lei de acesso - acórdão 1050_2012

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  TRIBUN L DE CONT S D UNIÃO  TC 036.981/2011-7 1 GRUPO I   CLASSE VII   Plenário TC 036.981/2011-7  Natureza: Administrativo. Unidade: Tribunal de Contas da União. Interessado: Tribunal de Contas da União. Advogado: não há. SUMÁRIO: ADMINISTRATIVO. PROJETO DE RESOLUÇÃO. APLICAÇÃO DA LEI 12.527/2011 (LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO) NO ÂMBITO DO TCU. APROVAÇÃO. RELATÓRIO Trata-se de representação visando à regulamentação da aplicação da Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) no âmbito do Tribunal de Contas da União. 2. Incorporo a este relatório, a seguir, parte da manifestação conclusiva da Comissão de Coordenaçã o Geral que t ratou da análise do projeto de resolução: III   ANÁLISE DA MINUTA DE RESOLUÇÃO 30. A resolução proposta em anexo tem por objetivo regulamentar a aplicação da Lei n. 12.527/2011 e o acesso à informação no âmbito do Tribunal de Contas da União. Essa possibilidade encontra fundamento não só no art. 3º da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992 - Lei Orgânica do TCU e no art. 2º do Regimento Interno do TCU, que dispõem acerca do poder regulamentar do Tribunal. A própria Lei de Acesso à Informação estabelece, em seu art. 18, que os procedimentos de revisão de decisões denegatórias proferidas em recurso e de revisão de cl assificação de documentos sigilosos serão objeto de regulamentação própria dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivos âmbitos. 31. A regulamentação proposta atende também ao Plano Estratégico do TCU para o quinquênio 2011- 2015, em relação ao objetivo de contribuir para a transparência da Administração Pública, conforme segue: “Plano Estratégico do TCU para quinquênio 2011-2015: Contribuir para a transparência da Administração Pública Vivemos um momento sem precedentes, em que se tenta transformar o Estado em instrumento eficiente para o exercício e a realização da cidadania, bem como configurar modelo de Administração Pública Gerencial em substituição ao antigo modelo burocrático e criar a consciência de que o objetivo do Estado deve ser sempre o de proporcionar o bemestar do cidadão, oferecendo-lhe pleno conhecimento e controle sobre os resultados do e stado. Assim, os cidadãos têm o direito de receber todo tipo de informação ou mesmo buscá-la onde quer que se encontre. Da mesma forma, é dever dos órgãos públicos apresentar à sociedade dados e informações sobre sua gestão. Quanto melhor informada for a sociedade, melhor condição terá para exercer o controle social sobre a atuação de seus representantes. Indicadores de Desempenho 1. Índice de transparência da administração pública.”  32. O Capítulo I da resolução, denominado “Das Disposições Gerais”, fixa determinados conceitos e diretrizes aplicáveis ao gerenciamento das informações no Tribunal. 33. O art. 1º da resolução dispõe sobre a observância, pelo Tribunal, da presente resolução, bem como da legislação vigente relativa o acesso à informação por qualquer interessado. 34. O art. da resolução reproduz, com adaptação, o art. 4º da Lei, que fixa conceitos relativos ao tema. 35. O Capítulo II da resolução cuida “Do Direito à Informação”, no qual são abordados os princípios  básicos, as diretrizes e as in formações que podem ser requer idas por qualquer interess ado. Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autentic idade, informando o código 48262229.

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO

TC 036.981/2011-7

GRUPO I CLASSE VII Plenrio TC 036.981/2011-7 Natureza: Administrativo. Unidade: Tribunal de Contas da Unio. Interessado: Tribunal de Contas da Unio. Advogado: no h. SUMRIO: ADMINISTRATIVO. PROJETO DE RESOLUO. APLICAO DA LEI 12.527/2011 (LEI DE ACESSO INFORMAO) NO MBITO DO TCU. APROVAO. RELATRIO Trata-se de representao visando regulamentao da aplicao da Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso Informao) no mbito do Tribunal de Contas da Unio. 2. Incorporo a este relatrio, a seguir, parte da manifestao conclusiva da Comisso de Coordenao Geral que tratou da anlise do projeto de resoluo:III ANLISE DA MINUTA DE RESOLUO 30. A resoluo proposta em anexo tem por objetivo regulamentar a aplicao da Lei n. 12.527/2011 e o acesso informao no mbito do Tribunal de Contas da Unio. Essa possibilidade encontra fundamento no s no art. 3 da Lei n 8.443, de 16 de julho de 1992 - Lei Orgnica do TCU e no art. 2 do Regimento Interno do TCU, que dispem acerca do poder regulamentar do Tribunal. A prpria Lei de Acesso Informao estabelece, em seu art. 18, que os procedimentos de reviso de decises denegatrias proferidas em recurso e de reviso de classificao de documentos sigilosos sero objeto de regulamentao prpria dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, em seus respectivos mbitos. 31. A regulamentao proposta atende tambm ao Plano Estratgico do TCU para o quinqunio 20112015, em relao ao objetivo de contribuir para a transparncia da Administrao Pblica, conforme segue: Plano Estratgico do TCU para quinqunio 2011-2015: Contribuir para a transparncia da Administrao Pblica Vivemos um momento sem precedentes, em que se tenta transformar o Estado em instrumento eficiente para o exerccio e a realizao da cidadania, bem como configurar modelo de Administrao Pblica Gerencial em substituio ao antigo modelo burocrtico e criar a conscincia de que o objetivo do Estado deve ser sempre o de proporcionar o bemestar do cidado, oferecendo-lhe pleno conhecimento e controle sobre os resultados do estado. Assim, os cidados tm o direito de receber todo tipo de informao ou mesmo busc-la onde quer que se encontre. Da mesma forma, dever dos rgos pblicos apresentar sociedade dados e informaes sobre sua gesto. Quanto melhor informada for a sociedade, melhor condio ter para exercer o controle social sobre a atuao de seus representantes. Indicadores de Desempenho 1. ndice de transparncia da administrao pblica. 32. O Captulo I da resoluo, denominado Das Disposies Gerais, fixa determinados conceitos e diretrizes aplicveis ao gerenciamento das informaes no Tribunal. 33. O art. 1 da resoluo dispe sobre a observncia, pelo Tribunal, da presente resoluo, bem como da legislao vigente relativa o acesso informao por qualquer interessado. 34. O art. 2 da resoluo reproduz, com adaptao, o art. 4 da Lei, que fixa conceitos relativos ao tema. 35. O Captulo II da resoluo cuida Do Direito Informao, no qual so abordados os princpios bsicos, as diretrizes e as informaes que podem ser requeridas por qualquer interessado.

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36. O art. 3 da resoluo a reproduo adaptada do art. 3 da Lei, e assegura o acesso informao como um direito fundamental, alm de estabelecer que os procedimentos previstos no diploma legal devem ser executados em conformidade com os princpios bsicos da administrao pblica e com determinadas diretrizes. 37. O art. 4 da resoluo reproduz, com adaptao, o art. 7 da Lei, e dispe acerca das informaes que devem ser fornecidas ao interessado caso demandadas. Acrescentou-se, apenas, o inciso VIII, que ressalta tratar-se aqui de um rol exemplificativo, e que outras informaes sero fornecidas, exceto se tiverem carter sigiloso. 38. Os 1 a 7 do art. 4 da resoluo detalham a partir de que momento possvel acessar a informao, a quem compete autorizar o acesso, quais informaes devem ser prestadas e quais no podem ser prestadas a qualquer interessado, tudo em conformidade com o disposto na Lei n. 12.527/2011. 39. O 1 do art. 4 da proposta de resoluo a reproduo literal do 3 do art. 7 da lei. Esse dispositivo autoriza o acesso s informaes utilizadas como fundamento da tomada de deciso e do ato administrativo apenas com a edio do ato decisrio respectivo. Desse modo, por exemplo, o ministro relator, em princpio, no est obrigado a permitir o acesso s informaes de processo sob sua relatoria antes do julgamento pela Cmara ou pelo Plenrio (ressalvado o direito de acesso s partes do processo e seus causdicos). 40. Entretanto, o 2 do art. 4 da resoluo possibilita autoridade do Tribunal autorizar a divulgao total ou parcial dessas informaes e desses documentos anteriormente prolao da deciso ou do acrdo, caso entenda cabvel. Lembramos apenas que a Consultoria Jurdica tem opinio diversa sobre o assunto, uma vez que entende que a informao deveria ser necessariamente disponibilizada logo aps o pronunciamento da unidade tcnica. 41. O art. 5 da resoluo reproduz, com adaptaes, os pargrafos 5 e 6 do art. 7 da Lei. Dispe sobre a possibilidade de o interessado requerer autoridade competente a abertura de sindicncia para apurar o desaparecimento da respectiva documentao, devendo o responsvel pela guarda da informao extraviada, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas. A autoridade competente, in casu, o Presidente do TCU, com fulcro no art. 28, XXXVIII, do Regimento Interno, verbis: Art. 28. Compete ao Presidente: (...) XXXVIII determinar a instaurao de sindicncia ou processo administrativo disciplinar e aplicar as penalidades de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade de servidor do Tribunal; 42. O Captulo III da resoluo, intitulado Do Acesso Informao, traz as seguintes Sees: Das Formas de Acesso (Seo I arts. 6 e 7); Da Divulgao de Informaes na Internet (Seo II arts. 8 a 10); do Pedido de Acesso Informao (Seo III art. 11); Do Atendimento de Pedido de Acesso Informao (Seo IV 12 a 26); Da Proteo Informao Sigilosa (Seo V arts. 27 e 28); e Dos Recursos (Seo VI art. 29). 43. O art. 6 da resoluo estabelece as formas pelas quais ser viabilizado o acesso informao no mbito do Tribunal. Nos pargrafos do referido artigo esto previstas as hipteses de pedidos j disciplinados em outros normativos do Tribunal (1); a disponibilizao de equipamentos e de locais para que o interessado possa acessar a informao (2); as atribuies do Protocolo Central e dos Servios de Administrao das unidades localizadas nos estados e no Instituto Serzedello Corra (3); a vinculao do acesso informao com a Poltica Corporativa de Segurana da Informao do TCU (4) e a competncia da Assig no que tange ao disposto no pargrafo anterior (5). 44. O 2 do art. 6, ao dispor que a Aceri, na Sede do Tribunal, e outras unidades fora da Sede, disponibilizar ao interessado equipamento com acesso internet, a fim de que possa consultar as informaes disponveis na pgina do Tribunal e requerer novas informaes, visa a contribuir para melhor atender o estabelecido no art. 9 e incisos, bem assim no 3 do art. 11, da lei, in verbis: Art. 9 O acesso a informaes pblicas ser assegurado mediante: I - criao de servio de informaes ao cidado, nos rgos e entidades do poder pblico, em local com condies apropriadas para: a) atender e orientar o pblico quanto ao acesso a informaes; b) informar sobre a tramitao de documentos nas suas respectivas unidades; c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informaes; e II - realizao de audincias ou consultas pblicas, incentivo participao popular ou a outras formas de divulgao.

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... Art. 11. O rgo ou entidade pblica dever autorizar ou conceder o acesso imediato informao disponvel. (...) 3o Sem prejuzo da segurana e da proteo das informaes e do cumprimento da legislao aplicvel, o rgo ou entidade poder oferecer meios para que o prprio requerente possa pesquisar a informao de que necessitar. (sublinhamos) 45. O art. 7 altera o art. 1 da Resoluo-TCU n 47/1996, que dispe sobre a Sala Ministro Luiz Octavio Galloti. A alterao visa destin-la tambm para o atendimento das pessoas que desejam obter informaes no TCU, nos termos da Lei n. 12.527/2011. 46. O art. 8 da resoluo reproduz, com algumas modificaes no texto e alguns acrscimos, o art. 8, caput e 1 da lei. Os incisos so mera reproduo dos seis incisos do 1 do referido artigo, que trouxe um rol exemplificativo. Os pargrafos estabelecem que as informaes sero publicadas no portal do TCU ou em outro stio governamental (1) e que incumbe a todas as unidades da Secretaria do Tribunal divulgar e manter atualizadas as informaes inerentes sua competncia (2). 47. O art. 9 estabelece que a divulgao no Portal TCU observar os requisitos fixados, alm da Lei n. 12.527/2011, da Lei de Responsabilidade Fiscal, da lei de diretrizes oramentrias e de outras legislaes de regncia. Os pargrafos rezam que a publicao no Portal TCU poder ser disponibilizada mediante o e-TCU e no dirio eletrnico previsto no 4 do art. 295 do Regimento Interno (1), o Portal TCU deve atender os requisitos previstos no 3 do art. 8 da Lei n. 12.527/2011 (2) e o aprimoramento da gesto das informaes ocorrer na medida do provimento de solues de TI (3). 48. O art. 10 altera o art. 4 da Resoluo-TCU n 233/2010, que dispe sobre a soluo denominada TCU-eletrnico (e-TCU). A alterao cria mais uma diretriz que norteia o e-TCU, estabelecendo que observe os requisitos da Lei de Acesso Informao e demais leis de regncia. 49. O art. 11, caput e 1 da resoluo, so a reproduo, com algumas alteraes, do art. 10, caput, da lei. A norma faculta a qualquer interessado apresentar pedido de acesso a informaes ao Tribunal, por meio de formulrio eletrnico disponibilizado na pgina do Tribunal ou mediante o comparecimento pessoal Ouvidoria. O inciso I c/c III do 1 do art. 11 da resoluo proposta define a Ouvidoria como destinatria das solicitaes de informaes formuladas ao TCU, preferencialmente por meio do Portal TCU. 50. O 2 do art. 11 da resoluo a reproduo, com pequena alterao no texto, do 3 do art. 10 da lei. 51. O art. 12 da resoluo fixa a competncia da Ouvidoria para recebimento do pedido de informaes, e dispe que, sempre que possvel, essa unidade dever prestar imediatamente a informao solicitada pelo interessado, ou seja, sem necessitar do concurso de outra unidade do Tribunal. Atualmente, segundo informaes da Ouvidoria, aproximadamente 70% dos pedidos de informao j so atendidos por essa prpria unidade. Essa norma atende assim ao disposto no art. 11 da Lei, in verbis: Art. 11. O rgo ou entidade pblica dever autorizar ou conceder o acesso imediato informao disponvel. 52. O art. 13 dispe que o atendimento a pedido de informao que trata o 1 do art. 6, que versa sobre as hipteses de acesso, observar o disposto na resoluo proposta, aplicando-se subsidiariamente a normativo especfico, como, por exemplo, atualmente a Resoluo-TCU n. 191/2006, que estabelece os procedimentos para recebimento, autuao e tramitao de processos e documentos relativos rea de controle externo. 53. O art. 14 estabelece que quando a Ouvidoria no puder prestar de imediato a informao e necessitar do concurso de outra unidade para tanto, fixar prazo para o atendimento da demanda. O nico dispe que se a unidade depender de autorizao de autoridade do Tribunal para responder o pedido de informao, a Ouvidoria dever ser cientificada. 54. O art. 15 estabelece que, se o pedido no for recebido pela Ouvidoria, a resposta poder ser dada pela prpria unidade que a recebeu. O 1 dispe que nesse caso a Ouvidoria dever ser cientificada e o 2 estabelece que caso a unidade receba algum pedido de competncia de outra unidade dever encaminh-lo de imediato Ouvidoria. 55. O art. 16 da resoluo a redao adaptada do 1 do art. 11 da lei, que estabelece os prazos para atendimento da solicitao, nos casos em que no possvel o pronto atendimento do pleito. Os pargrafos 1 e 2 do mencionado art. 13 da resoluo so mera reproduo dos pargrafos 2 e 6 do art. 11 da lei, respectivamente.

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56. O art. 17 da resoluo no possui correspondncia com outro dispositivo da lei. Buscou-se, aqui, submeter apreciao da autoridade determinadas matrias que possam depender da sua autorizao, seja por fora de dispositivo regulamentar, por poderem comprometer as atividades do Tribunal, por se tratarem de matrias delicadas ou apenas para simples cincia. 57. O inciso I do art. 17 trata do fornecimento de informaes relativas a processos de controle externo, de competncia do respectivo ministro relator, conforme estabelecido na Resoluo 191/2006. 58. O inciso II do art. 17 dispe sobre as informaes que comprometam ou possam comprometer a eficcia de auditorias e inspees previstas ou em andamento, v.g., uma inspeo surpresa em determinada unidade jurisdicionada. Nesse caso, prope-se, no 1 deste artigo, que essa informao somente seja divulgada no momento em que no possa mais comprometer o sucesso da fiscalizao. 59. O inciso III do art. 17 trata de matrias que comprometam ou possam comprometer a imagem do Tribunal. 60. O inciso IV do art. 17 cuida da divulgao de informaes pessoais, que conquanto sejam sigilosas em regra, devem excepcionalmente ser fornecidas ao requerente, nos termos do art. 31 da lei, in verbis: Art. 31. O tratamento das informaes pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como s liberdades e garantias individuais. 1 As informaes pessoais, a que se refere este artigo, relativas intimidade, vida privada, honra e imagem: I - tero seu acesso restrito, independentemente de classificao de sigilo e pelo prazo mximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produo, a agentes pblicos legalmente autorizados e pessoa a que elas se referirem; e II - podero ter autorizada sua divulgao ou acesso por terceiros diante de previso legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem. 2 Aquele que obtiver acesso s informaes de que trata este artigo ser responsabilizado por seu uso indevido. 3 O consentimento referido no inciso II do 1 no ser exigido quando as informaes forem necessrias: I - preveno e diagnstico mdico, quando a pessoa estiver fsica ou legalmente incapaz, e para utilizao nica e exclusivamente para o tratamento mdico; II - realizao de estatsticas e pesquisas cientficas de evidente interesse pblico ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificao da pessoa a que as informaes se referirem; III - ao cumprimento de ordem judicial; IV - defesa de direitos humanos; ou V - proteo do interesse pblico e geral preponderante. 4 A restrio de acesso informao relativa vida privada, honra e imagem de pessoa no poder ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apurao de irregularidades em que o titular das informaes estiver envolvido, bem como em aes voltadas para a recuperao de fatos histricos de maior relevncia. 5 Regulamento dispor sobre os procedimentos para tratamento de informao pessoal. 61. O inciso V do art. 17 da resoluo dispe acerca da possibilidade de edio de Portaria para submeter outras informaes autorizao dessas autoridades, e o 2 autoriza as autoridades a delegar competncia para o fornecimento de informaes relacionadas nesse artigo. 62. O art. 18 mera reproduo do contido no 5 do art. 11 da lei. 63. O artigo 19 e seu 1 da resoluo so igualmente a reproduo do artigo 13 e de seu pargrafo nico, respectivamente, da lei. O 2 do art. 19 da resoluo faculta o Comit Permanente de Avaliao de Documentos indicar os documentos cuja manipulao possa prejudicar sua integridade. 64. O caput e pargrafo nico do art. 20 da resoluo apenas reproduz o texto do caput e pargrafo nico, respectivamente, do art. 12 da lei. 65. O artigo 21 mera reproduo do art. 14 da lei. 66. O artigo 22 da resoluo estabelece a competncia da Ouvidoria para zelar pelo cumprimento dos prazos estabelecidos nesta Resoluo, de modo que o interessado possa ter acesso s informaes nos prazos mximos fixados em lei. 67. O artigo 23 estabelece que Ato do Presidente do TCU regulamentar os procedimentos para atendimento a pedido de acesso informao, com base em proposta apresentada pela Ouvidoria.

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68. Os artigos 24 a 26 da presente resoluo tm por objetivo adaptar a Resoluo n. 191/2006 Lei de Acesso Informao. O primeiro artigo acrescenta ao art. 69 da Resoluo n. 191/2006 que qualquer interessado tambm poder solicitar informaes ou cpia ao Tribunal de Contas da Unio, nos termos da lei e desta proposta de resoluo. Desse modo, o art. 69 da Resoluo n. 191/2006 passaria a ter a seguinte redao: Seo IV Solicitao de informaes ou de cpia Art. 69. So legitimados para solicitar informaes ou cpia ao Tribunal de Contas da Unio: (NR) (Resoluo n 196, de 6/12/2006, BTCU n 48/2006). I (Revogado) (Resoluo n 215, de 20/8/2008, DOU de 22/8/2008) II os rgos e entidades que detiverem a prerrogativa constitucional e/ou legal para solicit-las, bem assim aqueles que, por dever de ofcio, estejam tratando do mesmo objeto dos autos em trmite nesta Casa. (NR) (Resoluo n 196, de 6/12/2006, BTCU n 48/2006). III Qualquer interessado, nos termos da Lei n. 12.527, de 2011, e da Resoluo TCU n. xx/2012. 69. O pargrafo nico do art. 24 da presente proposta de resoluo determina a aplicao das normas aqui estabelecidas ao novel inciso III acima mencionado, aplicando-se apenas subsidiariamente as normas da Resoluo n. 191/2006. Desse modo, mantm-se in totum as normas da Resoluo n. 191/2006 aos pedidos realizados pelos rgos e pelas entidades relacionados no inciso II do art. 69 acima transcrito. O art. 25 desta proposta de resoluo segue a mesma linha. 70. O art. 26 da presente resoluo suprime parte do 2 do art. 97 da Resoluo TCU n 191, de 2006, que tem atualmente a seguinte redao: Art. 97 (...) 2 Qualquer pessoa parte legtima para solicitar Presidncia vista e/ou cpia de processos encerrados que tenham sido objeto de deliberao pelo Tribunal com deciso definitiva ou terminativa e da qual no caiba mais recurso, ressalvados os casos j julgados anteriormente promulgao da Resoluo do Senado Federal n. 16, de 14/3/2006, publicada no DOU em 15/3/2006. 71. O texto proposto foi assim redigido: 2 Qualquer pessoa parte legtima para solicitar Presidncia vista e/ou cpia de processos encerrados que tenham sido objeto de deliberao pelo Tribunal. 72. Alm disso, o art. 26 acresce o 8 ao art. 97 da Resoluo-TCU n. 191/2006. 73. O objetivo dessas mudanas compatibilizar o dispositivo citado com a Lei n. 12.527/2011, que prev amplo acesso s informaes geridas pelo poder pblico. 74. O art. 27 da resoluo dispe que cabe o Tribunal controlar o acesso e a divulgao de informaes sigilosas. Os 1, 2 e 3 do referido artigo reproduzem o 4 do art. 11 e 2 do art. 7 e art. 36 da lei, respectivamente. O 4 remete para o contido na Resoluo-TCU n 223/2009 o intercmbio de informaes e documentos sigilosos. 75. O art. 28 incumbe a Assig apresentar proposta de reviso das Resolues-TCU 217/2008, que dispe sobre a Poltica Corporativa de Segurana da Informao do Tribunal, e 229/2009, que trata da classificao das informaes produzidas ou custodiadas pelo TCU, em face da novel legislao sobre acesso informao. 76. O art. 29 da resoluo trata da possibilidade de interposio de recurso contra a deciso que indeferir o pedido de informao. O texto est em consonncia com a manifestao da Consultoria Jurdica acerca do assunto, j abordado anteriormente, no sentido da no-aplicao ao Tribunal da possibilidade de recurso Controladoria-Geral da Unio ou Comisso Mista de Reavaliao de Informaes. 77. Desse modo, o caput e 1 do art. 29 da resoluo a reproduo literal do caput e nico do art. 15 da lei. 78. O 2 do art. 29 da resoluo cuida da possibilidade de o pedido ter sido negado j pela prpria Ouvidoria, em caso de manifesta impossibilidade de atendimento. Nesse caso, o recurso ser dirigido autoridade hierarquicamente superior, que decidir no prazo de 5 (cinco) dias, em obedincia ao pargrafo nico do art. 15 da lei, que tem a seguinte redao: Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informaes ou s razes da negativa do acesso, poder o interessado interpor recurso contra a deciso no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua cincia.

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Pargrafo nico. O recurso ser dirigido autoridade hierarquicamente superior que exarou a deciso impugnada, que dever se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. 79. O 3 do art. 29 da resoluo estabelece a possibilidade de recurso quando a informao tiver sido negada por autoridade do Tribunal. No caso, o recurso dever ser encaminhado para sorteio do relator, a fim de ser julgado pelo Plenrio. 80. Vislumbramos aqui, todavia, um problema: improvvel que relator prepare seu relatrio e voto e o julgamento ocorra no exguo prazo de cinco dias aps a interposio do recurso. Desse modo, sugerimos prazo maior, de 20 dias, para o encaminhamento da matria ao Plenrio, pelo relator, para julgamento. No haveria nesse caso desrespeito lei, uma vez que seu art. 18 permite a regulamentao prpria da matria pelo Legislativo, conforme segue: Art. 18. Os procedimentos de reviso de decises denegatrias proferidas no recurso previsto no art. 15 e de reviso de classificao de documentos sigilosos sero objeto de regulamentao prpria dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, em seus respectivos mbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. 81. O 4 do artigo 29 mera reproduo do artigo 20 da lei. 82. O Captulo V da resoluo trata das condutas ilcitas, relativas ao descumprimento da Lei n. 12.527/2011. 83. O art. 30 da resoluo reproduz o art. 32 da lei, ao discriminar as condutas ilcitas que ensejam responsabilidade do agente pblico. Retirou-se, apenas, as menes aos militares e Lei n. 1.079/1950, que define os crimes de responsabilidade. 84. O art. 31 da resoluo a reproduo, com as devidas adaptaes, do art. 33 da lei. 85. O Captulo VI da resoluo cuida das atribuies e dos procedimentos gerais, alm de alterar o texto de outra resoluo desta Casa. 86. O Art. 32 da resoluo estabelece que ser disponibilizado anualmente relatrio do Presidente do Tribunal, contendo informaes acerca dos pedidos de informao. 87. O artigo 33 da resoluo fixa incumbncias gerais para as unidades e colegiados da Secretaria do Tribunal acerca do fiel cumprimento da Lei n. 12.527/2011. O caput reproduz o texto do art. 6 da lei, e pargrafo nico estabelece que o Comit de Segurana da Informao e a Assessoria de Segurana da Informao e Governana de TI Assig devem acompanhar a gesto transparente da informao e sua proteo. 88. O artigo 34 estabelece uma srie de incumbncias para a CCG a fim de garantir a aplicao do art. 40 da Lei n. 12.527/2011. Alm disso, dispe que ser designado comit, por ato da CCG, para tal fim. 89. Os artigos 35 e 36 desta proposta de resoluo alteram dispositivos da Resoluo-TCU n. 240/2010, que define a estrutura e competncias da Secretaria do Tribunal, visando adequ-la as disposies da resoluo proposta e da Lei n. 12.527/2011. O primeiro artigo acrescenta ao art. 32 da Resoluo-TCU n. 240/2010, entre as competncias da Ouvidoria, coordenar, no mbito do TCU, a gesto dos pedidos de acesso informao e zelar pelo cumprimento dos prazos de atendimento, de modo que o interessado possa ter acesso s informaes nos prazos mximos fixados em lei. O ltimo altera o inciso X do art. 86 da Resoluo-TCU n. 240/2010, em face da novel legislao sobre acesso informao. 90. O Captulo VI da resoluo cuida das disposies finais. 91. Os artigos 37 e 38 da resoluo fixam incumbncias para as Secretarias de Solues de Tecnologia da Informao e de Infraestrutura de Tecnologia da Informao e Ouvidoria, respectivamente. 92. O artigo 39 da resoluo prev edio de normativo especfico para regular, se necessrio, a aplicao da Lei n. 12.527/2011 das Redes de Informaes do TCU e de Controle da Administrao Pblica. 93. O artigo 40 da resoluo dispe que o uso inadequado do disposto na Resoluo fica sujeito apurao de responsabilidade penal, civil e administrativa. 94. O art. 41 da resoluo autoriza o Presidente a expedir os demais atos necessrios sua regulamentao e a dirimir os casos omissos. 95. Por fim, o artigo 42 estabelece que a resoluo proposta ter efeitos a partir de 16 de maio de 2012, em conformidade com o prazo disposto no art. 47 da lei. IV PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO

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96. Por todo o exposto, a Comisso de Coordenao Geral prope o encaminhamento dos presentes autos ao Gabinete do Presidente, a fim de que, com base nos artigos 73 e 74 do Regimento Interno, o Exmo. Ministro Presidente determine o sorteio de Relator.

o relatrio.

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VOTO Em exame representao da Comisso de Coordenao Geral CCG que encaminha projeto de resoluo destinado a regulamentar a aplicao da Lei 12.5272011 Lei de Acesso Informao no mbito do Tribunal de Contas da Unio. 2. No dia 03 de abril ltimo, fui sorteada para relatar o presente processo. Em cumprimento ao art. 75, 1, do Regimento Interno, submeti ao Plenrio proposta de abertura de prazo de 10 (dez) dias para oferecimento de eventuais emendas pelos senhores ministros ou de sugestes pelos senhores ministros-substitutos e pelo senhor procurador-geral do Ministrio Pblico junto a este Tribunal. 3. No prazo fixado, no foram encaminhadas a meu gabinete emendas ou sugestes. 4. Esclareo, desde logo, que a urgncia na apreciao da matria se deve ao disposto no art. 47 da citada lei, que fixa o prazo de 180 (cento e oitenta) a partir da publicao para que a mesma entre em vigor. Publicada no dia 18 de novembro de 2011, sua vigncia se iniciar no prximo dia 16 do corrente ms. 5. A Lei 12.527/2011 regula o acesso a informaes previsto no inciso XXXIII do art. 5, no inciso II do 3 do art. 37 e no 2 do art. 216 da Constituio Federal, altera a Lei 8.112. de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e d outras providncias. 6. Conforme ressaltou a CCG, mais de noventa pases possuem leis que regulam o direito de acesso dos cidados s informaes pblicas. O Brasil signatrio de diversos acordos internacionais que tratam do direito informao. Dentre eles, destacam-se: A Declarao Universal dos Direitos Humanos (art. 19), a Conveno das Naes Unidas contra a Corrupo (arts. 10 e 13), a Declarao Interamericana de Princpios de Liberdade de Expresso (item 4) e o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Polticos (art. 19). 7. Cabe registrar tambm que o Brasil participa do Open Government Partnership (Parceria para Governo Aberto), que uma iniciativa internacional com objetivo de assegurar compromissos de governos nas reas de promoo da transparncia, luta contra a corrupo, participao social e de fomento ao desenvolvimento de novas tecnologias, de maneira a tornar os governos mais abertos, efetivos e responsveis. 8. A Lei 12.527/2011 foi elaborada em consonncia com os compromissos internacionais assumidos pelo Pas e destina-se a garantir o acesso a informaes previsto na Constituio Federal, mais precisamente nos seus artigos 5, XXXIII, 37, 3 e 216, 2, que prescrevem:Art. 5 (...) XXXIII todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado; Art. 37 (...) 3 A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente : II o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII; Art. 216 (...) 2 Cabem administrao pblica, na forma da lei, a gesto da documentao governamental e as providncias para franquear sua consulta a quantos dela necessitem;.

9. Por se tratar de uma lei que estabelece procedimentos e deve ser aplicada por todos os rgos e entidades da administrao pblica direta e indireta de todos os poderes e esferas governamentais, alm das entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realizao de 1

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aes de interesse pblico, recursos pblicos diretamente do oramento ou mediante subvenes sociais, contrato de gesto, termo de parceria, convnios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congneres, compreensvel que alguns de seus dispositivos necessitem de regulamentao interna para alcanarem eficcia plena. A prpria lei, no seu art. 18, j prev que os procedimentos de reviso de decises denegatrias proferidas em recurso e de reviso de classificao de documentos sigilosos sero objeto de regulamentao prpria dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, em seus respectivos mbitos. 10. Inicialmente, a CCG solicitou o pronunciamento da Consultoria Jurdica Conjur a respeito da aplicabilidade dos dispositivos dessa nova legislao no mbito do Tribunal. 11. De modo geral, as observaes feitas pela Conjur foram incorporadas ao projeto de resoluo, que mais adiante passarei a analisar. No entanto, aquela unidade jurdica, ao se posicionar acerca do momento em que os cidados podem obter informaes a respeito do resultado de inspees, auditorias, prestaes e tomadas de contas possibilidade essa constante do art. 7 da Lei de Acesso Informao , entendeu que informaes relativas a inspees e auditorias poderiam ser repassadas aos requerentes to logo os relatrios das equipes incumbidas dos trabalhos estivessem concludos. 12. Nesse ponto, a CCG manifestou entendimento diferente. Para a comisso, esse atendimento de eventuais pedidos sobre os resultados de fiscalizaes s poder ser satisfeito aps a apreciao dos processos. De acordo com a CCG, o 3 do art. 7 da Lei 12.527/2011 deixa claro que esse direito s se constitui com a edio do ato decisrio ali mencionado. Em sua manifestao conclusiva, a CCG se pronunciou da seguinte forma:A Conjur sustenta ainda que plausvel concluir que a divulgao seja feita to logo o respectivo relatrio de auditoria seja aprovado pela unidade tcnica competente. Ocorre que a lei dispe, no 3 do art. 7: Art. 7 (...) 3 O direito de acesso aos documentos ou s informaes neles contidas utilizados como fundamento da tomada de deciso e do ato administrativo ser assegurado com a edio do ato decisrio respectivo. Desse modo, a prpria lei assegura o acesso s informaes do processo apenas quando da edio do ato decisrio. Ou seja, no caso do TCU, apenas quando da prolao do acrdo, e no imediatamente ao pronunciamento da unidade tcnica.

13. Com relao a essa questo, alinho-me ao entendimento da CCG. A regra geral para atendimento de solicitaes embasadas na Lei 12.527/2011 deve ser prestar informaes sobre os resultados de inspees, auditorias, prestaes e tomadas de contas aps a apreciao dos processos pelo Tribunal. Evidentemente, a critrio dos relatores, podero ser fornecidas informaes preliminares, devendo sempre ser esclarecido que a matria ainda no foi submetida considerao do Tribunal. 14. Passo, agora, ao exame do projeto de resoluo apresentado pela CCG. 15. O captulo I trata das disposies gerais, cujo intuito maior definir o conceito de termos que sero utilizados na resoluo. Os itens I a IX do art. 2 so basicamente os mesmos constantes da Lei 12.527/2011. Nesse artigo, foram acrescentados dois itens para definir os termos interessado e gestor da informao. Com relao ao termo interessado, se esclareceu que o mesmo no se confunde com o conceito de interessado a que se refere o art. 144, 2, do Regimento Interno. 16. No captulo II, esto explicitadas as diretrizes que norteiam o direito informao, merecendo especial destaque a que assegura a observncia da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceo. So elencadas tambm, no art. 4 do projeto, as informaes que os interessados podem obter junto ao TCU. 17. Como dito anteriormente, a regra geral para atendimento dos pedidos de informaes que j tenha sido expedido o ato decisrio, acrdo ou despacho de relator, no caso de processos de 2

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controle externo, podendo ser excepcionada essa regra, a critrio do presidente ou dos relatores, conforme o assunto que estiver sendo objeto da solicitao. 18. tambm conveniente aclarar a redao dos 1 e 2 do mencionado art. 4, para no pairarem dvidas acerca da aplicabilidade desses comandos normativos. A redao do projeto a seguinte:1 O direito de acesso aos documentos ou s informaes neles contidas utilizadas como fundamento da tomada de deciso e do ato administrativo ser assegurado com a edio do ato decisrio respectivo. 2 Autoridade competente do TCU poder autorizar a divulgao total ou parcial das informaes ou dos documentos mencionados no 1 deste artigo anteriormente prolao do ato decisrio.

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A meu ver, a redao desses dispositivos deve ser:

1 O direito de acesso aos documentos ou s informaes neles contidas utilizadas como fundamento da tomada de deciso e do ato administrativo ser assegurado com a edio do ato decisrio respectivo, que, no caso de processo de controle externo, ser o acrdo do TCU ou despacho do relator com deciso de mrito. 2 O Presidente ou relatores podero, nos processos de sua competncia, autorizar a divulgao total ou parcial das informaes ou dos documentos mencionados no 1 deste artigo anteriormente prolao do ato decisrio.

20. No captulo III Do Acesso Informao, esto alinhados dispositivos que tratam de: formas de acesso, divulgao de informaes na Internet, pedido de acesso informao, atendimento de pedido de acesso informao, proteo informao sigilosa e recursos. 21. Na seo II, que trata da divulgao de informaes na Internet, dispensvel o 3 do art. 9. Esse dispositivo apenas informa que o aprimoramento da gesto das informaes publicadas no Portal TCU ocorrer na medida em que houver o provimento de solues de TI pertinentes. 22. Outra alterao necessria uma emenda redao do art. 13, que tem no projeto a redao a seguir: O atendimento a pedido de informao a que se referem os incisos do 1 do art. 6 deve observar o disposto nesta Resoluo, aplicando-se subsidiariamente o estabelecido em normativo especfico. Creio ser indispensvel ressaltar que, caso se trate de responsvel ou parte interessada, os procedimentos continuaro a ser os j normatizados. Logo, ao art. 13 deve ser dada a seguinte redao: Art. 13. O atendimento a pedido de informao a que se refere o 1 do art. 6 deve observar os procedimentos dispostos em normativo especfico, caso se trate de pedido formulado por responsvel ou interessado nos termos dos 1 e 2 do art. 144 do Regimento Interno ou por entidade ou rgo que detenha prerrogativa constitucional ou legal, aplicando-se subsidiariamente o estabelecido nesta Resoluo. 23. O art. 17 merece tambm, a meu ver, algumas alteraes. A redao da proposio :Art. 17. Depende de prvia autorizao da autoridade competente o fornecimento de informaes: I - relacionadas a processos de controle externo; II - que comprometam ou possam comprometer a eficcia de fiscalizaes previstas ou em andamento; III - que comprometam ou possam comprometer a imagem do Tribunal; IV - pessoais, assim consideradas as que dizem respeito intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como s liberdades e garantias individuais, nos termos do art. 31 da Lei n 12.527, de 2011; e V - relativas a outras hipteses especificadas em ato normativo do Tribunal ou de sua Presidncia. 1 As informaes relativas ao inciso II podero ter sua divulgao autorizada apenas no momento em que no implicarem riscos ao sucesso da fiscalizao.

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2 As autoridades mencionadas no caput podero delegar competncia, no mbito de suas respectivas reas de atuao, para fornecimento de informaes relacionadas neste artigo.

24. A circunstncia prevista no item II est adstrita a processo de controle externo. Portanto, j estaria contemplada no primeiro item, sendo recomendvel sua supresso e a do 1, que lhe vinculado. 25. A hiptese do item III informaes que comprometam ou possam comprometer a imagem do Tribunal -, no tem amparo legal, devendo ser esse dispositivo suprimido. 26. Outro dispositivo cuja redao deve ser aperfeioada o art. 23, que tem atualmente a redao abaixo reproduzida:Art. 23. Ato do Presidente do TCU regulamentar os procedimentos para atendimento a pedido de acesso informao, com base em proposta elaborada pela Ouvidoria e submetida Comisso de Coordenao Geral, ouvidos a Comisso Permanente de Avaliao de Documentos e o Comit de Segurana da Informao.

27. Quem vai elaborar uma proposta, a quem ela ser submetida, por quais canais deve passar? Essas so definies internas do TCU, que penso no ser o caso de deixar, desde logo, expressas na resoluo a ser aprovada. O dispositivo deve explicitar apenas que Ato do Presidente do TCU regulamentar procedimentos complementares para atendimento a pedido de acesso informao. 28. Ao final da seo IV, mais precisamente nos arts. 24, 25 e 26, o projeto sugere alteraes em alguns dispositivos da Resoluo TCU 191/2006. Conforme expus no incio deste voto, os procedimentos inerentes aos processos de controle externo devem ser mantidos na forma em que vm sendo processados, assim foram acrescentadas s alteraes sugeridas complementao ressalvando sempre essa circunstncia. 29. Aplica-se ao art. 28 do projeto o entendimento j manifestado com relao ao art. 23, ou seja, a incumbncia da elaborao de uma proposta de reviso das Resolues TCU 217/2008 e 229/2009 e os canais que essa proposio deve percorrer no mbito do TCU no devem figurar na resoluo a ser aprovada. Nesse caso, contudo, por haver uma previso de data para apresentao do projeto de reviso da Resoluo TCU 229/2009, vou inserir um comando a respeito do assunto no acrdo que submeterei considerao do colegiado. 30. Ateno especial deve ser dada ao disciplinamento dos recursos, especialmente porque a lei estabelece prazos curtos para deciso dos mesmos. 31. No projeto, esse tema est tratado na seo VI do capitulo III. Consoante o pargrafo nico do art. 15 da Lei 12.5272011, o recurso ser dirigido autoridade hierarquicamente superior que exarou a deciso impugnada, que dever se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. J no art. 18 est previsto que os procedimentos de reviso de decises denegatrias sero objeto de regulamentao prpria dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, em seus respectivos mbitos. 32. Sou de opinio que, a princpio, a faculdade de negar o atendimento de informaes dever se concentrar nas autoridades do Tribunal, Presidente e relatores. Por essa razo, fiz incluir no projeto de resoluo o pargrafo 1 no art. 17, disciplinando que os dirigentes do TCU, caso entendam que determinada solicitao no deva ser atendida, devero submeter a matria ao Presidente ou relator com parecer fundamentado. 33. Por se tratar de uma lei nova, cujos impactos operacionais ainda no podem ser corretamente dimensionados, parece-me de melhor alvitre que, inicialmente, as negativas de atendimento fiquem a cargo das autoridades do TCU. Evidentemente, com um maior amadurecimento, questes recorrentes devero ser objeto de delegao para os dirigentes. 34. Assim, entendo que se deva suprimir o 2 do art. 29 do projeto, que trata de indeferimento de solicitao pela Ouvidoria.

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35. Ainda com relao aos recursos, chamo ateno para o dispositivo que concede prazo de at 20 (vinte) dias, para que os relatores sorteados submetam ao Plenrio os recursos de decises denegatrias proferidas por autoridades do TCU. 36. So essas as contribuies que entendi necessrias com vistas ao aperfeioamento do normativo que ir disciplinar a aplicao da Lei 12.527/2011 Lei de Acesso Informao no mbito do TCU. Ante o exposto, sou de parecer que o Tribunal deve aprovar o acrdo que ora submeto considerao deste colegiado, o qual traz como anexo a resoluo que dispe sobre o acesso informao e a aplicao da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, no mbito desta Corte de Contas.

TCU, Sala das Sesses, em 2 de maio de 2012. ANA ARRAES Relatora

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RESOLUO-TCU N 249, DE 2 DE MAIO DE 2012 Dispe sobre o acesso informao e a aplicao da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, no mbito do Tribunal de Contas da Unio. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO, no uso de suas atribuies constitucionais, e tendo em vista as competncias que lhe conferem o art. 3 da Lei 8.443, de 16 de julho de 1992 - Lei Orgnica do TCU, e o art. 2 do Regimento Interno do TCU, considerando que o Plano Estratgico do TCU para quinqunio 2011-2015 estabelece, entre os objetivos estratgicos, a iniciativa de contribuir para a transparncia da Administrao Pblica; considerando a necessidade de facilitar o acesso da sociedade aos servios prestados pelo TCU e aprimorar o atendimento oferecido aos cidados; considerando as disposies afetas transparncia da Administrao Pblica estabelecidas pela Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, com redao dada pela Lei Complementar 131, de 27 de maio de 2009, bem como pelas Leis de Diretrizes Oramentrias e pelo Decreto 7.185, de 28 de maio de 2010; considerando a vigncia, a partir de 16 de maio de 2012, da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispe sobre os procedimentos a serem observados pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, inclusive as Cortes de Contas, com o fim de garantir o acesso a informaes previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do 3 do art. 37 e no 2 do art. 216 da Constituio Federal; considerando o disposto no art. 18 da Lei 12.527, de 2011, que estabelece que os procedimentos de reviso de decises denegatrias proferidas no recurso previsto em seu art. 15 e de reviso de classificao de documentos sigilosos sero objeto de regulamentao prpria dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, em seus respectivos mbitos; considerando a necessidade de definio, no mbito do Tribunal, dos procedimentos afetos implantao da sistemtica disposta pela mencionada Lei 12.527, de 2011; e considerando os estudos e os pareceres constantes do processo TC 036.981/2011-7, resolve: CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 1 O acesso informao e a aplicao da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, no mbito do Tribunal de Contas da Unio (TCU), observa esta Resoluo, bem como as disposies constitucionais, legais e regimentais vigentes. 1

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Art. 2 Para os efeitos desta Resoluo, considera-se: I - informao: dados, processados ou no, que podem ser utilizados para produo e transmisso de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; II - documento: unidade de registro de informaes, qualquer que seja o suporte ou formato; III - informao sigilosa: aquela submetida temporariamente restrio de acesso pblico nos termos da lei; IV - informao pessoal: aquela relacionada pessoa natural identificada ou identificvel; V - tratamento da informao: conjunto de aes referentes captura, produo, recepo, classificao, utilizao, acesso, reproduo, transporte, transmisso, distribuio, arquivamento, armazenamento, eliminao, avaliao, destinao ou controle da informao; VI - disponibilidade: qualidade da informao que pode ser conhecida e utilizada por indivduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VII - autenticidade: qualidade da informao que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivduo, equipamento ou sistema; VIII - integridade: qualidade da informao no modificada, inclusive quanto origem, trnsito e destino; IX - primariedade: qualidade da informao coletada na fonte, com o mximo de detalhamento possvel, sem modificaes; X - interessado: pessoa que encaminhou ao TCU pedido de acesso informao nos termos da Lei 12.527, de 2011; no se confunde com o conceito de interessado a que se refere o art. 144, 2, do Regimento Interno; e XI - gestor da informao: unidade ou projeto do Tribunal que, no exerccio de suas competncias, produz informaes ou obtm, de fonte externa ao Tribunal, informaes de propriedade de pessoa fsica ou jurdica. CAPTULO II DO DIREITO INFORMAO Art. 3 O direito fundamental de acesso informao assegurado pelo Tribunal nos termos desta Resoluo e executado em conformidade com os princpios bsicos da dministrao Pblica e com as seguintes diretrizes: I - observncia da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceo; II - divulgao de informaes de interesse pblico, independentemente de solicitaes; III - utilizao de meios de comunicao viabilizados pela tecnologia da informao (TI); IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparncia na Administrao Pblica; e V - desenvolvimento do controle social da Administrao Pblica. 1 O direito de acesso informao ser franqueado, mediante procedimentos objetivos e geis, de forma transparente, clara e em linguagem de fcil compreenso.

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2 disposta em normativo especfico do Tribunal a classificao das informaes produzidas ou custodiadas pelo TCU, de modo a assegurar o atendimento de requisitos como o controle de acesso e de divulgao das informaes. Art. 4 direito de qualquer interessado obter junto ao TCU: I - orientao sobre os procedimentos para acesso, bem como sobre o local onde poder ser encontrada ou obtida a informao almejada; II - informao contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados pelo Tribunal, recolhidos ou no a arquivos pblicos; III - informao produzida ou custodiada por pessoa fsica ou entidade privada decorrente de qualquer vnculo com o Tribunal, mesmo que esse vnculo j tenha cessado; IV - informao primria, ntegra, autntica e atualizada; V - informao sobre atividades exercidas pelo Tribunal, inclusive as relativas sua poltica, organizao e servios; VI - informao pertinente administrao do patrimnio pblico, utilizao de recursos pblicos, licitao, contratos administrativos; VII - informao relativa: a) implementao, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e aes do Tribunal, bem como metas e indicadores propostos; e b) ao resultado de inspees, auditorias, prestaes e tomadas de contas realizadas pelo Tribunal, incluindo prestaes de contas relativas a exerccios anteriores. VIII - demais informaes cujo acesso assegurado em lei. 1 O direito de acesso aos documentos ou s informaes neles contidas utilizados como fundamento da tomada de deciso e do ato administrativo ser assegurado com a edio do ato decisrio respectivo, que, no caso de processo de controle externo, ser o acrdo do TCU ou despacho do relator com deciso de mrito. 2 O Presidente ou relatores podero, nos processos de sua competncia, autorizar a divulgao total ou parcial das informaes ou dos documentos mencionados no 1 deste artigo anteriormente prolao do ato decisrio. 3 No poder ser negado acesso informao necessria tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. 4 As informaes ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violao dos direitos humanos por agentes pblicos ou a mando de autoridades pblicas no podero ser objeto de restrio de acesso, ressalvado o disposto no art. 22 da Lei 12.527, de 2011. 5 A negativa de acesso s informaes, quando no fundamentada, sujeitar o responsvel a medidas disciplinares. 6 Aplica-se, no que couber, a Lei 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relao informao de pessoa, fsica ou jurdica, constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de carter pblico. Art. 5 Informado do extravio da informao solicitada, poder o interessado requerer ao Presidente do Tribunal a imediata abertura de sindicncia para apurar o desaparecimento da respectiva documentao. 3

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Pargrafo nico. Verificada a hiptese prevista no caput, o responsvel pela guarda da informao extraviada dever, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegao. CAPTULO III DO ACESSO INFORMAO Seo I Das Formas de Acesso Art. 6 O acesso a informaes pblicas produzidas ou custodiadas pelo TCU ser viabilizado mediante: I - divulgao na Internet, para acesso pblico, de informaes de interesse coletivo ou geral; II - atendimento de pedido de acesso informao; III - disponibilizao de equipamento para o prprio interessado consultar informaes de interesse coletivo ou geral, bem como solicitar informao, nos termos desta Resoluo, mediante preenchimento de formulrio eletrnico; IV - disponibilizao de outros meios para o prprio interessado pesquisar a informao solicitada nos sistemas informatizados do Tribunal; e V - outras formas de divulgao indicadas em ato do Presidente do TCU. 1 O pedido de acesso informao de que trata o inciso II pode compreender, entre outras, as seguintes hipteses: I solicitao de informao ou de cpia; II solicitao de certido ou informao para defesa de interesses particulares, coletivos ou geral; e III pedidos de vista e de cpia dos autos. 2 A disponibilizao de equipamento a que se refere o inciso III ser realizada pelas unidades localizadas nos estados e, na Sede em Braslia, pela Assessoria de Cerimonial e Relaes Institucionais, no mbito da Sala Ministro Luiz Octvio Gallotti, bem assim no Instituto Serzedello Corra, e ocorrer na medida da implantao da infraestrutura necessria e nos termos indicados em ato do Presidente do TCU. 3 Para os fins desta Resoluo, incumbem ao Protocolo Central, na Sede em Braslia, e aos Servios de Administrao do Instituto Serzedello Corra e das unidades localizadas nos estados: a) sob demanda, orientar o pblico quanto a procedimentos para acesso informao; b) sob demanda, informar sobre a tramitao de documentos no Tribunal; e c) receber pedidos de acesso informao e encaminh-los Ouvidoria unidade responsvel pela gesto dos mencionados pedidos - observado o disposto no art. 15 desta Resoluo. 4 O acesso a informaes produzidas ou custodiadas pelo Tribunal deve ser viabilizado com observncia dos dispositivos da Poltica Corporativa de Segurana da Informao do TCU.

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5 Compete Assessoria de Segurana da Informao e Governana de TI prestar as orientaes e os esclarecimentos necessrios para o cumprimento do pargrafo anterior, consultando, no que couber, o Comit de Segurana da Informao. Art. 7 Fica alterado o art. 1 da Resoluo-TCU 47, de 6 de maro de 1996, que passa a vigorar com a seguinte redao: Art. 1 Denomina-se Sala Ministro Luiz Octavio Gallotti a sala destinada prestao de assistncia a advogados, procuradores, partes e demais pessoas no que se refere concesso de vista e cpia de processos do Tribunal, bem como disponibilizao de equipamento para acesso a informaes pblicas de interesse coletivo ou geral e para pedido de informao, mediante preenchimento de formulrio eletrnico, nos termos da Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso Informao). Seo II Da Divulgao de Informaes na Internet Art. 8 Sero divulgadas as informaes pblicas produzidas ou custodiadas pelo Tribunal de interesse coletivo ou geral, mediante disponibilizao na Internet, para acesso pblico, de dados inerentes a, no mnimo: I - transparncia da gesto do TCU, que contempla: a) competncias e estrutura organizacional; b) endereos e telefones de contato com as unidades do Tribunal, bem como respectivos horrios de atendimento ao pblico externo; c) instrumentos de cooperao; d) concursos pblicos; e) relatrios institucionais estabelecidos em lei; f) prestaes de contas anuais; g) licitaes e contratos; h) execuo oramentria e financeira; i) dados gerais para acompanhamento de programas, aes, projetos e obras; j) gesto de pessoas; e k) contratos de terceirizao de mo de obra; II - exerccio do controle externo, que compreende as deliberaes dos Colegiados do TCU; III - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade; e IV - outros dados exigidos por lei. 1 As informaes sero disponibilizadas diretamente em rea de contedo do Portal TCU ou mediante indicao de acesso a outro portal governamental que promova a transparncia da Administrao Pblica ou o acesso s informaes de que trata a Lei 12.527, de 2011. 2 Incumbe a cada unidade da Secretaria do Tribunal publicar e manter atualizadas no Portal TCU as informaes inerentes sua rea de competncia ou, se couber, promover os registros pertinentes nas solues de tecnologia da informao (solues de TI) da Administrao Pblica cujos dados sejam disponibilizados em outro portal governamental. 5

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Art. 9 A publicao no Portal TCU das informaes de que trata o artigo anterior observar, no que couber, o cumprimento dos requisitos de transparncia dispostos pela Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), e pela lei de diretrizes oramentrias em vigor, bem como dos dispositivos de acesso informao da Lei 12.527, de 2011 e demais legislaes de regncia. 1 A publicao no Portal TCU pelas unidades poder ser gradualmente substituda pela disponibilizao automtica de dados viabilizada, entre outras iniciativas, mediante incremento de novas funcionalidades na soluo denominada TCU-eletrnico (e-TCU) e implantao da publicao de atos do Tribunal no dirio eletrnico previsto no 4 do art. 295 do Regimento Interno. 2 Para os fins desta Resoluo, o Portal TCU deve atender, entre outros, aos requisitos estabelecidos no 3 do art. 8 da Lei 12.527, de 2011. Art. 10. Fica includo o inciso XII no art. 4 da Resoluo-TCU n 233, de 4 de agosto de 2010, nos seguintes termos: Art. 4 (...) (...) XII - cumprimento dos requisitos de transparncia dispostos pela Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e pela lei de diretrizes oramentrias em vigor, bem como dos dispositivos de acesso informao de que trata a Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso Informao). Seo III Do Pedido de Acesso Informao Art. 11. Qualquer interessado poder apresentar pedido de acesso informao ao TCU. 1 O pedido de que trata o caput deve observar os seguintes requisitos: I - ter como destinatrio a Ouvidoria do Tribunal; II - conter a identificao do requerente e a especificao da informao requerida; III - ser efetuado preferencialmente por meio do preenchimento de formulrio eletrnico disponibilizado no Portal TCU; e IV - alternativamente, ao inciso anterior, ser formulado Ouvidoria via contato telefnico, solicitao por correspondncia ou por outro meio lcito, ou - mediante prvio agendamento via telefone - comparecimento pessoal s dependncias da Ouvidoria, na Sede em Braslia. 2 No sero exigidos os motivos determinantes da solicitao de informao de interesse pblico. Seo IV Do Atendimento de Pedido de Acesso Informao Art. 12. A Ouvidoria, sempre que possvel, prestar imediatamente a informao solicitada. Art. 13. O atendimento a pedido de informao a que se refere o 1 do art. 6 deve observar os procedimentos dispostos em normativo especfico, caso se trate de pedido formulado por responsvel ou interessado nos termos dos 1 e 2 do art. 144 do Regimento Interno ou por entidade ou rgo que detenha prerrogativa constitucional ou legal, aplicando-se subsidiariamente o estabelecido nesta Resoluo. 6

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Art. 14. Quando o pedido no puder ser atendido sem o concurso de outra unidade, a Ouvidoria requisitar as informaes unidade competente, fixando prazo para atendimento da demanda. Pargrafo nico. No caso das hipteses relacionadas no art. 17 desta Resoluo, a unidade competente encaminhar a proposta de resposta ao Presidente do Tribunal ou, conforme o caso, ao relator, com a devida cincia Ouvidoria. Art. 15. Na hiptese de o pedido no ser recebido pela Ouvidoria, a unidade recebedora poder prestar a informao solicitada, ressalvadas as hipteses previstas no art. 17 desta Resoluo e a proteo informao sigilosa. 1 Na aplicao do caput, a unidade deve cientificar de pronto a Ouvidoria quanto ao pedido recebido e informao prestada de imediato, bem como comunic-la acerca do andamento de pedido cujas tarefas necessrias ao atendimento tenham sido iniciadas, mas no concludas. 2 A unidade recebedora encaminhar imediatamente Ouvidoria os pedidos de competncia de outra unidade. Art. 16. Caso no seja possvel autorizar ou conceder o acesso imediato informao disponvel, o Tribunal dever, por meio da Ouvidoria, informar ao respectivo requerente, em prazo no superior a 20 (vinte) dias: I - data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reproduo ou obter a certido; II - razes de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou III - no possuir a informao, com indicao, se for do seu conhecimento, do rgo ou a entidade que a detm e, se couber, da remessa do pedido de informao a esse rgo ou entidade. 1 O prazo referido no caput poder ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual ser cientificado o requerente. 2 Caso a informao solicitada esteja disponvel ao pblico em formato impresso, eletrnico ou em qualquer outro meio de acesso universal, sero informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poder consultar, obter ou reproduzir a referida informao, procedimento esse que desonerar o Tribunal da obrigao de seu fornecimento direto, salvo se o requerente declarar no dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos. Art. 17. Depende de prvia autorizao do Presidente do Tribunal ou do relator o fornecimento de: I informaes relacionadas a processos de controle externo; II informaes pessoais, assim consideradas as que dizem respeito intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como s liberdades e garantias individuais, nos termos do art. 31 da Lei 12.527, de 2011; III negativa de acesso a pedido de informao; e IV dados relativos a outras hipteses previstas em ato normativo do Tribunal ou da sua Presidncia. 1 A proposta de negativa de acesso a informao deve ser encaminhada pela unidade, com a fundamentao pertinente, ao Presidente ou, conforme o caso, ao relator; 2 A autoridade mencionada no caput poder delegar competncia, para as situaes indicadas neste artigo, inclusive no que se refere negativa de pedidos idnticos aos anteriormente deliberados. 7

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Art. 18. A informao armazenada em formato digital ser fornecida nesse formato, caso haja anuncia do requerente. Art. 19. Quando se tratar de acesso informao contida em documento cuja manipulao possa prejudicar a integridade, dever ser oferecida a consulta de cpia, com certificao de que esta confere com o original. 1 Na impossibilidade de obteno de cpias, o interessado poder solicitar que, a suas expensas e sob superviso de servidor do Tribunal, a reproduo seja feita por outro meio que no ponha em risco a conservao do documento original. 2 O Comit Permanente de Avaliao de Documentos indicar, se necessrio, os documentos cuja manipulao possa prejudicar a respectiva integridade, e prestar as orientaes cabveis. Art. 20. O servio de busca e fornecimento da informao gratuito, salvo nas hipteses de reproduo de documentos pelo Tribunal, situao em que poder ser cobrado exclusivamente o valor necessrio ao ressarcimento do custo dos servios e dos materiais utilizados, nos termos indicados em normativo especfico. Pargrafo nico. Estar isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situao econmica no lhe permita faz-lo sem prejuzo do sustento prprio ou da famlia, declarada nos termos da Lei 7.115, de 29 de agosto de 1983. Art. 21. direito do requerente obter o inteiro teor de deciso de negativa de acesso, por certido ou cpia. Art. 22. Cabe Ouvidoria zelar pelo cumprimento dos prazos relativos ao atendimento de pedido de acesso informao a que se refere esta Resoluo. Art. 23. Ato do Presidente do TCU regulamentar os procedimentos para atendimento a pedido de acesso informao. Art. 24. Fica alterado o art. 69 da Resoluo TCU 191, de 2006, acrescentando-lhe o inciso III e o pargrafo nico, nos seguintes termos: Art. 69 (...) (...) III Qualquer interessado, nos termos da Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011. Pargrafo nico. As informaes ou cpias disponibilizadas na forma do inciso III obedecero normativo especfico, aplicando-se subsidiariamente esta Resoluo, ressalvada a solicitao formulada por responsvel ou interessado nos termos dos 1 e 2 do art. 144 do Regimento Interno, hiptese na qual devem ser adotados os procedimentos dispostos nesta Resoluo. Art. 25. Fica includo o pargrafo nico no art. 88 da Resoluo-TCU 191, de 21 de junho de 2006, nos seguintes termos: Art. 88 (...) Pargrafo nico. O requerimento de que trata o caput ser recebido como pedido de acesso a informao nos termos da Lei n 12.527, de 2011, e seu atendimento obedecer a normativo especfico, aplicando-se subsidiariamente esta Resoluo, ressalvada a solicitao formulada por responsvel ou interessado nos termos dos 1 e 2 do art. 144 do Regimento Interno ou por entidade ou rgo que detenha prerrogativa constitucional ou legal, hiptese na qual devem ser adotados os procedimentos dispostos nesta Resoluo. 8

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Art. 26. Ficam alterados o 2 e includo o 8 no art. 97 da Resoluo TCU 191, de 2006, nos seguintes termos: Art. 97 (...) (...) 2 Qualquer pessoa parte legtima para solicitar Presidncia vista e/ou cpia de processos encerrados que tenham sido objeto de deliberao pelo Tribunal; 8 A solicitao a que se refere o 2 deste artigo ser recebida como pedido de acesso a informao nos termos da Lei n 12.527, de 2011, e seu atendimento obedecer a normativo especfico, aplicando-se subsidiariamente esta Resoluo, ressalvada a solicitao formulada por responsvel ou interessado nos termos dos 1 e 2 do art. 144 do Regimento Interno ou por entidade ou rgo que detenha prerrogativa constitucional ou legal, hiptese na qual devem ser adotados os procedimentos dispostos nesta Resoluo. Seo V Da Proteo Informao Sigilosa Art. 27. Cabe ao TCU controlar o acesso e a divulgao de informaes sigilosas por ele produzidas ou custodiadas, assegurando a devida proteo. 1 Quando no for autorizado o acesso por se tratar de informao total ou parcialmente sigilosa, o requerente dever ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condies para interposio, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para apreciao. 2 Quando se tratar de informao parcialmente sigilosa, assegurado o acesso parte no sigilosa por meio de certido, extrato ou cpia com ocultao da parte sob sigilo. 3 O tratamento de informao sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos internacionais atender s normas e recomendaes constantes desses instrumentos. 4 O intercmbio de informaes e documentos sigilosos, para fins de fiscalizao e controle, com entidades e rgos pblicos com os quais o TCU mantenha acordo de cooperao ou instrumento congnere observar o contido na Resoluo-TCU 223, de 18 de maro de 2009. Seo VI Dos Recursos Art. 28. No caso de indeferimento de acesso informao ou s razes da negativa do acesso, poder o interessado interpor recurso contra a deciso no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua cincia. 1 O recurso ser dirigido autoridade hierarquicamente superior que exarou a deciso impugnada, que dever se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. 2 Caso a deciso denegatria tenha sido proferida pelo Presidente, Ministro ou Ministrosubstituto do Tribunal, o recurso ser encaminhado para sorteio de relator, que dever submeter a matria ao Plenrio em at 20 (vinte) dias. 3 Ao procedimento disposto neste artigo aplica-se, no que couber, a Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

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CAPTULO V DAS CONDUTAS ILCITAS Art. 29. Constituem condutas ilcitas que ensejam responsabilidade do agente pblico: I - recusar-se a fornecer informao requerida nos termos desta Resoluo, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornec-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informao que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razo do exerccio das atribuies de cargo, emprego ou funo pblica; III - agir com dolo ou m-f na anlise das solicitaes de acesso informao; IV - divulgar ou permitir a divulgao ou acessar ou permitir acesso indevido informao sigilosa ou informao pessoal; V - impor sigilo informao para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultao de ato ilegal cometido por si ou por outrem; VI - ocultar da reviso de autoridade superior competente informao sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuzo de terceiros; e VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possveis violaes de direitos humanos por parte de agentes do Estado. 1 Atendido o princpio do contraditrio, da ampla defesa e do devido processo legal, as condutas descritas no caput sero consideradas, para fins do disposto na Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, infraes administrativas, que devero ser apenadas, no mnimo, com suspenso, segundo os critrios nela estabelecidos. 2 Pelas condutas descritas no caput, poder o agente pblico responder, tambm, por improbidade administrativa, conforme o disposto na Lei 8.429, de 2 de junho de 1992. Art. 30. A pessoa fsica ou entidade privada que detiver informaes em virtude de vnculo de qualquer natureza com o TCU e deixar de observar o disposto na Lei 12.527, de 2011, estar sujeita s seguintes sanes: I - advertncia; II - multa; III - resciso do vnculo com o poder pblico; IV - suspenso temporria de participar em licitao e impedimento de contratar com a Administrao Pblica por prazo no superior a 2 (dois) anos; e V - declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administrao Pblica, at que seja promovida a reabilitao perante a prpria autoridade que aplicou a penalidade. 1 As sanes previstas nos incisos I, III e IV podero ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. 2 A reabilitao referida no inciso V ser autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao TCU dos prejuzos resultantes, quando houver, e aps decorrido o prazo da sano aplicada com base no inciso IV. 10

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3 A aplicao da sano prevista no inciso V de competncia exclusiva do Presidente do Tribunal, facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. CAPTULO VI DAS ATRIBUIES E DOS PROCEDIMENTOS GERAIS Art. 31. Anualmente, ser disponibilizado no Portal TCU e nas dependncias do Tribunal relatrio estatstico da Presidncia do Tribunal, contendo, entre outros dados, a quantidade de pedidos de informao recebidos, atendidos e indeferidos. 1 O aprimoramento da disponibilizao das informaes mencionadas no caput ocorrer na medida do provimento da infraestrutura necessria. 2 O relatrio de que trata o caput ser elaborado com subsdio em proposta formulada pela Ouvidoria. Art. 32. Para os fins desta Resoluo, incumbe s unidades e colegiados da Secretaria do Tribunal zelar pela: I - gesto transparente da informao, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgao; II - proteo da informao, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e III - proteo da informao sigilosa e da informao pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrio de acesso. Pargrafo nico. O Comit de Segurana da Informao e a Assessoria de Segurana da Informao e Governana de TI devem acompanhar, no mbito de suas competncias, o cumprimento do disposto neste artigo. Art. 33. Incumbe Comisso de Coordenao Geral no que se refere a esta Resoluo: I - assegurar o cumprimento, de forma eficiente e adequada aos objetivos da Lei 12.527, de 2011; II - monitorar a implementao e apresentar relatrios peridicos ao Presidente do TCU; III - recomendar as medidas indispensveis implementao e ao aperfeioamento das normas e procedimentos necessrios ao correto cumprimento; e IV - coordenar e acompanhar a disponibilizao, no Portal TCU, das informaes pblicas, produzidas ou custodiadas pelo Tribunal, de interesse coletivo ou geral, com o apoio, se necessrio, do Comit Gestor do Portal TCU; e V - prestar s unidades as orientaes e os esclarecimentos necessrios ao cumprimento, no TCU, da Lei 12.527, de 2011. Pargrafo nico. As atribuies deste artigo podem ser delgadas, por ato da Comisso de Coordenao Geral, a comit constitudo especificamente para tal fim. Art. 34. Fica includo o inciso XII no art. 32 da Resoluo TCU 240, de 23 de dezembro de 2010, e renumerado o inciso posterior, com a redao a seguir: Art. 32 (...) 11

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(...) XII - coordenar, no mbito do TCU, a gesto dos pedidos de acesso informao de que trata a Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, zelando pelo cumprimento dos prazos de atendimento; Art. 35. Fica alterado o inciso X do art. 86 da Resoluo-TCU 240, de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redao: Art. 86 (...) (...) X - elaborar, relativamente respectiva rea de atuao, certides a serem expedidas pelo Tribunal a pedido de interessado ou de denunciante, ou expedi-las se houver delegao, bem como realizar os demais procedimentos necessrios ao atendimento de pedido de acesso informao a que se refere a Lei n 12.527, de 2011, e divulgao, consoante normativo especfico, de informaes pblicas produzidas ou custodiadas pelo TCU de interesse coletivo ou geral; CAPTULO VII DAS DISPOSIES FINAIS Art. 36. Incubem s Secretarias de Solues de Tecnologia da Informao e de Infraestrutura de Tecnologia da Informao, no mbito de suas competncias, o fornecimento de solues de TI e de infraestrutura tecnolgica para o cumprimento desta Resoluo e o aprimoramento do Portal TCU como instrumento de promoo da transparncia e de acesso informao. Art. 37. Cabe Ouvidoria disponibilizar no Portal TCU o formulrio eletrnico a que se refere esta Resoluo e promover, sempre que necessrio, os ajustes cabveis. Art. 38. Normativo especfico ir regular, se couber, a aplicao da Lei 12.527, de 2011, no que concerne ao funcionamento da Rede Interna de Informaes do TCU e atuao do Tribunal na Rede de Controle da Administrao Pblica. Art. 39. O uso inadequado do disposto nesta Resoluo fica sujeito apurao de responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislao em vigor. Art. 40. Fica o Presidente autorizado a expedir os atos necessrios regulamentao desta Resoluo, bem como a dirimir os casos omissos. Art. 41. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao, com efeitos a partir de 16 de maio de 2012. TCU, Sala das Sesses Ministro Luciano Brando Alves de Souza, em 2 de maio de 2012. BENJAMIN ZYMLER Presidente

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TC 036.981/2011-7

ACRDO N 1050/2012 TCU Plenrio 1. Processo TC 036.981/2011-7. 2. Grupo I Classe VII Administrativo. 3. Interessado: Tribunal de Contas da Unio 4. Unidade: Tribunal de Contas da Unio. 5. Relatora: ministra Ana Arraes. 6. Representante do Ministrio Pblico: no atuou. 7. Unidade Tcnica: Secretaria-Geral da Presidncia (Segepres). 8. Advogado: no h. 9. Acrdo: VISTOS, relatados e discutidos estes autos de representao visando regulamentao da aplicao da Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso Informao) no mbito do Tribunal de Contas da Unio. ACORDAM os ministros do Tribunal de Contas da Unio reunidos em sesso do Plenrio, ante as razes expostas pela relatora, em: 9.1. com fundamento no art. 79 do Regimento Interno, acolher o parecer e aprovar o projeto de resoluo em anexo, que dispe sobre o acesso informao e a aplicao da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, no mbito do TCU; 9.2. determinar Comisso de Coordenao Geral CCG a adoo de providncias para que sejam elaboradas propostas de reviso da Resoluo TCU 217, de 15 de outubro de 2008, que dispe sobre a Poltica Corporativa de Segurana da Informao do Tribunal, bem como da Resoluo TCU n 229, de 11 de novembro de 2009, que trata da classificao das informaes produzidas ou custodiadas pelo TCU; 9.3. determinar que a elaborao da proposta de reviso da Resoluo TCU 229/2009 seja concluda at dezembro de 2012. 10. Ata n 15/2012 Plenrio. 11. Data da Sesso: 2/5/2012 Ordinria. 12. Cdigo eletrnico para localizao na pgina do TCU na Internet: AC-1050-15/12-P. 13. Especificao do quorum: 13.1. Ministros presentes: Benjamin Zymler (Presidente), Valmir Campelo, Walton Alencar Rodrigues, Augusto Nardes, Raimundo Carreiro, Jos Jorge, Jos Mcio Monteiro e Ana Arraes (Relatora). 13.2. Ministro-Substituto convocado: Marcos Bemquerer Costa. 13.3. Ministro-Substituto presente: Andr Lus de Carvalho.(Assinado Eletronicamente) (Assinado Eletronicamente)

BENJAMIN ZYMLER Presidente Fui presente:(Assinado Eletronicamente)

ANA ARRAES Relatora

LUCAS ROCHA FURTADO Procurador-Geral 1

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