lei organica santa luzia

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LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE SANTA LUZIA MG

Ns, representantes do povo de Santa Luzia, Estado de Minas Gerais, cumprindo dispositivos Constitucionais e invocando a proteo de Deus e da Padroeira Santa Luzia, promulgamos a seguinte: EMENDA LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE SANTA LUZIA- ESTADO DE MINAS GERAIS.

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CONSOLIDAO DA LEI ORGNICA MUNICIPAL CMUNICIPAL DE SANTA LUZIA Apio Rocha Presidente Lacy Dias Vice Presidente Washington Luiz 1 Secretrio Wellington Amaral 2 Secretrio Vereadores Antnio Teixeira da Costa Darcy de Souza Lima Denlson Martins Enivaldo Damio Fernando de Castro Geraldo Vidal Gilberto Dorneles Ivani Mariana Jnio de Lima Joo Paulino Jos Marcelino Josu de Oliveira Mrcio da Silva Mrcio Ferreira Miguel Sacramento Orlando Coelho Raimundo Pereira Srgio Diniz Washington Luiz Wellington Amaral

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Santa Luzia Abril de 2004. PROPOSTA DE EMENDA LEI ORGNICA

ELABORADA PELA SEGUINTE COMISSO:

Presidente: Vereador Marcos Gabrich Vice-Presidente: Vereador Joo Paulino Relator: Josu de Oliveira Consultor Tcnico Legislativo: Dr. Joo Bosco Pinto Monteiro Secretria: Rosiana Barbosa

Vereadores: Denlson Martins Orlando Coelho Joo Anacleto Jos Marcelino Onsio Silva Roberto Ramos Suplentes: Mrcio Ferreira Alair de Freitas Srgio Diniz Enivaldo Damio Elias dos Santos Joo Batista Jos Nri

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Cleber Caldeira

TTULO I Da Organizao Municipal

Captulo I Das Disposies Preliminares Art. 1 - O Municpio de Santa Luzia, Estado de Minas Gerais, tem a sua autonomia assegurada no Ttulo III, Captulo I, do art. 18 da Constituio Federal e sua organizao poltica social, administrativa e financeira organiza-se nos termos da Constituies Federal, Estadual, da presente Lei e as que adotar. Art. 2 - Todo poder do Municpio emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos constitucionais. Pargrafo nico A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos; pelo plebiscito, pelo referendo, pela participao popular no processo legislativo, nas decises do Municpio e no aperfeioamento democrtico de suas instituies, pela ao corregedora sobre funes pblicas e sociais de relevncia, na forma da Lei. Art. 3 - Os Poderes Legislativo e Executivo do Municpio so independentes e harmnicos entre si. Art. 4 - So smbolos do Municpio a Bandeira e o Hino, representativos de sua cultura e histria. Pargrafo nico Comemorar-se-, anualmente, em 13 de Dezembro, como data cvica, o dia do Municpio. diretamente, nos termos desta Lei, observadas as disposies

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Captulo II Da Caracterizao do Municpio Art. 5 - O Municpio de Santa Luzia, Estado de Minas Gerais, emancipado pela Lei Provincial n 317, de 18 de maro de 1847, divide-se administrativamente em distritos e subdistritos e possui, atualmente, as seguintes confrontaes: I ao norte limita-se com Jaboticatubas, Lagoa Santa e Taquarau de Minas; II ao sul limita-se com Belo Horizonte e Sabar; III a leste limita-se com Vespasiano e Lagoa Santa, IV a oeste limita-se com Belo Horizonte e Sabar. 1 - distrito do Municpio, So Benedito. 2 - Fica mantido o atual territrio do Municpio, cujos limites somente podero ser alterados nos termos da Constituio do Estado. Art. 6 - A sede mediante: I resoluo da Cmara Municipal , aprovada por no mnimo, 2/3 dos seus membros, II aprovao da populao interessada, em plebiscito com a manifestao favorvel de, no mnimo, metade mais um dos seus respectivos eleitores. Art. 7 - A diviso administrativa Municipal estabelecida nesta Lei, poder ser revista quadrienalmente, aps a posse do novo Governo Municipal e em casos excepcionais atravs de Lei, com aprovao da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. Pargrafo nico Na reviso da diviso administrativa Municipal, no se far a transferncia de qualquer poro de rea de um distrito para o outro, sem prvia consulta s populaes interessadas, com resposta favorvel pelo voto da maioria dos eleitores da rea afetada. Art. 8 - O Plano Diretor do Municpio demarcar as reas urbanas e rurais. 1 - Enquanto no tiver sido aprovado o Plano Diretor do Municpio, a demarcao ser estabelecida por Lei, com prvia autorizao da Cmara Municipal. do Municpio dar-lhe o nome e tem categoria de cidade. Pargrafo nico O topnimo somente poder ser alterado por Lei Estadual

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2 - Para fixao das reas urbanas sero observados, dentre outros, os seguintes elementos: I os focos de concentrao demogrfica; II as reas de manifestao das atividades das comunidades; III a localizao de edifcios pblicos; IV os limites de expanso atual ou previsveis das construes, V as reas com arruamentos e edificaes dotadas de alguns servios de utilidade pblica. Art. 9 - O territrio municipal constitudo de rea contnua e varivel e com delimitao fixada na Lei que o criou, podendo compreender um ou mais distritos e subdistritos no mbito do qual se exerce a plena competncia do Municpio, com a finalidade de atender a peculiaridade do interesse local. Capitulo III Da Criao e Extino dos Distritos e Sub-Distritos Art. 10 O Municpio poder, atravs de Lei, criar, organizar, redelimitar e suprimir distritos, observadas as disposies desta Lei Orgnica e da legislao pertinente. 1 requisitos: I eleitorado no inferior a 200 ( duzentos) eleitores II existncia de povoado com pelo menos, 50(cinqenta) pblica. III demarcao dos limites segundo linhas geogrficas que acompanhem, preferencialmente, acidentes naturais e que situem entre pontos de presumvel permanncia no terreno e identificveis em documentao cartogrfica oficial, sendo vedada a formao de reas descontnuas. 2 - O distrito sede ter o nome. do Municpio e a categoria de cidade, ao passo que os demais distritos, a categoria de vila. moradias e escola A criao e a redelimitao de distritos devem observar os seguintes

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3 - Os distritos tero o nome do povoado que lhes deu origem, respeitada a denominao vigente na data desta Lei e sero designados por nmero ordinal, conforme ordem de sua criao. Art. 11 A Lei Municipal que criar, reorganizar, redelimitar ou suprimir distrito ser publicada ao rgo oficial do Estado. Art. 12 Para criao de Distritos e Sub-Distritos, bem como suas supresses, h necessidade de aprovao da Cmara de Vereadores, por 2/3 (dois teros) de seus membros. Art. 13 Para criao de Sub-Distrito, observar-se-o os seguintes requisitos: I mil habitantes. II eleitorado no inferior a 1% (um por cento) do eleitorado do Municpio. Pargrafo nico Os Sub-Distritos sero designados por srie numrica. Art. 14 A instalao do Distrito se far perante o Juiz de Direito da Comarca, na sede do Distrito. Captulo IV Dos Objetivos Prioritrios do Municpio Art. 15 So objetivos prioritrios do Municpio: I gerir interesses locais, como fator essencial do desenvolvimento da comunidade; II cooperar com a Unio e o Estado e associar-se a outros Municpios, na realizao de interesses comuns; III promover de forma integrada o desenvolvimento social e econmico da populao, de sua sede e de seus distritos; IV promover planos, programas e projetos de interesse dos segmentos mais carentes da sociedade; V promover o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e outras formas de discriminao; VI preservar a moralidade administrativa, VII estimular e difundir o ensino e a cultura, proteger o patrimnio cultural, histrico e o meio-ambiente e combater a poluio.

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Pargrafo nico Constituem patrimnio cultural do Municpio

os bens de

natureza material e imaterial, tombados individualmente ou em conjunto, que contenham referncia identidade, ao e memria dos diferentes grupos formadores do povo luziense, a histria e a cultura dos povos de origem afro e indgenas. Captulo V Da Competncia do Municpio Seo I Art. 16 Compete ao Municpio, privativamente: I elaborar, promulgar e modificar sua Lei Orgnica; II eleger seu Prefeito, Vice Prefeito e Vereadores; III instituir, decretar e arrecadar os tributos de sua competncia e aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigao de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados na lei; IV criar, organizar e suprimir os Distritos, observada a legislao estadual; V promover o ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano; VI organizar e prestar os servios pblicos de interesse local, diretamente ou sob regime de concesso, permisso ou autorizao, includo o transporte coletivo de passageiro que ter carter essencial, atravs de livre concorrncia; VII elaborar o plano diretor, observada a Constituio Federal e legislao pertinente; VIII elaborar o oramento anual e plurianual de investimentos, observadas as normas gerais da Unio; IX organizar o quadro de pessoal e estabelecer o seu regime jurdico; X adquirir bens e incorpor-los ao patrimnio municipal; XI dispor sobre os servios funerrios do Municpio; XII fixar os locais de estacionamento de taxi e demais veculos;

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XIII planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a prestao de servios pblicos ou de utilidade pblica relativa a transporte coletivo e individual de passageiros, trfego e sistema virio municipal; XIV fixar e sinalizar as zonas de silncio, de trnsito e trfego em condies especiais; XV disciplinar o servio de carga e descarga e fixar tonelagem mxima permitida aos veculos que circulam em vias pblicas municipais; XVI sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais bem como regulamentar e fiscalizar sua utilizao; XVII conceder e renovar licena para localizao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de servios e quaisquer outros; XVIII prestar assistncia nas emergncias mdico- hospitalares de pronto socorro, atravs de rgo prprio ou mediante convnio; XIX estabelecer e impor penalidades no limite de sua competncia por infrao de suas leis e regulamentos municipais; XX manter com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao pr-escolar e de ensino fundamental; XXI cassar licena que houver concedido aos estabelecimentos comerciais, industriais e atividades autnomas, que se tornarem prejudiciais sade, higiene, ao sossego, a segurana e aos bens costumes, fazendo cessar atividades ou determinando o fechamento do estabelecimento; XXII legislar sobre assuntos de interesse local; XXIII suplementar no que couber, a legislao estadual e a federal; XXIV tornar obrigatrio a utilizao da estao rodoviria; XXV normatizar sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino do lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza; XXVI ordenar as atividades, fixando condies e horrios para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, observadas as normas federais pertinentes;

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XXVII regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a afixao de cartazes e anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao poder de polcia municipal; XXVIII organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seu poder de policia administrativa; XXIX fiscalizar, nos locais de venda, pesos, medidas e condies sanitrias dos gneros alimentcios; XXX dispor sobre depsito e venda de animais e mercadorias apreendidos em decorrncia de transgresso legislao municipal; XXXI dispor sobre registro, vacinao e captura de animais, com a finalidade precpua de erradicar as molstias de que possam ser portadores ou transmissores; XXXII dispor sobre a administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos; XXXIII dispor sobre a organizao, administrao e execuo dos servios locais; XXXIV fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preos pblicos; XXXV criar a Guarda Municipal; XXXVI regular a disposio, o traado e as demais condies dos bens pblicos de uso comum; XXXVII regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente, no permetro urbano, determinar o itinerrio dos pontos de parada de transporte coletivo; XXXVIII estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios, inclusive a dos seus concessionrios; XXXIX regulamentar os servios de Transporte escolar e de carros de aluguel, inclusive o uso de taxmetro; XL assegurar a expedio de certides requeridas s reparties administrativas municipais, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situaes , estabelecendo os prazos de atendimento; XLI promover os seguintes servios: a)mercados, feiras e matadouros; b)construo e conservao de estradas e caminhos municipais, priorizando o itinerrio dos coletivos;

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c)transportes coletivos estritamente municipais; d)iluminao pblica,

e)criar o Centro de Abastecimento Municipal CENAM.XLII estabelecer normas de edificao, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticas convenientes ordenao de seu territrio, observada a lei federal; XLIII criar o rgo fiscalizador na rea de sade do Municpio de Santa Luzia; XLIV prestar assistncia odontolgica preventiva, gratuitamente, em creches municipais e escolas municipais; XLV aplicar a medicina preventiva sem nus para a populao; XLVI fiscalizar rigorosamente o cumprimento de carga horria em todas as escolas municipais; XLVII promover a recuperao da memria municipal e impedir a destruio do patrimnio histrico; XLVIII viabilizar a instalao de creches, bandejes populares, feiras e lavanderias pblicas onde houver concentrao populacional; XLIX apoiar o pequeno agricultor com emprstimo de mquinas e fornecimento de sementes; L fiscalizar e manter os estabelecimentos municipais de ensino; LI incentivar a criao e proporcionar condies de sobrevivncia dos grupos folclricos, preservando a cultura popular; LII reservar reas para hortas comunitrias; LIII garantir a todos os muncipes apoio e incentivo s manifestaes populares, culturais e folclricas; LIV conceder subvenes a entidades assistenciais privadas, declaradas de utilidade pblica por lei municipal; LV criar a Comisso Municipal de Defesa ao Consumidor COMDECOM visando assegurar os direitos e interesses dos consumidores; LVI incentivar e apoiar a criao do escotismo no Municpio;

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LVII fornecer ajuda financeira s creches comunitrias conveniadas com o Poder Pblico; LVIII promover a instalao de policlnicas nos distritos do Municpio e postos de sade nos distritos sanitrios; LIX ampliar, recuperar e aparelhar as unidades municipais de ensino. 1 - As normas de loteamento e arruamento devero exigir reservas de reas destinadas: a)zonas verdes e demais logradouros pblicos; b)vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais nos fundos dos vales, c)passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais com medidas definidas pelo Plano Diretor e Cdigo de Obras. 2 - A organizao e competncia da Guarda Municipal, como fora auxiliar na proteo dos bens, servios e instalaes municipais, ser estabelecida em lei complementar. 3 - Compete ao Poder Pblico Municipal formular e executar a poltica e os planos plurianuais de saneamento bsico, assegurando: I o abastecimento de gua para a adequada higiene, conforto e qualidade, compatvel com os padres de potalidade, II a coleta e disposio dos esgotos sanitrios, dos resduos slidos e drenagem das guas pluviais, de forma a preservar o equilbrio ecolgico e prevenir aes danosas sade. Seo II Da Competncia Comum Art. 17 de competncia administrativa comum do Municpio, da Unio e do Estado, observada a lei complementar federal, o exerccio das seguintes medidas; I zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico; II cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia, infncia, juventude, gestao e ao idoso;

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III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos; IV impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico e cultural; V proporcionar os meios de acesso cultura, educao, cincia e ao desporto; VI proteger o meio ambiente e combater a poluio em quaisquer de suas formas; VII preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar; IX promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e saneamento bsico, mediante:

a) ampliao

de oferta de moradias destinadas, prioritariamente,

populao de baixa renda;

b) utilizao dos imveis j urbanizados e integrados malha urbana existente; c) definio de reas especiais; d) implantao de programas para barateamento do custo dos materiais; e) desenvolvimento de tcnicas para o barateamento do custo final das obras; f) incentivo criao de cooperativas habitacionais; g) regularizao fundiria e a urbanizao de favelas e loteamentos; h) assessoria populao para a obteno do usucapio urbano; i) construo de casa prpria para as famlias de baixa renda, devendoprestar assessoramento tcnico e desenvolver projetos com tecnologia visando obter menor custo de obras; j) formular e implantar a poltica habitacional do Municpio com a efetiva participao das entidades representativas devidamente organizadas sob a forma de Conselho Popular; X registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio; XI estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana no trnsito;

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XII com observncia das peculiaridades dos interesses locais: caa, pesca, conservao da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais. Pargrafo nico O Municpio criar condies para fundao e manuteno de agremiaes artsticas, tais como: grupos de teatro, corpos de dana, orquestras sinfnicas, corais e bandas de msica. Seo III Da Competncia Suplementar Art. 18 Ao Municpio compete suplementar a legislao federal e a estadual, no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse. 1 A competncia prevista neste artigo ser exercida em relao s legislaes federal e estadual no que digam respeito ao peculiar interesse municipal, visando adapt-la realidade local. 2 - O Municpio disciplinar por meio de lei os consrcios pblicos e os convnios de cooperao entre os entes federados, autorizando a gesto associada de servios pblicos, bem como a transferncia total ou parcial de encargos, servios, pessoal e bens essenciais continuidade dos servios transferidos. Seo IV Das Vedaes Art. 19 Ao Municpio vedado: I estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico; II recusar f aos documentos pblicos; III criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si;

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IV subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos cofres pblicos, quer pela imprensa, rdio, televiso, servio de alto falante ou qualquer outro meio de comunicao, propaganda poltico-partidria ou fins estranhos administrao; V manter a publicidade de atos, programas, obras, servios e campanhas de rgos pblicos que no tenham carter educativo, informativo ou de orientao social, assim como a publicidade da qual constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizam promoo pessoal de autoridade ou servidores pblicos; VI outorgar isenes e anistias fiscais, ou permitir a remisso de dvidas, sem interesse pblico justificado, sob pena de nulidade do ato; VII exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea; VIII instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercidas, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos; IX cobrar tributos: a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado, b)os instituiu ou aumentou. X utilizar tributos com efeito de confisco; XI estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo Poder Pblico; XII instituir imposto sobre: a) patrimnio, renda ou servios da Unio, do Estado e de outros Municpios; b) templos de qualquer culto; c) patrimnio, renda ou servio dos partidos polticos inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal; d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado sua impresso. XIII remunerar, ainda que temporariamente, atravs de ajuda de custo, subveno, gratificao, pagamento de aluguel ou cesso de imvel domiciliar ou outra modalidade,

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servidor pblico federal e estadual dos poderes Executivo, Legislativo ou Judicirio, salvo se por motivo de calamidade pblica; XIV veicular propaganda que resulte em prtica discriminatria; XV contratar servios com empresas que pratiquem ou venham a praticar atos discriminatrios na admisso de pessoal; 1 - A vedao do inciso XII, a, extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e servios vinculados s suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes. 2 - As vedaes do inciso XII, a, e do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis e empreendimentos privados, ou quem que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel. 3 - As vedaes expressas no inciso XII, alneas b e c, compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 4 - As vedaes expressas nos incisos VII XII sero regulamentadas em lei complementar federal. 5 - proibida a instalao de reatores nucleares no territrio municipal, exceto aqueles destinados pesquisa cientfica e ao uso teraputico, cuja localizao e especificao sero objeto de lei prpria. 6 - A criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas, independem de autorizao, sendo vedada a interferncia do Municpio em seu funcionamento. 7 - tambm vedado ao Executivo Municipal transferir recursos ao Legislativo, sem autorizao do Presidente da Cmara e do Presidente da Comisso de Finanas, Oramento e Tomada de Contas, conjuntamente.

TTULO II Da Organizao dos Poderes

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Captulo I Do Poder Legislativo Seo I Da Cmara Municipal Art. 20 O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal. 1 - A Cmara Municipal constituda, administrativamente, das seguintes unidades de servios: I Corpo Legislativo; II Gabinete e Secretaria; III Tesouraria; IV Contabilidade, V Servios Gerais. 2 - Resoluo dispor sobre a estrutura administrativa da Cmara, seu funcionamento e regime jurdico dos seus servidores. 3 - Cada sesso legislativa ter durao de 01 (um) ano. Art. 21 A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos, pelo sistema proporcional como representante do povo, com a durao do mandato fixada em lei federal. 1 - So condies de elegibilidade para o mandato de Vereador, as contidas na Constituio Federal e na legislao eleitoral pertinente. , 2 - A Cmara Municipal composta de 21 (vinte e um) Vereadores. 1 Art. 22 A Cmara Municipal, reunir-se- anualmente, na sede do Municpio, de 1 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 31 de dezembro. 1 - As reunies marcadas para estas datas sero transferidas para o primeiro dia til subsequente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.

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Pargrafo alterado pela Emenda n03/92,de 23/04/1992 e, posteriormente, alterado pela Emenda n 02/97,de 10/09/1997.

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2 - A Cmara Municipal se reunir em sesses ordinrias, extraordinrias ou solenes, conforme dispuser o seu regimento interno e as remunerar de acordo com o estabelecimento na legislao especfica. 3 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-: I pelo Prefeito, quando este o entender necessrio; II pelo Presidente da Cmara para o compromisso e posse do Prefeito e do VicePrefeito. III pelo Presidente da Cmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa, em caso de urgncia ou interesse pblico relevante. 4 - Na sesso legislativa extraordinria a Cmara Municipal somente deliberar sobre a matria para a qual foi convocada. Art. 23 As deliberaes da Cmara sero tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, salvo disposio em contrrio constante na Constituio Federal , nesta Lei Orgnica e no seu Regimento Interno. Art. 24 A sesso legislativa ordinria no ser interrompida sem deliberao sobre o projeto de lei oramentria. Art. 25 As sesses da Cmara devero ser realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento, salvo em casos especiais por deliberao da maioria dos vereadores presentes. Art. 26 As sesses sero pblicas, salvo a deliberao em contrrio de 2/3(dois teros) dos vereadores adotada em razo de motivo relevante de preservao do decoro parlamentar. Art. 27 As sesses somente podero ser abertas com a presena de, no mnimo, 1/3 (um tero) dos membros da Cmara. Pargrafo nico Considerar-se- presente sesso o Vereador que assinar o livro de presena at o incio da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenrio e das votaes. Seo II Do Funcionamento da Cmara

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Art. 28 A Cmara reunir-se- no dia 1 de janeiro, no primeiro ano da legislatura, para posse de seus membros, eleio da Mesa e posse do Prefeito e do Vice-Prefeito. 1 - A posse ocorrer em sesso solene, com a presena dos Vereadores eleitos, sob a Presidncia do Vereador mais idoso entre os presentes. 2 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista no pargrafo anterior dever faz-lo dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados do incio do funcionamento normal da Cmara, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Cmara. 3 - Imediatamente aps a posse, os Vereadores reunir-se-o sob a presidncia do mais idoso dentre os presentes, e, havendo maioria absoluta dos membros da Cmara, elegero os componentes da mesa, que sero automaticamente empossados. 4 - Inexistindo nmero legal, o Vereador mais idoso, dentre os presentes, permanecer na presidncia e convocar sesses dirias at que seja eleita a Mesa. 5 - A eleio da Mesa Diretora da Cmara, para sesses legislativas posteriores, far-se- na primeira quinzena do ms de dezembro, com posse no dia 02 de janeiro, sendo transferida esta data para o primeiro dia til subsequente, quando recair em sbado ou domingo. Excepcionalmente, por motivo de fora maior ou de interesse pblico, e de comum acordo entre as duas Mesas, a posse poder ocorrer em qualquer dia da primeira semana do ms de janeiro. 2 6 - No ato da posse e ao trmino do mandato, os Vereadores devero fazer declarao de seus bens que ficar arquivada na Cmara, constando das respectivas atas o seu resumo, sem prejuzo do disposto no artigo 221 desta Lei. Art. 29 O mandato da Mesa ser de 01 (um) ano, permitida a reeleio. Art. 30 A Mesa da Cmara se compe do Presidente, do Vice-Presidente, do 1 Secretrio e 2 Secretrio que se substituiro nessa ordem.

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Pargrafo alterado pela Emenda n03/92,de 23/04/1992 e, posteriormente, alterado pela Emenda n 02/97,de 10/09/1997, e

Emenda n 03/02, de 26/12/2002.

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1 - Na constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara. 2 - Na ausncia dos membros da Mesa, o vereador mais idoso assumir a presidncia. 3 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo da mesma pelo voto de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, elegendo-se outro vereador para a complementao do mandato, assegurando-se amplo direito de defesa. Art. 31 A Cmara ter comisses permanentes e especiais. 1 - s Comisses permanentes, cabe: I discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competncia do Plenrio, salvo se houver recurso de 1/3 (um tero) dos membros da Casa; II realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil; III convocar os Secretrios Municipais, Diretores ou Assessores, para prestarem informaes sobre assuntos inerentes s suas atribuies; IV receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas; V solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; VI exercer, no mbito de sua competncia, a fiscalizao dos atos do Executivo e da Administrao Indireta. VII compete Comisso de Finanas, Oramento e Tomada de Contas, fiscalizar os recursos transferidos do Executivo para o Legislativo, ms a ms, bem como a sua necessria aplicao, aps o que seu Presidente apor assinatura em nova solicitao de recursos. 2 - As Comisses Especiais, criadas por deliberao do Plenrio sero destinadas ao estudo de assuntos especficos e representao da Cmara em congressos, solenidades ou outros atos pblicos. 3 - Na formao das comisses, assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participem da Cmara.

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4 - As Comisses Parlamentares de Inqurito, que tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno da Casa, sero criadas pela Cmara Municipal, mediante requerimento de 1/3(um tero) de seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 5 - A Cmara Municipal ter uma Comisso Permanente para tratar de assuntos relativos aos Direitos do Homem e da Mulher. Art. 32 As representaes Partidrias representadas na Cmara, tero Lder e ViceLder. 1 - A indicao dos lderes ser feita em documentos subscritos pelos membros das representaes partidrias Mesa nas 24 (vinte e quatro) horas que se seguirem instalao da sesso legislativa anual. 2 - Os lderes indicaro os respectivos vice-lderes dando conhecimento Mesa da Cmara dessa designao. 3 - Alm de outras atribuies prevista no Regimento Interno os lderes indicaro os representantes partidrios nas comisses da Cmara. 4 - Ausente ou impedido o lder, suas atribuies sero exercidas pelo vice-lder. Art. 33 O Regimento Interno da Cmara dispor, entre outros, sobre os seguintes assuntos: I sua instalao e funcionamento; II posse de seus membros; III eleio da Mesa, sua composio e suas atribuies; IV nmero de reunies mensais; V comisses; VI sesses; VII deliberaes, VIII todo e qualquer assunto de sua administrao interna.

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Art. 34 Por deliberao da maioria dos seus membros, a Cmara poder convocar Secretrio Municipal, Diretor ou Assessor para, pessoalmente, prestar informaes acerca de assuntos previamente estabelecidos. Pargrafo nico A falta de comparecimento do Secretrio Municipal, Diretor ou Assessor, sem justificativa razovel, ser considerada desacato Cmara Municipal, e, se o Secretrio Municipal, Diretor ou Assessor for Vereador licenciado, o no comparecimento nas condies mencionadas caracterizar procedimento incompatvel com a dignidade da Cmara, passvel de instaurao do respectivo processo, na forma da lei federal, e conseqente cassao do mandato. Art. 35 O Secretrio Municipal, Diretor ou Assessor, a seu pedido, poder comparecer perante o Plenrio ou qualquer comisso da Cmara para expor assunto relacionado com seu servio administrativo. Art. 36 A Mesa da Cmara, poder encaminhar pedidos escritos de informaes aos Secretrios Municipais, Diretores ou Assessores, importando o crime de responsabilidade a recusa ou o no atendimento no prazo de 30 (trinta) dias, bem como a prestao de informao falsa. Pargrafo nico Os pedidos sero dirigidos ao Prefeito Municipal. Art. 37 Mesa, dentre outras atribuies, compete: I tomar todas as medidas necessrias regularidade dos trabalhos legislativos; II propor projetos de resolues que criem ou extingam cargos nos servios da Cmara e fixem os respectivos vencimentos; III promulgar a Lei Orgnica e suas emendas, IV representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna. V elaborar e encaminhar ao Prefeito a proposta oramentria da Cmara Municipal a ser includa na proposta do Municpio e a fazer, mediante ato, a discriminao analtica das dotaes respectivas, bem como alter-las quando necessrio. VI _ suplementar, mediante ato, as dotaes do oramento da Cmara Municipal, observando o limite da autorizao constante da lei oramentria, desde que os recursos para sua cobertura sejam provenientes de anulao total ou parcial de suas dotaes;

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VII devolver Fazenda Municipal, at o dia 31 de dezembro, o saldo do numerrio que lhe foi liberado durante o exerccio para a execuo do seu oramento. Art. 38 Dentre outras atribuies, compete ao Presidente da Cmara: I representar a Cmara em juzo e fora dele; II dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara; III interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV promulgar as Resolues e Decretos Legislativos; V promulgar as leis com sano tcita e cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio, desde que no aceita esta deciso em tempo hbil pelo Prefeito; VI fazer publicar os atos da Mesa, as resolues, as leis que vier a promulgar e as demais normas legais; VII ordenar as despesas de administrao da Cmara; VIII representar, por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal; IX solicitar, por deciso da maioria absoluta da Cmara, a interveno no Municpio nos casos admitidos pela Constituio Federal e pela Constituio Estadual; X manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para este fim; XI contratar, na forma da lei, servios tcnicos especializados para atender as necessidades da Cmara, XII impugnar as proposies que lhe paream contrrias Constituio, indeferindo-as, ressalvado ao autor o recurso para o Plenrio; XIII requisitar do Chefe do Executivo Municipal os recursos financeiros para as despesas administrativas da Cmara, XIV nomear, exonerar, promover e conceder licena aos servidores da Cmara na forma da lei. Art. 39 Compete Cmara Municipal legislar, com a sano do Prefeito, sobre todas as matrias de competncia do Municpio, na forma estabelecida pela Constituio

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Federal, pela Constituio Estadual, pela legislao complementar especialmente: I tributos, arrecadao e distribuio de rendas; II oramento anual e plurianual de investimentos; III abertura de crditos adicionais e operaes de crditos; IV dvida pblica; V criao de cargos e respectivos vencimentos; VI organizao dos servios pblicos locais; VII cdigo de obras ou de edificaes; VIII cdigo tributrio do Municpio; IX estatutos dos servidores municipais e planos de carreira; X aquisio onerosa e alienao de imvel; XI plano diretor do Municpio; XII concesso dos servios pblicos,

e por esta Lei,

XIII normas urbansticas, especialmente as relativas a zoneamento e loteamento. Art. 40 Compete, privativamente, Cmara Municipal, exercer as seguintes atribuies entre outras, expedindo o ato respectivo: I eleger sua Mesa; II elaborar o Regimento Interno; III organizar os servios administrativos internos e prover os cargos respectivos; IV criar ou extinguir cargos dos seus servios administrativos internos e a fixao dos respectivos vencimentos; V fixar, no fim de cada legislatura, at 20 ( vinte) dias antes do pleito, para vigorar na legislatura seguinte, o subsidio do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Secretrios Municipais, observada a legislao federal pertinente. VI conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores; VII autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio por mais de 15(quinze) dias por necessidade de servio; VIII julgar as contas do Prefeito e da Mesa Diretora da Cmara;

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IX decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores nos casos indicados na Constituio, nesta Lei e na Legislao Federal aplicvel; X autorizar a realizao de emprstimo, operao ou acordo externo de qualquer natureza de interesse do Municpio; XI tomar as contas do Prefeito, atravs de Comisso Especial, quando no apresentadas em tempo hbil; XII constituir Comisso Permanente, para examinar, acompanhar e dar parecer sobre os atos do Prefeito relativamente a execuo da Lei de Oramento; XIII (revogado); 3 XIV estabelecer e mudar provisoriamente os locais de suas reunies; XV convocar os Secretrios, Diretores ou Assessores para prestar pessoalmente informao sobre assunto previamente determinado, sob pena de responsabilidade no caso de ausncia injustificada; 4 XVI deliberar sobre o adiamento e a suspenso de suas reunies; XVII criar Comisso Legislativa de Inqurito sobre fato determinado e prazo certo, mediante requerimento de 1/3 (um tero) de seus membros; XVIII conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes servios ao Municpio ou nele se destacado pela atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta aprovada pelo voto de 2/3(dois teros) dos membros da Cmara; XIX elaborar o oramento da Cmara Municipal para o exerccio seguinte, submet-lo apreciao do Plenrio para ser referendado por 2/3 (dois teros) dos membros da Casa e encaminh-lo ao Chefe do Executivo para ser inserido no corpo da Lei de Oramento; XX solicitar a interveno do Estado no Municpio; XXI julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em Lei, XXII autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a ausentarem-se do Municpio e do Estado por mais de quinze dias e do pas, por qualquer tempo.3

Inciso julgado inconstitucional pelo TJMG em Ao Direta de Inconstitucionalidade n 107.742-9, publicado em 18/09/98. Inciso alterado em julgamento do TJMG em Ao Direta de Inconstitucionalidade n 107.742-9, publicado em 18 09/98.

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XXIII autorizar o Executivo Municipal a promover, no prazo da lei, a abertura de crditos adicionais suplementares e especiais do oramento da Cmara. Seo III Dos Vereadores Art. 41 Os Vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos, no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio. Art. 42 vedado ao Vereador: I desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com o Municpio, com suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mixta ou com suas empresas concessionrias de servios pblicos, salvo quando o contrato obedecer s clusulas uniformes; b) aceitar cargo, emprego ou funo, no mbito da administrao pblica direta ou indireta municipal, salvo mediante aprovao em concurso pblico e observado o disposto no art. 86, desta Lei Orgnica; II desde a posse: a) ocupar cargo, funo ou emprego, na administrao pblica direta ou indireta do Municpio, de que seja exonervel ad nutum, salvo o cargo de Secretrio Municipal, Diretor ou Assessor, desde que se licencie do exerccio do mandato; b) exercer outro cargo eletivo Federal, Estadual ou Municipal; c) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direto pblico do Municpio ou nela exercer funo remunerada, d) patrocinar causa junto ao Municpio em que seja interessada quaisquer das entidades a que se refere a alnea a do inciso I. Art. 43 Perder o mandato o Vereador: I que infringir quaisquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;

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II cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar ou atentatrio s instituies vigentes; III que se utilizar do mandato para a prtica dos atos de corrupo ou de improbidade administrativa; IV que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa anual, tera parte das sesses ordinrias da Cmara, salvo doena comprovada, licena ou misso autorizada pela edilidade; V que fixar residncia fora do Municpio, VI que perder ou tiver suspensos os direitos polticos. 1 - Alm de outros casos definidos no Regimento Interno da Cmara Municipal, considerar-se- incompatvel com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepo de vantagens ilcitas ou imorais. 2 - Nos casos dos incisos I e II, a perda do mandato ser declarada pela Cmara por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocao da Mesa ou de partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa. 3 - Nos casos previstos nos incisos III a VI, a perda ser declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de quaisquer de seus membros ou de partido poltico representado na Casa, assegurada ampla defesa. Art. 44 O Vereador poder licenciar-se: I por motivo de doena; II para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que o afastamento no ultrapasse a cento e vinte dias por sesso legislativa, III para desempenhar misses temporrias, de carter cultural ou de interesse do Municpio. 1 - No perder o mandato, considerando-se automaticamente licenciado o Vereador investido no cargo de Secretrio Municipal, Diretor ou Assessor, conforme previsto no art. 42 inciso II, alnea a, desta Lei Orgnica. 2 - Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e III, ser garantida a percepo integral do subsidio.

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3 - A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a trinta dias e o Vereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino da licena. 4 - Independente de requerimento, considerar-se- como licena, o no comparecimento s reunies de Vereador privado, temporariamente, de sua liberdade, em virtude de processo criminal em curso. 5 - Na hiptese do pargrafo primeiro, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato. Art. 45 Dar-se- a convocao do suplente do Vereador nos casos de vaga ou de licena. 1 - O suplente convocado dever tomar posse no prazo de quinze dias, contados da data de convocao, salvo justo motivo, aceito pela Cmara, quando se prorrogar por, no mximo, igual perodo. 2 - Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior no for preenchida, calcular-se- o quorum em funo dos Vereadores remanescentes. Seo IV Do Processo Legislativo Art. 46 O processo legislativo municipal compreende a elaborao de: I Emendas Lei Orgnica Municipal; II Leis Complementares; III Leis Ordinrias; IV Resolues, e V Decretos Legislativos. Art. 47 A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante proposta: I de 1/3 (um tero), no mnimo, dos membros da Cmara Municipal, II do Prefeito Municipal. 1 - A proposta ser votada em dois turnos, com interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara Municipal.

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2 - A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa da Cmara com o respectivo nmero de ordem. 3 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado de stio ou de interveno no Municpio. Art. 48 A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e ao eleitorado, atravs de apresentao Cmara Municipal de Projeto de Lei subscrito por, no mnimo, um por cento do total do nmero de eleitores do Municpio. Art. 49 As leis complementares somente sero aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros da Cmara Municipal, observados os demais termos de votao das leis ordinrias. Pargrafo nico Sero leis complementares, dentre outras previstas nesta Lei Orgnica: I Cdigo Tributrio Municipal; II Cdigo de Obras; III Cdigo de Posturas; IV Plano Diretor do Municpio; V Lei instituidora do Regime Jurdico dos Servidores Municipais; VI Lei Orgnica instituidora da Guarda Municipal; VII Lei de criao de Cargos, Funes ou Empregos Pblicos; VIII Estatuto dos Servidores Municipais; IX Normas Urbansticas de Uso e Ocupao do Solo; X todas as codificaes, XI aquisio de bens imveis por doao com encargo. Art. 50 So de iniciativa exclusiva do Prefeito, as leis que disponham sobre: I criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica ou aumento de sua remunerao; II servidores pblicos, seu Regime Jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; III criao, estruturao e atribuies das Secretarias ou Departamentos e rgos da Administrao Pblica;

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IV matria oramentria e a que autorize a abertura de crditos ou conceda auxlios, prmios e subvenes, Pargrafo nico No ser admitido aumento de despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no inciso IV, primeira parte. Art. 51 de competncia exclusiva da Mesa da Cmara a iniciativas das leis e resolues que disponham sobre: I autorizao para abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs do aproveitamento total ou parcial das dotaes oramentrias da Cmara. II organizao dos servios administrativos da Cmara, criao, transformao ou extino dos seus cargos, empregos e funes e fixao da respectiva remunerao. Pargrafo nico Nos projetos de lei e resolues de competncia exclusiva da Mesa da Cmara no sero admitidas emendas que aumentem a despesa prevista ressalvado o disposto na parte final do inciso II deste artigo, se assinada pela metade dos Vereadores. Art. 52 O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de projetos de lei de sua iniciativa. 1 - Solicitada a urgncia, a Cmara dever se manifestar em at 45 (quarenta e cinco) dias sobre a proposio, contados da data em que for feita a solicitao. 2 - Esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior sem deliberao pela Cmara, ser a proposio includa na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais proposies, para que se ultime a votao. 3 - O prazo do pargrafo primeiro no corre no perodo de recesso da Cmara e nem se aplica aos projetos de leis complementares. Art. 53 Aprovado o projeto de lei, este ser enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionar. 1 - O Prefeito considerando o projeto de lei, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo- total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias teis, contados da data do seu recebimento e comunicar, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Cmara, os motivos do veto. 2 - O veto parcial somente abranger texto integral do artigo, do pargrafo, de inciso ou de alnea.

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3 - Decorrido o prazo de quinze dias, o silncio do Prefeito importar sano tcita. 4 - A apreciao do veto pelo Plenrio da Cmara ser dentro de trinta dias, a contar do seu recebimento, em uma s discusso e votao, com parecer das Comisses ou sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores, em escrutnio secreto. 5 - Rejeitado o veto, ser o projeto enviado ao Prefeito para a promulgao. 6 - Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no pargrafo quarto, o veto ser colocado na Ordem do Dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at a sua votao final, ressalvadas as matrias de que trata o artigo 51 desta Lei Orgnica. 7 - A no promulgao da lei no prazo de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito, nos casos dos pargrafos terceiro e quinto, criar para o Presidente da Cmara a obrigao de faz-lo em igual prazo. Se este no o fizer no citado prazo, a lei ser promulgada pelo VicePresidente da Cmara. Art. 54 Os atos de competncia privativa da Cmara, a matria reservada lei complementar e os planos plurianuais e os oramentos no sero objetos de delegao. Art. 55 Os projetos de resoluo disporo sobre matrias de interesse interno da Cmara. Pargrafo nico Nos casos dos projetos de resoluo considerar-se- encerrada, com a votao final, a elaborao da norma jurdica, que ser promulgada pelo Presidente da Cmara. Art. 56 A matria constante de projeto de lei rejeitado, somente poder constituir objeto de novo projeto na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara. Seo V Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria

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Art. 57 A Fiscalizao contbil, financeira e oramentria do Municpio ser exercida pela Cmara Municipal mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Executivo, institudos em lei. 1 - O controle externo ser exercido com o auxilio do Tribunal de Contas do Estado ou rgo estadual a que for atribuda esta incumbncia, e compreender a apreciao das contas do Prefeito e da Mesa da Cmara, o acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias do Municpio, o desempenho de funes de auditorias financeiras e oramentrias, bem como o julgamento das contas dos administradores e demais responsveis por bens e valores pblicos. 2 - As contas do Prefeito e da Cmara Municipal, prestadas anualmente, sero julgadas pela Cmara dentro de 120 (cento e vinte) dias aps recebimento do parecer prvio do Tribunal de Contas ou rgo estadual a que for atribuda esta incumbncia, considerandose julgadas nos termos das concluses do parecer, se no houver deliberao dentro deste prazo. 3 - Somente por deciso de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara Municipal, deixar de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou rgo estadual incumbido dessa misso. 4 - As contas relativas aplicao dos recursos transferidos pela Unio e Estado sero prestadas nas formas da legislao federal e da estadual em vigor, podendo o Municpio suplementar essas contas, sem prejuzo de sua incluso na prestao anual de contas. 5 - A Cmara Municipal poder contratar perito contador ou empresa especializada para assessorar a Comisso Permanente de que trata o inciso XII do artigo 40 desta Lei. 6 - As contas do Municpio, ficaro durante 60 (sessenta) dias, anualmente, disposio de qualquer contribuinte para exame e apreciao, que poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 7 - (Revogado) 5 Art. 58 O Executivo manter sistema de controle interno, a fim de:

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Pargrafo alterado pela Emenda n 002/93, de 08/03/1993 e, posteriormente, revogado por julgamento do TJMG em Ao

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I criar condies indispensveis para assegurar eficcia ao controle externo e regularidade realizao da receita e despesa; II acompanhar as execues de programas de trabalho e do oramento; III avaliar os resultados alcanados pelos administradores, IV verificar a execuo dos contratos. Seo VI Dos Subsdios do Vereador, do Prefeito, do Vice Prefeito e dos Secretrios Municipais Art. 59 Os subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretrios Municipais e dos Vereadores sero fixados por lei de iniciativa da Cmara Municipal, observando o que dispe os artigos 37, XI; 39, 4; 150, II; 153,III, 2, I, da Constituio Federal e legislao complementar pertinente. Pargrafo nico: na hiptese de a Cmara Municipal deixar de exercer a competncia de que trata este artigo, ficaro mantidos na legislatura ou mandato subseqente, para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretrios municipais, respectivamente, os critrios de remunerao vigentes em dezembro do ltimo exerccio da legislatura do mandato anterior, admitida apenas a atualizao dos valores. Art. 60 Os subsdios dos Vereadores sero fixados por lei de iniciativa da Cmara Municipal, na razo de, no mximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espcie, para os Deputados Estaduais, observando o que dispe os artigos 29, 29A; 39, 4, 57, 7, 150, II; 153, III; 153, 2, I da Constituio Federal e legislao complementar pertinente. Capitulo II Do Poder Executivo Seo I Do Prefeito e do Vice- Prefeito

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Art. 61 O Poder Executivo Municipal exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretrios Municipais, Diretores ou Assessores. Pargrafo nico Aplica-se elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o disposto no pargrafo primeiro do artigo 21 desta Lei Orgnica e a idade mnima de vinte e um anos. Art. 62 A eleio do Prefeito e do Vice- Prefeito realizar-se-, simultaneamente, nos termos estabelecidos no artigo 29, inciso I e II da Constituio Federal. 1 - A eleio do Prefeito importar a do Vice- Prefeito com ele registrado. 2 - Ser considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido poltico, obtiver a maioria simples de votos, no computados os em branco e os nulos. 3 - Ocorrendo morte, desistncia ou impedimento legal de candidato, a substituio processar-se- de conformidade com a legislao eleitoral vigente. Art. 63 O Prefeito e o Vice- Prefeito tomaro posse no dia 1 de janeiro do ano subsequente eleio, em sesso da Cmara Municipal, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar as Leis da Unio, do Estado e do Municpio, promover o bem geral dos muncipes e exercer o cargo sob a inspirao da democracia, da legitimidade e da legalidade. Pargrafo nico Decorridos dez dias da data fixada para posse, o Prefeito ou o Vice- Prefeito, salvo motivo de fora maior, que no tiver assumido o cargo, ter este declarado vago. Art. 64 O Vice- Prefeito substituir o Prefeito, no caso de impedimento e sucederlhe- no de vaga. 1 - O Vice- Prefeito no poder se recusar a substituir ou suceder o Prefeito, sob pena de extino do mandato. 2 - O Vice- Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei, auxiliar o Prefeito sempre que por ele for convocado para misses especiais. Art. 65 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice- Prefeito, ou vacncia do cargo, assumir a Administrao Municipal o Presidente da Cmara. Pargrafo nico O Presidente da Cmara recusando-se, por qualquer motivo, a assumir o cargo de Prefeito, renunciar incontinente sua funo de dirigente do Legislativo,

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ensejando, assim, a eleio de outro membro para ocupar, como Presidente da Cmara a chefia do Poder Executivo. Art. 66 Verificando-se a vacncia do cargo do Prefeito e inexistindo VicePrefeito, observar-se- o seguinte: I ocorrendo a vacncia nos trs primeiros anos de mandato, far-se- eleio noventa dias aps a sua abertura, cabendo aos eleitos completar o perodo dos seus antecessores, II ocorrendo a vacncia no ltimo ano do mandato, assumir o cargo o Presidente da Cmara que completar o perodo. Art. 67 O mandato do Prefeito ter durao fixada em Lei Federal, permitida uma reeleio para o perodo subsequente, e ter incio em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleio. Art. 68 O Prefeito e o Vice- Prefeito no podero ausentar-se do Municpio e do Estado por mais de 15 (quinze) dias consecutivos e, do pais, por qualquer tempo, sem autorizao da Cmara, sob pena de perder o cargo. Pargrafo nico- O Prefeito ter direito ao subsdio quando: I impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada, II a servio ou em misso de representao do Municpio. Art. 69 O Prefeito e o Vice- Prefeito obrigam-se, ao se empossarem e ao serem exonerados, a declararem seus bens, na forma do art. 221 desta Lei. Seo II Das Atribuies do Prefeito Art. 70 Ao Prefeito como o Chefe da Administrao, compete dar cumprimento s deliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesse do Municpio, bem como adotar, de acordo com a lei todas as medidas administrativas de utilidade, sem exceder as verbas oramentrias. Art. 71 Compete ao Prefeito, entre outras atribuies:

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I a iniciativa das leis, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgnica; II representar o Municpio em juzo e fora dele; III sancionar promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir os regulamentos para sua fiel execuo; IV vetar no todo ou em parte os projetos de lei aprovados pela Cmara, por inconstitucionalidade ou por interesse pblico justificvel; V decretar nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, respeitado o disposto no 3 do art. 182 da Constituio Federal ou prvio depsito judicial no valor da indenizao; VI expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; VII permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, observada a legislao pertinente; 6 VIII prover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes situao funcional dos servidores, exceto daqueles pertencentes ao quadro da Cmara Municipal, cuja competncia do Presidente da Cmara; IX permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos por terceiros; X enviar Cmara os projetos de leis relativos ao oramento anual e ao plano plurianual de investimentos do Municpio e das suas autarquias na forma da lei; XI encaminhar Cmara Municipal, mensalmente, os balancetes de receitas e despesas, e dentro de 60 (sessenta) dias da abertura da sesso legislativa ordinria a prestao de contas do exerccio findo; 7 XII - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes de contas exigidas em lei; XIII fazer publicar os atos oficiais; XIV prestar Cmara dentro de 15 (quinze) dias as informaes pela mesma solicitada, salvo prorrogao, a seu pedido, por prazo determinado, em face da complexidade da matria ou da dificuldade de obteno nas respectivas fontes, dos dados pleiteados; XV prover os servios e obras da administrao pblica;6 7

Inciso alterado por julgamento do TJMG em Ao Direta de Inconstitucionalidade n 107.742-9, publicado em 18/09/98. Inciso alterado pela Emenda n 001/98, de 27/04/1998.

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XVI superintender a arrecadao dos trbutos, bem como a guarda e aplicao da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou dos crditos votados pela Cmara; XVII colocar disposio da Cmara, dentro de dez dias de sua requisio, as quantias que devem ser dispendidas, de uma s vez e at o dia vinte de cada ms os recursos do ms correspondente s dotaes oramentrias, compreendendo inclusive, os crditos adicionais suplementares e os especiais; XVIII aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como rev-las quanto impostas irregularmente; XIX resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidas; XX oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara; XXI convocar extraordinariamente a Cmara, quando o interesse da administrao o exigir; XXII aprovar projetos de edificao e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos; XXIII apresentar, anualmente, Cmara, relatrio circunstanciado sobre o estado das obras e dos servios municipais e o programa da administrao para o ano seguinte; XXIV organizar os servios internos das reparties criadas por lei, sem exceder as verbas para tal destinadas; XXV contrair emprstimos e realizar operaes de crditos, mediante prvia autorizao da Cmara; XXVI providenciar sobre administrao dos bens do Municpio e sua alienao, na forma da lei; XXVII organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios relativos s terras do Municpio; XXVIII desenvolver o sistema virio do Municpio; XXIX conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das respectivas verbas oramentrias e do plano de distribuio, prvia e anualmente aprovados pela Cmara;

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XXX providenciar sobre o incremento do ensino; XXXI estabelecer a diviso administrativa do Municpio de acordo com a lei; XXXII solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado, para garantia do cumprimento dos seus atos; XXXIII solicitar, obrigatoriamente, autorizao Cmara para ausentar-se do Municpio por tempo superior a 15 (quinze) dias e do pas, por qualquer tempo; XXXIV adotar providncias para conservao e salvaguarda do patrimnio municipal; XXXV publicar, at 30 (trinta) dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria, deixando disposio da Cmara Municipal, na Prefeitura, a documentao respectiva, necessria comprovao dos fatos contbeis, para exame e verificao pela Comisso de Vereadores; XXXVI colocar as contas do Municpio durante, 60 (sessenta) dias anualmente, disposio de qualquer contribuinte para exame e apreciao que poder questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei, dando a conhecer, atravs de publicao, o primeiro e o ltimo dia determinados para tal; XXXVII suplementar as dotaes oramentrias da Cmara Municipal para suprilas dos recursos financeiros necessrios ao seu regular funcionamento dentro de no mximo 15 (quinze) dias aps receber a Resoluo votada pela Cmara Municipal, XXXVIII celebrar convnio com entidade de direito pblico ou privado. 8 Art. 72 O Prefeito poder delegar por decreto a seus auxiliares as funes administrativas previstas nos incisos XV e XXIV do art.71, desta lei.

Seo III Da Perda e Extino do Mandato

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Inciso alterado em julgamento do TJMG em Ao Direta de Inconstitucionalidade n 107.742-9, publicado em 18/09/98.

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Art. 73 vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou funo na Administrao Pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e observado o disposto no art. 86, desta Lei Orgnica. Pargrafo nico - A infringncia ao disposto neste artigo importar em perda de mandato. 9 Art. 74 As incompatibilidades declaradas no artigo 42, seus incisos e alneas desta Lei Orgnica, estendem-se, no que forem aplicveis, ao Prefeito, aos Secretrios Municipais ou Diretores e aos Assessores. Art. 75 So crimes de responsabilidade do Prefeito Municipal os previstos em Lei Federal. Pargrafo nico O Prefeito ser julgado perante o Tribunal de Justia do Estado, pela prtica do crime de responsabilidade. Art. 76 So infraes poltico-administrativas do Prefeito Municipal as previstas em Lei Federal. Pargrafo nico O Prefeito ser julgado perante a Cmara, pela prtica de infraes poltico-administrativas. Art. 77 Ser declarado vago, pela Cmara Municipal, o cargo de Prefeito, quando: I ocorrer falecimento, renncia ou condenao por um crime funcional ou eleitoral; II deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Cmara, dentro do prazo de 10(dez) dias; III infrigir as normas dos artigos 42 e 68 desta Lei Orgnica, IV perder ou tiver suspenso os direitos polticos. Seo IV Dos Auxiliares Diretos do Prefeito Art. 78 So auxiliares diretos do Prefeito: I os Secretrios Municipais, Diretores e Assessores,9

Pargrafo alterado pela Emenda n 02/02, de 28/06/2002.

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II os Sub-Prefeitos. Pargrafo nico Os cargos mencionados no artigo so de livre nomeao e demisso do Prefeito. Art. 79 A lei municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares diretos do Prefeito, definindo-lhes a competncia, atribuies, deveres, impedimentos e responsabilidades. Art. 80 So condies essenciais para a investidura no cargo de Secretrio, Diretor ou Assessor: I ser brasileiro; II estar no exerccio dos direitos pblicos; III ser maior de 21 (vinte e um) anos; IV ser habilitado para seus respectivos cargos, V apresentar no ato da posse declarao de bens registrada em cartrio. Art. 81 Alm das atribuies fixadas em lei, compete aos Secretrios ou Diretores: I subscrever atos e regulamentos referentes aos seus rgos; II expedir instrues para a boa execuo das leis, decretos e regulamentos, III apresentar ao Prefeito relatrio anual dos servios realizados por suas reparties. 1 - Os decretos, atos e regulamentos, referentes aos servios autnomos ou autrquicos sero referendados pelo Secretrio ou Diretor da Administrao. 2 - As infringncias ao item II deste artigo, sem justificativa, importa em crime de responsabilidade. Art. 82 Os Secretrios ou Diretores so solidariamente responsveis com o Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem. Art. 83 A competncia do Sub-Prefeito limitar-se- ao Distrito ou Subdistrito para o qual foi nomeado. Pargrafo nico Aos Sub-Prefeitos, como delegados do Executivo, compete: I cumprir e fazer cumprir, de acordo com as instrues recebidas do Prefeito, as leis, resolues, regulamentos e demais atos do Prefeito e da Cmara; II fiscalizar os servios distritais;

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III atender as reclamaes das partes e encaminh-las ao Prefeito, quando se tratar de matria estranha s suas atribuies ou quando lhes for favorvel a deciso proferida; IV indicar ao Prefeito as providncias necessrias ao Distrito, V prestar contas ao Prefeito, mensalmente ou quando lhe forem solicitadas. Art. 84 O Sub-Prefeito, em caso de licena ou impedimento, ser substitudo por pessoa de livre escolha do Prefeito. Art. 85 Os auxiliares diretos do Prefeito faro declarao de bens no ato da posse e no trmino do exerccio do cargo nos termos do art. 221. Seo V Da Administrao Pblica Art. 86 A Administrao Pblica Direta e Indireta, de quaisquer dos Poderes do Municpio, obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficincia e tambm o seguinte: I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao; III o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogado uma vez por igual perodo; IV durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de

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carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; VI garantido ao servidor pblico civil, o direito livre associao sindical; VII o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica; VIII a lei estabelecer o percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso; IX a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico; X a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 3 do art. 88, somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices. XI a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Municpio, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; XII os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico; XIV os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores; XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so irredutveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos artigos 39, 4, 150, II, 153, III e 153, 2, I da Constituio Federal;

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XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b)a de um cargo de professor com outro, tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos privativos de mdico; XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico; XVIII a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao; XX depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada, XXI ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, por clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, exigindo-se as qualificaes tcnicas e econmicas indispensveis garantia de cumprimento das obrigaes. 1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizam promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos. 2 - A no observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel nos termos da lei.

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3 - A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente: I as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas a manuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna, da qualidade dos servios; II o acesso dos usurios a registros administrativos e informaes sobre atos do governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII da Constituio Federal; III a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou funo na administrao pblica. 4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a disponibilidade dos bens e o ressarcimento do errio pblico na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel. 5 - A lei federal estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuizo ao errio, ressalvadas as respectivas aes do ressarcimento. 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. 7 - A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego da administrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas. 8 - A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo lei dispor sobre: I o prazo de durao do contrato; II os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e responsabilidade dos dirigentes; III a remunerao do pessoal.

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9 - O disposto no inciso XI, aplica-se empresas pblicas e s sociedades de economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos do Municpio para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 10 - vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrentes do artigo,89, com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta lei, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei, de livre nomeao e exonerao. Art. 87 Ao servidor pblico da administrao direta, autarquia e fundao no exerccio de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposies: I tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficar afastado do seu cargo, emprego ou funo; II investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; III investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e, no havendo compatibilidade ser aplicada a norma do inciso anterior; IV em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento, V para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse. Seo VI Dos Servidores Pblicos Art. 88 O Municpio instituir conselho de poltica de administrao e

remunerao de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. 1 - a fixao dos padres de crescimento e dos demais componentes do sistema remuneratrio observar:

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- a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos

componentes de cada carreira; II os requisitos para a investidura; III as peculiaridades dos cargos. 2 - Aplicam-se aos servidores ocupantes de cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da Constituio Federal, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admisso quando a natureza do cargo o exigir. 3 - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, e os Secretrios Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI da Constituio Federal. 4 - A lei poder estabelecer a relao entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos obedecido, em qualquer caso o disposto no art. 37, XI da Constituio Federal. 5 - Os Poderes Executivo e Legislativo publicaro anualmente os valores dos subsdio e da remunerao dos cargos e empregos pblicos. 6 - A lei disciplinar a aplicao de recursos oramentrios provenientes da economia com despesas correntes em cada rgo, autarquia e fundao, para aplicao no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernizao, reaparelhamento e racionalizao do servio pblico, inclusive sob a forma de adicional ou prmio de produtividade. 7 - A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreira poder ser fixada nos termos do 3. 8 - O servidor pblico municipal responsvel por pessoa deficiente em tratamento especializado, poder ter sua jornada de servio reduzida, conforme dispuser a lei. 9 - A Administrao Municipal criar creches destinadas a abrigar os filhos dos servidores municipais.

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10 - O Municpio manter plano de seguridade social para os servidores municipais e seus dependentes. 11 - O servidor pblico municipal quando apostilado em determinada funo na forma da lei, no sofrer prejuzos com as posteriores mudanas e reclassificaes, percebendo sua remunerao com base nas citadas mudanas ocorridas. 12 - A poltica de pessoal obedecer as seguintes diretrizes: I valorizao e dignificao de funo pblica e dos servidores pblicos; II programas visando a profissionalizao e aperfeioamento do servidor pblico; III constituio do quadro de dirigentes para a formao de administradores; IV sistema de mrito para o ingresso e o desenvolvimento na carreira pblica, V remunerao conforme a complexidade e responsabilidade da tarefa, bem como o nvel de escolaridade exigido ao servidor. 13 Fica assegurado ao servidor pblico municipal a percepo de adicional por tempo de servio incorporando-os aos vencimentos: I pela aquisio de quinqunio no servio pblico, na base de 10 % (dez por cento), sobre o vencimento; II pela complementao de vinte e cinco anos de servio, garantido-lhe neste caso percebimento do acrscimo de 1/6 da remunerao. 14 assegurado aos servidores pblicos municipais que por motivo de doena ou acidente tornarem-se inaptos para exercerem a funo de origem, o direito reabilitao e readaptao a uma nova funo sem nenhum prejuzo pecunirio. 15 - Fica assegurado o direito de frias prmio, com durao de trs meses, adquiridas a cada perodo de cinco anos, de efetivo exerccio no servio pblico da administrao direta, autrquica e fundacional do Municpio, admitida a sua converso em espcie, paga a ttulo de indenizao, quando da aposentadoria, ou, antes disto, mediante requerimento do Servidor, limitando-se o seu pagamento a um pedido de 1 (um) ms por exerccio financeiro, pago no ms do aniversrio natalcio. 10

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Pargrafo alterado pela Emenda n02/01,de 24/102001.

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Art. 89 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Municpio, includas as autarquias e fundaes, assegurado regime prprio de previdncia de carter contributivo, atravs do Instituto Municipal de Previdncia e Assistncia Social, o IMPAS, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial disposto neste artigo. 1 - Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de trata este artigo sero aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do 3; I por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em lei; II compulsoriamente, aos setenta anos de idade com proventos proporcionais ao tempo de contribuio; III voluntariamente, desde que cumprido o tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies: a)sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; b)sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. 2 - Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de uma concesso, no podero exceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso. 3 - Os proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero calculados com base na remunerao do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, correspondero totalidade da remunerao. 4 - vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos e o

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de atividades exercidas exclusivamente sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, definidos em lei complementar. 5 - Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos, em relao ao disposto no pargrafo 1, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. 6 - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na forma da lei, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia previsto neste artigo. 7 - Lei dispor sobre a concesso do benefcio da penso por morte, que ser igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor do proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no 3. 8 - Observado o disposto no art. 37, XI, da Constituio Federal, os proventos de aposentadoria e as penses sero revistos na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso, na forma da lei. 9 - O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade. 10- A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuio fictcio. 11 - Aplica-se o limite no artigo 37, XI, da Constituio Federal, soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao montante resultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo acumulvel na forma da lei, cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, e de cargo eletivo.

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12 - Alm do disposto neste artigo, o regime de previdncia dos servidores pblicos titulares de cargo efetivo observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o regime geral de previdncia social. 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se o regime geral de previdncia social. 14 - Caso o Municpio institua regime de previdncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poder fixar para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o artigo 201 da Constituio Federal. 15 - Observado o disposto no artigo 202 da Constituio Federal, lei complementar dispor sobre as normas gerais para a instituio de regime de previdncia complementar pelo Municpio, para atender aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo. 16 - Somente mediante sua prvia e expressa opo, o disposto nos 14 e 15 poder ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato de instituio do correspondente regime de previdncia complementar. 17 - Aos que, por fora de atos institucionais, tenham exercido gratuitamente mandado eletivo de vereador sero computados, para efeito de aposentadoria no servio pblico e previdncia social, inclusive dos respectivos perodos. 18 - assegurado ao servidor afastar-se das atividades a partir da data do requerimento da aposentadoria e sua no concesso importar a reposio do perodo de afastamento. 19 - A penso por morte abranger o cnjuge, o companheiro e demais dependentes, na forma da lei. 20 Nenhum benefcio ou servio de previdncia social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

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21 Dentro de cento e oitenta dias da data da promulgao desta Emenda Lei Orgnica, proceder-se- reviso dos diretos do servidor pblico municipal inativo e pensionista e atualizao dos proventos ou penses a eles devidos, a fim de ajust-los ao disposto na Lei Orgnica. 22 Fica assegurado ao servidor pblico municipal que tiver tempo de servio prestado antes de 13 de maio de 1967, o direito de computar este tempo para efeito de aposentadoria, proporcionalmente ao nmero de anos de servio a que estava sujeito no regime quela data. Art. 90 So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 1 - O servidor pblico estvel s perder o cargo: I - em virtude de sentena judicial transitada e julgado; II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 2 - Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel , reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado e outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio. 3 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. 4 - Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade. Art. 91- assegurado o prazo de dois anos de efetivo exerccio para aquisio da estabilidade aos atuais servidores em estgio probatrio, sem prejuzo da avaliao a que se refere o 4 do artigo anterior. Seo VII Da Procuradoria

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Art. 92 A Procuradoria do Municpio, diretamente subordinada ao Prefeito, instituio permanente, essencial funo jurisdicional, incumbida da representao judicial do Municpio, cabendo-lhe ainda, nos termos da Lei Especial, as atividades de consultorias e assessoramento do Poder Executivo e privativamente a execuo da dvida ativa de natureza tributria. Art. 93 A Procuradoria do Municpio, reger-se- por lei prpria, atendendo-se com relao aos seus integrantes o disposto nos arts. 37, inciso XII e 39, pargrafo 1 da Constituio Federal. Pargrafo nico O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil, Seo de Minas Gerais. Art. 94 A Procuradoria do Municpio tem por Chefe o Procurador Geral do Municpio, de livre designao pelo Prefeito dentre advogado de reconhecido saber jurdico e de reputao ilibada. Seo VIII Da Segurana Pblica Art. 95 O Municpio poder constituir Guarda Municipal, fora auxiliar destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, nos termos da Lei Complementar. 1 - A Lei Complementar de criao da Guarda Municipal dispor sobre acesso, direitos, deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina. 2 - A investidura nos cargos da Guarda Municipal far-se- mediante concurso pblico de provas ou de provas e ttulos. TTULO III Da Organizao Administrativa Municipal

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Da Estrutura Administrativa Art. 96 A administrao municipal constituda dos rgos integrados na estrutura administrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de personalidades jurdica prpria. 1 - A Administrao Regional a unidade descentralizada dos sistemas administrativos, com circunscrio, atribuio, organizao e funcionamento definidos em lei, sendo as diretrizes, metas e prioridades definidas por regies. 2 - Os rgos da administrao direta que compem a estrutura administrativa da Prefeitura se organizam e se coordenam, atendendo aos princpios tcnicos recomendveis ao bom desempenho de suas atribuies. 3 - As entidades dotadas de personalidade jurdica prpria que compem a administrao indireta do Municpio se classificam em: I Autarquia servio autnomo, criado por lei, com personalidade jurdica, patrimnio e receita prprios, para executar atividades tpicas da administrao pblica, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gesto administrativa e financeira descentralizadas; II Empresa Pblica entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, com patrimnio e capital exclusivos do Municpio, criada por lei, para explorao de atividades econmicas que o Governo seja levado a exercer, por forma de contingncia ou convenincia administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito; III Sociedade de economia mista entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, criada por lei, para explorao de atividades econmicas, sob a forma de sociedade annima, cujas aes com direito e voto pertena, em sua maioria, ao Municpio ou a entidade da administrao indireta, IV Fundao Pblica entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, criada em virtude de autorizao legislativa, para desenvolvimento de atividades que no exijam execuo por rgo ou entidades de direito pblico, com autonomia administrativa, patrimnio prprio pelos respectivos rgos de direo, e funcionamento custeado por recursos do Municpio e de outras fontes.

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4 - A entidade de que trata o inciso IV do pargrafo 3 adquire personalidade jurdica com a inscrio da escritura pblica de sua constituio no Registro Civil de Pessoas Jurdicas, no se lhe aplicando as demais disposies do Cdigo Civil concernente s fundaes. 5 - A administrao municipal instituir rgos consultivos e de assessoramento compostos por representante comunitrios dos vrios seguimentos sociais na forma prevista pela lei prpria. Art. 97 O Municpio editar lei que estabelea critrios para compatibilizao do seu quadro de pessoal ao disposto no artigo 39 da Constituio Federal. Captulo II Dos Atos Municipais Seo I Da Publicidade dos Atos Municipais Art. 98 A publicao das leis e atos municipais far-se- em rgo da imprensa local ou regional ou afixao na sede da Prefeitura ou da Cmara Municipal, conforme o caso. 1 - A escolha do rgo da imprensa para a divulgao das leis e atos administrativos far-se- atravs de licitao, em que se levaro em conta no s as condies de preos, como as circunstncias de freqncia, horrio, tiragem e distribuio. 2 - Nenhum ato produzir efeito antes de sua publicao. 3 - A publicao dos atos no normativos, pela imprensa, poder ser resumida. Art. 99 O Prefeito far publicar: I mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa; II mensalmente, os montantes de c