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LEI N.º 4 /2012 de 21 de Fevereiro Lei do Trabalho Através do Regulamento UNTAET n.° 2002/05, de 1 de Maio, foi aprovado o Código Laboral para Timor-Leste, sendo este o diploma que desde essa data disciplina as relações de trabalho no nosso país. A evolução económica e social do país na última década exige a aprovação de um instrumento legislativo que responda às necessidades atuais do mercado laboral e empresarial em Timor-Leste, permitindo, de forma harmoniosa, o investimento e desenvolvimento das atividades empresariais e a proteção e desenvolvimento profissional dos trabalhadores. A conformação de um novo quadro jurídico regulador das relações de trabalho, através da presente lei, representa, assim, um contributo crucial para o processo de desenvolvimento da sociedade e economia timorenses. Foram ouvidas as organizações representativas de empregadores e de trabalhadores. O Parlamento Nacional decreta, nos termos do n.º 1 do artigo 95.º da Constituição da República, para valer com lei, o seguinte: PARTE I DISPOSIÇÕES INTRODUTÓRIAS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO Artigo 1.º Objeto 1. A presente lei estabelece o regime jurídico aplicável às relações individuais e às relações coletivas de trabalho. LEI N.º 4/2012 21 Fevereiru Lei Traballu nian Liuhosi Regulamentu UNTAET n.º 2002/05 hosi loron-1, fulan-maiu aprova tiha ona Kódigu Traballu ba Timor-Leste no diploma ida-ne’e maka hahú kedas hosi ne’ebá regula relasaun traballu iha ita-nia rain. Evolusaun ekonómika no sosiál país nian iha tinan sanulu ikus ne’e maka ezije aprovasaun ba instrumentu lejizlativu ida, ne’ebé hatán ba nesesidade atuál sira merkadu laborál no emprezariál iha Timor-Leste, hodi permite liuhosi forma armoniozu, investimentu no dezenvolvimentu atividade emprezariál sira no protesaun no dezenvolvimentu profisionál ba traballadór sira. Atu konforma kuadru jurídiku reguladór foun ida ba relasaun traballu liuhosi lei ida-ne’e, nune’e, reprezenta kontributu prinsipál ida ba prosesu dezenvolvimentu sosiedade no ekonomia timoroan sira nian. Rona tiha ona mós organizasaun reprezentaiva empregadór no traballadór sira-nian. Parlamentu Nasionál dekreta tuir saida maka hakerek iha n.º 1 hosi artigu 95.º Konstituisaun Repúblika nian atu halo sai nu’udar lei tuirmai: PARTE I DISPOZISAUN INTRODUTÓRIU NO PRINSÍPIU FUNDAMENTÁL SIRA KAPÍTULU I OBJETU NO ÁMBITU APLIKASAUN Artigu 1.º Objetu 1. Lei ida-ne’e estabelese rejime jurídiku aplikavel ba relasaun individuál no relasaun koletivu sira traballu nian. DireçãoNacional de Assessoria Jurídica e Legislação - DNAJL

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LEI N.º 4 /2012de 21 de FevereiroLei do Trabalho

Através do Regulamento UNTAET n.°2002/05, de 1 de Maio, foi aprovado o CódigoLaboral para Timor-Leste, sendo este odiploma que desde essa data disciplina asrelações de trabalho no nosso país.

A evolução económica e social do país naúltima década exige a aprovação de uminstrumento legislativo que responda àsnecessidades atuais do mercado laboral eempresarial em Timor-Leste, permitindo, deforma harmoniosa, o investimento edesenvolvimento das atividades empresariais ea proteção e desenvolvimento profissional dostrabalhadores.

A conformação de um novo quadro jurídicoregulador das relações de trabalho, através dapresente lei, representa, assim, um contributocrucial para o processo de desenvolvimento dasociedade e economia timorenses.

Foram ouvidas as organizações representativasde empregadores e de trabalhadores.O Parlamento Nacional decreta, nos termos don.º 1 do artigo 95.º da Constituição daRepública, para valer com lei, o seguinte:

PARTE IDISPOSIÇÕES INTRODUTÓRIAS E

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO IOBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Artigo 1.ºObjeto

1. A presente lei estabelece o regime jurídicoaplicável às relações individuais e às relaçõescoletivas de trabalho.

LEI N.º 4/201221 Fevereiru

Lei Traballu nian

Liuhosi Regulamentu UNTAET n.º 2002/05hosi loron-1, fulan-maiu aprova tiha onaKódigu Traballu ba Timor-Leste no diplomaida-ne’e maka hahú kedas hosi ne’ebá regularelasaun traballu iha ita-nia rain.

Evolusaun ekonómika no sosiál país nian ihatinan sanulu ikus ne’e maka ezije aprovasaunba instrumentu lejizlativu ida, ne’ebé hatán banesesidade atuál sira merkadu laborál noemprezariál iha Timor-Leste, hodi permiteliuhosi forma armoniozu, investimentu nodezenvolvimentu atividade emprezariál sira noprotesaun no dezenvolvimentu profisionál batraballadór sira.

Atu konforma kuadru jurídiku reguladór founida ba relasaun traballu liuhosi lei ida-ne’e,nune’e, reprezenta kontributu prinsipál ida baprosesu dezenvolvimentu sosiedade noekonomia timoroan sira nian.

Rona tiha ona mós organizasaun reprezentaivaempregadór no traballadór sira-nian.Parlamentu Nasionál dekreta tuir saida makahakerek iha n.º 1 hosi artigu 95.º KonstituisaunRepúblika nian atu halo sai nu’udar lei tuirmai:

PARTE IDISPOZISAUN INTRODUTÓRIU NOPRINSÍPIU FUNDAMENTÁL SIRA

KAPÍTULU IOBJETU NO ÁMBITU APLIKASAUN

Artigu 1.ºObjetu

1. Lei ida-ne’e estabelese rejime jurídikuaplikavel ba relasaun individuál no relasaunkoletivu sira traballu nian.

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2.As disposições desta lei não podem serafastadas por contrato individual ou acordocoletivo de trabalho, salvo para estabelecercondições mais favoráveis ao trabalhador.3. Excecionam-se do disposto no númeroanterior as normas imperativas previstas na lei.

Artigo 2.ºÂmbito de aplicação

1. A presente lei é aplicável no territórionacional, aos trabalhadores e empregadores erespetivas organizações de todos os setores deatividade.2. A presente lei não se aplica aos funcionáriospúblicos, aos membros das Forças Armadas eda Polícia.3. O trabalho doméstico é regulado emlegislação especial.4. Excetuam-se ainda da aplicação desta lei asrelações de trabalho desenvolvidas pelosmembros da família, no âmbito da exploraçãode pequenas propriedades familiares, agrícolasou industriais, e cujo resultado se destine àsubsistência familiar.

Artigo 3.ºAplicação no tempo

Ficam sujeitos ao regime estabelecido napresente lei os contratos individuais de trabalhoe os acordos coletivos celebrados antes da suaentrada em vigor, salvo quanto às condições devalidade e aos efeitos de factos ou situações jáconstituídas antes da sua entrada em vigor.

Artigo 4.ºContagem de prazos

Salvo disposição expressa em contrário, osprazos determinados na presente lei contam-seem dias seguidos.

Artigo 5.ºDefinições

Para os efeitos previstos nesta lei, entende-sepor:a) Acidente de trabalho, aquele que ocorre pelo

2.Dispozisaunsira hosi lei ida-ne’e nian la bele hasees tankontratu individuál ka akordu koletivu traballunian, eseptu atu estabelese kondisaun sira-ne’ebé konsidera nu’udar di’ak ba traballadór.3. Iha exesaun ba saida hakerek iha númeruanteriór maka norma imperativa sira-ne’ebéprevee iha lei.

Artigu 2.ºÁmbitu aplikasaun

1. Lei ida-ne’e sei aplika iha territóriu nasionálba traballadór no empregadór sira nomósorganizasaun ida-idak hosi setór atividadehotu-hotu.2. Lei ida-ne’e sei la aplika ba funsionáriupúbliku, membru Forsa Armada no polísia sira.

3. Lezijlasaun espesiál maka sei regula traballudoméstiku.4. Sei iha exesaun mós ba aplikasaun lei ida-ne’e nian ba relasaun sira traballu nian, ne’ebémembru sira família nian dezenvolve, ihaámbitu esplorasaun propriedade familiárki’ikoan, agríkola ka industriál, no ne’ebé niniarezultadu hodi hatán ba família nia han-hemu.

Artigu 3.ºAplikasaun iha tempu

Kontratu individuál traballu no akordu koletivune’ebé halo tiha ona tenke halo tuir rejimene’ebé estabelese iha lei ida-ne’e nian molokvigora, anaunserke bainhira ko’alia kona-baninia kondisaun sira validade no efeitu bafaktu ka situasaun sira-ne’ebé iha tiha onamolok vigora.

Artigu 4.ºKontajen prazu

Exetu dispozisaun espresa ne’ebé oin selukfali, prazu sira-ne’ebé determina tiha ona ihalei ida-ne’e nian sei konta iha loron hiraktuituir malu.

Artigu 5.ºDefinisaun sira

Ba efeitu sira-ne’ebé hakerek iha lei ida-ne’e,

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exercício do trabalho, ou no percurso dotrabalhador entre a sua casa e o local detrabalho e vice-versa, a serviço do empregador,provocando lesão corporal, perturbaçãofuncional ou doença da qual resulte a morte oua redução, permanente ou temporária, dacapacidade para o trabalho;b) Acordo coletivo, o acordo celebrado entreum sindicato e um empregador ou organizaçãode empregadores, com o objetivo principal defixar as condições de trabalho para um grupode trabalhadores ou categoria profissional;c) Antiguidade, o tempo de trabalho contadodesde a data do início da execução do contratode trabalho até à sua cessação;d) Categoria profissional, definição da posiçãodo trabalhador pela descrição das funções aserem desempenhadas pelo trabalhador;e) Cessação do contrato, a extinção da relaçãode trabalho entre o trabalhador e empregador;f) Contrato de aprendizagem, contrato detrabalho celebrado com participantes deprogramas de formação ou de qualificaçãoprofissional ou com pessoas à procura doprimeiro emprego;g) Contrato de trabalho, o acordo através doqual o trabalhador se obriga a prestar a suaatividade ao empregador, sob a autoridade edireção deste, mediante o pagamento deremuneração;h) Menor, a pessoa com idade inferior a 17anos, nos termos previstos no Código Civil;i) Empregador, a pessoa, individual oucoletiva, incluindo, entre outros, o profissionalliberal e a instituição sem fins lucrativos, àqual outra pessoa, o trabalhador, presta umadeterminada atividade sob sua autoridade edireção, mediante o pagamento de umaremuneração;j) Falta, a ausência do trabalhador do local detrabalho durante o período normal de trabalhoa que está obrigado a prestar a sua atividade;k) Horário de trabalho, a determinação dashoras de início e termo do período normal detrabalho diário, incluindo os intervalos paradescanso;

sei hatene laisaida maka:a) Asidente traballu maka ida-ne’ebé mosubainhira halo servisu ka iha momentu ne’ebémak traballadór sai hosi uma bá servisu-fatinka viseversa hodi halo servisu ba empregadór,ne’ebé hamosu lezaun korporál, perturbasaunfunsionál ka moras ida-ne’ebé halo nia mate kahamenus ninia kapasidade hodi halo servisuliuhosi forma permanente ka temporáriu.b) Akordu koletivu maka akordu ne’ebé haloentre sindikatu ida no empregadór ida kaorganizasaun empregadór sira-nian ho niaobjetivu prinsipál maka hatuur kondisaunservisu ba grupu traballadór sira ka kategoriaprofisionál;c) Antiguidade maka tempu servisu, ne’ebékonta kedas hosi data bainhira hahú halokontratu servisu to’o ninia ramata;d) Kategoria profissionál, definisaun pozisauntraballadór nian ba deskrisaun servisu ne’ebémaka traballadór atu halo;e) Kontratu ramata, hakotu relasaun entretraballadór no empregadór;f) Kontratu aprendizajen maka kontratuservisu, ne’ebé halo ho partisipante sira baprograma formasaun ka kualifikasaunprofissionál ka ho ema sira-ne’ebé buka servisuba dala uluk;g) Kontratu traballu, akordu ne’ebé makatraballadór tenke haktuir hodi halo ninia knaarba empregadór tuir empregadór niniaautoridade no diresaun liuhosi pagamenturemunerasaun;h) Menór maka ema ne’ebé ho idade 17 maikraik tuir saida mak hakerek iha Kódigu Sivíl;i) Empregadór ema-ne’ebé maka, beleindividuál ka koletivu, inklui sira seluk tan,profissionál liberál no instituisaun lahó finlukrativu, ne’ebé ema seluk, traballadór haloservisu balu tuir ninia autoridade nomósdiresaun liuhosi pagamentu remunerasaun ida;j) Falta no auzénsia traballadór nian hosiservisu-fatin iha oras servisu nian ne’ebé makania tenke halo ninia knaar;k) Oras servisu nian, atu determina oras tama

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l)Local de trabalho, o local onde o trabalhadordeve prestar a sua atividade ao empregador,conforme previsto no contrato de trabalho ououtro local que resulte do acordo das partes;m) Negociação coletiva, o processo pelo qualum sindicado e um empregador ou umaorganização de empregadores discutem acelebração de um Acordo Coletivo;n) Organização de empregadores, a associaçãopermanente de pessoas, singulares ou coletivas,de direito privado, titulares de uma empresa,que tenham habitualmente trabalhadores ao seuserviço;o) Período de funcionamento, o período detempo que decorre entre o início e o fim daatividade diária do empregador;p) Período normal de trabalho, o período detempo diário durante o qual o trabalhador estáobrigado a prestar a sua atividade, conformeprevisto no contrato de trabalho oudeterminado pelo empregador;q) Período probatório, o período inicial docontrato de trabalho, remunerado, durante oqual as partes avaliam o interesse namanutenção do contrato de trabalho,designadamente o desempenho do trabalhadore as condições de trabalho oferecidas peloempregador, podendo qualquer uma das partescessar o contrato de trabalho sem necessidadede aviso prévio ou invocação de justa causa esem direito a indemnização;r) Remuneração, a contrapartida a que otrabalhador tem direito, nos termos do contratode trabalho, do acordo coletivo ou dos usos,pela prestação do trabalho, incluindo o saláriobase e outras prestações de caráter regular eperiódico feitas em dinheiro ou espécie;s) Salário base, montante mínimo definido nocontrato de trabalho, recebido pelo trabalhadorcomo contrapartida direta da prestação detrabalho;t) Setor de atividade, a área na qual umindivíduo ou pessoa coletiva desenvolve umaatividade com ou sem fins lucrativos;u) Sindicato, uma organização de

no saiservisu ihaoras bainbain servisu loron-loron nian, inkluimós intervalu hodi deskansa;l) Servisu-fatin, fatin ne’ebé maka traballadórtenke halo servisu ba empregadór tuir saidamak prevee iha kontratu servisu ka fatin ihafatin seluk be uza hodi halo servisu bazeia baakordu parte sira-nian;m) Negosiasaun koletivu nu’udar prosesu ida-ne’ebé maka sindikadu ida no empregadór idaka organizasaun empregadór sira-nian idadiskute hodi halo Akordu Koletivu ida;n) Organizasaun empregadór sira-nian makaasosiasaun permanente ema sira-nian, singulárka koletivu ho direitu privadu, titulár sira baempreza ida, ne’ebé baibain iha trabalhadórsira hodi halo servisu ba nia;o) Períudu funsionamentu maka períudu tempune’ebé maka mosu entre servisu loron-loronempregadór nian hahú no ramata;p) Períudu servisu baibain nian maka períudutempu loron-loron ne’ebé traballadór ihaobrigasaun atu halo servisu, tuir saida makahakerek iha kontratu servisu ka ida-ne’ebémaka empregadór determina tiha ona;q) Períudu probatóriu, períudu inisiál kontratuservisu nian, ho remunerasaun, durante perídune’e parte sira halo avaliasaun ba interese hodihadia kontratu servisu, liuliu dezempeñutraballadór nian no kondisaun sira servisu nianne’ebé empregadór oferese hodi parte rua ne’eida bele hapara kontratu lahó nesesidade hodifó avizu préviu ka invokasaun ho justa kauzano la hetan direitu ba indemnizasaun;r) Remunerasaun, kontrapartida ne’ebé makatraballadór iha direitu, tuir kontratu servisuhosi akordu koletivu ka uzu nian hodi haloservisu ne’ebé inklui mós saláriu baze noprestasaun hirak seluk ho karáter regulár noperiódiku be halo iha osan ka espésie;s) Saláriu baze maka montante mínimu ne’ebédefine tiha ona iha kontratu servisu betraballadór simu hanesan kontrapartida diretahodi halo servisu;t) Setór atividade maka área ne’ebé ema ida ka

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trabalhadores, permanente e voluntária, comvista a promover e defender os direitos einteresses dos trabalhadores;v) Trabalho noturno, o trabalho prestado entreas 21 horas de um dia e as 6 horas do diaseguinte;w) Trabalho por turnos, o modo de organizaçãodo trabalho em equipa em que os trabalhadoresocupam sucessivamente os mesmos postos detrabalho, em períodos de trabalho diferentes;x) Trabalho sazonal, o trabalho cujo ciclo deprodução se efetua numa determinada época doano;y) Trabalho extraordinário, o trabalho prestadopara além do período normal de trabalho;z) Trabalhador, a pessoa física que realiza umaatividade sob autoridade e direção doempregador, mediante remuneração;aa) Trabalhador estrangeiro, o cidadão denacionalidade não timorense que reside epresta trabalho em Timor-Leste.

CAPÍTULO IIPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Artigo 6.ºPrincípio da igualdade

1. Todos os trabalhadores, homens e mulheres,têm direito a igualdade de oportunidades e detratamento no que se refere ao acesso aoemprego, à formação e capacitaçãoprofissionais, às condições de trabalho e àremuneração.2. Nenhum trabalhador ou candidato aemprego pode ser, direta ou indiretamente,beneficiado, prejudicado, privado de qualquerdireito ou isento de qualquer dever em razão,nomeadamente, de cor, raça, estado civil, sexo,nacionalidade, ascendência ou origem étnica,posição social ou situação económica,convicções políticas ou ideológicas, religião,instrução ou condição física ou mental, idade eestado de saúde.3. Qualquer distinção, exclusão ou preferênciacom base em qualificações exigidas para oacesso ou a execução de um determinadotrabalho não constitui discriminação.

ema koletivuhalo servisuho ka lahó fin lukrativu;u) Sindikatu maka organizasaun traballadórsira-nian, permanente no voluntária ho niaobjetivu atu promove no defende direitu nointerese traballadór sira-nian;v) Servisu kalan maka servisu ne’ebé halohahú entre oras 21 hosi loron ida nian no oras 6hosi loron tuirmai;w) Servisu tuir turnu nu’udar moduorganizasaun servisu iha ekipa ne’ebétraballadór sira halo beibeik iha postu traballuhanesan iha períudu servisu sira-ne’ebélahanesan;x) Traballu sajonál maka servisu ne’ebé halotuir tempu produsaun be halo iha époka balutinan nian;y) Traballu estraordináriu maka servisu ne’ebéhalo liu tiha oras servisu baibain nian;z) Traballadór maka ema ne’ebé halo servisutuir autoridade no diresaun empregadór nianliuhosi remunerasaun;aa) Traballadór estranjeiru maka sidadaunne’ebé ho nasionalidade la’ós timoroan, ne’ebéhela no halo servisu em Timor-Leste.

KAPÍTULU IIPRINSÍPIU FUNDAMENTÁL SIRA

Artigu 6.ºPrinsípiu igualdade

1. Traballadór hotu-hotu, mane no feto, ihadireitu ba oportunidade no tratamentu, bainhirako’alia kona-ba asesu ba empregu, formasaunno kapasitasaun profissionál, kondisaun siraservisu nomós remunerasaun.

2. La iha traballadór ida ka kandidatu ida baempregu liuhosi forma direta ka indireta sainu’udar benefisiadu, prejudikadu, hasai tiha niadireitu sasá de’it ka izentu hosi nia devér liuliutan kór, rasa, estadu sivíl, seksu, nasionalidade,axendénsia ka orijen étnika, pozisaun sosiál kasituasaun ekonómika, konviksaun polítika kaideolójika, relijiaun, instrusaun ka kondisaunfízika ka mentál, idade no ninia kondisaun

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4.Não são consideradas discriminatórias asmedidas de caráter temporário, concretamentedefinido, de natureza legislativa, quebeneficiem certos grupos desfavorecidos,designadamente em função do sexo,capacidade de trabalho reduzida ou deficiência,com o objetivo de garantir oexercício, em condições de igualdade, dosdireitos previstos nesta lei.5. As diferenças retributivas não constituemdiscriminação se assentes em critériosobjetivos, comuns a homens e mulheres,nomeadamente, distinção em função do mérito,produtividade, assiduidade ou antiguidade dostrabalhadores.6. Cabe a quem alegar a discriminaçãofundamentá-la, indicando em relação a qualcandidato ou trabalhador se consideradiscriminado, incumbindo ao empregadorprovar que a preferência no acesso ao empregoou as diferenças nas condições de trabalho nãoassentam em nenhum dos fatores indicados non.º 2.

Artigo 7.ºAssédio

1. É proibido o assédio ao candidato a empregoe ao trabalhador.2. Entende-se por assédio todo ocomportamento indesejado que afete adignidade de mulheres e homens ou que sejaconsiderado ofensivo, sob a forma verbal, nãoverbal ou física, ou que crie um ambiente detrabalho intimidativo, hostil, humilhante edesestabilizador à pessoa assediada.3. Constitui assédio sexual todo ocomportamento indesejado de caráter sexual,que afete a dignidade de mulheres e homens ouque seja considerado ofensivo, sob a formaverbal, não verbal ou física, como o contactoou insinuações, comentários de índole sexual,exibição de pornografia e exigências sexuais,ou que crie um ambiente de trabalhointimidativo, hostil, humilhante edesestabilizador à pessoa assediada.

saúde.3. Distinsaunsasá de’it, eskluzaun ka preferénsia tuirkualifikasaun ne’ebé ezije hodi hetan asesu kahalo servisu balu ne’ebé la hamosudiskriminasaun.4. Sei la konsidera nu’udar diskriminatóriumedida sira-ne’ebé ho karáter temporáriu bedefine tiha ona tuir natureza lejizlativu ne’ebéfó benefísiu ba grupu desfavoresidu balu de’itliuliu kona-ba seksu, kapasidade servisu bemenús ka defisiénsia ho nia objetivu atugarante hala’ok hodi exerse ninia direitu sira-ne’ebé maka hakerek iha lei ida-ne’e hokondisaun hanesan.5. Diferensa retributiva sira la hamosudiskrimunasaun bainhira hakerek iha kritériuobjetivu sira ba mane no feto maka hanesandistinsaun ne’ebé haree liu ba méritu,produtividade, asiduidade ka antiguidadetraballadór sira-nian.6. Nu’udar kompeténsia ba ema ne’ebé makaalega diskriminasaun hodi fundamenta nohatudu iha ida-ne’ebé maka kandidatukonsidera katak hetan diskriminasaun, noempregadór ho nia kompeténsia tomak atuhatebes katak preferénsia hodi hetan dalan baservisu ka diferensa sira iha kondisaun servisunian la hakerek iha fatór sira-ne’ebé hatudu ihanº 2.

Artigu 7.ºAssédiu

1. Sei habandu assédiu ba kandidatu ne’ebékonkore ba empregu ne’e nomós traballadór.2. Assédiu maka hahalok hotu-hotu indezejaduka ida-ne’ebé konsidera nu’udar ofensivune’ebé afeta dignidade feto no mane sira-nianliuhosi forma verbál, la verbál ka fíziku ka ida-ne’ebé hamosu ambiente traballu intimidadu,óstil, umillante no dezestabilizadór ba emane’ebé maka hetan assédiu.3. Assédiu seksuál maka hahalok indezejaduhotu-hotu ho karáter seksuál ne’ebé afetadignidade feto no mane sira-nian ka ida-ne’ebékonsidera nu’udar ofensivu liuhosi formaverbál, la verbál ka fíziku. Hahalok ne’e maka

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4.O empregador deve tomar todas as medidasnecessárias para prevenir casos de assédio,designadamente assédio sexual, no local detrabalho.

Artigo 8.ºProibição do trabalho forçado

1. É proibido o trabalho forçado oucompulsivo.2. Entende-se por trabalho forçado oucompulsivo todo o trabalho ou serviço exigidode uma pessoa sob ameaça ou coerção e quenão seja oferecido voluntariamente,nomeadamente:a) O trabalho desempenhado para pagamentode uma dívida pessoal ou alheia;b) O trabalho desempenhado como meio decoerção ou educação política, ou punição porexprimir determinadas opiniões políticas ouideológicas;c) O trabalho desempenhado como método demobilização e de utilização da mão-de-obrapara fins de desenvolvimento económico;d) O trabalho desempenhado como medida dediscriminação racial, social, nacional oureligiosa.3. Não constitui trabalho forçado oucompulsivo:a) O trabalho ou serviço exigido em virtude deleis do serviço militar obrigatório comreferência a trabalhos de natureza puramentemilitar;b) O trabalho ou serviço que faça parte dasobrigações cívicas comuns dos cidadãos;c) O trabalho ou serviço exigido de uma pessoaem decorrência de condenação judicial, desdeque o trabalho ou serviço seja executado sobfiscalização e controle de uma autoridadepública e que a pessoa não seja contratada porparticulares, por empresas ou associações, ouposta à sua disposição;d) O trabalho ou serviço exigido em situaçõesde emergência, tais como, em caso de guerraou calamidade, incêndio, inundação,epidemias, ou em qualquer outra circunstânciaque ponha em risco a vida ou a segurança de

hanesan isinkona malu,ka soe-lia, komentáriu ho karáter seksuál,hatudu pornografia no ezijénsia seksuál kahahalok ne’ebé hamosu ambiente traballu ida-ne’ebé intimidadu, ostil, umillante nodezestabilizadór ba ema ne’ebé hetan assédiu.4. Empregadór tenke foti medida hotu-hotune’ebé nu’udar nesesáriu hodi prevene kazusira assédiu nian liuliu assédiu seksuál ihaservisu-fatin.

Artigu 8ºHabandu traballu forsadu

1. Sei habandu traballu forsadu ka kompulsivu.2. Traballu forsadu ka kompulsivu makatraballu hotu-hotu ka servisu ne’ebé ezije hosiema ida liuhosi ameasa ka koersaun ne’ebémaka la halo servisu ho hakaran rasik makahanesan:a) Halo servisu hodi selu tusan rasik ka emaseluk nian;b) Halo servisu hanesan meiu koersaun kaedukasaun polítika ka punisaun tan de’it fó-saiopiniaun polítika balu ka ideolojia sira;

c) Halo servisu hanesan métodu mobilizasaunno utilizasaun maundeobra hodi hetan fin badezenvolvimentu ekonómiku;d) Halo servisu hanesan medidadiskriminasaun rasiál, sosiál, nasionál karelijiozu.3. La’ós traballu forsadu ka kompulsivu makahanesan:a) Traballu ka servisu ne’ebé halo tan lei sirahosi servisu militár obrigatóriu ho referénsia batraballu ho natureza militár duni;

b) Traballu ka servisu ne’ebé hola parte ihaobrigasaun sívika baibain ba sidadaun sira;c) Traballu ka servisu ne’ebé ema ida tenkehalo tan hetan kondenasaun judisiál bainhirade’it traballu ka servisu ne’e halo liuhosifiskalizasaun no kontrolu hosi autoridadepúblika ida ne’ebé maka ema partikulár,empreza ka assosiasaun la bele kontrata ema

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toda ou parte da população;e) Pequenos serviços comunitários que, porserem executados por membros dacomunidade, no seu interesse direto, podemser, por isso, considerados como obrigaçõescívicas comuns dos seus membros, desde queesses membros ou seus representantes diretostenham o direito de ser consultados comreferência à necessidade desses serviços.

PARTE IIRELAÇÕES INDIVIDUAIS DE

TRABALHO

CAPÍTULO ICONTRATO DE TRABALHO

SECÇÃO IREGRAS DO CONTRATO DE

TRABALHOArtigo 9.º

Contrato de Trabalho1. O contrato de trabalho é o acordo pelo qualuma pessoa singular, o trabalhador, se obriga aprestar a sua atividade a outra pessoa, oempregador, sob a autoridade e direção deste,mediante o pagamento de remuneração.2. As cláusulas constantes do contrato detrabalho que contrariem disposiçõesimperativas desta lei ou demais legislaçãoaplicável são nulas.3. A invalidade parcial do contrato de trabalhonão determina a invalidade de todo o contrato,salvo quando se mostre que o contrato não teriasido celebrado sem a parte afetada pelainvalidade.4. As cláusulas nulas consideram-sesubstituídas pelas disposições correspondentesprevistas na legislação aplicável.

Artigo 10.ºForma e requisitos

1. O contrato de trabalho deve ser celebradopor escrito, numa das línguas oficiais, eassinado por ambas as partes, devendo conter,

ne’e;d) Traballuka servisu ne’ebé halo tan situasaun emerjénsiamaka hanesan bainhira funu ka runguranga,inséndiu, inundasaun, epidemia ka ihasirkunstánsia hirak seluk sasá de’it, ne’ebéhamosu risku ba moris ka seguransapopulasaun hotu-hotu ka balu nian;e) Servisu komunitáriu sira ki’ikoan ne’ebémaka membru sira iha komunidade halo, ihaninia interese diretu, ba ida-ne’e, belekonsidera hanesan obrigasaun sívika baibainne’ebé hola parte ba membru sira, bainhirade’it membru sira-ne’e ka sira-nia saselukdiretu iha direitu hodi hetan konsulta tuirreferénsia ba nesesidade servisu sira-ne’e nian.

PARTE IIRELASAUN INDIVIDUÁL SIRA

TRABALLU NIAN

KAPÍTULU IKONTRATU TRABALLU

SEKSAUN IREGRA SIRA KONTRATU TRABALLU

NIANArtigu 9.º

Kontratu traballu 1. Kontratu traballu nu’udar akordu ida-ne’ebémaka ema singulár, traballadór tenke haloservisu ba ema seluk, empregadór liuhosiautoridade no diresaun empregadór nian hopagamentu remunerasaun.2. Kláuzula sira-ne’ebé hakerek tiha ona ihakontratu traballu ne’ebé kontraria dispozisaunimperativu sira hosi lei ida-ne’e ka lejizlasaunsira seluk aplikavel maka kláuzula sira ne’ebásei sai nulu.3. Invalidade parsiál kontratu traballu ladetermina invalidade ba kontratu hotu-hotu,anauserke kontratu ne’e halo lahó parteafetada ba invalidade ne’e.4. Dispozisaun korespondente sira-ne’ebéhakerek iha lejizlasaun aplikavel sei konsidera

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no mínimo, as seguintes cláusulas:a) A identificação do empregador e dotrabalhador;b) O cargo e a atividade a seremdesempenhados pelo trabalhador;c) O local de trabalho;d) O horário normal de trabalho e os períodosde descanso;e) O valor, forma e a periodicidade daremuneração;f) A categoria profissional do trabalhador;g) A data da celebração do contrato e a data deinício de execução, caso esta seja diferente;h) A duração do período probatório;i) A duração do contrato e respetivajustificação, caso se trate de contrato detrabalho por tempo determinado;j) O acordo coletivo de trabalho aplicável, casoexista.2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, a falta deforma escrita não afeta a validade do contratode trabalho nem os direitos e deveres dotrabalhador e do empregador, designadamenteos previstos nos artigos 20.º e 21.º,presumindo-se que a sua falta é imputável aoempregador o qual fica automaticamentesujeito a todas as suas consequências legais.3. Nada sendo dito quanto à data de início daexecução do contrato, presume-se que ocontrato de trabalho vigora desde a data da suacelebração.

Artigo 11.oDuração do contrato de trabalho

1. O contrato de trabalho pode ser celebrado:a) Por tempo indeterminado, oub) Por tempo determinado.2. O contrato de trabalho que não adote aforma escrita é sempre considerado contrato detrabalho por tempo indeterminado.3. Presume-se por tempo indeterminado ocontrato de trabalho que não estabeleça orespetivo prazo de duração, podendo oempregador ilidir essa presunção mediante aprova da temporalidade ou transitoriedade dasatividades que constituem o objeto do contratode trabalho.

nu’udarsubstituidukláuzula nulu sira.

Artigu 10.ºForma no rekizitu sira

1. Kontratu traballu tenke halo liuhosi hakerekiha dalen ofisiál rua ne’e ida no parte sira asinano kontratu ne’e tenke hakerek ho mínimukláuzula sira tuirmai:a) Empregadór no traballadór sira-niaidentifikasaun;b) Knaar no atividade ne’ebé maka traballadóratu halo;c) Servisu-fatin;d) oráriu baibain servisu no períudu siradeskansa nian;e) Valór, forma no períudu remunerasaun nian;f) Traballadór nia kategoria profissionál;g) Data hahú halo kontratu traballu no datahahú halo servisu bainhira data ne’ebá oinseluk fali;h) Durasaun períudu probatóriu;i) Durasaun kontratu ho justifikasaun rasikbainhira ko’alia kona-ba kontratu traballu hotempu determinadu;j) Akordu koletivu traballu nian aplikavelbainhira eziste.2. La sakar fali saida maka hakerek iha n.º 1,bainhira forma eskrita la iha, la afeta validadekontratu traballu neim direitu no devér siratraballadór no empregadór nian maka hanesansaida maka prevee iha artigu sira 20.º no 21.ºsei prezume katak ninia falta nu’udarimputavel ba empregadór no kontratu ne’esujeita kedas ba ninia konsekuénsia legál hotu-hotu.3. La iha buat ida ne’ebé maka hateten ba datahahú ezekuta kontratu, sei prezume katakkontratu traballu vigora hahú kedas iha datane’ebé halo kontratu.

Artigu 11.ºDurasaun ba kontratu traballu

1. Kontratu traballu bele halo iha:a) tempu indeterminadu, kab) tempu determinadu.

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4.O contrato de trabalho por tempo determinadonão pode, incluindo renovações, exceder operíodo de três anos.

Artigo 12.ºContrato de trabalho por tempo

determinado1. O contrato de trabalho por tempodeterminado só pode ser celebrado para atendera necessidades temporárias do empregador,nomeadamente:a) Substituição do trabalhador ausente ou que,por qualquer razão, se encontre impedido deprestar trabalho;b) Atividades sazonais;c) Trabalho em obra, projeto ou outra atividadedeterminada e temporária.2. O contrato por tempo determinado deveestabelecer de forma clara o motivojustificativo para a sua celebração, bem como arelação entre a justificação invocada e o prazoestipulado, sob pena de a justificação serconsiderada nula e o contrato de trabalhoconsiderado como contrato de trabalho portempo indeterminado.3. Sem prejuízo do disposto no número 1,podem ainda ser celebrados, por tempodeterminado, contratos de aprendizagem.4. Considera-se por tempo indeterminado ocontrato de trabalho por tempo determinadocelebrado com base no mesmo motivojustificativo e com o mesmo trabalhador com oqual haja sido celebrado anteriormente contratode trabalho por tempo determinado, antes dedecorridos 90dias entre o fim do primeiro contrato e o iníciodo Segundo contrato.5. Considera-se igualmente por tempoindeterminado o contrato de trabalho celebradoinicialmente por tempo determinado queultrapasse o período máximo de duração.6. O contrato de aprendizagem celebrado comparticipantes dos programas de formação ouqualificação profissionais não pode excederseis meses.

2. Kontratutraballune’ebé maka la tuir forma eskrita semprekonsidera nu’udar kontratu traballu ho tempuindeterminadu.3. Sei prezume tempu indeterminadu makakontratu traballu ne’ebé la hatuur prazu rasikba ninia durasaun, nune’e empregadór beleilide prezunsaun ne’e liuhosi provatemporalidade ka tranzitoriedade ba atividadesira ne’ebé sai nu’udar objetu kontratu traballunian.4. Kontratu traballu ho tempu determinadu labele liu períudu tinan-3 inklui mós renovasaun.

Artigu 12.ºKontratu traballu tuir tempu determinadu

1. Kontratu traballu tuir tempu determinadubele halo hodi hatán de’it ba nesesidadetemporária sira empregadór nian, makahanesan:a) Halo substituisaun ba traballadór auzente katan razaun sasá de’it, teri-netik nia hodi haloservisu;b) atividade sazonál sira;c) Servisu ne’ebé la’o hela, projetu kaatividade seluk balu no temporáriu.2. Kontratu tuir tempu determinadu tenkeestabelese liuhosi forma loloos motivujustifikativu ba ninia selebrasaun, hanesan mósho relasaun entre justifikasaun invokadu noprazu be estabelese tiha ona, bainhira de’it la’emaka justifikasaun ne’e sei konsidera nu’udarnulu no kontratu traballu ne’e konsiderahanesan kontratu traballu tuir tempuindeterminadu.3. La sakar fali saida maka hakerek iha númeru1, sei bele selebra mós kontratu siraaprendijazen nian tuir tempu determinadu.4. Sei konsidera nu’udar tempu indeterminadumaka kontratu traballu ne’ebé ho tempudeterminadu be halo tuir duni motivujustifikativu no ho duni traballadór ne’ebémaka kontratu ne’e selebra liubá ho tempudeterminadu molok loron-90 hahú hosi fin

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7.Caso um contrato por tempo determinado sejadeclarado como por tempo indeterminado, aantiguidade do trabalhador conta-se desde oinício da prestação de trabalho.

Artigo 13.ºRenovação do contrato

1. O contrato de trabalho por tempodeterminado, nos casos previstos no n.º 1 doartigo anterior, pode ser renovado, por acordoescrito entre as partes, desde que semantenham os factos que justificaram a suacelebração inicial, não podendo exceder operíodo máximo estabelecido no número 4 doartigo 11.º.2. O contrato de trabalho por tempodeterminado caduca quando decorrido o prazonele estipulado, exceto se as partes acordarema sua renovação.3. Considera-se como um único contrato detrabalho o contrato de trabalho determinado e arespetiva renovação.

Artigo 14.oPeríodo probatório

1. Os contratos de trabalho estão sujeitos a umperiodo probatório, durante o qual qualquer daspartes pode rescindir o contrato sem avisoprévio nem invocação de justa causa, nãohavendo direito a indemnização, salvo acordopor escrito em contrário.2. Nos contratos de trabalho por tempoindeterminado a duração do período probatóriopode ser de até 1 mês, salvo em relação atrabalhadores que exerçam cargos de elevadacomplexidade técnica ou responsabilidade, ouque desempenhem funções de confiança, emque o periodo probatório pode ser fixado até 3meses.3. Nos contratos de trabalho por tempodeterminado cuja duração seja:a) Igual ou inferior a 6 meses, o períodoprobatório não pode exceder 8 dias;b) Superior a 6 meses o período probatório nãopode exceder 15 dias.4. A antiguidade do trabalhador conta-se desde

kontratudahuluk niannomós inísiu kontratu daruak nian.5. Sei konsidera hanesan tempu indeterminadumaka kontratu traballu ne’ebé halo iha niniahahú ho tempu determinadu be hakat liuperíudu másimu durasaun nian.6. Kontratu aprendijazen ne’ebé halo hopartisipante sira programa formasaun nian kakualifikasaun profissionál la bele hakat liufulan neen.7. Bainhira de’it kontratu ida ho tempudeterminadu maka deklara hanesan tempuindeterminadu, traballadór ninia tempu servisukleur sei konta hahú hosi loron dahuluk haloservisu ba.

Artigu 13.ºHafoun kontratu

1. Kontratu traballu ho tempu determinadu belehafoun liuhosi akordu eskritu entre parte sirabainhira de’it mantein faktu sira-ne’ebéjustifika ninia selebrasaun inisiál la bele hakatliu períudu másimu be estabelese tiha ona ihanúmeru 4 hosi artigu 11.º iha kazu sira-ne’ebémaka hakerek iha númeru 1 artigu liubá nian.

2. Kontratu traballu ho tempu determinadukaduka bainhira liu ona prazu ne’ebé hatuuriha kontratu ne’e, eseptu parte sira halo akorduhodi hafoun.3. Sei konsidera hanesan kontratu traballudeterminadu úniku ida no ninia renovasaunrasik.

Artigu 14.ºPeríudu probatóriu

1. Kontratu sira traballu nian haktuir períuduprobatóriu ida, durante períudu ne’e parte sasáde’it bele hapara kontratu lahó avizu préviunein invokasaun ho justa kauza no la iha direituba indemnizasaun salvu akordu eskritu ne’ebéoin seluk fali.2. Iha kontratu sira traballu nian ho tempuindeterminadu durasaun ba períudu probatóriubele hosi to’o fulan 1, eseptu kona-batraballadór sira ne’ebé maka hala’o knaartéknika barbarak ka responsabilidade ka sira-

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oinício do período probatório.

Artigo 15.oSuspensão do contrato ou redução do

período normal detrabalho

1. O empregador pode suspender,temporariamente, os contratos de trabalho oureduzir o período normal de trabalho, pormotivos de mercado, tecnológicos, estruturais,desastres ou outras ocorrências alheias à suavontade, que tenham afetado gravemente aatividade normal da empresa, sempre que taismedidas se mostrem indispensáveis paraassegurar a viabilidade da empresa e amanutenção dos contratos de trabalho.2. A suspensão dos contratos de trabalho nãopode ser superior a 2 meses.3. A redução temporária do período de trabalhonão pode ser superior a 40 por cento doperíodo normal de trabalho, nem ser superior a3 meses de duração.4. O empregador deve comunicar, por escrito,aos trabalhadores a abranger pela suspensão oupela redução dos períodos normais de trabalho,ao sindicato que os represente e ao Serviço deMediação e Conciliação, a sua intenção deadotar alguma das medidas referidas nosnúmeros anteriores e as razões justificativas dasua adoção, com a antecedência mínima de 15dias em relação à data prevista para o início dasuspensão ou redução temporária.5. Durante os períodos de suspensão ouredução do periodo normal de trabalho,mantém-se em vigor os direitos e deveres dostrabalhadores e dos empregadores que nãopressuponham a efetiva prestação de trabalho.6. O período de suspensão ou redução contapara efeitos de antiguidade e não afeta ovencimento e a duração do período de férias.7. Durante o período de suspensão do contratode trabalho, o trabalhador tem direito a recebermetade da respetiva remuneração.8. Durante o período de redução do contrato detrabalho, o trabalhador tem direito a receber

ne’ebé makahalo servisutan konfiansa, ne’ebé períudu probatóriu belefiksa to’o fulan 3.

3. Iha kontratu sira traballu nian ho tempudeterminadu ho ninia durasaun maka:a) Hanesan ka menus fulan 6, períuduprobatóriu la bele hakat liu loron 8;b) Liu fulan 6 períudu probatóriu la bele hakatliu loron 15.4. Traballadór ninia tempu servisu kleur seisura hahú hosi inísiu períudu probatóriu.

Artigu 15.ºSuspensaun ba kontratu ka redusaun

períudu servisu baibain nian

1. Empregadór bele suspende, tuir tempu balukontratu sira traballu nian ka hamenus períudunormál servisu nian tan razaun merkadu,teknolójiku, estruturál dezastre ka okorrénsiahirak seluk ne’ebé maka kona ninia vontade, beafeta maka’as hodi hala’o atividade baibainempreza nian, bainhira de’it medida sira-ne’ehatudu katak presiza duni hodi hametinviabilidade empreza nomós mantein kontratusira traballu nian.2. Suspensaun ba kontratu sira traballu nian labele liu fulan 2.3. Redusaun temporáriu ba períudu traballu labele liu pursentu 40 hosi períudu normálservisu nian, nein liu fulan 3 durasaun nian.4. Empregadór tenke fó-hatene ba traballadórliuhosi hakerek, hodi abranje ninia suspensaunka redusaun ba períudu normál servisu nian,sindikatu ne’ebé reprezenta sira no Servisu baMediasaun no Konsiliasaun, ninia intensaunhodi foti medida balu ne’ebé temi iha númerusira liubá nomós razaun ho justifikasaun kona-ba saida maka halo hodi foti medida ne’ebá, hoantesedénsia mínimu loron 15 kona-ba data beprevee hodi hahú suspensaun ka redusauntemporária.5. Durante períudu sira suspensaun karedusaun períudu normál servisu nian sei

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um valor proporcional ao número de horasprestadas.9. Findo o período de suspensão do contrato detrabalho, o empregador e o trabalhador podemacordar a cessação do contrato de trabalho,tendo o trabalhador direito ao pagamento daindemnização prevista no artigo 55.º.

SECÇÃO IIALTERAÇÃO DO CONTRATO DE

TRABALHO

Artigo 16.ºAlteração do objeto do contrato de trabalho1. O trabalhador deve exercer as atividadesconcernentes ao cargo para o qual foicontratado ou promovido, não podendo sercolocado em categoria inferior oudespromovido, exceto se tal mudança forimposta por necessidades imperativas daempresa ou por estrita necessidade dotrabalhador e por este aceite.2. Sem prejuízo do disposto no númeroanterior, o empregador pode, em caso de forçamaior ou de necessidades imprevisíveis eprementes da empresa, atribuir ao trabalhador,pelo tempo necessário, atividades nãocompreendidas no objeto do contrato, desdeque tal não acarrete diminuição daremuneração ou de quaisquer outros direitos egarantias do trabalhador.3. O trabalhador pode, por tempo determinado,exercer atividades concernentes a cargosuperior àquele para o qual foi contratodevendo, por esse facto, ser remunerado deacordo com o valor e as regalias atribuídos aesse cargo.

Artigo 17.ºTransferência do trabalhador para outro

local de trabalho1. O trabalhador exerce as suas funções nolocal de trabalho estabelecido no contrato detrabalho, salvo o disposto nos númerosseguintes.2. Salvo disposição em contrário prevista nocontrato de trabalho, o empregador pode

mantein heladireitu nodevér sira traballadór no empregadór sira-nianbe la pressupoin prestasaun traballu efetivu.6. Períudu suspensaun ka redusaun konta baefeitu antiguidade no la afeta vensimentunomós durasaun períudu férias nian.7. Durante períudu suspensaun kontratutraballu nian, traballadór iha direitu atu simumetade hosi remunerasaun rasik.8. Durante períudu redusaun kontratu traballu,traballadór iha direitu hodi simu valórproporsionál ida ba númeru oras ne’ebé nia uzahodi halo servisu ba.9. Ramata períudu suspensaun kontratutraballu, empregadór no traballadór bele haloakordu hodi halo ramata kontratu traballu notraballadór iha direitu ba pagamentuindemnizasaun ne’ebé hakerek iha artigu 55.º.

SEKSAUN IIALTERASAUN BA KONTRATU

TRABALLU

Artigu 16.ºAlterasaun objetu kontratu traballu nian

1. Traballadór tenke ezerse atividade sira tuirknaar ne’ebé maka fo ba nia, la bele koloka niaiha kategoria inferiór ka despromovidu, eseptumudansa ne’e tan nesesidade imperativu siraempreza nian ka tan traballadór ninianesesidade ka tan ida-ne’e aseita.

2. La sakar fali saida maka hakerek iha númeruliubá, empregadór bele fó ba traballadóratividade sira ne’ebé la hatuur iha objetukontratu nian bainhira de’it la hatuunremunerasaun ka direitu hirak seluk nomósgarantia ba traballadór iha kazu forsa maiór kanesesidade imprevisivel, premente emprezanian turi tempu ne’ebé presiza.3. Traballadór bele halo atividade sira kona-baknaar superiór hosi knaar ne’ebé nia simu babainhira halo kontratu tuir tempu determinadu,no tan faktu ne’e tenke fó remunerasaun tuir

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transferir o trabalhador para outro local detrabalho desde que haja necessidadecomprovada da empresa, que o trabalho nãopossa ser desempenhado por outro trabalhadore que a transferência não cause prejuízo aotrabalhador.

3. Caso se verifique prejuízo, o trabalhadorpode rescindir o contrato, com direito aindemnização, nos termos previstos no artigo55.o.4. Os custos com a transferência dotrabalhador, definitiva ou temporária, são daexclusiva responsabilidade do empregador, nãopodendo, de forma alguma, ser suportados pelotrabalhador.5. O empregador deve observar o disposto noartigo anterior sempre que a transferência dotrabalhador para outro local de trabalhoimplique a alteração do objeto do contrato.

Artigo 18.ºTransmissão da Empresa ou

Estabelecimento1. A mudança de titularidade da empresa ouestabelecimento não implica a rescisão doscontratos de trabalho, transferindo-se para onovo titular os direitos e deveres do anteriorempregador estabelecidos nos contratos detrabalho dos respetivos trabalhadores.2. O novo titular é solidariamente responsávelpelas obrigações do trabalho vencidas até osdois meses anteriores à transmissão, ainda quesejam obrigações respeitantes a trabalhadorescujo contrato de trabalho já tenha cessado.

CAPÍTULO II

PRESTAÇÃO DO TRABALHO

SECÇÃO IDIREITOS E DEVERES DAS PARTES

Artigo 19.ºDeveres mútuos

1. Os empregadores e os trabalhadores devemrespeitar e fazer respeitar as leis e os acordos

valór nomósregalia siraknaar ne’e nian.

Artigu 17.ºTransferénsia traballadór ba servisu-fatin

seluk1. Traballadór hala’o ninia knaar iha servisu-fatin ne’ebé estabelese iha kontratu traballu,eseptu saida maka hakerek iha númeru hiraktuirmai ne’e.2. Salvu dispozisaun oin seluk fali ne’ebé makahakerek iha kontratu traballu, empregadór beletransfere traballadór ba servisu-fatin selukbainhira de’it empreza iha nesesidade ne’ebékomprovadu katak servisu ne’e traballadórseluk la bele halo nune’e, transferénsia lahamosu prejuizu ba traballadór.

3. Bainhira de’it hetan prejuizu, traballadórbele hapara kontratu, ho direitu atu hetanindemnizasaun tuir saida maka prevee ihaartigu 55.4. Kustu sira ho transferénsia traballadór niandefinitiva ka temporária nu’udarresponsabilidade tomak empregadór nian labele liuhosi forma sasá de’it traballadór makaresponsabiliza hotu.5. Empregadór tenke observa saida makahakerek iha artigu anteriór, bainhira de’ittraballadór nia transferénsia ba servisu-fatinseluk ne’e implika alterasaun objetu kontratu.

Artigu 18.ºTransmisaun Empreza ka Estabelesimentu

nian1. Mudansa titularidade empreza kaestabelesimentu nian la implika haparakontratu traballu maibé transfere de’it ba titulárfoun direitu sira no devér sira hosi empregadóranteriór nian ne’ebé maka estabelese ihakontratu traballu ba traballadór sira ida-idak.2. Titulár foun maka sai nu’udar responsavel baobrigasaun sira traballu nian ne’ebé hetan to’o

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coletivos que lhes sejam aplicáveis e colaborarpara a obtenção de níveis elevados deprodutividade da empresa e na promoçãohumana e social do trabalhador.2. A parte que, culposamente, desrespeitar osseus deveres é responsável pelo prejuízo quecausar à outra parte.

Artigo 20.ºDeveres do empregador

Sem prejuízo de outras obrigações previstas nalei, no acordo coletivo ou no contrato detrabalho, o empregador deve:a) Proporcionar ao trabalhador boas condiçõesde trabalho, tanto do ponto de vista físico comomoral, em particular, no que respeita à saúde,higiene e segurança no trabalho;b) Contribuir para a elevação do nível deprodutividade do trabalhador, proporcionando-lhe, na empresa ou fora dela, oportunidade deformação profissional adequada ao posto detrabalho;c) Pagar pontualmente uma remuneração justaem função da quantidade e qualidade dotrabalho prestado;d) Permitir ao trabalhador o exercício decargos de representação em organizações detrabalhadores e da atividade sindical, não oprejudicando por esse exercício;e) Prevenir riscos de doenças e acidentesprofissionais, fornecendo ao trabalhador ainformação e os equipamentos necessários àprevenção;f) Manter permanentemente atualizado oregisto de pessoal ao serviço da empresa comindicação dos nomes, data de admissão, tipo docontrato de trabalho, cargo, remuneração,férias e faltas justificadas e não justificadas;g) Tratar o trabalhador com respeito e justiça,não atentando contra a sua honra, bom nome,imagem pública, vida privada e dignidade.

Artigo 21.ºDeveres do trabalhador

Sem prejuízo de outras obrigações previstas nalei, no acordo coletivo ou no contrato detrabalho, o trabalhador deve:a) Comparecer ao trabalho com pontualidade e

fulan rualiubá batransmisaun, maske obrigasaun hirak ne’ebákona-ba traballadór sira-ne’ebé ho kontratutraballu ne’ebé ramata tiha ona.

KAPÍTULU II

HALO SERVISU

SEKSAUN IDIREITU NO DEVÉR PARTE SIRA-NIAN

Artigu 19.ºDevér mútuu sira

1. Empregadór no traballadór sira tenkerespeita no halo tuir lei nomós akordu koletivune’ebé maka aplika ba sira no servisu-hamutukhodi hetan produtividade empreza nian honível elevadu no halo promosaun umanu nososiál ba traballadór.2. Parte ne’ebé, ho kulpa, la halo tuir niniadevér sira, nia sei responsabiliza ba prejuizu bekona ba parte seluk.

Artigu 20.ºEmpregadór nia devér sira

La sakar fali obrigasaun hirak seluk ne’ebéprevee iha lei, iha akordu koletivu ka kontratutraballu, empregadór tenke:a) Fó ba traballadór kondisaun di’ak hodi haloservisu, bele parte fíziku hanesan mós morálliuliu bainhira ko’alia kona-ba saúde, ijienenomós seguransa bainhira halo servisu;b) Fó-tulun hodi hasa’e nível produtividadetraballadór nian no fó ba nia oportunidade hodituir formasaun profisionál adekuadu ba postuservisu atu iha empreza laran ka liur;

c) Selu ho pontuál remunerasaun ida-ne’ebéjustu tuir kuantidade no kualidade servisune’ebé halo;d) Fó biban ba traballadór atu ezerse knaarreprezentasaun iha organizasaun traballadórsira-nian nomós atividade sindikál la prejudikania tan knaar ne’e;e) Prevene risku ba moras sira nomós asidenteprofisionál hodi fó ba traballadór informasaunno ekipamentu ne’ebé presiza ba prevensaun;

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assiduidade e prestar o trabalho com zelo ediligência;b) Cumprir as ordens e instruções doempregador, ou de seu representante, em tudoo que diz respeito à execução e disciplina notrabalho, salvo se forem contrárias aos seusdireitos e garantias;c) Participar nas ações de formaçãoprofissional que lhe sejam proporcionadas peloempregador, salvo se existir motive relevanteimpeditivo;d) Guardar lealdade ao empregador nãonegociando, por conta própria ou alheia, emconcorrência com ele, nem divulgandoinformações referentes à sua organização,métodos de produção ou negócios;e) Zelar pela conservação e boa utilização dosinstrumentos de trabalho que lhe foremconfiados pelo empregador;f) Promover e executar todos os atos tendentesa melhorar a produtividade da empresa;g) Cooperar com a melhoria do sistema desegurança, higiene e saúde no trabalhoimplementado pela empresa e respeitar asprescrições estabelecidas, na lei ou no acordocoletivo, e as ordens do empregador nestamatéria;h) Tratar o empregador, os superioreshierárquicos e os colegas de trabalho comrespeito, não atentando contra a sua honra,bom nome, imagem pública, vida privada edignidade.

Artigo 22.ºGarantias do trabalhador

Sem prejuízo de outras garantias previstas nalei, no acordo coletivo ou no contrato detrabalho, é proibido ao empregador:a) Opor-se, por qualquer forma, a que otrabalhador exerça os seus direitos, rescindindoo seu contrato, aplicando outras sanções, outratando-o desfavoravelmente por causa desseexercício;b) Impedir, injustificadamente, a prestaçãoefetiva do trabalho;c) Diminuir a remuneração, salvo nos casosprevistos na lei ou no acordo coletivo;

f) Manteinnafatinrejistu pesoál ba servisu empreza nian hoindikasaun naran, data admisaun, tipu kontratutraballu, kargu, remunerasaun, férias no faltaho justifikasaun sira nomós falta sira-ne’ebélahó justifikasaun;g) Trata traballadór ho respeitu no justisa, lahasouru ninia onra, naran-di’ak, imajenpúblika, vida privadu nomós ninia dignidade.

Artigu 21.ºTraballadór nia devér sira

La sakar fali obrigasaun hirak seluk ne’ebéprevee iha lei, akordu koletivu ka kontratutraballu. Ne’e bé, traballadór tenke:a) Bá servisu-fatin ho pontualidade noassiduidade no halo servisu hodi fó-an tomakno badinas;b) Halo tuir empregadór ninia orden noinstrusaun sira ka ninia reprezentante, liuliuko’alia kona-ba ezekusaun no dixiplina ihaservisu, salvu la’o oin seluk fali hosi niniadireitu nomós garantia sira;c) Hola-parte iha asaun formasaun profisionálne’ebé maka empregadór fó ba nia, eseptubainhira de’it iha motivu prinsipál hodi haloimpedimentu;d) Fó fiar ba empregadór hodi la negosia bania-an rasik ka ema seluk, tuir konkorénsia honia, nein fó-sai informasaun kona-ba niniaorganizasaun, métodu sira ba produsaun nonegósiu;e) Halo ho kuidadu nune’e rai metin no utilizadidi’ak instrumentu traballu sira ne’ebéempregadór fó ba nia;f) Promove no hala’o aktu hotu-hotu ho niaobjetivu hodi hadi’a produtividade emprezanian;g) Servisu-hamutuk hodi hadi’a sistemaseguransa, ijiene no saúde bainhira halo servisune’ebé maka empreza implementa ba norespeita preskrisaun sira-ne’ebé estabelese ihalei, akordu koletivu nomós orden hosiempregadór kona-ba matéria ida-ne’e;h) Trata empregadór, superiór ierárkiku nomóskolega servisu sira ho respeitu, la hasouru sira-

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d)Baixar a categoria do trabalhador, salvo noscasos previstosna lei ou no acordo coletivo;e) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ouserviços fornecidospelo empregador ou por pessoas por eleindicadas.

Artigo 23.ºPoderes do empregador e poder disciplinar

1. Dentro dos limites decorrentes da lei, doacordo coletivo ou do contrato de trabalho, oempregador, ou o seu representante, tem odireito de fixar os termos em que deve serprestado o trabalho.2. O empregador tem poder disciplinar sobre otrabalhador enquanto vigorar o contrato detrabalho.3. O poder disciplinar pode ser exercido peloempregador ou pelo seu representante nostermos estabelecidos pelo empregador.4. Em caso de violação pelo trabalhador dosdeveres previstos na lei, no contrato detrabalho ou no acordo coletivo, o empregadorpode aplicar as seguintes medidasdisciplinares:a) Advertência verbal numa língua acessível aotrabalhador;b) Advertência escrita, com a indicação dosmotivos que a fundamentam, numa línguaacessível ao trabalhador;c) Suspensão do trabalhador, por um períodomáximo de três dias, com perda daremuneração, após 3 advertências escritas;d) Rescisão do contrato de trabalho por justacausa, sem qualquer indemnização oucompensação, nos termos previstos no artigo50.º.5. A medida disciplinar deve ser proporcional àgravidade da infração e à culpa do trabalhador.6. As medidas disciplinares previstas nasalíneas c) e d) do número anterior só podem seraplicadas após instauração e conclusão deprocesso disciplinar.7. Pela mesma infração não pode ser aplicadamais do que uma sanção disciplinar.

nia onra,naran-di’ak,imajen públika, vida privadu nomós dignidade.

Artigu 22.ºTraballadór nia garantia sira

La sakar fali garantia sira seluk ne’ebé preveeiha lei, akordu koletivu ka kontratu traballu,habandu empregadór atu:a) opoin liuhosi forma sasá de’it atu traballadórezerse ninia direitu hodi hapara ninia kontratu,aplika sansaun hirak seluk ka trata nia homaneira desfavoravel tanba knaar ne’e;

b) Impede nia hodi halo servisu efetivu lahójustifikasaun;c) Hamenus remunerasaun, salvu iha kazu sirane’ebé prevee iha lei ka akordu koletivu;d) Hatuun kategoria traballadór nian, salvu ihakazu sira-ne’ebé maka hakerek iha lei kaakordu koletivu;e) Obriga traballadór atu simu bein ka servisune’ebé empregadór fó ka hosi ema sira-ne’ebéempregadór indika tiha ona.

Artigu 23.ºEmpregadór nia podér sira nomós podér

dixiplinár1. Iha limite ne’ebé maka lei, akordu koletivuka kontratu traballu prevee, empregadór kaninia reprezentante iha direitu hodi fiksa termusira-ne’ebé maka tenke halo servisu.2. Empregadór iha podér dixiplinár kona-batraballadór bainhira kontratu traballu vigora.3. Empregadór bele ezerse podér dixiplinár kaninia reprezentante tuir saida maka empregadórestabelese.4. Bainhira de’it traballadór halo violasaun badevér sira-ne’ebé maka prevee iha lei, kontratutraballu ka akordu koletivu, empregadór beleaplika medida dixiplinár sira tuirmai:

a) Adverténsia verbál iha dalen ida-ne’ebétraballadór hatene;b) Adverténsia eskrita hodi hatudu motivu sira-ne’ebé fundamenta iha dalen be traballadórhatene ba;

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8.A infração disciplinar prescreve no prazo deseis meses a contar da data da sua ocorrência.9. O empregador deve promover a execução dasanção disciplinar no prazo de trinta dias acontar da data da decisão proferida no âmbitodo processo disciplinar.

Artigo 24.ºProcesso disciplinar

1. O processo disciplinar deve ser elaboradopor escrito, devendo iniciar-se no prazomáximo de 20 dias subsequentes à data em queo empregador, ou o seu representante comcompetência disciplinar, teve conhecimento dainfração.2. O processo disciplinar prescreve se, apósdecorrido o período de seis meses desde a datada sua instauração, o trabalhador não tiver sidonotificado da decisão final.3. O empregador deve notificar o trabalhador,por escrito, dos factos pelos quais é acusado,devendo a notificação conter a descriçãodetalhada dos factos imputados.4. Ao trabalhador é assegurado o direito dedefesa, o qual deve ser exercido no prazo de 10dias a contar da notificação dos factos que lhesão imputados.5. O trabalhador deve apresentar a sua defesapor escrito, podendo apresentar documentos,requerer a sua audição e outras diligências deprova.6. Se o trabalhador se recusar a receber anotificação dos factos pelos quais está acusado,tal recusa deve ser registada na próprianotificação e confirmada por duas testemunhas,as quais devem ser trabalhadores.7. Na situação prevista no número anterior,bem como no caso de o trabalhador sujeito aoprocesso disciplinar se encontrar ausente e emlugar desconhecido, deve ser lavrado um editalpelo qual o trabalhador é convocado parareceber a acusação com especial advertência deque o prazo para apresentação de defesa contaa partir da data de publicação do edital.8. É proibida a convocação dos trabalhadores,para receber a acusação e apresentar defesa,

c)Suspensaunba traballadór ho períudu másimu loron tolu,ne’ebé lakon remunerasaun, hafoin adverténsiaeskrita 3;

d) Hapara kontratu traballu ho justa kauza,laiha indemnizasaun sasá de’it kakompensasaun tuir saida maka hakerek ihaartigu 50.º.5. Medida dixiplinár tenke proporsionál bagravidade infrasaun no kulpa traballadór nian.6) Medida dixiplinár sira-ne’ebé prevee ihaalínea sira c) no d) hosi númeru anteriór beleaplika de’it hafoin instrusaun no konkluzaunprosesu dixiplinár.7. Ba infrasaun hanesan la bele aplika liu dukesansaun dixiplinár ida.8) Infrasaun dixiplinár preskreve iha prazufulan neen ne’ebé hahú sura hosi data ba niniaokorénsia.9) Empregadór tenke promove ezekusaunsansaun dixiplinár iha prazu loron tolunulu,ne’ebé hahú konta hosi data desizaun be fó-saiiha ámbitu prosesu dixiplinár.

Artigu 24.ºProsesu dixiplinár

1. Prosesu dixiplinár tenke halo liuhosihakerek, tenke hahú iha prazu másimu loron 20tutuir-malu ba data ne’ebé maka empregadórka ninia reprezentante ho kompeténsiadixiplinár hatene kona-ba infrasaun ne’e.2. Prosesu dixiplinár preskreve se hafoin liutiha períudu fulan neen hahú hosi data ba niniainstaurasaun, traballadór ne’e la hetannotifikasaun hosi desizaun finál.3. Empregadór tenke notifika traballadórliuhosi hakerek kona-ba faktu sira-ne’ebé makamosu hodi akuza nia, notifikasaun ne’e tenkeiha deskrisaun detalladu ba faktu imputadusira.4. Ba traballadór sei asegura ninia direitu hodihalo defeza, direitu ne’ebá tenke ezerse ihaprazu loron 10, ne’ebé hahú sura hosinotifikasaun ba faktu sira be nia responsabilizaba.

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através de qualquer meio de comunicaçãosocial.9. O empregador toma a decisão final noâmbito do processo disciplinar, por escrito eobrigatoriamente fundamentada, com indicaçãoexpressa da sanção aplicada, no prazo de 10dias a contar:a) Da apresentação da defesa pelo trabalhador,ou decorrido este prazo sem que a defesa tenhasido apresentada; oub) Da conclusão das diligências probatóriasrequeridas pelo trabalhador.10. O trabalhador pode recorrer da decisão queaplica uma medida disciplinar para oempregador ou para o superior hierárquicoimediato àquele que aplicou a medidadisciplinar, conforme o caso, sem prejuízo dodireito a solicitar a intervenção dos organismosde mediação e conciliação com vista àresolução do conflito.

Secção IIDuração do tempo de trabalho

Artigo 25.ºPeríodo normal de trabalho

1. O período normal de trabalho não podeultrapassar 8 horas por dia, nem 44 horas porsemana.2. Após um período de 5 horas de trabalhoininterrupto, o trabalhador tem direito a umintervalo, para descanso, de, pelo menos, 1hora.

Artigo 26.ºHorário de trabalho

Compete ao empregador definir o horário detrabalho do trabalhador dentro das regrasfixadas na lei, no acordo coletivo ou nocontrato de trabalho.

Artigo 27.ºHoras extraordinárias

1. O trabalho prestado em horas extraordináriasé remunerado com a remuneração horárianormal, acrescida de 50 por cento.2. O trabalho prestado em dia de descansosemanal ou em dia de feriado obrigatório éremunerado com a remuneração horária normalacrescida de 100 por cento.

5.Traballadórtenke aprezenta ninia defeza liuhosi hakerekhodi bele hatada dokumentu sira, halorekerimentu hodi rona nia nomós dilijénsiahirak seluk hodi prova.6. Bainhira traballadór rekuza atu simunotifikasaun ba faktu sira-ne’ebé halo hodiakuza nia, rekuza ne’e tenke hakerek ihanotifikasaun rasik no konfirmadu ho sasinna’in-rua ne’ebé tenke traballadór sira duni. 7. Iha situasaun ne’ebé númeru anteriór prevee,hanesan mós ho kazu ne’ebé traballadór sujeitaba prosesu dixiplinár bainhira auzente no ihafatin deskoñesidu, tenke halo editál ida ne’ebétraballadór ne’e sei konvoka hodi simuakuzasaun ho adverténsia espesiál katak prazuhodi aprezenta defeza sei sura hahú hosi datapublikasaun editál.8. Sei habandu konvokasaun ba traballadór sirahodi simu akuzasaun no aprezenta defezaliuhosi meiu komunikasaun sosiál sasá de’it.9) Empregadór foti desizaun finál iha ámbituprosesu dixiplinár, liuhosi hakerek noobrigatóriu ho fundamentu no indikasaunespresa ba sansaun aplikada iha prazu loron 10hahú sura:a) Hosi aprezentasaun defeza traballadór nianka liu tiha ona prazu ida-ne’e maske defezahatada tiha ona kab) Hosi konkluzaun dilijénsia probatória sirane’ebé maka traballadór husu.10) Traballadór bele halo rekursu ba desizaunne’ebé aplika medida dixiplinár ida ba kedassuperiór ierárkiku ba ida-ne’ebé maka aplikamedida dixiplinár tuir kazu la sakar fali direituhodi husu intervensaun hosi organizmu siramediasaun no konsiliasaun nian ho nia objetivuhodi rezolve konflitu.

Seksaun IIDurasaun tempu servisu nian

Artigu 25.ºPeríudu normál servisu nian

1. Períudu normál servisu nian la bele hakat liuoras 8 ba loron ida, nein oras 44 ba semana idanian.

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3.A duração do trabalho prestado em dia dedescanso semanal ou em dia de feriadoobrigatório não pode ultrapassar 8 horas pordia.4. Cada trabalhador não pode prestar mais doque 4 horas de trabalho extraordinário por diaou 16 horas por semana.5. Excecionam-se dos limites previstos nos n.º3 e 4, os trabalhos prestados em casos de forçamaior ou que sejam indispensáveis paraprevenir ou reparar prejuízos graves para aempresa ou para a sua viabilidade.6. O empregador deve possuir um registo emrelação a cada trabalhador, do qual consta oinício e o termo das horas extraordinárias detrabalho.

Artigo 28.ºTrabalho noturno

A prestação de trabalho noturno, entre as 21horas de um dia e as 6 horas do dia seguinte, éremunerada com a remuneração horária normalacrescida de 25 por cento.

Artigo 29.ºTrabalho por turnos

1. Devem ser organizados turnos de pessoaldiferente sempre que o período defuncionamento da empresa ultrapasse operíodo normal de trabalho, nos termosprevistos no artigo 25.º.2. A duração de trabalho de cada turno nãopode ultrapassar os limites máximos doperíodo normal de trabalho.

Secção IIISuspensão da prestação do trabalho

Artigo 30.ºDescanso semanal

1. O trabalhador tem direito a um período dedescanso semanal remunerado de, no mínimo,24 horas consecutivas.2. O dia de descanso semanal só pode deixar deser ao domingo quando o trabalhador prestetrabalhos indispensáveis à continuidade deserviços que não podem ser interrompidos ouque tenham, necessariamente, de ser prestadosao domingo.

2. Hafoinperíudu idahosi oras 5 servisu kontínuu nian, traballadóriha direitu ba intervalu ida hodi deskansapelumenús oras 1.

Artigu 26.ºOráriu servisu nian

Empregadór iha kompeténsia hodi definetraballadór nia oráriu servisu tuir regra ne’ebémaka lei, akordu koletivu ka kontratu traballufiksa.

Artigu 27.ºOras estraordinária sira

1. Serviu ne’ebé halo iha oras estraordináriasira sei fó remunerasaun ho remunerasaunoráriu normál, tau tan ho pursentu 50.2. Servisu ne’ebé halo iha loron deskansasemanál ka iha loron feriadu obrigatóriu sei fóremunerasaun ho remunerasaun oráriu normáltau tan ho pursentu 100.3. Durasaun servisu ne’ebé halo iha lorondeskansa semanál ka iha loron feriaduobrigatóriu la bele hakat liu oras 8 ba loron idanian.4. Traballadór idaidak la bele halo servisu liuduke oras 4 servisu estraordináriu nian ba loronida ka oras 16 ba semana ida nian.5. Iha esepsaun ba limite sira-ne’ebé prevee ihanº 3 no 4, servisu neébé halo tan forsa maiór kaservisu ne’ebé tenke halo hodi prevene kahadi’a prejuizu grave sira ba empreza ka baninia viabilidade.6. Empregadór tenke iha rejistu ida ne’ebérelasiona ba traballadór idaidak no rejistu ne’ehakerek inísiu no termu ba traballu orasestraordináriu sira-nian.

Artigu 28.ºServisu kalan

Hala’o servisu kalan hahú hosi oras 21 hosiloron ida nian no oras 6 loron tuirmai nian, seiselu ho remunerasaun oras normál tauhamutuk tan ho pursentu 25.

Artigu 29.º

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Artigo 31.ºFeriados obrigatórios

1. São considerados feriados obrigatórios osestabelecidos na lei.2. A não prestação de trabalho nos dias deferiado obrigatório não determina a perda deremuneração ou de quaisquer outros direitos dotrabalhador.

Artigo 32.ºFérias

1. O trabalhador tem direito a fériasremuneradas por cada ano de trabalhoprestado.2. O período de férias não pode ser inferior a12 dias úteis.3. Nos casos de cessação do contrato detrabalho antes de completado o ciclo de 1 anode trabalho, o trabalhador tem direito a fériasproporcionais à razão de 1 dia por cada mêstrabalhado.4. O período de gozo de férias deve sermarcado por acordo entre o trabalhador eempregador, cabendo ao empregador, na faltade acordo, defini-lo.5. Se o empregador, culposamente, impedir ogozo das férias, dentro dos 12 mesessubsequentes à data em que o trabalhador tenhaadquirido o direito, o trabalhador tem direito auma compensação correspondente ao dobro daremuneração dos dias de férias não gozados.

Artigo 33.ºFaltas

1. As faltas podem ser justificadas ouinjustificadas.2. As faltas justificadas devem sercomunicadas antecipadamente ou logo quepossível ao empregador, não implicando aperda da remuneração ou de quaisquer outrosdireitos.3. O trabalhador pode faltar justificadamente 3dias por ano em caso de casamento, morte demembros da família e eventos comunitários ereligiosos.4. O trabalhador pode igualmente faltarjustificadamente ao trabalho por motivo de

Servisu tuirturnu

1. Tenke organiza turnu sira ba pesoáldiferente bainhira de’it períudu funsionamentuempreza nian ultrapasa períudu normál servisutuir saida maka artigu 25.º prevee.2. Durasaun servisu ba turnu idaidak la belehakat liu limite másimu sira hosi períudunormál traballu nian.

Sesaun IIISuspensaun hodi hala’o servisu

Artigu 30.ºDeskansu semanál

1. Traballadór iha direitu ba períudu idadeskansu semanál, remuneradu iha mínimuoras 24 tuituir malu.2. Loron deskansa semanál maka domingude’it bainhira traballadór halo servisu ne’ebépresiza hodi fó kontinuidade ba servisu ne’ebémaka la bele interrompe ka tenke halo duni ihadomingu.

Artigu 31.ºFeriadu obrigatóriu sira

1. Feriadu obrigatóriu sira maka feriadu sirane’ebé lei estabelese.2. La hala’o servisu iha loron sira feriaduobrigatóriu la determina katak lakonremunerasaun ka traballadór nia direitu hirakseluk sasá de’it.

Artigu 32.ºFérias

1. Traballadór iha direitu hodi simuremunerasaun maske férias ba tinan idaidakhosi servisu ne’ebé halo ba.2. Períudu férias nian la bele inferiór loron 12servisu nian.3. Bainhira ramata kontratu traballu molokkompleta siklu tinan 1 servisu nian, traballadóriha direitu ba férias proporsionál kona-ba loron1 hosi fulan idaidak ne’ebé halo servisu ba.4. Períudu gozu férias tenke marka tuir akorduentre traballadór no empregadór, bainhira la ihaakordu, empregadór iha kompeténsia hodi haloakordu ne’e.5. Bainhira empregadór, ho kulpa, teri-netikgozu férias iha fulan 12 nia laran tutuir malu ba

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doença ou acidente, mediante a apresentaçãode atestado médico, até 12 dias por ano, dosquais 6 são remunerados por inteiro e os 6 diasrestantes remunerados a 50 por cento do valorda remuneração diária.5. As faltas injustificadas constituem violaçãodo dever de assiduidade determinando a perdada remuneração correspondente ao período emfalta, sendo descontado na antiguidade dotrabalhador, assim como podem serfundamento para rescisão do contrato detrabalho, nos termos do artigo 50.º.6. As faltas justificadas não têm efeito sobre odireito a ferias do trabalhador.7. O empregador pode exigir que o trabalhadorfaça prova dos factos alegados para ajustificação da falta.

SECÇÃO IVSEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO

TRABALHOArtigo 34.º

Princípios gerais1. O trabalhador tem direito a prestar trabalhoem condições dignas de segurança, higiene esaúde as quais devem ser asseguradas peloempregador.2. O trabalhador tem direito a indemnizaçãopara reparação dos danos decorrentes deacidente de trabalho ou de doença profissional,ocorridos durante o exercício normal de suasfunções, e que sejam causados pela omissão deinformação ou pelo não fornecimento deequipamento adequado ao trabalhador.3. Se do acidente de trabalho ou da doençaprofissional referidos no número anteriorresultar a morte do trabalhador, a indemnizaçãoé atribuída ao cônjuge do trabalhador, na faltadeste aos filhos do trabalhador, na falta desteaos pais do trabalhador e, na falta deste, aosirmãos do trabalhador.

Artigo 35.ºObrigações gerais do empregador

1. O empregador é obrigado a assegurar aostrabalhadores condições dignas de segurança,higiene e saúde no trabalho, prevenindo os

data ne’ebétraballadóriha direitu hodi hasai férias, traballadór ihadireitu hodi simu kompensasaun idakorrespondente ba remunerasaun dobru hosiloron férias sira ne’ebé maka nia la goza.

Artigu 33.ºFalta sira

1. Falta sira bele ho justifikasaun ka lahójustifikasaun.2. Falta sira ho justifikasaun tenke fó-hatenemolok ka bainhira de’it bele ba empregadórne’ebé la implika lakon remunerasaun kadireitu hirak seluk sasá de’it.3. Traballadór bele falta ho justifikasaun ihatinan 1 nia laran hamutuk loron 3 bainhirakazamentu, membru uma-laran mate no eventukomunitáriu nomós relijiozu sira.4. Traballadór mós bele falta ho justifikasaunba traballu tan moras ka asidente liuhosiaprezentasaun atestadu médiku to’o loron 12ba tinan ida no hosi loron hirak ne’ebá, loron 6sei remunera tomak no loron 6 seluk remunerade’it pursentu 50 hosi valór remunerasaunloron-loron nian.5. Falta sira lahó justifikasaun hamosuviolasaun devér asiduidade ne’ebé determinalakon remunerasaun korrespondente ba períudune’ebé falta ba, sei deskonta traballadór niniatempu naruk servisu nian, nune’e sai móshanesan fundamentu hodi hapara kontratutraballu tuir saida maka artigu 50.º hakerek.6. Falta sira ho justifikasaun la iha efeitu kona-ba direitu ba férias traballadór nian.7. Empregadór bele ezije katak traballadórhatudu prova ba faktu alegadu sira hodi halojustifikasaun ba falta.

SEKSAUN IVSEGURANSA, IJIENE NO SAÚDE IHA

TRABALLUArtigu 34.º

Prinsípiu jerál sira1. Traballadór iha direitu hodi halo servisu hokondisaun dignu ho seguransa, ijiene no saúde

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acidentes e os perigos resultantes do trabalho,quer estejam relacionados com o trabalho, querocorram durante o trabalho, e reduzindo aomínimo as causas dos riscos inerentes aoambiente de trabalho.2. Para o efeito do estabelecido no númeroanterior, o empregador deve adotar as seguintesmedidas:a) Identificação e avaliação dos riscosprofissionais;b) Eliminação ou, quando não for possível,redução dos fatores de risco ou de acidentes;c) Planeamento e organização na empresa ouestabelecimento de um sistema de prevençãode riscos profissionais, de primeiros socorros,de combate a incêndios e de evacuação dostrabalhadores em caso de sinistro;d) Informação, formação, consulta eparticipação dos trabalhadores e seusrepresentantes sobre os riscos para a saúde esegurança, bem como sobre as medidas deproteção e de prevenção e a forma como seaplicam, relativas tanto ao posto de trabalho oufunção, como à empresa em geral;e) Promoção e vigilância da segurança e saúdedos trabalhadores, bem como de terceiros quepossam ser afetados no interior ou no exteriordo local de trabalho.3. Na aplicação das medidas adotadas, oempregador deve utilizar os meios necessáriose os serviços adequados, inter- nos ouexteriores à empresa, bem como osequipamentos de proteção necessários, e darinstruções, verbalmente ou por escrito, emlíngua acessível ao trabalhador, quanto à formacorreta de uso dos mesmos.

Artigo 36.ºObrigações gerais do trabalhador

1. Para o efeito do estabelecido nesta secção, édever do trabalhador:a) Cumprir as prescrições de segurança,higiene e saúde no trabalho estabelecidas nasdisposições legais e nos acordos coletivos, bemcomo as instruções do empregador, ou dos seusrepresentantes, adotadas com o mesmoobjetivo;

empregadórmaka seiasegura kondisaun hirak ne’ebá.2. Traballadór iha direitu hodi hetanindemnizasaun hodi hadi’a danu sira ne’ebémosu tan asidente traballu ka moras profisionálbe mosu bainhira halo servisu normál ne’ebései kauza omisaun ba informasaun ka lafornese ekipamentu adekuadu ba traballadór.

3. Hosi asidente traballu ka moras profisionálkarik ne’ebé temi iha númeru liubá rezultatraballadór mate, indemnizasaun sei fó ba niakónjuze, bainhira la iha maka sei fó ninia oansira, bainhira ona sira la iha sei fó ba inan-aman no bainhira inan-aman la iha maka sei fóba traballadór ninia maun-alin sira.

Artigu 35.ºEmpregadór ninia obrigasaun jerál sira

1. Empregadór iha obrigasaun hodi asegurakondisaun dignu ho seguransa, ijiene no saúdeiha servisu-fatin ba traballadór hodi preveneasidente nomós tateran sira ne’ebé masubainhira halo servisu, atu iha relasaun hotraballu ka mosu bainhira halo traballu noredús ho mínimu kauza sira ba risku ihaambiente traballu.2.Ba efeitu ne’ebé iha númeru liubá estabelese,empregadór tenke adota medida hirak tuirmai:a) Halo identifikasaun no avaliasaun ba riskuprofisionál sira;b) Halo eliminasaun ka bainhira de’it la bele,hamenus faktór sira risku ka asedente nian;c) Halo planeamentu no organizasaun ihaempreza ka estabelese sistema prevensaun barisku profisionál ida, tulun dahuluk, kombateinséndiu no halo evakuasaun ba traballadórbainhira mosu dezastre;d) Informasaun, formasaun, konsulta nopartisipasaun traballadór sira-nian no sira-niareprezentante kona-ba risku ba saúde noseguransa, hanesan mós ho medida sira-ne’ebéuza hodi halo protesaun no prevensaun noforma oinsá maka atu aplika medida ba postutraballu ka funsaun hanesan mós ba empreza

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b)Zelar pela sua segurança e saúde, bem comopela segurança e saúde das outras pessoas quepossam ser afetadas pelas suas ações ouomissões no trabalho;c) Utilizar corretamente, e segundo asinstruções transmitidas pelo empregador ou porquem o represente, as máquinas, aparelhos,instrumentos, substâncias perigosas e outrosmeios, em especial, os equipamentos deproteção individual e coletiva postos à suadisposição;d) Cooperar no estabelecimento e melhoria dosistema de segurança, higiene e saúde notrabalho da empresa.2. As medidas e atividades relativas àsegurança, higiene e saúde no trabalho nãoimplicam quaisquer encargos financeiros parao trabalhador, sem prejuízo daresponsabilidade disciplinar e civil emergentedo incumprimento culposo das respetivasobrigações.

Artigo 37.ºComissão paritária

1. É obrigatória a constituição de umacomissão paritária nas empresas com mais de20 trabalhadores ou nas empresas,independente do número de trabalhadores, cujaatividade represente riscos especiais para asaúde, segurança e higiene dos trabalhadores.2. A comissão paritária deve ser composta por:a) 2 membros, sendo 1 representante dostrabalhadores e 1 representante do empregador,nas empresas com número igual ou inferior a20 trabalhadores;b) 4 membros, sendo 2 representantes dostrabalhadores e 2 representantes doempregador, nas empresas com mais de 20trabalhadores.3. Os membros da comissão paritária sãoresponsáveis por promover, periodicamente, aconsciencialização dos trabalhadores sobre osriscos inerentes ao trabalho, bem como sobreas medidas para sua eliminação ou diminuição.4. Os representantes dos trabalhadores devemser eleitos em assembleia de trabalhadores

enjerál;e)Promosaun no vijilánsia ba seguransa no saúdetraballadór sira-nian, hanesan mós ho emadatoluk sira ne’ebé bele afeta iha servisu-fatinnia laran ka liur.3. Iha aplikasaun medida sira-ne’ebé adota,empregadór tenke utiliza meiu nesesáriu sirano servisu adekuadu atu iha empreza nia laranka liur, hanesan mós ho ekipamentu hodi fóprotesaun ne’ebé presiza no fó instrusaunliuhosi ko’alia ka hakerek ida dalen ne’ebétraballadór hatene, kona-ba forma loloos oinsámaka uza ekipamentu sira ne’ebá.

Artigu 36.ºTraballadór ninia obrigasaun jerál sira

1. Ba efeitu ne’ebé sesaun ida-ne’e estabelese,nu’udar devér traballadór nian:a) Kumpre preskrisaun sira seguransa, ijiene nosaúde nian iha servisu-fatin ne’ebé estabeleseiha dispozisaun legál sira no akordu koletivu,hanesan mós ho instrusaun empregadór nian kaninia reprezentante sira kona-ba preskrisaun beadota ba ho objetivu hanesan;b) Halo ho didi’ak ba ninia seguransa no saúde,hanesan mós ho seguransa no saúde ema seluknian ne’ebé maka bele afeta tan ninia asaun kaomisaun iha servisu-fatin;c) Utiliza ho loloos mákina, aparellu,instrumentu, substánsia perigozu no meiu hirakseluk liuliu ekipamentu hodi halo protesaunindividuál ka koletivu ne’ebé fó ba nia hodiuza no tuir instrusaun ne’ebé empregadórtransmite ka hosi ema ne’ebé maka reprezentania hato’o ba;d) Servisu-hamutuk iha estabelesimentu kahadi’a sistema seguransa, ijiene no saúde ihatraballu empreza nian.2. Medida no atividade sira kona-ba seguransa,ijiene no saúde iha traballu la implika enkargufinanseiru sasá de’it ba traballadór, la sakar faliresponsabilidade dixiplinár no sivíl ne’ebémaihosi inkumprimentu kulpozu ba obrigasaunida-idak.

Artigu 37.º

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expressamente convocada para o efeito.

CAPÍTULO IIIREMUNERAÇÃO DO TRABALHO

Artigo 38.ºPrincípios gerais

1. Todo o trabalhador, sem qualquer distinção,tem direito a receber uma remuneração justa,que tenha em conta a quantidade, natureza equalidade do trabalho prestado, observando-seo princípio de que para trabalho igual ou demesmo valor é devido um salário igual.2. A remuneração do trabalhador não pode serinferior ao valor mínimo definido por lei ouacordo coletivo da categoria.3. É nula de pleno direito qualquer cláusula docontrato de trabalho pela qual o trabalhadorrenuncie ao direito à remuneração ou quecondicione o seu pagamento a acontecimentoou realização de um facto incerto.

Artigo 39.ºModalidades da remuneração

1. A remuneração pode ser fixa ou variável.2. Entende-se por remuneração fixa o valorcerto e definido no contrato de trabalho a serpago periodicamente ao trabalhador pelaprestação de trabalho.3. Entende-se por remuneração variável aquelaque, além da remuneração fixa, é paga aotrabalhador com base no seu desempenho ouprodutividade.4. Não são consideradas parte da remuneração:a) Os valores pagos a título de ajuda de custo,incluindo transporte, alimentação, alojamentoou os valores pagos em razão de transferênciado trabalhador para outro local de trabalho;b) As gratificações ou participação em lucrosconcedidas em razão do desempenhoeconómico da empresa ou estabelecimento;c) Os valores pagos pela prestação de trabalhoextraordinário;d) Outros benefícios extraordináriosconcedidos pelo empregador.

Artigo 40.ºForma, lugar e tempo do pagamento da

remuneração

Komisaunparitária

1. Harii komisaun paritáriu nu’udar obrigatóriuiha empreza sira-ne’ebé ho traballadór liu hosi20 ka iha empreza sira, la haree ba númerutraballadór sira-nian ne’ebé ho atividadenakloke hela ba risku espesiál saúde, seguransano ijiene traballadór sira-nian.2. Komisaun paritáriu tenke kompoin hamutukho:a) Membru na’in-2, na’in-1 nu’udar traballadórsira-nia reprezentante no na’in-1 selukempregadór ninia reprezentante iha emprezasira ho númeru hanesan ka inferiór batraballadór na’in-20;b) Membru na’in-4, na’in-2 nu’udar traballadórsira-nia reprezentante no na’in-2 empregadórninia reprezentante, iha empreza sira hotraballadór liu na’in-20.3. Membru sira komisaun paritáriu maka sainu’udar responsavel hodi promove, tuirperíudu, konsiensializa traballadór sira kona-barisku ne’ebé mosu bainhira halo servisu,hanesan mós ho medida sira-ne’ebé uza hodihalakon ka hamenus risku sira ne’ebá.4. Reprezentante traballadór sira-nian tenkeeleitu iha asembleia traballadór nian ho espresakonvokadu ba efeitu ida-ne’e.

KAPÍTULU IIIREMUNERASAUN BA TRABALLU

Artigu 38.ºPrinsípiu jerál sira

1. Traballadór hotu-hotu, lahó distinsaun sasáde’it, iha direitu hodi simu remunerasaun idajusta ne’ebé bazeia ba kuantidade, natureza nokualidade servisu be halo hodi kumpreprinsípiu katak ba traballu hanesan ka ho valórhanesan maka ho saláriu ida hanesan.2. Traballadór ninia remunerasaun la bele kiikliu fali tuir valór mínimu ne’ebé lei ka akordukoletivu kategoria nian define.3. Nu’udar nulu direitu plenu kláuzula kontratutraballu ne’ebé de’it be traballadór renunsia badireitu hodi hetan remunerasaun ka ne’ebékondisiona ho ninia pagamentu baakontesimentu ka realizasaun hosi faktu ida

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1.A remuneração é paga em dinheiro, devendo opagamento ser feito em moeda com curso legalno país, através de cheque ou mediantetransferência bancária.2. O pagamento da remuneração deve ser feitoem dia de trabalho e no local onde otrabalhador exerça as suas atividades, podendo,excecionalmente, ser acordado outro local sefor mais favorável ao trabalhador.3. A remuneração deve ser paga diretamente aotrabalhador e em períodos certos, não podendoexceder um mês o intervalo entre cadapagamento.4. No ato de pagamento da remuneração, oempregador entrega ao trabalhador umdocument recibo do qual consta o período aque respeita a remuneração, o montante bruto eo montante liquído recebido, os descontos eretenções efetuados e todas as prestaçõesadicionais.5. A remuneração deve ser paga ao trabalhadorna data do vencimento ou, caso este sejasábado, domingo ou feriado, no dia útilimediatamente anterior.

Artigo 41.ºRemuneração do trabalho a tempo parcial

1. O trabalhador que preste trabalho a tempoparcial é remunerado, proporcionalmente, pelashoras de trabalho prestadas.2. O valor da remuneração do trabalhador atempo parcial é calculado com base no valor daremuneração horária de um trabalhador atempo inteiro, ocupando o mesmo cargo ouposto de trabalho.

Artigo 42.ºDescontos na remuneração

1. O trabalhador deve autorizar por escritoquaisquer descontos ou retenções que incidamsobre a remuneração.2. Sem prejuízo do previsto no númeroanterior, o empregador está autorizado aefetuar descontos ou retenções para o Sistemade Segurança Social, bem como noutros casosdeterminados por lei ou por decisão judicial.3. Os descontos efetuados não podem exceder,

ne’ebélaloos.

Artigu 39.ºRemunerasaun ninia modalidade sira

1. Remunerasaun bele fiksu ka variavel.2. Remunerasaun fiksa maka valór sertu nodefine iha kontratu traballu no sei selu tuirperíudu ba traballadór tan halo servisu.3. Remunerasaun variavel maka remunerasaunne’ebé sei selu ba traballadór tuir niniadezempeñu ka produtividade, la’ós de’it baremunerasaun fiksa.4. Sei la konsidera parte remunerasaun nianmaka:a) Valór pagu sira kona-ba hetan ajuda kustu,inklui transporte, alimentação, alojamentu kavalór pagu sira tan traballadór niniatransferénsia ba servisu-fatin seluk;b) Gratifikasaun ka partisipasaun iha lukrune’ebé fó tiha ona tan dezempeñu ekonómikuempreza ka estabelesimentu nian;c) Valór pagu sira tan halo servisuestraordináriu;d) Benefísiu estraordináriu hirak seluk ne’ebéempregadór fó.

Artigu 40.º Forma, fatin no tempu hodi halo pagamentu

remunerasaun1. Remunerasaun sei selu ho osan, tenke halopagamentu tuir osan legál ne’ebé uza iha paísliuhosi xeke ka transferénsia bankária.2. Pagamentu remunerasaun tenke selu ihaloron servisu nian no iha fatin ne’ebétraballadór hala’o knaar ba, ho esesaun liafuanbele tuir malu hodi selu iha fatin seluk ne’ebédi’ak liu ba traballadór.3. Remunerasaun tenke selu kedas batraballadór no iha períudu sertu la bele hakatliu fulan ida intervalu entre kada pagamentu.4. Iha atu pagamentu remunerasaun,empregadór entrega dokumentu resibu ida batraballadór ne’ebé hakerek kona-ba períuduhodi halo remunerasaun, montante brutu nolíkidu resebidu, deskontu no retensaun sirane’ebé halo nomós prestasaun adisionál hotu-hotu.

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por mês, 30 por cento do valor total daremuneração recebida pelo trabalhador.4. O empregador deve indicar no recibo daremuneração todos os descontos e retençõesefetuados.

Artigo 43.ºProteção da remuneração

1. Salvo nos casos expressamente previstos nalei, o empregador não pode, através daremuneração, compensar créditos que tenhasobre o trabalhador.2. O pagamento dos créditos emergentes daremuneração do trabalhador já vencida erespetivos juros de mora ou de indemnizaçõesdecorrentes da cessação do contrato de trabalhogozam de preferência, mesmo em relação aoscréditos do Estado, em caso de declaração defalência ou de liquidação da empresa ou doestabelecimento.

Artigo 44.ºSubsídio Anual

1. O trabalhador tem direito a um subsídioanual de valor não inferior a 1 salário mensal,que deve ser pago pelo empregador até ao dia20 de Dezembro de cada ano civil.2. O cálculo do subsídio anual é proporcionalaos meses de trabalho prestado em cada anocivil.

CAPÍTULO IVCESSAÇÃO DO CONTRATO DE

TRABALHOArtigo 45.º

Proibição do despedimento sem justa causa1. É proibido o despedimento sem justa causaou por motivos políticos, religiosos eideológicos, bem como com base nos motivoselencados no n.º 2 do artigo 6.o.2. Não é, também, considerada como justacausa para o despedimento:a) Ser membro de um sindicato ou participarem atividades sindicais fora do horário normalde trabalho, ou, com o consentimento doempregador, dentro do horário de trabalho;b) Participar na eleição ou por exercer, ou terexercido, cargo em sindicatos;c) Ter assinado reclamação ou ter participado

5.

Remunerasaun tenke selu ba traballadór ihadata simu osan nian ka iha loron ida molokloron util, bainhira data simu osan monu basábadu, domingu ka feriadu.

Artigu 41.º Remunerasaun ba traballu iha tempu

parsiál 1. Traballadór ne’ebé halo servisu iha tempuparsiál sei remunera ho proporsionál ba orasservisu ne’ebé halo.2. Valót remunerasaun traballadór nian ihatempu parsiál sei kalkula tuir valórremunerasaun orárriu hosi traballadór ida nianba tempu tomak, okupa kargu hanesan ka postutraballu.

Artigu 42.ºDeskontu sira iha remunerasaun

1. Traballadór tenke autoriza liuhosi hakerekdeskontu sasá de’it ka retensaun sira ne’ebékona-ba remunerasaun.2. La sakar fali saida maka númeru liubáprevee, empregadór hatán hodi halo deskontuka retensaun sira ba Sistema Seguransa Sosiálhanesan mós iha kazu hirak seluk ne’ebé leidetermina ka tuir desizaun judisiál.3. Deskontu sira-ne’ebé halo la bele hakat liupursentu 30 hosi valór totál remunerasaun nianbe traballadór simu fulan-fulan.4. Empregadór tenke hatudu iha resiburemunerasaun nian deskontu no retensaunhotu-hotu ne’ebé halo tiha ona.

Artigu 43.ºProtesaun ba remunerasaun

1. Salvu kazu sira-ne’ebé lei prevee,empregadór la bele halo kompensasaun kréditune’ebé iha kona-ba traballadór liuhosiremunerasaun.2. Pagamentu kréditu sira maihosiremunerasaun traballadór nian ne’ebé mananona no jurudemora rasik ka indemnizasaunne’ebé maihosi hapara kontratu traballu gozaho preferénsia, maske iha relasaun ba kréditusira Estadu nian, bainhira ko’alia kona-badeklarasaun falénsia ka likidasaun empreza ka

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em processo contra o empregador em queenvolva violação da lei ou regulamentos ou porrecorrer às autoridades competentes;d) Idade, salvo nos termos da lei e das regrasda Segurança Social sobre a reforma;e) Gravidez ou ausência durante a licença dematernidade, nos termos do artigo 59.o;f) Ausência temporária por motivo de doençaou acidente, nos termos do n.º 4 do artigo 33.o;g) Ausência por motivo de cumprimento doserviço militar ou outra obrigação civil.3. O despedimento nos termos do presenteartigo é nulo, conferindo ao trabalhador odireito a ser indemnizado nos termos dodisposto no artigo 55.o.

Artigo 46.ºFormas de cessação do contrato de trabalhoO contrato de trabalho cessa por:a) Caducidade;b) Acordo entre as partes;c) Rescisão por iniciativa do trabalhador;d) Rescisão por iniciativa do empregador comfundamento em justa causa;e) Rescisão por razões de mercado,tecnológicas ou estruturais relativas à empresaou estabelecimento.

Artigo 47.ºCessação por caducidade

1. O contrato de trabalho caduca:a) Com a verificação do prazo do contrato detrabalho por tempo determinado;b) Verificando-se impossibilidadesuperveniente, absoluta e definitiva dotrabalhador prestar o trabalho ou doempregador de o receber, tais como, morte dotrabalhador ou morte do empregador queacarrete o encerramento das atividades daempresa ou encerramento total e definitivo daempresa por outros motivos, neste caso, semprejuízo do estabelecido nos artigos 18.º e 52.º;c) Com a reforma do trabalhador por velhiceou invalidez.2. O contrato de trabalho por tempodeterminado caduca quando decorrido o prazo

estabelesimentu nian.Artigu 44.º

Subsídiu Anuál1. Traballadór iha direitu hodi hetan subsídiuanuál hosi valór la ki’ik liu fali saláriu mensál1, ne’ebé empregadór tenke selu to’o loron 20Dezembru ba anu sivíl idaidak.2. Kálkulu ba subsídiu anuál nu’udarproposionál ba fulan sira servisu nian ne’ebéhalo ba tinan sivíl idaidak.

KAPÍTULU IVSESASAUN KONTRATU TRABALLU

Artigu 45.ºProibisaun despedimentu lahó justa kauza

1. Sei habandu despedimentu lahó justa kauzaka tan motivu polítiku, relijiozu no ideolójikuhanesan mós ho motivu sira-ne’ebé númeru 2hosi artigu 6.º nian hatuur.2. Sei la konsidera mós hanesan justa kauza badespedimentu:a) Nu’udar membru hosi sindikatu ida ka hola-parte iha atividade sindikál la’ós iha oráriunormál servisu nian ka ho konsentimentuempregadór iha oráriu servisu;b) Hola-parte iha eleisaun ka tan hala’o knaariha sindikatu sira ka ezerse hela;c) Asina reklamasaun ka hola-parte iha prosesukontra empregadór ne’ebé envolve violasaunlei ka regulamentu sira ka halo rekursu baautoridade kompetente sira;d) Idade, salvu tuir lei no regra sira SeguransaSosiál kona-ba reforma;e) Isin-rua ka auzénsia durante lisensamaternidade tuir artigu 59.º;f) Auzénsia temporáriu tan moras ka asidentetuir saida maka númeru 4 hosi artigu 33.ºestabelese;g) Auzénsia tan kumpre servisu militár kaobrigasaun sivíl seluk.3. Despedimentu tuir artigu ida-ne’e nu’udarnulu, fó ba traballadór direitu atu hetanindemnizasaun tuir saida maka artigu 55.º nianhakerek.

Artigu 46.ºForma sira hodi hapara kontratu traballu

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nele estipulado, exceto se as partes acordarema sua renovação.

Artigo 48.ºCessação do contrato de trabalho por

acordo das partesO empregador e o trabalhador podem fazercessar o contrato de trabalho por acordo, o qualdeve ser celebrado por escrito e assinado porambos, mencionando os termos em que se dá acessação, a data da celebração do acordo, oinício da produção dos efeitos, bem como, secouber, a compensação a receber pelotrabalhador.

Artigo 49.ºRescisão por iniciativa do trabalhador

1. Ocorrendo justa causa, o trabalhador podefazer cessar imediatamente o contrato detrabalho.2. A comunicação de rescisão deve ser feita porescrito e apresentar os factos que a justificam,dentro dos quinze dias seguintes aoacontecimento desses factos.3. Constitui justa causa de rescisão do contratopelo trabalhador:a) Violação culposa dos direitos e garantias dotrabalhador estabelecidos na lei, no contrato detrabalho ou no acordo coletivo;b) Falta de pagamento pontual da remuneração;c) Ofensas à integridade física ou moral,liberdade, honra ou dignidade do trabalhador,praticadas pelo empregador ou por seurepresentante;d) Necessidade de cumprimento de obrigaçõeslegais incompatíveis com a execução docontrato de trabalho;e) Alteração substancial e duradoura dascondições de trabalho no exercício legítimo depoderes do empregador, quando ultrapassadoum período de 3 meses.4. A rescisão com base nos fundamentosprevistos nas alíneasa) a c) do número anterior confere aotrabalhador o direito a uma indemnização semprejuízo da instauração do devido processolegal para apurar as responsabilidades civil ecriminal do empregador ou seu representante.

Kontratutraballuhapara tan:a) Kadusidade;b) Akordu hosi parte sira;c) Traballadór ho hakaran hodi hapara kontratutraballu;d) Empregadór ho hakaran tan iha fundamentuho justa kauza hodi hapara kontratu traballu;e) Hapara kontratu traballu tan merkadu,teknolójiku ka estruturál kona-ba empreza kaestabelesimentu.

Artigu 47.ºSesasaun tan kadusidade

1. Kontratu traballu kaduka:a) Ho verifikasaun hosi prazu kontratu traballutuir tempu determinadu;b) Verika katak imposibilidade superveniente,absoluta no definitivu traballadór nian atu haloservisu ka hosi empregadór atu simu niahanesan mós ho bainhira traballadór kaempregadór mate ne’ebé presiza haloenseramentu ba atividade sira empreza nian kahalo enseramentu totál no definitivu baempreza tan motivu seluk, iha kazu ida-ne’e, lasakar fali saida saida maka iha artigu sira 18.ºno 52.º nian estabelese;c) Ho reforma traballadór nian tan vellise kainvalides.2. Kontratu traballu tuir tempu determinadukaduka bainhira liu prazu ne’ebé hakerek ihakontratu, eseptu bainhira parte sira simu maluhodi hafoun.

Artigu 48.ºSesasaun kontratu traballu tan parte sira

halo akorduEmpregadór no traballadór bele haparakontratu traballu tuir akordu no akordu ne’etenke halo liuhosi hakerek no sira na’in-ruaasina hodi temi termu sira be hatada basesasaun, data selebrasaun akordu, inísiuprodusaun efeitu, hanesan mós ho bainhirabele, traballadór atu simu kompensasaun.

Artigu 49.ºRexisaun tan inisiativa traballadór nian

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5.A indemnização referida no número anterior écalculada nos termos do disposto no artigo55.o, tendo o trabalhador direito ao dobro dosvalores indicados naquele artigo.6. O empregador pode impugnar em tribunal arescisão por iniciativa do trabalhador, no prazode sessenta dias a contar da sua notificação,sem prejuízo do recurso aos servicos demediação e conciliação nos termos do artigo97.º.7. Se o tribunal declarar improcedente a justacausa invocada pelo trabalhador, o empregadortem direito a ser indemnizado pelo prejuízoscausados.8. O trabalhador pode, ainda, cessar o contratode trabalho independentemente de justa causa,mediante comunicação escrita enviada aoempregador com a antecedência minima de 30dias.9. A falta de cumprimento total ou parcial doaviso prévio estabelecido no número anteriordetermina o pagamento de uma indemnizaçãopelo trabalhador ao empregador de valor igualà remuneração correspondente aos dias nãocumpridos.

Artigo 50.ºRescisão por iniciativa do empregador com

fundamento emjusta causa

1. Constitui justa causa para a rescisão docontrato de trabalho o comportamento culposodo trabalhador que, pela sua gravidade econsequências, torne imediata e praticamenteimpossível a manutenção da relação dotrabalho.2. Na apreciação da justa causa deve ser tidoem conta o grau de lesão dos interesses doempregador, o caráter das relações entre aspartes, ou entre o trabalhador e colegas detrabalho e demais circunstâncias que no caso semostrem relevantes.3. Constituem justa causa para a rescisão, semnecessidade de aviso prévio, nomeadamente,os seguintes comportamentos do trabalhador:a) Desobediência ilegítima e repetida às ordens

1. Mosujusta kauza,traballadór bele hapara kedas kontratutraballu.2. Atu fó-hatene kona-ba rexisaun tenke haloliuhosi hakerek no hatada faktu sira ne’ebémaka justifika ba nia rexisaun iha loron sanuluresin-lima nia laran tuirmai ba akontesimentuhosi faktu hirak ne’ebá.3. Hamosu justa kauza ba rexisaun kontratuhosi traballadór:a) Violasaun kulpoza hosi direitu no garantiasira traballadór nian ne’ebé lei estabelese, ihakontratu traballu ka akordu koletivu;b) Falta pagamentu pontuál remunerasaunnian;c) Ofensa integridade fízika ka morál,liberdade, onra ka dignidade traballadór nianne’ebé empregadór ka empregadór niniareprezentante pratika; d) Presiza kumpre obrigasaun legálinkompativel sira ho ezekusaun kontratutraballu;e) Alterasaun substansiál no dura tempu narukba kondisaun sira traballu nian hodi ezerse holejítimu empregadór nia podér sira bainhirahakat liu períudu ida hosi fulan 3.4. Rexisaun tuir fundamentu sira ne’ebé alíneasira a) no c) hosi númeru anteriór fó batraballadór direitu hodi hetan indemnizasaun lasakar fali instaurasaun hosi prosesu legáldevidu hodi halo apuramentu baresponsabilidade sivíl no kriminál empregadórnian ka ninia reprezentante.5. Indemnizasaun ne’ebé númeru liubá referesei kalkula tuir saida maka artigu 55.estabelese, traballadór iha direitu hodi hetanvalór dobru ne’ebé artigu liubá hatudu.6. Empregadór bele halo kontestasaun ihatribunál ba rexisaun ne’ebé traballadór halo hohakaran, iha prazu loron neennulu be hahú surahosi ninia notifikasaun, la sakar fali rekursu baservisu sira mediasaun no konsiliasaun tuirsaida maka hakerek iha artigu 97.º7. Bainhira tribunál deklara lahó justifikasauntan justa kauza ne’ebé traballadór invoka,

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dadas pelo empregador ou pelos seussuperiores hierárquicos;b) Faltas injustificadas ao trabalho por mais de3 dias seguidos ou por mais de 5 diasintercalados num mês;c) Desinteresse repetido pelo cumprimentodiligente das obrigações inerentes ao respetivocargo ou função;d) Comportamento intencional ou negligenteque coloque em perigo a segurança ou ascondições de saúde no local de trabalho ou deque resulte danos a outro trabalhador;e) Comportamento intencional ou negligentedo qual resultem danos materiais em bens,ferramentas ou equipamentos do empregador;f) Violência física sobre outras pessoas no localde trabalho, salvo se exercida em legítimadefesa;g) Comportamento desonesto ou imoral queofenda os outros trabalhadores e/ou oempregador;h) A quebra do sigilo profissional e a revelaçãode informações ou de segredos relativos àatividade prestada pelo empregador.i) Condenação criminal do trabalhador, comsentença transitada em julgado, desde que apena a cumprir torne impossível a prestação dotrabalho.3. O contrato de trabalho não pode serrescindido sem que otrabalhador apresente a sua defesa, aplicando-se as regras previstas nos artigos 23.º e 24.o.

Artigo 51.ºIlicitude da rescisão por iniciativa do

empregador comfundamento em justa causa

1. A rescisão por iniciativa do empregador comfundamento em justa causa é ilícita quando:a) O motivo justificativo para a rescisão forconsiderado improcedente;b) Não tenha sido precedida do processodisciplinar;c) No decurso do processo disciplinar nãotenha sido respeitada alguma das formalidadesprevistas na lei, nomeadamente a falta deaudição do trabalhador e a falta de

empregadóriha direituhodi hetan indemnizasaun tan prejuizu sira-ne’ebé mosu.8. Traballadór bele mós hapara kontratutraballu ne’ebé la haree ba justa kauza liuhosikomunikasaun eskrita haruka ba empregadórho antesedénsia mínimu loron 30.9. Bainhira la kumpre totál ka parsiál avizupréviu ne’ebé númeru liubá estabelese,determina pagamentu ba indemnizasaun idahosi traballadór ba empregadór hosi valórhanesan ba remunerasaun korespondente baloron sira-ne’ebé la kumpre.

Artigu 50.ºRexisaun tan empregadór ninia inisiativa ho

fundamentu justa kauza

1. Konstitui justa kauza ba rexisaun kontratutraballu maka komportamentu kulpozutraballadór nian, ne’ebé haree ba niniagravidade no konsekuénsia sira sai nu’udarimediatu no ho modu prátiku susar tebes hodihadi’a relasaun servisu nian.2. Iha apresiasaun justa kauza tenke konta graulezaun empregadór nia interese sira, karáterrelasaun entre parte sira, ka entre traballadór nokolega servisu sira no sirkunstánsia selukne’ebé iha kazu be hatudu katak relevante .3. Konstitui justa kauza ba rexisaun, lahónesesidade hodi halo avizu préviu, makahanesan traballadór nia hahalok sira tuirmai:a) Dezobediénsia ilejítimu no haktenik ordensira ne’ebé maka empregadór fó ka hosi niniasuperiór ierárkiku sira;b) Falta sira-ne’ebé lahó justifikasaun batraballu liu hosi loron 3 tutuir malu ka liu hosiloron 5 interkaladu iha fulan ida;c) La iha interese repetidu ba kumprimentudilijente kona-ba obrigasaun sira ba knaarrasik;d) Hahalok ho intensaun ka neglijente ne’ebé fó perigu ba seguransa ka kondisaunsaúde iha servisu-fatin ka hamosu danu batraballadór seluk;e) Hahalok ho intensaun ka neglijente ne’ebé

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fundamentação da decisão;d) Se tiverem decorridos os prazos parainstauração do processo disciplinar, deprescrição da infração e do processodisciplinar, e para execução da sançãodisciplinar.2. A ilicitude da rescisão é declarada pelostribunais, devendo a competente ação judicialser interposta no prazo de sessenta dias acontar da sua notificação ao trabalhador, semprejuízo do recurso aos serviços de mediação econciliação nos termos do artigo 97.º.3. A declaração de ilicitude pelo tribunalconfere ao trabalhador os direitos previstos noartigo 55.º.

Artigo 52.ºRescisão por motivos de mercado,

tecnológicos eestruturais

1. O empregador pode rescindir contratos detrabalho com fundamento em motivos demercado, tecnológicos ou estruturais desde quea rescisão seja indispensável para a viabilidadeeconómica ou reorganização da empresa.2. A rescisão do contrato de trabalho nostermos do número anterior só pode ter lugarapós recurso às medidas previstas no artigo15.º.3. O empregador pode, com os fundamentosreferidos no número 1, rescindir um ou maiscontratos de trabalho.4. Sempre que o empregador pretenda procederà rescisão de contratos de trabalho nos termosdeste artigo, deve comunicar essa intenção, porescrito, aos trabalhadores afetados e aos seusrepresentantes, caso existam, remetendo aindauma cópia ao Serviço de Mediação eConciliação.5. Da comunicação referida no número anteriordevem constar os seguintes dados:a) Os fundamentos para a rescisão;b) O número, identificação e as categorias dostrabalhadores abrangidos;c) Os critérios com base nos quais foramselecionados os trabalhadores cujos contratosdevem ser rescindidos;

hamosu danumateriál babein, feramenta ka ekipamentu sira empregadórnian;f) Violénsia fízika kona-ba ema seluk ihaservisu-fatin, salvu bainhira ezerse ho lejítimadefeza;g) Hahalok dezonestu ka imorál ne’ebé ofendetraballadór sira seluk no/ka empregadór;h) Sakar sijilu profisionál no fó-saiinformasaun ka segredu sira kona-ba atividadebe empregadór halo.i) Kondenasaun kriminál traballadór nian hosentensa tranzitadaenjulgadu, bainhira de’itpena ne’ebé atu kumpre ba, sai nu’udarimposivel hodi halo servisu.3. Kontratu traballu la bele hapara bainhirade’it traballadór seidauk hatada ninia defezahodi aplika regra sira-ne’ebé prevee iha artigusira 23.º no 24.º nian.

Artigu 51.ºIlisitude ba rexisaun tan empregadór nia

inisiativa ho fundamentu justa kauza1. Rexisaun tan empregadór nia hakaran hofundamentu justa kauza nu’udar ilísitubainhira:a) Motivu justifikativu hodi hapara kontratukonsidera nu’udar improsedente;

b) La mai antes prosesu dixiplinár;

c) Bainhira prosesu dixiplinár la’o hela maka larespeita ninia formalidade balu ne’ebé leiprevee, maka hanesan la rona traballadór nofalta fundamentasaun ba desizaun;

d) Bainhira liu prazu sira-ne’ebé hatuur bainstaurasaun prosesu dixiplinár, preskrisaun bainfrasaun no prosesu dixiplinár no hodi ezekutasansaun dixiplinár.

2. Ilisitude rexisaun nian tribunál sira maka seideklara, tenke asaun judisiál kompetente makaaprezenta iha prazu loron neenulu la sakar falirekursu ba servisu sira mediasaun nokonsiliasaun ne’ebé hakerek iha artigu 97.º.

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d)O período de tempo durante o qual vão serefetuadas as rescisões.6. No prazo de cinco dias após o envio dacomunicação indicada no número 2, oempregador deve dar início a negociações comos trabalhadores ou seus representantes comvista à obtenção de um acordo sobre o processode rescisão dos contratos de trabalho.7. O Serviço de Mediação e Conciliaçãoparticipa nas reuniões realizadas entre oempregador e os trabalhadores ou seusrepresentantes, nos termos do número anterior,com o objetivo de conciliar os interesses daspartes.8. Na falta de representantes dos trabalhadoresà data da comunicação referida no número 2,podem estes designar, no prazo máximo de trêsdias, uma comissão representativa.

Artigo 53.ºComunicação da rescisão

1. Concluído o processo de negociação entre aspartes, sem que tenha sido possível evitarrescisões contratuais, o empregador comunicaa cada trabalhador afetado, por escrito, comcópia para a comissão representativa, casoexista, e para o Serviço de Mediação eConciliação, a decisão de rescisão comindicação expressa do motivo que afundamenta, da data de cessação do contrato edo montante da indemnização a receber.2. A comunicação referida no número anteriordeve ser comunicada com a antecedênciamínima de 15 dias em relação à data decessação do contrato caso o trabalhador tenhauma antiguidade inferior ou igual a 2 anos, ecom a antecedência mínima de 30 dias caso otrabalhador tenha uma antiguidade superior a 2anos.3. O não cumprimento do aviso prévio referidono número anterior implica o pagamento daremuneração correspondente aos dias em falta.4. Durante o período de aviso prévio, otrabalhador tem direitoa utilizar um crédito de horas correspondente adois dias de trabalho por semana sem prejuízo

3.Deklarasaunba ilisitude tribunál maka konfere batraballadór kona-ba direitu sira-ne’ebé hakerekiha artigu 55.º.

Artigu 52.ºRexisaun tan motivu sira merkadu nian,

teknolójiku no estruturál 1. Empregadór bele hapara kontratu traballu hofundamentu kona-ba motivu merkadu,teknolójiku ka estruturál bainhira de’it rexisaunne’e nu’udar indispensavel ba viabilidadeekonómika ka reorganizasaun empreza nian.2. Hapara kontratu traballu tuir númeruanteriór bele hahú de’it hafoin hatada rekursuba medida sira-ne’ebé artigu 15.º prevee.

3. Empregadór bele hapara kontratu traballuida ka liu ho fundamentu sira ne’ebé temi ihanúmeru 1.4. Bainhira de’it empregadór hakarak halorexisaun ba kontratu traballu tuir artigu ida-ne’e, tenke fó-hatene intensaun ne’e liuhosihakerek ba traballadór afetadu sira nomós basira-nia reprezentante, kazu iha, hodi harukamós kópia ida ba Servisu Mediasun noKonsiliasaun.5. Hosi komunikasaun ne’ebé temi iha númeruliubá tenke hakerek dadus sira tuirmai ne’e:a) Fundamentu sira rexisaun nian;b) Númeru, identifikasaun no kategoria ne’ebétraballadór abranje ba;c) Kritériu tuir ba kritériu sira-ne’ebé selesionatraballadór sira ho kontratu tenke hapara;d) Períudu tempu ne’ebé durante ne’e sei halorexisaun.6. Iha prazu loron lima hafoin harukakomunikasaun ne’ebé temi iha númeru 2,empregadór tenke hahú negosiasaun hotraballadór ka ninia reprezentante sira hoobjetivu atu hetan akordu ida kona-ba prosesurexisaun kontratu traballu.7. Servisu ba Mediasaun no Konsiliasaunpartisipa iha sorumutu sira ne’ebé halo entreempregadór no trabalhadór ka niniareprezentante sira tuir saida maka hakerek iha

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do direito à correspondente remuneração.5. O trabalhador deve comunicar aoempregador o modo de utilização do crédito dehoras, com antecedência minima de 1 dia.

Artigo 54.ºIlicitude da rescisão por motivos de

mercado, tecnológicos eestruturais

1. A rescisão por motivos de mercado,tecnológicos e estruturais é ilícita quando:a) As razões invocadas para a rescisão foremmanifestamente inexistentes;b) Não forem observados os procedimentos ouos prazos previstos nos artigos 52.º e 53.º.2. A ilicitude da rescisão é declarada pelostribunais, devendo a competente ação judicialser interposta no prazo de sessenta dias acontar da sua notificação ao trabalhador, semprejuízo do recurso aos serviços de mediação econciliação nos termos do artigo 97.º.3. A declaração de ilicitude pelo tribunalconfere ao trabalhador os direitos previstos noartigo 55.º.

Artigo 55.ºReintegração e Indemnização

1. Caso a decisão de rescisão do contrato detrabalho com fundamento em justa causa oucom fundamento em motives de mercado,tecnológicos ou estruturais, seja declaradailícita, o trabalhador tem direito a serreintegrado no seu posto de trabalho e areceber as remunerações devidas desde a datada rescisão do contrato até à data dareintegração.2. O período que decorrer entre a data darescisão do contrato e a reintegração dotrabalhador conta para efeitos da antiguidadedeste.3. Sem prejuízo do disposto no número 1, se otrabalhador declarar expressamente que nãopretende a reintegração, ou se o tribunalconsiderar, a requerimento fundamentado doempregador, que a reintegração é prejudicialpara o funcionamento da empresa, otrabalhador tem direito ao pagamento daseguinte indemnização:

númeruanteriór honia objetivu hodi hadame interese parte sira-nian.8. Bainhira la iha reprezentante traballadórsira-nian ba data komunikasaun ne’ebé temiiha númeru 2, traballadór sira-ne’e beledesigna komisaun reprezentativu ida iha prazumásimu loron tolu.

Artigu 53.ºKomunikasaun rexisaun nian

1. Ramata tiha prosesu negosiasaun entre partesira, bainhira la bele evita rexisaun kontratuál,empregadór fó-hatene ba traballadór afetaduidaidak liuhosi hakerek ho kópia ba komisaunreprezentativu, bainhira iha, no ba ServisuMediasaun no Konsiliasaun kona-ba desizaunrexisaun ho indikasaun espresa ho motivune’ebé fundamenta, hosi data ramata kontratuno montante indemnizasaun ne’ebé atu simu.2. Komunikasaun ne’ebé temi iha númeru liubátenke fó-hatene ho antesedénsia mínimu loron15 kona-ba data ramata kontratu kazutraballadór iha antiguidade inferiór ka hanesanba tinan 2, no ho antesedénsia mínimu loron 30kazu traballadór iha antiguidade superior batinan 2.3. La haktuir avizu préviu ne’ebé temi ihanúmeru liubá implika pagamenturemunerasaun korespondente ba loron sirane’ebé sei iha.4. Durante períudu avizu préviu, traballadór ihadireitu hodi utiliza kréditu ida ho oraskorespondente ba loron rua servisu nian ihasemana idaidak la sakar fali nia direitu baremunerasaun korespondente.5. Traballadór tenke fó-hatene ba empregadórkona-ba modu utilizasaun kréditu oras nian hoantesedénsia mínimu loron 1.

Artigu 54.ºIlisitude rexisaun tan motivu sira merkadu,

teknolójiku no estruturál1. Rexisaun tan motivu sira merkadu,teknolójiku no estruturál nu’udar ilísitu

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a)Metade de 1 mês de salário no caso em que aduração do contrato de trabalho tenha sidosuperior a 1 mês mas inferior a 6 meses;b) 1 mês de salário no caso em que a duraçãodo contrato de trabalho tenha sido superior a 6meses mas inferior a 1 ano;c) 2 meses de salário no caso em que a duraçãodo contrato tenha sido superior a 1 ano masinferior a 2 anos;d) 3 meses de salário no caso em que a duraçãodo contrato tenha sido superior a 2 anos masinferior a 3 anos;e) 4 meses de salário no caso em que a duraçãodo contrato tenha sido superior a 3 anos masinferior a 4 anos;f) 5 meses de salário no caso em que a duraçãodo contrato de trabalho tenha sido superior a 4anos mas inferior a5 anos;g) 6 meses de salário no caso em que a duraçãodo contrato tenha sido superior a 5 anos.

Artigo 56.ºCompensação por tempo de serviço

Independentemente do motivo, em caso decessação do contrato de trabalho o trabalhadortem direito a uma compensação por tempo deserviço no valor correspondente a 1 mês desalário por cada período de 5 anos de trabalhoao servico do empregador.

Artigo 57.ºCertificado de trabalho

1. Em caso de cessação do contrato detrabalho, independentemente da causa que amotivou, o empregador deve emitir umcertificado de trabalho do qual deve constar onome do trabalhador, o início e fim do contratode trabalho e as funções desempenhadas pelotrabalhador.2. O empregador deve ainda entregar aotrabalhador documento que contenha os dadosdos descontos e retenções efetuados no âmbitodo sistema de Segurança Social e outrosdeterminados por lei ou por decisão judicial.

CAPÍTULO VREGIMES ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

bainhira:a) Razaunsira ne’ebé hatada ba rexisaun manifesta katakinexistente;b) La halo tuir prosedimentu ka prazu sirane’ebé prevee iha artigu 52.º no 53.º.2. Ilisitude rexisaun tribunál sira maka seideklara, asaun judisiál kompetente tenkeinterpoin iha prazu loron neennulu ne’ebé hahúsura hosi ninia notifikasaun ba traballadór, lasakar fali rekursu ba servisu sira mediasaun nokonsiliasaun tuir artigu 97.º,.3. Deklarasaun ilisitude tribunal maka konfereba traballadór direitu sira ne’ebé prevee ihaartigu 55.º

Artigu 55.ºReintegrasaun no Indemnizasaun

1. Kazu desizaun ba rexisaun kontratu traballuho fundamentu justa kauza ka ho fundamentumotivu sira merkadu, teknolójiku no estruturál,deklara nu’udar ilísitu, traballadór iha direituhodi reintegra iha ninia postu servisu no seisimu remunerasaun devidu sira hahú hosi datareintegrasaun.2. Períudu ne’ebé dekore entre data rexisaunkontratu traballu no reintegrasaun traballadór,konta ba efeitu antiguidade traballadór ida-ne’enian.3. La sakar fali saida maka hakerek iha númeru1, bainhira traballadór deklara ho loloos kataklakohi atu reintegra ka bainhira tribunálkonsidera katak reintegrasaun nu’udarprejudisiál ba funsionamentu empreza, tuirrekerimentu fundamentadu empregadór nian,traballadór iha direitu ba pagamentuindemnizasaun tuirmai:a) Saláriu metade fulan 1 nian, bainhiradurasaun kontratu traballu bo’ot liu fali fulan 1maibé ki’ik liu fali fulan 6;b) Saláriu fulan 1 nian, bainhira durasaunkontratu traballu bo’ot liu fali fulan 6 maibéki’ik liu fali tinan 1;c) Saláriu fulan 2 nian, bainhira durasaunkontratu bo’ot liu fali tinan 1 maibé ki’ik liu

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NOTRABALHOSECÇÃO I

PROTEÇÃO DA MATERNIDADE E DAPATERNIDADE

Artigo 58.ºPrincípios gerais

A maternidade e a paternidade constituem umvalor social eminente, sendo garantidos à mãetrabalhadora e ao pai trabalhador todos osdireitos relacionados com a maternidade epaternidade.

Artigo 59.ºLicença por maternidade

1. A trabalhadora tem direito a uma licençaremunerada por maternidade pelo períodomínimo de 12 semanas, sendo que 10 semanasdevem, necessariamente, ser gozadas após oparto, sem perda da remuneração e direitos deantiguidade.2. O período de licença de maternidade nãoafeta o vencimento e a duração do período deférias.3. Sem prejuízo da licença por maternidadeprevista no número 1, a trabalhadora goza dodireito a licença anterior ao parto, nas situaçõesde risco clínico para a trabalhadora ounascituro, impeditivo do exercício de funções,pelo periodo de tempo necessário para preveniro risco, fixado por prescrição médica.4. Em caso de interrupção da gravidez atrabalhadora tem direito a uma licença com aduração de 4 semanas.

Artigo 60.ºLicença por paternidade

1. O trabalhador tem direito a uma licençaremunerada de 5 dias úteis por paternidade, aseguir ao nascimento do seu filho, sem perdado direito de antiguidade.2. O período de licença de paternidade nãoafeta o vencimento e a duração do período deférias.3. Em caso de nascimento do filho seguido damorte do cônjuge ou pessoa com quem viva emunião de facto, no momento ou até duassemanas após o parto, o trabalhador tem direito

fali tinan 2;d) Saláriufulan 3 nian, bainhira durasaun kontratu bo’otliu fali tinan 2 maibé ki’ik liu tinan 3;e) Saláriu fulan 4 nian, bainhira durasaunkontratu bo’ot liu fali tinan 3 maibé ki’ik liufali tinan 4;f) Saláriu fulan 5 nian, bainhira durasaunkontratu traballu bo’ot liu fali tinan 4 maibéki’ik liu fali tinan 5;g) Saláriu fulan 6 nian, bainhira durasaunkontratu bo’ot liu fali tinan 5.

Artigu 56.ºKompensasaun tan tempu servisu

La haree ba motivu, bainhira ramata kontratutraballu, traballadór iha direitu hodi simukompensasaun ida tuir tempu servisu ho valórkorespondente ba saláriu fulan 1 nian baperíudu idaidak hosi tinan 5 traballu hodi haloservisu ba empregadór.

Artigu 57.ºSertifikadu traballu nian

1. Bainhira ramata kontratu traballu, la hareeba kauza ne’ebé hamosu sesasaun, empregadórtenke halo sertifikadu traballu ida ne’ebé tenkehakerek traballadór nia naran, inísiu no finkontratu traballu nomós funsaun sira-ne’ebémaka traballadór ezerse ba.

2. Empregadór tenke entrega mós batraballadór dokumentu ne’ebé kontein dadusdeskontu no retensaun ne’ebé halo, iha ámbitusistema Seguransa Sosiál no hirak seluk ne’ebélei determina ka tuir desizaun judisiál.

KAPÍTULU VREJIME ESPESIÁL SIRA HODI FÓ

PROTESAUN BAINHIRA HALOTRABALLUSEKSAUN I

PROTESAUN BA MATERNIDADE NOPATERNIDADE

Artigu 58.ºPrinsipiu jerál sira

Maternidade no paternidade konstitui valór

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àlicença prevista no número 1 do artigo anterior,sem perda da remuneração e direito deantiguidade.

Artigo 61.ºResponsabilidade

É da responsabilidade do empregador opagamento da remuneração aos trabalhadoresdurante o período das licenças de maternidadee de paternidade, até ao estabelecimento dosistema de segurança social.

Artigo 62.ºDispensas para consulta médica e

amamentação1. A trabalhadora grávida tem direito aausentar-se do trabalho, sem perda deremuneração ou de quaisquer direitos, paraefetuar exames médicos, pelo tempo e númerode vezes necessários, mediante apresentação aoempregador da correspondente justificação.2. A trabalhadora tem direito a dispensa detrabalho para amamentar ou aleitar o filho atéeste perfazer seis meses de idade, sem perda deremuneração ou de quaisquer direitos.3. Para o efeito do disposto no número anterior,a trabalhadora tem direito a (dois períodosdiários, com a duração de uma hora cada.

Artigo 63.ºProteção da saúde e segurança

1. A trabalhadora grávida ou a amamentar temdireito, sem diminuição da remuneração, a nãodesempenhar trabalhos clinicamentedesaconselháveis ao seu estado,designadamente que impliquem esforço físicoou exposição a substâncias perigosas para si oupara o filho.2. A trabalhadora grávida ou a amamentar temdireito a não prestar trabalho noturno ouextraordinário.

Artigo 64.ºFalta para assistência a filhos

1. Os trabalhadores com filhos menores de 10anos têm direito a faltar ao trabalho, até aolimite máximo de 5 dias por ano, para prestarassistência, inadiável e imprescindível, emcaso de doença ou acidente daquele, devendo

sosiál ne’ebébo’ot, seigarante ba inan traballadora nomós amantraballadór direitu hotu-hotu ne’ebé relasionaho maternidade no paternidade.

Artigu 59.ºLisensa tan maternidade

1. Traballadora iha direitu hodi foti lisensa idaho remunerasaun tan maternidade ho períudumínimu semana 12, semana 10 tenke gozahafoin tuur-ahi, la lakon remunerasaun nodireitu sira antiguidade nian.

2. Períudu lisensa maternidade la afetavensimentu no durasaun períudu férias.

3. La sakar fali lisensa maternidade ne’ebéprevee iha númeru 1, traballadora goza direitulisensa anteriór ba tuur-ahi, iha situasaun sirarisku klíniku nian ba traballadora ka nasiturnu,impede nia hodi hala’o knaar tuir períudutempu nesesáriu hodi prevene risku ne’ebépreskrisaun médika fó.4. Bainhira interupsaun gravidés, traballadoraiha direitu hodi hetan lisensa ho durasaunsemana 4.

Artigu 60.ºLisensa tan paternidade

1. Traballadór iha direitu hodi hetan lisensa horemunerasaun loron 5 util tan paternidade,hafoin ninia o’an moris la lakon direituantiguidade.2. Períudu lisensa paternidade la afetavensimentu no durasaun períudu férias.

3.Bainhira oan moris mai, tuirmai konjuzemate ka ema ne’ebé maka hela ihauniaundefaktu, daudauk ne’e ka to’o semanarua hafoin tuur-ahi, traballadór iha direitu balisensa ne’ebé prevee iha númeru 1 hosi artiguliubá nian, la lakon remunerasaun no direituantiguidade.

Artigu 61.ºResponsabilidade

Nu’udar responsabilidade empregadór nian

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apresentar justificação.2. O direito a faltar atribuído no númeroanterior determina apenas a perda deremuneração relativa aos dias em causa.

Artigo 65.ºProteção contra o despedimento

1. A trabalhadora, finda a licença pormaternidade, tem o direito a ser readmitida noseu posto de trabalho ou num posto de trabalhoequivalente, com a mesma remuneração.2. É proibido o despedimento da trabalhadorapor motivo de gravidez, amamentação oualeitação.3. Cabe ao empregador que despedir atrabalhadora grávida, a amamentar ou a aleitar,provar que o despedimento não teve comofundamento estes factos.

SECÇÃO IITRABALHO DE MENORES

Artigo 66.ºPrincípios gerais

1. O empregador deve proporcionar aosmenores que, nos termos da lei, podemtrabalhar, condições de trabalho adequadas àrespetiva idade e que acautelem a suasegurança, saúde, desenvolvimento físico,psíquico e moral, educação e formação,prevenindo, especialmente, qualquer riscoresultante da falta de experiência e dainconsciência dos riscos potenciais ouexistentes.2. O empregador deve, de modo especial,avaliar os riscos relacionados com o trabalhoantes de o menor começar a trabalhar e sempreque haja qualquer alteração importante dascondições de trabalho.

Artigo 67.ºProteção especial

1. É proibida a contratação de menor para arealização de trabalho perigoso ou capaz decomprometer a sua educação, prejudicar a suasaúde ou o seu desenvolvimento físico, mental,moral ou social.2. São também proibidas:a) Todas as formas de escravidão ou práticas

hodi halopagamenturemunerasaun ba traballadór sira duranteperíudu lisensa maternidade no paternidade,to’o estabelesimentu sistema seguransa sosiál.

Artigu 62.ºDispensa hodi halo konsulta médika no

amamentasaun1. Traballadora isin-rua iha direitu hodi la báservisu, la lakon remunerasaun ka direitu sasáde’it, hodi halo ezame médiku tuir tempu nonúmeru be to’o dala hira, ne’ebé presiza atuhalo ezame, liuhosi aprezentasaun baempregadór ho justifikasaun korespondente.2. Traballadora iha direitu hodi la ba servisuatu fó susu ninia oan to’o nia halo fulan neen lalakon remunerasaun ka direitu hirak seluk sasáde’it.3. Ba saida maka hakerek iha númeru liubá,traballadora iha direitu hodi hetan (períududiáriu rua ho durasaun oras ida ba períuduidaidak ).

Artigu 63.´ºProtesaun saúde no seguransa

1. Traballadora isin-rua ka atu fó susu ihadireitu hodi la halo servisu ne’ebé maka tuirmédiku katak la bele halo bazeia ba niniakondisaun, liuliu servisu ne’ebé implikahaka’as-an ka nakloke hela ba substánsiaperigozu ba ninia an ka ninia oan, la hamenusninia remunerasaun.2. Traballadora isin-rua ka atu fó susu ihadireitu hodi la halo servisu kalan kaestraordináriu.

Artigu 64.ºFalta hodi fó asisténsia ba oan sira

1. Traballadór sira-ne’ebé ho oan menór hositinan 10, iha direitu hodi falta servisu to’olimite másimu tinan ida loron lima hodi fóasisténsia inadiavel no impresindivel bainhiramoras ka asidente tan halo servisu tenke hatadajustifikasaun.2. Direitu hodi falta ne’ebé númeru liubáatribui, determina de’it ba lakon remunerasaunkona-ba loron sira-ne’ebé temi liu ba ne’e.

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análogas à escravidão, como venda e tráfico decrianças, sujeição por dívida, servidão, trabalhoforçado ou compulsório, inclusiverecrutamento forçado ou compulsório decrianças para serem utilizadas em conflitosarmados;b) A utilização, demanda e oferta de criançaspara fins de prostituição, produção de materialpornográfico ou espectáculos pornográficos;c) A utilização, demanda e oferta de criançaspara atividades ilícitas, particularmente para aprodução e tráfico de drogas conformedefinidos nos tratados internacionaispertinentes;d) Os trabalhos que, pela sua natureza ou pelascondições em que são exercidos, sãosuscetíveis de prejudicar a saúde, a segurançaou moralidade da criança.

Artigo 68.ºIdade mínima de admissão ao trabalho

1. A idade mínima de admissão ao trabalho éde 15 anos.2. Não pode ser admitido a prestar trabalho omenor que não tenha completado a idademínima de admissão ao trabalho, com exceçãoda prestação de trabalho leve, bem como aparticipação em programas de formaçãoprofissional, técnica, ou artística reconhecidoslegalmente.3. O menor entre 13 e 15 anos pode prestartrabalho leve, nos termos do artigo seguinte.4. O menor não pode desempenhar tarefasinsalubres, perigosas ou que requeiram grandeesforço físico, conforme definidas pelaautoridade competente.5. O empregador que contratar menor devepermitir e incentivar que este frequente asaulas do ensino oficial ou equivalentereconhecido pelo órgão do Governocompetente, aplicando-se as regras previstas noartigo 76.o.

Artigo 69.ºTrabalho leve

1. Entende-se por trabalho leve a atividade

Artigu 65.ºProtesaun

kontra despedimentu1.Traballadora iha direitu hodi simu fali nia ihaninia postu traballu ka postu traballu idaekivalente ho remunerasaun hanesan bainhiralisensa maternidade ramata tiha.2. Habandu tebes despedimentu traballadoratan razaun isin-rua, amamentasaun kaaleitasaun.3. Fila fali ba empregadór ne’ebé maka hasaitraballadora isin-rua atu fó susu hatebes katakdespedimentu la’ós sai nu’udar fundamentu bafaktu sira-ne’ebá.

SEKSAUN IIMENÓR SIRA-NE’EBÉ HALO SERVISU

Artigu 66.ºPrinsípiu jerál sira

1. Tuir lei, empregadór tenke aprezenta bamenór sira-ne’ebé bele halo servisu, kondisaunsira traballu nian be adekuadu ba idade ne’ebárasik no halo prevensaun ba ninia seguransa,saúde, dezenvolvimentu fíziku, psíkiku nomorál, edukasaun no formasaun hodi preveneliuliu ba risku sasá de’it maihosi faltaesperiénsia no inkonxiénsia ba risku potensiálka existente sira.2. Empregadór tenke liuhosi modu espesiálavalia risku sira-ne’ebé relasiona ho traballumolok menór ne’e hahú servisu no bainhirade’it iha alterasaun ruma be importante hosikondisaun sira servisu nian.

Artigu 67.ºProtesaun espesiál

1. Sei habandu kontratasaun ba menór hodihalo servisu perigozu ka kapáz hodikompromete ba ninia edukasaun, estraga niniasaúde ka ninia dezenvolvimentu fíziku, mentál,morál ka sosiál.2. Sei habandu mós:a) Forma hotu-hotu eskravidaun ka prátikaanáloga ba eskravidaun hanesan faan no tráfikulabarik, halo-tuir tan dívida, servidaun, halotraballu forsadu ka kompulsóriu inklui mósrekrutamentu forsadu ka kompulsóriu balabarik sira hodi utiliza iha konflitu armadu

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constituída por tarefas simples e definidas, quepressuponham conhecimentos elementares enão exijam esforços físicos e mentais queponham em risco a saúde e o desenvolvimentodo menor e que não prejudiquem os estudos oua participação em programas de formaçãoprofissional aprovados pelo Governo.2. Não se considera trabalho leve,nomeadamente:a) O trabalho que exceda 5 horas por dia e 25horas semanais;b) O trabalho noturno;c) O trabalho que implique um descansosemanal inferior a dois dias;d) O trabalho que implique um período de maisde 3 horas seguidas sem ser interrompido porum intervalo não inferior a 1 hora.3. É proibido exigir ou permitir trabalhoextraordinário executado por menor contratadopara prestar trabalho leve.

Artigo 70.ºExame médico

1. O menor só pode ser admitido a prestartrabalho após ter sido submetido a examemédico que certifique a sua capacidade física epsíquica para o exercício das funções, a serobrigatoriamente realizado antes do início daprestação do trabalho.2. O exame médico referido no númeroanterior deve ser repetido anualmente, paraevitar que do exercício da atividadeprofissional não resulte prejuízo para a saúde edesenvolvimento físico e mental do menor.

SECÇÃO IIITRABALHADOR PORTADOR DE

DEFICIÊNCIA OUDOENÇA CRÓNICA

Artigo 71.ºPrincípios gerais

O trabalhador, ou candidato a emprego, comdeficiência ou doença crónica, goza dosdireitos previstos nesta lei, não podendo serdiscriminado no acesso ao emprego, àformação e promoção profissionais e àscondições de trabalho, não podendo o seu

sira;b)Utilizasaun, demanda no oferta labarik sira bafin prostituisaun, produsaun materiál pornográfiku ka espetákulu pornográfiku sira;c) Utilizasaun, demanda no oferta labarik siraba atividade ne’ebé sakar lei, liuliu baprodusaun no tráfiku droga tuir saida makatratadu internasionál sira rasik define;d) Servisu sira-ne’ebé tan ninia natureza ka tankondisaun sira be ezerse ba, nu’udar susetivelhodi estraga saúde, seguransa ka labarik niamoralidade.

Artigu 68.ºIdade mínima hodi admite ba servisu

1. Idade mínima ne’ebé admite hodi haloservisu maka tinan 15.2. La bele simu menór ne’ebé maka seidaukkompleta idade mínima hodi halo servisu, hoesesaun halo servisu kmaan, hanesan ho hola-parte iha programa sira formasaun profisionál,tékniku ka artístika ne’ebé lei rekoñese.3. Menór entre tinan 13 no 15 bele halo servisukmaan tuir saida maka artigu tuirmai hakerek.4. Menór la bele halo servisu ne’ebé lasaudavel, perigozu ka ne’ebé presiza hakaas-anmakaas tuir saida maka autoridade kompetentedefine tiha ona.5. Empregadór ne’ebé maka kontrata menórtenke permite no insentiva katak menór ne’etuir aula ensinu ofisiál ka ekivalente ho saidamaka órgaun Governu kompetente nianrekoñese hodi aplika regra sira-ne’ebé artigu76.º prevee.

Artigu 69.ºServisu kmaan

1. Servisu kmaan maka atividade sira-ne’ebékonstitui hosi tarefa simples no definidu,ne’ebé presupoin koñesimentu elementár no laezije esforsu fíziku no mentál be hamosu riskuba saúde no dezenvolvimentu menór nian noida-ne’ebé la prejudika estudu nopartisipasaun iha programa sira formasaunprofisionál, ne’ebé Governu aprova tiha ona.2. Sei la konsidera servisu kmaan sira maka

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contrato de trabalho cessar com fundamentonesse motivo.

Artigo 72.ºExames médicos

1. O empregador não pode exigir do candidatoa emprego ou do trabalhador a realização detestes médicos, incluíndo testes de deteção doVIH, salvo se os exames forem indispensáveispara proteção e segurança do trabalhador emediante consentimento escrito deste.2. Para os efeitos do número anterior, oempregador não deve pressionar, direta ouindiretamente, o candidato a emprego ou otrabalhador a consentir por escrito narealização de testes médicos.3. É nulo e sem qualquer efeito, todo equalquer ato do empregador pelo qual ocandidato a emprego ou o trabalhador sejampressionados, direta ou indiretamente, aconsenter na realização de testes médicos.4. O médico responsável pela realização dosexames medicos apenas deve comunicar aoempregador se o trabalhador está ou não apto aexercer a atividade.5. O empregador deve velar pela preservaçãodo caráter confidencial do resultado dequaisquer exames.

Artigo 73.ºConfidencialidade

Ao trabalhador ou ao candidato a emprego égarantido o direito à confidencialidade dasinformações relacionadas com as suascondições de saúde.

Artigo 74.oPrecauções no local de trabalho

O empregador deve garantir que ostrabalhadores não são expostos a riscosprejudiciais à sua saúde, nomeadamente riscosde contaminação no local de trabalho, devendopromover programas de consciencialização e,se necessário, fornecer equipamentos parasalvaguardar a segurança dos trabalhadores.

Artigo 75.ºAdequação do tipo de trabalho e horário

O posto de trabalho e o horário de trabalhodevem ser adequados e adaptados ao estado de

hanesan:a) Servisune’ebé hakat liu oras 5 loron ida no oras 25semana-semana nian;b) Servisu kalan;c) Servisu ne’ebé implika deskansu semanálida be inferiór liu loron rua;d) Servisu ne’ebé implika períudu ida liu oras 3tutuir malu, ne’ebé la iha intervalu la inferiórliu oras 1.3. Sei habandu atu ezije ka permite servisuestraordináriu ne’ebé menór kontrataduezekuta hodi halo servisu kmaan.

Artigu 70.ºEzame médiku

1. Bele admite de’it menór atu halo servisuhafoin liu hosi ezame médiku ne’ebé hatebeskatak nia iha kapasidade fízika no psíkika atuhalo servisu, nu’udar obrigatóriu molok hahúhalo servisu,.2. Ezame médiku ne’ebé númeru liuba referetenke haktenik tinan-tinan hodi evita katakbainhira ezerse atividade profisionál, lahamosu prejuizu ba saúde no dezenvolvimentufíziku no mentál menór nian.

SEKSAUN IIITRABALLADÓR PORTADÓR

DEFISIÉNSIA KA MORAS KRÓNIKA

Artigu 71.ºPrinsípiu jerál sira

Traballadór ka kandidatu ba empregu hodefisiénsia ka moras krónika goza direitu sira-ne’ebé lei ida-ne’e prevee, la bele diskriminaiha asesu ba empregu, formasaun nopromosaun profisionál no kondisaun siratraballu nian, nia kontratu la bele hapara hofundamentu iha motivu ne’ebá.

Artigu 72.ºEzame médiku sira

1. Empregadór la bele ezije kandidatu ba

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saúde do trabalhador com deficiência oudoença crónica.

SECÇÃO IVTRABALHADOR-ESTUDANTE

Artigo 76.ºProteção do trabalhador-estudante

1. Considera-se trabalhador-estudante otrabalhador que frequente qualquer nível deensino oficial ou equivalente reconhecido peloórgão do Governo competente.2. Na organização dos horários de trabalho oempregador deve facilitar ao trabalhador-estudante a frequência nas aulas ou em cursosescolares ou de formação profissional, nostermos do número anterior.3. O trabalhador-estudante tem direito aausentar-se, sem perda da remuneração ou dequaisquer direitos, para realização de provas deavaliação.4. O trabalhador-estudante menor de idade temdireito a fazer coincidir o período de férias dotrabalho com o período de férias escolares.5. Para efeitos do disposto no presente artigo, otrabalhador deve fazer prova da sua condiçãode estudante, apresentando documentocomprovativo da matrícula, o respetivo horárioescolar e a certificação do aproveitamentoescolar deve ser apresentada periodicamente deacordo com o calendário da instituição deensino.6. Para a contratação de trabalhador-estudantemenor de idade, o empregador deve observaras regras previstas no artigo 68.o.

SECÇÃO VTRABALHADOR ESTRANGEIRO

Artigo 77.ºTrabalhador estrangeiro

1. O trabalhador estrangeiro a exercer atividadeprofissional goza dos mesmos direitos e estásujeito aos mesmos deveres aplicáveis aostrabalhadores nacionais, nos termos dopresente Lei e das Convenções Internacionaisdo Trabalho ratificadas por Timor-Leste.2. O contrato de trabalho celebrado com

empregu katraballadórhodi halo teste médiku, inklui teste hodi halodetensaun HIV, eseptu bainhira ezame sira-ne’ebá nu’udar indispensavel ba protesaun noseguransa traballadór nian no liuhosikonsentimentu eskritu hosi traballadór ida-ne’enian.2. Ba efeitu sira númeru liuba, empregadór labele hatuur presaun ba kandidatu empregu ne’eka traballadór atu konsente liuhosi hakerekhodi realiza teste médiku sira direta ka indireta.3. Nu’udar nulu no lahó efeitu sasá de’it aktuhotu-hotu no aktu sasá de’it empregadór nian,ne’ebé kandidatu ba empregu ka traballadórhetan presaun atu konsente hodi halo testemédiku sira direta ka indireta.4. Médiku responsavel hodi halo ezamemédiku sira fó-hatene de’it ba empregadórkatak traballadór ne’e aptu ka lae atu ezerseatividade.5. Empregadór tenke rai-metin ho karáterkonfidensiál kona-ba rezultadu hosi ezame sasáde’it.

Artigu 73.ºKonfidensialidade

Ba traballadór ka kandidatu empregu nian seigarante direitu ba konfidensialidade hosiinformasaun sira-ne’ebé relasiona ho niniakondisaun sira saúde nian.

Artigu 74.ºPrekausaun iha servisu-fatin

Empregadór tenke garante katak traballadórsira la nakloke ba risku sira-ne’ebé estragasaúde maka hanesan risku kontaminasaun ihaservisu-fatin, tenke promove programa hodikonsiensializa no bainhira presiza, forneseekipamentu sira hodi hametin seguransatraballadór sira-nian.

Artigu 75.ºAdekuasaun ba tipu traballu no oráriu

Postu traballu no oráriu traballu tenke adekuano adapta ho estadu saúde traballadór ne’ebého defisiénsia ka moras krónika.

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trabalhador estrangeiro deve ser escrito e serautorizado pela autoridade competente,observando-se as regras previstas emlegislação especial.

PARTE IIIRELAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO

CAPÍTULO ILIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E

LIBERDADESINDICALArtigo 78.º

Princípios gerais1. Todos os trabalhadores e empregadores, semqualquer discriminação e sem necessidade deautorização prévia, podem constituir e filiar-seem organizações com a finalidade de promovere defender os seus direitos e interesses.

Artigo 79.ºObjetivos

As organizações sindicais e as organizações deempregadores, no desempenho das suasatividades, têm como objetivo:a) Promover e defender os direitos e interessesdos seus membros;b) Colaborar com o Governo nodesenvolvimento e realização dos objetivosprevistos na política do trabalho;c) Exercer o direito de negociação coletiva;d) Colaborar com a Inspeção do Trabalho, norespeitante à aplicação das regras previstas nalei e no acordo coletivo;e) Participar, nos termos legalmenteestabelecidos, no processo de elaboração dalegislação laboral.

Artigo 80.ºDireitos

As organizações sindicais e as organizações deempregadores, devidamente registadas, têmdireito a:a) Negociar e celebrar acordos coletivos detrabalho, nos termos estabelecidos na lei;b) Prestar serviços aos seus filiados;c) Iniciar e intervir em processosadministrativos para defender os direitos einteresses de seus filiados, nos termos da lei;d) Filiar-se em organizações de nível

SEKSAUNIVTRABALLADÓR-ESTUDANTE

Artigu 76.ºProtesaun ba traballadór-estudante

1. Konsidera traballadór-estudante makatraballadór ne’ebé tuir nível ensinu ofisiál sasáde’it ka ekivalente ho saida maka órgáunGovernu kompetente rekoñese.2. Iha organizasaun oráriu sira servisu nian,empregadór tenke fasilita traballadór-estudanteatu tuir aula ka kursu eskolár ka formasaunprofisionál tuir saida maka númeru liubaprevee.3. Traballadór-estudante iha direitu hodi la báservisu, la lakon remunerasaun ka direitu sasáde’it hodi tuir prova sira avaliasaun nian.

4. Traballadór-estudante idade menór ihadireitu hodi hatuur ho loloos períudu fériastraballu ho períudu férias eskola nian.5. Ba saida maka artigu ida-ne’e prevee,traballadór tenke halo prova ba ninia kondisaunnu’udar estudante hodi hatada dokumentukomprovativu matríkula, oráriu eskola rasik nosertifikasaun ba aproveitamentu eskolár tenkehatada tuir períudu bazeia ba kalendáriuinstituisaun ensinu nian.6. Ba kontratasaun traballadór-estudante idademenór, empregadór tenke kumpre regra sira-ne’ebé artigu 68.º prevee.

SEKSAUN VTRABALLADÓR ESTRANJEIRU

Artigu 77.ºTraballadór estranjeiru

1. Traballadór estranjeiru atu ezerse ativadadeprofisionál goza direitu sira-ne’ebé hanesan nohaktuir devér sira-ne’ebé hanesan aplikavel batraballadór nasionál sira tuir Lei ida-ne’enomós Konvensaun Internasionál sira kona-baTraballu, ne’ebé Timor-Leste ratifika tiha ona.2. Kontratu traballu ne’ebé halo ho traballadórestranjeiru tenke hakerek no autoridadekompetente tenke autoriza hodi halo tuir regrasira-ne’ebé lejizlasaun espesiál prevee.

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internacional.Artigo 81.o

Liberdade e proteção sindical1. Nenhum trabalhador pode ser obrigado afiliar-se, a não se filiar ou a deixar de estarfiliado numa organização sindical.2. O trabalhador não pode filiar-se em mais doque um sindicato do mesmo nível e mesmoramo de atividade, simultaneamente, a título damesma profissão ou atividade.3. São nulos todos e quaisquer atos que tenhamcomo objetivo:a) Condicionar o acesso ao emprego à filiaçãoou não a uma determinada organizaçãosindical;b) Despedir, transferir ou prejudicar otrabalhador por estar filiado ou não numaorganização sindical, ou por exercer atividadesrelativas à sua liberdade sindical.

Artigo 82.ºDireito de reunião e afixação

1. O sindicato pode realizar reuniões naempresa ou estabelecimento com a finalidadede informar e discutir assuntos sindicais deinteresse para os trabalhadores.2. As reuniões devem ser realizadas fora dohorário normal de trabalho, salvo porautorização expressa do empregador.3. A convocação para as reuniões deve serfeita, no mínimo, com 48 horas deantecedência.4. O sindicato tem o direito de afixarconvocatórias, textos, ou informações sobre aatividade sindical em local de fácilvisualização e acesso a todos os trabalhadoresnos locais de trabalho.

Artigo 83.ºIndependência e autonomia

1. As organizações de trabalhadores e asorganizações de empregadores sãoindependentes e autónomos, entre si, doEstado, de partidos políticos, das instituiçõesreligiosas e de quaisquer associações de outranatureza, sendo proibida qualquer interferênciadestes na sua organização, bem como o seufinanciamento.

PARTE III

RELASAUN KOLETIVA TRABALLUNIAN

KAPÍTULU ILIBERDADE ASOSIASAUN NO

LIBERDADE SINDIKÁLArtigu 78.º

Prinsípiu jerál sira1. Traballadór no empregadór sira hotu, lahódiskriminasaun sasá de’it no lahó nesesidadeautorizasaun prévia, bele konstitui no hola-arteiha organizasaun sira ho finalidade hodipromove no defende ninia direitu no interesesira.

Artigu 79.ºObjetivu sira

Organizasaun sindikál nomós organizasaunempregadór sira-nian bainhira hala’o knaar, hoobjetivu maka hanesan:a) Promove no defende direitu no interese hosininia membru sira;b) Servisu-hamutuk ho Governu ihadezenvolvimentu no realizasaun objetivu sira-ne’ebé polítika traballu prevee;c) Ezerse direitu hodi halo negosiasaunkoletiva;d) Servisu-hamutuk ho Inspesaun Traballukona-ba aplikasaun regra sira-ne’ebé prevee leino akordu koletivu;e) Hola-parte iha prosesu elaborasaunlejizlasaun laborál tuir saida maka leiestabelese.

Artigu 80.ºDireitu sira

Organizasaun sindikál no organizasaunempregadór sira-nian ne’ebé rejistadu, ihadireitu hodi:a) Negosia no halo akordu koletivu traballunian tuir saida maka lei estabelese;b) Halo servisu ba ninia filiadu sira;c)Hahú no intervein iha prosesu administrativusira hodi defende direitu no interese hosi niniafiliadu sira tuir lei;d) Filia iha organizasaun sira nívelinternasionál nian.

Artigu 81.º

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2.Os empregadores não podem, individualmenteou através de outra pessoa, promover aconstituição, manutenção ou financiamento dofuncionamento, por quaisquer meios, dasorganizações de trabalhadores ou, porquequalquer meio, intervir na sua organização oudireção, ou impedir e dificultar o exercício dosseus direitos.3. As autoridades públicas devem abster-se dequalquer intervenção que possa limitar oexercício dos direitos sindicais previstos na leiou de impedir o seu exercício legal.4. As organizações de trabalhadores podemconstituir-se em:a) Sindicato;b) Federação - associação de três ou maissindicatos de uma mesma profissão ou mesmoramo de atividade; ouc) Confederação - associação nacional desindicatos.5. As organizações de empregadores podemconstituir-se em:a) Organização de empregadores;b) Federação, composta pela associação de trêsou mais organizações de empregadores de ummesmo ramo de atividade;c) Confederação, composta pela associaçãonacional das organizações de empregadores.6. Os sindicatos e as organizações deempregadores podem constituir organizaçõesde nível regional e nacional.

Artigo 84.ºDireito à autorregulamentação

As organizações sindicais e e as organizaçõesde empregadores têm o direito de elaborar osseus estatutos e eleger os seus membros,regendo-se pelos princípios democráticos e dedireito vigentes nos termos da lei.

Artigo 85.ºRegisto, personalidade jurídica e

responsabilidade1. O requerimento de registo de um sindicatoou organização de empregadores deve serinstruído com os seguintes documentos:a) Requerimento de registo assinado pelo

Liberdadeno

protesaun sindikál1. La iha traballadór ida maka obrigadu atufilia, anaunserke filia ka la filia ihaorganizasaun sindikál ida.2. Traballadór la bele filia liu hosi sindikatuida, ne’ebé ho nível hanesan no ramu atividadehanesan, iha tempu hanesan, kona-ba profisaunhanesan ka atividade.3. Nu’udar nulu aktu hotu-hotu no sasá de’itne’ebé ho objetivu atu:a) Sujeita kondisaun hodi asesu empregu bafiliasaun ka la ba organizasaun sindikál idarasik;b) Despede, transfere ka prejudika traballadórtan hola-parte ka la hola-parte iha organizasaunsindikál ida ka tan ezerse atividade kona-baninia liberdade sindikál.

Artigu 82.ºDireitu ba reuniaun no afiksasaun

1. Sindikatu bele halo reuniaun iha empreza kaestabelesimentu ho nia finalidade hodi fó-hatene no diskute asuntu sindikál sira-nianne’ebé ho interese ba traballadór sira.

2. Reuniaun sira tenke halo la’ós iha oráriubaibain servisu nian, salvu mpregadór haloautorizasaun espresa.3. Konvokasaun ba reuniaun sira tenke halo ihamínimu ho oras 48 ho antesedénsia.4. Sindikatu iha direitu hodi taka konvokatória,testu ka informasaun sira kona-ba atividadesikdikál iha fatin ne’ebé maka la susar atuharee no traballadór hotu-hotu iha servisu-fatin hetan asesu.

Artigu 83.ºIndependénsia no autonomia

1. Organizasaun traballadór no organizasaunempregadór sira-nian nu’udar independente noautónomu, entre sira, hosi Estadu, partidupolítiku, instituisaun relijiozu no asosiasaunsasá de’it hosi natureza seluk, habandu Estadu,instituisaun no asosiasaun ninia interferénsiasasá de’it ba ninia organizasaun hanesan mósho ninia finansiamentu.

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presidente da mesa da assembleia constituinte,dirigido ao órgão governamental competente;b) Ata da assembleia constituinte;c) Estatutos aprovados;d) Lista nominativa dos membros fundadores.2. Constatados os requisitos necessários para oregisto, o membro competente do Governodeve transcrever o registo em livro próprio efazer publicar os estatutos, no prazo máximode 30 dias, no Jornal da República e um avisoem dois jornais de grande circulação no país,informando o público da emissão docertificado em nome da organização.3. Os sindicatos e as organizações deempregadores adquirem personalidade jurídicacom o registo dos seus estatutos junto ao órgãodo governo responsável pela área do trabalho.4. Com a aquisição da personalidade jurídica,os sindicatos e as organizações deempregadores têm capacidade para contratar,adquirir e dispor de bens imóveis e móveis eser parte em processo judicial.5. Os sindicatos e as organizações deempregadores só podem iniciar o exercício dasua atividade depois da publicação dos seusestatutos ou, na falta destas, depois dedecorridos 30 dias após o registo.6. Nenhum membro ou dirigente de sindicatoou organização empresarial deve responderpelas obrigações e responsabilidades contraídasem nome da instituição, salvo em casocomprovado de fraude.

Artigo 86.ºConteúdo dos estatutos

1. Os estatutos das organizações sindicais e dasorganizações de empregadores devem conter eregular expressamente:a) A denominação, a sede e o ramo de atividadeque representa;b) Os objetivos da organização e o seu nívelgeográfico de atuação;c) Os requisitos para a aquisição e perda daqualidade de filiado;d) Os direitos e deveres dos filiados;e) A forma de cobrança de quotas;f) O regime disciplinar;

2.Empregadórsira la bele mesak-mesak ka liuhosi ema selukpromove konstituisaun, manutensaun kafinansiamentu ba funsionamentu liuhosi meiusasá de’it ba organizasaun traballadór sira-niantanba meiu sasá de’it, intervein iha niniaorganizasaun ka diresaun ka impede no hasusarezerse ninia direitu sira.3. Autoridade públika sira tenke abstein hosiintervensaun sasá de’it ne’ebé bele limita atuezerse direitu sindikál sira be prevee iha lei kaimpede ninia ezersísiu legál.4. Organizasaun traballadór sira-nian bele kriaiha:a) Sindikatu;b) Federasaun – asosiasaun hosi sindikatu toluka liu hosi profisaun ida-ne’ebé hanesan karamu atividade hanesan; kac) Kondeferasaun - asosiasaun nasionálsindikatu sira-nian.5. Organizasaun empregadór sira-nian bele kriaiha:a) Organizasaun empregadór sira-nian;b) Federasaun ne’ebé hamutuk ho asosiasaunhosi organizasaun tolu ka liu empregadórr sira-nian hosi ramu atividade ida hanesan;c) Kondeferasaun ne’ebé hamutuk hoasosiasaun nasionál ba organizasaunempregadór sira-nian.6. Sindikatu no organizasaun empregadór sira-nian bele harii organizasaun iha nível rejionálno nasionál.

Artigu 84.ºDireitu ba autoregulamentasaun

Organizasaun sindikál no organizasaunempregadór sira-nian iha direitu hodi halo sira-nia estatutu no hili sira-nia membru, ukun tuirprinsípiu demokrátiku sira bazeia ba lei.

Artigu 85.ºRejistu, personalidade jurídika no

responsabilidade1. Rekerimentu rejistu sindikatu ida kaorganizasaun empregadór sira-nian tenkeakompaña ho dokumentu sira tuirmai:

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g)Os órgãos que compõem a instituição, suascompetências, as regras para sua eleição e operíodo do mandato;h) As reuniões da assembleia e a forma devotação;i) O regime de administração financeira;j) O processo de alteração dos estatutos;k) O regime aplicável à fusão, dissolução eextinção da organização, bem como aliquidação do património.2. As alterações dos estatutos, aprovadas pelaassembleia da organização, devem serregistadas no órgão competente no prazo de 30dias.3. O registo e as alterações dos estatutos dasorganizações ficam sujeitas ao disposto no n.º2 e no n.º 3 do artigo anterior, apenasproduzindo efeitos em relação a terceiros apósa sua devida publicação.

Artigo 87.ºCancelamento do registo

1. O registo de um sindicato ou organização deempregadores só pode ser cancelado pordecisão da assembleia nos termos de seusestatutos internos ou por decisão judicial.2. A extinção voluntária ou judicial dosindicato ou organização de empregadoresdeve ser notificada ao órgão governamentalcompetente para que proceda ao cancelamentodo registo e publicação, nos termos do n.º 3 doartigo 86.o.

Artigo 88.ºLegislação subsidiária

O regime jurídico das associações é aplicável,com as devidas adaptações, às organizaçõessindicais e às organizações de empregadores.

Artigo 89.ºSistema de cobrança de quotas

1. O trabalhador não é obrigado a pagar quotasao sindicato em que não esteja inscrito.2. O trabalhador deve autorizar por escrito acobrança de quotas a serem deduzidasdiretamente do seu salário, mencionando onome do sindicato, o valor a ser descontado e a

a)Rekerimenturejistu ne’ebé prezidente meza asembleiakonstituente nian asina, dirije ba órgáungovernamentál kompetente;b) Akta asembleia konstituente;c) Estatutu aprovadu sira;d) Lista naran membru fundadór sira.2. Verifika tiha rekizitu sira ba rejistu, membrukompetente Governu tenke transkreve rejistuiha livru rasik no halo publikasaun ba estatutusira ho prazu másimu loron 30 iha JornálRepúblika no avizu ida iha jornál rua hosirkulasaun boot iha país hodi fó-hatene bapúbliku kona-ba emisaun sertifikadu loriorganizasaun nia naran.3. Sindikatu no organizasaun empregadór sira-nian hetan personalidade jurídika ho rejistuhosi sira-nia estatutu hamutuk ho órgáunGovernu responsavel ba área servisu.4. Ho akizisaun personalidade jurídika,sindikatu no organizasaun empregadór sira-nian iha kapasidade hodi kontrata, simu,dispoin ben imovel no movel sira no sai mósnu’udar parte iha prosesu judisiál.5. Sindikatu no organizasaun empregadór sira-nian bele hahú de’it hala’o knaar hafoinpublikasaun hosi sira-nia estatutu ka, bainhiraida-ne’e la iha, hafoin liu tiha loron 30depoisde rejistu.6. La iha membru ida ka dirijente sindikatu kaorganizasaun emprezariál tenke hatán baobrigasaun no responsabilidade ne’ebé selebratiha lori instituisaun nia naran, salvu iha kazufraude komprovadu.

Artigu 86.ºKonteúdu estatutu sira-nian

1. Estatutu ba organizasaun sindikál noorganizasaun empregadór sira-nian tenkekontein no regula ho espresa:a) Denominasaun, sede no ramu atividadene’ebé reprezenta;b) Objetivu sira organizasaun no ninia níveljeográfiku atuasaun;c) Rekizitu sira hodi hetan no lakon kualidadefiliadu;

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periodicidade do desconto.3. Caso o trabalhador não saiba ler e escreverou seja portador de deficiência visual, aautorização deve conter a sua impressãodigital, bem como a assinatura de duastestemunhas devidamente identificadas.4. O valor das quotas cobradas pelo sindicatonão deve ultrapassar 2 porcento do salário dotrabalhador.5. O empregador deve proceder às deduçõesautorizadas e remeter imediatamente os valorescobrados ao sindicato, informando a lista comos nomes dos empregados, o valor das quotaspagas individualmente e o valor totaldescontado.

Artigo 90.ºRelatório Anual

1. As organizações de trabalhadores eorganizações de empregadores devemapresentar ao órgão governamentalcompetente, no prazo de dois meses após o fimde cada ano fiscal, um relatório contendo:a) Os balanços financeiros;b) A identificação dos seus representanteseleitos; ec) O número de membros registados.2. As organizações de trabalhadores eorganizações de empregadores devem colocaros relatórios financeiros à disposição de todosos seus membros.

CAPÍTULO IIDIREITO DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA

Artigo 91.ºPrincípios Gerais

1. A negociação coletiva tem como finalidade oestabelecimento e a estabilização das relaçõescoletivas de trabalho, regulandodesignadamente:a) Direitos e deveres mútuos dos trabalhadorese empregadores vinculados por um contratoindividual de trabalho;b) Revisão ou extensão de acordo coletivopreviamente celebrado.2. O direito de negociação coletiva é garantidoa todos os trabalhadores e empregadores, nos

d) Direitu nodevér filiadusira-nian;e) Forma kobransa kuota;f) Rejime dixiplinár;g) Órgáun sira-ne’ebé kompoen instituisaun,ninia kompeténsia, regra sira ba ninia eleisaunno períudu mandatu nian;h) Reuniaun sira asembleia no forma votasaun;i) Rejime ba administrasaun finanseira;j) Prosesu hodi halo alterasaun ba estatutu sira;k) Rejime aplikavel ba fuzaun, disolusaun noestinsaun organizasaun nian hanesan mós holikidasaun patrimóniu.

2. Alterasaun ba estatutu sira ne’ebé asembleiaorganizasaun aprova tenke rejista iha órgáunkompetente ho prazu loron 30.

3. Rejistu no alterasaun ba estatutuorganizasaun sira-nian sujeita ba saida makahakerek iha nº. 2 no nº 3 artigu liuba nian,prodús de’it efeitu kona-ba ema datoluk sirahafoin ninia publikasaun rasik.

Artigu 87.ºKanselamentu ba rejistu

1. Rejistu ba sindikatu ida ka organizasaunempregadór sira-nian bele kansela de’it liuhosidesizaun asembleia tuir ninia estatutu internusira ka desizaun judisiál.2. Estinsaun voluntária ka judisiál ba sindikatuka organizasaun empregadór sira-nian tenkenotifika ba órgáun governamentál kompetenteatu nune’e prosede kanselamentu ba rejistu nopublikasaun tuir nº 3 artigu 86.º nian.

Artigu 88.ºLejizlasaun subsidiária

Rejime jurídiku asosiasaun sira-nian aplikavelba organizasaun sindikál nomós organizasaunempregadór sira-nian ho devida adaptasaun.

Artigu 89.ºSistema kobransa kuota sira-nian

1. Traballadór la presiza selu kuota sira basindikatu ne’ebé maka nia la inskreve ba.

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termos do disposto no artigo seguinte.3. As partes envolvidas no processo denegociação coletiva devem respeitar durante oprocesso o princípio da boa fé.4. As partes devem responder o maisbrevemente possível às propostas econtrapropostas apresentadas durante anegociação coletiva, bem como comparecer àsreuniões marcadas para essa finalidade.5. As partes estão sujeitas ao dever de sigilorelativamente às informações recebidas sobreserva de confidencialidade.6. As partes devem consultar os seusrepresentados sobre as etapas da negociação,não podendo usar esse direito para suspenderou interromper o processo negocial.

Artigo 92.ºPartes na negociação coletiva

1. São partes na negociação coletiva:a) As organizações sindicais, nos termos daalínea a) do artigo 80.o, e as que estejamdevidamente autorizadas a negociar em nomedos trabalhadores;b) Empregador ou a organização deempregadores, nos termos da alínea a) doartigo 80.o, e que esteja devidamenteautorizada a negociar em nome do empregadorou dos empregadores;2. Os empregadores devem permitir aosrepresentantes dos trabalhadores que seausentem do local de trabalho durante as horasnormais de funcionamento da empresa, semperda da remuneração, de forma a poderemparticipar em negociações coletivas.

Artigo 93.ºProcesso negocial

1. O processo de negociação coletiva inicia-secom a apresentação à outra parte da propostade celebração ou revisão de acordo coletivo.2. A proposta negocial deve revestir a formaescrita, ser devidamente fundamentada econter, no mínimo:a) A designação da entidade proponente que asubscreve;b) A matéria sobre a qual incidirá a negociação.3. A parte que receber a proposta de

2.Traballadórtenke autoriza liuhosi hakerek kobransa kuotane’ebé atu dedús kedas hosi ninia saláriu,mensiona naran sindikatu, valór be atudeskonta nomós períudu deskontu nian.

3. Kazu traballadór la hatene lee no hakerek kanu’udar portadór defisiénsia vizuál,autorizasaun tenke kontein ninia impresaundijitál hanesan mós ho asinatura hosi sasinna’in-rua identifika ho loloos.4. Valór ba kuota ne’ebé sindikatu kobra ba, labele hakat liu pursentu 2 hosi saláriutraballadór nian.5. Empregadór tenke prosede ba dedusaunautorizada sira no haruka kedas valór sira-ne’ebé kobra ba sindikatu hodi fó-hatene listaho naran empregadu sira-nian, valór ba kuotapagu mesak-mesak no valór totál deskontadu.

Artigu 90.ºRelatóriu anuál

1. Organizasaun traballadór no organizasaunempregadór sira-nian tenke hatada ba órgáungovernamentál kompetente iha prazu fulan ruahafoin fin ba tinan fiskál idaidak, relatóriu idane’ebé hakerek:a) Balansu finanseiru sira;b) Identifikasaun ba ninia reprezentante eleitusira; noc) Númeru membru sira-ne’ebé rejista tiha ona.2. Organizasaun traballadór no organizasaunempregadór sira-nian tenke koloka relatóriufinanseiru sira ba membru hotu-hotu.

KAPÍTULU IIDIREITU HODI HALO NEGOSIASAUN

KOLETIVAArtigu 91.º

Prinsípiu jerál sira1. Negosiasaun koletiva ho nia finalidadekona-ba estabelesimentu no estabilizasaunrelasaun koletiva sira servisu nian hodi regula:a) Direitu no devér mútuu traballadór noempregadór sira-nian ne’ebé vinkula liuhosi

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negociação coletiva deve marcar a primeirareunião dentro dos quinze dias seguintes àreceção da mesma.4. No dia da reunião, deve ser entregue aresposta exprimindo uma posição relativa acada cláusula da proposta, aceitando,recusando ou contra-propondo.5. Nos casos em que a parte não marque areunião dentro do prazo determinado nonúmero 3, seja pela falta de vontade de umadas partes ou pelo não reconhecimento de umsindicato pelo empregador, ou quando não hajasido alcançado um acordo, qualquer das partespode recorrer ao Serviço de Mediação eConciliação requerendo a instauração doprocesso de mediação das negociações.6. O Serviço de Mediação e Conciliação deveiniciar o processo de mediação e convocar umareunião dentro de 48 horas, devendo concluir oprocesso dentro de no máximo 10 dias.

Artigo 94.ºAcordo coletivo de trabalho

1. O acordo coletivo deve revestir a formaescrita, não podendo contrariar a legislaçãovigente, salvo para estabelecer condições maisfavoráveis aos trabalhadores.2. O acordo coletivo deve conter, no mínimo:a) O nome das partes que o celebram;b) A categoria profissional e setor de atividadea que se aplica;c) As matérias reguladas;d) As relações entre as organizações sindicais eos empregadores que participaram no processode negociação coletiva;e) A forma de resolução de conflitos quesurjam da interpretação do acordo;f) A data da celebração e o prazo de vigênciado acordo.3. O acordo coletivo deve ser registado noórgão governamental competente.4. O registo do acordo coletivo pode serrecusado se não obedecer ao disposto nos n.º 1e 2 e se violar o regime legal imperativo detutela dos direitos dos trabalhadores.5. Expirado o prazo do acordo coletivo semque sejam requeridas novas negociações, o

kontratuindividuáltraballu ida;b) Revizaun ka estensaun akordu koletivune’ebé halo tiha ona molok.2. Direitu hodi halo negosiasaun koletiva seigarante ba traballadór no empregadór hotu-hotu tuir saida maka hakerek iha artigu tuirmai.3. Parte sira-ne’ebé envolve-an iha prosesuhodi halo negosiasaun koletiva tenke respeitadurante prosesu nia laran prinsípiu boa fé.4. Parte sira tenke hatán ho lalais proposta nokontraproposta sira-ne’ebé aprezenta ihanegosiasaun koletiva nia laran, hanesan mós hohola-parte iha reuniaun sira ne’ebé marka tihaona ba finalidade ne’e.5. Parte sira sujeita ba devér sijilu kona-bainformasaun sira-ne’ebé simu iha rezervakonfidensialidade nia okos.6. Parte sira tenke konsulta ho sira-niareprezentadu kona-ba etapa sira negosiasaunnian, la bele uza direitu ne’e hodi suspende kainterompe prosesu negosiál.

Artigu 92.ºParte sira iha negosiasaun koletiva

1. Parte sira negosiasaun koletiva maka:a) Organizasaun sindikál sira tuir alínea a)artigu 80.º no organizasaun sira-ne’ebé hetanautorizasaun hodi negosia lori traballadór sira-nia naran;b) Empregadór ka organizasaun empregadórsira-nian tuir alínea a) artigu 80.º, organizasaunne’e hetan autorizasaun hodi negosia loriempregadór ka empregadór sira-nia naran;

2. Empregadór sira tenke permite bareprezentante traballadór sira-nian katak la báservisu-fatin iha oras baibain funsionamentuempreza nian, la lakon remunerasaun nune’esira bele partisipa iha negosiasaun koletivasira.

Artigu 93.ºProsesu negosiál

1. Prosesu hodi halo negosiasaun koletiva seihahú ho aprezentasaun ba parte seluk hosi

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mesmo renova-se automaticamente pelomesmo período.6. O acordo coletivo obriga apenas as partescelebrantes.

CAPÍTULO IIIDIREITO DE GREVE E LOCKOUT

Artigo 95.ºDireito à greve e lockout

1. O direito à greve goza de proteção doEstado, nos termos previstos na Constituição.2. É proibido o lockout.3. O exercício do direito à greve e o lockoutsão objeto de legislação específica.

PARTE IVCONFLITOS DE TRABALHO

Artigo 96.ºPrincípios

1. Nos processos de resolução dos conflitos detrabalho as partes devem agir em conformidadecom o princípio da boa fé.2. Os órgãos responsáveis pela resolução deconflitos de trabalho devem obedecer aosprincípios da imparcialidade, independência,celeridade processual e justiça.

Artigo 97.ºResolução de conflitos

1. Os conflitos que surjam das relaçõesindividuais e coletivas previstas na presente leipodem ser resolvidos pelas partes, por via deconciliação, mediação ou arbitragem, atravésdo Serviço de Mediação e Conciliação e doConselho de Arbitragem do Trabalho, semprejuízo da intervenção dos tribunais.2. Os conflitos individuais de trabalho devemser obrigatoriamente submetidos a conciliaçãoe mediação antes do recurso aos tribunais.3. Excecionam-se do disposto no númeroanterior os conflitos relativos à ilegalidade darescisão do contrato pelo empregador ou pelotrabalhador com fundamento em justa causa eda rescisão do contrato com fundamento emmotivos de mercado, tecnológicos e estruturais.4. No âmbito dos conflitos individuais detrabalho, o recurso à arbitragem é voluntário,podendo resultar de um requerimento das

propostaselebrasaunka revizaun akordu koletivu.2. Proposta negosiál tenke reveste formaeskrita ho fundamentu rasik no kontein homínimu:a) Designasaun ba entidade proponente ne’ebéasina designasaun ne’ebá;b) Matéria ne’ebé hatada kona-ba negosiasaun.3. Parte ne’ebé simu proposta negosiasaunkoletiva tenke marka reuniaun dahuluk ihaloron sanulu resin-lima tuirmai ba loron ne’ebésimu proposta ne’e rasik.4. Iha loron reuniaun, tenke entrega respostane’ebé fó-sai pozisaun ida kona-ba kláuzulaidaidak proposta nian hodi aseita, rekuza kakontra-propondu.5. Iha kazu sira-ne’ebé maka parte la markareuniaun tuir prazu be determina iha númeru 3tan la iha vontade hosi parte sira ida ka larekoñese hosi sindikatu ida empregadór nian kabainhira la hetan akordu ida, parte sasá de’itbele rekore ba Servisu Mediasaun noKonsiliasaun hodi husu instaurasaun prosesumediasaun ba negosiasaun sira.6. Servisu Mediasaun no Konsiliasaun tenkehahú prosesu mediasaun no konvoka reuniaunida iha oras 48 nia laran, tenke ramata prosesuho másimu iha loron 10 nia laran.

Artigu 94.ºAkordu koletivu traballu nian

1. Akordu koletivu tenke reveste forma eskritahodi la bele kontraria lejizlasaun vijente, salvuhodi estabelese kondisaun sira-ne’ebéfavoravel liu ba traballadór sira.2. Akordu koletivu tenke kontein ho mínimu:a) Parte sira-nia naran, ne’ebé halo akordune’e;b) Kategoria profisionál no setór atividadene’ebé aplika ba;c) Matéria reguladu sira;d) Relasaun entre organizasaun sindikál noempregadór sira, ne’ebé partisipa iha prosesuhodi halo negosiasaun koletiva;e) Forma hodi rezolve konflitu sira-ne’ebé

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partes envolvidas, ou por solicitação de umadelas, caso em que a outra parte é notificadapara declarar se aceita ou não o recurso àarbitragem.5. Os conflitos coletivos de trabalho são,mediante requerimento das partes envolvidas,submetidos a arbitragem pelo Conselho deArbitragem do Trabalho.

PARTE VFISCALIZAÇÃO E REGIME

SANCIONATÓRIOArtigo 98.º

Controlo da legalidadeA fiscalização e o controlo da legalidade dotrabalho são realizados pela Inspeção doTrabalho, cuja natureza e estatuto sãodeterminados em diploma próprio.

Artigo 99.ºSanções

1. A violação das normas constantes dapresente lei é punível com coimas e outrassanções acessórias, tendo em conta arelevância dos interesses violados, nos termosa determiner em legislação específica.2. A violação dos direitos das crianças e aexigência de trabalho forçado, conformeprevistos nesta lei e nas convençõesinternacionais ratificadas por Timor-Leste,devem ser comunicadas ao Ministério Públicocom vista à instauração de processo judicialpara apuramento das responsabilidades civil ecriminal dos envolvidos.

PARTE VIDISPOSIÇÕES FINAIS E

TRANSITÓRIASArtigo 100.º

Conselho Nacional do TrabalhoO Governo promove a criação do ConselhoNacional do Trabalho, composto por trêsrepresentantes do Governo, dois representantesdas organizações de empregadores e doisrepresentantes dos sindicatos, comcompetência para:a) Promover o diálogo social e concertação

mosu liuhosi

interpretasaun akordu nian;f) Data selebrasaun no akordu nia prazuvijénsia.3. Akordu koletivu tenke rejista iha órgáungovernamentál kompetente.4. Rejistu akordu koletivu bele rekuza bainhirala halo-tuir saida maka hakerek iha nº 1 no 2no se sakar rejime legál imperativu ho tuteladireitu traballadór sira-nian.5. Ramata tiha prazu akordu koletivu bainhirala husu negosiasaun foun sira, prazu ne’e seirenova ho automátiku hosi períudu hanesan.6. Akordu koletivu obriga de’it parte selebrantesira.

KAPÍTULU IIIDIREITU HODI HALO GREVE NO

LOCKOUTArtigu 95.º

Direitu hodi halo greve no lockout1. Direitu hodi halo greve goza protesaunEstadu nian tuir saida maka Lei-Inan prevee.2. Sei habandu Lockout.3. Hodi ezerse direitu ba greve no lockoutnu’udar objetu lejizlasaun espesífiku nian.

PARTE IVKONFLITU SIRA TRABALLU NIAN

Artigu 96.ºPrinsípiu sira

1. Iha prosesu sira hodi rezolve konflitutraballu, parte sira tenke hatudu hahalok tuirprinsípiu boa fé.2. Órgáun responsavel sira ba rezolusaunkonflitu traballu nian tenke obedese baprinsípiu sira imparsialidade, independénsia,seleridade prosesuál no justisa.

Artigu 97.ºRezolusaun konflitu sira

1. Konflitu sira-ne’ebé mosu hosi relasaunindividuál no koletiva be prevee iha lei ida-ne’e, parte sira bele rezolve liuhosi dalankonsiliasaun, mediasaun ka arbitrajen liuhosiServisu Mediasaun no Konsiliasaun noKonsellu Arbitrajen Traballu nian, ne’ebé lapresiza tribunál sira-nia intervensaun.2. Konflitu individuál sira traballu nian tenke

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entre os parceiros sociais;b) Emitir parecer sobre a elaboração daspolíticas e legislação concernentes às relaçõesde trabalho;c) Propor o salário mínimo nacional;d) Quaisquer outras funções que lhe sejamatribuídas por lei.

Artigo 101.ºResolução de Conflitos e Conselho de

Arbitragem do Trabalho1. O procedimento aplicável à resolução deconflitos do trabalho e a criação dosorganismos por esta responsáveis são definidosem diploma próprio aprovado pelo Governo.2. Os Serviços de Mediação e Conciliação e oConselho de Arbitragem do Trabalho devemter representações em todos os distritos.3. O Conselho de Arbitragem do Trabalho écomposto por, no mínimo, um representante doGoverno, um representante das organizaçõesde empregadores e um representante dossindicatos.4. O Conselho de Arbitragem do Trabalho temcompetência, nomeadamente, para:a) Apreciar e decidir os conflitos de trabalhoque lhe sejam submetidos;b) Quaisquer outras competências que lhesejam atribuídas por lei.5. As decisões referidas na alínea a) do númeroanterior são submetidas aos tribunais distritaispara verificação da legalidade e homologaçãoda sentença, produzindo os mesmos efeitos deuma sentença proferida pelos tribunais econstituem título executivo contra a partevencida.6. Até à criação dos organismos referidos non.º 2 deste artigo, compete aos tribunais julgaros conflitos de trabalho.7. Nos processos judiciais relativos aosconflitos de trabalho são aplicáveis as normasestabelecidas na lei processual civil.

Artigo 102.ºRegulamentação

Os direitos, deveres, limites, e osprocedimentos a serem aplicados pela Inspeção

sai nu’udarobrigatóriuharuka ba konsiliasaun no mediasaun molokhatada rekursu ba tribunál sira.3. Sei iha esesaun ba saida maka prevee ihanúmeru liubá konflitu sira kona-ba ilegalidadehodi hapara kontratu hosi empregadór katraballadór ho fundamentu bazeia ba justakauza tan motivu merkadu, teknolójiku noestruturál.4. Kona-ba konflitu individuál sira traballunian, hatada rekursu ba arbitrajen nu’udarvoluntáriu bele maihosi rekerimentu hosi partesira ida ne’ebé envolve ka tan solisitasaun hosiparte sira ida, kazu ne’ebé parte seluk hetannotifikasaun atu deklara katak se aseita ka laerekursu ne’ebé hatada ba arbitrajen.5. Konflitu koletivu sira traballu nian seiharuka ba arbitrajen Konsellu ArbitrajenTraballu liuhosi rekerimentu parte sira ne’ebéenvolve-an.

PARTE V FISKALIZASAUN NO REJIME

SANSIONATÓRIUArtigu 98.º

Kontrolu ba legalidade Fiskalizasaun no kontrolu legalidade traballunian, Inspesaun Traballu maka sei halo ho ninianatureza no estatutu ne’ebé diploma rasik makasei determina.

Artigu 99.ºSansaun sira

1. Violasaun ba norma sira-ne’ebé hakerek ihalei ida-ne’e, sei kastigu ho koima no sansaunasesóriu sira seluk bazeia mós ba relevánsiahosi interese sira-ne’ebé hetan violasaun tuirsaida maka lejizlasaun espesífika atudetermina.2. Violasaun ba direitu labarik sira-nian noezijénsia traballu forsadu tuir saida makaprevee iha lei ida-ne’e nomós iha konvensauninternasionál sira be Timor-Leste ratifika, tenkefó-hatene ba Ministériu Públiku ho nia objetivuhodi halo instaurasaun prosesu judisiál baapuramentu responsabilidade sivíl no kriminálhosi sira-ne’ebé envolve-an.

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do Trabalho, bem como o regime de aplicaçãode sanções são regulados por instrumentolegislativo próprio

Artigo 103.ºNorma revogatória

É revogado o Regulamento da UNTAET n.º2002/5, de 1 de Maio, e demais legislação quecontrarie as normas da Lei do Trabalho.

Artigo 104.ºEntrada em vigor

A presente lei entra em vigor 120 dias após asua publicação no Jornal da República.

Aprovada em 20 de Dezembro de 2011.

O Presidente do Parlamento Nacional,

Fernando La Sama de Araújo

Promulgada em 2 /02 /2012.

Publique-se.

O Presidente da República,

José Ramos-Horta

PARTE VI

DISPOZISAUN FINÁL NOTRANZITÓRIA SIRA

Artigu 100.ºKonsellu Nasionál Traballu nian

Governu promove kriasaun Konsellu NasionálTraballu, ne’ebé hamutuk ho Governu niareprezentante na’in-tolu, organizasaunempregadór sira-nia reprezentante na’in-rua nosindikatu nia reprezentante na’in-rua hokompeténsia atu:a) Promove diálogu sosiál no konsertasaunentre parseiru sosiál sira;b) Halo paresér kona-ba elaborasaun polítikano lejizlasaun kona-ba relasaun sira traballunian;c) Propoin saláriu mínimu nasionál;d) Funsaun hirak seluk sasá de’it ne’ebé leiatribui ba sira.

Artigu 101.ºRezolve konflitu sira no Konsellu

Arbitrajen Traballu nian1. Prosedimentu aplikavel hodi rezolve konflitusira traballu nian no kria organizmu sira hosiresponsavel sira-ne’e, diploma rasik ne’ebéGovernu aprova maka sei define.2. Servisu sira ba Mediasaun no Konsiliasaunno Konsellu Arbitrajen Traballu tenke ihareprezentasaun iha munisípiu hotu-hotu.3. Konsellu Arbitrajen Traballu sei hamutukho mínimu Governu nia reprezentante na’in-ida, organizasaun empregadór sira-nianreprezentante na’in-ida no sindikatu sira-niareprezentante na’in-ida.4. Konsellu Arbitrajen Traballu nian ihakompeténsia maka hanesan, hodi:a) Apresia no deside konflitu sira traballu nianne’ebé haruka ba sira;b) Kompeténsia hirak seluk sasá de’it ne’ebélei atribui ba sira.5. Desizaun sira-ne’ebé temi iha alínea a)númeru liubá nian, sei haruka ba tribunáldistritál sira hodi halo verifikasaun kona-balegalidade no omologasaun sentensa hodiprodús efeitu duni ba sentensa ida ne’ebétribunál sira profere no konstitui nu’udar títulu

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ezekutivukontra partevensida.6. To’o kriasaun organizmu sira-ne’ebé temiiha númeru 2 artigu ida-ne’e nian, nu’udarkompeténsia tribunál sira-nian atu julgakonflitu sira traballu nian.7. Iha prosesu judisiál kona-ba konflitu siratraballu nian sei aplika norma sira-ne’ebéestabelese iha lei prosesuál sivíl.

Artigu 102.ºRegulamentasaun

Direitu, devér, limite no prosedimentu sira,ne’ebé Inspesaun Traballu atu aplika hanesanmós ho rejime hodi aplika sansaun sirainstrumentu lejizlativu rasik maka sei regula.

Artigu 103.ºNorma revogatória

Sei revoga Regulamentu UNTAET nian n.º2002/5, 1 Maiu no lejizlasaun sira seluk ne’ebékontraria norma sira Lei Traballu nian.

Artigu 104.ºHahú hala’o knaar ho kbiit legál

Lei ida-ne’e hahú vigora iha loron 120 hafoinninia publikasaun iha Jornál Repúblika.

Aprova iha 20 Dezembru 2011.

Prezidente Parlamentu Nasionál

Fernando La Sama de Araújo

Promulga iha 2 /02/2012.

Bele publika.

Prezidente Repúblika,

José Ramos-Horta

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