leigos hospitaleiros do se torne num lugar mais justo, e acolhedor para todos. na casa de saúde do...

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ANO NOVO, VIDA NOVA! Estamos a iniciar mais um ano, 2014! Os optimistas dizem que será o ano em que nos veremos livres da famige- rada Troika e por conseguinte, passa- remos a gerir a nossa economia, sem pressões externas, que tudo começará a ser melhor. Os pessimistas (ou tal- vez realistas) queixam-se que o cons- trangimento económico vai continuar, e talvez ainda maior do que no ano que acaba de findar…há para todos os gostos! E nós, o que dizemos? Embarcamos no rol do optimismo barato?; no dos “profetas da desgraça?” Estas atitudes não conduzem a parte alguma, se ficamos nas palavras. Vamos “pegar” em algo construtivo: Deitemos fora os nossos egoísmos, os nossos comodismos, os nossos calcu- lismos e todos os “ismos” e vamos pedir a Deus que faça renascer em nós nova esperança, nova capacidade de arriscar e nova vontade de fazer pelos necessitados tudo o que esteja ao nosso alcance, para que o ano de 2014 fique na história como um ano de viragem, para uma sociedade em que tenham lugar todos os marginali- zados, aos pobres não falte o neces- sário, os que vivem em solidão sejam acompanhados…. Comecemos pelos que estão ao nos- so lado; por pouco que possamos fazer, o mundo ficará melhor! Ir. Emília Nogueira Leigos Hospitaleiros Os Leigos Hospitaleiros, na missão hospitaleira, representam um grupo de pessoas que não sendo consagradas, estão envol- vidas e imbuídas desse mesmo espírito, por isso se disponibilizam para darem um contributo evan- gelizador dentro e fora das pare- des institucionais, fazendo-o acompanhar na sua prática profis- sional, bem como no seu dia a dia pessoal e humano, adotando-o como um estilo de vida, uma for- ma de estar e de se partilhar com todos aqueles que nos rodeiam. Ser leigo hospitaleiro é des- ta feita, ser uma pessoa desperta, para além de si mesmo, é viver com consciência do todo do qual fazemos parte e não esquecendo que nesse todo, podemos sempre dar um contributo positivo e ain- da, que sem esse todo, a nossa dádiva não faz sentido. Inspirados na vida de Jesus de Nazaré e dos do se torne num lugar mais justo, humano e acolhedor para todos. Na Casa de Saúde do Espírito Santo, existe um grupo de leigos hospitaleiros, composto por oito ele- mentos, atualmente coordenado pela Enf.ª Sónia Pereira e com o estreito acompanhamento da Irmã superiora (Ir. Lúcia Reduto). Como se encon- tram a dar os primeiros passos, no seu breve percurso de nove meses, têm realizado reuniões mensais, nas quais tentam intensificar o espírito de grupo e de missão, bem como inte- riorizam que em qualquer tipo de missão evangelizadora, o caminho começa de dentro para fora, ou seja, que só valerá a pena iniciar este per- curso se estivermos disponíveis a limpar as “sujidades” e amarras que nos “prendem” ao mundo do peca- do, da mentira e da aparência, para depois podermos olhar, ajudar e “limpar” o mundo que nos rodeia, que, sem dúvida, precisa de muitos leigos hospitaleiros… mas, com ver- dadeiro espírito de missão. Dr.ª Maria José Barata

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ANO NOVO,

VIDA NOVA!

Estamos a iniciar mais um ano, 2014!

Os optimistas dizem que será o ano

em que nos veremos livres da famige-

rada Troika e por conseguinte, passa-

remos a gerir a nossa economia, sem

pressões externas, que tudo começará

a ser melhor. Os pessimistas (ou tal-

vez realistas) queixam-se que o cons-

trangimento económico vai continuar,

e talvez ainda maior do que no ano

que acaba de findar…há para todos os

gostos!

E nós, o que dizemos? Embarcamos

no rol do optimismo barato?; no dos

“profetas da desgraça?”

Estas atitudes não conduzem a parte

alguma, se ficamos nas palavras.

Vamos “pegar” em algo construtivo:

Deitemos fora os nossos egoísmos, os

nossos comodismos, os nossos calcu-

lismos e todos os “ismos” e vamos

pedir a Deus que faça renascer em

nós nova esperança, nova capacidade

de arriscar e nova vontade de fazer

pelos necessitados tudo o que esteja

ao nosso alcance, para que o ano de

2014 fique na história como um ano

de viragem, para uma sociedade em

que tenham lugar todos os marginali-

zados, aos pobres não falte o neces-

sário, os que vivem em solidão sejam

acompanhados….

Comecemos pelos que estão ao nos-

so lado; por pouco que possamos

fazer, o mundo ficará melhor!

Ir. Emília Nogueira

Leigos Hospitaleiros

Os Leigos Hospitaleiros, na

missão hospitaleira, representam

um grupo de pessoas que não

sendo consagradas, estão envol-

vidas e imbuídas desse mesmo

espírito, por isso se disponibilizam

para darem um contributo evan-

gelizador dentro e fora das pare-

des institucionais, fazendo-o

acompanhar na sua prática profis-

sional, bem como no seu dia a dia

pessoal e humano, adotando-o

como um estilo de vida, uma for-

ma de estar e de se partilhar com

todos aqueles que nos rodeiam.

Ser leigo hospitaleiro é des-

ta feita, ser uma pessoa desperta,

para além de si mesmo, é viver

com consciência do todo do qual

fazemos parte e não esquecendo

que nesse todo, podemos sempre

dar um contributo positivo e ain-

da, que sem esse todo, a nossa

dádiva não faz sentido. Inspirados

na vida de Jesus de Nazaré e dos

do se torne num lugar mais justo,

humano e acolhedor para todos.

Na Casa de Saúde do Espírito

Santo, existe um grupo de leigos

hospitaleiros, composto por oito ele-

mentos, atualmente coordenado pela

Enf.ª Sónia Pereira e com o estreito

acompanhamento da Irmã superiora

(Ir. Lúcia Reduto). Como se encon-

tram a dar os primeiros passos, no

seu breve percurso de nove meses,

têm realizado reuniões mensais, nas

quais tentam intensificar o espírito de

grupo e de missão, bem como inte-

riorizam que em qualquer tipo de

missão evangelizadora, o caminho

começa de dentro para fora, ou seja,

que só valerá a pena iniciar este per-

curso se estivermos disponíveis a

limpar as “sujidades” e amarras que

nos “prendem” ao mundo do peca-

do, da mentira e da aparência, para

depois podermos olhar, ajudar e

“limpar” o mundo que nos rodeia,

que, sem dúvida, precisa de muitos

leigos hospitaleiros… mas, com ver-

dadeiro espírito de missão.

Dr.ª Maria José Barata

Dia Mundial da Saúde Mental

O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado

a 10 de Outubro, este visa chamar a atenção públi-

ca para a questão da saúde mental global, e identi-

ficá-la como uma causa comum a todos os povos,

ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políti-

cas ou socioeconómicas.

A Casa de Saúde do Espírito Santo como

IPSS desde há 46 anos prestando cuidados de saú-

de a pessoas com doença mental e psiquiátrica,

com ênfase no acolhimento, assistência, cuidado especializado, com base nas necessidades e urgências em

cada tempo e lugar e com preferência pelos mais pobres e marginalizados, não poderia deixar de marcar esta

importante data. Foi delineado pela Direção do Centro com a colaboração do Departamento de Formação um

conjunto de atividades que constituíram três dias de emoções e aprendizagens.

A comemoração iniciou-se no dia 9 de Outubro com a abertura de uma exposição de trabalhos realiza-

dos pelas utentes, dos quais todos os colaboradores se orgulham. O período da manhã foi repleto de ativida-

des com as barraquinhas dos sentidos que teve por objetivo a estimulação sensorial e cognitiva, em que as

utentes participaram com entusiasmo e experimentaram sensações, sabores e estímulos diferentes. Esta ativi-

dade terminou com a atribuição de prémios às equipas vencedoras. As utentes do projeto da ergoterapia ela-

boraram um cenário sobre a temática Saúde Mental que foi exposto nos dias seguintes. Houve ainda jogos

variados (cartas, legos, computador), leitura de livros e revistas e pintura.

No período da tarde recebemos a turma do 3º ano do Colégio de Santa Clara que acompanhamos

numa caça ao tesouro pelo Centro cheia de animação e divertimento, podemos mostrar tudo quanto fazíamos

e foi notório o sorriso enternecido das crianças para com as utentes e vice versa. Desta forma, esta Instituição

persiste na ideologia do combate ao estigma. Terminámos este dia em grande com a atuação do grupo folclo-

re deste Centro, onde se pode apreciar a arte cultural da nossa terra e a beleza das nossas tradições, embebi-

das nos sorrisos ternos das utentes.

O dia 10 foi um dia com grande relevo uma vez que pelas 14h fomos congratulados com a presença do

Prof. Enf.º Miguel Gomes que nos apresentou a sua tese de doutoramento “A Presença como Cuidado de

Enfermagem: Modelo da Casa de Saúde do Espírito Santo”. Foi com grande orgulho e satisfação que a plateia

sorria acenando a cabeça, reconhecendo em cada palavra a sua atuação, o seu compromisso hospitaleiro. Ter-

minámos este dia com a apresentação por parte das utentes da canção “Juntos podemos Andar”, que foi

aplaudida de forma fervorosa por todo o público.

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A nossa visita à Casa de Saúde do Espírito Santo

No dia 1 de Outubro de 2013 , nós, alunos do 3ºano B do Colégio de Santa Clara, fomos fazer uma

visita à Casa de Saúde do Espírito Santo para comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental.

Quando lá chegamos dirigimo-nos ao salão daquela instituição e fomos recebidos por enfermeiros,

animadores e pela Irmã responsável que nos deu as boas-vindas e que nos disse o que se ia passar.

De seguida dividimo-nos em pequenos grupos e cada um tinha um responsável para nos guiar à

Caça ao Tesouro. Cada grupo tinha uma caixa e um livrinho para registar ou guardar os tesouros recebi-

dos.

Durante este jogo fomos conhecendo os vários pisos deste lugar, assim como os doentes

internados. Foi muito interessante observarmos algumas dessas pessoas, pois elas são bastante meigas,

querendo apenas atenção e carinho.

Durante o jogo visitámos os quartos onde os doentes estão acamados, as salas de convívio, onde

passam alguma parte do tempo, as salas onde os doentes fazem alguns trabalhos, a lavandaria onde

lavam as roupas e onde até alguns doentes colaboram, o refeitório onde preparam as refeições, o jardim,

a sala de Snoezelen que gostámos muito, o ginásio onde fazem fisioterapia, a capela onde se celebra a

missa, o cabeleireiro onde os doentes podem cortar o cabelo, fazer manicure e depilação e o bar onde

podem tomar café e também onde nos ofereceram um chocolate.

Por fim, voltámos ao salão onde verificámos se todos tinham trazido o que se tinha pedido da Caça

a Tesouro.

Finalmente, ofereceram-nos um lanche do qual gostámos muito.

Foi uma visita diferente das outras, mas muito enriquecedora, pois muitas vezes não valorizamos a

nossa saúde. Ficámos também a saber o que se faz na Casa de Saúde do Espírito Santo.

Gostámos muito e agradecemos o convite, assim como a atenção que nos deram!

Os alunos do 3º B do Colégio de Santa Clara

Concluímos no dia 11, com dois workshops sobre as temáticas: “O utente em crise”, prelectado pela Dr.ª

Margarida Moniz, Directora Clínica, e “Princípios éticos no contexto da prestação de cuidados em saúde men-

tal”, prelectado pela Enf.ª Célia Azevedo. É de salientar a forma

atenta e participativa dos grupos nestas temáticas. Finalizamos

com uma breve exposição sobre o processo de implementação do

sistema de gestão da qualidade realizada pela Dr.ª Mariana Cor-

reia, Psicóloga e Gestora da Qualidade.

A equipa organizadora sentiu grande satisfação na realiza-

ção deste evento e agradece a todos os colaboradores que prontamente colaboraram e deram o seu melhor

para que estes dias tivessem um resultado tão positivo.

Enf.ª Sónia Pereira e Enf.ª Célia Aguiar

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Projeto “Visita Solidária”

O estigma associado às doenças mentais tem

raízes históricas e culturais muito profundas e com-

plexas e é, ainda hoje, responsável por atitudes e

processos de marginalização e de exclusão social

que inibem a concretização de respostas sociais ade-

quadas e dificultam os esforços de reabilitação e

integração na comunidade. O aliado mais leal do

estigma em saúde mental assenta no fator psicológi-

co, o medo, que leva ao afastamento e à exclusão.

Suprimir este medo estigmatizante sempre foi e será

um objetivo deste Centro que se rege por valores

humanos, éticos, sociais e espirituais onde o utente é

o centro de todo o agir e onde a sua dignidade, os

seus direitos e as suas razões são respeitadas.

É com base nestes princípios que quisemos alertar e dar conhecimento à comuni-

dade envolvente da vida que faz girar este Centro, assim como aumentar o número de

visitas às utentes, sabendo que muitas não recebem qualquer visita nesta época de

natal. Deste modo, projetamos a Árvore de Natal com a temática Visita Solidária.

Este projeto teve por base várias fases: a elaboração de cartões de natal pelas

utentes para enfeitar a árvore, a distribuição de convites pelos colaboradores do Centro,

familiares e visitantes a outras pessoas na comunidade. A decoração da árvore pelas

utentes com os Cartões de natal, que foram a prenda a quem nos veio visitar.

As visitas foram realizadas durante o período natalício nos dias 15, 22, 29 de

Dezembro com o horário das 14h ás 17 horas, estas foram acolhidas com uma pequena

apresentação do Centro, a sua história e atividades.

Agradecemos a todos os que se deixaram envolver nesta missão solidária, que

levou muitas das nossas utentes a passarem tardes animadas, com sorrisos fervorosos,

sem sombra de dúvida com um natal diferente.

Pelo afeto que todos os que nos visitaram deixaram, pela palavra que confortou e

animou, a Direção e colaboradores deste Centro agradece.

Enf.ª Sónia Pereira

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Qualidade em Saúde Mental: Projeto de Certificação da Qualidade,

Modelo EQUASS Assurance

Nas celebrações do Dia Mundial de Saúde Mental, 10 de Outu-

bro de 2013, foi organizado um conjunto de iniciativas que envolve-

ram a comunidade local. No sentido de partilhar e divulgar as linhas

orientadoras e referenciais teóricos do Sistema de Gestão da Quali-

dade, foi realizada uma breve apresentação acerca da implementa-

ção do Sistema EQUASS Assurance na Casa de Saúde do Espírito

Santo. Esta apresentação contou com a presença dos alunos de

enfermagem, estagiários, profissionais e público em geral. A exposi-

ção da temática abrangeu os seguintes conteúdos:

-Sistema EQUASS Assurance: contextualização, objetivos, componentes, estrutura (princípios,

dimensões, critérios e indicadores) e benefícios;

-Ponto atual de implementação do sistema: Documentos, políticas, processos, procedimentos e

resultados;

-Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ): Próximos Passos.

Durante a apresentação foi dado relevo à partilha de experiências ao longo do processo de

implementação do sistema da qualidade. Numa fase inicial, a preocupação e centralização está na

implementação dos procedimentos, do verificar se o procedimento está ou não a ser cumprido, se

o objetivo está ou não a ser atingido. Porém, verificamos que isso só é possível através do modo

como os profissionais se envolvem e participam neste processo de mudança. A verdade é que, nem

todos estamos preparados para a mudança, “Mudar porquê?”, “E para quê?”, “Já tenho muito traba-

lho e ainda me querem dar mais”,”Sempre fiz assim, não é agora que vou mudar.” Num primeiro

momento, expressões deste tipo são uma constante por parte das equipas, pois mudar nem sem-

pre é visto com bons olhos e sair da zona de conforto às vezes não é fácil. É fundamental que haja

um envolvimento e compromisso das pessoas em fazer bem as coisas e fazê-lo de forma que

garanta a relação na assistência de forma contínua.

Na curta experiência enquanto Gestora da Qualidade, hoje, parece-me que, apesar da impor-

tância de cumprir qualquer procedimento, atingir ou não as metas estabelecidas, é fulcral, haver

uma consciencialização daquilo que chamamos em qualidade de “melhoria continua”. Quando

todas as pessoas envolvidas no processo estão preocupadas em melhorar a sua própria prestação,

sabendo que se todo o sistema for melhorando é o utente que sai satisfeito. Se esta preocupação

com a melhoria contínua for assumida por todos um dos patamares mais importantes será atingido

“Não basta fazer o bem… É preciso fazer bem o bem que se faz”.

Gestora da Qualidade

Dr.ª Mariana Correia

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PELA SUA SAÚDE!

Diabetes e Diabéticos

A diabetes mellitus alastra por todo o mundo como uma grande epidemia. Para tanto têm contri-

buído novos hábitos e novos padrões de vida que as sociedades vem gerando. E nós? Que faze-

mos? Trocamos a bicicleta tradicional pela motorizada; as sapatilhas pelos chinelos; os frutos pelos

refrigerantes; a sopa pelo folhado. Hoje temos uma elevada incidência de obesidade também entre

os nossos jovens.

A diabetes origina dois tipos de doentes. Uns têm uma doença do pâncreas, que os priva da insuli-

na nele produzida, determinando que as injeções de insulina constituam a terapêutica de eleição,

sem alternativa (Diabetes tipo 1). São frequentemente jovens a quem se aplicou outrora a designa-

ção de insulinodependentes. Os outros, a maioria (90%), são quase sempre adultos, obesos ou com

excesso de peso, salvo raras exceções (Diabetes tipo 2). A causa da sua diabetes reside na resistên-

cia das suas células à ação da insulina. A perda de peso, devidamente acompanhada, pode ajudar a

corrigir esta anomalia.

O plano alimentar dum diabético, assumidas estas diferenças, deve ter em conta características

individuais – sexo, idade, massa corporal, profissão e atividade física diária.

A balança não engana

O excesso de peso e a obesidade estão associados ao aparecimento de diabetes do adulto, não

insulinodependente, e resultam quase sempre de uma ingestão calórica excessiva por via de uma

alimentação pautada pelo desequilíbrio e pela abundância, reforçada pela parca atividade física que

nos tempos modernos se confunde com conforto.

O nosso peso ideal será, aproximadamente, equivalente ao número de centímetros além do metro

da nossa estatura. Conjugados peso e altura, obter-se-á um parâmetro da avaliação mais rigoroso –

o IMC (Índice de Massa Corporal) que é obtido dividindo o peso pelo quadrado da altura. Está

estabelecido que o IMC superior a 25 define o excesso ponderal e, a partir de 30, a obesidade.

A perda de peso injustificada, tal como o ganho ponderal, devem ser motivos de reflexão e pretex-

to para uma reavaliação do estado de saúde.

Comeres

O que se pretende é que tiremos o melhor partido dessa fonte de energia, que se quer inesgotável

e acessível – os alimentos. O segredo está na racionalização do consumo, na combinação dos

quantitativos e dos sabores, na opção pelo cozinhado mais apropriado.

Na sua confeção são imprescindíveis hortaliças (generosamente), frutos, legumes e cereais – diaria-

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mente; peixe, ovos e carne de aves – bissemanalmente; carne vermelha – quinzenal ou mensalmen-

te. Nas refeições menores, mas não menos importantes, além dos cereais e frutos (o pão com par-

cimónia, e os frutos sempre que possível com casca), dever-se-á incluir o leite (magro ou meio gor-

do) e os seus derivados (queijo, manteiga), moderadamente. Para matar a sede e ajudar à degluti-

ção dos alimentos- a água; para apaladar a comida – o vinho, com moderação.

É bom princípio restringir a fritura e não enriquecer assados e grelhados com aditivos gordos

(manteiga, banha ou natas). Se os fritos são excecionais, como é boa norma, porque não utilizar na

fritura a banha caseira?

Como ficou entendido, o peixe substitui a carne

com vantagem, especialmente as carnes verme-

lhas, de animais de maior porte. A fonte proteica

deverá acompanhar-se de massas, arroz, batatas

(cozidas ou assadas) ou leguminosas (feijão, grão,

etc.) cozidas. Dos óleos vegetais, para tempero de

cozidos, legumes e vegetais, o azeite é rei.

Molhos, natas, fondues, são devaneios e sofisticações culinárias que podem perverter a melhor car-

ne e comprometer a ração calórica desejável.

O nosso consumo de sal e açúcar refinado (sacarose) – ausente do plano dietético de qualquer dia-

bético, a não ser que pressinta uma hipoglicémia – é excessivo. As ervas aromáticas constituem

alternativas no primeiro caso e os edulcorantes ou adoçantes no segundo. Não está demonstrado

o risco de cancro provocado pelos edulcorantes em doses modestas.

O número de refeições diárias, principais e intercalares (merendas), que para os diabéticos são seis

quando não estão indicadas mais, deverá ser quatro ou cinco, com horário tanto quanto possível

fixo e numa pausa da atividade diária que permita, no mínimo, uma boa mastigação, e um agradá-

vel convívio.

Uma refeição parcimoniosa deixará lugar a outra e estimulará a prática duma atividade física.

Os dias festivos têm o seu lugar e são desejáveis. A transgressão descontrai desde que seja episódi-

ca e sem desperdícios.

Dr. Alberto Rosa

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Cabazes de Natal

Todos os anos, os colaboradores da Casa de Saúde do Espírito Santo aguardam, com expetativa, o

momento da entrega dos cabazes de Natal. O ano de 2013, que há pouco terminou, não foi exceção!

No início de cada ano, constitui-se uma comissão de colaboradores, a qual se encarrega de organizar –

com trabalho, entrega e dedicação – tudo o que é necessário para que os cabazes sejam recheados e conte-

nham muitas e boas iguarias.

Uma vez estabelecido o número máximo de cabazes a entregar, e recebidas as respetivas inscrições

dos colaboradores da CSES que pretendem participar do evento, a comissão encarrega-se de procurar, ao

longo de todo o ano, nas diversas superfícies comerciais da ilha Terceira, os melhores produtos aos melhores

preços, adquirindo-os com os montantes pecuniários entregues, mensalmente, por cada um dos participan-

tes.

O principal objetivo é que, com a atribuição final dos cabazes, todos os colaboradores que se dispuse-

ram a integrar esta iniciativa fiquem plenamente satisfeitos.

No passado dia 7 de dezembro, foram entregues os cabazes de Natal de 2013.

O evento decorreu, entre as 10H00 e as 16H00, no Salão Polivalente Dr. Hélio Flores Brasil da nossa

Casa de Saúde, contando com a ajuda de todos os elementos envolvidos, sob a coordenação e organização

da respetiva comissão, composta pelos colaboradores Carla Lourenço, Igor Esteves e Rosa Martins.

Na ocasião, foram distribuídos quarenta cabazes, cada um dos quais com cerca de cem produtos de

diversa natureza (desde mercearias, carnes e peixe a congelados, bebidas, fruta, legumes e doçaria).

Todos os participantes se manifestaram positivamente satisfeitos com os cabazes recebidos, tendo

ficado agradados com o conteúdo conseguido para os mesmos.

Desejamos que a organização dos cabazes de Natal para o presente ano de 2014 volte a ser um suces-

so e que a iniciativa se continue a realizar, para satisfação e contentamento dos nossos colaboradores.

Colaborador Igor Esteves

ESPAÇO DO SERVIÇO DE PASTORAL

Acabamos de celebrar o Natal!

Natal, é Deus que na pessoa de seu Filho Jesus vem ao encontro do homem;

tornar-se um de nós, assumir a nossa fragilidade, para dignificar a nossa condição e

nos tornar iguais a Ele.

É um Mistério de amor, de tal densidade, que nos ultrapassa completamen-

te!....

Só pede em troca que O acolhamos, que deixemos que Ele penetre nas nossas vidas e aí nos infunda o Amor,

a Esperança, a Paz e a Alegria!

Segundo o Evangelho de Lucas, 2, 10-18, quando Jesus nasceu, o seu nascimento foi anunciado aos

pastores, pelos Anjos. Os pastores, porque eram gente simples e sem preconceitos, acreditaram no anúncio,

acolheram a mensagem, puseram-se a caminho e encontraram o Menino.

Este encontro produziu neles tal efeito, que começaram a contar a toda a gente o que tinham ouvido e visto

– foram os primeiros Missionários.

Depois de passadas estas Festas, tão desvirtuadas em alguns aspectos, tão longe da simplicidade e

pobreza daquele momento em que Jesus iniciou a “sua caminhada connosco”, perguntemo-nos: O que é que

de positivo ficou na minha vida, que me ajude a continuar a “fazer Natal” ao meu redor?

É importante escutarmos esta interpelação, para que o Natal não se reduza a uns dias, mas continue,

como continua a caminhada de Jesus connosco.

Ir. Emília Nogueira

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Fotos de Atividades

S.Martinho

Decoração de Natal

Almoço de Natal dos Colaboradores

Natal das Utentes

O Natal

O Natal, época do ano em que se comemora o nascimento do Menino Jesus é, sem dúvida, a altura em que mais se identifi-

ca o consumidor, cada um de nós. Tem-se esperança em receber a prenda que mais se gosta.

Esta época comemorativa em que se celebra a família, é a maior do ano, a mais sentida, a que se vive em maior união, e

para aqueles que não têm família, a mais triste.

O Natal na Casa de Saúde do Espirito Santo é passado com a maior ânsia, as utentes que não têm família vivem esta festa

em comunhão, nesta grande família, em que todos se envolvem na sua humildade. Há utentes que preferem passá-lo na Casa de

Saúde em vez de o passarem em sua casa. Aqui há calor e amor que quase dá para colmatar a falta da família.

Aqui, a preparação para o Natal começa no princípio de Dezembro com os enfeites e a decoração, em que se envolvem

todos no mesmo. Também há que decorar as diferentes árvores nos diferentes pisos – isto tudo é viver o Natal.

A Casa fica mais vazia no dia 24, havendo várias utentes que vão passar o Natal com as suas famílias. Passa-se em paz, com

grande tranquilidade, passando de vez em quando uma nuvem de tristeza, aqui e ali, no rosto de uma e de outra. Há bombons de

chocolate para todas, uma pequena lembrança para aqueles que têm poucas prendas e nunca falta o tradicional bacalhau. Para

aqueles que o desejam há a possibilidade de ir à missa do galo, que é animada pelo canto característico.

No dia de Natal nunca falta o tradicional perú assado. Pela tarde a Casa começa a alegrar-se porque há utentes que voltam

antes do jantar. Há uma satisfação pessoal, uma grande expetativa. Todos querem dar beijos, abraços e apertos de mão, é uma

alegria. É a altura do ano em que mais se espera de todos.

Uma semana depois celebra-se o fim do ano e o começo de um ano novo. Aqui na Casa espera-se pelo fim do ano em

frente à televisão, havendo uma festinha realizada por algumas utentes. A maior parte das utentes que saíram para celebrar o

Natal com as suas famílias já regressaram para o ano novo, ficando a Casa cheia. O primeiro dia do ano é comemorado com ale-

gria, há sempre um olhar, um sorriso mais espontâneo.

Encontra-se uma casa feliz, em que todos se sentem unidos por algo em comum que nunca esquecerão. Um bem-haja a

todos.

D. Eduarda Câmara

Enigma

Escreve nos quadros abaixo a primeira

letra de cada figura e descobre o que o Pai

Natal trouxe no ano de 2013!

Alunos do 3º B do Colégio de Santa Clara

Resloução; Muitos Presentes