lei 4504

37
Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964. Texto compilado Mensagem de veto Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I Disposições Preliminares CAPÍTULO I (Vide Decreto nº 55.891, de 1965) Princípios e Definições Art. 1° Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola. § 1° Considerase Reforma Agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade. § 2º Entendese por Política Agrícola o conjunto de providências de amparo à propriedade da terra, que se destinem a orientar, no interesse da economia rural, as atividades agropecuárias, seja no sentido de garantirlhes o pleno emprego, seja no de harmonizálas com o processo de industrialização do país. Art. 2° É assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada pela sua função social, na forma prevista nesta Lei. § 1° A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social quando, simultaneamente: a) favorece o bemestar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famílias; b) mantém níveis satisfatórios de produtividade; c) assegura a conservação dos recursos naturais; d) observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem. § 2° É dever do Poder Público: a) promover e criar as condições de acesso do trabalhador rural à propriedade da terra economicamente útil, de preferência nas regiões onde habita, ou, quando as circunstâncias regionais, o aconselhem em zonas previamente ajustadas na forma do disposto na regulamentação desta Lei; b) zelar para que a propriedade da terra desempenhe sua função social, estimulando planos para a sua racional utilização, promovendo a justa remuneração e o acesso do trabalhador aos benefícios do aumento da produtividade e ao bemestar coletivo. § 3º A todo agricultor assiste o direito de permanecer na terra que cultive, dentro dos termos e limitações desta Lei, observadas sempre que for o caso, as normas dos contratos de trabalho. § 4º É assegurado às populações indígenas o direito à posse das terras que ocupam ou que lhes sejam atribuídas de acordo com a legislação especial que disciplina o regime tutelar a que estão sujeitas. Art. 3º O Poder Público reconhece às entidades privadas, nacionais ou estrangeiras, o direito à propriedade da terra em condomínio, quer sob a forma de cooperativas quer como sociedades abertas constituídas na forma da legislação em vigor. Parágrafo único. Os estatutos das cooperativas e demais sociedades, que se organizarem na forma prevista neste artigo, deverão ser aprovados pelo Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (I.B.R.A.) que estabelecerá condições mínimas para a democratização dessas sociedades.

Upload: kowal-alcemir

Post on 26-Sep-2015

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Lei 4504

TRANSCRIPT

  • PresidnciadaRepblicaCasaCivil

    SubchefiaparaAssuntosJurdicos

    LEIN4.504,DE30DENOVEMBRODE1964.

    Textocompilado

    MensagemdevetoDispesobreoEstatutodaTerra,edoutrasprovidncias.

    OPRESIDENTEDAREPBLICA,FaosaberqueoCongressoNacionaldecretaeeusancionoaseguinteLei:

    TTULOI

    DisposiesPreliminares

    CAPTULOI(VideDecreton55.891,de1965)

    PrincpioseDefinies

    Art.1EstaLei regulaosdireitoseobrigaesconcernentesaosbens imveis rurais,paraos finsdeexecuodaReformaAgrriaepromoodaPolticaAgrcola.

    1ConsideraseReformaAgrriaoconjuntodemedidasquevisemapromovermelhordistribuiodaterra,mediantemodificaesnoregimedesuaposseeuso,afimdeatenderaosprincpiosdejustiasocialeaoaumentodeprodutividade.

    2EntendeseporPolticaAgrcolaoconjuntodeprovidnciasdeamparopropriedadedaterra,quesedestinemaorientar,nointeressedaeconomiarural,asatividadesagropecurias,sejanosentidodegarantirlhesoplenoemprego,sejanodeharmonizlascomoprocessodeindustrializaodopas.

    Art.2asseguradaatodosaoportunidadedeacessopropriedadedaterra,condicionadapelasuafunosocial,naformaprevistanestaLei.

    1Apropriedadedaterradesempenhaintegralmenteasuafunosocialquando,simultaneamente:

    a)favoreceobemestardosproprietriosedostrabalhadoresquenelalabutam,assimcomodesuasfamlias

    b)mantmnveissatisfatriosdeprodutividade

    c)asseguraaconservaodosrecursosnaturais

    d)observaasdisposieslegaisqueregulamasjustasrelaesdetrabalhoentreosqueapossuemeacultivem.

    2deverdoPoderPblico:

    a) promover e criar as condies de acesso do trabalhador rural propriedade da terra economicamente til, depreferncianasregiesondehabita,ou,quandoascircunstnciasregionais,oaconselhememzonaspreviamenteajustadasnaformadodispostonaregulamentaodestaLei

    b) zelar para que a propriedade da terra desempenhe sua funo social, estimulando planos para a sua racionalutilizao, promovendo a justa remunerao e o acesso do trabalhador aos benefcios do aumento da produtividade e aobemestarcoletivo.

    3Atodoagricultorassisteodireitodepermanecernaterraquecultive,dentrodostermose limitaesdestaLei,observadassemprequeforocaso,asnormasdoscontratosdetrabalho.

    4asseguradospopulaesindgenasodireitopossedasterrasqueocupamouquelhessejamatribudasdeacordocomalegislaoespecialquedisciplinaoregimetutelaraqueestosujeitas.

    Art.3OPoderPblicoreconhecesentidadesprivadas,nacionaisouestrangeiras,odireitopropriedadedaterraemcondomnio,quersobaformadecooperativasquercomosociedadesabertasconstitudasnaformadalegislaoemvigor.

    Pargrafonico.Osestatutosdascooperativasedemaissociedades,queseorganizaremna formaprevistanesteartigo, devero ser aprovados pelo Instituto Brasileiro deReformaAgrria (I.B.R.A.) que estabelecer condiesmnimasparaademocratizaodessassociedades.

  • Art.4ParaosefeitosdestaLei,definemse:

    I"ImvelRural",oprdiorstico,dereacontnuaqualquerquesejaasualocalizaoquesedestinaexploraoextrativa agrcola, pecuria ou agroindustrial, quer atravs de planos pblicos de valorizao, quer atravs de iniciativaprivada

    II "Propriedade Familiar", o imvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua famlia, lhesabsorvatodaaforadetrabalho,garantindolhesasubsistnciaeoprogressosocialeeconmico,comreamximafixadaparacadaregioetipodeexplorao,eeventualmentetrabalhocomaajudadeterceiros

    III"MduloRural",areafixadanostermosdoincisoanterior

    IV"Minifndio",oimvelruraldereaepossibilidadesinferioressdapropriedadefamiliar

    V"Latifndio",oimvelruralque:

    a)excedaadimensomximafixadanaformadoartigo46,1,alneab,destaLei,tendoseemvistaascondiesecolgicas,sistemasagrcolasregionaiseofimaquesedestine

    b) no excedendo o limite referido na alnea anterior, e tendo rea igual ou superior dimenso do mdulo depropriedade rural, sejamantido inexploradoem relaospossibilidades fsicas, econmicase sociaisdomeio, com finsespeculativos,ousejadeficienteou inadequadamenteexplorado,demodoavedarlhea inclusonoconceitodeempresarural

    VI"EmpresaRural"oempreendimentodepessoafsicaou jurdica,pblicaouprivada,queexploreeconmicaeracionalmente imvel rural, dentro de condio de rendimento econmico ...Vetado... da regio em que se situe e queexplore reamnima agricultvel do imvel segundo padres fixados, pblica e previamente, pelo Poder Executivo. Paraesse fim, equiparamse s reas cultivadas, as pastagens, as matas naturais e artificiais e as reas ocupadas combenfeitorias

    VII"Parceleiro",aquelequevenhaaadquirirlotesouparcelasemreadestinadaReformaAgrriaoucolonizaopblicaouprivada

    VIII "Cooperativa Integral de Reforma Agrria (C.I.R.A.)", toda sociedade cooperativa mista, de natureza civil,...Vetado... criada nas reas prioritrias de Reforma Agrria, contando temporariamente com a contribuio financeira etcnicadoPoderPblico, atravsdo InstitutoBrasileirodeReformaAgrria, coma finalidadede industrializar, beneficiar,prepararepadronizaraproduoagropecuria,bemcomorealizarosdemaisobjetivosprevistosnalegislaovigente

    IX "Colonizao", todaaatividadeoficialouparticular,quesedestineapromoveroaproveitamentoeconmicodaterra,pelasuadivisoempropriedadefamiliarouatravsdeCooperativas...Vetado...

    Pargrafonico.Noseconsideralatifndio:

    a)oimvelrural,qualquerquesejaasuadimenso,cujascaractersticasrecomendem,sobopontodevistatcnicoeeconmico,aexploraoflorestalracionalmenterealizada,medianteplanejamentoadequado

    b)oimvelrural,aindaquededomnioparticular,cujoobjetodepreservaoflorestaloudeoutrosrecursosnaturaishajasidoreconhecidoparafinsdetombamento,pelorgocompetentedaadministraopblica.

    Art. 5 A dimenso da rea dos mdulos de propriedade rural ser fixada para cada zona de caractersticaseconmicaseecolgicashomogneas,distintamente,portiposdeexploraoruralquenelapossamocorrer.

    Pargrafo nico. No caso de exploraomista, omdulo ser fixado pelamdia ponderada das partes do imveldestinadasacadaumdostiposdeexploraoconsiderados.

    CAPTULOII

    DosAcordoseConvnios

    Art. 6 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero unir seus esforos e recursos, medianteacordos, convnios ou contratos para a soluo de problemas de interesse rural, principalmente os relacionados com aaplicao da presente Lei, visando a implantao da Reforma Agrria e unidade de critrios na execuo desta.(VideMedidaProvisrian2.18356,de24.8.2001)

    Pargrafonico.ParaosefeitosdaReformaAgrria,oInstitutoBrasileirodeReformaAgrriarepresentaraUnionosacordos,convniosoucontratosmultilateraisreferidosnesteartigo.

    1oParaosefeitosdaReformaAgrria,oInstitutoNacionaldeColonizaoeReformaAgrriaINCRArepresentaraUnionosacordos,convniosoucontratosmultilaterais referidosnesteartigo. (IncludopelaMedidaProvisrian2.18356,de2001)

  • 2oAUnio,medianteconvnio,poderdelegaraosEstados,aoDistritoFederaleaosMunicpiosocadastramento,asvistoriaseavaliaesdepropriedadesruraissituadasnoseuterritrio,bemcomooutrasatribuiesrelativasexecuodo Programa Nacional de Reforma Agrria, observados os parmetros e critrios estabelecidos nas leis e nos atosnormativosfederais.(IncludopelaMedidaProvisrian2.18356,de2001)

    3oOconvniodequetrataocaputsercelebradocomosEstados,comoDistritoFederalecomosMunicpiosquetenham institudo rgo colegiado, coma participao das organizaes dos agricultores familiares e trabalhadores ruraissemterra,mantidaaparidadede representaoentreopoderpblicoeasociedadecivil organizada, coma finalidade deformular propostas para a adequada implementao da poltica agrria. (Includo pela Medida Provisria n 2.18356, de2001)

    4oParaarealizaodavistoriaeavaliaodoimvelruralparafinsdereformaagrria,poderoEstadoutilizarsedeforapolicial.(IncludopelaMedidaProvisrian2.18356,de2001)

    5oOconvniodequetrataocaputdeverpreverqueaUniopoderutilizarservidoresintegrantesdosquadrosdepessoal dosrgosedasentidades daAdministraoPblica dosEstados, doDistrito Federal e dosMunicpios, para aexecuodasatividadesreferidasnesteartigo.(IncludopelaMedidaProvisrian2.18356,de2001)

    Art. 7MedianteacordocomaUnio,osEstadospoderoencarregar funcionrios federaisdaexecuodeLeiseservios estaduais ou de atos e decises das suas autoridades, pertinentes aos problemas rurais, e, reciprocamente, aUnio poder, em matria de sua competncia, cometer a funcionrios estaduais, encargos anlogos, provendo snecessriasdespesasdeconformidadecomodispostonopargrafoterceirodoartigo18daConstituioFederal.

    Art.8Osacordos,convniosoucontratospoderoconterclusulaquepermitaexpressamenteaadesodeoutraspessoasdedireitopblico, internoouexterno, bemcomodepessoas fsicasnacionaisouestrangeiras, noparticipantesdiretadosatosjurdicoscelebrados.

    Pargrafonico.Aadesoefetivarsecomasnotificaooficial spartescontratantes, independentementedecondiooutermo.

    CAPTULOIII

    DasTerrasPblicaseParticulares

    SEOI

    DasTerrasPblicas

    Art.9Dentreasterraspblicas,teroprioridade,subordinandoseaositensprevistosnestaLei,asseguintes:

    IasdepropriedadedaUnio,quenotenhamoutradestinaoespecfica

    II as reservadas pelo Poder Pblico para servios ou obras de qualquer natureza, ressalvadas as pertinentes segurana nacional, desde que o rgo competente considere sua utilizao econmica compatvel com a atividadeprincipal,sobaformadeexploraoagrcola

    IIIasdevolutasdaUnio,dosEstadosedosMunicpios.

    Art.10.OPoderPblicopoderexplorardiretaouindiretamente,qualquerimvelruraldesuapropriedade,unicamentepara finsdepesquisa,experimentao,demonstraoe fomento,visandoaodesenvolvimentodaagricultura,aprogramasdecolonizaooufinseducativosdeassistnciatcnicaedereadaptao.

    1Somenteseadmitiraexistnciadeimveisruraisdepropriedadepblica,comobjetivosdiversosdosprevistosnesteartigo,emcartertransitrio,desdequenohajaviabilidadedetransferilosparaapropriedadeprivada.

    2Executadososprojetosdecolonizaonos imveis ruraisdepropriedadepblica,comobjetivosdiversosdosprevistosnesteartigo,emcartertransitrio.

    3Os imveis ruraispertencentesUnio,cujautilizaonoseenquadrenos termosdesteartigo,poderosertransferidosaoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,oucomelepermutadosporatodoPoderExecutivo.

    Art.11.OInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaficainvestidodepoderesderepresentaodaUnio,parapromoveradiscriminaodas terrasdevolutas federais, restabelecidaa instnciaadministrativadisciplinadapeloDecretoLein.9.760,de5desetembrode1946,ecomautoridadeparareconhecerasposseslegtimasmanifestadasatravsdeculturaefetivaemoradahabitual,bemcomoparaincorporaraopatrimniopblicoasterrasdevolutasfederaisilegalmenteocupadaseasqueseencontraremdesocupadas.

    1Atravsdeconvnios,celebradoscomosEstadoseMunicpios,iguaispoderespoderoseratribudosaoInstitutoBrasileiro deReformaAgrria, quanto s terras devolutas estaduais emunicipais, respeitada a legislao local, o regime

  • jurdicoprpriodasterrassituadasnafaixadafronteiranacionalbemcomoaatividadedosrgosdevalorizaoregional.

    2 Tanto quanto possvel, o Instituto Brasileiro de Reforma Agrria imprimir ao instituto das terras devolutasorientao tendente a harmonizar as peculiaridades regionais com os altos interesses do desbravamento atravs dacolonizaoracionalvisandoaerradicarosmalesdominifndioedolatifndio.

    SEOII

    DasTerrasParticulares

    Art.12.propriedadeprivadadaterracabeintrinsecamenteumafunosocialeseuusocondicionadoaobemestarcoletivoprevistonaConstituioFederalecaracterizadonestaLei.

    Art. 13. O Poder Pblico promover a gradativa extino das formas de ocupao e de explorao da terra quecontrariemsuafunosocial.

    Art.14.OPoderPblicofacilitareprestigiaracriaoeaexpansodeempresasruraisdepessoasfsicasejurdicasque tenhampor finalidadeo racionaldesenvolvimentoextrativoagrcola,pecurioouagroindustrial.Tambmpromoveraampliaodosistemacooperativoeorganizaodaquelasempresas,emcompanhiasqueobjetivemademocratizaodocapital.

    Art.14.OPoderPblicofacilitareprestigiaracriaoeaexpansodeassociaesdepessoasfsicasejurdicasquetenhamporfinalidadeoracionaldesenvolvimentoextrativoagrcola,pecurioouagroindustrial,epromoveraampliaodo sistema cooperativo, bemcomode outrasmodalidades associativas e societrias que objetivema democratizao docapital.(RedaodadaMedidaProvisrian2.18356,2001)

    1o Para a implementao dos objetivos referidos neste artigo, os agricultores e trabalhadores rurais poderoconstituir entidades societrias por cotas, em forma consorcial ou condominial, com a denominao de "consrcio" ou"condomnio",nostermosdosarts.3oe6odestaLei.(IncludopelaMedidaProvisrian2.18356,de2001)

    2o OsatosconstitutivosdessassociedadesdeveroserarquivadosnaJuntaComercial, quandoelaspraticarematos de comrcio, e no Cartrio de Registro das Pessoas Jurdicas, quando no envolver essa atividade. (Includo pelaMedidaProvisrian2.18356,de2001)

    Art.15.AimplantaodaReformaAgrriaemterrasparticularesserfeitaemcarterprioritrio,quandosetratardezonascrticasoudetensosocial.

    TTULOII

    DaReformaAgrria

    CAPTULOI

    DosObjetivosedosMeiosdeAcessoPropriedadeRural

    Art.16.AReformaAgrriavisaaestabelecerumsistemaderelaesentreohomem,apropriedaderuraleousodaterra,capazdepromoverajustiasocial,oprogressoeobemestardotrabalhadorruraleodesenvolvimentoeconmicodopas,comagradualextinodominifndioedolatifndio.

    Pargrafo nico. O Instituto Brasileiro de Reforma Agrria ser o rgo competente para promover e coordenar aexecuodessareforma,observadasasnormasgeraisdapresenteLeiedoseuregulamento.

    Art. 17. O acesso propriedade rural ser promovido mediante a distribuio ou a redistribuio de terras, pelaexecuodequalquerdasseguintesmedidas:

    a)desapropriaoporinteressesocial

    b)doao

    c)compraevenda

    d)arrecadaodosbensvagos

    e)reversoposse(Vetado)doPoderPblicodeterrasdesuapropriedade,indevidamenteocupadaseexploradas,aqualquerttulo,porterceiros

    f)heranaoulegado.

    Art.18.desapropriaoporinteressesocialtemporfim:

  • a)condicionarousodaterrasuafunosocial

    b)promoverajustaeadequadadistribuiodapropriedade

    c)obrigaraexploraoracionaldaterra

    d)permitirarecuperaosocialeeconmicaderegies

    e)estimularpesquisaspioneiras,experimentao,demonstraoeassistnciatcnica

    f)efetuarobrasderenovao,melhoriaevalorizaodosrecursosnaturais

    g)incrementaraeletrificaoeaindustrializaonomeiorural

    h) facultar a criaodereasdeproteo fauna, flora oua outros recursosnaturais, a fimdepreservlos deatividadespredatrias.

    Art.19.Adesapropriao farsena formaprevistanaConstituioFederal,obedecidasasnormasconstantesdapresenteLei.

    1Seforintentadadesapropriaoparcial,oproprietriopoderoptarpeladesapropriaodetodooimvelquelhepertence,quandoareaagricultvelremanescente,inferioracinqentaporcentodareaoriginal,ficar:

    a)reduzidaasuperfcieinferioratrsvezesadimensodomdulodepropriedadeou

    b)prejudicadasubstancialmenteemsuascondiesdeexploraoeconmica,casosejaoseuvalor inferioraodapartedesapropriada.

    2Paraefeitodedesapropriaoobservarseoosseguintesprincpios:

    a)paraafixaodajustaindenizao,naformadoartigo147,1,daConstituioFederal, levarseoemcontaovalordeclaradodo imvelparaefeitodo ImpostoTerritorialRural,ovalorconstantedocadastroacrescidodasbenfeitoriascomacorreomonetriaporventuracabvel,apuradanaformadalegislaoespecfica,eovalorvenaldomesmo

    b)opoderexpropriantenoserobrigadoaconsignar,parafinsdeimissodepossedosbens,quantiasuperiorquelhestiversidoatribudapeloproprietrionasualtimadeclarao,exigidapelaLeidoImpostodeRenda,apartirde1965,sesetratardepessoafsicaouovalorconstantedoativo,sesetratardepessoajurdica,numenoutrocasocomacorreomonetriacabvel

    c) efetuada a imisso de posse, fica assegurado ao expropriado o levantamento de oitenta por cento da quantiadepositadaparaobtenodamedidapossessria.

    3Salvopormotivodenecessidadeouutilidadepblica,estoisentosdadesapropriao:

    a)osimveisruraisque,emcadazona,noexcederemdetrsvezesomdulodeprodutodepropriedade,fixadonostermosdoartigo4,incisoIII

    b)osimveisquesatisfizeremosrequisitospertinentesempresarural,enunciadosnoartigo4,incisoVI

    c) os imveis que, embora no classificados como empresas rurais, situados fora da rea prioritria de ReformaAgrria,tiveremaprovadospeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,eemexecuoprojetosqueemprazodeterminado,oselevemquelacategoria.

    4Oforocompetenteparadesapropriaoodasituaodoimvel.

    5 De toda deciso que fixar o preo em quantia superior oferta formulada pelo rgo expropriante, haver,obrigatoriamente, recurso de ofcio para o Tribunal Federal de Recursos. Verificado, em ao expropriatrio, ter o imvelvalorsuperioraodeclaradopeloexpropriado,eapuradaamfouodolodeste,poderasentenacondenlopenalidadeprevistanoartigo49,3,destaLei,deduzindosedovalordaindenizaoomontantedapenalidade.

    Art.20.AsdesapropriaesaseremrealizadaspeloPoderPblico,nasreasprioritrias,recairosobre:

    Iosminifndioselatifndios

    IIasreasjbeneficiadasouaseremporobraspblicasdevulto

    III as reas cujos proprietrios desenvolverem atividades predatrias, recusandose a pr em prtica normas deconservaodosrecursosnaturais

    IVasreasdestinadasaempreendimentosdecolonizao,quandoestesnotiveremlogradoatingirseusobjetivos

  • Vasreasqueapresentemelevadaincidnciadearrendatrios,parceiroseposseiros

    VIasterrascujousoatual,estudoslevadosaefeitopeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrriacomprovemnoseroadequadosuavocaodeusoeconmico.

    Art. 21. Em reas de minifndio, o Poder Pblico tomar as medidas necessrias organizao de unidadeseconmicasadequadas,desapropriando,aglutinandoeredistribuindoasreas.

    Art. 22. o Instituto Brasileiro de Reforma Agrria autorizado, para todos os efeitos legais, a promover asdesapropriaesnecessriasaocumprimentodapresenteLei.

    Pargrafonico.AUniopoderdesapropriar,porinteressesocial,bensdodomniodosEstados,Municpios,DistritoFederaleTerritrios,precedidooato,emqualquercaso,deautorizaolegislativa.

    Art.23.Osbensdesapropriadosporsentenadefinitiva,umavezincorporadosaopatrimniopblico,nopodemserobjetodereivindicao,aindaquefundadaemnulidadedoprocessodedesapropriao.Qualqueraojulgadaprocedente,resolverseemperdasedanos.

    Pargrafonico.AregradesteartigoaplicaseaosimveisruraisincorporadosaodomniodaUnio,emconseqnciadeaespormotivodeenriquecimentoilcitoemprejuzodoPatrimnioFederal,osquaistransferidosaoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,seroaplicadosaosobjetivosdestaLei.

    CAPTULOII

    DaDistribuiodeTerras

    Art.24.AsterrasdesapropriadasparaosfinsdaReformaAgrriaque,aqualquerttulo,vieremaserincorporadasaopatrimnio do InstitutoBrasileiro deReformaAgrria, respeitada a ocupao de terras devolutas federaismanifestada emculturaefetivaemoradiahabitual,spoderoserdistribudas:

    Isobaformadepropriedadefamiliar,nostermosdasnormasaprovadaspeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrria

    IIaagricultorescujosimveisruraissejamcomprovadamenteinsuficientesparaosustentoprprioeodesuafamlia

    IIIparaaformaodeglebasdestinadasexploraoextrativa,agrcola,pecuriaouagroindustrial,porassociaesdeagricultoresorganizadassobregimecooperativo

    IV para fins de realizao, a cargo do Poder Pblico, de atividades de demonstrao educativa, de pesquisa,experimentao,assistnciatcnicaedeorganizaodecolniasescolas

    V para fins de reflorestamento ou de conservao de reservas florestais a cargo daUnio, dosEstados ou dosMunicpios.

    Art.25.AsterrasadquiridaspeloPoderPblico,nostermosdestaLei,deveroservendidas,atendidasascondiesdemaioridade,sanidadeedebonsantecedentes,oudereabilitao,deacordocomaseguinteordemdepreferncia:

    Iaoproprietriodoimveldesapropriado,desdequevenhaaexploraraparcela,diretamenteouporintermdiodesuafamlia

    IIaosquetrabalhemnoimveldesapropriadocomoposseiros,assalariados,parceirosouarrendatrios

    IIIaosagricultorescujaspropriedadesnoalcancemadimensodapropriedadefamiliardaregio

    IV aos agricultores cujas propriedades sejam comprovadamente insuficientes para o sustento prprio e o de suafamlia

    V aos tecnicamentehabilitadosna formad legislaoemvigor,ouque tenhamcomprovadacompetnciaparaaprticadasatividadesagrcolas.

    1Naordemdeprefernciadequetrataesteartigo,teroprioridadeoschefesdefamlianumerosascujosmembrosseproponhamaexerceratividadeagrcolanareaaserdistribuda.

    2Spoderoadquirirlotesostrabalhadoressemterra,salvoasexceesprevistasnestaLei.

    3Nopoderserbeneficiriodadistribuiodeterrasaqueserefereesteartigooproprietriorural,salvonoscasosdos incisos I, III e IV, nem quem exera funo pblica, autrquica ou em rgo paraestatal, ou se ache investido deatribuiesparafiscais.

    4Sobpenadenulidade,qualqueralienaoouconcessodeterraspblicas,nasregiesprioritrias,definidasnaforma do artigo 43, ser precedida de consulta ao Instituto Brasileiro de Reforma Agrria, que se pronunciar

  • obrigatoriamentenoprazodesessentadias.

    Art.26.NadistribuiodeterrasreguladaporesteCaptulo,ressalvarsesempreaprioridadepblicadosterrenosdemarinhaeseusacrescidosnaorlaocenicaena faixamarginaldos rios federais,atondese faasentira influnciadasmars,bemcomoareservamargemdosriosnavegveisedosqueformamosnavegveis.

    CAPTULOIII

    DoFinanciamentodaReformaAgrria

    SEOI

    DoFundoNacionaldeReformaAgrria

    Art. 27. criado o Fundo Nacional de Reforma Agrria, destinado a fornecer os meios necessrios para ofinanciamentodaReformaAgrriaedosrgosincumbidosdasuaexecuo.

    Art.27.criadooFundoNacionaldaReformaedoDesenvolvimentoAgrrioFUNMIRAD,destinadoafornecerosmeios necessrios para o financiamento daReformaAgrria e dosrgos incumbidos da sua execuo. (Redao dadapeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989)Pargrafonico.OFUNMIRADfundoespecialdenaturezacontbil,regidopelasnormasdeexecuooramentriaefinanceiraaplicveisAdministraoDireta.(IncludopeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989)

    Art. 27. criado o Fundo Nacional de Reforma Agrria, destinado a fornecer os meios necessrios para ofinanciamentodaReformaAgrriaedosrgosincumbidosdasuaexecuo.

    Art.28.OFundoNacionaldeReformaAgrriaserconstitudo:IdoprodutodaarrecadaodaContribuiodeMelhoriacobradapelaUniodeacordocomalegislaovigenteIIdadestinaoespecficade3%(trsporcento)dareceitatributriadaUnio IIIdosrecursosdestinadosemleiSuperintendnciadePolticaAgrria(SUPRA),ressalvadoodispostonoartigo117 IV dos recursosoriundosdasverbasdergosedeentidadesvinculadosporconvniosao InstitutoBrasileirodeReformaAgrriaVdedoaesrecebidasVIdareceitadoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria. 1Os recursos de que tratam os incisos I e II, deste artigo, bem como os provenientes de quaisquer crditosadicionais destinados execuo dos planos nacional e regionais deReformaAgrria, no podero ser suprimidos, nemaplicadosemoutrosfins.(RevogadopeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989)2OssaldosdessasdotaesempoderdoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaouaseufavor,verificadosnofinaldecadaexerccio,noprescrevem,eseroaplicados,nasuatotalidade,emconsonnciacomosobjetivosdapresenteLei.(RevogadopeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989) 3 Os tributos, dotaes e recursos referidos nos incisos deste artigo tero a destinao, durante vinte anos,vinculadaexecuodosprogramasdaReformaAgrria.(RevogadopeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989)4OsatosrelativosreceitadoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaconstitudapelosrecursosprevistosnoincisoII,epelosresultadosapuradosnoexerccioanterior,nashiptesesdosincisosI,IIIeIV,considerarseoregistrados,peloTribunaldeContas,a1dejaneiro,eosrespectivosrecursosdistribudosaoTesouroNacional,queosdepositarnoBancodoBrasil,disposiodoreferidoInstituto,emquatroparcelas,at31de janeiro,30deabril,31de julhoe31deoutubro,respectivamente.(RevogadopeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989)

    Art . 28. So recursos do FUNMIRAD: (Redao dada pelo Decreto Lei n 2.431, de 1988 e rejeitado pelo AtoDeclaratriode14.6.1989)IdotaesconsignadasnoOramentoGeraldaUnioeemcrditosadicionais(RedaodadapeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989)IIrecursosdoFundodeInvestimentoSocialFINSOCIAL,nostermosdo5doart.1doDecretolein1.940,de25demaiode1982,comaredaodadapeloart.22doDecretolein2.397,de21dedezembrode1987(RedaodadapeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989) IIIdoaesrealizadasporentidadesnacionaisouinternacionais,pblicasouprivadas(RedaodadapeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989) IV recursos oriundos de acordos, ajustes, contratos e convnios celebrados com rgos e entidades daAdministraoPblicaFederal,EstadualouMunicipal (RedaodadapeloDecretoLein2.431,de1988e rejeitado peloAtoDeclaratriode14.6.1989)Vemprstimosdeinstituiesfinanceiras,nacionaisouinternacionaise(RedaodadapeloDecretoLein2.431,de1988erejeitadopeloAtoDeclaratriode14.6.1989) VI quaisquer outros recursos atribudos aoMinistrio daReforma e doDesenvolvimentoAgrrio, desde que novinculados a projetos ou atividades especficos(Redao dada pelo Decreto Lei n 2.431, de 1988 e rejeitado pelo AtoDeclaratriode14.6.1989)

  • Art.28.OFundoNacionaldeReformaAgrriaserconstitudo:

    IdoprodutodaarrecadaodaContribuiodeMelhoriacobradapelaUniodeacordocomalegislaovigente

    IIdadestinaoespecficade3%(trsporcento)dareceitatributriadaUnio

    IIIdosrecursosdestinadosemleiSuperintendnciadePolticaAgrria(SUPRA),ressalvadoodispostonoartigo117

    IV dos recursosoriundosdasverbasdergosedeentidadesvinculadosporconvniosao InstitutoBrasileirodeReformaAgrria

    Vdedoaesrecebidas

    VIdareceitadoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria.

    1Os recursos de que tratam os incisos I e II, deste artigo, bem como os provenientes de quaisquer crditosadicionais destinados execuo dos planos nacional e regionais deReformaAgrria, no podero ser suprimidos, nemaplicadosemoutrosfins.

    2OssaldosdessasdotaesempoderdoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaouaseufavor,verificadosnofinaldecadaexerccio,noprescrevem,eseroaplicados,nasuatotalidade,emconsonnciacomosobjetivosdapresenteLei.

    3 Os tributos, dotaes e recursos referidos nos incisos deste artigo tero a destinao, durante vinte anos,vinculadaexecuodosprogramasdaReformaAgrria.

    4OsatosrelativosreceitadoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaconstitudapelosrecursosprevistosnoincisoII,epelosresultadosapuradosnoexerccioanterior,nashiptesesdosincisosI,IIIeIV,considerarseoregistrados,peloTribunaldeContas,a1dejaneiro,eosrespectivosrecursosdistribudosaoTesouroNacional,queosdepositarnoBancodoBrasil,disposiodoreferidoInstituto,emquatroparcelas,at31de janeiro,30deabril,31de julhoe31deoutubro,respectivamente.

    Art.29.AlmdosrecursosdoFundoNacionaldeReformaAgrria,aexecuodosprojetosregionaiscontarcomascontribuies financeiras dos rgos e entidades vinculadas por convnios ao Instituto Brasileiro de Reforma Agrria,notadamenteosdevalorizaoregional,comoaSuperintendnciadoDesenvolvimentoEconmicodoNordeste(SUDENE),a Superintendncia do Plano de Valorizao Econmica da Amaznia (SPVEA) a Comisso do Vale do So Francisco(CVSF)eaSuperintendnciadoPlanodeValorizaoEconmicadaRegiodaFronteiraSudoestedoPas(SUDOESTE),osquaisdeverodestinar,paraestefim,vinteporcento,nomnimodesuasdotaesglobais.

    Pargrafonico.Osrecursosreferidosnesteartigo,depoisdeaprovadososplanosparaasrespectivasregies,seroentreguesaoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,que,paraaexecuodestes,contribuircomigualquantia.

    Art. 30. Para fins da presente Lei, o Poder Executivo autorizado a receber doaes, bem como a contrairemprstimosnopasenoexterior,atolimitefixadonoartigo105.

    Art.31.oInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaautorizadoa:

    I firmar convnios comosEstados,Municpios, entidadespblicase privadas, para financiamento, execuoouadministraodosplanosregionaisdeReformaAgrria

    IIcolocarosttulosdaDvidaAgrriaNacionalparaosfinsdestaLei

    IIIrealizaroperaesfinanceirasoudecompraevendaparaosobjetivosdestaLei

    IVpraticaratos,tantonocontenciosocomonoadministrativo, inclusiveosrelativosdesapropriaopor interessesocialouporutilidadeounecessidadepblicas.

    SEOII

    DoPatrimniodorgodeReformaAgrria

    Art.32.OPatrimniodoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaserconstitudo:

    IdoFundoNacionaldeReformaAgrria

    IIdosbensdasentidadespblicasincorporadasaoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria

    IIIdasterrasedemaisbensadquiridosaqualquerttulo.

    CAPTULOIV

  • DaExecuoedaAdministraodaReformaAgrria

    SEOI

    DosPlanosNacionaleRegionaisdeReformaAgrria

    Art.33.AReformaAgrriaserrealizadapormeiodeplanosperidicos,nacionaiseregionais,comprazoseobjetivosdeterminados,deacordocomprojetosespecficos.

    Art.34.OPlanoNacionaldeReformaAgrria,elaboradopeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaeaprovadopeloPresidentedaRepblica,consignarnecessariamente:

    Iadelimitaodereasregionaisprioritrias

    IIaespecificaodosrgosregionais,zonaselocais,quevieremasercriadosparaaexecuoeaadministraodaReformaAgrria

    IIIadeterminaodosobjetivosquedeverocondicionaraelaboraodosPlanosRegionais

    IVahierarquizaodasmedidasaseremprogramadaspelosrgospblicos,nasreasprioritrias,nossetoresdeobrasdesaneamento,educaoeassistnciatcnica

    VafixaodoslimitesdasdotaesdestinadasexecuodoPlanoNacionaledecadaumdosplanosregionais.

    1Umavezaprovados,osPlanosteroprioridadeabsolutaparaatuaodosrgoseserviosfederaisjexistentesnasreasescolhidas.

    2 As entidades pblicas e privadas que firmarem acordos, convnios ou tratados com o Instituto Brasileiro deReforma Agrria, nos termos desta Lei, assumiro, igualmente compromisso expresso, quanto prioridade aludida nopargrafoanterior,relativamenteaosassuntoseserviosdesuaaladanasrespectivasreas.

    Art.35.OsPlanosRegionaisdeReformaAgrriaantecedero,sempre,qualquerdesapropriaoporinteressesocial,eseroelaboradospelasDelegaciasRegionaisdoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria(I.B.R.A.),obedecidososseguintesrequisitosmnimos:

    Idelimitaodareadeao

    IIdeterminaodosobjetivosespecficosdaReformaAgrrianaregiorespectiva

    IIIfixaodasprioridadesregionais

    IVextensoelocalizaodasreasdesapropriveis

    Vprevisodasobrasdemelhoria

    VIestimativadasinversesnecessriasedoscustos.

    Art.36.Osprojetoselaboradospararegiesgeoeconmicasougruposdeimveisrurais,quepossamsertratadosemcomum,deveroconsignar:

    Iolevantamentoscioeconmicodarea

    IIostiposeasunidadesdeexploraoeconmicaperfeitamentedeterminadosecaracterizados

    III asobrasde infraestruturaeosrgosdedefesaeconmicadosparceleirosnecessrios implementaodoprojeto

    IVocustodosinvestimentoseoseuesquemadeaplicao

    Vosserviosessenciaisasereminstaladosnocentrodacomunidade

    VIarendafamiliarquesepretendealcanar

    VII a colaborao a ser recebida dos rgos pblicos ou privados que celebrarem convnios ou acordos para aexecuodoprojeto.

    SEOII

    DosrgosEspecficos

    Art.37.SorgosespecficosparaaexecuodaReformaAgrria:

  • IoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria(I.B.R.A.)IIasDelegaciasRegionaisdoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria(I.B.R.A.)IIIasComissesAgrrias. 1 O Instituto Brasileiro de Reforma Agrria (I.B.R.A.), rgo autrquico, dotado de personalidade jurdica eautonomiafinanceira,comsedenaCapitaldaRepblicaejurisdioemtodooterritrionacional,diretamentesubordinadoPresidnciadaRepblica.2OInstitutoBrasileirodeReformaAgrriatemasseguintesatribuies:a)promoveraelaboraoecoordenaraexecuodoPlanoNacionaldeReformaAgrria,asersubmetidoaprovaodoPresidentedaRepblica b) sugerir ao Presidente da Repblica as medidas necessrias articulao e cooperao das trs ordensadministrativasdaRepblicaparaaexecuodoPlanoNacional deReformaAgrria, inclusiveasalteraesdapresenteLei,bemcomoosatoscomplementaresquesetornaremnecessrios c)promover,diretaou indiretamente,aexecuodaReformaAgrria,nombitonacional,orientando, fiscalizandoeassistindo tecnicamente os rgos executivos regionais, zonais e locais, bem como coordenando os rgos federaisinteressadosnaexecuodapresenteLeiedoseuRegulamento d) administrar o FundoNacional deReformaAgrria, promover ou firmar convnios e colocar os ttulos daDvidaAgrriaNacional,emitidosnostermosdestaLeiedeseuRegulamento e) promovera criaodasDelegaciasRegionaisdaReformaAgrriaedasComissesAgrrias, bemcomooutrosrgoseserviosdescentralizadosquesetornaremnecessriosparaexecuodapresenteLeif)exercerquaisqueroutrasatividadescompatveiscomasfinalidadesdestaLei,inclusivebaixandoosatosnormativostendentesafacilitaroseufuncionamento,nostermosdoregulamentoqueforexpedido.

    Art.37.SorgosespecficosparaaexecuodaReformaAgrria:(RedaodadapelaDecretoLein582,de1969)

    IOGrupoExecutivodaReformaAgrria(GERA)(RedaodadapelaDecretoLein582,de1969)

    IlOInstitutoBrasileirodeReformaAgrria(IBRA),diretamente,ouatravsdesuasDelegaciasRegionais(RedaodadapelaDecretoLein582,de1969)

    IIIasComissesAgrrias.(RedaodadapelaDecretoLein582,de1969)

    Art. 38. O Instituto Brasileiro de Reforma Agrria ser dirigido por uma Diretoria composta de cinco membros,nomeadospeloPresidentedaRepblica,dentrebrasileirosdenotvelsabereidoneidadedepoisdeaprovadaaescolhapeloSenadoFederal. 1OPresidente do InstitutoBrasileiro deReformaAgrria, tambmnomeado com prvia aprovao doSenadoFederal,dentreosmembrosdaDiretoria,terremuneraocorrespondenteasetentaecincoporcentodoquepercebemosMinistrosdeEstado.2OPoderExecutivoestabelecernaregulamentaodestaLei,asfunesdoPresidenteedosdemaismembrosdaDiretoriadoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria.3Integraro,ainda,aadministraodoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria:a)umConselhoTcnico,anualmenterenovadopelotero,constitudopornovemembrosdecomprovadaexperincianocampodosproblemasrurais,commandatosrenovveisdetrsanos,tendocomoPresidenteodoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriab)umaSecretariaExecutiva.4OsmembrosdoConselhoTcnicoserodenomeaodoPresidentedaRepblica,eoSecretrioExecutivo,deconfianaenomeaodoPresidentedoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria.

    Art.38.OIBRAserdirigidoporumPresidentenomeadopeloPresidentedaRepblica.(RedaodadapelaDecretoLein582,de1969)

    1OPresidentedoIBRAteraremuneraocorrespondentea75%(setentaecincoporcento)doquepercebemosMinistrosdeEstado.(RedaodadapelaDecretoLein582,de1969)

    2Integraro,ainda,aAdministraoSuperiordoIBRADiretores,atomximodeseis,denomeaodoPresidentedoIBRA,medianteaprovaodoGERA.(RedaodadapelaDecretoLein582,de1969)

    Art. 39.AoConselhoTcnico competir discutir e propor asdiretrizesdosplanosnacional e regionais deReformaAgrria,estudaresugerirmedidasdecarterlegislativoeadministrativo,necessriasboaexecuodaReforma.

    Art. 40. Secretaria Executiva competir elaborar e promover a execuo do plano nacional deReformaAgrria,assessorar asDelegaciasRegionais, analisar os projetos regionais e dirigir a vida administrativa do InstitutoBrasileiro deReformaAgrria.

    Art. 41. As Delegacias Regionais do Instituto Brasileiro de Reforma Agrria (I.B.R.A.), cada qual dirigida por umDelegado Regional, nomeado pelo Presidente do Instituto Brasileiro de Reforma Agrria dentre tcnicos de comprovadaexperinciaemproblemasagrriosereconhecidaidoneidade,sorgosexecutoresdaReformanasregiesdopas,comreas de jurisdio, competncia e funes que sero fixadas na regulamentao da presente Lei, compreendendo a

  • elaboraodocadastro,classificaodas terras, formasecondiesdeusoatualepotencialdapropriedade,preparodaspropostasdedesapropriao,eseleodoscandidatosaquisiodasparcelas.

    Pargrafo nico. Dentro de cento e oitenta dias, aps a publicao do decreto que a criar, a Delegacia RegionalapresentaraoPresidentedoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaoplanoregionaldeReformaAgrria,naformaprevistanestaLei.

    Art. 42. A Comisso Agrria, constituda de um representante do Instituto Brasileiro de Reforma Agrria, que apresidir,de trs representantesdos trabalhadores rurais,eleitosou indicadospelosrgosdeclasse respectivos,de trsrepresentantes dos proprietrios rurais eleitos ou indicados pelos rgos de classe respectivos, um representantecategorizadodeentidadepblicavinculadaagriculturaeum representantedosestabelecimentosdeensinoagrcola,orgocompetentepara:

    Iinstruireencaminharospedidosdeaquisioededesapropriaodeterras

    IImanifestarsesobrealistadecandidatosselecionadosparaaadjudicaodelotes

    IIIoferecersugestesDelegaciaRegionalnaelaboraoeexecuodosprogramasregionaisdeReformaAgrria

    IV acompanhar, at sua implantao, os programas de reformas nas reas escolhidas, mantendo a DelegaciaRegionalinformadasobreoandamentodostrabalhos.

    1AComissoAgrriaserconstitudaquandoestiverdefinidaareaprioritria regionaldereformaagrriae tervignciaataimplantaodosrespectivosprojetos.

    2Vetado.

    SEOIII(VideDecreton55.891,de1965)

    DoZoneamentoedosCadastros

    Art.43.OInstitutoBrasileirodeReformaAgrriapromoverarealizaodeestudosparaozoneamentodopasemregieshomogneasdopontodevistascioeconmicoedascaractersticasdaestruturaagrria,visandoadefinir:

    Iasregiescrticasqueestoexigindoreformaagrriacomprogressivaeliminaodosminifndiosedoslatifndios

    IIasregiesemestgiomaisavanadodedesenvolvimentosocialeeconmico,emquenoocorramtenesnasestruturasdemogrficaseagrrias

    III as regies j economicamente ocupadas em que predomine economia de subsistncia e cujos lavradores epecuaristascareamdeassistnciaadequada

    IV as regies ainda em fase de ocupao econmica, carentes de programa de desbravamento, povoamento ecolonizaodereaspioneiras.

    1 Para a elaborao do zoneamento e caracterizao das reas prioritrias, sero levados em conta,essencialmente,osseguinteselementos:

    a)aposiogeogrficadasreas,emrelaoaoscentroseconmicosdevriasordens,existentesnopas

    b) o grau de intensidade de ocorrncia de reas em imveis rurais acima demil hectares e abaixo de cinqentahectares

    c)onmeromdiodehectaresporpessoaocupada

    d)aspopulaesrurais,seuincrementoanualeadensidadeespecficadapopulaoagrcola

    e)arelaoentreonmerodeproprietrioseonmeroderendeiros,parceiroseassalariadosemcadarea.

    2AdeclaraodereasprioritriasserfeitapordecretodoPresidentedaRepblica,mencionando:

    a)acriaodaDelegaciaRegionaldoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriacomaexatadelimitaodesuareadejurisdio

    b)aduraodoperododeintervenogovernamentalnarea

    c)osobjetivosaalcanar,principalmenteonmerodeunidadesfamiliaresecooperativasaseremcriadas

    d)outrasmedidasdestinadasaatenderapeculiaridadesregionais.

  • Art.44.Soobjetivosdoszoneamentosdefinidosnoartigoanterior:

    Iestabelecerasdiretrizesdapolticaagrriaaseradotadaemcadatipoderegio

    IIprogramaraaodosrgosgovernamentais,paradesenvolvimentodosetorrural,nasregiesdelimitadascomodemaiorsignificaoeconmicaesocial.

    Art.45.AfimdecompletarostrabalhosdezoneamentoseroelaboradospeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrrialevantamentoseanlisespara:

    IorientarasdisponibilidadesagropecuriasnasreassobocontroledoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaquantomelhor destinao econmica das terras, adoo de prticas adequadas segundo as condies ecolgicas, capacidadepotencialdeusoemercadosinternoeexterno

    IIrecuperar,diretamente,medianteprojetosespeciais,asreasdegradadasemvirtudedeusopredatrioeausnciademedidasdeproteodosrecursosnaturaisrenovveisequesesituememregiesdeelevadovaloreconmico.

    Art.46.OInstitutoBrasileirodeReformaAgrriapromoverlevantamentos,comutilizao,noscasosindicados,dosmeiosprevistosnoCaptuloIIdoTtuloI,paraaelaboraodocadastrodosimveisruraisemtodoopas,mencionando:

    Idadosparacaracterizaodosimveisruraiscomindicao:

    a)doproprietrioedesuafamlia

    b)dosttulosdedomnio,danaturezadaposseedaformadeadministrao

    c)dalocalizaogeogrfica

    d)dareacomdescriodaslinhasdedivisasenomedosrespectivosconfrontantes

    e)dasdimensesdastestadasparaviaspblicas

    f)dovalordasterras,dasbenfeitorias,dosequipamentosedasinstalaesexistentesdiscriminadamente

    IInaturezaecondiesdasviasdeacessoerespectivasdistnciasdoscentrosdemogrficosmaisprximoscompopulao:

    a)at5.000habitantes

    b)demaisde5.000a10.000habitantes

    c)demaisde10.000a20.000habitantes

    d)demaisde20.000a50.000habitantes

    e)demaisde50.000a100.000habitantes

    f)demaisde100.000habitantes

    IIIcondiesdaexploraoedousodaterra,indicando:

    a) as percentagens da superfcie total em cerrados, matas, pastagens, glebas de cultivo (especificadamente emexploraoeinexplorados)eemreasinaproveitveis

    b)ostiposdecultivoedecriao,asformasdeproteoecomercializaodosprodutos

    c)ossistemasdecontratodetrabalho,comdiscriminaodearrendatrios,parceirosetrabalhadoresrurais

    d)asprticasconservacionistasempregadaseograudemecanizao

    e)osvolumeseosndicesmdiosrelativosproduoobtida

    f)ascondiesparaobeneficiamentodosprodutosagropecurios.

    1Nasreasprioritriasdereformaagrriaserocomplementadasasfichascadastraiselaboradasparaatendersfinalidades fiscais, com dados relativos ao relevo, s pendentes, drenagem, aos solos e a outras caractersticasecolgicasquepermitamavaliaracapacidadedousoatualepotencial,efixarumaclassificaodasterrasparaosfinsderealizaodeestudosmicroeconmicos,visando,essencialmente,determinaoporamostragemparacadazonaeformadeexplorao:

    a) das reasmnimasoumdulos depropriedade rural determinadosdeacordo comelementos enumeradosneste

  • pargrafoe,maisa forade trabalhodoconjunto familiarmdio,onvel tecnolgicopredominanteea renda familiaraserobtida

    b)doslimitesmximospermitidosdereasdosimveisrurais,osquaisnoexcederoaseiscentasvezesomdulomdiodapropriedaderuralnemaseiscentasvezesareamdiadosimveisrurais,narespectivazona

    c)dasdimensestimasdoimvelruraldopontodevistadorendimentoeconmico

    d)dovalordasterrasemfunodascaractersticasdoimvelrural,daclassificaodacapacidadepotencialdeusoedavocaoagrcoladasterras

    e)doslimitesmnimosdeprodutividadeagrcolaparaconfrontocomosmesmosndicesobtidosemcadaimvelnasreasprioritriasdereformaagrria.

    2Oscadastrosseroorganizadosdeacordocomnormasefichasaprovadaspelo InstitutoBrasileirodeReformaAgrria na forma indicada no regulamento, e podero ser executados centralizadamente pelos rgos de valorizaoregional,pelosEstadosoupelosMunicpios,casoemqueoInstitutoBrasileirodeReformaAgrrialhesprestarassistnciatcnicaefinanceiracomoobjetivodeacelerarsuarealizaoemreasprioritriasdeReformaAgrria.

    3Oscadastrosteroemvistaapossibilidadedegarantiraclassificao,aidentificaoeogrupamentodosvriosimveis rurais que pertenam a um nico proprietrio, ainda que situados em municpios distintos, sendo fornecido aoproprietrioocertificadodecadastronaformaindicadanaregulamentaodestaLei.

    4Oscadastrosserocontinuamenteatualizadosparainclusodasnovaspropriedadesqueforemsendoconstitudase,nomnimo,decincoemcincoanosserofeitasrevisesgeraisparaatualizaodasfichasjlevantadas.

    5 Podero os proprietrios requerer a atualizao de suas fichas, dentro de um ano da data dasmodificaessubstanciaisrelativasaosrespectivosimveisrurais,desdequecomprovadasasalteraes,acritriodoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria.

    6 No caso de imvel rural em comum por fora de herana, as partes ideais, para os fins desta Lei, seroconsideradascomosedivisohouvesse,devendosercadastradaareaque,napartilha,tocariaacadaherdeiroeadmitidososdemaisdadosmdiosverificadosnareatotaldoimvelrural.

    7Ocadastroinscreverovalordecadaimveldeacordocomoselementosenumeradosnesteartigo,combasenadeclaraodoproprietriorelativaaovalordaterranua,quandonoimpugnadopeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,ouovalorqueresultardaavaliaocadastral.

    TTULOIII

    DaPolticadeDesenvolvimentoRural

    CAPTULOI(Regulamento)

    DaTributaodaTerra

    SEOI

    CritriosBsicos

    Art.47.Para incentivarapolticadedesenvolvimentorural,oPoderPblicoseutilizardatributaoprogressivadaterra, do Imposto de Renda, da colonizao pblica e particular, da assistncia e proteo economia rural e aocooperativismoe,finalmente,daregulamentaodousoepossetemporriosdaterra,objetivando:

    Idesestimularosqueexercemodireitodepropriedadesemobservnciadafunosocialeeconmicadaterra

    II estimulararacionalizaodaatividadeagropecuriadentrodosprincpiosdeconservaodosrecursosnaturaisrenovveis

    IIIproporcionarrecursosUnio,aosEstadoseMunicpiosparafinanciarosprojetosdeReformaAgrria

    IVaperfeioarossistemasdecontroledaarrecadaodosimpostos.

    SEOII

    DoImpostoTerritorialRural

    Art.48.Observarseo,quantoaoImpostoTerritorialRural,osseguintesprincpios:

    I aUniopoderatribuir,porconvnio,aosEstadoseMunicpios,o lanamento, tendoporbaseos levantamentos

  • cadastraisexecutadoseperiodicamenteatualizados

    IIaUniotambmpoderatribuir,porconvnio,aosMunicpios,aarrecadao,ficandoaelesgarantidaautilizaodaimportnciaarrecadada

    IIIquandoaarrecadaoforatribuda,porconvnio,aoMunicpio,Uniocaberocontroledacobrana

    IVaspocasdecobranadeveroserfixadasemregulamento,detalformaque,emcadaregio,seajustem,omaispossvel,aosperodosnormaisdecomercializaodaproduo

    Voimpostoarrecadadosercontabilizadodiariamentecomodepsitoordem,exclusivamente,doMunicpio,aquepertencereaeleentreguediretamentepelasrepartiesarrecadadoras,noltimodiatildecadams

    VI o impostono incidir sobrestiosdereanoexcedenteavintehectares,quandooscultivesoucomsuafamlia,oproprietrioquenopossuaoutroimvel(artigo29,pargrafonico,daConstituioFederal).

    Art. 49. As normas gerais para a fixao do imposto territorial obedecero a critrios de progressividade eregressividade,levandoseemcontaosseguintesfatores:IosvaloresdaterraedasbenfeitoriasdoimvelIIareaedimensesdoimveledasglebasdediferentesusosIIIasituaodoimvelemrelaoaoselementosdoincisoIIdoartigo46IVascondiestcnicaseeconmicasdeexploraoagropecuriaindustrialVanaturezadaposseeascondiesdecontratosdearrendatrios,parceiroseassalariadosVIaclassificaodasterrasesuasformasdeusoerentabilidadeVIIareatotalagricultveldoconjuntodeimveisruraisdeummesmoproprietrionopas.1Osfatoresmencionadosnesteartigo,exceofeitadosindicadosnoincisoIII,serodeclaradospeloproprietrioouobtidosemlevantamentocadastral.2Todososproprietriosruraisficamobrigados,paraosfinsprevistosnestaLei,afazerdeclaraodepropriedade,nosprazosesegundonormasfixadasnaregulamentaodestaLei.3Asdeclaraesdosproprietrios,parafornecimentodedadosdestinadosinscriocadastral,sofeitassobsuainteiraresponsabilidadee,nocasodedolooumf,osobrigaroaopagamentoemdobrodostributosrealmentedevidos,almdasmultasdecorrentesdasdespesascomasverificaesnecessrias.

    Art. 49. As normas gerais para a fixao do imposto sobre a propriedade territorial rural obedecero a critrios deprogressividadeeregressividade,levandoseemcontaosseguintesfatores:(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    Iovalordaterranua(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    IIareadoimvelrural(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    IIIograudeutilizaodaterranaexploraoagrcola,pecuriaeflorestal(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    IVograudeeficinciaobtidonasdiferentesexploraes(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    Vareatotal,noPas,doconjuntodeimveisruraisdeummesmoproprietrio.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    1 Os fatores mencionados neste artigo sero estabelecidos com base nas informaes apresentadas pelosproprietrios, titulares do domnio til ou possuidores, a qualquer ttulo, de imveis rurais, obrigados a prestar declaraopara cadastro, nos prazos e segundo normas fixadas na regulamentao desta Lei. (Redao dada pela Lei n 6.746, de1979)

    2Orgo responsvel pelo lanamentodo impostopoderefetuar o levantamentoea revisodasdeclaraesprestadaspelosproprietrios, titularesdodomniotiloupossuidores,aqualquerttulo,de imveisrurais,procedendoseaverificaes"inloco"senecessrio.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    3Asdeclaraesprevistasnopargrafoprimeiroseroapresentadassobinteiraresponsabilidadedosproprietrios,titulares do domnio til ou possuidores, a qualquer ttulo, de imvel rural, e, no caso de dolo ou mf, os obrigar aopagamentoemdobrodostributosdevidos,almdasmultasdecorrentesedasdespesascomasverificaesnecessrias.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    4 Fica facultado ao rgo responsvel pelo lanamento, quando houver omisso dos proprietrios, titulares dodomnio til ou possuidores, a qualquer ttulo, de imvel rural, na prestao da declarao para cadastro, proceder aolanamento do imposto com a utilizao de dados indicirios, alm da cobrana de multas e despesas necessrias apuraodosreferidosdados.(IncludopelaLein6.746,de1979)

    Art.50.Ovalorbsicodoimpostoserdeterminadoemalquotadedoisdcimosporcentosobreovalorrealdaterra

  • nua,declaradopeloproprietrioenoimpugnadopelorgocompetente,ouresultantedaavaliaocadastral.1Levandoseemcontaareatotalagricultveldoconjuntodeimveisdeummesmoproprietrionopas,nestesconsideradasasreascorrespondentess fraes ideaisquandoemcondomnio, essevalorbsicosermultiplicadoporumcoeficientedeprogressividade,deacordocomaseguintetabela:a)reatotalnomximoigualmdiaponderadadosmdulosdereaestabelecidosparaasvriasregiesemquesesituemaspropriedades:coeficienteumb)reamaiordoqueumaatdezvezesomdulodefinidonaalneaa:coeficienteumemeioc)reamaiordoquedez,attrintavezesomdulodefinidonaalneaa:coeficientedoisd)reamaiordoquetrinta,atoitentavezesomdulodefinidonaalneaa:coeficientedoisemeioe)reamaiordoqueoitenta,atcentoecinqentavezesomdulodefinidonaalneaa:coeficientetrsf)reamaiordoquecentoecinqenta,attrezentasvezesomdulodefinidonaalneaa:coeficientetrsemeiog)reamaiordoquetrezentas,atseiscentasvezesomdulodefinidonaalneaa:coeficientequatroh)reasuperioraseiscentasvezesomdulodefinidonaalneaa:coeficientequatroemeio.2OprodutodamultiplicaodovalorbsicopelocoeficienteprevistonopargrafoanteriorsermultiplicadoporumcoeficientedelocalizaoqueaumenteoimpostoemfunodaproximidadeaoscentrosdeconsumodefinidosnoincisoIIdoartigo46,edasdistncias,condiesenaturezadeviasdeacessoaos referidoscentros.Talcoeficiente,variandonoterritrionacionaldeumaumeseisdcimos,serfixadoportabelaaserbaixadapordecretodoPresidentedaRepblica,paracadaregioconsideradanozoneamentoprevistonoartigo.3Ovalorobtidopelaaplicaododispostonopargrafoanteriorsermultiplicadoporumcoeficientequeaumenteoudiminuaaquelevalor,segundoanaturezadaposseeascondiesdoscontratosdetrabalho,naformaseguinte: a)segundoograudealheamentodoproprietrionaadministraoenasresponsabilidadesdeexploraodo imvelrural, segundo a forma e natureza dos contratos de arrendamento e parceria, e falta de atendimento em condiescondignas de conforto domstico e de higiene aos arrendatrios, parceiros e assalariados coeficientes que aumentemaquelevalor,variandodeumaumeseisdcimos,naformaaserestabelecidanaregulamentaodestaLei b) segundo o grau de dependncia e de participao do proprietrio nos frutos, na administrao e nasresponsabilidadesdaexploraodoimvelruralemfunodasfacilidadesconcedidasparahabilitao,educaoesadedos assalariados coeficientes que diminuam o valor do imposto de um a trs dcimos, na forma a ser estabelecida naregulamentaodestaLei.4UmavezobtidososelementoscadastraisrelativosaoitemIIIdoartigo46efixadososndicesprevistosno1deste artigo, o valor obtido pela aplicao do disposto n o pargrafo anterior ser multiplicado por um coeficiente queaumenteoudiminuaaquelevalor,segundoascondiestcnicoeconmicasdeexplorao,naformaseguinte:a)naproporoemqueaexploraosefaacomrentabilidadeinferioraoslimitesmnimosfixadosnaformado1doartigo46ecombasenotipo,condiesdecultivoenveltecnolgicodeexploraocoeficientesqueaumentemovalordoimposto,variandodeumaumemeio,naformaaserestabelecidanaregulamentaodestaLei b) na proporo em que a explorao se faa com rentabilidade superior aomnimo referido na alnea anterior, esegundoograudeatendimentovocaoeconmicadaterra,empregodeprticasdecultivooudecriaoadequados,eprocessos de beneficiamento ou industrializao dos produtos agropecurios coeficientes que diminuam o valor doimposto,variandoelesdeumaquatrodcimos,naformaaserestabelecidapelaregulamentaodestaLei.5Seoimpostoterritorialrurallanadoforsuperioraodoexerccioanterior,mesmoqueareaagricultvelexploradadoimvelruralsejainferioraomnimonecessrioparaclassificlocomoempresarural,nostermosdoartigo4,incisoVI,serpermitidoaoseuproprietrio requerer reduodeatcinqentaporcentodo imposto lanado,desdeque,em funodascaractersticasecolgicasdazonaondeselocalizeoreferidoimvel,elaboreprojetodeampliaodareaexploradaeomesmosejaconsideradosatisfatriopeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrria. 6 No caso de propriedade em condomnio, o coeficiente de progressividade referido no pargrafo primeiro sercalculadocomomdiaponderadaemqueoscoeficientesdatabelacorrespondentessituaodecadacondminodefinidanocorpodomesmopargrafosomultiplicadospelasuareaidealeaofinalsomadosedivididaasomapelareatotaldapropriedade. 7Oscoeficientesdeprogressividadedeque tratamesteartigoeospargrafosanterioressseroaplicadossterrasnoaproveitadasracionalmente.8Asflorestasoumatas,asreasdereflorestamentoeasporelasocupadas,cujaconservaofornecessria,nostermosdalegislaoflorestal,nopodemsertributadas.8Asflorestasoumatasdepreservaopermanente,definidasnosarts.2e3daLei4.771,de15desetembrode1965, no podem ser tributadas, excetuandose as reas por elas ocupadas, que ficam sujeitas incidncia do ITR.(RedaodadapeloDecretoLein57,de1966,

    Art.50.Paraclculodoimposto,aplicarsesobreovalordaterranua,constantedadeclaraoparacadastro,enoimpugnadopelorgocompetente,ouresultantedeavaliao,aalquotacorrespondenteaonmerodemdulosfiscaisdoimvel,deacordocomatabelaadiante:(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    NMERODEMDULOSFISCAIS AlquotasAt2.................................................................................................................... 0,2%Acimade2at3................................................................................................. 0,3%Acimade3at4................................................................................................. 0,4%Acimade4at5................................................................................................. 0,5%

  • Acimade5at6................................................................................................. 0,6%Acimade6at7................................................................................................. 0,7%Acimade7at8................................................................................................. 0,8%Acimade8at9................................................................................................. 0,9%Acimade9at10............................................................................................... 1,0%Acimade10at15............................................................................................. 1,2%Acimade15at20............................................................................................. 1,4%Acimade20at25............................................................................................. 1,6%Acimade25at30............................................................................................. 1,8%Acimade30at35............................................................................................. 2,0%Acimade35at40............................................................................................. 2,2%Acimade40at50............................................................................................. 2,4%Acimade50at60............................................................................................. 2,6%Acimade60at70............................................................................................. 2,8%Acimade70at80............................................................................................. 3,0%Acimade80at90........................................................................................... 3,2%Acimade90at100........................................................................................... 3,4%Acimade100...................................................................................................... 3,5%

    1Oimpostonoincidirsobreoimvelrural,ouconjuntodeimveisrurais,dereaigualouinferioraummdulofiscal, desde que seu proprietrio, titular do domnio til ou possuidor, a qualquer ttulo, o cultive s ou com sua famlia,admitidaaajudaeventualdeterceiros.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    2OmdulofiscaldecadaMunicpio,expressoemhectares,serdeterminadolevandoseemcontaosseguintesfatores:(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    a)otipodeexploraopredominantenoMunicpio:

    Ihortifrutigranjeira

    Ilculturapermanente

    IIIculturatemporria

    IVpecuria

    Vflorestal

    b)arendaobtidanotipodeexploraopredominante

    c)outrasexploraesexistentesnoMunicpioque,emboranopredominantes,sejamexpressivasemfunodarendaoudareautilizada

    d)oconceitode"propriedadefamiliar",definidonoitemIIdoartigo4destaLei.

    3OnmerodemdulosfiscaisdeumimvelruralserobtidodividindosesuareaaproveitveltotalpelomodulofiscaldoMunicpio.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    4ParaosefeitosdestaLeiconstituireaaproveitveldo imvel ruralaque forpassveldeexploraoagrcola,pecuriaouflorestal.Noseconsideraaproveitvel:(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    a)areaocupadaporbenfeitoria

    b)areaocupadaporflorestaoumatadeefetivapreservaopermanente,oureflorestadacomessnciasnativas

    c)areacomprovadamenteimprestvelparaqualquerexploraoagrcola,pecuriaouflorestal.

  • 5Oimpostocalculadonaformadocaputdesteartigopoderserobjetodereduodeat90%(noventaporcento)attulodeestmulofiscal,segundoograudeutilizaoeconmicadoimvelrural,daformaseguinte:(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    a)reduodeat45%(quarentaecincoporcento),pelograudeutilizaodaterra,medidopelarelaoentreareaefetivamenteutilizadaeareaaproveitveltotaldoimvelrural

    b)reduodeat45%(quarentaecincoporcento),pelograudeeficincianaexplorao,medidopelarelaoentreorendimento obtido por hectare para cada produto explorado e os correspondentes ndices regionais fixados pelo PoderExecutivoemultiplicadopelograudeutilizaodaterra,referidonaalnea"a"destepargrafo.

    6Areduodoimpostodequetratao5desteartigonoseaplicarparaoimvelque,nadatadolanamento,noestejacomoimpostodeexercciosanterioresdevidamentequitado,ressalvadasashiptesesprevistasnoartigo151doCdigoTributrioNacional.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    7OPoderExecutivopoder,mantidoolimitemximode90%(noventaporcento),alteraradistribuiopercentualprevistanasalneasaeb do 5 deste artigo, ajustandoa poltica agrcola adotadaparaasdiversas regiesdoPas.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    8Noscasosdeintemprieoucalamidadedequeresultefrustraodesafrasoumesmodestruiodepastos,paraoclculodareduoprevistanasalneas"a"e"b"do5desteartigo,poderoserutilizadososdadosdoperodoanterioraodaocorrncia,podendoaindaoMinistrodaAgriculturafixaraspercentagensdereduodoimpostoqueseroutilizadas.(RedaodadapelaLein6.746,de1979)

    9Paraos imveisruraisqueapresentaremgraudeutilizaoda terra,calculadona formadaalneaa5desteartigo,inferioraoslimitesfixadosno11,aalquotaaseraplicadasermultiplicadapelosseguintescoeficientes:(IncludopelaLein6.746,de1979)

    a)noprimeiroano:2,0(dois)

    b)nosegundoano:3,0(trs)

    c)noterceiroanoeseguintes:4,0(quatro).

    10.Emqualquerhiptese,aaplicaododispostono9noresultaremalquotasinferioresa:(IncludopelaLein6.746,de1979)

    a)noprimeiroano:2%(doisporcento)

    b)nosegundoano:3%(trsporcento)

    c)noterceiroanoeseguintes:4%(quatroporcento).

    11.Os limites referidosno9so fixadossegundoo tamanhodomdulo fiscaldoMunicpiode localizaodoimvelrural,daseguinteforma:(IncludopelaLein6.746,de1979)

    READOMDULOFISCAL GRAUDEUTILIZAODATERRAAt25hectares.......................................................... 30%Acimade25hectaresat50hectares....................... 25%Acimade50hectaresat80hectares....................... 18%Acimade80hectares................................................ 10%

    12.Noscasosdeprojetosagropecurios,asuspensodaaplicaododispostonos910e11desteartigo,poderserrequeridaporumperododeat3(trs)anos.(IncludopelaLein6.746,de1979)

    Art.51.Vetado.

    Pargrafonico.Vetado.

    Art.52.Oproprietrioruralquedesejepleitearosbenefciosreferidosnoartigo50,5,...Vetado...destaLei,deversolicitar da Unio o seu deferimento, anexando, ao requerimento, comprovante da aprovao do projeto pelo InstitutoBrasileirodeReformaAgrria.(RevogadopelaLein6.746,de1979) 1Oprojetoapresentadoao InstitutoBrasileirodeReformaAgrriaserporesteaprovadoou rejeitadodentrodo

  • prazomximodenoventadias, sendoconsideradoaprovadosedentrodesseprazonohouverpronunciamentodorgo.(RevogadopelaLein6.746,de1979)2Aprovadooprojeto,oproprietrioterprazodenoventadiasparaassinar,juntoaoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,termodecompromissodesuaexecuo.(RevogadopelaLein6.746,de1979)3Seaofinaldedoisanos,contadosdadatadaaprovaodoprojeto,noestiveremexecutadosnomnimotrintaporcentodostrabalhosneleprevistos,oInstitutoBrasileirodeReformaAgrriafarUnioacompetentenotificao,paraefeito de ser cobrada a parte reduzida ou suspensa dos impostos lanados, acrescida da taxa de correo monetria,calculadanaformadaleiqueregulaamatria.(RevogadopelaLein6.746,de1979)

    SEOIII

    DoRendimentodaExploraoAgrcolaePastoriledasIndstrias

    Extrativas,VegetaleAnimal

    Art.53.Nadeterminao,paraefeitosdoImpostodeRenda,dorendimentolquidodaexploraoagrcolaoupastoril,dasindstriasextrativas,vegetaleanimal,edetransformaodeprodutosagrcolasepecuriosfeitapeloprprioagricultoroucriador,commatriaprimadapropriedadeexplorada,aplicarseocoeficientedetrsporcentosobreovalorreferidonoincisoIdoartigo49destaLei,constantedadeclaraodebensoudobalanopatrimonial.

    1Asconstruesebenfeitoriasserodeduzidasdovalordoimposto,sobreelasnorecaindoatributaodequetrataesteartigo.

    2Nocasodenoserpossvelapurarovalorexatodasconstruesebenfeitoriasexistentes,serelearbitradoemtrintaporcentodovalordaterranua,conformedeclaraoparaefeitodopagamentodoimpostoterritorial.

    3 Igualmente ser deduzido o valor do gado, das mquinas agrcolas e das culturas permanentes, sobre eleaplicandoseocoeficientedaumporcentoparaadeterminaodarendatributvel.

    4 No caso de imvel rural explorado por arrendatrio, o valor anual do arrendamento poder ser deduzido daimportncia tributvel, calculado nos termos deste artigo e 1, 2 e 3. Admitirse essa deduo dentro do limite decinqenta por cento do respectivo valor, desde que se comuniquem repartio arrecadadora o nome e endereo doproprietrio,eovalordopagamentoquelhehouversidofeito.

    5Podertambmserdeduzidadovalortributvel,referidonopargrafoanterior,aimportnciapagapelocontribuintenoltimoexerccio,attulodeImpostoTerritorialRural.

    6Noseropermitidasquaisqueroutrasdeduesdorendimentolquidocalculadonaformadesteartigo,ressalvadoodispostonos4e5.

    7Aoproprietriodoimvelrural,totalouparcialmentearrendado,concederseodireitodeexcluirovalordosbensarrendados,desdequedeclaradoecomprovadoovalordoarrendamentoeidentificadooarrendatrio.

    8spessoasfsicasfacultadoreajustarovalordosimveisruraisemsuasdeclaraesderendaedebens,apartirdoexercciofinanceirode1965, independentementedequalquercomprovao,semquesejatributveloaumentodepatrimnio resultante desse reajustamento. s empresas rurais, organizadas sob a forma de sociedade civil, serooutorgadosidnticosbenefciosquantoaoregistrocontbileaoaumentodoativolquido.

    9faltadeintegralizaodocapitaldasempresasrurais,referidasnopargrafoanterior,noimpedeacorreodoativo,previstanesteartigo.Oaumentodoativo lquidoedocapital resultantedessacorreonopoderseraplicadonaintegralizaodeaesouquotas.

    10.Osaumentosdecapitaldaspessoasjurdicasresultantesdaincorporao,aseuativo,deaesdistribudasemvirtudedacorreomonetriarealizadaporempresasrurais,dequesejamacionistasousciasnostermosdesteartigo,nosofreroqualquertributao.Idnticaisenovigorarrelativamentesaesresultantesdaqueleaumentodecapital.

    11.Osvaloresdequetratamos8e10,desteartigo,nopoderoserinferioresaopreodeaquisiodoimveledas inversesembenfeitorias,atualizadasdeacordocomoscoeficientesdecorreomonetria, fixadospeloConselhoNacionaldeEconomia.

    Art.54.Vetado.

    1Vetado

    2Vetado

    3Vetado

    4Vetado

  • 5Vetado

    CAPTULOII

    DaColonizao

    SEOI

    DaColonizaoOficial

    Art.55.Nacolonizaooficial,oPoderPblicotomarainiciativaderecrutareselecionarpessoasoufamlias,dentroouforadoterritrionacional,reunindoasemncleosagrcolasouagroindustriais,podendoencarregarsedeseutransporte,recepo,hospedagemeencaminhamento,atasuacolocaoeintegraonosrespectivosncleos.

    Art.56.Acolonizaooficialdeverserrealizadaemterras j incorporadasaoPatrimnioPblicoouquevenhamaslo.Elaserefetuada,preferencialmente,nasreas:

    Iociosasoudeaproveitamentoinadequado

    II prximas a grandes centros urbanos e de mercados de fcil acesso, tendo em vista os problemas deabastecimento

    III dexodo,emlocaisdefcilacessoecomunicao,deacordocomosplanosnacionaiseregionaisdeviasdetransporte

    IVdecolonizaopredominantementeestrangeira,tendoemmirafacilitaroprocessodeinterculturao

    Vdedesbravamentoaolongodoseixosvirios,paraampliarafronteiraeconmicadopas.

    Art.57.Osprogramasdecolonizaotmemvista,almdosobjetivosespecificadosnoartigo56:

    Iaintegraoeoprogressosocialeeconmicodoparceleiro

    IIolevantamentodonveldevidadotrabalhadorrural

    IIIaconservaodosrecursosnaturaisearecuperaosocialeeconmicadedeterminadasreas

    IVoaumentodaproduoedaprodutividadenosetorprimrio.

    Art. 58. Nas regies prioritrias definidas pelo zoneamento e na fixao de suas populaes em outras regies,caberoaoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaasatividadescolonizadoras.

    1Nasdemaisregies,acolonizaooficialobedecermetodologiaobservadanosprojetosrealizadosnasreasprioritrias, e ser coordenada pelo rgo doMinistrio da Agricultura referido no artigo 74, e executada por este, pelosGovernosEstaduaisouporentidadesdevalorizaoregional,medianteconvnios.

    2Asatribuies referentes seleode imigrantessodacompetnciadoMinistriodasRelaesExteriores,conformediretrizesfixadaspeloMinistriodaAgricultura,emarticulaocomoMinistriodoTrabalhoePrevidnciaSocial,cabendoaorgoreferidonoartigo74arecepoeoencaminhamentodosimigrantes.

    Art.59.OrgocompetentedoMinistriodaAgricultura referidonoartigo74,podercriarncleosdecolonizao,visandoafinsespeciais,edever igualmenteentrarementendimentoscomoMinistriodaGuerraparaoestabelecimentodecolnias,comassistnciamilitar,nafronteiracontinental.

    SEOII

    DaColonizaoParticular

    Art.60.ParaosefeitosdestaLeiconsideramseemprsasparticularesdecolonizaoaspessoasfsicasejurdicasdedireitoprivadoquetiveremporfinalidadeexecutarprogramasdevalorizaodereasoudedistribuiodeterras.

    Art.60.Paraosefeitosdestalei,consideramseemprsasparticularesdecolonizaoaspessoasnaturais,nacionaisouestrangeiras,residentesedomiciliadasnoBrasil,oujurdicas,constitudasesediadasnoPas,quetiveremporfinalidadeexecutarprogramasdevalorizaodereaoudistribuiodeterras.(RedaodadapeloDecretoLein494,de1969)

    Art.60.ParaosefeitosdestaLei,consideramseempresasparticularesdecolonizaoaspessoasfsicas,nacionaisou estrangeiras, residentes ou domiciliadas no Brasil, ou jurdicas, constitudas e sediadas no Pas, que tiverem porfinalidade executar programa de valorizao de rea ou distribuio de terras. (Redao dada pela Lei n 5.709, de19/01/71)

  • 1deverdoEstadoestimular,pelosmeiosenumeradosnoartigo73,asiniciativasparticularesdecolonizao.

    2Aempresarural,definidanoincisoVIdoartigo4,desdequeincludaemprojetodecolonizao,deverpermitiralivreparticipaoemseucapitaldosrespectivosparceleiros.

    Art.61.Osprojetosdecolonizaoparticular,quantometodologia,deveroserpreviamenteexaminadospeloInstitutoBrasileiro de Reforma Agrria, que inscrever a entidade e o respectivo projeto em registro prprio. Tais projetos seroaprovadospeloMinistriodaAgricultura,cujorgoprpriocoordenararespectivaexecuo.

    1Semprvioregistrodaentidadecolonizadoraedoprojetoesemaaprovaodeste,nenhumaparcelapoderservendidaemprogramasparticularesdecolonizao.

    2Oproprietriodeterrasprpriasparaalavouraoupecuria,interessadosemlotelasparafinsdeurbanizaoouformaodestiosderecreio,deversubmeterorespectivoprojetoprviaaprovaoefiscalizaodorgocompetentedoMinistriodaAgriculturaoudoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,conformeocaso.

    3A fimdepossibilitarocadastro,ocontroleea fiscalizaodos loteamentosrurais,osCartriosdeRegistrodeImveis so obrigados a comunicar aos rgos competentes, referidos no pargrafo anterior, os registros efetuados nasrespectivascircunscries,nostermosdalegislaoemvigor,informandoonomedoproprietrio,adenominaodoimvelesualocalizao,bemcomoarea,onmerodelotes,eadatadoregistronoscitadosrgos.

    4NenhumprojetodecolonizaoparticularseraprovadoparagozardasvantagensdestaLei,senoconsignarparaaempresacolonizadoraasseguintesobrigaesmnimas:

    a)aberturadeestradasdeacessoedepenetraoreaasercolonizada

    b) diviso dos lotes e respectivo piqueteamento, obedecendo a diviso, tanto quanto possvel, ao critrio deacompanhar as vertentes, partindo a sua orientao no sentido do espigo para as guas, de modo a todos os lotespossuremguaprpriaoucomum

    c)manutenodeumareservaflorestalnosvrticesdosespigesenasnascentes

    d)prestaodeassistnciamdicaetcnicaaosadquirentesdeloteseaosmembrosdesuasfamlias

    e)fomentodaproduodeumadeterminadaculturaagrcolajpredominantenaregioouecologicamenteaconselhadapelostcnicosdoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaoudoMinistriodaAgricultura

    f)entregadedocumentaolegalizadaeemordemaosadquirentesdelotes.

    5678Vetados.

    Art.62.Osinteressadosemprojetosdecolonizaodestinadosocupaoevalorizaoeconmicadaterra,emquepredominemotrabalhoassalariadooucontratosdearrendamentoeparceria,nogozarodosbenefciosprevistosnestaLei.

    SEOIII

    DaOrganizaodaColonizao

    Art.63.ParaatenderaosobjetivosdapresenteLeiegarantirasmelhorescondiesdefixaodohomemterraeseuprogressosocialeeconmico,osprogramasdecolonizaoseroelaboradosprevendoseosgrupamentosdelotesemncleosdecolonizao,edestesemdistritos,eassociaodosparceleirosemcooperativas.

    Art.64.Oslotesdecolonizaopodemser:

    Iparcelas,quandosedestinemaotrabalhoagrcoladoparceleiroedesuafamliacujamoradia,quandonofornoprpriolocal,hdesernocentrodacomunidadeaqueelascorrespondam

    IIurbanos,quandosedestinemaconstituirocentrodacomunidade,incluindoasresidnciasdostrabalhadoresdosvriosserviosimplantadosnoncleooudistritos,eventualmentesdosprpriosparceleiros,easinstalaesnecessrias localizaodosserviosadministrativosassistenciais,bemcomodasatividadescooperativas,comerciais,artesanaiseindustriais.

    1Semprequeo rgo competente doMinistrio daAgricultura ouo InstitutoBrasileiro deReformaAgrria nomanifestarem, dentro de noventa dias da consulta, a preferncia a que tero direito, os lotes de colonizao podero seralienados:

    a)apessoasqueseenquadremnascondieseordemdepreferncia,previstasnoartigo25ou

    b)livremente,apscincoanos,contadosdadatadesuatranscrio.

  • 2Nocasoemqueoadquirenteouseusucessorvenhaadesistirdaexploraodireta,osimveisrurais,vendidosnos termosdestaLei, reverteroaopatrimniodoalienante, podendoo regulamentoprever as condiesemquesedaressa reverso, resguardadaa restituiodaquantia jpagapeloadquirente,comacorreomonetriadeacordocomosndicesdoConselhoNacionaldeEconomia,apuradosentreadatadopagamentoedarestituio,setalclusulaconstardocontratodevendarespectivo.

    3Seosadquirentesmantiverem inexploradasreassuscetveisdeaproveitamento,desdequesuadisposioexistamcondiesobjetivasparaexplorlas,perderoodireitoaessasreas,que reverteroaopatrimniodoalienante,comasimplesdevoluodasdespesasfeitas.

    4Naregulamentaodasmatriasdequetrataestecaptulo,comaobservnciadasprimaziasjcodificadas,seestipularo:

    a)asexignciasquantoaosttulosdedomnioedemarcaodedivisas

    b) os critrios para fixao das reaslimites de parcelas, lotes urbanos e glebas de uso comum, bem como dospreos,condiesdefinanciamentoepagamento

    c)osistemadeseleodosparceleiroseartesos

    d)aslimitaesparadistribuio,desmembramentos,alienaoetransmissodoslotes

    e)assanespeloinadimplementodasclusulascontratuais

    f)osserviosquedevamserasseguradosaospromitentescompradores,bemcomoosencargoseisenestributriasque,nostermosdalei,lhessejamconferidos.

    Art. 65.O imvel rural no divisvel emreas de dimenso inferior constitutiva domdulo de propriedade rural.(Regulamento)

    1Emcasodesucessocausamortisenaspartilhas judiciaisouamigveis,nosepoderodividir imveisemreasinferioressdadimensodomdulodepropriedaderural.

    2Osherdeirosouoslegatrios,queadquiriremporsucessoodomniodeimveisrurais,nopoderodividilosemoutrosdedimensoinferioraomdulodepropriedaderural.

    3Nocasodeumoumaisherdeirosoulegatriosdesejarexplorarasterrasassimhavidas,oInstitutoBrasileirodeReforma Agrria poder prover no sentido de o requerente ou requerentes obterem financiamentos que lhes facultem onumerrioparaindenizarosdemaiscondminos.

    4Ofinanciamentoreferidonopargrafoanteriorspoderserconcedidomedianteprovadequeorequerentenopossuirecursosparaadquirirorespectivolote.

    5oNoseaplicaodispostonocaputdesteartigoaosparcelamentosdeimveisruraisemdimenso inferiordomdulo, fixada pelo rgo fundirio federal, quando promovidos pelo Poder Pblico, em programas oficiais de apoio atividadeagrcola familiar, cujosbeneficirios sejamagricultoresquenopossuamoutro imvel rural ou urbano. (IncludopelaLein11.446,de2007).

    6oNenhumimvelruraladquiridonaformado5odesteartigopoderserdesmembradooudividido.(IncludopelaLein11.446,de2007).

    Art.66.Oscompradoresepromitentescompradoresdeparcelasresultantesdecolonizaooficialouparticular,ficamisentos do pagamento dos tributos federais que incidam diretamente sobre o imvel durante o perodo de cinco anos, acontardadatadacompraoucompromisso.

    Pargrafo nico. O rgo competente firmar convnios com o fim de obter, para os compradores e promitentescompradores,idnticasisenesdetributosestaduaisemunicipais.

    Art.67.ONcleodeColonizao,comounidadebsica,caracterizaseporumconjuntodeparcelas integradasporumasedeadministrativaeservioscomunitrios.

    Pargrafo nico. O nmero de parcelas de um ncleo ser condicionado essencialmente pela possibilidade deconhecimentomtuoentreosparceleirosedesuaidentificaopeloadministrador,emfunodasdimensesadequadasacadaregio.

    Art.68.Aemancipaodoncleoocorrerquandoestetivercondiesdevidaautnoma,eserdeclaradaporatodorgocompetente,observadosospreceitoslegaiseregulamentares.

    Art. 69. O custo operacional do ncleo de colonizao ser progressivamente transferido aos proprietrios das

  • parcelas,atravsdecooperativasououtrasentidadesqueoscongreguem.Oprazoparaessatransferncia,nuncasuperioracincoanos,contarse:

    a)apartirdesuaemancipao

    b)desdequandoamaioriadosparceleirosjtenharecebidoosttulosdefinitivos,emboraoncleonotenhaadquiridocondiesdevidaautnoma.

    Art. 70. ODistrito de Colonizao caracterizase como unidade constituda por trs oumais ncleos interligados,subordinadosaumanicachefia,integradoporserviosgeraisadministrativosecomunitrios.

    Art.71.Noscasosderegiesmuitoafastadasdoscentrosurbanosedosmercadosconsumidores,ssepermitiraorganizaodeDistritodeColonizao.

    Art. 72. A regulamentao deste captulo estabelecer, para os projetos de colonizao que venham a gozar dosbenefciosdestaLei:

    a) a formade administrao, a composio, a rea de jurisdio e os critrios de vinculao, desmembramento eincorporaodosncleosaosDistritosdeColonizao

    b) os servios gerais administrativos e comunitrios indispensveis para a implantao de ncleos e Distrito deColonizaes

    c)osservioscomplementaresdeassistnciaeducacional,sanitria,social,tcnicaecreditcia

    d) os servios de produo, de beneficiamento e de industrializao e de eletrificao rural, de comercializao etransportes

    e) os servios de planejamento e execuo de obras que, em cada caso, sejam aconselhveis e devam serconsideradosparaaeficciadosprogramas.

    CAPTULOIII

    DaAssistnciaeProteoEconomiaRural

    Art.73.Dentrodasdiretrizesfixadasparaapolticadedesenvolvimentorural,comofimdeprestarassistnciasocial,tcnicaefomentistaedeestimularaproduoagropecuria,deformaaqueelaatendanosaoconsumonacional,mastambmpossibilidadedeobtenodeexcedentesexportveis,seromobilizados,entreoutros,osseguintesmeios:

    Iassistnciatcnica

    IIproduoedistribuiodesementesemudas

    IIIcriao,vendaedistribuiodereprodutoreseusodainseminaoartificial

    IVmecanizaoagrcola

    Vcooperativismo

    VIassistnciafinanceiraecreditcia(VideLein13.001,de2014)

    VIIassistnciacomercializao

    VIIIindustrializaoebeneficiamentodosprodutos

    IXeletrificaoruraleobrasdeinfraestrutura

    Xseguroagrcola

    XIeducao,atravsdeestabelecimentosagrcolasdeorientaoprofissional

    XIIgarantiadepreosmnimosproduoagrcola.

    1Todososmeiosenumeradosnesteartigoseroutilizadosparadarplenacapacitaoaoagricultoresuafamliaevisam,especialmente,aopreparoeducacional,formaoempresarialetcnicoprofissional:

    a)garantindosuaintegraosocialeativaparticipaonoprocessodedesenvolvimentorural

    b)estabelecendo,nomeiorural,climadecooperaoentreohomemeoEstado,noaproveitamentodaterra.

    2 No que tange aos campos de ao dos rgos incumbidos de orientar, normalizar ou executar a poltica de

  • desenvolvimentorural,atravsdosmeiosenumeradosnesteartigo,observarseoseguinte:

    a)nasreasabrangidaspelas regiesprioritriase includasnosplanosnacionale regionaisdeReformaAgrria,aatuaocompetirsempreaoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria

    b)nasdemaisreasdopas,essesmeiosdeassistnciaeproteoseroutilizadossobcoordenaodoMinistriodaAgricultura no mbito de atuao dos rgos federais, pelas reparties e entidades subordinadas ou vinculadas queleMinistrio nas reas de jurisdio dos Estados, pelas respectivas Secretarias de Agricultura e entidades de economiamista,criadaseadequadamenteorganizadascomafinalidadedepromoverodesenvolvimentorural

    c)nas regiesemqueatuemrgosdevalorizaoeconmica, taiscomoaSuperintendnciadoDesenvolvimentoEconmico do Nordeste (SUDENE), a Superintendncia do Plano de Valorizao Econmica da Amaznia (SPVEA), aComissodoValedoSoFrancisco(CVSF),aFundaoBrasilCentral(FBC),aSuperintendnciadoPlanodeValorizaoEconmicadaRegioFronteiraSudoestedoPas(SUDOESTE),autilizaodessesmeiospoderser,notodoouemparte,exercidaPoressesrgos.

    3OsprojetosdeReformaAgrriareceberoassistnciaintegral,assimcompreendidooempregodetodososmeiosenumerados neste artigo, ficando a cargo dos organismos criados pela presente Lei e daqueles j existentes, sobcoordenaodoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria.

    4NasregiesprioritriasdeReformaAgrria,seressaassistnciaprestada,tambm,peloInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,emcolaboraocomosrgosestaduaispertinentes,aosproprietriosruraisaexistentes,desdequeseconstituam em cooperativas, requeiram os benefcios aqui mencionados e se comprometam a observar as normasestabelecidas.

    Art.74.criado,paraatendersatividadesatribudasporestaLeiaoMinistriodaAgricultura,oInstitutoNacionaldoDesenvolvimento Agrrio (INDA), entidade autrquica vinculada ao mesmo Ministrio, com personalidade jurdica eautonomiafinanceira,deacordocomoprescritonosdispositivosseguintes:

    IoInstitutoNacionaldoDesenvolvimentoAgrriotemporfinalidadepromoverodesenvolvimentoruralnossetoresdacolonizao,daextensoruraledocooperativismo

    IIoInstitutoNacionaldoDesenvolvimentoAgrrioterosrecursoseopatrimniodefinidosnapresenteLei

    IIIoInstitutoNacionaldoDesenvolvimentoAgrrioserdirigidoporumPresidenteeumConselhoDiretor,compostodetrsmembros,denomeaodoPresidentedaRepblica,medianteindicaodoMinistrodaAgricultura

    IV Presidentedo InstitutoNacionaldoDesenvolvimentoAgrrio integraraComissodePlanejamentodaPolticaAgrcola

    ValmdasatribuiesqueestaLeilheconfere,cabeaoInstitutoNacionaldoDesenvolvimentoAgrrio:

    a)vetado

    b)planejar,programar,orientar,promoverefiscalizarasatividadesrelativasaocooperativismoeassociativismorural

    c)colaboraremprogramasdecolonizaoederecolonizao

    d)planejar,programar,promoverecontrolarasatividadesrelativasextensoruralecooperarcomoutrosrgosouentidadesqueaexecutem

    e)planejar,programarepromovermedidasvisandoimplantaoedesenvolvimentodaeletrificaorural

    f)procederavaliaododesenvolvimentodasatividadesdeextensorural.Vetado

    g)realizarestudosepesquisassobreaorganizaoruraleproporasmedidasdelesdecorrentes

    h)vetado

    i) atuar, em colaborao com os rgos do Ministrio do Trabalho incumbidos da sindicalizao rural visando aharmonizarasatribuieslegaiscomospropsitossociais,econmicosetcnicosdaagricultura

    j)estabelecernormas,procederaoregistroepromoverafiscalizaodofuncionamentodascooperativasedeoutrasentidadesdeassociativismorural

    k)planejarepromoveraaquisioerevendademateriaisagropecurios,reprodutores,sementesemudas

    l)controlarosestoqueseasoperaesfinanceirasderevenda

    m)centralizaramovimentaoderecursosfinanceirosdestinadosaquisioerevendademateriaisagropecurios,

  • deacordocomoplanogeralaprovadopelaComissodePlanejamentodaPolticaAgrcola

    n)exercerasatribuiesdequetrataoartigo88,destaLei,nombitofederal

    o) desempenharasatribuies constantesdoartigo162daConstituioFederal, observadoodispostono2 doartigo58,destaLei,coordenadasassuasatividadescomasdoBancoNacionaldeCrditoCooperativo

    p) firmar convnios com os Estados, Municpios e entidades privadas para execuo dos programas dedesenvolvimentoruralnossetoresdacolonizao,extensorural,cooperativismoedemaisatividadesdesuaatribuio

    VI a organizao do Instituto Nacional do Desenvolvimento Agrrio e de seus sistemas de funcionamento serestabelecida em regulamento, comcompetncia idntica fixada para o InstitutoBrasileiro deReformaAgrria, no artigo104eseuspargrafos.

    SEOI

    DaAssistnciaTcnica

    Art.75.Aassistnciatcnica,nasmodalidadesecomosobjetivosdefinidosnospargrafosseguintes,serprestadaportodososrgosreferidosnoartigo73,2,alneasa,bec.

    1Nasreasdosprojetosdereformaagrria,aprestaodeassistnciatcnicaserfeitaatravsdoAdministradordoProjeto,dosagentesdeextensoruraledasequipesdeespecialistas.OAdministradorresidirobrigatoriamente,nareadoprojeto.OsagentesdeextensoruraleasequipesdeespecialistasatuaroaonveldaDelegaciaRegionaldoInstitutoBrasileirodeReformaAgrriaedeveroresidirnasuareadejurisdio,eduranteafasedaimplantao,senecessrio,naprpriareadoprojeto.

    2Nasdemaisreas,foradasregiesprioritrias,estetipodeassistnciatcnicaserprestadonaformaindicadanoartigo73,pargrafo2,alneab.

    3OsestabelecimentosruraisisoladoscontinuaroaseratendidospelosrgosdeassistnciatcnicadoMinistriodaAgriculturaedasSecretariasEstaduais,naformaatualouatravsdetcnicosesistemasquevieremaseradotadosporaquelesorganismos.

    4AsatividadesdeassistnciatcnicatantonasreasprioritriasdeReformaAgrriacomonasprevistasno3desteartigo,tero,entreoutros,osseguintesobjetivos:

    a)aplanificaodeempreendimentoseatividadesagrcolas

    b)aelevaodonvelsanitrio,atravsdeserviosprpriosdesadeesaneamentorural,melhoriadehabitaoedecapacitaodelavradoresecriadores,bemcomodesuasfamlias

    c)acriaodoespritoempresarialea formaoadequadaemeconomiadomstica, indispensvelgernciadospequenosestabelecimentosruraiseadministraodaprpriavidafamiliar

    d)a transmissodeconhecimentoseacessoameios tcnicosconcernentesamtodoseprticasagropecuriaseextrativas,visandoaescolhaeconmicadasculturasecriaes,aracional implantaoedesenvolvimento,eaoempregodemedidasdedefesasanitria,vegetaleanimal

    e) o auxlio e a assistncia para o uso racional do solo, a execuo de planos de reflorestamento, a obteno decrditoefinanciamento,adefesaepreservaodosrecursosnaturais

    f)apromoo,entreosagricultores,doespritodelideranaedeassociativismo.

    SEOII

    DaProduoeDistribuiodeSementeseMudas

    Art. 76.Osrgos referidosnoartigo73, 2, alneab, deveroexpandir suasatividadesno setor deproduoedistribuioedematerialdeplantio, inclusiveobsico,demodoaatendertantoaosparceleiroscomoaosagricultoresemgeral.

    Pargrafonico.Aproduoedistribuiodesementesemudas,inclusivedenovasvariedades,poderotambmserfeitaspororganizaesparticulares,dentrodosistemadecertificaodematerialdeplantio,sobafiscalizao,controleeamparodoPoderPblico.

    SEOIII

    DaCriao,Venda,DistribuiodeReprodutoreseUsodaInseminaoArtificial

  • Art.77.Amelhoriadosrebanhoseplantisserfeitaatravsdecriao,vendadereprodutoreseusodainseminaoartificial, devendo os rgos referidos no artigo 73, 2, alnea b, ampliar para esse fim, a sua rede de postosespecializados.

    Pargrafo nico.A criao de reprodutores e o emprego da inseminao artificial podero ser feitos por entidadesprivadas,sobfiscalizao,controleeamparodoPoderPblico.

    SEOIV

    DaMecanizaoAgrcola

    Art.78.Osplanosdemecanizaoagrcola,elaboradospelosrgosreferidosnoartigo73,2,alneab,levaroemcontaomercadodemodeobraregional,asnecessidadesdepreparaoecapacitaodepessoal,parautilizaoemanutenodemaquinaria.

    1Essesplanosserodimensionadosemfunodograudeprodutividadequesepretendealcanaremcadaumadasreasgeoeconmicadopas,edeverosercondicionadosaonveltecnolgicojexistenteecomposiodaforadetrabalhoocorrente.

    2Nosmesmosplanospoderoserincludosserviosadequadosdemanutenoedeorientaotcnicaparaousoeconmicodasmquinaseimplementos,osquais,semprequepossveldeveroserrealizadosporentidadesprivadasespecializadas.

    SEOV

    DoCooperativismo

    Art. 79.ACooperativa Integral deReformaAgrria (CIRA) contar coma contribuio financeiradoPoderPblico,atravsdoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,duranteoperododeimplantaodosrespectivosprojetos.

    1Acontribuiofinanceirareferidanesteartigoserfeitadeacordocomovultodoempreendimento,apossibilidadedeobtenodecrdito,emprstimooufinanciamentoexternoeoutrasfacilidades.

    2ACooperativaIntegraldeReformaAgrriaterumDelegadoindicadopeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,integrantedoConselhodeAdministrao,semdireitoavoto,coma funodeprestarassistncia tcnicoadministrativaDiretoria e de orientar e fiscalizar a aplicao de recursos que o Instituto Brasileiro deReformaAgrria tiver destinado entidadecooperativa.

    3scooperativasassimconstitudasserpermitidaacontrataodegerentesnocooperadosnaformadelei.

    4AparticipaodiretadoInstitutoBrasileirodeReformaAgrrianaconstituio,instalaoedesenvolvimentodaCooperativa Integral de Reforma Agrria, quando constituir contribuio financeira, ser feita com recursos do FundoNacional de Reforma Agrria, na forma de investimentos sem recuperao direta, considerada a finalidade social eeconmica desses investimentos.Quando se tratar de assistncia creditcia, tal participao ser feita por intermdio doBancoNacionaldeCrditoCooperativo,deacordocomnormastraadaspelaentidadecoordenadoradocrditorural.

    5AContribuiodoEstadoserfeitapelaCooperativaIntegraldeReformaAgrria,levadacontadeumFundodeImplantaodaprpriacooperativa.

    6 Quando o empreendimento resultante do projeto de Reforma Agrria tiver condies de vida autnoma, suaemancipaoserdeclaradapeloInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,cessandoasfunesdoDelegadodequetratao2desteartigoeincorporandoseaopatrimniodacooperativaoFundorequeridonopargrafoanterior.

    7OEstatutodaCooperativa integraldeReformaAgrriadeverdeterminara incorporaoaoBancoNacionaldeCrditoCooperativodoremanescentepatrimonial,nocasodedissoluodasociedade.

    8Almda suadesignaoqualitativa, aCooperativa Integral deReformaAgrria adotar a denominaoqueorespectivoEstatutoestabelecer.

    9 As cooperativas j existentes nas reas prioritrias podero transformarse em Cooperativas Integradas deReformaAgrria,acritriodoInstitutoBrasileirodeReformaAgrria.

    10.Odispostonestaseoaplicase,noquecouber,sdemaiscooperativas,inclusivesdestinadasaatividadesextrativas.

    Art. 80. O rgo referido no artigo 74 dever promover a expanso do sistema cooperativista, prestando, quandonecessrio, assistncia tcnica, financeira e comercial s cooperativas visando capacidade e ao treinamento doscooperadosparagarantiraimplantaodosserviosadministrativos,tcnicos,comerciaiseindustriais.

    SEOVI

  • DaAssistnciaFinanceiraeCreditcia

    Art. 81. Para aquisio de terra destinada a seu trabalho e de sua famlia, o trabalhador rural ter direito a umemprstimocorrespondenteaovalordosalriomnimoanualda regio,peloFundoNacionaldeReformaAgrria,prazodevinteanos,aojurodeseisporcentoaoano.

    Pargrafonico.Poderoacumularoemprstimodeque trataesteartigo,doisoumais trabalhadores ruraisqueseentenderem para aquisio de propriedade de rea superior que estabelece o nmero 2 do artigo 4, desta Lei, sob aadministraocomumouemformadecooperativa.

    Art.82.NasreasprioritriasdeReformaAgrria,aassistnciacreditciaaosparceleirosedemaiscooperadosserprestada,preferencialmente,atravsdascooperativas.

    Pargrafonico.Nasdemaisregies,semprequepossvel,farseomesmocomrefernciaaospequenosemdiosproprietrios.

    Art.83.OInstitutoBrasileirodeReformaAgrria,emcolaboraocomoMinistriodaAgricultura,aSuperintendnciadaMoedaedoCrdito(SUMOC)eaCoordenaoNacionaldoCrditoRural,promoverasmedidaslegaisnecessriasparaainstitucionalizaodocrditorural,tecnificado.

    1 ACoordenaoNacional doCrditoRural fixar as normas do contrato padro de financiamento que permitaassegurarproteoaoagricultor,desdea fasedopreparoda terra,atavendadesuassafras,ouentregadasmesmascooperativaparacomercializaoouindustrializao.

    2Omesmoorganismodeverprover formadedescontode ttulosoriundosdeoperaesde financiamentoaagricultores ou de venda de produtos, mquinas, implementos e utilidades agrcolas necessrios ao custeio de safras,construodebenfeitoriasemelhoramentosfundirios.

    3 A Superintendncia daMoeda e do Crdito poder determinar que dos depsitos compulsrios dos Bancosparticulares,suaordem,sejamdeduzidasasquantiasaseremuti