiciais, de massas falidas e de liquidações, os leiloeiros são obrigados a por à disposição do juízo competente ou representantes legais, as importâncias dos respectivos produtos, dentro dos prazos estabelecidos no artigo precedente. (10)

Art. 29 - A falência do leiloeiro será sempre fraudulenta, como depositário de bens que lhe são entregues para a venda em leilão. (11)

Art. 30 - São nulas as fianças, bem como os endossos e avais dados pelos leiloeiros. (12)

Art. 31 - São livros obrigatórios do leiloeiro: (13)

I - “DIÁRIO DE ENTRADA”, destinado à escrituração diária de todas as mercadorias, móveis, objetos e mais efeitos remetidos para venda em leilão no armazém, escriturado em ordem cronológica, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, de acordo com a relação a que se refere o art. 20.

II - “DIÁRIO DE SAÍDA”, destinado à escrituração das mercadorias efetivamente vendidas ou saídas do armazém com a menção da data do leilão, nomes dos vendedores e compradores, preços obtidos por lote e o total das vendas de cada leilão, extraído do “Diário de leilões”.

III - “CONTAS CORRENTES”, destinado aos lançamentos de todos os produtos líquidos apurados para cada comitente, de acordo com as contas de que trata o parágrafo primeiro do art. 27, e dos sinais recebidos pelas vendas de imóveis.

Parágrafo único - O balanço entre os livros - “Diário de entrada” e “Diário de saída” - determinará a existência dos efeitos conservados no armazém do leiloeiro.

Art. 32 - Além dos livros exigidos no artigo precedente os leiloeiros terão mais os seguintes, legalizados nas Juntas Comerciais, mas isentos de selos, por serem de mera fiscalização: (14)

I - “Protocolo”, para registrar as entregas das contas de venda e das cartas a que se referem, respectivamente os arts. 20 e 21.

II - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1.933). “Diário de leilões”, que poderá desdobrar-se em mais de um livro, para atender às necessidades do movimento da respectiva agência e em que serão escriturados à tinta, no ato do leilão, sem emendas ou rasuras que possam levantar dúvidas, todos os leilões que o leiloeiro realizar, com catálogo ou sem ele, inclusive os do respectivo armazém, observados na sua escrituração as mesmas normas que se observam na do

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“Diário de saída”, com a indicação da data do leilão, nome de quem o autorizou, número dos lotes, nomes dos compradores, preços de venda de cada lote, e a soma total do produto do leilão, devendo a escrituração desse livro conferir exatamente com a descrição dos lotes e os preços declarados na conta de venda fornecida ao comitente.

III - “Livro-talão”, de cópia carbônica, para extração das faturas destinadas aos arrematantes de lotes, com indicação do nome por inteiro de cada um e seu endereço.

Art. 33 - Todos os livros do leiloeiro terão número de ordem, inclusive o “Livro-talão”, que não poderá ser emendado ou raspado e servirá para conferência ou esclarecimento de dúvidas, entre leiloeiros e comitentes.

Parágrafo primeiro - (Decreto nº 22.247, de 1º de fevereiro de 1.933). A exibição, em juízo, dos livros dos leiloeiros não poderá ser recusada, quando exigida por autoridade competente para dirimir questões suscitadas entre leiloeiros e comitentes, incorrendo na pena de suspensão, por tempo indeterminado, aplicável pela autoridade de deprecante, e por fim, de destituição, aquele que não cumprir o mandato recebido. (15)

Parágrafo segundo - Poderão as Juntas Comerciais determinar, sempre que julgarem conveniente, o exame nos livros de leiloeiros pelo diretor, ou por seu substituto, a fim de verificar se os mesmos livros estarão devidamente escriturados e preenchem as condições prescritas neste Regulamento, ordenando as correções que se tornarem necessárias e punindo os seus possuidores quando as faltas ou irregularidades encontradas exijam a aplicação de qualquer das medidas atribuídas à sua competência.

Parágrafo terceiro - Quando tiver de encerrar qualquer dos seus livros o leiloeiro, para poder arquivá-lo ou substituí-lo, o levará à Junta Comercial a que estiver subordinado para o respectivo encerramento.

Art. 34 - Quando os produtos líquidos das contas de venda tiverem de ser depositados de acordo com o art. 37, parágrafo terceiro, ou por determinação judicial, o selo proporcional será colocado nas mesmas contas e inutilizado pelo próprio leiloeiro, que deverá entregar a segunda via ao comitente, juntamente com a caderneta de depósito. (16)

Art. 35 - As certidões ou contas que os leiloeiros extraírem de seus livros, quando estes se revestirem das formalidades legais, relativamente à venda de mercadorias, ou de outros quaisquer efeitos que pela lei são levados a leilão, tem fé pública.

Art. 36 - É proibido ao leiloeiro: (17)

a) sob pena de destituição:

1º . exercer o comércio direta ou indiretamente no seu ou alheio nome;

2º . constituir sociedade de qualquer espécie ou denominação;

3º. encarregar-se de cobranças ou pagamentos comerciais;

b) sob pena de multa de 2.000.000:

Adquirir para si, ou para pessoas de sua família, coisa de cuja venda tenha sido incumbido, ainda que a pretexto de destinar-se a seu consumo particular.

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Parágrafo único - Não poderão igualmente os leiloeiros, sob pena de nulidade de todos os seus atos, exercer a profissão nos domingos e dias feriados nacionais, estaduais ou municipais, delegar a terceiros os pregões, nem realizar mais de dois leilões no mesmo dia em locais muito distantes entre si, a não ser que se trate de imóveis juntos ou de prédios e móveis existentes no mesmo prédio, considerando-se, nestes casos, como de um só leilão os respectivos pregões.

Art. 37 - Quando o leiloeiro precisar ausentar-se do exercício do cargo para tratamento de saúde, requererá licença às Juntas Comerciais, juntando atestado médico e indicando preposto, ou declarando no requerimento desde que data entrou em exercício esse seu substituto legal, se o tiver.

Parágrafo único - O afastamento do leiloeiro do exercício da profissão, por qualquer outro motivo, será sempre justificado.

Art. 38 - Nenhum leilão poderá ser realizado sem que haja, pelo menos, três publicações no mesmo local, devendo a última ser bem pormenorizada, sob pena de multa de 2.000.000.

Parágrafo único - Todos os anúncios de leilões deverão ser claros nas descrições dos respectivos efeitos, principalmente quando se tratar de bens imóveis ou de objetos que se caracterizam pelos nomes dos autores e fabricantes, tipos e números, sob pena de nulidade e de responsabilidade do leiloeiro.

Art. 39 - Aceitos os lances sem condições nem reservas, os arrematantes ficam obrigados a entrar com um sinal ou caução que o leiloeiro tem o direito de exigir no ato da compra, a pagar os preços e a receber a coisa vendida. Se não se realizar o pagamento no prazo marcado, o leiloeiro ou o proprietário da coisa vendida terá opção para rescindir a venda, perdendo neste caso o arrematante o sinal dado, do qual serão descontados pelo leiloeiro a sua comissão e as despesas que houver feito, entregando o saldo a seu dono, dentro de 10 dias, - ou para demandar o arrematante pelo prazo com juros de mora, por ação executiva, instruída com certidão do leiloeiro em que se declare não ter sido completado preço da arrematação no prazo marcado no ato do leilão.

Art. 40 - O contrato que se estabelece entre o leiloeiro e a pessoa, ou autoridade judicial que autorizar a sua intervenção ou efetuar a sua nomeação para realizar leilões, é de mandato ou comissão e dá ao leiloeiro o direito de cobrar judicialmente a sua comissão e as quantias que tiver desembolsado, com anúncios, guarda e conservação do que lhe for entregue para vender, instruindo a ação com os documentos comprobatórios dos pagamentos que houver efetuado por conta dos comitentes e podendo reter em seu poder algum objeto que pertença ao devedor, até o seu efetivo embolso. (18)

Art. 41 - As Juntas Comerciais, dentro do menor prazo possível, organizarão a lista dos leiloeiros, classificados por antigüidade, com as anotações que julgarem indispensáveis, e mandarão publicá-la.

Parágrafo único - As autoridades judiciais ou administrativas poderão requisitar as informações que desejarem a respeito de qualquer leiloeiro, assim como a escala de classificação a que se refere este artigo, devendo ser as respectivas respostas fornecidas rapidamente e sob a responsabilidade funcional de quem as formular, quanto à sua veracidade.

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Art. 42 - Nas vendas de bens móveis ou imóveis pertencentes à União e aos Estados e Municípios, os leiloeiros funcionarão por distribuição rigorosa de escala de antigüidade, a começar pelo mais antigo.

Parágrafo primeiro - O leiloeiro que for designado para realizar os leilões de que trata este artigo, verificando, em face da escala, que não lhe toca a vez de efetuá-los, indicará à repartição ou autoridade que o tiver designado aquele a quem deve caber a designação, sob pena de perder, em favor do prejudicado, a comissão proveniente da venda efetuada.

Parágrafo segundo - Nas vendas acima referidas, os leiloeiros cobrarão somente dos compradores a comissão estabelecida no parágrafo único do art. 24, correndo as despesas de anúncios, reclames e propaganda dos leilões por conta da parte vendedora.

Parágrafo terceiro - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1.933). As autoridades administrativas poderão excluir da escala, a que, além deste se referem os arts. 41 e 44, todo leiloeiro cuja conduta houver perante elas incorrido em desabono, devendo ser comunicado, por ofício, à Junta Comercial em que estiver o leiloeiro matriculado, os motivos determinantes da sua exclusão, que seguirá o processo estabelecido no art. 18. Se se confirmar a exclusão, será o leiloeiro destituído, de conformidade com o art. 16, alínea “a”.

Art. 43 - Nas vendas judiciais de bens de massas falidas e de propriedades particulares, os leiloeiros serão da exclusiva escolha e confiança dos interessados, síndicos, liquidatários ou comitentes, aos quais prestarão contas de acordo com as disposições legais. (19)

CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 44 - As Juntas Comerciais publicarão um edital afixado à porta das suas sedes e insertos no “Diário Oficial”, ou, onde não houver órgão oficial, em jornal de maior circulação, durante o mês de março de cada ano, a lista dos leiloeiros matriculados, com a data das respectivas nomeações, para a escala de que trata o art. 41, podendo as repartições públicas requisitá-las a qualquer tempo para execução do disposto no art. 42.

Art. 45 - Somente para fins beneficentes, quando não haja remuneração de qualquer espécie, será permitido o pregão por estranhos à classe dos leiloeiros.

Parágrafo único - Excetuam-se dessa restrição os casos de venda de mercadorias apreendidas como contrabando, ou abandonadas nas alfândegas, repartições públicas e estradas de ferro, nos termos da Nova Consolidação das Leis das Alfândegas e Mesas de Rendas, e do Decreto nº 5.573, de 14 de novembro de 1.928. (20)

Art. 46 - No preenchimento das vagas de leiloeiros que se foram dando, terão preferência os respectivos prepostos, quando requererem a sua nomeação dentro do prazo de 60 dias após a notificação da vaga perante as Juntas Comerciais.

Art. 47 - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1.933. Os atuais leiloeiros darão cumprimento às disposições deste Regulamento, relativas à organização dos livros novos, habilitação de prepostos e outras exigências fiscalizadoras por eles criadas, dentro do prazo de 120 dias, no Distrito Federal e Estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e de 180 dias nos demais Estados e Territórios do Acre, sob pena de suspensão, incorrendo no de destituição aqueles que houverem feito até 30 dias após o referido prazo.

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Art. 48 - Todas as atribuições conferidas às Juntas Comerciais por este Regulamento, serão exercidas, onde elas não existirem, pela autoridade que as deva substituir, de acordo com a legislação vigente.

Art. 49 - (Decreto nº 22.427, de 1º de fevereiro de 1.933). Este Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação, sendo as dúvidas que se suscitarem e as omissões que se verificarem em sua execução resolvidas por decisão do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio.

Art. 50 - Revogam-se as disposições em contrário.

(1) Vide arts. 68 e 36 e segs. do Código Comercial e arts. nºs 686, parágrafo 2º, e 705 do Código de Processo Civil de 1.973.

(2) Ver na legislação fiscal, as exigências quanto à quitação de impostos.

(3) Vide art. 70 do Código Comercial.

(4) Vide art. 32, nº 1; arts. 27 e 28 do Decreto-lei nº 25, de 30.11.1.937, que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.

(5) - Vide art. 69 do Código Comercial, na legislação fiscal - “Imposto sobre produtos Industrializados”.

(6) - Vide art. 212, V, da Lei de Falência.

(7) - Vide art. 73 do Código Comercial.

(8) - Vide art. 72 do Código Comercial.

(9) - Vide art. 35; e na legislação fiscal “Imposto sobre Produtos Industrializados” e “Impostos sobre Circulação de Mercadorias”.

(10) - Vide art. 73 da Lei de Falências.

(11) - Vide art. 188, IX, da Lei de Falências.

(12) - Vide arts. 68 e 61 do Código Comercial.

(13) - Vide art. 71 do Código Comercial.

(14) - Vide art. 69 do Decreto nº 93, de 20.03.1.935, que isenta de emolumentos no Registro do Comércio os livros de que trata o art. 32.

(15) - Vide art. 7º, do Código Comercial.

(16) - O imposto de selo foi suprimido. Ver “Legislação Fiscal”, nesta Coletânea.

(17) - Vide arts. 68 e 59 do Código Comercial.

(18) - Vide art. 705, do Código de Processo Civil.

(19) - Vide art. 706 do Código de Processo Civil; arts. 117, parágrafo primeiro e 190 da Lei de Falências; art. 17, parágrafo quinto, do Decreto-lei nº 891, de 25.11.1.938 - Lei de fiscalização de entorpecentes.

(20) - Regula os leilões públicos de volumes ou objetos abandonados nas repartições públicas e estrada de ferro.

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MODELO DE AUTORIZAÇÃO

(assinar e não datar)

A U T O R I Z A Ç Ã O

Nome, estado civil, de nacionalidade .................... portador de CPF nº ........................... e CI nº ........................, AUTORIZO a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo - FAESP, a disponibilizar na Internet por meio de seu endereço eletrônico, meus dados pessoais para contato, tais como nome, endereço, telefone, e-mail e site, sem qualquer ônus à FAESP.

São Paulo, ...... de ................ de 20....

______________________________________

(Nome completo)

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MODELO DE DECLARAÇÃO

(assinar e não datar)

“D E C L A R A Ç Ã O”

Nos termos da Lei nº 4.21, de 20 de dezembro de 1.961, eu, ........................... (nome completo), abaixo assinado, .......................... (nacionalidade - naturalidade), nascido em ...................... (data de nascimento - estado civil), filho de ....................... (nome do pai) e de ............................. (nome da mãe), portador (a) da Carteira de Identidade - RG nº ................., expedida por .......... (órgão emissor - Estado), CIC nº .........................., residente e domiciliado (a) há mais de cinco anos à (rua/av., etc) .......................... (endereço completo), CEP .............................., na cidade de ........................................., declaro, sob as penas da lei, que não estou sendo processado, nem fui definitivamente condenado, em qualquer parte do território nacional, pela prática de crime cuja pena vede, ainda que de modo temporário, o acesso à funções ou cargos públicos, ou por crime de prevaricação, falência culposa ou fraudulenta, suspeita ou suborno, peculato, ou ainda, por crime contra a propriedade, a economia popular, a fé pública. Declaro, ainda, que não exerço o comércio direta ou indiretamente no meu ou alheio nome, nem sequer faço parte de sociedade comercial de qualquer espécie ou denominação, não tendo sido destituído anteriormente da profissão de leiloeiro (a) Oficial ou Rural, bem como não exerço cargo, função ou emprego público, na Administração Direta ou Indireta do Estado, União ou Município. Firmo a presente declaração para que produza os efeitos legais, ciente de que no caso de comprovação de sua falsidade, será nulo de pleno direito o ato de posse, quando comprovada, em qualquer tempo, a falsidade da declaração exigida, sem prejuízo das sanções cabíveis.

São Paulo, .......................................

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MODELO DE CARTA DE FIANÇA (deve conter a assinatura do fiador; não datar)

“CARTA DE FIANÇA”

À FAESP e Entidades Sindicais Filiadas Rua Barão de Itapetininga, 224 - 14º andar SÃO PAULO - CAPITAL Ref.: Carta de Fiança como fiador e, principal pagador das obrigações assumidas por .................... (nome do candidato), no “Termo de Compromisso e Posse”, firmado em ........./........../.......... Eu, ................................... (nome, nacionalidade, estado civil, RG, CIC, endereço, cidade, CEP) pela presente e melhor forma de direito; comprometo-me como fiador e principal pagador, a satisfazer todas as obrigações, principais e acessórias, assumidas por ..................... (nome do candidato a leiloeiro) no Termo de Compromisso e Posse do Leiloeiro Rural firmado em .............................. (não datar) com a FAESP e Entidades a ela filiadas (cuja cópia “xerox” autenticada vai anexa à presente, devidamente rubricada por mim, e desta passa a fazer parte integrante). Cumpre-me deixar claro o seguinte: a) A FAESP ou Entidades filiadas, sob pena de desobrigação minha, deverá reclamar de mim o cumprimento das obrigações dentro de 120 dias da realização de cada leilão; b) Renuncio expressamente aos benefícios de que tratam os artigos 827,829 e 838 do Código Civil Brasileiro; c) A presente fiança e minha conseqüente responsabilidade subsistirão enquanto o Sr (ª) ....................... (nome do leiloeiro) estiver exercendo as funções de Leiloeiro Rural e somente se extinguirão após a entrega da formal liberação da FAESP (face à eventual substituição da responsabilidade ou cessação do exercício das funções de Leiloeiro Rural pelo afiançado). d) Independentemente do valor dos percentuais devidos à FAESP ou às Entidades a ela filiadas e independentemente ainda do disposto no item 1.2, do anexo “Termo de Compromisso e Posse”, o descumprimento pelo afiançado da obrigação de prestar contas do resultado de cada leilão até 30 dias após sua realização, redundará numa multa. Sem outro particular, com o “de acordo” de V. Sa. e a subscrição da presente por duas testemunhas a tudo presentes, assino atenciosamente. _____________________ assinatura do fiador _____________________________________ (assinatura da esposa do fiador - se casado)

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De acordo: _____________________________ FAESP TESTEMUNHA (1) ______________________ TESTEMUNHA (2) ______________________

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TERMO DE COMPROMISSO E POSSE QUE PRESTA O SENHOR ___________________ PARA EXERCER A PROFISSÃO DE LEILOEIRO RURAL.

Aos __ dias do mês _______ de _____________, perante o Doutor FÁBIO DE SALLES MEIRELLES, Presidente da, FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO - FAESP, compareceu o Senhor _________________________________, a fim de prestar formal compromisso e assumir obrigações para ser empossado para exercer a função de Leiloeiro Rural, aprovado que foi por força de decisão da Reunião de Diretoria do dia ___ de ______________ de ______. ____________________________ compromete-se cumprir as obrigações contidas na Lei nº 4.021/61 e demais pertinentes do Decreto nº 21.981/32, bem como assume as seguintes obrigações: 1 - Comunicar previamente à FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, com antecedência de quinze dias, a realização de cada leilão em que o mesmo for atuar como leiloeiro, juntando folha de jornal no qual foi publicado o anúncio de leilão, conforme exigência do artigo 8º da supracitada lei; 1.1 . - Fornecer por escrito a relação dos animais inscritos para o leilão, na data do mesmo, ao representante da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO 1.2. - O não cumprimento do disposto nos itens 1 e 1.1 supra, implicará na suspensão do leilão por ato da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, através de seu representante, respondendo o leiloeiro por todos os ônus resultantes da suspensão do leilão; 2. Prestar contas até 30 dias após a realização de cada leilão ao Departamento Financeiro e de Contabilidade da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO; 2.1. - A não prestação dessas contas no prazo do item 2, redundará (com o só decurso do prazo e independentemente de qualquer notificação ou interpelação) numa multa hoje equivalente em dinheiro de R$ , corrigidos na data do pagamento, pela Taxa Referencial de Juros, ou, outro índice de correção, que venha substituí-la, na qual incorrerá o leiloeiro rural e que será exigível imediatamente pela FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO (a favor de quem a multa é instituída). 3 - Participar das reuniões trimestrais dos Leiloeiros Rurais para as quais for previamente convocado pela FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 4 - Reconhecer ter a FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, as prerrogativas legais consistentes em suspender e destituir o Leiloeiro Rural que infringir as disposições da supracitada lei ou deixar de cumprir as obrigações ora expressamente assumidas. 5 - Por ser interesse fundamental da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO e das Entidades Sindicais filiadas a ela, compromete-se o Senhor ______________________________ a respeitar a comissão mínima de 3% (a ser cobrada dos comitentes-vendedores entendidos como sendo proprietários-vendedores dos bens leiloados) sobre o montante das vendas efetuadas, entendendo a expressão - “salvo convenção em

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contrário” - (parte final do artigo 13 da Lei 4.021/61), como salvo convenção que estabeleça percentual maior que 3%. Independentemente de o leilão ser organizado pelo leiloeiro ou por entidade alheia, a FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO ou as entidades a ela filiadas farão jus, sempre, a 25% cobrado sobre um mínimo de 3% do montante das vendas que o Senhor ____________________________ se compromete a recolher à Tesouraria da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da data da realização de cada leilão. 5.1. - Compromete-se ainda o Senhor ____________________________ a recolher, no prazo retro à Tesouraria da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, também, os 25% sobre as comissões cobradas do comprador dos bens leiloados (já que o parágrafo 1º do artigo 13 da Lei nº 4.021/61 destina à FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, ou à Entidade filiada esse percentual a ser calculado sobre as Comissões pagas “pelas partes”). 6 - Compromete-se o Senhor ____________________________ a dar fiador e principal pagador para as obrigações ora assumidas, principalmente as referidas nos itens 1, 1.1, 1.2, 2, 2.1, 5 e 5.1 retro (que será objeto de documento à parte, que se reportará ao presente). Face ao compromisso e obrigações retro assumidas e tendo preenchido as demais exigências legais e interesses da classe, a FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, neste ato representada pelo seu Presidente Doutor FÁBIO DE SALLES MEIRELLES (tudo conforme a alínea “n” do artigo 35 de seus Estatutos e artigo 3º da Lei nº 4.021/61), nomeia o Senhor ____________________________ como LEILOEIRO RURAL, que neste ato toma posse. E, para clareza e para que produza efeitos legais, foi lavrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai assinado pelas partes.

São Paulo, ___ de ______________ de ______.

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES Presidente

____________________________ LEILOEIRO RURAL