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Diário Oficial MUNICÍPIO DE MARATAÍZES - ESTADO DO ESPÍRITO SANTO w w w . m a r a t a i z e s . e s . g o v . b r ANO XII - Nº 2399 - MARATAÍZES - ES - sexta-feira – 29 de dezembro de 2017 MUNICÍPIO DE MARATAÍZES - ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Criado pela Lei Municipal – Nº. 872/2005 – Distribuição Gratuita P O D E R E X E C U T I V O LEI Nº 1.975 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2017 INSTITUI O CÓDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O Prefeito Municipal de Marataízes, Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e o Executivo sanciona a seguinte Lei: LIVRO I Parte Geral TÍTULO I Da Política Ambiental CAPÍTULO I Dos Princípios Art. 1º Esta Lei, ressalvadas as competências da União e do Estado, institui o Código Ambiental do Município de Marataízes e estabelece as bases normativas para a Política Municipal do Meio Ambiente, observados os seguintes princípios: I- Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo pelas presentes e futuras gerações; II- Preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente e gestão de recursos ambientais, levando em consideração sua disponibilidade e limites de forma a permitir o desenvolvimento sustentável do município; LEIS

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Dirio OficialMUNICPIO DE MARATAZES - ESTADO DO ESPRITO SANTO

w w w . m a r a t a i z e s . e s . g o v . b rANO XII - N 2399 - MARATAZES - ES - sexta-feira 29 de dezembro de 2017

MUNICPIO DE MARATAZES - ESTADO DO ESPRITO SANTO

Criado pela Lei Municipal N. 872/2005 Distribuio Gratuita

P O D E R E X E C U T I V O

LEI N 1.975 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2017 INSTITUI O CDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E D OUTRAS PROVIDNCIAS. O Prefeito Municipal de Maratazes, Estado do Esprito Santo, no uso de suas atribuies legais, faz saber que a Cmara Municipal aprovou e o Executivo sanciona a seguinte Lei:

LIVRO I

Parte Geral

TTULO I

Da Poltica Ambiental

CAPTULO I

Dos Princpios Art. 1 Esta Lei, ressalvadas as competncias da Unio e do Estado, institui o Cdigo Ambiental do Municpio de Maratazes e estabelece as bases normativas para a Poltica Municipal do Meio Ambiente, observados os seguintes princpios: I- Ao governamental na manuteno do equilbrio ecolgico, considerando o meio ambiente como patrimnio pblico a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo pelas presentes e futuras geraes; II- Preservao, conservao, defesa, melhoria, recuperao e controle do meio ambiente e gesto de recursos ambientais, levando em considerao sua disponibilidade e limites de forma a permitir o desenvolvimento sustentvel do municpio;

LEIS

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III- Racionalizao no manejo de recursos ambientais, naturais ou no, e do uso do solo, do subsolo, da gua, da fauna, da flora, do ar e do ambiente marinho; IV- Prevalncia do interesse pblico sobre o privado e a funo social e ambiental da propriedade; V- Desenvolvimento e implementao de mecanismos que garantam a participao comunitria e a integrao dos diversos organismos setoriais nas aes do Poder Pblico, visando consecuo dos objetivos da Poltica Municipal do Meio Ambiente; VI- Considerao do padro na interao entre os recursos ambientais e atividades ocorrentes no territrio do municpio, com aqueles que se verificam em outras unidades geopolticas, alm da integrao com as polticas do meio ambiente nacional e estadual; VII- Desenvolvimento cientfico e tecnolgico atravs de incentivos aos estudos e pesquisas de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteo dos recursos ambientais, tendo em vista a promoo do desenvolvimento integral do ser humano; VIII- Educao ambiental e conscientizao das comunidades, objetivando capacit-las para a efetiva participao na defesa do meio ambiente; IX- Garantia da prestao de informaes relativas ao meio ambiente e multidisciplinaridade no trato das questes ambientais; X- Planejamento e fiscalizao do uso dos recursos naturais, com vistas proteo de reas ameaadas, recuperao das reas degradadas e reparao do dano ambiental; Art. 2 O estabelecimento das normas disciplinadoras do meio ambiente, incluindo as de utilizao e explorao de recursos ambientais, atender como objetivo primordial, ao principio da orientao preventiva na proteo ambiental, sem prejuzo da adoo de normas e medidas corretivas e de imputao de responsabilidade por dano ao meio ambiente; Pargrafo nico. As normas ou medidas diretivas relacionadas com a proteo ao meio ambiente e a utilizao racional dos recursos ambientais, devero, obrigatoriamente, versar sobre assunto de interesse local.

CAPTULO II

Do Interesse Local

Art. 3 Para fins desta Lei, considera-se como de interesse local qualquer ao de natureza econmica e social praticada por pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, que possa causar efeito fsico e/ou biolgico, direto ou indireto, nos ecossistemas existentes, no todo ou em parte, no territrio do municpio, exceto nas reas limtrofes em especial relacionados a: I- Cultura, hbitos, costumes, posturas e prticas sociais e econmicas regionais; II- Sade da coletividade e dos indivduos;

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III- Lagos e lagoas, s ilhas, ao solo e subsolo, flora e fauna, s matas ciliares e vegetao de restinga do municpio, mangues; IV- Patrimnio artstico, histrico, esttico, turstico e paisagstico do municpio; V- Armazenagem, beneficiamento, manipulao e transporte de produtos, materiais e rejeitos perigosos e/ou no txicos, inclusive ao longo de toda Rodovia do Sol; VI- Patrimnio marinho e costeiro, em especial os recursos pesqueiros. Pargrafo nico. O territrio do municpio de Maratazes compreende parte terrestre e parte martima, cujos limites se encontram definidos na Lei Estadual n 4.619, de 14 de janeiro de 1992, que trata da criao do municpio, e na Lei Federal n 7.525, de 22 de julho de 1986, regulamentada pelo Decreto n 93.189, de 29 de agosto de 1986, que trata dos limites territoriais martimos.

CAPTULO III

Dos Objetivos

Art. 4 So objetivos da Poltica Municipal de Meio Ambiente: I- Articular e integrar as aes e atividades ambientais desenvolvidas pelos diversos rgos e entidades do municpio com aqueles dos rgos federais e estaduais, quando necessrio; II- Articular e integrar aes e atividades ambientais intermunicipais, favorecendo consrcios, convnios e outros instrumentos de cooperao; III- Identificar e caracterizar os ecossistemas do municpio, definindo as funes especficas de seus componentes, as fragilidades, as ameaas, os riscos e os usos compatveis; IV- Compatibilizar o desenvolvimento econmico e social com a preservao ambiental, a qualidade de vida e o uso racional dos recursos ambientais, naturais ou no; V- Controlar a produo, extrao, comercializao, armazenamento, transporte e o emprego de materiais, bens e servios, mtodos e tcnicas que comportem risco para a vida ou comprometam a qualidade de vida e o meio ambiente; VI- Estabelecer normas, critrios e padres de emisso de efluentes, resduos, emies atmosfrica e de qualidade ambiental, bem como normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais, naturais ou no, adequando-os permanentemente em face da lei e de inovaes tecnolgicas; VII- Estimular a aplicao da melhor tecnologia disponvel para a constante reduo dos nveis de poluio; VIII- Preservar e conservar as reas protegidas e de interesse ambiental e turstico no municpio;

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IX- Estimular o desenvolvimento de pesquisas e o estudo tecnolgico direcionado para o uso adequado dos recursos ambientais, naturais ou no; X- Promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino, especialmente na rede de ensino municipal, incluindo a educao privada da comunidade; XI- Promover o zoneamento e o controle das atividades potenciais ou efetivamente poluidoras; XII- Incentivar o estudo cientfico e tecnolgico, direcionado para o uso e a proteo dos recursos ambientais; XIII- Proteger os ecossistemas, com a preservao e a manuteno de reas representativas; XIV- Incentivar a adoo de hbitos, costumes, posturas e prticas sociais e econmicas no prejudiciais ao meio ambiente; XV- Adequar as atividades e aes do Poder Pblico, econmicas, sociais e urbanas, s imposies do equilbrio ambiental e dos ecossistemas naturais; XVI- Adotar no processo de planejamento normas relativas ao desenvolvimento urbano que levem em conta a proteo ambiental, a utilizao adequada do espao territorial, dos recursos hdricos e minerais mediante uma criteriosa definio do uso e ocupao do solo urbano; XVII- Agir na defesa e proteo ambiental no mbito do municpio e dos demais municpios vizinhos, mediante convnios e consrcios; XVIII- Defender e proteger a regio costeira e reas de interesse ecolgico e turstico do sul do Esprito Santo, mediante convnios e consrcios com municpios da regio; XIX- Diminuir os nveis de poluio atmosfrica, hdrica, sonora e visual e paisagstica atravs de controle, mantendo-os dentro dos padres tcnicos estabelecidos pelas normas vigentes; XX- Criar Unidades de Conservao, de uso sustentvel e/ou proteo integral; XXI- Utilizar o poder de policia em defesa da flora e da fauna, estabelecendo poltica de arborizao e manejo para o municpio; XXII- Preservar, conservar e recuperar os rios, os sistemas lacunares e as matas ciliares; XXII- Garantir crescentes nveis de sade ambiental da coletividade e dos indivduos, atravs de provimento de infraestrutura sanitria e de condies de salubridade das edificaes, vias e logradouros pblicos; XXIV- Proteger o patrimnio artstico, histrico, esttico, turstico e paisagstico do municpio;

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XXV- Monitorar as atividades industriais, inclusive a indstria de petrleo e petroqumica, em quaisquer de suas formas, controlando o uso, armazenagem, transporte e destinao de resduos, e garantindo medidas de proteo s populaes envolvidas; XXVI- Incentivar estudos visando a conhecer o ambiente, seus problemas e solues, bem como a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, processos, modelos, sistemas e tcnicas de significativo interesse ecolgico; XXVII- Fiscalizar o cumprimento de normas de segurana no tocante armazenagem, transporte e manipulao de produtos, materiais e rejeitos perigosos e/ou txicos.

CAPTULO IV

Dos Instrumentos Art. 5 So instrumentos da poltica municipal de meio ambiente: I- Zoneamento ambiental do municpio ZAM; II- Plano Diretor Municipal PDM; III- Avaliao Ambiental Estratgica - AAE; IV- Avaliao de Impacto Ambiental AIA; V- Estudo Prvio de Impacto Ambiental EPIA; VI- Declarao de Impacto Ambiental DIA; VII- Estudo de Impacto Ambiental EIA/RIMA; VIII- Licenciamento Ambiental; IX- Auditoria Ambiental; X- Monitoramento Ambiental; XI- Sistema Municipal de Informaes e Cadastros Ambientais SIMICA; XII- Plano Diretor de Arborizao e reas verdes; XIII- Incentivos financeiros e fiscais; XIV- Fiscalizao Ambiental; XV- Fiscalizao Ambiental; XVI- As penalidades disciplinares ou compensatrias ao no cumprimento das medidas necessrias preservao ou correo da degradao ambiental;

CAPTULO V

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Dos Conceitos Gerais

Art. 6 Para fins desta Lei devero ser observados os seguintes conceitos: I- reas de Proteo Ambiental (APA): pertencem ao grupo de unidades de conservao de uso sustentvel. So constitudas por reas pblicas e/ou privadas e tm o objetivo de disciplinar o processo de ocupao das terras e promover a proteo dos recursos abiticos e biticos dentro de seus limites, de modo a assegurar o bem-estar da populao humana que a vive. As pesquisas cientficas nessas reas tambm dependem de prvia autorizao do rgo Executivo; II- reas de Preservao Permanente: pores do territrio municipal terrestre ou martimo, de domnio pblico ou privado, destinado preservao de suas caractersticas ambientais relevantes, assim definido em lei; III- rea de Relevante Interesse Ecolgico: uma rea, em geral, de pequena extenso, com pouca ou nenhuma ocupao humana, com caractersticas naturais extraordinrias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importncia regional ou local e regular o uso admissvel dessas reas, de modo a compatibiliz-lo com os objetivos de conservao da natureza. So constitudas por reas pblicas e/ou privadas; IV- reas Verdes: reas representativas de ecossistemas criados pelo Poder Pblico por meio de reflorestamento em terra de domnio pblico ou privado; V- Conservao: uso sustentvel dos recursos naturais, tendo em vista a sua utilizao sem colocar em risco a manuteno dos ecossistemas existentes, garantindo-se a biodiversidade; VI- Conservao da Natureza: manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservao, a manuteno, a utilizao sustentvel, a restaurao e recuperao do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefcio, em bases sustentveis, s atuais geraes, mantendo o seu potencial de satisfazer s necessidades e aspiraes futuras e garantindo a sobrevivncia dos seres vivos em geral; VII- Conservao In Situ: conservao de ecossistemas e habitats naturais e a manuteno e recuperao de populaes viveis de espcies em seus meios naturais e, no caso, de espcies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades; VIII- Corredores Ecolgicos: pores de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservao, que possibilitem entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a disperso de espcies e a recomposio de reas degradadas, bem como a manuteno de populaes que demandam, para sua sobrevivncia, reas com extenso maior do que aquelas das unidades individuais; IX- Degradao Ambiental: alterao adversa das caractersticas do meio ambiente; X- Diversidade Biolgica: variedade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas

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aquticos e os complexos ecolgicos de que fazem parte, compreendendo, ainda, a diversidade dentro de espcies, entre espcies e de ecossistemas; XI- Ecossistemas: conjunto integrado de fatores fsicos e biticos que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espao de dimenses variveis. uma totalidade integrada, sistmica e aberta, que envolve fatores abiticos e biticos, com respeito sua composio, estrutura e funo;. XII- Estao Ecolgica: tem como objetivo a preservao da natureza e a realizao de pesquisas cientificas. A Estao Ecolgica de posse e dominio pblicos, sendo que as reas particulares, includas em seus limites, sero desapropriadas. proibida a visitao publica, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo. A pesquisa cientfica depende de autorizao previa do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente; XIII- Extrativismo: sistema de explorao baseado na coleta e extrao, de modo sustentvel, de recursos naturais e renovveis; XIV- Floresta Municipal: uma rea com cobertura florestal de espcies predominantemente nativas e tem como objetivo bsico o uso mltiplo sustentvel dos recursos florestais e a pesquisa cientifica, com nfase em mtodos para explorao sustentvel de florestas nativas; XV- Gesto Ambiental: tarefa de administrar e controlar os usos sustentados dos recursos ambientais, naturais ou no, por instrumentao adequada, regulamentos, normatizao e investimentos pblicos, assegurando racionalmente o conjunto de desenvolvimento produtivo social e econmico, em beneficio do meio ambiente; XVI- Manejo: tcnica de utilizao racional e controlada de recursos ambientais mediante a aplicao de conhecimentos cientficos e tcnicos, visando a atingir os objetivos de assegurar a conservao da diversidade biolgica e dos ecossistemas; XVII- Meio Ambiente: o conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biologia, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; XVIII- Monumento Natural: tem como objetivo bsico preservar stios naturais raros, singulares ou de grande beleza cnica. O monumento natural pode ser constitudo por reas particulares, desde que seja possvel compatibilizar os objetivos da unidade com a utilizao da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietrios; XIX- Parque Municipal: tem como objetivo bsico a preservao de ecossistemas naturais de grande relevncia ecolgica e beleza cnica, possibilitando a realizao de pesquisas cientificas e o desenvolvimento de atividades de educao e interpretao ambiental, de recreao em contato com a natureza e de turismo ecolgico; XX- Plano de Manejo: documento tcnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservao, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da rea e o manejo dos recursos naturais, com o propsito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade;

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XXI- Poluio: alterao da qualidade ambiental resultante de atividades humanas ou fatores naturais que direta ou indiretamente: a. Prejudiquem a sade, a segurana ou o bem-estar da populao; b. Criem condies adversas ao desenvolvimento scio-econmico; c. Afetem desfavoravelmente a biota; d. Lancem matrias ou energia em desacordo com os padres ambientais estabelecidos; e. Afetem as condies estticas e sanitrias do meio ambiente. XXII- Poluidor: pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, direta ou indiretamente responsvel por atividade causadora de poluio ou degradao efetiva ou potencial; XXIII- Preservao: conjunto de mtodos, procedimentos e polticas que visem a proteo, a longo prazo, das espcies, habitats e ecossistemas, alm da manuteno dos processos ecolgicos prevenindo a simplificao dos sistemas naturais; XXIV- Proteo: procedimentos integrantes das prticas de conservao e preservao da natureza; XXV- Proteo Integral: manuteno dos ecossistemas livres de alteraes causadas por interferncia humana, admitindo apenas o uso indireto dos seus atributos naturais; XXVI- Recuperao: restituio de um ecossistema ou de uma populao silvestre degradada a uma condio no degradada, que pode ser diferente de sua condio original; XXVII- Recursos Ambientais: a atmosfera, as guas interiores, superficiais e subterrneas, os esturios, o mar territorial, o solo, o subsolo, a fauna e a flora; XXVIII- Refgio de Vida Silvestre: tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condies para a existncia ou reproduo de espcies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratria; XXIX- Reserva Biolgica: pertencem ao grupo de unidades de conservao de proteo integral e esto destinadas preservao integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferncia humana direta ou modificaes ambientais, excetuando-se as medidas de recuperao de seus ecossistemas alterados e as aes de manejo necessrias para recuperar e preservar o equilbrio natural, a diversidade biolgica e os processos ecolgicos naturais, conforme determinado em seu plano de manejo. Nas Reservas Biolgicas s permitida visitao com objetivos educacionais, de acordo com as determinaes de seu plano de manejo. As pesquisas cientificas dependem de autorizao previa do rgo Executivo da poltica Municipal de Meio Ambiente, estando sujeita s normas por ele estabelecidas; XXX- Reserva de Desenvolvimento Sustentvel: uma rea natural que abriga populaes tradicionais, cuja existncia baseia-se em sistemas sustentveis de explorao dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de geraes e adaptados s condies ecolgicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteo da natureza e na manuteno da diversidade biolgica;

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XXXI- Reserva de Fauna: uma rea natural com populaes animais de espcies nativas, terrestres ou aquticas, residentes ou migratrias, adequadas para estudos tcnico-cientificos sobre o manejo econmico sustentvel de recursos faunsticos; XXXII- Reserva Ecolgica: pertencem ao grupo de unidades de conservao de proteo integral. A visitao nessas reas s permitida com fins educacionais, devendo respeitar o estabelecido nos planos de manejo. As pesquisas cientificas dependem de autorizao prvia do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente, estando sujeita s normas por ela estabelecidas; XXXIII- Reserva Extrativista: uma rea utilizada por populaes extrativistas tradicionais, cuja subsistncia baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistncia e na criao de animais de pequeno porte, e tem como objetivos bsicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populaes, e assegurar o uso sustentvel dos recursos naturais da unidade; XXXIV- Reserva Particular do Patrimnio Natural: a rea de domnio privado a ser especialmente protegia por iniciativa de seus proprietrios mediante reconhecimento do Poder Pblico, por ser considerada de relevante importncia pela sua biodiversidade ou pelo seu aspecto paisagstico, ou, ainda, por suas caractersticas ambientais que justificam aes de recuperao. Sua destinao no pode ser outra seno a de proteo integral dos recursos, admitindo-se, neste contexto, a prtica do turismo ecolgico, a educao ambiental e a educao cientifica; XXXV- Restaurao: restituio de um ecossistema ou de uma populao silvestre degredada o mais prximo possvel de sua condio original; XXXVI- Unidades de Conservao: parcelas do territrio municipal, terrestre e/ou martimo, incluindo as reas com caractersticas ambientais relevantes e de domnio publico ou privado, legalmente constitudas, ou reconhecidas pelo Poder Pblico, com objetivos e limites definidos, sob regime especial de administrao, s quais se aplicam garantias adequadas de proteo; XXXVII- Uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou no, dos recursos naturais; XXXVIII- Uso Indireto: aquele que no envolve consumo, coleta, dano ou destruio dos recursos naturais; XXXIX- Uso Sustentvel: explorao do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renovveis e dos processos ecolgicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecolgicos, de forma socialmente justa e economicamente vivel; XL- Zoneamento: definio de setores ou zonas em uma unidade de conservao com objetivos de manejo e normas especficos, com o propsito de proporcionar os meios e as condies para que todos os objetivos da unidade possam ser alcanados de forma harmnica e eficaz.

TTULO II

Do Sistema Municipal de Meio Ambiente - SIMA

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CAPITULO I

Da Estrutura

Art. 7 O Sistema Municipal do Meio Ambiente SIMA o conjunto de rgos e entidades pbicas e privadas integrados com o objetivo de preservao, conservao, defesa, melhoria, recuperao, controle do meio ambiente e uso adequado dos recursos ambientais do municpio, consoante o disposto neste Cdigo. Art. 8 Integram o Sistema Municipal de Meio Ambiente SIMA: I- Secretaria Municipal de Meio Ambiente, rgo Executivo Municipal, com a funo de coordenao, controle e execuo da poltica ambiental; II- Conselho Municipal Ambiental CMA - rgo Colegiado e Autnomo, de carter consultivo, deliberativo e normativo da poltica ambiental; III- Organizaes da sociedade civil que tenham a questo ambiental entre seus objetivos; IV- Outras secretarias e autarquias afins do Municpio, definidas em ato do Poder Executivo integrantes da Administrao Pblica Municipal ou a ela vinculadas, cujas atividades estejam associadas s de preservao da qualidade ou do disciplinamento do uso dos recursos ambientais, ou que sejam responsveis pela execuo de programas ou projetos de incentivos governamentais, de financiamentos subsidiados ou de controle e fiscalizao de atividades susceptveis degradao da qualidade ambiental; V- Fundo Municipal de Meio Ambiente de Maratazes FUMMAM, com o objetivo de desenvolver os projetos que visem ao uso racional e sustentvel de recursos naturais, incluindo a manuteno, melhoria ou recuperao da qualidade ambiental no sentido de elevar a qualidade de vida da populao do municpio. Art. 9 Os rgos e entidades que compem o SIMA atuaro de forma harmnica e integrada, sob a coordenao do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente, observada a competncia do rgo Colegiado.

CAPITULO II

Do rgo Executivo

Art. 10. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMA o rgo de coordenao, controle e execuo da poltica municipal de meio ambiente, com as atribuies e competncias definidas neste Cdigo. Art. 11. Cabe ao rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente, alm das atividades correlatas atribudas pela Administrao, implementar os objetivos e instrumentos da Poltica Municipal do Meio Ambiente do Municpio e fazer cumprir a presente lei, competindo-lhe: I- Participar do planejamento das polticas pblicas do municpio;

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II- Propor, implementar, executar e fiscalizar, direta ou indiretamente, a poltica ambiental do municpio de Maratazes; III- Elaborar o Plano de Ao de Meio Ambiente e a respectiva proposta oramentria; IV- Coordenar aes e executar planos, programas, projetos e atividades de proteo ambiental; V- Coordenar as aes dos rgos integrantes do SIMA; VI- Realizar o licenciamento, controle e o monitoramento das atividades produtivas e dos prestadores de servios, quando potencial ou efetivamente poluidores ou degradadores do meio ambiente; VII- Manifestar-se, mediante estudos e pareceres tcnicos sobre questes de interesse ambiental para a populao do municpio; VIII- Articular-se com organismos federais, estaduais, municipais e organizaes no governamentais ONGs, para a execuo coordenada e a obteno de financiamentos para a implantao de programas relativos preservao, conservao e recuperao dos recursos ambientais, naturais ou no; IX- Coordenar a gesto do FUMMAM, nos aspectos tcnicos, administrativos e financeiros, segundo as diretrizes fixadas pelo rgo Colegiado; X- Apoiar as aes das organizaes da sociedade civil que tenham a questo ambiental entre seus objetivos; XI- Propor a criao e gerenciar as unidades de conservao, implementando os planos de manejo; XII- Recomendar ao rgo Colegiado normas, critrios, parmetros, padres, limites, ndices e mtodos para o uso dos recursos ambientais do municpio; XIII- Licenciar a localizao, a instalao, a operao e a ampliao das obras e atividades consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou degradadoras do Meio Ambiente de impacto local e daquelas cujas competncias forem delegadas ao municpio por meio de instrumento legal; XIV- Desenvolver, com a participao dos rgos e entidades do SIMA o zoneamento ambiental; XV- Fixar diretrizes ambientais para o planejamento urbano e reviso do Plano Diretor Municipal, o PDM, bem como para a instalao de atividades e empreendimentos no mbito da coleta e deposio dos resduos; XVI- Coordenar a implantao do zoneamento ambiental, do Plano Diretor Urbano, do Plano Diretor de Arborizao e reas Verdes e promover sua regulamentao; XVII- Promover as medidas administrativas e requerer as judiciais cabveis para coibir, punir e responsabilizar os agentes poluidores e degradadores do meio ambiente;

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XVIII- Atuar, em carter permanente, na recuperao de reas e recursos ambientais poludos ou degradados; XIX- Fiscalizar as atividades produtivas, industriais, comerciais e de prestao de servios, transportes e o uso de recursos ambientais pelo Poder Pblico e pelo particular; XX- Exercer o poder da Policia Administrativa para condicionar e restringir o uso e gozo dos bens, atividades e direitos, em beneficio da preservao, conservao, defesa, melhoria, recuperao e controle do meio ambiente; XXI- Determinar a realizao de estudos ambientais prvios; XXII- Dar apoio tcnico, administrativo e financeiro ao rgo Colegiado; XXIII- Dar apoio tcnico e administrativo ao Ministrio Pblico, nas suas aes institucionais, em defesa do Meio Ambiente; XXIV- Elaborar projetos ambientais; XXV- Adotar as medidas necessrias ao fiel cumprimento dos convnios de cooperao, em matria ambiental, que o municpio mantenha ou venha manter com outros entes federativos; XXVI- Estabelecer as normas de proteo ambiental no tocante s atividades que interfiram ou possam interferir na qualidade de sade e do meio ambiente; XXVII- Assessorar os rgos da administrao municipal na elaborao e reviso do planejamento local quanto aos aspectos ambientais, controle da poluio, expanso urbana e proposta para criao de novas unidades de conservao e de outras reas protegidas; XXVIII- Incentivar, colaborar, participar de estudos e planos de ao de interesse ambiental em nvel federal, estadual e municipal, atravs de aes comuns, convnios e consrcios; XXIX- Conceder licenas, autorizaes e fixar limitaes administrativas relativas ao meio ambiente; XXX- Fiscalizar e controlar a utilizao de produtos qumicos em atividades agrossilvopastoris, industriais e de prestao de servios, em parceria com os rgos competentes; XXXI- Participar da elaborao de planos de ocupao de reas de drenagem de bacias ou sub-bacias hidrogrficas; do zoneamento e de outras atividades de uso e ocupao do solo, de iniciativa de outros organismos; XXXII- Participar da promoo de medidas adequadas preservao do patrimnio arquitetnico, urbanstico, paisagstico, histrico, cultural e turstico; XXXIII- Exercer a vigilncia ambiental e o poder de polcia;

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XXXIV- Promover, em conjunto com os demais rgos do SIMA, o controle e utilizao, armazenagens e transporte de produtos perigosos e/ou txicos; XXXV- Autorizar, sem prejuzo de outras licenas cabveis, o cadastramento e a explorao de recursos minerais; XXXVI- Fixar normas de monitoramento, condies de lanamento e padres de emisso para resduos e efluentes de qualquer natureza; XXXVII- Desenvolver o sistema de monitoramento ambiental e normatizar o uso e manejo de recursos naturais; XXXVIII- Avaliar nveis de sade ambiental, promover pesquisas, investigaes, estudos, sondagens, monitoramento e outras medidas necessrias; XXXIX- Promover medidas adequadas preservao de rvores isoladas ou macios vegetais significativos; XL- Fiscalizar, de acordo com a legislao vigente, o corte e a explorao racional, ou quaisquer outras alteraes de cobertura vegetal nativa, primitiva ou regenerada; XLI- Identificar e cadastrar as rvores imunes ao corte e macios vegetais significativos; XLII- Administrar as unidades de conservao e outras reas protegidas, visando a proteo de mananciais, ecossistemas naturais, recursos hdricos, flora e fauna, recursos genticos e outros bens de interesse ecolgico, estabelecendo normas a serem observadas nessas reas; XLIII- Promover a conscientizao pblica para a proteo do meio ambiente, criando os instrumentos adequados para a educao ambiental como processo permanente, integrado e multidisciplinar, em todos os nveis de ensino, formal ou informal; XLIV- Estimular a participao comunitria no planejamento, execuo e vigilncia das atividades que visem a proteo, recuperao ou melhoria da qualidade ambiental; XLV - Implantar cadastro informatizado e sistemas de informaes geogrficas; XLVI- Implantar servios de estatstica, cartografia bsica ou temtica e de editorao tcnica relativa ao meio ambiente; XLVII- Garantir aos cidados o livre acesso s informaes e dados sobre as questes ambientais no municpio; XLVIII- Formular as normas tcnicas e legais que constituam as posturas do municpio, no que se refere ao saneamento e aos servios urbanos e rurais; XLIX- Opinar previamente sobre planos e programas anuais e plurianuais de trabalho do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente no que diz respeito a sua competncia exclusiva;

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L- Apresentar anualmente proposta oramentria ao Executivo Municipal, inerente s atividades de sua competncia exclusiva. Art. 12. Para atendimento s necessidades organizacionais do rgo Executivo da Poltica Municipal do Meio Ambiente, fica o Poder Pblico autorizado a criar, os cargos de provimento em comisso, os cargos de provimento efetivo e as funes gratificadas, necessria a implantao da estrutura organizacional bsica do referido rgo. Pargrafo nico. Os cargos de provimento efetivo devero ser preenchidos mediante concurso publico de provas e ttulos.

CAPITULO III

Do rgo Colegiado

Art. 13. Fica criado o Conselho Municipal Ambiental de Maratazes COMAM, rgo colegiado e autnomo, integrante do Sistema Municipal de Meio Ambiente SIMA, com a finalidade de assessorar, estudar e propor as diretrizes polticas, governamentais para o meio ambiente, deliberar no mbito de sua competncia sobre os recursos em processos administrativos, normas e padres relativos ao meio ambiente. Paragrafo nico: o rgo Colegiado ser composto de forma paritria e tripartite, constitudos paritariamente por representantes da sociedade civil e que tenham representatividade na comunidade, por rgo de classe representativos do setor empreendedor, e por representantes da administrao pblica, obedecido o disposto em lei e os termos deste regulamento. Art. 14. So atribuies do rgo Colegiado: I- Definir a poltica ambiental do municpio, aprovar o plano de ao do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente e acompanhar e orientar sua execuo, quando necessrio; II- Aprovar as normas, critrios, parmetros, padres e ndices de qualidade ambiental, bem como mtodos para uso dos recursos ambientais do municpio, observadas as legislaes estadual e federal; III - Aprovar os mtodos e padres de monitoramento ambiental desenvolvidos pelo rgo Executivo da Poltica Ambiental de Meio Ambiente e/ou particulares; IV- Conhecer os processos de licenciamento ambiental do municpio; V- Analisar as propostas de projetos de lei de relevncia ambiental de iniciativa do Poder Executivo, antes de serem submetidas deliberao da Cmara Municipal; VI - Acompanhar a anlise e decidir sobre os estudos ambientais, quando solicitado; VII- Apreciar, quando solicitado, Termo de Referncia para elaborao dos estudos ambientais e decidir sobre a convenincia de audincia pblica;

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VIII- Estabelecer critrios bsicos e fundamentados para a elaborao do zoneamento ambiental, podendo referendar ou no a proposta encaminhada pelo rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente ; IX- Apresentar sugestes para o planejamento da ordenao, uso e ocupao do solo urbano do municpio, no que concerne s questes ambientais; X- Propor a criao de unidades de conservao; XI- Examinar matria em tramitao na Administrao Pblica Municipal, que envolva questo ambiental, a pedido do poder executivo, de qualquer rgo ou entidade do SIMA, ou por solicitao da maioria de seus membros; XII- Propor e incentivar aes de carter educativo, para a formao da conscincia pblica, visando proteo, conservao e melhoria do meio ambiente; XIII- Fixar as diretrizes de gesto e analisar o plano de aplicao dos recursos do Fundo de Recuperao do Meio Ambiente de Maratazes FUNREMA; XIV- Opinar sobre a realizao de estudos e alternativas das possveis consequncias ambientais referentes aos projetos pblicos ou privados apresentados, requisitando das entidades envolvidas as informaes necessrias; XV- Propor ao Executivo prioridades na ao governamental relativas ao meio ambiente, visando preservao e melhoria da qualidade ambiental e do equilbrio ecolgico; XVI- Analisar e opinar sobre a ocupao e uso dos espaos territoriais de acordo com limitaes e condicionantes ecolgicos e ambientais especficos da rea; XVII- Elaborar, anualmente, o Relatrio de Qualidade do Meio Ambiente; XVIII- Atuar no sentido da conscientizao pblica para o desenvolvimento ambiental promovendo a educao ambiental formal e informal, com nfase nos problemas do municpio; XIX- Subsidiar o Ministrio Pblico nos procedimentos que dizem respeito ao meio ambiente, previstos na Constituio Federal; XX- Solicitar aos rgos competentes o suporte tcnico complementar s aes executivas do municpio na rea ambiental; XXI- Propor a celebrao de convnios, contratos e acordos com entidades pblicas e privadas de pesquisas e de atividades ligadas ao desenvolvimento ambiental; XXXXIIII-- Identificar e informar comunidade e aos rgos pblicos competentes, federal,estadual e municipal, sobre a existncia de reas degradadas ou ameaadas de degradao; XXXXIIIIII-- Opinar sobre a realizao de estudo alternativo sobre as possveis consequncias ambientais de projetos pblicos ou privados, requisitando das entidades envolvidas as informaes necessrias ao exame da matria, visando a compatibilizao do desenvolvimento econmico com a proteo ambiental;

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XXXXIIVV-- Acompanhar o controle permanente das atividades degradadoras e poluidoras ou potencialmente degradadoras e poluidoras, de modo a compatibiliz-las com as normas e padres ambientais vigentes, denunciando qualquer alterao que promova impacto ambiental ou desequilbrio ecolgico; XXXXVV-- Receber denncias feitas pela populao, diligenciando no sentido de sua apurao junto aos rgos Federais, Estaduais e Municipais responsveis e sugerindo ao Prefeito Municipal as providncias cabveis; XXVI- Acionar os rgos competentes para localizar, reconhecer, mapear e cadastrar os recursos naturais existentes no municpio para o controle das aes capazes de afetar ou destruir o meio ambiente; XXVII- Opinar nos estudos sobre o uso, ocupao e parcelamento do solo urbano, posturas municipais, visando adequao das exigncias do meio ambiente, ao desenvolvimento do municpio; XXVIII- Realizar e coordenar as audincias pblicas, quando for o caso, visando a participao da comunidade nos processos de instalao de atividades potencialmente poluidoras; XXIX- Decidir, como ltima instncia administrativa em grau de recurso, sobre multas e outras penalidades impostas pelo rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente; Art. 15. As sesses plenrias do rgo Colegiado sero sempre pblicas, permitida a manifestao oral de representantes de rgos, entidades, empresas ou autorizadas, quando convidados pelo Presidente ou pela maioria do Conselho. Pargrafo nico. O qurum das reunies plenrias do rgo Colegiado ser de 1/3 (um tero) de seus membros para a abertura das sesses e de maioria simples para deliberaes. Art. 16. O rgo Colegiado ser composto de forma paritria por representantes do Poder Pblico e representantes da sociedade civil, a saber: I- Representante da Administrao Pblica; a) Um representante da Secretaria de Meio Ambiente; b) Um representante da Secretaria de Agricultura; c) Um representante da Secretaria Municipal de Obras; d) Um representante da Secretaria Municipal de Turismo; e) Um representante da Secretaria Municipal de Governo; f) Um representante da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentvel; g) Um representante do IDAF-ES; h) Um representante da Secretaria Municipal de Servios Urbanos. i) Um representante da Secretaria Municipal de Sade II- Representante do setor empreendedor: a) um representante das associaes de comrcios, indstrias e servios; residente no municpio; b) um representante de entidade representativa de pescadores e armadores, residente no municpio;

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c) um representante da Associao dos Plantadores de Cana de Maratazes e residente no municpio; d)um representante do setor imobilirio civil ou construo civil, residente no Municpio; III- Representante da Sociedade Civil Organizada com sede e residente no municpio; a) um representante de associao popular e comunitrias da sede e residente no municpio; b)um representante de Organizao no-governamental, com sede e residente no municpio; c)um representante de entidade religiosa com representatividade no municpio, de livre escolha por meio de assembleia a ser realizada entre as que estejam regularmente cadastradas como entidade ambientalista no Estado do Esprito Santo; d)um representante de associaes populares e comunitrias do interior do municpio; 1- O rgo Colegiado ser presidido pelo Secretrio Municipal de Meio Ambiente e na sua Ausncia, por membro indicado pelo Prefeito Municipal. 2- O Componente que presidir as reunies do rgo Colegiado exercer seu direito de voto, somente em casos de empate. 3- Cada membro do rgo Colegiado ter um suplente que o substituir em caso de impedimento ou ausncia. 4- Os membros do rgo Colegiado e seus respectivos suplentes sero indicados pelas entidades nele representadas e designadas por ato do Prefeito Municipal, para mandato de 02(dois) anos, permitida a reconduo. 5- Os rgos ou Entidades mencionadas do caput deste artigo podero substituir o membro efetivo indicado ou seu suplente, mediante comunicao por escrito, dirigida ao Presidente do rgo Colegiado, nos casos de impedimento legal, conforme dispuser o regulamento. 6- O mandato para o membro do rgo Colegiado ser gratuito e considerado servio de relevante valor social para o municpio. 7- Podero participar das reunies do rgo Colegiado, sem direito a voto, pessoas especialmente convidadas pelo seu presidente. 8- O representante do rgo Colegiado ter perda de seu mandato caso falte s reunies por trs (03) vezes consecutivas ou 05(cinco) alternadas, em perodo anual, sem apresentao de prvia justificativa submetida apreciao e aceita pelo plenrio. 9- Poder ser substituda entidade representativa constante dos incisos deste artigo, mediante deciso motivada, e por aprovao de 10(dez) conselheiros, no sendo permitido o voto do Presidente. Neste caso dever ser indicado formalmente ao chefe do Poder Executivo Municipal o nome da nova entidade. Se a entidade excluda for do setor pblico Municipal, a indicao caber ao prprio chefe do Poder Executivo Municipal. Art. 17. O rgo Colegiado dever dispor de Cmaras especializadas como rgos de apoio tcnico s suas aes consultivas, deliberativas e normativas. Pargrafo nico. O rgo Colegiado poder solicitar ao Executivo a constituio, por decreto, de comisses integradas por tcnicos especializados em proteo ambiental, para emitir pareceres e laudos tcnicos.

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Art. 18. O Presidente do rgo Colegiado, de ofcio ou por indicao dos membros das cmaras especializadas, poder convidar dirigentes de rgos pblicos ou privados, pessoas fsicas ou jurdicas, para esclarecimento sobre matria em exame. Art. 19. O rgo Colegiado manter intercmbio com os demais rgos congneres municipais, estaduais e federais. Art. 20. O rgo Colegiado, a partir de informao ou notificao de medida ou ao causadora de impacto ambiental, diligenciar para que o rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente providencie sua apurao e determine as providncias cabveis. Art. 21. A estrutura necessria ao funcionamento do rgo Colegiado ser de responsabilidade do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente. Art. 22. Os atos do rgo Colegiado so de domnio pblico e sero amplamente divulgados pelo rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente. Art. 23. No prazo mximo, de 180 (cento e oitenta) dias aps sua instalao, o rgo Colegiado elaborar o seu Regimento, que dever ser aprovado por Decreto do Prefeito Municipal. Art. 24. A instalao do rgo Colegiado e a composio de seus membros ocorrer no prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da publicao desta Lei.

CAPTULO IV

Do Fundo de Recuperao do Meio Ambiente de Maratazes FUNREMA Art. 25. Fica criado o Fundo de Recuperao do Meio Ambiente de Maratazes FUNREMA para concentrar recursos destinados a projetos de interesse ambiental. 1 No prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da publicao desta Lei, o Chefe do Poder Executivo dever normatizar as diretrizes de administrao do Fundo, atravs de Decreto. 2 Constituem receitas do FUNREMA: I- Dotaes oramentrias; II- Arrecadaes de multas previstas em Lei; III- Contribuies, subvenes e auxlios da Unio, Estado, Municpio e de suas autarquias, das empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes; IV- As resultantes de convnios, contratos e consrcios, celebrados entre o municpio e instituies pblicas ou privadas, cuja execuo seja de competncia do rgo Executivo da Poltica Municipal do Meio Ambiente, observadas as obrigaes contidas nos respectivos instrumentos; V- As resultantes de doaes que venha a receber de pessoas fsicas e jurdicas, ou de organizaes pblicas ou privadas, nacionais, estrangeiras e internacionais;

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VI- Rendimentos de qualquer natureza que venha auferir como remunerao decorrente de aplicao do seu patrimnio; VII- Outros recursos, que por sua natureza, possam ser destinados ao FUNREMA; VIII- Recursos proveniente de todos os leiles de materiais inservveis(sucatas) realizados pelo municpio; IX- Recursos provenientes das taxas dos procedimentos de licenciamento ambiental e controle ambiental. Pargrafo nico. A aplicao do FUNREMA ser regulamentada por ato do Conselho Municipal de Meio Ambiente do Municpio.

TTULO III

Da Aplicao da Poltica Municipal de Meio Ambiente

CAPTULO I

Normas Gerais

Art. 26. Os instrumentos da Poltica Municipal de Meio Ambiente encontram-se elencados no ttulo I, Captulo IV deste Cdigo e devero, obrigatoriamente, integrar o Plano de Ao do Meio Ambiente, a ser elaborado pelo rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente. Art. 27. Cabe ao municpio a implementao dos instrumentos da Poltica Municipal de Meio Ambiente para a perfeita consecuo dos objetivos definidos no ttulo I, Captulo III, em harmonia com os princpios adotados e descritos no titulo I, Captulo I, todos deste Cdigo.

CAPTULO II

Do Zoneamento Ambiental do Municpio Art. 28. O zoneamento ambiental do municpio (ZAM) consiste da definio de reas do territrio do municpio, que por suas caractersticas fsicas, biolgicas e scio-econmicas, bem como por sua dinmica e contrastes internos, devam ser objeto de disciplina especial, com vistas ao desenvolvimento de aes capazes de conduzir ao aproveitamento, manuteno e/ou recuperao de sua qualidade ambiental e do seu potencial produtivo. Pargrafo nico. O Zoneamento Ambiental do Municpio ZAM definir metas e normas ambientais e scio-econmicas relativas aos meios rurais, urbanos e aquticos, a serem alcanados por meio do Plano de Ao do Meio Ambiente e so determinadas pelo Plano Diretor Municipal(PDM). Art. 29. As zonas ambientais do municpio so aquelas assim determinadas no PDM. Art. 30. O processo de elaborao e implementao do Zoneamento Ambiental do Municpio(ZAM), buscar a sustentabilidade ecolgica, econmica e social, com vistas a

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compatibilizar o crescimento econmico e a proteo dos recursos naturais e na definio de cada zona observar, no mnimo: I- Diagnsticos dos recursos naturais e socieconmicos que dever conter, obrigatoriamente, as potencialidades e fragilidades naturais, as condies de vida da populao e da biota, a indicao de corredores ecolgicos, as incompatibilidades legais e reas institucionais; II- Informaes constantes do Sistema de Informaes Geogrficas; contendo normatizao tcnica com base nos referenciais da Associao Brasileira de Normas Tcnicas e da Comisso Nacional da Cartografia para produo e publicao de mapas e relatrio tcnicos; III- Cenrios, tendncias e alternativas, definidos em funo das tendncias de ocupao dos fluxos econmicos e populacionais, da localizao das infraestruturas e circulao da informao; IV- Diretrizes Gerais e especficas que dever conter obrigatoriamente: a) atividades adequadas a cada zona, de acordo com sua fragilidade ecolgica, capacidade de suporte e potencialidades; b)Necessidades de proteo ambiental e conservao das guas do solo, do subsolo, da fauna e flora e demais recursos naturais renovveis e no renovveis; c) definio de reas para unidades de conservao, de proteo integral e de uso sustentvel; d)critrios para orientar as atividades pesqueiras, agrcola, pecuria, de urbanizao, de industrializao, de minerao e de outras opes de uso dos recursos ambientais; e)medidas destinadas a promover, de forma ordenada e integrada, o desenvolvimento ecolgico e economicamente sustentvel, com objetivo de melhorar a convivncia entre a populao e os recursos ambientais, inclusive com a previso de diretrizes para implantao de infraestrutura de fomento s atividades econmicas.

SEO I

Dos Espaos Territoriais Especialmente Protegidos Art. 31. Os espaos territoriais especialmente protegidos, sujeitos a regime jurdico especial, so definidos neste captulo, cabendo ao municpio sua delimitao, quando no definidos em lei. Art. 32. So espaos territoriais especialmente protegidos: I- As reas de preservao permanentes; II- As unidades de conservao; III- As reas verdes pblicas e particulares; IV- Morros e montes; V- As praias, as ilhas, os lagos, lagoas, lagunas, nascentes, brejos, rios, mangues, a orla martima, restinga e os afloramentos rochosos do municpio de Maratazes; VI- O territrio martimo do municpio de Maratazes; VII- As reas de Reserva Legal Averbadas;

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Art. 33. O rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente definir e o rgo Colegiado aprovar as formas de reconhecimento dos espaos territoriais especialmente protegidos do domnio particular, para fins de integrao ao Sistema Municipal de Unidades de Conservao.

DAS REAS DE PRESERVAO PERMANENTE

Art. 34. So reas de preservao permanente: I- As faixas marginais de qualquer curso d'gua natural perene e intermitente, excluindo os efmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mnima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'gua de menos de 10(dez) metros de largura; b)50(cinquenta) metros, para os cursos d'gua que tenham de 10(dez) a 50(cinquenta) metros de largura; c)100 (cem) metros, para os cursos d'gua que tenham de 50 (cinquenta) a 200(duzentos) metros de largura; d)200 (duzentos) metros, para os cursos d'gua que tenham de 200(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e)500 (quinhentos) metros, para os cursos d'gua que tenham de largura superior a 600 (seiscentos) metros; II- As reas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura minma de : a) 100 metros, em zonas rurais exceto para o corpo d'gua com at 20(vinte) hectares de superfcie, cuja faixa marginal ser de 50 (cinquenta) metros; b) 30 metros em zonas urbanas; III- As reas no entorno dos reservatrios de guas artificiais, decorrentes de barramentos ou represamento de cursos d'gua naturais, na faixa definida na licena ambiental do empreendimento. IV- As reas no entorno das nascentes e dos olhos d'gua perenes, qualquer que seja sua situao topogrfica, no raio mnimo de 50(cinquenta) metros; V- As encostas ou partes destas com declividade superior a 45, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; VI- As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII- Os manguezais em toda sua extenso; VIII- As bordas dos tabuleiros ou chapadas, at a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projees horizontais; IX- No topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mnima de 100 (cem) metros e inclinao mdia maior que 25, as reas delimitadas a partir da curva de nvel correspondente a 2/3(dois teros) da altura mnima de elevao sempre em relao base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por plancie ou espelho d'gua adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de clula mais prximo da elevao; X- As reas em altitudes superior a 1800(um mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetao;

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XI- Veredas, a faixa marginal, em projeo horizontal, com largura mnima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espao permanentemente brejoso e encharcado; Pargrafo Primeiro No ser exigida a rea de preservao permanente no entorno de reservatrios artificiais de gua que no decorram de barramento ou represamento de cursos d'guas naturais. Pargrafo Segundo Nas acumulaes naturais ou artificiais de gua com superfcie inferior a 1(um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteo previstas nos incisos II e III do caput, vedada nova supresso de reas de vegetao nativa, salvo autorizao do rgo ambiental competente dos Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA. Pargrafo Terceiro Nos imveis rurais com at 15 mdulos fiscais, admitida, nas reas de que tratam os incisos, I e II, do Caput deste artigo, a prtica da aquicultura e a infraestrutura fsica diretamente a ela associada, desde que: a)Sejam adotadas prticas sustentveis de manejo de solo e gua e de recursos hdricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; b)Esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gesto de recursos hdricos; c) Seja realizado o licenciamento pelo rgo ambiental competente; d) O imvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural CAR. e) No implique novas supresses de vegetao nativa;

SUBSEO II

Das Unidades de Conservao e as de Domnio Privado Art.35. As unidades de conservao so criadas por ato do poder pblico e definidas segundo as seguintes categorias: I- Unidade de Proteo Integral: o objetivo bsico das unidades de proteo integral preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais e so compostas pelas seguintes categorias: a. Estao Ecolgica; b. Reserva Biolgica; c. Parque Municipal; d. Monumento Natural; e. Refgio de Vida Silvestre. II- Unidade de Uso Sustentvel: o objetivo bsico das unidades de uso sustentvel compatibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel de parcela dos seus recursos

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naturais. Constituem o grupo das unidades de uso sustentvel as seguintes categorias de unidades de conservao: a. rea de proteo ambiental; b. rea de relevante interesse ecolgico; c. Floresta municipal; d. Reserva extrativista; e. Reserva de fauna; f. Reserva de desenvolvimento sustentvel; g. Reserva particular do patrimnio natural. Pargrafo nico. Dever constar no ato do poder pblico a que se refere o caput deste artigo as diretrizes para regularizao fundiria, demarcao georeferenciada, bem como a indicao da respectiva rea do entorno, histrico da rea, levantamento dos meios fsicos, biticos e antrpicos do local, onde evidencie a importncia da proteo e conservao da rea, ameaas potenciais ao bem em questo, entre outros aspectos relevantes. Art. 36. As unidades de conservao constituem o sistema municipal de unidades de conservao, o qual deve ser integrado aos sistemas estadual e federal. Art. 37. A alterao adversa, a reduo da rea ou a extino de unidades de conservao somente ser possvel mediante lei municipal motivada por estudo tcnico que comprove o requerido.

SUBSEO III

Das reas Verdes Art. 38. As reas verdes sero regulamentadas por ato do poder pblico municipal.

SUBSEO IV

Das Praias, Ilhas, Lagos e Lagoas, Rios, Mangues e dos Afloramentos Rochosos

Art. 39. As praias, as ilhas, os lagos e lagoas, os rios, a orla martima, mangues e os afloramentos rochosos do municpio de Maratazes so reas de proteo paisagstica.

SUBSEO V

Do Territrio Martimo do Municpio de Maratazes Art. 40. O Poder Pblico adotar medidas preventivas, legais e reparadoras em relao ao ecossistema marinho do municpio com vistas a impedir, reduzir e controlar sua degradao, de forma a manter sua capacidade de sustentar e produzir recursos vivos, contribuindo para a melhoria do nvel de vida e sade das populaes costeiras.

CAPTULO III

Do Planejamento e da Ordenao do Uso e da Ocupao do Solo Urbano

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Art. 41. O planejamento urbano do municpio de Maratazes ter por finalidade promover a ordenao do uso do solo, com base nas condies fsico-ambientais e scio-econmicas locais, visando sempre a melhoria de qualidade de vida da populao, mediante a programao, instalao, explorao e a administrao de servios comuns, em especial, quanto ao: I- Uso o e parcelamento do solo; II- Equipamentos urbanos; III- Proteo ambiental e paisagstica; IV- Criao de reas comuns de expanso ou conteno urbana; V- Finanas pblicas e poltica tributria. Art. 42. O planejamento urbano do municpio estimular e ordenar o desenvolvimento municipal, estabelecendo as prioridades de investimentos e as diretrizes de uso e ocupao do solo, bem como os instrumentos que sero aplicados no controle do crescimento urbano. Art. 43. O Plano Diretor Municipal PDM o instrumento bsico da poltica municipal de desenvolvimento e integra um processo contnuo de planejamento urbano do municpio, tendo como princpios fundamentais as funes sociais da cidade e a funo social da propriedade. Art. 44. O Plano Diretor Municipal PDM, tem como objetivos: I- Realizar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu territrio, de forma a assegurar o bem-estar de seus habitantes; II- Estimular a expanso do mercado de trabalho das atividades produtivas; III- Propiciar melhores condies de acesso habitao, ao trabalho, aos transportes, aos equipamentos e servios urbanos, para o conjunto da populao; IV- Disciplinar a ocupao e uso do solo, compatibilizando-os com o meio ambiente e a infraestrutura disponvel; V- Compatibilizar a estrutura urbana da cidade ao crescimento demogrfico previsto e as funes regionais do municpio; VI- Preservar, conservar e recuperar as reas e edificaes de valor histrico, paisagstico e natural. Art. 45. Caber ao rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente em parceria com a secretaria municipal de obras e servios urbanos elaborar o zoneamento urbanstico e o plano diretor Municipal - PDM.

CAPITULO IV

Da Avaliao de Impacto Ambiental - AIA

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Art. 46. Considera-se impacto ambiental qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causadas por qualquer forma de matria ou energia, resultantes das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: I- A sade, segurana e o bem-estar da populao; II- As atividades sociais e econmicas; III- A biota; IV- As condies estticas e sanitrias do meio ambiente; V- A qualidade e quantidade dos recursos ambientais; VI- Os costumes, a cultura, a tradio e as formas de sobrevivncia da populao. Art. 47. A Avaliao de Impacto Ambiental - AIA - resultante do conjunto de instrumentos e procedimentos disposio do poder pblico, que possibilita a anlise e interpretao dos impactos ambientais. 1 Os instrumentos a que se refere o caput deste artigo, so todos os estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados a localizao, instalao, operao e implantao de uma atividade ou empreendimento, que podero ser apresentados como subsdios para anlise da concesso da licena requerida, tais como: como o zoneamento ambiental do municpio (ZAM), Relatrio Ambiental, Plano de Controle Ambiental (PCA), estudo prvio de impacto ambiental (EPIA); Relatrio Tcnico de Ttulo de Direito Minerrio, Relatrio de explorao, Diagnstico ambiental, Plano de Manejo, Plano de Recuperao de rea Degradada (Prad) , Anlise Preliminar de Risco, Relatrio de Controle Ambiental (RCA),estudos e relatrios de impacto ambiental (EIA), Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA) e Auditoria Ambiental.

CAPTULO V

Do Estudo Prvio de Impacto Ambiental - EPIA Art. 48. O Estudo Prvio de Impacto Ambiental - EPIA - poder ser exigido ao empreendedor, no sentido de assegurar, desde o inicio de formulao do projeto, que se faa um exame sistemtico dos impactos ambientais e suas alternativas, e cujos resultados aps anlise do poder pblico, sejam considerados em caso de deciso da implantao do projeto. 1 O EPIA dever ser capaz de assegurar ao Poder Pblico Municipal anlise e interpretao de impacto sobre a sade, o bem-estar da populao, a economia e o equilbrio ambiental e caso necessrio, uma avaliao sobre o meio fsico, bitico e social. 2 O EPIA, quanto solicitado, dever ser elaborado por profissionais legalmente habilitados e cadastrados no SICA - Sistema Municipal de Informaes e Cadastros Ambientais, s expensas do empreendedor, ficando vedada a participao de servidores pblicos municipais na elaborao dos mesmos.

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3 Os empreendedores e os profissionais que subscrevem os estudos de que trata o caput deste artigo, sero responsveis pelas informaes apresentadas, sujeitando-se s sanes administrativas, civis e penais, nos termos da lei.

CAPTULO VI

Da Declarao de Impacto Ambiental - DIA

Art. 49. A Declarao de Impacto Ambiental (DIA) parte integrante do estudo ambiental que obrigatrio em todos os casos de licenciamento para empreendimentos ou atividades que possam causar degradao ambiental, exigivel a critrio tcnico do rgo Executivo, da Poltica Municipal do Meio Ambiente. Paragrafo nico - A DIA ser de responsabilidade direta do requerente do licenciamento e dever ser elaborada por profissionais legalmente habilitados e cadastrados no SICA - Sistema Municipal de Informaes e Cadastros Ambientais, s expensas do empreendedor, ficando vedada participao de servidores pblicos municipais na elaborao dos mesmos.

CAPTULO VII

Do Estudo e Relatrio de Impacto Ambiental EIA/RIMA

Art. 50. de competncia do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente a exigncia do EIA/RIMA para o licenciamento de atividade com potencialidade de significativos impactos impactos ambientais. 1 Caso haja necessidade de incluso de pontos adicionais ao termo de referncia, tais incluses devero estar fundamentadas em exigncia legal ou, em sua inexistncia, em parecer tcnico consubstanciado, emitido pelo rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente, por profissional habilitado para exigi-lo. 2 O rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente deve manifestar-se, conclusivamente no mbito de sua competncia, sobre o EIA/RIMA, em at 180 dias a contar da data do recebimento, excludos os perodos dedicados prestao de informaes complementares. Art. 51. O EIA/RIMA, alm de observar os demais dispositivos deste Cdigo, obedecer s seguintes diretrizes gerais: I- Contemplar todas as alternativas tecnolgicas apropriadas e alternativas de localizao do empreendimento, confrontando-as com a hiptese de no execuo do mesmo; II- Definir os limites da rea geogrfica a ser direta e indiretamente afetada pelos impactos; III- Realizar o diagnstico ambiental da rea de influncia do empreendimento, com completa descrio e anlise dos recursos ambientais e suas interaes, tal como existem, de modo a caracterizar a situao ambiental da regio, antes da implantao do empreendimento;

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IV- Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais que sero gerados pelo empreendimento nas suas fases de planejamento, pesquisa, instalao, operao ou utilizao de recursos ambientais; V- Considerar os planos e programas governamentais existentes e a implantao destes, na rea de influncia do empreendimento e sua compatibilidade; VI- Definir medidas mitigadoras para os impactos negativos, bem como medidas potencializadoras dos impactos positivos decorrentes do empreendimento; VII- Elaborar programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando a frequncia, os fatores e parmetros a serem considerados, que devem ser mensurveis e ter interpretaes inequvocas. Art. 52. O rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente dever elaborar ou avaliar os termos de referncia em observncia com as caractersticas do empreendimento do meio ambiente a ser afetado, cujas instrues orientaro a elaborao de estudo ambiental, contendo prazos, normas e procedimentos a serem adotados, que dever obrigatoriamente, conter: I. Diagnstico ambiental da rea de influncia do projeto; II- Descrio do projeto e suas alternativas; III- Etapas de planejamento, instalao, operao e ampliao; IV- Delimitao da rea de influncia; V- Identificao, medio e valorizao dos impactos positivos e negativos ao meio Ambiente; VI- Identificao das medidas mitigadoras e potencializadoras; VII- Programa de monitoramento dos impactos; Art. 53. O diagnstico ambiental, assim como a anlise dos impactos ambientais, dever considerar o meio ambiente da seguinte forma: I- Meio fsico: o solo, subsolo, as guas, o ar e o clima, com destaque para os recursos minerais, topografia, paisagem, os tipos e aptides do solo, os corpos d'gua, o regime hidrolgico, as correntes marinhas e as correntes atmosfricas; II- Meio bitico: a flora e a fauna, com destaque para as espcies indicadoras da qualidade ambiental, de valor cientfico e econmico, raras e ameaadas de extino e os ecossistemas naturais; III- Meio scio econmico: o uso e ocupao do solo, uso da gua e a scio economia, com destaque para os stios e monumentos arqueolgicos, histricos, culturais e ambientais e a potencial utilizao futura desses recursos. Pargrafo nico. No diagnstico ambiental, os fatores ambientais devem ser analisados de forma integrada mostrando interao entre eles e a sua interdependncia.

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Art. 54. Nos casos de processos de licenas que exijam a apresentao de EIA/RIMA, este dever ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada e devidamente cadastrada no SICA, no dependente direta ou indiretamente do proponente, sendo aquela responsvel legal tcnicamente pelos resultados apresentados. Pargrafo nico. No licenciamento de atividade ou servio de impacto ambiental significativo, que sejam de competncia do municpio, atravs de procedimento de delegao de competncia de rgo Ambiental de esferas superiores. A anlise do EIA/RIMA, realizada pelo rgo ambiental ser submetida apreciao do rgo Colegiado (CMA) que, no prazo regulamentar, apreciar o parecer tcnico conclusivo e deliberar quanto a licena ambiental requerida, expedindo, se for o caso, a respectiva resoluo. Art. 55. O RIMA refletir as concluses do EIA, de forma objetiva e adequada sua ampla divulgao, sem omisso de qualquer elemento importante para a compreenso da atividade e conter, no mnimo: I- Os objetivos e justificativas do projeto, sua relao e compatibilidade com as polticas setoriais, planos e programas governamentais: II- A descrio do projeto de viabilidade ou bsico e suas alternativas tecnolgicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de estudo, construo (Implantao) e operao, a rea de influncia, as matrias-primas, a mo-de-obra, as fontes de energia, a demanda de gua, os processos e tcnicas operacionais, os provveis efluentes, emisses, resduos e perdas de energia e os empregos diretos e indiretos a ser gerados; III- A sntese dos resultados dos estudos de diagnsticos ambientais na rea de influncia do projeto; IV- A descrio dos provveis impactos ambientais, da implantao e operao da atividade e considerando o projeto, as suas alternativas, os horizontes do tempo de incidncia dos impactos indicando os mtodos, tcnicas e critrios adotados para sua identificao, quantificao, interpretao, monitoramento e medidas mitigadoras para minimizao destes; V- A caracterizao da qualidade ambiental futura da rea de influncia, comparando as diferentes situaes da adoo do projeto e suas alternativas, bem como a hiptese de sua no realizao; VI- A descrio do efeito esperado das medidas mitigadoras, previstas em relao aos impactos negativos, mencionando aqueles que no puderem ser evitados e o grau de alterao esperado; VII- O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; VIII- A recomendao quanto alternativa mais favorvel, concluses e comentrios de ordem geral. 1 O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada sua compreenso e as informaes nele contidas devem ser traduzidas em linguagem acessvel, ilustradas por mapas, grficos e demais tcnicas de comunicao visual, de modo que a comunidade possa entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas consequncias ambientais de sua implementao.

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2 O RIMA conter obrigatoriamente: I- A relao, quantificao e especificao de equipamentos sociais e comunitrios de infraestrutura bsica para o atendimento das necessidades da populao, decorrentes das fases de implantao, operao ou expanso do projeto; II- A fonte de recursos necessrios construo e manuteno dos equipamentos sociais e comunitrios e a infraestrutura. Art. 56. O rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente ao determinar a elaborao do EIA e a apresentao do RIMA, por sua iniciativa ou quando solicitado por entidade civil, pelo ministrio pblico, ou ainda, por 50 (cinqenta) ou mais cidados muncipes, dentro de prazos fixados em lei, promover, obrigatoriamente, a realizao de audincia pblica para manifestao da populao sobre o projeto e seus impactos scio econmicos e ambientais. 1 O rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente proceder ampla publicao de edital, dando conhecimento e esclarecimento populao da importncia do RIMA e dos locais e perodos onde estar disposio para conhecimento, inclusive durante o perodo de anlise tcnica. 2 A realizao da audincia pblica dever ser esclarecida e amplamente divulgada, com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias da sua realizao, em local conhecido e acessvel.

CAPTULO VIII

Do Licenciamento e da Reviso

Art. 57.A execuo de planos, programas, obras, a localizao, a instalao, a operao e a ampliao de atividade, uso e explorao de recursos ambientais de qualquer espcie, de iniciativa privada ou do poder pblico federal, estadual ou municipal, considerada efetiva ou potencialmente poluidora, ou capazes, de qualquer forma, de causar degradao ambiental, dependero do prvio licenciamento ambiental, com anuncia do rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente, sem prejuzo de outras licenas legalmente exigveis. Art. 58. As licenas de qualquer espcie de origem federal e estadual no excluem a necessidade de licenciamento pelo rgo competente do SIMA, nos termos deste cdigo. Pargrafo nico. vedada a emisso de quaisquer licenas de empreendimentos ou atividades em dbito com a fazenda municipal, principalmente, os decorrentes da aplicao de penalidades por infraes legislao ambiental. Art. 59. O rgo executivo da poltica municipal de Meio Ambiente expedir as seguintes licenas: I- Licena Municipal Prvia - LMP; II- Licena Municipal de Instalao LMI; III- Licena Municipal de Operao LMO; IV- Licena Municipal de Ampliao LMA

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V- Licena Municipal por Adeso e Compromisso (LMAC.); VI- Licena Municipal de Operao Corretiva (LOC); VII- Licena Municipal de Regularizao (LAR); VIII- Autorizao Ambiental (AA); IX- Termos de Compromisso Ambiental (TCA); X- Consulta Prvia Ambiental (CPA); XI- Auditoria Ambiental; XII- Certido Negativa de Dbito Ambiental (CNDA); XIII- Termo de Responsabilidade Ambiental (TRA); XIV- Audincia Pblica; XV- Consulta Pblica; XVI- Consulta Tcnica. Art. 60. A Licena Municipal Prvia ser requerida pelo proponente do empreendimento ou atividade efetivamente ou potencialmente degradadora, para verificao da adequao aos critrios de zoneamento ambiental. Pargrafo nico. Para ser concedida a LMP, o rgo colegiado poder determinar a elaborao do EIA/RIMA, nos termos deste cdigo e sua regulamentao. Art. 61. A Licena Municipal de Instalao (LMI), a Licena Municipal de Operao (LMO) e a Licena Municipal de Ampliao (LMA) sero requeridas mediante apresentao do projeto competente e do EIA/RIMA, quando exigido. Pargrafo nico. O rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente definir elementos necessrios caracterizao do projeto e aqueles constantes das licenas, atravs de regulamento. Art. 62. A LMI conter o cronograma aprovado pelo rgo do SIMA para a implantao dos equipamentos e sistemas de controle, monitoramento, mitigao ou reparao de danos ambientais. Art. 63. A LMO ser concedida, aps concluda a instalao, verificada a adequao da obra e o cumprimento de todas condies previstas na LMI. Art. 64. O incio de instalao, operao ou ampliao de obra ou atividade sujeita ao licenciamento ambiental, sem a expedio da licena respectiva, implicar na aplicao das penalidades administrativas, previstas neste cdigo e a adoo das medidas judiciais cabveis, sob pena de responsabilizao funcional do rgo fiscalizador do SIMA.

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Art. 65. A reviso da LMO, independente do prazo de validade, ocorrer sempre que: I- A atividade colocar em risco a sade ou segurana da populao, para alm daqueles normalmente considerados quando do licenciamento ou extrapolarem critrios tcnicos estabelecido em qualquer Legislao pertinente, de forma lesiva a sade, ao meio ambiente e qualquer recurso natural; II- A continuidade da operao comprometer de maneira irremedivel recursos ambientais no inerentes prpria atividade; III- Ocorrer descumprimento s condicionantes do licenciamento. Art. 66. A renovao da LMO dever considerar as modificaes do zoneamento ambiental com o prosseguimento da atividade licenciada e a concesso de prazo para adaptao, relocalizao ou encerramento da atividade. Art. 67. O regulamento estabelecer prazos para requerimento, publicao, prazo de validade das licenas emitidas e relao das atividades sujeitas ao licenciamento. Art. 68. Ficam vinculados expedio do Alvar de Funcionamento, de empreendimentos que geram resduos de impacto local, submetidas avaliao da SEMMA, para que seja emitida Autorizao Ambiental.

CAPTULO VIII

Da Auditoria Ambiental Art. 69. Para os efeitos deste cdigo, denomina-se auditoria ambiental o desenvolvimento de um processo documentado de inspeo, anlise e avaliao sistemtica das condies gerais e especficas de funcionamento de atividades do desenvolvimento de obras, causadoras de impacto ambiental, com o objetivo de: I- Verificar os nveis efetivos ou potenciais da poluio e degradao ambiental provocada pelas atividades ou obras auditadas; II- Verificar o cumprimento de normas ambientais federal, estadual e municipal; III- Examinar a poltica ambiental adotada pelo empreendedor, bem como o atendimento aos padres legais em vigor, objetivando preservar o meio ambiente e a sadia qualidade de vida; IV- Avaliar os impactos sobre o meio ambiente, causados por obras ou atividades auditadas; V- Analisar as condies de operao e de manuteno dos equipamentos e sistemas de controle das fontes poluidoras e degradadoras; VI- Examinar, atravs de padres e normas de operao, a manuteno, a capacitao dos operadores, a qualidade do desempenho da operao e a manuteno dos sistemas, rotinas, instalaes e equipamentos de proteo ao meio ambiente;

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VII- Identificar riscos de provveis acidentes e de emisses contnuas, que possam afetar direta ou indiretamente, a sade da populao residente na rea de influncia; VIII- Analisar as medidas adotadas para correo de no conformidades legais detectadas em auditorias ambientais anteriores e tendo como objetivo a preservao do meio ambiente e a sadia qualidade de vida. 1 As medidas referidas no inciso VIII deste artigo devero ter o prazo para sua implantao, a partir da proposta do empreendedor, determinado pelo rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente, a quem caber, tambm, a fiscalizao e aprovao. 2 O no cumprimento das medidas nos prazos estabelecidos na forma do pargrafo 1 deste artigo, sujeitar o infrator s penalidades administrativas e s medidas judiciais cabveis. Art. 70. O rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente poder determinar os responsveis pela atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora a realizao de auditorias ambientais peridicas ou ocasionais estabelecendo diretrizes e prazos especficos. Pargrafo nico. Nos casos de auditorias peridicas, os procedimentos relacionados elaborao das diretrizes a que se refere o caput deste artigo devero incluir a consulta aos responsveis por sua realizao e a comunidade afetada, decorrentes do resultado de auditorias anteriores. Art. 71. As auditorias ambientais sero realizadas por conta e nus da empresa a ser auditada, por equipe tcnica ou empresa de sua livre escolha, devidamente cadastrada no rgo ambiental municipal e acompanhada, a critrio do rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente, por servidor pblico tcnico da rea do meio ambiente. 1 Antes dedar incio ao processo de auditoria, a empresa comunicar ao rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente, a equipe tcnica ou empresa contratada que realizar auditoria, para sua anuncia prvia. 2 A omisso ou sonegao de informaes relevantes descredenciaro os responsveis para a realizao de novas auditorias, pelo prazo mnimo de trs anos, sendo o fato comunicado ao Ministrio Pblico para as medidas judiciais cabveis. Art. 72. Devero obrigatoriamente realizar auditorias ambientais peridicas, as atividades de elevado potencial poluidor e degradador, entre as quais: I- Plataformas terminais de petrleo e seus derivados, lcool e carburante; II- Terminais e instalaes porturias para quaisquer fins; III- Indstrias ferro-siderrgicas, petroqumica e centrais termoeltricas: IV- Atividades extratoras ou extrativista de recursos naturais; V- Instalaes de processamento de recursos naturais, minerais ou renovveis; VI- Instalaes destinadas a estocagem de substncias txicas ou perigosas;

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VII- Instalaes de processamento e de deposio final de resduos txicos ou perigosos; VIII- Instalaes industriais, comerciais ou recreativas, cujas atividades gerem poluentes. 1 Para os casos previstos neste artigo, o intervalo mximo entre as auditorias ambientais peridicas ser de 03 (trs) anos. 2 As auditorias podero ser solicitadas pelo rgo executivo municipal de Meio Ambiente, em qualquer momento com deciso motivada por parecer tcnico com o devido embasamento legal Art. 73. O no atendimento da realizao da auditoria nos prazos e condies determinados sujeitar a infratora a pena pecuniria, sendo essa, nunca inferior ao custo da auditoria, que ser promovida por instituio ou equipe tcnica designada pelo rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente, independentemente de aplicao de outras penalidades legais previstas. Art. 74.Todos os documentos decorrentes das auditorias ambientais, ressalvados aqueles que contenham matria de sigilo industrial, conforme definido pelos empreendedores, sero acessveis a consulta pblica dos interessados nas dependncias do rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente, independentemente do recolhimento de taxas ou emolumentos.

CAPTULO IX

Do Monitoramento Art. 75. O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento da qualidade e disponibilidade dos recursos ambientais, com o objetivo de: I- Aferir o atendimento aos padres de qualidade ambiental e aos padres de emisso; II- Controlar o uso e a explorao de recursos ambientais; III- Avaliar os efeitos de planos, polticas e programas de gesto ambiental e de desenvolvimento econmico e social; IV- Acompanhar o estgio populacional de espcies da flora e fauna, especialmente as ameaadas de extino e em extino. V- Subsidiar medidas preventivas e aes emergenciais em caso de acidentes ou episdios crticos de poluio; VI- Acompanhar e avaliar a recuperao de ecossistemas ou reas degradadas; VII- Subsidiar a tomada de deciso quanto necessidade de auditoria ambiental.

CAPTULO X

Do Sistema Municipal de Informaes e Cadastros Ambientais - SIMICA Art. 76. O sistema municipal de informaes e cadastros ambientais - SIMICA e o banco de dados de interesse do SIMICA sero organizados, preservados, arquivados e atualizados sob

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responsabilidade do rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente e para a utilizao pelo poder pblico e pela sociedade. Art. 77. So objetivos do SIMICA entre outros: I- Coletar e sistematizar dados e informaes de interesse ambiental; II- Coligir de forma ordenada, sistmica e interativa os registros e as informaes dos rgos, entidades e empresas de interesse para o SIMA; III- Atuar como instrumento regulador dos registros necessrios s diversas necessidades do SIMA; IV- Recolher e organizar dados e informaes de origem multidisciplinar de interesse ambiental, para uso do poder pblico e da sociedade; V- Articular-se com os sistemas congneres. Art. 78. O SIMICA ser organizado e administrado pelo rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente que promover os recursos oramentrios, materiais e humanos necessrios. Art. 79. O SIMICA conter unidades especficas para: I- Registro de entidades ambientalistas em ao no municpio; II- Registro de entidades populares com jurisdio no municpio, que incluem, entre seus objetivos, a ao ambiental; III- Cadastro de rgos e entidades jurdicas, inclusive de carter privado, com sede no municpio ou no, com ao na preservao, conservao, defesa, melhoria, recuperao e controle do meio ambiente; IV- Registro de empresas e atividades cuja ao, de repercusso no municpio, comporte risco potencial ou efetivamente degradadora para o meio ambiente; V- cadastro de pessoas fsicas ou jurdicas que se dediquem a prestao de servios de consultoria sobre questes ambientais, bem como a elaborao de projeto na rea ambiental; VI- Cadastro de pessoas fsicas ou jurdicas que cometeram infraes s normas ambientais, incluindo as penalidades por elas aplicadas; VII- Organizao de dados e informaes tcnicas, e bibliogrficas, literrias, jornalsticas e outras de relevncia para os objetivos do SIMICA; VIII- Outras informaes de carter permanente ou temporrio. Pargrafo nico. O rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente fornecer certides, relatrio ou cpia dos dados e proporcionar consulta as informaes de que dispe, observados os direitos individuais e o sigilo industrial.

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Art. 80. As pessoas fsicas ou jurdicas, inclusive as empresas e entidades pblicas, cujas atividades sejam potencialmente poluidoras ou degradadoras, ficam obrigadas a se cadastrarem no SIMICA. Pargrafo nico. As fontes poluidoras em funcionamento ou em implantao devero ser convocadas para registro no SIMICA, logo aps a publicao desta Lei, com prazo no superior a 180 (cento e oitenta) dias.

CAPTULO XI

Do Plano Diretor de Arborizao Art. 81. Alm do previsto neste Cdigo, a execuo, acompanhamento, fiscalizao e infraes do plano diretor de arborizao e reas verdes de Maratazes, devero ser regulamentados pelo chefe do executivo. Art. 82. So objetivos do plano diretor de arborizao e reas verdes estabelecer diretrizes para: I- Arborizao de ruas, comportando programas de plantio, manuteno e a fiscalizao; II- reas verdes pblicas, compreendendo programas de implantao, recuperao, manuteno e monitoramento. III- reas verdes particulares, consistindo de programas de uso pblico, de recuperao e proteo de encostas e de monitoramento e controle; IV- Unidades de conservao, englobando programas de plano de manejo, de fiscalizao e de monitoramento; V- Desenvolvimento de programas de cadastramento, de implantao de parques municipais, reas de lazer pblicas e de educao ambiental; VI- Desenvolvimento de programas de pesquisa, capacitao tcnica, cooperao, reviso e aperfeioamento da legislao. Art. 83. A reviso e atualizao do Plano Diretor de Arborizao e reas Verdes caber ao rgo Executivo da Poltica Municipal de Meio Ambiente em conjunto com a secretaria municipal de Obras e Urbanismo, bem como a sua execuo e o exerccio do poder de polcia quanto as normas desta Lei.

CAPTULO XII

Dos Incentivos Financeiros e Fiscais

Art. 84. Observadas as disposies contidas na lei de Responsabilidade Fiscal LRF (lei complementar n 101, de 4 de maio de 2000) o municpio de Maratazes, mediante convnio ou consrcios, poder repassar ou conceder auxlio financeiro a instituies pblicas ou privadas sem fins lucrativos, para execuo de servios de relevante interesse ambiental, ouvido e aprovado pelo rgo Colegiado.

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Pargrafo nico. Poder ter institudo prmio de mrito ambiental para incentivar a pesquisa e apoio dado os investidores e introdutrias de inovaes tecnolgicas que visem proteger o meio ambiente, em homenagem a ele que se destaca em defesa do meio ambiente e utilizar prticas sustentveis

CAPTULO XIII

Da Educao Ambiental Art. 85 - A educao ambiental, em todos os nveis de ensino da rede municipal e a conscientizao pblica para a preservao e conservao do meio ambiente so instrumentos essenciais e imprescindveis para garantia do equilbrio ecolgico, do desenvolvimento sustentvel e da qualidade de vida da populao. Art. 86- O poder pblico, na rede escolar municipal e na sociedade, dever: I- Apoiar aes voltadas para a introduo da educao ambiental em todos os nveis de educao formal e informal; II- Promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino da rede municipal; III- Fornecer suporte tcnico / conceitual nos projetos ou estudos interdisciplinares nas reas das escolas da rede municipal, voltadas para a questo ambiental; IV- Articular-se com entidades jurdicas e no-governamentais para o desenvolvimento de aes educativas na rea ambiental do municpio, incluindo a formao e capacitao de recursos humanos; V- Desenvolver aes de educao ambiental junto populao do municpio;

LIVRO II

Do Controle Ambiental e do Controle da Poluio

CAPTULO I

Das reas de Interveno

Art. 87. Sujeitam-se ao disposto neste Cdigo todas as atividades, empreendimentos, processos, operaes, dispositivos mveis ou imveis, meios de transportes e outras fontes de qualquer natureza que, direta ou indiretamente, possam produzir alterao adversa s caractersticas do meio ambiente. Art. 88. convenincia da municipalidade, qualquer rea de interesse ambiental poder ser desapropriada pelo poder pblico. Art. 89. Fica o rgo executivo da poltica municipal de meio ambiente autorizado a expedir as normas tcnicas, padres e critrios a serem aprovados pelo rgo colegiado, destinados a complementar esta lei e regulamentos.

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Art. 90. O poder Executivo,