lei de ordenamento territorial - prefeitura de joinville · devam ser protegidas e/ou requeiram um...

24
Lei de Ordenamento Territorial

Upload: dinhtu

Post on 03-Dec-2018

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Lei de Ordenamento Territorial

2

3

ApresentAção

Ao planejar a ocupação do território de Joinville, a Fundação IPPUJ propôs o que entendia ser o mais adequado para cada área da cidade, levando em con-sideração a infraestrutura existente, a infraestrurtura planejada, as restrições ambientais, a paisagem urba-na e as áreas de interesse cultural. Foram consideradas as particularidades de cada parte da cidade para en-tão elaborar a minuta da Lei de Ordenamento Territo-rial. Esta minuta, carinhosamente chamada de LOT, foi encaminhada para apreciação do Conselho da Cidade que é formado por representantes da sociedade e do poder público, que, após diversas reuniões, sugeriu inclusões, supressões e adequações ao texto original. Este texto, com as sugestões do Conselho, encontra--se agora a disposição da sociedade joinvilense para apreciação, e, por que não, novas sugestões antes do seu encaminhamento para a Câmara de Vereadores, onde será, após aprovação dos vereadores e sanção do Prefeito, transformado em Lei. Esta cartilha tem, portanto, o objetivo de trazer para os joinvilenses, um resumo e esclarecimentos dos principais pontos inse-ridos na LOT, permitindo a cada morador a possibili-dade de opinar sobre esta lei, que, de alguma forma irá interferir no nosso dia a dia.

4

O que é a LOT?É a Lei de Ordenamento Territorial, instrumento proposto pelo Plano Diretor de Joinville. O Plano Diretor foi aprovado em 2008, através da Lei Complementar 261/08.

A função da LOT é regulamentar o parcelamento, uso e ocupação do solo.

Parcelamentoloteamentos, desmembramentos, etc.

Ocupação casas, prédios, galpões

Uso residencial, comercial, serviços, industrial e comercial

* Em algum momento, esta Lei vai impactar na sua vida.

5

O que foi considerado na LOT?Foram consideradas as diretrizes definidas no Plano Diretor de Joinville.

Entre elas, podemos destacar:

1. Promover o emprego próximo à residência2. Incentivar núcleos rurais3. Controlar o perímetro urbano4. Incentivar a localização das transportadoras

próximo às rodovias5. Promover o adensamento populacional próximo

aos corredores de transporte coletivo

* As diretrizes do Plano Diretor foram aprovadas em discussões que envolveram mais de 3.000 munícipes.

* Cabe a todos nós verificar se o que está proposto na LOT atende às diretrizes do Plano Diretor.

6

Como a LOT está dividida?A LOT está dividida em quatro partes:

1. Divisão Territorial (zoneamento)2. Parcelamento do Solo (loteamentos e condomínios)3. Uso do Solo4. Ocupação do Solo

* O Município de Joinville já definiu o que é área rural ou urbana através da Lei 318/2010.

Zona RuralZona Urbana

7

A Área Rural está dividida em:

Área Rural de Proteção do Ambiente Natural (ARPA)São áreas com vocação à proteção ambiental.

Área Rural de Utilização Controlada (ARUC)São áreas com vocação agropecuária.

ARPA

ARUC

8

A Área Urbana está dividida em:Área de Adensamento Prioritário Secundário controlado eSPecial

área de Proteção ambientalSão áreas consideradas reservas ambientais e paisagísticas, com destaque para os morros da boa Vista e do Iririú.

9

As Áreas Urbanas ainda se dividem em setores especiais:

de Interesse CUltUrAláreas ou imóveis de interesse do patrimônio cultural da cidade, inclusive as áreas do seu entorno paisagístico e que necessitam de políticas específicas para efetiva proteção, recuperação e manutenção.

de Interesse PúblICoáreas destinadas aos equipamentos públicos urbanos de educação, desenvolvimento tecnológico e inovador, lazer, cultura, saúde, terminais de transporte coletivo, assistência social, administração e serviço público.

de Interesse edUCACIonAláreas destinadas aos equipamentos de educação superior e desenvolvimento tecnológico.

de ConservAção de Morrosáreas situadas a partir da isoípsa de 40m que, pela sua situação e atributos naturais, devam ser protegidas e/ou requeiram um regime de ocupação especialmente adaptado a cada caso, podendo constituir Unidades de Conservação.

ConservAção de vÁrzeAsáreas que, pela sua situação e atributos naturais, devam ser protegidas e/ou requeiram um regime de ocupação especialmente adaptado a cada caso, podendo constituir Unidades de Conservação.

de Interesse IndUstrIAláreas contidas dentro da Macrozona Urbana, constituídas por áreas destinadas à instalação de atividades vinculadas aos setores terciário e secundário.

de Interesse soCIAl áreas contidas dentro das Macrozona Urbanas, constituídas por porções do território destinadas prioritariamente à regularização fundiária, urbanização e à produção e manutenção de Habitação de Interesse Social, bem como à produção de Loteamentos de Interesse Social.

10

Faixas ViáriasFaixas onde se concentram os usos comerciais e de serviços, caracterizando-se como eixos comerciais ao longo das principais vias públicas, destinadas ao adensamento habitacional e populacional.

Faixas RodoviáriasVias estaduais e federais, destinadas à contenção da intensiva ocupação de caráter residencial e à localização preferencial de usos compatíveis com a atividade rodoviária, de forma a atenuar seu impacto sobre a malha urbana.

FAIXAVIÁRIA

100m 100m

11

O que é o Parcelamento do Solo?Quando transformamos uma área em área urbana, primeiramente temos que fracionar grandes glebas em terrenos menores, através do Parcelamento do Solo. No caso de Joinville, poderemos utilizar os seguintes tipos de parcelamento:

ArruamentoAbertura de rua realizada por interesse do Poder Público Municipal, em terreno público ou privado, sem necessidade de doação de área para equipamentos públicos.

Loteamentoé a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes e áreas destinadas a uso público.

Desmembramento A subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

Desdobro ou Fracionamentoredimensionamento do tamanho dos lotes que foram criados dentro de uma determinada gleba, sem alterar a quantidade de lotes.

Remembramento unificação física e jurídica de dois ou mais lotes ou incorporação de partes de lotes a lote existente.

Reparcelamentoreconfiguração dos lotes criados em uma determinada gleba, podendo haver alteração do tamanho e quantidade de lotes.

* O arruamento, o desdobro e o reparcelamento são formas novas de parcelar o solo em Joinville.

12

Os lotes, em grande parte de Joinville, terão frente mínima de 10m e área mínima de 240m2.

Nas áreas de Interesse Ambiental, a frente mínima será de 50m e a área mínima será de 5.000m2.

* Nas Faixas Viárias, a área mínima será de 600m2, e a frente mínima será de 30m.

* Nas Faixas Rodoviárias e nos Setores de Interesse Industrial, a área mínima será de 1.250m2, e a frente mínima será de 50m.

13

O loteador terá que atender alguns requisitos para aprovar o seu parcelamento. Ele não poderá lotear em área:

• Alagadiça ou sujeita a inundação• Contaminada• Com fortes inclinações• Sujeita a deslizamento de encosta• Unidades de Conservação da Natureza • de Manutenção de Floresta

Ele terá que destinar áreas para equipamentos públicos. Em geral, 10% da área será destinada aos equipamentos acima.

Escola crEchE Praça

14

O empreendedor terá também que prover o loteamento de infraestrutura básica:

• Pavimentação• Rede de água e esgoto• Rede de drenagem pluvial• Rede de água potável• Iluminação pública• Arborização• Passeios (calçadas)• Sinalização de trânsito (básica)• Identificação dos logradouros

rede esgoto

identifcação dos logradouros

arboriZação

PavimentaçãoPasseiosiluminaçãoPÚblica

sinaliZaçãode trÂnsito

coleta águas Pluviais

rede de água Potável

15

O que é Uso do Solo?É a classificação que as edificações assumem na cidade. Em Joinville teremos:

• Uso residencial• Uso comercial• Uso de prestação de serviços• Uso industrial• Uso agrosilvopastoril

O uso residencial pode ser unifamiliar ou multifamiliar, e só não será permitido nas Faixas Rodoviárias Federal e Estadual, e em grande parte dos Setores Especiais de Interesse Industrial.

16

O Uso ComerCial será dividido em pequeno, médio e grande porte.

Comércios de pequeno porte serão permitidos em quase toda a cidade.

Os comércios de médio e grande porte ficarão limitados às Faixas Viárias e aos Setores de Adensamento Prioritário.

O uso comercial ainda estará dividido em comércio varejista e comércio atacadista.

O comércio atacadista de médio e grande porte terá que apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança para poder se instalar em algumas áreas da cidade.

O Prestador de serviço também estará dividido em pequeno, médio e grande porte.

O Prestador de Serviço de pequeno porte poderá se instalar em praticamente toda a cidade.

A grande restrição ao prestador de serviço ficará para as empresas de logística (transportadoras). Estas serão incentivadas a se localizar próximo às Rodovias.

O uso agrosilvoPastoril (agricultura, extrativismo vegetal e pecuária) será permitido na Área Rural, e proibido na Área Urbana, salvo algumas exceções (cultivo de flores, criação de peixes ornamentais).

17

O uso industrial ganhará novas áreas exclusivas, como o distrito industrial da Zona sul.

A indústria que demonstrar ser de baixo impacto ambiental, poderá instalar-se em boa parte da cidade.

Com as mudanças, algumas empresas já existentes podem ficar em setor proibido. Neste caso, como já está instalada, passa a ser considerada empresa de uso tolerado, e pode continuar as suas atividades no mesmo local.

Para evitar dúvidas quanto ao enquadramento da empresa, a Prefeitura usará o Código CNAE, que é a Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Fiscais.

ITINGA

SANTA CATARINA

PETROPOLISNOVA BRASILIA JOAO COSTA

BOEHMERWALD PARQUE GUARANI

PROFIPO

FLORESTA

ITAUM ITAUM

O que é a Ocupação do Solo?É a forma como se constrói no lote. A LOT cria dispositivos para a ocupação do lote, tais como:

1. Coeficiente de Aproveitamento do Lote (CAL)2. Gabarito3. Taxa de Ocupação4. Embasamento5. Recuo frontal e Afastamentos Laterais6. Taxa de Permeabilidade7. Vagas mínimas de garagem

GABARITOO Gabarito é a altura máxima permitida para a edificação.

O gabarito deixa de ser medido em número de pavimentos, e passa a ser medido em metros de altura.

A altura máxima na cidade passará a ser de 45m, podendo chegar a 67,5m através da Outorga Onerosa ou da Transferência do Direito de Construir.

Outorga Onerosa ou Transferência do Direito de Construir são instrumentos novos, que permitem ao proprietário do lote comprar o direito de construir uma determinada área, ou altura a mais, em seu lote.

CAL O Coeficiente de Aproveitamento do Lote é quantas vezes a área do lote poderá ser construída. O maior coeficiente permitido é “4” e pode chegar a “6” através da Outorga Onerosa ou da Transferência do Direito de Construir.

OUTORGA ONEROSA

45m

18

19

TAXA DE OCUPAÇÃOÉ a relação entre a projeção horizontal máxima da edificação e a área total do terreno. Em geral, ela será de 60% em Joinville.

EMBASAMENTOBase da edificação, construída sobre parte das divisas laterais e de fundos. Será permitido nos Setores de Adensamento Prioritário e nas Faixas Viárias, e pode chegar a 9m de altura.

RECUO FRONTALEm geral, deverá garantir uma distância mínima de 5m, e respeitar o ângulo máximo de 76º em relação ao eixo da via existente.

* No Setor Especial de Interesse Cultural (Centro Histórico), desde que faça uso comercial, ou de prestação de serviço, poderá ser ocupado a partir do alinhamento do terreno.

AFASTAMENTOS LATERAIS E DE FUNDOSNão poderá ser inferior a um sexto da altura da edificação (h/6), acrescido de 50cm, garantida uma distância mínima de 1,5m.

âNgULO MáXIMO: 76º

RECUO FRONTAL: 5m

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

20

TAXA DE PERMEABILIDADEÉ a área do lote que deverá ser deixada livre de pavimentação ou construção. Ela serve para absorver a água da chuva. Em toda cidade deverá ser deixado, no mínimo, 20% de área permeável no terreno.

VAGAS DE GARAGEMSerá exigido, no mínimo, uma vaga de garagem para cada unidade habitacional.

A reserva de área para uso comercial, prestador de serviço ou industrial será facultativa.

Serão exigidas 4 vagas para bicicletas para cada 25m2 de área edificada.

20% do terrenopermite a infiltraçãode água no solo

21

Águas correntes: são os rios, riachos e canais.

Águas dormentes: são os lagos, lagoas e represas.

Altura da edificação: distância vertical, medida em metros, entre a referência de nível da edificação (RN) e o nível correspondente à laje de cobertura ou similar do último pavimento habitável, desconsideradas as alturas do coroamento e da acomodação de telhado.

Área alagadiça: áreas que ficam temporariamente encharcadas, independentemente de estarem localizadas nas faixas de inundação dos cursos d’água, devido às características de má drenagem dos solos e baixa declividade dos terrenos.

Área contaminada ou suspeita de contaminação por material nocivo ao meio ambiente ou à saúde pública: área definida pelo órgão ambiental municipal, onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural.

Áreas de lazer e recreação e espaços livres para uso público: São áreas destinadas para atividades prazerosas, sejam elas de natureza física ou mental, podendo ser públicas ou de uso comum condominial; quando públicas, destinadas a implantação de praças de esportes, parques ou similares e, quando de uso comum, destinadas a implantação de salão de festas, playground, quadras de esportes ou similares.

Área destinada a uso público: áreas referentes ao sistema de circulação, à implantação de equipamentos públicos, à manutenção de áreas de lazer e recreação e espaços livres para uso público e à implantação dos demais tipos de logradouros públicos.

Área destinada a uso comum dos condôminos: áreas referentes ao sistema de circulação interna e às demais áreas integrantes de condomínios não definidas como unidades autônomas.

Área sujeita a inundação: áreas atingidas pelo extravasamento do leito dos cursos d’água em épocas de cheias.

Área Total Edificada (ATE): é o somatório de todas as áreas construídas.

Área urbana: parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro urbano conforme definido na Lei Complementar nº 318/10 e suas alterações.

Área Verde: são áreas caracterizadas pela continuidade e predominância de cobertura vegetal natural ou artificial, pré-existentes ou não, excluídas as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as de Reserva Legal definidas em lei, vocacionadas ou não para o lazer e a recreação.

Arruamento: Abertura de rua realizada por interesse do Poder Público Municipal, em terreno público ou privado, sem necessidade de doação de área para equipamentos públicos.

Atividade comercial e/ou de prestação de serviços de pequena interferência urbanística: atividades comerciais/prestação de serviços com Área Total Edificada (ATE) inferior a 500m2 .

Atividade comercial e/ou de prestação de serviços de média interferência urbanística: atividades comerciais/prestação de serviços com área total edificada igual ou superior a 500m2 e inferior a 5.000m2.

Atividade comercial e/ou de prestação de serviços de grande interferência urbanística: atividades comerciais/prestação de serviços com Área Total Edificada (ATE) igual ou superior a 5.000m2.

Atividade econômica: atividades urbanas e rurais denominadas e divididas em agrosilvopastoril, comercial, prestação de serviço e industrial, podendo ainda estar subdivididos quanto às suas características peculiares, considerando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas e Fiscal – CNAE, da Comissão Nacional de Classificação – CONCLA. Atividade industrial de grande interferência urbanística: atividade industrial com Área Total Edificada (ATE) igual ou superior a 5.000m2.

Atividade com interferência ambiental: atividade econômica que tem potencial de causar incômodo e

impacto significativo ao ambiente, à estrutura e à infraestrutura urbana, definida através da Resolução do CONSEMA no 003/2008 ou aquela que vier substituí-la.

Atividade com interferência ambiental de baixo impacto: atividade econômica que não causa incômodo nem impacto significativo ao ambiente, à estrutura e à infraestrutura urbana, definida através da Resolução do CONSEMA no 003/2008 ou aquela que vier substituí-la.

Autoridade licenciadora: órgão do Poder Público responsável pelas concessões das licenças.

Base do morro ou montanha: plano horizontal definido por planície ou superfície de lençol d´água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota da depressão mais baixa ao seu redor.

Circulação de acesso coberto à edificação: São as áreas cobertas, vazadas nas laterais, que interligam o acesso do lote/terreno à edificação.

Comissão de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo: comissão criada por Decreto municipal, cuja função principal é dirimir dúvidas e definir diretrizes referentes ao parcelamento, uso e ocupação do solo.

Comissão de Avaliação Imobiliária: comissão criada por Decreto Municipal, cuja função é o levantamento de dados visando a avaliação de imóveis e atualização do Cadastro Técnico Municipal. Condomínio horizontal de pequeno porte: condomínio com edificações de até 9 metros de altura, com no máximo 30 unidades autônomas, cuja área, após a exclusão das áreas de preservação permanente e reserva legal, é inferior a 10.000m2.

Condomínio integrado à edificação: condomínio em que a construção das edificações nas unidades autônomas é feita pelo empreendedor, concomitantemente à implantação das obras de urbanização.

Condomínio vertical de pequeno porte: condomínio com edificações acima de 9m (nove metros) de altura, com no máximo 100 (cem) unidades autônomas, caracterizado como conjunto de edificações coletivas verticais cuja área, após a exclusão das áreas de preservação permanente e reserva legal, é inferior a 5.000m2.

GlOSSÁrIO

22

Consulta Prévia: documento pelo qual o Poder Executivo Municipal informa quais são requisitos e diretrizes ambientais e urbanísticas que deverão ser atendidas para a apresentação de um projeto de parcelamento do solo, de implantação de condomínio, ou de implantação, ampliação ou reforma de uma edificação.

Cota de inundações: cota historicamente livre de inundações, definida pelo órgão responsável pelo sistema de manejo das águas pluviais do Município de Joinville.

Desdobro ou Fracionamento: redimensionamento do tamanho dos lotes que foram criados dentro de uma determinada gleba, sem alterar a quantidade de lotes.

Desmembramento: a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

Empreendedor: é o proprietário ou possuidor ou representante legal do imóvel e que responderá pela implantação, alteração, ampliação ou manutenção do parcelamento do solo ou em caso de edificação pela construção, reforma ou ampliação da obra pública ou privada.

Equipamentos Comunitários: Equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares.

Equipamentos Urbanos: Equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgoto, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede de comunicação e telefonia e abastecimento de gás canalizado.

Faixa não edificável: faixa de terreno onde, por disposição legal, é proibido edificar.

Fração ideal: índice da participação abstrata e indivisa de cada condômino nas coisas comuns do condomínio, expresso em forma decimal, ordinária ou percentual.

Fragilidade ambiental: são regiões que, por suas características, são particularmente sensíveis aos impactos ambientais adversos, de baixa resiliência e pouca capacidade de recuperação.

Gleba: imóvel que ainda não foi objeto de parcelamento do solo para fins urbanos.

Isoípsa: é a linha que, em um mapa topográfico, une os pontos que apresentam a mesma altitude.

Infraestrutura básica: conjunto das redes de abastecimento de água potável, de disposição de esgoto sanitário, de distribuição de energia elétrica, de iluminação pública e manejo de águas pluviais, somados à pavimentação dos passeios e faixas de rolamento dos logradouros públicos.

Infraestrutura complementar: rede de telefonia, rede de fibra ótica e outras redes de comunicação, rede de gás canalizado e outros elementos não contemplados na infraestrutura básica. Licença: ato vinculado, unilateral, pelo qual a administração faculta ao empreendedor implantar, alterar ou ampliar parcelamento do solo ou condomínio, e/ou implantação, ampliação ou reforma de edificação pública ou privada uma vez demonstrado pelo interessado o preenchimento dos requisitos legais exigidos.

Logradouro público: espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçadas, parques, áreas de lazer, calçadões.

Lote: terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe.

Loteamento: é a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes e áreas destinadas a uso público.

Morro: Elevação de terreno com cota mínima de 100m em relação à base, e inclinação média maior que 25º.

Parcelamento de pequeno porte: parcelamento de imóvel, na forma de loteamento ou desmembramento, cuja área parcelada, após a exclusão das áreas de preservação permanente e reserva legal, é inferior a 10.000m2.

Plano de Infraestrutura e Equipamentos Públicos Urbano e Rural: plano setorial definido pela lei Complementar no 261/08, que contempla os programas de implantação de infraestrutura básica, de equipamentos públicos e de mobiliário urbano e rural.

Referência de Nível (RN): nível adotado em projeto para determinação da altura máxima do edifício, ou trecho deste, definido conforme anexo VIII –

Referência de Nível, parte integrante desta Lei Complementar.

Remembramento do solo: unificação física e jurídica de dois ou mais lotes ou incorporação de partes de lotes a lote existente.

Reparcelamento: reconfiguração dos lotes criados em uma determinada gleba, podendo haver alteração do tamanho e quantidade de lotes.

Sinalização de denominação de logradouro público: são placas ou outra forma de denominação de prolongamentos de logradouros públicos já definidos por lei.

Sinalização horizontal e vertical: é a sinalização das vias conforme as diretrizes estabelecidas pelo Poder Executivo Municipal e as especificações do Código de Trânsito Brasileiro.

Termo de compromisso: documento que estabelece garantias, cauções e condições para registro da incorporação, aprovação e início da execução das obras do parcelamento do solo.

Termo de conclusão de obra: ato administrativo vinculado pelo qual a autoridade competente declara que o empreendimento foi fisicamente implantado, e executado de forma regularmente aprovada.

Terras de marinha: são áreas situadas na faixa litorânea de 33m, medida a partir da linha das áreas inundadas pela maré alta do ano de 1831, portanto, terrenos situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés bem como terrenos que contornam as ilhas situadas em zona onde se possa sentir a influência das marés, conforme definido em legislação federal.

Unidade autônoma: é a parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno e coisas comuns, constituída de dependências e instalações de uso privativo e de parte das dependências e instalações de uso comum da edificação, destinada a fins residenciais ou não, assinalada por designação especial numérica ou alfabética para efeitos de identificação e discriminação.

Unidade de conservação ambiental: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivo de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

23