lei n 36 - 58

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    Lei n 36/58

    Dispe sobre substutivo lei n 32 de 9/7/956.Estatuto dos Funcionrios Pblicos.

    A Cmara Municipal de Piau decreta, e eu sanciono a seguinte lei:

    Disposies Preliminares

    Art.1- Esta lei regula as condies de provimento e vacncia dos cargos pblicosmunicipais, os direitos e vantagens, os deveres e responsabilidades dos funcionriosPblicos do Municpio.

    Pargrafo nico As suas disposies estendem-se ao magistrio, no que forem

    aplicveis, tendo-se em vista a natureza das respectivas funes.

    Art.2 - Funcionrio pblico a pessoa legalmente investida em cargo pblico.

    Art.3 - Cargo pblico para os efeitos deste Estatuto, o criado por lei, em nmero certo,com denominao prpria e pago pelos cofres do municpio.

    1- Os vencimentos dos cargos pblicos obedecero a padro previamente fixados em lei.2- Os funcionrios de igual categoria percebero vencimentos iguais, salvo osremunerados por meio de porcentagem, observado a classificao estabelecida em lei.

    Art.4- Os cargos so de carreira ou isolados.Pargrafo nico So de carreira os que se integram em classes e correspondem a certa edeterminada funo.

    Art.5 - Classe o agrupamento de cargos da mesma profisso e de igual padro devencimento.

    Art.6- Carreira um conjunto de classes da mesma profisso, escalonados segundo os

    padres de vencimentos.

    Art.7 - As atribuies de cada carreira sero definidas em regulamento.Pargrafo nico Respeitada essa regulamentao, as atribuies inerentes a uma carreira

    podem ser acometidos indistintamente aos funcionrios de suas diferentes classes.

    Art.8 - Quadro um conjunto de carreiras e cargos isolados.

    Art.9 - Os cargos pblicos so acessveis a todos os brasileiros, sem distino de sexo,

    observadas as condies de capacidade prescritas nas leis, regulamentos e instruesbaixadas pelos rgos competentes.

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    Pargrafo nico Os cargos pblicos, salvo os de confiana, sero preenchidos porconcurso de prova e, subsidiariamente de ttulos.

    Art.10 - Os cargos de carreira sero de provimento efetivo. Os isolados sero deprovimento efetivo ou em comisso, segundo a lei que os criar.

    Ttulo IProvimento e vacncia dos cargos pblicos municipais

    Captulo IDo provimento

    Art.11 - Compete ao chefe do Poder Executivo prover, por decreto, os cargos pblicosmunicipais.

    Art. 12 - Os cargos pblicos so providos por:I- NomeaoII- PromooIII- TransfernciaIV- ReintegraoV- ReadmissoVI- ReversoVII- Aproveitamento

    Art.13 - So requeridos para provimento em cargo pblico:I- Ser brasileiroII- Ter completado 18 anos de idadeIII- Haver cumprido as obrigaes e os encargos para com a segurana nacionalIV- Estar em gozo dos direitos polticosV- Ter boa condutaVI- Gozar de boa sadeVII- Possuir aptido para o exerccio da funoVIII- Ter atendido s condies especiais prescritas para determinados cargos ou

    carreiras.

    Captulo IIDas nomeaes

    Art.14 - As nomeaes sero feitas:1 Para estgio probatrio, quando se tratar de cargo de provimento efetivo, isolado ou decarreira, observada sempre a condio do art.15;2 Em comisso, tratando-se de cargo de confiana ou isolado, quando o ocupante achar-

    se afastado legal e temporariamente;

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    3 Em carter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento efetivo, isolado ou declasse inicial de carreira, e o candidato for ocupante de cargo pblico, com estgio

    probatrio completo;4 Interinamente, pelo prazo mximo de um ano (art.145) da Constituio Estadual, paracargo vago, isolado ou de classe inicial de carreira, quando no houver candidato quesatisfaa as condies para nomeao efetiva ou estgio probatrio;

    5 Em substituio, para cargo isolado, a funcionrio afastado e legal e temporariamente.

    Art.15 - Para as nomeaes em carter efetivo e para estgio probatrio, alm dosrequisitos enumerados no art. 13, condio que o candidato se tenha habilitado emconcurso, cujo prazo de validade no tenha ainda expirado.

    Art.16 - Estgio probatrio o perodo de setecentos e trinta dias de exerccio defuncionrio, durante o qual apurada a convenincia ou no de sua confirmao, mediantea verificao dos seguintes requisitos.

    1 Idoneidade moral2 Aptido3 Disciplina4 Assiduidade5 Dedicao ao servio6 Eficincia

    Pargrafo nico O chefe da repartio ou servio em que sirvam os funcionrios sujeitosa estgio probatrio, informar ao rgo competente, antes de findo o prazo fixado nesteartigo, sobre os mesmos, tendo em vista os requisitos enumerados nos itens de I a VI.

    Art.17 - A concluso do estgio, importar na efetivao automtica do funcionrio.1- Para efeito de estgio ser contada interinamente no mesmo cargo, o tempo deservio prestado em outros cargos de provimento efetivo, desde que no tenha havidosoluo de continuidade.2 - No fica sujeito a novo estgio o candidato nomeado para o cargo de provimento

    efetivo, quando j for ocupante de cargo pblico e tiver concludo o estgio probatrio.Neste caso a nomeao ser feita em carter efetivo.

    Art.18 - O funcionrio ocupante de cargo isolado ou de carreira no poder ser providointerinamente em qualquer outro cargo de provimento efetivo.

    Art.19 - O exerccio interino de cargo cujo provimento dependa do curso, no isentadessa exigncia o respectivo ocupante, para nomeao efetiva ou para estgio probatrio,qualquer que seja o tempo de servio.1- Todo aquele que ocupar interinamente cargo cujo provimento efetivo dependa deconcurso, ser inscrito ex-ofcio, no primeiro que se realizar para o respectivo cargo.2- A aprovao da inscrio depender da satisfao, por parte do interino, das

    exigncias estabelecidas para o concurso.3- Aprovadas as inscries, sero exonerados os interinos que tiverem deixado decumprir o disposto no pargrafo anterior.

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    4- Homologado o resultado do concurso, sero exonerados os interinos inabilitados.

    Art.20 - Aps o encerramento das inscries do concurso, as nomeaes em carterinterino s podero recair em candidatos inscritos.

    Captulo IIIDos concursos

    Art.21 - Os concursos sero de provas e, subsidiariamente de ttulos (art.133 da leiestadual n 28, de 22/11/947) na conformidade das leis e regulamentos e de acordo com asinstrues expedidas pelo rgo competente.1- A classificao dos concorrentes ser feita mediante a atribuio de pontos, devendoser revista, sempre que houver algum deles concludo curso especializado.2- Nos casos em que a lei exigir concluso de cursos especializados para provimento de

    cargo, s sero admitidos os cursos institudos por lei.

    Art.22- A realizao dos concursos ser centralizada em rgo prprio, observando oregulamento que for expedido.

    Art.23- Os regulamentos determinaro:a- as carreiras em que o ingresso dependa de curso especializado;

    b- aquelas em que o ingresso se deva processar mediante concurso entre funcionrios decarreira de nvel inferior;

    c- aquelas, cujas funes, alm de outras exigncias legais ou regulamentares, somente possam ser exercidas pelos portadores de certificados de concluso de cursosecundrio, fundamental ou complementar e diploma de concluso de curso superior ou

    profissional, expedidos por institutos de ensino oficiais ou oficialmente reconhecidos;d- as condies que, em cada caso, devem ser preenchidas para o provimento de cargos

    isolados.

    Art.24 - Os limites de idade para a inscrio em concurso, e o prazo de validade destesero fixados, de acordo com a natureza das atribuies da carreira, do cargo, nasinstrues respectivas.

    Art.25 - No ficaro sujeitos a limite de idade para inscrio em concurso, os ocupantesefetivos de cargos pblicos municipais.

    Pargrafo nico Este favor poder ser concedido aos ocupantes de cargos providos emcomisso, aos funcionrios interinos e aos extra-numerrios, que contem pelo menos 3anos de efetivo exerccio.

    Art.26 - Realizado o concurso, ser expedido pelo rgo competente, o certificado de

    habilitao.

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    Captulo IVDa posse

    Art.27- Posse o ato que investe o cidado em cargo ou em funo gratificada.Pargrafo nico No haver posse nos casos de promoo e de designao paradesempenho de funo no gratificada.

    Art.28- A posse ser dada pelo prefeito e, quanto ao pessoal da Secretaria da CmaraMunicipal, pelo presidente.

    Art.29- A posse verificar-se- mediante a assinatura de um termo em que o funcionrioprometa cumprir fielmente os deveres do cargo ou funo.

    Pargrafo nico O termo ser assinado pela autoridade que der posse e especificar osdocumentos e ttulos exibidos.

    Art.30- A posse poder ser tomada por procurao, quando se tratar de funcionrioausente do municpio, em omisso ou em casos especiais a critrio da autoridadecompetente.

    Art.31 - A autoridade que der posse dever verificar, sob pena de ser responsabilizada, seforam satisfeitas as condies estabelecidas em lei ou regulamento, para a investidura nocargo ou na funo.

    Art.32 m- A posse dever verificar-se no prazo de trinta (30) dias, contados da data dapublicao do decreto.1- Este prazo poder ser prorrogado por trinta dias, mediante solicitao escrita dointeressado e despacho da autoridade competente para dar a posse.2- O prazo inicial para o funcionrio em frias, ou licenciado, exceto no caso de licena

    para tratar de interesse particular, ser contado da data em que voltar ao servio.3- Se a posse no se der, dentro do prazo inicial e da prorrogao, ser tornada semefeito, por decreto, a nomeao.

    Captulo V

    Da fiana

    Art.33- Aquele que for nomeado para o cargo, cujo provimento, por prescrio legal ouregulamentar exija prestao de fiana, no poder entrar em exerccio, sem Ter satisfeito

    previamente essa exigncia.1- A fiana poder ser prestada:1 em dinheiro;2 em ttulos da dvida pblica da Unio, do Estado ou do Municpio;2- No poder ser autorizado o levantamento da fiana, antes de tomadas as contas do

    funcionrio.

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    3- O responsvel por alcance ou desvio de valores, no ficar isento da aoadministrativa e criminal que couber, ainda que o valor da fiana seja superior ao prejuzoverificado.

    Captulo VIDo exerccio

    Art.34 - O incio, a interrupo e o reinicio do exerccio, sero registrados nosassentamentos individuais do funcionrio.

    Pargrafo nico O incio do exerccio e as alteraes que neste ocorrerem, serocomunicadas pelo chefe da repartio ou servio em que estiver lotado o funcionrio, aorgo competente.

    Art.35- O chefe da repartio ou do servio em que for lotado o funcionrio a

    autoridade competente para dar-lhe exerccio.

    Art.36 - O exerccio do cargo ou funo ter incio dentro do prazo de trinta dias,contados:1- Da data da posse, nos casos de nomeao e designao para funo gratificadas;2- Da data da publicao oficial do ato em qualquer outro caso;

    1- Os prazos previstos neste artigo podero ser prorrogados, por solicitao dointeressado e a juzo da autoridade competente, desde que a prorrogao no exceda atrinta dias.

    2- No caso de remoo, o prazo inicial para o funcionrio em frias ou licenciado,exceto no caso de licena para tratar de interesses particulares, ser contado da data emque voltar ao servio.

    Art.37- O candidato ou funcionrio que for provido em cargo pblico, dever Terexerccio na repartio em cuja lotao houver claro.

    Pargrafo nico O funcionrio promovido poder continuar em exerccio na repartio

    em que estiver servindo.

    Art.38- Nenhum funcionrio poder Ter exerccio em servio ou repartio diferentedaquela em que estiver lotado, salvo os casos previstos neste Estatuto ou prviaautorizao do prefeito.

    Pargrafo nico Nesta ltima hiptese, o afastamento do funcionrio s ser permitidopara fim determinado e por prazo certo.

    Art.39- Entende-se por lotao o nmero de funcionrios de cada carreira e de cargosisolados, que devam Ter exerccio em cada repartio ou servio.

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    Art.40- O funcionrio dever apresentar ao competente rgo de pessoal, aps ter tomadoposse e antes de entrar em exerccio, os elementos necessrios abertura de assentamentoindividual.

    Art.41- O funcionrio que no entrar em exerccio dentro do prazo estabelecido no art.36,ser exonerado do cargo ou destitudo da funo, mediante ato do prefeito.

    Art.42- Salvo, casos previstos no presente Estatuto, o funcionrio que interromper oexerccio por trinta dias consecutivos, ser demitido por abandono do cargo, observadas as

    prescries do Ttulo III.

    Art.43- O nmero de dias que o funcionrio gastar em viagem para entrar em exerccio,ser considerado, para todos os efeitos, como de efetivo exerccio.

    Pargrafo nico Esse perodo de transito ser contado da data de desligamento do

    funcionrio.

    Art.44- Nenhum funcionrio poder ausentar-se do municpio, para estudo ou misso dequalquer natureza, com ou sem nus para os cofres municipais, sem autorizao oudesignao expressa do prefeito.

    Art.45- Salvo caso de absoluta convenincia, a juzo do prefeito, nenhum funcionriopoder permanecer por mais de quatro anos em misso fora do municpio, sem exerceroutra, seno depois de decorridos quatro anos de servio efetivo no municpio, contados dadata do regresso.

    Art.46- O funcionrio preso preventivamente, pronunciado por crime comum funcional,ou condenado por crime afianavel em processo no qual no haja pronncia, serconsiderado afastado do exerccio at a condenao ou absolvio, passada em

    julgamento.

    1- Durante o afastamento, o funcionrio perder um tero do vencimento ouremunerao, tendo direito diferena, se for afinal absolvido.

    2- Nos casos de condenao, e se esta no for de natureza que determine a demisso dofuncionrio, continuar o mesmo afastado, na forma deste artigo, at o cumprimento totalda pena, com direito apenas a um tero do vencimento ou remunerao.

    Captulo VIIDa promoo

    Art.47- As promoes obedecero ao critrio de antigidade de classe ao demerecimento, alternadamente, de acordo com o regulamento que for expedido, salvo

    quanto classe final de carreira. Neste caso sero feitas somente pelo critrio domerecimento.

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    Pargrafo nico O critrio a que obedecer a promoo dever vir expresso no decretorespectivo.

    Art.48 - O rgo competente elaborar as propostas de promoo, observadas asdisposies deste estatuto e do regulamento.

    Pargrafo nico O regulamento referido deste artigo ser expedido pelo prefeitomediante decreto.

    Art.49 - A promoo por antigidade recair no funcionrio mais antigo da classe.

    Art.50 - A promoo por merecimento recair no funcionrio pblico escolhido peloprefeito, dentre os que figurem em lista que for organizada na forma do regulamento.

    Art.51 - No poder ser promovido, inclusive classe final de carreira, o funcionrio que

    tiver o interstcidio de setecentos e trinta dias de exerccio na classe.

    Art.52 - A promoo por merecimento s classes intermedirias de cada carreira, spodero concorrer os funcionrios colocados nos dois primeiros teros da classe, porordem de antigidade.

    Art.53 - O merecimento ser objetivamente, segundo o preenchimento de condiesdefinidas em regulamento.

    1 - O merecimento adquirido na classe, promovido o funcionrio, recomeara aapurao do merecimento a contar do ingresso na nova classe.

    2 - O funcionrio transferido para carreira da mesma classe, levar o merecimentoapurado no cargo a que pertencia.

    Art.54 - A antigidade de classe ser determinada pelo tempo de efetivo exerccio comointerino, desde que entre este e o provimento efetivo no tenha havido interrupo.

    Art.55 - A antigidade de classe, no caso de transferncia, a pedido, ser contada da data

    em que o funcionrio entrar em exerccio na nova classe.

    Pargrafo nico Se a transferncia ocorrer ex-ofcio no interesse da administrao,ser levado em conta o tempo de efetivo exerccio na classe a que pertencia.

    Art.56 - Ser contado na antigidade de classe, o tempo de efetivo exerccio na classe aque pertencia o funcionrio, no promovido em virtude de classificao resultante derestruturao total ou parcial do quadro.

    Art.57 - Na classificao por antigidade, quando ocorrer empate no tempo de classe, terpreferncia, sucessivamente:a- o que tiver maior tempo de servio no municpio;

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    b- casado;c- o mais idoso;

    1- Em igualdade de condies de merecimento, o desempate ser feito de acordo com ocritrio estabelecido neste artigo.

    2- No sero considerados, para efeito deste artigo, o estado de casado, desde que ambosos cnjuges sejam servidores pblicos.

    Art.58 - O tempo de exerccio para verificao da antigidade de classe, ser apuradosomente em dias.

    Art.59 - No poder ser promovido o funcionrio que estiver suspenso disciplinar oupreventivamente.

    Pargrafo nico At que seja feita a completa apurao dos fatos que determinaram asuspenso, ficar sobrestado o processo de promoo.

    Art.60 - Ser declarado sem efeito, em benefcio daquele a quem caberia, de direito, apromoo ou ato que indevidamente o funcionrio.

    1- O funcionrio promovido indevidamente no ficar obrigado a restituir o que maistiver recebido.

    2- O funcionrio a quem caberia a promoo ser indenizado na diferena devencimentos ou remunerao a que tiver direito.

    Art.61 - Os funcionrios que mostrarem parcialidade no julgamento de merecimentosero punidos disciplinarmente pela autoridade a que estiverem subordinados.

    Art.62 - A promoo do funcionrio em exerccio de mandato legislativo s se poderfazer por antigidade.

    Art.63 - No poder ser promovido, por antigidade ou merecimento o funcionrio que

    no possuir diploma exigido em lei para o exerccio da profisso a que correspondem asatribuies da carreira.

    Captulo VIIIDa transferncia

    Art.64 - O funcionrio poder ser transferido:1 De para outra carreira;2 de um cargo isolado de provimento efetivo, para outro de carreira

    3 De um cargo de carreira para outro isolado, de provimento efetivo4 De um cargo isolado, de provimento efetivo, para outro da mesma natureza.

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    Art.65 - As transferncias, de qualquer natureza, sero feitas a pedido do funcionrio,atendida a convenincia do servio, ou ex-ofcio respeitada sempre a habilitao

    profissional.Pargrafo nico A transferncia a pedido para cargo de carreira s poder ser feita paravaga que tenha de ser provida mediante promoo por merecimento.Art.66 - A transferncia ex-ofcio s poder ser feita para cargo do mesmo padro de

    vencimento ou igual remunerao.

    Captulo IXDa readaptao, remoo e permuta

    Art.67 - A readaptao o aproveitamento do funcionrio mais compatvel com a suacapacidade fsica ou intelectual e vocao.Art.68 - A readaptao far-se- pela atribuio de outros encargos ao funcionrio,respeitadas as funes inerentes carreira a que pertencer, ou mediante transferncia.Art.69 - A remoo que se processar a pedido do funcionrio ou ex-ofcio, no

    interesse da administrao s poder ser feita:1- de uma para outra repartio ou servio2- de um para outro rgo de repartio ou servioArt.70 - A transferncia e a remoo por permuta, sero processados a pedido escrito deambos os interessados, e de acordo com o prescrito no captulo VIII.

    Captulo XDa reintegrao

    Art.71 A reintegrao que decorrer de deciso administrativa ou judiciria passada em julgado, o ato pelo qual o funcionrio demitido reingressa no servio pblico comressarcimento dos proventos que houver deixado de receber durante o perodo doafastamento e quaisquer prejuzos deste decorrentes.1 - A reintegrao ser feita no cargo anteriormente ocupado, se este, sido transformado,no cargo resultante da transformao, e, se extinto, em cargo de vencimentos ouremunerao equivalente, respeitada a habilitao profissional.2 - No sendo possvel fazer reintegrao pela forma prescrita no pargrafo anterior,ser o ex-funcionrio posto em disponibilidade, no cargo que exercia, com provento igualao vencimento ou remunerao que perceba na data do afastamento.3 - O funcionrio reintegrado ser submetido a inspeo mdica, verificada a

    incapacidade para o exerccio da funo, ser aposentado na forma deste estatuto, no cargoem que houver sido reintegrado.Art.72 - Invalidada por sentena a demisso do funcionrio, ser ele reintegrado e quemlhe houver ocupado o cargo ficar destitudo de plano, ou ser reconduzido ao anterior,sem direito a indenizao.

    Captulo XIDa readmisso

    Art.73 - Readmisso o ato pelo qual o funcionrio demitido ou exonerado, reingressa no

    servio pblico, sem direito a ressarcimento de prejuzos, assegurada apenas a contagemde tempo de servio em cargos anteriores para efeito de aposentadoria.

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    Art.74 - O ex-funcionrio s poder ser readmitido a juzo da administrao, quando ficarapurado, em processo, que no mais substem os motivos determinantes de sua demisso,ou verificado que no h inconvenincia para o servio pblico, quando a exonerao setenha processado a pedido.Art.75 - A readmisso ser feita de preferncia no cargo anteriormente exercido pelo ex-funcionrio. Poder entretanto ser feita em outro, respeitada a habilitao profissional.

    Pargrafo nico Em qualquer caso, a readmisso depender da existncia de vaga, quedeva ser preenchida mediante promoo por merecimento, quando se tratar de cargo ou decarreira.Art.76 - A readmisso depender sempre da inspeo mdica, que prove a capacidade

    para o exerccio da funo.Captulo XIIDa reverso

    Art.77 - Reverso o ato pelo qual o aposentado reingressa no servio pblico, apsverificao em processo, de que no subsistem os motivos determinantes da

    aposentadoria.1- A reverso far-se- a pedido ou ex-ofcio.2- O aposentado no poder reverter atividade se contar mais de cinqenta e oito anos

    de idade.3- Em nenhum caso poder efetuar a reverso, sem que, mediante inspeo mdica fique

    provada a capacidade para o exerccio da funo.4- Ser cassada a aposentadoria do funcionrio que reverter e no tomar posse, e entrar

    em exerccio dentro dos prazos legais.Art.78 - A reverso far-se-, de preferncia ao mesmo cargo.1- Em casos especiais, a juzo do prefeito, e respeitada a habilitao profissional, poder

    o aposentado reverter ao servio em outro cargo.2- A reverso ex-ofcio no poder Ter lugar em cargo de vencimentos ou

    remunerao inferior ao do cargo em que foi aposentado.3- A reverso a pedido, a cargo de carreira depender de existncia de vaga que deva ser

    preenchida por merecimento.Art.79- A reverso dar direito, para nova aposentadoria a contagem de tempo, em que ofuncionrio esteve aposentado.

    Captulo XIIIDo Aproveitamento

    Art.80- Os funcionrios em disponibilidade tero preferncia para o preenchimento das vagas que se verificarem no quadro dofuncionalismo.

    1- O aproveitamento far-se- ex-ofcio, ou a pedido, a juzo da administrao erespeitada a habilitao profissional.

    2- O aproveitamento dar-se-, tanto quanto possvel, em cargo equivalente, por suanatureza e vencimento, ao que o funcionrio ocupava quando foi posto em disponibilidade.

    3- Se o aproveitamento se der em cargo de vencimento ou remunerao inferior aoprovento da disponibilidade, ter o funcionrio direito diferena.

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    4- Em nenhum caso poder efetuar-se o aproveitamento sem que mediante inspeomdica fique a capacidade para o exerccio da funo.

    5- Se dentro dos prazos legais, o funcionrio no tomar posse e entrar em exerccio nocargo em que houver sido aproveitado, ser tornado sem efeito o aproveitamento ecassada a disponibilidade com perda de todos os direitos de sua anterior situao.

    6- ser aposentado no cargo anteriormente ocupado o funcionrio em disponibilidade

    que for julgado incapaz, em inspeo mdica. Para o clculo da aposentadoria, serlevado em conta o perodo da disponibilidade.Captulo XIV

    Da funo gratificadaArt.81 - Funo gratificada a instituda em lei para atender a encargos de chefia e

    outros, que no justifiquem a criao de cargo.Art.82 - O desempenho da funo gratificada ser atribudo ao funcionrio mediante ato

    expresso.Art.83 - A gratificao ser percebida cumulativamente com o vencimento ou

    remunerao do cargo.Art.84 - No poder a gratificao o funcionrio que se ausentar em virtude de frias,luto, casamento, doena comprovada na forma dos 2,3 do art. 108, servioobrigatrio por lei ou distribuies decorrentes de sua funo.

    Captulo XVDas substituies

    Art. 85 - S haver substituio remunerada, no impedimento legal ou temporrio doocupante de cargo isolado e de chefia de provimento efetivo ou em comisso, e defuno gratificada.

    Pargrafo nico A substituio automtica, prevista em lei, regulamento ou regimento,no ser remunerada, salvo a de chefia.Art.86 - A substituio remunerada depender da expedio de ato de autoridade

    competente para nomear ou designar, e s se efetuar quando imprescindvel, emface das necessidades do servio.

    1- O substituto, funcionrio ou no, exercer o cargo ou funo enquanto durar oimpedimento do respectivo ocupante, sem que nenhum direito lhe caiba de ser

    provido efetivamente no cargo.2- O substituto, durante o tempo que exercer o cargo ou a funo, ter direito a perceber

    o vencimento ou a gratificao respectiva.

    Art.87- O tesoureiro, em caso de impedimento legal e temporrio, substitudo peloajudante de tesoureiro ou pessoa de sua confiana que indicar, respondendo a suafiana pela gesto do substituto.

    Pargrafo nico Feita a indicao por escrito ao chefe do servio ou da repartio, esteprovidenciar para a expedio do decreto de nomeao, ficando assegurado ao substitutoo vencimento ou remunerao do cargo a partir da data em que assumir a respectivafuno.

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    Art.88 - Quando o ocupante de cargo isolado, de chefia ou funo gratificada estiverafastado por medida disciplinar ou inqurito administrativo, ser substitudo porfuncionrio nomeado ou designado para prover o cargo ou funo e perceber ovencimento ou remunerao na forma deste estatuto.

    Captulo XVI

    Da vacnciaArt.89 - A vacncia do cargo decorrer de:exoneraodemisso

    promootransfernciaaposentadorianomeao para outro cargofalecimento

    1- Dar-se- a exonerao:a- A pedido do funcionriob- A critrio do prefeito, quando se tratar de ocupante de cargo ou funo, ou interino em

    cargo isolado ou inicial de carreira.c- Quando o funcionrio no satisfazer as condies do estgio probatrio.d- Quando o funcionrio interino em cargo inicial de carreira ou isolado, no satisfazer as

    exigncias para a inscrio em concurso.e- Quando o funcionrio interino for inabilitado em concurso para provimento do cargo

    que ocupa.f- Quando o funcionrio no entrar em exerccio dentro do prazo legal.2- A demisso ser aplicada como penalidade.Art.90 - A vacncia da funo decorrer de :a- dispensa a pedido do funcionrio

    b- dispensa a critrio da autoridadec- dispensa por no haver o funcionrio designado assumido o exerccio no prazo legald- destituio na forma do art.231.

    Captulo XVIIDo tempo de servio

    Art.91 - A apurao do tempo de servio para efeitos de promoo ou aposentadoria oudisponibilidade, ser feita em dias.

    1- Sero computados os dias de efetivo exerccio, a vista do registro de freqncia ou dafolha de pagamento.

    2- O nmero de dias ser convertido em anos, considerados sempre estes como detrezentos e sessenta e cinco dias.

    3- Feita a converso de que trata o pargrafo anterior, os dias restantes at cento eoitenta e dois, no sero computados, arredondando-se para um ano, quandoexceder esse nmero.

    Art.92 - Sero considerados de efetivo exerccio os dias em que o funcionrio estiverafastado do servio em virtude de:

    1 Frias anuais, inclusive as regulamentares do magistrio e frias prmio.

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    2 Casamento at oito dias.3 Luto pelo falecimento de cnjuge, filho, pai, me e irmo, at oito dias.4 Exerccio de outro cargo pblico, de provimento em comisso.5 Prestao de servio militar, na forma da lei.6 Jri e outros servios obrigatrios por lei.7 Exerccios de funes de governo ou administrao, em qualquer parte do territrio

    estadual ou nacional.8 Desempenho de funo legislativa federal, estadual e municipal, excluindo o perodode frias parlamentares e o de no funcionamento do legislativo municipal, quando ofuncionrio dever assumir o cargo.9 Licena ao funcionrio acidentado em servio ou atacado de doena profissional.10 Licena funcionria gestante.11 Molstia devidamente comprovada.12 Misso ou estudo noutros pontos de territrio nacional ou no estrangeiro, quando oafastamento houver sido expressamente autorizado pelo prefeito.

    Art.93 - Na contagem de tempo, para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade,computar-se- integralmente:a- O tempo de servio em outro cargo ou funo pblica municipal, estadual e federal,

    anteriormente exercida pelo funcionrio.b- O perodo de servio ativo, no exrcito, na armada e nas foras area e nas auxiliares,

    prestado durante a paz, computando-se pelo dobro o tempo em operaes de guerra.c- O nmero de dias em que o funcionrio houver trabalhado como extranumerrio.d- O perodo em que o funcionrio tiver desempenhado mandatos efetivos e mediante

    autorizao do prefeito, cargos ou funes federais, estaduais e municipais.e- O tempo de servio prestado pelo funcionrio s organizaes autrquicas do

    municpio.f- O tempo decorrido entre a data da demisso e a em que o funcionrio for reintegrado,

    nas condies do art.71.Art.94 - O tempo de servio a que se referem as alneas d e e do artigo anterior, ser

    computado vista de comunicao de freqncia ou certido passada pelaautoridade competente.

    Art.95 - O tempo em que o funcionrio houver exercido mandato legislativo, federal,estadual ou municipal, ou cargo ou funo da unio, de estado ou de municpio,ser contado integralmente.

    Art.96 - vedada a acumulao de tempo de servio concorrente ou simultaneamenteprestado em dois ou mais cargos ou funes Unio, Estado ou Municpio.

    Art.97 - No ser computado, para nenhum efeito o tempo de servio gratuito, salvo oscasos previstos neste estatuto.

    Ttulo IIDireitos e vantagens

    Captulo IDisposies gerais

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    Art.98 - Alm do vencimento ou remunerao do cargo, o funcionrio s poder Terdireitos e vantagens previstos em lei.

    Art.99 - As porcentagens e quotas-partes, atribudas em virtude de arrecadao detributos com servio de fiscalizao e inspeo, sero pagas pela formadeterminada em lei prpria.

    Art.100 - S ser admitida procurao para efeito de recebimento de quaisquer

    importncias dos cofres municipais, decorrentes do exerccio em funo ou cargo,quando o funcionrio se encontrar fora da sede ou comprovadamenteimpossibilitado de locomover-se.

    Art.101 - proibido, fora dos casos expressamente consignados neste estatuto, ceder ougravar vencimentos, remunerao e quaisquer vantagens decorrentes no exercciode funo ou cargo pblico, bem como outorgar, para esse fim procurao emcausa prpria ou com poderes irrevogveis.

    Captulo II

    Do vencimento e da remuneraoArt.102 - Vencimento a retribuio paga aos funcionrios pelo efetivo exerccio docargo, correspondente ao padro fixado em lei.

    Art.103 - Remunerao a retribuio paga aos funcionrios pelo efetivo exerccio docargo, correspondente a dois teros do padro de vencimento e mais as quotas ou

    porcentagens, que por lei, lhe tenham sido atribudas.Art.105 - Os funcionrios, que contarem mais de vinte anos de servio, tero uma

    gratificao de vinte por cento (20%) adicional aos vencimentos.Art.106 - Cada perodo de cinco anos de efetivo exerccio, no magistrio municipal dar

    direito ao funcionrio a adicionais de dez por cento (10%) sobre seus vencimentos,os quais se incorporaro para efeito de aposentadoria, Constituio Estadual,art.148.

    Art.107 - Os funcionrios no sofrero qualquer desconto no vencimento ouremunerao:

    1- Durante o perodo de frias anuais, inclusive regulamentares do magistrio, e de friasprmio.

    2- Quando faltarem at oito dias consecutivos, por motivo do seu casamento, oufalecimento de cnjuge, filho, pai, me e irmo.

    3- Quando licenciados para tratamento da prpria sade, pelo prazo determinado neste

    estatuto.4- Quando acidentado, ou vtima de agresso no provocada, no exerccio de suas

    atribuies e quando atacados de doena profissional.5- Quando atacados de tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira,

    lepra ou paralisia.6- Quando convocado para o servio militar e outros obrigatrios por lei, salvo se

    perceberem alguma retribuio por esse servio, caso em que se far reduocorrespondente.

    Pargrafo nico Nenhum desconto sofrer, tambm, a funcionria gestante, at o limite

    de trs meses de afastamento.

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    Art.108 - O funcionrio perder:1- O vencimento ou remunerao do dia, quando no comparecer ao servio, salvo o caso

    previsto nos pargrafos 2 e 3 deste artigo.2- Um tero do vencimento, ou da remunerao diria, quando comparecer ao servio

    dentro da hora seguinte marcada para o incio dos trabalhos, ou quando se retirardentro da hora anterior de encerramento do mesmo.

    1- No caso de faltas sucessivas, sero computados, para efeito de desconto, os domingose feriados intercalados.2- O funcionrio que por doena no puder comparecer ao servio, fica obrigado a fazer

    pronta comunicao de seu estado ao chefe imediato, para o necessrio examemdico e atestado.

    3- Se, no atestado, subscrito pelo mdico que examinar o funcionrio, estiverexpressamente declarado a impossibilidade do comparecimento ao servio, no

    perder ele o vencimento ou a remunerao, desde que as faltas no excedam aoprazo determinado no atestado.

    4- Verificado, em qualquer tempo, ter sido gracioso o atestado mdico, o rgocompetente promover imediatamente a punio dos responsveis.Art.109 - Ponto o registro pelo qual se verificaro, diariamente a entrada e sada do

    funcionrio em servio.1- Nos registros de ponto devero ser lanados todos os elementos necessrios

    apurao da freqncia.2- Para o registro do ponto, sero usados, de preferncia meios mecnicos.3- Os chefes de servios administrativos ficam isentos da obrigao do ponto.Art.110 - O prefeito determinar:1- Para a repartio, o perodo de trabalho dirio;2- Para cada funo, o nmero de horas dirias de trabalho;3- Para uma ou outra, o regime de trabalho em turnos consecutivos, quando aconselhado,

    indicado o nmero certo de trabalho exigveis por ms;4- Quais os funcionrios, que, em virtude das atribuies que desempenham, no esto

    obrigados a ponto.Art.111 - O perodo de trabalho, nos casos de comprovada necessidade, poder ser

    antecipado ou prorrogado pelos chefes de repartio ou servio.Pargrafo nico No caso de antecipao ou prorrogao desse perodo, ser remuneradoo trabalho extraordinrio, na forma estabelecida no Captulo III deste ttulo.

    Art.112 - Nos dias teis, s por determinao do prefeito podero deixar de funcionar asreparties pblicas ou ser suspensas os seus trabalhos.

    Art.113 - Para efeito de pagamento, apurar-se- a freqncia do seguinte modo:1- Pelo ponto2- Pela forma determinada, quanto aos funcionrios no sujeitos a ponto.

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    Art.114 - As reposies devidas pelo funcionrio e as indenizaes por prejuzos, quecausar Fazenda Municipal, sero descontados do vencimento ou da remunerao,no podendo o desconto exceder quinta parte de sua importncia liquida.

    Art.115 - O vencimento ou a remunerao dos funcionrios no podero ser objetos dearresto, seqestro ou penhora, salvo quando se tratar:

    De prestao de alimentos, na forma da lei civil.

    De dvidas por imposto e taxas para a fazenda pblica, em face da cobrana judicial.Art.116 - A partir da data da publicao de decreto que o promover, o funcionriolicenciado ou no, ficaro assegurados os direitos e o vencimento ou aremunerao decorrentes da promoo.

    Captulo IIIDas gratificaes

    Art.117 - Poder ser concedida gratificao ao funcionrio:I Pelo exerccio em determinadas zonas ou locais;

    II Pela execuo de trabalho de natureza especial, com risco da vida ou da sade;III Pela prestao de servio extraordinrio;IV Pela elaborao ou execuo de trabalho tcnico ou cientfico;V a ttulo de representao, quando em servio ou estudo fora do municpio ou quandodesignado pelo prefeito para fazer parte de rgo legal de deliberao coletiva ou parafuno de sua confiana.Art.118 - A gratificao pelo exerccio em determinadas zonas ou locais e pela execuo

    de trabalhos de natureza especial, com risco de vida ou da sade, ser determinadoem lei.

    Art.119 - A gratificao pela prestao de servio extraordinrio ser:a- Previamente arbitrada pelo prefeito;

    b- Paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado.1- A gratificao a que se refere a alnea a, no poder exceder a um tero do

    vencimento ou remunerao mensal do funcionrio.2- No caso da alnea b a gratificao ser paga por hora de trabalho antecipado ou

    prorrogado, na mesma razo percebida pelo funcionrio em cada hora do perodonormal.

    3- Esta gratificao no poder exceder a um tero do vencimento de um dia.4- No caso de remunerao o clculo ser feito na base do padro de vencimento.

    Art.120 - A gratificao pele elaborao ou execuo de trabalho tcnico ou cientfico, oude utilidade para o servio pblico, ser arbitrada pelo prefeito aps sua concluso.Art.121 - A designao para o servio ou estudo fora do municpio, s poder ser feita

    pelo prefeito, que atribuir a gratificao, quando no estiver prevista em lei ouregulamento.Art.122 - A gratificao relativa ao exerccio em rgo legal de declarao coletiva serfixada em lei.Art.123 - vedado conceder gratificaes por servio extraordinrio com o objetivo deremunerar outros servios ou encargos.

    Pargrafo nico O funcionrio que receber importncia relativa a servio extraordinrioque no prestou, ser obrigado a restitu-la de uma s vez.

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    Art.124 - Ser punido com pena de suspenso, e na reincidncia com a demisso a bemdo servio pblico, o funcionrio que:I Que atestar falsamente a prestao de servio extraordinrio;II Que recusar por justo motivo, a prestao de servio extraordinrio.Art.125 - O funcionrio que exercer cargo de direo ou funo gratificada, no poder

    perceber gratificao por servio extraordinrio.

    Captulo IVDas dirias

    Art.126 - Ao funcionrio que se deslocar temporariamente da respectiva sede, nodesempenho de suas atribuies, podero ser concedidas, alm do transporte, dirias attulo de indenizao das despesas de alimentao e pousada.1- Entende-se por sede, a cidade, vila ou localidade onde o funcionrio tenha exerccio.

    2 - No caber a concesso da diria, quando o deslocamento do funcionrio constituirexigncias permanentes do cargo ou funo.Art.127 - As dirias sero concedidas pelo prefeito, no limite da respectiva dotaooramentria.Art.128 - O funcionrio que indevidamente receber diria ser obrigado a restituir, deuma s vez a importncia recebida.Art.129 - Ser punido com pena de suspenso e, na reincidncia com a de demisso a

    bem do servio pblico, o funcionrio que, indevidamente conceder dirias, com o objetode remunerar outros servios ou encargos.

    Captulo VDas ajudas de custo

    Art.130 - A juzo do prefeito, ser concedida ajuda de custo ao funcionrio que emvirtude de transferncia, remoo, nomeao para cargo em comisso ou designao parafuno gratificada, servio ou estudo em local diverso, passar a Ter exerccio em novasede.Pargrafo nico A ajuda de custo destina-se a indenizar a funcionrios das despesas deviagem e de nova instalao.Art.131 - A ajuda de custo arbitrada pelo prefeito, tendo em vista, em cada caso, ascondies de vida nova na sede, a distncia que dever ser percorrida, o tempo de viagem

    e outros recursos disponveis.1 - Salvo, na hiptese do art.135, a ajuda de custo no poder exceder importnciacorrespondente a trs meses de vencimentos.2 - No caso de remunerao, o clculo ser feito na base do padro do vencimento.Art.132 - No ser concedida ajuda de custo:1- Ao funcionrio que se afastar da sede ou a ela voltar, em virtude de mandato efetivo.2- Ao que for posto disposio de Governo Federal, Estadual ou Municipal.3- Ao que for transferido ou removido a pedido, ou por permuta.Pargrafo nico Dentro do perodo de dois anos, o funcionrio novamente obrigado a

    mudar de sede poder receber, apenas um tero da ajuda de custo que lhe caberia.

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    Art.133 - Quando o funcionrio for incumbido de servio que o obrigue a permanecerfora da sede por mais de trinta dias, poder receber ajuda de custo, sem prejuzo dasdirias que lhe couberem.Pargrafo nico A importncia dessa ajuda de custo, ser fixada na forma do art. 131,no podendo exceder a quantia relativa a um ms de vencimento.Art.134 - Restituir a ajuda de custo que tiver recebido:

    1- O funcionrio que no seguir para a nova sede dentro dos prazos fixados, salvo motivoindependente de sua vontade, devidamente comprovado.2- O funcionrio que antes de terminado o desempenho da incumbncia que lhe foi

    cometida, regressar da nova sede, pedir exonerao ou abandonar o servio.1- A restituio poder ser feita parceladamente a juzo do prefeito, salvo no caso dorecebimento indevido, em que a importncia por devolver ser descontada integralmentedo vencimento ou remunerao.2- A responsabilidade pela restituio de que trata este artigo, atinge exclusivamente a

    pessoa do funcionrio.

    3- Se o regresso do funcionrio for determinado pela autoridade competente, ou pormotivo de fora maior, devidamente comprovada, no ficar ele obrigado a restituir aajuda de custo.Art.135 - Compete ao prefeito arbitrar a ajuda de custo que ser paga ao funcionriodesignado para servio ou estudo em local diverso.

    Captulo IDas frias

    Art. 136 - Os funcionrios gozaro obrigatoriamente por ano, vinte dias teis de frias,observada a escala que for organizada e decenalmente, na forma da lei, de frias prmio,nunca inferiores a um trimestre.1 - proibido levar a conta de frias qualquer falta ao trabalho;2 - Somente depois do primeiro ano de exerccio, adquirir o funcionrio direito a frias;Art. 137 - Os funcionrios tero direito a quatro meses de frias prmios por perodo dedez anos de servio sem faltas ou licenas.

    Durante as frias anuais e frias prmio, o funcionrio ter direito a todas as vantagens,como se estivesse em exerccio.Art. 138 - Caber ao chefe da repartio ou do servio organizar no ms de dezembro, a

    escala de frias para o ano seguinte, que poder alterar, de acordo com as conveninciasdo servio.1 - O chefe da repartio ou do servio no ser includo na escala.2 - Organizada a escala, ser esta imediatamente publicada na imprensa local ou afixadaem local visvel na repartio.Art. 139 - proibida acumulao de frias, salvo de frias prmio com as anuais.Art. 140 - O funcionrio promovido ou transferido ou removido, quando em gozo defrias, no ser obrigado a apresentar-se antes de termin-las.

    Captulo IIDas licenas

    Disposies Gerais

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    Art. 141 - O funcionrio efetivo, ou em comisso, poder ser licenciado:1 - Para tratamento de sade;2 - Quando acidentado no exerccio de suas atribuies ou atacado de doena

    profissional;3 - Quando acometido das doenas especificadas no art.157, tuberculose ativa, alienaomental, neoplasia maligna, cegueira, lepra e paralisia;

    4 - Por motivo de doena em pessoa da famlia;5 - No caso previsto no art.160;6 - Quando convocado para o servio militar;7 - Para tratar de interesses particulares;8 - No caso previsto no art.169.Art.142 - Aos funcionrios s ser concedida licena nos casos dos itens I, II, III e V, doartigo anterior.Art.143 - A concesso da licena da competncia do prefeito.Art.144 - A licena, dependente de inspeo mdica, ser concedida pelo prazo indicado

    no respectivo laudo ou atestado.Pargrafo nico Findo este prazo, o funcionrio poder ser submetido a nova inspeo, eo atestado ou laudo mdico concluir pela sua volta ao servio, pela prorrogao dalicena ou pela aposentadoria.Art.145 - Finda a licena, o funcionrio dever reassumir, imediatamente, o exerccio docargo, salvo prorrogao.Pargrafo nico A infrao deste artigo importar na perda total dos vencimentos ouremunerao, e se a ausncia exceder a trinta dias, na demisso por abandono do cargo,mediante processo administrativo.Art.146 - A licena poder ser prorrogada ex-ofcio ou mediante solicitao dofuncionrio.Pargrafo nico O pedido de prorrogao dever ser apresentado antes de findo o prazoda licena, se indeferido, contar-se- como de licena o perodo compreendido entre a datada terminao desta e do conhecimento oficial do despacho denegatrio.Art.147 - As licenas concedidas dentro de sessenta dias, contadas da terminao daanterior, sero consideradas como prorrogao quando da mesma espcie.Art.148 - O funcionrio no poder permanecer em licena por prazo superior a vinte equatro meses consecutivos.Art.149 - Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, o funcionrio ser submetido

    a inspeo mdica e aposentado, se for considerado definitivamente invlido para oservio pblico do municpio.Art.150 - Em gozo de licena, o funcionrio no ter tempo para nenhum efeito, excetoquando se tratar de licena concedida gestante, a funcionrio acidentado em servio ouatacado de doena profissional, e nos casos expressamente determinados em lei.Art.151 - Os funcionrios pblicos no desempenho de mandatos efetivos seroconsiderados licenciados durante o respectivo exerccio, salvo tratando-se de vereadores,quando a licena se restringir ao perodo das sesses da cmara.Pargrafo nico Aos funcionrios no desempenho do mandato de vereador, assegurada,

    durante a licena, a integridade dos vencimentos.

    Seo II

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    Licena para tratamento de sadeArt.152 - A licena para tratamento de sade ser a pedido do funcionrio, ex-ofcio.Pargrafo nico Num e noutro caso, indispensvel a inspeo mdica, realizada por

    profissional designado pelo prefeito, e sempre que possvel na residncia do funcionrio.Art.153 - O funcionrio que em qualquer caso se recusar inspeo mdica, ser punidocom pena de suspenso.

    Art. 154 - Quando licenciado para tratamento de sade, o funcionrio receber ovencimento ou remunerao, caso a licena se prolongue at seis meses, excedendo oprazo sofrer o desconto da metade, pelo que exceder de seis meses at um ano, e a doisteros durante o segundo ano.Art.155 - O funcionrio acidentado no exerccio de suas atribuies, ou que tenhaadquirido doena profissional, ter direito licena com vencimento ou remunerao.1- Entende-se por doena profissional a que se deve atribuir como relao de efeito ecausa, a condies inerentes ao servio, ou a fatos nele ocorridos;2- Acidente o evento danoso que tenha como causa, mediante ou imediata, o exerccio

    das atribuies inerentes ao cargo;3- Considera-se, tambm, acidentes a expresso, sofrido e no provocado pelofuncionrio no exerccio de suas atribuies;4- A comprovao do acidente, indispensvel, para a concesso da licena, dever serfeita em processo regular, no prazo mximo de 8 (oito) dias.Art.156- O funcionrio licenciado para tratamento de sade obrigado a assumir oexerccio, se for considerado apto, em inspeo mdica realizada ex-ofcio.Pargrafo nico O funcionrio poder desistir da licena, desde que mediante inspeo,seja julgado apto para o exerccio.

    Seo IIILicena ao funcionrio atacado de tuberculose ativa, alienao

    mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra ou paralisia.

    Art.157- O funcionrio atacado de tuberculose ativa, etc., ser compulsriamentelicenciado com vencimentos ou remunerao.Art.158 - O funcionrio, durante a licena, ficar obrigado a seguir rigorosamente otratamento mdico adequado doena, sob pena de ser suspenso o pagamento dovencimento ou remunerao.Pargrafo nico A repartio competente fiscalizar, observando o disposto neste artigo.

    Art.159 - A licena convertida em aposentadoria, na forma do art.149, e antes do prazoestabelecido, quando assim opinar a junta mdica por considerar definitiva para o servio

    pblico, em geral, a invalidade do funcionrio.Seo IV

    Licena a funcionria gestanteArt.160 - A funcionria gestante, ser concedida mediante inspeo mdica, licena por 3meses, com vencimentos ou remunerao.

    Seo VLicena por motivo de doena em pessoa da famlia.

    Art.161 - O funcionrio, poder obter licena por motivo de doena em pessoa da famlia,de ascendente, descendente e colateral, consangneo ou afim, at o 3 grau civil, e do

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    cnjuge, do qual no esteja legalmente separado, desde que prove ser indispensvel a suaassistncia pessoal ao enfermo.1- Provar-se- a doena, mediante inspeo realizada por mdico designado pelo

    prefeito;2- A licena de que trata este artigo, ser concedida com vencimento ou remuneraoat um ms, e da em diante, com os seguintes descontos:

    1- de um tero quando exceder de um at dois meses;2- de dois teros, quando exceder de dois at quatro meses;3- sem vencimentos ou remunerao, do quinto ao vigsimo quarto ms.

    Seo VILicena para o servio militar

    Art.162 - Ao funcionrio que for convocado para o servio militar e outros encargos dasegurana nacional, ser concedida licena pelo prazo que se tornar necessrio, sem

    prejuzo de quaisquer direitos ou vantagens, descontada mensalmente a importncia que

    perceber na qualidade de incorporao.1- A licena ser concedida mediante comunicao do funcionrio ao chefe darepartio ou servio, acompanhada de documento oficial que prove a incorporao.2- O funcionrio desincorporado reassumir imediatamente o exerccio, sob pena de

    perda do vencimento ou remunerao e se a ausncia exceder a trinta dias, de demissopor abandono do cargo.3- Quando a desincorporao se verificar em lugar diverso do da sede, o prazo para aapresentao ser marcado no art. 36.Art.163 - Ao funcionrio que houver feito curso para ser admitido oficial da reserva dasforas armadas, ser tambm concedido licena com vencimentos ou remunerao duranteos estgios prescritos pelos regulamentos militares.

    Seo VIILicena para tratar de interesses particulares

    Art.164 - Depois de dois anos de exerccio, o funcionrio poder obter licena, semvencimentos ou remunerao, para tratar de interesses particulares.1- A licena poder ser negada, mediante despacho fundamentado, quando oafastamento do funcionrio for inconveniente ao interesse do servio, hiptese em que aautoridade dever determinar outra ocasio para sua concesso.2- O funcionrio dever aguardar em exerccio a concesso da licena.

    Art.165 - No ser concedida licena para tratar de interesses particulares, ao funcionrionomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exerccio.Art.166 - S poder ser concedida nova licena, depois de decorridos dois anos daterminao da anterior.Art.167 - O funcionrio poder a qualquer tempo, reassumir o exerccio, desistindo dalicena.Art.168 - A autoridade que houver concedido a licena, poder determinar que volte aoexerccio, sempre que exigir os interesses do servio pblico, o funcionrio licenciado.Pargrafo nico As razes da deciso devero constar de despacho fundamentado.

    Seo VIIILicena a funcionria casada com funcionrio ou militar

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    Art.169 - A funcionria casada com funcionrio do municpio, ou com militar, ter direitoa licena, sem vencimento ou remunerao, quando o marido for mandado servir,independentemente de solicitao, em outro ponto do municpio, do estado ou territrionacional ou no estrangeiro.Pargrafo nico A licena ser concedida mediante pedido devidamente instrudo evigorar pelo tempo que durar a comisso ou nova funo do marido.

    Captulo VIIIDas concesses

    Art.170 - Ao funcionrio poder ser concedido transporte, inclusive para as pessoas desua famlia, descontando-se em cinco prestaes mensais a despesa realizada.Art.171 - Poder ser concedido transporte famlia do funcionrio, quando este falecerfora de sua sede, no desempenho de servio.1- A mesma concesso poder ser feita famlia do funcionrio falecido no estrangeiro.2- S sero atendidos os pedidos de transporte formulados dentro do prazo de um ano, a

    partir da data em que houver falecido o funcionrio.Art.172 - Ao funcionrio que, no desempenho de suas atribuies comuns, pagar oureceber em moeda corrente, poder ser concedido um auxlio fixado em lei, paracompensar as diferenas de caixa.Pargrafo nico O auxlio no poder exceder a dez por cento do padro do vencimento.Art.173- As casas de propriedade do municpio, que no forem necessrias aos servios

    pblicos, podero ser cedidas por aluguel aos funcionrios, na forma que a lei determinar.Art.174 - Ao cnjuge, ou na falta deste, a pessoa que provar Ter feito despesas, emvirtude do falecimento do funcionrio, ser concedido, a ttulo de funeral, a importncia deum ms de vencimento ou remunerao.1- A despesa correr pela dotao prpria do cargo, no podendo por esse motivo onovo ocupante entrar em exerccio antes dos trinta dias.2 - O pagamento ser efetuado pela respectiva repartio pagadora no dia em que lhe forapresentado o atestado do bito pelo cnjuge e ou pessoa a cuja expensas houver efetuadoo funeral, ou procurador legalmente habilitado, feita a prova de identidade.Art. 175 - O funcionrio ter preferncia, para os filhos, nas vagas postas disposio dogoverno municipal pelos estabelecimentos de ensino subvencionados pela prefeitura.Pargrafo nico O filho do funcionrio perder direito ao curso gratuito se reprovado emexame de admisso ou em uma srie escolar.

    Art.177 - A lei regular as operaes, mediante o desconto de consignaes, novencimento, remunerao ou provento da inatividade.Art.178 - O vencimento, a remunerao ou o provento do funcionrio no podero sofreroutros descontos que no forem os obrigatrios e os autorizados ou previstos em lei.Art.179 - A concesso do abono de famlia institudo pelo art.165 da constituioestadual, ser regulada em lei especial.

    Captulo IXDa estabilidade

    Art.180 - O funcionrio nomeado em virtude de concurso, adquirir estabilidade depois

    de dois anos de efetivo exerccio.Pargrafo nico No adquiriro estabilidade, qualquer que seja o tempo de servio, ofuncionrio interino e o nomeado em comisso.

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    Art.181 - O funcionrio que houver adquirido estabelecimento s poder ser demitido emvirtude de sentena judiciria ou mediante processo administrativo em que lhe assegureampla defesa.1- A estabilidade no impedir a demisso do funcionrio faltoso, inapto ou incapaz.2- A estabilidade diz respeito ao servio pblico e no ao cargo, ressalvando-se administrao o direito de aproveitar o funcionrio em outros cargos, de acordo com as

    suas aptides e sem prejuzo nos vencimentos.Captulo XDa disponibilidade

    Art.182 - O funcionrio ser posto em disponibilidade quando o cargo for extinto por lei.Art. 183- A disponibilidade ser remunerada com vencimentos integrais se o funcionriofor estvel, at o seu obrigatrio aproveitamento em outro cargo de natureza e vencimentocompatveis com o que ocupava e com vencimentos proporcionais ao tempo de servio,no o sendo.Art.184 - O perodo relativo disponibilidade considerado como de exerccio para

    efeito de aposentadoria. Captulo XIDa aposentadoria

    Art.185 - O funcionrio ocupante de cargo de provimento efetivo, ser aposentadocompulsriamente:I - Quando atingir a idade de 70 anos ou outra, inferior, que ali estabelecer paradeterminados cargos ou carreiras, tendo em vista a natureza especial de suas atribuies.II Quando verificada a sua invalidez para o servio pblico.III Quando invalidez ou conseqncia de acidente ou agresso no provocada, noexerccio de suas atribuies ou de doena profissional.IV Quando atacado de tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira,lepra ou paralisia que o impea de se locomover.V Quando depois de haver gozado licena para tratamento de sade, pelo prazo mximoadmitido neste estatuto, for verificado no estar em condies de reassumir o exerccio docargo.Pargrafo nico A aposentadoria dependente de inspeo por junta mdica s serdecretada depois de verificada a impossibilidade da readaptao do funcionrio.Art.186 - Desde que o requeira ser aposentado o funcionrio que contar trinta anos deservio e a professora primria que contar vinte e cinco anos de efetivo exerccio no

    magistrio, ou 60 anos de idade.Art.187 - Poder ser aposentado nas condies que a lei determinar, o funcionrio quecontar trinta anos de servio.Art.188 - O provento da aposentadoria ser:I Igual ao vencimento ou remunerao da atividade, nos casos do art.185, itens III, IV eV, e art. 186.II Proporcional ao tempo de servio, na razo de um trinta avos por ano, sobre ovencimento ou remunerao da atividade, nos demais casos.1- A lei poder permitir a aposentadoria com provento igual ao vencimento ou

    remunerao da atividade, antes de trinta anos de efetivo exerccio para os funcionrios dedeterminados cargos e carreiras, tendo em vista a natureza especial de suas atribuies.

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    2- O provento da aposentadoria no poder ser superior ao vencimento ou remuneraoda atividade, nem inferior a um tero.Art.189 - As disposies relativas aposentadoria aplicam-se ao funcionrio emcomisso que contar mais de 15 anos de exerccio efetivo, ininterruptos em cargo de

    provimento dessa natureza, seja ou no de cargo de provimento efetivo.Art.190 - O funcionrio interino ou contratado no poder ser aposentado salvo os que

    tiverem adquirido estabilidade por fora de disposio constitucional.Art.191 - Durante o perodo do estgio probatrio, o funcionrio s ter direito aposentadoria nos casos dos itens III e IV do artigo 185.Art.192 - A aposentadoria dos casos dos itens III e IV do artigo 185 proceder sempre alicena para tratamento de sade.Art. 193 - O funcionrio dever aguardar em exerccio a inspeo de sade, salvo seestiver licenciado.Pargrafo nico Se a junta mdica declarar que o funcionrio se acha em condies deser aposentado, ser ele afastado do exerccio do cargo, a partir da data do respectivo

    laudo.Art.194 - O funcionrio que recusar a inspeo mdica, quando julgada necessria, serpunido com a pena de suspenso.Pargrafo nico A suspenso cessar, no dia que se realizar a inspeo.Art.195 - A aposentadoria produzir efeito a partir da publicao do respectivo decreto.Art.196 - Os proventos da inatividade sero revistos sempre que por motivo da alteraodo poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionrios ematividade.Art.197 - Sero incorporados ao vencimento ou remunerao, para efeito daaposentadoria:I Os adicionais por tempo de servio.II O abono de famlia.III Os adicionais a funcionrios chefes de famlia.Art.198 - vedada a acumulao remunerada:Pargrafo nico Essa proibio compreende:I A acumulao de cargos ou funes, bem como as de cargos e funes do municpiocom as da Unio, do Estado, ou outros municpios, e como as das entidades que exercemfuno delegada de poder pblico, ou so por este mantidas ou administradas.II A acumulao de disponibilidades e aposentadoria, bem como a de uma outra com

    cargo ou funo.Art.199 - No vedada a acumulao prevista no art.61, item 1, da Constituio Estaduale a de dois cargos de magistrio ou a de um deste com outro tcnico ou cientifico, contantoque haja correlao de materiais e compatibilidade de horrios.Art.200 - No se compreendem na proibio de acumular, desde que tenhamcorrespondncia com a funo principal:I Ajuda de custoII diriasIII quebras de caixa

    IV funo gratificada prevista em lei; eV gratificaesa- pelo exerccio em determinadas zonas ou locais;

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    b- pela execuo de trabalho de natureza especial, com risco da vida ou sade;c- pela prestao de servios extraordinrios;d- pela elaborao ou execuo de trabalho tcnico ou cientfico;e- a ttulo de representao, quando em servio ou estudo fora do municpio, ou quando

    designado pelo prefeito, para funo de sua confiana.Art.201 - ao funcionrio permitido, ainda, o recebimento de gratificaes fixadas em

    lei, por designao para rgo legal de deliberao coletiva e ajuda de custo pelo exercciode mandato eletivo municipal.Art.202 - vedado o exerccio gratuito de funo ou cargo remunerado.Art.203 - O funcionrio ocupante de cargo efetivo, aposentado ou em disponibilidade,

    poder ser nomeado para cargo em comisso, podendo, durante o exerccio deste cargo,receber o vencimento ou remunerao do cargo efetivo, ou o provento da inatividade,salvo se optar pelos mesmos.Art.204 - Poder tambm optar pelo vencimento ou remunerao do respectivo cargo, ou

    pelo provento da inatividade, o funcionrio ocupante de cargo efetivo, aposentado ou em

    disponibilidade, que por nomeao do Presidente da Repblica ou Governador do Estadoexercer outras funes de governo ou administrao.Art.205 - Ressalvando o disposto no artigo anterior, nenhum funcionrio ocupante decargo efetivo, aposentado ou em disponibilidade, poder exercer em comisso, outrocargo ou funo sem prvia ou expressa autorizao do prefeito.1- Se o cargo ou funo for de chefia ou direo, o funcionrio poder apenas, durante oexerccio do mesmo, o vencimento ou a remunerao, e se for aposentado ou emdisponibilidade, o respectivo provento.2- Se o cargo no for de chefia ou direo, o funcionrio perder o vencimento ou aremunerao, e se for aposentado ou disponibilidade, o respectivo provento, contando otempo apenas para efeito de disponibilidade ou aposentadoria.Art.206 - O funcionrio aposentado ou em disponibilidade, quando designado para rgolegal de deliberao coletiva, poder perceber a gratificao respectiva, alm do proventoda inatividade.Art.207 - Verificado, mediante processo administrativo, que o funcionrio, estacumulado, ser ele demitido de todos os cargos e funes e obrigado a restituir o queindevidamente houver recebido.1- Provada a boa f, o funcionrio ser mantido no cargo ou funo que exercer h maistempo.

    2- Em caso contrrio, o funcionrio demitido ficar ainda inabilitado, pelo prazo decinco anos para o exerccio de funo ou cargo pblico, inclusive em entidades queexercem funo delegada do poder pblico, ou no por este mantidas ou administradas.Art.208 - As autoridades civis e os chefes de servio, bem como os diretores ouresponsveis pelas entidades referidas no pargrafo 2, do artigo anterior, e os fiscais ourepresentantes dos poderes pblicos junto s mesmas, que tiverem conhecimento dequalquer dos seus subordinados ou qualquer empregado de empresa sujeita a fiscalizao,esteja exercendo acumulao proibida, faro a devida comunicao ao rgo competente

    para os devidos fins indicados no artigo anterior.

    Pargrafo nico Qualquer cidado poder denunciar a existncia de acumulao.

    Captulo XIII

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    Da assistncia aos funcionriosArt.209 - O governo municipal promover o bem estar dos funcionrios e o de suasfamlias, dando-lhes assistncia social, mdica e hospitalar na forma que a lei determinar.Art.210 - O governo municipal poder realizar operaes extraordinrias para pagamentode contas de farmcia e dentistas dos funcionrios, para desconto em folha, at doze

    prestaes, baixando para tal o necessrio regulamento.

    Captulo XIVDo direito de petioArt.211 - permitido ao funcionrio requerer ou representar, pedir reconsiderao erecorrer, desde que o faa dentro das normas de urbanidade e em termos.Art.212 - Caber recurso dos atos de deciso do prefeito para a Cmara Municipal.1- O recurso ser interposto no prazo de vinte dias, a contar da publicao, notificaoou cincia do ato decorrido, ou qualquer prova admissvel de direito.2-A Cmara Municipal decidir sobre o recurso no prazo de trinta (30) dias, aplicandoas disposies deste estatuto.

    3- A deciso ser imediatamente comunicada ao prefeito para que este lhe de execuo.Art.213 - O pedido de reconsiderao ser sempre dirigido autoridade que tiverexpedido o ato, proferido a deciso.1- A deciso do pedido de que trata este artigo ser proferida no prazo mximo de oitodias.2- No se admitir a renovao do pedido, salvo se contiver novos argumentos.3- A renovao, nas condies do pargrafo 2, no poder ser repetida, observando o

    prazo de deciso do pargrafo 1.Art.214 - Os pedidos de reconsiderao e os recursos no tem efeitos suspensivos, os queforem providos, porm daro lugar s ratificaes necessrias, retroagindo os seus efeitos data do ato inpugnado, desde que outra providncia no determine a autoridade quantoaos efeitos relativos ao passado.Art.215 - O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve a partir da data da

    publicao do ato impugnado, ou quando este for de natureza reservada, da data em quedele tiver conhecimento o funcionrio.1 Em cinco anos, quanto aos atos de que lhe decorreram a demisso, a aposentadoria oudisponibilidade do funcionrio.2 Em cento e vinte dias, nos demais casos.Pargrafo nico Os pedidos de reconsiderao e as representaes apresentados dentro

    dos prazos de que se trata este artigo, interrompem a prescrio, at duas vezes nomximo, determinando a contagem de novos prazos a partir da data em que houve a

    publicao oficial do despacho denegatrio ou restritivo.

    Ttulo IIIDos deveres e da ao disciplinar

    Captulo IDos deveres

    Art.216 - So deveres do funcionrio:

    I - Comparecer na repartio, s horas de trabalho ordinrias e s extraordinrias, quandoconvocado, executando os servios que lhe competirem.

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    II Cumprir as ordens dos superiores, representando quando forem manifestamenteilegais.III Desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido.IV Guardar sigilo sobre os assuntos da repartio e sobre despachos e decises ou

    providncias.V Representar aos seus chefes imediatos sobre todas as irregularidades de que tiver

    conhecimento e que ocorrerem na repartio em que servir, ou s autoridades superiores,por intermdio ou no dos respectivos chefes, quando estes no tomarem em consideraosuas representaes.VI Tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferncias pessoais.VII Freqentar cursos legalmente institudos, para aperfeioamento ou especializao.VIII Providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a suadeclarao de famlia.IX Manter esprito de cooperao e solidariedade com os companheiros de trabalho.X Manter em dia a coleo de leis, regulamentos, regimentos, instrues e ordens de

    servio, relativos ao desempenho de suas atribuies.XI Zelar pela economia do material do municpio, e pela conservao do que forconfiado sua guarda ou utilizao.XII Apresentar-se convenientemente trajado em servio ou com uniforme que fordeterminado para dado caso.XIII Apresentar relatrios ou resumos de suas atividades, nas hipteses e prazos

    previstos em lei, regulamento ou regimento.XIV Atender prontamente, com preferncia sobre qualquer outro servio, as requisiesde papis, documentos, informaes ou providncias que lhe forem feitas, pelasautoridades judiciais para defesa do municpio em juzo.XV Sugerir providncias tendentes melhoria dos servios.Art.217 - Ao funcionrio proibido:I Retirar-se sem prvia permisso da autoridade competente.II Entreter-se durante as horas de trabalho, palestras, leituras com outras atividadesestranhas ao servioIII Atender as pessoas na repartio, para tratar de assuntos particulares.IV Promover manifestaes de apreo, ou desapreo dentro da repartio, ou tornar-sesolidrio com elas.V Exercer comrcio entre os companheiros de servio, promover ou subscrever listas de

    donativos, dentro da repartio.VI Deixar de representar sobre ato cujo cumprimento lhe caiba, quando manifestar suailegalidade.VII Empregar material do servio pblico em servio particular.Art.218 - ainda proibido ao funcionrio:I Fazer contratos de natureza comercial e industrial com o governo, por si ou comorepresentante de outrem.II Requerer ou promover a concesso de privilgios, garantias de juros ou outros favoressemelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilgio de inveno prprio.

    III Exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou funo em empresas,estabelecimentos ou instituies que tenham relao com o municpio, em matria que serelacione com a finalidade da repartio ou servio em que esteja lotado.

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    IV Aceitar representao do Estado Estrangeiro.V Incitar greves ou praticar atos de sabotagem contra o regime ou o servio pblico.VI Praticar a usura.VII Constituir-se procurador de partes ou servir de intermedirio perante qualquerrepartio pblica, exceto quando se tratar de interesse de parente at segundo grau.VIII Receber estipndios de firmas, fornecedores ou de entidades fiscalizadas, no pas ou

    no estrangeiro, mesmo quando estiver em misso referente a compra de material oufiscalizao de qualquer natureza.IX Valer-se de sua qualidade de funcionrio para desempenhar atividade estranha sfunes ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito.

    Captulo IIDas responsabilidades

    Art.219 - O funcionrio responsvel por todos os prejuzos que causar fazendamunicipal, por dolo, ignorncia, frouxido, indolncia, negligncia ou omisso.

    Pargrafo nico Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:I Pela sonegao de valores e objetos confiados sua guarda ou responsabilidade, ou porno prestar contas, ou por no as tomar na forma e no prazo estabelecido nas leis,regulamentos, regimentos, instrues e ordens de servio.II Pelas faltas, danos, avarias e quaisquer prejuzos que sofrerem os bens e materiais sobsua guarda, ou sujeitos ao seu exame ou fiscalizao.III Pela falta, ou exatido das necessrias averbaes nas notas de despacho, guias eoutros documentos de receita ou tenham com elas relao.IV Por qualquer erro de clculo ou reduo contra a fazenda municipal.Art.220 - Nos casos de indenizao fazenda municipal, o funcionrio ser obrigado arepor de uma s vez a importncia do prejuzo causado, em virtude do alcance, desfalque,remisso ou omisso em efetuar recolhimento ou entradas dos prazos legais.Art.221 - Fora dos casos includos no artigo anterior, a importncia da indenizao

    poder ser descontada do vencimento ou remunerao, no excedendo o desconto, aQuinta parte de sua importncia liqida.Pargrafo nico No caso do item IV do pargrafo nico do artigo 219, no tendo havidom f, ser aplicada a pena de repreenso, e, na reincidncia a de suspenso.Art.222 - Ser igualmente responsabilizado, o funcionrio que fora dos casosexpressamente previstos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas

    estranhas s reparties, o desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seussubordinados.Art.223 - A responsabilidade administrativa no exime o funcionrio de responsabilidadecivil ou criminal, que no caso couber, nem o pagamento da indenizao a que forobrigado, na forma dos artigos 220 e 221, o exime da pena disciplinar em que incorrer.Art.224 - Nos casos de alcance, extravios de dinheiro pblico, aplicam-se aosfuncionrios municipais as disposies relativas aos exatores estaduais, constantes da lei.

    Captulo III

    Das penalidadesArt.225 - So penalidades disciplinares:I - advertncia

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    II RepreensoIII SuspensoIV MultaV Destituio da funoVI DemissoVII Demisso a bem do servio pblico.

    Art.226 - A pena de advertncia, ser aplicada verbalmente, em caso de negligncia.Art.227 - A pena de repreenso ser aplicada por escrito, nos casos de desobedincia oufalta de cumprimento dos deveres.Art.228 - Havendo dolo ou m f, a falta de cumprimento de deveres ser punida com a

    pena de suspenso.Pargrafo nico Esta penalidade, que no exceder de noventa (90) dias, aplica-seigualmente violao das proibidades consignadas neste estatuto, bem como areincidncia em falta j punida com a repreenso.Art.229 - O funcionrio suspenso perder durante o perodo da suspenso todas as

    vantagens e direitos decorrentes do exerccio do cargo.Pargrafo nico Quando houver convenincia para o servio, a pena de suspensopoder ser convertida em multa, obrigando-se neste caso, o funcionrio a permanecer emexerccio, com direito apenas metade do seu vencimento ou remunerao.Art.230 - A pena de multa ser aplicada na forma e nos casos expressamente previstos emlei ou regulamentos.Art. 231 - A destituio de funo far-se-:I Quando se verificar a falta de exao no seu desempenho.II Quando se verificar, que por negligncia ou benevolncia, o funcionrio contribuiu

    para que no se apurasse, no devido tempo, a falta de outrem.Art.232 - Ser aplicada a pena de demisso nos casos de:I Abandono do cargoII Abandono de funo, se o ato de designao e o ato houver sido do prefeito.III Procedimento irregular, considerando-se como tal, que se caracteriza pela suacontinuidade e o oposto justia ou lei e contrrio aos princpios da moral com que sedeva conduzir o funcionrio no exerccio ou no da funo.IV Aplicao indevida de dinheiro pblicoV Ausncia a servio, sem causa justificada, por mais de sessenta dias, interpeladamentedurante o ano.

    1- Considerar-se- abandono do cargo o no comparecimento do funcionrio, por maisde trinta dias consecutivos, na forma do artigo 42.2- A pena de demisso por ineficincia ou falta de aptido para o servio, s seraplicada quando verificada comprovadamente, a impossibilidade da readaptao.Art.233 - Ser aplicada a pena de demisso a bem do servio pblico ao funcionrio que:I Praticar crimes contra a boa ordem da administrao pblica, a f pblica e a fazendamunicipal, ou, previstos nas leis relativas segurana e defesa nacional.II Revelar segredos de que tenha conhecimento, em razo do cargo ou funo, desde queo faa dolosamente e com prejuzo para o municpio, ou a particulares.

    III Praticar insubordinao graveIV Praticar em servio, ofensas fsicas contra funcionrios ou particulares, salvo se emlegtima defesa.

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    V Lesar os cofres pblicos ou delapidar o patrimnio municipal.VI Receber ou solicitar propinas, comisses, presentes ou vantagens de qualquerespcie.VII Pedir, por emprstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem deinteresses ou tenham na repartio ou estejam sujeitas sua fiscalizao.VIII Exercer advocacia administrativa.

    Art.234 - O ato que demitir o funcionrio mencionar sempre disposio legal em que seufundamento.Pargrafo nico Uma vez submetido a processo administrativo, o funcionrio s poderser exonerado a pedido, depois da concluso do processo e de reconhecido sua inocncia.Art.235 - primeira infrao, e de acordo com a sua natureza, poder ser aplicadaqualquer das penas do art. 225.Pargrafo nico A aplicao da pena corresponder gravidade da falta, considerando-se as circunstncias atenuantes ou agravantes que se verificarem.Art.236 - Para aplicao das penas do art. 225, so competentes:

    I O prefeito em qualquer casoII Os chefes de repartio ou de servio, nos casos de advertncia e repreenso.Pargrafo nico A pena de repreenso quando aplicada pelo chefe de repartio ouservio, para ser anotada nos assentamentos do funcionrio depender de prvia aprovaodo prefeito.Art.237 - O funcionrio que sem justa causa deixar de atender qualquer exigncia paracujo cumprimento seja marcado certo, ser suspenso o pagamento de seu vencimento ouremunerao at que satisfaa a exigncia.Art.238 - Devero constar do assentamento individual todas as penas impostas aofuncionrio, inclusive as decorrentes da falta de comparecimento s sesses do jri paraque se for sorteado.Pargrafo nico Alm da pena judicial que couber, sero considerados como desuspenso os dias em que o funcionrio deixar de atender as convocaes do juiz.Art.239 - Ser cassada, por decreto do prefeito a aposentadoria ou disponibilidade, seficar provado que o aposentado ou o funcionrio em disponibilidade:I Praticar ato que o torne incurso nas leis relativas segurana nacional ou defesa doestado.II Praticar quando em atividade qualquer dos atos para os quais cominada nesteestatuto a pena de demisso a bem do servio pblico.

    III Foi condenado por crime, cuja pena importaria m demisso se estivesse na ativa.IV Exerceu ilegalmente cargo ou funo pblica, desde que provado o dolo ou m f.V Aceitou representao de estado estrangeiro sem prvia autorizao do prefeito.VI Praticou usuraVII Exerceu a advocacia administrativa.Pargrafo nico Nas hipteses previstas neste artigo, ao ato de cassao da aposentadoriaou da disponibilidade, seguir-se- o de demisso a bem do servio pblico.

    Captulo IV

    Dos processos administrativos

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    Art.240 - A autoridade que tiver cincia ou notcia da ocorrncia de irregularidades noservio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata, por meios sumrios oumediante processo administrativo.Pargrafo nico O processo administrativo proceder sempre demisso do funcionrio.Art.241 - Compete ao prefeito determinar a instaurao do processo administrativo.Art.242 - O processo administrativo ser dirigido e orientado por uma comisso

    designada pelo prefeito e composta de trs funcionrios, sendo possvel, ou, naimpossibilidade, de trs pessoas idneas, com capacidade para o desempenho daquelasatribuies.1- O prefeito indicar, no ato de designao um dos membros para dirigir como

    presidente os trabalhos da comisso.2- O presidente da comisso designar um dos membros para secretaria-l.Art.243 - O processo administrativo dever ser indiciado dentro do prazo, improrrogvelde trs dias contados da data de designao dos membros da comisso e concludo no desessenta dias, tambm improrrogveis a contar da data de seu incio.

    Art.244 - A comisso proceder a todas as diligncias que julgar convenientes, ouvindo,quando necessrio a opinio de tcnicos ou peritos.Art.245 - Instaurado o processo administrativo, notificar-se- o funcionrio indicado paraacompanhar o desenvolvimento do processo.Art.246 - Ultimado o processo administrativo a comisso mandar, dentro de quarenta eoito horas, citar o acusado para o prazo de dez dias, apresentar defesa escrita.Pargrafo nico Achando-se o acusado em lugar incerto, a citao ser feita por edital

    publicado no rgo oficial do estado, por duas vezes consecutivas com intervalo de oitodias. Neste caso o prazo de dez dias para a apresentao da defesa sero contados da datada ltima publicao do edital.Art.247 - No caso de revelia, ser designado ex-ofcio pelo presidente da comisso, umfuncionrio para incumbir da defesa.Art.248 - Esgotado o prazo referido no art. 245, a comisso apreciar a defesa produzidae, ento, apresentar o seu relatrio dentro do prazo de dez dias.1- Neste relatrio, a comisso apreciar em relao a cada indiciado separadamente, asirregularidades de que forem acusados, as provas colhidas no inqurito, as razes dedefesa, propondo ento justificadamente a absolvio ou a punio e indicando, nestecaso, a pena que couber.2- Dever tambm a comisso em relatrio sugerir quaisquer outras providncias que

    lhe paream de interesse do servio pblico.Art.249 - Apresentado o relatrio, a comisso ficar disposio da autoridade quehouver mandado instaurar o inqurito, para prestao de qualquer esclarecimento julgadonecessrio, dissolvendo-se dez dias aps a data em que for proferido o julgamento.Pargrafo nico Se o processo no for julgado no prazo indicado neste artigo, oindiciado reassumir, automaticamente o exerccio de seu cargo ou funo, e guardar emexerccio o julgamento, salvo o caso de priso administrativa que ainda perdure.Art.250 - Entregue ao prefeito, o relatrio da comisso, acompanhado do processo, essaautoridade dever proferir o julgamento dentro do prazo improrrogvel de vinte dias.

    Art.251 - O prefeito mandar publicar na imprensa local ou por edital, dentro do prazo deoito dias, a deciso que proferir e promover ainda a expedio dos atos decorrentes do

    julgamento e as providncias necessrias a sua execuo.

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    Art.262 - O rgo de pessoal fornecer gratuitamente ao funcionrio uma caderneta deque constaro os elementos de sua identificao e onde se registraro os atos e fatos de suavida funcional.Art.263 - Considerar-se-o da famlia do funcionrio, desde que vivam s expensas econstem do seu assentamento individual:I O cnjuge

    II As filhas, enteadas, sobrinhas, irms solteiras ou vivasIII Os filhos, enteados, sobrinhos e irmos menores e incapazesIV Os paisV Os netosVI Os avsArt.264 - Os prazos previstos neste estatuto sero tomados contados por dias corridos, naforma da lei civil.Art.265 - vedado ao funcionrio exercer atribuies diversas das inerentes carreira aque pertencer ou do cargo isolado que ocupar, ressalvadas as funes de chefia e os casos

    previstos em lei.Art.266 - O provimento nos cargos ou transferncia, substituio e frias dos membros domagistrio municipal, continuam a ser regulados pelas respectivas leis especiais, aplicadassubsidiariamente s disposies deste estatuto.Art.267 - Nenhum tributo municipal gravar vencimento, remunerao ou gratificao dofuncionrio e o salrio do extranumerrio, bem como os atos ou ttulos referentes a suavida conjugal.1- Os proventos de disponibilidade e da aposentadoria no podero igualmente sofrerqualquer desconto por cobrana de tributo municipal.2- A iseno no compreende os requerimentos e as certides fornecidas para quaisqueroutros fins.Art.268 - Ao prefeito e ao chefe imediato do funcionrio cabe mandar riscar arequerimento do interessado, as injrias ou calnias irrogadas em informaes, pareceresou quaisquer outros de natureza administrativa.Art.269 - Salvo, caso expressamente previsto na Segunda parte da alnea b do artigo 93e do pargrafo 2 do art.137, e aqueles que a lei determinar, no ser contado em nenhumahiptese tempo em dobro.Art.270 - O chefe de repartio ou servio independente de qualquer despacho e sob penade responsabilidade, fornecero, mediante o pagamento dos respectivos emolumentos os

    casos expressos em que o interesse pblico imponha sigilo.Art.271 - Os atuais funcionrios, nomeados ou contratados sem concurso anteriormente vigncia desta lei, so considerados estveis desde que contem, pelo menos dois anos deefetivo exerccio no servio pblico do municpio.Art.272 - So considerados estveis a partir da promulgao da Constituio estadual osservidores do municpio que tenham participado das Foras Expedicionrias Brasileiras.Art.273 - Os funcionrios interinos e os contratados, que a data da promulgao desta lei,contarem pelo menos dois anos de exerccio so considerados efetivos nos respectivoscargos. Os extranumerrios que data da promulgao desta lei exerciam funes de

    carter permanente h mais de dois anos em virtude de concurso e ou prova de habilitaoso considerados equiparados aos funcionrios para efeito de estabilidade, licena,disponibilidade e frias.

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    Art.274 - So considerados estveis os funcionrios contratados que, data dapromulgao desta lei, contem mais de dois anos de efetivo exerccio.Art.275 - Enquanto no regulado em lei especial os seus direitos e deveres, aplicam-seaos extranumerrios municipais as disposies deste estatuto referentes fiana,transferncia, readaptao, remoo, permuta, readmisso, reverso, gratificao, diria,ajuda de custo, frias, licenas, concesses, aposentadoria, deveres, responsabilidade,

    priso e suspenso preventiva.Art.276 - Nos casos omissos deste estatuto, sero aplicadas subsidiariamente, asdisposies do Estatuto dos Funcionrio Pblicos Civis do Estado de Minas Gerais e doEstatuto dos Funcionrios Pblicos Civis da Unio.Art.277 - Revogadas as disposies em contrrio, entrando esta lei Estatutria em vigorna data de sua publicao.Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execuo da presente lei

    pertencer que a cumpram e a faam cumprir to inteiramente como nela se contm.

    Prefeitura Municipal de Piau, 20 de Fevereiro de 1956.

    Assinado: Jos Maria Csar de Castroo) Prefeito Municipal