lei orgânica do município de itajaí/sc

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ PREÂMBULO A Câmara de Vereadores de Itajaí, constituída em Poder Legislativo orgânico, com as atribuições previstas no artigo 29 da Constituição Federal, sob a proteção de Deus, promulga a seguinte Lei Orgânica: TÍTULO I CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO SEÇÃO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º O Município de Itajaí, em união indissolúvel ao Estado de Santa Catarina e à República Federativa do Brasil, constituído, dentro do Estado Democrático de Direito, em esfera de governo local, objetiva, na sua área territorial e competencial, o seu desenvolvimento com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária fundamentada na autonomia, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político. Exerce o seu poder por decisão dos munícipes, por seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Lei orgânica, da Constituição Estadual e da Constituição Federal. Parágrafo Único - A ação municipal desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégios de distritos ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 2º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Art. 3º O Município, objetivando integrar a organização,

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Lei Orgânica Do Município de Itajaí/SC

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LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE ITAJA

PREMBULO

A Cmara de Vereadores de Itaja, constituda em Poder Legislativo orgnico, com as atribuies previstas no artigo 29 da Constituio Federal, sob a proteo de Deus, promulga a seguinte Lei Orgnica:

TTULO I

CAPTULO IDA ORGANIZAO DO MUNICPIO

SEO IDOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1O Municpio de Itaja, em unio indissolvel ao Estado de Santa Catarina e Repblica Federativa do Brasil, constitudo, dentro do Estado Democrtico de Direito, em esfera de governo local, objetiva, na sua rea territorial e competencial, o seu desenvolvimento com a construo de uma comunidade livre, justa e solidria fundamentada na autonomia, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo poltico. Exerce o seu poder por deciso dos muncipes, por seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Lei orgnica, da Constituio Estadual e da Constituio Federal.

Pargrafo nico - A ao municipal desenvolve-se em todo o seu territrio, sem privilgios de distritos ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao.

Art. 2So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo.

Art. 3O Municpio, objetivando integrar a organizao, planejamento e a execuo de funes pblicas de interesse regional comum, pode associar-se aos demais municpios limtrofes e ao Estado para formar a Associao de Municpios.

Pargrafo nico - A defesa dos interesses municipalistas fica assegurada por meio de associao ou convnio com outros municpios ou entidades localistas.

Art. 4So smbolos do Municpio de Itaja: a Bandeira, o Hino, e o Braso.

SEO IIDA ORGANIZAO POLTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 5O Municpio de Itaja, unidade territorial do Estado de Santa Catarina, pessoa jurdica de direito pblico interno, com autonomia poltica, administrativa e financeira, organizado e regido pela presente Lei Orgnica, na forma da Constituio Federal e da Constituio Estadual.

1 O Municpio tem sua sede na cidade de Itaja.

2 A criao, a organizao e a supresso de distritos dependem de Lei Municipal, observada a legislao estadual.

3 Qualquer alterao territorial do Municpio de Itaja s poder ser feita, na forma da Lei Complementar Estadual, preservando a continuidade e a unidade histrico-cultural do ambiente urbano,dependente de consulta prvia s populaes diretamente interessadas, mediante plebiscito.

Art. 6 vedado ao Municpio:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter, com eles ou seus representantes, relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;

II - recusar f aos documentos pblicos;

III - criar distines entre brasileiros ou preferncia entre si;

IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer forma, com recursos pblicos, quer pela imprensa escrita, rdio, televiso, servio de alto-falante, cartazes, anncios ou outro meio de comunicao, propaganda poltico-partidria ou a que se destinar a campanhas ou objetivos estranhos administrao e ao interesse pblico.

SEO IIIDOS BENS E DA COMPETNCIA

Art. 7So bens do Municpio de Itaja:

I - os bens que atualmente lhe pertenam e os que lhe vierem a pertencer;

II - as reas sob seu domnio.

Pargrafo nico - O Municpio tem direito participao no resultado de explorao de petrleo ou gs natural, de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica e de outros recursos minerais do respectivo territrio, plataforma continental, mar territorial ou zona econmica exclusiva pertencente a Itaja, ou compensao financeira por esta explorao, nos termos do Art. 20, 1 da Constituio Federal.(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

Art. 8Compete ao Municpio:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislao federal e estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia;

IV - aplicar suas rendas, prestando contas e publicando balancetes, nos prazos fixados em lei;

V - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual;

VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo, que tem carter essencial;

VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

VIII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao;

IX - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;

X - promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local, observadas a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual;

XI - elaborar e executar a poltica de desenvolvimento urbano, com o objetivo de ordenar as funes sociais das reas habitadas do Municpio e garantir o bem-estar de seus habitantes;

XII - elaborar e executar o Plano Diretor como instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana;

XIII - exigir do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, na forma do Plano Diretor. Sob pena, sucessivamente, de parcelamento ou edificao compulsrios, imposto sobre a propriedade urbana progressivo no tempo da desapropriao com pagamentos mediante ttulos da dvida pblica municipal, com prazo de resgate at dez anos, em parcelas anuais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais, nos termos da Constituio Federal;

XIV - constituir a guarda municipal destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, conforme dispuser a lei,

XV - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades pblicas;

XVI - legislar sobre a licitao e contratao em todas as modalidades, para a administrao pblica municipal, direta e indiretamente, inclusive as fundaes pblicas municipais e em empresas sob seu controle, respeitadas as normas gerais da legislao federal;

XVII - a preveno contra incndios;

XVIII - a preveno e proteo dos habitantes contra sinistros ou calamidades de qualquer natureza e, caso ocorram, os trabalhos de salvamento das pessoas e seus bens;

XIX - as buscas e os salvamentos em geral.

Art. 9Da competncia do Municpio em comum com a Unio e o Estado:

I - zelar pela guarda da Constituio Federal, da Constituio Estadual e das leis destas esferas de governo, das instituies democrticas desta Lei Orgnica e conservar o patrimnio pblico;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia de crianas, idosos e portadores de deficincia;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;

IV - impedir a evaso, destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso cultura, ao esporte, educao, cincia e ao lazer;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna, a flora, as praias, os manguezais e os costes;

VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construo de moradias e melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direito de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio;

XII - estabelecer e implantar a poltica de educao para a segurana do trnsito.

Pargrafo nico - A cooperao do Municpio com a Unio e o Estado, tendo em vista o equilbrio de desenvolvimento e do bem-estar na sua rea territorial, ser feita na conformidade de leis complementares federais fixadoras dessas normas.(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

CAPTULO IIDA ADMINISTRAO PBLICA

SEO IDISPOSIES GERAIS

Art. 10A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes do Municpio, obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

I - Os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros na forma da lei;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel por igual perodo;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas, ou de provas e ttulos ser convocado, com prioridade, sobre os novos concursados, para assumir cargo ou emprego, na carreira;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

VI - garantido ao servidor pblico o direito livre associao sindical;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei federal especfica;(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso;

IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico;

X - a reviso geral de remunerao dos servidores pblicos far-se- sempre na mesma data;

XI - a lei fixar o limite mximo, entre a maior e a menor remunerao dos servidos pblicos, observado, como limite mximo, os valores percebidos como remunerao, em espcie - pelo Prefeito;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - vedada a vinculao ou equiparao de vencimentos, para efeito de remunerao do pessoal do srvio pblico, ressalvado o disposto no inciso anterior e no 1 do Art. 11, desta Lei Orgnica;

XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores, sob o mesmo titulo ou idntico fundamento;

XV - os vencimentos dos servidos pblicos so irredutveis e a remunerao observar o que dispe os incisos XI e XII deste artigo, bem como os artigos 151, II; 153, 2., I da Constituio Federal;

XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto quando houver compatibilidade de horrios;

a) a de dois cargos de professor;b) a de um cargo de professor com outro tcnico cientifico;c) a de dois cargos ou empregos privados de profissionais da rea de sade, com profisso regulamentada.(Redao dada pela Emenda n 31, de 13 de dezembro de 2007)

XVII - a proibio de anular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, empresas pblicas, sociedade de economia mista e fundaes mantidas pelo Poder Pblico;

XVIII - a administrao fazendria, e seus fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, procedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX - somente por lei especfica podero ser criadas empresa pblica, sociedade de economia mista, e fundaes mantidas pelo Poder Pblico;

XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidiarias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras os servios, compras e alienao sero contratados, mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clausulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, exigindo-se a qualificao tcnica e econmica indispensvel garantia do cumprimento das obrigaes;

XXII - assegurado ao servidor pblico titular de cargo efetivo, de forma compulsria sua investidura no cargo, sua vinculao ao regime prprio de previdncia social do municpio, o qual ser institudo e disciplinado em lei complementar.(Redao acrescida pela Emenda n 31, de 13 de dezembro de 2007)

1 A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanha dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social. No podendo nela, constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou de servios pblicos.

2 A no observncia do disposto nos incisos II e III deste artigo implicar na nulidade do ato e na punio da autoridade responsvel, nos termos da lei.

3 As reclamaes relativas prestao de servios pblicas sero disciplinadas em lei.

4 Os atos de improbidade administrativas importaro na suspenso dos direitos polticos, na perda da funo pblica, na indisponibilidade dos bens e no ressarcimento ao errio pblico na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.

5 Os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas s respectivas aes de ressarcimento so os estabelecidos em Lei Federal.

6 As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes nessa qualidade causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo e culpa.

Art. 10 A - vedada no mbito do Poder Executivo, abrangendo os rgos da Administrao Direta e Indireta:

I - a contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, de cnjuge, companheiro ou parente, consangneos (em linha reta ou colateral, at o terceiro grau), ou por afinidade (em linha reta at o terceiro grau ou em linha colateral ate o segundo grau), do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretrios, Chefes de Gabinete, Superintendentes, Procuradores, Coordenadores Tcnicos, Coordenadores Regionais de Atendimento ao Cidado e Diretores, todos do Poder Executivo Municipal;

II - a nomeao ou designao para cargos de provimento em comisso ou funo gratificada, de cnjuge, companheiro ou parente, consangneo (em linha reta ou colateral, at o terceiro grau) ou por afinidade (em linha reta at o terceiro grau, ou em linha colateral at o segundo grau), do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretrios, Chefes de Gabinete, Superintendentes, Procuradores, Coordenadores Tcnicos, Coordenadores Regionais de Atendimento ao Cidado e Diretores, todos do Poder Executivo Municipal;

1 Ficam excepcionadas, na hiptese do inciso I do caput, as contrataes por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico desde que precedidas de regular processo seletivo, em cumprimento de preceito legal.

2 Ficam excepcionadas, na hiptese do inciso II do caput, as nomeaes ou designaes de servidores ocupantes de cargo ou emprego pblico efetivos do Poder Executivo Municipal, admitidos por concurso pblico ou regular processo seletivo, observada a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo de origem ou a compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a complexidade inerente ao cargo em comisso a ser exercido, alm da qualificao profissional de servidor, vedada, em qualquer caso, a subordinao direta com a pessoa determinante da incompatibilidade.(Redao acrescida pela Emenda n 30, de 4 de setembro de 2007)

Art. 10 B - vedada no mbito do Poder Legislativo:

I - a contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico de cnjuge, companheiro ou parente, consangneos (em linha reta ou colateral, at o terceiro grau) ou por afinidade (em linha reta at o terceiro grau, ou em linha reta colateral at o segundo grau), dos Vereadores, Secretrios, Procurador, Chefe de Gabinete e Diretores, todos do Poder Legislativo Municipal;

II - a nomeao ou designao para cargos de provimentos em comisso ou funo gratificada, de cnjuge, companheiro ou parente, consangneos (em linha reta ou colateral, at o terceiro grau) ou por afinidade (em linha reta at o terceiro grau, ou em linha colateral at o segundo grau), dos Vereadores, Secretrios, Procurador, Chefe de Gabinete e Diretores, todos do Poder Legislativo Municipal.

1 Ficam excepcionadas, na hiptese do inciso I do caput, as contrataes por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico desde que precedidas de regular processo seletivo em cumprimento de preceito legal.

2 Ficam excepcionadas, na hiptese do inciso II do caput, as nomeaes ou designaes de servidores ocupantes de cargo ou emprego pblico efetivos do Poder Legislativo Municipal, admitidos por concurso pblico ou regular processo seletivo, observada a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo de origem, ou a compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a complexidade inerente ao cargo em comisso a ser exercido, alm da qualificao profissional do servidor, vedada, em qualquer caso, a subordinao direta com a pessoa determinante da incompatibilidade.(Redao acrescida pela Emenda n 30, de 4 de setembro de 2007)

Art. 10 C -No mbito de cada Poder dever ser observado quanto ao preenchimento dos cargos, empregos e funes;

1 O nomeado, designado ou contratado, antes da posse ou admisso, declarar por escrito no ter relao familiar ou de parentesco que importe prtica vedada pela lei orgnica do municpio de Itaja.

2 A no observncia no disposto nos artigos 10-A e 10-B implicar a nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei.(Redao acrescida pela Emenda n 30, de 4 de setembro de 2007)

SEO IIDOS SERVIDORES PBLICOS

Art. 11O Municpio instituir regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta das Autarquias e das Fundaes Pblicas.

1 A Lei assegurara aos servidores da administrao direta isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou assemelhados do mesmo poder ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho.

2 Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituio Federal.

Art. 12O Servidor Pblico Titular de cargo efetivo, admitido na administrao municipal a partir de 31 de dezembro de 2003 ser aposentado conforme as regras abaixo:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando decorrentes de acidentes em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos, calculados na forma do 5;

II - Compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio, calculados na forma do 5;

III - Voluntariamente, desde que, cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies:

a) aos sessenta anos de idade, e trinta e cinco anos de contribuio, se homem, com proventos integrais, calculados na forma do 5;b) aos cinqenta e cinco anos de idade e trinta anos de contribuio, se mulher, com proventos integrais, calculados na forma do 5;c) aos cinqenta e cinco anos de idade e trinta anos de efetivo exerccio em funes de magistrio, se professor, e cinqenta anos de idade e vinte e cinco de contribuio, se professora, com proventos integrais, calculados na forma do 5;d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio calculados na forma do 5

1 A Lei Municipal poder estabelecer excees ao disposto no inciso III, "a" e "c", no caso de exerccio de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, assim definidas na legislao federal;

2 A Lei Municipal dispor sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporrios, observado o disposto no pargrafo anterior;

3 O tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal ser computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade;

4 Aplica-se ao servidor pblico o disposto no 2, do art. 202 da Constituio Federal;

5 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, ser considerada a mdia aritmtica simples das maiores remuneraes, devidamente atualizadas na forma prevista no pargrafo seguinte, utilizadas como base para as contribuies do servidor aos regimes de previdncia a que esteve vinculado, correspondente a 80% (oitenta por cento) de todo perodo contributivo desde a competncia julho de 1994 ou desde a do inicio da contribuio, se posterior quela competncia;

6 Os proventos de aposentadoria e as penses sero reajustados para preservar-lhes em carter permanente, o valor real, da mesma data em que se der o reajuste dos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social, de acordo com o ndice estabelecido em lei complementar;

7 Os benefcios da penso por morte ser igual ao valor da totalidade dos proventos percebidos pelo servidor na data anterior do bito ou, ao valor da totalidade da remunerao de contribuio percebida no cargo efetivo na data anterior do bito, caso em atividade; em ambos os casos at o limite mximo estabelecido para os benefcios do Regime Geral de Previdncia Social, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite;

8 Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no excedero a remunerao ou o subsidio do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso, e nem sero inferiores ao valor do salrio mnimo.

9 As regras de concesses de aposentadoria e demais benefcios previdencirios dos servidores pblicos constam da lei que ordena o Regime Prprio de Previdncia Social do Municpio de Itaja.(Redao dada pela Emenda n 31, de 13 de dezembro de 2007)

Art. 13So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.

1 O servidor pblico estvel s perder o cargo:

I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, assegurada ampla defesa.

2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio.

3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade, devendo essa avaliao ser verificada, pelo menos, de seis em seis meses, durante o prazo mencionado no caput deste artigo.(Redao dada pela Emenda n 38, de 30 de setembro de 2009)

Art. 14Ao servidor pblico em exerccio de mandato eletivo aplicam-se as disposies do artigo 38 da Constituio Federal.

CAPTULO IIIDO PODER LEGISLATIVO

SEO IDA CMARA MUNICIPAL

Art. 15O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal, que se compe de vereadores representantes da comunidade, eleitos pelo sistema proporcional em todo o territrio municipal, na forma da Constituio Federal.

1 O mandato dos vereadores ser de quatro anos.

2 A eleio dos vereadores ocorrer simultaneamente do Prefeito e Vice-Prefeito e realizar-se- no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao trmino do mandato dos que devam suceder.(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

3 Fica fixado em 21 (vinte e um) o nmero de vereadores.(Redao dada pela Emenda n 43, de 09 de agosto de 2011)

4 vedado o voto secreto nas deliberaes da Cmara de Vereadores de Itaja.(Redao acrescida pela Emenda n 48, de 27 de setembro de 2013)

Art. 16Salvo disposio em contrrio desta lei, as deliberaes da Cmara Municipal sero tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

SEO IIDAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

Art. 17Cabe Cmara Municipal, com a sano do prefeito, no exigida esta para o especificado artigo 18, com exceo ao inciso XXIII, e artigo 28 desta Lei Orgnica, dispor sobre todas as matrias da competncia do Municpio, especialmente, sobre:(Redao dada pela Emenda n 8, de 19 de junho de 1998)

I - sistema tributrio municipal, arrecadao e distribuio de suas rendas;

II - plano plurianual, diretrizes oramentrias, oramento anual, operaes de crdito e dvida pblica;

III - fixao e modificao do efetivo da Guarda Municipal;

IV - planos e programas municipais de desenvolvimento;

V - bens de domnio do Municpio;

VI - transferncia temporria da sede do Governo Municipal;

VII - criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas municipais;

VIII - organizao das funes fiscalizadoras da Cmara Municipal;

IX - normatizao da cooperao das associaes representativas no planejamento municipal;

X - normatizao da iniciativa popular de projetos de lei de interesse especfico do Municpio, da cidade, de vilas ou de bairros, atravs de manifestao de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

XI - criao, organizao e supresso de distritos;

XII - criao, estruturao e atribuies das secretarias municipais e respectivas diretorias;

XIII - criao, transformao, extino e estruturao de empresas pblicas municipais.

Art. 18 da competncia exclusiva da Cmara Municipal:

I - eleger os membros de sua Mesa Diretora;

II - elaborar o Regimento Interno;

III - organizar os servios administrativos internos e prover os cargos respectivos;

IV - propor a criao ou a extino de cargos dos servios administrativos internos e a fixao dos respectivos vencimentos;

V - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;

VI - autorizar o Prefeito e Vice-Prefeito a se ausentarem do Municpio, quando a ausncia exceder a quinze dias. Salvo, quando em gozo de frias;

VII - exercer a fiscalizao contbil, financeira e oramentria do Municpio, mediante controle externo, com auxlio do Tribunal de Contas do Estado;

VIII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado, no prazo mximo de sessenta dias de seu recebimento, observados os seguintes preceitos:

a) o parecer do Tribunal de Contas somente deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara;b) decorrido o prazo de sessenta dias, sem deliberao pela Cmara, as contas sero consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a concluso do parecer do Tribunal de Contas;c) no decurso do prazo previsto na alnea anterior, as contas do prefeito ficaro disposio de qualquer contribuinte do Municpio, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei;d) rejeitadas as contas, sero estas, imediatamente remetidas ao Ministrio pblico para os fins de direito;

IX - dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, conhecer da renncia e decretar perda de seus mandatos e dos Vereadores, nos casos indicados na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na legislao federal aplicvel;

X - autorizar a realizao de emprstimo ou de crdito interno e externo de qualquer natureza, de interesse do Municpio;(Redao dada pela Emenda n 27, de 23 de maro de 2007)

XI - proceder a tomada de contas do prefeito, atravs de comisso especial, quando no apresentadas Cmara, dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa;

XII - aprovar convnio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Municpio com a Unio, o Estado, outra pessoa de direito pblico interno, de direito privado, instituies estrangeiras ou multinacionais, quando se tratar de matria assistencial, educacional, cultural ou tcnica;

XIII - estabelecer e mudar, temporariamente, o local de suas reunies;

XIV - convocar o Prefeito, o Vice-Prefeito, os secretrios do Municpio ou autoridade equivalente para prestar esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento, importando a ausncia, sem justificao adequada, crime de responsabilidade, punvel na forma da legislao federal;

XV - encaminhar pedidos escritos de informaes ao prefeito, importando crime de responsabilidade a recusa ou no atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestao de informaes falsas, cabendo a este solicitar prorrogao do prazo por perodo idntico;

XVI - ouvir secretrios do Municpio ou autoridade e equivalente, quando, por sua iniciativa e mediante entendimentos prvios com a Mesa, comparecerem Cmara Municipal para expor assunto de relevncia da secretaria ou do rgo da administrao de que forem titulares;

XVII - deliberar sobre o adiamento e a suspenso de suas reunies;

XVIII - criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato determinado e prazo certo, mediante requerimento de um tero de seus membros;

XIX - conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes servios ao Municpio e, nele, tenham se destacado pela atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta e aprovao pelo voto pblico e aberto de dois teros dos membros da Cmara;(Redao dada pela Emenda n 48, de 27 de setembro de 2013)

XX - solicitar a interveno do Estado no Municpio;

XXI - autorizar, por dois teros de seus membros, a instaurao de processo contra o Prefeito, para julgamento perante o Tribunal de Justia do Estado;

XXII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administrao indireta;

XXIII - fixar, no perodo legislativo, a remunerao do Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e Secretrios Municipais, por lei de iniciativa da Cmara Municipal, observados o que dispe os artigos 29, V e VI, 37, XI, 39, 4, 57, 7, 150, II; 153, III, 153 2, I, da Constituio Federal;(Redao dada pela Emenda n 8, de 19 de junho de 1998)

XXIV - indicar ao Prefeito Municipal, atravs do voto de desconfiana de dois teros dos seus membros, a exonerao de Secretrio Municipal;

XXV - aprovar o perodo de prorrogao, no que se refere o inciso XV deste artigo, por dois teros dos Vereadores presentes.

XXVI - Fixar o regime de dirias, vista dos comprovantes de despesas realizadas ou pela apresentao do roteiro de viagem, dos Vereadores e servidores da Cmara de Vereadores de Itaja.(Redao acrescida pela Emenda n 29, de 5 de julho de 2007)

SEO IIIDOS VEREADORES

Art. 19Os Vereadores so inviolveis pelas suas opinies e votos no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio.

Art. 20Os Vereadores no podem:

I - desde a expedio do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico municipal. Salvo, quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;b) aceitar ou exercer cargos, funo ou emprego remunerado, inclusive os que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades constantes na alnea anterior, ressalvada a admisso por concurso pblico;

II - desde a posse:

a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico municipal ou, nela, exera funo remunerada;b) ocupar cargo ou funo que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a", ressalvada a admisso por concurso pblico;c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";d) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.

Art. 21Perde o mandato o Vereador:

I - que infligir quaisquer das proibies estabelecidas ao artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias da Cmara. Salvo, licena ou misso por esta autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos constitucionalmente;

VI - que sofrer condenao criminal, em sentena transitada em julgado, na forma da lei.

1 incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos vereadores, ou a percepo de vantagens indevidas.

2 Ocorrendo vaga e no havendo suplente, se faltarem mais de quinze meses para o trmino do mandato, a Cmara representar Justia Eleitoral para a realizao de eleies para preench-la;(Redao dada pela Emenda n 48, de 27 de setembro de 2013)

3 Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda ser declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de quaisquer de seus membros ou de partido poltico representado na casa, assegurada ampla defesa.

Art. 22No perder o mandato o Vereador:

I - Investido no cargo de Secretrio Municipal ou equivalente, dirigente mximo de entidade da Administrao Indireta do Municpio, abrangendo tambm Autarquias Municipais, Estaduais ou Federais, Fundao Pblica de quaisquer dos nveis de governo e Secretrio de Estado ou Ministro.(Redao dada pela Emenda n 41, de 31 de maro de 2010)

II - licenciado pela Cmara por motivo de doena ou para tratar, sem remunerao, de assunto de seu interesse particular desde que, neste caso, o afastamento no ultrapasse cento e vinte e um dias por sesso legislativa.

1 O suplente dever ser convocado nos casos de vaga, de investidura nos cargos ou funes previstas neste artigo, ou de licena superior a 30 (trinta) dias;(Redao dada pela Emenda n 19, de 1 de abril de 2005)

2 Ocorrendo vaga e no havendo suplente, se faltarem mais de quinze meses para o trmino do mandato, a Cmara representar Justia Eleitoral para a realizao de eleies para preench-la;

3 Na hiptese do inciso I, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato.

4 A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a trinta dias e o Vereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino da licena.

5 Poder ainda o Vereador licenciar-se para desempenhar misses temporrias, de carter cultural ou de interesse do Municpio, mediante autorizao legislativa.

SEO IVDAS REUNIES

Art. 23A Cmara Municipal reunir-se-, ordinariamente, em sesso legislativa anual, de 01 de fevereiro a 18 de julho e de 1 de agosto a 20 de dezembro.(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

1 As reunies marcadas para estas datas sero transferidas para o 1 dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos e feriados.

2 A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao dos projetos de Lei de diretrizes oramentrias, plano plurianual e oramento.

3 A Cmara Municipal reunir-se-, em sesso de instalao legislativa, em 1 de janeiro do ano subseqente s eleies, para a posse de seus membros, do Prefeito e do Vice-Prefeito e eleio da Mesa.

4 A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se- pela maioria dos membros da Mesa Diretora, pelo Prefeito ou a requerimento de dois teros dos vereadores, em caso de urgncia ou de interesse pblico relevante, quer no perodo de atividades ou de recesso regimental.

5 Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara somente deliberar sobre a matria para a qual for convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatria, em razo da convocao.(Redao dada pela Emenda n 24, de 21 de maro de 2006)

6 O Regimento Interno disciplinar o uso da tribuna por representantes de entidades populares nas sesses.

SEO VDA MESA E DAS COMISSES

Art. 24A mesa diretora da Cmara de Vereadores de Itaja ser composta de um Presidente, de um Vice-Presidente; um 1 e um 2 Secretrios eleitos para o mandato de 02 (dois) anos, sendo facultada a reconduo para o mesmo cargo ou para cargos diferentes na eleio imediatamente subsequente, inclusive dentro da mesma legislatura.(Redao dada pela Emenda n 40 de 25 de novembro de 2008)

1 As competncias e atribuies dos membros da Mesa e a forma de substituio, as eleies para a sua composio e os casos de destituio sero definidos no Regimento Interno.

2 O Presidente representar o Poder Legislativo.

3 Para substituir o Presidente, nas suas faltas, impedimentos e licenas, haver um Vice-Presidente.

4 A eleio para a renovao da Mesa realizar-se- sempre na ltima reunio ordinria do ms de dezembro, ficando os eleitos automaticamente empossados a contar de 1 de janeiro do terceiro ano do mandato legislativo.(Redao dada pela Emenda n 34, de 3 de dezembro de 2008)

Art. 25A Cmara Municipal ter Comisses Permanentes e Temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua criao.

1 s Comisses, em razo da matria de sua competncia, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competncia do Plenrio. Salvo, se houver recurso de um dcimo dos membros da Cmara;

II - realizar audincias pblicas com entidades da comunidade;

III - convocar Secretrios Municipais para prestarem informaes sobre assuntos inerentes s suas atribuies;

IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autarquias pblicas municipais;

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado;

VI - apreciar programas de obras, planos municipais de desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer.

2 As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno, sero criadas mediante requerimento de um tero dos Vereadores que compem a Cmara, para apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art. 26Na constituio da Mesa e de cada Comisso, ser assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara.

SEO VIDO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSEO IDISPOSIO GERAL

Art. 27O processo legislativo compreende a elaborao de:

I - emendas Lei Orgnica do Municpio;

II - leis complementares;

III - leis ordinrias;

IV - leis delegadas;

V - decretos legislativos;

VI - resolues;

VII - Medidas provisrias.

Pargrafo nico - A elaborao, redao, alterao e consolidao de leis dar-se- na conformidade da lei complementar federal, lei complementar estadual e desta Lei Orgnica Municipal e do Regimento Interno.

SUBSEO IIDA EMENDA LEI ORGNICA MUNICIPAL

Art. 28Esta Lei Orgnica poder ser emendada mediante proposta de dois teros, no mnimo, dos membros da Cmara, do Prefeito ou de acordo com proposta de cinco por cento do eleitorado do Municpio.

1 A proposta ser discutida e votada em dois turnos, com interstcio mnimo de dez dias, considerando-se aprovada se obtiver, em cada um, dois teros dos votos dos membros da Cmara.

2 A emenda Lei Orgnica do Municpio ser promulgada pela Mesa da Cmara, com o respectivo nmero de ordem.

3 A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

SUBSEO IIIDAS LEIS

Art. 29A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer Vereador ou Comisso, ao Prefeito e aos cidados, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgnica.

1 So de iniciativa privativa do Prefeito as leis que:

I - criem a Guarda Municipal;

II - disponham sobre:

a) criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autarquias, de sua remunerao. Exceto, os vencimentos do Prefeito, Vice-Prefeito;b) servidores pblicos do Municpio, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;c) criao, estruturao e atribuies das secretarias municipais e rgos da administrao pblica municipal.

2 A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentao Cmara Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do Municpio.

3 Em casos de emergncia, calamidade pblica e enchentes, reconhecidos pela autoridade, o Prefeito poder adotar medidas provisrias, com fora de lei, devendo submet-las de imediato Cmara de Vereadores, que estando no recesso, ser convocada, extraordinariamente, para se reunir no prazo de cinco dias.

4 As medidas provisrias perdero eficcia, desde a edio, se no forem convertidas em lei, no prazo de trinta dias, a partir de sua publicao, devendo a Cmara Municipal de Vereadores disciplinar as relaes jurdicas delas decorrentes.

Art. 30No ser admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto na Constituio Federal e Constituio Estadual;

II - nos projetos sobre a organizao de Secretaria Municipal.

Art. 31O Prefeito poder solicitar, a qualquer tempo, urgncia e votao em um s turno para apreciao dos projetos de sua iniciativa.

1 Indicado e justificado o pedido de urgncia na mensagem enviada Cmara de Vereadores, se esta no se manifestar sobre a proposio, em at dez dias, ser ela includa na ordem do dia da primeira sesso subseqente, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votao;

2 Este prazo no corre nos perodos de recesso da Cmara de Vereadores de Itaja.(Redao dada pela Emenda n 22, de 10 de novembro de 2005)

Art. 32O projeto de lei aprovado ser enviado, como autgrafo, ao Prefeito que, aquiescendo, o sancionar.

1 Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico; vet-lo-, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias teis contados da data do recebimento, e comunicar, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Cmara os motivos do veto.

2 O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso ou de alnea.

3 Decorrido o prazo de quinze dias, o silncio do Prefeito importar em sano.

4 O veto ser apreciado pela Cmara, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, s podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio pblico e aberto.(Redao dada pela Emenda n 48, de 27 de setembro de 2013)

5 Se o veto no for mantido, ser o texto enviado ao Prefeito para promulgao.

6 Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no 4, o veto ser colocado na ordem do dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at a sua votao final, ressalvadas as matrias referidas no Art. 31.

7 Se a lei no for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos 3 e 5, o Presidente de Cmara a promulgar e, se este no o fizer, em igual prazo, caber ao Vice-Presidente faz-lo, obrigatoriamente.

Art. 33A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder constituir objeto de novo projeto, no mesmo perodo legislativo, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara.(Redao dada pela Emenda n 3, de 10 de dezembro de 1992)

Art. 34As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito que dever solicitar a delegao Cmara Municipal.

1 No sero objeto de delegao os atos de competncia exclusiva da Cmara Municipal, a matria ser reservada Lei complementar, nem a legislao sobre os planos plurianuais, diretrizes oramentrias e oramentos.

2 A delegao ao Prefeito ter a forma de Resoluo da Cmara Municipal que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio.

3 Se a Resoluo determinar a apreciao do projeto pela Cmara Municipal, esta a far em votao nica, vedada qualquer emenda.

Art. 35As leis complementares sero aprovadas por maioria absoluta

SEO VIIDA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA

Art. 36A fiscalizao contbil, financeira oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Pargrafo nico - Prestar contas qualquer pessoa fsica ou entidade pblica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos ou, pelos quais, o Municpio responda ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

Art. 37O controle externo da Cmara Municipal ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, atravs de parecer prvio sobre as contas que o Prefeito e a Mesa da Cmara devero prestar anualmente.

1 As contas devero ser apresentadas at sessenta dias do encerramento do exerccio financeiro.

2 Se, at esse prazo, no tiverem sido apresentadas as contas, a Comisso Permanente de Fiscalizao o far em trinta dias.

3 Apresentadas as contas, o Presidente da Cmara as por, pelo prazo de sessenta dias, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, na forma da lei, publicando edital.

4 Vencido o prazo do pargrafo anterior, as contas e as questes levantadas sero enviadas ao Tribunal de Contas para emisso de parecer prvio.

5 Recebido o parecer prvio, a Comisso Permanente de Fiscalizao, sobre ele e sobre as contas, dar seu parecer em quinze dias.

6 Somente pela deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal, deixar de prevalecer o parecer prvio do Tribunal de Contas.

Art. 38A Comisso Permanente de Fiscalizao, diante de indcios de despesas no autorizadas, ainda que sob forma de investimentos no programados ou de subsdios no aprovados, poder solicitar da autoridade responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios.

1 No prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes, a Comisso Permanente de Fiscalizao solicitar ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matria, no prazo de trinta dias.

2 Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a comisso de Fiscalizao, se julgar que o gasto possa causar dano irreparvel ou grave leso economia pblica, propor Cmara Municipal as medidas cabveis.

Art. 39Os Poderes Legislativo e Executivo mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual a execuo dos programas de governo e dos oramentos do Municpio;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia da gesto oramentria, financeira o patrimonial nos rgos e entidades da administrao municipal, bem como a aplicao de recursos pblicos municipais por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Municpio;

IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

1 Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela, daro cincia Comisso Permanente de Fiscalizao da Cmara Municipal sob pena de responsabilidade solidria.

2 Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante a Comisso Permanente de Fiscalizao da Cmara Municipal.

3 A comisso Permanente de Fiscalizao da Cmara Municipal, tomando conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, poder solicitar autoridade responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios, agindo na forma prevista no 1 do artigo anterior.

4 Entendendo o Tribunal de Contas pela irregularidade ou ilegalidade, a Comisso Permanente de Fiscalizao propor Cmara Municipal as medidas que julgar convenientes situao.

CAPTULO IVDO PODER EXECUTIVO

SEO IDO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 40O Poder Executivo exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado por Secretrios Municipais.

Art. 41A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, realizar-se- simultaneamente, no primeiro domingo de outubro.(Redao dada pela Emenda n 39, de 25 de novembro de 2009)

1 A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado por partido poltico.

2 Ser considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, no computados os em branco e os nulos.

Art. 42O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse em sesso da Cmara Municipal, no dia 1 de janeiro do ano subseqente eleio, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituio Federal, a Constituio Estadual e esta Lei Orgnica, observar as leis e promover o bem geral do Municpio.

Pargrafo nico - Se decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivos de fora maior aceito pela Cmara, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago pela Cmara Municipal.

Art. 43Substituir o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-, no caso de vaga, o Vice-Prefeito.

1 O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele convocado para misses especiais.

2 A investidura do Vice-Prefeito em secretaria municipal no impedir as funes previstas no pargrafo anterior.

3 O Vice-Prefeito no poder recusar-se a substituir o Prefeito, sob pena de extino do mandato.

Art. 44Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacncia dos respectivos cargos, ser chamado ao exerccio do cargo de Prefeito o Presidente da Cmara Municipal.

Pargrafo nico - A recusa do Presidente da Cmara, por qualquer motivo, a assumir o cargo de Prefeito importar em automtica renncia sua funo de dirigente do Legislativo, ensejando, assim, a eleio de outro membro para ocupar, como Presidente da Cmara, a chefia do Poder Executivo.

Art. 45Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito far-se- eleio noventa dias depois de aberta a ltima vaga.

1 Ocorrendo a vacncia nos ltimos dois anos de mandato, a eleio para ambos os cargos ser feita trinta dias depois de aberta a ltima vaga, pela Cmara Municipal, na forma da lei.

2 Em quaisquer dos casos, os eleitos devero completar o perodo dos antecessores.

Art. 46O Prefeito e o Vice-Prefeito no podero, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio por perodo superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

SEO IIDAS ATRIBUIES DO PREFEITO

Art. 47Compete ao Prefeito, entre outras atribuies:

I - iniciar o processo legislativo, na forma e casos previstos nesta Lei Orgnica, adequando-se aos meios digitais implantados pelo Poder Legislativo, cuja autenticidade dever ser garantida pela assinatura digital;(Redao dada pela Emenda n 46 de 28 de maro de 2012)

II - representar o Municpio em juzo e fora dele;

III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir os regulamentos para sua fiel execuo;

IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Cmara;

V - nomear e exonerar secretrios municipais ou equivalentes, diretores ou equivalentes, chefes de diviso e outros servidores de confiana ou em comisso, declarados em lei de livre nomeao e exonerao, dos rgos da administrao pblica direta e indireta, bem como das fundaes criadas e mantidas pelo Municpio, resguardado o disposto no Art. 18, XXIV, desta Lei Orgnica;

VI - decretar, nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social;

VII - expedir decretos portarias e outros atos administrativos;

VIII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros;

IX - prover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes situao funcional dos servidores;

X - enviar Cmara os projetos de lei relativos ao oramento anual, lei de diretrizes oramentrias e ao plano plurianual do Municpio e das suas autarquias;

XI - encaminhar Cmara, at quinze de abril, a prestao de contas, bem como os balanos do exerccio findo;

XII - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes de contas exigidas em lei;

XIII - fazer publicar os atos oficiais;

XIV - prestar Cmara, dentro de trinta dias, as informaes pela mesma solicitadas. Salvo, prorrogao, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da matria ou da dificuldade de obteno, nas respectivas fontes, de dados necessrios ao atendimento do pedido;

XV - prover os servios e obras da administrao pblica;

XVI - superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e aplicao da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou dos crditos votados pela Cmara;

XVII - colocar disposio da Cmara, dentro de dez dias de sua requisio, as quantias que devam ser dispendidas de uma s vez e, at o dia vinte de cada ms, os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias, compreendendo os crditos suplementares e especiais;

XVIII - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como rev-las quando irregularmente;

XIX - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidas;

XX - oficializar, obedecidas normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara;

XXI - convocar extraordinariamente a Cmara, quando o interesse da administrao o exigir;

XXII - aprovar projetos de edificao e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos;

XXIII - apresentar, anualmente, Cmara Municipal, relatrio circunstanciado sobre o estado das obras e dos servios municipais. Bem assim, o programa da administrao para o ano seguinte;

XXIV - organizar os servios internos das reparties criadas por lei, com observncia do limite das dotaes a elas destinadas;

XXV - contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, mediante prvia autorizao da Cmara;

XXVI - providenciar sobre a administrao dos bens do Municpio e sua alienao, na forma da lei;

XXVII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios relativos a terras do Municpio;

XXVIII - desenvolver o sistema virio do Municpio;

XXIX - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das respectivas verbas oramentrias e do plano de distribuio, prvia e anualmente, aprovado pela Cmara;

XXX - providenciar sobre o incremento do ensino;

XXXI - estabelecer a diviso administrativa do Municpio, de acordo com a lei;

XXXII - solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado para garantia do cumprimento de seus atos;

XXXIII - solicitar, obrigatoriamente, autorizao Cmara para ausentar-se do Municpio por tempo superior a quinze dias;

XXXIV - adotar providncias para a conservao e salvaguarda do patrimnio municipal;

XXXV - publicar, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria;

XXXVI - estimular a participao popular e estabelecer programa de incentivo para os fins previstos no Art. 96, observado ainda o disposto no Ttulo V desta Lei Orgnica;

XXXVII - fixar o regime de dirias, vista dos comprovantes de despesas apresentadas ou pela apresentao do roteiro de viagem, no podendo a diria do Prefeito ser superior ao dobro da fixada para o servidor de maior categoria do Municpio;

XXXVIII - decretar estado de emergncia e de calamidade pblica;

XXXIX - admitir e demitir servidores e empregados, observando a legislao pertinente;

XL - decretar ponto facultativo em dias de especial significao;

XLI - fixar ou prorrogar as datas de vencimentos dos tributos municipais, desde que mais favorveis ao contribuinte;

XLII - fixar o horrio de funcionamento das reparties municipais, salvo da Secretaria da Cmara de Vereadores, e a jornada de trabalho dos servidores municipais;

XLIII - firmar acordo com associao sindical de servidores pblicos municipais dependente da homologao da Cmara Municipal;

XLIV - praticar os atos que visem resguardar os interesses do Municpio, salvo os que so reservados Cmara Municipal;

XLV - encaminhar Cmara de Vereadores, no primeiro semestre de cada ano, projeto de lei que disponha sobre a Poltica Salarial dos Servidores Pblicos Municipais Ativos e Inativos;(Redao acrescida pela Emenda n 4, de 27 de abril de 1993)

XLVI - Promover, obrigatoriamente a transio administrativa 60 dias anterior ao final do mandato, na forma da Lei.(Redao acrescida pela Emenda n 35, de 6 de maio de 2009)

SEO IIIDA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 48So crimes de responsabilidade do Prefeito Municipal os previstos em lei federal, sendo julgado perante o Tribunal de Justia do Estado.

1 A Cmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa configurar crime de responsabilidade, nomear comisso especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias, devero ser apreciados pelo Plenrio.

2 Se o Plenrio entender procedentes as acusaes, determinar o envio do apurado Procuradoria Geral da Justia para as providencias; se, no, determinar o arquivamento, publicando as concluses de ambas decises.

3 Recebida a denncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justia, a Cmara decidir sobre a designao de Procurador para assistente de acusao.

4 O Prefeito ficar suspenso de suas funes com o recebimento da denncia pelo Tribunal de Justia, que cessar, se, at cento e oitenta dias, no tiver concludo o julgamento.

SEO IVDA PERDA E EXTINO DO MANDATO

Art. 49 vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou funo na Administrao Pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e observado o disposto no Art. 38, II, IV e V da Constituio Federal e no Art. 12 desta Lei Orgnica.

Art. 50As incompatibilidades declaradas no Art. 20, seus incisos e letras desta Lei Orgnica estendem-se no que forem aplicados, ao Prefeito e aos Secretrios Municipais ou autoridades equivalentes.

SEO VDOS SECRETRIOS MUNICIPAIS

Art. 51Os Secretrios Municipais, como agentes polticos, sero escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exerccio dos direitos polticos.

Pargrafo nico - Compete aos Secretrios Municipais, alm de outras atribuies, estabelecidas nesta Lei orgnica e na lei referida no Art. 52:

I - exercer a orientao, coordenao e superviso dos rgos e entidades da Administrao Municipal, na rea de sua competncia e referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito;

II - expedir instrues para a execuo das leis, decretos e regulamentos;

III - apresentar ao Prefeito relatrio anual de sua gesto na secretaria ou Cmara, quando por esta solicitado;

IV - praticar os atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito.

Art. 52Lei Complementar dispor sobre a criao, estruturao e atribuies das secretarias Municipais.

1 Nenhum rgo da administrao pblica municipal, direta ou indireta, deixar de ser estruturado a uma secretaria municipal.

2 A chefia do Gabinete do Prefeito, a Procuradoria Geral do Municpio e o Gabinete de Planejamento e Coordenao Geral, bem como os Centros Administrativos, tero a estrutura de Secretaria Municipal.

SEO VIDA PROCURADORIA GERAL DO MUNICPIO

Art. 53A Procuradoria Geral do Municpio a instituio que representa, como advocacia geral, o Municpio, judicial e extra judicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre a sua organizao e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurdico do Poder Executivo.

1 A Procuradoria Geral do Municpio tem por chefe o Procurador Geral do Municpio nomeado pelo Prefeito dentre brasileiros maiores de trinta anos, no exerccio dos seus direitos polticos e com habilitao profissional de, no mnimo, cinco anos.

2 Aplica-se ao Procurador Geral do Municpio o disposto no Art. 18, XXIV, desta Lei Orgnica.

SEO VIIDOS ATOS MUNICIPAIS

Art. 54A publicao das leis e atos municipais, far-se- em jornal do municpio, ou afixao na sede da Prefeitura, ou da Cmara Municipal, conforme o caso.

1 O Jornal do Municpio, doravante, constitui-se rgo Oficial do Municpio de Itaja para publicao e divulgao das Leis e Atos Administrativos de efeitos externos e internos e ser regulamentado pelo Chefe do Poder Executivo, nos termos da Lei.

2 Nenhum ato de efeito externo produzir efeito antes de sua publicao.

3 A publicao dos atos normativos, poder ser de forma reduzida.(Redao dada pela Emenda n 7, de 24 de dezembro de 1997)

Art. 55O Prefeito far publicar:

I - diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior;

II - mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;

III - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos;

IV - anualmente, at 15 de abril, pelo rgo oficial do Estado, as contas de administrao, constitudas do balano financeiro, do balano patrimonial, do balano oramentrio e demonstrao das variaes patrimoniais, em forma sinttica.

SEO VIIIDOS LIVROS

Art. 56O Municpio manter os livros que forem necessrios ao registro de suas atividades e de seus servios.

1 Os livros sero abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidente da Cmara, conforme o caso, ou por funcionrio designado para tal fim.

2 Os livros referidos neste artigo podero ser substitudos por fichas ou outros sistema, convenientemente autenticado.

SEO IXDOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 57Os atos administrativos de competncia do Prefeito devem ser expedidos com obedincia s seguintes normas:

I - Decreto, numerado em ordem cronolgica, nos seguintes casos:

a) regulamentao de lei;b) instituio, modificao ou extino de atribuies no constantes de lei;c) regulamentao interna dos rgos que forem criados na administrao municipal;d) abertura de crditos especiais e suplementares, at o limite autorizado por lei, assim como de crdito extraordinrios;e) declarao de utilidade pblica ou necessidade social para fins de desapropriao ou de servido administrativa;f) aprovao de regulamento ou de regimento das entidades que compem a administrao municipal;g) permisso de uso dos bens municipais;h) medidas executrias do Plano Diretor do Municpio;i) normas de efeitos externos, no privativos de lei;j) fixao e alterao de preos;

II - Portaria, nos seguintes casos:

a) provimento e vacncia dos cargos pblicos e demais atos de efeitos individuais;b) lotao e relotao nos casos de pessoal;c) abertura de sindicncia e processos administrativos, aplicao de penalidades e demais atos individuais de efeitos internos;d) outros casos determinados em lei ou decreto;

III - Contrato, nos seguintes casos:

a) admisso de servidores para servios de carter temporrio, nos termos do Art. 10, IX;b) exceo de obras e servios municipais nos termos da lei;

1 Os atos constantes dos itens II e III deste artigo podero ser delegados.

2 Os casos no previstos neste artigo obedecero forma de atos, instrues ou avisos da autoridade responsvel.

SEO XDA FISCALIZAO POPULAR

Art. 58Todo cidado tem o direito de ser informado dos atos da administrao municipal.

Pargrafo nico - Compete administrao municipal garantir os meios para que essa informao se realize.

Art. 59Toda entidade da sociedade civil, regularmente registrada, poder fazer pedido de informao sobre ato ou projeto da administrao, que dever responder no prazo de quinze dias ou justificar a impossibilidade da resposta.

1 O prazo previsto poder, ainda, ser prorrogado por mais quinze dias, devendo, contudo, ser notificado de tal fato o autor do requerimento.

2 Caso a resposta no satisfaa, poder reiterar o pedido especificando suas demandas, para o qual a autoridade requerida ter o prazo previsto no 1 deste artigo.

3 Nenhuma taxa ser cobrada pelos requerimentos de que trata este artigo.

Art. 60Toda entidade da sociedade civil de mbito municipal ou no, poder requerer ao Prefeito ou a outra autoridade do Municpio, a realizao de audincia pblica, para que esclarea determinado ato ou projeto da administrao.

1 Cada entidade ter direito, no mximo, realizao de duas audincias por ano, ficando, a partir da, a critrio da autoridade requerida, deferir ou no o pedido.

2 Da audincia pblica, podero participar, alm da entidade requerente, cidados e entidades interessadas, que tero direito a voz.

SEO XIDAS PROIBIES

Art. 61Aplicam-se ao Prefeito, ao Vice-Prefeito, aos Vereadores e aos servidores municipais as regras contidas nos artigos 20 a 50 desta Lei Orgnica.

Pargrafo nico - No se aplica aos contratos cujas clusulas e condies sejam uniformes, o disposto no caput deste artigo.

Art. 62Observar-se- o disposto na legislao federal, quanto documentao necessria para a participao dos interessados em processos licitatrios.

SEO XIIDAS CERTIDES

Art. 63A Prefeitura e a Cmara so obrigadas a fornecer a qualquer interessado, no prazo mximo de quinze dias, certides dos atos, contratos e decises, desde que requeridas para fins de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedio. No mesmo prazo, devero atender s requisies judiciais, se outro no for fixado pelo juiz.

Pargrafo nico - As certides relativas ao Poder Executivo sero fornecidas por secretrio ou outro servidor por ele designado, exceto as declaratrias de efetivo exerccio do Prefeito, que sero fornecidas pelo Presidente da Cmara.

SEO XIIIDAS OBRAS E SERVIOS MUNICIPAIS

Art. 64Nenhum empreendimento de obras e servios do Municpio poder ter incio sem prvia elaborao do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:

I - a viabilidade do empreendimento, sua convenincia e oportunidade para o interesse comum;

II - os pormenores para a sua execuo;

III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;

IV - os prazos para o seu incio e concluso, acompanhados da respectiva justificao.

1 Nenhuma obra, servio ou melhoramento, salvo casos de extrema urgncia, ser executada sem prvio oramento de seu custo.

2 As obras pblicas podero ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e demais entidades da administrao indireta e por terceiros, mediante licitao, ressalvados os casos de dispensa ou inexigibilidade desta, na forma da lei federal.

Art. 65A permisso de servio pblico, a ttulo precrio, ser outorgada por decreto do Prefeito, aps edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor pretendente, sendo que a concesso s ser feita com autorizao legislativa, mediante contrato, precedido de concorrncia pblica.

1 Sero nulas de pleno direito s permisses, as concesses, bem como quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.

2 Os servios permitidos ou concedidos ficaro sempre sujeitos regulamentao e fiscalizao do Municpio, incumbindo, aos que os executem, sua permanente atualizao e adequao s necessidades dos usurios.

3 O Municpio poder retomar os servios permitidos ou concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usurios.

4 As concorrncias para a concesso de servios pblicos devero ser precedidas de ampla publicidade, em jornais e rdios locais. Inclusive, em rgos de circulao da imprensa estadual, mediante edital ou comunicado resumido.

Art. 66As tarifas dos servios pblicos devero ser fixadas pelo Executivo, tendo-se em vista a justa remunerao.

Art. 67Nos servios, obras e concesses do Municpio, bem como nas compras e alienaes, ser adotada a licitao, nos termos da lei.

Art. 68O Municpio poder realizar obras e servios de interesse comum, mediante convnio com o Estado, a Unio ou entidades particulares, bem assim, atravs de consrcio, com outros municpios.

TTULO IIDO SISTEMA TRIBUTRIO MUNICIPAL

CAPTULO ICOMPETNCIA TRIBUTRIA

SEO IDOS PRINCPIOS GERAIS

Art. 69Compete ao Municpio instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas;

III - contribuio de melhoria;

IV - contribuio de assistncia social.

Art. 70Sempre que possvel, os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, facultado administrao tributria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimnio, os rendimentos e as atividades econmicas do contribuinte.

Art. 71Os impostos incidem sobre os imveis, ou que versem sobre direitos transmitidos ou cedidos vendas e servios desde que situados ou ocorridos no territrio do Municpio.

SEO IIDAS LIMITAES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 72 vedado ao Municpio, sem prejuzo de outras garantias asseguradas aos contribuintes:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibido qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relao a fatos geradores ocorridos antes de incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado;b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicado a lei que os instituiu ou aumentou;

IV - utilizar tributos com efeito de confisco;

V - instituir impostos sobre:

a) patrimnio, renda ou servios do Estado e da Unio;b) templos de qualquer culto;c) patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes; das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;d) livros, jornais, perifricos e o papel destinado sua impresso.

1 A vedao do inciso V, "a", extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados s suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.

2 As vedaes de inciso V, "a" e pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio nem exonere o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel.

3 Qualquer anistia, remisso ou iseno que envolva matria tributria s poder ser conseguida, doravante, atravs de lei especfica municipal.

4 As vedaes expressas no inciso V, "b" e "c", compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

Art. 73 vedado ao Municpio estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino.

SEO IIIDOS IMPOSTOS

Art. 74Os impostos de competncia municipal incidiro sobre:

I - propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU

II - transmisso de bens imveis, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos sua aquisio - ITBI;

III - (Revogado pela Emenda n 47, de 23 de maio de 2012)

IV - servios de qualquer natureza, no compreendidos na competncia tributria do Estado, definidos em lei complementar - ISSQN.

1 Os impostos previstos no inciso I podero ser progressivos de forma assegurar o cumprimento da funo social da propriedade.

2 O Imposto previsto no inciso II no incidir sobre a transmisso de bens ou de direitos incorporados ao patrimnio de pessoas jurdicas em realizao de capital, nem sobre a transmisso de bens ou de direitos, decorrentes de funo, incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica. Salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locao de bens imveis ou arrendamento mercantil.

3 (Revogado pela Emenda n 47, de 23 de maio de 2012)

4 O imposto previsto no inciso IV poder ser excludo da incidncia no caso de exportao de servios para o exterior, como dispuser lei complementar.

5 A lei determinar medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos previstos no inciso IV.

6 Lei complementar fixar as alquotas mximas dos impostos previstos no inciso e IV.

SEO IVDAS TAXAS

Art. 75As taxas previstas no inciso II do Art. 69, sero institudas:

I - em razo do exerccio regular do poder de polcia administrativa;

II - pela utilizao efetiva ou potencial de servios pblicos, especficos e divisveis, prestados ao contribuinte, ou postos sua disposio.

Pargrafo nico - As taxas no podero ser cobradas em valor superior ao custo de seus fatos geradores e, tambm, no podero ter base de clculo prpria de impostos institudos pela mesma pessoa ou por outra de direito pblico, observados os preceitos dispostos no Art. 70 desta Lei Orgnica.

SEO VDAS CONTRIBUIES

Art. 76A Contribuio de Melhoria poder ser instituda para custear obras pblicas municipais, observado o benefcio que as mesmas trouxerem para cada imvel.

Pargrafo nico - A Contribuio de Melhoria ter como limite total de cobrana, a despesa realizada com obra pblica, vedada a cobrana quando a obra decorrer de recursos a fundo perdido.

Art. 77A contribuio previdenciria e de assistncia social poder ser instituda para ser cobrada dos servidores municipais para custeio, em benefcio destes, de sistema de previdncia e de assistncia social que criar e administrar.(Redao dada pela Emenda n 31, de 13 de dezembro de 2007)

1 Os recursos provenientes da contribuio previdenciria e de assistncia social constituiro o Fundo de Previdncia e Assistncia Social, respectivamente, que ser regido na forma da lei. (Redao dada pela Emenda n 31, de 13 de dezembro de 2007)

2 A lei dispor sobre a participao do Poder Executivo na composio dos recursos do Fundo de Previdncia e Assistncia Social.

SEO VIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTRIO(Redao dada pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Art. 78O sujeito passivo poder impugnar atravs de processo administrativo tributrio, o lanamento de qualquer tributo municipal, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da notificao do lanamento, com efeito suspensivo, que ser analisado em Primeira Instncia, na forma da Lei.(Redao dada pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009).

Art. 79(Revogado pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Art. 80Da deciso de Primeira Instncia ser cientificado o sujeito passivo, pessoalmente ou por Aviso de Recebimento (A.R.) no endereo mencionado no processo administrativo tributrio, assinalando-lhe o prazo de quinze dias para, querendo, interpor recurso junto ao Conselho Municipal de Contribuintes, Segunda Instncia Recursal, na forma da Lei.(Redao dada pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Pargrafo nico - (Revogado pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Art. 81A lei dispor sobre a criao e organizao do Conselho de Contribuintes do Municpio, como rgo consultivo, deliberativo e normativo, composto por representantes da administrao municipal, atravs de seu quadro de servidores, classes econmicas, e entidade da sociedade civil organizada, sendo constitudo por dez membros titulares com seus respectivos suplentes.(Redao dada pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Pargrafo nico - Os membros do Conselho de Contribuintes do Municpio sero remunerados, sendo seus mandatos de um ano, permitida a reconduo, na forma da lei.(Redao dada pela Emenda n 49, de 08 de novembro de 2013)

Art. 82(Revogado pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Art. 83(Revogado pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Art. 84As decises do Conselho Municipal de Contribuintes tero eficcia normativa, devendo ser considerados como a posio final do Municpio na instncia administrativa.(Redao dada pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

Pargrafo nico - (Revogado pela Emenda n 37, de 15 de julho de 2009)

TTULO IIIDAS FINANAS E DO ORAMENTO

CAPTULO IDA RECEITA E DA DESPESA

SEO IDA RECEITA

Art. 85A receita municipal constituir-se- da arrecadao dos tributos municipais, da participao em imposto do Estado e da Unio, dos recursos resultantes do Fundo de Participao dos Municpios e da utilizao de seus bens, servios, atividades e outros ingressos.

Art. 86Pertencem ao Municpio:

I - o produto da arrecadao do Imposto da Unio sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer ttulo, por ele, suas autarquias e pelas fundaes que instituir e mantiver;

II - cinqenta por cento do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imveis nela situado;

III - cinqenta por cento do produto da arrecadao do imposto do Estado sobre a propriedade de veculos automotores licenciados em seu territrio;

IV - vinte e cinco por cento da arrecadao do imposto do Estado sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao;

V - setenta por cento do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativa a ttulos ou valores imobilirios, incidente sobre o ouro, observado o disposto no Art. 153, 5, da Constituio Federal;

VI - a cota parte referente ao Fundo de Participao dos Municpios, distribuda pela Unio;

VII - os recursos recebidos do Estado nos termos do inciso II, 3, do Art. 159 da Constituio Federal.

Art. 87O Municpio divulgar at o ltimo dia do ms subseqente ao da arrecadao, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e dos recursos recebidos.

Art. 88A fixao dos preos pblicos, devidos pela utilizao de bens, servios e atividades municipais, ser feita pelo Prefeito mediante decreto, no se submetendo disciplina jurdica dos tributos.

Art. 89As tarifas dos servios pblicos devero cobrir os seus custos, sendo modificveis quando se tornarem deficientes ou excedentes, remunerando os servios pblicos concedidos atravs de decretos do Prefeito, obedecendo ao disposto no Art. 65, 2 desta Lei Orgnica.

SEO IIDA DESPESA

Art. 90As despesas municipais sero regidas pelos princpios estabelecidos nas Constituies Estadual e Federal e s normas de direito.

Art. 91Nenhuma despesa ser ordenada ou satisfeita sem que existam recursos disponveis para atendimento do correspondente encargo.

Art. 92Nenhuma lei que crie ou aumente despesas ser executada sem que dela conste a indicao do recurso que a satisfaa.

Art. 93A disponibilidade de caixa do Municpio e suas autarquias, fundaes e das empresas por ele controladas sero depositadas em instituies financeiras oficiais, salvo excees legais.

CAPTULO IIDO ORAMENTO

Art. 94Ao Poder Executivo compete a iniciativa das leis que regularo:

I - os oramentos anuais;

II - as diretrizes oramentrias;

III - o plano plurianual.

1 A Lei de Diretrizes Oramentrias compreender as metas e prioridades da Administrao Pblica Municipal, as despesas de capital para o exerccio financeiro subseqente e orientar a elaborao da Lei Oramentria anual, dispondo sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecendo a poltica de aplicao.

2 A lei que institui a Plano Plurianual estabelecer, de forma setorizada, as diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como as relativas aos programas de durao continuada.

3 A Lei Oramentria compreender:

I - O oramento fiscal referente aos poderes do Municpio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;

II - O oramento de investimentos das empresas em que o Municpio, direta ou indiretamente, detenham a maioria do capital social com direito a voto;

III - O oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a elas vinculadas, da administrao direta ou indireta, bem como fundos de fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico.

4 A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo, na proibio, a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operao de crdito, ainda que, por antecipao da receita, nos termos da lei.

5 O Poder Executivo publicar, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido de execuo oramentria.

Art. 95O Prefeito Municipal enviar Cmara o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o oramento anual, precedidas de audincias pblicas.(Redao dada pela Emenda n 20, de 27 de abril de 2005)

1 O no comprimento do disposto no caput deste artigo implicar na elaborao pela Cmara, independentemente do envio da proposta, da competente Lei de Meios, tomando por base a lei oramentria em vigor.

2 O Prefeito poder enviar mensagem Cmara, para propor a modificao do projeto de lei oramentria, enquanto no iniciada a votao da parte que deseja alterar.

3 O exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a organizao do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Oramentrias e da Lei Oramentria Anual sero dispostos em lei complementar.(Redao acrescida pela Emenda n 20, de 27 de abril de 2005)

Art. 96Na elaborao do oramento anual o Executivo dever ouvir as reivindicaes da comunidade, atravs de suas entidades.

Pargrafo nico - As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovados, caso:

I - sejam compatveis com o plano plurianual;

II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas as que incidam sobre dotaes para pessoal e seus encargos e servio da dvida;

III - sejam relacionados com a correo de erros ou omisses e com dispositivo do texto do projeto de lei.

Art. 97Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias e proposta do oramento anual sero apreciados pela Cmara Municipal, na forma do Regimento Interno, respeitados os dispositivos desta lei.

1 Recebidos os projetos, o Presidente da Cmara, aps sua publicao ao Plenrio, distribuir cpia aos Vereadores, que tero prazo de trinta dias para oferecer emendas.

2 Expirado o prazo do pargrafo anterior, os projetos iro Comisso de Finanas e Oramento, que ter prazo mximo de quinze dias para emitir parecer e decidir sobre as emendas.

3 Expirado o prazo referido no pargrafo anterior, os projetos sero includos na ordem do dia da sesso seguinte, como matria nica.

4 A ausncia de manifestao da Comisso de Finanas e Oramento, no prazo do 2, levar os projetos para a tramitao referida no 3.

Art. 98Caber Comisso de Finanas e Oramento examinar e emitir parecer sobre projetos, planos e programas, bem como sobre as contas apresentadas pelo Poder Executivo, alm de exercer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria.

Pargrafo nico - Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem sem despesas correspondentes, podero ser utilizados, conforme o caso, mediante crdito especial ou suplementar, com prvia e especfica autorizao legislativa.

Art. 99O Poder Executivo poder enviar mensagens Cmara para propor modificao nos projetos a que se refere o Art. 95, enquanto no estiver concluda a votao da parte cuja alterao proposta.

Art. 100Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes oramentrias e do oramento anual sero enviados pelo Prefeito Cmara Municipal, obedecidos os critrios a serem estabelecidos em lei complementar.

Art. 101A Cmara no enviando, no prazo consignado na lei complementar federal, o projeto de lei oramentria sanso, ser promulgado como lei, pelo Prefeito, o projeto originrio do Executivo.

Art. 102Rejeitado pela Cmara o projeto de lei oramentria anual, prevalecer, para o ano seguinte, o oramento do exerccio em curso, aplicando-se-lhe a atualizao dos valores.

Art. 103Aplicam-se ao projeto de lei oramentria, no que no contrariarem o disposto neste Captulo, as regras do processo legislativo.

Art. 104O oramento ser uno, incorporando-se, obrigatoriamente, na receita, todos os tributos, rendas e contribuies, e incluindo-se, discriminadamente, na despesa, as dotaes necessrias ao custeio de todos os servios e investimentos municipais.

Art. 105So vedados:

I - o incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria anual;

II - a realizao de despesas ou a assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou adicionais;

III - a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Cmara por maioria absoluta;

IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto de arrecadao dos impostos a que referem os artigos 158 e 159 da Constituio Federal, a destinao de recursos para manuteno e desenvolvimento do ensino, destinados escola pblica, escolas comunitrias, confessionais ou filantrpicas definidas em lei federal que:

a) comprovem finalidade no lucrativa;b) assegurem a destinao de seu patrimnio a outra escola comunitria ou ao Municpio, caso encerrem suas atividades.

V - a abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa e sem indicao dos recursos correspondentes;

VI - a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa;

VII - a concesso ou utilizao de crditos ilimitados;

VIII - a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos, inclusive dos mencionados no Art. 94, 3, III;

IX - a instituio de fundos de qualquer natureza, sem prvia autorizao legislativa.

1 Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso do plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.

2 Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que, reaberto nos limites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente.

Art. 106Os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos os crditos suplementares e especiais, destinados Cmara Municipal, ser-lhe-o entregues at o dia 20 de cada ms.

Art. 107A despesa com pessoal ativo e inativo do Municpio no poder exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

Pargrafo nico - A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta ou indireta, s podero ser feitas se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender as projees de despesa de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes.

TTULO IVDA ORDEM ECONMICA E SOCIAL

CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

Art. 108O Municpio, dentro de sua competncia, organizar a ordem econmica e social, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores interesses da coletividade.

Art. 109A interao do Municpio, no domnio econmico, ter por objetivo estimular e orientar a produo, de