lei orgânica e regimento interno

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Leio orgânico TCE PR

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  • LEI ORGNICA Lei Complementar n. 113 de 15/12/2005

    Atualizaes:

    Lei Complementar n. 126 de 7/12/2009 Lei Complementar n. 151 de 27/12/2012 Lei Complementar n. 168 de 10/01/2014

    REGIMENTO INTERNO Resoluo n. 1 de 24/01/2006

    Atualizaes:

    Resoluo n. 2 de 20/7/2006 Resoluo n. 24 de 16/12/2010 Resoluo n. 29 de 17/11/2011 Resoluo n. 30 de 22/12/2011 Resoluo n. 31 de 24/5/2012 Resoluo n. 36 de 21/03/2013 Resoluo n. 37 de 27/06/2013 Resoluo n. 38 de 25/07/2013 Resoluo n. 40 de 31/10/2013 Resoluo n. 45 de 17/04/2014 Resoluo n. 48 de 21/08/2014 Resoluo n. 50 de 19/02/2015

    ltima atualizao: 19 fev. 2015

    Curitiba 2015

  • Publicao do Tribunal de Contas do Estado do Paran

    Gesto 2015-2016

    Ivan Lelis Bonilha Conselheiro-Presidente

    Ivens Zschoerper Linhares Conselheiro Vice-Presidente

    Jos Durval Mattos do Amaral Conselheiro Corregedor-Geral

    Nestor Baptista Conselheiro

    Artago de Mattos Leo Conselheiro

    Fernando Augusto Mello Guimares

    Conselheiro

    Fbio de Souza Camargo Conselheiro

  • PARAN. Tribunal de Contas. Lei Orgnica: Lei Complementar n. 113 de 15/12/2005 (atualizaes: Lei Complementar n. 126 de 7/12/2009; Lei Complementar n. 151 de 27/12/2012 e Lei Complementar n. 168 de 10/01/2014) e Regimento Interno: Resoluo n. 1 de 24/01/2006 (atualizaes: Resoluo n. 2 de 20/7/2006; Resoluo n. 24 de 16/12/2010; Resoluo n. 29 de 17/11/2011; Resoluo n. 30 de 22/12/2011; Resoluo n. 31 de 24/5/2012; Resoluo n. 36 de 21/3/2013; Resoluo n. 37 de 27/06/2013, Resoluo n. 38 de 25/07/2013; Resoluo n. 40 de 31/10/2013; Resoluo n. 45 de 17/4/2014; Resoluo n. 48 de 21/8/2014 e Resoluo n. 50 de 19/2/2015): obra atualizada at 19 fev. 2015. Curitiba, 2015. 305 p. : livro eletrnico. Disponvel em 1. Regimento interno Tribunal de Contas - Paran. 2. Lei orgnica Tribunal de Contas Paran. 3. Administrao pblica Contas pblicas.

    CDD 341.3852

    Referncia bibliogrfica deste documento:

    PARAN. Tribunal de Contas. Lei Orgnica: Lei Complementar n. 113 de 15/12/2005 e

    Regimento Interno: Resoluo n. 1 de 24/01/2006 (obra atualizada at 19 fev. 2015).

    Curitiba, 2015. 305 p.

    Acesso eletrnico: Lei Orgnica e Regimento Interno atualizado at 19 fev.

    2015.

    Esses documentos no substituem os originais publicados no Dirio Oficial do

    Executivo do Estado e no Dirio Eletrnico do Tribunal de Contas do Estado

    do Paran.

    Organizao e elaborao:

    Diretoria de Jurisprudncia e Biblioteca

    Projeto Grfico e Capa:

    Ncleo de Imagem

  • SUMRIO

    LEI ORGNICA ............................................................................................................ 1 LEI COMPLEMENTAR N 113, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2005. ............................................ 1 TTULO I NATUREZA, COMPETNCIA E JURISDIO ......................................................... 1

    CAPTULO I NATUREZA E COMPETNCIA...................................................................... 1 CAPTULO II DA JURISDIO DO TRIBUNAL DE CONTAS ............................................ 4 CAPTULO III DO CONTROLE INTERNO .......................................................................... 5

    TTULO II DO EXERCCIO DO CONTROLE EXTERNO ........................................................... 6 CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS ........................................................................ 6 CAPTULO II DA FORMALIZAO DOS PROCESSOS .................................................... 7

    Seo I Das Matrias ...................................................................................................... 7 Seo II Da Tomada e Prestao de Contas ................................................................... 8 Seo III Decises em Processos de Tomada ou Prestao de Contas .......................... 8 Seo IV Das Contas Anuais ........................................................................................ 10

    Subseo I Das Contas do Governador e dos demais Administradores Estaduais ................................................................................................................ 10 Subseo II Das Contas dos Prefeitos e dos Administradores Municipais ....... 11 Subseo III Das Disposies Comuns ................................................................ 11

    Seo V Da Fiscalizao de Atos e Contratos............................................................... 12 Seo VI Das Denncias e Representaes ................................................................. 12 Seo VII Da Consulta .................................................................................................. 14 Seo VIII Do Recurso Fiscal de Decises Fazendrias ............................................... 15

    CAPTULO III DOS PROCEDIMENTOS COMUNS AOS PROCESSOS ........................... 15 Seo I Do Processo de Julgamento ............................................................................. 15 Seo II Das Medidas Cautelares ................................................................................. 17 Seo III Da Comunicao dos Atos e da Contagem dos Prazos .................................. 18 Seo IV Dos Prazos do Relator e do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas ... 19 Seo V Dos Recursos ................................................................................................. 20 Seo VI Do Pedido de Resciso .................................................................................. 22 Seo VII Dos Incidentes Processuais .......................................................................... 22

    Subseo I Do Incidente de Inconstitucionalidade .............................................. 22 Subseo II Do Prejulgado e da Smula ............................................................... 23 Subseo III Da Uniformizao de Jurisprudncia .............................................. 23 Subseo IV Das Disposies Comuns aos Incidentes Processuais ................. 23

    CAPTULO IV DAS SANES E RESPONSABILIDADES .............................................. 23 Seo I Das Sanes .................................................................................................... 23 Seo II Do Fundo Especial do Controle Externo do Tribunal de Contas ...................... 29

    TTULO III DA ORGANIZAO DO TRIBUNAL ..................................................................... 32 CAPTULO I DA SEDE E COMPOSIO ......................................................................... 32 CAPTULO II DO TRIBUNAL PLENO ............................................................................... 32 CAPTULO III DAS CMARAS ......................................................................................... 33 CAPTULO IV DO PRESIDENTE, DO VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR-GERAL ... 34 CAPTULO V DA CORREGEDORIA-GERAL ................................................................... 35 CAPTULO VI DOS CONSELHEIROS .............................................................................. 36 CAPTULO VII DOS AUDITORES .................................................................................... 37 CAPTULO VIII DAS DISPOSIES COMUNS AOS CONSELHEIROS E AUDITORES . 38 CAPTULO IX DA TICA .................................................................................................. 38 CAPTULO X DA COMISSO DE TICA E DISCIPLINA ................................................. 42

    Seo I Do Processo tico ............................................................................................ 42 CAPTULO XI DO MINISTRIO PBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS ............ 43

  • CAPTULO XII DO CORPO INSTRUTIVO .........................................................................45 Seo I Das Atribuies .................................................................................................45 Seo II Do Quadro de Pessoal do Tribunal de Contas .................................................46

    CAPTULO XIII CONTROLE INTERNO DO TRIBUNAL DE CONTAS ..............................46 TTULO IV FISCALIZAO A SER EXERCIDA PELA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA............47 TTULO V DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS ....................................................47 ANEXO [I] ................................................................................................................................50 ANEXO [II] ...............................................................................................................................52 LEI COMPLEMENTAR N 126, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2009. ............................................55 LEI COMPLEMENTAR N 151, DE 27 DE novEMBRO DE 2012. ...........................................56 LEI COMPLEMENTAR N 168, DE 10 DE JANEIRO DE 2014...................................................57

    REGIMENTO INTERNO ........................................................................................58 RESOLUO N 1, DE 24 DE JANEIRO DE 2006 ..................................................................58 TTULO I DA NATUREZA, COMPETNCIA E JURISDIO ..................................................59

    CAPTULO I DA NATUREZA, COMPETNCIA E JURISDIO .......................................59 TTULO II DA ORGANIZAO DO TRIBUNAL .......................................................................59

    CAPTULO I DA COMPOSIO .......................................................................................59 CAPTULO II DO TRIBUNAL PLENO ................................................................................59 CAPTULO III DAS CMARAS..........................................................................................63

    Seo I Da Composio das Cmaras ...........................................................................63 Seo II Da competncia das Cmaras .........................................................................64 Seo III Da competncia do Presidente da Cmara .....................................................65 Seo IV Da competncia dos Secretrios de rgos Colegiados ................................66

    CAPTULO IV DO PRESIDENTE, DO VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR-GERAL....67 Seo I Da Eleio e da Posse ......................................................................................67 Seo II Do Presidente ..................................................................................................68

    Subseo I Do Gabinete da Presidncia ...............................................................73 Subseo II Da Ouvidoria .......................................................................................75

    Seo III Do Vice-Presidente .........................................................................................76 Seo IV Do Corregedor-Geral ......................................................................................76

    Subseo I Do Gabinete da Corregedoria-Geral ...................................................78 CAPTULO V DOS CONSELHEIROS E DOS AUDITORES ..............................................79

    Seo I Dos Conselheiros ..............................................................................................79 Subseo I Dos Gabinetes dos Conselheiros .......................................................85

    Seo II Dos Auditores ..................................................................................................86 Subseo I Da Secretaria da Auditoria ..................................................................91 Subseo II Do Auditor-Geral .................................................................................92

    CAPTULO VI DO MINISTRIO PBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS ............93 Seo I Das Atribuies dos Procuradores ....................................................................93 Seo II Das Atribuies do Procurador-Geral ...............................................................94

    CAPTULO VII DA COMISSO DE TICA E DISCIPLINA ................................................95 Seo I Da tica ............................................................................................................95 Seo II Da Comisso de tica e Disciplina ...................................................................97 Seo III Do Processo tico ...........................................................................................98

    CAPTULO VIII DO CORPO INSTRUTIVO ........................................................................99 Seo I Das Atribuies .................................................................................................99 Seo II Do Quadro de Pessoal .....................................................................................99 Seo III Das Vedaes ............................................................................................... 100

  • Seo IV Do Regime Disciplinar .................................................................................. 100 Subseo I Das Penalidades ............................................................................... 100 Subseo II Da Apurao de Irregularidade ....................................................... 101 Subseo III Da Sindicncia ................................................................................ 101 Subseo IV Do Processo Administrativo Disciplinar ....................................... 103 Subseo V Do Afastamento Prvio ................................................................... 105 Subseo VI Da Reviso do Processo Administrativo Disciplinar ................... 105 Subseo VII Das Disposies Gerais ................................................................ 105

    Seo V Dos Atos Internos de Pessoal ....................................................................... 106 CAPTULO IX DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .................................................... 106

    Seo I Da Diretoria-Geral .......................................................................................... 109 Seo II Da Coordenadoria-Geral ............................................................................... 111 Seo III Da Diretoria de Execues ........................................................................... 112 Seo IV Da Diretoria de Contas Estaduais ................................................................ 113 Seo V Das Inspetorias ............................................................................................. 114 Seo VI Da Diretoria de Contas Municipais ............................................................... 117 Seo VII Da Diretoria Jurdica ................................................................................... 118 Seo VIII Da Diretoria de Anlise de Transferncias ................................................. 121 Seo IX Da Diretoria de Fiscalizao de Obras Pblicas ........................................... 123 Seo X Da Diretoria de Auditorias ............................................................................. 124 Seo XI Da Diretoria de Planejamento ...................................................................... 125 Seo XII Da Diretoria de Jurisprudncia e Biblioteca ................................................. 126 Seo XIII Da Diretoria de Protocolo ........................................................................... 129 Seo XIV Diretoria de Administrao do Material e Patrimnio .................................. 130 Seo XV Da Diretoria de Tecnologia da Informao .................................................. 131 Seo XVI Da Diretoria de Gesto de Pessoas ........................................................... 134 Seo XVII Da Diretoria de Finanas .......................................................................... 135 Seo XVIII Da Diretoria de Manuteno e Apoio Administrativo ................................ 137 Seo XIX Da Diretoria de Comunicao Social ......................................................... 138 Seo XIX-A Da Ouvidoria de Contas ......................................................................... 140 Seo XIX-B Da Controladoria Interna ........................................................................ 141 Seo XIX-C Da Diretoria de Controle de Atos de Pessoal ......................................... 142 Seo XIX-D Da Diretoria da Escola de Gesto Pblica.............................................. 142 Seo XIX-E Da Diretoria de Licitaes e Contratos ................................................... 143 Seo XIX-F Da Diretoria de Informaes Estratgicas .............................................. 144 Seo XX Dos rgos Auxiliares ................................................................................ 145

    CAPTULO X DOS ATOS NORMATIVOS ....................................................................... 150 Seo I Dos Atos Normativos em Geral ...................................................................... 150 Seo II Das Resolues ............................................................................................ 151 Seo III Das Instrues Normativas ........................................................................... 152 Seo IV Das Instrues de Servio ........................................................................... 153 Seo V Das Portarias ................................................................................................ 153 Seo VI Das Smulas ............................................................................................... 153

    CAPTULO XI DO DIRIO ELETRNICO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARAN ....................................................................................................................... 154 CAPTULO XII DO CONTROLE INTERNO DO TRIBUNAL ............................................ 155

    TTULO III DA ATIVIDADE DE CONTROLE EXTERNO ....................................................... 156 CAPTULO I DA APRECIAO DAS CONTAS ............................................................. 156

    Seo I Das Contas do Governador do Estado ........................................................... 156 Seo II Das Contas dos Prefeitos Municipais ............................................................ 158 Seo III Do Parecer Prvio ........................................................................................ 160

    CAPTULO II DO JULGAMENTO DAS CONTAS ........................................................... 160 Seo I Das Prestaes de Contas Anuais ................................................................. 160

  • Subseo I Das Contas das Entidades Estaduais .............................................. 161 Subseo II Das Contas das Entidades Municipais ............................................ 161

    Seo II Das Prestaes de Contas de Transferncias ................................................ 162 Seo III Da Baixa de Pendncia ................................................................................. 164 Seo IV Das Tomadas de Contas .............................................................................. 164

    Subseo I Da Tomada de Contas Especial ........................................................ 164 Subseo II Da Tomada de Contas Ordinria ..................................................... 165 Subseo III Da Tomada de Contas Extraordinria ............................................ 165

    Seo V Das Disposies Comuns s Tomadas e Prestaes de Contas ................... 166 Seo VI Do Contedo das Decises .......................................................................... 167

    CAPTULO III DA FISCALIZAO POR INICIATIVA PRPRIA ..................................... 169 Seo I Dos Procedimentos de Fiscalizao ................................................................ 169

    Subseo I Das Auditorias ................................................................................... 169 Subseo II Das Inspees .................................................................................. 170 Subseo III Dos Levantamentos, Acompanhamentos e Monitoramentos ....... 170 Subseo IV Da instaurao dos Procedimentos de Fiscalizao .................... 171

    Seo II Do Plano Anual de Fiscalizao ..................................................................... 171 Seo III Da Execuo da Fiscalizao ....................................................................... 172 Seo IV Do Objeto da Fiscalizao ............................................................................ 174

    Subseo I Das Disposies Gerais Sobre a Fiscalizao de Atos e Contratos ......... 174 Subseo II Da Fiscalizao das Transferncias e Demais Repasses de Recursos ............................................................................................................... 176 Subseo III Da Fiscalizao da Arrecadao da Receita .................................. 177 Subseo IV Da Fiscalizao da Renncia de Receitas ..................................... 177 Subseo V Das Outras Fiscalizaes ................................................................ 177

    Seo V Das Impugnaes .......................................................................................... 178 Seo VI Das Denncias e Representaes ................................................................ 178 Seo VII Dos Alertas .................................................................................................. 181 Seo VIII Das Certides Liberatrias .......................................................................... 182 Seo IX Dos Atos Sujeitos a Registro ........................................................................ 184 Seo X Da Homologao do ICMS ............................................................................ 188 Seo XI Das Consultas .............................................................................................. 189 Seo XII Do Recurso Fiscal ....................................................................................... 190

    CAPTULO IV DA FISCALIZAO EXERCIDA POR INICIATIVA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ................................................................................................................. 191

    TTULO IV DOS PROCESSOS EM GERAL ........................................................................... 191 CAPTULO I DO PROCESSO ELETRNICO .................................................................. 191 CAPTULO II DA AUTUAO ......................................................................................... 195 CAPTULO III DA DISTRIBUIO .................................................................................. 196 CAPTULO IV DOS SUJEITOS DO PROCESSO ............................................................ 202 CAPTULO V DO INGRESSO DE INTERESSADO EM PROCESSO .............................. 203 CAPTULO VI DAS INSTNCIAS PROCESSUAIS, DAS FASES DO PROCESSO, INSTRUO E ANDAMENTO PROCESSUAL ............................................................... 203 CAPTULO VII DA APRESENTAO DE ALEGAES DE DEFESA, DE DOCUMENTOS NOVOS E DAS PROVAS ................................................................................................ 206 CAPTULO VIII DO ACESSO, PEDIDO DE VISTA E DE CPIA DOS AUTOS ............... 208 CAPTULO IX DO APENSAMENTO E DESAPENSAMENTO DE PROCESSOS ............ 209 CAPTULO X DA REUNIO DE PROCESSOS ............................................................... 211 CAPTULO XI DA JUNTADA E DESENTRANHAMENTO DE DOCUMENTOS ............... 211 CAPTULO XII DO FORNECIMENTO DE CERTIDES E DE INFORMAES .............. 212 CAPTULO XIII DAS NULIDADES ................................................................................... 213 CAPTULO XIV DA COMUNICAO DOS ATOS PROCESSUAIS ................................ 214 CAPTULO XV DA CONTAGEM DOS PRAZOS ............................................................. 219

  • Seo I Dos Prazos das Partes ................................................................................... 219 Seo II Dos Prazos Prprios ..................................................................................... 221

    Subseo I Dos Prazos do Relator e do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas ................................................................................................................... 221 Subseo II Dos Prazos das Unidades Administrativas .................................... 222

    CAPTULO XVI DA RESTAURAO DOS AUTOS ....................................................... 224 CAPTULO XVII DO ENCERRAMENTO DO PROCESSO .............................................. 225

    TTULO V DOS INCIDENTES PROCESSUAIS ..................................................................... 226 CAPTULO I DAS MEDIDAS CAUTELARES.................................................................. 226 CAPTULO II DOS INCIDENTES DE INCONSTITUCIONALIDADE ................................ 230 CAPTULO III DOS PREJULGADOS .............................................................................. 230 CAPTULO III-A DAS SMULAS .................................................................................... 232 CAPTULO IV DA UNIFORMIZAO DE JURISPRUDNCIA ....................................... 232 CAPTULO V DA EXCEO DE SUSPEIO E IMPEDIMENTO .................................. 233

    TTULO VI DAS SANES .................................................................................................. 234 CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS .................................................................... 234 CAPTULO II DAS PENAS PECUNIRIAS .................................................................... 234 CAPTULO III DAS OUTRAS SANES ........................................................................ 235

    TTULO VII DOS JULGAMENTOS ........................................................................................ 235 CAPTULO I DAS DECISES DO RELATOR ................................................................ 235

    Seo I Da Forma das Decises ................................................................................. 235 Seo II Do Sobrestamento ........................................................................................ 236 Seo III Da Deciso Definitiva Monocrtica ............................................................... 237

    CAPTULO II DAS SESSES DOS RGOS COLEGIADOS ....................................... 238 Seo I Das Pautas..................................................................................................... 238 Seo II Das Sesses do Tribunal Pleno..................................................................... 241 Seo III Das Sesses das Cmaras .......................................................................... 250 Seo IV Da Sustentao Oral .................................................................................... 251 Seo V Da Lavratura dos Acrdos e das Atas ......................................................... 252

    TTULO VIII DOS RECURSOS E DO PEDIDO DE RESCISO ............................................. 253 CAPTULO I DOS RECURSOS ....................................................................................... 253

    Seo I Das Disposies Gerais ................................................................................. 253 Seo II Do Recurso de Revista .................................................................................. 255 Seo III Do Recurso de Reviso ................................................................................ 255 Seo IV Do Recurso de Agravo ................................................................................. 256 Seo V Dos Embargos de Declarao ...................................................................... 257 Seo VI Dos Embargos de Liquidao ...................................................................... 257 Seo VII Do Recurso Administrativo .......................................................................... 258

    CAPTULO II DO PEDIDO DE RESCISO ..................................................................... 258 TTULO IX EXECUO E ACOMPANHAMENTO DAS DECISES ..................................... 261

    CAPTULO I DA EXECUO ......................................................................................... 261 CAPTULO II DO ACOMPANHAMENTO DAS DECISES ............................................ 263 CAPTULO III DA BAIXA DE RESPONSABILIDADE ..................................................... 265 CAPTULO IV DA RELAO DOS AGENTES PBLICOS COM CONTAS JULGADAS IRREGULARES .............................................................................................................. 266

    TTULO X DOS ATOS DA ADMINISTRAO ...................................................................... 267 CAPTULO I DAS CERTIDES ...................................................................................... 267 CAPTULO II DOS ATOS DE DESPESAS ...................................................................... 267

    TTULO XI DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS................................................. 268 NDICE .................................................................................................................................. 264

  • 1

    LEI ORGNICA

    LEI COMPLEMENTAR N 113, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2005.

    Dispe sobre a Lei Orgnica do Tribunal de Contas do Estado do Paran.

    A Assembleia Legislativa do Estado do Paran decretou e eu sanciono a seguinte lei:

    TTULO I NATUREZA, COMPETNCIA E JURISDIO

    CAPTULO I NATUREZA E COMPETNCIA

    Art. 1 Ao Tribunal de Contas do Estado, rgo constitucional de controle externo, com sede na Capital do Estado, compete, nos termos da Constituio Estadual e na forma estabelecida nesta lei:

    I apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado e pelos Prefeitos Municipais, mediante parecer prvio, que dever ser elaborado nos prazos gerais previstos na Constituio Estadual, na Lei de Responsabilidade Fiscal, e nos prazos especficos previstos nesta lei;

    II julgar as contas dos chefes dos rgos do Poder Legislativo estadual e municipal, do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico e deste Tribunal;

    III julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiro, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no mbito estadual e municipal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio;

    IV apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta ou indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no mbito estadual e municipal, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a legalidade das concesses de aposentadorias,

    NOTAS da Diretoria de Jurisprudncia e Biblioteca:

    Este texto no substitui o publicado nos peridicos: -Dirio Oficial do Estado do Paran, Curitiba, PR, n. 7123 de 15/12/2005, p. 3-12 (sem anexo). -Dirio Eletrnico do Tribunal de Contas do Estado do Paran, Curitiba, PR, n. 33, 27 jan. 2006, p. 48-55 (ttulo anterior: Atos

    Oficiais do Tribunal de Contas). Republicao:

    -Dirio Oficial do Estado do Paran, Curitiba, PR, n. 7217, 3 maio 2006, p. 3. Artigos vetados pelo Governador e mantidos pela Assembleia.

    -Dirio Oficial do Estado do Paran, Curitiba, PR, n. 7219, 5 maio 2006, p. 3. Artigos vetados pelo Governador e mantidos pela Assembleia e Anexos. Alterada: Lei Complementar n 126/2009, de 7 de dezembro de 2009 (revoga art. 56).

    Lei Complementar n 151/2012, de 27 de novembro de 2012 (acresce o Inc. XVI ao art. 103). Lei Complementar n 168/2014, de 10 de janeiro de 2014 (altera os Incisos I-IV e 5 do art. 87).

  • 2

    reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;

    V ...Vetado...;

    VI fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pelo Estado e Municpios mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, inclusive os repasses para entidades privadas de carter assistencial, que exeram atividades de relevante interesse pblico, sem fins lucrativos, assim declaradas em lei, ou que se vinculem ao Estado ou ao Municpio no regime de colaborao, includas as que formalizarem acordos de Parceria Pblica Privada, Organizaes Sociais, Servios Sociais Autnomos e Organizaes Civis de Interesse Pblico, por contratos de gesto, termos de parceria ou instrumentos congneres;

    VII homologar os clculos das quotas do ICMS devidas aos Municpios, dando cincia Assembleia Legislativa;

    VIII prestar, por intermdio do Presidente do Tribunal, as informaes solicitadas pela Assembleia Legislativa e suas respectivas comisses e demais Poderes do Estado, inclusive pelo Procurador Geral de Justia, na forma de suas leis orgnicas e regimentos, sobre matrias sujeitas ao seu exame e o resultado das auditorias e inspees que realizar;

    IX aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesas ou irregularidade de contas, as sanes previstas no artigo 85 e seguintes dessa lei, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei e adotar as medidas cautelares cabveis;

    X assinar prazo de at (30) trinta dias, prorrogvel por idntico perodo, para que o rgo ou entidade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;

    XI sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Assembleia Legislativa;

    XII representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, indicando o ato inquinado e definindo responsabilidades inclusive as de Secretrio de Estado ou autoridade de nvel hierrquico equivalente;

    XIII decidir sobre a legalidade, a legitimidade, a eficcia e a economicidade dos atos de gesto e das despesas deles decorrentes, bem como sobre a aplicao de subvenes e a renncia de receita, no julgamento de contas e na fiscalizao que lhe compete;

    XIV decidir a respeito, se a Assembleia Legislativa, as Cmaras Municipais ou os Poderes estaduais ou municipais, inclusive o Ministrio Pblico, no prazo de 90 (noventa) dias, no efetivarem as medidas previstas no 2, do artigo 76, da Constituio Estadual;

    XV decidir sobre denncia que lhe seja encaminhada por qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato e sobre representaes feitas pelos Poderes Executivo, Legislativo, Judicirio e Ministrio Pblico;

    XVI julgar recursos interpostos contra as suas decises;

    XVII decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente, a respeito de dvida suscitada na aplicao de dispositivos legais e regulamentares concernentes a matria de sua competncia, na forma estabelecida nesta lei;

    XVIII emitir parecer conclusivo, no prazo de (30) trinta dias, por solicitao de comisso tcnica ou de inqurito da Assembleia Legislativa, devidamente constituda, em obedincia ao disposto nos pargrafos 1 e 2, do artigo 77, da Constituio Estadual;

  • 3

    XIX emitir parecer prvio sobre a proposta oramentria, por solicitao da Assembleia Legislativa, nos termos do 8, do art. 135, da Constituio Estadual;

    XX prestar contas, anualmente Assembleia Legislativa, da sua execuo oramentria, na forma do 6 do art.78, da Constituio Estadual;

    XXI determinar a baixa de responsabilidade nos casos previstos nesta lei e no Regimento Interno;

    XXII solicitar ao Poder Executivo a interveno nos municpios, nos termos do art. 20, 1, da Constituio Estadual;

    XXIII oficiar ao chefe de Poder e representar ao Ministrio Pblico, no curso de qualquer atividade fiscalizatria, para fins de afastamento temporrio do responsvel, se existirem indcios suficientes de que, prosseguindo no exerccio de suas funes, possa retardar ou dificultar a realizao de auditoria ou inspeo, causando novos danos ao errio ou inviabilizando o seu ressarcimento;

    XXIV comunicar Assembleia Legislativa as impugnaes de atos e despesas, propostas pelas Inspetorias de Controle Externo do Tribunal, aps o julgamento pelo rgo colegiado, expondo os motivos e fundamentos legais, para subsidiar procedimentos de investigao e/ou comisses de inqurito;

    XXV dever comunicar e enviar cpia, no estgio em que se encontrarem, Cmara Municipal, ao prefeito e ao ex-prefeito, dos processos de anlises de contas e das inspees e auditorias, realizadas nos respectivos municpios, bem como das impugnaes de atos e despesas em at 6 meses aps o encerramento do exerccio financeiro a que se referem para subsidiar procedimentos de investigao e/ou comisses de inqurito;

    XXVI ...Vetado...;

    XXVII O Tribunal encaminhar Assembleia Legislativa, trimestral e anualmente , relatrios de suas atividades, e desse todos os parlamentares tero conhecimento;

    XXVIII Emitir parecer sobre a execuo oramentria dos demais Poderes por solicitao de Comisso Tcnica ou da Assembleia Legislativa.

    Art. 2 Ao Tribunal de Contas assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, competindo-lhe, especialmente:

    I elaborar e aprovar o Regimento Interno e normas de procedimento administrativo;

    II eleger, nos termos desta lei, o seu Presidente, Vice-Presidente e Corregedor-Geral, e dar-lhes posse;

    III instituir e organizar as suas diretorias e servios auxiliares e os das unidades que lhes forem vinculadas;

    IV elaborar sua proposta oramentria, bem como as referentes a crditos adicionais, nos termos e limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias, encaminhando-a, at 60 dias antes do encerramento da sesso legislativa, diretamente ao Poder Legislativo que decidir sobre sua aprovao;

    V propor Assembleia Legislativa a criao, a transformao ou a extino de cargos e funes de seu Quadro de Pessoal e a fixao dos respectivos vencimentos;

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    VI apreciar e deliberar sobre direitos, vantagens e afastamentos dos Conselheiros, Auditores, Procurador-Geral e Procuradores do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas e demais integrantes do quadro de pessoal;

    VII propor Assembleia Legislativa a fixao de subsdios dos Conselheiros, Auditores e membros do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas;

    VIII prover, por concurso pblico de provas, ou de provas e ttulos, os cargos necessrios ao quadro de pessoal do Tribunal e os cargos de Auditor e de membros do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas, exceto os de confiana assim definidos em lei;

    IX criar e adotar metas, planos, programas, fundos e sistemas compatveis com a sua autonomia e finalidade;

    X adquirir, alienar bens e contratar obras e servios, obedecidos os dispositivos da Lei n 8.666/93 bem como da Lei n 10.520/02;

    XI celebrar termo de cooperao tcnica para utilizao de cadastro de pessoas fsicas e jurdicas com vistas obteno de domiclio fiscal atualizado para fins de citao e intimao dos atos de competncia do Tribunal;

    XII exercer outras funes e atribuies inerentes sua autonomia e finalidades.

    Pargrafo nico. Aplicam-se, no que couber, ao Tribunal de Contas do Estado, as prerrogativas e competncias previstas no art. 101, da Constituio do Estado do Paran.

    CAPTULO II DA JURISDIO DO TRIBUNAL DE CONTAS

    Art. 3 A jurisdio do Tribunal abrange:

    I qualquer pessoa fsica, rgo ou entidade a que se refere o inciso III, do art. 1, desta lei, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos ou pelos quais o Estado ou o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria;

    II aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao errio;

    III os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob interveno ou que de qualquer modo venham a integrar, provisria ou permanentemente, o patrimnio do Estado ou Municpio ou de outra entidade pblica estadual ou municipal;

    IV os responsveis pelas contas das empresas estatais ou de cujo capital social o Estado ou o Municpio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do ato constitutivo;

    V os responsveis por entidades dotadas de personalidade jurdica de direito privado, que recebam contribuies e prestem servios de interesse pblico ou social, bem como, as que se vinculem ao Estado ou ao Municpio no regime de colaborao, includas as que formalizaram acordos de Parceria Pblico Privada, Organizaes Sociais, Servios Sociais Autnomos e Organizaes Civis de Interesse Pblico;

    VI todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos sua fiscalizao por expressa disposio de lei ou pela natureza dos recursos, bens e valores pblicos envolvidos;

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    VII os responsveis pela aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio, que sejam contabilizados pelo Tesouro Estadual ou Municipal, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, inclusive recursos internacionais;

    VIII os sucessores dos administradores e responsveis a que se refere este artigo, at o limite do valor do patrimnio transferido, nos termos do inciso XLV, do art. 5, da Constituio Federal;

    IX os representantes do Poder Pblico na Assembleia Geral das empresas estatais, das autarquias e sociedades annimas de cujo capital o Estado, os Municpios ou o Poder Pblico participem, solidariamente, com os membros dos Conselhos Fiscais e de Administrao, pela prtica de atos de gesto ruinosa ou liberalidade custa das respectivas instituies.

    Pargrafo nico. Os agentes pblicos, mencionados neste artigo, ficam obrigados a franquear o acesso e fornecer informaes e elementos indispensveis ao desempenho da competncia do Tribunal.

    CAPTULO III DO CONTROLE INTERNO

    Art. 4 Para as finalidades e na forma prevista na Constituio Federal, na Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, na Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, e alteraes posteriores, e na Lei n 4.320, de 17 de maro de 1964, bem como, para apoio ao controle externo, todos os jurisdicionados devero, obrigatoriamente, instituir sistemas de controle interno com as seguintes finalidades:

    I avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execuo de programas de governo e dos oramentos do Estado e dos municpios;

    II verificar a legalidade e avaliar os resultados quanto eficcia e eficincia das gestes oramentria, financeira e patrimonial, nos rgos e entidades da administrao estadual e municipal, bem como, da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado;

    III exercer o controle das operaes de crdito, avais e outras garantias, bem como dos direitos e haveres do Estado e dos municpios;

    IV apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

    Art. 5 No apoio ao controle externo, os rgos integrantes do sistema de controle interno devero exercer, dentre outras, as seguintes atividades:

    I organizar e executar programao de auditorias contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial nas unidades administrativas sob seu controle, enviando ao Tribunal os respectivos relatrios;

    II realizar auditorias nas contas dos responsveis sob seu controle, emitindo relatrio, certificado de auditoria e parecer;

    III alertar formalmente a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial sempre que tomar conhecimento de qualquer das ocorrncias referidas que autorizem este procedimento.

    Art. 6 Os responsveis pelo controle interno, ou na falta destes, os dirigentes dos rgos e entidades da administrao pblica estadual e municipal, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro imediato conhecimento ao Tribunal, sob pena de responsabilidade solidria. (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

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    1 Na comunicao ao Tribunal, o dirigente do rgo de controle interno competente indicar as providncias adotadas para: (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    I corrigir a ilegalidade ou a irregularidade apurada; (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    II ressarcir o eventual dano causado ao errio; (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    III evitar ocorrncias semelhantes. (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    2 Verificada em inspeo ou auditoria, ou no julgamento das contas, irregularidade ou ilegalidade que no tenham sido comunicadas tempestivamente ao Tribunal, e provada a omisso, o dirigente do rgo de controle interno, na qualidade de responsvel solidrio, ficar sujeito s sanes previstas em lei. (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    Art. 7 Os gestores emitiro sobre as contas e o parecer do controle interno, pronunciamento expresso e indelegvel, nos quais atestaro haver tomado conhecimento das concluses neles contidas.

    Art. 8 A falta de instituio do sistema de controle interno poder sujeitar as contas ou o relatrio objeto do julgamento desaprovao ou recomendao de desaprovao, sem prejuzo das penalidades previstas em lei ao respectivo responsvel, por omisso injustificada no atendimento ao seu dever legal.

    TTULO II DO EXERCCIO DO CONTROLE EXTERNO

    CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 9 No exerccio das funes de fiscalizao, o Tribunal de Contas, atravs de inspees e auditorias, acompanhar a execuo contbil, financeira, oramentria, operacional, patrimonial e de metas das unidades administrativas dos Poderes Pblicos, estadual e municipal e, ainda, dos responsveis sujeitos sua jurisdio.

    1 O acompanhamento de que trata este artigo visar verificao dos atos quanto legitimidade e economicidade, bem como quanto aos princpios da legalidade, moralidade, publicidade, eficincia, razoabilidade, proporcionalidade e impessoalidade, devendo:

    I verificar e orientar o controle interno;

    II examinar o controle contbil e os registros a ele correspondentes;

    III acompanhar as fases da despesa, inclusive verificando a regularidade dos empenhos, liquidaes, contratos e procedimentos licitatrios;

    IV acompanhar a arrecadao da receita, bem como as operaes de crdito, a emisso de ttulos, alm de verificar os depsitos em cauo, fiana, ou dos bens dados em garantia;

    V verificar a regularidade da execuo da programao financeira;

    VI examinar os crditos adicionais, as despesas de exerccios encerrados e os Restos a Pagar;

    VII avaliar os programas governamentais;

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    VIII verificar o controle de custos das aes e projetos pblicos;

    IX acompanhar a gesto fiscal, nos termos da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000;

    X todas as demais matrias previstas em lei especfica, bem como, o que mais for determinado em Regimento Interno ou Resoluo do Tribunal de Contas.

    2 Nenhum processo, documento ou informao poder ser sonegado s inspees ou auditorias do Tribunal de Contas, a qualquer pretexto, sob pena de responsabilidade.

    3 Em caso de sonegao, ser fixado prazo para ser apresentado o processo ou o documento requisitado, ou prestada a informao solicitada, findo o qual sero adotadas as providncias necessrias.

    Art. 10. O Tribunal de Contas poder utilizar-se dos elementos apurados pelas unidades internas de controle da administrao direta e indireta dos Poderes Pblicos estaduais ou municipais para instruir os seus procedimentos de acompanhamento e fiscalizao, conforme estabelecido em Regimento Interno ou Resoluo.

    CAPTULO II DA FORMALIZAO DOS PROCESSOS

    Seo I Das Matrias

    Art. 11. No exerccio do controle externo e interno, sero formalizadas em processos administrativos, alm de outras matrias referidas nesta lei e no Regimento Interno as relativas a:

    I prestao de contas;

    II tomada de contas;

    III alerta e notificao;

    IV admisso de pessoal;

    V aposentadoria, reforma, reserva, reviso e penso;

    VI denncia e representao;

    VII impugnaes;

    VIII consulta;

    IX prejulgado e smula;

    X uniformizao de jurisprudncia;

    XI incidente de inconstitucionalidade;

    XII homologao de ICMS;

    XIII recurso fiscal;

    XIV sindicncia e processo administrativo disciplinar;

    XV pedido de resciso;

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    XVI relatrio de auditoria;

    XVII relatrio de inspeo;

    XVIII relatrio de adiantamento;

    XIX atos internos de pessoal;

    XX proposta de resoluo;

    XXI proposta de regimento.

    Pargrafo nico. Os recursos, as medidas cautelares e demais incidentes processuais, assim como os processos autnomos acima relacionados, sero regulados pelo Regimento Interno.

    Seo II Da Tomada e Prestao de Contas

    Art. 12. Os processos de tomada e prestao de contas abrangem os ordenadores de despesa, gestores e demais responsveis por bens e valores pblicos da administrao, nos termos do art. 3, desta lei, sendo previstos no Regimento Interno os tipos e procedimentos a serem adotados, conforme as regras gerais e princpios ora estabelecidos.

    Pargrafo nico. O Tribunal de Contas proceder a apurao, mediante inspees e exames, quanto realizao das despesas a que se refere o processo de tomada de contas de que trata este artigo, nos termos estabelecidos no Regimento Interno e demais atos normativos deste Tribunal.

    Art. 13. Diante da omisso do dever de prestar contas, da no comprovao da aplicao dos recursos repassados pelo Estado e Municpios na forma prevista no inciso VI, do art. 1, da ocorrncia de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores pblicos, ou ainda, da prtica de qualquer ato ilegal, ilegtimo ou antieconmico de que resulte dano ao errio, a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidria, dever imediatamente adotar providncias com vistas instaurao de tomada de contas especial para apurao dos fatos, identificao dos responsveis e quantificao do dano.

    Pargrafo nico. No providenciando o disposto no caput deste artigo, o Tribunal determinar a instaurao de tomada de contas de gesto em carter especial, ordinrio ou extraordinrio, fixando o prazo para cumprimento dessa deciso, conforme previsto no Regimento Interno e nos demais atos normativos deste Tribunal.

    Art. 14. Responder pelos prejuzos que causar ao errio o ordenador de despesa, o responsvel pela guarda de bens e valores pblicos ou aquele que autorizar ou der causa direta ou indiretamente ao gasto irregular.

    Seo III Decises em Processos de Tomada ou Prestao de Contas

    Art. 15. A deciso em processo de tomada ou prestao de contas pode ser preliminar, definitiva ou terminativa.

    1 Preliminar a deciso pela qual o Relator ou rgo colegiado, antes de pronunciar-se quanto ao mrito das contas, resolve ordenar a citao, intimao ou a manifestao dos responsveis ou, ainda, determinar outras diligncias necessrias instruo

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    do processo, observadas as limitaes e vedaes previstas nesta lei, bem como, as regras de formalizao dos atos previstas no Cdigo de Processo Civil, no que couber.

    2 Definitiva a deciso pela qual o Tribunal de Contas emite parecer prvio, julga regulares, regulares com ressalva ou irregulares as contas.

    3 Terminativa a deciso pela qual o Tribunal de Contas ordena o trancamento das contas que forem consideradas iliquidveis, nos termos desta lei.

    Art. 16. As contas sero julgadas:

    I regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatido dos demonstrativos contbeis, financeiros, a legalidade, a legitimidade, a eficcia e a economicidade dos atos de gesto do responsvel, bem como, o atendimento das metas e objetivos;

    II regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal, da qual no resulte dano ao errio ou execuo do programa, ato ou gesto;

    III irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrncias:

    a) omisso no dever de prestar contas;

    b) infrao norma legal ou regulamentar;

    c) ...Vetada...;

    d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores pblicos;

    e) desvio de finalidade.

    1 Nas hipteses das alneas c, d e e, do inciso III, deste artigo, o Tribunal de Contas fixar responsabilidade solidria:

    a) do agente pblico que praticou o ato irregular;

    b) do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prtica do mesmo ato, de qualquer modo haja concorrido para o cometimento do dano apurado.

    2 Na hiptese da alnea e, do inciso III, deste artigo, a deciso do Tribunal de Contas fixar a responsabilidade solidria do ente pblico beneficiado com o desvio de finalidade, para fins de ressarcimento e do agente pblico responsvel, e sem prejuzo das demais sanes pessoais deste ltimo.

    3 O Tribunal poder julgar irregulares as contas no caso de reincidncia no descumprimento de determinao de que o responsvel tenha tido cincia, feita em processo de tomada ou prestao de contas.

    4 Verificada as hipteses do 1, o Tribunal providenciar a imediata remessa de cpia da documentao pertinente ao Ministrio Pblico Estadual, para ajuizamento das aes civis e penais cabveis.

    Art. 17. Ao julgar as contas, o Tribunal de Contas decidir se so regulares, regulares com ressalva ou irregulares, definindo conforme o caso, a responsabilidade patrimonial dos gestores, ordenadores de despesa e demais responsveis por bens e valores pblicos.

    Pargrafo nico. Quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal de Contas dar quitao ao responsvel e lhe determinar, ou a quem lhe haja sucedido, a adoo de medidas necessrias correo das impropriedades ou faltas identificadas, de modo a prevenir a ocorrncia de outras semelhantes.

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    Art. 18. Quando julgar as contas irregulares, havendo dano, o Tribunal de Contas condenar o responsvel ao recolhimento da dvida, atualizada monetariamente e com os acrscimos legais devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe multa nos termos da lei, sendo o instrumento da deciso considerado ttulo executivo para fundamentar a respectiva ao de execuo.

    Art. 19. O julgamento de irregularidade das contas poder acarretar Declarao de Inidoneidade nos termos do art. 96 desta lei.

    Art. 20. O Tribunal de Contas ordenar o trancamento das contas que forem consideradas iliquidveis, declarando os efeitos decorrentes e o consequente arquivamento do processo.

    1 As contas sero consideradas iliquidveis quando caso fortuito ou de fora maior, comprovadamente alheio vontade do responsvel, tornar materialmente impossvel o julgamento de mrito.

    2 ...Vetado...

    3 ...Vetado...

    Seo IV Das Contas Anuais

    Subseo I Das Contas do Governador e dos demais Administradores Estaduais

    Art. 21. O Tribunal de Contas emitir parecer prvio, sobre as contas que o Governador do Estado apresentar, anualmente, Assembleia Legislativa, no prazo mximo de sessenta dias a contar de seu recebimento.

    1 As contas abrangero a totalidade do exerccio financeiro, compreendendo as atividades do Executivo, do Legislativo, do Judicirio, do Ministrio Pblico, sendo que o parecer prvio se restringir apenas ao Poder Executivo, e as demais contas de gesto objeto de julgamento em separado, em procedimento prprio.

    2 As contas consistiro nos balanos gerais do Estado e no relatrio do rgo central do sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execuo dos oramentos de que trata o 6, do art. 134, da Constituio Estadual.

    3 O Relator das contas do Governador ser designado, por sorteio, na primeira sesso ordinria do Tribunal Pleno de cada ano, para acompanhar, durante todo o exerccio financeiro, a execuo oramentria, financeira, patrimonial, operacional e a gesto fiscal, na forma estabelecida nesta lei e demais atos normativos do Tribunal de Contas.

    4 O acompanhamento compreende, tambm, a reunio de elementos de informao e prova para a elaborao, no exerccio subsequente, na forma da legislao aplicvel, do relatrio final e parecer prvio sobre as contas que o Governador do Estado prestar anualmente Assembleia Legislativa, como restar estabelecido em Regimento Interno ou norma regulamentar.

    Art. 22. As contas dos demais administradores estaduais devero ser apresentadas e julgadas conforme previsto no Regimento Interno e demais atos normativos deste Tribunal.

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    Subseo II Das Contas dos Prefeitos e dos Administradores Municipais

    Art. 23. O Tribunal de Contas emitir parecer, no prazo mximo de 1 (um) ano a contar do seu recebimento, sobre a prestao anual de contas do Poder Executivo Municipal, e julgar, at o ltimo dia do ano do seu recebimento, a prestao de contas apresentada pelo Chefe do Poder Legislativo Municipal e demais Administradores Municipais.

    1 O balano das contas ser remetido ao Tribunal de Contas at 31 de maro de cada ano, juntamente com as peas acessrias e relatrio circunstanciado do Executivo e Legislativo Municipal.

    2 Se as contas no forem enviadas na forma e prazo indicados no pargrafo anterior, o Tribunal de Contas comunicar ao Legislativo Municipal, para os fins de direito, sem prejuzo da instaurao do processo de tomada de contas.

    3 O parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas deixar de prevalecer, por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal, no perdendo a validade de seu teor perante este Tribunal, bem como, no implicar em convalidao ou saneamento das irregularidades apontadas no respectivo opinativo, que sero objeto de julgamento individualizado e apartado da prestao de contas anual, enquanto ato de gesto e de ordenao de despesa.

    Subseo III Das Disposies Comuns

    Art. 24. As contas dos administradores e responsveis referidos na Seo IV, do Captulo II, do Titulo II, sero anualmente submetidas ao Tribunal, organizadas de acordo com normas regimentais, resolues e instrues tcnicas.

    1 Devem ser includos na prestao de contas todos os recursos, oramentrios e extra-oramentrios, geridos ou no pela unidade ou entidade.

    2 O Sistema Estadual de Informao SEI, obrigatrio no mbito da administrao pblica estadual, recepcionar e sistematizar, atravs de meio eletrnico, dados necessrios realizao do controle externo de competncia do Tribunal de Contas.

    3 O Sistema de Informaes Municipais SIM, obrigatrio na esfera das administraes pblicas municipais, recepcionar e sistematizar, atravs de meio eletrnico, a coleta e remessa de dados necessrios composio da prestao de contas anual dos agentes pblicos municipais.

    4 O Sistema Integrado de Transferncias Voluntrias Estaduais SINTE, obrigatrio para os rgos da Administrao Pblica Estadual Direta e Indireta repassadores de recursos pblicos, a titulo de transferncias voluntrias, bem como para as entidades pblicas e privadas beneficirias dos recursos, recepcionar e padronizar, atravs de meio eletrnico os dados necessrios realizao do controle externo de competncia do Tribunal de Contas.

    5 O Tribunal poder alterar os sistemas informatizados previstos nesta lei ou criar novos sistemas, para o melhor desempenho de suas atribuies.

    Art. 25. Os demais gestores e responsveis por bens, valores e dinheiros pblicos, na esfera estadual e municipal, prestaro contas, anualmente, at o dia 30 de abril do exerccio subsequente ao das referidas contas, como previsto nesta lei e no Regimento Interno, alm de Resolues especficas do Tribunal de Contas.

  • 12

    Art. 26. As prestaes de contas, bem como, os respectivos pareceres prvios, evidenciaro os principais aspectos da Gesto Fiscal como parte integrante da avaliao anual.

    Art. 27. Os pareceres prvios, julgamentos de gesto anual e avaliao da gesto fiscal, bem como, instrues tcnicas e opinativos integrantes, sero objeto de ampla divulgao, inclusive por meio eletrnico, ficando disponveis para consulta de qualquer interessado, aps trnsito em julgado.

    Pargrafo nico. O Tribunal de Contas disciplinar em Regimento Interno as verses simplificadas desses instrumentos de transparncia da gesto pblica.

    Art. 28. Os pareceres prvios e julgamentos de contas anuais, sem prejuzo de outras disposies, definiro os nveis para as suas concluses e responsabilidades divididas em:

    I recomendao;

    II determinao legal;

    III ressalva.

    Pargrafo nico. O Regimento Interno dispor sobre os conceitos e casos de aplicao das concluses referidas neste artigo.

    Seo V Da Fiscalizao de Atos e Contratos

    Art. 29. Para assegurar a eficcia do controle e para instruir o julgamento das contas, o Tribunal efetuar a fiscalizao dos atos de que resulte receita ou despesa praticada pelos responsveis sujeitos sua jurisdio, conforme previsto nesta lei, no Regimento Interno ou nos demais atos normativos expedidos pelo Tribunal de Contas, competindo-lhe, para tanto, em especial:

    I acompanhar, pela publicao na imprensa oficial, ou por outro meio:

    a) a lei relativa ao plano plurianual, a lei de diretrizes oramentrias, a lei oramentria anual e a abertura de crditos adicionais;

    b) os editais de licitao, os contratos, inclusive administrativos, e os convnios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congneres;

    II fiscalizar, na forma estabelecida no regimento interno, as contas estaduais das empresas de cujo capital social o Estado participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

    III fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pelo Estado, mediante convnio, acordo, ajustes ou outros instrumentos congneres;

    IV fiscalizar a execuo de termos de parcerias, contratos de gesto, concesses, permisses, parcerias pblico privadas e instrumentos congneres.

    Seo VI Das Denncias e Representaes

    Art. 30. O Tribunal dever ser comunicado de quaisquer irregularidades ou ilegalidades, de atos e fatos da Administrao Pblica Direta e Indireta do Estado e de seus Municpios, nos termos constitucionais, atravs de denncias e representaes.

  • 13

    Art. 31. A denncia poder ser oferecida por qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato.

    Art. 32. A representao ser encaminhada ao Presidente do Tribunal de Contas:

    I obrigatoriamente pelos responsveis dos controles internos dos rgos da Administrao Pblica estadual ou municipal, sob pena de serem solidariamente responsabilizados;

    II por comunicao de irregularidades subscritas por qualquer autoridade judiciria estadual ou federal, dos Ministrios Pblicos Estadual e Federal, pelos Poderes Executivo e Legislativo;

    III atravs de comunicao encaminhada pelo Tribunal de Contas da Unio ou rgos da Unio Federal em relao s atividades sujeitas jurisdio do Tribunal de Contas do Estado;

    IV por ato encaminhado pela Assembleia Legislativa do Estado, atravs de seu Presidente ou comisses permanentes, especiais ou de investigao, em relao administrao pblica estadual ou municipal;

    V em funo de concluses de Comisso Parlamentar de Inqurito ou Comisso Especial, instauradas e concludas pelos Poderes Legislativos Municipais, desde que contendo concluses especficas e a comprovao das medidas efetivamente adotadas ou recomendadas nos respectivos relatrios;

    VI por meio de outras medidas previstas em Regimento Interno ou outros atos normativos do Tribunal de Contas do Estado.

    Art. 33. O Tribunal de Contas dar tratamento sigiloso s denncias formuladas, at deciso definitiva sobre a matria, a fim de preservar direitos e garantias individuais.

    Art. 34. A denncia ser dirigida ao Presidente do Tribunal, no sendo conhecida denncia annima ou insubsistente.

    Pargrafo nico. O denunciante dever fornecer identificao e dados de onde poder ser encontrado.

    Art. 35. A denncia e a representao tramitaro em regime de urgncia, devendo: (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    I em 5 (cinco) dias ser protocolada, autuada, verificada eventual preveno e distribuda ao Corregedor Relator; (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    II em 10 (dez) dias, ser despachada liminarmente pelo Corregedor Relator, que, se a entender regularmente apresentada: (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    a) quando suficientemente instruda, mandar citar o responsvel para apresentar defesa, no prazo improrrogvel de 15 (quinze) dias; (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    b) quando insuficientemente instruda, encaminhar o processo unidade de fiscalizao deste Tribunal competente para informaes em igual prazo; (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    c) ocorrendo o previsto no item anterior, aps recebidas as informaes, determinar, se for o caso, a citao do responsvel, para oportunidade de defesa no prazo improrrogvel de 15 (quinze) dias. (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

  • 14

    III decorrido o prazo de defesa, ser encaminhada pelo Relator unidade tcnica para, em 15 (quinze) dias, emitir parecer, e ao Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas para igual fim, no prazo de 30 (trinta) dias; (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    IV em 30 (trinta) dias, com relatrio e voto escrito, ser encaminhada pelo Corregedor Relator para incluso em pauta e julgamento na primeira sesso imediata, com preferncia sobre os demais feitos. (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    Art. 36. A deciso do Tribunal que julgar procedente a denncia determinar a intimao das autoridades responsveis para as providncias corretivas e punitivas inerentes ao procedimento.

    Art. 37. Ao denunciante ser assegurada a condio de parte interessada, seja para acompanhamento da instruo processual, seja para oferecimento dos recursos previstos nesta lei.

    Seo VII Da Consulta

    Art. 38. A consulta dever atender aos seguintes requisitos:

    I ser formulada por autoridade legtima;

    II conter apresentao objetiva dos quesitos, com indicao precisa da dvida;

    III versar sobre dvida na aplicao de dispositivos legais e regulamentares concernentes matria de competncia do Tribunal de Contas;

    IV ser instruda por parecer jurdico ou tcnico emitido pela assessoria tcnica ou jurdica do rgo ou entidade consulente, opinando acerca da matria objeto da consulta;

    V ser formulada em tese.

    1 Havendo relevante interesse pblico, devidamente motivado, a consulta que versar sobre dvida quanto interpretao e aplicao da legislao, em caso concreto, poder ser conhecida, mas a resposta oferecida pelo Tribunal ser sempre em tese.

    2 Quando, na hiptese do pargrafo anterior, empresa privada for, direta ou indiretamente, beneficiria, vedada a resposta consulta.

    3 O pedido de consulta e a resposta mesma devero ser publicados no peridico Atos Oficiais do Tribunal de Contas e no Dirio Oficial do Estado do Paran. (Vetado e mantido pela Assembleia Legislativa)

    Art. 39. Esto legitimados para formular consulta:

    I no mbito estadual, Governador do Estado, Presidente de Tribunal de Justia, Presidente da Assembleia Legislativa, Secretrios de Estado, Procurador Geral de Justia, Procurador Geral do Estado, dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas pblicas, fundaes institudas e mantidas pelo Estado e conselhos constitucionais e legais, conforme previsto em Regimento Interno;

    II no mbito municipal, Prefeito, Presidente de Cmara Municipal, dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas pblicas, fundaes institudas e mantidas pelo municpio, consrcios intermunicipais e conselhos constitucionais e legais, conforme previsto em Regimento Interno;

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    III Conselhos ou rgos fiscalizadores de categorias profissionais, observada a pertinncia temtica e o mbito de representao profissional.

    Art. 40. obrigatria a manifestao do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas em todas as consultas submetidas ao conhecimento do Tribunal Pleno, no sendo oponvel, neste caso, nenhuma vedao ou impedimento institucional, considerando a caracterstica especfica da jurisdio do Tribunal de Contas.

    Art. 41. A deciso do Tribunal Pleno, em processo de consulta, tomada pelo quorum qualificado a que se refere o art. 115 desta lei, tem fora normativa, constitui prejulgamento de tese e vincula o exame de feitos sobre o mesmo tema, a partir de sua publicao.

    Seo VIII Do Recurso Fiscal de Decises Fazendrias

    Art. 42. O recurso fiscal da deciso fazendria, previsto no art. 79, 3, da Constituio Estadual, dever ser remetido ao Tribunal para apreciao e julgamento devidamente instrudo com a manifestao do contraditrio do contribuinte autuado, nos termos do Regimento Interno.

    CAPTULO III DOS PROCEDIMENTOS COMUNS AOS PROCESSOS

    Seo I Do Processo de Julgamento

    Art. 43. Aps a autuao ser efetuada a distribuio, por processamento eletrnico, mediante sorteio aleatrio e uniforme, por tipo de processo, observadas as causas de preveno, dependncia, sucesso, impedimentos ou outras, respeitada a devida compensao, conforme previsto no Regimento Interno.

    1 O sorteio dever observar a alternatividade e o princpio da publicidade e ser regulamentado no Regimento Interno.

    2 Os membros do Tribunal de Contas devero solicitar sua excluso do sorteio nos casos e impedimentos previstos nos artigos 139 e 140, e em outros previstos nesta lei.

    3 No caso de descumprimento do disposto no pargrafo anterior aplicam-se as sanes previstas nesta lei.

    Art. 44. Distribudo o processo, o Relator presidir a instruo do feito, determinando a citao dos interessados, quando instaurado o processo por iniciativa do Tribunal, e, em qualquer caso, as diligncias necessrias ao seu saneamento, mediante encaminhamento s unidades competentes e manifestao do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas, nos termos do Regimento Interno, podendo determinar, ainda, a intimao e a audincia dos responsveis.

    1 Far-se- a citao pessoalmente aos interessados, segundo as formas e modalidades previstas nesta lei e no Cdigo de Processo Civil, de aplicao subsidiria, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

    I Para a validade do processo indispensvel a citao inicial do interessado;

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    II Estando o interessado ausente, a citao far-se- na pessoa de seu mandatrio, administrador, feitor ou gerente, quando a ao se originar de atos por eles praticados.

    2 Concluda a instruo do processo, o Relator pedir a incluso em pauta para julgamento, conforme o Regimento Interno.

    3 A pauta de julgamento ser publicada nos Atos Oficiais do Tribunal de Contas, atendendo ao princpio da publicidade e ampla defesa, nos termos do Regimento Interno.

    4 A retirada de pauta somente ser permitida por deciso colegiada, mediante proposta devidamente motivada, devendo o Regimento Interno disciplinar as causas excepcionais, prevendo, tambm, o prazo de retorno para julgamento.

    Art. 45. O Relator determinar as diligncias antes da incluso em pauta para

    julgamento.

    1 Aps o relatrio, havendo dvidas, os Conselheiros, os Auditores, quando em substituio, e o Procurador Geral podero fazer uso da palavra, pedindo esclarecimentos, defendendo o posicionamento do Relator ou formulando novas solues ao caso em exame.

    2 Excetuado o julgamento do Recurso de Agravo e dos Embargos de Declarao, ser permitida parte fazer sustentao oral, por 15 (quinze) minutos, desde que inscrito seu nome, na Diretoria-Geral, at o incio da sesso.

    3 O uso da tribuna para os fins previstos no pargrafo anterior facultado a qualquer das partes ou representante legalmente constitudo.

    4 O Procurador Geral, no decorrer dos debates, poder opinar, sem prejuzo da manifestao de outro Procurador, que tenha oficiado nos autos.

    Art. 46. Proferido o relatrio do processo ou voto do Relator, os Conselheiros, Auditores, quando em substituio, e o Procurador Geral, podero requerer vistas dos autos, pelo prazo mximo de 4 (quatro) sesses consecutivas, observado o disposto no art. 55, desta lei.

    1 O pedido de adiamento, aps a sua incluso em pauta ou aps o retorno de pedido de vistas, dever ser motivado pelo Relator e ser concedido, somente uma nica vez, pelo prazo mximo de 4 (quatro) sesses regulamentares.

    2 Vencido o prazo do pedido de vistas ou do adiamento, o Presidente do colegiado dever avocar os autos, com as devidas anotaes na ata, vedado ao requerente da vista ou do pedido de adiamento, solicitar novas diligncias, bem como votar no processo.

    Art. 47. O Relator ou Conselheiro que der causa ao excesso, em relao ao prazo para incluso em pauta, pedido de vista ou de adiamento, ficar impedido de relatar, votar ou solicitar qualquer diligncia, devendo o Presidente retirar de pauta o processo e determinar sua redistribuio eletrnica mediante compensao.

    Pargrafo nico. No caber designao de Auditor, para o fim previsto no caput deste artigo, ficando, reduzido o quorum do respectivo julgamento.

    Art. 48. As atribuies, conferidas nesta seo ao Presidente do colegiado, constituem ato vinculado a ser praticado de ofcio, independente de prvia manifestao ou autorizao do colegiado, caracterizando a sua omisso como ato de improbidade administrativa.

    Pargrafo nico. O no atendimento requisio de devoluo solicitada pelo Presidente, constituir conduta tipificada no art. 11, da Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992, que

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    trata dos atos de improbidade administrativa que atentam contra os princpios da Administrao Pblica, sujeitando o faltoso s penas previstas no art. 12, inciso III, do citado diploma legal.

    Art. 49. Ser parte integrante e obrigatria das decises do Tribunal, voto escrito, elaborado pelo Relator, nas seguintes hipteses:

    I quando imputar sanes, dbitos e outras responsabilidades;

    II quando divergir das instrues tcnicas e jurdicas do processo;

    III nas Consultas, Recursos, Impugnaes, denncias e Representaes;

    IV outras previstas no Regimento Interno ou Resoluo.

    1 O voto conter obrigatoriamente:

    I a ementa;

    II o relatrio circunstanciado do Relator, do qual constaro as concluses das instrues das unidades tcnicas que se manifestaram no processo e do parecer do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas;

    III fundamentao jurdica da anlise das questes de fato e de direito;

    IV dispositivo legal que embasou a deciso do voto;

    V a indicao dos responsveis, do dano ao errio e dos valores, no caso de ressarcimento, se houver.

    2 As decises dos rgos colegiados constaro de acrdos, redigidos e apresentados pelo Relator, at a sesso seguinte, devendo conter a assinatura do Presidente do rgo colegiado.

    Art. 50. Sendo o voto do Relator vencido, ser designado pelo Presidente, na prpria sesso, novo Relator dentre os votantes vencedores, para lavratura de voto, no prazo mximo de 10 (dez) dias.

    Pargrafo nico. A lavratura de voto, vistas ou declarao de voto facultativa por qualquer dos membros do colegiado.

    Art. 51. Comprovada no julgamento do processo, de qualquer natureza, a ocorrncia de ilegalidade ou irregularidade, haver obrigatoriamente a delimitao de responsabilidades e sanes aplicveis ao ente jurisdicionado e aos responsveis, de forma individualizada ou solidria, seja pecuniria ou reparatria do dano, de obrigao de fazer ou no fazer, nos termos estabelecidos em lei.

    Art. 52. Aplica-se subsidiariamente o Cdigo de Processo Civil, no que couber, em todos os julgamentos no mbito do Tribunal de Contas.

    Seo II Das Medidas Cautelares

    Art. 53. O Tribunal poder solicitar incidentalmente e motivadamente, aos rgos e Poderes competentes a aplicao de medidas cautelares definidas em lei, ou determinar aquelas previstas no Regimento Interno, quando houver receio de que o responsvel possa agravar a leso ou tornar difcil ou impossvel a sua reparao, nos termos do Cdigo de Processo Civil.

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    1 A solicitao ou a determinao, conforme o caso, dever ser submetida ao rgo julgador competente para a anlise do processo, devendo ser apresentada em mesa para apreciao independente de incluso prvia na pauta de julgamentos.

    2 As medidas cautelares referidas no caput so as seguintes:

    I afastamento temporrio de dirigente do rgo ou entidade;

    II indisponibilidade de bens;

    III exibio de documentos, dados informatizados e bens;

    IV outras medidas inominadas de carter urgente.

    3 So legitimados para requerer medida cautelar:

    I o gestor, para a preservao do patrimnio;

    II as partes;

    III o Relator;

    IV o Procurador do Ministrio Pblico junto ao Tribunal.

    Seo III Da Comunicao dos Atos e da Contagem dos Prazos

    Art. 54. As citaes e intimaes sero feitas:

    I via postal, mediante carta registrada com aviso de recebimento;

    II por despacho publicado nos Atos Oficiais do Tribunal de Contas;

    III por meio eletrnico, assegurada a sua certificao digital;

    IV por oficial de intimao, em casos excepcionais, conforme previsto no Regimento Interno.

    1 Nos processos instaurados por iniciativa do interessado, a comunicao dos atos, desde o incio, ser feita na forma do inciso II.

    2 Nos processos de iniciativa do Tribunal, a citao ser feita na forma do inciso I; quando ignorado, incerto ou inacessvel o lugar em que se encontrar o interessado, ser feita por edital, publicado no peridico do Tribunal, sendo essa publicao, em qualquer caso, nos termos do inciso II deste artigo, o modo de intimao para os demais atos do processo, inclusive da deciso definitiva, ressalvados casos excepcionais a serem regulados no Regimento Interno.

    Art. 55. Salvo disposio em contrrio, os prazos sero computados excluindo o dia do incio e incluindo o dia do vencimento.

    1 Os prazos so contnuos, no se interrompendo nos feriados.

    2 Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til se o incio ou o trmino cair em finais de semana, feriado ou dia que:

    a) for determinado o fechamento do Tribunal;

    b) o encerramento do expediente ocorrer antes da hora normal.

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    3 No caso de ocorrncia das alneas a e b, ser de obrigao do Tribunal a publicao prvia do fechamento para conhecimento dos interessados, sendo que se decorrente de fato imprevisto obrigatria a realizao da publicao posterior.

    Art. 56. Os prazos sero contados: (Revogado pela Lei Complementar n 126/2009)

    I da data da juntada aos autos do aviso de recebimento; (Revogado pela Lei Complementar n 126/2009)

    II da data da publicao oficial; (Revogado pela Lei Complementar n 126/2009)

    III da data da certificao eletrnica. (Revogado pela Lei Complementar n 126/2009)

    Pargrafo nico. No caso do inciso II, tratando-se de intimao a se realizar em municpio do interior do Estado, os prazos iniciam-se aps o decurso de trs dias teis da data da publicao, nos termos do Regimento Interno. (Revogado pela Lei Complementar n 126/2009)

    Art. 57. Todos os atos ordenatrios e decisrios do Relator e dos rgos colegiados que envolvam comunicao aos jurisdicionados sero publicados no peridico Atos Oficiais do Tribunal de Contas, e colocados disposio em meio eletrnico de amplo acesso.

    Art. 58. O prazo para manifestao dos interessados, inclusive na oportunidade do contraditrio e ampla defesa, ser de 15 (quinze) dias.

    Art. 59. Salvo disposio expressa nesta lei, o Regimento Interno disciplinar os prazos aplicveis em todas as fases do processo.

    Art. 60. Aplica-se, no que couber, o Cdigo de Processo Civil, nas disposies sobre comunicao dos atos processuais.

    Seo IV Dos Prazos do Relator e do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas

    Art. 61. Aps o recebimento dos feitos, o Relator dispor de:

    I 10 (dez) dias, para os despachos de mero expediente;

    II 10 (dez) dias, para despacho liminar em denncia;

    III 10 (dez) dias, para apreciar os pedidos de liminar, inclusive em medidas cautelares, e outros de natureza urgente;

    IV 10 (dez) dias, para o juzo de admissibilidade de recursos e consultas;

    V 15 (quinze) dias, para o juzo de retratao no Recurso de Agravo.

    Art. 62. Concluda a instruo, dispor o Relator dos seguintes prazos para a incluso dos processos em pauta para julgamento, contados desde a data da remessa para o Gabinete:

    I Recursos em geral: 60 (sessenta) dias;

    II Recurso de Agravo: 30 (trinta) dias;

    III Embargos de Declarao: 30 (trinta) dias;

    IV Parecer Prvio das Contas dos Prefeitos Municipais: 60 (sessenta) dias;

    V Prestao de Contas: 60 (sessenta) dias;

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    VI Denncia: 30 (trinta) dias;

    VII Pedido de Resciso: 60 (sessenta) dias;

    VIII Consulta: 60 (sessenta) dias;

    IX Atos sujeitos a registro, previstos no art. 1, inciso IV, desta lei: 30 (trinta) dias;

    X Demais processos e recursos: 30 (trinta) dias.

    Pargrafo nico. Nas hipteses de afastamento legal interrompe-se a contagem dos prazos referidos, pelo mesmo prazo do afastamento.

    Art. 63. O Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas dispor de 10 dias para requerer as diligncias que entender necessrias, e, para manifestao conclusiva, os mesmos prazos referidos no artigo anterior.

    Art. 64. O Regimento Interno dispor sobre os demais prazos para a instruo e tramitao dos processos.

    1 O descumprimento dos prazos dever ser justificado, cabendo ao Corregedor a aplicao das sanes cabveis que sero estabelecidas no regimento interno do Tribunal de Contas, a ser elaborado no prazo de 90 dias a contar da publicao desta lei.

    2 A justificativa reiterada caracteriza falta grave.

    3 ...Vetado...

    Seo V Dos Recursos

    Art. 65. So admissveis os seguintes recursos:

    I Recurso de Revista;

    II Recurso de Reviso;

    III Recurso de Agravo;

    IV Embargos de Declarao;

    V Embargos de Liquidao.

    Art. 66. Esto legitimados a interpor recurso, quem foi parte no processo, o Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas e o terceiro interessado ou prejudicado.

    Art. 67. Interposto o recurso pelo Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas sero intimados os demais interessados para manifestarem-se no prazo recursal.

    Pargrafo nico. O prazo para interposio do recurso pelo Ministrio Pblico conta-se a partir da publicao do ato.

    Art. 68. O recorrente poder, a qualquer tempo, e sem a anuncia dos demais interessados, desistir do recurso ou renunciar ao direito de recorrer.

    Art. 69. A petio recursal, acompanhada das razes, ser dirigida ao Relator, que dever efetuar o juzo de admissibilidade, relativo tempestividade, adequao procedimental, legitimidade e interesse.

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    Pargrafo nico. Nos municpios do interior, para efeito de tempestividade, ser considerada a data de postagem no correio como a de sua interposio, nos termos do Regimento Interno.

    Art. 70. Excetuado o caso de Embargos de Declarao, o Relator da deciso recorrida ser excludo do sorteio para relato do recurso.

    Art. 71. Salvo hiptese de m-f, as partes interessadas no podero ser prejudicadas pela interposio de um recurso por outro, desde que interposto no prazo legal.

    Pargrafo nico. Se o Tribunal, desde logo, reconhecer a inadequao do recurso interposto, mandar process-lo de acordo com o rito do recurso cabvel, desde que, satisfeitos os requisitos de admissibilidade e tempestividade.

    Art. 72. Dos despachos de mero expediente no caber recurso.

    Art. 73. Cabe Recurso de Revista, no prazo de 15 (quinze dias), para o Tribunal Pleno, com efeito devolutivo e suspensivo, contra acrdo proferido por qualquer das Cmaras.

    Art. 74. Cabe Recurso de Reviso, com efeito suspensivo, no prazo de 15 (quinze dias), para o Tribunal Pleno, contra acrdos por ele proferidos, nos seguintes casos:

    I acrdo no unnime, que, ao julgar Recurso de Revista, houver reformado a deciso da Cmara;

    II nas decises em Pedido de Resciso;

    III negativa de vigncia de leis ou decretos federais, estaduais ou municipais;

    IV divergncia de entendimento no mbito do Tribunal de Contas ou dissdio jurisprudencial demonstrado analiticamente, conforme dispuser o Regimento Interno.

    1 No caso do inciso I, a fundamentao do recurso e seu conhecimento restringir-se-o ao objeto da divergncia.

    2 No cabe recurso em processo de consulta.

    Art. 75. Cabe Recurso de Agravo, no prazo de 10 (dez) dias, com efeito, apenas devolutivo, contra deciso monocrtica do Conselheiro, do Auditor ou do Presidente do Tribunal.

    1 Relevante fundamentao e constatado o risco iminente de leso grave e de difcil reparao, o Relator poder conceder efeito suspensivo, submetendo tal ato, convalidao colegiada, nos termos do Regimento Interno.

    2 Por ocasio do exame de admissibilidade, o Relator poder exercer o juzo de retratao.

    3 Caso no reforme a deciso, o Relator submeter o Recurso de Agravo ao rgo colegiado competente para o conhecimento do processo em que foi interposto.

    4 Tratando-se de recurso dirigido contra ato do Presidente do Tribunal, a ele caber exercer o juzo de admissibilidade e de retratao, e o Tribunal Pleno ser o competente para seu conhecimento.

    Art. 76. Cabem Embargos de Declarao, no prazo de 5 (cinco) dias, com efeito suspensivo, quando a deciso:

    I contiver obscuridade, dvida ou contradio; ou,

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    II omitir ponto sobre o qual deveria pronunciar-se.

    1 Os Embargos de Declarao sero distribudos ao Relator que houver proferido a deciso embargada e ser includo em pauta para julgamento no rgo colegiado competente.

    2 A interposio de Embargos de Declarao interrompe o prazo para interposio de recursos contra a deciso embargada, desde que tempestivos.

    Seo VI Do Pedido de Resciso

    Art. 77. parte, ao terceiro juridicamente interessado e ao Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas atribuda legitimidade para propor, sem efeito suspensivo, o Pedido de Resciso de deciso definitiva, desde que:

    I a deciso se haja fundado em prova cuja falsidade foi demonstrada em sede judicial;

    II tenha ocorrido a supervenincia de novos elementos de prova capazes de desconstituir os anteriormente produzidos;

    III erro de clculo ou material;

    IV tenha participado do julgamento do feito Conselheiro ou Auditor alcanado por causa de impedimento ou de suspeio;

    V violar literal disposio de lei.

    Pargrafo nico. O direito de propor a resciso se extingue em dois anos, contados da data da irrecorribilidade da deciso.

    Seo VII Dos Incidentes Processuais

    Subseo I Do Incidente de Inconstitucionalidade

    Art. 78. Se, por ocasio do julgamento de qualquer feito pela Cmara, esta verificar a inconstitucionalidade de alguma lei ou ato normativo do Poder Pblico, os autos sero remetidos discusso em sesso do Tribunal Pleno para pronunciamento preliminar sobre a matria, conforme procedimento a ser estabelecido em Regimento Interno.

    1 Em sesso plenria, o Relator do feito expor o caso, procedendo-se, em seguida, deliberao sobre a matria.

    2 Proferido o julgamento pelo Tribunal Pleno e publicada a respectiva deliberao, sero os autos devolvidos Cmara, para apreciar o caso de acordo com a deciso prejudicial.

    3 Idntico incidente poder ser suscitado por qualquer Conselheiro, Auditor quando em substituio, ou membro do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas, em feitos de competncia originria do Tribunal Pleno.

    4 A deciso contida no Acrdo que deliberar sobre o incidente de reconhecimento de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, solucionar a questo

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    prejudicial, constituindo prejulgado a ser aplicado a todos os casos a serem submetidos ao Tribunal de Contas.

    Subseo II Do Prejulgado e da Smula

    Art. 79. Por iniciativa do Presidente do Tribunal de Contas, a requerimento do Relator ou do Procurador Geral junto ao Ministrio Pblico, poder o Tribunal Pleno pronunciar-se sobre a interpretao de qualquer norma jurdica ou procedimento da administrao, reconhecendo a importncia da matria de direito e de sua aplicabilidade de forma geral e vinculante at que o prejulgado venha a ser reformado na forma prevista em Regimento Interno.

    Pargrafo nico. No poder atuar como Relator o Conselheiro que suscitar a matria.

    Art. 80. Ser inscrita na Smula o entendimento que o Tribunal tenha por predominante e firme, conforme procedimentos a serem estabelecidos em Regimento Interno.

    Subseo III Da Uniformizao de Jurisprudncia

    Art. 81. O Relator, de ofcio ou por provocao da parte interessada, antes de proferir seu voto na Cmara, poder solicitar o pronunciamento prvio do Tribunal Pleno acerca de interpretao de direito, quando, no curso do julgamento, a interpretao for diversa da que lhe haja dado outro rgo colegiado do Tribunal.

    Pargrafo nico. O mesmo incidente poder ser suscitado em sesso do Tribunal Pleno, em relao aos seus prprios julgados.

    Subseo IV Das Disposies Comuns aos Incidentes Processuais

    Art. 82. Para a deliberao dos incidentes d